Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Área Administrativa
Edital n° 01 / 2015
SUMÁRIO
www.acasadoconcurseiro.com.br
Português
www.acasadoconcurseiro.com.br
Português
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
ACENTUAÇÃO
Toda palavra tem uma sílaba que é pronunciada com mais intensidade que as outras. Essa sílaba
é chamada de sílaba tônica. Pode ocupar diferentes posições e, de acordo com essa colocação,
ser classificada como: oxítona, paroxítona, proparoxítona e monossílaba tônica.
Regras de acentuação
2. Paroxítonas
Quando terminadas em
a) L, N, R, X, PS, I, US: amável, hífen, repórter, tórax, bíceps, tênis, vírus.
b) UM, UNS, Ã, ÃS, ÃO, ÃOS, EI: álbum, ímã, órgão.
c) Ditongo crescente (SV +V): cárie, polícia, história.
3. Oxítonas
Quando terminadas em EM, ENS, A(S), E(S), O(S):
a) A, AS: está, guaraná, comprá-la.
b) E, ES: jacaré, você, fazê-los.
c) O, OS: avó, paletós.
d) EM: armazém, ninguém.
e) ENS: parabéns, armazéns.
4. Monossílabos tônicos
A, AS, E, ES, O, OS: mês, pó, já.
www.acasadoconcurseiro.com.br 7
5. Ditongo Aberto
6. Hiatos I e U
7. ÊE, ÔO
a) Ele contém, detém, provém, intervém (singular do presente do indicativo dos verbos
derivados de TER e VIR: conter, deter, manter, obter, provir, intervir, convir);
b) Eles contêm, detêm, provêm, intervêm (plural do presente do indicativo dos verbos
derivados de TER e VIR).
8 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Acentuação Gráfica – Prof. Carlos Zambeli
9. Acentos Diferenciais
Antes Depois
Ele pára
Eu pélo Só existem ainda
O pêlo, os pêlos
A pêra (= fruta) Pôde (pretérito)
Pôde (pretérito) Pôr (verbo)
Pôr (verbo)
10. Trema
Antes Depois
gue, gui, que, qui
quando pronunciados O trema não é mais utilizado.
bilíngüe Exceto para palavras estrangeiras ou nomes
Pingüim próprios: Müller e mülleriano...
Cinqüenta
www.acasadoconcurseiro.com.br 9
2. Marque as opções em que as palavras são acentuadas seguindo a mesma regra. (regras antigas)
a) ( ) magnífico - básica
b) ( ) português - saí
c) ( ) gaúcho – renúncia
d) ( ) eliminatória – platéia
e) ( ) rápido – assédio
f) ( ) cipó – após
g) ( ) distribuído – saísse
h) ( ) realizará – invés
i) ( ) européia – sóis
j) ( ) alguém – túnel
l) ( ) abençôo – pôr
m) ( ) ânsia - aluguéis
n) ( ) prevêem - soubésseis
o) ( ) imbatível – efêmera
3. Acentue ou não:
a) Sauva , sauvinha, gaucha, gauchinha, viuvo, bau, bauzinho, feri-la, medi-la, atrai-los;
b) sos, le-la, reu, odio, sereia, memoria, itens, pires, tenue;
c) America, obito, coluna, tulipa, cinico, exito, panico, penico;
d) pendulo, pancreas, bonus, impar, item, libido, ravioli, traduzi-la, egoista.
10 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português
ORTOGRAFIA
Os Porquês
1. Por que
Por qual motivo / Por qual razão / O motivo pelo qual / Pela qual
www.acasadoconcurseiro.com.br 11
3. porque = pois
•• Ele foi embora, porque foi demitido daqui.
4. porquê = substantivo
Usado com artigos, pronomes adjetivos ou numerais.
HOMÔNIMOS E PARÔNIMOS
Homônimos
Vocábulos que se pronunciam da mesma forma, e que diferem no sentido.
•• Homônimos perfeitos: vocábulos com pronúncia e grafia idênticas (homófonos e
homógrafos).
São: 3ª p. p. do verbo ser.
•• Eles são inteligentes.
São: sadio.
•• O menino, felizmente, está são.
12 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Ortografia – Prof. Carlos Zambeli
•• Homônimos imperfeitos: vocábulos com pronúncia igual (homófonos), mas com grafia
diferente (heterógrafos).
Cessão: ato de ceder, cedência
Seção : corte, subdivisão, parte de um todo
Sessão: Espaço de tempo em que se realiza uma reunião
Parônimos
Vocábulos ou expressões que apresentam semelhança de grafia e pronúncia, mas que diferem
no sentido.
Cavaleiro: homem a cavalo
Cavalheiro: homem gentil
Censo: recenseamento
Senso: juízo
Descriminar: inocentar
Discriminar: distinguir, diferenciar
Eminente: excelente
Iminente: sobranceiro; que está por acontecer
www.acasadoconcurseiro.com.br 13
Empossar: dar posse
Empoçar: formar poça
Flagrante: evidente
Fragrante: perfumado
Ratificar: confirmar
Retificar: corrigir
Tráfego: trânsito
Tráfico: negócio ilícito
Ao encontro de: a favor, para junto de. Ir ao encontro dos anseios do povo.
De encontro a: contra. As medidas vêm de encontro aos interesses do povo.
14 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português
Substantivo (nome)
Tudo o que existe é ser e cada ser tem um nome. Substantivo é a classe gramatical de palavras
variáveis, as quais denominam os seres. Além de objetos, pessoas e fenômenos, os substantivos
também nomeiam:
•• lugares: Brasil, Rio de Janeiro...
•• sentimentos: amor, ciúmes ...
•• estados: alegria, fome...
•• qualidades: agilidade, sinceridade...
•• ações: corrida, leitura...
Destaque zambeliano
Concretos:
os que indicam elementos reais ou imaginários com existência própria, independentes
dois sentimentos ou julgamentos do ser humano.
•• Deus, fada, espírito, mesa, pedra.
Abstratos:
os que nomeiam entes que só existem na consciência humana, indicam atos,
qualidades e sentimentos.
•• vida (estado), beleza (qualidade), felicidade (sentimento), esforço (ação).
www.acasadoconcurseiro.com.br 15
Sobrecomuns
Quando um só gênero se refere a homem ou mulher.a criança, o monstro, a vítima, o
anjo.
Comuns de dois gêneros
Quando uma só forma existe para se referir a indivíduos dos dois sexos.
•• o artista, a artista, o dentista, a dentista...
Artigo
Artigo é a palavra que, vindo antes de um substantivo, indica se ele está sendo empregado de
maneira definida ou indefinida. Além disso, o artigo indica, ao mesmo tempo, o gênero e o
número dos substantivos.
Detalhe zambeliano 1
Substantivação!
•• Os milhões foram desviados dos cofres públicos.
Detalhe zambeliano 2
Artigo facultativo diante de nomes próprios.
•• Cláudia não veio. / A Cláudia não veio.
Detalhe zambeliano 3
Artigo facultativo diante dos pronomes possessivos.
•• Nossa banca é fácil.
16 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Emprego das Classes de Palavras/Morfologia – Prof. Carlos Zambeli
Adjetivo
Morfossintaxe do Adjetivo:
O adjetivo exerce sempre funções sintáticas relativas aos substantivos, atuando como adjunto
adnominal ou como predicativo (do sujeito ou do objeto).
Detalhe zambeliano!
•• Os concurseiros dedicados estudam comigo.
Locução adjetiva
•• Carne de porco (suína)
•• Curso de tarde (vespertino)
•• Energia do vento (eólica)
•• Arsenal de guerra (bélico)
Pronome
Pessoais
•• a 1ª pessoa: aquele que fala (eu, nós), o locutor;
•• a 2ª pessoa: aquele com quem se fala (tu, vós) o locutário;
•• a 3ª pessoa: aquele de quem se fala (ele, ela, eles, elas), o assunto ou referente.
As palavras EU, TU, ELE, NÓS, VÓS, ELES são pronomes pessoais. São denominados desta forma
por terem a característica de substituírem os nomes, ou seja, os substantivos.
www.acasadoconcurseiro.com.br 17
•• Vou imprimir uma apostila da Casa do concurseiro para dar no dia da inscrição da Ana.
•• Vou imprimir uma apostila da Casa do concurseiro para dar no dia da inscrição dela.
“Não sei, apenas cativou-me. Então, tu tornas-te eternamente responsável por aquilo que
cativa. Tu podes ser igual a todos outros no mundo, mas para mim serás único.”
Indefinidos
Algum material pode me ajudar. (afirmativo)
Material algum pode me ajudar. (negativo).
Outros pronomes indefinidos:
tudo, todo (toda, todos, todas), algo, alguém, algum (alguma, alguns, algumas), nada, ninguém,
nenhum (nenhuma, nenhuns, nenhumas), certo (certa, certos, certas), qualquer (quaisquer), o
mesmo (a mesma, os mesmos, as mesmas),outrem, outro (outra, outros, outras), cada, vários
(várias).
Demonstrativos
Este, esta, isto – perto do falante.
ESPAÇO � Esse, essa, isso – perto do ouvinte.
Aquele, aquela, aquilo – longe dos dois.
Este, esta, isto – presente/futuro
TEMPO � Esse, essa, isso – passado breve
Aquele, aquela, aquilo – passado distante
Este, esta, isto – vai ser dito
DISCURSO �
Esse, essa, isso – já foi dito
RETOMADA
Edgar e Zambeli são dois dos professores da Casa do Concurseiro. Este ensina Português;
aquele, Matemática.
Possessivos
•• Aqui está a minha carteira. Cadê a sua?
18 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Emprego das Classes de Palavras/Morfologia – Prof. Carlos Zambeli
Verbos
As formas nominais do verbo são o gerúndio, infinitivo e particípio. Não apresentam flexão de
tempo e modo, perdendo desta maneira algumas das características principais dos verbos.
Tempo e Modo
As marcas de tempo verbal situam o evento do qual se fala com relação ao momento em que se
fala. Em português, usamos três tempos verbais: presente, passado e futuro.
Os modos verbais, relacionados aos tempos verbais, destinam-se a atribuir expressões
de certeza, de possibilidade, de hipótese ou de ordem ao nosso discurso. Essas formas são
indicativo, subjuntivo e imperativo.
O modo indicativo possui seis tempos verbais: presente; pretérito perfeito, pretérito imperfeito
e pretérito mais-que-perfeito; futuro do presente e futuro do pretérito.
O modo subjuntivo divide-se em três tempos verbais: presente, pretérito imperfeito e futuro.
O modo imperativo apresenta-se no presente e pode ser afirmativo ou negativo.
Advérbio
É a classe gramatical das palavras que modificam um verbo, um adjetivo ou um outro advérbio.
É a palavra invariável que indica as circunstâncias em que ocorre a ação verbal.
O advérbio pode ser representado por duas ou mais palavras: locução adverbial (à direita,
à esquerda, à frente, à vontade, em vão, por acaso, frente a frente, de maneira alguma, de
manhã, de súbito, de propósito, de repente...)
•• Lugar: longe, junto, acima, atrás…
•• Tempo: breve, cedo, já, dentro, ainda…
•• Modo: bem, mal, melhor, pior, devagar, (usa, muitas vezes, o sufixo-mente).
•• Negação: não, tampouco, absolutamente…
•• Dúvida: quiçá, talvez, provavelmente, possivelmente…
•• Intensidade: muito, pouco, bastante, mais, demais, tão…
•• Afirmação: sim, certamente, realmente, efetivamente…
www.acasadoconcurseiro.com.br 19
Preposição
Preposição é uma palavra invariável que liga dois elementos da oração, subordinando o segundo
ao primeiro, ou seja, o regente e o regido.
Regência verbal: Entregamos aos alunos nossas apostilas no site.
Conjunções
Conjunção é a palavra invariável que liga duas orações ou dois termos semelhantes
de uma mesma oração.
As conjunções podem ser classificadas em coordenativas e subordinativas
•• Edgar tropeçou e torceu o pé.
20 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Emprego das Classes de Palavras/Morfologia – Prof. Carlos Zambeli
No primeiro caso temos duas orações independentes, já que separadamente elas têm sentido
completo: período é composto por coordenação.
No segundo caso, uma oração depende sintaticamente da outra. O verbo “espero” fica sem
sentido se não há complemento.
Coordenadas – aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas, explicativas.
Subordinadas – concessivas, conformativas, causais, consecutivas, comparativas, condicionais,
temporais, finais, proporcionais.
Curiosidade
Das conjunções adversativas, "mas" deve ser empregada sempre no início da oração:
as outras (porém, todavia, contudo, etc.) podem vir no início ou no meio.
Ninguém respondeu a pergunta, mas os alunos sabiam a resposta.
Numeral
Cardinais: indicam contagem, medida. É o número básico. Ex.: cinco, dois, duzentos mil
Ordinais: indicam a ordem ou lugar do ser numa série dada. Ex.: primeiro, segundo, centésimo
Fracionários: indicam parte de um inteiro, ou seja, a divisão. Ex.: meio, terço, três quintos
Multiplicativos: expressam ideia de multiplicação dos seres, indicando quantas vezes a
quantidade foi aumentada. Ex.: dobro, triplo, quíntuplo, etc.
Interjeição
www.acasadoconcurseiro.com.br 21
Classifique a classe gramatical das palavras destacadas (substantivo, adjetivo, advérbio)
A cerveja que desce redondo.
22 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Emprego das Classes de Palavras/Morfologia – Prof. Carlos Zambeli
www.acasadoconcurseiro.com.br 23
Português
COLOCAÇÃO PRONOMINAL
Emprego
2. Formas de Tratamento
a) o, a, os, as, quando precedidos de verbos que terminam em –r, -s, -z, assumem a forma lo,
la, los, las,e os verbos perdem aquelas terminações.
Queria vendê-la para o Pedro Kuhn.
b) o, a, os, as, quando precedidos de verbos que terminam em –m, -ão, -õe, assumem a
forma no, na, nos, nas.
André Vieira e Pedro Kuhn enviaram-nas aos alunos.
c) O/A X Lhe
A Casa do Concurseiro enviou a apostila aos alunos nesta semana.
www.acasadoconcurseiro.com.br 25
Colocação
É o emprego dos pronomes oblíquos átonos (me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes) em
relação ao verbo na frase.
Os pronomes átonos podem ocupar 3 posições: antes do verbo (próclise), no meio do verbo
(mesóclise) e depois do verbo (ênclise).
PRÓCLISE
a) Com palavras ou expressões negativas: não, nunca, jamais, nada, ninguém, nem, de modo
algum.
Nada me emociona.
Ninguém te viu, Edgar.
b) Com conjunções subordinativas: quando, se, porque, que, conforme, embora, logo, que,
caso...
Quando me perguntaram, respondi que te amava!
Se lhe enviarem o bilhete, avise que nos lembramos dela.
c) Advérbios
Aqui se estuda de verdade.
Sempre me esforcei para passar no concurso.
Se houver vírgula depois do advérbio, a próclise não existirá mais.
Aqui, estuda-se muito!
d) Pronomes
Alguém me perguntou isso? (indefinido)
A questão que te tirou do concurso foi anulada!!! (relativo)
Aquilo me emocionou muito. (demonstrativo)
26 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Colocação Pronominal – Prof. Carlos Zambeli
MESÓCLISE
Usada quando o verbo estiver no futuro do presente ou no futuro do pretérito.
Convidar-me-ão para a festa.
Entregá-lo-ia a você, se tivesse tempo.
Dar-te-ei a apostila de Português do Zambeli.
ÊNCLISE
Com o verbo no início da frase.
Entregaram-me as apostilas do curso.
Com o verbo no imperativo afirmativo.
Edgar, retire-se daqui!
Locuções verbais são formadas por um verbo auxiliar + infinitivo, gerúndio ou particípio.
AUX + PARTICÍPIO:
O pronome deve ficar depois do verbo auxiliar. Se houver palavra atrativa, o pronome deverá
ficar antes do verbo auxiliar.
Havia-lhe contado aquele segredo.
Não lhe havia enviado os cheques.
Tenho-lhe contado a verdade.
Não lhe tenho contado a verdade.
www.acasadoconcurseiro.com.br 27
Infinitivo
Quero-lhe dizer o que aconteceu.Quero dizer-lhe o que aconteceu.
Gerúndio
Estou lhe dizendo a verdade.
Ia escrevendo-lhe o e-mail.
Se houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá antes do verbo auxiliar ou depois do
verbo principal.
Infinitivo
Não lhe vou dizer aquela história.
Não quero dizer-lhe meu nome.
Gerúndio
Não lhe ia dizendo a verdade.
Não ia dizendo-lhe a verdade.
Vou-lhe confessar. Estou-lhe telefonando.
Vou confessar-lhe. Estou telefonando-lhe.
28 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Colocação Pronominal – Prof. Carlos Zambeli
1. ( ) Vamos, amigos, cheguem-se aos bons. 13. ( ) Ninguém podia ajudar-nos naquela
hora.
2. ( ) O torneio iniciar-se-á no próximo
Domingo. 14. ( ) Algumas haviam-nos contado a
verdade.
3. ( ) Amanhã dizer-te-ei todas as novidades.
15. ( ) Todos se estão entendendo bem.
4. ( ) Os alunos nos surpreendem com suas
respostas. 16. ( ) As meninas não tinham nos convidado
para sair.
5. ( ) Os amigos chegaram e me esperam lá
fora.
www.acasadoconcurseiro.com.br 29
Português
Frase: é o enunciado com sentido completo, capaz de fazer uma comunicação. Na frase é
facultativo o uso do verbo.
Oração: é o enunciado com sentido que se estrutura com base em um verbo.
Período: é a oração composta por um ou mais verbos.
SUJEITO
É o ser da oração ou a quem o verbo se refere e sobre o qual se faz uma declaração.
Que (me) é que?
“Teus sinais me confundem da cabeça aos pés, mas por dentro eu te devoro.” (Djavan)
Casos especiais
Sujeito indeterminado – quando não se quer ou não se pode identificar claramente a quem o
predicado da oração se refere. Observe que há uma referência imprecisa ao sujeito. Ocorre
a) Com o verbo na 3ª pessoa do plural, desde que o sujeito não tenha sido identificado
anteriormente.
Falaram sobre esse assunto no bar do curso.
www.acasadoconcurseiro.com.br 31
Inexistente (oração sem sujeito) – ocorre quando há verbos impessoais na
oração.
Fenômeno da natureza
Venta forte no litoral cearense!
Ser
É impessoal quando se refere a Horário, Data e Distância. A concordância será feita com o
predicativo.
Hoje são 29 de abril.
32 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Sintaxe da Oração (Análise Sintática) – Prof. Carlos Zambeli
Sujeito Oracional
Estudar para concursos é muito cansativo.
É necessário que vocês estudem em casa.
TRANSITIVIDADE VERBAL
2. Verbo Transitivo Direto (VTD) – verbo que precisa de complemento sem preposição.
“O Eduardo sugeriu uma lanchonete, mas a Mônica queria ver o filme do Godard.” (Legião Urbana)
3. Verbo Transitivo Indireto (VTI) – verbo que precisa de complemento com preposição.
"Cuida de mim, enquanto não me esqueço de você“ (Teatro Mágico)
“Plantei uma flor no coração dela, e ela me deu um sorriso trazendo paz.” (Natiruts)
www.acasadoconcurseiro.com.br 33
ADJUNTO ADVERBIAL
É o termo da oração que indica uma circunstância (dando ideia de tempo, instrumento, lugar,
causa, dúvida, modo, intensidade, finalidade, ...). O adjunto adverbial é o termo que modifica o
sentido de um verbo, de um adjetivo, de um advérbio.
APOSTO X VOCATIVO
Aposto é um termo acessório da oração que se liga a um substantivo, tal como o adjunto
adnominal, mas que, no entanto sempre aparecerá com a função de explicá-lo, aparecendo de
forma isolada por pontuação.
Vocativo é o único termo isolado dentro da oração, pois não se liga ao verbo nem ao nome.
Não faz parte do sujeito nem do predicado. A função do vocativo é chamar o receptor a que se
está dirigindo. É marcado por sinal de pontuação.
Edgar, o professor de matemática, também sabe muito bem Português!
Complemento Nominal
É o termo preposicionado que completa o sentido de um nome (adjetivo, substantivo ou
advérbio).
34 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Sintaxe da Oração (Análise Sintática) – Prof. Carlos Zambeli
CN Adjunto Adnominal
Sempre preposicionado; Nem sempre preposicionado;
Completa substantivo, adjetivo ou advérbio; Refere-se a substantivo abstrato ou concreto;
Sentido passivo. Sentido ativo.
www.acasadoconcurseiro.com.br 35
Objeto Direto X Objeto Indireto
Gostamos de todas as matérias!
Vi os vídeos no sábado.
Eu estava na rua.
36 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Sintaxe da Oração (Análise Sintática) – Prof. Carlos Zambeli
www.acasadoconcurseiro.com.br 37
Português
Português
CONCORDÂNCIA VERBAL
Regra geral
O verbo concorda com o núcleo do sujeito em número e pessoa.
“A renúncia progressiva dos instintos parece ser um dos fundamentos do desenvolvimento da
civilização humana.” (Freud)
Os concurseiros dedicados adoram esta matéria nas provas.
•• As alunas dedicadas estudaram esse assunto complicado ontem.
1. Se
a) Pronome apassivador – o verbo (VTD ou VTDI) concordará com o sujeito passivo.
•• Compraram-se alguns salgadinhos para a festa.
•• Estuda-se esse assunto na aula.
•• Exigem-se referências do candidato.
•• Emplacam-se os carros novos em três dias.
•• Entregou-se um brinde aos alunos durante o intervalo.
2. Pronome de tratamento
O verbo fica sempre na 3ª pessoa (= ele/eles).
•• Vossa Excelência merece nossa estima. Sua obra é reconhecida por todos.
www.acasadoconcurseiro.com.br 39
3. Haver
No sentido de “existir ou ocorrer” ou indicando “tempo” ficará na terceira pessoa do singular. É
impessoal, ou seja, não possui sujeito.
•• Nesta sala, há bons e maus alunos.
•• Avisaram agora que a sala está desarrumada porque houve um simulado antes.
•• Há pessoas que não valorizam a vida.
•• Deve haver aprovações desde curso.
•• Devem existir aprovações desde curso.
4. Fazer
Quando indica “tempo”, “temperatura” ou “fenômenos da natureza”, também é impessoal e
deverá ficar na terceira pessoa do singular.
•• Faz 3 dias que vi essa aula no site do curso.
•• Fez 35 graus em Recife!
•• Faz frio na serra gaúcha.
•• Deve fazer 15 dias já que enviei o material.
6. Mais de um
O verbo permanece no singular:
•• Mais de um aluno da Casa passou neste concurso.
40 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Concordância Verbal e Nominal – Prof. Carlos Zambeli
7. Que x Quem
QUE: se o sujeito for o pronome relativo que, o verbo concorda com o antecedente do pronome
relativo.
•• Fui eu que falei. (eu falei) Fomos nós que falamos. (nós falamos)
QUEM: se o sujeito for o pronome relativo quem, o verbo ficará na terceira pessoa do singular
ou concordará com o antecedente do pronome (pouco usado).
•• Fui eu quem falei/ falou. Fomos nós quem falamos/falou.
1. É preciso que se _________ os acertos do preço e se ___________ as regras para não _____
mal-entendidos. ( faça – façam/ fixe – fixem/ existir – existirem)
5. ______vários dias que não se ________casamentos aqui; ________ alguma coisa estranha
no local. (faz – fazem/ realiza – realizam/ deve haver – devem haver)
6. Não ______ emoções que ______esse momento. (existe – existem/ traduza – traduzam)
11. Convém que se ______nos problemas do casamento e que não se ____ partido da sogra.
(pense – pensem / tome – tomem)
www.acasadoconcurseiro.com.br 41
13. __________aos bêbados todo auxílio. (prestou-se – prestaram-se)
14. Não se ____ boas festas de casamento como antigamente. (faz – fazem)
17. Convém que se ________ às ordens da sogra e que se _________ os prometidos. (obedeça
– obedeçam / cumpra – cumpram)
19. Uma pesquisa de psicólogos especializados _______ que a maioria dos casamentos não se
_______ depois de 2 anos. (revelou / revelaram – mantém / mantêm)
20. A maior parte dos maridos _____ pela esposa durante as partidas de futebol.
(é provocada / são provocados)
Concordância Nominal
Regra geral
Os artigos, os pronomes, os numerais e os adjetivos concordam com o substantivo a que eles
se referem.
Casos especiais
Adjetivo + substantivos de gênero diferente: concordância com o termo mais próximo.
•• Aquele professor ensina complicadas regras e conteúdos.
complicados conteúdos e regras.
•• Notei caídas as camisas e os prendedores.
•• Notei caída a camisa e os prendedores.
•• Notei caído o prendedor e a camisa.
42 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Concordância Verbal e Nominal – Prof. Carlos Zambeli
Substantivos de gêneros diferentes + adjetivo: concordância com o termo mais próximo ou uso
do masculino plural.
•• A Casa do Concurseiro anunciou a professora e o funcionário homenageado.
•• A Casa do Concurseiro anunciou a professora e o funcionário homenageados.
•• A Casa do Concurseiro anunciou o funcionário e a professora homenageada.
3. Anexo
•• Seguem anexos os valores do orçamento.
•• As receitas anexas devem conter comprovante.
4. Obrigado – adjetivo
•• “Muito obrigada”, disse a nova funcionária pública!
5. Só
•• “O impossível é só questão de opinião e disso os loucos sabem, só os loucos sabem.”
(Chorão)
•• “Eu estava só, sozinho! Mais solitário que um paulistano, que um canastrão na hora
que cai o pano”
•• “Bateu de frente é só tiro, porrada e bomba.” (Valesca Popozuda)
Observação!
A locução adverbial a sós é invariável.
6. Bastante
Adjetivo = vários, muitos
Advérbio = muito, suficiente
•• Entregaram bastantes problemas nesta repartição.
•• Trabalhei bastante.
•• Tenho bastantes razões para estudar na Casa do Concurseiro!
www.acasadoconcurseiro.com.br 43
7. TODO, TODA – qualquer
•• TODO O , TODA A – inteiro
•• “Todo verbo é livre para ser direto ou indireto.” (Teatro Mágico)
•• Todo o investimento deve ser aplicado nesta empresa.
9. Meio
Adjetivo = metade
Advérbio = mais ou menos
•• Comprei meio quilo de picanha.
•• Isso pesa meia tonelada.
•• O clima estava meio tenso.
•• Ana estava meio chateada.
44 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Concordância Verbal e Nominal – Prof. Carlos Zambeli
www.acasadoconcurseiro.com.br 45
Português
A regência verbal estuda a relação que se estabelece entre os verbos e os termos que os
complementam (objetos diretos e objetos indiretos) ou as circunstâncias (adjuntos adverbiais).
Um verbo pode assumir valor semântico diferente com a simples mudança ou retirada de uma
preposição.
Verbos Intransitivos
Os verbos transitivos diretos são complementados por objetos diretos. Isso significa que não
exigem preposição para o estabelecimento da relação de regência.
•• Zambeli comprou livros nesta loja.
•• Pedro ama, nesta loja, as promoções de inverno.
Os verbos transitivos indiretos são complementados por objetos indiretos. Isso significa que
esses verbos exigem uma preposição para o estabelecimento da relação de regência.
•• Edgar Abreu necessita de férias nesta semana.
•• Pedro confia em Kátia sempre!
www.acasadoconcurseiro.com.br 47
Verbos Transitivos Diretos ou Indiretos
Há verbos que admitem duas construções: uma transitiva direta, outra indireta, sem que isso
implique modificações de sentido. Ou seja, possuem dois complementos: um OD e um OI.
•• Tereza ofereceu livros a Zambeli.
•• O professor emprestou aos alunos desta turma alguns livros novos.
Verbos de Ligação
Esse tipo de verbo tem a função de ligar o sujeito a um estado, a uma característica. A
característica atribuída ao sujeito por intermédio do verbo de ligação chama-se predicativo do
sujeito.
Uma maneira prática de se identificar o verbo de ligação é exclui-lo da oração e observar se
nesta continua a existir uma unidade significativa: Minha professora está atrasada. → Minha
professora atrasada.
São, habitualmente, verbos de ligação: ser, estar, ficar, parecer, permanecer, continuar, tornar-
se, achar-se, acabar...
Pronome relativo
QUE:
Retoma pessoas ou coisas.
Sujeito
•• Os professores que se prepararam para a aula foram bem avaliados.
48 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Regência Nominal e Verbal – Prof. Carlos Zambeli
Objeto direto
Objeto indireto
Complemento nominal
Predicativo do sujeito
Agente da passiva
Adjunto adverbial
QUEM:
Só retoma pessoas. Um detalhe importante: sempre antecedido por preposição.
O QUAL:
Existe flexão de gênero e de número: OS QUAIS, A QUAL, O QUAL, AS QUAIS.
www.acasadoconcurseiro.com.br 49
•• A prova a que me refiro foi anulada.
CUJO:
Indica uma ideia de posse. Concorda sempre com o ser possuído.
ONDE:
Só retoma lugar. Sinônimo de EM QUE
Assistir
VTD: ajudar, dar assistência:
Pagar e Perdoar
VTD: OD – coisa:
•• Pagou a conta.
50 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Regência Nominal e Verbal – Prof. Carlos Zambeli
VTI: OI – A alguém:
•• Pagou ao garçom.
Querer
VTD – desejar, almejar:
Implicar
VTD: acarretar, ter consequência
Preferir
VTDI: exige a prep. A = X a Y
www.acasadoconcurseiro.com.br 51
•• Chegamos a casa.
•• Foste ao curso.
•• Esqueça aquilo.
Aspirar
VTD – respirar
Obedecer/ desobedecer
VTI = prep. A
Constar
(A) No sentido de “ser composto de”, constrói-se com a preposição DE:
52 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Regência Nominal e Verbal – Prof. Carlos Zambeli
Visar
VTD – quando significa “mirar”
Proceder
VTI (a) – iniciar, dar andamento.
VI – ter lógica.
Usufruir – VTD
•• Usufrua os benefícios da fama!
Namorar – VTD
•• Namoro Ana há cinco anos!
www.acasadoconcurseiro.com.br 53
Regência Nominal
54 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português
Português
CRASE
Ocorre crase
1. Substitua a palavra feminina por outra masculina correlata; em surgindo a combinação AO,
haverá crase.
•• Eles foram à praia.
•• O menino não obedeceu à professora.
•• Sou indiferente às críticas!
www.acasadoconcurseiro.com.br 55
4. Na indicação de horas determinadas: deve-se substituir a hora pela expressão “meio-dia”;
se aparecer AO antes de “meio-dia”, devemos colocar o acento, indicativo de crase no A.
•• Ele saiu às duas horas e vinte minutos. (ao meio dia)
•• Ele está aqui desde as duas horas. (o meio-dia).
5. Antes de nome próprio de lugares, deve-se colocar o verbo VOLTAR; se dissermos VOLTO
DA, haverá acento indicativo de crase; se dissermos VOLTO DE, não ocorrerá o acento.
•• Vou à Bahia. (volto da). Vou a São Paulo (volto de).
Observação:
Se o nome do lugar estiver acompanhado
de uma característica (adjunto
adnominal), o acento será obrigatório.
56 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Crase – Prof. Carlos Zambeli
Crase Opcional
2. Antes de verbos.
•• Estou disposto a colaborar com ele.
•• Produtos a partir de R$ 1,99.
www.acasadoconcurseiro.com.br 57
6. Quando o A estiver no singular e a palavra a que ele se refere estiver no plural.
•• Refiro-me a pessoas que são competentes.
•• Entregaram tudo a secretárias do curso.
58 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Crase – Prof. Carlos Zambeli
www.acasadoconcurseiro.com.br 59
Português
Português
PONTUAÇÃO
Emprego da Vírgula
Na ordem direta da oração (sujeito + verbo + complemento(s) + adjunto adverbial), NÃO use
vírgula entre os termos. Isso só ocorrerá ao deslocarem-se o predicativo ou o adjunto adverbial.
•• As pessoas desta turma enviaram as dicas de Português aos colegas no domingo.
•• Na páscoa, preciso comer também alface, rúcula, brócolis, cenoura, tomate, chocolate!
www.acasadoconcurseiro.com.br 61
3. Para separar o adjunto adverbial deslocado.
Observação: Se o adjunto adverbial for pequeno, a utilização da vírgula não é necessária, a não
ser que se queira enfatizar a informação nele contida.
•• Ontem comemoramos o seu aniversário.
•• As indústrias não querem abrir mão de suas vantagens, isto é, não querem abrir mão
dos lucros altos.
Entre as orações
1. Para separar orações coordenadas assindéticas.
•• ”Não me falta cadeira, não me falta sofá, só falta você sentada na sala, só falta você
estar.” (Arnaldo Antunes)
62 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Pontuação – Prof. Carlos Zambeli
2. As orações coordenadas devem sempre ser separadas por vírgula. Orações coordenadas
são as que indicam adição (e, nem, mas também), alternância (ou, ou ... ou, ora ... ora),
adversidade (mas, porém, contudo...), conclusão (logo, portanto...) e explicação (porque,
pois).
•• Todos os alunos gostarão dessa dica, no entanto não há chances de ser cobrada na
prova.
3. Para separar orações coordenadas sindéticas ligadas por “e”, desde que os sujeitos sejam
diferentes.
•• As pessoas assistiam ao protestos pacificamente, e a polícia respeitava a todos.
www.acasadoconcurseiro.com.br 63
b) Explicativas: Explicações ou afirmações adicionais ao antecedente já definido plenamente
(com vírgula). Encerram uma qualidade inerente ao substantivo.
•• Os cachorros, que são peludos, devem ser bem tratados neste canil.
Emprego do Ponto-e-Vírgula
1. Para separar orações que contenham várias enumerações já separadas por vírgula ou que
encerrem comparações e contrastes.
•• Os jogadores estavam suados, nervosos, procurando a vitória; os espectadores
gritavam, incentivavam o time, exigiam resultados; o treinador angustiava-se, projetava
substituições.
3. Para alongar a pausa de conjunções adversativas (mas, porém, contudo, todavia, entretanto,
etc.), substituindo, assim, a vírgula.
•• Gostaria de estudar hoje; todavia, só chegarei perto dos livros amanhã.
64 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português
1. Presente – é empregado para expressar um fato que ocorre no momento em que se fala;
para expressar algo frequente, habitual; para expressar um fato passado, geralmente
nos textos jornalísticos e literários (nesse caso, trata-se de um presente que substitui o
pretérito).
“Não vejo mais você faz tanto tempo. Que vontade que eu sinto de olhar em seus olhos, ganhar
seus abraços. É verdade, eu não minto.” (Caetano Veloso)
“Eu sei que um outro deve estar falando ao seu ouvido palavras de amor.” (Roberto Carlos)
3. Pretérito Imperfeito – pode expressar um fato no passado, mas não concluído ou uma ação
que era habitual, que se repetia no passado.
“Quando criança só pensava em ser bandido, ainda mais quando com um tiro de soldado o pai
morreu. Era o terror da sertania onde morava...” (Legião)
5. Futuro do presente – indica um fato que vai ou não ocorrer após o momento em que se
fala.
“Verás que um filho teu não foge à luta”. (Hino Nacional)
Os professores comentarão a prova depois do concurso.
www.acasadoconcurseiro.com.br 65
6. Futuro do pretérito – expressar um fato futuro em relação a um fato passado, habitualmente
apresentado como condição. Pode indicar também dúvida, incerteza.
“Estranho seria se eu não me apaixonasse por você.”
“Eu aceitaria a vida como ela é, viajaria a prazo pro inferno, eu tomaria banho gelado no
inverno.” (Frejat)
“Mas se eu ficasse ao seu lado de nada adiantaria. Se eu fosse um cara diferente sabe lá como
eu seria.” (Engenheiros)
3. Futuro – indica uma ação hipotética que poderá ocorrer no futuro. Expressa um fato futuro
relacionado a outro fato futuro.
66 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Tempos e Modos Verbais/ verbos – Prof. Carlos Zambeli
Imperativo
1. EU
2. Ele = você
Eles = vocês
www.acasadoconcurseiro.com.br 67
Exercícios
1. Complete
a) Ele ____________ no debate. Porém, eu não _____________ (intervir – pretérito perfeito)
b) Se eles não ___________ o contrato, não haveria negócio. (manter)
c) Se o convite me _____________, aceitarei. (convir)
d) Se o convite me _____________, aceitaria. (convir)
e) Quando eles __________ o convite, tomarei a decisão. (propor)
f) Se eu ____________ de tempo, aceitarei a proposta. (dispor)
g) Se eu ______________ de tempo, aceitaria a proposta. (dispor)
h) Se elas __________ minhas pretensões, faremos o acordo. (satisfazer)
i Ainda bem que tu _________ a tempo. (intervir – pretérito perfeito)
j) Quem se ____________ de votar deverá comparecer ao TRE. (abster – futuro do subjuntivo)
k) Quando eles __________ a conta, perceberão o erro. (refazer)
l) Se eles _______________ a conta, perceberiam o erro. (refazer)
m) Quando não te ____________, assinaremos o contrato. (opor)
n) Se eu ___________ rico, haveria de ajudá-lo. (ser )
o) Espero que você _______ mais atenção a nós. (dar )
p) Se ele ________________ no caso, poderia resolver o problema. (intervir)
q) Eu não __________ nesta cadeirinha! ( caber – presente indicativo)
r) Se nós ____________ sair, poderíamos. (querer)
s) Quando ela ___________ o namorado com outra, vai ficar uma fera! (ver – futuro do
subjuntivo)
t) e ela __________ aqui com o namorado, poderá se hospedar aqui. (vir – futuro do subj.)
3. Complete
a) Já lhe avisei! ____________ esse objeto com cuidado. (pegar)
b) Já te avisei! _____________ esse objeto com cuidado. (pegar)
c) Vocês aí! ________________ com mais entusiasmo. (cantar)
68 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português
VOZES VERBAIS
Voz é a forma assumida pelo verbo para indicar a relação entre ele e seu sujeito.
Escrevi uma redação!
Fui atropelado pela moto!
Para passar uma oração da voz ativa para a voz analítica, é necessário que haja objeto direto,
pois esse termo será o sujeito da voz passiva.
Voz Ativa
Voz Passiva
A voz passiva é marcada principalmente pela circunstância de que o sujeito passa a sofrer a
ação. Como é construída tanto com o auxílio verbo ser (passiva analítica ou com auxiliar), como
com o pronome se (passiva sintética ou pronominal), suas nuances de emprego textual devem
ser observadas com atenção.
A rua foi interditada pelos manifestantes.
A rua sofre a ação expressa pelo verbo. Trata-se de um sujeito paciente. Os manifestantes é o
elemento que pratica a ação de interditar. É o agente da passiva.
www.acasadoconcurseiro.com.br 69
Passiva Analítica
Passiva Sintética
Formada por um verbo transitivo na terceira pessoa (singular ou plural, concorda com o sujeito)
mais o pronome apassivador se:
Consertam-se aparelhos elétricos.
70 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Vozes Verbais – Prof. Carlos Zambeli
Voz Reflexiva
www.acasadoconcurseiro.com.br 71
6. Todos o consideravam honesto.
Exemplos de questão
Gabarito: 1. C 2. C
72 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português
Interpretar x Compreender
INTERPRETAR é COMPREENDER é
•• Explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, •• Intelecção, entendimento, percepção
inferir. do que está escrito.
•• APARECE ASSIM NA PROVA •• APARECE ASSIM NA PROVA
•• Através do texto, infere-se que... •• é sugerido pelo autor que
•• É possível deduzir que... •• De acordo com o texto, é correta ou
•• O autor permite concluir que errada a afirmação
•• Qual é a intenção do autor ao afirmar •• O narrador afirma
que
Procedimentos
Enunciados Possíveis
“Qual é a ideia central do texto?”
“O texto se volta, principalmente, para”
Observação de
1. Fonte bibliográfica;
2. Autor;
3. Título;
4. Identificação do “tópico frasal”;
5. Identificação de termos de aparecimento frequente (comprovação do tópico);
6. Procura, nas alternativas, das palavras-chave destacadas no texto.
www.acasadoconcurseiro.com.br 73
EXEMPLIFICANDO
Banho de mar é energizante?
Embora não existam comprovações científicas, muitos especialistas acreditam que os banhos
de mar tragam benefícios à saúde. “A água marinha, composta por mais de 80 elementos
químicos, alivia principalmente as tensões musculares, graças à presença de sódio em sua
composição, por isso pode ser considerada energizante”, afirma a terapeuta Magnólia Prado de
Araújo, da Clínica Kyron Advanced Medical Center, de São Paulo. “Além disso, as ondas do mar
fazem uma massagem no corpo que estimula a circulação sanguínea periférica e isso provoca
aumento da oxigenação das células”, diz Magnólia.
Existe até um tratamento, chamado talassoterapia (do grego thalasso, que significa mar), surgido
em meados do século IX na Grécia, que usa a água do mar como seu principal ingrediente.
Graças à presença de cálcio, zinco, silício e magnésio, a água do mar é usada para tratar doenças
como artrite, osteoporose e reumatismo. Já o sal marinho, rico em cloreto de sódio, potássio e
magnésio, tem propriedades cicatrizantes e antissépticas. Todo esse conhecimento, no entanto,
carece de embasamento científico. “Não conheço nenhum trabalho que trate desse tema com
seriedade, mas intuitivamente creio que o banho de mar gera uma sensação de melhora e
bem-estar”, diz a química Rosalinda Montoni, do Instituto Oceanográfico da USP.
Revista Vida Simples.
74 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Identificação da Ideia Central – Prof. Carlos Zambeli
Conclusão
1. Ideia central = palavra-chave 1º e 2º períodos.
Campo Lexical
EXEMPLIFICANDO
Trecho do discurso do primeiro-ministro britânico, Tony Blair, pronunciado quando da
declaração de guerra ao regime Talibã.
“Essa atrocidade (o atentado de 11/09, em NY) foi um ataque contra todos nós, contra pessoas
de todas e nenhuma religião. Sabemos que a Al-Qaeda ameaça a Europa, incluindo a Grã-
Bretanha, e qualquer nação que não compartilhe de seu fanatismo. Foi um ataque à vida e aos
meios de vida. As empresa aéreas, o turismo e outras indústrias foram afetadas, e a confiança
econômica sofreu, afetando empregos e negócios britânicos. Nossa prosperidade e padrão de
vida requerem uma resposta aos ataques terroristas.”
Gabarito: 1. C 2. E
www.acasadoconcurseiro.com.br 75
Português
ESTRATÉGIA LINGUÍSTICA
www.acasadoconcurseiro.com.br 77
1. Palavras Desconhecidas = Paráfrases e Campo Semântico
EXEMPLIFICANDO
1. Como o “interior” é uma região mais ampla e tem população rarefeita, a expressão “se
dissemina” está sendo empregada com o sentido de “se atenua”, “se dissolve”.
Como regra, a epidemia começa nos grandes centros e se dissemina pelo interior. A incidência
nem sempre é crescente; a mudança de fatores ambientais pode interferir em sua escalada.
( ) Certo ( ) Errado
2. Supondo que a palavra “eclético” seja desconhecida para o leitor, a melhor estratégia de que
ele pode valer-se para tentar detectar o seu significado será
O sucesso deveu-se ao caráter eclético de sua administração. Pouco se lhe dava que lhe
exigissem sua opinião. Sua atitude consistia sempre em tomar uma posição escolhida entre as
diversas formas de conduta ou opinião manifestadas por seus assessores.
a) aproximá-la de outras palavras da língua portuguesa que tenham a mesma terminação
como “político” e “dinâmico”.
b) considerá-la como qualificação de profissionais que atuam na administração de alguma
empresa.
c) associá-la às palavras “sucesso” e “caráter”, de forma a desvendar o seu sentido correto,
“que ofusca, que obscurece os demais”.
d) observar o contexto sintático em que ela ocorre, ou seja, trata-se de um adjunto adnominal.
e) atentar para a paráfrase feita no segundo período.
78 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Estratégia Linguística – Prof. Carlos Zambeli
3. Seria mantida a coerência entre as ideias do texto caso o segundo período sintático fosse
introduzido com a expressão Desse modo, em lugar de “De modo geral”
Na verdade, o que hoje definimos como democracia só foi possível em sociedades de tipo
capitalista, mas não necessariamente de mercado. De modo geral, a democratização das
sociedades impõe limites ao mercado, assim como desigualdades sociais em geral não
contribuem para a fixação de uma tradição democrática.
( ) Certo ( ) Errado
5. Do fragmento Foi o outro grande poeta chileno, infere-se que houve apenas dois grandes
poetas no Chile.
Há cem anos nasceu o poeta mais popular de língua espanhola, com uma obra cuja força
lírica supera todos os seus defeitos. Sem dúvida, há um “problema Pablo Neruda”. Foi o outro
grande poeta chileno, seu contemporâneo Nicanor Parra (depois de passar toda uma longa vida
injustamente à sombra de Neruda), quem o formulou com maliciosa concisão.
( ) Certo ( ) Errado
www.acasadoconcurseiro.com.br 79
3. Marcadores Linguísticos
•• expressões que indicam soma ou alternância: não só... mas também, ou, etc.;
•• expressões de acréscimo, de progressão, de continuidade ou de inclusão: até, além disso,
desde, etc.;
•• preposições: até (inclusão ou limite), com (companhia ou matéria), de (diversas relações:
tempo, lugar, causa, etc.), desde (tempo, lugar, etc.), entre (intervalo, relação, etc.), para
(lugar, destinatário, etc.), etc.;
•• Exemplos matemáticos: lançado do alto / lançado para o alto; números de 12 a 25 /
números entre 12 e 25.
EXEMPLIFICANDO
7. Assinale a alternativa que encontra suporte no texto.
Profetas do possível
Até que ponto é possível prever o futuro? Desde a Antiguidade, o desafio de antecipar o dia de
amanhã tem sido o ganha-pão dos bruxos, dos místicos e dos adivinhos. Ainda hoje, quando
o planeta passa por mudanças cada vez mais rápidas e imprevisíveis, há quem acredite que
é possível dominar as incertezas da existência por meio das cartas do tarô e da posição dos
astros. Esse tipo de profecia nada tem a ver com a Ciência. Os cientistas também apontam seus
olhos para o futuro, todavia de uma maneira diferente. Eles avaliam o estágio do saber de
sua própria época para projetar as descobertas que se podem esperar. Observam a natureza
para reinventá-la a serviço do homem.
Superinteressante
a) O articulador “até” indica o limite de previsibilidade do futuro.
b) A partir da Antiguidade, prever a sorte passou a ser a ocupação de místicos de toda ordem.
c) Profecias e Ciência são absolutamente incompatíveis.
d) Além das cartas de tarô e da posição dos astros, os crédulos atuais buscam saber o futuro
por meio da consulta a bruxos.
e) Os cientistas não só observam a natureza – como o fazem os místicos –, mas também
buscam moldá-la às necessidades humanas, considerando o estágio atual do conhecimento.
Gabarito: 1. E 2. E 3. E 4. D 5. C 6. A 7. E
80 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Estratégia Linguística – Prof. Carlos Zambeli
•• Tempos verbais
•• Expressões restritivas
•• Expressões totalizantes
•• Expressões enfáticas
Tempos Verbais
1. É irrelevante que entrem na faculdade, que ganhem muito ou pouco dinheiro, que sejam bem-
sucedidos na profissão.
O emprego das formas verbais grifadas acima denota
Os pais de hoje costumam dizer que importante é que os filhos sejam felizes. É uma tendência
que se impôs ao influxo das teses libertárias dos anos 1960. É irrelevante que entrem na
faculdade, que ganhem muito ou pouco dinheiro, que sejam bem-sucedidos na profissão.
O que espero, eis a resposta correta, é que sejam felizes. Ora, felicidade é coisa grandiosa. É
esperar, no mínimo, que o filho sinta prazer nas pequenas coisas da vida. Se não for suficiente,
que consiga cumprir todos os desejos e ambições que venha a abrigar. Se ainda for pouco, que
atinja o enlevo místico dos santos. Não dá para preencher caderno de encargos mais cruel para
a pobre criança.
a) hipótese passível de realização.
b) fato real e definido no tempo.
c) condição de realização de um fato.
d) finalidade das ações apontadas no segmento.
e) temporalidade que situa as ações no passado.
www.acasadoconcurseiro.com.br 81
Expressões Restritivas
( ) Certo ( ) Errado
a) não tenta investigar nem o eurocentrismo, como o faria um historiador, nem a presença
das sociedades europeias em solo americano, como o faria um antropólogo.
b) não quer reconstituir nada do que ocorreu em solo americano, visto que recentemente
certos historiadores, ao contrário de outros, tentam contar a história do descobrimento da
América do modo como foi visto pelos nativos.
c) não pretende retraçar nenhum perfil − dos vencidos ou dos vencedores − nem a trajetória
dos europeus na conquista da América.
d) não busca continuar a tradição de pesquisar a estrutura dos mundos indígenas e do mundo
europeu, nem mesmo o universo dos colonizadores da América.
e) não se concentra nem na construção de uma sociedade europeia na colônia − quer
observada do ponto de vista do colonizador, quer do ponto de vista dos nativos −, nem no
resgate dos mundos indígenas.
82 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Estratégia Linguística – Prof. Carlos Zambeli
Expressões Totalizantes
www.acasadoconcurseiro.com.br 83
a) existiria uma dúzia de exceções dentre todas as espécies de plantas selvagens que seriam
monopólio das grandes civilizações.
b) tão poucas dentre as 200.000 espécies de plantas selvagens são utilizadas como alimento
pelos homens em todo o planeta.
c) algumas áreas da Terra mostraram-se mais propícias ao desenvolvimento agrícola, que
teria possibilitado o surgimento de civilizações.
d) a maior parte das plantas é utilizada apenas como madeira pelos homens e não lhes fornece
alimento com suas frutas e raízes.
e) tantas áreas no mundo não possuem nenhuma planta selvagem de grande potencial para
permitir um maior desenvolvimento de sua população.
Expressões Enfáticas
7. A afirmativa correta, em relação ao texto, é
Será a felicidade necessária?
Felicidade é uma palavra pesada. Alegria é leve, mas felicidade é pesada. Diante da pergunta
"Você é feliz?", dois fardos são lançados às costas do inquirido. O primeiro é procurar uma
definição para felicidade, o que equivale a rastrear uma escala que pode ir da simples satisfação
de gozar de boa saúde até a conquista da bem-aventurança. O segundo é examinar-se, em
busca de uma resposta.
Nesse processo, depara-se com armadilhas. Caso se tenha ganhado um aumento no emprego
no dia anterior, o mundo parecerá belo e justo; caso se esteja com dor de dente, parecerá feio
e perverso. Mas a dor de dente vai passar, assim como a euforia pelo aumento de salário, e se
há algo imprescindível, na difícil conceituação de felicidade, é o caráter de permanência. Uma
resposta consequente exige colocar na balança a experiência passada, o estado presente e a
expectativa futura. Dá trabalho, e a conclusão pode não ser clara.
Os pais de hoje costumam dizer que importante é que os filhos sejam felizes. É uma tendência
que se impôs ao influxo das teses libertárias dos anos 1960. É irrelevante que entrem na
faculdade, que ganhem muito ou pouco dinheiro, que sejam bem-sucedidos na profissão.
O que espero, eis a resposta correta, é que sejam felizes. Ora, felicidade é coisa grandiosa. É
esperar, no mínimo, que o filho sinta prazer nas pequenas coisas da vida. Se não for suficiente,
que consiga cumprir todos os desejos e ambições que venha a abrigar. Se ainda for pouco, que
atinja o enlevo místico dos santos. Não dá para preencher caderno de encargos mais cruel para
a pobre criança.
(Trecho do artigo de Roberto Pompeu de Toledo. Veja. 24 de março de 2010, p. 142)
a) A expectativa de muitos, ao colocarem a felicidade acima de quaisquer outras situações da
vida diária, leva à frustração diante dos pequenos sucessos que são regularmente obtidos,
como, por exemplo, no emprego.
b) Sentir-se alegre por haver conquistado algo pode significar a mais completa felicidade, se
houver uma determinação, aprendida desde a infância, de sentir-se feliz com as pequenas
coisas da vida.
c) As dificuldades que em geral são encontradas na rotina diária levam à percepção de que a
alegria é um sentimento muitas vezes superior àquilo que se supõe, habitualmente, tratar-
se de felicidade absoluta.
84 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Estratégia Linguística – Prof. Carlos Zambeli
d) A possibilidade de que mais pessoas venham a sentir-se felizes decorre de uma educação
voltada para a simplicidade de vida, sem esperar grandes realizações, que acabam levando
apenas a frustrações.
e) Uma resposta provável à questão colocada como título do texto remete à constatação de
que felicidade é um estado difícil de ser alcançado, a partir da própria complexidade de
conceituação daquilo que se acredita ser a felicidade.
Geralmente, a alternativa correta (ou a mais viável) é construída por meio de palavras e de
expressões “abertas”, isto é, que apontam para “possibilidades”, “hipóteses”: provavelmente,
é possível, futuro do pretérito do indicativo, modo subjuntivo, futuro do pretérito (-ria) etc.
EXEMPLIFICANDO
www.acasadoconcurseiro.com.br 85
I – de acordo com o segundo período, a evolução da estrutura cerebral da fala está diretamente
relacionada ao fato de esta ser atribuída tão somente aos humanos.
II – os seres cujos caminhos tornaram-se distintos durante o processo evolutivo possuem
ambos função cerebral relacionada à fala.
III – a estrutura cerebral dos primatas e dos humanos, em relação à fala, teria um ponto em
comum.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.
Gabarito: 1. A 2. E 3. E 4. E 5. E 6. C 7. E 8. C 9. D
86 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português
INFERÊNCIA
www.acasadoconcurseiro.com.br 87
Ao ligar as duas informações por meio de “mas”, comunica também, de modo implícito, sua
crítica ao ensino superior, pois a frase transmite a ideia de que nas faculdades não se aprende
muita coisa.
Além das informações explicitamente enunciadas, existem outras que se encontram
subentendidas ou pressupostas. Para realizar uma leitura eficiente, o leitor deve captar tanto
os dados explícitos quanto os implícitos.
88 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Inferência – Prof. Carlos Zambeli
Os pressupostos são marcados, nas frases, por meio de vários indicadores linguísticos como
a) certos advérbios:
Os convidados ainda não chegaram à recepção.
b) certos verbos:
O desvio de verbas tornou-se público.
www.acasadoconcurseiro.com.br 89
c) as orações adjetivas explicativas (isoladas por vírgulas):
Os políticos, que só querem defender seus interesses, ignoram o povo.
d) expressões adjetivas:
Os partidos “de fachada” acabarão com a democracia no Brasil.
Costuma-se acreditar que , quando se relatam dados da realidade, não pode haver nisso
subjetividade alguma e que relatos desse tipo merecem a nossa confiança porque são reflexos
da neutralidade do produtor do texto e de sua preocupação com a verdade objetiva dos fatos.
Mas não é bem assim. Mesmo relatando dados objetivos, o produtor do texto pode ser
tendencioso e ele, mesmo sem estar mentindo, insinua seu julgamento pessoal pela seleção
dos fatos que está reproduzindo ou pelo destaque maior que confere a certos pormenores. A
essa escolha dos fatos e à ênfase atribuída acertos tipos de pormenores dá-se o nome de viés.
Gabarito: 1. C 2. D 3. A 4. A
90 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português
ANÁLISE DE ALTERNATIVAS/ITENS
COMPREENSÃO DE TEXTOS
www.acasadoconcurseiro.com.br 91
(1) Observação da fonte bibliográfica: o conhecimento prévio de quem escreveu o texto
constitui-se numa estratégia de compreensão, visto que facilita a identificação da intenção
textual. Ao reconhecermos o autor do texto – Roberto Pompeu de Toledo, importante jornalista
brasileiro, cuja trajetória se marca pelo fato de escrever matérias especiais para importantes
veículos e comunicação – bem como o veículo de publicação – Veja –, podemos afirmar que se
trata de um artigo.
(2) Observação do título: o título pode constituir o menor resumo possível de um texto. Por
meio dele, certas vezes, identificamos a ideia central do texto, sendo possível, pois, descartar
afirmações feitas em determinadas alternativas. O título em questão – Será a felicidade
necessária? –, somado ao fato de nomear um artigo, permite-nos inferir que o texto será uma
resposta a tal questionamento, a qual evidenciará o ponto de vista do autor.
Convite à Filosofia
Quando acompanhamos a história das ideias éticas, desde a Antiguidade clássica até nossos
dias, podemos perceber que, em seu centro, encontra-se o problema da violência e dos meios
para evitá-la, diminuí-la, controlá-la.
Diferentes formações sociais e culturais instituíram conjuntos de valores éticos como padrões
de conduta, de relações intersubjetivas e interpessoais, de comportamentos sociais que
pudessem garantir a integridade física e psíquica de seus membros e a conservação do grupo
social.
92 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Análise de Alternativas/Itens – Prof. Carlos Zambeli
Conclusão
Resposta correta = a mais completa (alternativa com maior número de palavras-chave
encontradas no texto).
Optar pela alternativa mais completa, quando duas parecerem corretas.
EXEMPLIFICANDO
Centenas de cães e gatos são colocados para adoção mensalmente em Porto Alegre.
Cerca de 450 animais de estimação, entre cães e gatos, aguardam um novo dono em Porto
Alegre. Trata-se do contingente de animais perdidos, abandonados ou nascidos nas ruas
e entregues ao Gabea (Grupo de Apoio ao Bem-Estar Animal) e ao CCZ (Centro de Controle
de Zoonose), órgão ligado à Secretaria Municipal de Saúde. Destes, cerca de 120 animais são
adotados. Os outros continuam na espera por um lar.
O Sul. (adaptado)
Conforme o texto,
a) em Porto Alegre, cães e gatos são abandonados pelos seus donos. (3)
b) animais de estimação, entre eles cães e gatos nascidos nas ruas, são entregues ao Gabea.
(4)
c) um contingente de animais de estimação – entre eles cães e gatos – nasce nas ruas,
perdem-se de seus donos ou são por eles abandonados nas ruas de Porto Alegre. (6)
d) o CCZ propicia a adoção dos animais abandonados nas ruas de Porto Alegre. (4)
e) 120 animais de estimação são adotados mensalmente em Porto Alegre. (3)
www.acasadoconcurseiro.com.br 93
ANÁLISE DE ALTERNATIVAS/ITENS
Parte II
94 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Análise de Alternativas/Itens – Prof. Carlos Zambeli
EXTRAPOLAÇÃO
Ocorre quando o leitor sai do contexto, acrescentando ideias que não estão no texto,
normalmente porque já conhecia o assunto devido à sua bagagem cultural.
PRECONCEITOS
EXEMPLIFICANDO
8Canudo pela Internet
O ensino a distância avança e já existem mais de 30 mil cursos oferecidos na rede, de graduação
e pós-graduação até economia doméstica.
Passados nove anos de sua graduação em filosofia, a professora Ida Thon, 54 anos, enfiou na
cabeça que deveria voltar a estudar. Por conta do trabalho no Museu Nacional do Calçado,
na cidade gaúcha de Novo Hamburgo, onde mora, resolveu ter noções de museologia. Mas
para isso deveria contornar uma enorme dificuldade: o curso mais próximo ficava a 1.200
quilômetros de distância, em São Paulo.
REDUÇÃO
É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um ou outro aspecto, esquecendo-se de
que o texto é um conjunto de ideias.
www.acasadoconcurseiro.com.br 95
EXEMPLIFICANDO
CONTRADIÇÃO
É comum as alternativas apresentarem ideias contrárias às do texto, fazendo o candidato
chegar a conclusões equivocadas, de modo a errar a questão.
Só contradiga o autor se isso for solicitado no comando da questão.
Exemplo: “Indique a alternativa que apresenta ideia contrária à do texto”.
EXEMPLIFICANDO
O que podemos experimentar de mais belo é o mistério. Ele é a fonte de toda a arte e ciência
verdadeira. Aquele que for alheio a essa emoção, aquele que não se detém a admirar as colinas,
sentindo-se cheio de surpresa, esse já está, por assim dizer, morto e tem os olhos extintos. O
que fez nascer a religião foi essa vivência do misterioso – embora mesclado de terror. Saber
que existe algo insondável, sentir a presença de algo profundamente racional e radiantemente
belo, algo que compreenderemos apenas em forma muito rudimentar – é esta a experiência
que constitui a atitude genuinamente religiosa. Neste sentido, e unicamente neste sentido,
pertenço aos homens profundamente religiosos.
(Albert Einstein – Como vejo o mundo)
96 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Análise de Alternativas/Itens – Prof. Carlos Zambeli
3. O texto afirma que a experiência do mistério é um elemento importante para a arte, não para a
ciência.
( x ) Certo ( ) Errado
www.acasadoconcurseiro.com.br 97
Português
1. O que espero, eis a resposta correta, é que sejam felizes. Ora, felicidade é coisa grandiosa. Com
a palavra grifada, o autor
a) retoma o mesmo sentido do que foi anteriormente afirmado.
b) exprime reserva em relação à opinião exposta na afirmativa anterior.
c) coloca uma alternativa possível para a afirmativa feita anteriormente.
d) determina uma situação em que se realiza a probabilidade antes considerada.
e) estabelece algumas condições necessárias para a efetivação do que se afirma.
2. Por que, enfim, tantas reservas em relação ao consumo? O primeiro foco de explicação para essa
antipatia reside no fato de que nossa economia fechada sempre encurralou os consumidores
no país. A falta de um leque efetivo de opções de compra tem deixado os consumidores à
www.acasadoconcurseiro.com.br 99
mercê dos produtores no Brasil. Não por acaso, os apologistas do consumo entre nós têm
sido basicamente aqueles que podem exercer seu inchado poder de compra sem tomar
conhecimento das fronteiras nacionais. O resto da população, mantida em situação vulnerável,
ignora os benefícios de uma economia baseada no consumo.
A expressão “Não por acaso”, ao iniciar o período, indica
a) justificativa.
b) ênfase.
c) indagação.
d) concessão.
e) finalidade.
3. (FCC) A Companhia das Índias Orientais − a primeira grande companhia de ações do mundo,
criada em 1602 − foi a mãe das multinacionais contemporâneas.
O segmento isolado pelos travessões constitui, no contexto, comentário que
a) busca restringir o âmbito de ação de uma antiga empresa de comércio.
b) especifica as qualidades empresariais de uma companhia de comércio.
c) contém informações de sentido explicativo, referentes à empresa citada.
d) enumera as razões do sucesso atribuído a essa antiga empresa.
e) enfatiza, pela repetição, as vantagens oferecidas pela empresa.
4. (FCC) A gênese da música do Rio Grande do Sul também pode ser vista como reflexo dessa
multiplicidade de referências. Há influências diretas do continente europeu, e isso se mistura à
valiosa contribuição do canto e do batuque africano, mesmo tendo sido perseguido, vigiado,
quase segregado.
O segmento destacado deve ser entendido, considerando-se o contexto, como
a) uma condição favorável à permanência da música popular de origem africana.
b) uma observação que valoriza a persistente contribuição africana para a música brasileira.
c) restrição ao sentido do que vem sendo exposto sobre a música popular brasileira.
d) a causa que justifica a permanência da música de origem africana no Brasil.
e) as consequências da presença dos escravos e sua influência na música popular brasileira.
5. A média universal do Índice de Desenvolvimento Humano aumentou 18% desde 1990. Mas
a melhora estatística está longe de animar os autores do Relatório de 2010. [...] O cenário
apresentado pelo Relatório não é animador. [...] Os padrões de produção e consumo atuais são
considerados inadequados. Embora não queira apresentar receitas prontas, o Relatório traça
caminhos possíveis. Entre eles, o reconhecimento da ação pública na regulação da economia
para proteger grupos mais vulneráveis. Outro aspecto ressaltado é a necessidade de considerar
pobreza, crescimento e desigualdade como temas interligados. "Crescimento rápido não
deve ser o único objetivo político, porque ignora a distribuição do rendimento e negligencia a
sustentabilidade do crescimento", informa o texto.
O trecho colocado entre aspas indica que se trata de
a) comentário pessoal do autor do texto sobre dados do Relatório.
a) insistência na correção dos dados apresentados pelo Relatório.
c) repetição desnecessária de informação já citada no texto.
100 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Compreensão Gramatical do Texto – Prof. Carlos Zambeli
6. O sonho de voar alimenta o imaginário do homem desde que ele surgiu sobre a Terra. A inveja
dos pássaros e as lendas de homens alados, como Dédalo e Ícaro (considerado o primeiro mártir
da aviação), levaram a um sem-número de experiências, a maioria fatal.
(considerado o primeiro mártir da aviação) Os parênteses isolam
a) citação fiel de outro autor.
b) comentário explicativo.
c) informação repetitiva.
d) retificação necessária.
e) enumeração de fatos.
5. (FCC) Diariamente tomamos decisões (comprar uma gravata, vender um apartamento, demitir
um funcionário, poupar para uma viagem, ter um filho, derrubar ou plantar uma árvore),
ponderando custos e benefícios.
O segmento entre parênteses constitui
a) transcrição de um diálogo, que altera o foco principal do que vem sendo exposto.
b) constatação de situações habituais, com o mesmo valor de mercado, vivenciadas pelas
pessoas.
c) reprodução exata das palavras do jornalista americano citado no texto, referentes à rotina
diária das pessoas.
d) interrupção intencional do desenvolvimento das ideias, para acrescentar informações
alheias ao assunto abordado.
e) sequência explicativa, que enumera as eventuais decisões que podem ser tomadas
diariamente pelas pessoas.
Gabarito: 1. B 2. A 3. C 4. B 5. D 6. B 7. E
www.acasadoconcurseiro.com.br 101
Português
DENOTAÇÃO X CONOTAÇÃO
DENOTAÇÃO CONOTAÇÃO
palavra com significação restrita palavra com significação ampla
palavra com sentido comum do dicionário palavra cujos sentidos extrapolam o sentido comum
palavra usada de modo automatizado palavra usada de modo criativo
linguagem comum linguagem rica e expressiva
EXEMPLIFICANDO
Para exemplificar esses dois conceitos, eis a palavra cão:
sentido denotativo quando designar o animal mamífero quadrúpede canino;
sentido conotativo quando expressar o desprezo que desperta em nós uma pessoa de mau
caráter ou extremamente servil.
(Othon M.Garcia)
www.acasadoconcurseiro.com.br 103
Um detalhe!
As aspas podem indicar que uma palavra está sendo empregada diferentemente do
seu sentido do dicionário!
Eu sempre “namorei” meus livros!
A “bateria” do meu filho não termina nunca! Esse menino não dorme.
Sinônimos X Antônimos
A semântica é a parte da linguística que estuda o significado das palavras, a parte significativa
do discurso. Cada palavra tem seu significado específico, porém podemos estabelecer relações
entre os significados das palavras, assemelhando-as umas às outras ou diferenciando-as
segundo seus significados.
104 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Conotação e Denotação – Prof. Carlos Zambeli
Sinônimos
Palavras que possuem significados iguais ou semelhantes.
Antônimos
Palavras que possuem significados opostos, contrários. Pode originar-se do acréscimo de
um prefixo de sentido oposto ou negativo.
Exemplos:
mal X bem
ausência X presença
fraco X forte
claro X escuro
subir X descer
cheio X vazio
possível X impossível
simpático X antipático
www.acasadoconcurseiro.com.br 105
4. O texto se estrutura a partir de antíteses, ou seja, emprego de palavras ou expressões de sentido
contrário. O par de palavras ou expressões que não apresentam no texto essa propriedade
antitética é
Toda saudade é a presença da ausência
de alguém, de algum lugar, de algo enfim
Súbito o não toma forma de sim
como se a escuridão se pusesse a luzir
Da própria ausência de luz
o clarão se produz,
o sol na solidão.
Toda saudade é um capuz transparente
que veda e ao mesmo tempo traz a visão do que não se pode ver
porque se deixou pra trás
mas que se guardou no coração.
(Gilberto Gil)
a) presença / ausência
b) não / sim
c) ausência de luz / clarão
d) sol / solidão
e) que veda / traz a visão
Gabarito: 1. D 2. A 3. D 4. D
106 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português
ELEMENTOS REFERENCIAIS
Estabelecem uma relação de sentido no texto, formando um elo coesivo entre o que está
dentro do texto e fora dele também. À retomada feita para trás dá-se o nome de anáfora e a
referência feita para a frente recebe o nome de catáfora.
Observe:
Mecanismos
1. REPETIÇÃO
“Oito pessoas morreram (cinco passageiros de uma mesma família e dois tripulantes, além
de uma mulher que teve ataque cardíaco) na queda de um avião bimotor Aero Commander,
da empresa J. Caetano, da cidade de Maringá (PR). O avião prefixo PTI-EE caiu sobre quatro
sobrados da Rua Andaquara.”
A palavra AVIÃO foi repetida, principalmente por ele ter sido o veículo envolvido no acidente,
que é a notícia propriamente dita.
2. REPETIÇÃO PARCIAL
“Estavam no avião o empresário Silvio Name Júnior [...] Gabriela Gimenes Ribeiro e o marido
dela, João Izidoro de Andrade. Andrade é conhecido na região como um dos maiores
compradores de cabeças de gado do Sul do país.”
Na retomada de nomes de pessoas, a repetição parcial é o mais comum mecanismo coesivo.
Costuma-se, uma vez citado o nome completo de alguém, repetir somente o seu sobrenome.
www.acasadoconcurseiro.com.br 107
1. A sequência em negrito (globalização do olho da rua. É a globalização do bico. É a globalização
do dane-se.) caracteriza a globalização a partir da desestruturação do mundo do trabalho. Do
ponto de vista dos recursos da linguagem é correto afirmar que, no contexto, ocorre uma
a) gradação, com a suavização das dificuldades.
b) contradição, entre os modos de sobrevivência do desempregado.
c) ênfase, com a intensificação da afirmativa inicial.
d) retificação, pela correção gradual das informações iniciais.
3. ELIPSE
É a omissão de um termo que pode ser facilmente deduzido pelo contexto.
“Três pessoas que estavam nas casas atingidas pelo avião ficaram feridas. Elas não sofreram
ferimentos graves. Apenas escoriações e queimaduras.”
Na verdade, foram omitidos, no trecho sublinhado, o sujeito (As três pessoas) e um verbo
(sofreram): (As três pessoas sofreram apenas escoriações e queimaduras).
2. Aproveitei os feriados da semana passada para curtir algumas releituras que há muito vinha
adiando. [...] Com chuva, o Rio é uma cidade como outra qualquer: não se tem muita coisa a
fazer. [...] O melhor mesmo é aproveitar o tempo ― que de repente fica enorme e custa a passar
― revisitar os primeiros deslumbramentos, buscando no passado um aumento de pressão nas
caldeiras fatigadas que poderão me levar adiante. [...] Leituras antigas, de um tempo em que
estava longe a ideia de um dia escrever um livro. Bem verdade que, às vezes, vinha a tentação
de botar para fora alguma coisa.
I – As expressões “releituras”, “revisitar” e “Leituras antigas” deixam claro que os livros que o
narrador pretende ler já foram obras lidas por ele no passado.
II – Nas expressões “há muito” e “Bem verdade”, pode-se depreender a elipse do substantivo
“tempo” e do verbo flexionado “É”.
III – É possível inferir uma relação de causa e consequência entre as orações conectadas pelos
dois-pontos.
Quais afirmativas estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) I, II e III.
108 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Elementos Referenciais – Prof. Carlos Zambeli
4. PRONOMES
A função gramatical do pronome é justamente a de substituir ou acompanhar um nome. Ele
pode, ainda, retomar toda uma frase ou toda a ideia contida em um parágrafo ou no texto todo.
“Estavam no avião Márcio Artur Lerro Ribeiro, seus filhos Márcio Rocha Ribeiro Neto e Gabriela
Gimenes Ribeiro; e o marido dela, João Izidoro de Andrade.”
O pronome possessivo seus retoma Márcio Artur Lerro Ribeiro; o pronome pessoal (d)ela
retoma Gabriela Gimenes Ribeiro.
3. “... que lhe permitem que veja a origem de todos os seres e de todas as coisas para que possa
transmiti-las aos ouvintes”.
Em transmiti-las, -las é pronome que substitui
a) a origem de todos os seres.
b) todas as coisas.
c) aos ouvintes.
d) todos os seres.
Pronomes Demonstrativos
ESSE = assunto antecedente.
“A seca é presença marcante no Sul. Esse fenômeno é atribuído a ‘El Niña’.”
4. "Um relatório da Associação Nacional de Jornais revelou que, nos últimos doze meses, foram
registrados no Brasil 31 casos de violação à liberdade de imprensa. Destes, dezesseis são
decorrentes de sentença judicial - em geral, proferida por juízes de primeira instância.”
Nesse segmento do texto, o pronome demonstrativo sublinhado se refere a
a) relatórios.
b) jornais.
c) meses.
d) casos.
e) atentados.
www.acasadoconcurseiro.com.br 109
5. ADVÉRBIOS
Palavras que exprimem circunstâncias, principalmente as de lugar, tempo, modo, causa...
“Em São Paulo, não houve problemas. Lá, os operários não aderiram à greve.”
6. EPÍTETOS
Palavras ou grupos de palavras que, ao mesmo tempo que se referem a um elemento do texto,
qualificam-no.
110 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Elementos Referenciais – Prof. Carlos Zambeli
6. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) é o melhor exemplo de que a reforma do Poder Judiciário
não está estagnada. Dez anos atrás, época em que ainda se discutia a criação do conselho, ao
qual cabia o epíteto “órgão de controle externo do Judiciário”, a existência de um órgão nesses
moldes, para controlar a atuação do Poder Judiciário, gerava polêmica.
O vocábulo “epíteto” introduz uma expressão que qualifica e explica a função do CNJ.
( ) Certo ( ) Errado
7. NOMES DEVERBAIS
São derivados de verbos e retomam a ação expressa por eles. Servem, ainda, como um resumo
dos argumentos já utilizados.
“Uma fila de centenas de veículos paralisou o trânsito da Avenida Assis Brasil, como sinal de
protesto contra o aumento dos impostos. A paralisação foi a maneira encontrada...”
Gabarito: 1. C 2. E 3. B 4. D 5. E 6. Certo 7. C
www.acasadoconcurseiro.com.br 111
Mecanismos
PRIORIDADE-RELEVÂNCIA
Ex.: Em primeiro lugar, Antes de mais nada, Primeiramente, Finalmente...
112 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Elementos Referenciais – Prof. Carlos Zambeli
2. “Por outro lado, sua eficiência macroeconômica deixa muito a desejar, menos pela incapacidade
das instituições do que pela persistência de incentivos adversos ao crescimento.”
Em “do que pela”, a eliminação de “do” prejudica a correção sintática do período.
( ) Certo ( ) Errado
CONDIÇÃO, HIPÓTESE
Ex.: se, caso, desde que...
ADIÇÃO, CONTINUAÇÃO
Ex.: Além disso, ainda por cima, também, não só...mas também ...
DÚVIDA
Ex.: talvez, provavelmente, possivelmente...
CERTEZA, ÊNFASE
Ex.: certamente, inquestionavelmente, sem dúvida, inegavelmente, com certeza...
FINALIDADE
Ex.: a fim de, com o propósito de, para que...
www.acasadoconcurseiro.com.br 113
ESCLARECIMENTO
Ex.: por exemplo, isto é, quer dizer...
RESUMO, CONCLUSÃO
Ex.: em suma, em síntese, enfim, portanto, dessa forma, dessa maneira, logo, então...
6. Mariza saiu de casa atrasada e perdeu o ônibus. As duas orações do período estão unidas pela
palavra “e”, que, além de indicar adição, introduz a ideia de
a) Oposição.
b) Condição.
c) Consequência.
d) Comparação.
e) União.
7. “A ação da polícia ocorre em um ambiente de incertezas, ou seja, o policial, quando sai para a
rua, não sabe o que vai encontrar diretamente;”.
A expressão sublinhada indica a presença de uma
114 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Elementos Referenciais – Prof. Carlos Zambeli
a) retificação.
b) conclusão.
c) oposição.
d) explicação.
e) enumeração.
www.acasadoconcurseiro.com.br 115
Português
Polissemia
Polissemia significa (poli = muitos; semia = significado) “muitos sentidos”. Contudo, assim que
se insere no contexto, a palavra perde seu caráter polissêmico e assume significado específico,
isto é, significado contextual.
Os vários significados de uma palavra, em geral, têm um traço em comum. A cada um deles dá-
se o nome de acepção.
•• A cabeça une-se ao tronco pelo pescoço.
Contexto!
O contexto determina a acepção de dada palavra polissêmica. Palavras como “flor”, “cabeça”,
“linha”, “ponto”, “pena”, entre outras, assumem, em variados contextos, novas acepções.
CONTEXTO ACEPÇÃO
Adoro flor vermelha! parte de uma planta
“Última flor do Lácio” descendente
Vagava à flor da água. superfície
Ela é uma flor de pessoa. amável
Ele não é flor que se cheire. indigno, falso
Está na flor da idade. juventude
www.acasadoconcurseiro.com.br 117
1. O efeito de sentido da charge é provocado pela combinação de informações visuais e recursos
linguísticos. No contexto da ilustração, a frase proferida recorre à
a) polissemia, ou seja, aos múltiplos sentidos da expressão “rede social” para transmitir a
ideia que pretende veicular.
b) ironia para conferir um novo significado ao termo “outra coisa”.
c) homonímia para opor, a partir do advérbio de lugar, o espaço da população pobre e o
espaço da população rica.
d) personificação para opor o mundo real pobre ao mundo virtual rico.
e) antonímia para comparar a rede mundial de computadores com a rede caseira de descanso
da família.
