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Aula 3 - REGIME DISCIPLINAR

O regime disciplinar dos servidores públicos federais está previsto nos artigos 116 a 142 da Lei
8112/1990, e compreende deveres, proibições, penalidades e responsabilidades. Vejamos.

SÃO DEVERES DO SERVIDOR:

I. exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo;


II. ser leal às instituições a que servir;
III. observar as normas legais e regulamentares;
IV. cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais;
V. atender com presteza:
a) Ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas as protegidas
por sigilo;
b) À expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou esclarecimento de
situações de interesse pessoal;
c) Às requisições para a defesa da Fazenda Pública.
VI. levar as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo ao conhecimento da
autoridade superior ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, ao conhecimento
de outra autoridade competente para apuração;
VII. zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio público;
VIII. guardar sigilo sobre assunto da repartição;
IX. manter conduta compatível com a moralidade administrativa;
X. ser assíduo e pontual ao serviço;
XI. tratar com urbanidade as pessoas;
XII. representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder.

A representação contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder será encaminhada pela via
hierárquica e apreciada pela autoridade superior àquela contra a qual é formulada,
assegurando-se ao representando ampla defesa.

PROIBIÇÕES
Ao servidor é proibido:
I. ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato;
II. retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da
repartição;
III. recusar fé a documentos públicos;

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IV. opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou execução de
serviço;
V. promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição;
VI. cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de
atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado;
VII. coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação profissional ou
sindical, ou a partido político;
VIII. manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro
ou parente até o segundo grau civil;
IX. valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade
da função pública;
X. participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não
personificada, exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou
comanditário;

A vedação de que trata o item X do não se aplica nos seguintes casos:


a) Participação nos conselhos de administração e fiscal de empresas ou entidades em que a
União detenha, direta ou indiretamente, participação no capital social ou em sociedade
cooperativa constituída para prestar serviços a seus membros; e
b) Gozo de licença para o trato de interesses particulares, na forma do art. 91 desta Lei,
observada a legislação sobre conflito de interesses.
XI. atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se
tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e
de cônjuge ou companheiro;
XII. receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas
atribuições;
XIII. aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro;
XIV. praticar usura sob qualquer de suas formas;
XV. proceder de forma desidiosa;
XVI. utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares;
XVII. cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exceto em situações de
emergência e transitórias;
XVIII. exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou
função e com o horário de trabalho;
XIX. recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado.

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ACUMULAÇÃO DE CARGOS
Ressalvados os casos previstos na Constituição1 , é vedada a acumulação remunerada de cargos
públicos.

A proibição de acumular estende-se a cargos, empregos e funções em autarquias, fundações


públicas, empresas públicas, sociedades de economia mista da União, do Distrito Federal, dos
Estados, dos Territórios e dos Municípios.

A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica condicionada à comprovação da


compatibilidade de horários.

Considera-se acumulação proibida a percepção de vencimento de cargo ou emprego público efetivo


com proventos da inatividade, salvo quando os cargos de que decorram essas remunerações forem
acumuláveis na atividade.

O servidor não poderá exercer mais de um cargo em comissão, exceto na condição de interino,
nem ser remunerado pela participação em órgão de deliberação coletiva, mas esta regra não se
aplica à remuneração devida pela:
✓ participação em conselhos de administração e fiscal das empresas públicas e sociedades de
economia mista, suas subsidiárias e controladas, bem como;
✓ quaisquer empresas ou entidades em que a União, direta ou indiretamente, detenha
participação no capital social, observado o que, a respeito, dispuser legislação específica.

O servidor público federal, que acumular licitamente dois cargos efetivos, quando investido em
cargo de provimento em comissão, ficará afastado de ambos os cargos efetivos, salvo na hipótese
em que houver compatibilidade de horário e local com o exercício de um deles, declarada pelas
autoridades máximas dos órgãos ou entidades envolvidas.

RESPONSABILIDADE DO SERVIDOR
O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas
atribuições.

A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em
prejuízo ao erário ou a terceiros. A indenização de prejuízo dolosamente causado ao erário somente
será liquidada na forma prevista no art. 46, na falta de outros bens que assegurem a execução do
débito pela via judicial.

Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante a Fazenda Pública,


em ação regressiva.

1 Art. 37 inc. XVI da CF - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em
qualquer caso o disposto no inciso XI.
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas;

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A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles será executada, até o
limite do valor da herança recebida.

A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputadas ao servidor, nessa


qualidade.

A responsabilidade civil-administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo praticado no


desempenho do cargo ou função.

As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes


entre si.

A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição criminal


que negue a existência do fato ou sua autoria.

Nenhum servidor poderá ser responsabilizado civil, penal ou administrativamente por dar
ciência à autoridade superior ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, a outra autoridade
competente para apuração de informação concernente à prática de crimes ou improbidade de que
tenha conhecimento, ainda que em decorrência do exercício de cargo, emprego ou função pública.

PENALIDADES
São penalidades disciplinares:

I. Ad__________________;
II. Sus_________________;
III. De_________________;
IV. Cass_________ de apos___________________ ou dispon___________________;
V. Desti_______________ de cargo em co________________;
VI. Desti______________ de função co__________________.

