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AULA 11
REGIME DISCIPLINAR
1 DEVERES
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2 PROIBIÇÕES
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II – casos de suspensão:
II.I – cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa,
exceto em situações de emergência e transitórias;
II.II – exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o
exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho;
III – casos de demissão:
III.I – valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em
detrimento da dignidade da função pública;
III.II – participar de gerência ou administração de sociedade privada,
personificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto na qualidade
de acionista, cotista ou comanditário;1
III.III – atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições
públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou
assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou
companheiro;
III.IV – receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer
espécie, em razão de suas atribuições;
III.V – aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro;
III.VI – praticar usura sob qualquer de suas formas;
III.VII – proceder de forma desidiosa;
III.VIII – utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou
atividades particulares.
É proibido, ainda, ao servidor, recusar-se à obrigatória inspeção médica
determinada pela autoridade competente, sob pena de suspensão, se
injustificada a recusa (art. 130, § 1o).
A seguir, breves comentários sobre o que é defeso ao servidor,
negligenciando propositalmente aquelas proibições que são por demais
óbvias, que não serão aqui desnecessariamente esmiuçadas.
Dentro do seu horário de expediente, a obrigação do servidor é trabalhar,
executando suas tarefas. Por isso, não é possível que se ausente a qualquer
momento, sem a prévia e necessária autorização do chefe imediato. Se
assim não proceder, poderá perder parcela da remuneração diária (art. 44,
II).
Tampouco pode o servidor retirar documentos ou objetos da repartição por
conta própria, podendo, inclusive, vir a ser considerada a prática de
peculato, que é o “furto” praticado pelo funcionário público (CP, art. 312).
Não importa a natureza pública ou privada do documento: se estiver sob a
responsabilidade da Administração, não poderá sair sem prévia anuência da
autoridade competente, precedida sempre do devido registro de saída e
recibo dado pela pessoa que o retire.
1
Inciso com redação dada pela Lei nº 11.784/2008. Compare a redação anterior: “participar
de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não personificada,
salvo a participação nos conselhos de administração e fiscal de empresas ou entidades em
que a União detenha, direta ou indiretamente, participação no capital social ou em sociedade
cooperativa constituída para prestar serviços a seus membros, e exercer o comércio, exceto
na qualidade de acionista, cotista ou comanditário”.
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2
A prática é antiga. Veja o trecho final da Carta que Pero Vaz de Caminha enviou ao Rei de
Portugal, D. Manuel, tida por muitos como a “certidão de nascimento” do Brasil, onde o
próprio pede emprego para seu genro: “E pois que, Senhor, é certo que tanto neste cargo
que levo como em outra qualquer coisa que de Vosso serviço for, Vossa Alteza há de ser de
mim muito bem servida, a Ela peço que, por me fazer singular mercê, mande vir da ilha de
São Tomé a Jorge de Osório, meu genro — o que d´Ela receberei em muita mercê. Beijo as
mãos de Vossa Alteza. Deste Porto Seguro, da Vossa Ilha de Vera Cruz, hoje, sexta-feira,
primeiro dia de maio de 1500. Pero Vaz de Caminha.”
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STF, ADC 12/DF, relator Ministro Carlos Britto, julgamento em 20/08/2008.
4
Disciplina o exercício de cargos, empregos e funções por parentes, cônjuges e
companheiros de magistrados e de servidores investidos em cargos de direção e
assessoramento, no âmbito dos órgãos do Poder Judiciário e dá outras providências.
5
Dispõe sobre as Carreiras dos Servidores do Poder Judiciário da União.
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3 ACUMULAÇÃO
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STF, RMS 24.699/DF, relator Ministro Eros Grau, publicação DJ 01/07/2005.
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STF, ADI 1.770/DF, relator Ministro Joaquim Barbosa, publicação DJ 01/12/2006, noticiado
no Informativo 444: ADI. READMISSÃO DE EMPREGADOS DE EMPRESAS PÚBLICAS E
SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA. ACUMULAÇÃO DE PROVENTOS E VENCIMENTOS.