Exemplos:
•• Edgar ocupa um alto posto na Casa. = cargo
118 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Polissemia e Figuras de Linguagem – Prof. Carlos Zambeli
Figuras De Linguagem
Algumas Figuras de
Som
Aliteração: consiste na repetição ordenada de mesmos sons consonantais.
•• “Esperando, parada, pregada na pedra do porto.”
www.acasadoconcurseiro.com.br 119
Onomatópéia: consiste na reprodução de um som ou ruído natural.
•• “Não se ouvia mais que o plic-plic-plic da agulha no pano.” (Machado de Assis)
Construção
Elipse: consiste na omissão de um termo facilmente identificável pelo contexto.
•• “Em nossa vida, apenas desencontros.”
2. Pleonasmo é uma figura de linguagem que tem como marca a repetição de palavras ou de
expressões, aparentemente desnecessárias, para enfatizar uma ideia. No entanto, alguns
pleonasmos são considerados “vícios de linguagem” por informarem uma obviedade e não
desempenharem função expressiva no enunciado. Considerando essa afirmação, assinale a
alternativa em que há exemplo de pleonasmo vicioso.
a) “E então abriu a torneira: a água espalhou-se”
b) “O jeito era ir comprar um pão na padaria.”
c) “Matá-la, não ia; não, não faria isso.”
d) “Traíra é duro de morrer, nunca vi um peixe assim.”
e) “Tirou para fora os outros peixes: lambaris, chorões, piaus...”
120 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Polissemia e Figuras de Linguagem – Prof. Carlos Zambeli
Pensamento
Antítese: consiste na aproximação de termos contrários, de palavras que se opõem pelo
sentido.
“Nasce o Sol, e não dura mais que um dia
Depois da Luz se segue à noite escura
Em tristes sombras morre a formosura
Em contínuas tristezas, a alegria.”
3. No trecho "...dão um jeito de mudar o mínimo para continuar mandando o máximo", a figura
de linguagem presente é chamada
a) Metáfora.
b) Hipérbole.
c) Hipérbato.
d) Anáfora.
e) Antítese.
www.acasadoconcurseiro.com.br 121
Hipérbato: inversão ou deslocamento de palavras ou orações dentro de um período.
"Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
122 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Polissemia e Figuras de Linguagem – Prof. Carlos Zambeli
www.acasadoconcurseiro.com.br 123
Palavras
Metáfora: A metáfora implica, pois, uma comparação em que o conectivo comparativo fica
subentendido.
“Meninas são bruxas e fadas,
Palhaço é um homem todo pintado de piadas!
Céu azul é o telhado do mundo inteiro,
Sonho é uma coisa que fica dentro do meu travesseiro!”
(Teatro Mágico)
Catacrese: Na falta de um termo específico para designar conceito ou objeto, toma-se outro
por empréstimo. Devido ao uso contínuo, não mais se percebe que ele está sendo empregado
em sentido figurado.
•• O pé da mesa estava quebrado.
Gabarito: 1. A 2. E 3. E
124 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português
TIPOLOGIA TEXTUAL
O que é isso?
É a forma como um texto se apresenta. As tipologias existentes são: narração, descrição,
dissertação, exposição, argumentação, informação e injunção.
Narração
Modalidade na qual se contam um ou mais fatos – fictício ou não - que ocorreram em
determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Há uma relação de anterioridade
e posterioridade. O tempo verbal predominante é o passado.
Exemplo:
COMPRAR REVISTA
Parou, hesitante; em frente à banca de jornais. Examinou as capas das revistas, uma por uma.
Tirou do bolso o recorte, consultou-o. Não, não estava incluída na relação de títulos, levantada
por ordem alfabética. Mas quem sabe havia relação suplementar, feita na véspera? Na dúvida,
achou conveniente estudar a cara do jornaleiro. Era a mesma de sempre. Mas a talvez ocultasse
alguma coisa, sob a aparência habitual. O jornaleiro olhou para ele, sem transmitir informação
especial no olhar, além do reconhecimento do freguês. Peço? Perguntou a si mesmo. Ou é
melhor sondar a barra?”
Carlos Drummond de Andrade
A primeira vez que vi o mar eu não estava sozinho. Estava no meio de um bando enorme de
meninos. Nós tínhamos viajado para ver o mar. No meio de nós havia apenas um menino que
já o tinha visto. Ele nos contava que havia três espécies de mar: o mar mesmo, a maré, que é
menor que o mar, e a marola, que é menor que a maré. Logo a gente fazia ideia de um lago
enorme e duas lagoas. Mas o menino explicava que não. O mar entrava pela maré e a maré
entrava pela marola. A marola vinha e voltava. A maré enchia e vazava. O mar às vezes tinha
espuma e às vezes não tinha. Isso perturbava ainda mais a imagem. Três lagoas mexendo,
esvaziando e enchendo, com uns rios no meio, às vezes uma porção de espumas, tudo isso
muito salgado, azul, com ventos.
Fomos ver o mar. Era de manhã, fazia sol. De repente houve um grito: o mar! Era qualquer
coisa de largo, de inesperado. Estava bem verde perto da terra, e mais longe estava azul. Nós
todos gritamos, numa gritaria infernal, e saímos correndo para o lado do mar. As ondas batiam
nas pedras e jogavam espuma que brilhava ao sol. Ondas grandes, cheias, que explodiam com
barulho. Ficamos ali parados, com a respiração apressada, vendo o mar...
(Fragmento de crônica de Rubem Braga, Mar, Santos, julho, 1938)
www.acasadoconcurseiro.com.br 125
1. O texto é construído por meio de
a) perfeito encadeamento entre os dois parágrafos: as explicações sobre o mar, no primeiro,
harmonizam-se com sua visão extasiada, no segundo.
b) violenta ruptura entre os dois parágrafos: o primeiro alonga-se em explicações sobre o mar
que não têm qualquer relação com o que é narrado no segundo.
c) procedimentos narrativos diversos correspondentes aos dois parágrafos: no primeiro, o
narrador é o autor da crônica; no segundo, ele dá voz ao menino que já vira o mar.
d) contraste entre os dois parágrafos: as frustradas explicações sobre o mar para quem nunca
o vira, no primeiro, são seguidas pela arrebatada visão do mar, no segundo.
e) inversão entre a ordem dos acontecimentos em relação aos dois parágrafos: o que é
narrado no primeiro só teria ocorrido depois do que se narra no segundo.
Descrição
Quase todo mundo conhece os riscos de se ter os documentos usados de forma indevida por
outra pessoa, depois de tê-los perdido ou de ter sido vítima de assalto. Mas um sistema que
começou a ser implantado na Bahia pode resolver o problema em todo o país. A tecnologia
usada atualmente para a emissão de carteiras de identidade na Bahia pode evitar esse tipo de
transtorno. A foto digital, impressa no documento, dificulta adulterações. A principal novidade
do sistema é o envio imediato das impressões digitais, por computador, para o banco de dados
da Polícia Federal em Brasília. Dessa forma, elas podem ser comparadas com as de outros
brasileiros e estrangeiros cadastrados. Se tudo estiver em ordem, o documento é entregue em
cinco dias. Ao ser retirada a carteira, as digitais são conferidas novamente.
Internet: <www.g1.globo.com> (com adaptações).
126 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Tipologia Textual – Prof. Carlos Zambeli
Dissertação
A dissertação é um texto que analisa, interpreta, explica e avalia dados da realidade. Esse tipo
textual requer um pouco de reflexão, pois as opiniões sobre os fatos e a postura crítica em
relação ao que se discute têm grande importância.
O texto dissertativo é temático, pois trata de análises e interpretações; o tempo explorado é
o presente no seu valor atemporal; é constituído por uma introdução onde o assunto a ser
discutido é apresentado, seguido por uma argumentação que caracteriza o ponto de vista do
autor sobre o assunto em evidência e, por último, sua conclusão.
Exposição
Apresenta informações sobre assuntos, expõe ideias, explica e avalia e reflete Não faz defesa
de uma ideia, pois tal procedimento é característico do texto dissertativo. O texto expositivo
apenas revela ideias sobre um determinado assunto. Por meio da mescla entre texto expositivo
e narrativo, obtém-se o que conhecemos por relato.
Ex.: aula, relato de experiências, etc.
Em todo o continente americano, a colonização europeia teve efeito devastador. Atingidos pelas
armas, e mais ainda pelas epidemias e por políticas de sujeição e transformação que afetavam
os mínimos aspectos de suas vidas, os povos indígenas trataram de criar sentido em meio à
devastação. Nas primeiras décadas do século XVII, índios norte-americanos comparavam a uma
demolição aquilo que os missionários jesuítas viam como “transformação de suas vidas pagãs e
bárbaras em uma vida civilizada e cristã.”
Argumentação
www.acasadoconcurseiro.com.br 127
“Perguntamo-nos qual é o valor da vida humana.Alguns setores da sociedade acreditam que
a vida do criminoso não tem o mesmo valor da vida das pessoas honestas. O problema é que
o criminoso pensa do mesmo modo: se a vida dele não vale nada, por que a vida do dono da
carteira deve ter algum valor? Se provavelmente estará morto antes dos trinta anos de idade
(como várias pesquisas comprovam), por que se preocupar em não matar o proprietário do
automóvel que ele vai roubar?”
Andréa Buoro et al. Violência urbana – dilemas e desafios. São Paulo: Atual, 1999, p. 26 (com
adaptações).
O riso é tão universal como a seriedade; ele abarca a totalidade do universo, toda a sociedade,
a história, a concepção de mundo. É uma verdade que se diz sobre o mundo, que se estende a
todas as coisas e à qual nada escapa. É, de alguma maneira, o aspecto festivo do mundo inteiro,
em todos os seus níveis, uma espécie de segunda revelação do mundo.
3. Embora o texto seja essencialmente argumentativo, seu autor se vale de estruturas narrativas
para reforçar suas opiniões.
( ) Certo ( ) Errado
Informação
O texto informativo corresponde aquelas manifestações textuais cujo emissor (escritor) expõe
brevemente um tema, fatos ou circunstâncias a um receptor (leitor). Em outras palavras,
representam as produções textuais objetivas, normalmente em prosa, com linguagem clara e
direta (linguagem denotativa), que tem como objetivo principal transmitir informação sobre
algo, isento de duplas interpretações.
Assim, os textos informativos, diferente dos poéticos ou literários (que utilizam da linguagem
conotativa), servem para conhecer de maneira breve informações sobre determinado tema,
apresentando dados e referências, sem interferência de subjetividade, desde sentimentos,
sensações, apreciações do autor ou opiniões. O autor dos textos informativos é um transmissor
que se preocupa em relatar informações da maneira mais objetiva e verossímil.
Injuntivo/Instrucional
Indica como realizar uma ação. Também é utilizado para predizer acontecimentos e
comportamentos. Utiliza linguagem objetiva e simples. Os verbos são, na sua maioria,
empregados no modo imperativo, porém nota-se também o uso do infinitivo e o uso do futuro
do presente do modo indicativo.
Ex.: Previsões do tempo, receitas culinárias, manuais, leis, bula de remédio, convenções, regras
e eventos.
Gabarito: 1. D 2. E 3. E
128 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português
Aula XX
GÊNERO TEXTUAL
É o nome que se dá às diferentes formas de linguagem empregadas nos textos. Estas formas
podem ser mais formais ou mais informais, e até se mesclarem em um mesmo texto, porém
este será nomeado com o gênero que prevalecer!
Os gêneros textuais estão intimamente ligados à nossa situação cotidiana. Eles existem como
mecanismo de organização das atividades sociocomunicativas do dia a dia. Sendo assim,
gêneros textuais são tipos especificos de textos de qualquer natureza, literários ou não-
literários, cujas modalidades discursivas são como formas de organizar a linguagem.
Editorial
É um tipo de texto utilizado na imprensa, especialmente em jornais e revistas, que tem por
objetivo informar, mas sem obrigação de ser neutro, indiferente.
A objetividade e imparcialidade não são características dessa tipologia textual, já que o redator
demonstra a opinião do jornal sobre o assunto narrado.
Os acontecimentos são relatados sob a subjetividade do repórter, de maneira que evidencie
a posição da empresa que está por trás do canal de comunicação, pois os editoriais não são
assinados por ninguém.
Assim, podemos dizer que o editorial é um texto mais opinativo do que informativo.
Ele possui um fato e uma opinião. O fato informa o que aconteceu e a opinião transmite a
interpretação do que aconteceu.
www.acasadoconcurseiro.com.br 129
1. O título do texto refere-se
a) ao reflexo do custo da terceirização da colheita da cana no preço do etanol.
b) aos problemas ambientais resultantes da expansão da cultura de cana.
c) aos preços não competitivos do etanol brasileiro no mercado internacional.
d) às precárias condições de trabalho dos trabalhadores rurais na colheita da cana.
e) ao aumento dos lucros obtidos pelos empresários que investem na produção da cana.
Artigos
São os mais comuns. São textos autorais – assinados –, cuja opinião é de inteira responsabilidade
de quem o escreveu. Seu objetivo é o de persuadir o leitor.
É um texto dissertativo que apresenta argumentos sobre o assunto abordado, portanto, o
escritor além de expor seu ponto de vista, deve sustentá-lo através de informações coerentes e
admissíveis.
I – Depreende-se, pela leitura do texto, que querer ser milionário é ruim, pois esse desejo
impossibilita o homem de amar o trabalho.
II – Para o autor, as chances de sucesso em uma profissão dependem da paixão com que ela é
exercida.
III – É consenso atribuir-se o sucesso à paixão pela atividade que se realiza.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e III.
e) Apenas II e III.
130 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Gêneros Textuais – Prof. Carlos Zambeli
Notícias
Obra-prima de Leonardo da Vinci e uma das mais admiradas telas jamais pintadas, devido, em
parte, ao sorriso enigmático da moça retratada, a “Mona Lisa” está se deteriorando. O grito de
alarme foi dado pelo Museu do Louvre, em Paris, que anunciou que o quadro passará por uma
detalhada avaliação técnica com o objetivo de determinar o porquê do estrago. O fino suporte
de madeira sobre o qual o retrato foi pintado sofreu uma deformação desde que especialistas
em conservação examinaram a pintura pela última vez, diz o Museu do Louvre numa declaração
por escrito.
Fonte: http://www.italiaoggi.com.br (acessado em 13/11/07)
Crônica
Fotografia do cotidiano, realizada por olhos particulares. Geralmente, o cronista apropria-se de
um fato atual do cotidiano, para, posteriormente, tecer críticas ao status quo, baseadas quase
exclusivamente em seu ponto de vista. A linguagem desse tipo de texto é predominantemente
coloquial.
Características da crônica
•• Narração curta;
•• Descreve fatos da vida cotidiana;
•• Pode ter caráter humorístico, crítico, satírico e/ou irônico;
•• Possui personagens comuns;
•• Segue um tempo cronológico determinado;
•• Uso da oralidade na escrita e do coloquialismo na fala das personagens;
•• Linguagem simples.
Dia desses resolvi fazer um teste proposto por um site da internet. O nome do teste era
tentador: “O que Freud diria de você”. Uau. Respondi a todas as perguntas e o resultado foi o
seguinte: “Os acontecimentos da sua infância a marcaram até os doze anos, depois disso você
buscou conhecimento intelectual para seu amadurecimento”. Perfeito! Foi exatamente o que
aconteceu comigo. Fiquei radiante: eu havia realizado uma consulta paranormal com o pai da
psicanálise, e ele acertou na mosca.
MEDEIROS, M. Doidas e Santas. Porto Alegre, 2008 (adaptado).
www.acasadoconcurseiro.com.br 131
4. Quanto às influências que a internet pode exercer sobre os usuários, a autora expressa uma
reação irônica no trecho “Fiquei radiante: eu havia realizado uma consulta paranormal com o
pai da psicanálise”.
( ) Certo ( ) Errado
Ensaio
É um texto literário breve, situado entre o poético e o didático, expondo ideias, críticas e
reflexões éticas e filosóficas a respeito de certo tema. É menos formal. Consiste também
na defesa de um ponto de vista pessoal e subjetivo sobre um tema (humanístico, filosófico,
político, social, cultural, moral, comportamental, literário, religioso, etc.), sem que se paute em
formalidades.
O ensaio assume a forma livre e assistemática sem um estilo definido. Por essa razão, um
filósofo espanhol o definiu como "a ciência sem prova explícita".
Texto Literário
É uma construção textual de acordo com as normas da literatura, com objetivos e
características próprias, como linguagem elaborada de forma a causar emoções no leitor. Uma
das características distintivas dos textos literário é a sua função poética, em que é possível
constatar ritmo e musicalidade, organização específica das palavras e um elevado nível de
criatividade.
Madrugada na aldeia
Madrugada na aldeia nervosa, com as glicínias escorrendo orvalho, os figos prateados de
orvalho, as uvas multiplicadas em orvalho, as últimas uvas miraculosas.
O silêncio está sentado pelos corredores, encostado às paredes grossas, de sentinela.
E em cada quarto os cobertores peludos envolvem o sono: poderosos animais benfazejos,
encarnados e negros.
132 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Gêneros Textuais – Prof. Carlos Zambeli
Antes que um sol luarento dissolva as frias vidraças, e o calor da cozinha perfume a casa
com lembrança das árvores ardendo, a velhinha do leite de cabra desce as pedras da rua
antiquíssima, antiquíssima, e o pescador oferece aos recém-acordados os translúcidos peixes,
que ainda se movem, procurando o rio.
(Cecília Meireles. Mar absoluto, in Poesia completa.
Peça Publicitária
Modo específico de apresentar informação sobre produto, marca, empresa, ideia ou política,
visando a influenciar a atitude de uma audiência em relação a uma causa, posição ou atuação.
A propaganda comercial é chamada, também, de publicidade. Ao contrário da busca de
imparcialidade na comunicação, a propaganda apresenta informações com o objetivo principal
de influenciar o leitor ou ouvinte. Para tal, frequentemente, apresenta os fatos seletivamente
(possibilitando a mentira por omissão) para encorajar determinadas conclusões, ou usa
mensagens exageradas para produzir uma resposta emocional e não racional à informação
apresentada Costuma ser estruturado por meio de frases curtas e em ordem direta, utilizando
elementos não verbais para reforçar a mensagem.
7. O anúncio publicitário a seguir é uma campanha de um adoçante, que tem como seu slogan a
frase “Mude sua embalagem”.
A palavra “embalagem”, presente no slogan da campanha, é altamente expressiva e substitui a
palavra
a) vida.
b) corpo.
c) jeito.
d) história.
e) postura.
www.acasadoconcurseiro.com.br 133
Piada
8. “Dois amigos conversam quando passa uma mulher e cumprimenta um deles, que fala:
Eu devo muito a essa mulher...
Por quê? Ela é sua protetora?
Não, ela é a costureira da minha esposa.”
Na piada acima, o efeito de humor
a) deve-se, principalmente, à situação constrangedora em que ficou um dos amigos quando a
mulher o cumprimentou.
b) constrói-se pela resposta inesperada de um dos amigos, revelando que não havia entendido
o teor da pergunta do outro.
c) é provocado pela associação entre uma mulher e minha esposa, sugerindo ilegítimo
relacionamento amoroso.
d) firma-se no aproveitamento de distintos sentidos de uma mesma expressão linguística,
devo muito.
e) é produzido prioritariamente pela pergunta do amigo, em que se nota o emprego malicioso
da expressão sua protetora.
Gráficos e Tabelas
134 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Gêneros Textuais – Prof. Carlos Zambeli
Charge
É um estilo de ilustração que tem por finalidade satirizar algum acontecimento atual com
uma ou mais personagens envolvidas. A palavra é de origem francesa e significa carga, ou
seja, exagera traços do caráter de alguém ou de algo para torná-lo burlesco. Apesar de ser
confundida com cartum, é considerada totalmente diferente: ao contrário da charge, que tece
uma crítica contundente, o cartum retrata situações mais corriqueiras da sociedade. Mais do
que um simples desenho, a charge é uma crítica político-social mediante o artista expressa
graficamente sua visão sobre determinadas situações cotidianas por meio do humor e da sátira.
10. A relação entre o conjunto da charge e a frase “Brasil tem 25 milhões de telefones celulares”
fica clara porque a imagem e a fala do personagem sugerem o(a)
a) sentimento de vigilância permanente.
b) aperfeiçoamento dos aparelhos celulares.
c) inadequação do uso do telefone.
d) popularização do acesso à telefonia móvel.
e) facilidade de comunicação entre as pessoas.
www.acasadoconcurseiro.com.br 135
QUADRINHOS
Hipergênero, que agrega diferentes outros gêneros, cada um com suas peculiaridades.
136 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português
Coesão
A coesão textual refere-se à microestrutura de um texto. Ela ocorre por meio de relações
semânticas e gramaticais.
No caso de textos que utilizam linguagem verbal e não verbal (publicidade, por exemplo), a
coesão ocorre também por meio da utilização de
•• cores
•• formas geométricas
•• fontes
•• logomarcas
•• etc
Moldura = bolas
de futebol
Cantos =
local de
escanteio +
bola
www.acasadoconcurseiro.com.br 137
O pai e seu filhinho de 5 anos caminham por uma calçada.
Repentinamente, o garoto vê uma sorveteria e fala:
– Pai, eu já sarei do resfriado, né?
– Você não vai tomar sorvete! – responde o pai.
A resposta do pai não corresponde coesivamente à pergunta do filho, mas nem por isso é
incoerente. Depreende-se que o pai conhecia o objetivo do filho.
Anáfora
Retoma algo que já foi dito antes!
Edgar é um excelente professor. Ele trabalha aqui na Casa do Concurseiro, ensinando
Conhecimentos Bancários. Essa matéria é muito relevante para concursos nacionais.
Catáfora
O termo ou expressão que faz referência a um termo subsequente, estabelecendo com ele uma
relação não autônoma, portanto, dependente.
A Tereza olhou-o e disse: – Edgar, você está cansado?
Coerência
Fatores de Coerência
•• encadeamento
•• conhecimento da linguagem utilizada
•• equilíbrio entre o número de informações novas e a reiteração delas
•• possibilidade de inferência
•• aceitabilidade
•• intertextualidade
138 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Confronto e Reconhecimento de Frases Corretas e Incorretas – Prof. Carlos Zambeli
www.acasadoconcurseiro.com.br 139
É fácil de notar se quando falta coerência a um texto.
“Havia um menino muito magro que vendia amendoins numa esquina de uma das avenidas de
São Paulo. Ele era tão fraquinho, que mal podia carregar a cesta em que estavam os pacotinhos
de amendoim. Um dia, na esquina em que ficava, um motorista, que vinha em alta velocidade,
perdeu a direção. O carro capotou e ficou de rodas para o ar. O menino não pensou duas vezes.
Correu para o carro e tirou de lá o motorista, que era um homem corpulento. Carregou o até a
calçada, parou um carro e levou o homem para o hospital. Assim, salvou lhe a vida.”
(Platão & Fiorin)
Vícios De Linguagem
BARBARISMO
Desvio na grafia, na pronúncia ou na flexão de uma palavra. Divide-se em
Cacografia – má grafia ou má flexão de uma palavra: flexa – em vez de flecha / deteu – em vez
de deteve.
Cacoépia – erro de pronúncia: marvado – em vez de malvado.
Silabada – erro de pronúncia quanto à acentuação tônica das palavras: púdico – em vez de
pudico / rúbrica – em vez de rubrica.
Estrangeirismo – emprego desnecessário de palavras estrangeiras, quando elas já foram
aportuguesadas: stress – em vez de estresse.
SOLECISMO
É qualquer erro de sintaxe. Pode ser
•• de concordância: Haviam muitos erros – em vez de Havia ...
•• de regência: Assistimos o filme – em vez de Assistimos ao filme.
•• de colocação: Escreverei-te logo – em vez de Escrever-te-ei...
AMBIGUIDADE OU ANFIBOLOGIA
Duplo sentido que ocorre em função da má construção da frase:
Carlos disse ao colega que seu irmão morreu. (irmão de quem?)
140 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Confronto e Reconhecimento de Frases Corretas e Incorretas – Prof. Carlos Zambeli
ECO
Repetição de uma vogal formando rima:
O irmão do alemão prendeu a mão no fogão.
CACOFONIA
Som estranho que surge da união de sílabas diferentes, pela proximidade de duas palavras:
Ela tinha dezoito anos. (latinha)
GERUNDISMO
Locução verbal na qual o verbo principal apresenta-se no gerúndio. Seu uso no português
brasileiro é recente, é considerado por muitos como vício de linguagem, uma vez que seu uso é
demasiadamente impreciso:
“A senhora pode estar respondendo algumas perguntas?”
Gabarito: 1. E
www.acasadoconcurseiro.com.br 141
Português
FUNÇÕES DA LINGUAGEM
6
contexto
5
referente
1 4
emissor, 7 receptor
destinador canal de comunicação ou
ou remetente destinatário
3
mensagem
2
código
O linguista russo Roman Jakobson caracterizou seis funções da linguagem. Cada uma delas está
estreitamente ligada a um dos seis elementos que compõem o ato de comunicação.
Referente
FUNÇÃO REFERENCIAL
Mensagem
FUNÇÃO POÉTICA
Emissor Receptor
FUNÇÃO FUNÇÃO
EXPRESSIVA Canal de Comunicação CONATIVA
FUNÇÃO FÁTICA
Código
FUNÇÃO METALINGUÍSTICA
www.acasadoconcurseiro.com.br 143
Emissor: o que emite a mensagem.
Receptor: o que recebe a mensagem.
Mensagem: o conjunto de informações transmitidas.
Código: a combinação de signos utilizados na transmissão de uma mensagem. A comunicação
só se concretizará, se o receptor souber decodificar a mensagem.
Canal de Comunicação: veículo por meio do qual a mensagem é transmitida (TV, rádio, jornal,
revista...)
Contexto: a situação a que a mensagem se refere, também chamado de referente.
O emissor, ao transmitir uma mensagem, sempre tem um objetivo: informar algo, ou
demonstrar seus sentimentos, ou convencer alguém a fazer algo, etc; consequentemente, a
linguagem passa a ter uma função, que são as seguintes:
•• Função Referencial
•• Função Metalinguística
•• Função Conativa
•• Função Fática
•• Função Emotiva
•• Função Poética
Numa mensagem, é muito difícil encontrarmos uma única dessas funções isolada. O que ocorre,
normalmente, é a superposição de várias delas.
Função referencial – busca transmitir informações objetivas, a fim de informar o receptor.
Predomina nos textos de caráter científico, didático e jornalístico.
Exemplo: Pesquisas já demonstraram que o universo vocabular de nossos estudantes, mesmo
de nível universitário, é pobre.
144 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Funções da Linguagem – Prof. Carlos Zambeli
Função fática – tem por objetivo prolongar o contato com o receptor. Utiliza interjeições,
repetições, expressões sem valor semântico e, quando escrita, faz uso de recursos gráficos
como diferentes tipos de letras e variadas diagramações. É usada na linguagem coloquial,
especialmente nos diálogos.
•• POIS É...
•• ENTÃO... É melhor você
•• É FOGO. começar a ler
•• Ô. o Estadão.
•• NEM FALE.
EXEMPLIFICANDO
O princípio de que o Estado necessita de instrumentos para agir com rapidez em situações
de emergência está inscrito no arcabouço jurídico brasileiro desde a primeira Constituição,
de 1824, dois anos após a Independência, ainda no Império. A figura do decreto-lei, sempre
à disposição do Poder Executivo, ficou marcada no regime militar, quando a caneta dos
generais foi acionada a torto e a direito, ao largo do Congresso, cujos poderes eram sufocados
pela ditadura. Com a redemocratização, sacramentada pela Constituição de 1988, sepultou-
se o decreto-lei, mas não o seu espírito, reencarnado na medida provisória. Não se discute
a importância de o Poder Executivo contar com dispositivos legais que permitam ao governo
baixar normas, sem o crivo imediato do Congresso, que preencham os requisitos da “relevância
e urgência”. O problema está na dosagem, que, se exagerada, como ocorre atualmente, sufoca
o Poder Legislativo.
O Globo, 19/3/2008 ( com adaptações)
www.acasadoconcurseiro.com.br 145
1. A função da linguagem predominante no texto é
a) metalinguística.
b) poética.
c) expressiva.
d) apelativa.
e) referencial.
3. O texto abaixo utiliza uma linguagem emotiva, que pode ser comprovada especialmente na
opção pela subjetividade voltada para o narrador.
“Então, aproveite bem o seu dia. Extraia dele todos os bons sentimentos possíveis. Não deixe
nada para depois. Diga o que tem para dizer. Demonstre. Seja você mesmo. Não guarde lixo
dentro de casa. Nem jogue seu lixo no ambiente. Não cultive amarguras e sofrimentos. Prefira
o sorriso. Dê risada de tudo, de si mesmo. Não adie alegrias nem contentamentos nem sabores
bons. Seja feliz. Hoje. Amanhã é uma ilusão. Ontem é uma lembrança. Só existe o hoje.”
( ) Certo ( ) Errado
4. HISTÓRIA MANJADA
GALÃ CANASTRÃO
TIROS E PERSEGUIÇÕES
EFEITOS GRATUITOS
MAIS TIROS E PERSEGUIÇÕES
FINAL PREVISÍVEL
Conheça outro jeito de fazer cinema.
Cine Conhecimento.
No canal PLUS.
Além de exibir filmes de diversos países, o programa traz análises, comentários, curiosidades e
detalhes da produção. Não perca! Tem sempre um bom filme para você!
(Revista Monet)
Pelos sentidos e pelas estruturas linguísticas do texto, é correto concluir que o emprego de
“Conheça” e “Não perca” indica que a função da linguagem predominante no texto é a
a) metalinguística.
b) poética.
c) conativa.
d) expressiva.
146 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Funções da Linguagem – Prof. Carlos Zambeli
5. No slogan CELULAR: Não Fale no Trânsito, uma característica da função conativa da linguagem
é
a) a objetividade da informação transmitida.
b) a manutenção da sintonia entre a STTU e o público-alvo.
c) o esclarecimento da linguagem pela própria linguagem
d) o emprego do verbo no modo imperativo
Gabarito: 1. E 2. C 3. E 4. D 5. E 6. C
www.acasadoconcurseiro.com.br 147
Português
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA
Tanto a língua escrita quanto a oral apresentam variações condicionadas por diversos fatores:
regionais, sociais, intelectuais etc.
A língua escrita obedece a normas gramaticais e será sempre diferente da língua oral, mais
espontânea, solta, livre, visto que acompanhada de mímica e entonação, que preenchem
importantes papéis significativos. Mais sujeita a falhas, a linguagem empregada coloquialmente
difere substancialmente do padrão culto.
É aquela ensinada nas escolas e serve de veículo às ciências em que se apresenta com
terminologia especial. Caracteriza-se pela obediência às normas gramaticais. Mais comumente
usada na linguagem escrita e literária, reflete prestígio social e cultural. É mais artificial, mais
estável, menos sujeita a variações.
É aquela usada espontânea e fluentemente pelo povo. Mostra-se quase sempre rebelde
à norma gramatical e é carregada de vícios de linguagem (solecismo - erros de regência e
concordância; barbarismo - erros de pronúncia, grafia e flexão; ambiguidade; cacofonia;
pleonasmo), expressões vulgares, gírias e preferência pela coordenação, que ressalta o caráter
oral e popular da língua.
www.acasadoconcurseiro.com.br 149
1. Com frequência, a transgressão à norma culta constitui uma marca do registro coloquial da
língua. Nesses casos, parece existir, de um lado, a norma culta e, de outro, a “norma” coloquial
– e esta muitas vezes se impõe socialmente, em detrimento da primeira. Um exemplo de
transgressão à norma culta acontece numa das alternativas abaixo. Assinale-a.
a) Nós éramos cinco e brigávamos muito…
b) estrada lamacenta que o governo não conservava…
c) Miguel fazia muita falta, embora cada um de nós trouxesse na pele a marca de sua
autoridade.
d) Você assustou ele falando alto.
e) Se um de nós ia para o colégio, os outros ficavam tristes.
2. Considere as afirmações.
I – A letra de “Saudosa Maloca” pode ser considerada como realização de uma “linguagem
artística” do poeta, estabelecida com base na sobreposição de elementos do uso popular ao
uso culto.
II – Uma dessas sobreposições é o emprego do pronome oblíquo de terceira pessoa “se” em
lugar de “nos” (Só se conformemo), diferentemente do que prescreve a norma culta.
III – A letra de “Saudosa Maloca” apresenta linguagem inovadora, visto que, sem abandonar a
linguagem formal, dirige-se diretamente ao leitor.
Estão corretas
a) apenas I.
b) apenas II.
c) apenas III.
150 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Variação Linguística – Prof. Carlos Zambeli
d) apenas I e II.
e) I, II e III.
4. Gíria
A gíria relaciona-se ao cotidiano de certos grupos sociais. Esses grupos utilizam a gíria como
meio de expressão do cotidiano, para que as mensagens sejam decodificadas apenas pelo
próprio grupo. Assim, a gíria é criada por determinados segmentos da comunidade social que
divulgam o palavreado para outros grupos até chegar à mídia. Os meios de comunicação de
massa, como a televisão e o rádio, propagam os novos vocábulos; às vezes, também inventam
alguns. A gíria que circula pode acabar incorporada pela língua oficial, permanecer no
vocabulário de pequenos grupos ou cair em desuso.
3. Nas orações a seguir, as gírias sublinhadas podem ser substituídas por sinônimos.
“… e beijava tudo que era mulher que passasse dando sopa.”
“… o Papa de araque…”
“… numa homenagem também aos salgueirenses que, no Carnaval de 1967, entraram pelo
cano.”
Indique que opção equivale, do ponto de vista do sentido, a essas expressões.
a) distraidamente, falso, saíram-se mal.
b) reclamando, falso, obstruíram-se.
c) distraidamente, esperto, saíram-se vitoriosos.
d) reclamando, falso, deram-se mal.
e) distraidamente, esperto, obstruíram-se.
5. Linguagem Regional
Regionalismos ou falares locais são variações geográficas do uso da língua padrão, quanto
às construções gramaticais, empregos de certas palavras e expressões e do ponto de vista
fonológico. Há, no Brasil, por exemplo, falares amazônico, nordestino, baiano, fluminense,
mineiro, sulino.
Leia o texto a seguir e responda à questão.
“Explico ao senhor: o diabo vige dentro do homem, os crespos do homem — ou é o homem
arruinado, ou o homem dos avessos. Solto, por si, cidadão, é que não tem diabo nenhum.
Nenhum! — é o que digo. O senhor aprova? Me declare tudo, franco — é alta mercê que me
faz: e pedir posso, encarecido. Este caso — por estúrdio que me vejam — é de minha certa
importância. Tomara não fosse... Mas, não diga que o senhor, assisado e instruído, que acredita
na pessoa dele?! Não? Lhe agradeço! Sua alta opinião compõe minha valia. Já sabia, esperava
por ela — já o campo!
Ah, a gente, na velhice, carece de ter uma aragem de descanso. Lhe agradeço. Tem diabo
nenhum. Nem espírito. Nunca vi. Alguém devia de ver, então era eu mesmo, este vosso
servidor. Fosse lhe contar... Bem, o diabo regula seu estado preto, nas criaturas, nas mulheres,
nos homens. Até: nas crianças — eu digo. Pois não é o ditado: “menino — trem do diabo”? E
www.acasadoconcurseiro.com.br 151
nos usos, nas plantas, nas águas, na terra, no vento... Estrumes... O diabo na rua, no meio do
redemunho... “
(Guimarães Rosa. Grande Sertão: Veredas.)
4. O texto de Guimarães Rosa mostra uma forma peculiar de escrita, denunciada pelos recursos
linguísticos empregados pelo escritor. Entre as características do texto, está
a) o emprego da linguagem culta, na voz do narrador, e o da linguagem regional, na voz da
personagem.
b) a recriação da fala regional no vocabulário, na sintaxe e na melodia da frase.
c) o emprego da linguagem regional predominantemente no campo do vocabulário.
d) a apresentação da língua do sertão fiel à fala do sertanejo.
e) o uso da linguagem culta, sem regionalismos, mas com novas construções sintáticas e
rítmicas.
Gabarito: 1. D 2. D 3. A 4. B 5. D
152 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática
Professor Dudan
www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática
CONJUNTOS NUMÉRICOS
Subconjuntos
ℕ* = {1, 2, 3, 4,...} naturais não nulos.
Subconjuntos
ℤ* = {..., – 4, – 3, – 2, – 1, 1, 2, 3, 4,...} inteiros não nulos.
|– 4| = |4| = 4
www.acasadoconcurseiro.com.br 155
Faça você
Definição: Será inicialmente descrito como o conjunto dos quocientes entre dois números
inteiros.
p
Logo ℚ = { | p ∈ ℤ e q ∈ ℤ*}
q
Subconjuntos
ℚ* à racionais não nulos.
ℚ + à racionais não negativos.
ℚ*+ à racionais positivos.
ℚ - à racionais não positivos.
ℚ*- à racionais negativos.
Faça você
3. Assinale V para as verdadeiras e F para as falsas:
( ) 0,333... ∈ Z ( ) 0 ∈ Q* ( ) – 3 ∈ Q+
( ) – 3,2 ∈ Z ( ) NcQ ( ) 0,3444... ∈ Q*
( ) 0,72 ∈ N ( ) 1,999... ∈ N ( ) 62 ∈ Q
( ) QcZ
156 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Conjuntos Numéricos – Prof. Dudan
Decimais periódicos
1 7
= 0,333... = 0,3 = 0,777... = 0,7
3 9
Exemplos
a) 0,333... Seguindo os passos descritos acima: (03 – 0) = 3/9 = 1/3
9
b) 1,444... Seguindo os passos descritos acima: 14 – 1 = 13/9
9
c) 1,232323... Seguindo os passos descritos acima: 123 – 1 = 122/99
99
d) 2,1343434... Seguindo os passos descritos acima: 2134 – 21 = 2113/990
990
Exemplos:
0,212112111... 1,203040... 2 π
www.acasadoconcurseiro.com.br 157
ℝ = ℚ ∪ 𝕀, sendo ℚ ∩ 𝕀 = Ø
Subconjuntos
ℝ* = {x ∈ R | × ≠ 0} à reais não nulos
ℝ + = {x ∈ R | × ≥ 0} à reais não negativos Q I
Z
ℝ*+ = {x ∈ R | × > 0} à reais positivos
N
ℝ- = {x ∈ R | × ≤ 0} à reais não positivos
ℝ*- = {x ∈ R | × < 0} à reais negativos
Números Complexos ( )
Definição: Todo número que pode ser escrito na forma a + bi, com a e b reais.
Exemplos:
3 + 2i – 3i – 2 + 7i
9 1,3 1,203040...
2 π
Resumindo:
Todo número é complexo.
Faça você
4. Seja R o número real representado pela dízima 0,999...
Pode-se afirmar que:
a) R é igual a 1.
b) R é menor que 1.
c) R se aproxima cada vez mais de 1 sem nunca chegar.
d) R é o último número real menor que 1.
e) R é um pouco maior que 1.
158 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Conjuntos Numéricos – Prof. Dudan
b)
c)
d)
e)
- 1 + 25
7. A lista mais completa de adjetivos que se aplica ao número é:
2
a) Complexo, real, irracional, negativo.
b) Real, racional, inteiro.
c) Complexo, real, racional, inteiro, negativo.
d) Complexo, real, racional, inteiro, positivo.
e) Complexo, real, irracional, inteiro.
www.acasadoconcurseiro.com.br 159
9. Se a = , b = 33/25, e c = 1,323232..., a afirmativa verdadeira é
a) a<c<b
b) a<b<c
c) c<a<b
d) b<a<c
e) b<c<a
Gabarito: 1. * 2. * 3. * 4. A 5. B 6. C 7. D 8. C 9. E
160 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática
Conjunto é um conceito primitivo, isto é, sem definição, que indica agrupamento de objetos,
elementos, pessoas etc. Para nomear os conjuntos, usualmente são utilizadas letras maiúsculas
do nosso alfabeto.
Representações:
Os conjuntos podem ser representados de três formas distintas:
I – Por enumeração (ou extensão): Nessa representação, o conjunto é apresentado pela citação
de seus elementos entre chaves e separados por vírgula. Assim temos:
•• O conjunto “A” das vogais –> A = {a, e, i, o, u}.
•• O conjunto “B” dos números naturais menores que 5 –> B = {0, 1, 2, 3, 4}.
•• O conjunto “C” dos estados da região Sul do Brasil –> C = {RS, SC, PR}
www.acasadoconcurseiro.com.br 161
Classificação dos Conjuntos
Vejamos a classificação de alguns conjuntos:
•• Conjunto Unitário: possui apenas um elemento. Exemplo: o conjunto formados pelos
números primos e pares.
•• Conjunto Vazio: não possui elementos, é representado por ∅ ou, mais raramente, por { }.
Exemplo: um conjunto formado por elemento par, primo e diferente de 2.
•• Conjunto Universo (U): possui todos os elementos necessários para realização de um
estudo (pesquisa, entrevista etc.)
•• Conjunto Finito: um conjunto é finito quando seus elementos podem ser contados um a
um, do primeiro ao último, e o processo chega ao fim. Indica-se n(A) o número (quantidade)
de elementos do conjunto “A”.
Exemplo: A = {1, 4, 7, 10} é finito e n(A) = 4
•• Conjunto Infinito: um conjunto é infinito quando não é possível contar seus elementos do
primeiro ao último.
Relação de Pertinência
É uma relação que estabelecemos entre elemento e conjunto, em que fazemos uso dos
símbolos ∈ e ∉.
Exemplo:
Fazendo uso dos símbolos ∈ ou ∉, estabeleça a relação entre elemento e conjunto:
a) 10 ____ ℕ
b) – 4 ____ ℕ
c) 0,5 ____ 𝕀
d) – 12,3 ____ ℚ
e) 0,1212... ____ ℚ
f) 3 ____ 𝕀
g) -16 ____ ℝ
162 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Teoria dos Conjuntos (Linguagem dos Conjuntos) – Prof. Dudan
Relação de Inclusão
É uma relação que estabelecemos entre dois conjuntos. Para essa relação fazemos uso dos
símbolos ⊂, ⊄, ⊃ e ⊅.
Exemplos:
Fazendo uso dos símbolos de inclusão, estabeleça a relação entre os conjuntos:
a) ℕ _____ ℤ
b) ℚ _____ ℕ
c) ℝ _____ 𝕀
d) 𝕀 _____ ℚ
Observações:
•• Dizemos que um conjunto “B” é um subconjunto ou parte do conjunto “A” se, e somente
se, B ⊂ A.
•• Dois conjuntos “A” e “B” são iguais se, e somente se, A ⊂ B e B ⊂ A.
•• Dados os conjuntos “A”, “B” e “C”, temos que: se A ⊂ B e B ⊂ C, então A ⊂ C.
Exemplos:
Dados os conjuntos A = {1, 3, 4, 5}, B = {2, 3, 4} e C = {4, 5, 10}. Determine:
a) A ⋂ B c) A – B e) A ⋂ B ⋂ C
b) A ⋃ B d) B – A f) A ⋃ B ⋃ C
www.acasadoconcurseiro.com.br 163
1. Numa sala há n pessoas. Sabendo que 75 pessoas dessa sala gostam de
matemática, 52 gostam de física, 30 pessoas gostam de ambas as matérias e
13 pessoas não gostam de nenhuma dessas matérias. É correto afirmar que
n vale:
a) 170
b) 160
c) 140
d) 100.
e) 110.
164 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Teoria dos Conjuntos (Linguagem dos Conjuntos) – Prof. Dudan
Cursos Alunos
Apenas A 9
Apenas B 20
Apenas C 10
AeB 13
AeC 8
BeC 18
A, B e C 3
Gabarito: 1. E 2. C 3. B 4. D
www.acasadoconcurseiro.com.br 165
Matemática
INTERVALOS NUMÉRICOS
O conjunto dos números reais é formado a partir da união dos conjuntos dos números Naturais,
Inteiros, Racionais e Irracionais.
Pode-se representar o conjunto dos números reais associando cada número x ϵ R a um ponto
de uma reta r.
Assim se convencionarmos uma origem O, associando a ela o zero, adotamos uma unidade e
um sentido positivo para esta reta, teremos aquela que denominamos reta orientada.
Tipos de intervalo
Intervalos Limitados
Intervalo fechado:
Números reais maiores ou iguais a “a” e menores ou iguais a “b”.
Intervalo: [a, b]
Conjunto: {x ϵ R | a ≤ x ≤ b}
Exemplo: Represente o intervalo [ – 2; + 4]
www.acasadoconcurseiro.com.br 167
Intervalo aberto:
Números reais maiores do que a e menores do que b.
Intervalo: ]a, b[
Conjunto: {x ϵ R | a < x < b}
Exemplo: Represente o intervalo ( – 2; + 4)
Intervalo: [a, b[
Conjunto: {x ϵ R | a ≤ x < b}
Exemplo: Represente o intervalo [ – 2; + 4)
Intervalo: ]a, b]
Conjunto: {x ϵ R | a < x ≤ b}
Exemplo: Represente o intervalo ( – 2; + 4]
168 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Intervalos Numéricos – Prof. Dudan
Intervalos ilimitados
Intervalo: ] – ∞ ,b]
Conjunto: {x ϵ R | x ≤ b}
Exemplo: Represente o intervalo ( – ∞; + 4]
Intervalo: ] – ∞ ,b[
Conjunto: {x ϵ R | x < b}
Exemplo: Represente o intervalo ( – ∞; +4)
Intervalo: [a,+ ∞ [
Conjunto: {x ϵ R | x ≥ a}
www.acasadoconcurseiro.com.br 169
Exemplo: Represente o intervalo [ – 2; + ∞)
Intervalo: ]a, +∞ [
Conjunto: {x ϵ R | x > a}
Exemplo: Represente o intervalo ( – 2; + ∞)
Reta numérica:
Números reais.
Intervalo: ] – ∞ ,+ ∞ [
Conjunto: R
Exercicios:
170 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Intervalos Numéricos – Prof. Dudan
d) {0, 1, 2, 3, 4, 5}
e) ]1, 5]
Gabarito: 1. A 2. B 3. A 4. A
www.acasadoconcurseiro.com.br 171
Matemática
NÚMEROS PRIMOS
Por definição, os números primos são números pertencentes ao conjunto dos números naturais
não nulos, que possuem exatamente apenas dois divisores naturais distintos, o número 1 e o
próprio número.
Segundo esta definição o número 1 não é um número primo, pois o mesmo não apresenta dois
divisores distintos. Seu único divisor é o próprio 1.
O número 2 é o único número primo par, já que todos os demais números pares possuem ao
menos 3 divisores, dentre eles a unidade, o próprio número e o número 2.
Números naturais não nulos que possuem mais de dois divisores são chamados de números
compostos.
Exemplos:
a) 2 tem apenas os divisores 1 e 2, portanto 2 é um número primo.
b) 17 tem apenas os divisores 1 e 17, portanto 17 é um número primo.
c) 10 tem os divisores 1, 2, 5 e 10, portanto 10 não é um número primo.
Observações:
•• 1 não é um número primo, porque ele tem apenas um divisor que é ele mesmo.
•• 2 é o único número primo que é par.
Os números que têm mais de dois divisores são chamados números compostos.
Exemplo:
15 tem mais de dois divisores → 15 é um número composto.
www.acasadoconcurseiro.com.br 173
Como identificar se um número é primo?
Iremos testar a divisibilidade do número por cada um dos números primos, iniciando em 2, até
que a divisão tenha resto zero ou que o quociente seja menor ou igual ao número primo que se
está testando como divisor.
Vamos testar se o número 17 é primo ou não:
17 ÷ 2 = 8, resta 1;
17 ÷ 3 = 5, restam 2;
17 ÷ 5 = 3, restam 2.
Neste ponto já podemos ter a certeza de que o número 17 é primo, pois nenhum dos divisores
primos testados produziu resto 0 e o quociente da divisão pelo número primo 5 é igual a 3 que
é menor que o divisor 5.
Vejamos agora se o número 29 é primo ou não:
29 ÷ 2 = 14, resta 1;
29 ÷ 3 = 9, restam 2;
29 ÷ 5 = 5, restam 4.
Como neste ponto quociente da divisão de 29 pelo número primo 5 é igual ao próprio divisor
5, podemos então afirmar com certeza que o número 29 é primo, pois nenhum dos divisores
primos testados resultou em uma divisão exata.
E o número 161?
Ele não é par, portanto não é divisível por 2;
1 + 6 + 1 = 8, portanto não é divisível por 3;
Ele não termina em 0 nem em 5, portanto não é divisível por 5;
Quando dividido por 7 ÷ 161 / 7 = 23, com resto zero, logo 161 é divisível por 7, e portanto não
é um número primo.
E o número 113:
Ele não é par, portanto não é divisível por 2;
1 + 1 + 3 = 5, portanto não é divisível por 3;
Ele não termina em 0 nem em 5, portanto não é divisível por 5;
Se dividido por 7 ÷ 113 / 7 = 16, com resto 1. O quociente (16) ainda é maior que o divisor (7).
Agora dividido por 11 ÷ 113 / 11 = 10, com resto 3. O quociente (10) é menor que o divisor (11),
e além disso o resto é diferente de zero (o resto vale 3), portanto 113 é um número primo.
174 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Números Primos e Primos Entre Si – Prof. Dudan
Um resultado na teoria de números é que todo número natural, maior que 1, pode ser escrito
como um produto, em que os fatores são todos números primos.
Por exemplo, (2.2.5) é a decomposição do número 20 em fatores primos, isto é, 20 = 2.2.5
Deve-se observar que, se o número em questão for um número primo, então a decomposição
será o próprio número.
Por exemplo, 7 será a decomposição em fatores primos do número 7.
Assim, se após a decomposição de dois números naturais a e b (maiores que 1), em fatores
primos, não houver fatores comuns; então a e b serão denominados números primos entre si.
Observe que 20 e 21 são números primos entre si, pois 20 = 2.2.5 e 21 = 3.7;
Já os números 15 e 21 não são primos entre si, pois 15 = 3.5 e 21 = 3.7
Resumindo: Um conjunto de números inteiros é chamado de mutuamente primo se não existir
um inteiro maior do que 1 que divida todos os elementos.
Assim chamamos de números primos entre si um conjunto de dois ou mais números naturais
cujo único divisor comum a todos eles seja o número 1.
Exemplo:
Os divisores do número 10 são: 1, 2, 5 e 10.
Os divisores de 20 são: 1, 2, 4, 5, 10 e 20.
Os divisores de 21 são: 1, 3, 7 e 21.
Podemos então afirmar que juntos, os números 10, 20 e 21 são primos entre si, ou mutuamente
primos, já que o único divisor comum a todos eles continua sendo o número 1.
Observe, no entanto que os números 10 e 20 não são números primos, pois os números 1, 2, 5
e 10 são divisores comuns aos dois.
Em síntese para sabermos se um conjunto de números são primos entre si, ou mutuamente
primos, basta calcularmos o seu máximo divisor comum (MDC). Se for 1, todos números do
conjuntos serão primos entre si.
Regra prática para descobrir se dois números naturais são primos entre si:
Seriam os números 49 e 6 primos entre si?
46
Se colocarmos 49 e 6 na forma de fração , não dá para simplificar por nenhum número,
logo temos uma fração IRREDUTÍVEL. 6
www.acasadoconcurseiro.com.br 175
Matemática
OPERAÇÕES MATEMÁTICAS
DICA
Na adição e subtração, quando os sinais forem iguais, somamos os números e
conservamos o mesmo sinal, quadno os sinais forem diferentes, diminuimos os
números e conservamos o sinal do maior valor absoluto.
www.acasadoconcurseiro.com.br 177
1. Calcule:
a) – 3 + 5 = b) + 43 – 21 =
c) – 9 – 24 = d) – 25 + (– 32) =
e) + 5 – 14 = f) + 7 + (– 4) =
g) – 19 – (– 15) = h) + 7 – (– 2) =
i) + 9 – 5 = j) – 8 + 4 + 5 =
k) – 9 – 1 – 2 = l) + (-6) – (+3) + 5 =
DICA
Na multiplicação/divisão, quando os dois sinais forem iguais, o resultado é (+), e
quando forem diferentes, o resultado é (–).
178 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Operações Básicas – Prof. Dudan
d) (– 4) ÷ (– 4) = e) 12 ÷ (– 6) = f) – 1 × (– 14) =
g) (+ 7) × (+ 2) = h) (– 8) ÷ (– 4) = i) – 5 x (- 4) ÷ 2 =
g) 28,8 ÷ 4 = h) 86,2 x 3 =
Potenciação e Radiciação
•• No exemplo 72 = 49 temos que: 7 é a base, 2 é o expoente e 49 é a potência.
•• A potência é uma multiplicação de fatores iguais: 72 = 7 x 7 = 49
•• Todo número inteiro elevado a 1 é igual a ele mesmo:
Ex.: a) (– 4)1 = – 4 b) (+ 5)1 = 5
•• Todo número inteiro elevado a zero é igual a 1.
Ex.: a) (– 8)0 = 1 b) (+ 2)0 = 1
•• No exemplo 3 8 = 2 temos que: 3 é o índice da raiz, 8 é o radicando, 2 é a raiz e o simbolo
é o radical.
Ex.: a) 52 = 25 b) 23 = 8 c) 34 = 81
d) 4 625 = 5 e) 64 = 8 f) 3 27 = 3
www.acasadoconcurseiro.com.br 179
•• Quando não tiver parênteses, conservamos o sinal da base independente do expoente.
Exemplos: a) – 2² = – 4
b) – 23 = – 8
c) + 3² = 9
d) + 53 = + 125
4. Calcule as potências:
a) 3² = b) (– 3)² =
c) – 3² = d) (+ 5)3 =
e) (– 6)² = f) – 43 =
g) (– 1)² = h) (+ 4)² =
i) (– 5)0 = j) – 7² =
k) (– 2,1)² = l) – 1,13 =
m) (–8)² = n) – 8² =
Propriedades da Potenciação
180 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Operações Básicas – Prof. Dudan
Expressões numéricas
Para resolver expressões numéricas é preciso obedecer a seguinte ordem:
1º resolvemos as potenciações e radiciações na ordem em que aparecem.
2º resolvemos as multiplicações e divisões na ordem em que aparecem.
3º resolvemos as adições e subtrações na ordem em que aparecem.
b) 20 + 23 × 10 – 4² ÷ 2 =
d) 5² – 5 × 15 + 50 × 53 =
www.acasadoconcurseiro.com.br 181
Simplificação de frações
a) – 75 b) – 48 c) – 36 d) – 10
50 84 2 15
182 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Operações Básicas – Prof. Dudan
a) – 3 + 2 – 5 – 5 b) 7 + 2 – 1
4 10 2 10 3 4
•• Para dividir frações, basta multiplicar a primeira fração pelo inverso da segunda.
1
3 3 7 21 2
5
Exemplo: a) – ÷ = – x = – b) _____
=– 1 x 5 – 5
8 7 8 5 40 3 2 3 6
–
5
DICA
Dividir por um número é multiplicar pelo seu inverso!
www.acasadoconcurseiro.com.br 183
8. Efetue e simplifique quando for possível:
a) 4 ÷ �– 2 � b) – 1 �– 3 � 2 c) (– 4) ÷ �– 3 � d)
7 5 2 4 3 8
a) (– 1 – 2 – 3 – 4 – 5) ÷ (+ 15) =
b) (8 + 10 ÷ 2 – 12) ÷ (– 4 + 3) =
e) – 2 + {– 5 – [- 2 – (– 2) – 3 – (3 – 2) ] + 5} =
f) – 15 + 10 ÷ (2 – 7) =
184 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Operações Básicas – Prof. Dudan
Expoente negativo
Todo número diferente de zero elevado a um expoente negativo é igual ao inverso do mesmo
número com expoente positivo.
Exemplo: a) 1 = 1 b) 4-3 = 1 = 1 c) �– 2 �-2 = �– 4 �2 = + 16
7² 49 4³ 64 4 2 4
www.acasadoconcurseiro.com.br 185
Matemática
FRAÇÕES
Definição
Fração é um modo de expressar uma quantidade a partir de uma razão de dois números
inteiros. A palavra vem do latim fractus e significa "partido", dividido ou "quebrado (do verbo
frangere: "quebrar").
Também é considerada parte de um inteiro, que foi dividido em partes exatamente iguais. As
frações são escritas na forma de números e na forma de desenhos. Observe alguns exemplos:
www.acasadoconcurseiro.com.br 187
Na fração, a parte de cima é chamada de numerador, e indica quantas partes do inteiro foram
utilizadas.
A parte de baixo é chamada de denominador, que indica a quantidade máxima de partes em
que fora dividido o inteiro e nunca pode ser zero.
Ex.: Uma professora tem que dividir três folhas de papel de seda entre quatro alunos, como ela
pode fazer isso?
Se cada aluno ficar com 3/4 (lê-se três quartos) da folha. Ou seja, você vai dividir cada folha em
4 partes e distribuir 3 para cada aluno.
Assim , por exemplo, a fração 56/8 (lê-se cinquenta e seis oitavos) designa o quociente de 56
por 8. Ela é igual a 7, pois 7 × 8 = 56.
SIMPLIFICAÇÃO de FRAÇÕES
Para simplificar uma fração, se possível, basta dividir o numerador e o denominador por um
mesmo número se eles não são números primos entre si.
Exemplos:
188 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Frações – Prof. Dudan
Para estabelecer comparação entre frações, é preciso que elas tenham o mesmo denominador.
Isso é obtido através do menor múltiplo comum.
Exemplo:
ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO
• Sendo os denominadores iguais, basta somar ou subtrair os numeradores e manter o
denominador.
Exemplos:
www.acasadoconcurseiro.com.br 189
• Se os denominadores forem diferentes será necessário encontrar frações equivalentes
(proporcionais) que sejam escritas no mesmo denominador comum. Usaremos o M.M.C , veja:
Exemplo:
Exemplo:
190 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Frações – Prof. Dudan
MULTIPLICAÇÃO e DIVISÃO
Para multiplicar frações basta multiplicar os numeradores entre si e fazer o mesmo entre os
denominadores, independente se são iguais ou não.
Exemplo:
Para dividir as frações, basta multiplicar a primeira fração pelo inverso da segunda fração.
Exemplo:
www.acasadoconcurseiro.com.br 191
Caso seja necessário aplicar um radical numa fração, basta entender que: “a raiz da fração é a
fração das raízes.”
Exemplos:
Questões:
1. João e Tomás partiram um bolo retangular. João comeu a metade da terça parte e Tomás comeu
a terça parte da metade. Quem comeu mais?
a) João, porque a metade é maior que a terça parte.
b) Tomás.
c) Não se pode decidir porque não se conhece o tamanho do bolo.
d) Os dois comeram a mesma quantidade de bolo.
e) Não se pode decidir porque o bolo não é redondo.
Gabarito: 1. D 2. E
192 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática
POTÊNCIAS
an = a . a . a . ... . a
n fatores
Exemplo:
26 = 64, onde,
2 = base
6 = expoente
64 = potência
Exemplos:
a) 54 = 5 . 5 . 5 . 5 . = 625
•• 5 é a base;
•• 4 é o expoente;
•• 625 é a potência
b) ( – 6)2 = ( – 6) . ( – 6) = 36
•• -6 é a base;
•• 2 é o expoente;
•• 36 é a potência
c) ( – 2)3 = ( – 2) . ( – 2) . ( – 2) = – 8
•• - 2 é a base;
•• 3 é o expoente;
•• - 8 é a potência
d) 101 = 10
•• 10 é a base;
•• 1 é o expoente;
•• 10 é a potência
www.acasadoconcurseiro.com.br 193
Casos especiais:
a1 = a 1n = 1 a0 = 1
a ≠ 0
d) – 53 = e) ( – 5)3 = f) – 18 =
j) – 3³ = k) ( – 3)³ = l) – 3²=
m) ( – 3)² = n) ( – 3)0 = o) – 30 =
Potências “famosas”
21 = 2 3¹ = 3 5¹= 5
2² = 4 3² = 9 5² = 25
2³ = 8 3³ = 27 5³ = 125
24 = 16 34 = 81 54 = 625
25 = 32 35 = 243
26 = 64
27 = 128
28 = 256
29 = 512
210 = 1024
194 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Potências – Prof. Dudan
Exemplos:
a) 104 = 10000 d) 10-5 = 0,00001
b) 106 = 1000000 e) 10-2 = 0,01
c) 103 = 1000 f) 10-1 = 0,1
a) 430
b) 260
c) 460
d) 231
e) 431
Exemplo: Qual a metade de 2100?
a) 250
b) 299
c) 1100
d) 150
e) 225
www.acasadoconcurseiro.com.br 195
Propriedades de potências
ax . ay = ax + y
Exemplos:
a) 23 . 22 = 23 + 2 = 25 = 32
b) 54 . 5 = 54 + 1 = 55
c) 2x . 26 = 2x + 6
d) 24 . 2-3 = 24 + (-3) = 24 - 3 = 21 = 2
e) 37 . 3-7 = 37 + (-7) = 37 - 7 = 30 = 1
f) xn . x-n = xn + (-n) = xn - n = x0 = 1
g) 8 . 2x = 23 . 2x = 23 + x
h) 2x . 2x = 2x + x = 22x
am + n = am . an
Exemplo:
a) 2x + 2 = 2x . 22 = 2x . 4 = 4 . 2x
b) 32x = 3x + x = 3x . 3x = (3x)2
c) 5m + x = 5m . 5x
d) 42 + n = 42 . 4n = 16 . 4n
Observação: Somente podemos aplicar essa propriedade quando as bases são iguais.
25 . 32 ≠ 65 + 2 (não há propriedade para esses casos)
Não é possível multiplicar as bases quando houver expoente (não há propriedade para esses
casos)
Exemplos:
a) 2 . 6x ≠ 12x
b) 32 . 3x = 32 + x
196 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Potências – Prof. Dudan
ax ÷ ay = ax - y
OU
ax = a x - y
ay
Exemplos:
a) 710 ÷ 78 = 710 - 8 = 72 = 49
b) 32 ÷ 3-5 = 32- (-5) = 32 + 5 = 37
c) 102x ÷ 10x = 102x - x = 10x
d) 20 ÷ 25 = 20 - 5 = 2-5
103x
e) = 103x - x = 102x
10x
f) 13x ÷ 13x + 2 = 13x - (x + 2) = 13x - x - 2 = 13- 2
g) 53 ÷ 53 = 53 - 3 = 50 = 1
h) 43 ÷ 48 = 43 - 8 = 4-5
i) 11-5 ÷ 113 = 11-5 - 3 = 11- 8
x5n
j) = x5n - 10n = x-5n
x10n
am - n = am ÷ an
Exemplos:
a) 2x-2 = 2x ÷ 22 = 2x ÷ 4 = 2x/4
b) 5m-x = 5m ÷ 5x = 5m/5x
c) 42 - n = 42 ÷ 4n = 16 + 4n = 16/4n
www.acasadoconcurseiro.com.br 197
Potência de potência
Quando uma potência está elevada a algum expoente, conserva-se a base e multiplica-se o
expoente.
(ax)y = axy
Exemplos:
a) (22)3 = 22 . 3 = 26 = 128
b) (33x)2 = 36x
c) (54 + x)3 = 512+3x
d) (77)0 = 77 . 0 = 70 = 1
e) (2-3)2 = 2(-3) . 2 = 2-6
Cuidado!
n
(am)n ≠ am
Exemplo:
2
(23)2 ≠ 23 → 26 ≠ 29 → 128 ≠ 512
an . bn = (a . b)n
Exemplos:
a) (3 . 2)3 = 33 . 23 = 27 . 8 = 216
b) (5x)2 = 52 . x2 = 25x2
c) ( – 2ab)4 = ( – 2)4 . a4 . b4 = 16 a4 . b4
d) (x2y3)4 = (x2)4 . (y3)4 = x8 . y12
e) 57 . 27 = (5 . 2)7 = 107
f) (4 . a3 . b5)2 = 42 . (a3)2 . (b5)2 = 16 . a6 . b10
198 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Potências – Prof. Dudan
n
an ⎛ a ⎞
=⎜ ⎟
b ⎝ b⎠
n
Exemplos:
4
⎛ ⎞ 4
a) 2 = 2 = 16
⎜⎝ 3 ⎟⎠ 34 81
7
7
⎛ ⎞
b) 5 = 5 = 17 = 1
5 ⎜⎝ 5 ⎟⎠
7
( )( )
3 3 3
3 4
⎛ 2x 4z2 ⎞ 2 x z2 8x12z6
c)
⎜ 3y 3 ⎟ = =
( )
3
⎝ ⎠ 33 y 3 27y 9
8
88 ⎛ 8 ⎞
d) 8 = ⎜ ⎟ = 48
2 ⎝ 2⎠
2x
e) 9 = ⎛ 9 ⎞ = 32x
2x
32x ⎜⎝ 3 ⎟⎠
n n n
−1 1 1 1
−1 − n −n 1 1 1 − n −ou
− n −1 1 1 1
a = aa = = a =a a= =n a =a n n= a− n =
a a a a a a a a an
www.acasadoconcurseiro.com.br 199
Exemplos:
1
a) 5−1 =
5
2
−21 1
b) x = =
x x2
3
−3 1 1
c) 2 = =
2 8
1
d) y −1 =
y
Casos especiais:
−n n −1
a b a b
= =
b a b a
Exemplos:
−1
2 3
a) =
3 2
−2 2
5 3 9
b) = =
3 5 25
−4 4
1 2
c) = = 24 = 16
2 1
−2 2
3 x x2
d) − = − =
x 3 9
200 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Potências – Prof. Dudan
Regras importantes
Base NEGATIVA elevada a expoente ÍMPAR resulta em NEGATIVO
Exemplo:
a) ( – 1)5 = ( – 1) . ( – 1) . ( – 1) . ( – 1) . ( – 1) = – 1
b) ( – 2)3 = ( – 2) . ( – 2) . ( – 2) = – 8
c) ( – 5)1 = – 5
Exemplos:
a) ( – 1)481 = – 1
b) ( – 1)1500 = + 1
c) ( – 1)123 . ( – 1)321 = ( – 1)123 + 321 = ( – 1)444 = + 1
d) ( – 1)2n = + 1 pois "2n" é um número par
e) ( – 1)6n - 1 = – 1 pois "6n – 1" é um número ímpar
www.acasadoconcurseiro.com.br 201
Exemplos: Calcule as potências:
a) 83 . 165 = j) 0,25-3 =
−1
b) 77 ÷ 7-4 = 7
k) =
c) 5 = -3 4
d) (33)5 = l) π0 =
e) ( – 5)0 = m) 105 =
-3
f) – 50 = n) 10 =
2 −4 −1
3 1 7 o) (0,001)3 =
g) − = −
4 2 4 p) (0,001)-3 =
-23 −4 −1
3 q) 410 ÷ 2 =
h) − = −1 7
4 2 4 r) 10003 =
2 −4 −1
3 1 7
− i) − =
4 2 4
202 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática
RADICAIS
Certas situações envolvendo radicais podem ser simplificadas utilizando algumas técnicas
matemáticas. Vamos através de propriedades, demonstrar como simplificar números na forma
de radicais, isto é, números ou letras que podem possuir raízes exatas ou não. Nesse último
caso, a simplificação é primordial para os cálculos futuros e questões de concurso.
Definição
Se perguntássemos que número multiplicado por ele mesmo tem resultado 2, não
encontraríamos nenhum número natural, inteiro ou racional como resposta.
Uma raiz nada mais é que uma operação inversa à potenciação, sendo assim, ela é utilizada
para representar, de maneira diferente, uma potência com expoente fracionário.
Radiciação de números relativos é a operação inversa da potenciação. Ou seja:
n
an = b ⇔ b = �a (com n > 0)
www.acasadoconcurseiro.com.br 203
Exemplos:
3 3
5 5
a)a)7 57=5 = 737=3 =5 343
5
343
3 3
4 4
b)b) 232=3 =
2 42 4
1 1
3 3= = 3 3
c)c) 2 2
5 5
3 3
d)d) 3232= =
22 3 3
8 8 4 4
0 ,80 ,8 5 5 5 5 4 4 5 5
e)10 = 10
e)10 = 10 = 10
= 10= = 1010= = 10000
10 10
10000
Atenção: par
negativo ≠ IR
Propriedades
I. Simplificação de radicais
Regra da chave-fechadura
Exemplos:
a) �27 = b) = �32
c) 3�16 = d) = 5�32
e) �36 = f) = 4�512
g) �243 = h) = 3�729
i) �108 = j) = 3�-64
Atenção!
�an = a
n
204 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Radicais – Prof. Dudan
�a . n�b = n�a . b
n
Exemplos:
a) �2 . �5 = 4.5 = �10
3
b) 3�4 . 3�2 = 4.2 = 3�8 = 2
c) 2�27 . 2�3
d) 3�16 . 3�2
n 20 20
aa a) = = 4 =2
= n
20 20 5
5
n
b b a) = = 4 =2
5 5 4 3
4 3
b) = = 2 3
Exemplos: Atenção:
2 3 2
3
a)
20
=
20
= 4 =2 4 4 3 144 144 12
5 5 b) =3 1 ,=44 =2
100
= =
10
= 1 ,2
3
2 2 100
20 20
a) 3 = = 4 =2
45 3 4 5 3 m n
b) = = 2 a = m.n a
3
2 2
144 144 12
1 , 44 = = 64 = 64= 2 ,2
= 64 == 1
3
4 4
b) =3 =32 a) 3 2.3
=2 6 6 6
3
V.1 Raiz
144
2
, 442= de raiz
=
144 12
= = 1 ,2
100 100 10
100 100 10
5 4
b) 3 = 5.4 3 = 20 3
144 144 12
1 , 44 = = = = 1 ,2
m n
a = m.n a
m n
a = m.n a100 100 10
m n m.n
a) a =3 64 a= 2.3 64 = 6 64 = 26 = 2
6
Exemplos:
3 6
5 34 2.3 6
a) 64 = 2.3 64 = 6 64 = 26 = 2
20 6
3 ==5.4 364= = 3 64 = 2 = 2
6
a)
b) 64
5 4 5 4
b) 3 = 5.4 3 = 20 3
b) 3 = 5.4 3 = 20 3
www.acasadoconcurseiro.com.br 205
VI. Simplificação de índice e expoente
n.p n
am.p = am
n.p n
am.p = am n.p n
Exemplos: am.p =4 am 4 2
4 4
a) 9= 3 = 3
a) 9 = 32 = 3
4 4
a) 9 8= 6 32 2= 3 4 3
.4 2.3
b)
8
76 =
2.4
72.3 = 73
4
b) 7 = 7 = 7
n.p n
am.p = am
2.3 8 2.4 4
m
a⋅n b =
m.n
b) 7 6
=
an ⋅ bm
VII. Multiplicação de raízes de míndices
7 = 7 3
a ⋅ n bdistintos
m.n
a) 4
9= 3 = 3
4 2 = an ⋅ bm
3 12
a) 5 ⋅ 4 7 = 5 4 ⋅ 73 m m.n
b)
8
76 =
2.4
72.3 = 73
4
a ⋅ n b 3= 4an ⋅ b12m 4 3
5 4 20 20
a)15 5 ⋅ 7 = 5 ⋅ 7
b)
m n ⋅ 5n3 =m 22⋅4 ⋅ 53⋅5 = 2 ⋅ 5
22 m.n 8
a⋅ b = a ⋅ b
Exemplos: 3 12
a) 5 5⋅ 4 27 =4 354 ⋅2073 2⋅4 3⋅5 20 8 15
a) 3
5 ⋅ 4 7 = 5 4 ⋅ 73
12 b) 2 ⋅ 5 = 2 ⋅ 5 = 2 ⋅5
5 4 20 20
b)
5
22 ⋅ 53 = 22⋅4 ⋅ 53⋅5 = 28 ⋅b)
4 20
515
20
22 ⋅ 53 = 22⋅4 ⋅ 53⋅5 = 28 ⋅ 515
Exercícios
206 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Radicais – Prof. Dudan
a) 4,444...
b) 4.
c) 4,777...
d) 3.
e) 4/3.
5. O valor de (16%)50% é:
a) 0,04%
b) 0,4%
c) 4%
d) 40%
e) 400
2 2 3
6. O valor de 8 + 14 + 6 + 4 é:
a) 2�3
b) 32�2
c) �5
d) 2�5
e) 5�2
7. Se a = 23,5, então:
a) 6 < a < 8,5.
b) 8,5 < a < 10.
c) 10 < a < 11,5.
d) 11,5 < a < 13.
e) 13 < a < 14,5.
Gabarito: 1. C 2. C 3. A 4. B 5. D 6. A 7. C
www.acasadoconcurseiro.com.br 207
Matemática
PRODUTOS NOTÁVEIS
O quadrado da soma de dois números é igual ao quadrado do primeiro somado duas vezes o
primeiro pelo segundo, somado o quadrado do segundo.
Exemplos:
(x + 4)2 = x2 + 2.x.4 + 42 = x2 + 8x + 16
(3x + 1)2 = (3x)2 + 2.3x.1 + 12 = 9x2 + 6x + 1
(2a + 3b)2 = (2a)2 + 2.2a.3b + (3b)2 = 4a2 + 12ab + 9b2
(3x2 + 2x)2 = (3x2)2 + 2.3x2.2x + (2x)2 = 9x4 + 12x3 + 4x2
CUIDADO: (x + y)2 ≠ x2 + y2
DICA:
Não é necessário decorar essa fórmula, basta lembrar:
(a + b)2 = (a + b).(a + b)
www.acasadoconcurseiro.com.br 209
Aplicando a distributiva,
(a + b)2 = a2 + ab + ab + b2
(a + b)2 = a2 + 2ab + b2
Exemplos:
a) (a + 7)2 =
b) (a³ + 5b)2 =
EXEMPLOS:
(x – 3)2 = x2 – 2.x.3 + 32 = x2 – 6x + 9
(5x – 3)2 = (5x)2 – 2.5x.3 + 32 = 25x2 – 30x + 9
(2a – 4b)2 = (2a)2 - 2.2a.4b + (4b)² = 4a2 + 16ab + 16b2
(3x2 – 2x)2 = (3x2)2 – 2.3x2.2x + (2x)2 = 9x4 – 12x3 + 4x2
CUIDADO: (x – y)2 ≠ x2 – y2
DICA:
Não é necessário decorar essa fórmula, basta lembrar:
(a – b)2 = (a – b).(a – b)
Aplicando a distributiva,
210 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Produtos Notáveis – Prof. Dudan
(a – b)2 = a2 – ab – ab + b2
(a – b)2 = a2 – 2ab + b2
Exemplos:
a) (3x – 1)2 =
b) (5x2 – 3x)2 =
O produto da soma de dois termos pela sua diferença é igual ao quadrado do primeiro termo
subtraído o quadrado do segundo termo.
Exemplos:
(x + 1).(x – 1) = x2 – 12 = x2 – 1
(2a + 3).(2a – 3) = (2a)2 – 32 = 4a2 – 9
(3x + 2y).(3x – 2y) = (3x)2 – (2y)2 = 9x2 – 4y2
DICA:
Obs.: Não é necessário decorar essa fórmula, basta lembrar de aplicar a distributiva:
(a + b).(a – b) = a2 – ab + ab – b2
(a + b).(a – b) = a2 – b2
www.acasadoconcurseiro.com.br 211
Exemplos:
(3a – 7).(3a + 7)=
(5a3 – 6).(5a3 + 6) =
Exercicios
5. A diferença entre o quadrado da soma e o quadrado da diferença de dois números reais é igual:
a) a diferença dos quadrados dos dois números.
b) a soma dos quadrados dos dois números.
c) a diferença dos dois números.
d) ao dobro do produto dos números.
e) ao quádruplo do produto dos números.
Gabarito: 1. D 2. C 3. C 4. C 5. E
212 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática
FATOR COMUM
Quando todos os termos de uma expressão tem um fator comum, podemos colocá-lo em
evidência. A forma fatorada é o produto do fator comum pelo que se obtém dividindo-se cada
termo da expressão original dada pelo fator comum.
Para usar este método temos que achar um fator que seja comum entre os termos, seja número
ou uma incógnita (letra), e colocá-lo em evidência.
Exemplos:
a) 2a + 2b = 2 (a +b)
1º Neste caso temos a incógnita como fator comum, mas temos também números que
aparentemente não têm nada em comum, então devemos achar algum número que seja
divisível pelos dois números ao mesmo tempo, ou seja, encontramos o 2. Colocamos assim
em evidência.
2º Agora dividimos cada termo pelo fator comum:
6ax : 2a = 3x
8ay : 2a = 4y
www.acasadoconcurseiro.com.br 213
Exemplo: Colocando o fator comum em evidência, fatore os seguintes polinômios:
a) 10a + 10b =
b) 4a – 3ax =
c) 35c + 7c2 =
x3 + 2x2 + 2x
– 2x5 + 5y – 5
ac + c – b
É importante lembrar que nem todos os trinômios são quadrados perfeitos. Por isso é preciso
verificar se um trinômio pode ser escrito na forma de um quadrado perfeito.