Na aplicação das penalidades serão consideradas a natureza e a gravidade da infração cometida, os


danos que dela provierem para o serviço público, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os
antecedentes funcionais. O ato de imposição da penalidade mencionará sempre o fundamento legal
e a causa da sanção disciplinar.

ADVERTÊNCIA
A advertência será aplicada por escrito, nos casos de violação de proibição constante do art. 117,
incisos I a VIII e XIX, e de inobservância de dever funcional previsto em lei, regulamentação ou
norma interna, que não justifique imposição de penalidade mais grave.

CABIMENTO DA ADVERTÊNCIA
Conforme a redação do art. 129, constatamos que a advertência será cabível quando o servidor
descumprir com seus deveres descritos no art. 116, e também nas seguintes hipóteses:

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I. ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato;
II. retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da
repartição;
III. recusar fé a documentos públicos;
IV. opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou execução de serviço;
V. promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição;
VI. cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de
atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado;
VII. coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação profissional ou
sindical, ou a partido político;
VIII. manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou
parente até o segundo grau civil;
XIX. recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado.

MARRRONI CC
M: MANIFESTAÇÃO DE APREÇO OU DESAPREÇO NO RECINTO DA REPARTIÇÃO
A: AUSENTAR-SE DO SERVIÇO DURANTE O EXPEDIENTE, SEM PRÉVIA
AUTORIZAÇÃO DO CHEFE IMEDIATO;
R: RETIRAR, SEM PRÉVIA ANUÊNCIA DA AUTORIDADE COMPETENTE,
QUALQUER DOCUMENTO OU OBJETO DA REPARTIÇÃO;
R: RECUSAR FÉ A DOCUMENTOS PÚBLICOS;
R: RECUSAR-SE A ATUALIZAR SEUS DADOS CADASTRAIS QUANDO
SOLICITADO.
O: OPOR RESISTÊNCIA INJUSTIFICADA AO ANDAMENTO DE DOCUMENTO E
PROCESSO OU EXECUÇÃO DE SERVIÇO;
N: “NEPOTISMO” MANTER SOB SUA CHEFIA IMEDIATA, EM CARGO OU FUNÇÃO
DE CONFIANÇA, CÔNJUGE, COMPANHEIRO OU PARENTE ATÉ O SEGUNDO
GRAU CIVIL;
I: INOBSERVÂNCIA DE DEVER FUNCIONAL PREVISTO EM LEI,
REGULAMENTAÇÃO OU NORMA INTERNA, QUE NÃO JUSTIFIQUE IMPOSIÇÃO
DE PENALIDADE MAIS GRAVE.
C: COMETER A PESSOA ESTRANHA À REPARTIÇÃO, FORA DOS CASOS
PREVISTOS EM LEI, O DESEMPENHO DE ATRIBUIÇÃO QUE SEJA DE SUA
RESPONSABILIDADE OU DE SEU SUBORDINADO;
C: COAGIR OU ALICIAR SUBORDINADOS NO SENTIDO DE FILIAREM-SE A
ASSOCIAÇÃO PROFISSIONAL OU SINDICAL, OU A PARTIDO POLÍTICO;

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SUSPENSÃO
A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com advertência e de
violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita a penalidade de demissão, não
podendo exceder de 90 (noventa) dias.

Será punido com suspensão de até 15 (quinze) dias o servidor que, injustificadamente, recusar-se
a ser submetido a inspeção médica determinada pela autoridade competente, cessando os
efeitos da penalidade uma vez cumprida a determinação.

Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão poderá ser convertida em
multa, na base de 50% (cinquenta por cento) por dia de vencimento ou remuneração, ficando
o servidor obrigado a permanecer em serviço.

CABIMENTO
Art. 17 …
XX. cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exceto em situações de
emergência e transitórias;
XXI. exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou função
e com o horário de trabalho;

A suspensão também tem caráter residual, pois conforme constatamos na redação do art. 130, ela
será aplicada quando não puder ser aplicada a advertência ou a demissão, ou seja, nas seguintes
hipóteses:
a) Reincidência das faltas punidas com advertência;
b) Caso o servidor injustificadamente se recuse a ser submetido à inspeção médica
determinada pela autoridade competente. (suspensão com prazo especial de até 15 dias)

VIOLAÇÃO DAS SEGUINTES PROIBIÇÕES:


Cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exceto em situações de
emergência e transitórias;
Exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou função e com o
horário de trabalho;

Galera, se for para decorar alguma coisa decorrem as 4 hipóteses que geram suspensão.

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DEMISSÃO
A demissão será aplicada nos seguintes casos:

I. Crime contra a administração pública;


II. Abandono de cargo;
III. Inassiduidade habitual;
IV.Improbidade administrativa;
V. Incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição;
VI. Insubordinação grave em serviço;
VII. Ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa própria ou de
outrem;
VIII. Aplicação irregular de dinheiros públicos;
IX. Revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo;
X. Lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional;
XI. Corrupção;
XII. Acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas;
XIII. Transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117.