EXTINÇÃO DO VÍNCULO EMPREGATÍCIO POR APOSENTADORIA ESPONTÂNEA. NÃO-
CONHECIMENTO. INCONSTITUCIONALIDADE. Lei 9.528/1997, que dá nova redação ao § 1º
do art. 453 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT -, prevendo a possibilidade de
readmissão de empregado de empresa pública e sociedade de economia mista aposentado
espontaneamente. (...) É inconstitucional o § 1º do art. 453 da CLT, com a redação dada
pela Lei 9.528/1997, quer porque permite, como regra, a acumulação de proventos e
vencimentos - vedada pela jurisprudência do Supremo Tribunal Federal -, quer porque se
funda na idéia de que a aposentadoria espontânea rompe o vínculo empregatício. (...) Ação
conhecida quanto ao § 1º do art. 453 da Consolidação das Leis do Trabalho, na redação dada
pelo art. 3º da mesma Lei 9.528/1997, para declarar sua inconstitucionalidade.
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8
ADCT, art. 17, § 1º: É assegurado o exercício cumulativo de dois cargos ou empregos
privativos de médico que estejam sendo exercidos por médico militar na administração
pública direta ou indireta.
9
Veja-se também: STF, RE 298.189/DF, relatora Ministra Ellen Gracie, publicação DJ
03/09/2004: 1. Integrante da Corporação do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal,
que exercia, à época da promulgação da Constituição Federal, cumulativamente à função de
auxiliar de enfermagem da referida corporação, cargo de idêntica denominação na Fundação
Hospitalar do Distrito Federal. Não incidência do art. 17, § 2º da ADCT à espécie, tendo em
vista que a norma aplicável aos servidores militares é a prevista no § 1º do art. 17 do ADCT, a
qual prevê acumulação lícita de cargos ou empregos por médico militar, hipótese que não se
estende a outros profissionais de saúde. 2. Recurso extraordinário conhecido e provido.
10
STJ, AgRg no RMS 13.778/PR, relatora Ministra Laurita Vaz , publicação DJ 02/05/2006.
11
STJ, ROMS 10.679/CE, relator Ministro José Arnaldo da Fonseca, publicação DJ
17/12/1999.
12
STJ, ROMS 10.677/RJ, relator Ministro Vicente Leal, publicação DJ 15/05/2000.
13
STF, RE 182.811/MG, relator Ministro Gilmar Mendes, publicação DJ 30/06/2006: Recurso
extraordinário. Acumulação de cargos. Profissionais de saúde. Cargo na área militar e em
outras entidades públicas. Possibilidade. Interpretação do art. 17, § 2º, do ADCT.
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STF, RE 351.905/RJ, relatora Ministra Ellen Gracie, publicação DJ 01/07/2005.
15
STF, ADI 3.367/DF, relator Ministro Cezar Peluso, DJ 17/03/2006: Nenhum dos advogados
ou cidadãos membros do Conselho Nacional de Justiça pode, durante o exercício do
mandato, exercer atividades incompatíveis com essa condição, tais como exercer outro cargo
ou função, salvo uma de magistério, dedicar-se a atividade político-partidária e exercer a
advocacia no território nacional.
16
Regulamentada pela Resolução CNJ nº 34, de 24/04/2007.
17
O Tribunal, por maioria, referendou a liminar concedida pelo Ministro Nelson Jobim,
Presidente, em ação direta ajuizada pela AJUFE - Associação dos Juízes Federais do Brasil -
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21
STJ, RMS 20.033/RS, relator Ministro Arnaldo Esteves Lima, publicação DJ 12/03/2007.
22
STJ, RMS 20.394/SC, relator Ministro Arnaldo Esteves Lima, publicação DJ 19/03/2007.
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4 RESPONSABILIDADES
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RESPONSABILIDADE CIVIL DAS PESSOAS DE DIREITO PÚBLICO. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO
MOVIDA CONTRA O ENTE PÚBLICO E O FUNCIONÁRIO CAUSADOR DO DANO.
POSSIBILIDADE. O fato de a Constituição Federal prever direito regressivo às pessoas
jurídicas de direito público contra o funcionário responsável pelo dano não impede que este
último seja acionado conjuntamente com aquelas, vez que a hipótese configura típico
litisconsórcio facultativo.