214 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Fator Comum – Prof. Dudan
Exemplos Resolvidos
www.acasadoconcurseiro.com.br 215
Exercícios:
x+3
1. Para x ≠ 3, a simplificação da expressão é:
x2 − 9
a) x – 3
b) 3 – x
1
c)
x−3
1
d)
x+3
1
e)
3− x
2x2 − 8y2
2. Se y ≠ 0 e se x ≠ – 2y, a expressão é igual a:
3x2y + 6xy2
−2
a)
y + 2x
b) 2x − 4y
3xy
x − 4y
c)
y + 2x
1
d)
x + 2y
e) 2
3
a2 + 6a+ 9 a2 − 9
3. Para a ≠ – 3 e a ≠ 3, a expressão ÷ é equivalente a:
a+ 3 3 a− 3
a)
3
b) a + 2
c) a + 3
d) a – 3
e) a− 3
3
Gabarito: 1. C 2. B 3. A
216 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática
DIVISORES E MÚLTIPLOS
www.acasadoconcurseiro.com.br 217
E assim sucessivamente.
Portanto, os múltiplo de 2 são: 0, 2, 4, 6, 8, 10, 12, 14, 18, 20, ...
E os múltiplos de 3 são: 0, 3, 6, 9, 12, 15, 18, 21, 24, 27, 30, ...
Importante!
• O menor divisor natural de um número é
sempre o número 1.
• O maior divisor de um número é o próprio
número.
• O zero não é divisor de nenhum número.
• Os divisores de um número formam um
conjunto finito.
Regras de divisibilidade
Divisibilidade por 1
Todo número é divisível por 1.
218 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Divisores e Múltiplos – Prof. Dudan
Divisibilidade por 2
Um número natural é divisível por 2 quando ele termina em 0, ou 2, ou 4, ou 6, ou 8, ou seja,
quando ele é par.
Exemplos: 5040 é divisível por 2, pois termina em 0.
237 não é divisível por 2, pois não é um número par.
Divisibilidade por 3
Um número é divisível por 3 quando a soma dos valores absolutos dos seus algarismos for
divisível por 3.
Exemplo: 234 é divisível por 3, pois a soma de seus algarismos é igual a 2+3+4=9, e como 9 é
divisível por 3, então 234 é divisível por 3.
Divisibilidade por 4
Um número é divisível por 4 quando termina em 00 ou quando o número formado pelos dois
últimos algarismos da direita for divisível por 4.
Exemplos: 1800 é divisível por 4, pois termina em 00.
4116 é divisível por 4, pois 16 é divisível por 4.
1324 é divisível por 4, pois 24 é divisível por 4.
3850 não é divisível por 4, pois não termina em 00 e 50 não é divisível por 4.
Divisibilidade por 5
Um número natural é divisível por 5 quando ele termina em 0 ou 5.
Exemplos: 55 é divisível por 5, pois termina em 5.
90 é divisível por 5, pois termina em 0.
87 não é divisível por 5, pois não termina em 0 nem em 5.
Divisibilidade por 6
Um número natural é divisível por 6 quando é divisível por 2 e 3 ao mesmo tempo.
Exemplos: 54 é divisível por 6, pois é par, logo divisível por 2 e a soma de seus algarismos é
múltiplo de 3 , logo ele é divisível por 3 também.
90 é divisível por 6, pelo mesmos motivos..
87 não é divisível por 6, pois não é divisível por 2.
www.acasadoconcurseiro.com.br 219
Divisibilidade por 7
Um número é divisível por 7 quando estabelecida a diferença entre o dobro do seu último
algarismo e os demais algarismos, encontramos um número divisível por 7.
Exemplos:
161 : 7 = 23, pois 16 – 2.1 = 16 – 2 = 14
203 : 7 = 29, pois 20 – 2.3 = 20 – 6 = 14
294 : 7 = 42, pois 29 – 2.4 = 29 – 8 = 21
840 : 7 = 120, pois 84 – 2.0 = 84
Divisibilidade por 8
Um número é divisível por 8 quando termina em 000 ou os últimos três números são divisíveis
por 8.
Exemplos:
1000 : 8 = 125, pois termina em 000
45128 é divisível por 8 pois 128 dividido por 8 fornece 16
45321 não é divisível por 8 pois 321 não é divisível por 8.
Divisibilidade por 9
Será divisível por 9 todo número em que a soma de seus algarismos constitui um número
múltiplo de 9.
Exemplos:
81 : 9 = 9, pois 8 + 1 = 9
1107 : 9 = 123, pois 1 + 1 + 0 + 7 = 9
4788 : 9 = 532, pois 4 + 7 + 8 + 8 = 27
220 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Divisores e Múltiplos – Prof. Dudan
Divisibilidade por 10
Um número é divisível por 10 se termina com o algarismo 0 (zero).
Exemplos: 5420 é divisível por 10 pois termina em 0 (zero)
6342 não é divisível por 10 pois não termina em 0 (zero).
Divisibilidade por 11
Um número é divisível por 11 nas situações em que a diferença entre o último algarismo e o
número formado pelos demais algarismos, de forma sucessiva até que reste um número com 2
algarismos, resultar em um múltiplo de 11. Como regra mais imediata, todas as dezenas duplas
(11, 22, 33, 5555, etc.) são múltiplas de 11.
1342 : 11 = 122, pois 134 – 2 = 132 → 13 – 2 = 11
2783 : 11 = 253, pois 278 – 3 = 275 → 27 – 5 = 22
7150: 11 = 650, pois 715 – 0 = 715 → 71 – 5 = 66
Divisibilidade por 12
Se um número é divisível por 3 e 4, também será divisível por 12.
Exemplos:
192 : 12 = 16, pois 192 : 3 = 64 e 192 : 4 = 48
672 : 12 = 56, pois 672 : 3 = 224 e 672 : 4 = 168
Divisibilidade por 15
Todo número divisível por 3 e 5 também é divisível por 15.
Exemplos:
1470 é divisível por 15, pois 1470:3 = 490 e 1470:5 = 294.
1800 é divisível por 15, pois 1800:3 = 600 e 1800:5 = 360.
www.acasadoconcurseiro.com.br 221
Matemática
FATORAÇÃO
Note que o maior dos divisores comuns entre os números 12 e 42 é o número 6. Observando
a nossa fatoração simultânea, este valor 6 é obtido realizando a multiplicação dos divisores
comuns.
Por outro lado, o M.M.C será obtido de uma maneira diferente. Por se tratar dos múltiplos,
deveremos multiplicar todos os divisores da fatoração. Sendo assim, o M.M.C (12,14) = 2 x 2 x
3 x 7 = 84.
Portanto , esse processo de fatoração é muito utilizado no cálculo do M.M.C e do M.D.C também,
mas cada um com seu respectivo procedimento, portanto, cuidado para não se confundir.
www.acasadoconcurseiro.com.br 223
Exemplos: Vamos fatorar, para o cálculo do M.M.C os valores abaixo:
15, 24, 60 2
15, 12, 30 2
15, 6, 15 2
15, 3, 15 3
5, 1, 5 5
1, 1, 1
Logo o produto desses fatores primos: 2 . 2 . 2 . 3 . 5 = 120 é o menor múltiplo comum entre os
valores apresentados.
Agora se quiséssemos calcular o M.D.C , teríamos que fatorá-los sempre juntos, até não haver
mais divisor comum além do número 1.
Assim:
15, 24, 60 3
5, 8, 20
224 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Fatoração – Prof. Dudan
Com isso o produto desses fatores primos, 2 . 5 = 10, obtidos pela fatoração conjunta,
representa o M.D.C .
De fato, se observarmos a lista de divisores de 20 e 30 verificaremos que dentre os comuns,
o maior deles é, de fato, o 10.
D(20) = 1, 2, 4, 5, 10, 20.
D(30) = 1, 2 ,3 ,5 ,6, 10, 15, 30.
www.acasadoconcurseiro.com.br 225
Matemática
O mínimo múltiplo comum entre dois números é representado pelo menor valor comum
pertencente aos múltiplos dos números. Observe o MMC entre os números 20 e 30:
M(20) = 0, 20, 40, 60, 80, 100, 120, .... e M(30) = 0, 30, 60, 90, 120, 150, 180, ...
Logo o MMC entre 20 e 30 é equivalente a 60.
Outra forma de determinar o MMC entre 20 e 30 é através da fatoração, em que devemos
escolher os fatores comuns de maior expoente e os termos não comuns.
Observe:
20 = 2 * 2 * 5 = 2² * 5 e 30 = 2 * 3 * 5 = 2 * 3 * 5 logo
MMC (20; 30) = 2² * 3 * 5 = 60
A terceira opção consiste em realizar a decomposição simultânea dos números, multiplicando
os fatores obtidos. Observe:
20, 30 2
10, 15 2
5, 15 3
5, 5 5
1
MMC(20, 30) = 2 * 2 * 3 * 5 = 60
Dica:
Apenas números naturais
têm MMC.
www.acasadoconcurseiro.com.br 227
Um método rápido e fácil para se determinar o MMC de um conjunto de números naturais é a
FATORAÇÃO.
Nela iremos decompor simultaneamente os valores, de forma que ao menos um deles possa
ser dividido pelo fator primo apresentado, até que não sobrem valores maiores que 1.
O produto dos fatores primos utilizados nesse processo é o Mínimo Múltiplo Comum.
Para que possamos fazer uma comparação, vamos tomar os números 6, 8 e 12 como exemplo.
Da fatoração destes três números temos:
6, 8, 12 2
3, 4, 6 2
3, 2, 3 2
3, 1, 3 3
1, 1, 1
O MMC(6, 8, 12) será calculado pelo produto desses fatores primos usados na decomposição
dos valores dados.
Logo: M.M.C (6 , 8 , 12) = 2.2.2.3 = 24
Qual é o MMC(15, 25, 40)?
Fatorando os três números temos:
15, 25, 40 2
15, 25, 20 2
15, 25, 10 2
15, 25, 5 3
5, 25, 5 5
1, 5, 1 5
1, 1, 1
228 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Mínimo Múltiplo Comum – Prof. Dudan
Propriedade do M.M.C.
Todo múltiplo comum de dois ou mais números inteiros é múltiplo do m.m.c. destes números.
Exemplo: os múltiplos comuns positivos de 2 , 5 e 6 são exatamente os múltiplos positivos de
30 (m.m.c. (2 ,5 , 6) = 30), ou seja, são 30 , 60, 90,...
Exemplo
1. Numa linha de produção, certo tipo de manutenção é feita na máquina A a cada 3 dias, na
máquina B, a cada 4 dias, e na máquina C, a cada 6 dias. Se no dia 2 de dezembro foi feita a
manutenção nas três máquinas, após quantos dias as máquinas receberão manutenção no
mesmo dia?
Temos que determinar o MMC entre os números 3, 4 e 6.
3, 4, 6 2
3, 2, 3 2
3, 1, 3 3
1, 1, 1
Assim o MMC (3, 4, 6) = 2 * 2 * 3 = 12
Concluímos que após 12 dias, a manutenção será feita nas três máquinas. Portanto, dia 14
de dezembro.
www.acasadoconcurseiro.com.br 229
2. Um médico, ao prescrever uma receita, determina que três medicamentos sejam ingeridos
pelo paciente de acordo com a seguinte escala de horários: remédio A, de 2 em 2 horas,
remédio B, de 3 em 3 horas e remédio C, de 6 em 6 horas. Caso o paciente utilize os três
remédios às 8 horas da manhã, qual será o próximo horário de ingestão dos mesmos?
Calcular o MMC dos números 2, 3 e 6.
2, 3, 6 2
1, 3, 3 3
1, 1, 1
MMC (2, 3, 6) = 2 * 3 = 6
O mínimo múltiplo comum dos números 2, 3, 6 é igual a 6.
De 6 em 6 horas os três remédios serão ingeridos juntos. Portanto, o próximo horário será
às 14 horas.
3. Em uma árvore de natal, três luzes piscam com frequência diferentes. A primeira pisca a
cada 4 segundos, a segunda a cada 6 segundos e a terceira a cada 10 segundos. Se num
dado instante as luzes piscam ao mesmo tempo, após quantos segundos voltarão, a piscar
juntas?
4. No alto da torre de uma emissora de televisão, duas luzes “piscam” com frequências
diferentes. A primeira “pisca” 15 vezes por minuto e a segunda “pisca” 10 vezes por
minuto. Se num certo instante, as luzes piscam simultaneamente, após quantos segundos
elas voltarão a “piscar simultaneamente”?
a) 12
b) 10
c) 20
d) 15
e) 30
5. Três ciclistas percorrem um circuito saindo todos ao mesmo tempo, do mesmo ponto, e com
o mesmo sentido. O primeiro faz o percurso em 40 s, o segundo em 36 s e o terceiro em 30
s. Com base nessas informações, depois de quanto tempo os três ciclistas se reencontrarão
novamente no ponto de partida, pela primeira vez, e quantas voltas terá dado o primeiro, o
segundo e o terceiro ciclista, respectivamente?
a) 5 minutos, 10 voltas, 11 voltas e 13 voltas.
b) 6 minutos, 9 voltas, 10 voltas e 12 voltas.
c) 7 minutos, 10 voltas, 11 voltas e 12 voltas.
d) 8 minutos, 8 voltas, 9 voltas e 10 voltas.
e) 9 minutos, 9 voltas, 11 voltas e 12 voltas.
Gabarito: 3. 60 Segundos 4. A 5. B 6. B
230 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática
O máximo divisor comum entre dois números é representado pelo maior valor comum
pertencente aos divisores dos números. Observe o MDC entre os números 20 e 30:
D(20) = 1, 2, 4, 5, 10, 20. e D(30) = 1, 2, 3, 5, 6, 10, 15, 30.
O maior divisor comum dos números 20 e 30 é 10.
Podemos também determinar o MDC entre dois números através da fatoração, em que
escolheremos os fatores comuns de menor expoente. Observe o MDC de 20 e 30 utilizando
esse método.
20 = 2 * 2 * 5 = 2² * 5 e 30 = 2 * 3 * 5 = 2 * 3 * 5
Logo MDC (20; 30) = 2 * 5 = 10
A terceira opção consiste em realizar a decomposição simultânea e conjunta dos números,
multiplicando os fatores obtidos. Observe:
20, 30 2
10, 15 2
2, 3
www.acasadoconcurseiro.com.br 231
Para que possamos fazer uma comparação, vamos tomar novamente os números 6, 8 e 12
como exemplo.
Da fatoração conjunta destes três números temos:
6, 8, 12 2
3, 4, 6
O MDC(6, 8, 12) será calculado pelo produto desses fatores primos usados na decomposição
dos valores dados.
Logo: M.D.C (6 , 8 , 12) = 2
Exemplo:
Qual é o MDC (15, 75, 105)?
Fatorando os três números temos:
15, 75, 105 3
5, 25, 35 5
1, 5, 7
Propriedade Fundamental
Existe uma relação entre o m.m.c e o m.d.c de dois números naturais a e b.
m.m.c.(a,b) . m.d.c. (a,b) = a . b
Ou seja, o produto entre o m.m.c e m.d.c de dois números é igual ao produto entre os dois
números.
232 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Máximo Divisor Comum – Prof. Dudan
Exemplo
Se x é um número natural em que m.m.c. (14, x) = 154 e m.d.c. (14, x) = 2, podemos dizer que
x vale.
a) 22
b) – 22
c) +22 ou – 22
d) 27
e) – 27
Exemplo:
www.acasadoconcurseiro.com.br 233
3. Para a confecção de sacolas serão usados dois rolos de fio de nylon. Esses rolos, medindo
450cm e 756cm serão divididos em pedaços iguais e do maior tamanho possível. Sabendo
que não deve haver sobras, quantos pedaços serão obtidos?
a) 25
b) 42
c) 67
d) 35
e) 18
4. Nas últimas eleições, três partidos políticos tiveram direito, por dia, a 90 s, 108 s e 144 s
de tempo gratuito de propaganda na televisão, com diferentes números de aparições. O
tempo de cada aparição, para todos os partidos, foi sempre o mesmo e o maior possível. A
soma do número das aparições diárias dos partidos na TV foi de:
a) 16
b) 17
c) 18
d) 19
e) 20
5. Um escritório comprou os seguintes itens: 140 marcadores de texto, 120 corretivos e 148
blocos de rascunho e dividiu esse material em pacotinhos, cada um deles contendo um
só tipo de material, porém todos com o mesmo número de itens e na maior quantidade
possível. Sabendo-se que todos os itens foram utilizados, então o número total de
pacotinhos feitos foi:
a) 74
b) 88
c) 96
d) 102
e) 112
Dica:
Quando se tratar de MMC
a solução será um valor no
mínimo igual ao maior dos
valores que você dispõe. Já
quando se tratar de MDC
a solução será um valor no
máximo igual ao menor dos
valores que você dispõe.
Gabarito: 1. 78 2. 6 e 19 3. C 4. D
234 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática
EXPRESSÕES ALGÉBRICAS
Definição
Expressões algébricas são expressões matemáticas que apresentam letras e podem conter
números, são também denominadas expressões literais. As letras constituem a parte variável
das expressões, pois elas podem assumir qualquer valor numérico.
No cotidiano, muitas vezes usamos expressões sem perceber que as mesmas representam
expressões algébricas ou numéricas.
Numa papelaria, quando calculamos o preço de um caderno somado ao preço de duas canetas,
usamos expressões como 1x + 2y, onde x representa o preço do caderno e y o preço de cada
caneta.
Num colégio, ao comprar um lanche, somamos o preço de um refrigerante com o preço de um
salgado, usando expressoes do tipo 1x+1y onde x representa o preço do salgado e y o preço do
refrigerante.
As expressões algébricas podem ser utilizadas para representar situações problemas, como as
propostas a seguir:
•• O dobro de um número adicionado a 20: 2x + 20.
•• A diferença entre x e y: x – y
•• O triplo de um número qualquer subtraído do quádruplo do número: 3x – 4x
www.acasadoconcurseiro.com.br 235
Se a expressão algébrica apresentar parênteses, colchetes ou chaves, devemos resolver
primeiro o conteúdo que estiver dentro dos parênteses, em seguida, o que estiver contido nos
colchetes e, por último, a expressão que estiver entre chaves. Em suma:
1º Parênteses
2º Colchetes
3º Chaves
Assim como em qualquer outro cálculo matemático, esta hierarquia é muito importante, pois,
caso não seja seguida rigorosamente, será obtido um resultado incorreto. Veja alguns exemplos:
Exemplo Resolvido:
Uma mulher é 5 anos mais nova do que seu marido. Se a soma da idade do casal é igual a 69
anos, qual é a idade de cada um?
x + ( x – 5) = 69
x + x – 5 = 69
2x – 5 = 69
2x = 69 + 5
2x = 74
x = 37
69 – 37 = 32
37 – 5 = 32
Logo, a idade do marido é 37 anos e da mulher 32 anos.
236 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Expressões Algébricas – Prof. Dudan
Exercícios:
1. O resultado da expressão:
1 – 2 + 3 – 4 + 5 – 6 + 7 – 8 + . . . – 168 + 169 – 170
é igual a:
a) 170
b) – 170
c) 85
d) – 85
e) – 87
2. De um total de 40 questões planejadas para uma prova, eliminaram-se 2x delas e, do resto,
ainda tirou-se a metade do que havia sobrado. Qual a tradução algébrica do número de
questões que restaram?
a) (40 – 2x) – 20 + x
b) (40 – 2x) – 20
c) (40 – 2x) – X/2
d) (40 – 2x) – x
e) (40 – 2x) – 20 – x
3. Um ano de 365 dias é composto por n semanas completas mais 1 dia. Dentre as expressões
numéricas abaixo, a única cujo resultado é igual a n é:
a) 365 ÷ (7 + 1)
b) (365 + 1) ÷7
c) 365 + 1 ÷ 7
d) (365 – 1) ÷7
e) 365 – 1 ÷ 7
4. Adriano, Bernardo e Ciro são irmãos e suas idades são números consecutivos, cuja soma é
igual a 78. Considerando que Ciro é o irmão do meio, então a soma das idades de Adriano e
Bernardo há 8 anos era igual a:
a) 33
b) 36
c) 34
d) 37
e) 35
Gabarito: 1. D 2. A 3. D 4. B
www.acasadoconcurseiro.com.br 237
Enigma Facebookiano
238 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática
Definição
A aritmética (da palavra grega arithmós,”número”) é o ramo da matemática que lida com
números e com as operações possíveis entre eles. É o ramo mais antigo e mais elementar da
matemática, usado por quase todos, seja em tarefas do cotidiano, em cálculos científicos ou de
negócios e sempre cobrada em concursos públicos.
Já a álgebra é o ramo que estuda a manipulação formal de equações, operações matemáticas,
polinômios e estruturas algébricas. A álgebra é um dos principais ramos da matemática pura,
juntamente com a geometria, topologia, análise combinatória, e Teoria dos números.
O termo álgebra, na verdade, compreende um espectro de diferentes ramos da matemática,
cada um com suas especificidades.
A grande dificuldade encontrada pelos alunos nas questões envolvendo problemas é na
sua interpretação. O aluno tem que ler o texto e “decodificar” suas informações para o
matematiquês.
Em algumas questões iremos abordar alguns pontos importantes nessa interpretação.
Exemplos
Há 19 anos uma pessoa tinha um quarto da idade que terá daqui a 14 anos. A idade da pessoa,
em anos, está entre:
a) 22 e 26.
b) 27 e 31.
c) 32 e 36.
d) 37 e 41.
e) 42 e 46
www.acasadoconcurseiro.com.br 239
Um casal e seu filho foram a uma pizzaria jantar. O pai comeu 3/4 de uma pizza. A mãe comeu
2/5 da quantidade que o pai havia comido. Os três juntos comeram exatamente duas pizzas,
que eram do mesmo tamanho. A fração de uma pizza que o filho comeu foi:
a) 3/5
b) 6/20
c) 7/10
d) 19/20
e) 21/15
Dois amigos foram a uma pizzaria. O mais velho comeu 3/8 da pizza que compraram. Ainda da
mesma pizza o mais novo comeu 7/5 da quantidade que seu amigo havia comido. Sendo assim,
e sabendo que mais nada dessa pizza foi comido, a fração da pizza que restou foi:
a) 3/5
b) 7/8
c) 1/10
d) 3/10
e) 36/40
O dono de uma papelaria comprou 98 cadernos e ao formar pilhas, todas com o mesmo número
de cadernos, notou que o número de cadernos de uma pilha era igual ao dobro do número de
pilhas. O número de cadernos de uma pilha era:
a) 12
b) 14
c) 16
d) 18
e) 20
Durante o seu expediente Carlos digitalizou 1/3 dos processos que lhe cabiam pela parte
da manhã; no início da tarde ele digitalizou metade do restante e no fim da tarde ¼ do que
havia sobrado após os 2 períodos iniciais.Se no fim do expediente ele decidiu contar todos
os processos que não haviam sido digitalizados e encontrou 30 processos, o número total de
processos que ele devia ter digitalizado nesse dia era de:
a) 80
b) 90
c) 100
d) 110
e) 120
240 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática
Medidas de tempo
www.acasadoconcurseiro.com.br 241
Assim tambem podemos concluir que :
•• 1 hora = 1/24 dia
•• 1 minuto = 1/60 hora
•• 1 segundo = 1/60 minuto.
Múltiplos
Minutos Horas Dia
min h d
60s 60 min = 3.600s 24h = 1.440min = 86.400s
242 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Unidade de Tempo – Prof. Dudan
Além das unidades vistas anteriormente, podemos também relacionar algumas outras:
Unidade Equivale
Semana 7 dias
Quinzena 15 dias
Mês 30 dias *
Bimestre 2 meses
Trimestre 3 meses
Quadrimestre 4 meses
Semestre 6 meses
Ano 12 meses
Década 10 anos
Século 100 anos
Milênio 1000 anos
Exemplos Resolvidos
•• Converter 25 minutos em segundos
A unidade de tempo minuto é maior que a unidade segundo, já que 1 minuto contém 60
segundos, portanto, de acordo com o explicado acima, devemos realizar uma multiplicação,
mas devemos multiplicar por quanto?
Devemos multiplicar por 60, pois cada minuto equivale a 60 segundos:
Visto que:
A min = 60 seg
Então:
Assim 25 min é igual a 1500 s
2.200 x 1 = 37
60
Assim 2.220 s é igual a 37 min
www.acasadoconcurseiro.com.br 243
•• Quantos segundos há em um dia?
Nos exemplos anteriores nos referimos a unidades vizinhas, convertemos de minutos para
segundos e vice-versa.
Como a unidade de tempo dia é maior que a unidade segundo, iremos solucionar o problema
recorrendo a uma série de multiplicações.
Pela tabela de conversão acima para convertermos de dias para horas devemos multiplicar por
24, para convertermos de horas para minutos devemos multiplicar por 60 e finalmente para
convertermos de minutos para segundos também devemos multiplicar por 60. Temos então o
seguinte cálculo:
1 x 24 x 60 x 60 = 864.000
a) 420
b) 4200
c) 42000
d) 4,20
e) 42,00
244 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Unidade de Tempo – Prof. Dudan
4. Um atleta já percorreu o mesmo percurso de uma corrida por dez vezes. Em duas vezes
seu tempo foi de 2h 25 min. Em três vezes percorreu o percurso em 2h 17 min. Por
quatro vezes seu tempo foi de 2h 22 min e em uma ocasião seu tempo foi de 2h 11 min.
Considerando essas marcações, o tempo médio desse atleta nessas dez participações
é:
a) 2h 13 min.
b) 2h 18 min.
c) 2h 20 min.
d) 2h 21 min.
e) 2h 24 min.
6. Os 3 de um dia correspondem a
50
a) 1 hora, 4 minutos e 4 segundos.
b) 1 hora, 26 minutos e 4 segundos.
c) 1 hora, 26 minutos e 24 segundos.
d) 1 hora, 40 minutos e 4 segundos.
e) 1 hora e 44 minutos.
Gabarito: 1. B 2. A 3. B 4. C 5. C 6. C
www.acasadoconcurseiro.com.br 245
Matemática
CONVERSÃO DE UNIDADES
www.acasadoconcurseiro.com.br 247
Passe 5.200 gramas para quilogramas
Para passarmos 5.200 gramas para quilogramas, devemos dividir (porque na tabela grama
está à direita de quilograma) 5.200 por 10 três vezes, pois para passarmos de gramas para
quilogramas saltamos três níveis à esquerda.
Primeiro passamos de grama para decagrama, depois de decagrama para hectograma e
finalmente de hectograma para quilograma:
5200g :10:10:10 = 5,2 kg
Isto equivale a passar a vírgula três casas para a esquerda.
Portanto:5.200 g é igual a 5,2 kg
248 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Conversão de Unidades – Prof. Dudan
1. Transforme 17,475hm em m
Para transformar hm (hectômetro) em m (metro) – observe que são duas casas à direita –
multiplicamos por 100, ou seja, (10 x 10).
17,475 x 100 = 1.747,50 ou seja 17,475 hm é = 1.747,50m
Para transformar dam (Decâmetro) em cm (Centímetro) – observe que são três casas à direita –
multiplicamos por 1000, ou seja, (10 x 10 x 10).
2,462 x 1000 = 2462 ou seja 2,462dam é = 2462cm
Para transformar m (metro) em dam (decâmetro) – observe que é uma casa à esquerda –
dividimos por 10.
186,8 ÷ 10 = 18,68 ou seja 186,8m é = 18,68dam
www.acasadoconcurseiro.com.br 249
4. Transforme 864m em km.
Para transformar m (metro) em km (Kilômetro) – observe que são três casas à esquerda –
dividimos por 1000.
864 ÷ 1000 = 0,864 ou seja 864m é = 0,864km
Obs: Os quadros das medidas foram colocados em cada operação repetidamente, de
propósito, para que haja uma fixação, pois é fundamental conhecer “decoradamente” estas
posições.
Exercícios:
3
1. Os de um hectômetro correspondem a:
50
a) 60 mm.
b) 60 cm.
c) 60 dm.
d) 60 m.
e) 60 dam.
2. A atleta brasileira Fabiana Murer alcançou a marca de 4,60 m no salto com vara,
nos Jogos Pan-americanos realizados no Rio de Janeiro em 2007. Sua melhor
marca é de 4,80 m, recorde sul-americano na categoria. Qual é a diferença, em
centímetro, entre essas duas marcas?
a) 0,2.
b) 2.
c) 20.
d) 200.
e) 2000.
250 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Conversão de Unidades – Prof. Dudan
4. Uma tartaruga percorreu, num dia, 6,05 hm. No dia seguinte, percorreu mais 0,72
km e, no terceiro dia, mais 12.500 cm. Qual a distância que a tartaruga percorreu
nos três dias?
a) 1,45m
b) 14,5m
c) 145m
d) 1450m
e) 14500m.
5. Se 13,73 dam foram convertidos para várias unidades diferentes. Das conversões
abaixo, assinale a única que está errada.
a) 13730 cm
b) 137,3 m
c) 1,373 hm
d) 0,01373 km
e) 1373 dm
www.acasadoconcurseiro.com.br 251
Exemplos de Conversão entre Medidas de Volume e Medidas de Capacidade
252 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Conversão de Unidades – Prof. Dudan
Dúvidas Frequentes
•• Um metro cúbico equivale a quantos metros quadrados?
•• Converter medidas em decilitros para gramas.
•• Quantos litros cabem em um metro quadrado?
•• Como passar litros para milímetros?
•• Quantos centímetros lineares há em um metro quadrado?
•• Conversão de litros para gramas.
•• Um centímetro corresponde a quantos litros?
•• Como passar de centímetros quadrados para mililitros?
•• Quantos mililitros tem um centímetro?
•• Transformar m3 em metro linear.
•• Quanto vale um centímetro cúbico em gramas?
www.acasadoconcurseiro.com.br 253
Matemática
RAZÃO E PROPORÇÃO
Razão
A palavra razão vem do latim ratio e significa a divisão ou o quociente entre dois números A e B,
A
denotada por .
B
12
Exemplo: A razão entre 12 e 3 é 4, pois = 4.
3
Proporção
Já a palavra proporção vem do latim proportione e significa uma relação entre as partes de uma
grandeza, ou seja, é uma igualdade entre duas razões.
6 10 6 10
Exemplo: = , a proporção é proporcional a .
3 5 3 5
A C
Se numa proporção temos B = D , então os números A e D são denominados extremos enquanto
os números B e C são os meios e vale a propriedade: o produto dos meios é igual ao produto
dos extremos, isto é:
A×D=C×B
x 12
Exemplo: Dada a proporção = , qual o valor de x?
3 9
Dica
x 12
= logo 9.x=3.12 → 9x=36 e portanto x=4 DICA: Observe a ordem com
3 9
que os valores são enunciados
para interpretar corretamente a
questão.
Exemplo: Se A, B e C são proporcionais a 2, 3 e 5,
•• Exemplos: A razão entre a e b
é a/b e não b/a!!!
logo: A B C A sua idade e a do seu colega são
= =
2 3 5 proporcionais a 3 e 4,
sua idade 3
logo = .
idade do colega 4
www.acasadoconcurseiro.com.br 255
Faça você
2
1. A razão entre o preço de custo e o preço de venda de um produto é . Se for
vendida a R$ 42,00 qual o preço de custo? 3
2. A razão entre dois números P e Q é 0,16. Determine P+Q, sabendo que eles são primos
entre si?
3. A idade do professor Zambeli está para a do professor Dudan assim como 8 está para
7. Se apesar de todos os cabelos brancos o professor Zambeli tem apenas 40 anos, a
idade do professor Dudan é de.
a) 20 anos.
b) 25 anos.
c) 30 anos.
d) 35 anos.
e) 40 anos.
256 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Razão e Proporção – Prof. Dudan
A definição de grandeza está associada a tudo aquilo que pode ser medido ou contado. Como
exemplo, citamos: comprimento, tempo, temperatura, massa, preço, idade e etc.
As grandezas diretamente proporcionais estão ligadas de modo que à medida que uma
grandeza aumenta ou diminui, a outra altera de forma proporcional.
Grandezas diretamente proporcionais, explicando de uma forma mais informal, são grandezas
que crescem juntas e diminuem juntas. Podemos dizer também que nas grandezas diretamente
proporcionais uma delas varia na mesma razão da outra. Isto é, duas grandezas são diretamente
proporcionais quando, dobrando uma delas, a outra também dobra; triplicando uma delas, a
outra também triplica... E assim por diante.
Exemplo:
Um automóvel percorre 300 km com 25 litros de combustível. Caso o proprietário desse
automóvel queira percorrer 120 km, quantos litros de combustível serão gastos?
300 km 25 litros
120 km x litros
Dica
Quando a regra
300 25 3000 de três é direta
= 300.x = 25.120 x= à x = 10
120 x 300 multiplicamos em
X, regra do “CRUZ
CREDO”.
Exemplo:
Em uma gráfica, certa impressora imprime 100 folhas em 5 minutos. Quantos minutos ela
gastará para imprimir 1300 folhas?
100 5 5 × 1300
= = 100.x = 5.1300 à x= = 65 minutos
1300 x 100
www.acasadoconcurseiro.com.br 257
Grandeza inversamente proporcional
Exemplo:
12 operários constroem uma casa em 6 semanas. 8 operários, nas mesmas condições,
construiriam a mesma casa em quanto tempo?
12 op. 6 semanas
8 op. x semanas
Antes de começar a fazer, devemos pensar: se diminuiu o número de funcionários, será que
a velocidade da obra vai aumentar? É claro que não, e se um lado diminui enquanto o outro
aumentou, é inversamente proporcional e, portanto, devemos multiplicar lado por lado (em
paralelo).
8.x = 12.6
8x = 72 Dica
72 Quando a regra de três é
x= à x=9
8 inversa, multiplicamos lado
por lado, regra da LALA.
Exemplo: A velocidade constante de um carro e o tempo que esse carro gasta para dar uma
volta completa em uma pista estão indicados na tabela a seguir:
258 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Razão e Proporção – Prof. Dudan
6. Se um avião, voando a 500 Km/h, faz o percurso entre duas cidades em 3h, quanto
tempo levará se viajar a 750 Km/h?
a) 1,5h.
b) 2h.
c) 2,25h.
d) 2,5h.
e) 2,75h.
www.acasadoconcurseiro.com.br 259
7. Em um navio com uma tripulação de 800 marinheiros há víveres para 45 dias. Quanto
tempo poderíamos alimentar os marinheiros com o triplo de víveres?
a) 130
b) 135
c) 140
d) 145
e) 150
8. Uma viagem foi feita em 12 dias percorrendo-se 150km por dia. Quantos dias seriam
empregados para fazer a mesma viagem, percorrendo-se 200km por dia?
a) 5
b) 6
c) 8
d) 9
e) 10
Gabarito: 1. R$28,00 2. 29 3. D 4. 18 5. B 6. B 7. B 8. D
260 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática
A definição de grandeza está associada a tudo aquilo que pode ser medido ou contado. Como
exemplo, citamos: comprimento, tempo, temperatura, massa, preço, idade e etc.
As grandezas diretamente proporcionais estão ligadas de modo que à medida que uma
grandeza aumenta ou diminui, a outra altera de forma proporcional.
Grandezas diretamente proporcionais, explicando de uma forma mais informal, são grandezas
que crescem juntas e diminuem juntas. Podemos dizer também que nas grandezas diretamente
proporcionais uma delas varia na mesma razão da outra. Isto é, duas grandezas são diretamente
proporcionais quando, dobrando uma delas, a outra também dobra; triplicando uma delas, a
outra também triplica... E assim por diante.
Exemplo:
Um automóvel percorre 300 km com 25 litros de combustível. Caso o proprietário desse
automóvel queira percorrer 120 km, quantos litros de combustível serão gastos?
300 km 25 litros
120 km x litros
Dica
Quando a regra
300 25 3000 de três é direta
= 300.x = 25.120 x= à x = 10
120 x 300 multiplicamos em
X, regra do “CRUZ
CREDO”.
Exemplo:
Em uma gráfica, certa impressora imprime 100 folhas em 5 minutos. Quantos minutos ela
gastará para imprimir 1300 folhas?
www.acasadoconcurseiro.com.br 261
100 5 5 × 1300
= = 100.x = 5.1300 à x= = 65 minutos
1300 x 100
Exemplo:
12 operários constroem uma casa em 6 semanas. 8 operários, nas mesmas condições,
construiriam a mesma casa em quanto tempo?
12 op. 6 semanas
8 op. x semanas
Antes de começar a fazer, devemos pensar: se diminuiu o número de funcionários, será que
a velocidade da obra vai aumentar? É claro que não, e se um lado diminui enquanto o outro
aumentou, é inversamente proporcional e, portanto, devemos multiplicar lado por lado (em
paralelo).
8.x = 12.6
8x = 72 Dica
72 Quando a regra de três é
x= à x=9
8 inversa, multiplicamos lado
por lado, regra da LALA.
Exemplo: A velocidade constante de um carro e o tempo que esse carro gasta para dar uma
volta completa em uma pista estão indicados na tabela a seguir:
262 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Regra de Três Simples – Prof. Dudan
Questões
2. Se (3, x, 14, ...) e (6, 8, y, ...) forem grandezas diretamente proporcionais, então o valor
de x + y é:
a) 20
b) 22
c) 24
d) 28
e) 32
3. Uma usina produz 500 litros de álcool com 6 000 kg de cana – de – açúcar. Determine
quantos litros de álcool são produzidos com 15 000 kg de cana.
a) 1000 litros.
b) 1050 litros.
c) 1100 litros.
d) 1200 litros.
e) 1250 litros.
4. Um muro de 12 metros foi construído utilizando 2 160 tijolos. Caso queira construir
um muro de 30 metros nas mesmas condições do anterior, quantos tijolos serão
necessários?
a) 5000 tijolos.
b) 5100 tijolos.
c) 5200 tijolos.
d) 5300 tijolos.
e) 5400 tijolos.
www.acasadoconcurseiro.com.br 263
5. Uma equipe de 5 professores gastaram 12 dias para corrigir as provas de um
vestibular. Considerando a mesma proporção, quantos dias levarão 30
professores para corrigir as provas?
a) 1 dia.
b) 2 dias.
c) 3 dias.
d) 4 dias.
e) 5 dias.
6. Em uma panificadora são produzidos 90 pães de 15 gramas cada um. Caso queira
produzir pães de 10 gramas, quantos iremos obter?
a) 120 pães.
b) 125 pães.
c) 130 pães.
d) 135 pães.
e) 140 pães.
7. Se um avião, voando a 500 Km/h, faz o percurso entre duas cidades em 3h, quanto
tempo levará se viajar a 750 Km/h?
a) 1,5h.
b) 2h.
c) 2,25h.
d) 2,5h.
e) 2,75h.
8. Em um navio com uma tripulação de 800 marinheiros há víveres para 45 dias. Quanto
tempo poderíamos alimentar os marinheiros com o triplo de víveres?
a) 130 dias.
b) 135 dias.
c) 140 dias.
d) 145 dias.
e) 150 dias.
264 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Regra de Três Simples – Prof. Dudan
9. A comida que restou para 3 náufragos seria suficiente para alimentá-los por
12 dias. Um deles resolveu saltar e tentar chegar em terra nadando. Com um
náufrago a menos, qual será a duração dos alimentos?
a) 12 dias.
b) 14 dias.
c) 16 dias.
d) 18 dias.
e) 20 dias.
10. Uma viagem foi feita em 12 dias percorrendo-se 150km por dia. Quantos dias seriam
empregados para fazer a mesma viagem, percorrendo-se 200km por dia?
a) 5 dias.
b) 6 dias.
c) 8 dias.
d) 9 dias.
e) 10 dias.
11. Para realizar certo serviço de manutenção são necessários 5 técnicos trabalhando
durante 6 dias, todos com o mesmo rendimento e o mesmo número de horas. Se
apenas 3 técnicos estiverem disponíveis, pode-se concluir que o número de dias a
mais que serão necessários para realizar o mesmo serviço será:
a) 2 dias.
b) 3 dias.
c) 4 dias.
d) 5 dias.
e) 6 dias.
www.acasadoconcurseiro.com.br 265
12. Três torneiras, com vazões iguais e constantes, enchem totalmente uma
caixa d’água em 45 minutos. Para acelerar esse processo, duas novas
torneiras, iguais às primeiras, foram instaladas. Assim, o tempo gasto para
encher essa caixa d’água foi reduzido em:
a) 18 min.
b) 20 min.
c) 22 min.
d) 25 min.
e) 28 min.
Casos particulares
João, sozinho, faz um serviço em 10 dias. Paulo, sozinho, faz o mesmo serviço em 15 dias. Em
quanto tempo fariam juntos esse serviço?
Primeiramente, temos que padronizar o trabalho de cada um, neste caso já esta padronizado,
pois ele fala no trabalho completo, o que poderia ser dito a metade do trabalho feito em um
certo tempo.
Se João faz o trabalho em 10 dias, isso significa que ele faz 1/10 do trabalho por dia.
266 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Regra de Três Simples – Prof. Dudan
1 1 3 2 5 1
Juntos o rendimento diário é de + = + = =
10 15 30 30 30 6
Se em um dia eles fazem 1/6 do trabalho em 6 dias os dois juntos completam o trabalho.
Sempre que as capacidades forem diferentes, mas o serviço a ser feito for o mesmo,
1 1 1
seguimos a seguinte regra: + =
t1 t2 tT (tempo total)
14. Uma torneira enche um tanque em 3h, sozinha. Outra torneira enche o
mesmo tanque em 4h, sozinha. Um ralo esvazia todo o tanque sozinho em
2h. Estando o tanque vazio, as 2 torneiras abertas e o ralo aberto, em quanto
tempo o tanque encherá?
a) 10 h.
b) 11 h.
c) 12 h.
d) 13 h.
e) 14 h.
www.acasadoconcurseiro.com.br 267
Matemática
www.acasadoconcurseiro.com.br 269
Subconjunto de Unidades de Medida do Sistema Métrico Decimal
Observe que as setas que apontam para a direita indicam uma multiplicação pelo fator
multiplicador (10, 100 ou 1000 dependendo da unidade de medida), assim como as setas que
apontam para a esquerda indicam uma divisão também pelo fator.
A conversão de uma unidade para outra unidade dentro da mesma grandeza é realizada
multiplicando-se ou dividindo-se o seu valor pelo fator de conversão, dependendo da unidade
original estar à esquerda ou à direita da unidade a que se pretende chegar, tantas vezes quantos
forem o número de níveis de uma unidade a outra.
O metro
O termo “metro” é oriundo da palavra grega “métron” e tem como significado “o que mede”.
Estabeleceu-se no princípio que a medida do “metro” seria a décima milionésima parte da
distância entre o Pólo Norte e Equador, medida pelo meridiano que passa pela cidade francesa
de Paris. O metro padrão foi criado no de 1799 e hoje é baseado no espaço percorrido pela luz
no vácuo em um determinado período de tempo.
270 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Sistema Métrico Decimal – Prof. Dudan
Os múltiplos do metro são usados para realizar medição em grandes áreas/distâncias, enquanto os submúltiplos
para realizar medição em pequenas distâncias.
Km Hm Dam M Dm Cm Mm
Kilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
1 6, 0 7 2
Após ter colocado os respectivos valores dentro das unidades equivalentes, lê-se a parte inteira
acompanhada da unidade de medida do seu último algarismo e a parte decimal com a unidade
de medida o último algarismo.
16,072m : dezesseis metros e setenta e dois milímetros.
Veja outros exemplos de leitura:
8,05 km = Lê-se assim: “Oito quilômetros e cinco decâmetros”
72,207 dam = Lê-se assim: “Setenta e dois decâmetros e duzentos e sete centímetros”
0,004 m = Lê-se assim: “quatro milímetros”.
Para distâncias astronômicas utilizamos o Ano-luz (distância percorrida pela luz em um ano):
Ano-luz = 9,5 · 1012 km
O pé, a polegada, a milha e a jarda são unidades não pertencentes ao sistemas métrico decimal,
são utilizadas em países de língua inglesa. Observe as igualdades abaixo:
Pé = 30,48 cm
Polegada = 2,54 cm
Jarda = 91,44 cm
Milha terrestre = 1.609 m
Milha marítima = 1.852 m
www.acasadoconcurseiro.com.br 271
Observe que:
1 pé = 12 polegadas
1 jarda = 3 pés
272 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática
A regra de três composta é utilizada em problemas com mais de duas grandezas, direta ou
inversamente proporcionais. Para não vacilar, temos que montar um esquema com base na
análise das colunas completas em relação à coluna do “x”.
Vejamos os exemplos abaixo.
Exemplo:
3
Em 8 horas, 20 caminhões descarregam 160m de areia. Em 5 horas, quantos caminhões serão
necessários para descarregar 125m3?
A regra é colocar em cada coluna as grandezas de mesma espécie e deixar o X na segunda linha.
+ –
Horas Caminhões Volume
8 20 160
5 x 125
www.acasadoconcurseiro.com.br 273
Exemplo:
Numa fábrica de brinquedos, 8 homens montam 20 carrinhos em 5 dias. Quantos carrinhos
serão montados por 4 homens em 16 dias?
Solução: montando a tabela:
– +
Homens Carrinhos Dias
8 20 5
4 x 16
Observe que se 8 homens montam 20 carrinhos, então 4 homens montam MENOS carrinhos.
Sinal de – nessa coluna.
Exemplo:
O professor Cássio estava digitando o material para suas incríveis aulas para a turma do BNB
e percebeu que digitava 30 linhas em 2,5 minutos num ritmo constante e errava 5 vezes a
digitação nesse intervalo de tempo.
Sabe-se que o numero de erros é proporcional ao tempo gasto na digitação.
Assim com o objetivo de diminuir o total de erros para 4, se Cassio for digitar 120 linhas com
velocidade 20% inferior ele precisará de um tempo igual a:
a) 300 segundos.
b) 400 segundos.
c) 500 segundos.
d) 580 segundos.
e) 600 segundos.
274 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Regra de Três Composta – Prof. Dudan
RESOLUÇÃO:
Inicialmente organizaremos as colunas nas mesmas unidades de medida, portanto, usaremos o
tempo em segundos lembrando que 2,5 minutos = 2,5 x 60 segundos , logo 150 segundos.
Assim:
+ – +
linhas t(seg) erros velocidade(%)
30 150 5 100
120 x 4 80
Assim basta colocar no numerador o valor que respeita o sinal colocado na coluna completa:
Sinal de + , coloca-se o MAIOR , sinal de - , coloca-se o MENOR valor.
X = 150.120.4.100 = 150.120.4.100 = 5.120.4.100 = 120.4.100 =
30.5.80 30.5.80 5.80 80
12.4.100 = 12.50 = 600 segundos.
8
Alternativa E
www.acasadoconcurseiro.com.br 275
Questões
3. Franco e Jade foram incumbidos de digitar os laudos de um texto. Sabe-se que ambos
digitaram suas partes com velocidades constantes e que a velocidade de Franco era
80% de Jade. Nessas condições, se Jade gastou 10 min para digitar 3 laudos, o tempo
gasto por Franco para digitar 24 laudos foi?
a) 1h e 15 min.
b) 1h e 20 min.
c) 1h e 30 min.
d) 1h e 40 min.
e) 2h.
276 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Regra de Três Composta – Prof. Dudan
5. Uma ponte foi construída em 48 dias por 25 homens, trabalhando-se 6 horas por dia.
Se o número de homens fosse aumentado em 20% e a carga horária de trabalho em 2
horas por dia, esta ponte seria construída em:
a) 24 dias.
b) 30 dias.
c) 36 dias.
d) 40 dias.
e) 45 dias
6. Usando um ferro elétrico 20 minutos por dia, durante 10 dias, o consumo de energia
será de 5 kWh. O consumo do mesmo ferro elétrico se ele for usado 70 minutos por
dia, durante 15 dias será de.
a) 25 kWh.
b) 25,5 kWh.
c) 26 kWh.
d) 26,25 kWh.
e) 26,5 kWh.
www.acasadoconcurseiro.com.br 277
7. Trabalhando oito horas por dia, durante 16 dias, Pedro recebeu R$ 2 000,00.
Se trabalhar 6 horas por dia, durante quantos dias ele deverá trabalhar para
receber R$ 3000,00?
a) 31 dias.
b) 32 dias.
c) 33 dias.
d) 34 dias.
e) 35 dias.
9. Uma montadora de automóveis demora 20 dias, trabalhando 8 horas por dia, para
produzir 400 veículos. Quantos dias serão necessários para produzir 50 veículos,
trabalhando 10 horas ao dia?
a) 1.
b) 2.
c) 3.
d) 4.
e) 5.
278 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Regra de Três Composta – Prof. Dudan
11. Em uma fábrica de cerveja, uma máquina encheu 2 000 garrafas em 8 dias,
funcionando 8 horas por dia. Se o dono da fábrica necessitasse que ela
triplicasse sua produção dobrando ainda as suas horas diárias de
funcionamento, então o tempo, em dias, que ela levaria para essa nova
produção seria:
a) 16
b) 12
c) 10
d) 8
e) 4
13. Para cavar um túnel, 30 homens demoraram 12 dias. Vinte homens, para cavar dois
túneis do mesmo tamanho e nas mesmas condições do primeiro túnel, irão levar:
a) 36 dias.
b) 38 dias.
c) 40 dias.
d) 42 dias.
e) 44 dias.
www.acasadoconcurseiro.com.br 279
14. Através de um contrato de trabalho, ficou acertado que 35 operários
construiriam uma casa em 32 dias, trabalhando 8 horas diárias. Decorridos 8
dias, apesar de a obra estar transcorrendo no ritmo previsto, novo contrato
foi confirmado: trabalhando 10 horas por dia, 48 operários terminariam a
obra. O número de dias gasto, ao todo, nesta construção foi:
a) 14
b) 19
c) 22
d) 27
e) 50
15. Numa editora, 8 digitadores, trabalhando 6 horas por dia, digitaram 3/5 de um
determinado livro em 15 dias. Então, 2 desses digitadores foram deslocados para um
outro serviço, e os restantes passaram a trabalhar apenas 5 horas por dia na digitação
desse livro. Mantendo-se a mesma produtividade, para completar a digitação do
referido livro, após o deslocamento dos 2 digitadores, a equipe remanescente terá de
trabalhar ainda:
a) 18 dias.
b) 16 dias.
c) 15 dias.
d) 14 dias.
e) 12 dias.
280 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática
DIVISÃO PROPORCIONAL
CONSTANTE DE PROPORCIONALIDADE
www.acasadoconcurseiro.com.br 281
DIVISÃO PROPORCIONAL
Podemos definir uma DIVISÃO PROPORCIONAL, como uma forma de divisão no qual se
determinam valores que, divididos por quocientes previamente determinados, mantêm-se
uma razão constante (que não tem variação).
Exemplo Resolvido 1
Vamos imaginar que temos 120 bombons para distribuir em partes diretamente proporcionais
a 3, 4 e 5, entre 3 pessoas A, B e C, respectivamente:
Num total de 120 bombons, k representa a quantidade de bombons que cada um receberá.
Pessoa A - k k k = 3k
Pessoa B - k k k = 4k
Pessoas C - k k k = 5k
Se A + B + C = 120 então 3k + 4k + 5k = 120
3k + 4k + 5k = 120 logo 12k = 120 e assim k = 10
Pessoa A receberá 3 x 10 = 30
Pessoas B receberá 4 x 10 = 40
Pessoas C receberá 5 x 10 = 50
Exemplo Resolvido 2
Dividir o número 810 em partes diretamente proporcionais a 2/3, 3/4 e 5/6.
Primeiramente tiramos o mínimo múltiplo comum entre os denominadores 3, 4 e 6.
2 3 5 8 9 10
=
3 4 6 12 12 12
Depois de feito o denominador e encontrado frações equivalentes a 2/3, 3/4 e 5/6 com
denominador 12 trabalharemos apenas com os numeradores ignorando o denominador, pois
como ele é comum nas três frações não precisamos trabalhar com ele mais.
Podemos então dizer que:
8K + 9K + 10K = 810
27K = 810
K = 30.
Por fim multiplicamos cada parte proporcional pelo valor encontrado de k e assim obtemos:
240, 270 e 300.
8 x 30 = 240
9 x 30 = 270
10 x 30 = 300
282 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Divisão Proporcional – Prof. Dudan
Exemplo Resolvido 3
Dividir o número 305 em partes inversamente proporcionais a 3/8, 5 e 5/6.
O que muda quando diz inversamente proporcional? Simplesmente invertemos as frações pelas
suas inversas.
3 8
à
8 3
1
5 à Depois disto usamos o mesmo método de cálculo.
5
5 6
à
6 5
8 1 6 40 3 18
=
3 5 5 15 15
5 15
www.acasadoconcurseiro.com.br 283
Questões
284 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Divisão Proporcional – Prof. Dudan
9. Quatro amigos resolveram comprar um bolão da loteria. Cada um dos amigos deu a
seguinte quantia:
Carlos: R$ 5,00 Roberto: R$ 4,00 Pedro: R$ 8,00 João: R$ 3,00
Se ganharem o prêmio de R$ 500.000,00, quanto receberá cada amigo, considerando
que a divisão será proporcional à quantia que cada um investiu?
10. Três sócios formam uma empresa. O sócio A entrou com R$ 2 000 e trabalha 8h/dia.
O sócio B entrou com R$ 3 000 e trabalha 6h/dia. O sócio C entrou com R$ 5 000 e
trabalha 4h/dia. Se, na divisão dos lucros o sócio B recebe R$ 90 000, quanto recebem
os demais sócios?
www.acasadoconcurseiro.com.br 285
11. Três pessoas montam uma sociedade, na qual cada uma delas aplica,
respectivamente, R$ 20.000,00, R$ 30.000,00 e R$ 50.000,00. O balanço
anual da firma acusou um lucro de R$ 40.000,00. Supondo-se que o lucro seja
dividido em partes diretamente proporcionais ao capital aplicado, cada sócio
receberá, respectivamente:
a) R$ 5.000,00; R$ 10.000,00 e R$ 25.000,00
b) R$ 7.000,00; R$ 11.000,00 e R$ 22.000,00
c) R$ 8.000,00; R$ 12.000,00 e R$ 20.000,00
d) R$ 10.000,00; R$ 10.000,00 e R$ 20.000,00
e) R$ 12.000,00; R$ 13.000,00 e R$ 15.000,00
12. Uma herança foi dividida entre 3 pessoas em partes diretamente proporcionais às suas
idades que são 32, 38 e 45
Se o mais novo recebeu R$ 9 600, quanto recebeu o mais velho?
13. Uma empresa dividiu os lucros entre seus sócios, proporcionais a 7 e 11. Se o 2º sócio
recebeu R$ 20 000 a mais que o 1º sócio, quanto recebeu cada um?
14. Certa herança foi dividida de forma proporcional às idades dos herdeiros, que tinham
35, 32 e 23 anos. Se o mais velho recebeu R$ 525,00 quanto coube ao mais novo?
a) R$ 230,00
b) R$ 245,00
c) R$ 325,00
d) R$ 345,00
e) R$ 350,00
286 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Divisão Proporcional – Prof. Dudan
15. Certo mês o dono de uma empresa concedeu a dois de seus funcionários
uma gratificação no valor de R$ 500. Essa gratificação foi dividida entre eles
em partes que eram diretamente proporcionais aos respectivos números de
horas de plantões que cumpriram no mês e, ao mesmo tempo, inversamente
proporcional à suas respectivas idades. Se um dos funcionários tem 36 anos
e cumpriu 24h de plantões e, outro, de 45 anos cumpriu 18h, coube ao mais
jovem receber:
a) R$ 302,50
b) R$ 310,00
c) R$ 312,5
d) R$ 325,00
e) R$ 342,50
Casos Especiais
P–F=9
Como já vimos as proporções ocorrem tanto “verticalmente” como “horizontalmente”. Então
podemos dizer que:
P∝4
P está para 9 assim como F está para 4. Simbolicamente,
F∝9
Usando a propriedade de que “toda proporção se transforma em uma igualdade quando
multiplicada por uma constante”, temos:
P = 9k e F = 4k
Logo a expressão fica:
P – F = 35
9k – 4k = 35 Assim, P = 9 x 7= 63 e F = 4 x 7 = 28
5k = 35
K=7
www.acasadoconcurseiro.com.br 287
y
16. Se 9x = e x + y = 154 determine x e y:
13
18. Os salários de dois funcionários do Tribunal são proporcionais às suas idades que são
40 e 25 anos. Se os salários somados totalizam R$9100,00 qual a diferença de salário
destes funcionários?
19. A diferença entre dois números é igual a 52. O maior deles está para 23, assim como o
menor está para 19.Que números são esses?
20. A idade do pai está para a idade do filho assim como 7 está para 3. Se a diferença entre
essas idades é 32 anos, determine a idade de cada um.
Gabarito: 1. 40, 60 e 80 2. 125, 75 e 50 3. 240, 270 e 300 4. 9, 15 e 24 5. 32,36 e 80 6. 50, 20 e 600 7. B 8. 1200 / 8000 / 10000
9.R$ 125000, R$10000, R$200000 e R$75000 10. R$80000, R$ 90000 e R$100000 11.C 12. R$ 13500
13. R$35000 e R$ 55000 14. D 15. C 16. x = 63 / y = 91 17. 30 e 12 18. R$ 2100 19. 299 e 247 20. 56 e 24
288 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática
PORCENTAGEM
DEFINIÇÃO: A percentagem ou porcentagem (do latim per centum, significando “por cento”,
“a cada centena”) é uma medida de razão com base 100 (cem). É um modo de expressar uma
proporção ou uma relação entre 2 (dois) valores (um é a parte e o outro é o inteiro) a partir de
uma fração cujo denominador é 100 (cem), ou seja, é dividir um número por 100 (cem).
Taxa Unitária
Quando pegamos uma taxa de juros e dividimos o seu valor por 100, encontramos a taxa
unitária.
A taxa unitária é importante para nos auxiliar a desenvolver todos os cálculos em matemática
financeira.
Pense na expressão 20% (vinte por cento), ou seja, essa taxa pode ser representada por uma
fração cujo numerador é igual a 20 e o denominador é igual a 100.
Dica:
A porcentagem vem
sempre associada a um
elemento, portanto,
sempre multiplicado a ele.
www.acasadoconcurseiro.com.br 289
Exemplos:
I. Calcule:
a) 20% de 450
b) 30% de 300
c) 40% de 400
d) 75% de 130
e) 215% de 120
f) 30% de 20% de 50
g) 20% de 30%de 50
Exemplo Resolvido
II. Um jogador de futebol, ao longo de um campeonato, cobrou 75 faltas, transformando em
gols 8% dessas faltas. Quantos gols de falta esse jogador fez?
8 600
8% de 75 = .75 = =6
100 100
290 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Porcentagem – Prof. Dudan
Exemplos:
2. Calcule:
a)
b) (20%)²
c) (1%)³
4. Uma mercadoria que custava US$ 2.400 sofreu um aumento, passando a custar US$ 2.880. A
taxa de aumento foi de:
a) 30%
b) 50%
c) 10%
d) 20%
e) 15%
5. Em um exame vestibular, 30% dos candidatos eram da área de Humanas. Dentre esses
candidatos, 20% optaram pelo curso de Direito. Do total dos candidatos, qual a porcentagem
dos que optaram por Direito?
a) 50%.
b) 20%.
c) 10%.
d) 6%.
e) 5%.
6. Uma certa mercadoria que custava R$ 10,50 teve um aumento, passando a custar R$ 11,34. O
percentual de aumento da mercadoria foi de:
a) 1,0%
www.acasadoconcurseiro.com.br 291
b) 10,0%
c) 10,8%
d) 8,0%
e) 0,84%
8. Dentre os inscritos em um concurso público, 60% são homens e 40% são mulheres. Já têm
emprego 80% dos homens e 30% das mulheres. Qual a porcentagem dos candidatos que já tem
emprego?
a) 60%
b) 40%
c) 30%
d) 24%
e) 12%
10. Numa melancia de 10 kg, 95% dela é constituída de água. Após desidratar a fruta, de modo que
se eliminem 90% da água, pode-se afirmar que a massa restante da melancia será, em kg, igual
a:
a) 1,45
292 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Porcentagem – Prof. Dudan
b) 1,80
c) 5
d) 9
e) 9,5
11. Em uma sala onde estão 100 pessoas, sabe-se que 99% são homens. Quantos homens devem
sair para que a percentagem de homens na sala passe a ser 98%?
a) 1
b) 2
c) 10
d) 50
e) 60
Fator de Capitalização
Vamos imaginar que certo produto sofreu um aumento de 20% sobre o seu valor inicial. Qual o
novo valor deste produto?
Claro que, se não sabemos o valor inicial deste produto, fica complicado para calcularmos, mas
podemos fazer a afirmação abaixo:
O produto valia 100% e sofreu um aumento de 20%. Logo, está valendo 120% do seu valor
inicial.
Como vimos no tópico anterior (taxas unitárias), podemos calcular qual o fator que podemos
utilizar para calcular o novo preço deste produto após o acréscimo.
120
Fator de Captalização = = 1,2
100
O Fator de capitalização é um número pelo qual devo multiplicar o preço do meu produto para
obter como resultado final o seu novo preço, acrescido do percentual de aumento que desejo
utilizar.
Assim, se o meu produto custava R$ 50,00, por exemplo, basta multiplicar R$ 50,00 pelo meu
fator de capitalização (por 1,2) para conhecer seu novo preço. Nesse exemplo, será de R$ 60,00.
CALCULANDO O FATOR DE CAPITALIZAÇÃO: Basta somar 1 com a taxa unitária. Lembre-se que
1 = 100/100 = 100%
www.acasadoconcurseiro.com.br 293
COMO CALCULAR:
•• Acréscimo de 45% = 100% + 45% = 145% = 145/ 100 = 1,45
•• Acréscimo de 20% = 100% + 20% = 120% = 120/ 100 = 1,2
ENTENDENDO O RESULTADO:
Para aumentar o preço do meu produto em 20%, deve-se multiplicar o preço por 1,2.
Exemplo: um produto que custa R$ 1.500,00 ao sofrer um acréscimo de 20% passará a custar
1.500 x 1,2 (fator de capitalização para 20%) = R$ 1.800,00
COMO FAZER:
Fator de Descapitalização
Vamos imaginar que certo produto sofreu um desconto de 20% sobre o seu valor inicial. Qual
novo valor deste produto?
Claro que, se não sabemos o valor inicial deste produto, fica complicado para calcularmos, mas
podemos fazer a afirmação abaixo:
294 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Porcentagem – Prof. Dudan
O produto valia 100% e sofreu um desconto de 20%. Logo, está valendo 80% do seu valor inicial.
Conforme dito anteriormente, podemos calcular o fator que podemos utilizar para calcular o
novo preço deste produto após o acréscimo.
80
Fator de Captalização = = 0,8
100
O Fator de descapitalização é o número pelo qual devo multiplicar o preço do meu produto
para obter como resultado final o seu novo preço, considerando o percentual de desconto que
desejo utilizar.
Assim, se o meu produto custava R$ 50,00, por exemplo, basta multiplicar R$ 50,00 pelo meu
fator de descapitalização por 0,8 para conhecer seu novo preço, neste exemplo será de R$
40,00.
CALCULANDO O FATOR DE DESCAPITALIZAÇÃO: Basta subtrair o valor do desconto expresso
em taxa unitária de 1, lembre-se que 1 = 100/100 = 100%
COMO CALCULAR:
•• Desconto de 45% = 100% - 45% = 55% = 55/ 100 = 0,55
•• Desconto de 20% = 100% - 20% = 80% = 80/ 100 = 0,8
ENTENDENDO O RESULTADO:
Para calcularmos um desconto no preço do meu produto de 20%, devemos multiplicar o valor
desse produto por 0,80.
Exemplo:
Um produto que custa R$ 1.500,00 ao sofrer um desconto de 20% passará a custar 1.500 x 0,80
(fator de descapitalização para 20%) = R$ 1.200,00
COMO FAZER:
www.acasadoconcurseiro.com.br 295
AGORA É A SUA VEZ:
Desconto Cálculo Fator
15%
20%
4,5%
254%
0%
63%
24,5%
6%
Exemplo resolvido 1:
Os bancos vêm aumentando significativamente as suas tarifas de manutenção de contas.
Estudos mostraram um aumento médio de 30% nas tarifas bancárias no 1º semestre de 2009 e
de 20% no 2° semestre de 2009. Assim, podemos concluir que as tarifas bancárias tiveram em
média suas tarifas aumentadas em:
a) 50%
b) 30%
c) 150%
d) 56%
e) 20%
296 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Porcentagem – Prof. Dudan
Ao ler esta questão, muitos candidatos se deslumbram com a facilidade e quase por impulso
marcam como certa a alternativa “a” (a de “apressadinho”).
Ora, estamos falando de acréscimos sucessivos. Vamos considerar que a tarifa média mensal
de manutenção de conta no início de 2009 seja de R$ 100,00, logo após um acréscimo teremos:
100,00 x 1,3 = 130,00
Agora, vamos acrescentar mais 20% referente ao aumento dado no 2° semestre de 2009:
130,00 x 1,2 = 156,00
Ou seja, as tarifas estão 56,00 mais caras que o início do ano.
Como o valor inicial das tarifas era de R$ 100,00, concluímos que elas sofreram uma alta de
56%, e não de 50% como parecia inicialmente.
DICA: Dois aumentos sucessivos de 10% não implicam num aumento final de 20%.
COMO FAZER
Exemplo Resolvido 2:
Um produto sofreu em janeiro de 2009 um acréscimo de 20% sobre o seu valor, em fevereiro
outro acréscimo de 40% e em março um desconto de 50%. Neste caso podemos afirmar que o
valor do produto após a 3ª alteração em relação ao preço inicial é:
a) 10% maior
b) 10 % menor
c) Acréscimo superior a 5%
d) Desconto de 84%
e) Desconto de 16%
Resolução:
Fator para um aumento de 20% = 100% + 20% = 100/100 + 20/100 = 1+0,2 = 1,2
Aumento de 40% = 100% + 40% = 100/100 + 40/100 = 1 + 0,4 = 1,4
Desconto de 50% = 100% - 50% = 100/100 - 50/100 = 1 - 0,5 = 0,5
www.acasadoconcurseiro.com.br 297
Assim: 1,2 x 1,4 x 0,5 = 0,84 (valor final do produto)
Como o valor inicial do produto era de 100% e 100% = 1, temos:
1 – 0,84 = 0,16
Conclui-se então que este produto sofreu um desconto de 16% sobre o seu valor inicial.
Alternativa E
Exemplo Resolvido 3:
O professor Ed perdeu 20% do seu peso de tanto “trabalhar” na véspera da prova do concurso
público da CEF. Após este susto, começou a se alimentar melhor e acabou aumentando em 25%
do seu peso no primeiro mês e mais 25% no segundo mês. Preocupado com o excesso de peso,
começou a fazer um regime e praticar esporte conseguindo perder 20% do seu peso. Assim o
peso do professor Ed em relação ao peso que tinha no início é:
a) 8% maior
b) 10% maior
c) 12% maior
d) 10% menor
e) Exatamente igual
Resolução:
Perda de 20% = 100% - 20% = 100/100 – 20/100 = 1 – 0,2 = 0,8
Aumento de 25% = 100% + 25% = 100/100 + 25/100 = 1 + 0,25 = 1,25
Aumento de 25% = 100% + 25% = 100/100 + 25/100 = 1 + 0,25 = 1,25
Perda de 20% = 100% - 20% = 100/100 – 20/100 = 1 – 0,2 = 0,8
Assim: 0,8 x 1,25 x 1,25 x 0,8 = 1
Conclui-se então que o professor possui o mesmo peso que tinha no início.
Alternativa E
Exemplo Resolvido 4:
O mercado total de um determinado produto, em número de unidades vendidas, é dividido por
apenas duas empresas, D e G, sendo que em 2003 a empresa D teve 80% de participação nesse
mercado. Em 2004, o número de unidades vendidas pela empresa D foi 20% maior que em
2003, enquanto na empresa G esse aumento foi de 40%. Assim, pode-se afirmar que em 2004 o
mercado total desse produto cresceu, em relação a 2003,
a) 24 %.
b) 28 %.
c) 30 %.
d) 32 %.
e) 60 %.
298 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Porcentagem – Prof. Dudan
Resolução:
Considerando o tamanho total do mercado em 2003 sendo 100%, e sabendo que ele é
totalmente dividido entre o produto D (80%) e o produto G (20%):
2003 2004
Produto D 0,8 Aumento de 20% = 0,8 * 1,2 = 0,96
Produto G 0,2 Aumento de 40% = 0,2 * 1,4 = 0,28
TOTAL: 1 0,96 + 0,28 = 1,24
Se o tamanho total do mercado era de 1 em 2003 e passou a ser de 1,24 em 2004, houve um
aumento de 24% de um ano para o outro.
Alternativa A
Exemplo Resolvido 5:
Ana e Lúcia são vendedoras em uma grande loja. Em maio elas tiveram exatamente o mesmo
volume de vendas. Em junho, Ana conseguiu aumentar em 20% suas vendas, em relação a maio,
e Lúcia, por sua vez, teve um ótimo resultado, conseguindo superar em 25% as vendas de Ana,
em junho. Portanto, de maio para junho o volume de vendas de Lúcia teve um crescimento de:
a) 35%.
b) 45%.
c) 50%.
d) 60%.
e) 65%.
Resolução:
Como não sabemos as vendas em maio, vamos considerar as vendas individuais em 100% para
cada vendedora. A diferença para o problema anterior é que, no anterior, estávamos tratando
o mercado como um todo. Nesse caso, estamos calculando as vendas individuais de cada
vendedora.
Maio Junho
Ana 1 Aumento de 20% = 1 * 1,2 = 1,2
Lúcia 1 Aumento de 25% sobre as vendas de Ana em junho = 1,2 * 1,25 = 1,5
Como as vendas de Lúcia passaram de 100% em maio para 150% em Junho (de 1 para 1,5),
houve um aumento de 50%.
Alternativa C
www.acasadoconcurseiro.com.br 299
12. Um trabalhador recebeu dois aumentos sucessivos, de 20% e de 30%, sobre o seu
salário.Desse modo, o percentual de aumento total sobre o salário inicial desse
trabalhador foi de
a) 30%
b) 36%
c) 50%
d) 56%
e) 66%
13. Descontos sucessivos de 20% e 30% são equivalentes a um único desconto de:
a) 25%
b) 26%
c) 44%
d) 45%
e) 50%
14. Considerando uma taxa mensal constante de 10% de inflação, o aumento de preços
em 2 meses será de
a) 2%.
b) 4%.
c) 20%.
d) 21%.
e) 121%.
e) 25%
300 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática
EQUAÇÕES DO 1º GRAU
ax + b = 0 → x=
Resolva as equações:
a) 10x – 2 = 0
b) – 7x + 18 = – x
c) x + 3 − x − 3 = 7
2 3
2x
d) +3= x
5
www.acasadoconcurseiro.com.br 301
Faça Você
1 1
1. Gastei do dinheiro do meu salário e depois gastei do restante ficando
3 4
com R$ 120,00 apenas. Meu salário é de:
a) R$ 480,00
b) R$ 420,00
c) R$ 360,00
d) R$ 240,00
e) R$ 200,00
a) 125 km.
b) 135 km.
c) 142 km.
d) 145 km.
e) 160 km.
d) 42
45
18
e)
21
302 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Equações do 1º Grau – Prof. Dudan
1
4. Uma pessoa gasta do dinheiro que tem e, em seguida, 2 do que lhe resta,
4 3
ficando com R$ 350,00. Quanto tinha inicialmente?
a) R$ 400,00
b) R$ 700,00
c) R$ 1400,00
d) R$ 2100,00
e) R$ 2800,00
1
5. Uma peça de tecido, após a lavagem, perdeu de seu comprimento e este ficou
10
medindo 36 metros. Nestas condições, o comprimento, em m, da peça antes da
lavagem era igual a:
a) 44
b) 42
c) 40
d) 38
e) 32
7
6. Do salário que recebe mensalmente, um operário gasta e guarda o restante,
8
R$122,00, em caderneta de poupança. O salário mensal desse operário, em reais,
é:
a) R$ 868,00
b) R$ 976,00
c) R$ 1204,00
d) R$ 1412,00
e) R$ 1500,00
Gabarito: 1. D 2. B 3. D 4. C 5. C 6. B 7. B
www.acasadoconcurseiro.com.br 303
Matemática
SISTEMAS DE EQUAÇÕES
Todo sistema linear é classificado de acordo com o número de soluções apresentadas por ele.
DETERMINADO
Admite uma única solução
POSSÍVEL OU COMPATÍVEL
quando admite solução �
SISTEMA INDETERMINADO
�
LINEAR Admite infinitas soluções
IMPOSSÍVEL OU INCOMPATÍVEL
quando não admite solução
Métodos de Resolução
Método da Adição
Definição
Consiste em somar as equações, que podem ser previamente multiplicadas por uma constante,
com objetivo de eliminar uma das variáveis apresentadas.
Esse método consiste em multiplicar as equações de maneira que se criem valores “opostos “
da mesma variável que será eliminada quando somarmos as equações.
Vale ressaltar que nem sempre é necessária tal multiplicação .
x + 2y = 16
Exemplo: �
3x – y = 13
Assim multiplicaremos a segunda equação por 2, logo:
x + 2y = 16
� assim criamos os valores opostos 2y e – 2y.
6x - 2y = 26
�
x + 2y = 16
6x - 2y = 26
7x + 0y = 42
www.acasadoconcurseiro.com.br 305
42
Logo x = 7 → x = 6 e para achar o valor de y basta trocar o valor de x obtido em qualquer uma
das equações dadas:
10
Assim se x + 2 y = 16, então 6 + 2y = 16 → 2y = 10 e portanto y = →y=5
2
3x + y = 9 3x − 2y = 7
a) b)
2x + 3y = 13 x + y = −1
Método da Substituição
Definição
Esse método consiste em isolar uma das variáveis numa equação e substituí-la na outra.
Vale ressaltar que preferencialmente deve-se isolar a variável que possuir “coeficiente” 1 assim
evitamos um trabalho com o M.M.C.
x + 2y = 16
Exemplo: �
3x – y = 13
Caso Especial
Sempre que nos depararmos com um sistema de duas equações no qual uma delas seja uma
“proporção” , podemos resolve-la de maneira eficaz e segura aplicando os conceitos de Divisão
proporcional
306 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Sistemas de Equações – Prof. Dudan
Exemplo:
3. A idade do pai está para a idade do filho assim como 7 está para 3. Se a diferença entre essas
idades é 32 anos, determine a idade de cada um.
4. Os salários de dois funcionários do Tribunal são proporcionais às suas idades que são 40
e 25 anos. Se os salários somados totalizam R$9100,00 qual a diferença de salário destes
funcionários?
Faça Você:
a) 5
b) 6
c) 7
d) 8
e) 9
6. Um aluno ganha 5 pontos por exercício que acerta e pede 3 pontos por exercício
que erra. Ao fim de 50 exercícios tinha 10 pontos. Quantos exercícios ele acertou?
a) 15
b) 35
c) 20
d) 10
e) 40
7. Uma família foi num restaurante onde cada criança paga a metade do buffet e
adulto paga R$ 12,00. Se nessa família há 10 pessoas e a conta foi de R$ 108,00, o
número de adultos é:
a) 2
b) 4
c) 6
d) 8
e) 10
www.acasadoconcurseiro.com.br 307
8. O valor de dois carros de mesmo preço adicionado ao de uma moto é R$ 41.000. O
valor de duas motos iguais a primeira adicionado ao de um carro de mesmo preço
que os primeiros é de R$ 28.000. A diferença entre o valor do carro e o da moto é:
a) R$ 5.000
b) R$ 13.000
c) R$ 18.000
d) R$ 23.000
e) R$ 41.000
10. Durante uma aula de ginástica, três amigas, também com a mesma preocupação,
resolveram avaliar o peso de cada uma, utilizando a balança da academia. A
pesagem, contudo, foi efetuada duas a duas. Ana e Carla pesaram, juntas, 98
kg; Carla e Márcia, 106 kg; Ana e Márcia, 104 kg. O peso das três amigas, juntas,
subtraindo o dobro do peso de Carla, é igual a:
a) 42 kg
b) 46 kg
c) 48 kg
d) 54 kg
e) 58 kg
Gabarito: 5. E 6. C 7. D 8. B 9. A 10. D
308 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico
www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico
PROPOSIÇÃO
PROPOSIÇÃO SIMPLES
Exemplos:
1) Ed é feliz.
2) João estuda.
3) Zambeli é desdentado
1) Vai estudar?
Sentença: Nem sempre permite julgar se é verdadeiro ou falso. Pode não ter valor lógico.
www.acasadoconcurseiro.com.br 311
Sentenças Abertas: São sentenças nas quais não podemos determinar o sujeito. Uma forma
simples de identificá-las é o fato de que não podem ser nem Verdadeiras nem Falsas. Essas
sentenças também não são proposições
Aquele cantor é famoso.
A + B + C = 60.
Ela viajou.