Analisando o inc. XIII deste artigo, também vemos que a demissão será aplicada caso ocorra a
violação das seguintes proibições:

Art. 117…
IX. Valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da
função pública;
X. Participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não
personificada, exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário;
XI. Atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar
de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou
companheiro;
XII. Receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas
atribuições;
XIII. Aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro;
XIV. Praticar usura sob qualquer de suas formas;
XV. Proceder de forma desidiosa;
XVIUtilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares;

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DEMISSÃO E INCOMPATIBILIDADE DE INVESTIDURA FEDERAL PELO PRAZO DE 5
ANOS
Caso a demissão ou destituição de cargo em comissão se dê em decorrência das hipóteses abaixo
listadas, o servidor não poderá assumir cargo público federal pelo prazo de 5 anos:

IX. Valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da
função pública;
XI. Atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar
de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou
companheiro;

DEMISSÃO E PROIBIÇÃO DE RETORNAR AO SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL


Caso a demissão ou destituição se dê em decorrência das situações abaixo listadas, o servidor está
proibido de retornar ao serviço público federal:

✓ I. Crime contra a administração pública;


✓ IV. Improbidade administrativa;
✓ VIII. aplicação irregular de dinheiros públicos;
✓ X. lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional;
✓ XI. corrupção;

A legislação federal (Lei 8.112) impõe que quando um servidor público federal é demitido por
improbidade administrativa, estará ele impedido de assumir cargo público federal para sempre.

Nos casos da demissão aplicada em decorrência das hipóteses descritas nos itens IV, VIII, X e XI,
ainda implicará ao servidor a indisponibilidade dos bens, o ressarcimento ao erário, sem prejuízo da
ação penal cabível.

CASSAÇÃO DA APOSENTADORIA OU DISPONIBILIDADE


Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade do inativo que houver praticado, na atividade,
falta punível com a demissão.

DESTITUIÇÃO DO CARGO EM COMISSÃO OU DA FUNÇÃO DE CONFIANÇA


Essas penalidades serão aplicadas nos casos de infração sujeita às penalidades de suspensão e de
demissão.
Interrompido o curso da prescrição, o prazo começará a correr a partir do dia em que cessar a
interrupção.

APLICAÇÃO DAS PENALIDADES


As autoridades que aplicarão as penalidades são determinadas em função da própria penalidade,
sendo assim, temos que a seguinte regra:

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DEMISSÃO OU CASSAÇÃO
✓ Poder Executivo: Presidente da República
✓ Poder Legislativo: Presidentes das Casas do Congresso Nacional2
✓ Poder Judiciário: Presidentes dos Tribunais Federais
✓ Ministério Público Federal: Procurador Geral da República

SUSPENSÃO ACIMA DE 30 DIAS


Serão aplicadas pelas autoridades hierarquicamente inferiores as que podem aplicar a demissão.

SUSPENSÃO ATÉ 30 DIAS E ADVERTÊNCIA


Chefe da repartição.

DESTITUIÇÃO DO CARGO EM COMISSÃO OU DA FUNÇÃO DE CONFIANÇA


Autoridade que fez a nomeação.

CANCELAMENTO E PRESCRIÇÃO DA PENALIDADE,7

A aplicação de uma penalidade é registrada no assentamento funcional do servidor público e após


um tempo, em regra ela será cancelada, desde que é claro, não ocorra reincidência por parte do
servidor.

A prescrição é a perda por parte da administração pública do direito de aplicar a penalidade a um


servidor público que pratique uma falta funcional, para melhor decorarmos os prazos do
cancelamento da penalidade e da prescrição usaremos a seguinte tabela:
Os prazos da demissão também são aplicados para as hipóteses de cassação de aposentadoria ou
disponibilidade e da destituição do cargo em comissão.

A ação disciplinar prescreverá:


I. Em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com demissão, cassação de aposentadoria ou
disponibilidade e destituição de cargo em comissão;
II. Em 2 (dois) anos, quanto à suspensão;
III. Em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à advertência.

O prazo de prescrição começa a correr da data em que o fato se tornou conhecido.

Os prazos de prescrição previstos na lei penal aplicam-se às infrações disciplinares


capituladas também como crime.

A abertura de sindicância ou a instauração de processo disciplinar interrompe a


prescrição, até a decisão final proferida por autoridade competente.

2Se o servidor estiver vinculado ao Senado Federal, a penalidade será aplicada pelo presidente do senado, caso o servidor esteja vinculado à Câmara
dos Deputados, a penalidade será aplicada pelo presidente da câmara dos deputados.

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PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR
A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada a promover a sua
apuração imediata, mediante sindicância ou processo administrativo disciplinar, assegurada ao
acusado ampla defesa.

A apuração também pode ser promovida por autoridade de órgão ou entidade diverso daquele em
que tenha ocorrido a irregularidade, mediante competência específica para tal finalidade, delegada
em caráter permanente ou temporário pelo Presidente da República, pelos presidentes das Casas do
Poder Legislativo e dos Tribunais Federais e pelo Procurador-Geral da República, no âmbito do
respectivo Poder, órgão ou entidade, preservadas as competências para o julgamento que se seguir à
apuração.