24
No caso, a recorrente propusera ação de perdas e danos em face de prefeito, pleiteando o
ressarcimento de supostos prejuízos financeiros decorrentes de decreto de intervenção
editado contra hospital e maternidade de sua propriedade. Esse processo fora declarado
extinto, sem julgamento de mérito, por ilegitimidade passiva do réu, decisão mantida pelo
Tribunal de Justiça local. Considerou-se que, na espécie, o decreto de intervenção em
instituição privada seria ato típico da Administração Pública e, por isso, caberia ao Município
responder objetivamente perante terceiros. (STF, Informativo 436).
25
Em outra decisão, no mesmo sentido, estava envolvido magistrado: STF, RE 228.977/SP,
relator Ministro Néri da Silveira, publicação DJ 12/04/2002: A autoridade judiciária não tem
responsabilidade civil pelos atos jurisdicionais praticados. Os magistrados enquadram-se na
espécie agente político, investidos para o exercício de atribuições constitucionais, sendo
dotados de plena liberdade funcional no desempenho de suas funções, com prerrogativas
próprias e legislação específica. 3. Ação que deveria ter sido ajuizada contra a Fazenda
Estadual - responsável eventual pelos alegados danos causados pela autoridade judicial, ao
exercer suas atribuições -, a qual, posteriormente, terá assegurado o direito de regresso
contra o magistrado responsável, nas hipóteses de dolo ou culpa.
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Assim, nos termos dessa decisão, o art. 37, § 6º, da CF/88, consagra dupla
garantia: uma em favor do particular, possibilitando-lhe ação indenizatória
contra a pessoa jurídica de direito público ou de direito privado que preste
serviço público; outra, em prol do servidor estatal, que somente responde
administrativa e civilmente perante a pessoa jurídica a cujo quadro
funcional pertencer. O particular que sofra o dano não pode, então, ajuizar
ação, diretamente, contra o agente público; o agente público somente
responde, regressivamente, à pessoa jurídica a cujos quadros funcionais
pertencer.
Note recente julgado noticiado pelo Informativo 519 do STF26:
Responsabilidade Civil do Estado e Ato Decorrente do Exercício
da Função
A Turma deu provimento a recurso extraordinário para assentar
a carência de ação de indenização por danos morais ajuizada em
desfavor de diretor de universidade federal que, nessa
qualidade, supostamente teria ofendido a honra e a imagem de
subordinado. De início, rejeitou-se a pretendida competência da
Justiça Federal (CF, art. 109, I) para julgar o feito. Asseverou-se
que a competência é definida pelas balizas da ação proposta e
que, no caso, a inicial revela que, em momento algum, a
universidade federal fora acionada. Enfatizou-se, no ponto, que
o ora recorrido ingressara com ação em face do recorrente,
cidadão. Desse modo, pouco importaria que o ato praticado por
este último o tivesse sido considerada certa qualificação
profissional. De outro lado, reputou-se violado o § 6º do art.
37 da CF, haja vista que a ação por danos causados pelo
agente deve ser ajuizada contra a pessoa de direito
público e as pessoas de direito privado prestadoras de
serviços públicos, o que, no caso, evidenciaria a
ilegitimidade passiva do recorrente. Concluiu-se que o
recorrido não tinha de formalizar ação contra o
recorrente, em razão da qualidade de agente desse
último, tendo em conta que os atos praticados o foram
personificando a pessoa jurídica de direito público. (grifou-
se)
A doutrina discute, também, a aplicação da denunciação da lide, nos
termos do art. 70, III, do CPC. Havendo ação do particular contra o Estado, a
este caberia a denunciação da lide àquele que estiver obrigado a
indenizar, em ação regressiva, o prejuízo do que perder a demanda. Vários
são os argumentos contrários e a favor, mas, apenas para resumir, veja-se
que, se a ação se baseia na culpa anônima, ou seja, se não se alega
que houve culpa do agente, não caberia a denunciação. Por outro lado,
caberia se houvesse argüição da culpa dele, bem assim a propositura
da ação contra ambos (litisconsórcio passivo) ou somente contra o
funcionário.