QUESTÃO COMENTADA
(Cespe – Banco do Brasil – 2007) Na lista de frases apresentadas a seguir, há exatamente três
proposições.
I – “A frase dentro destas aspas é uma mentira.”
II – A expressão X + Y é positiva.
III – O valor de
IV – Pelé marcou dez gols para a seleção brasileira.
V – O que é isto?
Solução:
Item I: Não é possível atribuir um único valor lógico para esta sentença, já que se considerar
que é verdadeiro, teremos uma resposta falsa (mentira) e vice-versa. Logo não é proposição.
Item II: Como se trata de uma sentença aberta, onde não estão definidos os valores de X e Y,
logo também não é proposição.
Item III: Como a expressão matemática não contém variável, logo é uma proposição,
conseguimos atribuir um valor lógico, que neste caso seria falso.
Item IV: Uma simples proposição, já que conseguimos atribuir um único valor lógico.
Item V: Como trata-se de uma interrogativa, logo não é possível atribuir valor lógico, assim não
é proposição.
Conclusão: Errado, pois existem apenas 2 proposições, Item III e IV.
PROPOSIÇÕES COMPOSTAS
Proposição Composta é a união de proposições simples por meio de um conector lógico. Este
conector irá ser decisivo para o valor lógico da expressão.
Proposições podem ser ligadas entre si por meio de conectivos lógicos. Conectores que criam
novas sentenças mudando ou não seu valor lógico (Verdadeiro ou Falso).
Uma proposição simples possui apenas dois valores lógicos, verdadeiro ou falso.
312 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico – Proposição – Prof. Edgar Abreu
Cada proposição existe duas possibilidades distintas, falsa ou verdadeira, numa sentença
composta teremos mais de duas possibilidades.
E se caso essa sentença ganhasse outra proposição, totalizando agora 3 proposições em uma
única sentença:
Chove e faz frio e estudo.
www.acasadoconcurseiro.com.br 313
PARA GABARITAR
É possível identificar quantas possibilidades distintas teremos de acordo com o número
de proposição em que a sentença apresentar. Para isso devemos apenas elevar o
numero 2 a quantidade de proposição, conforme o raciocínio abaixo:
Proposições Possibilidades
1 2
2 4
3 8
n
n 2
QUESTÃO COMENTADA
(CESPE – Banco do Brasil – 2007) A proposição simbólica P Ʌ Q V R possui, no máximo,
4 avaliações.
Solução:
Como a sentença possui 3 proposições distintas (P, Q e R), logo a quantidade de
avaliações será dada por:
2proposições = 23= 8
Resposta: Errado, pois teremos um total de 8 avaliações.
314 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico – Proposição – Prof. Edgar Abreu
Slides – Proposição
Prova:
UESPI
-‐
2014
-‐
PC-‐PI
-‐
Escrivão
de
Polícia
Civil
Assinale,
dentre
as
alterna>vas
a
seguir,
aquela
que
NÃO
caracteriza
uma
proposição.
a)
107
-‐
1
é
divisível
por
5
b)
Sócrates
é
estudioso.
c)
3
-‐
1
>
1
d)
e)
Este
é
um
número
primo.
Prova:
CESPE
-‐
2014
-‐
MEC
-‐
Todos
os
Cargos
Considerando
a
proposição
P:
“Nos
processos
sele?vos,
se
o
candidato
for
pós-‐graduado
ou
souber
falar
inglês,
mas
apresentar
deficiências
em
língua
portuguesa,
essas
deficiências
não
serão
toleradas”,
julgue
os
itens
seguintes
acerca
da
lógica
sentencial.
A
tabela
verdade
associada
à
proposição
P
possui
mais
de
20
linhas
(
)
Certo
(
)Errado
www.acasadoconcurseiro.com.br 315
Prova:
CESPE
-‐
2013
-‐
SEGER-‐ES
-‐
Analista
Execu<vo
Um
provérbio
chinês
diz
que:
P1:
Se
o
seu
problema
não
tem
solução,
então
não
é
preciso
se
preocupar
com
ele,
pois
nada
que
você
fizer
o
resolverá.
P2:
Se
o
seu
problema
tem
solução,
então
não
é
preciso
se
preocupar
com
ele,
pois
ele
logo
se
resolverá.
O
número
de
linhas
da
tabela
verdade
correspondente
à
proposição
P2
do
texto
apresentado
é
igual
a
a)
24.
b)
4.
c)
8.
d)
12.
e)
16.
Prova:
CESPE
-‐
2011
-‐
MEC
-‐
Todos
os
Cargos
Considerando
as
proposições
simples
P,
Q
e
R,
julgue
os
próximos
itens,
acerca
de
tabelas-‐verdade
e
lógica
proposicional.
A
tabela-‐verdade
da
proposição
(¬PVQ)→(R∧Q)V(¬R∧P)
tem
8
linhas.
(
)
Certo
(
)
Errado
316 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico
NEGAÇÃO SIMPLES
1. Éder é Feio.
Como negamos essa frase?
Para quem, também disse: “Éder é bonito”, errou. Negar uma proposição não significa dizer o
oposto, mas sim escrever todos os casos possíveis diferentes do que está sugerido.
“Éder NÃO é feio.”
A negação de uma proposição é uma nova proposição que é verdadeira se a primeira for falsa e
é falsa se a primeira for verdadeira
PARA GABARITAR
Para negar uma sentença acrescentamos o não, sem mudar a estrutura da frase.
Proposição: Z
Para simbolizar a negação usaremos ~ ou ¬.
Negação: Éder não é feio.
Simbologia: ~ Z.
www.acasadoconcurseiro.com.br 317
Proposição: ~ A
Negação: Aline é louca.
Simbologia: ~ (~A)= A
EXCEÇÕES
Cuidado, em casos que só existirem duas possibilidades, se aceita como negação o
"contrário", alternando assim a proposição inicial. Exemplo:
p: João será aprovado no concurso.
~p: João será reprovado no concurso
q: O deputado foi julgado como inocente no esquema "lava-jato".
~q: O deputado foi julgado como culpado no esquema "lava jato".
318 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico
CONECTIVOS LÓGICOS
Um conectivo lógico (também chamado de operador lógico) é um símbolo ou palavra usado para
conectar duas ou mais sentenças (tanto na linguagem formal quanto na linguagem natural) de
uma maneira gramaticalmente válida, de modo que o sentido da sentença composta produzida
dependa apenas das sentenças originais.
Muitas das proposições que encontramos na prática podem ser consideradas como construídas
a partir de uma, ou mais, proposições mais simples por utilização de uns instrumentos lógicos,
a que se costuma dar o nome de conectivos, de tal modo que o valor de verdade da proposição
inicial fica determinado pelos valores de verdade da ou das, proposições mais simples que
contribuíram para a sua formação.
Os principais conectivos lógicos são:
I – "e" (conjunção).
II – "ou" (disjunção).
III – "se...então" (implicação).
IV – "se e somente se" (equivalência).
CONJUNÇÃO – “E”
Proposições compostas ligadas entre si pelo conectivo “e”.
Simbolicamente, esse conectivo pode ser representado por “^”.
Exemplo:
Chove e faz frio
Tabela verdade: Tabela verdade é uma forma de analisarmos a frase de acordo com suas
possibilidades, o que aconteceria se cada caso acontecesse.
Exemplo:
Fui aprovado no concurso da PF e Serei aprovado no concurso da PRF
Proposição 1: Fui aprovado no concurso da PF.
Proposição 2: Serei aprovado no concurso da PRF.
Conetivo: e.
www.acasadoconcurseiro.com.br 319
Vamos chamar a primeira proposição de “p” a segunda de “q” e o conetivo de “^”.
Assim podemos representar a “frase” acima da seguinte forma: p^q.
Vamos preencher a tabela abaixo com as seguintes hipóteses:
H1:
p: Não fui aprovado no concurso da PF.
q: Serei aprovado no concurso da PRF.
H2:
p: Fui aprovado no concurso da PF.
q: Não serei aprovado no concurso da PRF.
H3:
p: Não fui aprovado no concurso da PF.
q: Não serei aprovado no concurso da PRF.
H4:
p: Fui aprovado no concurso da PF.
q: Serei aprovado no concurso da PRF.
Tabela Verdade: Aqui vamos analisar o resultado da sentença como um todo, considerando
cada uma das hipóteses acima.
p q P^Q
H1 F V F
H2 V F F
H3 F F F
H4 V V V
Conclusão
320 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico – Conectivo E (Conjunção) – Prof. Edgar Abreu
p : Trabalhar é saudável
q : O cigarro mata.
Gabarito: 1. Errado 2. D
www.acasadoconcurseiro.com.br 321
Raciocínio Lógico
DISJUNÇÃO – “OU”
Recebe o nome de disjunção toda a proposição composta em que as partes estejam unidas
pelo conectivo ou. Simbolicamente, representaremos esse conectivo por “v”.
Exemplo:
Estudo para o concurso ou assisto o Big Brother.
Proposição 1: Estudo para o concurso.
Proposição 2: assisto o Big Brother.
Conetivo: ou.
Vamos chamar a primeira proposição de “p” a segunda de “q” e o conetivo de “v”.
Assim podemos representar a sentença acima da seguinte forma: p v q.
Vamos preencher a tabela abaixo com as seguintes hipóteses:
H1:
p: Estudo para o concurso.
q: assisto o Futebol.
H2:
p: Não Estudo para o concurso.
q: assisto o Futebol.
H3:
p: Estudo para o concurso.
q: Não assisto o Futebol...
H4:
p: Não Estudo para o concurso.
q: Não assisto o Futebol.
www.acasadoconcurseiro.com.br 323
Tabela Verdade:
p q PvQ
H1 V V V
H2 F V V
H3 V F V
H4 F F F
324 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico
Recebe o nome de disjunção exclusiva toda a proposição composta em que as partes estejam
unidas pelo conectivo ou “primeira proposição” ou “segunda proposição”. Simbolicamente,
representaremos esse conectivo por “v”.
Exemplo:
Ou vou a praia ou estudo para o concurso.
Proposição 1: Vou a Praia.
Proposição 2: estudo para o concurso.
Conetivo: ou.
Vamos chamar a primeira proposição de “p” a segunda de “q” e o conetivo de " v "
Assim podemos representar a sentença acima da seguinte forma: p v q
Vamos preencher a tabela abaixo com as seguintes hipóteses:
H1:
p: Vou à praia.
q: estudo para o concurso do Banco do Brasil.
H2:
p: Não Vou à praia.
q: estudo para o concurso do Banco do Brasil.
H3:
p: Vou à praia.
q: Não estudo para o concurso do Banco do Brasil.
H4:
p: Não Vou à praia.
q: Não estudo para o concursodo Banco do Brasil.
www.acasadoconcurseiro.com.br 325
Tabela Verdade:
p q PvQ
H1 V V F
H2 F V V
H3 V F V
H4 F F F
326 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico
CONDICIONAL – “SE...ENTÃO...”
Recebe o nome de condicional toda proposição composta em que as partes estejam unidas
pelo conectivo Se... então, simbolicamente representaremos esse conectivo por “→”.
Em alguns casos o condicional é apresentado com uma vírgula substituindo a palavra “então”,
ficando a sentença com a seguinte característica: Se proposição 1, proposição 2.
H1:
p: estudo.
q: sou aprovado.
H2:
p: Não estudo.
q: sou aprovado.
H3:
p: Não estudo.
q: Não sou aprovado.
H4:
p: estudo.
q: Não sou aprovado.
www.acasadoconcurseiro.com.br 327
p q P→Q
H1 V V V
H2 F V V
H3 F F V
H4 V F F
328 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico
Recebe o nome de bicondicional toda proposição composta em que as partes estejam unidas
pelo conectivo ... se somente se ... Simbolicamente, representaremos esse conectivo por “ ↔”.
Portanto, se temos a sentença:
Exemplo: “Maria compra o sapato se e somente se o sapato combina com a bolsa”.
Proposição 1: Maria compra o sapato.
Proposição 2: O sapato combina com a bolsa.
Conetivo: se e somente se.
Vamos chamar a primeira proposição de “p” a segunda de “q” e o conetivo de “↔”.
Assim podemos representar a “frase” acima da seguinte forma: p ↔ q.
Vamos preencher a tabela abaixo com as seguintes hipóteses:
H1:
p: Maria compra o sapato.
q: O sapato não combina com a bolsa.
H2:
p: Maria não compra o sapato.
q: O sapato combina com a bolsa.
H3:
p: Maria compra o sapato.
q: O sapato combina com a bolsa.
H4:
p: Maria não compra o sapato.
q: O sapato não combina com a bolsa.
www.acasadoconcurseiro.com.br 329
p q P↔Q
H1 V F F
H2 F V F
H3 V V V
H4 F F V
Uma proposição bicondicional pode ser escrita como duas condicionais, é como se tivéssemos
duas implicações, uma seta da esquerda para direita e outra seta da direita para esquerda,
conforme exemplo abaixo:
PARA GABARITAR
330 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico – Conectivo “se e somente se” (Bicondicional) – Prof. Edgar Abreu
P Q ~Q↔P
V V F
V F x
F V y
F F z
a) V, F e F
b) F, V e V
c) F, F e F
d) V, V e F
( ) Certo ( ) Errado
www.acasadoconcurseiro.com.br 331
3. Prova: CESPE - 2012 - TC-DF - Auditor de Controle Externo
P: A luz permanece acesa se, e somente se, há movimento e não há claridade natural
suficiente no recinto.
( ) Certo ( ) Errado
332 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico
TAUTOLOGIA
Uma proposição composta formada por duas ou mais proposições p, q, r, ... será dita uma
Tautologia se ela for sempre verdadeira, independentemente dos valores lógicos das
proposições p, q, r, ... que a compõem.
Exemplo:
Grêmio cai para segunda divisão ou o Grêmio não cai para segunda divisão.
Vamos chamar a primeira proposição de “p” a segunda de “~p” e o conetivo de “v”.
Assim podemos representar a sentença acima da seguinte forma: p v ~p.
Agora vamos construir as hipóteses:
H1:
p: Grêmio cai para segunda divisão.
~p: Grêmio não cai para segunda divisão.
H2:
p: Grêmio não cai para segunda divisão.
~p: Grêmio cai para segunda divisão.
p ~p p v ~p
H1 V F V
H2 F V V
Como os valores lógicos encontrados foram todos verdadeiros, logo temos uma TAUTOLOGIA!
Exemplo 2, verificamos se a sentença abaixo é uma tautologia:
Se João é alto, então João é alto ou Guilherme é gordo.
p = João é alto.
�p→pvq
q = Guilherme é gordo.
www.acasadoconcurseiro.com.br 333
Agora vamos construir a tabela verdade da sentença anterior:
p q pvq p→pvq
H1 V F V V
H2 F V V V
H3 F V V V
H4 F F F V
Como para todas as combinações possíveis, sempre o valor lógico da sentença será verdadeiro,
logo temos uma tautologia.
334 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico – Tautologia – Prof. Edgar Abreu
Slides – Tautologia
A proposição 𝑃 → 𝑄 ∧ 𝑅 ↔ ¬𝑃 ∨ 𝑄 ∧ ¬𝑃 ∨ 𝑅 é
uma tautologia.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: 1. E 2. C
www.acasadoconcurseiro.com.br 335
Raciocínio Lógico
CONTRADIÇÃO
Uma proposição composta formada por duas ou mais proposições p, q, r, ... será dita uma
contradição se ela for sempre falsa, independentemente dos valores lógicos das proposições p,
q, r, ... que a compõem.
Exemplo: Lula é o presidente do Brasil e Lula não é o presidente do Brasil.
Vamos chamar a primeira proposição de “p” a segunda de “~p” e o conetivo de “^”.
Assim podemos representar a “frase” acima da seguinte forma: p ^ ~p.
p ~p p ^ ~p
H1 V F F
H2 F V F
PARA GABARITAR
•• Sempre verdadeiro = Tautologia
•• Sempre Falso = Contradição
•• Verdadeiro e Falso = Contigência
www.acasadoconcurseiro.com.br 337
Raciocínio Lógico
Agora vamos aprender a negar proposições compostas, para isto devemos considerar que:
Para negarmos uma proposição conjunta devemos utilizar a propriedade distributiva, similar
aquela utilizada em álgebra na matemática.
Negar uma sentença composta é apenas escrever quando esta sentença assume o valor lógico
de falso, lembrando as nossas tabelas verdade construídas anteriormente.
Para uma disjunção ser falsa (negação) a primeira e a segunda proposição tem que ser falsas,
conforme a tabela verdade abaixo, hipótese 4:
p q P∨Q
H1 V V V
H2 F V V
H3 V F V
H4 F F F
Assim concluímos que para negar uma sentença do tipo P v Q, basta negar a primeira (falso) E
negar a segunda (falso), logo a negação da disjunção (ou) é uma conjunção (e).
Exemplo 1:
1. Estudo ou trabalho.
p = estudo.
� P∨Q
q = trabalho
Conectivo = ∨
Vamos agora negar essa proposição composta por uma disjunção.
∼ (p ∨ q) = ∼ p ∧ ∼ q
Não estudo e não trabalho.
www.acasadoconcurseiro.com.br 339
Para negar uma proposição composta por uma disjunção, nós negamos a primeira proposição,
negamos a segunda e trocamos “ou” por “e”.
Exemplo 2:
Não estudo ou sou aprovado.
p = estudo
q = sou aprovado � ∼p∨q
~p = não estudo
Conectivo: “∨”
Vamos agora negar essa proposição composta por uma disjunção.
∼ (∼ p ∨ q) = p ∧ ∼ q
Lembrando que negar uma negação é uma afirmação e que trocamos “ou” por “e” e negamos
a afirmativa.
Estudo e não sou aprovado.
Vimos no capítulo de negação simples que a negação de uma negação é uma afirmação, ou
seja, quando eu nego duas vezes uma mesma sentença, encontro uma equivalência.
Vimos que a negação da disjunção é uma conjunção, logo a negação da conjunção será uma
disjunção.
Para negar uma proposição composta por uma conjunção, nós devemos negamos a primeira
proposição e depois negarmos a segunda e trocamos “e” por “ou”.
Exemplo 1:
Vou a praia e não sou apanhado.
p = vou a praia.
�p∧∼q
q = não sou apanhado
Conectivo = ∧
Vamos agora negar essa proposição composta por uma conjunção.
Não vou à praia ou sou apanhado.
340 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico – Negação da conjunção e disjunção inclusiva (Lei de Morgan) – Prof. Edgar Abreu
PARA GABARITAR
Vejamos abaixo mais exemplo de negações de conjunção e disjunção:
~(p v q) = ~(p) ~(v) ~(q) = (~p ˄ ~q)
~(~p v q) = ~(~p) ~(v) ~(q) = (p ˄ ~q)
~(p˄~q) = ~(p) ~(˄) ~(~q) = (~p v q)
~(~p˄ ~q) = ~(~p) ~(˄) ~(~q) = (p v q)
www.acasadoconcurseiro.com.br 341
Há expressões às quais não se pode atribuir um valor lógico V ou F, por exemplo: “Ele é juiz do TRT da 5.ª
Região”, ou “x + 3 = 9”. O sujeito é uma variável que pode ser substituído por um elemento arbitrário,
transformando a expressão em uma proposição que pode ser valorada como V ou F. Expressões dessa forma
são denominadas sentenças abertas, ou funções proposicionais. Pode-se passar de uma sentença aberta a
uma proposição por meio dos quantificadores “qualquer que seja”, ou “para todo”, indicado por oe, e
“existe”, indicado por ›. Por exemplo: a proposição (oex)(x 0 R)(x + 3 = 9) é valorada como F, enquanto a
proposição (›x)(x 0 R)(x + 3 = 9) é valorada como V. Uma proposição composta que apresenta em sua
tabelaverdade somente V, independentemente das valorações das proposições que a compõem, é
denominada logicamente verdadeira ou tautologia. Por exemplo, independentemente das valorações V ou F
de uma proposição A, todos os elementos da tabela-verdade da proposição Aw(¬A) são V, isto é, Aw(¬A) é
uma tautologia.
Considerando as informações do texto e a proposição P: "Mário pratica natação e judô", julgue os itens seguintes.
A negação da proposição P é a proposição R: “Mário não pratica natação nem judô”, cuja tabela-
verdade é a apresentada ao lado.
Certo Errado
Gabarito: 1. E 2. A
342 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico
Conforme citamos anteriormente, negar uma proposição composta é escrever a(s) linha(s) em
que a tabela verdade tem como resultado “falso”.
Sabemos que uma condicional só será falsa, quando a primeira proposição for verdadeira “e” a
segunda for falsa.
Assim para negarmos uma sentença composta com condicional, basta repetir a primeira
proposição (primeira verdadeira), substituir o conetivo “se...então” por “e” e negar a segunda
proposição (segunda falsa).
Vejamos um exemplo:
Negando: ~ (~ p → ~ q)= ~ p ∧ q
Resposta: Não estudo e sou aprovado.
www.acasadoconcurseiro.com.br 343
3. Se estudo então sou aprovado ou o curso não é ruim.
p = estudo.
q = sou aprovado.
� p→q∨~r
r = curso é ruim.
~r = curso não é ruim.
Negando, ~ (p →q ∨ ~ r).
Negamos a condicional, mantém a primeira e negamos a segunda proposição, como a
segunda proposição é uma disjunção, negamos a disjunção, usando suas regras (negar as duas
proposições trocando “ou” por “e”).
~ (p →q ∨ ~ r)=p ∧ ~ (q ∨ ~ r)=p ∧ ~ q ∧r.
Estudo e não sou aprovado e o curso é ruim.
344 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico
Existe duas maneiras de negar uma bicondicional. Uma é a trivial onde apenas substituímos o
conetivo “bicondiciona” pela “disjunção exclusiva”, conforme exemplo abaixo:
Sentença: Estudo se e somente se não vou à praia.
p = estudo.
q = vou à praia. � ~[ p ↔ ~ q ] = [ p � ~ q ]
~ q = não vou à praia
Conectivo = ↔
Logo sua negação será: Ou Estudo ou não vou à praia.
A segunda maneira de negar uma bicondicional é utilizando a propriedade de equivalência e
negando as duas condicionais, ida e volta, temos então que negar uma conjunção composta
por duas condicionais.
Negamos a primeira condicional ou negamos a segunda, usando a regra da condicional em
cada uma delas.
Exemplo 1:
Estudo se e somente se não vou à praia.
p = estudo.
q = vou à praia. � p ↔ ~ q = [ p → ~ q ] Ʌ [ ~ q → p]
~ q = não vou à praia
Conectivo = ↔
Uma bicondicional são duas condicionais, ida e volta.
Negando,
~ (p ↔ ~ q) = ~ [[p → ~ q] Ʌ [~ q → p]] =
~ [p ↔ ~ q] � ~ [~ q → p ]
p Ʌ q � ~ q Ʌ ~ p.
Estudo e vou à praia ou não vou à praia e não estudo.
www.acasadoconcurseiro.com.br 345
Raciocínio Lógico
Vamos descobrir qual a sentença equivalente a uma condicional, negando duas vezes a mesma
sentença.
Exemplo: Se estudo sozinho então sou autodidata.
Simbolizando temos:
p = estudo sozinho
�p → q
p = sou autodidata
conectivo = →
Simbolicamente: p → q
Vamos negar, ~ [ p →q ] = p ∧ ~ q
Agora vamos negar a negação para encontrarmos uma equivalência.
Negamos a negação da condicional ~ [p ∧ ~ q] = ~ p ∨ q
Mas será mesmo que estas proposições, p → q e ~ p ∨ q são mesmo equivalentes? Veremos
através da tabela verdade.
p Q ~p p→q ~pvq
V V F V V
V F F F F
F V V V V
F F V V V
www.acasadoconcurseiro.com.br 347
Perceba na tabela verdade que p → q e ~ p ∨ q tem o mesmo valor lógico, assim essas duas
proposições são equivalentes.
Exemplo 2: Vamos encontrar uma proposição equivalente a sentença “Se sou gremista então
não sou feliz.”
p = Sou gremista.
q = Sou feliz. �p→~q
~ q = Não sou feliz.
Negação: ~ [ p → ~ q ] = p ∧ q
Sou gremista e sou feliz.
Equivalência: negação da negação.
~[p→~q]=p∧q
~[p∧q]=p∨~q
Logo, Não sou gremista ou não sou feliz é uma sentença equivalente.
c = Canto.
e = Estudo .� c ∨ ~ e
~ e = Não estudo.
Negação: ~ [ c ∨ ~ e ] = ~ c ∧ e
Equivalência: Negar a negação: ~ [ ~ c ∧ e ] = c ∨ ~ e
Voltamos para a mesma proposição, tem algo errado, teremos que buscar alternativa. Vamos
lá:
Vamos para a regra de equivalência de uma condicional.
~p∨q=p→q
Veja que o valor lógico de p mudou e q continuou com o mesmo valor lógico.
Usando a regra acima vamos transformar a proposição inicial composta de uma disjunção em
numa condicional.
c∨~e=p→q
Para chegar à condicional, mudo o valor lógico de p,
348 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico – Equivalência de uma Condicional e Disjunção Inclusiva – Prof. Edgar Abreu
e = Estudo.
a = Sou aprovado. �e∨~a
~ a = Não sou aprovado.
~p∨q=p→q
Inverte o primeiro e mantém o segundo, trocando “ou” por “se...então”, transferimos isso para
nossa proposição.
e∨~a=~e→~a
Trocamos “e” por “~ e”, mantemos “~ a” e trocamos " ∨" por " →".
Logo, Se não estudo então não sou aprovado.
Não podemos esquecer que “ou” é comutativo, assim a opção de resposta pode estar trocada,
então atente nisto, ao invés de e ∨ ~ a pode ser ~ a ∨ e , assim a resposta ficaria:
Se sou aprovado então estudo.
Quaisquer das respostas estarão certas, então muita atenção!
www.acasadoconcurseiro.com.br 349
Raciocínio Lógico
CONTRAPOSITIVA
�(p →q) = p Ʌ � q
Lembrando da tabela verdade da conjunção “e”, notamos que a mesma é comutativa, ou seja,
se alterarmos a ordem das premissas o valor lógico da sentença não será alterado. Assim vamos
reescrever a sentença encontrada na negação, alterando o valor lógico das proposições.
p Ʌ � q = �q Ʌ p
Agora vamos negar mais uma vez para encontrar uma equivalência da primeira proposição.
�(�q Ʌ p) ↔ � q � � p
Agora vamos utilizar a regra de equivalência que aprendemos anteriormente.
Regra:
p→q↔� p�q
Em nosso exemplo temos:
q� p↔ q→ p
� � �
Logo encontramos uma outra equivalência para a nossa sentença inicial.
Esta outra equivalência chamamos de contrapositiva e é muito fácil de encontrar, basta
comutar as proposições (trocar a ordem) e negar ambas.
p→q=� q→� p
Exemplo 2: Encontrar a contrapositiva (equivalente) da proposição “Se estudo muito então
minha cabeça dói”
p = estudo muito.
� p → q
q = minha cabeça dói.
www.acasadoconcurseiro.com.br 351
Encontramos a contrapositiva, invertendo e negando ambas proposições.
p→q= q→ p
� �
Logo temos que: Se minha cabeça não dói então não estudo muito.
PARA GABARITAR
EQUIVALÊNCIA 1: p → q = p � q
�
EQUIVALÊNCIA 2: p → q = q → p (contrapositiva)
� �
352 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico – Equivalência Contrapositiva – Prof. Edgar Abreu
'
www.acasadoconcurseiro.com.br 353
354 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico
Recebe o nome de bicondicional toda proposição composta em que as partes estejam unidas
pelo conectivo ... se somente se... Simbolicamente, representaremos esse conectivo por “ ↔ ”.
Portanto, se temos a sentença:
Exemplo: “Estudo se e somente se sou aprovado”
Proposição 1: Estudo.
Proposição 2: Sou aprovado.
Conetivo: se e somente se.
Vamos chamar a primeira proposição de “p” a segunda de “q” e o conetivo de “ ↔ ”
Assim podemos representar a “frase” acima da seguinte forma: p ↔ q
Sua tabela verdade é:
p q p↔q
H1 V F F
H2 F V F
H3 V V V
H4 F F V
Uma proposição bicondicional pode ser escrita como duas condicionais, é como se tivéssemos
duas implicações, uma seta da esquerda para direita e outra seta da direita para esquerda,
conforme exemplo abaixo:
www.acasadoconcurseiro.com.br 355
Raciocínio Lógico
QUANTIFICADORES LÓGICOS
Pelo exemplo acima vimos que nem sempre a conclusão acima é verdadeira, veja que quando
ele afirma que “existem alunos da casa que são funcionários da defensoria”, ele está dizendo
que sempre isso vai acontecer, mas vimos por esse diagrama que nem sempre acontece.
www.acasadoconcurseiro.com.br 357
Nesse diagrama isso acontece, mas pelo dito na conclusão, sempre vai existir, e vimos que não,
logo a conclusão é falsa.
No mesmo exemplo, se a conclusão fosse:
“Existem funcionários da defensoria que não são alunos da casa”.
Qualquer diagrama que fizermos (de acordo com as premissas) essa conclusão será verdadeira,
tanto no diagrama 1 quanto no diagrama 2, sempre vai ter alguém de fora do desenho.
Logo, teríamos um silogismo!
Silogismo é uma palavra cujo significado é o de cálculo. Etimologicamente, silogismo significa
“reunir com o pensamento” e foi empregado pela primeira vez por Platão (429-348 a.C.). Aqui
o sentido adotado é o de um raciocínio no qual, a partir de proposições iniciais, conclui-se uma
proposição final. Aristóteles (384-346 a.C.) utilizou tal palavra para designar um argumento
composto por duas premissas e uma conclusão.
ALGUM
Conclusões:
Existem elementos em A que são B.
Existem elementos em B que são A.
Existem elementos A que não são B.
Existem elementos B que não estão em A.
358 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico – Quantificadores Lógicos: Todo, Nenhum e Existe – Prof. Edgar Abreu
NENHUM
Vejamos agora as premissas que contém a expressão nenhum ou outro termo equivalente.
Analise o desenho abaixo, que representa o conjunto dos A e B. O que podemos inferir a partir
do desenho?
Conclusões:
Nenhum A é B.
Nenhum B é A.
TODO
Conclusão:
Todo A é B.
Alguns elementos de B é A ou existem B que são A.
www.acasadoconcurseiro.com.br 359
Prova: FGV - 2014 - AL-BA - Téc.Nível Médio
Gabarito: 1. C
360 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico
PARA GABARITAR
www.acasadoconcurseiro.com.br 361
1. Prova: Instituto AOCP – 2014 – UFGD – Analista
de Tecnologia da Informação
362 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico – Negação Todo, Nenhum e Existe – Prof. Edgar Abreu
( ) Certo ( ) Errado
José afirmou: “— Todos os jogadores de futebol que não são ricos jogam
no Brasil ou jogam mal“.
a) Nenhum jogador de futebol que não é rico joga no Brasil ou joga mal.
b) Todos os jogadores de futebol que não jogam no Brasil e não jogam mal.
c) Algum jogador de futebol que não é rico não joga no Brasil e não joga mal.
d) Algum jogador de futebol é rico mas joga no Brasil ou joga mal.
e) Nenhum jogador de futebol que é rico joga no Brasil ou joga mal.
Gabarito: 1. A 2. A 3. Errado 4. C
www.acasadoconcurseiro.com.br 363
Raciocínio Lógico
SILOGISMO
Silogismo Categórico é uma forma de raciocínio lógico na qual há duas premissas e uma
conclusão distinta destas premissas, sendo todas proposições categóricas ou singulares.
Existem casos onde teremos mais de duas premissas.
Devemos sempre considerar as premissas como verdadeira e tentar descobrir o valor lógico de
cada uma das proposições, com objetivo de identificar se a conclusão é ou não verdadeira.
Sempre que possível devemos começar nossa linha de raciocínio por uma proposição simples
ou se for composta conectada pela conjunção “e”.
Abaixo um exemplo de como resolver uma questão envolvendo silogismo.
QUESTÃO COMENTADA
(FCC: BACEN - 2006) Um argumento é composto pelas seguintes premissas:
I – Se as metas de inflação não são reais, então a crise econômica não demorará a
ser superada.
II – Se as metas de inflação são reais, então os superávits primários não serão
fantasioso.
III – Os superávits serão fantasiosos.
Para que o argumento seja válido, a conclusão deve ser:
a) A crise econômica não demorará a ser superada.
b) As metas de inflação são irreais ou os superávits serão fantasiosos.
c) As metas de inflação são irreais e os superávits são fantasiosos.
d) Os superávits econômicos serão fantasiosos.
e) As metas de inflação não são irreais e a crise econômica não demorará a ser
superada.
Solução:
Devemos considerar as premissas como verdadeiras e tentar descobrir o valor
lógico de cada uma das proposições.
Passo 1: Do português para os símbolos lógicos.
I – Se as metas de inflação não são reais, então a crise econômica não demorará a ser superada
~ P →~ Q
II – Se as metas de inflação são reais, então os superávits primários não serão fantasiosos.
~ P →~ R
www.acasadoconcurseiro.com.br 365
PREMISSA 1 PREMISSA 2 PREMISSA 3
VERDADE VERDADE VERDADE
~P→~Q ~P→~R R
Não é possível determinar Não é possível determinar
o valor lógico de P e Q, já o valor lógico de P e Q, já
que existem 3 possibilidades que existem 3 possibilidades CONCLUSÃO: R=V
distintas que torna o distintas que torna o
condicional verdadeiro. condicional verdadeiro.
Vamos testar:
P → ~R P → ~R
F F F V F
V F V F F
Conclusão: Alternativa A
366 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico – Argumento Com Proposições Válido (Silogismo) – Prof. Edgar Abreu
Slides
www.acasadoconcurseiro.com.br 367
368 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico – Argumento Com Proposições Válido (Silogismo) – Prof. Edgar Abreu
www.acasadoconcurseiro.com.br 369
Raciocínio Lógico
QUESTÃO COMENTADA
FCC: TCE-SP – 2010
Considere as seguintes afirmações:
I – Todo escriturário deve ter noções de Matemática.
II – Alguns funcionários do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo são escriturários.
Se as duas afirmações são verdadeiras, então é correto afirmar que:
a) Todo funcionário do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo deve ter noções de
Matemática.
b) Se Joaquim tem noções de Matemática, então ele é escriturário.
c) Se Joaquim é funcionário do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, então ele é
escriturário.
d) Se Joaquim é escriturário, então ele é funcionário do Tribunal de Contas do Estado de São
Paulo.
e) Alguns funcionários do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo podem não ter noções
de Matemática.
Resolução:
Primeiramente vamos representar a primeira premissa.
I – Todo escriturário deve ter noções de Matemática.
www.acasadoconcurseiro.com.br 371
Vejamos uma hipótese para a segunda premissa.
Solução:
Observe que o nosso símbolo representa um funcionário do TCE que não possui noção de
matemática. Logo a conclusão é precipitada.
372 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico – Argumento com Quantificadores Válidos (Silogismo) – Prof. Edgar Abreu
Solução:
O ponto em destaque representa alguém que possui noção de matemática, porém não é
escriturário, logo a conclusão é precipitada e está errada.
Solução:
O ponto em destaque representa alguém que possui é funcionário do TCE, porém não é
escriturário, logo a conclusão é precipitada e está errada.
www.acasadoconcurseiro.com.br 373
Alternativa D: Se Joaquim é escriturário, então ele é funcionário do Tribunal de Contas do
Estado de São Paulo.
Solução:
O ponto em destaque representa alguém que é escriturário, porém não é funcionário do TCE,
logo a conclusão é precipitada e está alternativa está errada.
Alternativa E: Alguns funcionários do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo podem não
ter noções de Matemática.
Solução:
O ponto em destaque representa um funcionário do TCE que não tem noção de matemática,
como a questão afirma que “podem”, logo está correta.
374 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico – Argumento com Quantificadores Válidos (Silogismo) – Prof. Edgar Abreu
www.acasadoconcurseiro.com.br 375
Quais são válidos?
a) Apenas o I.
b) Apenas o II.
c) Apenas o III.
d) Apenas o II e o III.
e) O I, o II e o III.
Gabarito: 1. D 2. D
376 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico
CÓDIGOS E ANAGRAMAS
1. (Prova: FCC – 2014 - TJ-AP – Analista Judiciário) Bruno criou um código secreto para se
comunicar por escrito com seus amigos. A tabela mostra algumas palavras traduzidas para esse
código.
2. (Prova: FCC – 2012 – PREF. São Paulo-SP – Auditor Fiscal) Considere a multiplicação abaixo, em
que letras iguais representam o mesmo dígito e o resultado é um número de 5 algarismos.
A soma (S + O + M + A + R) é igual a:
a) 33.
b) 31.
c) 29.
d) 27.
e) 25.
Gabarito: 1. D 2. D
www.acasadoconcurseiro.com.br 377
Raciocínio Lógico
São comuns as questões de raciocínio lógico que envolva resto de uma divisão. Normalmente
essas questões abordam assuntos relacionados a calendário, múltiplo ou divisores ou qualquer
outra sequência que seja cíclica.
Estas questões são resolvidas todas de forma semelhante, vejamos os exemplos abaixo:
QUESTÃO COMENTADA 1
CESGRANRIO: CAPES – 2008
Em um certo ano, o mês de abril termina em um domingo. É possível determinar o próximo
mês a terminar em um domingo?
a) Sim, será o mês de setembro do mesmo ano.
b) Sim, será o mês de outubro do mesmo ano.
c) Sim, será o mês de dezembro do mesmo ano.
d) Sim, será o mês de janeiro do ano seguinte.
e) Não se pode determinar porque não se sabe se o ano seguinte é bissexto ou não.
Solução:
Sabendo que o mês de Abril possui 30 dias, logo sabemos que dia 30 de abril foi um domingo.
Vamos identificar quantos dias teremos até o último dia de cada mês, assim verificamos se esta
distância é múltipla de 7, já que a semana tem 7 dias e os domingos acontecerão sempre um
número múltiplo de 7 após o dia 30 de Abril:
QUANT. DIAS DO
MÊS DIAS ATÉ 30/04 MÚLTIPLO DE 7
MÊS
MAIO 31 31 NÃO
JUNHO 30 61 NÃO
JULHO 31 92 NÃO
AGOSTO 31 123 NÃO
SETEMBRO 30 153 NÃO
OUTUBRO 31 184 NÃO
NOVEMBRO 30 214 NÃO
DEZEMBRO 31 245 SIM (245/7 = 35)
Solução será dia 31 de Dezembro do mesmo ano, alternativa C.
www.acasadoconcurseiro.com.br 379
QUESTÃO COMENTADA 2
FCC: TST – 2012
Pedro é um atleta que se exercita diariamente. Seu treinador orientou-o a fazer flexões de
braço com a frequência indicada na tabela abaixo:
No dia de seu aniversário, Pedro fez 20 flexões de braço. No dia do aniversário de sua namorada,
260 dias depois do seu, Pedro:
a) não fez flexão.
b) fez 10 flexões.
c) fez 20 flexões.
d) fez 30 flexões.
e) fez 40 flexões.
Solução:
Com Pedro fez 20 flexões em seu aniversário, logo concluímos que caiu em uma quarta-feira.
Devemos descobrir qual o dia da semana será após 260 dias. Primeiramente vamos descobrir
quantas semanas se passaram até este dia, dividindo 260 por 7, já que uma semana tem 7 dias.
260 = 37 (resto 1)
7
Assim sabemos que se passaram 37 semanas e mais um dia.
Como ele fez aniversário na quarta, se somarmos 1 dia temos quinta-feira e o total de flexões
para este dia será de 40, segundo a tabela. Alternativa E
380 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico – Problemas Cíclicos/Calendário e Datas – Prof. Edgar Abreu
a) segunda-feira.
b) quarta-feira.
c) quinta-feira.
d) domingo.
e) terça-feira.
Um ano bissexto possui 366 dias, o que significa que ele é composto por
52 semanas completas mais 2 dias. Se em um determinado ano bissexto
o dia 1º de janeiro caiu em um sábado, então o dia 31 de dezembro cairá
em:
a) um sábado.
b) um domingo.
c) uma 2ª feira.
d) uma 3ª feira.
e) uma 4ª feira.
www.acasadoconcurseiro.com.br 381
Prova(s): FCC - 2013 - DPE-RS - Técnico de Apoio Especializado
Em uma montadora, são pintados, a partir do início de um turno de
produção, 68 carros a cada hora, de acordo com a seguinte sequência de
cores: os 33 primeiros são pintados de prata, os 20 seguintes de preto, os
próximos 8 de branco, os 5 seguintes de azul e os 2 últimos de vermelho.
A cada hora de funcionamento, essa sequência se repete.
a) prata.
b) preta.
c) branca.
d) azul.
e) vermelha.
Gabarito: 1. B 2. B 3. C
382 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico
a) 11.
b) 10.
c) 17.
d) 16.
e) 14.
a) existem nessa cidade duas pessoas com o mesmo número de fios de cabelo.
b) existem nessa cidade pessoas sem nenhum fio de cabelo.
c) existem nessa cidade duas pessoas com quantidades diferentes de fios de
cabelo.
d) o número médio de fios de cabelo por habitante dessa cidade é maior do que
100 mil.
e) somando-se os números de fios de cabelo de todas as pessoas dessa cidade
obtém-se 2 × 1012.
www.acasadoconcurseiro.com.br 383
3. Prova: FCC - 2014 - TRT - 16ª REGIÃO (MA) - Analista Judiciário
Em uma floresta com 1002 árvores, cada árvore tem de 900 a 1900 folhas.
De acordo apenas com essa informação, é correto afirmar que,
necessariamente,
Gabarito: 1. C 2. A 3. A
384 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico
1. (Prova: FCC – 2014 - TRT 2ª Região (SP) – Técnico Judiciário) Um jogo de vôlei entre duas equipes
é ganho por aquela que primeiro vencer três sets, podendo o placar terminar em 3 a 0, 3 a 1 ou
3 a 2. Cada set é ganho pela equipe que atingir 25 pontos, com uma diferença mínima de dois
pontos a seu favor. Em caso de igualdade 24 a 24, o jogo continua até haver uma diferença de
dois pontos (26 a 24, 27 a 25, e assim por diante). Em caso de igualdade de sets 2 a 2, o quinto
e decisivo set é jogado até os 15 pontos, também devendo haver uma diferença mínima de dois
pontos. Dessa forma, uma equipe pode perder um jogo de vôlei mesmo fazendo mais pontos
do que a equipe adversária, considerando-se a soma dos pontos de todos os sets da partida. O
número total de pontos da equipe derrotada pode superar o da equipe vencedora, em até:
a) 47 pontos.
b) 44 pontos.
c) 50 pontos.
d) 19 pontos.
e) 25 pontos.
Gabarito: 1. B 2. D 3. Errado
www.acasadoconcurseiro.com.br 385
Raciocínio Lógico
2. (Prova: FCC – 2014 – SABESP – Tecnólogo) Partindo de um ponto inicial A, Laura caminhou 4 km
para leste, 2 km para sul, 3 km para leste, 6 km para norte, 6 km para oeste e, finalmente, 1 km
para sul, chegando no ponto B. Artur partiu do mesmo ponto A de Laura percorrendo X km para
norte e 1 km para a direção Y, chegando no mesmo ponto B em que Laura chegou. Sendo Y uma
das quatro direções da rosa dos ventos (norte, sul, leste ou oeste), X e Y são, respectivamente,
a) 6 e sul.
b) 2 e norte.
c) 4 e oeste.
d) 3 e leste.
e) 4 e leste.
3. (Prova: FCC – 2014 – TRF 3ª Região – Técnico Judiciário) Partindo do ponto A, um automóvel
percorreu 4,5 km no sentido Leste; percorreu 2,7 km no sentido Sul; percorreu 7,1 km no
sentido Leste; percorreu 3,4 km no sentido Norte; percorreu 8,7 km no sentido Oeste; percorreu
4,8 km no sentido Norte; percorreu 5,4 km no sentido Oeste; per- correu 7,2 km no sentido
Sul, percorreu 0,7 km no sentido Leste; percorreu 5,9 km no sentido Sul; percorreu 1,8 km no
sentido Leste e parou. A distância entre o ponto em que o automóvel parou e o ponto A, inicial,
é igual a :
a) 7,6 km.
b) 14,1 km.
c) 13,4 km.
d) 5,4 km.
e) 0,4 km.
Gabarito: 1. C 2. D 3. A
www.acasadoconcurseiro.com.br 387
Raciocínio Lógico
QUESTÃO COMENTADA
FCC: BACEN – 2006
No quadriculado seguinte os números foram colocados nas células obedecendo a um
determinado padrão.
16 34 27 X
13 19 28 42
29 15 55 66
Solução:
Quando a sequencia se apresenta em tabelas, similares a esta, procure sempre encontrar uma
lógica nas linhas ou nas colunas. A lógica da sequencia desta questão está na relação da linha
três com as linhas 1 e 2.
A linha 3 é a soma das linhas 1 e 2 quando a coluna for impar e a subtração das linhas 1 e 2
quando a coluna for par, note:
www.acasadoconcurseiro.com.br 389
Coluna 1: 16 + 13 = 29
Coluna 2: 34 - 19 = 15
Coluna 3: 27 + 28 = 55
Logo a coluna 4, que é par, teremos uma subtração:
x – 42 = 66 => x = 66 + 42 = 108
Alternativa A
QUESTÃO COMENTADA 2
FCC : TRT – 2011
Na sequência de operações seguinte, os produtos obtidos obedecem a determinado padrão.
1x1=1
11 x 11 = 121
111 x 111 = 12.321
1.111 x 1111 = 1.234.321
11.111 x 11.111 = 123.454.321
Assim sendo, é correto afirmar que, ao se efetuar 111 111 111 × 111 111 111, obtém-se um
número cuja soma dos algarismos está compreendida entre:
a) 85 e 100.
b) 70 e 85.
c) 55 e 70.
d) 40 e 55.
e) 25 e 40.
Solução:
Note que o termo centra do resultado da multiplicação é sempre a quantidade de número 1
que estamos multiplicando, conforme destacado na tabela abaixo:
1x1 1
11 x 11 121
111 x 111 12. 321
1. 111 x 1. 111 1. 234. 321
11. 111 x 11. 111 123. 454. 321
Perceba também que o resultado da multiplicação é formado por um número que começa com
1 e vai até a quantidade de números 1 que tem a multiplicação e depois começa a reduzir até o
número 1 de volta.
390 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico – Números – Prof. Edgar Abreu
Logo a multiplicação de 111 111 111 × 111 111 111 temos 9 números 1, assim o resultado
certamente será composto pelo número 12345678 9 87654321. Agora basta apenas somar os
algarismos e encontra como resposta o número 81, alternativa B.
QUESTÃO COMENTADA 3
CESGRANRIO: TCE/RO – 2007
O sistema binário de numeração, só se utilizam os algarismos 0 e 1. Os números naturais,
normalmente representados na base decimal, podem ser também escritos na base binária
como mostrado:
DECIMAL BINÁRIO
0 0
1 1
2 10
3 11
4 100
5 101
6 110
7 111
De acordo com esse padrão lógico, o número 15 na base decimal, ao ser representado na base
binária, corresponderá a:
a) 1000
b) 1010
c) 1100
d) 1111
e) 10000
Solução:
No sistema decimal que conhecemos, cada vez que conhecemos, a cada 10 de uma casa
decimal forma-se outra casa decimal. Exemplo: 10 unidades é igual uma dezena, 10 dezenas é
igual a uma centena e assim sucessivamente.
Já no sistema binário, a lógica é a mesma, porém a cada 2 unidades iremos formar uma nova
casa decimal. Assim para transformar um número decimal em binário, basta dividirmos este
número sucessivamente por dois e analisar sempre o resto, conforme exemplo abaixo.
Transformando 6 em binário:
6 / 2 = 3 (resto zero, logo zero irá ocupar primeira casa binária).
www.acasadoconcurseiro.com.br 391
3 / 2 = 1 (resto 1, logo o 1 do resto irá ocupar a segunda casa binária enquanto o 1 quociente da
divisão irá ocupar a terceira casa binária).
Resultado: 110
Para saber se está certo, basta resolver a seguinte multiplicação:
110 = 1 x 2² + 1 x 2¹ + 0 x 20 = 4 + 2 + 0 = 6
Utilizando esta linha de raciocínio temos que:
15 / 2 = 7 (resto 1)
7 / 2 = 3 (resto 1)
3 / 2 = 1 (resto 1)
Logo o número será 1111, Alternativa D
a) 144.
b) 169.
c) 196.
d) 225.
e) 256.
392 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico – Números – Prof. Edgar Abreu
a) 27.
b) 28.
c) 29.
d) 30.
e) 31.
www.acasadoconcurseiro.com.br 393
3. Completando corretamente esse quadro de acordo
com tal critério, a soma dos números que estão
faltando é:
a) 4596.
b) 22954.
c) 4995.
d) 22996.
e) 5746.
Gabarito: 1. B 2. C 3. A 4. A
394 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico
IMAGENS E FIGURAS
a)
b)
c)
d)
e)
www.acasadoconcurseiro.com.br 395
2. Prova: FCC – 2012 – TST – Téc. Judiciário
Marina possui um jogo de montar composto por várias peças quadradas,
todas de mesmo tamanho. A única forma de juntar duas peças é unindo-as
de modo que elas fiquem com um único lado em comum. Juntando-se três
dessas peças, é possível formar apenas dois tipos diferentes de figuras,
mostradas abaixo.
a) 4.
b) 5.
c) 6.
d) 7.
e) 8.
396 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico – Imagens e Figuras – Prof. Edgar Abreu
a) 64.
b) 96.
c) 112.
d) 144.
e) 168.
www.acasadoconcurseiro.com.br 397
Gabarito
1. B 2. B 3. C
398 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico
LETRAS
2. (Prova: FCC – 2014 – TJ-AP – Técnico Judiciário) Cada termo da sequência a seguir é formado
por seis vogais:
(AAAEEI; EEEIIO; IIIOOU; OOOUUA; UUUAAE; AAAEEI; EEEIIO; . . . )
Mantido o mesmo padrão de formação da sequência, se forem escritos os 12º, 24º, 36º e 45º
termos, o número de vezes que a vogal U será escrita nesses termos é igual a
a) 1
b) 6
c) 5
d) 2
e) 3
www.acasadoconcurseiro.com.br 399
a) 03_56C.
b) 04_57C
c) 04_56C.
d) 03_56B.
e) 04_56ª.
Gabarito: 1. A 2. C 3. A
400 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional
www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional
1o 2o
3o 4o
TÍTULO I
Dos Princípios Fundamentais
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem
como fundamentos:
I – a soberania;
II – a cidadania;
III – a dignidade da pessoa humana;
IV – os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V – o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de
representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
www.acasadoconcurseiro.com.br 403
Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o
Judiciário.
Legislativo
Executivo
Típica
Judiciário
Legislativo
Executivo
Atípica
Judiciário
404 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Dos Princípios Fundamentais (Art. 001 a 004) – Prof. André Vieira
GAR
ERRA
www.acasadoconcurseiro.com.br 405
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes
princípios:
I – independência nacional;
II – prevalência dos direitos humanos;
III – autodeterminação dos povos;
IV – não-intervenção;
V – igualdade entre os Estados;
VI – defesa da paz;
VII – solução pacífica dos conflitos;
VIII – repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IX – cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
X – concessão de asilo político.
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política,
social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-
americana de nações.
A IN DA
NÃO
CON PRE I
RE CO S
406 www.acasadoconcurseiro.com.br
Aplicabilidade das Normas Constitucionais
Eficácia
Norma Constitucional
de Eficácia
408
www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Aplicabilidade das Normas Constitucionais – Prof. André Vieira
409
www.acasadoconcurseiro.com.br
410
www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Aplicabilidade das Normas Constitucionais – Prof. André Vieira
411
www.acasadoconcurseiro.com.br
412
www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Aplicabilidade das Normas Constitucionais – Prof. André Vieira
413
www.acasadoconcurseiro.com.br
414
www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Aplicabilidade das Normas Constitucionais – Prof. André Vieira
415
www.acasadoconcurseiro.com.br
A
416
www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Aplicabilidade das Normas Constitucionais – Prof. André Vieira
417
www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional
TÍTULO II
Dos Direitos e Garantias Fundamentais
CAPÍTULO I
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasi-
leiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualda-
de, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano
material, moral ou à imagem;
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos
cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e
militares de internação coletiva;
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica
ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a
cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, indepen-
dentemente de censura ou licença;
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o
direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento
do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante
o dia, por determinação judicial;
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das
comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma
que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal;
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações pro-
fissionais que a lei estabelecer;
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando ne-
cessário ao exercício profissional;
www.acasadoconcurseiro.com.br 419
XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa,
nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, indepen-
dentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada
para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;
XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autoriza-
ção, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento;
XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades sus-
pensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;
XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para re-
presentar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;
XXII - é garantido o direito de propriedade;
XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pú-
blica, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os
casos previstos nesta Constituição;
XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de proprieda-
de particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano;
XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família,
não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produti-
va, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento;
XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas
obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;
XXVIII - são assegurados, nos termos da lei:
a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz
humanas, inclusive nas atividades desportivas;
b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que
participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e associa-
tivas;
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua uti-
lização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de
empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento
tecnológico e econômico do País;
XXX - é garantido o direito de herança;
420
www.acasadoconcurseiro.com.br
Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos – Prof. André Vieira
XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira em
benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei
pessoal do “de cujus”;
XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor;
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particu-
lar, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de respon-
sabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do
Estado;
XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abu-
so de poder;
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento
de situações de interesse pessoal;
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;
XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados:
a) a plenitude de defesa;
b) o sigilo das votações;
c) a soberania dos veredictos;
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal;
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;
XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais;
CRIMES
XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclu-
são, nos termos da lei;
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tor-
tura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes
hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se
omitirem;
XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares,
contra a ordem constitucional e o Estado Democrático;
421
www.acasadoconcurseiro.com.br
3T - 1H
CRIMES INAFIANÇÁVEIS IMPRESCRITÍVEIS INSUSCETÍVÉIS
AGA
Racismo
Tortura
Tráfico
Terrorismo
Hediondos
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano
e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e con-
tra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;
Princípio
422
www.acasadoconcurseiro.com.br
Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos – Prof. André Vieira
PENAS
XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do deli-
to, a idade e o sexo do apenado;
423
www.acasadoconcurseiro.com.br
XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral;
424
www.acasadoconcurseiro.com.br
Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos – Prof. André Vieira
EXTRADIÇÃO
LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, pratica-
do antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes
e drogas afins, na forma da lei;
LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião;
NATURALIZADO
ESTRANGEIRO
425
www.acasadoconcurseiro.com.br
LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo
legal;
LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade
ou o interesse social o exigirem;
PRESO / PRISÃO
LXI - NINGUÉM SERÁ PRESO senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada
de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propria-
mente militar, definidos em lei;
LXII - a PRISÃO de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediata-
mente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada;
LXIII - o PRESO será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-
-lhe assegurada a assistência da família e de advogado;
LXIV - o PRESO TEM DIREITO À IDENTIFICAÇÃO dos responsáveis por sua prisão ou por seu in-
terrogatório policial;
426
www.acasadoconcurseiro.com.br
Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos – Prof. André Vieira
REMÉDIOS
LXVIII - conceder-se-á “habeas-corpus” sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de
sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não ampara-
do por “habeas-corpus” ou “habeas-data”, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de
poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder
Público;
LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:
a) partido político com representação no Congresso Nacional;
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcio-
namento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados;
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora tor-
ne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à
nacionalidade, à soberania e à cidadania;
LXXII - conceder-se-á “habeas-data”:
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes
de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público;
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou
administrativo;
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo
ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa,
ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-
-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insufici-
ência de recursos;
LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso além
do tempo fixado na sentença;
LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei:
a) o registro civil de nascimento;
b) a certidão de óbito;
427
www.acasadoconcurseiro.com.br
LXXVII - são gratuitas as ações de “habeas-corpus” e “habeas-data”, e, na forma da lei, os atos
necessários ao exercício da cidadania.
LXXVIII a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do
processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.
§ 1º - As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata.
§ 2º - Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do
regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República
Federativa do Brasil seja parte.
§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em
cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos
membros, serão equivalentes às emendas constitucionais.
§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha mani-
festado adesão.
428
www.acasadoconcurseiro.com.br
Geração
CAPÍTULO II
DOS DIREITOS SOCIAIS
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte,
o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos
desamparados, na forma desta Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 90, de
2015)
alimentação demais
Direitos sociais
dos trabalhadores
Segurança
www.acasadoconcurseiro.com.br 429
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:
DESTINATÁRIOS DO ART. 7º:
I – relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos
de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;
II – seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;
III – fundo de garantia do tempo de serviço;
IV – salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas
necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde,
lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe
preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;
V – piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;
VI – irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;
VII – garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável;
VIII – décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;
IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
X – proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa;
XI – participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente,
participação na gestão da empresa, conforme definido em lei;
XII – salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos
da lei;
XIII – duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro
semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou
convenção coletiva de trabalho;
XIV – jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento,
salvo negociação coletiva;
XV – repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
XVI – remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por cento à do
normal;
XVII – gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário
normal;
XVIII – licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e
vinte dias;
XIX – licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
430 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Prof. André Vieira
www.acasadoconcurseiro.com.br 431
SEÇÃO II
DOS SERVIDORES PÚBLICOS
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios institui-rão, no âmbito de sua
competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração
pública direta, das autarquias e das fundações públicas. (Vide ADIn 2.135-4)
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios institui-rão conselho de
política de administração e remuneração de pessoal, integrado por servidores designados
pelos respectivos Poderes. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19 de 1998) (Vide
ADIn 2.135-4)
§ 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV,
VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer
requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o exigir.
< 645,00
NUNCA INFERIOR AO MÍNIMO,
para os que percebem remuneração
variável;
432 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Prof. André Vieira
www.acasadoconcurseiro.com.br 433
ANTES DA EC 72
SIDRA FLA
EMPREGADO DOMÉSTICO
434 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Prof. André Vieira
EMPREGADO DOMÉSTICO
www.acasadoconcurseiro.com.br 435
Direitos Regulamentados da Doméstica
FGTS
CARECE AINDA
DE AJUSTES
Dependendo d
regulamento p
Conselho Cura
do FGTS
↓
FGTS
Carece ainda de ajustes
Depende de regulamento
pelo Conselho Curador do FGTS
Observação: O FGTS do empregado doméstico passou a ser exigido a partir da data de:
436 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Prof. André Vieira
Aposentado
www.acasadoconcurseiro.com.br 437
Considerações
438 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Prof. André Vieira
Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade
de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender.
§ 1º A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das
necessidades inadiáveis da comunidade.
§ 2º Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei.
Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores e empregadores nos colegiados dos órgãos
públicos em que seus interesses profissionais ou previdenciários sejam objeto de discussão e
deliberação.
E OU E
www.acasadoconcurseiro.com.br 439
Considerações
440 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Prof. André Vieira
Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição de um representante
destes com a finalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento direto com os empregadores.
Assegurada
Finalidade
www.acasadoconcurseiro.com.br 441
Considerações
442 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional
SEÇÃO II
Das Atribuições do Presidente da República
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
I − nomear e exonerar os Ministros de Estado;
II − exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção superior da administração federal;
III − iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Constituição;
IV − sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos
para sua fiel execução;
V − vetar projetos de lei, total ou parcialmente;
VI − dispor, mediante decreto, sobre:
a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de
despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;
VII − manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes diplomáticos;
VIII − celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso
Nacional;
IX − decretar o estado de defesa e o estado de sítio;
X − decretar e executar a intervenção federal;
XI − remeter mensagem e plano de governo ao Congresso Nacional por ocasião da abertura
da sessão legislativa, expondo a situação do País e solicitando as providências que julgar
necessárias;
XII − conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos
em lei;
XIII − exercer o comando supremo das Forças Armadas, nomear os Comandantes da Marinha,
do Exército e da Aeronáutica, promover seus oficiais-generais e nomeá-los para os cargos que
lhes são privativos;
XIV − nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do Supremo Tribunal Federal
e dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o Procurador-Geral da República,
o presidente e os diretores do banco central e outros servidores, quando determinado em lei;
XV − nomear, observado o disposto no art. 73, os Ministros do Tribunal de Contas da União;
XVI − nomear os magistrados, nos casos previstos nesta Constituição, e o Advogado-Geral da
União;
XVII − nomear membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII;
XVIII − convocar e presidir o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional;
www.acasadoconcurseiro.com.br 443
XIX − declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo Congresso Nacional
ou referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das sessões legislativas, e, nas mesmas
condições, decretar, total ou parcialmente, a mobilização nacional;
XX − celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do Congresso Nacional;
XXI − conferir condecorações e distinções honoríficas;
XXII − permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem
pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente;
XXIII − enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes
orçamentárias e as propostas de orçamento previstos nesta Constituição;
XXIV − prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de sessenta dias após a abertura da
sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior;
XXV − prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei;
XXVI − editar medidas provisórias com força de lei, nos termos do art. 62;
XXVII − exercer outras atribuições previstas nesta Constituição.
Parágrafo único. O Presidente da República poderá delegar as atribuições mencionadas
nos incisos VI, XII e XXV, primeira parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da
República ou ao Advogado-Geral da União, que observarão os limites traçados nas respectivas
delegações.
Delegações
444 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Das Atribuições do Presidente da República – Prof. André Vieira
Para memorizar
www.acasadoconcurseiro.com.br 445
Direito Constitucional
Julgamento de Autoridades
Autoridades do Tribunal de
Crime comum Crime de Responsabilidade
Contas
Membros do TCU
Membros do TCE-TCDF e TCM
SEÇÃO IX
DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da
União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade,
economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo
Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada
Poder.
Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada,
que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos
ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de
natureza pecuniária.
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do
Tribunal de Contas da União, ao qual compete:
I − apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante
parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento;
II − julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e
valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades
instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa
a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público;
III − apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a
qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas
e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento
em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões,
ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato
concessório;
IV − realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal,
de Comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil,
financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos
Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e demais entidades referidas no inciso II;
V − fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a
União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo;
www.acasadoconcurseiro.com.br 447
VI − fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio, acordo,
ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município;
VII − prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas, ou
por qualquer das respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas;
VIII − aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as
sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano
causado ao erário;
IX − assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato
cumprimento da lei, se verificada ilegalidade;
X − sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara
dos Deputados e ao Senado Federal;
XI − representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados.
§ 1º No caso de contrato, o ato de sustação será adotado diretamente pelo Congresso Nacional,
que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis.
§ 2º Se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo de noventa dias, não efetivar as
medidas previstas no parágrafo anterior, o Tribunal decidirá a respeito.
§ 3º As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de
título executivo.
§ 4º O Tribunal encaminhará ao Congresso Nacional, trimestral e anualmente, relatório de suas
atividades.
Art. 72. A Comissão mista permanente a que se refere o art. 166, §1º, diante de indícios de despesas
não autorizadas, ainda que sob a forma de investimentos não programados ou de subsídios não
aprovados, poderá solicitar à autoridade governamental responsável que, no prazo de cinco dias,
preste os esclarecimentos necessários.
§ 1º Não prestados os esclarecimentos, ou considerados estes insuficientes, a Comissão
solicitará ao Tribunal pronunciamento conclusivo sobre a matéria, no prazo de trinta dias.
§ 2º Entendendo o Tribunal irregular a despesa, a Comissão, se julgar que o gasto possa causar
dano irreparável ou grave lesão à economia pública, proporá ao Congresso Nacional sua
sustação.
Art. 73. O Tribunal de Contas da União, integrado por nove Ministros, tem sede no Distrito Federal,
quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo o território nacional, exercendo, no que couber, as
atribuições previstas no art. 96. .
§ 1º Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão nomeados dentre brasileiros que
satisfaçam os seguintes requisitos:
I − mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade;
II − idoneidade moral e reputação ilibada;
III − notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administração
pública;
448 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Da Fiscalização Contábil e Financeira e Orçamentária – Prof. André Vieira
IV − mais de dez anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional que exija os
conhecimentos mencionados no inciso anterior.
§ 2º Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão escolhidos:
I − um terço pelo Presidente da República, com aprovação do Senado Federal, sendo dois
alternadamente dentre auditores e membros do Ministério Público junto ao Tribunal, indicados
em lista tríplice pelo Tribunal, segundo os critérios de antiguidade e merecimento;
II − dois terços pelo Congresso Nacional.
§ 3º Os Ministros do Tribunal de Contas da União terão as mesmas garantias, prerrogativas,
impedimentos, vencimentos e vantagens dos Ministros do Superior Tribunal de Justiça,
aplicando-se-lhes, quanto à aposentadoria e pensão, as normas constantes do art. 40.
§ 4º O auditor, quando em substituição a Ministro, terá as mesmas garantias e impedimentos
do titular e, quando no exercício das demais atribuições da judicatura, as de juiz de Tribunal
Regional Federal.
Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de
controle interno com a finalidade de:
I − avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas
de governo e dos orçamentos da União;
II − comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão
orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem
como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;
III − exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e
haveres da União;
IV − apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
§ 1º Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer
irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de
responsabilidade solidária.
§ 2º Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma
da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União.
Art. 75. As normas estabelecidas nesta seção aplicam-se, no que couber, à organização, composição
e fiscalização dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, bem como dos Tribunais e
Conselhos de Contas dos Municípios.
Parágrafo único. As Constituições estaduais disporão sobre os Tribunais de Contas respectivos,
que serão integrados por sete Conselheiros.
www.acasadoconcurseiro.com.br 449
Composição
Requisitos
TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO
Nomeação
Aprovação
Tipo de aprovação
Importante
Origem
Origem
450 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Da Fiscalização Contábil e Financeira e Orçamentária – Prof. André Vieira
De quem
www.acasadoconcurseiro.com.br 451
CE - Contará com o auxílio de quem?
CE - Atuação auxiliar do CN
TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO
CE - Assinar prazo
CE - Ato de sustação
Natureza do título
Relatório
CI - Responsabilidade solidária
CI - Denúncia popular
452 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Da Fiscalização Contábil e Financeira e Orçamentária – Prof. André Vieira
Sede
Quadro
Equiparação
Subsídio
Aposentadoria
Garantias do auditor
Auditor do TCU no
exercício da função
Auditor do TCU
substituindo
ministro do TCU
www.acasadoconcurseiro.com.br 453
Direito Constitucional
PODER JUDICIÁRIO
Superior Tribunal Federal
Art. 101
Conselho Nacional
de Justiça
Art. 103-B
www.acasadoconcurseiro.com.br 455
Julgamento de Autoridades
Membros do CNJ
Tribunais Superiores
2a instância
Juízes estaduais
(DF e Territórios)
Juízies federais
(do Trabalho e Militares)
Considerações
456 www.acasadoconcurseiro.com.br
Disposições Gerais – Prof. André Vieira
CAPÍTULO III
DO PODER JUDICIÁRIO
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário:
I – o Supremo Tribunal Federal;
I – A o Conselho Nacional de Justiça;
II – o Superior Tribunal de Justiça;
III – os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;
IV – os Tribunais e Juízes do Trabalho;
V – os Tribunais e Juízes Eleitorais;
VI – os Tribunais e Juízes Militares;
VII – os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.
§ 1º O Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justiça e os Tribunais Superiores têm
sede na Capital Federal.
§ 2º O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores têm jurisdição em todo o território
nacional.
Cuidado!
(...) (...)
CNJ
(...) (...)
STF
(...) (...)
TRIBUNAIS SUPERIORES
www.acasadoconcurseiro.com.br 457
Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da
Magistratura, observados os seguintes princípios:
I – ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juiz substituto, mediante concurso público
de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as fases,
exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e obedecendo-
se, nas nomeações, à ordem de classificação;
Cargo inicial
Ingresso
OAB
Requisitos
Prazo
458 www.acasadoconcurseiro.com.br
Disposições Gerais – Prof. André Vieira
Entrância Instância
≠
Promoção dos Magistrados
Entrância
www.acasadoconcurseiro.com.br 459
Classificação dos Juízes
Entrância
para
entrância
Juíz
de
1 grau
o
III – o acesso aos tribunais de segundo grau far-se-á por antiguidade e merecimento,
alternadamente, apurados na última ou única entrância;
IV – previsão de cursos oficiais de preparação, aperfeiçoamento e promoção de magistrados,
constituindo etapa obrigatória do processo de vitaliciamento a participação em curso oficial ou
reconhecido por escola nacional de formação e aperfeiçoamento de magistrados;
V – o subsídio dos Ministros dos Tribunais Superiores corresponderá a noventa e cinco por cento
do subsídio mensal fixado para os Ministros do Supremo Tribunal Federal e os subsídios dos
demais magistrados serão fixados em lei e escalonados, em nível federal e estadual, conforme
as respectivas categorias da estrutura judiciária nacional, não podendo a diferença entre uma e
outra ser superior a dez por cento ou inferior a cinco por cento, nem exceder a noventa e cinco
por cento do subsídio mensal dos Ministros dos Tribunais Superiores, obedecido, em qualquer
caso, o disposto nos arts. 37, XI, e 39, § 4º;
Teto
460 www.acasadoconcurseiro.com.br
Disposições Gerais – Prof. André Vieira
Residirá
www.acasadoconcurseiro.com.br 461
Art. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do
Distrito Federal e Territórios será composto de membros, do Ministério Público, com mais de dez
anos de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez
anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação
das respectivas classes.
Parágrafo único. Recebidas as indicações, o tribunal formará lista tríplice, enviando-a ao Poder
Executivo, que, nos vinte dias subsequentes, escolherá um de seus integrantes para nomeação.
STF CNJ
462 www.acasadoconcurseiro.com.br
Disposições Gerais – Prof. André Vieira
Institucionais
Garantias do
judiciário
Funcionais
ou de órgãos
www.acasadoconcurseiro.com.br 463
Art. 96. Compete privativamente:
I – aos tribunais:
a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos internos, com observância das
normas de processo e das garantias processuais das partes, dispondo sobre a competência e o
funcionamento dos respectivos órgãos jurisdicionais e administrativos;
b) organizar suas secretarias e serviços auxiliares e os dos juízos que lhes forem vinculados,
velando pelo exercício da atividade correicional respectiva;
c) prover, na forma prevista nesta Constituição, os cargos de juiz de carreira da respectiva
jurisdição;
d) propor a criação de novas varas judiciárias;
e) prover, por concurso público de provas, ou de provas e títulos, obedecido o disposto no art.
169, parágrafo único, os cargos necessários à administração da Justiça, exceto os de confiança
assim definidos em lei;
f) conceder licença, férias e outros afastamentos a seus membros e aos juízes e servidores que
lhes forem imediatamente vinculados;
II – ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores e aos Tribunais de Justiça propor ao
Poder Legislativo respectivo, observado o disposto no art. 169:
a) a alteração do número de membros dos tribunais inferiores;
b) a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus serviços auxiliares e dos juízos que
lhes forem vinculados, bem como a fixação do subsídio de seus membros e dos juízes, inclusive
dos tribunais inferiores, onde houver;
c) a criação ou extinção dos tribunais inferiores;
d) a alteração da organização e da divisão judiciárias;
III – aos Tribunais de Justiça julgar os juízes estaduais e do Distrito Federal e Territórios, bem
como os membros do Ministério Público, nos crimes comuns e de responsabilidade, ressalvada
a competência da Justiça Eleitoral.
Considerações
464 www.acasadoconcurseiro.com.br
Disposições Gerais – Prof. André Vieira
Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo
órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do
Poder Público.
Reserva de plenário
www.acasadoconcurseiro.com.br 465
Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados criarão:
I – juizados especiais, providos por juízes togados, ou togados e leigos, competentes para a
conciliação, o julgamento e a execução de causas cíveis de menor complexidade e infrações
penais de menor potencial ofensivo, mediante os procedimentos oral e sumariíssimo,
permitidos, nas hipóteses previstas em lei, a transação e o julgamento de recursos por turmas
de juízes de primeiro grau;
Juizados especiais
II – justiça de paz, remunerada, composta de cidadãos eleitos pelo voto direto, universal e
secreto, com mandato de quatro anos e competência para, na forma da lei, celebrar casamentos,
verificar, de ofício ou em face de impugnação apresentada, o processo de habilitação e exercer
atribuições conciliatórias, sem caráter jurisdicional, além de outras previstas na legislação.
Justiça de paz
§ 1º Lei federal disporá sobre a criação de juizados especiais no âmbito da Justiça Federal.
§ 2º As custas e emolumentos serão destinados exclusivamente ao custeio dos serviços afetos
às atividades específicas da Justiça.
466 www.acasadoconcurseiro.com.br
Disposições Gerais – Prof. André Vieira
Proposta orçamentária
§ 1o
§ 2o
§ 3o
§ 4o
§ 5o
www.acasadoconcurseiro.com.br 467
Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital e Municipais,
em virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação
dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas
nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim.
§ 1º Os débitos de natureza alimentícia compreendem aqueles decorrentes de salários,
vencimentos, proventos, pensões e suas complementações, benefícios previdenciários e
indenizações por morte ou por invalidez, fundadas em responsabilidade civil, em virtude de
sentença judicial transitada em julgado, e serão pagos com preferência sobre todos os demais
débitos, exceto sobre aqueles referidos no § 2º deste artigo.
§ 2º Os débitos de natureza alimentícia cujos titulares tenham 60 (sessenta) anos de idade
ou mais na data de expedição do precatório, ou sejam portadores de doença grave, definidos
na forma da lei, serão pagos com preferência sobre todos os demais débitos, até o valor
equivalente ao triplo do fixado em lei para os fins do disposto no § 3º deste artigo, admitido o
fracionamento para essa finalidade, sendo que o restante será pago na ordem cronológica de
apresentação do precatório.
§ 3º O disposto no caput deste artigo relativamente à expedição de precatórios não se aplica
aos pagamentos de obrigações definidas em leis como de pequeno valor que as Fazendas
referidas devam fazer em virtude de sentença judicial transitada em julgado.
§ 4º Para os fins do disposto no § 3º, poderão ser fixados, por leis próprias, valores distintos às
entidades de direito público, segundo as diferentes capacidades econômicas, sendo o mínimo
igual ao valor do maior benefício do regime geral de previdência social.
§ 5º É obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de direito público, de verba necessária
ao pagamento de seus débitos, oriundos de sentenças transitadas em julgado, constantes de
precatórios judiciários apresentados até 1º de julho, fazendo-se o pagamento até o final do
exercício seguinte, quando terão seus valores atualizados monetariamente.
§ 6º As dotações orçamentárias e os créditos abertos serão consignados diretamente ao Poder
Judiciário, cabendo ao Presidente do Tribunal que proferir a decisão exequenda determinar
o pagamento integral e autorizar, a requerimento do credor e exclusivamente para os casos
de preterimento de seu direito de precedência ou de não alocação orçamentária do valor
necessário à satisfação do seu débito, o sequestro da quantia respectiva.
§ 7º O Presidente do Tribunal competente que, por ato comissivo ou omissivo, retardar ou
tentar frustrar a liquidação regular de precatórios incorrerá em crime de responsabilidade e
responderá, também, perante o Conselho Nacional de Justiça.
§ 8º É vedada a expedição de precatórios complementares ou suplementares de valor pago, bem
como o fracionamento, repartição ou quebra do valor da execução para fins de enquadramento
de parcela do total ao que dispõe o § 3º deste artigo.
§ 9º No momento da expedição dos precatórios, independentemente de regulamentação,
deles deverá ser abatido, a título de compensação, valor correspondente aos débitos líquidos
e certos, inscritos ou não em dívida ativa e constituídos contra o credor original pela Fazenda
Pública devedora, incluídas parcelas vincendas de parcelamentos, ressalvados aqueles cuja
execução esteja suspensa em virtude de contestação administrativa ou judicial.
468 www.acasadoconcurseiro.com.br
Disposições Gerais – Prof. André Vieira
§ 10. Antes da expedição dos precatórios, o Tribunal solicitará à Fazenda Pública devedora, para
resposta em até 30 (trinta) dias, sob pena de perda do direito de abatimento, informação sobre
os débitos que preencham as condições estabelecidas no § 9º, para os fins nele previstos.
§ 11. É facultada ao credor, conforme estabelecido em lei da entidade federativa devedora,
a entrega de créditos em precatórios para compra de imóveis públicos do respectivo ente
federado.
§ 12. A partir da promulgação desta Emenda Constitucional, a atualização de valores de
requisitórios, após sua expedição, até o efetivo pagamento, independentemente de sua
natureza, será feita pelo índice oficial de remuneração básica da caderneta de poupança, e, para
fins de compensação da mora, incidirão juros simples no mesmo percentual de juros incidentes
sobre a caderneta de poupança, ficando excluída a incidência de juros compensatórios.
§ 13. O credor poderá ceder, total ou parcialmente, seus créditos em precatórios a terceiros,
independentemente da concordância do devedor, não se aplicando ao cessionário o disposto
nos §§ 2º e 3º.
§ 14. A cessão de precatórios somente produzirá efeitos após comunicação, por meio de petição
protocolizada, ao tribunal de origem e à entidade devedora.