As denúncias sobre irregularidades serão objeto de apuração, desde que contenham a identificação e
o endereço do denunciante e sejam formuladas por escrito, confirmada a autenticidade.

ESPÉCIE CABIMENTO PRAZO

SINDICÂNCIA Advertência ou suspensão até 30 dias 30 dias (prorrogação +30 dias)

Todas as penalidades, exceto as demissões em


PAD 60 dias (prorrogação +60 dias)
decorrência do rito sumário

Demissão nos seguintes casos:


★ Acumulação ilegal de cargos;
RITO SUMÁRIO 30 dias (prorrogação +15 dias)
★ Abandono de cargo;
★ Inassiduidade habitual.

Prazo para cancelamento do


Penalidades Prescrição
registro

Advertência 180 dias 3 anos

Suspensão (conversível em multa de 50% sobre o


2 anos 5 anos
Venc. ou Rem.)

Demissão 5 anos X

Cassação da apos. e da disp. 5 anos X

Destituição 5 anos X

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Quando o fato narrado não configurar evidente infração disciplinar ou ilícito penal, a
denúncia será arquivada, por falta de objeto.

I. ESPÉCIES DE PAD
Aqui veremos as espécies de processos que são utilizados para verificar a ocorrência de infração
funcional, bem como suas hipóteses de cabimento e também o seu prazo, e para isso, usaremos a
seguinte tabela:

II. AFASTAMENTO PREVENTIVO


Como medida cautelar e a fim de que o servidor não venha a influir na apuração da
irregularidade, a autoridade instauradora do processo disciplinar poderá determinar o seu
afastamento do exercício do cargo, pelo prazo de até 60 (sessenta) dias, sem prejuízo da
remuneração.
O afastamento poderá ser prorrogado por igual prazo, findo o qual cessarão os seus efeitos, ainda
que não concluído o processo.

III. PROCESSO DISCIPLINAR


O processo disciplinar é o instrumento destinado a apurar responsabilidade de servidor por infração
praticada no exercício de suas atribuições, ou que tenha relação com as atribuições do cargo em que
se encontre investido.

COMISSÃO
O processo disciplinar será conduzido por comissão composta de três servidores estáveis
designados pela autoridade competente, que indicará, dentre eles, o seu presidente, que deverá ser
ocupante de:
✓ cargo efetivo superior ou de mesmo nível, ou;
✓ ter nível de escolaridade igual ou superior ao do indiciado.

A Comissão terá como secretário servidor designado pelo seu presidente, podendo a indicação
recair em um de seus membros.

Não poderá participar de comissão de sindicância ou de inquérito, cônjuge, companheiro ou parente


do acusado, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau.

A Comissão exercerá suas atividades com independência e imparcialidade, assegurado o sigilo


necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da administração.

As reuniões e as audiências das comissões terão caráter reservado.

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FASES
O processo disciplinar se desenvolverá nas seguintes fases:

a) Instauração: se dá com a publicação de uma portaria que constitui a comissão. A partir da


instauração, não é permitido que o investigado peça exoneração ou se aposente
voluntariamente (caso cumpra os requisitos para isso).

b) Inquérito Administrativo (instrução, defesa e relatório).

Na instrução, a comissão promoverá a tomada de depoimentos (obrigatoriamente orais),


acareações, investigações e demais diligências cabíveis, objetivando a coleta de prova, recorrendo,
quando necessário, a técnicos e peritos, de modo que se permita a completa elucidação dos fatos.
Durante a instrução, é assegurado o servidor acusado o direito de exercer a sua defesa, podendo
depor ou apresentar testemunhas.

Assim que for tipificada a infração cometida, o servidor será indiciado, com a completa descrição
dos fatos e provas, para que possa se defender. A defesa deverá ser apresentada por escrito.

Apreciada a defesa, a comissão elaborará seu relatório, apresentando os fatos, as provas, os


dispositivos infringidos e as circunstâncias agravantes ou atenuantes, que será remetido à autoridade
competente, para julgamento.

c) Julgamento: em regra, deverá acatar o relatório da comissão, salvo quando a autoridade


julgadora entendê-lo contrário às provas dos autos, quando poderá então, motivadamente,
agravar ou abrandar a penalidade proposta, ou mesmo isentar o servidor de responsabilidade.

O prazo para a conclusão do processo disciplinar não excederá 60 (sessenta) dias, contados da data
de publicação do ato que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação por igual prazo, quando
as circunstâncias o exigirem.
Sempre que necessário, a comissão dedicará tempo integral aos seus trabalhos, ficando seus
membros dispensados do ponto, até a entrega do relatório final.

As reuniões da comissão serão registradas em atas que deverão detalhar as deliberações adotadas.

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As vezes as bancas cobram a ordem do PAD.
Conforme o art. 159:
1. Concluída a inquirição das testemunhas;
2. a comissão promoverá o interrogatório do acusado;
3. Indiciação do servidor art 161 §§§§1º, 2º, 3º e 4º3
4. Apresentação de defesa escrita.
5. observados os procedimentos previstos nos arts. 157 e 1584.