26
STF, RE 344.133/PE, relator Ministro Marco Aurélio, julgamento 9.9.2008, Informativo
519.
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Art. 5º. (...) XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação
de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas
aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;
28
STF, MS 26.210/DF, relator Ministro Ricardo Lewandowski, Informativos 518 e 523: TCU.
BOLSISTA DO CNPq. DESCUMPRIMENTO DA OBRIGAÇÃO DE RETORNAR AO PAÍS APÓS
TÉRMINO DA CONCESSÃO DE BOLSA PARA ESTUDO NO EXTERIOR. RESSARCIMENTO AO
ERÁRIO. O beneficiário de bolsa de estudos no exterior patrocinada pelo Poder Público, não
pode alegar desconhecimento de obrigação constante no contrato por ele subscrito e nas
normas do órgão provedor. Incidência, na espécie, do disposto no art. 37, § 5º, da
Constituição Federal, no tocante à alegada prescrição.
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29
Art. 156. A prova da alegação incumbirá a quem a fizer; mas o juiz poderá, no curso da
instrução ou antes de proferir sentença, determinar, de ofício, diligências para dirimir dúvida
sobre ponto relevante.
30
STF, MS 22.155/GO, relator Ministro Celso de Mello, publicação DJ 24/11/2006.
31
STJ, MS 9.318/DF, relatora Ministra Laurita Vaz, publicação DJ 18/12/2006.
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de dever legal ou no exercício regular de direito, tal não se discute mais nas
demais instâncias (art. 65, CPP32). No entanto, a ação civil poderá ser
proposta quando não tiver sido, categoricamente, reconhecida a
inexistência material do fato (art. 66, CPP33).
Ressalte-se que, “pela falta residual, não compreendida na absolvição pelo
juízo criminal, é admissível a punição administrativa do servidor público”
(STF, Súmula nº 18). O juiz criminal fará uma análise no que toca à
existência ou não do crime, não se manifestando sobre eventuais ilícitos
administrativos. Então, segundo citada Súmula, se houver falta residual, tal
decisão do juízo criminal não influenciará a instância administrativa. Tal
resíduo administrativo só pode existir num processo por crime funcional, e
não por crime comum. 34
O Estatuto determina, ainda, o pagamento do auxílio-reclusão à família do
servidor ativo quando afastado por motivo de prisão (art. 229).
Do ocupante de cargos ou funções de chefia ou direção, exige-se que se
tomem as providências necessárias no sentido de apurar a responsabilidade
de seus subordinados, assim que tiver ciência de irregularidades, sob as
penas do art. 320 do CP, também previstas como dever de qualquer
servidor (art. 116, XII).
5 PENALIDADES
32
Art. 65. Faz coisa julgada no cível a sentença penal que reconhecer ter sido o ato
praticado em estado de necessidade, em legítima defesa, em estrito cumprimento de dever
legal ou no exercício regular de direito.
33
Art. 66. Não obstante a sentença absolutória no juízo criminal, a ação civil poderá ser
proposta quando não tiver sido, categoricamente, reconhecida a inexistência material do
fato.
34
STF, RE 102.643/SP, relator Ministro Carlos Madeira, publicação DJ 16/06/1986:
Funcionário. Demissão. Reintegração no cargo em virtude de absolvição na ação penal. Falta
residual. Conceito. A falta residual que impede a reintegração do funcionário absolvido do
crime que deu causa à sua demissão, e a que ao juiz criminal não cabia apurar. Só num
processo por crime funcional pode haver resíduo administrativo. Se o crime é comum,
estranho à função, e o acusado vem a ser absolvido, desconstitui-se o ato demissório.
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35
COSTA, José Armando da. Teoria e Prática do Processo Administrativo Disciplinar. 4. ed.
Brasília: Brasília Jurídica, 2002, p. 423.
36
STJ, MS 8.106/DF, relator Ministro Vicente Leal, publicação DJ 28/10/2002.