§ 15. Sem prejuízo do disposto neste artigo, lei complementar a esta Constituição Federal
poderá estabelecer regime especial para pagamento de crédito de precatórios de Estados,
Distrito Federal e Municípios, dispondo sobre vinculações à receita corrente líquida e forma e
prazo de liquidação.
§ 16. A seu critério exclusivo e na forma de lei, a União poderá assumir débitos, oriundos de
precatórios, de Estados, Distrito Federal e Municípios, refinanciando-os diretamente.
Considerações
www.acasadoconcurseiro.com.br 469
Conceito
Ordem
Caráter alimentar
Condição
PRECATÓRIOS
Novos beneficiários
RPV
Habilitação
Preterição da ordem
Tipo de crime
470 www.acasadoconcurseiro.com.br
Disposições Gerais – Prof. André Vieira
Compensação de precatório
Índice de atualização
Cessão de precatórios
Refinanciamento de precatórios
Importante
www.acasadoconcurseiro.com.br 471
Direito Constitucional
Seção II
DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
Art. 101. O Supremo Tribunal Federal compõe-se de onze Ministros, escolhidos dentre cidadãos
com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade, de notável saber jurídico e
reputação ilibada.
Parágrafo único. Os Ministros do Supremo Tribunal Federal serão nomeados pelo Presidente
da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal.
www.acasadoconcurseiro.com.br 473
Composição Nomeação
Requisitos
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
Importante
Crimes
474 www.acasadoconcurseiro.com.br
Do Supremo Tribunal Federal – Prof. André Vieira
Estadual
LEI OU ATO NORMATIVO
Federal
ADI
Estadual
Federal
ADC
www.acasadoconcurseiro.com.br 475
d) o HABEAS CORPUS, sendo paciente qualquer das pessoas referidas nas alíneas anteriores;
o MANDADO DE SEGURANÇA e o HABEAS DATA contra atos do Presidente da República, das
Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do
Procurador-Geral da República e do próprio Supremo Tribunal Federal;
HABEAS CORPUS
476 www.acasadoconcurseiro.com.br
Do Supremo Tribunal Federal – Prof. André Vieira
Litígio
e) o litígio entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e a União, o Estado,
o Distrito Federal ou o Território;
Cuidado!
RO _________________
f) as causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União e o Distrito Federal, ou entre uns
e outros, inclusive as respectivas entidades da administração indireta;
Causas e os conflitos
www.acasadoconcurseiro.com.br 477
n) a ação em que todos os membros da magistratura sejam direta ou indiretamente
interessados, e aquela em que mais da metade dos membros do tribunal de origem estejam
impedidos ou sejam direta ou indiretamente interessados;
MANDADO DE INJUNÇÃO
478 www.acasadoconcurseiro.com.br
Do Supremo Tribunal Federal – Prof. André Vieira
4 HC MS HD MI
pelos
4
1a Condição
2a Condição
b) o crime político;
Competência originária
Competência em R.O.
www.acasadoconcurseiro.com.br 479
III – julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância,
quando a decisão recorrida:
a) contrariar dispositivo desta Constituição;
b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal;
c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição.
d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal.
Palavra-chave REX
Considerações
480 www.acasadoconcurseiro.com.br
Do Supremo Tribunal Federal – Prof. André Vieira
Legitimados especiais
www.acasadoconcurseiro.com.br 481
I – o Presidente da República;
II – a Mesa do Senado Federal;
III – a Mesa da Câmara dos Deputados;
IV – a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal;
V – o Governador de Estado ou do Distrito Federal;
VI – o Procurador-Geral da República;
VII – o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VIII – partido político com representação no Congresso Nacional;
IX – confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
§ 1º O Procurador-Geral da República deverá ser previamente ouvido nas ações de
inconstitucionalidade e em todos os processos de competência do Supremo Tribunal Federal.
§ 2º Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma
constitucional, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências
necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias.
§ 3º Quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma
legal ou ato normativo, citará, previamente, o Advogado-Geral da União, que defenderá o ato
ou texto impugnado.
Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão
de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar
súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos
demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal,
estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida
em lei.
§ 1º A súmula terá por objetivo a validade, a interpretação e a eficácia de normas determinadas,
acerca das quais haja controvérsia atual entre órgãos judiciários ou entre esses e a administração
pública que acarrete grave insegurança jurídica e relevante multiplicação de processos sobre
questão idêntica.
§ 2º Sem prejuízo do que vier a ser estabelecido em lei, a aprovação, revisão ou cancelamento
de súmula poderá ser provocada por aqueles que podem propor a ação direta de
inconstitucionalidade.
§ 3º Do ato administrativo ou decisão judicial que contrariar a súmula aplicável ou que
indevidamente a aplicar, caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal que, julgando-a
procedente, anulará o ato administrativo ou cassará a decisão judicial reclamada, e determinará
que outra seja proferida com ou sem a aplicação da súmula, conforme o caso.
482 www.acasadoconcurseiro.com.br
Do Supremo Tribunal Federal – Prof. André Vieira
Objetivo
Tipo de aprovação
Discussão
SÚMULA VINCULANTE
Publicização
Tipo de efeito
Frente a quem
Esferas
Revisão
Desrespeito a SV
Dirigido a quem
www.acasadoconcurseiro.com.br 483
Art. 103-B. O Conselho Nacional de Justiça compõe-se de 15 (quinze) membros com mandato de 2
(dois) anos, admitida 1 (uma) recondução, sendo:
ORIGEM – CNJ
(3) (2)
(3) (2)
(3) (2)
484 www.acasadoconcurseiro.com.br
Do Supremo Tribunal Federal – Prof. André Vieira
www.acasadoconcurseiro.com.br 485
§ 5º O Ministro do Superior Tribunal de Justiça exercerá a função de Ministro-Corregedor e
ficará excluído da distribuição de processos no Tribunal, competindo-lhe, além das atribuições
que lhe forem conferidas pelo Estatuto da Magistratura, as seguintes:
I – receber as reclamações e denúncias, de qualquer interessado, relativas aos magistrados e
aos serviços judiciários;
II – exercer funções executivas do Conselho, de inspeção e de correição geral;
III – requisitar e designar magistrados, delegando-lhes atribuições, e requisitar servidores de
juízos ou tribunais, inclusive nos Estados, Distrito Federal e Territórios.
§ 6º Junto ao Conselho oficiarão o Procurador-Geral da República e o Presidente do Conselho
Federal da Ordem dos Advogados do Brasil.
§ 7º A União, inclusive no Distrito Federal e nos Territórios, criará ouvidorias de justiça,
competentes para receber reclamações e denúncias de qualquer interessado contra membros
ou órgãos do Poder Judiciário, ou contra seus serviços auxiliares, representando diretamente
ao Conselho Nacional de Justiça.
Considerações
486 www.acasadoconcurseiro.com.br
Do Supremo Tribunal Federal – Prof. André Vieira
Composição
Quem preside
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA
Aprovação
Tipo de aprovação
Sede
Jurisdição
Mandato
Recondução
www.acasadoconcurseiro.com.br 487
Em ausência de indicação, quem procede
Relatório estatístico
Ouvidorias
Particularidades
Quem oficia
Importante
488 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional
SEÇÃO III
DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Art. 104. O Superior Tribunal de Justiça compõe-se de, no mínimo, trinta e três Ministros.
Parágrafo único. Os Ministros do Superior Tribunal de Justiça serão nomeados pelo Presidente
da República, dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos, de
notável saber jurídico e reputação ilibada, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta
do Senado Federal, sendo:
I – um terço dentre juízes dos Tribunais Regionais Federais e um terço dentre desembargadores
dos Tribunais de Justiça, indicados em lista tríplice elaborada pelo próprio Tribunal;
II – um terço, em partes iguais, dentre advogados e membros do Ministério Público Federal,
Estadual, do Distrito Federal e Territórios, alternadamente, indicados na forma do art. 94.
www.acasadoconcurseiro.com.br 489
Composição Nomeação
Requisitos
Importante
Crimes
490 www.acasadoconcurseiro.com.br
Do Superior Tribunal de Justiça – Prof. André Vieira
www.acasadoconcurseiro.com.br 491
b) os MANDADOS DE SEGURANÇA e os HABEAS DATA contra ato de Ministro de Estado, dos
Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio Tribunal;
c) os habeas corpus, quando o coator ou paciente for qualquer das pessoas mencionadas
na alínea a, ou quando o coator for tribunal sujeito à sua jurisdição, Ministro de Estado ou
Comandante da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, ressalvada a competência da Justiça
Eleitoral;
HABEAS CORPUS
492 www.acasadoconcurseiro.com.br
Do Superior Tribunal de Justiça – Prof. André Vieira
MANDADO DE INJUNÇÃO
www.acasadoconcurseiro.com.br 493
II – julgar, em recurso ordinário:
a) os habeas corpus decididos em única ou última instância pelos Tribunais Regionais Federais ou
pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão for denegatória;
b) os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais Regionais Federais
ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão;
HC pelos
Condição
2 Condição
2 MS pelos
Condição
Condição
Competência originária
R.O.
494 www.acasadoconcurseiro.com.br
Do Superior Tribunal de Justiça – Prof. André Vieira
III – julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos
Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios,
quando a decisão recorrida:
a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência;
b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal;
c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal.
Palavra-chave RESP
Funcionarão
1 2
www.acasadoconcurseiro.com.br 495
Direito Constitucional
SEÇÃO IV
DOS TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS E DOS JUÍZES FEDERAIS
Art. 106. São órgãos da Justiça Federal:
I – os Tribunais Regionais Federais;
II – os Juízes Federais.
www.acasadoconcurseiro.com.br 497
Composição Nomeação
Requisitos
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL
Importante
Origem
Crimes
498 www.acasadoconcurseiro.com.br
Dos Tribunais Regionais e dos Juízes Federais – Prof. André Vieira
Art. 107. Os Tribunais Regionais Federais compõem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados,
quando possível, na respectiva região e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros
com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos, sendo:
I – um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e
membros do Ministério Público Federal com mais de dez anos de carreira;
II – os demais, mediante promoção de juízes federais com mais de cinco anos de exercício, por
antiguidade e merecimento, alternadamente.
§ 1º A lei disciplinará a remoção ou a permuta de juízes dos Tribunais Regionais Federais e
determinará sua jurisdição e sede.
www.acasadoconcurseiro.com.br 499
Art. 108. Compete aos Tribunais Regionais Federais:
I – processar e julgar, originariamente:
a) os juízes federais da área de sua jurisdição, incluídos os da Justiça Militar e da Justiça do
Trabalho, nos crimes comuns e de responsabilidade, e os membros do Ministério Público da
União, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral;
500 www.acasadoconcurseiro.com.br
Dos Tribunais Regionais e dos Juízes Federais – Prof. André Vieira
MS / HD
HC – COATOR
JUÍZES
VINCULADOS
JUÍZES
NÃO VINCULADOS
II – julgar, em grau de recurso, as causas decididas pelos juízes federais e pelos juízes estaduais
no exercício da competência federal da área de sua jurisdição.
www.acasadoconcurseiro.com.br 501
Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:
I – as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem
interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de
acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho;
II – as causas entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e Município ou pessoa
domiciliada ou residente no País;
III – as causas fundadas em tratado ou contrato da União com Estado estrangeiro ou organismo
internacional;
IV – os crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços
ou interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas, excluídas as
contravenções e ressalvada a competência da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral;
V – os crimes previstos em tratado ou convenção internacional, quando, iniciada a execução no
País, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente;
V-A – as causas relativas a direitos humanos a que se refere o § 5º deste artigo;
VI – os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por lei, contra o
sistema financeiro e a ordem econômico-financeira;
VII – os habeas corpus, em matéria criminal de sua competência ou quando o constrangimento
provier de autoridade cujos atos não estejam diretamente sujeitos a outra jurisdição;
VIII – os mandados de segurança e os habeas data contra ato de autoridade federal, excetuados
os casos de competência dos tribunais federais;
IX – os crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves, ressalvada a competência da Justiça
Militar;
X – os crimes de ingresso ou permanência irregular de estrangeiro, a execução de carta
rogatória, após o exequatur, e de sentença estrangeira, após a homologação, as causas
referentes à nacionalidade, inclusive a respectiva opção, e à naturalização;
502 www.acasadoconcurseiro.com.br
Dos Tribunais Regionais e dos Juízes Federais – Prof. André Vieira
§ 1º As causas em que a UNIÃO FOR AUTORA serão aforadas na seção judiciária onde tiver
domicílio a outra parte.
§ 2º As causas intentadas CONTRA A UNIÃO poderão ser aforadas na seção judiciária em que
for domiciliado o autor, naquela onde houver ocorrido o ato ou fato que deu origem à demanda
ou onde esteja situada a coisa, ou, ainda, no Distrito Federal.
FOR AUTORA
§ 1º UNIÃO
§ 2º CONTRA A
UNIÃO
www.acasadoconcurseiro.com.br 503
§ 3º Serão processadas e julgadas na JUSTIÇA ESTADUAL, no foro do domicílio dos segurados
ou beneficiários, as causas em que forem parte instituição de previdência social e segurado,
sempre que a COMARCA NÃO SEJA SEDE DE VARA DO JUÍZO FEDERAL, e, se verificada essa
condição, a lei poderá permitir que outras causas sejam também processadas e julgadas pela
justiça estadual.
§ 4º NA HIPÓTESE DO PARÁGRAFO ANTERIOR, o RECURSO cabível será sempre para o Tribunal
Regional Federal na área de jurisdição do juiz de primeiro grau.
Foro
JUSTIÇA JUSTIÇA
FEDERAL ESTADUAL
Causas
Cuidado! Recurso:
504 www.acasadoconcurseiro.com.br
Dos Tribunais Regionais e dos Juízes Federais – Prof. André Vieira
Art. 110. Cada Estado, bem como o Distrito Federal, constituirá uma seção judiciária que terá por
sede a respectiva Capital, e varas localizadas segundo o estabelecido em lei.
Parágrafo único. Nos Territórios Federais, a jurisdição e as atribuições cometidas aos juízes
federais caberão aos juízes da justiça local, na forma da lei.
CHICO MENDES foi assassinado na porta de sua casa, no dia 22 de dezembro de 1988.
http://www.suapesquisa.com/biografias/chico_mendes.htm
DOROTHY MAE STANG foi assassinada no dia 12 de fevereiro de 2005.
http://noticias.cancaonova.com/noticia.php?id=231191
MANOEL BEZERRA DE MATTOS foi assassinado em janeiro de 2009, no Município de Pitimbú/PB.
http://global.org.br/programas/um-ano-da-morte-de-manoel-mattos/
INCIDENTE DE DESLOCAMENTO DE COMPETÊNCIA (IDC). A Emenda Constitucional nº 45,
de 30 de dezembro de 2004, criou um novo instituto jurídico, conhecido como incidente
de deslocamento de competência, aplicável nas hipóteses de graves violações de direitos
humanos, permitindo a transferência de inquérito ou ação judicial à Justiça Federal.
http://jus.com.br/revista/texto/17761/o-incidente-de-deslocamento-de-competencia
Considerações
www.acasadoconcurseiro.com.br 505
Considerações
506 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional
1 2
Defesa do Estado Defesa do cidadão
A Art.
B Art.
A Art.
2 B Art.
C Art.
www.acasadoconcurseiro.com.br 507
Ministério Público
Natureza
CAPÍTULO IV
DAS FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA
SEÇÃO I
DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado,
incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e
individuais indisponíveis.
Ministério Público
Estadual
508 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Do Ministério Público – Prof. André Vieira
Princípios
Institucionais
§ 2º Ao MinistérioCuidado!
Público é assegurada autonomia funcional e administrativa, podendo,
observado o disposto no art. 169, propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de seus
cargos e serviços auxiliares, provendo-os por concurso público de provas ou de provas e
títulos, a política remuneratória e os planos de carreira; a lei disporá sobre sua organização e
funcionamento.
Autonomia
§ 3º O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos
na lei de diretrizes orçamentárias.
§ 4º Se o Ministério Público não encaminhar a respectiva proposta orçamentária dentro do
prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins
de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei orçamentária
vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados na forma do § 3º.
§ 5º Se a proposta orçamentária de que trata este artigo for encaminhada em desacordo com
os limites estipulados na forma do § 3º, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários
para fins de consolidação da proposta orçamentária anual.
§ 6º Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de
despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de
diretrizes orçamentárias, exceto se previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos
suplementares ou especiais.
www.acasadoconcurseiro.com.br 509
Proposta Orçamentária
510 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Do Ministério Público – Prof. André Vieira
Ministério Público
Organograma
CNMP
MPU MPE
www.acasadoconcurseiro.com.br 511
§ 1º O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República, nomeado
pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos,
após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para
mandato de dois anos, permitida a recondução.
§ 2º A destituição do Procurador-Geral da República, por iniciativa do Presidente da República,
deverá ser precedida de autorização da maioria absoluta do Senado Federal.
§ 3º Os Ministérios Públicos dos Estados e o do Distrito Federal e Territórios formarão lista
tríplice dentre integrantes da carreira, na forma da lei respectiva, para escolha de seu
Procurador-Geral, que será nomeado pelo Chefe do Poder Executivo, para mandato de dois
anos, permitida uma recondução.
§ 4º Os Procuradores-Gerais nos Estados e no Distrito Federal e Territórios poderão ser
destituídos por deliberação da maioria absoluta do Poder Legislativo, na forma da lei
complementar respectiva.
Chefe
Nomeação
Aprovação
Tipo de Aprovação
Requisitos
Mandato
Recondução
Destituição
512 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Do Ministério Público – Prof. André Vieira
§ 5º Leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada aos respectivos
Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de cada
Ministério Público, observadas, relativamente a seus membros:
I – as seguintes garantias:
a) vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por sentença
judicial transitada em julgado;
b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão colegiado
competente do Ministério Público, pelo voto da maioria absoluta de seus membros, assegurada
ampla defesa;
c) irredutibilidade de subsídio, fixado na forma do art. 39, § 4º, e ressalvado o disposto nos arts.
37, X e XI, 150, II, 153, III, 153, § 2º, I;
II - as seguintes vedações:
a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas
processuais;
b) exercer a advocacia;
c) participar de sociedade comercial, na forma da lei;
d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de magistério;
e) exercer atividade político-partidária;
f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades
públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei.
§ 6º Aplica-se aos membros do Ministério Público o disposto no art. 95, parágrafo único, V.
Ministério Público
1 2
Garantias Vedações
www.acasadoconcurseiro.com.br 513
Vedações
95, P. Ú 128, § , 5o
514 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Do Ministério Público – Prof. André Vieira
Ministério Público
Estadual
www.acasadoconcurseiro.com.br 515
Ingresso na carreria
OAB
Prazo de bacharelado
Distribuição de processos
Art. 130. Aos membros do Ministério Público junto aos Tribunais de Contas aplicam-se as disposições
desta seção pertinentes a direitos, vedações e forma de investidura.
Art. 130-A. O Conselho Nacional do Ministério Público compõe-se de quatorze membros nomeados
pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado
Federal, para um mandato de dois anos, admitida uma recondução, sendo:
I - o Procurador-Geral da República, que o preside;
II - quatro membros do Ministério Público da União, assegurada a representação de cada uma
de suas carreiras;
III - três membros do Ministério Público dos Estados;
IV - dois juízes, indicados um pelo Supremo Tribunal Federal e outro pelo Superior Tribunal de
Justiça;
V - dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VI - dois cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela Câmara dos
Deputados e outro pelo Senado Federal.
§ 1º Os membros do Conselho oriundos do Ministério Público serão indicados pelos respectivos
Ministérios Públicos, na forma da lei.
§ 2º Compete ao Conselho Nacional do Ministério Público o controle da atuação administrativa
e financeira do Ministério Público e do cumprimento dos deveres funcionais de seus membros,
cabendo-lhe:
I - zelar pela autonomia funcional e administrativa do Ministério Público, podendo expedir atos
regulamentares, no âmbito de sua competência, ou recomendar providências;
516 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Do Ministério Público – Prof. André Vieira
Origem - CNMP
(1) (2)
(2) (7)
(0) (2)
www.acasadoconcurseiro.com.br 517
CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO Composição
Quem preside
Nomeação
Aprovação
Tipo de aprovação
Mandato
Recondução
518 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Do Ministério Público – Prof. André Vieira
Processos disciplinares
Ouvidorias
Corregedor Nacional
Particularidade
Quem oficia
Origem - CNMP
(1) (2)
(2) (7)
(0) (2)
www.acasadoconcurseiro.com.br 519
Direito Constitucional
SEÇÃO II
DA ADVOCACIA PÚBLICA
Art. 131. A Advocacia-Geral da União é a instituição que, diretamente ou através de órgão
vinculado, representa a União, judicial e extrajudicial-mente, cabendo-lhe, nos termos da LEI
COMPLEMENTAR que dispuser sobre sua organização e funcionamento, as atividades de consultoria
e as-sessoramento jurídico do Poder Executivo.
§ 1º A Advocacia-Geral da União tem por chefe o Advogado-Geral da União, de livre nomeação
pelo Presidente da República dentre cidadãos maiores de trinta e cinco anos, de notável saber
jurídico e reputação ilibada.
§ 2º O ingresso nas classes iniciais das carreiras da instituição de que trata este artigo far-se-á
mediante concurso público de provas e títulos.
§ 3º Na execução da dívida ativa de natureza tributária, a representação da União cabe à
PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL, observado o disposto em lei.
AGU / Atribuições
Advocacia Pública
União
Estado
Distrito Federal
Município
www.acasadoconcurseiro.com.br 521
Chefe
Requisitos
Nomeação
Aprovação
Ingresso
OAB
Delegações
STATUS
522 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Da Advocacia Pública – Prof. André Vieira
Crimes
Crimes
Procuradores
Procurador-Geral da Fazenda Nacional / atribuições
www.acasadoconcurseiro.com.br 523
Organizados
Ingressos
OAB
Atribuições
Prazo de bacharelado
Vitalicidade Estabilidade
PROCURADORES
Condição
524 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional
Seção III
DA ADVOCACIA
Art. 133. O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e
manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei.
Advogado
Condições
1
2
www.acasadoconcurseiro.com.br 525
Seção IV
DA DEFENSORIA PÚBLICA
Art. 134. A Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado,
incumbindo-lhe, como expressão e instrumento do regime democrático, fundamentalmente, a
orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e
extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma integral e gratuita, aos necessitados, na
forma do inciso LXXIV do art. 5º desta Constituição Federal.
§ 1º Lei complementar organizará a Defensoria Pública da União e do Distrito Federal e dos
Territórios e prescreverá normas gerais para sua organização nos Estados, em cargos de
carreira, providos, na classe inicial, mediante concurso público de provas e títulos, assegurada
a seus integrantes a garantia da inamovibilidade e vedado o exercício da advocacia fora das
atribuições institucionais.
§ 2º Às Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas autonomia funcional e administrativa
e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes
orçamentárias e subordinação ao disposto no art. 99, § 2º.
§ 3º Aplica-se o disposto no § 2º às Defensorias Públicas da União e do Distrito Federal.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 74, de 2013)
§ 4º São princípios institucionais da Defensoria Pública a unidade, a indivisibilidade e a
independência funcional, aplicando-se também, no que couber, o disposto no art. 93 e no
inciso II do art. 96 desta Constituição Federal."(NR)
Defensoria Pública
Incumbência
Jurisdição
Vias
526 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Prof. André Vieira
Forma
A Quem
Ingresso
Garantia
Vedação
Proposta Orçamentária
Princípios Institucionais
www.acasadoconcurseiro.com.br 527
Regra do Art. 93
Subsídio
OAB
Art. 135. Os servidores integrantes das carreiras disciplinadas nas Seções II e III deste Capítulo serão
remunerados na forma do art. 39, § 4º.
528 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional
www.acasadoconcurseiro.com.br 529
pregado que mora no local de trabalho nele V – 10 (dez) dias, para a duração do traba-
permaneça não serão computados como lho semanal superior a 5 (cinco) horas, até
horário de trabalho. 10 (dez) horas;
§ 8º O trabalho não compensado prestado VI – 8 (oito) dias, para a duração do trabalho
em domingos e feriados deve ser pago em semanal igual ou inferior a 5 (cinco) horas.
dobro, sem prejuízo da remuneração relati-
va ao repouso semanal. Art. 4º É facultada a contratação, por prazo de-
terminado, do empregado doméstico:
Art. 3º Considera-se trabalho em regime de
tempo parcial aquele cuja duração não exceda I – mediante contrato de experiência;
25 (vinte e cinco) horas semanais. II – para atender necessidades familiares
§ 1º O salário a ser pago ao empregado sob de natureza transitória e para substituição
regime de tempo parcial será proporcional temporária de empregado doméstico com
a sua jornada, em relação ao empregado contrato de trabalho interrompido ou sus-
que cumpre, nas mesmas funções, tempo penso.
integral. Parágrafo único. No caso do inciso II deste
§ 2º A duração normal do trabalho do em- artigo, a duração do contrato de trabalho é
pregado em regime de tempo parcial po- limitada ao término do evento que motivou
derá ser acrescida de horas suplementares, a contratação, obedecido o limite máximo
em número não excedente a 1 (uma) hora de 2 (dois) anos.
diária, mediante acordo escrito entre em- Art. 5º O contrato de experiência não poderá
pregador e empregado, aplicando-se-lhe, exceder 90 (noventa) dias.
ainda, o disposto nos §§ 2º e 3º do art. 2º,
com o limite máximo de 6 (seis) horas diá- § 1º O contrato de experiência poderá ser
rias. prorrogado 1 (uma) vez, desde que a soma
dos 2 (dois) períodos não ultrapasse 90 (no-
§ 3º Na modalidade do regime de tempo venta) dias.
parcial, após cada período de 12 (doze) me-
ses de vigência do contrato de trabalho, o § 2º O contrato de experiência que, haven-
empregado terá direito a férias, na seguinte do continuidade do serviço, não for prorro-
proporção: gado após o decurso de seu prazo previa-
mente estabelecido ou que ultrapassar o
I – 18 (dezoito) dias, para a duração do tra- período de 90 (noventa) dias passará a vi-
balho semanal superior a 22 (vinte e duas) gorar como contrato de trabalho por prazo
horas, até 25 (vinte e cinco) horas; indeterminado.
II – 16 (dezesseis) dias, para a duração do Art. 6º Durante a vigência dos contratos pre-
trabalho semanal superior a 20 (vinte) ho- vistos nos incisos I e II do art. 4º, o empregador
ras, até 22 (vinte e duas) horas; que, sem justa causa, despedir o empregado é
III – 14 (quatorze) dias, para a duração do obrigado a pagar-lhe, a título de indenização,
trabalho semanal superior a 15 (quinze) ho- metade da remuneração a que teria direito até
ras, até 20 (vinte) horas; o termo do contrato.
IV – 12 (doze) dias, para a duração do traba- Art. 7º Durante a vigência dos contratos previs-
lho semanal superior a 10 (dez) horas, até tos nos incisos I e II do art. 4º, o empregado não
15 (quinze) horas; poderá se desligar do contrato sem justa causa,
sob pena de ser obrigado a indenizar o empre-
530 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Lei Complementar nº 150/2015 – Lei do Trabalhador Doméstico – Prof. André Vieira
gador dos prejuízos que desse fato lhe resulta- nado à prévia existência de acordo escrito
rem. entre as partes.
Parágrafo único. A indenização não poderá § 2º A remuneração-hora do serviço em
exceder aquela a que teria direito o empre- viagem será, no mínimo, 25% (vinte e cinco
gado em idênticas condições. por cento) superior ao valor do salário-hora
normal.
Art. 8º Durante a vigência dos contratos previs-
tos nos incisos I e II do art. 4º, não será exigido § 3º O disposto no § 2º deste artigo poderá
aviso prévio. ser, mediante acordo, convertido em acrés-
cimo no banco de horas, a ser utilizado a
Art. 9º A Carteira de Trabalho e Previdência So- critério do empregado.
cial será obrigatoriamente apresentada, contra
recibo, pelo empregado ao empregador que o Art. 12. É obrigatório o registro do horário de
admitir, o qual terá o prazo de 48 (quarenta e trabalho do empregado doméstico por qualquer
oito) horas para nela anotar, especificamente, a meio manual, mecânico ou eletrônico, desde
data de admissão, a remuneração e, quando for que idôneo.
o caso, os contratos previstos nos incisos I e II
do art. 4º. Art. 13. É obrigatória a concessão de intervalo
para repouso ou alimentação pelo período de,
Art. 10. É facultado às partes, mediante acordo no mínimo, 1 (uma) hora e, no máximo, 2 (duas)
escrito entre essas, estabelecer horário de tra- horas, admitindo-se, mediante prévio acordo
balho de 12 (doze) horas seguidas por 36 (trinta escrito entre empregador e empregado, sua re-
e seis) horas ininterruptas de descanso, obser- dução a 30 (trinta) minutos.
vados ou indenizados os intervalos para repou-
so e alimentação. § 1º Caso o empregado resida no local de
trabalho, o período de intervalo poderá ser
§ 1º A remuneração mensal pactuada pelo desmembrado em 2 (dois) períodos, des-
horário previsto no caput deste artigo de que cada um deles tenha, no mínimo, 1
abrange os pagamentos devidos pelo des- (uma) hora, até o limite de 4 (quatro) horas
canso semanal remunerado e pelo descan- ao dia.
so em feriados, e serão considerados com-
pensados os feriados e as prorrogações de § 2º Em caso de modificação do intervalo,
trabalho noturno, quando houver, de que na forma do § 1º, é obrigatória a sua ano-
tratam o art. 70 e o § 5º do art. 73 da Con- tação no registro diário de horário, vedada
solidação das Leis do Trabalho (CLT), apro- sua prenotação.
vada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de Art. 14. Considera-se noturno, para os efeitos
maio de 1943, e o art. 9º da Lei nº 605, de 5 desta Lei, o trabalho executado entre as 22 ho-
de janeiro de 1949. ras de um dia e as 5 horas do dia seguinte.
§ 2º (VETADO). § 1º A hora de trabalho noturno terá dura-
Art. 11. Em relação ao empregado responsável ção de 52 (cinquenta e dois) minutos e 30
por acompanhar o empregador prestando ser- (trinta) segundos.
viços em viagem, serão consideradas apenas as § 2º A remuneração do trabalho noturno
horas efetivamente trabalhadas no período, po- deve ter acréscimo de, no mínimo, 20%
dendo ser compensadas as horas extraordiná- (vinte por cento) sobre o valor da hora diur-
rias em outro dia, observado o art. 2º. na.
§ 1º O acompanhamento do empregador § 3º Em caso de contratação, pelo emprega-
pelo empregado em viagem será condicio- dor, de empregado exclusivamente para de-
www.acasadoconcurseiro.com.br 531
sempenhar trabalho noturno, o acréscimo § 6º As férias serão concedidas pelo empre-
será calculado sobre o salário anotado na gador nos 12 (doze) meses subsequentes à
Carteira de Trabalho e Previdência Social. data em que o empregado tiver adquirido o
direito.
§ 4º Nos horários mistos, assim entendidos
os que abrangem períodos diurnos e notur- Art. 18. É vedado ao empregador doméstico
nos, aplica-se às horas de trabalho noturno efetuar descontos no salário do empregado por
o disposto neste artigo e seus parágrafos. fornecimento de alimentação, vestuário, higie-
ne ou moradia, bem como por despesas com
Art. 15. Entre 2 (duas) jornadas de trabalho transporte, hospedagem e alimentação em caso
deve haver período mínimo de 11 (onze) horas de acompanhamento em viagem.
consecutivas para descanso.
§ 1º É facultado ao empregador efetuar
Art. 16. É devido ao empregado doméstico des- descontos no salário do empregado em
canso semanal remunerado de, no mínimo, 24 caso de adiantamento salarial e, mediante
(vinte e quatro) horas consecutivas, preferen- acordo escrito entre as partes, para a inclu-
cialmente aos domingos, além de descanso re- são do empregado em planos de assistência
munerado em feriados. médico-hospitalar e odontológica, de segu-
Art. 17. O empregado doméstico terá direito a ro e de previdência privada, não podendo a
férias anuais remuneradas de 30 (trinta) dias, dedução ultrapassar 20% (vinte por cento)
salvo o disposto no § 3º do art. 3º, com acrésci- do salário.
mo de, pelo menos, um terço do salário normal, § 2º Poderão ser descontadas as despesas
após cada período de 12 (doze) meses de traba- com moradia de que trata o caput deste ar-
lho prestado à mesma pessoa ou família. tigo quando essa se referir a local diverso da
§ 1º Na cessação do contrato de trabalho, residência em que ocorrer a prestação de
o empregado, desde que não tenha sido serviço, desde que essa possibilidade tenha
demitido por justa causa, terá direito à re- sido expressamente acordada entre as par-
muneração relativa ao período incompleto tes.
de férias, na proporção de um doze avos § 3º As despesas referidas no caput des-
por mês de serviço ou fração superior a 14 te artigo não têm natureza salarial nem se
(quatorze) dias. incorporam à remuneração para quaisquer
§ 2º O período de férias poderá, a critério efeitos.
do empregador, ser fracionado em até 2 § 4º O fornecimento de moradia ao empre-
(dois) períodos, sendo 1 (um) deles de, no gado doméstico na própria residência ou
mínimo, 14 (quatorze) dias corridos. em morada anexa, de qualquer natureza,
§ 3º É facultado ao empregado doméstico não gera ao empregado qualquer direito de
converter um terço do período de férias a posse ou de propriedade sobre a referida
que tiver direito em abono pecuniário, no moradia.
valor da remuneração que lhe seria devida Art. 19. Observadas as peculiaridades do traba-
nos dias correspondentes. lho doméstico, a ele também se aplicam as Leis
§ 4º O abono de férias deverá ser requerido nº 605, de 5 de janeiro de 1949, nº 4.090, de 13
até 30 (trinta) dias antes do término do pe- de julho de 1962, nº 4.749, de 12 de agosto de
ríodo aquisitivo. 1965, e nº 7.418, de 16 de dezembro de 1985,
e, subsidiariamente, a Consolidação das Leis do
§ 5º É lícito ao empregado que reside no lo- Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº
cal de trabalho nele permanecer durante as 5.452, de 1º de maio de 1943.
férias.
532 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Lei Complementar nº 150/2015 – Lei do Trabalhador Doméstico – Prof. André Vieira
Art. 20. O empregado doméstico é segurado § 3º Os valores previstos no caput serão de-
obrigatório da Previdência Social, sendo-lhe de- positados na conta vinculada do emprega-
vidas, na forma da Lei nº 8.213, de 24 de julho do, em variação distinta daquela em que se
de 1991, as prestações nela arroladas, atendido encontrarem os valores oriundos dos depó-
o disposto nesta Lei e observadas as caracterís- sitos de que trata o inciso IV do art. 34 desta
ticas especiais do trabalho doméstico. Lei, e somente poderão ser movimentados
por ocasião da rescisão contratual.
Art. 21. É devida a inclusão do empregado do-
méstico no Fundo de Garantia do Tempo de § 4º À importância monetária de que trata
Serviço (FGTS), na forma do regulamento a ser o caput, aplicam-se as disposições da Lei nº
editado pelo Conselho Curador e pelo agente 8.036, de 11 de maio de 1990, e da Lei nº
operador do FGTS, no âmbito de suas compe- 8.844, de 20 de janeiro de 1994, inclusive
tências, conforme disposto nos arts. 5º e 7º da quanto a sujeição passiva e equiparações,
Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990, inclusive prazo de recolhimento, administração, fis-
no que tange aos aspectos técnicos de depósi- calização, lançamento, consulta, cobrança,
tos, saques, devolução de valores e emissão de garantias, processo administrativo de deter-
extratos, entre outros determinados na forma minação e exigência de créditos tributários
da lei. federais.
Parágrafo único. O empregador doméstico Art. 23. Não havendo prazo estipulado no con-
somente passará a ter obrigação de promo- trato, a parte que, sem justo motivo, quiser res-
ver a inscrição e de efetuar os recolhimen- cindi-lo deverá avisar a outra de sua intenção.
tos referentes a seu empregado após a en- § 1º O aviso prévio será concedido na pro-
trada em vigor do regulamento referido no porção de 30 (trinta) dias ao empregado
caput. que conte com até 1 (um) ano de serviço
Art. 22. O empregador doméstico depositará a para o mesmo empregador.
importância de 3,2% (três inteiros e dois déci- § 2º Ao aviso prévio previsto neste artigo,
mos por cento) sobre a remuneração devida, no devido ao empregado, serão acrescidos 3
mês anterior, a cada empregado, destinada ao (três) dias por ano de serviço prestado para
pagamento da indenização compensatória da o mesmo empregador, até o máximo de 60
perda do emprego, sem justa causa ou por cul- (sessenta) dias, perfazendo um total de até
pa do empregador, não se aplicando ao empre- 90 (noventa) dias.
gado doméstico o disposto nos §§ 1º a 3º do art.
18 da Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990. § 3º A falta de aviso prévio por parte do
empregador dá ao empregado o direito aos
§ 1º Nas hipóteses de dispensa por justa salários correspondentes ao prazo do aviso,
causa ou a pedido, de término do contrato garantida sempre a integração desse perío-
de trabalho por prazo determinado, de apo- do ao seu tempo de serviço.
sentadoria e de falecimento do empregado
www.acasadoconcurseiro.com.br 533
§ 4º A falta de aviso prévio por parte do em- § 2º O benefício do seguro-desemprego
pregado dá ao empregador o direito de des- será cancelado, sem prejuízo das demais
contar os salários correspondentes ao prazo sanções cíveis e penais cabíveis:
respectivo.
I – pela recusa, por parte do trabalhador de-
§ 5º O valor das horas extraordinárias habi- sempregado, de outro emprego condizente
tuais integra o aviso prévio indenizado. com sua qualificação registrada ou declara-
da e com sua remuneração anterior;
Art. 24. O horário normal de trabalho do em-
pregado durante o aviso prévio, quando a resci- II – por comprovação de falsidade na pres-
são tiver sido promovida pelo empregador, será tação das informações necessárias à habili-
reduzido de 2 (duas) horas diárias, sem prejuízo tação;
do salário integral.
III – por comprovação de fraude visando à
Parágrafo único. É facultado ao empregado percepção indevida do benefício do seguro-
trabalhar sem a redução das 2 (duas) horas -desemprego; ou
diárias previstas no caput deste artigo, caso
em que poderá faltar ao serviço, sem preju- IV – por morte do segurado.
ízo do salário integral, por 7 (sete) dias cor- Art. 27. Considera-se justa causa para os efeitos
ridos, na hipótese dos §§ 1º e 2º do art. 23. desta Lei:
Art. 25. A empregada doméstica gestante tem I – submissão a maus tratos de idoso, de
direito a licença-maternidade de 120 (cento e enfermo, de pessoa com deficiência ou de
vinte) dias, sem prejuízo do emprego e do sa- criança sob cuidado direto ou indireto do
lário, nos termos da Seção V do Capítulo III do empregado;
Título III da Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º II – prática de ato de improbidade;
de maio de 1943.
III – incontinência de conduta ou mau pro-
Parágrafo único. A confirmação do estado cedimento;
de gravidez durante o curso do contrato de
IV – condenação criminal do empregado
trabalho, ainda que durante o prazo do avi-
transitada em julgado, caso não tenha havi-
so prévio trabalhado ou indenizado, garante
do suspensão da execução da pena;
à empregada gestante a estabilidade provi-
sória prevista na alínea “b” do inciso II do V – desídia no desempenho das respectivas
art. 10 do Ato das Disposições Constitucio- funções;
nais Transitórias.
VI – embriaguez habitual ou em serviço;
Art. 26. O empregado doméstico que for dis-
pensado sem justa causa fará jus ao benefí- VII – (VETADO);
cio do seguro-desemprego, na forma da Lei nº VIII – ato de indisciplina ou de insubordina-
7.998, de 11 de janeiro de 1990, no valor de 1 ção;
(um) salário-mínimo, por período máximo de 3
(três) meses, de forma contínua ou alternada. IX – abandono de emprego, assim conside-
rada a ausência injustificada ao serviço por,
§ 1º O benefício de que trata o caput será pelo menos, 30 (trinta) dias corridos;
concedido ao empregado nos termos do
regulamento do Conselho Deliberativo do X – ato lesivo à honra ou à boa fama ou
Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat). ofensas físicas praticadas em serviço contra
qualquer pessoa, salvo em caso de legítima
defesa, própria ou de outrem;
534 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Lei Complementar nº 150/2015 – Lei do Trabalhador Doméstico – Prof. André Vieira
www.acasadoconcurseiro.com.br 535
dos por meio do Simples Doméstico, observa- termos do art. 24 da Lei nº 8.212, de 24 de
das as disposições do art. 21 desta Lei. julho de 1991;
§ 1º O ato conjunto a que se refere o caput III – 0,8% (oito décimos por cento) de con-
deverá dispor também sobre o sistema ele- tribuição social para financiamento do se-
trônico de registro das obrigações trabalhis- guro contra acidentes do trabalho;
tas, previdenciárias e fiscais e sobre o cálcu-
lo e o recolhimento dos tributos e encargos IV – 8% (oito por cento) de recolhimento
trabalhistas vinculados ao Simples Domésti- para o FGTS;
co. V – 3,2% (três inteiros e dois décimos por
§ 2º As informações prestadas no sistema cento), na forma do art. 22 desta Lei; e
eletrônico de que trata o § 1º: VI – imposto sobre a renda retido na fonte
I – têm caráter declaratório, constituindo de que trata o inciso I do art. 7º da Lei nº
instrumento hábil e suficiente para a exi- 7.713, de 22 de dezembro de 1988, se inci-
gência dos tributos e encargos trabalhistas dente.
delas resultantes e que não tenham sido § 1º As contribuições, os depósitos e o im-
recolhidos no prazo consignado para paga- posto arrolados nos incisos I a VI incidem
mento; e sobre a remuneração paga ou devida no
II – deverão ser fornecidas até o vencimen- mês anterior, a cada empregado, incluída na
to do prazo para pagamento dos tributos e remuneração a gratificação de Natal a que
encargos trabalhistas devidos no Simples se refere a Lei nº 4.090, de 13 de julho de
Doméstico em cada mês, relativamente aos 1962, e a Lei nº 4.749, de 12 de agosto de
fatos geradores ocorridos no mês anterior. 1965.
536 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Lei Complementar nº 150/2015 – Lei do Trabalhador Doméstico – Prof. André Vieira
Art. 35. O empregador doméstico é obrigado a “Art. 19. Acidente do trabalho é o que
pagar a remuneração devida ao empregado do- ocorre pelo exercício do trabalho a ser-
méstico e a arrecadar e a recolher a contribui- viço de empresa ou de empregador do-
ção prevista no inciso I do art. 34, assim como a méstico ou pelo exercício do trabalho
arrecadar e a recolher as contribuições, os de- dos segurados referidos no inciso VII
pósitos e o imposto a seu cargo discriminados do art. 11 desta Lei, provocando lesão
nos incisos II, III, IV, V e VI do caput do art. 34, corporal ou perturbação funcional que
até o dia 7 do mês seguinte ao da competência. cause a morte ou a perda ou redução,
permanente ou temporária, da capaci-
§ 1º Os valores previstos nos incisos I, II, III dade para o trabalho.
e VI do caput do art. 34 não recolhidos até
a data de vencimento sujeitar-se-ão à inci- ............................................................” (NR)
dência de encargos legais na forma prevista “Art. 21-A. A perícia médica do Instituto
na legislação do imposto sobre a renda. Nacional do Seguro Social (INSS) consi-
§ 2º Os valores previstos nos incisos IV e derará caracterizada a natureza aciden-
V, referentes ao FGTS, não recolhidos até a tária da incapacidade quando constatar
data de vencimento serão corrigidos e terão ocorrência de nexo técnico epidemio-
a incidência da respectiva multa, conforme lógico entre o trabalho e o agravo, de-
a Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990. corrente da relação entre a atividade da
empresa ou do empregado doméstico
e a entidade mórbida motivadora da
incapacidade elencada na Classifica-
CAPÍTULO III ção Internacional de Doenças (CID), em
DA LEGISLAÇÃO conformidade com o que dispuser o re-
gulamento.
PREVIDENCIÁRIA E TRIBUTÁRIA
§ 2º A empresa ou o empregador doméstico
Art. 36. O inciso V do art. 30 da Lei nº 8.212, de poderão requerer a não aplicação do nexo
24 de julho de 1991, passa a vigorar com a se- técnico epidemiológico, de cuja decisão
guinte redação: caberá recurso, com efeito suspensivo, da
“Art.30.................................................... empresa, do empregador doméstico ou do
segurado ao Conselho de Recursos da Previ-
V – o empregador doméstico é obrigado dência Social.” (NR)
a arrecadar e a recolher a contribuição do
segurado empregado a seu serviço, assim “Art. 22. A empresa ou o empregador
como a parcela a seu cargo, até o dia 7 do doméstico deverão comunicar o aciden-
mês seguinte ao da competência; te do trabalho à Previdência Social até
o primeiro dia útil seguinte ao da ocor-
www.acasadoconcurseiro.com.br 537
rência e, em caso de morte, de imedia- ............................................................” (NR)
to, à autoridade competente, sob pena
de multa variável entre o limite mínimo “Art. 35. Ao segurado empregado, in-
e o limite máximo do salário de contri- clusive o doméstico, e ao trabalhador
buição, sucessivamente aumentada nas avulso que tenham cumprido todas as
reincidências, aplicada e cobrada pela condições para a concessão do benefício
Previdência Social. pleiteado, mas não possam comprovar o
valor de seus salários de contribuição no
............................................................” (NR) período básico de cálculo, será concedi-
do o benefício de valor mínimo, deven-
“Art. 27. Para cômputo do período de do esta renda ser recalculada quando da
carência, serão consideradas as contri- apresentação de prova dos salários de
buições: contribuição.” (NR)
I – referentes ao período a partir da data de “Art. 37. A renda mensal inicial, recal-
filiação ao Regime Geral de Previdência So- culada de acordo com o disposto no
cial (RGPS), no caso dos segurados empre- art. 35, deve ser reajustada como a dos
gados, inclusive os domésticos, e dos traba- benefícios correspondentes com igual
lhadores avulsos; data de início e substituirá, a partir da
II – realizadas a contar da data de efetivo data do requerimento de revisão do
pagamento da primeira contribuição sem valor do benefício, a renda mensal que
atraso, não sendo consideradas para este prevalecia até então.” (NR)
fim as contribuições recolhidas com atraso “Art. 38. Sem prejuízo do disposto no
referentes a competências anteriores, no art. 35, cabe à Previdência Social man-
caso dos segurados contribuinte individual, ter cadastro dos segurados com todos
especial e facultativo, referidos, respectiva- os informes necessários para o cálculo
mente, nos incisos V e VII do art. 11 e no da renda mensal dos benefícios.” (NR)
art. 13.” (NR)
“Art. 63. O segurado empregado, inclu-
“Art. 34. No cálculo do valor da renda sive o doméstico, em gozo de auxílio-
mensal do benefício, inclusive o decor- -doença será considerado pela empresa
rente de acidente do trabalho, serão e pelo empregador doméstico como li-
computados: cenciado.
I – para o segurado empregado, inclusive o ............................................................” (NR)
doméstico, e o trabalhador avulso, os salá-
rios de contribuição referentes aos meses “Art. 65. O salário-família será devido,
de contribuições devidas, ainda que não mensalmente, ao segurado emprega-
recolhidas pela empresa ou pelo emprega- do, inclusive o doméstico, e ao segura-
dor doméstico, sem prejuízo da respectiva do trabalhador avulso, na proporção do
cobrança e da aplicação das penalidades ca- respectivo número de filhos ou equipa-
bíveis, observado o disposto no § 5º do art. rados nos termos do § 2º do art. 16
29-A; desta Lei, observado o disposto no art.
66.
II – para o segurado empregado, inclusive o
doméstico, o trabalhador avulso e o segura- ............................................................” (NR)
do especial, o valor mensal do auxílio-aci-
dente, considerado como salário de contri- “Art.67...................................................
buição para fins de concessão de qualquer
aposentadoria, nos termos do art. 31;
538 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Lei Complementar nº 150/2015 – Lei do Trabalhador Doméstico – Prof. André Vieira
Parágrafo único. O empregado doméstico Art. 40. Será concedido ao empregador domés-
deve apresentar apenas a certidão de nasci- tico o parcelamento dos débitos com o Institu-
mento referida no caput.” (NR) to Nacional do Seguro Social (INSS) relativos à
contribuição de que tratam os arts. 20 e 24 da
“Art. 68. As cotas do salário-família serão Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, com venci-
pagas pela empresa ou pelo empregador mento até 30 de abril de 2013.
doméstico, mensalmente, junto com o
salário, efetivando-se a compensação § 1º O parcelamento abrangerá todos os
quando do recolhimento das contribui- débitos existentes em nome do empregado
ções, conforme dispuser o Regulamento. e do empregador, na condição de contri-
buinte, inclusive débitos inscritos em dívida
§ 1º A empresa ou o empregador doméstico ativa, que poderão ser:
conservarão durante 10 (dez) anos os com-
provantes de pagamento e as cópias das I – pagos com redução de 100% (cem por
certidões correspondentes, para fiscaliza- cento) das multas aplicáveis, de 60% (ses-
ção da Previdência Social. senta por cento) dos juros de mora e de
100% (cem por cento) sobre os valores dos
...........................................................” (NR) encargos legais e advocatícios;
Art. 38. O art. 70 da Lei nº 11.196, de 21 de no- II – parcelados em até 120 (cento e vinte)
vembro de 2005, passa a vigorar com a seguinte vezes, com prestação mínima no valor de R$
redação: 100,00 (cem reais).
“Art.70.................................................... § 2º O parcelamento deverá ser requerido
I – ................................................................ no prazo de 120 (cento e vinte) dias após a
entrada em vigor desta Lei.
d) até o dia 7 do mês subsequente ao mês
de ocorrência dos fatos geradores, no caso § 3º A manutenção injustificada em aberto
de pagamento de rendimentos provenien- de 3 (três) parcelas implicará, após comuni-
tes do trabalho assalariado a empregado cação ao sujeito passivo, a imediata resci-
doméstico; e são do parcelamento e, conforme o caso, o
prosseguimento da cobrança.
e) até o último dia útil do segundo decêndio
do mês subsequente ao mês de ocorrência § 4º Na hipótese de rescisão do parcela-
dos fatos geradores, nos demais casos; mento com o cancelamento dos benefícios
concedidos:
...........................................................” (NR)
I – será efetuada a apuração do valor origi-
nal do débito, com a incidência dos acrésci-
mos legais, até a data de rescisão;
CAPÍTULO IV
II – serão deduzidas do valor referido no
DO PROGRAMA DE inciso I deste parágrafo as parcelas pagas,
RECUPERAÇÃO PREVIDENCIÁRIA com a incidência dos acréscimos legais, até
DOS EMPREGADORES DOMÉSTICOS a data de rescisão.
(REDOM) Art. 41. A opção pelo Redom sujeita o contri-
buinte a:
Art. 39. É instituído o Programa de Recuperação
Previdenciária dos Empregadores Domésticos I – confissão irrevogável e irretratável dos
(Redom), nos termos desta Lei. débitos referidos no art. 40;
www.acasadoconcurseiro.com.br 539
II – aceitação plena e irretratável de todas por alguém de sua família por este designa-
as condições estabelecidas; do.”
III – pagamento regular das parcelas do dé- Art. 45. As matérias tratadas nesta Lei Comple-
bito consolidado, assim como das contri- mentar que não sejam reservadas constitucio-
buições com vencimento posterior a 30 de nalmente a lei complementar poderão ser obje-
abril de 2013. to de alteração por lei ordinária.
Art. 46. Revogam-se o inciso I do art. 3º da Lei
nº 8.009, de 29 de março de 1990, e a Lei nº
CAPÍTULO V 5.859, de 11 de dezembro de 1972.
DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 47. Esta Lei entra em vigor na data de sua
publicação.
Art. 42. É de responsabilidade do empregador o
arquivamento de documentos comprobatórios Brasília, 1º de junho de 2015; 194º da Independên-
do cumprimento das obrigações fiscais, traba- cia e 127º da República.
lhistas e previdenciárias, enquanto essas não DILMA ROUSSEFF
prescreverem.
Marivaldo de Castro Pereira
Art. 43. O direito de ação quanto a créditos re- Tarcísio José Massote de Godoy
sultantes das relações de trabalho prescreve em Manoel Dias
5 (cinco) anos até o limite de 2 (dois) anos após
Carlos Eduardo Gabas
a extinção do contrato de trabalho.
Miguel Rossetto
Art. 44. A Lei nº 10.593, de 6 de dezembro de Giovanni Benigno Pierre da Conceição
2002, passa a vigorar acrescida do seguinte art. Harvey
11-A:
Eleonora Menicucci de Oliveira
“Art. 11-A. A verificação, pelo Auditor- Este texto não substitui o publicado no
-Fiscal do Trabalho, do cumprimento DOU de 2.6.2015.
das normas que regem o trabalho do
empregado doméstico, no âmbito do
domicílio do empregador, dependerá
de agendamento e de entendimento
prévios entre a fiscalização e o empre-
gador.
§ 1º A fiscalização deverá ter natureza prio-
ritariamente orientadora.
§ 2º Será observado o critério de dupla vi-
sita para lavratura de auto de infração, sal-
vo quando for constatada infração por falta
de anotação na Carteira de Trabalho e Pre-
vidência Social ou, ainda, na ocorrência de
reincidência, fraude, resistência ou embara-
ço à fiscalização.
§ 3º Durante a inspeção do trabalho refe-
rida no caput, o Auditor-Fiscal do Trabalho
far-se-á acompanhar pelo empregador ou
540 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional
www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional
DA NACIONALIDADE
www.acasadoconcurseiro.com.br 543
VII – de Ministro de Estado da Defesa (Incluído pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999)
§ 4º Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:
I – tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao
interesse nacional;
II – adquirir outra nacionalidade, salvo no casos: (Redação dada pela Emenda Constitucional de
Revisão nº 3, de 1994)
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; (Incluído pela Emenda
Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado
estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos
civis; (Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil.
§ 1º São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o hino, as armas e o selo
nacionais.
§ 2º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter símbolos próprios.
544 www.acasadoconcurseiro.com.br
Questões
www.acasadoconcurseiro.com.br 545
8. Para aquisição de nacionalidade brasileira c) A lei não pode estabelecer diferenças
pela via ordinária, os originários de países entre brasileiros natos e naturalizados,
de língua portuguesa necessitam: salvo os casos previstos na Constituição;
d) Os cargos de magistrados são privativos
a) Residir na República Federativa do Brasil de brasileiros natos.
por mais de 15 anos ininterruptamente
sem condenação penal; 12. É brasileiro nato:
b) Comprovar haver compatibilidade
entre os critérios do “jus solis” e “jus a) Todos os que nascem no Brasil;
sanguinis”; b) Todos os nascidos no exterior filhos de
c) Residir na República Federativa do pais brasileiros;
Brasil por mais de um ano ininterrupto c) O titular da nacionalidade brasileira
e demonstrar idoneidade moral; primária;
d) Preencher os requisitos previstos em lei d) Os oriundos de país de língua
ordinária. portuguesa que reside no Brasil há
um ano ininterrupto e que não tenha
9. São privativos de brasileiros natos os cargos: condenação penal.
a) De deputado federal; 13. São privativos de brasileiros natos os cargos
b) De carreira diplomática; de:
c) De Presidente do Banco Central;
d) De Secretário da Receita Federal; a) Presidente e Vice-Presidente da
e) De vereador. República, Presidente da Câmara dos
Deputados, Presidente do Senado
10. O brasileiro nato pode perder a Federal, Ministro do Supremo Tribunal
nacionalidade: Federal; da Carreira Diplomática;
de Oficial das Forças Armadas e de
a) Se alegar imperativo de consciência Ministro de Estado de Defesa;
para se eximir do serviço militar b) Presidente e Vice-Presidente da
obrigatório e se recusar a cumprir pena República; Deputado Federal; Senador
alternativa fixada em lei; da República; Ministro do Supremo
b) Como conseqüência de pena acessória Tribunal Federal; Carreira Diplomática;
se condenado pela prática de crime de Oficial das Forças Armadas e de
inafiançável e imprescritível; Ministro de Estado de Defesa;
c) Se, por imposição de norma estrangeira, c) Presidente e Vice-Presidente da
tiver que adquirir outra nacionalidade República; Presidente da Câmara dos
como condição para permanência em Deputados; Presidente do Senado
território estrangeiro ou para que possa Federal; Ministro do Superior Tribunal
lá exercer os direitos civis; de Justiça; Procurador Geral da
d) Se adquirir outra nacionalidade. República; da Carreira Diplomática;
de Oficial das Forças Armadas e de
11. Assinale a opção correta: Ministro de Estado da Defesa;
a) Em qualquer hipótese, os nascidos em d) Presidente e Vice-Presidente da
território brasileiro são considerados República; de Governador; Ministro do
brasileiros natos; Supremo Tribunal Federal; Ministro do
b) Os cargos da carreira diplomática Superior Tribunal de Justiça, da Carreira
podem ser ocupados por brasileiros Diplomática, de Oficial das Forças
naturalizados; Armadas e de Ministro de Estado de
Defesa.
546 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Da Nacionalidade – Profª Alessandra Vieira
www.acasadoconcurseiro.com.br 547
b) O filho do casal será brasileiro nato, d) Ao adquirir outra nacionalidade
desde que seja registrado em repartição voluntariamente por naturalização.
consular brasileira competente na
Alemanha ou que venha a residir no 21. Sobre nacionalidade é correto afirmar que:
Brasil antes da maioridade e, nesse
caso, opte em qualquer tempo pela a) Nos termos da Constituição, os filhos
nacionalidade brasileira. de brasileiros que não estejam a
c) O filho do casal é considerado brasileiro serviço do Brasil nascidos no exterior
nato, independentemente de qualquer poderão fazer opção pela nacionalidade
condição, uma vez que, apesar de brasileira a qualquer tempo, após
nascido no estrangeiro, é filho de pai e atingida a maioridade;
mãe brasileiros. b) Os portugueses submetidos ao
d) Caso o filho do casal obtenha a condição estado da igualdade se equiparam aos
de brasileiro nato, após atendidos os brasileiros natos;
requisitos estabelecidos na legislação c) A lei poderá estabelecer distinção entre
brasileira, não perderá jamais essa brasileiros natos e naturalizados;
condição, visto que a Constituição e) A Constituição proíbe a extradição de
Federal prevê expressamente que brasileiro nato ou naturalizado.
nenhum brasileiro nato pode perder a
nacionalidade brasileira. 22. Guerra, prefeito do Município de Pelotas,
e) Caso o filho do casal obtenha a edita um decreto no qual isenta os
condição de brasileiro naturalizado, brasileiros natos do recolhimento do I.S.S.
ainda assim poderá ter a sua Tal procedimento está correto?
naturalização cancelada, por sentença a) Sim, uma vez que se trata de imposto
judicial, mas somente em decorrência de competência exclusiva do Município;
de crime comum, praticado antes b) Não, por ser matéria de competência
da naturalização, ou de comprovado de lei estadual;
envolvimento em tráfico ilícito de c) Não, porque a lei não pode estabelecer
entorpecentes. distinção entre brasileiros natos e
naturalizados;
19. O cancelamento da naturalização em razão d) Sim, porque na hipótese, há autorização
do exercício de atividades contrárias ao expressa na Constituição Federal;
interesse nacional, dar-se-á por: e) Sim, porque se trata de lei municipal
a) Decreto do Presidente da República; sobre matéria discricionária.
b) Sentença Judicial com trânsito em
julgado; 23. O art. 12, § 2º da Constituição Federal
c) Ato do Ministro das Relações Exteriores; estabelece que não poderá haver distinção
d) Ato do Governo Estrangeiro. entre brasileiro nato e naturalizado, a não
ser que tal distinção esteja prevista:
20. O brasileiro nato pode perder a a) na própria Constituição;
nacionalidade: b) em lei complementar;
a) Por sentença judicial que cancele a c) em lei ordinária;
naturalização; d) na Constituição Estadual;
b) Em razão de extradição; e) em lei delegada.
c) Se contratado por empresa
multinacional em território alienígena;
548 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Da Nacionalidade – Profª Alessandra Vieira
24. Aos portugueses que optem pela 27. Filho de pais alemães, nascido em
naturalização brasileira ordinária, é exigido: território brasileiro no período em que
seus ascendentes estavam a serviço da
a) residência por dois anos ininterruptos e Alemanha, é considerado:
idoneidade moral;
b) residência por um ano ininterrupto e a) apátrida;
idoneidade moral; b) estrangeiro;
c) residência por trinta anos ininterruptos c) brasileiro nato;
e sem condenação penal; d) alemão equiparado;
d) residência permanente e reciprocidade e) brasileiro naturalizado.
em favor dos brasileiros;
e) residência ininterrupta no Brasil por 28. Henrique, brasileiro nato, vai morar no
mais de quinze anos e sem condenação México. Lá requer e obtém a nacionalidade
penal. mexicana. Como fica sua situação em face
da nacionalidade brasileira?
25. Juan Pablo, espanhol de nascimento, reside
desde 1984, ininterruptamente no Brasil. a) Permanece com a nacionalidade
Em razão do tempo de residência, ele: brasileira;
b) Perde a nacionalidade brasileira;
a) não poderá mais se naturalizar c) Permanece com as duas nacionalidades;
brasileiro; d) Terá prazo de cinco anos para optar por
b) será brasileiro naturalizado se o uma das nacionalidades;
requerer; e) Terá prazo de dois anos para optar por
c) será brasileiro naturalizado se o uma das nacionalidades.
requerer, desde que não tenha
condenação penal neste período; 29. Os cargos de Ministro do STJ, devem ser
d) deverá esperar completar trinta providos por:
anos de residência ininterrupta, sem
condenação penal, para requerer a a) brasileiros natos;
nacionalidade brasileira; b) brasileiros;
e) não poderá retornar à Espanha sem c) brasileiros natos e portugueses
visto. equiparados;
d) brasileiros e estrangeiros residentes no
26. Pelo critério do jus sanguinis a nacionalidade Brasil;
é conferida: e) Todas as opções são falsas.
a) ao descendente de nacional pouco im- 30. Não é privativo de brasileiro nato o cargo
portando o local de nascimento; de:
b) aos que nascerem fora do território do
Estado; a) Ministro do Planejamento;
c) aos que nascerem no território do Esta- b) Oficial das Forças Armadas;
do; c) Ministro do Supremo Tribunal Federal;
d) aos que nascerem em território nacio- d) Presidente do Senado Federal;
nal ou estrangeiro; e) Presidente da Câmara dos Deputa-
e) por mérito ao estrangeiro que, partici- dos.
pando das Forças Armadas Brasileiras,
tenha sido ferido em combate.
Gabarito: 1. B 2. B 3. D 4. C 5. D 6. D 7. A 8. C 9. B 10. D 11. C 12. C 13. A 14. C 15. A 16. C 17. D
18. A 19. B 20. D 21. A 22. C 23. A 24. B 25. C 26. A 27. B 28. B 29. B 30. A
www.acasadoconcurseiro.com.br 549
Direito Constitucional
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo b) trinta anos para Governador e Vice-
sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, Governador de Estado e do Distrito Federal;
com valor igual para todos, e, nos termos da lei,
mediante: c) vinte e um anos para Deputado Federal,
Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito,
I – plebiscito; Vice-Prefeito e juiz de paz;
II – referendo; d) dezoito anos para Vereador.
III – iniciativa popular. § 4º São inelegíveis os inalistáveis e os anal-
fabetos.
§ 1º O alistamento eleitoral e o voto são:
§ 5º O Presidente da República, os Gover-
I – obrigatórios para os maiores de dezoito nadores de Estado e do Distrito Federal, os
anos; Prefeitos e quem os houver sucedido, ou
II – facultativos para: substituído no curso dos mandatos poderão
ser reeleitos para um único período subse-
a) os analfabetos; qüente. (Redação dada pela Emenda Cons-
titucional nº 16, de 1997)
b) os maiores de setenta anos;
§ 6º Para concorrerem a outros cargos, o
c) os maiores de dezesseis e menores de
Presidente da República, os Governadores
dezoito anos.
de Estado e do Distrito Federal e os Prefei-
§ 2º Não podem alistar-se como eleitores os tos devem renunciar aos respectivos man-
estrangeiros e, durante o período do serviço datos até seis meses antes do pleito.
militar obrigatório, os conscritos.
§ 7º São inelegíveis, no território de jurisdi-
§ 3º São condições de elegibilidade, na ção do titular, o cônjuge e os parentes con-
forma da lei: sanguíneos ou afins, até o segundo grau ou
por adoção, do Presidente da República,
I – a nacionalidade brasileira; de Governador de Estado ou Território, do
II – o pleno exercício dos direitos políticos; Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os
haja substituído dentro dos seis meses an-
III – o alistamento eleitoral; teriores ao pleito, salvo se já titular de man-
dato eletivo e candidato à reeleição.
IV – o domicílio eleitoral na circunscrição;
§ 8º O militar alistável é elegível, atendidas
V – a filiação partidária;
as seguintes condições:
VI – a idade mínima de:
I – se contar menos de dez anos de serviço,
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice- deverá afastar-se da atividade;
Presidente da República e Senador;
www.acasadoconcurseiro.com.br 551
II – se contar mais de dez anos de serviço, dendo o autor, na forma da lei, se temerária
será agregado pela autoridade superior e, ou de manifesta má-fé.
se eleito, passará automaticamente, no ato
da diplomação, para a inatividade. Art. 15. É vedada a cassação de direitos políti-
cos, cuja perda ou suspensão só se dará nos ca-
§ 9º Lei complementar estabelecerá outros sos de:
casos de inelegibilidade e os prazos de sua
cessação, a fim de proteger a probidade I – cancelamento da naturalização por sen-
administrativa, a moralidade para exercício tença transitada em julgado;
de mandato considerada vida pregressa do II – incapacidade civil absoluta;
candidato, e a normalidade e legitimidade
das eleições contra a influência do poder III – condenação criminal transitada em jul-
econômico ou o abuso do exercício de fun- gado, enquanto durarem seus efeitos;
ção, cargo ou emprego na administração di-
IV – recusa de cumprir obrigação a todos
reta ou indireta. (Redação dada pela Emen-
imposta ou prestação alternativa, nos ter-
da Constitucional de Revisão nº 4, de 1994)
mos do art. 5º, VIII;
§ 10. O mandato eletivo poderá ser impug-
V – improbidade administrativa, nos termos
nado ante a Justiça Eleitoral no prazo de
do art. 37, § 4º.
quinze dias contados da diplomação, instru-
ída a ação com provas de abuso do poder Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral en-
econômico, corrupção ou fraude. trará em vigor na data de sua publicação, não se
aplicando à eleição que ocorra até um ano da
§ 11. A ação de impugnação de mandato
data de sua vigência. (Redação dada pela Emen-
tramitará em segredo de justiça, respon-
da Constitucional nº 4, de 1993)
552 www.acasadoconcurseiro.com.br
Questões
1. João, Vereador que possuía a idade II – Estrangeiros residentes no País são ele-
mínima para candidatura quando eleito gíveis tão somente aos mandatos de Depu-
para a função no pleito de 2008, pretende tado Federal, Deputado Estadual e Verea-
concorrer nas eleições que se realizarão em dor.
2012 para Prefeito do Município em que III – Os militares são alistáveis, mas não são
exerce a vereança. Maria, sua irmã gêmea elegíveis.
e também Vereadora do mesmo Município,
pretende candidatar-se à reeleição. Está(ão) CORRETO(S):
www.acasadoconcurseiro.com.br 553
d) preencherá as condições de elegibilida- do serviço militar obrigatório, os
de para o cargo pretendido, desde que conscritos.
seja agregado pela autoridade militar b) O Presidente da República, os Governa-
superior e, se eleito, passe para a inati- dores de Estado e do Distrito Federal,
vidade. os Prefeitos e quem os houver sucedi-
e) preencherá as condições de elegibilida- do, ou substituído no curso dos manda-
de para o cargo pretendido, desde que tos poderão ser reeleitos para um único
se afaste da atividade militar. período subsequente.
c) O voto é obrigatório para os maiores de
5. Julgue verdadeiro ou falso para as dezesseis e menores de dezoito anos
proposições relacionadas à privação dos que tenham se alistado.
direitos políticos na Constituição Federal. d) Para concorrerem a outros cargos, o
Presidente da República, os Governado-
I – Constitui hipótese de suspensão dos di- res de Estado e do Distrito Federal e os
reitos políticos o cancelamento da naturali- Prefeitos devem renunciar aos respecti-
zação por sentença transitada em julgado. ( vos mandatos até seis meses antes do
) pleito.
II – A incapacidade civil absoluta é uma das
hipóteses de suspensão dos direitos políti- 7. A Constituição Federal estabelece idades
cos. ( ) mínimas para o exercício de cargos públicos
III – O brasileiro que adquire outra nacio- eletivos. Assinale a alternativa incorreta.
nalidade perderá os seus direitos políticos, a) vinte e um anos para Deputado Federal
com exceção dos casos de reconhecimento e para Deputado Estadual;
da nacionalidade originária pela lei estran- b) Trinta anos para Governador de Estado;
geira, ou ainda, imposição de naturalização, c) Trinta e cinco anos para Presidente da
pela lei estrangeira, ao brasileiro residente República;
em Estado estrangeiro,como condição para d) Vinte e um anos para Vereador e para
permanência em seu território ou para o Prefeito;
exercício de direitos civis. ( ) e) Dezoito anos para Vereador.
IV – A Carta Constitucional de 1988 permite
a cassação dos direitos políticos, que se dá 8. Assinale a opção correta:
por meio da sua perda ou suspensão. ( ) a) Todo inalistável é inelegível e todo ine-
Agora, assinale a alternativa que legível é inalistável;
corresponde, respectivamente, ao b) O partido político, pessoa jurídica de di-
julgamento CORRETO das proposições reito público, pode ter caráter regional;
acima: c) O alistamento eleitoral e o voto são fa-
a) F – V – V – F. cultativos para os estrangeiros e para os
b) V – V – F – V. conscritos, durante o período do servi-
c) F – V – F – V. ço militar obrigatório;
d) V – V – V – F. d) São condições de elegibilidade, na for-
ma da lei, a nacionalidade brasileira, o
6. Sobre os direitos políticos assegurados pela pleno exercício dos direitos políticos, o
Constituição da República, pode-se afirmar, alistamento eleitoral, o domicílio eleito-
EXCETO: ral na circunscrição, a filiação partidária
e a idade mínima estabelecida na Cons-
a) Não podem alistar-se como eleitores tituição.
os estrangeiros e, durante o período
554 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Dos Direitos Políticos – Profª Alessandra Vieira
www.acasadoconcurseiro.com.br 555
c) Apenas II está correta; 18. O filho de Governador de Estado pode
d) Apenas I está correta; disputar eleição para o cargo de Deputado
e) Todas estão incorretas. Estadual no território de jurisdição de seu
pai?
14. O mandato eletivo poderá ser impugnado
ante a Justiça Eleitoral no prazo de ..... dias a) Não, já que a Constituição proíbe, a não
contados da diplomação, instruída a ação ser que seja candidato a reeleição;
com provas de ............... corrupção ou b) Sim, pois o impedimento constitucional
fraude. diz respeito ao mesmo cargo;
c) Sim, já que a Constituição não trata do
a) 10 – abuso de direito político; assunto;
b) 15 – abuso do poder econômico; d) Não, em hipótese alguma;
c) 15 – abuso de prerrogativas; e) Nenhuma das respostas anteriores está
d) 12 – abuso de direito político; correta.
e) 5 – abuso do poder econômico.
19. Analise:
15. É incorreto afirmar que são inelegíveis:
I – O direito de sufrágio é bem mais amplo
a) O cônjuge de Presidente da República, que o direito de voto, pois contém, em
para vereador; seu bojo, a capacidade eleitoral ativa e a
b) O pai de Governador de Estado para capacidade eleitoral passiva.
Deputado Estadual; II – A soberania popular será exercida pelo
c) O cunhado de Prefeito, para a Câmara sufrágio universal e pelo voto direto e
de Vereadores do mesmo Município; secreto, com valor igual para todos, e, nos
d) O irmão do Governador para Deputado termos da lei, mediante plebiscito.
Estadual;
e) O primo do Prefeito, para vereador. III – São inelegíveis o cônjuge e os parentes
consangüíneos ou afins, até o terceiro grau,
16. Com relação aos direitos políticos, é vedada do Governador ou do Prefeito, ou de quem
sua: os haja substituído dentro dos três meses
anteriores ao pleito, ainda que titular de
a) Cassação; mandato eletivo e candidato à reeleição.
b) Perda;
c) Suspensão; IV – O mandato eletivo poderá ser
d) Aquisição; impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo
e) Utilização. de quinze dias da eleição e até trinta dias da
diplomação, instruída a ação com provas da
17. É condição de elegibilidade: prática de eventual crime ou contravenção.
V – Não podem alistar-se como eleitores os
a) Ter menos de oitenta anos; estrangeiros e, durante o período do serviço
b) a idade mínima de dezoito anos para militar obrigatório, os conscritos.
ser prefeito;
c) a idade mínima de trinta anos para É correto o que consta APENAS em
analfabeto se eleger Governador de a) I, II e V
Estado; b) I e IV
d) a idade mínima de vinte e um anos para c) II e III
o estrangeiro, naturalizado brasileiro, d) II, III e IV
ser deputado federal. e) somente a I está correta.
556 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Dos Direitos Políticos – Profª Alessandra Vieira
www.acasadoconcurseiro.com.br 557
pectivos mandatos até seis meses antes 27. De acordo com a Constituição da República,
do pleito. são inalistáveis e inelegíveis:
c) Segundo a CF, o militar alistável é
inelegível; a) somente os analfabetos e os conscritos.
d) O cônjuge e os parentes consanguíneos b) os estrangeiros, os analfabetos e os
ou afins até o segundo grau ou por conscritos.
adoção do presidente da República, de c) somente os estrangeiros e os
governador de estado ou território, do analfabetos.
Distrito Federal e de prefeito podem d) somente os estrangeiros e os conscritos.
concorrer, no território da jurisdição do
titular. 28. A capacidade eleitoral passiva consistente
na possibilidade de o cidadão pleitear
25. Assinale a opção correta quanto aos direitos determinados mandatos políticos, mediante
políticos e à cidadania: eleição popular, desde que preenchidos
certos requisitos, conceitua-se em:
a) Entre as hipóteses de suspensão dos
direitos políticos previstas na CF está a a) alistamento eleitoral.
prática de improbidade adminsitrativa; b) direito de voto.
b) Os conscritos, durante o período c) direito de sufrágio.
de serviço militar obrigatório, não d) elegibilidade.
podem alistar-se como eleitores, e) dever sociopolítico.
salvo mediante prévia autorização do
superior hierárquico; 29. Em relação aos direitos políticos, avalie as
c) Indivíduos analfabetos não possuem proposições a seguir:
direito ao voto; I – O alistamento eleitoral e o voto são
d) A lei que alterar o processo eleitoral obrigatórios para os maiores de dezoito
entrará em vigor um ano após a data anos e facultativos para os analfabetos, os
de sua publicação, não se aplicando maiores de sessenta anos e os maiores de
à eleição que ocorra no período dezesseis e menores de dezoito anos.
subseqüente.
II – A soberania popular será exercida
26. Nos termos do que estabelece a Constitui- pelo sufrágio universal e pelo voto direto
ção Federal, a soberania popular será exer- e secreto, com valor igual para todos, e,
cida pelo sufrágio universal e pelo voto dire- nos termos da lei, mediante plebiscito,
to e secreto: referendo e iniciativa popular.
III – São condições de alistabilidade, na
a) facultativo para os analfabetos e forma da lei a nacionalidade brasileira,
maiores de 70 (setenta) anos; o pleno exercício dos direitos políticos,
b) obrigatório para os maiores de o domicílio eleitoral na circunscrição e a
dezesseis anos; filiação partidária.
c) obrigatório para todos, inclusive os
analfabetos; IV – São inelegíveis, no território de
d) obrigatório para todos, inclusive para os jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes
maiores de 70 (setenta) anos; consanguíneos ou afins, até o segundo grau
e) facultativo para os maiores de 60 ou por adoção, do Presidente da República,
(sessenta) anos. de Governador de Estado ou Território, do
Distrito Federal, de Prefeito ou de quem
os haja substituído dentro dos nove meses
558 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Dos Direitos Políticos – Profª Alessandra Vieira
www.acasadoconcurseiro.com.br 559
Direito Constitucional
Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a
soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa
humana e observados os seguintes preceitos: Regulamento
I – caráter nacional;
II – proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros ou
de subordinação a estes;
III – prestação de contas à Justiça Eleitoral;
IV – funcionamento parlamentar de acordo com a lei.
§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna,
organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações
eleitorais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional,
estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e
fidelidade partidária. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 52, de 2006)
§ 2º Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da lei civil,
registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.
§ 3º Os partidos políticos têm direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio
e à televisão, na forma da lei.