INQUÉRITO
O inquérito administrativo obedecerá ao princípio do contraditório, assegurada ao acusado ampla
defesa, com a utilização dos meios e recursos admitidos em direito.

Na fase do inquérito, a comissão promoverá a tomada de depoimentos, acareações, investigações e


diligências cabíveis, objetivando a coleta de prova, recorrendo, quando necessário, a técnicos e
peritos, de modo a permitir a completa elucidação dos fatos.

É assegurado ao servidor o direito de acompanhar o processo pessoalmente ou por intermédio de


procurador, arrolar e reinquirir testemunhas, produzir provas e contraprovas e formular quesitos,
quando se tratar de prova pericial.

O presidente da comissão poderá denegar pedidos considerados impertinentes, meramente


protelatórios, ou de nenhum interesse para o esclarecimento dos fatos.

Será indeferido o pedido de prova pericial, quando a comprovação do fato independer de


conhecimento especial de perito.

As testemunhas serão intimadas a depor mediante mandado expedido pelo presidente da comissão,
devendo a segunda via, com o ciente do interessado, ser anexado aos autos.

3 Art. 161. Tipificada a infração disciplinar, será formulada a indiciação do servidor, com a especificação dos fatos a ele imputados e das respectivas
provas.
§ 1º O indiciado será citado por mandado expedido pelo presidente da comissão para apresentar defesa escrita, no prazo de 10 (dez) dias,
assegurando-se-lhe vista do processo na repartição.
§ 2º Havendo dois ou mais indiciados, o prazo será comum e de 20 (vinte) dias.
§ 3º O prazo de defesa poderá ser prorrogado pelo dobro, para diligências reputadas indispensáveis.
§ 4º No caso de recusa do indiciado em apor o ciente na cópia da citação, o prazo para defesa contar-se-á da data declarada, em termo próprio, pelo
membro da comissão que fez a citação, com a assinatura de (2) duas testemunhas.

4Art. 157. As testemunhas serão intimadas a depor mediante mandado expedido pelo presidente da comissão, devendo a segunda via, com o ciente
do interessado, ser anexado aos autos.
Parágrafo único. Se a testemunha for servidor público, a expedição do mandado será imediatamente comunicada ao chefe da repartição onde
serve, com a indicação do dia e hora marcados para inquirição.
Art. 158. O depoimento será prestado oralmente e reduzido a termo, não sendo lícito à testemunha trazê-lo por escrito.
§ 1º As testemunhas serão inquiridas separadamente.
§ 2º Na hipótese de depoimentos contraditórios ou que se infirmem, proceder-se-á à acareação entre os depoentes.

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Se a testemunha for servidor público, a expedição do mandado será imediatamente comunicada ao
chefe da repartição onde serve, com a indicação do dia e hora marcados para inquirição.

O depoimento será prestado oralmente e reduzido a termo, não sendo lícito à testemunha
trazê-lo por escrito.

As testemunhas serão inquiridas separadamente.

Na hipótese de depoimentos contraditórios ou que se infirmem, proceder-se-á à acareação entre os


depoentes.

Concluída a inquirição das testemunhas, a comissão promoverá o interrogatório do acusado,


observado os procedimentos previstos para a tomada de depoimento das testemunhas.

No caso de mais de um acusado, cada um deles será ouvido separadamente, e sempre que
divergirem em suas declarações sobre fatos ou circunstâncias, será promovida a acareação entre
eles. O procurador do acusado poderá assistir ao interrogatório, bem como à inquirição das
testemunhas, sendo-lhe vedado interferir nas perguntas e respostas, facultando-se-lhe, porém,
reinquiri-las, por intermédio do presidente da comissão.

Quando houver dúvida sobre a sanidade mental do acusado, a comissão proporá à autoridade
competente que ele seja submetido a exame por junta médica oficial, da qual participe pelo menos
um médico psiquiatra.

O incidente de sanidade mental será processado em auto apartado e apenso ao processo principal,
após a expedição do laudo pericial.

Tipificada a infração disciplinar, será formulada a indiciação do servidor, com a especificação dos
fatos a ele imputados e das respectivas provas.

DEFESA
O indiciado será citado por mandado expedido pelo presidente da comissão para apresentar defesa
escrita, no prazo de 10 (dez) dias, assegurando-se lhe vista do processo na repartição.

Havendo dois ou mais indiciados, o prazo será comum e de 20 (vinte) dias.

O prazo de defesa poderá ser prorrogado pelo dobro, para diligências reputadas indispensáveis.

No caso de recusa do indiciado em apor o ciente na cópia da citação, o prazo para defesa contar-se-á
da data declarada, em termo próprio, pelo membro da comissão que fez a citação, com a assinatura
de (2) duas testemunhas.

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O indiciado que mudar de residência fica obrigado a comunicar à comissão o lugar onde poderá ser
encontrado.

Achando-se o indiciado em lugar incerto e não sabido, será citado por edital, publicado no Diário
Oficial da União e em jornal de grande circulação na localidade do último domicílio conhecido,
para apresentar defesa, e neste caso o prazo para defesa será de 15 (quinze) dias a partir da
última publicação do edital.