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5.1 ADVERTÊNCIA
37
TRF 1ª Região, AC 95.01.25619-7 /DF, relator Juiz Federal Moacir Ferreira Ramos,
publicação DJ 31/07/2003, trânsito em julgado do acórdão em 18/08/2003:
ADMINISTRATIVO E CONSTITUCIONAL. CRM/GO. CASSAÇÃO DO EXERCÍCIO PROFISSIONAL
DE CIRURGIÃO. CONFIRMAÇÃO DA AUTORIA DE ATO CIRÚRGICO. FUGA DA
RESPONSABILIDADE DO PROFISSIONAL. GARANTIDO O DIREITO DE AMPLA DEFESA E DO
CONTRADITÓRIO. LEGALIDADE DA PENA. DESCARACTERIZADA A PENALIDADE COMO DE
CARÁTER PERPÉTUO. ART. 5º, INCISO XLVII, ALÍNEA “b”, CF/88. Não há qualquer
ilegalidade ou inconstitucionalidade na aplicação da pena de cassação do exercício
profissional do médico, cuja paciente, submetida à cesariana, sofreu perda do útero e do
ovário, em decorrência de verificada imperícia, imprudência e negligência na prática do ato
cirúrgico. Tal pena não é de caráter perpétuo, visto que o preceito constante no art. 5º,
XLVII, alínea "b", aplica-se somente no âmbito do direito penal.
38
STF, RE 154.134/SP, relator Ministro Sydney Sanches, publicação DJ 29/10/1999.
39
TRF 1ª Região, REO 91.01.05780-4/RR, relator Juiz Jirair Aram Meguerian, publicação DJ
06/11/1997, trânsito em julgado do acórdão em 12/12/1997.
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5.3 DEMISSÃO
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40
Veja também o Decreto nº 983/93, que dispõe sobre a colaboração dos órgãos e
entidades da Administração Pública Federal com o Ministério Público Federal na repressão a
todas as formas de improbidade administrativa.
41
Segundo a Advocacia-Geral da União, Parecer nº GQ – 164, "lesão aos cofres públicos"
corresponde ao crime de peculato.
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42
STF, MS 23.474/DF, relator Ministro Gilmar Mendes, publicação DJ 22/09/2006.
43
O STF, na ADI 2.135 (julgamento em 02/08/2007, DJ 14/08/2007), suspendeu,
cautelarmente e com efeito ex nunc, a alteração do caput do art. 39, CF/88, retornando sua
redação original, onde se exige a existência de um Regime Jurídico Único (RJU) dos
Servidores Públicos. Assim, a partir dessa decisão, tornou-se inaplicável a Lei nº 9.962/2000.
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Lei nº 7.716/89, art. 1º. Serão punidos, na forma desta Lei, os crimes
resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou
procedência nacional. (...)
Art. 16. Constitui efeito da condenação a perda do cargo ou função pública,
para o servidor público, e a suspensão do funcionamento do
estabelecimento particular por prazo não superior a três meses.
Lei nº 9.455/97, art. 1º. Constitui crime de tortura: (...). § 5º. A
condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a
interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada.
6 PRESCRIÇÃO
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44
STF, RMS 24.737/DF, relator Ministro Carlos Britto, publicação DJ 03/09/2004.
45
STJ, MS 11.974/DF, relatora Ministra Laurita Vaz, publicação DJ 07/05/2007, noticiado no
Informativo STJ 315/2007.
46
Desde o Decreto nº 20.910/32, que já previa o prazo prescricional de 5 (cinco) anos para
o exercício de todo direito público.
47
STF, MS 22.156/RJ, relator Ministro Sydney Sanches, publicação DJ 22/03/1996.
48
STF, RMS 21.562/DF, relator Ministro Ilmar Galvão, publicação DJ 24/06/1994.
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49
STF, RMS 23.436/DF, relator Ministro Marco Aurélio, publicação DJ 15/10/1999 e MS
23.299/SP, relator Ministro Sepúlveda Pertence, publicação DJ 12/04/2002. Veja também:
STJ, RMS 13.439/MG, relator Ministro Felix Fischer, publicação DJ 29/03/2004.
50
STF, MS 22.827/MT, relator Ministro Marco Aurélio, publicação DJ 02/10/1998.
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8 PARA GUARDAR
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o
20 – (FCC/Técnico/TRF4/2007) Para a Lei n 8.112/90, entende-se por
inassiduidade habitual a
(A) ausência intencional do servidor ao serviço por mais de noventa dias
consecutivos.