§ 4º É vedada a utilização pelos partidos políticos de organização paramilitar.
www.acasadoconcurseiro.com.br 561
Direito Constitucional
www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional
DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA
CONCEITO DE:
FORMA DE GOVERNO: República (FOGO) – Em ciência política, chama-se forma de governo (ou
sistema político) o conjunto de instituições políticas por meio das quais um Estado se organiza
a fim de exercer o seu poder sobre a sociedade. Tendo em mente a dificuldade em classificar-se
as formas de governo, estas são tradicionalmente categorizadas em: Monarquia – República –
Anarquia (Ausência de estado).
SISTEMA DE GOVERNO: Presidencialismo (SIGO)
www.acasadoconcurseiro.com.br 565
Em ciência política, o sistema de governo é a maneira pela qual o poder político é dividi-
do e exercido no âmbito de um Estado. O sistema de governo varia de acordo com o grau
de separação dos poderes, indo desde a separação estrita entre os poderes legislativo e
executivo(presidencialismo), de que é exemplo o sistema de governo dos Estados Unidos, até a
dependência completa do governo junto ao legislativo (parlamentarismo), caso do sistema de
governo do Reino Unido.
FORMAS DE ESTADO – FEDERAÇÃO (F + E): As formas de Estado são maneira pela qual o Estado
organiza sua população, o território e estrutura o seu poder relativamente a outros de igual
espécie.
Formas de Estado
De acordo com a classificação doutrinária, existem três formas de Estado, quais sejam o Estado
Federal, o Estado Unitário e o Estado Confederado, o Brasil adotou a forma de Estado Fede-
rado, e por essa razão iremos aprofundar os nossos estudos nesta modalidade, obviamente
traçando um paralelo com as outras formas.
Estado Unitário
O Estado unitário é relativamente descentralizado, ao invés de Estados, possuem províncias,
que por sua vez não possuem autonomia constitucional (vamos ver bem isso quando tratarmos
de Constituição Estadual).
A pedra fundamental deste tipo de Estado é prescrita pela constituição do Estado Unitário
como um todo e só pode ser modificada por meio de uma modificação nessa constituição.
As unidades possuem apenas competência para a legislação provincial, dentro do que a consti-
tuição do Estado unitário prescrever.
A legislação em matérias da constituição é totalmente centralizada, ao passo que, no Estado
federal, ela é centralizada apenas de modo incompleto, ou seja, até certo ponto, ela é descen-
tralizada.
Como exemplo de Estados Unitários temos Uruguai, Espanha e o Brasil até 1891.
Estado Confederado
A principal característica de uma Confederação é a existência de um Tratado Internacional para
unir os estados pertencentes, é o que a doutrina chama de “ligados por um cimento jurídico”
que seria este Tratado Internacional, ao invés de uma Constituição.
Outro ponto importante é que, na Confederação, os Estados constituintes não abrem mão da
sua soberania, enquanto que, na Federação, a soberania é transferida para o Estado Federal.
Geralmente a confederação é governada por uma Assembleia dos Estados Confederados, que
têm direitos e deveres idênticos. A confederação tem personalidade jurídica, mas a sua capa-
566 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Da Organização Político-Administrativa – Prof. Giuliano Tamagno
cidade internacional é limitada. Do ponto de vista histórico, a confederação costuma ser uma
fase de um processo que leva à federação, como nos casos dos Estados Unidos e da Suíça.
Estado Federado
Origem
O Federalismo tem origem na revolução e independência dos Estados Unidos. Os líderes colo-
niais norte americanos deram início a confronto armado contra a Inglaterra em 1776 porque
estavam descontentes com as políticas adotadas pelo Parlamento Inglês entre as décadas de
1760 e 1770 e também porque não admitiam mais que o Parlamento Inglês possuísse autorida-
de para determinar e executar às suas colônias tudo que desejasse.
Para recusar o poder exercido pela Inglaterra sobre as colônias norte americanas, os colonos
passaram a questionar a origem da soberania. Na concepção dos Ingleses a soberania perten-
cia ao Estado Inglês e as únicas limitações a ela seriam determinadas por critérios do próprio
soberano. Em contrapartida, os colonos defendiam que a soberania possui origem na popula-
ção e seria exercida pelo Estado nos limites do poder que lhe foi delegado.
A partir desse embate, foi declarada a independência das Colônias Americanas em 1776, elas
passaram a enfrentar o desafio de elaborar um novo regime constitucional para dar lugar ao
espaço antes preenchido pela Lei Britânica.
Em 1777 foi estabelecido o pacto confederativo, que criava um Estado Confederado, uma uni-
dade frágil entre os Estados autônomos norte americanos para fazer frente à Europa.
Em 1787 enfraquecidos pela forma de estado adotada, pois a liberdade trazia sérias consequ-
ências, doze delegados dos Estados Norte Americanos se reuniram na Convenção de Filadélfia
para repensar o arranjo confederativo.
Percebam o tamanho do problema!! Haviam 13 estados independentes, autônomos e livres,
que em tese, pelo pacto confederativo, precisam se unir para fazer frente a Europa. Ocorre
que na hora de enviar soldados, mantimentos, verbas, etc, para a Confederação, os estados
simplesmente não mandavam, sob o argumento de que eram livres e independentes, não pre-
cisavam mandar se não quisessem, ou seja, a confederação tinha fracassado pela ausência de
poder centralizador capaz de manter uma unidade entre os Estados.
Assim, desta reunião na Filadélfia, com duas formas de estado fracassadas na mão, os doze de-
legados, abriram mão de suas liberdades, e deram origem ao primeiro Estado Federado (deten-
tor de soberania e composto por diversas entidades territoriais autônomas dotadas de governo
próprio).
Ou seja, a Constituição Federativa Americana nasceu de estado que eram livres, e se tornaram
únicos – movimento que pode cair na tua prova com a denominação “Centrípeta” ou seja, de
fora para dentro. No Brasil, tínhamos um Estado Unitário e esse bloco se difundiu e criou esta-
dos autônomos, ou seja, foi o contrário dos EUA, por isso a nomenclatura é “centrífuga”.
www.acasadoconcurseiro.com.br 567
Características comuns a toda Federação
Descentralização Política: Na Constituição Federal existem núcleos de poderes políticos, refe-
rendando autonomia para os seus entes.
Constituição Rígida como base Jurídica: visa garantir a distribuição de competências entre os
entes autônomos surgindo uma estabilidade institucional.
Inexistência do Direito de Secessão: não é autorizado o direito de retirada. Uma vez que o ente
adere ao pacto federativo, não pode mais sair, sob pena de INTERVENÇÃO. Esta característica
dá luz ao princípio da indissolubilidade do vínculo federativo – lembrando que a forma federa-
tiva é um dos limites materiais ao poder de emenda.
Soberania do Estado Federal: ao ingressar na Federação os estados perdem a Soberania, pas-
sando a ser autônomos. A soberania é uma característica do todo, do país, do Estado Federal
– República Federativa do Brasil.
Auto-organização dos Estados membros: através de suas constituições estaduais (art. 25 CF/88
Órgão representativo dos Estados membros: A representação dá-se através do Senado Federal
– Art. 46 CF.
Guardião da Constituição: Toda federação tem um protetor/tradutor da Constituição, no Brasil
é o Supremo Tribunal Federal.
568 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional
DA UNIÃO
www.acasadoconcurseiro.com.br 569
VII – emitir moeda; XIV – organizar e manter a polícia civil, a po-
lícia militar e o corpo de bombeiros militar
VIII – administrar as reservas cambiais do do Distrito Federal, bem como prestar assis-
País e fiscalizar as operações de natureza fi- tência financeira ao Distrito Federal para a
nanceira, especialmente as de crédito, câm- execução de serviços públicos, por meio de
bio e capitalização, bem como as de seguros fundo próprio;
e de previdência privada;
XV – organizar e manter os serviços oficiais
IX – elaborar e executar planos nacionais e de estatística, geografia, geologia e carto-
regionais de ordenação do território e de grafia de âmbito nacional;
desenvolvimento econômico e social;
XVI – exercer a classificação, para efeito in-
X – manter o serviço postal e o correio aé- dicativo, de diversões públicas e de progra-
reo nacional; mas de rádio e televisão;
XI – explorar, diretamente ou mediante au- XVII – conceder anistia;
torização, concessão ou permissão, os servi-
ços de telecomunicações, nos termos da lei, XVIII – planejar e promover a defesa perma-
que disporá sobre a organização dos servi- nente contra as calamidades públicas, espe-
ços, a criação de um órgão regulador e ou- cialmente as secas e as inundações;
tros aspectos institucionais;
XIX – instituir sistema nacional de gerencia-
XII – explorar, diretamente ou mediante au- mento de recursos hídricos e definir crité-
torização, concessão ou permissão: rios de outorga de direitos de seu uso;
a) os serviços de radiodifusão sonora, e de XX – instituir diretrizes para o desenvolvi-
sons e imagens; mento urbano, inclusive habitação, sanea-
mento básico e transportes urbanos;
b) os serviços e instalações de energia elé-
trica e o aproveitamento energético dos XXI – estabelecer princípios e diretrizes para
cursos de água, em articulação com os Es- o sistema nacional de viação;
tados onde se situam os potenciais hidroe-
nergéticos; XXII – executar os serviços de polícia maríti-
ma, aeroportuária e de fronteiras;
c) a navegação aérea, aeroespacial e a infra-
-estrutura aeroportuária; XXIII – explorar os serviços e instalações
nucleares de qualquer natureza e exercer
d) os serviços de transporte ferroviário e monopólio estatal sobre a pesquisa, a la-
aquaviário entre portos brasileiros e fron- vra, o enriquecimento e reprocessamento,
teiras nacionais, ou que transponham os li- a industrialização e o comércio de minérios
mites de Estado ou Território; nucleares e seus derivados, atendidos os se-
guintes princípios e condições:
e) os serviços de transporte rodoviário inte-
restadual e internacional de passageiros; a) toda atividade nuclear em território na-
cional somente será admitida para fins pa-
f) os portos marítimos, fluviais e lacustres; cíficos e mediante aprovação do Congresso
XIII – organizar e manter o Poder Judiciá- Nacional;
rio, o Ministério Público do Distrito Federal b) sob regime de permissão, são autoriza-
e dos Territórios e a Defensoria Pública dos das a comercialização e a utilização de ra-
Territórios; dioisótopos para a pesquisa e usos médicos,
agrícolas e industriais;
570 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Da União – Prof. Giuliano Tamagno
www.acasadoconcurseiro.com.br 571
Parágrafo único. Lei complementar poderá União e os Estados, o Distrito Federal e os
autorizar os Estados a legislar sobre ques- Municípios, tendo em vista o equilíbrio do
tões específicas das matérias relacionadas desenvolvimento e do bem-estar em âmbi-
neste artigo. to nacional.
Art. 23. É competência comum da União, dos Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Dis-
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: trito Federal legislar concorrentemente sobre:
I – zelar pela guarda da Constituição, das I – direito tributário, financeiro, penitenciá-
leis e das instituições democráticas e con- rio, econômico e urbanístico;
servar o patrimônio público;
II – orçamento;
II – cuidar da saúde e assistência pública, da
proteção e garantia das pessoas portadoras III – juntas comerciais;
de deficiência; IV – custas dos serviços forenses;
III – proteger os documentos, as obras e ou- V – produção e consumo;
tros bens de valor histórico, artístico e cul-
tural, os monumentos, as paisagens natu- VI – florestas, caça, pesca, fauna, conserva-
rais notáveis e os sítios arqueológicos; ção da natureza, defesa do solo e dos recur-
sos naturais, proteção do meio ambiente e
IV – impedir a evasão, a destruição e a des- controle da poluição;
caracterização de obras de arte e de outros
bens de valor histórico, artístico ou cultural; VII – proteção ao patrimônio histórico, cul-
tural, artístico, turístico e paisagístico;
V – proporcionar os meios de acesso à cul-
tura, à educação e à ciência; VIII – responsabilidade por dano ao meio
ambiente, ao consumidor, a bens e direitos
VI – proteger o meio ambiente e combater de valor artístico, estético, histórico, turísti-
a poluição em qualquer de suas formas; co e paisagístico;
VII – preservar as florestas, a fauna e a flora; IX – educação, cultura, ensino e desporto;
VIII – fomentar a produção agropecuária e X – criação, funcionamento e processo do
organizar o abastecimento alimentar; juizado de pequenas causas;
IX – promover programas de construção de XI – procedimentos em matéria processual;
moradias e a melhoria das condições habi-
tacionais e de saneamento básico; XII – previdência social, proteção e defesa
da saúde;
X – combater as causas da pobreza e os fa-
tores de marginalização, promovendo a in- XIII – assistência jurídica e Defensoria públi-
tegração social dos setores desfavorecidos; ca;
572 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Da União – Prof. Giuliano Tamagno
UNIÃO
União é o ente que se relaciona INTERNAMENTE, é uma pessoa jurídica de direito público inter-
no (CC art. 41,I), formada pela reunião das partes componentes.
Iniciamos o nosso estudo da União apresentando os bens da União, que estão indicados no Art.
20 da CF, onde, dentre outros, estão incluídos os recursos minerais, inclusive os do subsolo, e os
potenciais de energia hidráulica (art. 20, VIII a X CF), que, após inúmeras demandas, decidiu-se
que é assegurada a participação dos Estados, Distrito Federal, Municípios e órgãos da Adminis-
tração Direta da União, no produto desta exploração ou compensação financeira.
COMPETÊNCIAS
Diante da autonomia das entidades federativas, a Constituição repartiu, entre elas, as variadas
competências, isso é, modalidades de poder em que os órgãos das entidades federativas po-
dem realizar suas funções.
Cabem à União as matérias de interesse geral ou nacional, aos estados os assuntos de interesse
regional e aos municípios os de interesse local.
A CF enumera os poderes da União (art. 21 e 22), dos estados (Art. 25 §1º) e dos Municípios
(art. 30) combinando possibilidades de delegação.
A competência material pode ser exclusiva (art. 21) e comum (art. 23) a competência legislativa
pode ser privativa (art.22) e concorrente (art. 24).
www.acasadoconcurseiro.com.br 573
Direito Constitucional
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se tação do Estado na Câmara dos Deputados e,
pelas Constituições e leis que adotarem, obser- atingido o número de trinta e seis, será acresci-
vados os princípios desta Constituição. do de tantos quantos forem os Deputados Fede-
rais acima de doze.
§ 1º São reservadas aos Estados as com-
petências que não lhes sejam vedadas por § 1º Será de quatro anos o mandato dos
esta Constituição. Deputados Estaduais, aplicando- sê-lhes
as regras desta Constituição sobre siste-
§ 2º Cabe aos Estados explorar diretamen- ma eleitoral, inviolabilidade, imunidades,
te, ou mediante concessão, os serviços lo- remuneração, perda de mandato, licença,
cais de gás canalizado, na forma da lei, ve- impedimentos e incorporação às Forças Ar-
dada a edição de medida provisória para a madas.
sua regulamentação.
§ 2º O subsídio dos Deputados Estaduais
§ 3º Os Estados poderão, mediante lei com- será fixado por lei de iniciativa da Assem-
plementar, instituir regiões metropolitanas, bléia Legislativa, na razão de, no máximo,
aglomerações urbanas e microrregiões, setenta e cinco por cento daquele estabele-
constituídas por agrupamentos de municí- cido, em espécie, para os Deputados Fede-
pios limítrofes, para integrar a organização, rais, observado o que dispõem os arts. 39,
o planejamento e a execução de funções § 4º, 57, § 7º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I.
públicas de interesse comum.
§ 3º Compete às Assembléias Legislativas
Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados: dispor sobre seu regimento interno, polícia
I – as águas superficiais ou subterrâneas, e serviços administrativos de sua secretaria,
fluentes, emergentes e em depósito, ressal- e prover os respectivos cargos.
vadas, neste caso, na forma da lei, as decor- § 4º A lei disporá sobre a iniciativa popular
rentes de obras da União; no processo legislativo estadual.
II – as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, Art. 28. A eleição do Governador e do Vice-Go-
que estiverem no seu domínio, excluídas vernador de Estado, para mandato de quatro
aquelas sob domínio da União, Municípios anos, realizar-se-á no primeiro domingo de ou-
ou terceiros; tubro, em primeiro turno, e no último domingo
III – as ilhas fluviais e lacustres não perten- de outubro, em segundo turno, se houver, do
centes à União; ano anterior ao do término do mandato de seus
antecessores, e a posse ocorrerá em primei-
IV – as terras devolutas não compreendidas ro de janeiro do ano subsequente, observado,
entre as da União. quanto ao mais, o disposto no art. 77.
Art. 27. O número de Deputados à Assembléia § 1º Perderá o mandato o Governador que
Legislativa corresponderá ao triplo da represen- assumir outro cargo ou função na adminis-
www.acasadoconcurseiro.com.br 575
tração pública direta ou indireta, ressalvada serão fixados por lei de iniciativa da Assem-
a posse em virtude de concurso público e bléia Legislativa, observado o que dispõem
observado o disposto no art. 38, I, IV e V. os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e
153, § 2º, I.
§ 2º Os subsídios do Governador, do Vice-
-Governador e dos Secretários de Estado
DOS ESTADOS
Os Estados Federados tem autonomia político-administrativa, frente aos demais entes fede-
rativos, regendo-se por suas próprias Constituições, ressalvando-se o que estiver vedado na
Constituição Federal, por exemplo Art. 18 §2º, 152. Os Estados não podem se contrapor àquilo
reservado à competência de outro ente, sob pena de intervenção.
Os Estados Membros, nos termos do Art. 25 organizam-se e regem-se por sua própria constitui-
ção, observados os princípios da Constituição Federal.
Sobre os bens do Estado, dispõe o Art. 26 quais pertencem aos Estados, e por óbvio são aque-
les que não pertencem a União.
O Art. 27 da CF, dispõe sobre o Poder Legislativo Estadual – Assembleia Legislativa
O Art. 28 da CF, dispões sobre o Poder Executivo Estadual – Governador, vice-governador, se-
cretários de Estado.
576 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional
DOS MUNICÍPIOS
Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, e) 17 (dezessete) Vereadores, nos Municí-
votada em dois turnos, com o interstício míni- pios de mais de 80.000 (oitenta mil) habi-
mo de dez dias, e aprovada por dois terços dos tantes e de até 120.000 (cento e vinte mil)
membros da Câmara Municipal, que a promul- habitantes;
gará, atendidos os princípios estabelecidos nes-
ta Constituição, na Constituição do respectivo f) 19 (dezenove) Vereadores, nos Municí-
Estado e os seguintes preceitos: pios de mais de 120.000 (cento e vinte mil)
habitantes e de até 160.000 (cento sessenta
I – eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e mil) habitantes;
dos Vereadores, para mandato de quatro
anos, mediante pleito direto e simultâneo g) 21 (vinte e um) Vereadores, nos Municí-
realizado em todo o País; pios de mais de 160.000 (cento e sessenta
mil) habitantes e de até 300.000 (trezentos
II – eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito mil) habitantes;
realizada no primeiro domingo de outubro
do ano anterior ao término do mandato dos h) 23 (vinte e três) Vereadores, nos Muni-
que devam suceder, aplicadas as regras do cípios de mais de 300.000 (trezentos mil)
art. 77, no caso de Municípios com mais de habitantes e de até 450.000 (quatrocentos
duzentos mil eleitores; e cinquenta mil) habitantes;
www.acasadoconcurseiro.com.br 577
quenta mil) habitantes e de até 1.200.000 w) 53 (cinquenta e três) Vereadores, nos
(um milhão e duzentos mil) habitantes; Municípios de mais de 7.000.000 (sete mi-
lhões) de habitantes e de até 8.000.000
n) 35 (trinta e cinco) Vereadores, nos Mu- (oito milhões) de habitantes; e
nicípios de mais de 1.200.000 (um milhão e
duzentos mil) habitantes e de até 1.350.000 x) 55 (cinquenta e cinco) Vereadores, nos
(um milhão e trezentos e cinquenta mil) ha- Municípios de mais de 8.000.000 (oito mi-
bitantes; lhões) de habitantes;
o) 37 (trinta e sete) Vereadores, nos Muni- V – subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito
cípios de 1.350.000 (um milhão e trezen- e dos Secretários Municipais fixados por lei
tos e cinquenta mil) habitantes e de até de iniciativa da Câmara Municipal, observa-
1.500.000 (um milhão e quinhentos mil) ha- do o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º,
bitantes; 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I;
p) 39 (trinta e nove) Vereadores, nos Mu- VI – o subsídio dos Vereadores será fixado
nicípios de mais de 1.500.000 (um mi- pelas respectivas Câmaras Municipais em
lhão e quinhentos mil) habitantes e de até cada legislatura para a subsequente, ob-
1.800.000 (um milhão e oitocentos mil) ha- servado o que dispõe esta Constituição, ob-
bitantes; servados os critérios estabelecidos na res-
pectiva Lei Orgânica e os seguintes limites
q) 41 (quarenta e um) Vereadores, nos máximos:
Municípios de mais de 1.800.000 (um mi-
lhão e oitocentos mil) habitantes e de até a) em Municípios de até dez mil habitantes,
2.400.000 (dois milhões e quatrocentos mil) o subsídio máximo dos Vereadores corres-
habitantes; ponderá a vinte por cento do subsídio dos
Deputados Estaduais;
r) 43 (quarenta e três) Vereadores, nos Mu-
nicípios de mais de 2.400.000 (dois milhões b) em Municípios de dez mil e um a cin-
e quatrocentos mil) habitantes e de até quenta mil habitantes, o subsídio máximo
3.000.000 (três milhões) de habitantes; dos Vereadores corresponderá a trinta por
cento do subsídio dos Deputados Estaduais;
s) 45 (quarenta e cinco) Vereadores, nos
Municípios de mais de 3.000.000 (três mi- c) em Municípios de cinquenta mil e um a
lhões) de habitantes e de até 4.000.000 cem mil habitantes, o subsídio máximo dos
(quatro milhões) de habitantes; Vereadores corresponderá a quarenta por
cento do subsídio dos Deputados Estaduais;
t) 47 (quarenta e sete) Vereadores, nos
Municípios de mais de 4.000.000 (quatro d) em Municípios de cem mil e um a trezen-
milhões) de habitantes e de até 5.000.000 tos mil habitantes, o subsídio máximo dos
(cinco milhões) de habitantes; Vereadores corresponderá a cinquenta por
cento do subsídio dos Deputados Estaduais;
u) 49 (quarenta e nove) Vereadores, nos
Municípios de mais de 5.000.000 (cinco e) em Municípios de trezentos mil e um a
milhões) de habitantes e de até 6.000.000 quinhentos mil habitantes, o subsídio má-
(seis milhões) de habitantes; ximo dos Vereadores corresponderá a ses-
senta por cento do subsídio dos Deputados
v) 51 (cinquenta e um) Vereadores, nos Mu- Estaduais;
nicípios de mais de 6.000.000 (seis milhões)
de habitantes e de até 7.000.000 (sete mi- f) em Municípios de mais de quinhentos mil
lhões) de habitantes; habitantes, o subsídio máximo dos Verea-
578 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Dos Municípios – Prof. Giuliano Tamagno
dores corresponderá a setenta e cinco por III – 5% (cinco por cento) para Municípios
cento do subsídio dos Deputados Estaduais; com população entre 300.001 (trezentos
mil e um) e 500.000 (quinhentos mil) habi-
VII – o total da despesa com a remuneração tantes;
dos Vereadores não poderá ultrapassar o
montante de cinco por cento da receita do IV – 4,5% (quatro inteiros e cinco décimos
Município; por cento) para Municípios com popula-
ção entre 500.001 (quinhentos mil e um) e
VIII – inviolabilidade dos Vereadores por 3.000.000 (três milhões) de habitantes;
suas opiniões, palavras e votos no exercício
do mandato e na circunscrição do Municí- V – 4% (quatro por cento) para Municípios
pio; com população entre 3.000.001 (três mi-
lhões e um) e 8.000.000 (oito milhões) de
IX – atibilidades, no exercício da vereança, habitantes;
similares, no que couber, ao disposto nesta
Constituição para os membros do Congres- VI – 3,5% (três inteiros e cinco décimos por
so Nacional e na Constituição do respectivo cento) para Municípios com população aci-
Estado para os membros da Assembléia Le- ma de 8.000.001 (oito milhões e um) habi-
gislativa; tantes.
X – julgamento do Prefeito perante o Tribu- § 1º A Câmara Municipal não gastará mais
nal de Justiça; de setenta por cento de sua receita com fo-
lha de pagamento, incluído o gasto com o
XI – organização das funções legislativas e subsídio de seus Vereadores.
fiscalizadoras da Câmara Municipal;
§ 2º Constitui crime de responsabilidade do
XII – cooperação das associações represen- Prefeito Municipal:
tativas no planejamento municipal;
I – efetuar repasse que supere os limites de-
XIII – iniciativa popular de projetos de lei de finidos neste artigo;
interesse específico do Município, da cidade
ou de bairros, através de manifestação de, II – não enviar o repasse até o dia vinte de
pelo menos, cinco por cento do eleitorado; cada mês; ou
XIV – perda do mandato do Prefeito, nos III – enviá-lo a menor em relação à propor-
termos do art. 28, parágrafo único. ção fixada na Lei Orçamentária.
Art. 29-A. O total da despesa do Poder Legisla- § 3º Constitui crime de responsabilidade do
tivo Municipal, incluídos os subsídios dos Vere- Presidente da Câmara Municipal o desres-
adores e excluídos os gastos com inativos, não peito ao § 1º deste artigo.
poderá ultrapassar os seguintes percentuais,
relativos ao somatório da receita tributária e Art. 30. Compete aos Municípios:
das transferências previstas no § 5º do art. 153 I – legislar sobre assuntos de interesse local;
e nos arts. 158 e 159, efetivamente realizado no
exercício anterior: II – suplementar a legislação federal e a es-
tadual no que couber;
I – 7% (sete por cento) para Municípios com
população de até 100.000 (cem mil) habi- III – instituir e arrecadar os tributos de sua
tantes; competência, bem como aplicar suas ren-
das, sem prejuízo da obrigatoriedade de
II – 6% (seis por cento) para Municípios prestar contas e publicar balancetes nos
com população entre 100.000 (cem mil) e prazos fixados em lei;
300.000 (trezentos mil) habitantes;
www.acasadoconcurseiro.com.br 579
IV – criar, organizar e suprimir distritos, ob- § 4º É vedada a criação de Tribunais, Conse-
servada a legislação estadual; lhos ou órgãos de Contas Municipais.
V – organizar e prestar, diretamente ou sob
regime de concessão ou permissão, os ser-
viços públicos de interesse local, incluído o
de transporte coletivo, que tem caráter es-
sencial;
VI – manter, com a cooperação técnica e fi-
nanceira da União e do Estado, programas
de educação infantil e de ensino fundamen-
tal;
VII – prestar, com a cooperação técnica e fi-
nanceira da União e do Estado, serviços de
atendimento à saúde da população;
VIII – promover, no que couber, adequado
ordenamento territorial, mediante planeja-
mento e controle do uso, do parcelamento
e da ocupação do solo urbano;
IX – promover a proteção do patrimônio
histórico-cultural local, observada a legisla-
ção e a ação fiscalizadora federal e estadual.
Art. 31. A fiscalização do Município será exerci-
da pelo Poder Legislativo Municipal, mediante
controle externo, e pelos sistemas de controle
interno do Poder Executivo Municipal, na forma
da lei.
§ 1º O controle externo da Câmara Muni-
cipal será exercido com o auxílio dos Tribu-
nais de Contas dos Estados ou do Município
ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas
dos Municípios, onde houver.
§ 2º O parecer prévio, emitido pelo órgão
competente sobre as contas que o Prefei-
to deve anualmente prestar, só deixará de
prevalecer por decisão de dois terços dos
membros da Câmara Municipal.
§ 3º As contas dos Municípios ficarão, du-
rante sessenta dias, anualmente, à disposi-
ção de qualquer contribuinte, para exame e
apreciação, o qual poderá questionar-lhes a
legitimidade, nos termos da lei.
580 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Dos Municípios – Prof. Giuliano Tamagno
MUNICÍPIOS
Competência Municipal:
O Art. 30 dispões sobre competência (material e legislativa) municipal, que também deve ob-
servar o art. 23.
“ A constituição do Brasil estabelece, no que tange a repartição de competências entre entes
federados, que os assuntos de interesse local competem aos Municípios. Competência residual
dos Estados-membros – matérias que não lhes foram vedadas pela Constituição, nem estive-
rem contidas entre as competências da União ou dos Municípios” (STF Adin 845).
www.acasadoconcurseiro.com.br 581
Direito Constitucional
www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional
DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO:
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (DISPOSIÇÕES GERAIS)
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
CAPÍTULO VII
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Seção I
DISPOSIÇÕES GERAIS
www.acasadoconcurseiro.com.br 585
VII – o direito de greve será exercido nos termos e nos
limites definidos em lei específica
586 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Organização do Estado: Disposições Gerais – Prof. Cristiano de Souza
www.acasadoconcurseiro.com.br 587
XXII – as administrações tributárias da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios, atividades essenciais
ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores
de carreiras específicas, terão recursos prioritários
para a realização de suas atividades e atuarão de forma
integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros
e de informações fiscais, na forma da lei ou convênio.
§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá
ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes,
símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.
§ 2º A não observância do disposto nos incisos II e III implicará a nulidade do ato e a punição da
autoridade responsável, nos termos da lei.
588 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Organização do Estado: Disposições Gerais – Prof. Cristiano de Souza
www.acasadoconcurseiro.com.br 589
Direito Constitucional
Aula XX
ESQUEMA
DIREITOS COMUNS ENTRE TRABALHADORES URBANOS, RURAIS,
SERVIDORES PÚBLICOS E MILITARES – CONFORME A CF/88
Art. 7º São direitos dos trabalhadores Art. 39 – § 3º Aplica-se aos Art. 142 – § 3º – VIII – aplica-
urbanos e rurais, além de outros que servidores ocupantes de se aos militares o disposto
visem à melhoria de sua condição social: cargo público o disposto no no art. 7º, incisos VIII, XII,
art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XVII, XVIII, XIX e XXV, e no
XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, art. 37, incisos XI, XIII, XIV
XXII e XXX, podendo a lei es- e XV, bem como, na forma
tabelecer requisitos diferen- da lei e com prevalência da
ciados de admissão quando atividade militar, no art. 37,
a natureza do cargo o exigir. inciso XVI, alínea "c";
www.acasadoconcurseiro.com.br 591
I – relação de emprego protegida
contra despedida arbitrária ou sem
justa causa, nos termos de lei com-
plementar, que preverá indenização
compensatória, dentre outros direi-
tos;
II – seguro-desemprego, em caso
de desemprego involuntário;
III – fundo de garantia do tempo de
serviço;
IV – salário mínimo , fixado em lei,
nacionalmente unificado, capaz de
atender a suas necessidades vitais
básicas e às de sua família com mo-
radia, alimentação, educação, saú-
de, lazer, vestuário, higiene, trans- SIM
porte e previdência social, com
reajustes periódicos que lhe preser-
vem o poder aquisitivo, sendo ve-
dada sua vinculação para qualquer
fim;
V – piso salarial proporcional à ex-
tensão e à complexidade do traba-
lho;
VI – irredutibilidade do salário,
salvo o disposto em convenção
ou acordo coletivo;
VII – garantia de salário, nunca
inferior ao mínimo, para os que SIM
percebem remuneração variável;
VIII – décimo terceiro salário com
base na remuneração integral ou SIM SIM
no valor da aposentadoria;
IX – remuneração do trabalho
SIM
noturno superior à do diurno;
X – proteção do salário na forma
da lei, constituindo crime sua re-
tenção dolosa;
XI – participação nos lucros, ou
resultados, desvinculada da re-
muneração, e, excepcionalmen-
te, participação na gestão da em-
presa, conforme definido em lei;
592 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Dos Servidores Públicos – Prof. Cristiano de Souza
www.acasadoconcurseiro.com.br 593
XXII – redução dos riscos ineren-
tes ao trabalho, por meio de nor-
SIM
mas de saúde, higiene e seguran-
ça;
XXIII – adicional de remuneração
para as atividades penosas, insa-
lubres ou perigosas, na forma da
lei;
XXIV – aposentadoria;
XXV – assistência gratuita aos
filhos e dependentes desde o
SIM
nascimento até 5 (cinco) anos de
idade em creches e pré-escolas;
XXVI – reconhecimento das con-
venções e acordos coletivos de
trabalho;
XXVII – proteção em face da
automação, na forma da lei;
XXVIII – seguro contra acidentes
de trabalho, a cargo do empre-
gador, sem excluir a indenização
a que este está obrigado, quando
incorrer em dolo ou culpa;
XXIX – ação, quanto aos créditos
resultantes das relações de tra-
balho, com prazo prescricional de
cinco anos para os trabalhadores
urbanos e rurais, até o limite de
dois anos após a extinção do con-
trato de trabalho;
XXX – proibição de diferença de
salários, de exercício de funções
e de critério de admissão por SIM
motivo de sexo, idade, cor ou es-
tado civil;
XXXI – proibição de qualquer dis-
criminação no tocante a salário e
critérios de admissão do traba-
lhador portador de deficiência;
XXXII – proibição de distinção
entre trabalho manual, técnico e
intelectual ou entre os profissio-
nais respectivos;
594 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Dos Servidores Públicos – Prof. Cristiano de Souza
www.acasadoconcurseiro.com.br 595
aposentadoria aos abrangidos pelo regime
de que trata este artigo, ressalvados, nos
(Redação dada pela Emenda Cons-
termos definidos em leis complementares,
titucional nº 88, de 2015) "Art.
os casos de servidores:
100. Até que entre em vigor a lei
complementar de que trata o in- I portadores de deficiência;
ciso II do § 1º do art. 40 da Cons-
tituição Federal, os Ministros do II que exerçam atividades de risco;
Supremo Tribunal Federal, dos Tri- III – cujas atividades sejam exercidas sob
bunais Superiores e do Tribunal de condições especiais que prejudiquem a saú-
Contas da União aposentar-se-ão, de ou a integridade física.
compulsoriamente, aos 75 (seten-
ta e cinco) anos de idade, nas con- § 5º Os requisitos de idade e de tempo de
dições do art. 52 da Constituição contribuição serão reduzidos em cinco anos,
Federal." em relação ao disposto no § 1º, III, "a", para
o professor que comprove exclusivamente
tempo de efetivo exercício das funções de
magistério na educação infantil e no ensino
III – voluntariamente, desde que cumprido fundamental e médio.
tempo mínimo de dez anos de efetivo exer-
cício no serviço público e cinco anos no car- § 6º Ressalvadas as aposentadorias decor-
go efetivo em que se dará a aposentadoria, rentes dos cargos acumuláveis na forma
observadas as seguintes condições: desta Constituição, é vedada a percepção
de mais de uma aposentadoria à conta do
a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de regime de previdência previsto neste artigo.
contribuição, se homem, e cinquenta e cin-
co anos de idade e trinta de contribuição, se § 7º Lei disporá sobre a concessão do bene-
mulher; fício de pensão por morte, que será igual:
b) sessenta e cinco anos de idade, se ho- I – ao valor da totalidade dos proventos do
mem, e sessenta anos de idade, se mulher, servidor falecido, até o limite máximo esta-
com proventos proporcionais ao tempo de belecido para os benefícios do regime ge-
contribuição. ral de previdência social de que trata o art.
201, acrescido de setenta por cento da par-
§ 2º Os proventos de aposentadoria e as cela excedente a este limite, caso aposenta-
pensões, por ocasião de sua concessão, não do à data do óbito; ou
poderão exceder a remuneração do respec-
tivo servidor, no cargo efetivo em que se II – ao valor da totalidade da remuneração
deu a aposentadoria ou que serviu de refe- do servidor no cargo efetivo em que se deu
rência para a concessão da pensão. o falecimento, até o limite máximo estabe-
lecido para os benefícios do regime geral de
§ 3º Para o cálculo dos proventos de apo- previdência social de que trata o art. 201,
sentadoria, por ocasião da sua concessão, acrescido de setenta por cento da parcela
serão consideradas as remunerações utili- excedente a este limite, caso em atividade
zadas como base para as contribuições do na data do óbito.
servidor aos regimes de previdência de que
tratam este artigo e o art. 201, na forma da § 8º É assegurado o reajustamento dos be-
lei. nefícios para preservar-lhes, em caráter
permanente, o valor real, conforme crité-
§ 4º É vedada a adoção de requisitos e cri- rios estabelecidos em lei.
térios diferenciados para a concessão de
596 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Dos Servidores Públicos – Prof. Cristiano de Souza
www.acasadoconcurseiro.com.br 597
201 desta Constituição, quando o beneficiá-
rio, na forma da lei, for portador de doença
incapacitante.
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo
exercício os servidores nomeados para cargo de
provimento efetivo em virtude de concurso pú-
blico.
§ 1º O servidor público estável só perderá o
cargo:
I – em virtude de sentença judicial transita-
da em julgado;
II – mediante processo administrativo em
que lhe seja assegurada ampla defesa;
III – mediante procedimento de avaliação
periódica de desempenho, na forma de lei
complementar, assegurada ampla defesa.
§ 2º Invalidada por sentença judicial a de-
missão do servidor estável, será ele reinte-
grado, e o eventual ocupante da vaga, se es-
tável, reconduzido ao cargo de origem, sem
direito a indenização, aproveitado em outro
cargo ou posto em disponibilidade com re-
muneração proporcional ao tempo de ser-
viço.
§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua des-
necessidade, o servidor estável ficará em
disponibilidade, com remuneração propor-
cional ao tempo de serviço, até seu adequa-
do aproveitamento em outro cargo.
§ 4º Como condição para a aquisição da es-
tabilidade, é obrigatória a avaliação especial
de desempenho por comissão instituída
para essa finalidade.
598 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo
www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo
A expressão regime jurídico da Administração Pública é utilizada para designar, em sentido am-
plo, os regimes de direito público e de direito privado a que pode submeter-se a Administração
Pública.
A expressão Administração Pública, em sentido estrito, compreende, sob o aspecto subjetivo,
apenas os órgãos administrativos e, sob o aspecto objetivo, apenas a função administrativa,
excluídos, no primeiro caso, os órgãos governamentais e, no segundo, a função política.
No tocante a expressão administração pública, segundo Maria Sylvia Di Pietro, podemos classi-
ficar a expressão em dois sentidos, vejamos:
www.acasadoconcurseiro.com.br 601
REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO
A administração pública pode submeter-se a regime jurídico de direito privado ou a regime ju-
rídico de direito público. Portanto, o “Regime Jurídico da Administração Pública” será público
ou privado.
A definição de regime jurídico é delineada pelo próprio texto constitucional ou pelas leis in-
fraconstitucionais, mas jamais poderá definir o regime jurídico por ato uniliteral tipicamente
administrativo (ex.: portarias, decretos, regulamentos, instruções normativas), pois tal conduta
ofenderia o princípio da legalidade.
Quando atua no regime de direito privado ficará equiparada para todos os efeitos de obriga-
ções, encargos e privilégios conferidos ao setor privado, sem nenhuma prerrogativa de superio-
ridade.
Por outro lado, quando atua no regime de direito público a administração gozará privilégios
(ex.: prescrição quinquenal, processo especial de execução, impenhorabilidade dos bens públi-
cos), mas também sofrerá restrições (Ex.: limitação e definição de competências, obediências
aos princípios da finalidade, forma, motivo, publicidade).
De forma mais restrita, a expressão “Regime Jurídico Administrativo” traduz a atuação da ad-
ministração numa posição de privilégio, portanto, de direito público. Obviamente, nesse regi-
me teremos o gozo de privilégios assim como a imposição de restrições.
O binômio de prerrogativas e restrições da administração pública geralmente é expresso em
princípios que norteiam a atuação da administração quando atua no regime público.
Do privilégio surge o princípio da supremacia do interesse público sobre o particular no in-
tuito da necessidade de satisfação dos interesses coletivos buscando o bem estar social (ex.:
poder de polícia quando limita o exercício de direito individuais).
De outra banda, da restrição surge o princípio da legalidade, vez que o administrador só pode
agir no estrito parâmetro da lei, representando a limitação do agente público na proteção aos
direitos individuais representado pelo princípio da indisponibilidade do interesse público.
602 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo
www.acasadoconcurseiro.com.br 603
Alguns princípios estão expressos na Constituição Federal, como a legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e a eficiência, no art. 37 da norma máxima. Outros princípios estão
implícitos no próprio texto constitucional, como a presunção de legitimidade, boa-fé e
hierarquia.
Da mesma forma encontramos princípios expressos nas normas infraconstitucionais a exemplo
da Lei nº 9.784/99 (Processo Administrativo Federal), Lei nº 8.666/9 (Licitações e contratos), Lei
nº 8.987/95 (Concessão e permissão)
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
Representa a garantia aos direitos individuais do administrado, pois a administração pública só
pode fazer o que a lei permite. Diferente do que ocorre na relação horizontal entre particulares,
onde reina o princípio da autonomia das partes.
Encontramos esse princípio de forma expressa em duas passagens pela Constituição Federal,
vejamos:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade [...]
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência [...]
Portanto, o balizador da administração é os limites da lei, consequentemente, o administrador
não pode conceder direitos de qualquer espécie ou criar e impor obrigações por ato puro
administrativo, dependendo de lei formal nesse sentido.
Pela inobservância do referido princípio o administrado poderá requerer a declaração de
nulidade do ato pela via administrativa ou pela via judiciária. Exatamente nesse sentido, que
surge os sistemas de controle de legalidade na atuação do administrador público, vejamos
alguns exemplos na CF/88:
Art. 5º, XXXV – a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;
Art. 5º, LXVIII – conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de
sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;
Art. 5º, LXIX – conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não
amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de
poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder
Público;
Art. 5º, LXXIII – qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato
lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa,
ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé,
isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal
de Contas da União, ao qual compete:
604 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Princípios Constitucionais da Administração Pública – Prof. Cristiano de Souza
BLOCO DA LEGALIDADE
A administração pública está obrigada a respeitar o bloco da legalidade como requisito de
validade do ato administrativo. Portanto, o administrador dever respeitar outros comandos
legais concomitantemente, vejamos:
1. Constituição Federal e suas Emendas Constitucionais.
2. Constituição Estadual e Leis Orgânicas.
3. Medidas Provisórias.
4. Tratados e Convenções Internacionais.
5. Costume como fonte de direito.
6. Decretos, regimentos, resoluções.
7. Princípios gerais de direito.
PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE
Esse princípio está diretamente relacionado com a finalidade pública (bem comum coletivo).
Sendo assim, a administração não pode atuar com o intuito de prejudicar ou beneficiar
determinada pessoa. A exemplo da ordem impessoal para o pagamento de precatórios. Assim
como, de modo inverso, também não pode beneficiar o próprio administrador público. Nesse
sentido é vedado o uso de símbolos, nomes, imagens que caracterizem a promoção pessoal do
agente público.
No campo infraconstitucional, esse princípio também aparece expresso, a exemplo da Lei nº
9.784/99, Lei nº 8.666/93, vejamos:
www.acasadoconcurseiro.com.br 605
Art. 37 – § 1º – A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e
campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo
ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos
ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou
servidores públicos.
Art. 100 – § 6º As dotações orçamentárias e os créditos abertos serão
CF/88
consignados diretamente ao Poder Judiciário, cabendo ao Presidente
do Tribunal que proferir a decisão exequenda determinar o pagamento
integral e autorizar, a requerimento do credor e exclusivamente para os
casos de preterimento de seu direito de precedência ou de não alocação
orçamentária do valor necessário à satisfação do seu débito, o sequestro
da quantia respectiva.
Art. 2º A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios
da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade,
moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse
público e eficiência.
Parágrafo único. Nos processos administrativos serão observados, entre
outros, os critérios de:
[...]
III – objetividade no atendimento do interesse público, vedada a promoção
Lei nº 9.784/99 pessoal de agentes ou autoridades;
Art. 18. É impedido de atuar em processo administrativo o servidor ou
autoridade que:
I – tenha interesse direto ou indireto na matéria;
II – tenha participado ou venha a participar como perito, testemunha
ou representante, ou se tais situações ocorrem quanto ao cônjuge,
companheiro ou parente e afins até o terceiro grau;
III – esteja litigando judicial ou administrativamente com o interessado ou
respectivo cônjuge ou companheiro.
Art. 3º A licitação destina-se a garantir a observância do princípio
constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para
a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável
Lei nº 8.666/93 e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios
básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da
publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento
convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.
606 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Princípios Constitucionais da Administração Pública – Prof. Cristiano de Souza
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-
se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
[...]
LXXIII – qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a
anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe,
à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e
cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do
ônus da sucumbência;
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: [...]
Tal princípio também foi objeto de análise pelo STF culminando com a publicação da Súmula
Vinculante 13 e reiterada pelas decisões jurisprudenciais, vejamos:
www.acasadoconcurseiro.com.br 607
PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE
Esse princípio está atrelado ao direito de acesso dos indivíduos a informações de seu interesse
e de transparência na atuação da administração pública. Encontramos fundamento jurídico na
Constituição Federal desses direitos, vejamos:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-
se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
[...]
XXXIII – todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu
interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no
prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;
XXXIV – são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra
ilegalidade ou abuso de poder;
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e
esclarecimento de situações de interesse pessoal;
LXXII – conceder-se-á "habeas-data":
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante,
constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de
caráter público;
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso,
judicial ou administrativo;
608 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Princípios Constitucionais da Administração Pública – Prof. Cristiano de Souza
PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA
Acrescentado pela EC nº 19/98 busca a economicidade, redução de desperdício, qualidade no
serviço público e rendimento funcional. Ou seja, busca os melhores resultados por meio da
aplicação da lei. São exemplos desse instituto, vejamos:
www.acasadoconcurseiro.com.br 609
b) Indisponibilidade do interesse público: reflete os direitos dos administrados. Significa
que o agente público não é dono do interesse por eles tutelados. Sendo assim, não cabe
transação desses direitos.
OBS: Tanto a doutrina majoritária como o STF entende que os Supraprincípios não são
absolutos, podendo em casos excepcionais serem relativizados. Ex: compromisso arbitral.
610 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo
PODER VINCULADO
Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela
se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada
mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito
tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente
a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a
matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo
e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível.
Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e
obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional.
www.acasadoconcurseiro.com.br 611
Art. 143. A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada
a promover a sua apuração imediata, mediante sindicância ou processo administrativo
disciplinar, assegurada ao acusado ampla defesa.
PODER DISCRICIONÁRIO
Lei 8.112/90 – Art. 130. A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas
punidas com advertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem
infração sujeita a penalidade de demissão, não podendo exceder de 90 (noventa) dias.
[...]
§ 2º Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão
poderá ser convertida em multa, na base de 50% (cinquenta por cento) por dia
de vencimento ou remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecer em
serviço.
DO PODER HIERÁRQUICO
612 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Poderes Hierárquico - Vinculado e Discricionário – Prof. Cristiano de Souza
O poder hierárquico tem como objetivo ordenar, coordenar, controlar e corrigir as atividades
administrativas, no âmbito interno da Administração Pública. Pela hierarquia é imposta ao
subalterno a estrita obediência das ordens e instruções legais superiores, além de se definir a
responsabilidade de cada um.
Naturalmente, do poder hierárquico decorrem certas faculdades implícitas ao superior, tais
como editar atos normativos (resoluções, portarias, instruções) dar ordens aos subordinados
e controlar e fiscalizar o seu cumprimento, delegar e avocar atribuições e rever atos dos
inferiores anulando ou revogando, aplicar sanções em caso de infrações disciplinares.
A subordinação é decorrente do poder hierárquico e admite todos os meios de controle do
superior sobre o inferior. Não confundir com a vinculação, pois é resultante do poder de
supervisão ministerial sobre a entidade vinculada ( e não subordinada. Ex: administração
indireta) e é exercida nos limites que a lei estabelece, sem retirar a autonomia do ente
supervisionado.
Por fim, cabe salientar que a delegação de atribuições de um órgão público para outra pessoa
jurídica configura exemplo de descentralização administrativa, criando-se uma vinculação da
pessoa jurídica criada com a pasta ministerial responsável pelo assunto (relação horizontal). De
forma diferente acontece quando criamos outro órgão dentro da mesma estrutura, nesse caso
ocorrerá uma desconcentração derivada do poder de delegar, pois está delegando parte de sua
competência, nesse caso, há uma relação vertical de hierarquia entre superior e subordinado.
No âmbito federal, há permissão de delegação de forma expressa na Lei nº 9.784/99:
Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento legal,
delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam
hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole
técnica, social, econômica, jurídica ou territorial.
Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo aplica-se à delegação de competência dos
órgãos colegiados aos respectivos presidentes.
Contudo, nem todas as atribuições são passíveis de delegação para outro órgão ou entidade,
pois como regra a competência é indelegável, salvo nos casos permitidos por lei. No âmbito
federal, há vedação expressa na Lei nº 9.784/99 vedando a delegação de determinadas
matérias, vejamos:
www.acasadoconcurseiro.com.br 613
Art. 13. Não podem ser objeto de delegação:
I – a edição de atos de caráter normativo;
II – a decisão de recursos administrativos;
III – as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade.
614 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo
PODER DISCIPLINAR
www.acasadoconcurseiro.com.br 615
Segundo Di Pietro, o poder disciplinar, de fato, destina-se aos servidores públicos e, além
deles, aos particulares que possuam vínculo jurídico específico com a Administração, como
concessionários e permissionários de serviços públicos. Já os empregados terceirizados
não se submetem ao poder disciplinar, porquanto não mantêm relação de subordinação à
Administração, e sim aos seus respectivos empregadores. Aliás, a característica fundamental
da terceirização lícita, como ensina a boa doutrina, é, precisamente, a inexistência de
subordinação e pessoalidade entre os empregados e o tomador do serviço.
Atenção: A aplicação de multa ao estabelecimento comercial não decorre do poder disciplinar
da administração pública, pois não há vínculo direto e/ou contratual com a administração.
Nesse caso a administração exerce o poder de polícia de fiscalização. Da mesma forma ocorre
na aplicação de multa pela administração pública a restaurante que violou norma de vigilância
sanitária, pois tal conduta não se inclui no âmbito do poder disciplinar.
616 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo
SERVIÇOS PÚBLICOS
2. Polícia administrativa;
3. Atividades de fomento;
Exclui:
2. Polícia administrativa;
3. Atividades de fomento;
www.acasadoconcurseiro.com.br 617
Exclui:
2. Polícia administrativa;
3. Atividades de fomento;
FORMA DE PRESTAÇÃO:
2. DESCENTRALIZADA:
a) Por serviço: o serviço é prestado por entidade da administração indireta, a qual a lei
transfere a titularidade = outorga legal.
b) Por colaboração: o serviço é prestado por particulares mediante delegação. (art. 175, CF)
618 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Delegação e Serviços Públicos – Prof. Cristiano de Souza
www.acasadoconcurseiro.com.br 619
Princípios utilizados nos Serviços Públicos
620 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo
Elementos ou Requisitos
Os elementos estão elencados na Lei nº 4.717/1965 (Lei de ação popular), senão vejamos:
Art. 2º São nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades mencionadas no artigo
anterior, nos casos de:
a) incompetência;
b) vício de forma;
c) ilegalidade do objeto;
d) inexistência dos motivos;
e) desvio de finalidade.
Parágrafo único. Para a conceituação dos casos de nulidade observar-se-ão as
seguintes normas:
a) a incompetência fica caracterizada quando o ato não se incluir nas atribuições legais
do agente que o praticou;
b) o vício de forma consiste na omissão ou na observância incompleta ou irregular de
formalidades indispensáveis à existência ou seriedade do ato;
c) a ilegalidade do objeto ocorre quando o resultado do ato importa em violação de lei,
regulamento ou outro ato normativo;
d) a inexistência dos motivos se verifica quando a matéria de fato ou de direito, em
que se fundamenta o ato, é materialmente inexistente ou juridicamente inadequada
ao resultado obtido;
e) o desvio de finalidade se verifica quando o agente pratica o ato visando a fim diverso
daquele previsto, explícita ou implicitamente, na regra de competência.
www.acasadoconcurseiro.com.br 621
Conceitos Doutrinários:
a) Sujeito competente – Aquele a quem a lei atribui competência para a prática do ato. É
vinculado. Admite convalidação somente em alguns casos (ex.: ato praticado por autoridade
incompetente). Contudo, no caso de excesso de poder o ato será nulo, não passível de
convalidação. Por fim, cabe salientar que admite delegação e avocação, salvo nos casos
elencados no art. 13 da lei nº 9.784/1999.
622 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Atos Administrativos – Prof. Cristiano do Souza
se tratar de medida urgente. (ex: guinchar um carro em local proibido; dispersão de passeata
ilegal; interdição de estabelecimento)
d) Exigibilidade: é a capacidade de aplicar punição aos particulares por violação de normas.
Não está presente em todos os atos a exemplo dos atos enunciativos. (Ex.: multa de trânsito)
e) Tipicidade: é a característica pela qual o ato administrativo deve corresponder a figuras
definidas previamente pela lei como aptas a produzir determinados resultados. Está presente
nos atos unilaterais. Não está presente nos contratos, pois são bilaterais.
www.acasadoconcurseiro.com.br 623
Espécies:
Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de
legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados
os direitos adquiridos.
Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem
prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados
pela própria Administração.
Portanto, a Administração Pública pode Anular ou Revogar seus atos administrativos; Sendo
assim, no exercício do poder de autotutela poderá rever seus próprios atos.
Por outro lado, o Poder Judiciário não pode revogar atos da administração pública, pois tem
competência apenas para a análise de legalidade e não de conveniência ou oportunidade.
Cabe lembrar que o enquanto não for revogado o ato administrativo, será ele considerado
legítimo e eficaz.
Obs. 1: efeitos decorrentes:
a) Da anulação: EX TUNC; (retroage a data de início dos efeitos do ato)
b) Da revogação: EX NUNC; (produz efeitos só para o futuro)
c) Da convalidação: EX TUNC (pois convalida os atos viciados)
624 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Atos Administrativos – Prof. Cristiano do Souza
Prescrição/Decadência:
www.acasadoconcurseiro.com.br 625
Direito Administrativo
Alguns autores ao tratar deste assunto utilizam o termo requisitos, elementos, pressupostos,
condições de validade, componentes, partes integrantes, independente da denominação são
essenciais para a validade do ato e para a produção de seus efeitos.
Hely Lopes Meirelles menciona como sendo cinco os requisitos necessários à formação do ato:
competência, finalidade, forma, motivo e objeto.
É importantíssimo salientar que a Lei de Ação Popular (Lei nº 4.717/65), enumera no seu artigo
2º, os seguintes elementos: competência, forma, objeto, motivo e finalidade, conceituando-os
no parágrafo único do mesmo artigo.
Art. 2º São nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades mencionadas no artigo anterior, nos
casos de:
a) incompetência;
b) vício de forma;
c) ilegalidade do objeto;
d) inexistência dos motivos;
e) desvio de finalidade.
Parágrafo único. Para a conceituação dos casos de nulidade observar-se-ão as seguintes
normas:
a) a incompetência fica caracterizada quando o ato não se incluir nas atribuições legais do
agente que o praticou;
b) o vício de forma consiste na omissão ou na observância incompleta ou irregular de
formalidades indispensáveis à existência ou seriedade do ato;
c) a ilegalidade do objeto ocorre quando o resultado do ato importa em violação de lei,
regulamento ou outro ato normativo;
d) a inexistência dos motivos se verifica quando a matéria de fato ou de direito, em que se
fundamenta o ato, é materialmente inexistente ou juridicamente inadequada ao resultado
obtido;
e) o desvio de finalidade se verifica quando o agente pratica o ato visando a fim diverso daquele
previsto, explícita ou implicitamente, na regra de competência.
www.acasadoconcurseiro.com.br 627
Maria Sylvia Zanella Di Pietro, procurou denomina-los como elementos do ato administrativo,
utilizando os cinco contidos no artigo 2º da Lei 4.717/65, porém em relação ao elemento
competência procurou utilizar o termo Sujeito, alegando que “a competência é apenas um dos
atributos que ele deve ter para validade do ato; além de competente, deve ser capaz, nos termos
do Código Civil Desta forma, para ela são apenas cinco os elementos do ato administrativo:
sujeito, objeto, a forma, o motivo e a finalidade.
1. COMPETÊNCIA
Competência nada mais é de um poder-dever legal atribuído a alguém para à prática de um ato
administrativo, sendo a competência a condição primeira de sua validade.
Agente competente significa o representante do poder público a quem o texto legal confere
atribuições que o habilitam a editar determinados atos administrativos. No direito público, as
atribuições de cada órgão ou autoridade recebem o nome de competência.
A distribuição de competência do agente se efetua com base em vários critérios:
A) Em razão da Matéria: incluídas entre suas atribuições, levando-se em conta o grau
hierárquico e possível delegação (competência “ratione materiae”);
B) Em razão do território: em que as funções são desempenhadas (competência “ratione
loci”), de muita relevância num Estado federal;
C) Em razão do tempo: para o exercício das atribuições, com início a partir da investidura
legal e término na data da demissão, exoneração, término de mandato, falecimento,
aposentadoria, revogação da delegação etc. (competência “ratione temporis”).
D) Em razão do fracionamento: a competência pode ser distribuída por órgãos diversos,
quando se trata de procedimento ou de atos complexos, com a participação de vários
órgãos ou agentes
Para Di Pietro “sujeito é aquele a quem a lei atribui competência para a prática do ato”, sendo
que no direito civil o sujeito precisa ter capacidade, e no direito administrativo, além da
capacidade o sujeito precisa ter competência.
Portanto, competência é o conjunto de atribuições das pessoas jurídicas, órgãos e agentes,
fixadas pela lei.
628 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Elementos ou Requisitos do Ato Administrativo – Prof. Cristiano de Souza
Conclusão: a competência não é presumida, pois é sempre legal, vez que nasce da lei
em sentido amplo.
2. FINALIDADE
A finalidade nada mais é do que o interesse público a atingir = resultado, independente se o ato
seja discricionário ou vinculado, porque o direito positivo não admite ato administrativo sem
finalidade pública ou desviado de sua finalidade específica. Sendo assim, a finalidade é o efeito
mediato.
Para Di Pietro, pode-se falar em fim ou finalidade em dois sentidos diferentes:
a) Em sentido amplo: a finalidade sempre corresponde à consecução de um resultado de
interesse público; nesse sentido, se diz que o ato administrativo tem que ter sempre
finalidade pública;
b) Em sentido restrito: finalidade é o resultado específico que cada ato deve produzir,
conforme definido na lei; nesse sentido, se diz que a finalidade do ato administrativo é
sempre a que decorre explícita ou implicitamente da lei.
3. FORMA
Segundo Hely Lopes Meirelles, “a inexistência da forma induz a inexistência do ato
administrativo”. A forma nada mais é do que a exteriorização do ato administrativo, o qual
constitui requisito vinculado e imprescindível à sua perfeição.
Como regra, os atos administrativos são escritos, porém há casos em que se admite atos
administrativos verbais ou mesmo por sinais convencionais, entretanto são raramente
utilizados.
Hely Lopes Meirelles, também diferencia a forma do ato administrativo com o procedimento
administrativo:
A doutrina divide a forma em duas concepções:
a) Uma concepção restrita: que considera forma como a exteriorização do ato, ou seja, o
modo pelo qual a declaração se exterioriza; nesse sentido, fala-se que o ato pode ter a
forma escrita ou verbal, de decreto, portaria, resolução etc.;
b) Uma concepção ampla: que inclui no conceito de forma, não só a exteriorização do ato,
mas também todas as formalidades que devem ser observadas durante o processo de
formação da vontade da Administração, e até os requisitos concernentes à publicidade do
ato.
Segundo Di Pietro, na concepção restrita de forma, “considera-se cada ato isoladamente, e na
concepção ampla, considera-se o ato dentro de um procedimento. Procedimento nada mais é
do que uma sucessão de atos administrativos.
www.acasadoconcurseiro.com.br 629
4. MOTIVO
Segundo Hely Lopes Meirelles, “motivo ou causa é a situação de direito ou de fato que
determina ou autoriza a realização do ato administrativo”.
Di Pietro, conceitua motivo como “pressuposto de fato e de direito que serve de fundamento ao
ato administrativo”.
a) Pressuposto de direito é o dispositivo legal em que se baseia o ato.
b) Pressuposto de fato, como o próprio nome indica, corresponde ao conjunto de
circunstâncias, de acontecimentos, de situações que levam a Administração a praticar o
ato.
Segundo a autora, motivação é a exposição dos motivos, ou seja, é a demonstração, por escrito,
de que os pressupostos de fato realmente existiram. Conclui que a motivação é necessária
tanto para os atos discricionários, quanto para os atos vinculados, para garantir a legalidade do
ato administrativo.
Vinculado com o motivo, há a teoria dos motivos determinantes em consonância com a qual a
validade do ato se vincula aos motivos indicados como seu fundamento, de tal modo que, se
inexistentes ou falsos, implicam a sua nulidade. Por outras palavras, quando a Administração
motiva o ato, mesmo que a lei não exija a motivação, ele só será válido se os motivos forem
verdadeiros.
Veja julgamento recente do STJ sobre o tema:
Há direito líquido e certo ao apostilamento no cargo público quando a Administração Pública
impõe ao servidor empossado por força de decisão liminar a necessidade de desistência
da ação judicial como condição para o apostilamento e, na sequência, indefere o pleito
justamente em razão da falta de decisão judicial favorável ao agente. O ato administrativo de
apostilamento é vinculado, não cabendo ao agente público indeferi-lo se satisfeitos os seus
requisitos. O administrador está vinculado aos motivos postos como fundamento para
a prática do ato administrativo, seja vinculado seja discricionário, configurando vício de
legalidade – justificando o controle do Poder Judiciário – se forem inexistentes ou inverídicos,
bem como se faltar adequação lógica entre as razões expostas e o resultado alcançado, em
atenção à teoria dos motivos determinantes. Assim, um comportamento da Administração
que gera legítima expectativa no servidor ou no jurisdicionado não pode ser depois utilizado
exatamente para cassar esse direito, pois seria, no mínimo, prestigiar a torpeza, ofendendo,
assim, aos princípios da confiança e da boa-fé objetiva, corolários do princípio da moralidade.
(STJ. MS 13.948-DF, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 26/9/2012)
630 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Elementos ou Requisitos do Ato Administrativo – Prof. Cristiano de Souza
Para finalizar, cabe ressaltar a disposição legal sobre o tema previsto na Lei nº 9.784/99 (Regula
o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal).
DA MOTIVAÇÃO
Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos
jurídicos, quando:
I – neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;
II – imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;
III – decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública;
IV – dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório;
V – decidam recursos administrativos;
VI – decorram de reexame de ofício;
VII – deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de pareceres,
laudos, propostas e relatórios oficiais;
VIII – importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo.
§ 1º A motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo consistir em declaração de
concordância com fundamentos de anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas,
que, neste caso, serão parte integrante do ato.
§ 2º Na solução de vários assuntos da mesma natureza, pode ser utilizado meio mecânico que
reproduza os fundamentos das decisões, desde que não prejudique direito ou garantia dos
interessados.
§ 3º A motivação das decisões de órgãos colegiados e comissões ou de decisões orais constará
da respectiva ata ou de termo escrito.
5. OBJETO
Segundo Hely Lopes Meirelles, “todo ato administrativo tem por objeto a criação, modificação
ou comprovação de situações jurídicas concernentes a pessoas, coisas ou atividades sujeitas à
ação do Poder Público”.
Di Pietro, “objeto ou conteúdo é o efeito jurídico imediato que o ato produz”. Conclui ainda,
que ato administrativo é uma espécie de ato jurídico, desta forma, o objeto deve ser lícito,
possível, certo e por fim moral.
www.acasadoconcurseiro.com.br 631
ATENÇÃO: O MÉRITO do ato administrativo está nos elementos MOTIVO e OBJETO,
pois são discricionário.
•• Os elementos da Competência, Forma e Finalidade são sempre VINCULADOS.
632 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo
José dos Santos Carvalho Filho conceitua o ato administrativo como “a exteriorização da
vontade de agentes da Administração Pública ou de seus delegatários, nessa condição, que,
sob regime de direito público, vise à produção de efeitos jurídicos, com o fim de atender ao
interesse público”.
Atributos do Ato Administrativo representam então as qualidades e os adjetivos dessa
exteriorização de vontade, que serão divididas em Presunção de Legitimidade, Imperatividade,
Autoexecutoriedade e Tipicidade.
1. PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE
Esse atributo presume que o ato administrativo origina-se em conformidade com a lei, ou seja,
com observância às regras estabelecidas nas normas legais, que vão determinar sua emissão.
Para Celso Antônio Bandeira de Mello, “é a qualidade, que reveste tais atos, de se presumirem
verdadeiros e conformes ao Direito, até prova em contrário. Isto é: milita em favor deles uma
presunção “juris tantum” de legitimidade; salvo expressa disposição legal, dita presunção
só existe até serem questionados em juízo. Esta, sim, é uma característica comum aos atos
administrativos em geral; as subsequentes referidas não se aplicam aos atos ampliativos”.
Já José dos Santos Carvalho Filho explica que “essa característica não depende de lei expressa,
mas deflui da própria natureza do ato administrativo, como ato emanado de agente integrante
da Estrutura do Estado”.
Por fim, Maria Sylvia Zanella di Pietro, ensina que “a presunção de legitimidade diz respeito
à conformidade do ato com a lei; em decorrência desse atributo, presume-se, até prova em
contrário, que os atos administrativos foram emitidos com observância na lei. A presunção de
veracidade diz respeito aos fatos; em decorrência desse atributo, presumem-se verdadeiros
os fatos alegados pela Administração. Assim ocorre com relação às certidões, atestados,
declarações, informações por ela fornecidos, todos dotados de fé pública”.
www.acasadoconcurseiro.com.br 633
2. IMPERATIVIDADE
3. AUTOEXECUTORIEDADE
Característica peculiar onde a Administração após a prática do ato, executa e atinge seu
objetivo, sem a necessidade de intervenção do Poder Judiciário. Nas palavras de José dos
Santos Carvalho Filho, “a autoexecutoriedade tem como fundamento jurídico a necessidade
de salvaguardar com rapidez e eficiência o interesse público, o que não ocorreria se a cada
momento tivesse que submeter suas decisões ao crivo do Judiciário. Além do mais, nada
justificaria tal submissão, uma vez que assim como o Judiciário tem a seu cargo uma das
funções estatais – a função jurisdicional - , a Administração também tem a incumbência de
exercer função estatal – a função administrativa”.
Maria Sylvia Zanella Di Pietro ensina que a “a Administração pode autoexecutar as suas
decisões, com meios coercitivos próprios, sem necessidade de intervenção do poder judiciário”.
Contudo, faz uma diferenciação entre exigibilidade e executoriedade, vejamos:
a) Exigibilidade: a administração toma decisões executórias criando obrigações para o
particular sem a necessidade de ir preliminarmente a juízo;
b) Executoriedade: privilégio da ação de oficio que permite à administração executar
diretamente a sua decisão pelo uso da força.
Sendo assim, na exigibilidade são utilizados meios indiretos de coerção, definidos em lei, como
as sanções punitivas, tipo multas, em caso de descumprimento à obrigação decorrente do ato;
e na executoriedade, onde há o emprego de meios diretos de coerção, podendo se valer até do
uso da força, se houver a necessidade de prevalência do interesse coletivo diante de situação
emergente, onde há o risco à saúde e à segurança, ou nos casos previstos em lei.
Nesse mesmo sentido, Celso Antônio Bandeira de Mello enfatiza que “a executoriedade não se
confunde com a exigibilidade”. Há atos que possuem exigibilidade e não tem executoriedade.
Nesse caso, a Administração pode intimar o administrado a realizar uma construção de calçada
em frente à casa. A obrigação é exigível, mas não executável, porque não caberia o uso direto
da coerção, da força inclusive, para o cumprimento do ato. Na situação da construção, se não
634 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Atributos do Ato Administrativo – Prof. Cristiano de Souza
cumprida, pode resultar em uma penalidade, como multa, ao administrado, sem a necessidade
do reconhecimento do Judiciário ao direito da Administração penalizar tal descumprimento.
4. TIPICIDADE
Conceitua Maria Sylvia Zanella Di Pietro “é o atributo pelo qual o ato administrativo deve
corresponder a figuras definidas previamente pela lei como aptas a produzir determinados
resultados. Para cada finalidade que a Administração pretende alcançar existe um ato definido
em lei”. Assim, esse atributo assegura aos administrados que a Administração não praticará
atos inominados (sem previsão legal), portanto, todos os seus atos atendem ao princípio da
legalidade, ou seja, estão definidos em lei.
Importante salientar que o atributo da tipicidade só existe com relação aos atos unilaterais.
Não existe nos contratos porque não imposição de vontade da administração, visto que
depende da aceitação do particular.
www.acasadoconcurseiro.com.br 635
Direito Administrativo
A classificação dos atos administrativos não é pacífica entre os doutrinadores. Porém, vamos
apresentar uma classificação mais usual e aceita em concursos, vejamos:
www.acasadoconcurseiro.com.br 637
ATOS DE São os destinados a conferir andamento aos processos e papéis nas
EXPEDIENTE repartições públicas, sem qualquer conteúdo decisório.
638 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo
Maria Sylvia Zanella Di Pietro aponta a seguinte divisão: atos administrativos quanto ao
conteúdo e quanto à forma de que se revestem. Quanto ao conteúdo, os atos administrativos
podem ser negociais (autorização, licença, permissão e admissão), de controle (aprovação e
homologação) e enunciativos (parecer e visto). Quanto à forma, destacam-se os seguintes atos:
decreto, portaria, resolução, circular, despacho e alvará.
www.acasadoconcurseiro.com.br 639
ATOS ADMINISTRATIVOS DE CONTROLE
640 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Espécies de Ato Administrativo – Prof. Cristiano de Souza
Mas, segundo Hely Lopes Meirelles, podemos agrupar os atos administrativos em 5 cinco tipos:
www.acasadoconcurseiro.com.br 641
São todos aqueles em que a Administração se limita a
certificar ou a atestar um fato, ou emitir uma opinião sobre
determinado assunto, constantes de registros, processos e
ATOS ENUNCIATIVOS
arquivos públicos, sendo sempre, por isso, vinculados quanto
ao motivo e ao conteúdo. Exemplos: certidões, atestados e
pareceres.
São aqueles que contêm uma sanção imposta pela lei e
aplicada pela Administração, visando a punir as infrações
administrativas e condutas irregulares de servidores ou
ATOS PUNITIVOS
de particulares perante a Administração. Exemplos: multa
administrativa, interdição administrativa, destruição de coisas
e afastamento temporário de cargo ou função pública.
QUANTO À VALIDADE
642 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Espécies de Ato Administrativo – Prof. Cristiano de Souza
QUANTO À EXECUTABILIDADE
www.acasadoconcurseiro.com.br 643
Direito Administrativo
Os atos administrativos podem ser acometidos de vícios ou defeitos capazes de afetar cada um
de seus elementos: sujeito, objeto, forma, motivo e a finalidade, comprometendo a validade
do ato ou de seus efeitos. Vamos analisar os vícios em cada elemento. Vejamos:
www.acasadoconcurseiro.com.br 645
Art. 141. As penalidades disciplinares serão aplicadas:
I – pelo Presidente da República, pelos Presidentes das Casas do Poder Legislativo e dos
Tribunais Federais e pelo Procurador-Geral da República, quando se tratar de demissão e
cassação de aposentadoria ou disponibilidade de servidor vinculado ao respectivo Poder,
órgão, ou entidade;
II – pelas autoridades administrativas de hierarquia imediatamente inferior àquelas
mencionadas no inciso anterior quando se tratar de suspensão superior a 30 (trinta) dias;
III – pelo chefe da repartição e outras autoridades na forma dos respectivos regimentos ou
regulamentos, nos casos de advertência ou de suspensão de até 30 (trinta) dias;
IV – pela autoridade que houver feito a nomeação, quando se tratar de destituição de cargo em
comissão.
Os vícios de capacidade referem-se ao impedimento e à suspeição. O impedimento gera uma
presunção absoluta de incapacidade, enquanto que a suspeição acarreta apenas presunção
relativa de incapacidade. Veja os art. 18, 19 e 20, ambos da Lei 9.784/99:
Art. 18. É impedido de atuar em processo administrativo o servidor ou autoridade que:
I – tenha interesse direto ou indireto na matéria;
II – tenha participado ou venha a participar como perito, testemunha ou representante, ou se
tais situações ocorrem quanto ao cônjuge, companheiro ou parente e afins até o terceiro grau;
III – esteja litigando judicial ou administrativamente com o interessado ou respectivo cônjuge
ou companheiro.
Art. 19. A autoridade ou servidor que incorrer em impedimento deve comunicar o fato à autoridade
competente, abstendo-se de atuar.
Parágrafo único. A omissão do dever de comunicar o impedimento constitui falta grave, para
efeitos disciplinares.
Art. 20. Pode ser arguida a suspeição de autoridade ou servidor que tenha amizade íntima ou
inimizade notória com algum dos interessados ou com os respectivos cônjuges, companheiros,
parentes e afins até o terceiro grau.
O objeto do ato, além de lícito, deve ser possível, moral e determinado, diz-se que haverá vício
quanto ao objeto se for ilícito, impossível, imoral e indeterminado.
Maria Sylvia Zanella Di Pietro oferece os seguintes exemplos de vícios quanto ao objeto:
a) ato proibido por lei: desapropriação de imóvel do Estado membro pelo Município;
b) ato impossível: nomeação para cargo inexistente;
646 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Anulação e Invalidação de Atos Administrativos – Prof. Cristiano de Souza
c) ato imoral: parecer feito sob encomenda apesar de contrário ao entendimento de quem o
profere;
d) ato indeterminado: desapropriação de bem não definido com precisão.
Haverá vício quanto ao motivo se ele for inexistente ou falso. Portanto, o motivo é o pressuposto
de fato e de direito que autoriza a prática do ato. Não existindo o pressuposto de fato ou o
pressuposto de direito, o ato será viciado.
Exemplo de inexistência de pressuposto de direito: ato praticado com fundamento em norma
revogada.
Exemplo de inexistência de pressuposto de fato: demissão de servidor em razão de abandono
de cargo e posterior verificação de seu falecimento, razão única do não comparecimento ao
serviço.
www.acasadoconcurseiro.com.br 647
CONVALIDAÇÃO
ANULAÇÃO OU INVALIDAÇÃO
A ANULAÇÃO é a retirada do ato administrativo por razões de ilegalidade. Atinge, portanto, ato
inválido. Opera efeitos “ex tunc”, desde então, a partir da expedição do ato administrativo ora
anulado, já que ato inválido não pode gerar efeitos.
Tanto a Administração Pública quanto o Judiciário podem anular os atos administrativos que se
encontrem viciados.
A Administração Pública o faz pelo poder de autotutela podendo anular o ato de ofício ou
desde que provocada. O Judiciário o faz no exercício do controle de legalidade, mas depende
de provocação para analisar a legalidade do ato administrativo.
A anulação do ato administrativo pelo exercício da autotutela está consagrada em duas Súmulas
do STF, 346 e 473, vejamos:
SÚMULA Nº 346 – STF – de 13/12/1963 – Enunciado: A administração pública pode declarar a
nulidade dos seus próprios atos.
SÚMULA Nº 473 – STF – de 03/12/1969 – Enunciado: A administração pode anular seus próprios
atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou
revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e
ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
Esse assunto também encontra respaldo jurídico na Lei 9.784/99, vejamos:
648 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Anulação e Invalidação de Atos Administrativos – Prof. Cristiano de Souza
Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e
pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.
Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos
favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados,
salvo comprovada má-fé.
§ 1º No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de decadência contar-se-á da percepção
do primeiro pagamento.
§ 2º Considera-se exercício do direito de anular qualquer medida de autoridade administrativa
que importe impugnação à validade do ato.
REVOGAÇÃO
A revogação implica retirada do ato por razões de conveniência e oportunidade, extinguindo
ato válido. O ato de revogação é discricionário, porque proporciona ao administrador um
exame de mérito para decidir ou não pela retirada do ato, segundo os critérios da conveniência
e oportunidade. Por isso, os efeitos da revogação operam “ex nunc”, desde agora, isto é, a partir
da revogação para frente.
Diferentemente da anulação, a revogação é privativa da Administração, não cabendo ao
Judiciário, na sua função típica, revogar o ato administrativo, uma vez que não pode decidir
sobre a conveniência e a oportunidade do administrador. Assim, a autoridade que editou o
ato administrativo é normalmente a autoridade competente para a revogação. A autoridade
superior também costuma ter competência para tanto, já que tem poderes de rever o ato de
ofício ou mediante a via recursal pelo efeito devolutivo do recurso.
Veja o art. 55 da Lei 9.784/99 sobre o tema:
Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e
pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.
[...]
Art. 64. O órgão competente para decidir o recurso poderá confirmar, modificar, anular ou revogar,
total ou parcialmente, a decisão recorrida, se a matéria for de sua competência.
[...]
Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos
jurídicos, quando:
[...]
VIII – importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo.