Considerar-se-á revel o indiciado que, regularmente citado, não apresentar defesa no prazo legal.
A revelia será declarada, por termo, nos autos do processo e devolverá o prazo para a defesa.

Para defender o indiciado revel, a autoridade instauradora do processo designará um servidor como
defensor dativo, que deverá ser ocupante de:
✓ cargo efetivo superior ou de mesmo nível, ou;
✓ ter nível de escolaridade igual ou superior ao do indiciado.

RELATÓRIO
Apreciada a defesa, a comissão elaborará relatório minucioso, onde resumirá as peças principais dos
autos e mencionará as provas em que se baseou para formar a sua convicção.

O relatório será sempre conclusivo quanto à inocência ou à responsabilidade do


servidor.

Reconhecida a responsabilidade do servidor, a comissão indicará o dispositivo legal ou


regulamentar transgredido, bem como as circunstâncias agravantes ou atenuantes.

O processo disciplinar, com o relatório da comissão, será remetido à autoridade que determinou a
sua instauração, para julgamento.

JULGAMENTO
No prazo de 20 (vinte) dias, contados do recebimento do processo, a autoridade julgadora proferirá
a sua decisão.

Se a penalidade a ser aplicada exceder a alçada da autoridade instauradora do processo, este será
encaminhado à autoridade competente, que decidirá em igual prazo.

Havendo mais de um indiciado e diversidade de sanções, o julgamento caberá à autoridade


competente para a imposição da pena mais grave.

Se a penalidade prevista for a demissão ou cassação de aposentadoria ou disponibilidade, o


julgamento caberá às autoridades de que trata o inciso I do art. 141. Reconhecida pela comissão a
inocência do servidor, a autoridade instauradora do processo determinará o seu arquivamento, salvo
se flagrantemente contrária à prova dos autos.

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O julgamento acatará o relatório da comissão, salvo quando contrário às provas dos autos.

Quando o relatório da comissão contrariar as provas dos autos, a autoridade julgadora poderá,
motivadamente, agravar a penalidade proposta, abrandá-la ou isentar o servidor de
responsabilidade.

Verificada a ocorrência de vício insanável, a autoridade que determinou a instauração do processo


ou outra de hierarquia superior declarará a sua nulidade, total ou parcial, e ordenará, no mesmo ato,
a constituição de outra comissão para instauração de novo processo. O julgamento fora do prazo
legal não implica nulidade do processo. A autoridade julgadora que der causa à prescrição será
responsabilizada.

Extinta a punibilidade pela prescrição, a autoridade julgadora determinará o registro do fato nos
assentamentos individuais do servidor.
Quando a infração estiver capitulada como crime, o processo disciplinar será remetido ao Ministério
Público para instauração da ação penal, ficando trasladado na repartição.

O servidor que responder a processo disciplinar só poderá ser exonerado a pedido, ou


aposentado voluntariamente, após a conclusão do processo e o cumprimento da penalidade,
acaso aplicada.

Ocorrida a exoneração motivada pela insatisfação das condições do estágio probatório, o ato
será convertido em demissão, se for o caso.

Serão assegurados transporte e diárias:

✓ Ao servidor convocado para prestar depoimento fora da sede de sua repartição, na condição
de testemunha, denunciado ou indiciado;
✓ Aos membros da comissão e ao secretário, quando obrigados a se deslocarem da sede dos
trabalhos para a realização de missão essencial ao esclarecimento dos fatos.

IV. REVISÃO DO PROCESSO


O processo disciplinar poderá ser revisto, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando se
aduzirem fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência do punido ou a
inadequação da penalidade aplicada.

Em caso de falecimento, ausência ou desaparecimento do servidor, qualquer pessoa da família


poderá requerer a revisão do processo.

No caso de incapacidade mental do servidor, a revisão será requerida pelo respectivo curador. No
processo revisional, o ônus da prova cabe ao requerente.

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A simples alegação de injustiça da penalidade não constitui fundamento para a revisão,
que requer elementos novos, ainda não apreciados no processo originário.

O requerimento de revisão do processo será dirigido ao Ministro de Estado ou autoridade


equivalente, que, se autorizar a revisão, encaminhará o pedido ao dirigente do órgão ou entidade
onde se originou o processo disciplinar.

Deferida a petição, a autoridade competente providenciará a constituição de comissão. A revisão


correrá em apenso ao processo originário. Na petição inicial, o requerente pedirá dia e hora para
a produção de provas e inquirição das testemunhas que arrolar. A comissão revisora terá 60
(sessenta) dias para a conclusão dos trabalhos. Aplicam-se aos trabalhos da comissão revisora,
no que couber, as normas e procedimentos próprios da comissão do processo disciplinar. O
julgamento caberá à autoridade que aplicou a penalidade no processo administrativo
originário.

O prazo para julgamento será de 20 (vinte) dias, contados do recebimento do processo, no curso
do qual a autoridade julgadora poderá determinar diligências. Julgada procedente a revisão, será
declarada sem efeito a penalidade aplicada, restabelecendo-se todos os direitos do servidor,
exceto em relação à destituição do cargo em comissão, que será convertida em exoneração.