(B) ausência intencional do servidor ao serviço por mais de cento e vinte
dias consecutivos.
(C) falta ao serviço, sem causa justificada, por sessenta dias,
interpoladamente, durante o período de doze meses.
(D) falta ao serviço, sem causa justificada, por noventa dias,
interpoladamente, durante o período de vinte e quatro meses.
(E) falta ao serviço, sem causa justificada, por trinta dias,
interpoladamente, durante o período de doze meses.
o
22 – (FCC/Técnico/TRF4/2007) Segundo a Lei n 8.112/90, em regra, as
penalidades disciplinares nos casos de advertência ou de suspensão de até
trinta dias serão aplicadas
(A) pelos Presidentes das Casas do Poder Legislativo competente e outras
autoridades, na forma dos respectivos regimentos ou regulamentos.
(B) pelo Presidente do Tribunal Regional Federal competente e outras
autoridades, na forma dos respectivos regimentos ou regulamentos.
(C) pelo Presidente da República, exclusivamente.
(D) pelo Procurador-Geral da República, exclusivamente.
(E) pelo chefe da repartição e outras autoridades, na forma dos
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GABARITO
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o
1. D – Lei n 8.112/90, art. 131. As penalidades de advertência e de
suspensão terão seus registros cancelados, após o decurso de 3 (três) e 5
(cinco) anos de efetivo exercício, respectivamente, se o servidor não
houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar.
o
2. B – Lei n 8.112/90, art. 125. As sanções civis, penais e
administrativas poderão cumular-se, sendo independentes entre si.
o
3. C – Lei n 8.112/90, art. 127. São penalidades disciplinares: I -
advertência; II - suspensão; III - demissão; IV - cassação de
aposentadoria ou disponibilidade; V - destituição de cargo em comissão;
VI - destituição de função comissionada.
o
4. A – Lei n 8.112/90, art. 130. A suspensão será aplicada em caso de
reincidência das faltas punidas com advertência e de violação das demais
proibições que não tipifiquem infração sujeita a penalidade de demissão,
não podendo exceder de 90 (noventa) dias.
o
5. D – Lei n 8.112/90, art. 122, § 3o A obrigação de reparar o dano
estende-se aos sucessores e contra eles será executada, até o limite do
valor da herança recebida.
o
6. B – Lei n 8.112/90, art. 127. São penalidades disciplinares: I -
advertência; II - suspensão; III - demissão; IV - cassação de
aposentadoria ou disponibilidade; V - destituição de cargo em comissão;
VI - destituição de função comissionada.
o
7. E – Lei n 8.112/90, art. 117. Ao servidor é proibido: XVI - utilizar
pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades
particulares. Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos: XIII -
transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117.
8. B – A necessidade de as penas disciplinares serem aplicadas
mediante processo administrativo decorre do princípio do contraditório, já
que é durante o processo que terá o servidor investigado a oportunidade de
demonstrar sua inocência, obedecido o devido processo legal.
o
9. CCEEE – Lei n 8.112/90, art. 126. A responsabilidade administrativa
do servidor será afastada no caso de absolvição criminal que negue a
existência do fato ou sua autoria. Art. 122, § 2o Tratando-se de dano
causado a terceiros, responderá o servidor perante a Fazenda Pública, em
ação regressiva. Art. 112, § 3o A obrigação de reparar o dano estende-se
aos sucessores e contra eles será executada, até o limite do valor da
herança recebida. Art. 125. As sanções civis, penais e administrativas
poderão cumular-se, sendo independentes entre si. Art. 122. A
responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou
culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros.
o
10. E – Lei n 8.112/90, art. 126. A responsabilidade administrativa do
servidor será afastada no caso de absolvição criminal que negue a
existência do fato ou sua autoria. A absolvição por falta de provas não
interfere no processo administrativo.
o
11. D – Lei n 8.112/90, art. 132. A demissão será aplicada nos
seguintes casos: IV - improbidade administrativa. Art. 135. A destituição
de cargo em comissão exercido por não ocupante de cargo efetivo será
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