§ 1º A motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo consistir em declaração de
concordância com fundamentos de anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas,
que, neste caso, serão parte integrante do ato.
www.acasadoconcurseiro.com.br 649
LIMITES DA REVOGAÇÃO
1) Os atos vinculados;
3) Por renúncia;
650 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Anulação e Invalidação de Atos Administrativos – Prof. Cristiano de Souza
a) Por revogação;
b) Por invalidade;
c) Cassação: por inadimplência total ou parcial do administrado que não cumpre o
estabelecido em lei ou contrato;
d) Caducidade: quando norma superveniente torna inadmissível a situação antes permitida;
e) Contraposição: quando emitido ato com fundamento em competência diversa que gerou
o ato anterior. Exemplo da exoneração de servidor que tem efeitos contrapostos da
nomeação.
www.acasadoconcurseiro.com.br 651
Direito Administrativo
CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
Noções Gerais
CONTRATOS DA ADMINISTRAÇÃO
CONTRATOS DA ADMINISTRAÇÃO
CONCEITO
Para Hely Lopes: Ajuste que a administração pública, agindo nessa qualidade, firma com o
particular ou com outra entidade administrativa, para consecução de objetivos de interesse
público, nas condições desejadas pela própria administração.
Para Maria Sylvia: Ajuste que a administração, nessa qualidade, celebra com pessoa física
ou jurídica pública ou privada, para consecução de fins públicos, segundo regime jurídico de
direito privado.
www.acasadoconcurseiro.com.br 653
Características dos Contratos Administrativos
•• Acordo de vontades ou seja bilateral;
•• Incidência de prerrogativas especais;
•• Regime jurídico de direito público;
654 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Conceito, Espécie e Características – Prof. Cristiano de Souza
- Exigência de garantias
- Alteração unilateral dos contrato
- Rescisão unilateral do contrato
- Fiscalização
- Aplicação de penalidades
- Ocupação temporária
www.acasadoconcurseiro.com.br 655
Cláusulas Exorbitantes nos Contratos
1) EXIGÊNCIA DE GARANTIAS – Conceito
656 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Conceito, Espécie e Características – Prof. Cristiano de Souza
Exceção:
a) Até 10% para obras, serviços e fornecimento de grande vulto de
alta complexidade;
b) Garantia adicional: nos contratos que importem na entrega de
bens pela Administração, dos quais o contratado ficará
depositário, ao valor da garantia deverá ser acrescido o valor
desses bens. (que ficaram em depósito).
www.acasadoconcurseiro.com.br 657
Cláusulas Exorbitantes nos Contratos
2) Alteração Unilateral do Contrato - conceito
658 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Conceito, Espécie e Características – Prof. Cristiano de Souza
www.acasadoconcurseiro.com.br 659
Cláusulas Exorbitantes nos Contratos
3) Rescisão Unilateral do Contrato – conceito
i) Inadimplemento do contrato;
ii) Interesse público, justificado pela autoridade máxima em
processo administrativo a que está subordinado o contratante;
iii) Caso fortuito ou força maior.
660 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Conceito, Espécie e Características – Prof. Cristiano de Souza
www.acasadoconcurseiro.com.br 661
Cláusulas Exorbitantes nos Contratos
4) Fiscalização
- Advertência
- Multa
- Suspensão temporária
- Declaração de inidoneidade
662 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Conceito, Espécie e Características – Prof. Cristiano de Souza
www.acasadoconcurseiro.com.br 663
Cláusulas Exorbitantes nos Contratos
5) Aplicação de Penalidades
SUSPENSÃO TEMPORÁRIA:
DECLARAÇÃO DE INIDONEIDADE
- Abrange a suspensão temporária de licitar e contratar com a
administração pelo motivo de inexecução total ou parcial do
contrato.
- Duração Mínimo 2 anos; (pedido de reabilitação após o prazo)
- Competência exclusiva do Ministro de Estado, Secretário Estadual
e Secretário Municipal.
664 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Conceito, Espécie e Características – Prof. Cristiano de Souza
Hipóteses:
i) Como medida acautelatória para apuração de irregularidades na
execução do contrato = objetivo é apurar irregularidades.
ii) Imediatamente após a rescisão unilateral do contrato = objetivo
é assegurar a prestação do serviço público.
www.acasadoconcurseiro.com.br 665
Direito Administrativo
LICITAÇÕES E CONTRATOS
Art. 1º Para aquisição de bens e serviços comuns, poderá ser adotada a licitação na modalidade de
pregão, que será regida por esta Lei.
Parágrafo único. Consideram-se bens e serviços comuns, para os fins e efeitos deste artigo,
aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo
edital, por meio de especificações usuais no mercado.
www.acasadoconcurseiro.com.br 667
Art. 21. Compete à União:
XI – explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços de
telecomunicações, nos termos da lei, que disporá sobre a organização dos serviços, a criação
de um órgão regulador e outros aspectos institucionais;
XII – explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão:
a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens;
b) os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos cursos de
água, em articulação com os Estados onde se situam os potenciais hidroenergéticos;
c) a navegação aérea, aeroespacial e a infra-estrutura aeroportuária;
d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras
nacionais, ou que transponham os limites de Estado ou Território;
e) os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros;
f) os portos marítimos, fluviais e lacustres;
Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou
permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.
668 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo
Casos especiais:
a) Repartições sediadas no exterior:
Art. 123. Em suas licitações e contratações administrativas, as repartições sediadas no exterior
observarão as peculiaridades locais e os princípios básicos desta Lei, na forma de regulamentação
específica.
Casos especiais:
b) Empresas públicas (E.P.) e Sociedade de Economia Mista (S.E.M.)
Regra: submetem-se a lei 8.666/93 – art. 173, §1º da CF.
Exceção1: para contratação de bens e serviços que constituam sal atividade FIM.
Exceção2: Petrobras – STF – utiliza o Regulamento de Procedimento licitatório Simplificado –
Decreto 2.745/98 c/c art. 67 da Lei 9.478/97)
www.acasadoconcurseiro.com.br 669
Casos especiais:
c) Entidades Paraestatais:
•• Não integram a administração pública em sentido formal;
•• Portanto, não precisam licitar;
•• Mas os S.S.A. (serviços sociais autônomos) devem respeitar os princípios da administração
pública para suas contratações – TCU
•• Sofre o controle do TCU.
Finalidades da Licitação
a) Selecionar a proposta mais vantajosa para a administração = melhor relação custo/
benefício;
b) Assegurar a observância do princípio constitucional da isonomia promovendo a competição;
c) Promover o desenvolvimento sustentável no país.
PRINCÍPIOS
1. Legalidade
•• Na administração não há liberdade nem vontade pessoal, pois a ela só é permitido fazer o
que a lei autoriza;
•• Chamada de vontade legal.
2. Impessoalidade
•• Impõe ao administrador a busca do interesse público;
•• Diretamente ligado ao princípio da isonomia e do julgamento objetivo.
3. Igualdade ou Isonomia
•• Veda o estabelecimento de condições que impliquem preferência em favor de licitantes em
detrimento dos demais;
•• Veda as discriminações injustificadas;
•• São vedadas cláusulas e condições que frustrem o caráter da licitação.
3. Igualdade ou Isonomia
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
670 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Licitações – Lei 8.666/93 – Prof. Cristiano de Souza
4. Moralidade
•• Conduta pautada na moral jurídica;
•• Exigência de atuação ética dos agentes envolvidos
5. Publicidade
•• Requisito de eficácia dos contratos oriundos de licitação;
Art. 61. Parágrafo único. A publicação resumida do instrumento de contrato ou de seus aditamentos
na imprensa oficial, que é condição indispensável para sua eficácia, será providenciada pela
Administração até o quinto dia útil do mês seguinte ao de sua assinatura, para ocorrer no prazo de
vinte dias daquela data, qualquer que seja o seu valor, ainda que sem ônus, ressalvado o disposto
no art. 26 desta Lei.
•• Os atos do procedimento licitatório serão públicos, salvo quanto ao sigilo das propostas,
até a abertura dos envelopes;
www.acasadoconcurseiro.com.br 671
6. Adjudicação Compulsória
•• Significa entregar o bem ao vencedor da licitação;
•• Mas, a administração não está obrigada a convocar o vencedor para celebrar o contrato;
8. Julgamento objetivo
A apreciação das propostas ocorre segundo critérios objetivos que devem estar definidos no
instrumento convocatório;
8. Julgamento objetivo
Art. 45. O julgamento das propostas será objetivo, devendo a Comissão de licitação ou o responsável
pelo convite realizá-lo em conformidade com os tipos de licitação, os critérios previamente
estabelecidos no ato convocatório e de acordo com os fatores exclusivamente nele referidos, de
maneira a possibilitar sua aferição pelos licitantes e pelos órgãos de controle.
§ 1º – Para os efeitos deste artigo, constituem tipos de licitação, exceto na modalidade concurso:
I – a de menor preço - quando o critério de seleção da proposta mais vantajosa para a
Administração determinar que será vencedor o licitante que apresentar a proposta de acordo
com as especificações do edital ou convite e ofertar o menor preço;
II – a de melhor técnica;
III – a de técnica e preço.
IV – a de maior lance ou oferta - nos casos de alienação de bens ou concessão de direito real de
uso.
672 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo
Licitações
Alienação de Bens
1) Bens Imóveis:
- Interesse público justificado
- Autorização Prévia
- Autorização Legislativa
- Modalidade Concorrência
- Ressalvadas as hipóteses de licitação dispensada (art. 17, inc. I,
alínea A a I)
www.acasadoconcurseiro.com.br 673
Licitações
Alienação de Bens
Bens Imóveis:
OBS: bens adquiridos de procedimento judiciais ou de dação em
pagamento.
Art. 19. Os bens imóveis da Administração Pública, cuja aquisição
haja derivado de procedimentos judiciais ou de dação em
pagamento, poderão ser alienados por ato da autoridade
competente, observadas as seguintes regras:
I - avaliação dos bens alienáveis;
II - comprovação da necessidade ou utilidade da alienação;
III - adoção do procedimento licitatório, sob a modalidade de
concorrência ou leilão.
Licitações
Alienação de Bens
Bens Móveis:
674 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Licitações - Contratação Direta – Prof. Cristiano de Souza
Licitações
Alienação de Bens
Bens Móveis:
Licitações
Alienação de Bens
Bens Móveis:
- Para venda de móveis avaliados em quantia não superior a R$
650.000,00 (art. 17, §6º) ou para bens inservíveis para a
administração (art. 22, §5º) será permitido o LEILÃO.
www.acasadoconcurseiro.com.br 675
Licitações – Lei 8.666/93
Prof. Cristiano de Souza
Licitações
CONTRATAÇÃO DIRETA
676 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Licitações - Contratação Direta – Prof. Cristiano de Souza
Licitações
CONTRATAÇÃO DIRETA
Licitações
CONTRATAÇÃO DIRETA
www.acasadoconcurseiro.com.br 677
Licitações
CONTRATAÇÃO DIRETA
Licitações
CONTRATAÇÃO DIRETA
Inexigibilidade de Licitação– art. 25
Art. 13. Para os fins desta Lei, consideram-se serviços técnicos profissionais
especializados os trabalhos relativos a:
I - estudos técnicos, planejamentos e projetos básicos ou executivos;
II - pareceres, perícias e avaliações em geral;
III - assessorias ou consultorias técnicas e auditorias financeiras ou
tributárias;
IV - fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras ou serviços;
V - patrocínio ou defesa de causas judiciais ou administrativas;
VI - treinamento e aperfeiçoamento de pessoal;
VII - restauração de obras de arte e bens de valor histórico.
678 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Licitações - Contratação Direta – Prof. Cristiano de Souza
Licitações
CONTRATAÇÃO DIRETA
Licitações
CONTRATAÇÃO DIRETA
www.acasadoconcurseiro.com.br 679
Licitações
CONTRATAÇÃO DIRETA
Motivação obrigatória
Licitações
CONTRATAÇÃO DIRETA
Motivação obrigatória
680 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Licitações - Contratação Direta – Prof. Cristiano de Souza
Licitações
CONTRATAÇÃO DIRETA
Licitações
CONTRATAÇÃO DIRETA
1) Obras, serviços e compras de pequeno valor (art. 24, I e II):
- Obras e serviços de engenharia = até 10% do valor do convite = 15 mil;
- Outros serviços e compras = até 10% do valor do convite = 8 mil;
OBS: podem adotar nas despesas o limite de 20% do convite (art.
24,§1º):
a) Consórcio público;
b) Sociedade de economia mista;
c) Empresa pública;
d) Agência executiva.
www.acasadoconcurseiro.com.br 681
Licitações
CONTRATAÇÃO DIRETA
2) Emergência ou calamidade pública:
IV - nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando
caracterizada urgência de atendimento de situação que possa ocasionar
prejuízo ou comprometer a segurança de pessoas, obras, serviços,
equipamentos e outros bens, públicos ou particulares, e somente para os
bens necessários ao atendimento da situação emergencial ou calamitosa
e para as parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas no
prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos e
ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou calamidade,
vedada a prorrogação dos respectivos contratos;
Licitações
CONTRATAÇÃO DIRETA
3) Licitação Deserta
V - quando não acudirem interessados à licitação anterior e esta,
justificadamente, não puder ser repetida sem prejuízo para a
Administração, mantidas, neste caso, todas as condições
preestabelecidas;
682 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Licitações - Contratação Direta – Prof. Cristiano de Souza
Licitações
CONTRATAÇÃO DIRETA
4) Licitação fracassada
Art. 24 - VII - quando as propostas apresentadas consignarem preços
manifestamente superiores aos praticados no mercado nacional, ou forem
incompatíveis com os fixados pelos órgãos oficiais competentes, casos em que,
observado o parágrafo único do art. 48 desta Lei e, persistindo a situação, será
admitida a adjudicação direta dos bens ou serviços, por valor não superior ao
constante do registro de preços, ou dos serviços;
Art. 48. Serão desclassificadas:
§ 3º Quando todos os licitantes forem inabilitados ou todas as propostas
forem desclassificadas, a administração poderá fixar aos licitantes o prazo de
oito dias úteis para a apresentação de nova documentação ou de outras
propostas escoimadas das causas referidas neste artigo, facultada, no caso de
convite, a redução deste prazo para três dias úteis.
Licitações
CONTRATAÇÃO DIRETA
4) Licitação fracassada
Somente dispensará após fixar aos licitantes prazo de 8 dias úteis para
nova proposta, se for convite prazo de 3 dias úteis.
www.acasadoconcurseiro.com.br 683
Licitações
CONTRATAÇÃO DIRETA
5) Remanescente
XI - na contratação de remanescente de obra, serviço ou fornecimento,
em consequência de rescisão contratual, desde que atendida a ordem de
classificação da licitação anterior e aceitas as mesmas condições
oferecidas pelo licitante vencedor, inclusive quanto ao preço,
devidamente corrigido;
- Rescisão contratual;
- Ordem de classificação;
- Nas mesmas condições.
Licitações
CONTRATAÇÃO DIRETA
6) Entidades sem fins lucrativos
XXXIII - na contratação de entidades privadas sem fins lucrativos, para a
implementação de cisternas ou outras tecnologias sociais de acesso à
água para consumo humano e produção de alimentos, para beneficiar as
famílias rurais de baixa renda atingidas pela seca ou falta regular de
água.
684 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Licitações - Contratação Direta – Prof. Cristiano de Souza
Licitações
CONTRATAÇÃO DIRETA
7) Organizações Sociais
www.acasadoconcurseiro.com.br 685
Direito Administrativo
Licitações
Modalidades de Licitação
I - concorrência;
II - tomada de preços;
III - convite;
IV - concurso;
V - leilão.
www.acasadoconcurseiro.com.br 687
Licitações
Art. 22. São modalidades de licitação:
§ 1o Concorrência é a modalidade de licitação entre quaisquer
interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar,
comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos
no edital para execução de seu objeto.
Licitações
Concorrência:
- Qualquer interessado pode participar, mas tem que se habilitar
previamente;
- Obras e serviços de engenharia acima de 1.500.000,00;
- Compras e serviços que não sejam de eng. Acima de 650.000,00;
- Compra e alienação de imóveis;
- Concessão de direito real de uso;
- Licitações internacionais.
- OBS: se aplica a concorrência aos casos em que couber a tomada
de preço e convite.
688 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Modalidades de Licitação – Prof. Cristiano de Souza
Licitações
Art. 22. São modalidades de licitação:
§ 2o Tomada de preços é a modalidade de licitação entre
interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as
condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à
data do recebimento das propostas, observada a necessária
qualificação.
Licitações
Tomada de preços
www.acasadoconcurseiro.com.br 689
Licitações
Art. 22. São modalidades de licitação:
Licitações
Convite
- Convidados interessados do ramo cadastrados ou não cadastrados;
- Número mínimo de 3 participantes;
- Cadastrados que manifestarem interesse até 24 horas antes do prazo
para entrega das propostas;
- Obras e serviços de engenharia ATÉ de 150.000,00;
- Compras e serviços que não sejam de eng. ATÉ de 80.000,00;
- Se não houver pelo menos 3 participante, repete-se o convite, salvo
limitação de mercado ou falta de interesse dos convidados
- Carta convite diretamente para os participantes (não é edital)
690 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Modalidades de Licitação – Prof. Cristiano de Souza
Licitações
Concurso
- Utilizado para escolha de trabalhos técnicos, científicos ou
artísticos.
- Para serviços técnicos profissionais especializados;
- Constituição de comissão especial para julgamento;
- O Julgamento será realizado conforme critérios definidos em
regulamento próprio. (não se aplica os tipos de licitação do art.
45).
Licitações
Art. 22. São modalidades de licitação:
§ 5o Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados
para a venda de bens móveis inservíveis para a administração ou de
produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a
alienação de bens imóveis prevista no art. 19, a quem oferecer o
maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação
www.acasadoconcurseiro.com.br 691
Licitações
Leilão
- Adotado para Alienações
- Móveis avaliados quantia não superior a R$ 650.000,00;
- Imóveis cuja aquisição tenha sido de procedimentos judiciais ou
dação em pagamento;
- Produtos legalmente apreendidos ou penhorados.
- Permite a participação de qualquer interessado;
- Não há exigência de prévia habilitação (cadastro);
- Vencedor que ofertar maio lance igual ou superior a avaliação.
692 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo
AGENTES PÚBLICOS
Conceitos: agentes públicos são todos aqueles que exercem função pública como preposto do
Estado. Ou seja, são pessoas físicas que manifestam a vontade do Estado.
Classificação: conforme Hely Lopes, os agentes públicos dividem-se em:
a) Agentes políticos;
b) Agentes administrativos;
c) Agentes honoríficos;
d) Agentes delegados;
e) Agentes credenciados.
a) Agentes políticos:
São aqueles que exercem a função política.
Exemplo: Presidente da República, Ministros de Estado, Deputados, Senadores, Juízes,
Promotores.
•• Possuem status constitucional, ou seja, não estão sujeitos as regras comuns dos servidores
públicos.
•• Em regra não são sujeitos à hierarquia, salvo os auxiliares diretos (Ministros de Estado).
b) Agentes administrativos
São aqueles vinculados ao Estado por relação permanente de trabalho, salvo a função de
caráter temporário;
São denominados servidores públicos em sentido amplo.
b) Agentes administrativos
Servidores públicos em sentido restrito.
www.acasadoconcurseiro.com.br 693
2. Empregado Público: que ocupa emprego público, pois seu regime jurídico é o contratual
conhecido como celetista.
3. Servidor temporário: exercem função temporária de caráter especial e transitório.
c) Agentes delegados
Recebem do Estado a incumbência de exercer determinada atividade pública, em seu nome
próprio e sem vínculo empregatício, mas sob fiscalização do Poder Público.
Exemplo: leiloeiro, peritos judiciais, serviços notariais, concessionários, permissionários.
d) Agentes honoríficos
Colaboram com o Estado de forma temporária em razão de sua condição cívica.
Exemplo: jurados e mesários.
DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS
694 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Agentes Públicos – Prof. Cristiano de Souza
•• CONCURSO PÚBLICO:
•• Obrigatório para cargo efetivo e emprego público;
•• Os cargos em comissão (CC) não precisam de concurso, pois são de livre nomeação e
livre exoneração;
•• Prazo de validade: CF/88 - Art. 37 – inciso III - o prazo de validade do concurso público
será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período;
•• Dentro do prazo de validade o aprovado será chamado com prioridade sobre os novos
concursados.
•• Realização de novo concurso:
a) A CF permite, desde que seja respeitado a prioridade de convocação;
b) A lei 8.112/90 não admite enquanto houver aprovado em concurso anterior com
prazo de validade não expirado. (art. 12º, §2º).
•• Portadores de Deficiência:
a) Na CF: a lei reservará percentual (%) dos cargos e empregos públicos;
b) Na lei 8.112/90 reserva de até 20% das vagas compatíveis com o cargo. (art. 5º,
§2º).
2. Estabilidade:
www.acasadoconcurseiro.com.br 695
•• Requisitos: (art. 41, CF/88)
I – Aprovação em concurso público para cargo efetivo;
II – 03 anos de efetivo serviço;
III – Avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade.
Art. 19. Os servidores públicos civis da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
da administração direta, autárquica e das fundações públicas, em exercício na data da
promulgação da Constituição, há pelo menos cinco anos continuados, e que não tenham sido
admitidos na forma regulada no art. 37, da Constituição, são considerados estáveis no serviço
público.
•• Hipóteses de perda do cargo após a estabilidade: (art. 41, § 1º + art. 169, § 4º)
I – em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
II – mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;
III – mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei
complementar, assegurada ampla defesa.
•• Hipóteses de perda do cargo após a estabilidade: (art. 41, § 1º + art. 169, § 4º)
Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar.
§ 3º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, durante o prazo
fixado na lei complementar referida no caput, a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios adotarão as seguintes providências:
I – redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comissão e funções de
confiança;
II – exoneração dos servidores não estáveis.
§ 4º Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não forem suficientes para
assegurar o cumprimento da determinação da lei complementar referida neste artigo, o
servidor estável poderá perder o cargo, desde que ato normativo motivado de cada um dos
Poderes especifique a atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa objeto da redução
de pessoal.
§ 5º O servidor que perder o cargo na forma do parágrafo anterior fará jus a indenização
correspondente a um mês de remuneração por ano de serviço.
§ 6º O cargo objeto da redução prevista nos parágrafos anteriores será considerado extinto,
vedada a criação de cargo, emprego ou função com atribuições iguais ou assemelhadas pelo
prazo de quatro anos.
696 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Agentes Públicos – Prof. Cristiano de Souza
3. Acumulação:
5. Direito de greve:
CF – Art. 37 – VII – o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei
específica; (eficácia limitada – não autoaplicável)
OBSERVAÇÃO: Desde o julgamento no STF, em 2007, dos Mandados de Injunção (MIs) 670, 708
e 712, resta consolidado o entendimento de que os servidores públicos não podem permanecer
reféns da morosidade legislativa para exercerem seu direito à greve, assegurado no art. 37, VII
da Constituição, devendo-se aplicar ao caso, no que couber, a lei que disciplina a matéria para o
setor privado (Lei nº 7.783/89).
www.acasadoconcurseiro.com.br 697
Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são
instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina,
sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia
dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.
§ 3º Os membros das Forças Armadas são denominados militares, aplicando-se-lhes, além das
que vierem a ser fixadas em lei, as seguintes disposições:
IV – ao militar são proibidas a sindicalização e a greve;
698 www.acasadoconcurseiro.com.br
Normas Aplicáveis aos
Servidores Públicos Federais
TÍTULO I
CAPÍTULO ÚNICO
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º Esta Lei institui o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, das autarquias,
inclusive as em regime especial, e das fundações públicas federais.
Dica: Está é uma lei federal e não se aplica a todas as esferas administrativas, portanto, não
abrange os servidores dos Estados, Distrito Federal e Municípios. Nem mesmo aos empre-
gados públicos, servidores temporários, militares, agentes políticos.
Art. 2º Para os efeitos desta Lei, servidor é a pessoa legalmente investida em cargo público.
Art. 3º Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organi-
zacional que devem ser cometidas a um servidor.
Parágrafo único. Os cargos públicos, acessíveis a todos os brasileiros, são criados por lei, com
denominação própria e vencimento pago pelos cofres públicos, para provimento em caráter
efetivo ou em comissão.
Art. 4º É proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo os casos previstos em lei.
www.acasadoconcurseiro.com.br 699
TÍTULO II
Do Provimento, Vacância, Remoção, Redistribuição e Substituição
CAPÍTULO I
DO PROVIMENTO
Seção I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 5º São requisitos básicos para investidura em cargo público:
I – a nacionalidade brasileira;
II – o gozo dos direitos políticos;
III – a quitação com as obrigações militares e eleitorais;
IV – o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;
V – a idade mínima de dezoito anos;
VI – aptidão física e mental.
§ 1º As atribuições do cargo podem justificar a exigência de outros requisitos estabelecidos em
lei.
§ 2º Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se inscrever em concurso
público para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que
são portadoras; para tais pessoas serão reservadas até 20% (vinte por cento) das vagas ofere-
cidas no concurso.
§ 3º As universidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica federais poderão pro-
ver seus cargos com professores, técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e
os procedimentos desta Lei.
Art. 6º O provimento dos cargos públicos far-se-á mediante ato da autoridade competente de cada
Poder.
Art. 7º A investidura em cargo público ocorrerá com a posse.
Art. 8º São formas de provimento de cargo público:
I – nomeação;
II – promoção;
III – ascensão;(Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
IV – transferência; (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
V – readaptação;
VI – reversão;
VII – aproveitamento;
VIII – reintegração;
IX – recondução.
700 www.acasadoconcurseiro.com.br
Disposições Preliminares do Cargo Público e Provimento, Vacância, Remoção, Redistribuição e Substituição –
Prof. Cristiano de Souza
Seção II
DA NOMEAÇÃO
Art. 9º A nomeação far-se-á:
I – em caráter efetivo, quando se tratar de cargo isolado de provimento efetivo ou de carreira;
II – em comissão, inclusive na condição de interino, para cargos de confiança vagos.
Parágrafo único. O servidor ocupante de cargo em comissão ou de natureza especial poderá
ser nomeado para ter exercício, interinamente, em outro cargo de confiança, sem prejuízo das
atribuições do que atualmente ocupa, hipótese em que deverá optar pela remuneração de um
deles durante o período da interinidade.
Dica: CF/88 – Art. 37, V – as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores
ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores
de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se ape-
nas às atribuições de direção, chefia e assessoramento;
Art. 10. A nomeação para cargo de carreira ou cargo isolado de provimento efetivo depende de
prévia habilitação em concurso público de provas ou de provas e títulos, obedecidos a ordem de
classificação e o prazo de sua validade.
Parágrafo único. Os demais requisitos para o ingresso e o desenvolvimento do servidor na car-
reira, mediante promoção, serão estabelecidos pela lei que fixar as diretrizes do sistema de
carreira na Administração Pública Federal e seus regulamentos.
Seção III
DO CONCURSO PÚBLICO
Art. 11. O concurso será de provas ou de provas e títulos, podendo ser realizado em duas etapas,
conforme dispuserem a lei e o regulamento do respectivo plano de carreira, condicionada a inscri-
ção do candidato ao pagamento do valor fixado no edital, quando indispensável ao seu custeio, e
ressalvadas as hipóteses de isenção nele expressamente previstas.
Art. 12. O concurso público terá validade de até 2 (dois ) anos, podendo ser prorrogado uma única
vez, por igual período.
§ 1º O prazo de validade do concurso e as condições de sua realização serão fixados em edital,
que será publicado no Diário Oficial da União e em jornal diário de grande circulação.
Dica: o prazo de validade não é contado da sua realização e sim da sua homologação.
§ 2º Não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior
com prazo de validade não expirado.
www.acasadoconcurseiro.com.br 701
Seção IV
DA POSSE E DO EXERCÍCIO
Art. 13. A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo, no qual deverão constar as atribui-
ções, os deveres, as responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado, que não poderão
ser alterados unilateralmente, por qualquer das partes, ressalvados os atos de ofício previstos em
lei.
§ 1º A posse ocorrerá no prazo de 30 dias contados da publicação do ato de provimento.
§ 2º Em se tratando de servidor, que esteja na data de publicação do ato de provimento, em
licença prevista nos incisos I, III e V do art. 81, ou afastado nas hipóteses dos incisos I, IV, VI, VIII,
alíneas a, b, d, e e f, IX e X do art. 102, o prazo será contado do término do impedimento.
702 www.acasadoconcurseiro.com.br
Disposições Preliminares do Cargo Público e Provimento, Vacância, Remoção, Redistribuição e Substituição –
Prof. Cristiano de Souza
§ 5º No ato da posse, o servidor apresentará declaração de bens e valores que constituem seu
patrimônio e declaração quanto ao exercício ou não de outro cargo, emprego ou função públi-
ca.
§ 6º Será tornado sem efeito o ato de provimento se a posse não ocorrer no prazo previsto no
§ 1º deste artigo.
Art. 14. A posse em cargo público dependerá de prévia inspeção médica oficial.
Parágrafo único. Só poderá ser empossado aquele que for julgado apto física e mentalmente
para o exercício do cargo.
Art. 15. Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo público ou da função de con-
fiança.
§ 2º O servidor será exonerado do cargo ou será tornado sem efeito o ato de sua designação
para função de confiança, se não entrar em exercício nos prazos previstos neste artigo, obser-
vado o disposto no art. 18.
Art. 16. O início, a suspensão, a interrupção e o reinício do exercício serão registrados no assenta-
mento individual do servidor.
Art. 17. A promoção não interrompe o tempo de exercício, que é contado no novo posicionamen-
to na carreira a partir da data de publicação do ato que promover o servidor.
Art. 18. O servidor que deva ter exercício em outro município em razão de ter sido removido, re-
distribuído, requisitado, cedido ou posto em exercício provisório terá, no mínimo, 10 e, no máxi-
mo, 30 dias de prazo, contados da publicação do ato, para a retomada do efetivo desempenho das
atribuições do cargo, incluído nesse prazo o tempo necessário para o deslocamento para a nova
sede.
www.acasadoconcurseiro.com.br 703
§ 2º É facultado ao servidor declinar dos prazos estabelecidos no caput.
Art. 19. Os servidores cumprirão jornada de trabalho fixada em razão das atribuições pertinentes
aos respectivos cargos, respeitada a duração máxima do trabalho semanal de 40 horas e observa-
dos os limites mínimo e máximo de 6 horas e 8 horas diárias, respectivamente.
§ 1º O ocupante de cargo em comissão ou função de confiança submete-se a regime de inte-
gral dedicação ao serviço, observado o disposto no art. 120, podendo ser convocado sempre
que houver interesse da Administração.
§ 2º O disposto neste artigo não se aplica a duração de trabalho estabelecida em leis especiais.
Art. 20. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficará sujei-
to a estágio probatório por período de 24 (vinte e quatro) 36 meses, durante o qual a sua aptidão
e capacidade serão objeto de avaliação para o desempenho do cargo, observados os seguinte fato-
res: (vide EMC nº 19)
I – assiduidade;
II – disciplina;
IV – produtividade;
V – responsabilidade.
§ 1º 4 (quatro) meses antes de findo o período do estágio probatório, será submetida à homo-
logação da autoridade competente a avaliação do desempenho do servidor, realizada por co-
missão constituída para essa finalidade, de acordo com o que dispuser a lei ou o regulamento
da respectiva carreira ou cargo, sem prejuízo da continuidade de apuração dos fatores enume-
rados nos incisos I a V do caput deste artigo.
§ 2º O servidor não aprovado no estágio probatório será exonerado ou, se estável, reconduzi-
do ao cargo anteriormente ocupado, observado o disposto no parágrafo único do art. 29.
704 www.acasadoconcurseiro.com.br
Disposições Preliminares do Cargo Público e Provimento, Vacância, Remoção, Redistribuição e Substituição –
Prof. Cristiano de Souza
www.acasadoconcurseiro.com.br 705
Seção V
DA ESTABILIDADE
Art. 21. O servidor habilitado em concurso público e empossado em cargo de provimento efetivo
adquirirá estabilidade no serviço público ao completar 2 (dois) 03 anos de efetivo exercício. (prazo
3 anos – EC nº 19)
Art. 22. O servidor estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado
ou de processo administrativo disciplinar no qual lhe seja assegurada ampla defesa.
Dica: CF/88 – Art. 41. São estáveis após 3 anos de efetivo exercício os servidores nomeados
para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo:
I – em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
II – mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;
III – mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei
complementar, assegurada ampla defesa.
Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar.
§ 3º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, durante o
prazo fixado na lei complementar referida no caput, a União, os Estados, o Distrito Fe-
deral e os Municípios adotarão as seguintes providências:
I – redução em pelo menos 20% das despesas com cargos em comissão e funções de
confiança;
II – exoneração dos servidores não estáveis.
§ 4º Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não forem suficientes
para assegurar o cumprimento da determinação da lei complementar referida neste
artigo, o servidor estável poderá perder o cargo, desde que ato normativo motivado
de cada um dos Poderes especifique a atividade funcional, o órgão ou unidade admi-
nistrativa objeto da redução de pessoal.
§ 5º O servidor que perder o cargo na forma do parágrafo anterior fará jus a indeniza-
ção correspondente a um mês de remuneração por ano de serviço.
§ 6º O cargo objeto da redução prevista nos parágrafos anteriores será considerado
extinto, vedada a criação de cargo, emprego ou função com atribuições iguais ou asse-
melhadas pelo prazo de 4 anos.
706 www.acasadoconcurseiro.com.br
Disposições Preliminares do Cargo Público e Provimento, Vacância, Remoção, Redistribuição e Substituição –
Prof. Cristiano de Souza
Seção VI
DA TRANSFERÊNCIA
Art. 23. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.1997)
Seção VII
DA READAPTAÇÃO
Art. 24. Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades com-
patíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em ins-
peção médica. (incapaz relativo)
§ 1º Se julgado incapaz (absoluta) para o serviço público, o readaptando será aposentado.
§ 2º A readaptação será efetivada em cargo de atribuições afins, respeitada a habilitação exi-
gida, nível de escolaridade e equivalência de vencimentos e, na hipótese de inexistência de
cargo vago, o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga.
Seção VIII
DA REVERSÃO
Art. 25. Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado:
I – por invalidez, quando junta médica oficial declarar insubsistentes os motivos da aposenta-
doria; ou
www.acasadoconcurseiro.com.br 707
§ 5º O servidor de que trata o inciso II (no interesse da administração) somente terá os proven-
tos calculados com base nas regras atuais se permanecer pelo menos 05 anos no cargo.
§ 6º O Poder Executivo regulamentará o disposto neste artigo.
Art. 26. (Revogado pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
Art. 27. Não poderá reverter o aposentado que já tiver completado 70 (setenta) anos de idade.
Seção IX
DA REINTEGRAÇÃO
Art. 28. A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, ou
no cargo resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão adminis-
trativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens.
§ 1º Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor ficará em disponibilidade, observado o
disposto nos arts. 30 e 31.
§ 2º Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante será reconduzido ao cargo de
origem, sem direito à indenização ou aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto em disponi-
bilidade.
Seção X
DA RECONDUÇÃO
Art. 29. Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado e decorrerá
de:
I – inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo;
II – reintegração do anterior ocupante.
Parágrafo único. Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor será aproveitado em
outro, observado o disposto no art. 30.
Seção XI
DA DISPONIBILIDADE E DO APROVEITAMENTO
Art. 30. O retorno à atividade de servidor em disponibilidade far-se-á mediante aproveitamento
obrigatório em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado.
Art. 31. O órgão Central do Sistema de Pessoal Civil determinará o imediato aproveitamento de
servidor em disponibilidade em vaga que vier a ocorrer nos órgãos ou entidades da Administração
Pública Federal.
Parágrafo único. Na hipótese prevista no § 3º do art. 37, o servidor posto em disponibilidade
poderá ser mantido sob responsabilidade do órgão central do Sistema de Pessoal Civil da Ad-
ministração Federal – SIPEC, até o seu adequado aproveitamento em outro órgão ou entidade.
Art. 32. Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade se o servidor não
entrar em exercício no prazo legal, salvo doença comprovada por junta médica oficial.
708 www.acasadoconcurseiro.com.br
Disposições Preliminares do Cargo Público e Provimento, Vacância, Remoção, Redistribuição e Substituição –
Prof. Cristiano de Souza
Disponibilidade Aproveitamento
Cassada Sem efeito
CAPÍTULO II
DA VACÂNCIA
Art. 33. A vacância do cargo público decorrerá de:
I – exoneração;
II – demissão;
III – promoção;
IV – (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
V – (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
VI – readaptação;
VII – aposentadoria;
VIII – posse em outro cargo inacumulável;
IX – falecimento.
www.acasadoconcurseiro.com.br 709
Art. 34. A exoneração de cargo efetivo dar-se-á a pedido do servidor, ou de ofício.
Parágrafo único. A exoneração de ofício dar-se-á:
I – quando não satisfeitas as condições do estágio probatório;
II – quando, tendo tomado posse, o servidor não entrar em exercício no prazo estabelecido.
Art. 35. A exoneração de cargo em comissão e a dispensa de função de confiança dar-se-á:
I – a juízo da autoridade competente;
II – a pedido do próprio servidor.
CAPÍTULO III
DA REMOÇÃO E DA REDISTRIBUIÇÃO
Seção I
DA REMOÇÃO
Art. 36. Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo qua-
dro, com ou sem mudança de sede.
Parágrafo único. Para fins do disposto neste artigo, entende-se por modalidades de remoção:
I – de ofício, no interesse da Administração;
II – a pedido, a critério da Administração;
III – a pedido, para outra localidade, independentemente do interesse da Administração:
a) para acompanhar cônjuge ou companheiro, também servidor público civil ou militar, de
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que foi des-
locado no interesse da Administração;
b) por motivo de saúde do servidor, cônjuge, companheiro ou dependente que viva às suas
expensas e conste do seu assentamento funcional, condicionada à comprovação por junta mé-
dica oficial;
c) em virtude de processo seletivo promovido, na hipótese em que o número de interessados
for superior ao número de vagas, de acordo com normas preestabelecidas pelo órgão ou enti-
dade em que aqueles estejam lotados.
Seção II
DA REDISTRIBUIÇÃO
Art. 37. Redistribuição é o deslocamento de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago no
âmbito do quadro geral de pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmo Poder, com prévia
apreciação do órgão central do SIPEC, observados os seguintes preceitos:
I – interesse da administração;
710 www.acasadoconcurseiro.com.br
Disposições Preliminares do Cargo Público e Provimento, Vacância, Remoção, Redistribuição e Substituição –
Prof. Cristiano de Souza
II – equivalência de vencimentos;
III – manutenção da essência das atribuições do cargo;
IV – vinculação entre os graus de responsabilidade e complexidade das atividades;
V – mesmo nível de escolaridade, especialidade ou habilitação profissional;
VI – compatibilidade entre as atribuições do cargo e as finalidades institucionais do órgão ou
entidade.
§ 1º A redistribuição ocorrerá ex officio para ajustamento de lotação e da força de trabalho às
necessidades dos serviços, inclusive nos casos de reorganização, extinção ou criação de órgão
ou entidade.
§ 2º A redistribuição de cargos efetivos vagos se dará mediante ato conjunto entre o órgão cen-
tral do SIPEC e os órgãos e entidades da Administração Pública Federal envolvidos.
§ 3º Nos casos de reorganização ou extinção de órgão ou entidade, extinto o cargo ou declara-
da sua desnecessidade no órgão ou entidade, o servidor estável que não for redistribuído será
colocado em disponibilidade, até seu aproveitamento na forma dos arts. 30 e 31.
§ 4º O servidor que não for redistribuído ou colocado em disponibilidade poderá ser mantido
sob responsabilidade do órgão central do SIPEC, e ter exercício provisório, em outro órgão ou
entidade, até seu adequado aproveitamento.
CAPÍTULO IV
DA SUBSTITUIÇÃO
Art. 38. Os servidores investidos em cargo ou função de direção ou chefia e os ocupantes de cargo
de Natureza Especial terão substitutos indicados no regimento interno ou, no caso de omissão,
previamente designados pelo dirigente máximo do órgão ou entidade.
§ 1º O substituto assumirá automática e cumulativamente, sem prejuízo do cargo que ocupa, o
exercício do cargo ou função de direção ou chefia e os de Natureza Especial, nos afastamentos,
impedimentos legais ou regulamentares do titular e na vacância do cargo, hipóteses em que
deverá optar pela remuneração de um deles durante o respectivo período.
§ 2º O substituto fará jus à retribuição pelo exercício do cargo ou função de direção ou chefia
ou de cargo de Natureza Especial, nos casos dos afastamentos ou impedimentos legais do titu-
lar, superiores a 30 dias consecutivos, paga na proporção dos dias de efetiva substituição, que
excederem o referido período.
Art. 39. O disposto no artigo anterior aplica-se aos titulares de unidades administrativas organiza-
das em nível de assessoria.
www.acasadoconcurseiro.com.br 711
Direito Administrativo
VANTAGENS E REMUNERAÇÃO
Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº Parágrafo único. Excluem-se do teto de re-
11.784, de 2008) muneração as vantagens previstas nos inci-
sos II a VII do art. 61.
Art. 41. Remuneração é o vencimento do car-
go efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias Art. 43. (Revogado pela Lei nº 9.624, de 2.4.98)
permanentes estabelecidas em lei. Art. 44. O servidor perderá:
§ 1º A remuneração do servidor investido I – a remuneração do dia em que faltar ao
em função ou cargo em comissão será paga serviço, sem motivo justificado;
na forma prevista no art. 62.
II – a parcela de remuneração diária, pro-
§ 2º O servidor investido em cargo em co- porcional aos atrasos, ausências justifica-
missão de órgão ou entidade diversa da das, ressalvadas as concessões de que tra-
de sua lotação receberá a remuneração de ta o art. 97, e saídas antecipadas, salvo na
acordo com o estabelecido no § 1o do art. hipótese de compensação de horário, até o
93. mês subseqüente ao da ocorrência, a ser es-
§ 3º O vencimento do cargo efetivo, acresci- tabelecida pela chefia imediata.
do das vantagens de caráter permanente, é Parágrafo único. As faltas justificadas de-
irredutível. correntes de caso fortuito ou de força maior
§ 4º É assegurada a isonomia de vencimen- poderão ser compensadas a critério da
tos para cargos de atribuições iguais ou chefia imediata, sendo assim consideradas
assemelhadas do mesmo Poder, ou entre como efetivo exercício.
servidores dos três Poderes, ressalvadas as
www.acasadoconcurseiro.com.br 713
Art. 45. Salvo por imposição legal, ou mandado Art. 48. O vencimento, a remuneração e o pro-
judicial, nenhum desconto incidirá sobre a re- vento não serão objeto de arresto, seqüestro ou
muneração ou provento. penhora, exceto nos casos de prestação de ali-
mentos resultante de decisão judicial.
§ 1º Mediante autorização do servidor, po-
derá haver consignação em folha de paga-
mento em favor de terceiros, a critério da
administração e com reposição de custos, CAPÍTULO II
na forma definida em regulamento. (Reda-
DAS VANTAGENS
ção dada pela Medida Provisória nº 681, de
2015) Art. 49. Além do vencimento, poderão ser pagas
§ 2º O total de consignações facultativas de ao servidor as seguintes vantagens:
que trata o § 1º não excederá trinta e cinco I – indenizações;
por cento da remuneração mensal, sendo
cinco por cento reservados exclusivamen- II – gratificações;
te para a amortização de despesas contra-
III – adicionais.
ídas por meio de cartão de crédito (Reda-
ção dada pela Medida Provisória nº 681, de § 1º As indenizações não se incorporam
2015) ao vencimento ou provento para qualquer
efeito.
Art. 46. As reposições e indenizações ao erário,
atualizadas até 30 de junho de 1994, serão pre- § 2º As gratificações e os adicionais incor-
viamente comunicadas ao servidor ativo, apo- poram-se ao vencimento ou provento, nos
sentado ou ao pensionista, para pagamento, no casos e condições indicados em lei.
prazo máximo de trinta dias, podendo ser par-
celadas, a pedido do interessado. Art. 50. As vantagens pecuniárias não serão
computadas, nem acumuladas, para efeito de
§ 1º O valor de cada parcela não poderá ser concessão de quaisquer outros acréscimos pe-
inferior ao correspondente a dez por cento cuniários ulteriores, sob o mesmo título ou
da remuneração, provento ou pensão. idêntico fundamento.
§ 2º Quando o pagamento indevido houver
ocorrido no mês anterior ao do processa-
mento da folha, a reposição será feita ime-
diatamente, em uma única parcela.
§ 3º Na hipótese de valores recebidos em
decorrência de cumprimento a decisão limi-
nar, a tutela antecipada ou a sentença que
venha a ser revogada ou rescindida, serão
eles atualizados até a data da reposição.
Art. 47. O servidor em débito com o erário, que
for demitido, exonerado ou que tiver sua apo-
sentadoria ou disponibilidade cassada, terá o
prazo de sessenta dias para quitar o débito.
Parágrafo único. A não quitação do débito
no prazo previsto implicará sua inscrição em
dívida ativa.
714 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo
DIREITOS E VANTAGENS
DIREITOS E VANTAGENS
O servidor tem direito:
Vencimento
Vantagens:
I – indenizações;
II – gratificações;
III – adicionais.
Férias
Licenças
Afastamentos
Concessões
Tempo de serviço
Direito de petição.
www.acasadoconcurseiro.com.br 715
As férias somente poderão ser interrompidas por motivo de calamidade pública, comoção
interna, convocação para júri, serviço militar ou eleitoral, ou por necessidade do serviço
declarada pela autoridade máxima do órgão ou entidade.
O pagamento da remuneração das férias será efetuado até 2 (dois) dias antes do início do
respectivo período;
É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao serviço;
O servidor exonerado do cargo efetivo, ou em comissão, perceberá indenização relativa ao
período das férias a que tiver direito e ao incompleto, na proporção de 1/12 avos por mês de
efetivo exercício, ou fração superior a 14 dias.
A indenização será calculada com base na remuneração do mês em que for publicado o ato
exoneratório.
716 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo
Art. 20 - § 4º Ao servidor
Art. 20 - § 5º O estágio
em estágio probatório
Art. 81. Conseder-se-á ao probatório ficará SUSPENSO
SOMENTE PODERÃO SER
servidor licença durante as licenças: Arts.
CONCEDIDAS AS LICENÇAS:
83, 84, § 1º, 86.
Art. 81, incisos I a IV
I - por motivo de doença em
SIM SIM
pessoa da família; Art. 83.
II - por motivo de
afastamento do cônjuge ou SIM SIM
companheiro; Art. 84.
III - para o serviço militar;
SIM Não
Art. 85
IV - para atividade política;
SIM SIM
Art. 86.
V - para capacitação; Art.87 Não Não
VI - para tratar de interesses
Não Não
particulares; Art. 91.
VII - para desempenho de
Não Não
mandato classista. Art. 92.
www.acasadoconcurseiro.com.br 717
Da Licença por Motivo de Doença em Pessoa da Família
Art. 83. Poderá ser concedida licença ao servidor por motivo de doença do cônjuge ou companheiro,
dos pais, dos filhos, do padrasto ou madrasta e enteado, ou dependente que viva a suas expensas
e conste do seu assentamento funcional, mediante comprovação por perícia médica oficial.
718 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Licenças – Prof. Cristiano de Souza
www.acasadoconcurseiro.com.br 719
Direito Administrativo
DIREITOS E VANTAGENS
DOS AFASTAMENTOS
a) Do Afastamento para Servir a Outro Órgão ou Entidade
b) Do Afastamento para Exercício de Mandato Eletivo
c) Do Afastamento para Estudo ou Missão no Exterior
d) Do Afastamento para Participação em Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu no País
www.acasadoconcurseiro.com.br 721
b) não havendo compatibilidade de horário, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar
pela sua remuneração.
No caso de afastamento do cargo, o servidor contribuirá para a seguridade social como se em
exercício estivesse.
O servidor investido em mandato eletivo ou classista não poderá ser removido ou redistribuído
de ofício para localidade diversa daquela onde exerce o mandato.
722 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Afastamentos – Prof. Cristiano de Souza
www.acasadoconcurseiro.com.br 723
Direito Administrativo
www.acasadoconcurseiro.com.br 725
Art. 114. A administração deverá rever seus
atos, a qualquer tempo, quando eivados de ile-
galidade.
Art. 115. São fatais e improrrogáveis os prazos
estabelecidos neste Capítulo, salvo motivo de
força maior.
726 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo
www.acasadoconcurseiro.com.br 727
X – garantia dos direitos à comunicação, à CAPÍTULO III
apresentação de alegações finais, à produ- DOS DEVERES DO ADMINISTRADO
ção de provas e à interposição de recursos,
nos processos de que possam resultar san- Art. 4º São deveres do administrado perante a
ções e nas situações de litígio; Administração, sem prejuízo de outros previstos
em ato normativo:
XI – proibição de cobrança de despesas pro-
cessuais, ressalvadas as previstas em lei; I – expor os fatos conforme a verdade;
CAPÍTULO IV
CAPÍTULO II DO INÍCIO DO PROCESSO
DOS DIREITOS DOS ADMINISTRADOS
Art. 5º O processo administrativo pode iniciar-
-se de ofício ou a pedido de interessado.
Art. 3º O administrado tem os seguintes direitos
perante a Administração, sem prejuízo de ou- Art. 6º O requerimento inicial do interessado,
tros que lhe sejam assegurados: salvo casos em que for admitida solicitação oral,
deve ser formulado por escrito e conter os se-
I – ser tratado com respeito pelas autori- guintes dados:
dades e servidores, que deverão facilitar o
exercício de seus direitos e o cumprimento I – órgão ou autoridade administrativa a
de suas obrigações; que se dirige;
728 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Lei 9.784 - Processo Administrativo Federal – Prof. Cristiano de Souza
Art. 7º Os órgãos e entidades administrativas Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular
deverão elaborar modelos ou formulários pa- poderão, se não houver impedimento legal, de-
dronizados para assuntos que importem preten- legar parte da sua competência a outros órgãos
sões equivalentes. ou titulares, ainda que estes não lhe sejam hie-
rarquicamente subordinados, quando for con-
Art. 8º Quando os pedidos de uma pluralidade veniente, em razão de circunstâncias de índole
de interessados tiverem conteúdo e fundamen- técnica, social, econômica, jurídica ou territo-
tos idênticos, poderão ser formulados em um rial.
único requerimento, salvo preceito legal em
contrário. Parágrafo único. O disposto no caput deste
artigo aplica-se à delegação de competên-
cia dos órgãos colegiados aos respectivos
presidentes.
CAPÍTULO V
Art. 13. Não podem ser objeto de delegação:
DOS INTERESSADOS
I – a edição de atos de caráter normativo;
Art. 9º São legitimados como interessados no
processo administrativo: II – a decisão de recursos administrativos;
I – pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem III – as matérias de competência exclusiva
como titulares de direitos ou interesses in- do órgão ou autoridade.
dividuais ou no exercício do direito de re-
Art. 14. O ato de delegação e sua revogação de-
presentação;
verão ser publicados no meio oficial.
II – aqueles que, sem terem iniciado o pro-
§ 1º O ato de delegação especificará as ma-
cesso, têm direitos ou interesses que pos-
térias e poderes transferidos, os limites da
sam ser afetados pela decisão a ser ado-
atuação do delegado, a duração e os obje-
tada;
tivos da delegação e o recurso cabível, po-
III – as organizações e associações represen- dendo conter ressalva de exercício da atri-
tativas, no tocante a direitos e interesses buição delegada.
coletivos;
§ 2º O ato de delegação é revogável a qual-
IV – as pessoas ou as associações legalmen- quer tempo pela autoridade delegante.
te constituídas quanto a direitos ou interes-
§ 3º As decisões adotadas por delegação
ses difusos.
devem mencionar explicitamente esta qua-
Art. 10. São capazes, para fins de processo ad- lidade e considerar-se-ão editadas pelo de-
ministrativo, os maiores de dezoito anos, ressal- legado.
vada previsão especial em ato normativo pró-
Art. 15. Será permitida, em caráter excepcional
prio.
e por motivos relevantes devidamente justifi-
cados, a avocação temporária de competência
atribuída a órgão hierarquicamente inferior.
CAPÍTULO VI Art. 16. Os órgãos e entidades administrativas
DA COMPETÊNCIA divulgarão publicamente os locais das respec-
tivas sedes e, quando conveniente, a unidade
Art. 11. A competência é irrenunciável e se exer- fundacional competente em matéria de interes-
ce pelos órgãos administrativos a que foi atribu- se especial.
ída como própria, salvo os casos de delegação e
avocação legalmente admitidos.
www.acasadoconcurseiro.com.br 729
Art. 17. Inexistindo competência legal específi- CAPÍTULO VIII
ca, o processo administrativo deverá ser inicia- DA FORMA, TEMPO E LUGAR
do perante a autoridade de menor grau hierár-
quico para decidir. DOS ATOS DO PROCESSO
Art. 22. Os atos do processo administrativo não
dependem de forma determinada senão quan-
do a lei expressamente a exigir.
CAPÍTULO VII
DOS IMPEDIMENTOS E § 1º Os atos do processo devem ser produ-
DA SUSPEIÇÃO zidos por escrito, em vernáculo, com a data
e o local de sua realização e a assinatura da
Art. 18. É impedido de atuar em processo admi- autoridade responsável.
nistrativo o servidor ou autoridade que:
§ 2º Salvo imposição legal, o reconhecimen-
I – tenha interesse direto ou indireto na ma- to de firma somente será exigido quando
téria; houver dúvida de autenticidade.
II – tenha participado ou venha a participar § 3º A autenticação de documentos exigi-
como perito, testemunha ou representante, dos em cópia poderá ser feita pelo órgão
ou se tais situações ocorrem quanto ao côn- administrativo.
juge, companheiro ou parente e afins até o
§ 4º O processo deverá ter suas páginas nu-
terceiro grau;
meradas sequencialmente e rubricadas.
III – esteja litigando judicial ou administra-
Art. 23. Os atos do processo devem realizar-se
tivamente com o interessado ou respectivo
em dias úteis, no horário normal de funciona-
cônjuge ou companheiro.
mento da repartição na qual tramitar o proces-
Art. 19. A autoridade ou servidor que incorrer so.
em impedimento deve comunicar o fato à auto-
Parágrafo único. Serão concluídos depois
ridade competente, abstendo-se de atuar.
do horário normal os atos já iniciados, cujo
Parágrafo único. A omissão do dever de co- adiamento prejudique o curso regular do
municar o impedimento constitui falta gra- procedimento ou cause dano ao interessa-
ve, para efeitos disciplinares. do ou à Administração.
Art. 20. Pode ser arguida a suspeição de autori- Art. 24. Inexistindo disposição específica, os
dade ou servidor que tenha amizade íntima ou atos do órgão ou autoridade responsável pelo
inimizade notória com algum dos interessados processo e dos administrados que dele parti-
ou com os respectivos cônjuges, companheiros, cipem devem ser praticados no prazo de cinco
parentes e afins até o terceiro grau. dias, salvo motivo de força maior.
Art. 21. O indeferimento de alegação de sus- Parágrafo único. O prazo previsto neste ar-
peição poderá ser objeto de recurso, sem efeito tigo pode ser dilatado até o dobro, median-
suspensivo. te comprovada justificação.
Art. 25. Os atos do processo devem realizar-se
preferencialmente na sede do órgão, cientifi-
cando-se o interessado se outro for o local de
realização.
730 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Lei 9.784 - Processo Administrativo Federal – Prof. Cristiano de Souza
§ 3º A intimação pode ser efetuada por ci- Art. 30. São inadmissíveis no processo adminis-
ência no processo, por via postal com avi- trativo as provas obtidas por meios ilícitos.
so de recebimento, por telegrama ou outro Art. 31. Quando a matéria do processo envolver
meio que assegure a certeza da ciência do assunto de interesse geral, o órgão competen-
interessado. te poderá, mediante despacho motivado, abrir
§ 4º No caso de interessados indetermina- período de consulta pública para manifestação
dos, desconhecidos ou com domicílio inde- de terceiros, antes da decisão do pedido, se não
finido, a intimação deve ser efetuada por houver prejuízo para a parte interessada.
meio de publicação oficial. § 1º A abertura da consulta pública será
§ 5º As intimações serão nulas quando fei- objeto de divulgação pelos meios oficiais, a
tas sem observância das prescrições legais, fim de que pessoas físicas ou jurídicas pos-
mas o comparecimento do administrado su- sam examinar os autos, fixando-se prazo
pre sua falta ou irregularidade. para oferecimento de alegações escritas.
www.acasadoconcurseiro.com.br 731
mentada, que poderá ser comum a todas as propostas pelos interessados quando sejam
alegações substancialmente iguais. ilícitas, impertinentes, desnecessárias ou
protelatórias.
Art. 32. Antes da tomada de decisão, a juízo da
autoridade, diante da relevância da questão, Art. 39. Quando for necessária a prestação de
poderá ser realizada audiência pública para de- informações ou a apresentação de provas pelos
bates sobre a matéria do processo. interessados ou terceiros, serão expedidas in-
timações para esse fim, mencionando-se data,
Art. 33. Os órgãos e entidades administrativas, prazo, forma e condições de atendimento.
em matéria relevante, poderão estabelecer ou-
tros meios de participação de administrados, Parágrafo único. Não sendo atendida a inti-
diretamente ou por meio de organizações e as- mação, poderá o órgão competente, se en-
sociações legalmente reconhecidas. tender relevante a matéria, suprir de ofício
a omissão, não se eximindo de proferir a de-
Art. 34. Os resultados da consulta e audiência cisão.
pública e de outros meios de participação de
administrados deverão ser apresentados com a Art. 40. Quando dados, atuações ou documen-
indicação do procedimento adotado. tos solicitados ao interessado forem necessários
à apreciação de pedido formulado, o não aten-
Art. 35. Quando necessária à instrução do pro- dimento no prazo fixado pela Administração
cesso, a audiência de outros órgãos ou entida- para a respectiva apresentação implicará arqui-
des administrativas poderá ser realizada em vamento do processo.
reunião conjunta, com a participação de titula-
res ou representantes dos órgãos competentes, Art. 41. Os interessados serão intimados de
lavrando-se a respectiva ata, a ser juntada aos prova ou diligência ordenada, com antecedên-
autos. cia mínima de três dias úteis, mencionando-se
data, hora e local de realização.
Art. 36. Cabe ao interessado a prova dos fatos
que tenha alegado, sem prejuízo do dever atri- Art. 42. Quando deva ser obrigatoriamente ou-
buído ao órgão competente para a instrução e vido um órgão consultivo, o parecer deverá ser
do disposto no art. 37 desta Lei. emitido no prazo máximo de quinze dias, salvo
norma especial ou comprovada necessidade de
Art. 37. Quando o interessado declarar que fa- maior prazo.
tos e dados estão registrados em documentos
existentes na própria Administração responsá- § 1º Se um parecer obrigatório e vinculante
vel pelo processo ou em outro órgão adminis- deixar de ser emitido no prazo fixado, o pro-
trativo, o órgão competente para a instrução cesso não terá seguimento até a respectiva
proverá, de ofício, à obtenção dos documentos apresentação, responsabilizando-se quem
ou das respectivas cópias. der causa ao atraso.
Art. 38. O interessado poderá, na fase instrutó- § 2º Se um parecer obrigatório e não vincu-
ria e antes da tomada da decisão, juntar docu- lante deixar de ser emitido no prazo fixado,
mentos e pareceres, requerer diligências e pe- o processo poderá ter prosseguimento e ser
rícias, bem como aduzir alegações referentes à decidido com sua dispensa, sem prejuízo
matéria objeto do processo. da responsabilidade de quem se omitiu no
atendimento.
§ 1º Os elementos probatórios deverão ser
considerados na motivação do relatório e Art. 43. Quando por disposição de ato norma-
da decisão. tivo devam ser previamente obtidos laudos
técnicos de órgãos administrativos e estes não
§ 2º Somente poderão ser recusadas, me- cumprirem o encargo no prazo assinalado, o ór-
diante decisão fundamentada, as provas
732 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Lei 9.784 - Processo Administrativo Federal – Prof. Cristiano de Souza
www.acasadoconcurseiro.com.br 733
CAPÍTULO XIII ministrativa que importe impugnação à
DA DESISTÊNCIA E OUTROS CASOS validade do ato.
DE EXTINÇÃO DO PROCESSO Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não
acarretarem lesão ao interesse público nem
Art. 51. O interessado poderá, mediante mani- prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem
festação escrita, desistir total ou parcialmente defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela
do pedido formulado ou, ainda, renunciar a di- própria Administração.
reitos disponíveis.
§ 1º Havendo vários interessados, a desis-
tência ou renúncia atinge somente quem a
CAPÍTULO XV
tenha formulado.
DO RECURSO ADMINISTRATIVO
§ 2º A desistência ou renúncia do interes- E DA REVISÃO
sado, conforme o caso, não prejudica o
prosseguimento do processo, se a Adminis- Art. 56. Das decisões administrativas cabe re-
tração considerar que o interesse público curso, em face de razões de legalidade e de mé-
assim o exige. rito.
Art. 52. O órgão competente poderá declarar § 1º O recurso será dirigido à autoridade
extinto o processo quando exaurida sua finali- que proferiu a decisão, a qual, se não a re-
dade ou o objeto da decisão se tornar impossí- considerar no prazo de cinco dias, o encami-
vel, inútil ou prejudicado por fato supervenien- nhará à autoridade superior.
te.
§ 2º Salvo exigência legal, a interposição de
recurso administrativo independe de cau-
ção.
CAPÍTULO XIV § 3º Se o recorrente alegar que a decisão
DA ANULAÇÃO, REVOGAÇÃO administrativa contraria enunciado da sú-
E CONVALIDAÇÃO mula vinculante, caberá à autoridade pro-
latora da decisão impugnada, se não a re-
Art. 53. A Administração deve anular seus pró- considerar, explicitar, antes de encaminhar
prios atos, quando eivados de vício de legalida- o recurso à autoridade superior, as razões
de, e pode revogá-los por motivo de conveni- da aplicabilidade ou inaplicabilidade da sú-
ência ou oportunidade, respeitados os direitos mula, conforme o caso.
adquiridos.
Art. 57. O recurso administrativo tramitará no
Art. 54. O direito da Administração de anular os máximo por três instâncias administrativas, sal-
atos administrativos de que decorram efeitos vo disposição legal diversa.
favoráveis para os destinatários decai em cinco
anos, contados da data em que foram pratica- Art. 58. Têm legitimidade para interpor recurso
dos, salvo comprovada má-fé. administrativo:
734 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Lei 9.784 - Processo Administrativo Federal – Prof. Cristiano de Souza
www.acasadoconcurseiro.com.br 735
CAPÍTULO XVI I – pessoa com idade igual ou superior a 60
DOS PRAZOS (sessenta) anos;
II – pessoa portadora de deficiência, física
Art. 66. Os prazos começam a correr a partir ou mental;
da data da cientificação oficial, excluindo-se da
contagem o dia do começo e incluindo-se o do III – (VETADO)
vencimento.
IV – pessoa portadora de tuberculose ativa,
§ 1º Considera-se prorrogado o prazo até o esclerose múltipla, neoplasia maligna, han-
primeiro dia útil seguinte se o vencimento seníase, paralisia irreversível e incapacitan-
cair em dia em que não houver expediente te, cardiopatia grave, doença de Parkinson,
ou este for encerrado antes da hora normal. espondiloartrose anquilosante, nefropatia
grave, hepatopatia grave, estados avança-
§ 2º Os prazos expressos em dias contam-se dos da doença de Paget (osteíte deforman-
de modo contínuo. te), contaminação por radiação, síndrome
§ 3º Os prazos fixados em meses ou anos de imunodeficiência adquirida, ou outra
contam-se de data a data. Se no mês do doença grave, com base em conclusão da
vencimento não houver o dia equivalente medicina especializada, mesmo que a do-
àquele do início do prazo, tem-se como ter- ença tenha sido contraída após o início do
mo o último dia do mês. processo.
Art. 67. Salvo motivo de força maior devida- § 1º A pessoa interessada na obtenção do
mente comprovado, os prazos processuais não benefício, juntando prova de sua condição,
se suspendem. deverá requerê-lo à autoridade administra-
tiva competente, que determinará as provi-
dências a serem cumpridas.
736 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos
casos de:
V – improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.
Mas foi somente em 1992, que o legislador regulamentou o texto constitucional com a
publicação da Lei nº 8.429/1992 dispondo sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos
nos casos de enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou função na
administração pública direta, indireta ou fundacional a qual passamos a analisar a partir de
agora.
Anotações:
www.acasadoconcurseiro.com.br 737
Lei nº 8.429, de 2 de Junho de 1992
Dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de
enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou
função na administração pública direta, indireta ou fundacional e dá
outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a
seguinte lei:
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1º Os atos de improbidade praticados por qualquer AGENTE PÚBLICO, servidor ou não, contra
a administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou de
entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de cinquenta
por cento do patrimônio ou da receita anual, serão punidos na forma desta lei.
Parágrafo único. Estão também sujeitos às penalidades desta lei os atos de improbidade
praticados contra o patrimônio de entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal
ou creditício, de órgão público bem como daquelas para cuja criação ou custeio o erário haja
concorrido ou concorra com menos de cinquenta por cento do patrimônio ou da receita anual,
limitando-se, nestes casos, a sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição
dos cofres públicos.
Art. 2º Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda que
transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou
qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades
mencionadas no artigo anterior.
738 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Improbidade Administrativa – Prof. Cristiano de Souza
Art. 3º As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo
agente público (terceiro particular), induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou
dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta.
Art. 4º Os agentes públicos de qualquer nível ou hierarquia são obrigados a velar pela estrita
observância dos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade no trato dos
assuntos que lhe são afetos.
Dica: Cade o princípio da eficiência? R: esta lei é de 1992 e o princípio da eficiência foi
introduzido somente em 1998, com a EC nº 19 na CF/1988.
Art. 5º Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão, dolosa ou culposa, do agente
ou de terceiro, dar-se-á o integral ressarcimento do dano.
Art. 6º No caso de enriquecimento ilícito, perderá o agente público ou terceiro beneficiário os
bens ou valores acrescidos ao seu patrimônio.
Art. 7º Quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público OU ensejar
enriquecimento ilícito, caberá a autoridade administrativa responsável pelo inquérito representar
ao Ministério Público, para a indisponibilidade dos bens do indiciado.
Parágrafo único. A indisponibilidade a que se refere o caput deste artigo recairá sobre bens que
assegurem o integral ressarcimento do dano, ou sobre o acréscimo patrimonial resultante do
enriquecimento ilícito.
Art. 8º O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente
está sujeito às cominações desta lei até o limite do valor da herança.
CAPÍTULO II
DOS ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
www.acasadoconcurseiro.com.br 739
Seção III
Seção I Seção II
Dos Atos de Improbidade
Dos Atos de Improbidade Dos Atos de Improbidade
Administrativa que Atentam
Administrativa que Importam Administrativa que Causam
Contra os Princípios da
Enriquecimento Ilícito Prejuízo ao Erário
Administração Pública
Art. 9º Constitui ato de impro- Art. 10. Constitui ato de im- Art. 11. Constitui ato de im-
bidade administrativa impor- probidade administrativa que probidade administrativa que
tando enriquecimento ilícito causa lesão ao erário qualquer atenta contra os princípios da
auferir qualquer tipo de vanta- ação ou omissão, dolosa ou administração pública qualquer
gem patrimonial indevida em culposa, que enseje perda pa- ação ou omissão que viole os
razão do exercício de cargo, trimonial, desvio, apropriação, deveres de honestidade, impar-
mandato, função, emprego ou malbaratamento ou dilapidação cialidade, legalidade, e lealdade
atividade nas entidades men- dos bens ou haveres das enti- às instituições, e notadamente:
cionadas no art. 1º desta lei, e dades referidas no art. 1º desta
I – praticar ato visando fim
notadamente: lei, e notadamente:
proibido em lei ou regula-
I – receber, para si ou para I – facilitar ou concorrer mento ou diverso daquele
outrem, dinheiro, bem mó- por qualquer forma para a previsto, na regra de com-
vel ou imóvel, ou qualquer incorporação ao patrimô- petência;
outra vantagem econô- nio particular, de pessoa
II – retardar ou deixar de
mica, direta ou indireta, a física ou jurídica, de bens,
praticar, indevidamente,
título de comissão, per- rendas, verbas ou valores
ato de ofício;
centagem, gratificação ou integrantes do acervo pa-
presente de quem tenha trimonial das entidades III – revelar fato ou circuns-
interesse, direto ou indire- mencionadas no art. 1º tância de que tem ciência
to, que possa ser atingido desta lei; em razão das atribuições e
ou amparado por ação ou que deva permanecer em
II – permitir ou concor-
omissão decorrente das segredo;
rer para que pessoa física
atribuições do agente pú- IV – negar publicidade aos
ou jurídica privada utilize
blico; atos oficiais;
bens, rendas, verbas ou va-
II – perceber vantagem lores integrantes do acervo V – frustrar a licitude de
econômica, direta ou indi- patrimonial das entidades concurso público;
reta, para facilitar a aquisi- mencionadas no art. 1º
ção, permuta ou locação de desta lei, sem a observân- VI – deixar de prestar con-
bem móvel ou imóvel, ou a cia das formalidades legais tas quando esteja obrigado
contratação de serviços pe- ou regulamentares aplicá- a fazê-lo;
las entidades referidas no veis à espécie; VII – revelar ou permitir
art. 1º por preço superior que chegue ao conheci-
III – doar à pessoa física
ao valor de mercado; mento de terceiro, antes
ou jurídica bem como ao
III – perceber vantagem ente despersonalizado, da respectiva divulgação
econômica, direta ou indi- ainda que de fins edu- oficial, teor de medida polí-
reta, para facilitar a aliena- cativos ou assistências, tica ou econômica capaz de
ção, permuta ou locação de bens, rendas, verbas ou afetar o preço de mercado-
bem público ou o forneci- valores do patrimônio de ria, bem ou serviço.
mento de serviço por ente qualquer das entidades
estatal por preço inferior mencionadas no art. 1º
ao valor de mercado; desta lei, sem observância
das formalidades legais e
740 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Improbidade Administrativa – Prof. Cristiano de Souza
www.acasadoconcurseiro.com.br 741
VIII – aceitar emprego, co- XI – liberar verba pública
missão ou exercer atividade sem a estrita observância
de consultoria ou assesso- das normas pertinentes ou
ramento para pessoa física influir de qualquer forma
ou jurídica que tenha inte- para a sua aplicação irregu-
resse suscetível de ser atin- lar;
gido ou amparado por ação
ou omissão decorrente das
XII – permitir, facilitar ou
atribuições do agente pú-
concorrer para que terceiro
blico, durante a atividade;
se enriqueça ilicitamente;
IX – perceber vantagem XIII – permitir que se utili-
econômica para interme- ze, em obra ou serviço par-
diar a liberação ou aplica- ticular, veículos, máquinas,
ção de verba pública de equipamentos ou material
qualquer natureza; de qualquer natureza, de
propriedade ou à disposi-
X – receber vantagem eco-
ção de qualquer das enti-
nômica de qualquer na-
dades mencionadas no art.
tureza, direta ou indireta-
1º desta lei, bem como o
mente, para omitir ato de
trabalho de servidor públi-
ofício, providência ou de-
co, empregados ou tercei-
claração a que esteja obri-
ros contratados por essas
gado;
entidades.
XI – incorporar, por qual-
XIV – celebrar contrato ou
quer forma, ao seu patri-
outro instrumento que te-
mônio bens, rendas, ver-
nha por objeto a prestação
bas ou valores integrantes
de serviços públicos por
do acervo patrimonial das
meio da gestão associada
entidades mencionadas no
sem observar as formalida-
art. 1º desta lei;
des previstas na lei;
XII – usar, em proveito pró-
XV – celebrar contrato de
prio, bens, rendas, verbas
rateio de consórcio públi-
ou valores integrantes do
co sem suficiente e prévia
acervo patrimonial das en- dotação orçamentária, ou
tidades mencionadas no sem observar as formalida-
art. 1º desta lei. des previstas na lei.
PENAS Art. 12
•• ressarcimento integral
•• ressarcimento integral do •• ressarcimento integral do
do dano, quando hou-
dano, dano, se houver,
ver,
742 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Improbidade Administrativa – Prof. Cristiano de Souza
•• suspensão dos direitos •• suspensão dos direitos po- •• suspensão dos direitos po-
políticos de 8 a 10 anos, líticos de 5 a 8 anos, líticos de 3 a 5 anos,
CAPÍTULO III
DAS PENAS
Art. 12. Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na legislação
específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem
ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato:
I – na hipótese do art. 9º, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio,
ressarcimento integral do dano, quando houver, perda da função pública, suspensão dos
direitos políticos de oito a dez anos, pagamento de multa civil de até três vezes o valor do
acréscimo patrimonial e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou
incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa
jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de dez anos;
II – na hipótese do art. 10, ressarcimento integral do dano, perda dos bens ou valores acrescidos
ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta circunstância, perda da função pública, suspensão
dos direitos políticos de cinco a oito anos, pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do
dano e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais
ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual
seja sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos;
III – na hipótese do art. 11, ressarcimento integral do dano, se houver, perda da função pública,
suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos, pagamento de multa civil de até cem vezes
o valor da remuneração percebida pelo agente e proibição de contratar com o Poder Público ou
receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por
intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de três anos.
www.acasadoconcurseiro.com.br 743
Parágrafo único. Na fixação das penas previstas nesta lei o juiz levará em conta a extensão do
dano causado, assim como o proveito patrimonial obtido pelo agente.
CAPÍTULO IV
DA DECLARAÇÃO DE BENS
Art. 13. A posse e o exercício de agente público ficam condicionados à apresentação de declaração
dos bens e valores que compõem o seu patrimônio privado, a fim de ser arquivada no serviço de
pessoal competente.
§ 1º A declaração compreenderá imóveis, móveis, semoventes, dinheiro, títulos, ações, e
qualquer outra espécie de bens e valores patrimoniais, localizado no País ou no exterior, e,
quando for o caso, abrangerá os bens e valores patrimoniais do cônjuge ou companheiro, dos
filhos e de outras pessoas que vivam sob a dependência econômica do declarante, excluídos
apenas os objetos e utensílios de uso doméstico.
§ 2º A declaração de bens será anualmente atualizada e na data em que o agente público
deixar o exercício do mandato, cargo, emprego ou função.
§ 3º Será punido com a pena de demissão, a bem do serviço público, sem prejuízo de outras
sanções cabíveis, o agente público que se recusar a prestar declaração dos bens, dentro do
prazo determinado, ou que a prestar falsa.
§ 4º O declarante, a seu critério, poderá entregar cópia da declaração anual de bens apresentada
à Delegacia da Receita Federal na conformidade da legislação do Imposto sobre a Renda e
proventos de qualquer natureza, com as necessárias atualizações, para suprir a exigência
contida no caput e no § 2º deste artigo.
CAPÍTULO V
DO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO E DO PROCESSO JUDICIAL
Art. 14. Qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa competente para que
seja instaurada investigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade.
§ 1º A representação, que será escrita ou reduzida a termo e assinada, conterá a qualificação
do representante, as informações sobre o fato e sua autoria e a indicação das provas de que
tenha conhecimento.
§ 2º A autoridade administrativa rejeitará a representação, em despacho fundamentado, se
esta não contiver as formalidades estabelecidas no § 1º deste artigo. A rejeição não impede a
representação ao Ministério Público, nos termos do art. 22 desta lei.
§ 3º Atendidos os requisitos da representação, a autoridade determinará a imediata apuração
dos fatos que, em se tratando de servidores federais, será processada na forma prevista nos
arts. 148 a 182 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990 (trata do Processo Disciplinar) e, em
se tratando de servidor militar, de acordo com os respectivos regulamentos disciplinares.
744 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Improbidade Administrativa – Prof. Cristiano de Souza
§ 2º Quando for o caso, o pedido incluirá a investigação, o exame e o bloqueio de bens, contas
bancárias e aplicações financeiras mantidas pelo indiciado no exterior, nos termos da lei e dos
tratados internacionais.
www.acasadoconcurseiro.com.br 745
Art. 17. A ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo Ministério Público ou pela
pessoa jurídica interessada, dentro de 30 dias da efetivação da medida cautelar.
Art. 806. Cabe à parte propor a ação, no prazo de 30 (trinta) dias, contados da data da
efetivação da medida cautelar, quando esta for concedida em procedimento preparatório.
§ 1º É vedada a transação, acordo ou conciliação (TAC) nas ações de que trata o caput.
§ 2º A Fazenda Pública, quando for o caso, promoverá as ações necessárias à complementação
do ressarcimento do patrimônio público.
§ 3º No caso de a ação principal ter sido proposta pelo Ministério Público, aplica-se, no que
couber, o disposto no § 3º do art. 6º da Lei nº 4.717, de 29 de junho de 1965.
§ 3º A pessoas jurídica de direito público ou de direito privado, cujo ato seja objeto
de impugnação, poderá abster-se de contestar o pedido, ou poderá atuar ao lado
do autor, desde que isso se afigure útil ao interesse público, a juízo do respectivo
representante legal ou dirigente.