Da revisão do processo não poderá resultar agravamento de penalidade.

Configura abandono de cargo a ausência intencional do servidor ao serviço por mais de


trinta dias consecutivos.

Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao serviço, sem causa justificada, por
sessenta dias, interpoladamente, durante o período de doze meses.

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EXERCÍCIOS

1. A autoridade instauradora de processo disciplinar deverá determinar o afastamento do servidor


para que ele não influa na apuração da irregularidade, pelo prazo de noventa dias.

2. O processo disciplinar é destinado a apurar responsabilidade de servidor por infração praticada


no exercício de suas atribuições.

3. A comissão de processo disciplinar exercerá suas atividades com independência e imparcialidade,


assegurado o sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da administração.

4. O processo disciplinar se desenvolverá nas seguintes fases: instauração, inquérito administrativo


e julgamento.

5. Na fase do julgamento, a comissão promoverá a tomada de depoimentos, acareações,


investigações e providências cabíveis, com o objetivo de coletar provas, e quando necessário,
recorrerá a técnicos e peritos de modo a permitir o completo esclarecimento dos fatos.

6. Após indiciado, o servidor terá o prazo de quinze dias para apresentar defesa escrita.

7. A autoridade julgadora poderá, motivadamente, agravar a penalidade proposta. abrandá-la ou


isentar o servidor de responsabilidade quando o relatório da comissão contrariar as provas dos
autos.

8. O processo disciplinar poderá ser revisto, a pedido ou de ofício, sempre que o servidor não
concordar com a decisão.

9. No processo revisional, o ónus da prova cabe ao requerente.

10. Da revisão do processo, poderá a penalidade ser abrandada ou agravada.

11. Incluem-se entre os deveres do servidor público ser leal às instituições a que servir e observar as
normas legais e regulamentares.

12. O servidor poderá ausentar-se do serviço durante o expediente, independentemente de


autorização.

13. Em hipótese alguma, será permitida a acumulação remunerada de cargos públicos.

14. A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte
em prejuízo ao erário.

15. A suspensão será aplicada por prazo não inferior a noventa dias.

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16. Sempre que o servidor preferir, a Administração irá converter a suspensão em multa de até 20%
por dia de vencimento ou remuneração.

17. O servidor que faltar, injustificadamente, por noventa dias intercalados, dentro do prazo de um
ano será demitido por inassiduidade habitual.

18. O prazo de prescrição da ação disciplinar começa a contar, necessariamente, da data em que o
fato ocorreu.

19. Q555640 Ano: 2015 Banca: FCC Órgão: TRT - 15ª Região Prova: Técnico - Tecnologia da
Informação
De acordo com a Lei nº 8.112/1990, a penalidade de suspensão
a) poderá ser convertida em multa, na base de 30% por dia de vencimento ou remuneração, não
ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço. b) não poderá ser convertida em multa por
expressa disposição legal, tendo em vista a natureza distinta das penalidades.
c) poderá, quando houver conveniência para o serviço, ser convertida em multa, na base de 30% por
dia de vencimento ou remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço.
d) poderá, quando houver conveniência para o serviço, ser convertida em multa, na base de 50% por
dia de vencimento ou remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço.
e) poderá, quando houver conveniência para o serviço, ser convertida em multa, na base de 50% por
dia de vencimento ou remuneração, não ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço.

20. Q392904 Ano: 2014 Banca: FCC Órgão: TRT - 16ª REGIÃO (MA) Prova: Analista
Judiciário - Área Judiciária
Nakano, Fernanda e Marlon, todos servidores públicos federais, praticaram condutas sujeitas às
respectivas sanções previstas na Lei nº 8.112/90. Nakano recusou-se a ser submetido a inspeção
médica determinada pela autoridade competente. Fernanda revelou segredo do qual se apropriou em
razão do cargo. Marlon aliciou seus subordinados para que se filiassem a um determinado partido
político. A ação disciplinar prescreverá em dois anos para a sanção referente à(s) falta(s)
praticada(s) por :
a) Nakano, Fernanda e Marlon.
b) Nakano e Marlon.
c) Fernanda.
d) Fernanda e Marlon.
e) Nakano.

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21. Q392988 Ano: 2014 Banca: FCC Órgão: TRT - 16ª REGIÃO (MA) Prova: Analista
Judiciário
Após a instauração de processo administrativo disciplinar contra David, servidor público federal,
iniciou-se a fase do inquérito administrativo, sendo primeiramente ouvido David (interrogatório do
acusado), abrindo-se, na sequência, oportunidade de defesa escrita. Em seguida, iniciou-se a fase
instrutória, em que foram ouvidas diversas testemunhas, e, ao final, proferido relatório pela
Comissão e encaminhado à autoridade julgadora para decisão. Nos termos da Lei nº 8.112/90,
a) o relatório da Comissão deve ser elaborado no início do procedimento, antes da oitiva do
servidor.
b) está correto o procedimento adotado.
c) a fase de defesa deve ocorrer após a fase instrutória.
d) inexiste inquérito administrativo dentro do processo disciplinar, sendo uma fase externa do
processo.
e) o relatório não é encaminhado à nenhuma autoridade julgadora, pois a própria Comissão é a
competente para o julgamento.

22. Q393092 Ano: 2014 Banca: FCC Órgão: TRT - 16ª REGIÃO (MA) Prova: Analista
Judiciário
Jaíne, servidora pública federal, foi sancionada com a pena de suspensão por noventa dias, haja
vista ter recusado, no mesmo ano, fé a documentos públicos em duas ocasiões diferentes. Nos
termos da Lei nº 8.112/1990, a penalidade aplicada
a) terá seu registro cancelado após o decurso de cinco anos de efetivo exercício, se Jaíne não
houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar.
b) terá seu registro cancelado após o decurso de três anos de efetivo exercício, se Jaíne não houver,
nesse período, praticado nova infração disciplinar.
c) terá seu registro cancelado após o decurso de dois anos de efetivo exercício, sendo irrelevante se
Jaíne praticar, nesse período, nova infração disciplinar.
d) não terá seu registro cancelado, ou seja, a sanção continuará constando em seu prontuário, haja
vista a conduta ter sido reincidente.
e) não terá seu registro cancelado, vez que a sanção de suspensão aplicada à Jaíne foi mais branda
do que a prevista em lei para a conduta praticada.

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23. Q353309 Ano: 2014 Banca: FCC Órgão: TRF - 3ª REGIÃO Prova: Técnico Judiciário -
Área Administrativa
Considere os seguintes atos:
I. Inquirição de testemunhas.
II. Interrogatório do servidor acusado.
III. Apresentação de defesa escrita.
IV. Indiciação do servidor.
Nos termos da Lei nº 8.112/1990, as fases do processo administrativo disciplinar ocorrem na ordem
descrita em:
a) II, I, III e IV.
b) I, II, IV e III.
c) II, I, IV e III.
d) I, II, III e IV.
e) IV, II, III e I.

24. Q361042 Ano: 2014 Banca: FCC Órgão: TRF - 3ª REGIÃO Prova: Técnico Judiciário -
Segurança e Transporte
Pedro Henrique, servidor público federal ocupante de cargo efetivo, participava,
concomitantemente ao exercício da função pública, da administração de sociedade privada.
Instaurado processo disciplinar para apuração da potencial falta administrativa, Pedro Henrique, de
acordo com as disposições da Lei no 8.112/90, poderá sofrer pena de
a) advertência, com a correspondente anotação em seu prontuário e determinação de cessação da
atividade privada.
b) suspensão, que não pode exceder 30 dias, passível de conversão em multa.
c) suspensão, que não pode exceder 60 dias, vedada conversão em multa.
d) demissão, salvo se atuava na qualidade de acionista, cotista ou comanditário.
e) demissão, que incompatibiliza o ex-servidor para nova investidura em cargo público federal.

25. Q375795 Ano: 2014 Banca: FCC Órgão: TRT - 19ª Região (AL) Prova: Analista Judiciário
- Contabilidade
Monique, servidora pública federal, descumpriu ordens diretas de seu superior hierárquico, ordens
estas decorrentes da própria lei, referentes ao exercício de atividades inerentes ao cargo por ela
ocupado. Nos termos da Lei nº 8.112/90, Monique cometeu
a) incontinência hierárquica, passível de pena de advertência.
b) insubmissão dolosa, passível de pena de suspensão por noventa dias.
c) insubordinação grave, passível de demissão.
d) recalcitrância administrativa, passível de pena de suspensão por sessenta dias.

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e) desinteligência hierárquica, não passível de punição, mas terá o episódio registrado em seu
prontuário, para fins de antecedentes funcionais.

26. Q361107 Ano: 2014 Banca: FCC Órgão: TRT - 19ª Região (AL) Prova: Analista Judiciário
- Área Administrativa
André, servidor público do Tribunal Regional do Trabalho da 19a Região, acumulou ilegalmente
seu cargo com outro no âmbito do Tribunal de Justiça do Estado de Alagoas. O TRT tomou
conhecimento da infração, no entanto, não tomou providência, já tendo transcorrido o prazo de dois
anos da ciência. Na hipótese narrada e nos termos da Lei no 8.112/90, a ação disciplinar
a) pende de condição suspensiva, pois é necessário aguardar a ciência do TJ (Tribunal de Justiça de
Alagoas) para adotar eventual medida administrativa.
b) está prescrita, pois, no caso narrado, o prazo prescricional é de dois anos.
c) está prescrita, pois, no caso narrado, o prazo prescricional é de cento e oitenta dias.
d) não está prescrita.
e) está prescrita, pois, no caso narrado, o prazo prescricional é de um ano.

GABARITO
1-E 2-C 3-C 4-C 5-E 6-E 7-C

8-E 9-C 10 - E 11 - C 12 - E 13 - E 14 - E

15 - E 16 - E 17 - E 18 - E 19 - D 20 - E 21 - B

22 - A 23 - B 24 - D 25 - C 26 - D

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