746 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Improbidade Administrativa – Prof. Cristiano de Souza
Art. 16. Responde por perdas e danos aquele que pleitear de má-fé como autor, réu ou
interveniente.
Art. 17. Reputa-se litigante de má-fé aquele que:
I – deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso;
II – alterar a verdade dos fatos;
III – usar do processo para conseguir objetivo ilegal;
IV – opuser resistência injustificada ao andamento do processo;
V – proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo;
Vl – provocar incidentes manifestamente infundados.
VII – interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório.
Art. 18. O juiz ou tribunal, de ofício ou a requerimento, condenará o litigante de má-
fé a pagar multa não excedente a um por cento sobre o valor da causa e a indenizar a
parte contrária dos prejuízos que esta sofreu, mais os honorários advocatícios e todas as
despesas que efetuou.
§ 1º Quando forem dois ou mais os litigantes de má-fé, o juiz condenará cada um na
proporção do seu respectivo interesse na causa, ou solidariamente aqueles que se
coligaram para lesar a parte contrária.
§ 2º O valor da indenização será desde logo fixado pelo juiz, em quantia não superior a
20% (vinte por cento) sobre o valor da causa, ou liquidado por arbitramento.
www.acasadoconcurseiro.com.br 747
Dica: CPP – Art. 221. O Presidente e o Vice-Presidente da República, os senadores e
deputados federais, os ministros de Estado, os governadores de Estados e Territórios, os
secretários de Estado, os prefeitos do Distrito Federal e dos Municípios, os deputados às
Assembléias Legislativas Estaduais, os membros do Poder Judiciário, os ministros e juízes
dos Tribunais de Contas da União, dos Estados, do Distrito Federal, bem como os do
Tribunal Marítimo serão inquiridos em local, dia e hora previamente ajustados entre eles e
o juiz.
§ 1º O Presidente e o Vice-Presidente da República, os presidentes do Senado Federal, da
Câmara dos Deputados e do Supremo Tribunal Federal poderão optar pela prestação de
depoimento por escrito, caso em que as perguntas, formuladas pelas partes e deferidas
pelo juiz, Ihes serão transmitidas por ofício.
Art. 18. A sentença que julgar procedente ação civil de reparação de dano ou decretar a perda dos
bens havidos ilicitamente determinará o pagamento ou a reversão dos bens, conforme o caso, em
favor da pessoa jurídica prejudicada pelo ilícito.
CAPÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES PENAIS
Art. 19. Constitui crime a representação por ato de improbidade contra agente público ou terceiro
beneficiário, quando o autor da denúncia o sabe inocente.
Pena: detenção de seis a dez meses e multa.
Parágrafo único. Além da sanção penal, o denunciante está sujeito a indenizar o denunciado
pelos danos materiais, morais ou à imagem que houver provocado.
Art. 20. A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se efetivam com o trânsito
em julgado da sentença condenatória.
Parágrafo único. A autoridade judicial ou administrativa competente poderá determinar o
afastamento do agente público do exercício do cargo, emprego ou função, sem prejuízo da
remuneração, quando a medida se fizer necessária à instrução processual.
Art. 21. A aplicação das sanções previstas nesta lei independe:
I – da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público, salvo quanto à pena de ressarcimento;
II – da aprovação ou rejeição das contas pelo órgão de controle interno ou pelo Tribunal ou
Conselho de Contas.
Art. 22. Para apurar qualquer ilícito previsto nesta lei, o Ministério Público, de ofício, a requerimento
de autoridade administrativa ou mediante representação formulada de acordo com o disposto no
art. 14, poderá requisitar a instauração de inquérito policial ou procedimento administrativo.
748 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Improbidade Administrativa – Prof. Cristiano de Souza
CAPÍTULO VII
DA PRESCRIÇÃO
Art. 23. As ações destinadas a levar a efeitos as sanções previstas nesta lei podem ser propostas:
I – até 05 anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão (CC) ou de
função de confiança (FC);
II – dentro do prazo prescricional previsto em lei específica para faltas disciplinares puníveis
com demissão a bem do serviço público, nos casos de exercício de cargo efetivo ou emprego.
Anotações:
www.acasadoconcurseiro.com.br 749
Direito Administrativo
DO REGIME DISCIPLINAR
CAPÍTULO I
DOS DEVERES
Art. 116. São deveres do servidor:
I – exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo;
II – ser leal às instituições a que servir;
III – observar as normas legais e regulamentares;
IV – cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais;
V – atender com presteza:
a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas as protegidas por
sigilo;
b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou esclarecimento de situações
de interesse pessoal;
c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública.
VI – levar as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo ao conhecimento da auto-
ridade superior ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, ao conhecimento de outra
autoridade competente para apuração;
VII – zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio público;
VIII – guardar sigilo sobre assunto da repartição;
IX – manter conduta compatível com a moralidade administrativa;
X – ser assíduo e pontual ao serviço;
XI – tratar com urbanidade as pessoas;
XII – representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder.
Parágrafo único. A representação de que trata o inciso XII será encaminhada pela via hierárqui-
ca e apreciada pela autoridade superior àquela cfontra a qual é formulada, assegurando-se ao
representando ampla defesa.
www.acasadoconcurseiro.com.br 751
CAPÍTULO II
DAS PROIBIÇÕES
Art. 117. Ao servidor é proibido:
752 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Lei 8.112/90 – Regime Disciplinar – Prof. Cristiano de Souza
www.acasadoconcurseiro.com.br 753
XVII – cometer a outro servidor Art. 130. A suspensão
atribuições estranhas ao cargo será aplicada em caso
que ocupa, exceto em situações de reincidência das fal-
de emergência e transitórias; tas punidas com adver-
tência e de violação das
XVIII – exercer quaisquer ativi- demais proibições que
dades que sejam incompatíveis não tipifiquem infração
com o exercício do cargo ou sujeita a penalidade de
função e com o horário de tra- demissão, não podendo
balho; exceder de 90 (noventa)
dias.
Art. 129. A advertência
será aplicada por Art. 130. A suspensão será
XIX – recusar-se a atualizar seus
escrito, nos casos de aplicada em caso de rein-
dados cadastrais quando solici-
violação de proibição cidência das faltas punidas
tado.
constante do art. 117, com advertência [...]
incisos I a VIII e XIX
Parágrafo único. A vedação de que trata o inciso X do caput deste artigo não se aplica nos se-
guintes casos:
I – participação nos conselhos de administração e fiscal de empresas ou entidades em que a
União detenha, direta ou indiretamente, participação no capital social ou em sociedade coope-
rativa constituída para prestar serviços a seus membros; e
II – gozo de licença para o trato de interesses particulares, na forma do art. 91 desta Lei, obser-
vada a legislação sobre conflito de interesses.
CAPÍTULO III
DA ACUMULAÇÃO
Art. 118. Ressalvados os casos previstos na Constituição, é vedada a acumulação remunerada de
cargos públicos.
754 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Lei 8.112/90 – Regime Disciplinar – Prof. Cristiano de Souza
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica à remuneração devida pela participação
em conselhos de administração e fiscal das empresas públicas e sociedades de economia mista,
suas subsidiárias e controladas, bem como quaisquer empresas ou entidades em que a União,
direta ou indiretamente, detenha participação no capital social, observado o que, a respeito,
dispuser legislação específica.
Art. 120. O servidor vinculado ao regime desta Lei, que acumular licitamente dois cargos efetivos,
quando investido em cargo de provimento em comissão, ficará afastado de ambos os cargos efe-
tivos, salvo na hipótese em que houver compatibilidade de horário e local com o exercício de um
deles, declarada pelas autoridades máximas dos órgãos ou entidades envolvidos.
www.acasadoconcurseiro.com.br 755
CAPÍTULO IV
DAS RESPONSABILIDADES
Art. 121. O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas
atribuições.
Art. 122. A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que re-
sulte em prejuízo ao erário ou a terceiros.
§ 1º A indenização de prejuízo dolosamente causado ao erário somente será liquidada na for-
ma prevista no art. 46, na falta de outros bens que assegurem a execução do débito pela via
judicial.
§ 2º Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante a Fazenda Públi-
ca, em ação regressiva.
§ 3º A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles será executada, até
o limite do valor da herança recebida.
Art. 123. A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputadas ao servidor, nes-
sa qualidade.
Art. 124. A responsabilidade civil-administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo praticado no
desempenho do cargo ou função.
Art. 125. As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes en-
tre si.
Art. 126. A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição crimi-
nal que negue a existência do fato ou sua autoria.
Art. 126-A. Nenhum servidor poderá ser responsabilizado civil, penal ou administrativamente por
dar ciência à autoridade superior ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, a outra auto-
ridade competente para apuração de informação concernente à prática de crimes ou improbidade
de que tenha conhecimento, ainda que em decorrência do exercício de cargo, emprego ou função
pública.
CAPÍTULO V
DAS PENALIDADES
Art. 127. São penalidades disciplinares:
I – advertência;
II – suspensão;
III – demissão;
IV – cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
V – destituição de cargo em comissão;
VI – destituição de função comissionada.
756 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Lei 8.112/90 – Regime Disciplinar – Prof. Cristiano de Souza
Art. 128. Na aplicação das penalidades serão consideradas a natureza e a gravidade da infração
cometida, os danos que dela provierem para o serviço público, as circunstâncias agravantes ou ate-
nuantes e os antecedentes funcionais.
Parágrafo único. O ato de imposição da penalidade mencionará sempre o fundamento legal e a
causa da sanção disciplinar.
Art. 129. A advertência será aplicada por escrito, nos casos de violação de proibição constante do
art. 117, incisos I a VIII e XIX, e de inobservância de dever funcional previsto em lei, regulamentação
ou norma interna, que não justifique imposição de penalidade mais grave.
Art. 130. A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com advertência e
de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita a penalidade de demissão,
não podendo exceder de 90 (noventa) dias.
§ 1º Será punido com suspensão de até 15 (quinze) dias o servidor que, injustificadamente,
recusar-se a ser submetido a inspeção médica determinada pela autoridade competente, ces-
sando os efeitos da penalidade uma vez cumprida a determinação.
§ 2º Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão poderá ser con-
vertida em multa, na base de 50% (cinquenta por cento) por dia de vencimento ou remunera-
ção, ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço.
Art. 131. As penalidades de advertência e de suspensão terão seus registros cancelados, após o
decurso de 3 (três) e 5 (cinco) anos de efetivo exercício, respectivamente, se o servidor não houver,
nesse período, praticado nova infração disciplinar.
Parágrafo único. O cancelamento da penalidade não surtirá efeitos retroativos.
Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos:
www.acasadoconcurseiro.com.br 757
V – incontinência pública e con-
duta escandalosa, na reparti-
ção;
VI – insubordinação grave em
serviço;
VII – ofensa física, em serviço,
a servidor ou a particular, salvo
em legítima defesa própria ou
de outrem;
Art. 136. A demissão ou a des- Art. 137. Parágrafo único. Não
tituição de cargo em comissão, poderá retornar ao serviço
nos casos dos incisos IV, VIII, X e público federal o servidor que
VIII – aplicação irregular de di-
XI do art. 132, implica a indispo- for demitido ou destituído
nheiros públicos;
nibilidade dos bens e o ressar- do cargo em comissão por
cimento ao erário, sem prejuízo infringência do art. 132, incisos
da ação penal cabível. I, IV, VIII, X e XI.
IX – revelação de segredo do
qual se apropriou em razão do
cargo;
Art. 136. A demissão ou a des- Art. 137. Parágrafo único. Não
tituição de cargo em comissão, poderá retornar ao serviço pú-
X – lesão aos cofres públicos e nos casos dos incisos IV, VIII, X e blico federal o servidor que for
dilapidação do patrimônio na- XI do art. 132, implica a indispo- demitido ou destituído do car-
cional; nibilidade dos bens e o ressar- go em comissão por infringên-
cimento ao erário, sem prejuízo cia do art. 132, incisos I, IV, VIII,
da ação penal cabível. X e XI.
Art. 136. A demissão ou Art. 137. Parágrafo único. Não
a destituição de cargo em poderá retornar ao serviço
comissão, nos casos dos incisos público federal o servidor que
XI – corrupção; IV, VIII, X e XI do art. 132, implica for demitido ou destituído
a indisponibilidade dos bens e do cargo em comissão por
o ressarcimento ao erário, sem infringência do art. 132, incisos
prejuízo da ação penal cabível. I, IV, VIII, X e XI.
XII – acumulação ilegal de car-
gos, empregos ou funções pú-
blicas;
XIII – transgressão dos incisos
IX a XVI do art. 117.
Art. 133. Detectada a qualquer tempo a acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções pú-
blicas, a autoridade a que se refere o art. 143 notificará o servidor, por intermédio de sua chefia
imediata, para apresentar opção no prazo improrrogável de 10 dias, contados da data da ciência e,
na hipótese de omissão, adotará procedimento sumário para a sua apuração e regularização ime-
diata, cujo processo administrativo disciplinar se desenvolverá nas seguintes fases:
758 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Lei 8.112/90 – Regime Disciplinar – Prof. Cristiano de Souza
I – instauração, com a publicação do ato que constituir a comissão, a ser composta por 02 ser-
vidores estáveis, e simultaneamente indicar a autoria e a materialidade da transgressão objeto
da apuração;
II – instrução sumária, que compreende indiciação, defesa e relatório;
III – julgamento.
§ 1º A indicação da autoria de que trata o inciso I dar-se-á pelo nome e matrícula do servidor,
e a materialidade pela descrição dos cargos, empregos ou funções públicas em situação de
acumulação ilegal, dos órgãos ou entidades de vinculação, das datas de ingresso, do horário de
trabalho e do correspondente regime jurídico.
§ 2º A comissão lavrará, até 03 dias após a publicação do ato que a constituiu, termo de indi-
ciação em que serão transcritas as informações de que trata o parágrafo anterior, bem como
promoverá a citação pessoal do servidor indiciado, ou por intermédio de sua chefia imediata,
para, no prazo de cinco dias, apresentar defesa escrita, assegurando-se-lhe vista do processo
na repartição, observado o disposto nos arts. 163 e 164.
§ 3º Apresentada a defesa, a comissão elaborará relatório conclusivo quanto à inocência ou à
responsabilidade do servidor, em que resumirá as peças principais dos autos, opinará sobre a li-
citude da acumulação em exame, indicará o respectivo dispositivo legal e remeterá o processo
à autoridade instauradora, para julgamento.
§ 4º No prazo de 05 dias, contados do recebimento do processo, a autoridade julgadora profe-
rirá a sua decisão, aplicando-se, quando for o caso, o disposto no § 3º do art. 167.
§ 5º A opção pelo servidor até o último dia de prazo para defesa configurará sua boa-fé, hipó-
tese em que se converterá automaticamente em pedido de exoneração do outro cargo.
§ 6º Caracterizada a acumulação ilegal e provada a má-fé, aplicar-se-á a pena de demissão,
destituição ou cassação de aposentadoria ou disponibilidade em relação aos cargos, empre-
gos ou funções públicas em regime de acumulação ilegal, hipótese em que os órgãos ou enti-
dades de vinculação serão comunicados.
§ 7º O prazo para a conclusão do processo administrativo disciplinar submetido ao rito sumário
não excederá 30 dias, contados da data de publicação do ato que constituir a comissão, admiti-
da a sua prorrogação por até 15 dias, quando as circunstâncias o exigirem.
§ 8º O procedimento sumário rege-se pelas disposições deste artigo, observando-se, no que
lhe for aplicável, subsidiariamente, as disposições dos Títulos IV e V desta Lei.
Art. 134. Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade do inativo que houver praticado, na
atividade, falta punível com a demissão.
Art. 135. A destituição de cargo em comissão exercido por não ocupante de cargo efetivo será apli-
cada nos casos de infração sujeita às penalidades de suspensão e de demissão.
Parágrafo único. Constatada a hipótese de que trata este artigo, a exoneração efetuada nos
termos do art. 35 será convertida em destituição de cargo em comissão.
Art. 136. A demissão ou a destituição de cargo em comissão, nos casos dos incisos IV, VIII, X e XI do
art. 132, implica a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, sem prejuízo da ação
penal cabível.
www.acasadoconcurseiro.com.br 759
Art. 137. A demissão ou a destituição de cargo em comissão, por infringência do art. 117, incisos
IX e XI, incompatibiliza o ex-servidor para nova investidura em cargo público federal, pelo prazo
de 5 (cinco) anos.
Parágrafo único. Não poderá retornar ao serviço público federal o servidor que for demitido ou
destituído do cargo em comissão por infringência do art. 132, incisos I, IV, VIII, X e XI.
Art. 138. Configura abandono de cargo a ausência intencional do servidor ao serviço por mais de 30
dias consecutivos.
Art. 139. Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao serviço, sem causa justificada, por 60
dias, interpoladamente, durante o período de 12 meses.
Art. 140. Na apuração de abandono de cargo ou inassiduidade habitual, também será adotado o
procedimento sumário a que se refere o art. 133, observando-se especialmente que:
I – a indicação da materialidade dar-se-á:
a) na hipótese de abandono de cargo, pela indicação precisa do período de ausência intencio-
nal do servidor ao serviço superior a trinta dias;
b) no caso de inassiduidade habitual, pela indicação dos dias de falta ao serviço sem causa jus-
tificada, por período igual ou superior a sessenta dias interpoladamente, durante o período de
doze meses;
II – após a apresentação da defesa a comissão elaborará relatório conclusivo quanto à inocên-
cia ou à responsabilidade do servidor, em que resumirá as peças principais dos autos, indicará
o respectivo dispositivo legal, opinará, na hipótese de abandono de cargo, sobre a intencionali-
dade da ausência ao serviço superior a trinta dias e remeterá o processo à autoridade instaura-
dora para julgamento.
Art. 141. As penalidades disciplinares serão aplicadas:
I – pelo Presidente da República, pelos Presidentes das Casas do Poder Legislativo e dos Tribu-
nais Federais e pelo Procurador-Geral da República, quando se tratar de demissão e cassação
de aposentadoria ou disponibilidade de servidor vinculado ao respectivo Poder, órgão, ou enti-
dade;
II – pelas autoridades administrativas de hierarquia imediatamente inferior àquelas menciona-
das no inciso anterior quando se tratar de suspensão superior a 30 (trinta) dias;
III – pelo chefe da repartição e outras autoridades na forma dos respectivos regimentos ou re-
gulamentos, nos casos de advertência ou de suspensão de até 30 (trinta) dias;
IV – pela autoridade que houver feito a nomeação, quando se tratar de destituição de cargo em
comissão.
Art. 142. A ação disciplinar prescreverá:
I – em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com demissão, cassação de aposentadoria
ou disponibilidade e destituição de cargo em comissão;
II – em 2 (dois) anos, quanto à suspensão;
III – em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à advertência.
760 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Lei 8.112/90 – Regime Disciplinar – Prof. Cristiano de Souza
www.acasadoconcurseiro.com.br 761
Direito do Trabalho
www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito do Trabalho
CONCEITO DO DIREITO DO TRABALHO: Pode ser definido como o ramo do direito que regula as
relações de emprego e outras situações semelhantes. (Gustavo Filipe Barbosa Garcia).
NATUREZA JURÍDICA: O Direito do Trabalho tem natureza jurídica de DIREITO PRIVADO, pois
tem como instituto central o próprio contrato de trabalho.
FONTES MATERIAIS: É o momento anterior à lei, é a pressão exercida pelos trabalhadores em
busca de melhores e novas condições de trabalho. Ex: Greves
FONTES FORMAIS: É o momento jurídico, é a regra plenamente materializada, é a norma já
construída.
As fontes formais se subdividem em:
A) FONTES HETERÔNOMAS: Fontes criadas por agente externo, um terceiro, geralmente o
Estado, sem a participação imediata dos interessados: exs: Constituição Federal, Emendas
a Constituição, Leis (complementar e ordinária), Medida Provisória, Decreto, Súmulas vin-
culantes do STF.
B) FONTES AUTÔNOMAS: Fontes criadas com a imediata participação dos destinatários das
regras produzidas (trabalhadores) sem interferência de agente externo: exs: convenções
coletivas de trabalho, acordo coletivo de trabalho e costume.
1. Constituição;
2. Emendas à Constituição;
3. Lei complementar e ordinária;
4. decretos;
5. sentenças normativas e sentenças arbitrais em dissídios coletivos;
6. convenção coletiva;
7. acordos coletivos;
8. costumes.
www.acasadoconcurseiro.com.br 765
DOS PRINCÍPIOS DO DIREITO DO TRABALHO:
1.1 PRINCÍPIO IN DÚBIO PRÓ OPERÁRIO que induz ao intérprete da lei a optar, dentre duas ou
mais interpretações possíveis, pela mais favorável ao empregado.
1.2 PRINCÍPIO DA APLICAÇÃO DA NORMA MAIS FAVORÁVEL que faz com que apliquemos
sempre a norma mais favorável ao trabalhador, independente de sua posição hierárquica.
(artigo 620 da CLT “As condições estabelecidas em Convenção quando mais favoráveis, pre-
valecerão sobre as estipuladas em acordo“).
1.3 PRINCÍPIO DA CONDIÇÃO MAIS BENÉFICA que determina a aplicação das condições mais
vantajosas estipuladas no contrato de trabalho
766 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito do Trabalho - Fotnes e Princípios do Direito do Trabalho – Prof. Pedro Kuhn
www.acasadoconcurseiro.com.br 767
Direito do Trabalho
www.acasadoconcurseiro.com.br 769
pessoa ou à família, no âmbito residencial I – em cinco anos para o trabalhador urba-
destas; no, até o limite de dois anos após a extinção
do contrato;
b) aos trabalhadores rurais, assim conside-
rados aqueles que, exercendo funções dire- II – em dois anos, após a extinção do contra-
tamente ligadas à agricultura e à pecuária, to de trabalho, para o trabalhador rural.
não sejam empregados em atividades que,
pelos métodos de execução dos respectivos § 1º O disposto neste artigo não se aplica
trabalhos ou pela finalidade de suas opera- às ações que tenham por objeto anotações
ções, se classifiquem como industriais ou para fins de prova junto à Previdência So-
comerciais; cial.
c) aos funcionários públicos da União, dos Art. 12. Os preceitos concernentes ao regime de
Estados e dos Municípios e aos respectivos seguro social são objeto de lei especial.
extranumerários em serviço nas próprias
repartições;
d) aos servidores de autarquias paraesta-
tais, desde que sujeitos a regime próprio de
proteção ao trabalho que lhes assegure si-
tuação análoga à dos funcionários públicos.
Art. 8º As autoridades administrativas e a Jus-
tiça do Trabalho, na falta de disposições legais
ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela
jurisprudência, por analogia, por equidade e ou-
tros princípios e normas gerais de direito, prin-
cipalmente do direito do trabalho, e, ainda, de
acordo com os usos e costumes, o direito com-
parado, mas sempre de maneira que nenhum
interesse de classe ou particular prevaleça so-
bre o interesse público.
Parágrafo único. O direito comum será fon-
te subsidiária do direito do trabalho, naqui-
lo em que não for incompatível com os prin-
cípios fundamentais deste.
Art. 9º Serão nulos de pleno direito os atos pra-
ticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou
fraudar a aplicação dos preceitos contidos na
presente Consolidação.
Art. 10. Qualquer alteração na estrutura jurídica
da empresa não afetará os direitos adquiridos
por seus empregados.
Art. 11. O direito de ação quanto a créditos re-
sultantes das relações de trabalho prescreve:
770 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito do Trabalho
www.acasadoconcurseiro.com.br 771
§ 1º Na falência constituirão créditos privi- salvo se o contrato de trabalho tiver por objeto,
legiados a totalidade dos salários devidos implícita ou explicitamente, pesquisa científica.
ao empregado e a totalidade das indeniza-
ções a que tiver direito. Parágrafo único. Ao empregador caberá a
exploração do invento, ficando obrigado a
§ 2º Havendo concordata na falência, será promovê-la no prazo de um ano da data da
facultado aos contratantes tornar sem concessão da patente, sob pena de reverter
efeito a rescisão do contrato de trabalho e em favor do empregado da plena proprie-
consequente indenização, desde que o em- dade desse invento.
pregador pague, no mínimo, a metade dos
salários que seriam devidos ao empregado Art. 455. Nos contratos de subempreitada res-
durante o interregno. ponderá o subempreiteiro pelas obrigações de-
rivadas do contrato de trabalho que celebrar,
Art. 450. Ao empregado chamado a ocupar, em cabendo, todavia, aos empregados, o direito de
comissão, interinamente, ou em substituição reclamação contra o empreiteiro principal pelo
eventual ou temporária, cargo diverso do que inadimplemento daquelas obrigações por parte
exercer na empresa, serão garantidas a conta- do primeiro.
gem do tempo naquele serviço, bem como volta
ao cargo anterior. Parágrafo único. Ao empreiteiro principal
fica ressalvada, nos termos da lei civil, ação
Art. 451. O contrato de trabalho por prazo de- regressiva contra o subempreiteiro e a re-
terminado que, tácita ou expressamente, for tenção de importâncias a este devidas, para
prorrogado mais de uma vez passará a vigorar a garantia das obrigações previstas neste ar-
sem determinação de prazo. tigo.
Art. 452. Considera-se por prazo indeterminado Art. 456. A prova do contrato individual do tra-
todo contrato que suceder, dentro de 6 (seis) balho será feita pelas anotações constantes da
meses, a outro contrato por prazo determinado, carteira profissional ou por instrumento escrito
salvo se a expiração deste dependeu da execu- e suprida por todos os meios permitidos em di-
ção de serviços especializados ou da realização reito.
de certos acontecimentos.
Parágrafo único. A falta de prova ou inexis-
Art. 453. No tempo de serviço do empregado, tindo cláusula expressa e tal respeito, en-
quando readmitido, serão computados os pe- tender-se-á que o empregado se obrigou a
ríodos, ainda que não contínuos, em que tiver todo e qualquer serviço compatível com a
trabalhado anteriormente na empresa, salvo se sua condição pessoal.
houver sido despedido por falta grave, recebido
indenização legal ou se aposentado espontane-
amente.
§ 2º O ato de concessão de benefício de
aposentadoria a empregado que não tiver
completado 35 (trinta e cinco) anos de ser-
viço, se homem, ou trinta, se mulher, im-
porta em extinção do vínculo empregatício.
Art. 454. Na vigência do contrato de trabalho,
as invenções do empregado, quando decorren-
tes de sua contribuição pessoal e da instalação
ou equipamento fornecidos pelo empregador,
serão de propriedade comum, em partes iguais,
772 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito do Trabalho
www.acasadoconcurseiro.com.br 773
Direito do Trabalho
www.acasadoconcurseiro.com.br 775
VIII – pelo tempo que se fizer necessário, dicato, com antecedência mínima de quinze
quando tiver que comparecer a juízo. dias da suspensão contratual.
IX – pelo tempo que se fizer necessário, § 2º O contrato de trabalho não poderá ser
quando, na qualidade de representante de suspenso em conformidade com o disposto
entidade sindical, estiver participando de no caput deste artigo mais de uma vez no pe-
reunião oficial de organismo internacional do ríodo de dezesseis meses.
qual o Brasil seja membro. § 3º O empregador poderá conceder ao em-
Art. 474. A suspensão do empregado por mais de pregado ajuda compensatória mensal, sem
30 (trinta) dias consecutivos importa na rescisão natureza salarial, durante o período de sus-
injusta do contrato de trabalho. pensão contratual nos termos do caput deste
Art. 475. O empregado que for aposentado por in- artigo, com valor a ser definido em convenção
validez terá suspenso o seu contrato de trabalho ou acordo coletivo.
durante o prazo fixado pelas leis de previdência § 4º Durante o período de suspensão contra-
social para a efetivação do benefício. tual para participação em curso ou programa
§ 1º Recuperando o empregado a capacidade de qualificação profissional, o empregado fará
de trabalho e sendo a aposentadoria cance- jus aos benefícios voluntariamente concedi-
lada, ser-lhe-á assegurado o direito à função dos pelo empregador.
que ocupava ao tempo da aposentadoria, fa- § 5º Se ocorrer a dispensa do empregado no
cultado, porém, ao empregador, o direito de transcurso do período de suspensão contra-
indenizá-lo por rescisão do contrato de traba- tual ou nos três meses subsequentes ao seu
lho, nos termos dos arts. 477 e 478, salvo na retorno ao trabalho, o empregador pagará ao
hipótese de ser ele portador de estabilidade, empregado, além das parcelas indenizatórias
quando a indenização deverá ser paga na for- previstas na legislação em vigor, multa a ser
ma do art. 497. estabelecida em convenção ou acordo coleti-
§ 2º Se o empregador houver admitido substi- vo, sendo de, no mínimo, cem por cento sobre
tuto para o aposentado, poderá rescindir, com o valor da última remuneração mensal ante-
este, o respectivo contrato de trabalho sem rior à suspensão do contrato.
indenização, desde que tenha havido ciência § 6º Se durante a suspensão do contrato não
inequívoca da interinidade ao ser celebrado o for ministrado o curso ou programa de quali-
contrato. ficação profissional, ou o empregado perma-
Art. 476. Em caso de seguro-doença ou auxílio-en- necer trabalhando para o empregador, ficará
fermidade, o empregado é considerado em licença descaracterizada a suspensão, sujeitando o
não remunerada, durante o prazo desse benefício. empregador ao pagamento imediato dos sa-
lários e dos encargos sociais referentes ao
Art. 476-A. O contrato de trabalho poderá ser sus- período, às penalidades cabíveis previstas na
penso, por um período de dois a cinco meses, para legislação em vigor, bem como às sanções
participação do empregado em curso ou progra- previstas em convenção ou acordo coletivo.
ma de qualificação profissional oferecido pelo em-
pregador, com duração equivalente à suspensão § 7º O prazo limite fixado no caput poderá ser
contratual, mediante previsão em convenção ou prorrogado mediante convenção ou acordo
acordo coletivo de trabalho e aquiescência formal coletivo de trabalho e aquiescência formal do
do empregado, observado o disposto no art. 471 empregado, desde que o empregador arque
desta Consolidação. com o ônus correspondente ao valor da bol-
sa de qualificação profissional, no respecti-
§ 1º Após a autorização concedida por inter- vo período.
médio de convenção ou acordo coletivo, o
empregador deverá notificar o respectivo sin-
776 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito do Trabalho
§ 4º O pagamento a que fizer jus o empre- Art. 478 A indenização devida pela rescisão de
gado será efetuado no ato da homologação contrato por prazo indeterminado será de 1
da rescisão do contrato de trabalho, em (um) mês de remuneração por ano de serviço
dinheiro ou em cheque visado, conforme efetivo, ou por ano e fração igual ou superior a
6 (seis) meses.
www.acasadoconcurseiro.com.br 777
§ 1º O primeiro ano de duração do contra- Art. 481. Aos contratos por prazo determinado,
to por prazo indeterminado é considerado que contiverem cláusula assecuratória do di-
como período de experiência, e, antes que reito recíproco de rescisão antes de expirado o
se complete, nenhuma indenização será de- termo ajustado, aplicam-se, caso seja exercido
vida. tal direito por qualquer das partes, os princípios
que regem a rescisão dos contratos por prazo
§ 2º Se o salário for pago por dia, o cálculo indeterminado.
da indenização terá por base 25 (vinte e cin-
co) dias. Art. 482. Constituem justa causa para rescisão
do contrato de trabalho pelo empregador:
§ 3º Se pago por hora, a indenização apurar-
-se-á na base de 200 (duzentas) horas por a) ato de improbidade;
mês.
b) incontinência de conduta ou mau proce-
§ 4º Para os empregados que trabalhem a dimento;
comissão ou que tenham direito a percenta-
gens, a indenização será calculada pela mé- c) negociação habitual por conta própria
dia das comissões ou percentagens percebi- ou alheia sem permissão do empregador,
das nos últimos 12 (doze) meses de serviço. e quando constituir ato de concorrência à
empresa para a qual trabalha o empregado,
§ 5º Para os empregados que trabalhem por ou for prejudicial ao serviço;
tarefa ou serviço feito, a indenização será
calculada na base média do tempo costu- d) condenação criminal do empregado, pas-
meiramente gasto pelo interessado para sada em julgado, caso não tenha havido
realização de seu serviço, calculando-se o suspensão da execução da pena;
valor do que seria feito durante 30 (trinta) e) desídia no desempenho das respectivas
dias. funções;
Art. 479 Nos contratos que tenham termo es- f) embriaguez habitual ou em serviço;
tipulado, o empregador que, sem justa causa,
despedir o empregado será obrigado a pagar- g) violação de segredo da empresa;
-lhe, a titulo de indenização, e por metade, a
h) ato de indisciplina ou de insubordinação;
remuneração a que teria direito até o termo do
contrato. i) abandono de emprego;
Parágrafo único. Para a execução do que j) ato lesivo da honra ou da boa fama prati-
dispõe o presente artigo, o cálculo da par- cado no serviço contra qualquer pessoa, ou
te variável ou incerta dos salários será feito ofensas físicas, nas mesmas condições, sal-
de acordo com o prescrito para o cálculo da vo em caso de legítima defesa, própria ou
indenização referente à rescisão dos contra- de outrem;
tos por prazo indeterminado.
k) ato lesivo da honra ou da boa fama ou
Art. 480. Havendo termo estipulado, o empre- ofensas físicas praticadas contra o empre-
gado não se poderá desligar do contrato, sem gador e superiores hierárquicos, salvo em
justa causa, sob pena de ser obrigado a indeni- caso de legítima defesa, própria ou de ou-
zar o empregador dos prejuízos que desse fato trem;
lhe resultarem.
l) prática constante de jogos de azar.
§ 1º A indenização, porém, não poderá ex-
ceder àquela a que teria direito o emprega- Parágrafo único. Constitui igualmente justa
do em idênticas condições. causa para dispensa de empregado a práti-
ca, devidamente comprovada em inquérito
778 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Do Trabalho – Da Rescisão (Art. 477 a 486) – Prof. Pedro Kuhn
administrativo, de atos atentatórios à segu- Art. 484. Havendo culpa recíproca no ato que
rança nacional. determinou a rescisão do contrato de trabalho,
o tribunal de trabalho reduzirá a indenização à
Art. 483. O empregado poderá considerar res- que seria devida em caso de culpa exclusiva do
cindido o contrato e pleitear a devida indeniza- empregador, por metade.
ção quando:
Art. 485. Quando cessar a atividade da empre-
a) forem exigidos serviços superiores às sa, por morte do empregador, os empregados
suas forças, defesos por lei, contrários aos terão direito, conforme o caso, à indenização a
bons costumes, ou alheios ao contrato; que se referem os art. 477 e 497.
b) for tratado pelo empregador ou por seus Art. 486. No caso de paralisação temporária ou
superiores hierárquicos com rigor excessi- definitiva do trabalho, motivada por ato de au-
vo; toridade municipal, estadual ou federal, ou pela
c) correr perigo manifesto de mal conside- promulgação de lei ou resolução que impossi-
rável; bilite a continuação da atividade, prevalecerá o
pagamento da indenização, que ficará a cargo
d) não cumprir o empregador as obrigações do governo responsável.
do contrato;
§ 1º Sempre que o empregador invocar em
e) praticar o empregador ou seus prepos- sua defesa o preceito do presente artigo, o
tos, contra ele ou pessoas de sua família, tribunal do trabalho competente notificará
ato lesivo da honra e boa fama; a pessoa de direito público apontada como
f) o empregador ou seus prepostos ofende- responsável pela paralisação do trabalho,
rem-no fisicamente, salvo em caso de legíti- para que, no prazo de 30 (trinta) dias, ale-
ma defesa, própria ou de outrem; gue o que entender devido, passando a fi-
gurar no processo como chamada à autoria.
g) o empregador reduzir o seu trabalho,
sendo este por peça ou tarefa, de forma a § 2º Sempre que a parte interessada, fir-
afetar sensivelmente a importância dos sa- mada em documento hábil, invocar defesa
lários. baseada na disposição deste artigo e indicar
qual o juiz competente, será ouvida a parte
§ 1º O empregado poderá suspender a pres- contrária, para, dentro de 3 (três) dias, falar
tação dos serviços ou rescindir o contrato, sobre essa alegação.
quando tiver de desempenhar obrigações
legais, incompatíveis com a continuação do § 3º Verificada qual a autoridade responsá-
serviço. vel, a Junta de Conciliação ou Juiz dar-se-á
por incompetente, remetendo os autos ao
§ 2º No caso de morte do empregador cons- Juiz Privativo da Fazenda, perante o qual
tituído em empresa individual, é facultado correrá o feito nos termos previstos no pro-
ao empregado rescindir o contrato de tra- cesso comum.
balho.
§ 3º Nas hipóteses das letras "d" e "g", po-
derá o empregado pleitear a rescisão de seu
contrato de trabalho e o pagamento das
respectivas indenizações, permanecendo
ou não no serviço até final decisão do pro-
cesso.
www.acasadoconcurseiro.com.br 779
Direito do Trabalho
www.acasadoconcurseiro.com.br 781
Direito do Trabalho
www.acasadoconcurseiro.com.br 783
acordo escrito entre empregador e empregado, cuja inexecução possa acarretar prejuízo mani-
ou mediante contrato coletivo de trabalho. festo.
§ 1º Do acordo ou do contrato coletivo de § 1º O excesso, nos casos deste artigo, po-
trabalho deverá constar, obrigatoriamen- derá ser exigido independentemente de
te, a importância da remuneração da hora acordo ou contrato coletivo e deverá ser co-
suplementar, que será, pelo menos, 20% municado, dentro de 10 (dez) dias, à autori-
(vinte por cento) superior à da hora normal. dade competente em matéria de trabalho,
(Vide CF, art. 7º inciso XVI). ou, antes desse prazo, justificado no mo-
mento da fiscalização sem prejuízo dessa
§ 2º Poderá ser dispensado o acréscimo de comunicação.
salário se, por força de acordo ou conven-
ção coletiva de trabalho, o excesso de horas § 2º Nos casos de excesso de horário por
em um dia for compensado pela correspon- motivo de força maior, a remuneração da
dente diminuição em outro dia, de manei- hora excedente não será inferior à da hora
ra que não exceda, no período máximo de normal. Nos demais casos de excesso pre-
um ano, à soma das jornadas semanais de vistos neste artigo, a remuneração será,
trabalho previstas, nem seja ultrapassado o pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento)
limite máximo de dez horas diárias. superior à da hora normal, e o trabalho não
poderá exceder de 12 (doze) horas, desde
§ 3º Na hipótese de rescisão do contrato de que a lei não fixe expressamente outro limi-
trabalho sem que tenha havido a compen- te.
sação integral da jornada extraordinária, na
forma do parágrafo anterior, fará o traba- § 3º Sempre que ocorrer interrupção do tra-
lhador jus ao pagamento das horas extras balho, resultante de causas acidentais, ou
não compensadas, calculadas sobre o valor de força maior, que determinem a impos-
da remuneração na data da rescisão. sibilidade de sua realização, a duração do
trabalho poderá ser prorrogada pelo tempo
§ 4º Os empregados sob o regime de tempo necessário até o máximo de 2 (duas) horas,
parcial não poderão prestar horas extras. durante o número de dias indispensáveis à
Art. 60. Nas atividades insalubres, assim consi- recuperação do tempo perdido, desde que
deradas as constantes dos quadros menciona- não exceda de 10 (dez) horas diárias, em
dos no capítulo "Da Segurança e da Medicina do período não superior a 45 (quarenta e cin-
Trabalho", ou que neles venham a ser incluídas co) dias por ano, sujeita essa recuperação
por ato do Ministro do Trabalho, Industria e Co- à prévia autorização da autoridade compe-
mercio, quaisquer prorrogações só poderão ser tente.
acordadas mediante licença prévia das autori- Art. 62. Não são abrangidos pelo regime previs-
dades competentes em matéria de higiene do to neste capítulo:
trabalho, as quais, para esse efeito, procederão
aos necessários exames locais e à verificação I – os empregados que exercem atividade
dos métodos e processos de trabalho, quer di- externa incompatível com a fixação de ho-
retamente, quer por intermédio de autoridades rário de trabalho, devendo tal condição ser
sanitárias federais, estaduais e municipais, com anotada na Carteira de Trabalho e Previdên-
quem entrarão em entendimento para tal fim. cia Social e no registro de empregados;
Art. 61. Ocorrendo necessidade imperiosa, po- II – os gerentes, assim considerados os
derá a duração do trabalho exceder do limite exercentes de cargos de gestão, aos quais
legal ou convencionado, seja para fazer face a se equiparam, para efeito do disposto nes-
motivo de força maior, seja para atender à re- te artigo, os diretores e chefes de departa-
alização ou conclusão de serviços inadiáveis ou mento ou filial.
784 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito do Trabalho – Da Jornada de Trabalho (Art. 58 a 65) – Prof. Pedro Kuhn
www.acasadoconcurseiro.com.br 785
Direito do Trabalho
Art. 67. Será assegurado a todo empregado um Art. 70. Salvo o disposto nos artigos 68 e 69, é
descanso semanal de 24 (vinte e quatro) horas vedado o trabalho em dias feriados nacionais
consecutivas, o qual, salvo motivo de conveni- e feriados religiosos, nos têrmos da legislação
ência pública ou necessidade imperiosa do ser- própria.
viço, deverá coincidir com o domingo, no todo Art. 71. Em qualquer trabalho contínuo, cuja
ou em parte. duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a
Parágrafo único - Nos serviços que exijam concessão de um intervalo para repouso ou ali-
trabalho aos domingos, com exceção quan- mentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma)
to aos elencos teatrais, será estabelecida hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo
escala de revezamento, mensalmente orga- em contrário, não poderá exceder de 2 (duas)
nizada e constando de quadro sujeito à fis- horas.
calização. § 1º Não excedendo de 6 (seis) horas o tra-
Art. 68. O trabalho em domingo, seja total ou balho, será, entretanto, obrigatório um in-
parcial, na forma do art. 67, será sempre subor- tervalo de 15 (quinze) minutos quando a
dinado à permissão prévia da autoridade com- duração ultrapassar 4 (quatro) horas.
petente em matéria de trabalho. § 2º Os intervalos de descanso não serão
Parágrafo único. A permissão será conce- computados na duração do trabalho.
dida a título permanente nas atividades § 3º O limite mínimo de uma hora para re-
que, por sua natureza ou pela conveniên- pouso ou refeição poderá ser reduzido por
cia pública, devem ser exercidas aos do- ato do Ministro do Trabalho, Indústria e Co-
mingos, cabendo ao Ministro do Trabalho, mércio, quando ouvido o Serviço de Alimen-
Industria e Comercio, expedir instruções tação de Previdência Social, se verificar que
em que sejam especificadas tais atividades. o estabelecimento atende integralmente às
Nos demais casos, ela será dada sob forma exigências concernentes à organização dos
transitória, com discriminação do período refeitórios, e quando os respectivos empre-
autorizado, o qual, de cada vez, não excede- gados não estiverem sob regime de traba-
rá de 60 (sessenta) dias. lho prorrogado a horas suplementares.
Art. 69. Na regulamentação do funcionamento § 4º Quando o intervalo para repouso e
de atividades sujeitas ao regime deste Capítulo, alimentação, previsto neste artigo, não for
www.acasadoconcurseiro.com.br 787
concedido pelo empregador, este ficará
obrigado a remunerar o período corres-
pondente com um acréscimo de no mínimo
50% (cinqüenta por cento) sobre o valor da
remuneração da hora normal de trabalho.
§ 5º Os intervalos expressos no caput e no §
1º poderão ser fracionados quando compre-
endidos entre o término da primeira hora
trabalhada e o início da última hora traba-
lhada, desde que previsto em convenção ou
acordo coletivo de trabalho, ante a natureza
do serviço e em virtude das condições es-
peciais do trabalho a que são submetidos
estritamente os motoristas, cobradores, fis-
calização de campo e afins nos serviços de
operação de veículos rodoviários, emprega-
dos no setor de transporte coletivo de pas-
sageiros, mantida a mesma remuneração e
concedidos intervalos para descanso meno-
res e fracionados ao final de cada viagem,
não descontados da jornada.
Art. 72. Nos serviços permanentes de mecano-
grafia (datilografia, escrituração ou cálculo), a
cada período de 90 (noventa) minutos de traba-
lho consecutivo corresponderá um repouso de
10 (dez) minutos não deduzidos da duração nor-
mal de trabalho.
788 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito do Trabalho
Seção IV
DO TRABALHO NOTURNO
Art. 73. Salvo nos casos de revezamento sema-
nal ou quinzenal, o trabalho noturno terá remu-
neração superior a do diurno e, para esse efei-
to, sua remuneração terá um acréscimo de 20
% (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora
diurna.
§ 1º A hora do trabalho noturno será com-
putada como de 52 minutos e 30 segundos.
§ 2º Considera-se noturno, para os efeitos
deste artigo, o trabalho executado entre as
22 horas de um dia e as 5 horas do dia se-
guinte.
§ 3º O acréscimo, a que se refere o presente
artigo, em se tratando de empresas que não
mantêm, pela natureza de suas atividades,
trabalho noturno habitual, será feito, tendo
em vista os quantitativos pagos por traba-
lhos diurnos de natureza semelhante. Em
relação às empresas cujo trabalho noturno
decorra da natureza de suas atividades, o
aumento será calculado sobre o salário mí-
nimo geral vigente na região, não sendo de-
vido quando exceder desse limite, já acres-
cido da percentagem.
§ 4º Nos horários mistos, assim entendidos
os que abrangem períodos diurnos e notur-
nos, aplica-se às horas de trabalho noturno
o disposto neste artigo e seus parágrafos.
§ 5º Às prorrogações do trabalho noturno
aplica-se o disposto neste capítulo.
www.acasadoconcurseiro.com.br 789
Direito do Trabalho
Art. 81. O salário mínimo será determinado pela Art. 83. É devido o salário mínimo ao trabalha-
fórmula Sm = a + b + c + d + e, em que "a", "b", dor em domicílio, considerado este como o exe-
"c", "d" e "e" representam, respectivamente, o cutado na habitação do empregado ou em ofi-
valor das despesas diárias com alimentação, ha- cina de família, por conta de empregador que o
bitação, vestuário, higiene e transporte neces- remunere.
sários à vida de um trabalhador adulto.
§ 1º A parcela correspondente à alimenta-
ção terá um valor mínimo igual aos valores
www.acasadoconcurseiro.com.br 791
Direito do Trabalho
www.acasadoconcurseiro.com.br 793
social, viva sob sua dependência econômi- V – durante a suspensão preventiva para
ca; responder a inquérito administrativo ou de
prisão preventiva, quanto for impronuncia-
II – até 3 (três) dias consecutivos, em virtude do ou absolvido; e
de casamento;
VI – nos dias em que não tenha havido ser-
III – por um dia, em caso de nascimento de viço, salvo na hipótese do inciso III do art.
filho no decorrer da primeira semana; 133.
IV – por um dia, em cada 12 (doze) meses de Art. 132 O tempo de trabalho anterior à apre-
trabalho, em caso de doação voluntária de sentação do empregado para serviço militar
sangue devidamente comprovada; obrigatório será computado no período aquisiti-
V – até 2 (dois) dias consecutivos ou não, vo, desde que ele compareça ao estabelecimen-
para o fim de se alistar eleitor, nos termos to dentro de 90 (noventa) dias da data em que
da lei respectiva. se verificar a respectiva baixa.
VI – no período de tempo em que tiver de “Art. 472 – § 1º – Para que o empregado tenha
cumprir as exigências do Serviço Militar direito a voltar a exercer o cargo do qual se afas-
referidas na letra "c" do art. 65 da Lei nº tou em virtude de exigências do serviço militar
4.375, de 17 de agosto de 1964 (Lei do Ser- ou de encargo público, é indispensável que noti-
viço Militar). fique o empregador dessa intenção, por telegra-
ma ou carta registrada, dentro do prazo máxi-
VII – nos dias em que estiver comprovada- mo de 30 (trinta) dias, contados da data em que
mente realizando provas de exame vesti- se verificar a respectiva baixa ou a terminação
bular para ingresso em estabelecimento de do encargo a que estava obrigado."
ensino superior.
Art. 133 Não terá direito a férias o empregado
VIII – pelo tempo que se fizer necessário, que, no curso do período aquisitivo:
quando tiver que comparecer a juízo.
I – deixar o emprego e não for readmitido
IX – pelo tempo que se fizer necessário, dentro de 60 (sessenta) dias subsequentes
quando, na qualidade de representante de à sua saída;
entidade sindical, estiver participando de
reunião oficial de organismo internacional II – permanecer em gozo de licença, com
do qual o Brasil seja membro.” percepção de salários, por mais de 30 (trin-
ta) dias;
II – durante o licenciamento compulsório da
empregada por motivo de maternidade ou III – deixar de trabalhar, com percepção do
aborto, observados os requisitos para per- salário, por mais de 30 (trinta) dias, em vir-
cepção do salário-maternidade custeado tude de paralisação parcial ou total dos ser-
pela Previdência Social; viços da empresa; e
794 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito do Trabalho – Do Direito de Férias e da sua Duração (Art. 129 a 133) – Prof. Pedro Kuhn
www.acasadoconcurseiro.com.br 795
Direito do Trabalho
www.acasadoconcurseiro.com.br 797
Direito do Trabalho
www.acasadoconcurseiro.com.br 799
Direito do Trabalho
www.acasadoconcurseiro.com.br 801
vedada, em qualquer hipótese, a utilização da quando este resultar de adiantamentos, de dispo-
mesma unidade residencial por mais de uma sitivos de lei ou de contrato coletivo.
família. § 1º Em caso de dano causado pelo emprega-
Art. 459. O pagamento do salário, qualquer que do, o desconto será lícito, desde de que esta
seja a modalidade do trabalho, não deve ser esti- possibilidade tenha sido acordada ou na ocor-
pulado por período superior a 1 (um) mês, salvo rência de dolo do empregado.
no que concerne a comissões, percentagens e gra- § 2º É vedado à empresa que mantiver arma-
tificações. zém para venda de mercadorias aos empre-
§ 1º Quando o pagamento houver sido estipu- gados ou serviços estimados a proporcionar-
lado por mês, deverá ser efetuado, o mais tar- -lhes prestações " in natura " exercer qualquer
dar, até o quinto dia útil do mês subsequente coação ou induzimento no sentido de que os
ao vencido. empregados se utilizem do armazém ou dos
serviços.
Art. 460. Na falta de estipulação do salário ou não
havendo prova sobre a importância ajustada, o § 3º Sempre que não for possível o acesso
empregado terá direito a perceber salário igual dos empregados a armazéns ou serviços não
ao daquela que, na mesma empresa, fizer servi- mantidos pela Empresa, é lícito à autoridade
ço equivalente ou do que for habitualmente pago competente determinar a adoção de medidas
para serviço semelhante. adequadas, visando a que as mercadorias se-
jam vendidas e os serviços prestados a preços
Art. 461. Sendo idêntica a função, a todo trabalho razoáveis, sem intuito de lucro e sempre em
de igual valor, prestado ao mesmo empregador, benefício das empregados.
na mesma localidade, corresponderá igual salário,
sem distinção de sexo, nacionalidade ou idade. § 4º Observado o disposto neste Capítulo, é
vedado às empresas limitar, por qualquer for-
§ 1º Trabalho de igual valor, para os fins deste ma, a liberdade dos empregados de dispor do
Capítulo, será o que for feito com igual pro- seu salário.
dutividade e com a mesma perfeição técnica,
entre pessoas cuja diferença de tempo de ser- Art. 463. A prestação, em espécie, do salário será
viço não for superior a 2 (dois) anos. paga em moeda corrente do País.
§ 2º Os dispositivos deste artigo não preva- Parágrafo único. O pagamento do salário re-
lecerão quando o empregador tiver pessoal alizado com inobservância deste artigo consi-
organizado em quadro de carreira, hipótese dera-se como não feito.
em que as promoções deverão obedecer aos Art. 464. O pagamento do salário deverá ser efetu-
critérios de antiguidade e merecimento. ado contra recibo, assinado pelo empregado; em
§ 3º No caso do parágrafo anterior, as promo- se tratando de analfabeto, mediante sua impres-
ções deverão ser feitas alternadamente por são digital, ou, não sendo esta possível, a seu rogo.
merecimento e por antiguidade, dentro de Parágrafo único. Terá força de recibo o com-
cada categoria profissional. provante de depósito em conta bancária,
§ 4º O trabalhador readaptado em nova fun- aberta para esse fim em nome de cada em-
ção por motivo de deficiência física ou mental pregado, com o consentimento deste, em es-
atestada pelo órgão competente da Previdên- tabelecimento de crédito próximo ao local de
cia Social não servirá de paradigma para fins trabalho.
de equiparação salarial. Art. 465. O pagamento dos salários será efetuado
Art. 462. Ao empregador é vedado efetuar qual- em dia útil e no local do trabalho, dentro do horá-
quer desconto nos salários do empregado, salvo rio do serviço ou imediatamente após o encerra-
mento deste, salvo quando efetuado por depósito
802 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito do Trabalho – Da Remuneração Art. 457 a 467 – Prof. Pedro Kuhn
www.acasadoconcurseiro.com.br 803
Direito do Trabalho
13º SALÁRIO
LEI Nº 4.090, DE 13 DE JULHO DE 1962 Art. 4º Esta Lei entrará em vigor na data de sua
publicação, revogadas as disposições em con-
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA: Faço saber que trário.
o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a
seguinte Lei: Brasília, 13 de julho de 1962; 141º da Indepen-
dência e 74º da República.
Art. 1º No mês de dezembro de cada ano, a
todo empregado será paga, pelo empregador,
uma gratificação salarial, independentemente DECRETO Nº 57.155, DE 3 DE
da remuneração a que fizer jus. NOVEMBRO DE 1965
§ 1º A gratificação corresponderá a 1/12
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atri-
avos da remuneração devida em dezembro,
buição que lhe confere o art. 87, item I, da Cons-
por mês de serviço, do ano correspondente.
tituição, e tendo em vista o disposto no art. 6º
§ 2º A fração igual ou superior a 15 (quinze) da Lei nº 4.749, de 12 de agosto de 1965,
dias de trabalho será havida como mês in-
DECRETA:
tegral para os efeitos do parágrafo anterior.
Art. 1º O pagamento da gratificação salarial, ins-
§ 3º A gratificação será proporcional:
tituída pela Lei nº 4.090, de 13 de julho de 1962,
I – na extinção dos contratos a prazo, entre com as alterações constantes da Lei nº 4.749, de
estes incluídos os de safra, ainda que a rela- 12 de agosto de 1965, será efetuado pelo em-
ção de emprego haja findado antes de de- pregador até o dia 20 de dezembro de cada ano,
zembro; e tomando-se por base a remuneração devida
nesse mês de acordo com o tempo de serviço
II – na cessação da relação de emprego re- do empregado no ano em curso.
sultante da aposentadoria do trabalhador,
ainda que verificada antes de dezembro. Parágrafo único. A gratificação correspon-
derá a 1/12 (um doze avos) da remuneração
Art. 2º As faltas legais e justificadas ao serviço devida em dezembro, por mês de serviço,
não serão deduzidas para os fins previstos no § do ano correspondente, sendo que a fração
1º do art. 1º desta Lei. igual ou superior a 15 (quinze) dias de tra-
Art. 3º Ocorrendo rescisão, sem justa causa, do balho será havida como mês integral.
contrato de trabalho, o empregado receberá a Art. 2º Para os empregados que recebem sa-
gratificação devida nos termos dos parágrafos lário variável, a qualquer título, a gratificação
1º e 2º do art. 1º desta Lei, calculada sobre a será calculada na base de 1/11 (um onze avos)
remuneração do mês da rescisão. da soma das importâncias variáveis devidas nos
meses trabalhados até novembro de cada ano.
www.acasadoconcurseiro.com.br 805
A esta gratificação se somará a que correspon- Art. 6º As faltas legais e as justificadas ao servi-
der à parte do salário contratual fixo. ço não serão deduzidas para os fins previstos no
art. 2º deste decreto.
Parágrafo único. Até o dia 10 de janeiro de
cada ano, computada a parcela do mês de Art. 7º Ocorrendo a extinção do contrato de tra-
dezembro, o cálculo da gratificação será balho, salvo na hipótese de rescisão com justa
revisto para 1/12 (um doze avos) do total causa, o empregado receberá a gratificação de-
devido no ano anterior, processando-se a vida, nos termos do art. 1º, calculada sobre a re-
correção do valor da respectiva gratifica- muneração do respectivo mês.
ção com o pagamento ou compensação das
possíveis diferenças. Parágrafo único. Se a extinção do contrato
de trabalho ocorrer antes do pagamento de
Art. 3º Entre os meses de fevereiro e novembro que se trata o art. 1º, o empregador poderá
de cada ano, o empregador pagará, como adian- compensar o adiantamento mencionado no
tamento da gratificação, de uma só vez, metade art. 3º, com o valor da gratificação devida
do salário recebido pelo empregado no mês an- na hipótese de rescisão.
terior.
Art. 8º As contribuições devidas aos Institutos
§ 1º Tratando-se de empregados que rece- de Aposentadoria e Pensões que incidem sobre
bem apenas salário variável, a qualquer tí- a gratificação salarial serão descontadas levan-
tulo, o adiantamento será calculado na base do-se em conta o seu valor total e sobre este
da soma das importâncias variáveis devidas aplicando-se o limite estabelecido na Previdên-
nos meses trabalhados até o anterior àque- cia Social.
le em que se realizar o mesmo adiantamen-
to. Parágrafo único. O desconto, na forma des-
te artigo, incidirá sobre o pagamento da
§ 2º O empregador não estará obrigado a gratificação efetuado no mês de dezembro.
pagar o adiantamento no mesmo mês a to-
dos os seus empregados. Art. 9º O presente decreto entrará em vigor na
data de sua publicação, revogadas as disposi-
§ 3º A importância que o empregado hou- ções em contrário.
ver recebido a título de adiantamento será
deduzida do valor da gratificação devida. Brasília, 3 de novembro de 1965; 144º da
Independência e 77º da República.
§ 4º Nos casos em que o empregado for ad-
mitido no curso do ano, ou, durante este,
não permanecer à disposição do emprega-
dor durante todos os meses, o adiantamen-
to corresponderá à metade de 1/12 avos da
remuneração, por mês de serviço ou fração
superior a 15 (quinze) dias.
Art. 4º o adiantamento será pago ao ensejo das
férias do empregado, sempre que este o reque-
rer no mês de janeiro do correspondente ano.
Art. 5º Quando parte da remuneração for paga
em utilidades, o valor da quantia efetivamente
descontada e correspondente a essas, será com-
putado para fixação da respectiva gratificação.
806 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito do Trabalho
DA PRESCRIÇÃO E DA DECADÊNCIA
A prescrição, assim como a decadência, são te- Art. 208. Aplica-se à decadência o disposto nos
mas de direito material e não de direito proces- arts. 195 e 198, inciso I (Art. 198. Também não
sual, contudo, o reconhecimento da prescrição corre a prescrição: I – contra os incapazes de
gera efeitos processuais. que trata o art. 3º).
www.acasadoconcurseiro.com.br 807
Direito do Trabalho
www.acasadoconcurseiro.com.br 809
tualmente já concedidos ao vigilante por recomendações de socorro imediato e o símbo-
meio de acordo coletivo. lo de perigo correspondente, segundo a padro-
nização internacional.
§ 4º São também consideradas perigosas as
atividades de trabalhador em motocicleta. Parágrafo único. Os estabelecimentos que
mantenham as atividades previstas nes-
Art.194. O direito do empregado ao adicional te artigo afixarão, nos setores de trabalho
de insalubridade ou de periculosidade cessará atingidas, avisos ou cartazes, com advertên-
com a eliminação do risco à sua saúde ou in- cia quanto aos materiais e substâncias peri-
tegridade física, nos termos desta Seção e das gosos ou nocivos à saúde.
normas expedidas pelo Ministério do Trabalho.
Art. 195. A caracterização e a classificação da
insalubridade e da periculosidade, segundo as
normas do Ministério do Trabalho, far-se-ão
através de perícia a cargo de Médico do Traba-
lho ou Engenheiro do Trabalho, registrados no
Ministério do Trabalho.
§ 1º É facultado às empresas e aos sindica-
tos das categorias profissionais interessadas
requererem ao Ministério do Trabalho a re-
alização de perícia em estabelecimento ou
setor deste, com o objetivo de caracterizar
e classificar ou delimitar as atividades insa-
lubres ou perigosas.
§ 2º Arguida em juízo insalubridade ou pe-
riculosidade, seja por empregado, seja por
Sindicato em favor de grupo de associado,
o juiz designará perito habilitado na forma
deste artigo, e, onde não houver, requisita-
rá perícia ao órgão competente do Ministé-
rio do Trabalho.
§ 3º O disposto nos parágrafos anteriores
não prejudica a ação fiscalizadora do Minis-
tério do Trabalho, nem a realização ex offi-
cio da perícia.
Art.196. Os efeitos pecuniários decorrentes do
trabalho em condições de insalubridade ou pe-
riculosidade serão devidos a contar da data da
inclusão da respectiva atividade nos quadros
aprovados pelo Ministro do Trabalho, respeita-
das as normas do artigo 11.
Art. 197. Os materiais e substâncias emprega-
dos, manipulados ou transportados nos locais
de trabalho, quando perigosos ou nocivos à saú-
de, devem conter, no rótulo, sua composição,
810 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito do Trabalho
www.acasadoconcurseiro.com.br 811
só aos que se encontrem sob o patrocínio
dessas entidades será outorgada a autoriza-
ção do trabalho a que alude o § 2º.
§ 5º Aplica-se ao menor o disposto no art.
390 e seu parágrafo único.
Art. 406. O Juiz de Menores poderá autorizar ao
menor o trabalho a que se referem as letras "a"
e "b" do § 3º do art. 405:
I – desde que a representação tenha fim
educativo ou a peça de que participe não
possa ser prejudicial à sua formação moral;
II – desde que se certifique ser a ocupação
do menor indispensável à própria subsis-
tência ou à de seus pais, avós ou irmãos e
não advir nenhum prejuízo à sua formação
moral.
Art. 407. Verificado pela autoridade competen-
te que o trabalho executado pelo menor é pre-
judicial à sua saúde, ao seu desenvolvimento fí-
sico ou a sua moralidade, poderá ela obrigá-lo a
abandonar o serviço, devendo a respectiva em-
presa, quando for o caso, proporcionar ao me-
nor todas as facilidades para mudar de funções.
Parágrafo único. Quando a empresa não
tomar as medidas possíveis e recomenda-
das pela autoridade competente para que
o menor mude de função, configurar-se-á a
rescisão do contrato de trabalho, na forma
do art. 483.
Art. 408. Ao responsável legal do menor é fa-
cultado pleitear a extinção do contrato de tra-
balho, desde que o serviço possa acarretar para
ele prejuízos de ordem física ou moral.
Art. 409. Para maior segurança do trabalho e
garantia da saúde dos menores, a autoridade
fiscalizadora poderá proibir-lhes o gozo dos pe-
ríodos de repouso nos locais de trabalho.
Art. 410. O Ministro do Trabalho, Industria e Co-
mercio poderá derrogar qualquer proibição de-
corrente do quadro a que se refere a alínea "a"
do art. 405 quando se certificar haver desapare-
cido, parcial ou totalmente, o caráter perigoso
ou insalubre, que determinou a proibição.
812 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito do Trabalho
www.acasadoconcurseiro.com.br 813
Direito do Trabalho
www.acasadoconcurseiro.com.br 815
disposto no § 1º deste artigo, a contratação § 2º Aos aprendizes que concluírem os cur-
do aprendiz poderá ocorrer sem a frequên- sos de aprendizagem, com aproveitamento,
cia à escola, desde que ele já tenha concluí- será concedido certificado de qualificação
do o ensino fundamental. profissional.
Art. 429. Os estabelecimentos de qualquer na- § 3º O Ministério do Trabalho e Emprego fi-
tureza são obrigados a empregar e matricular xará normas para avaliação da competência
nos cursos dos Serviços Nacionais de Aprendi- das entidades mencionadas no inciso II des-
zagem número de aprendizes equivalente a cin- te artigo.
co por cento, no mínimo, e quinze por cento, no Art. 431. A contratação do aprendiz poderá
máximo, dos trabalhadores existentes em cada ser efetivada pela empresa onde se realizará a
estabelecimento, cujas funções demandem for- aprendizagem ou pelas entidades mencionadas
mação profissional. no inciso II do art. 430, caso em que não gera
§ 1ºA. O limite fixado neste artigo não se vínculo de emprego com a empresa tomadora
aplica quando o empregador for entidade dos serviços.
sem fins lucrativos, que tenha por objetivo Parágrafo único. Aos candidatos rejeitados
a educação profissional. pela seleção profissional deverá ser dada,
§ 1º As frações de unidade, no cálculo da tanto quanto possível, orientação profis-
percentagem de que trata o caput, darão lu- sional para ingresso em atividade mais ade-
gar à admissão de um aprendiz. quada às qualidades e aptidões que tiverem
§ 2º Os estabelecimentos de que trata o demonstrado.
caput ofertarão vagas de aprendizes a ado- Art. 432. A duração do trabalho do aprendiz não
lescentes usuários do Sistema Nacional de excederá de seis horas diárias, sendo vedadas a
Atendimento Socioeducativo (Sinase) nas prorrogação e a compensação de jornada.
condições a serem dispostas em instrumen- § 1º O limite previsto neste artigo poderá
tos de cooperação celebrados entre os esta- ser de até oito horas diárias para os apren-
belecimentos e os gestores dos Sistemas de dizes que já tiverem completado o ensino
Atendimento Socioeducativo locais. fundamental, se nelas forem computadas
Art. 430. Na hipótese de os Serviços Nacionais as horas destinadas à aprendizagem teórica.
de Aprendizagem não oferecerem cursos ou Art. 433. O contrato de aprendizagem extin-
vagas suficientes para atender à demanda dos guir-se-á no seu termo ou quando o aprendiz
estabelecimentos, esta poderá ser suprida por completar 24 (vinte e quatro) anos, ressalvada
outras entidades qualificadas em formação téc- a hipótese prevista no § 5º do art. 428 desta
nico-profissional metódica, a saber: Consolidação, ou ainda antecipadamente nas
I – Escolas Técnicas de Educação; seguintes hipóteses:
II – entidades sem fins lucrativos, que te- I – desempenho insuficiente ou inadapta-
nham por objetivo a assistência ao adoles- ção do aprendiz;
cente e à educação profissional, registra- II – falta disciplinar grave;
das no Conselho Municipal dos Direitos da
Criança e do Adolescente. III – ausência injustificada à escola que im-
plique perda do ano letivo; ou
§ 1º As entidades mencionadas neste artigo
deverão contar com estrutura adequada ao IV – a pedido do aprendiz.
desenvolvimento dos programas de apren- § 2º Não se aplica o disposto nos arts. 479
dizagem, de forma a manter a qualidade do e 480 desta Consolidação às hipóteses de
processo de ensino, bem como acompanhar extinção do contrato mencionadas neste ar-
e avaliar os resultados. tigo.
816 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito do Trabalho
Seção VI
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 439. É lícito ao menor firmar recibo pelo
pagamento dos salários. Tratando-se, porém, de
rescisão do contrato de trabalho, é vedado ao
menor de 18 (dezoito) anos dar, sem assistência
dos seus responsáveis legais, quitação ao em-
pregador pelo recebimento da indenização que
lhe for devida.
Art. 440. Contra os menores de 18 (dezoito)
anos não corre nenhum prazo de prescrição.
Art. 441. O quadro a que se refere o item I do
art. 405 será revisto bienalmente.
www.acasadoconcurseiro.com.br 817
Direito do Trabalho
www.acasadoconcurseiro.com.br 819
Direito do Trabalho
Seção II
DO TRABALHO NOTURNO
Art. 381. O trabalho noturno das mulheres terá
salário superior ao diurno.
§ 1º Para os fins desse artigo, os salários se-
rão acrescidos duma percentagem adicional
de 20% (vinte por cento) no mínimo.
§ 2º Cada hora do período noturno de tra-
balho das mulheres terá 52 (cinquenta e
dois) minutos e 30 (trinta) segundos.
www.acasadoconcurseiro.com.br 821
Direito do Trabalho
Seção III
DOS PERÍODOS DE DESCANSO
Art. 382. Entre 2 (duas) jornadas de trabalho,
haverá um intervalo de 11 (onze) horas conse-
cutivas, no mínimo, destinado ao repouso.
Art. 383. Durante a jornada de trabalho, será
concedido à empregada um período para refei-
ção e repouso não inferior a 1 (uma) hora nem
superior a 2 (duas) horas salvo a hipótese pre-
vista no art. 71, § 3º.
Art. 384. Em caso de prorrogação do horário
normal, será obrigatório um descanso de 15
(quinze) minutos no mínimo, antes do início do
período extraordinário do trabalho.
Art. 385. O descanso semanal será de 24 (vin-
te e quatro) horas consecutivas e coincidirá no
todo ou em parte com o domingo, salvo motivo
de conveniência pública ou necessidade impe-
riosa de serviço, a juízo da autoridade compe-
tente, na forma das disposições gerais, caso em
que recairá em outro dia.
Parágrafo único. Observar-se-ão, igualmen-
te, os preceitos da legislação geral sobre a
proibição de trabalho nos feriados civis e re-
ligiosos.
Art. 386. Havendo trabalho aos domingos, será
organizada uma escala de revezamento quinze-
nal, que favoreça o repouso dominical.
www.acasadoconcurseiro.com.br 823
Direito do Trabalho
www.acasadoconcurseiro.com.br 825
Art. 390-B. As vagas dos cursos de formação de
mão-de-obra, ministrados por instituições go-
vernamentais, pelos próprios empregadores ou
por qualquer órgão de ensino profissionalizan-
te, serão oferecidas aos empregados de ambos
os sexos.
Art. 390-C. As empresas com mais de cem em-
pregados, de ambos os sexos, deverão manter
programas especiais de incentivos e aperfeiçoa-
mento profissional da mão-de-obra.
Art. 390-D. (VETADO).
Art. 390-E. A pessoa jurídica poderá associar-se
a entidade de formação profissional, sociedades
civis, sociedades cooperativas, órgãos e entida-
des públicas ou entidades sindicais, bem como
firmar convênios para o desenvolvimento de
ações conjuntas, visando à execução de proje-
tos relativos ao incentivo ao trabalho da mulher.
826 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito do Trabalho
Art. 391-A. A confirmação do estado de gravi- Art. 392-A. À empregada que adotar ou obtiver
dez advindo no curso do contrato de trabalho, guarda judicial para fins de adoção de criança
ainda que durante o prazo do aviso prévio tra- será concedida licença-maternidade nos termos
balhado ou indenizado, garante à empregada do art. 392.
gestante a estabilidade provisória prevista na § 4º A licença-maternidade só será conce-
alínea b do inciso II do art. 10 do Ato das Dispo- dida mediante apresentação do termo judi-
sições Constitucionais Transitórias. cial de guarda à adotante ou guardiã.
Art. 392. A empregada gestante tem direito à § 5º A adoção ou guarda judicial conjunta
licença-maternidade de 120 (cento e vinte) dias, ensejará a concessão de licença-maternida-
sem prejuízo do emprego e do salário. de a apenas um dos adotantes ou guardiães
§ 1º A empregada deve, mediante atestado empregado ou empregada.
médico, notificar o seu empregador da data Art. 392-B. Em caso de morte da genitora, é
do início do afastamento do emprego, que assegurado ao cônjuge ou companheiro empre-
poderá ocorrer entre o 28º (vigésimo oita- gado o gozo de licença por todo o período da
vo) dia antes do parto e ocorrência deste. licença-maternidade ou pelo tempo restante a
§ 2º Os períodos de repouso, antes e de- que teria direito a mãe, exceto no caso de faleci-
pois do parto, poderão ser aumentados de mento do filho ou de seu abandono.
2 (duas) semanas cada um, mediante ates- Art. 392-C. Aplica-se, no que couber, o disposto
tado médico. no art. 392-A e 392-B ao empregado que adotar
§ 3º Em caso de parto antecipado, a mulher ou obtiver guarda judicial para fins de adoção.
terá direito aos 120 (cento e vinte) dias pre- Art. 393. Durante o período a que se refere o
vistos neste artigo. art. 392, a mulher terá direito ao salário integral
e, quando variável, calculado de acordo com a
www.acasadoconcurseiro.com.br 827
média dos 6 (seis) últimos meses de trabalho, SEÇÃO VI
bem como os direitos e vantagens adquiridos, DAS PENALIDADES
sendo-lhe ainda facultado reverter à função que
anteriormente ocupava. Art. 401. Pela infração de qualquer dispositivo
Art. 394. Mediante atestado médico, à mulher deste Capítulo, será imposta ao empregador a
grávida é facultado romper o compromisso re- multa de cem a mil cruzeiros, aplicada, nesta
sultante de qualquer contrato de trabalho, des- Capital, pela autoridade competente de 1ª ins-
de que este seja prejudicial à gestação. tância do Departamento Nacional do Trabalho,
e, nos Estados e Território do Acre, pelas auto-
Art. 395. Em caso de aborto não criminoso, ridades competentes do Ministério do Trabalho,
comprovado por atestado médico oficial, a mu- Industria e Comercio ou por aquelas que exer-
lher terá um repouso remunerado de 2 (duas) çam funções delegadas.
semanas, ficando-lhe assegurado o direito de
retornar à função que ocupava antes de seu § 1º A penalidade será sempre aplicada no
afastamento. grau máximo:
Art. 396. Para amamentar o próprio filho, até a) se ficar apurado o emprego de artifício
que este complete 6 (seis) meses de idade, a ou simulação para fraudar a aplicação dos
mulher terá direito, durante a jornada de traba- dispositivos deste Capítulo;
lho, a 2 (dois) descansos especiais, de meia hora
cada um. b) nos casos de reincidência.
Parágrafo único. Quando o exigir a saúde § 2º O processo na verificação das infrações,
do filho, o período de 6 (seis) meses poderá bem como na aplicação e cobrança das mul-
ser dilatado, a critério da autoridade com- tas, será o previsto no título "Do Processo
petente. de Multas Administrativas", observadas as
Art. 397. O SESI, o SESC, a LBA e outras entida- disposições deste artigo.
des públicas destinadas à assistência à infância
manterão ou subvencionarão, de acordo com
suas possibilidades financeiras, escolas mater-
nais e jardins de infância, distribuídos nas zonas
de maior densidade de trabalhadores, destina-
dos especialmente aos filhos das mulheres em-
pregadas.
Art. 399. O Ministro do Trabalho, Industria e Co-
mercio conferirá diploma de benemerência aos
empregadores que se distinguirem pela organi-
zação e manutenção de creches e de instituições
de proteção aos menores em idade pré-escolar,
desde que tais serviços se recomendem por sua
generosidade e pela eficiência das respectivas
instalações.
Art. 400. Os locais destinados à guarda dos fi-
lhos das operárias durante o período da ama-
mentação deverão possuir, no mínimo, um
berçário, uma saleta de amamentação, uma co-
zinha dietética e uma instalação sanitária.
828 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito do Trabalho
Aula XX
DA ESTABILIDADE DA GESTANTE
DA ESTABILIDADE DA GESTANTE
Art. 10. Até que seja promulgada a lei comple-
mentar a que se refere o artigo 7º. Inciso I, da
Constituição:
II – Fica vedada a dispensa arbitrária ou sem
justa causa:
b) da empregada gestante, desde a confir-
mação da gravidez até 5 meses após o par-
to.
www.acasadoconcurseiro.com.br 829
Direito do Trabalho
www.acasadoconcurseiro.com.br 831
Art. 614. Os Sindicatos convenentes ou as em- sindical, quando provocados, não podem recu-
presas acordantes promoverão, conjunta ou sar-se à negociação coletiva.
separadamente, dentro de 8 (oito) dias da assi-
natura da Convenção ou Acordo, o depósito de § 1º Verificando-se recusa à negociação
uma via do mesmo, para fins de registro e arqui- coletiva, cabe aos Sindicatos ou empresas
vo, no Departamento Nacional do Trabalho, em interessadas dar ciência do fato, conforme
se tratando de instrumento de caráter nacional o caso, ao Departamento Nacional do Tra-
ou interestadual, ou nos órgãos regionais do Mi- balho ou aos órgãos regionais do Ministério
nistério do Trabalho e Previdência Social, nos do Trabalho e Previdência Social, para con-
demais casos. vocação compulsória dos Sindicatos ou em-
presas recalcitrantes.
§ 1º As Convenções e os Acordos entrarão
em vigor 3 (três) dias após a data da entrega § 2º No caso de persistir a recusa à nego-
dos mesmos no órgão referido neste artigo. ciação coletiva, pelo desatendimento às
convocações feitas pelo Departamento Na-
§ 2º Cópias autênticas das Convenções e cional do Trabalho ou órgãos regionais do
dos Acordos deverão ser afixados de modo Ministério de Trabalho e Previdência Social,
visível, pelos Sindicatos convenentes, nas ou se malograr a negociação entabolada, é
respectivas sedes e nos estabelecimentos facultada aos Sindicatos ou empresas inte-
das empresas compreendidas no seu cam- ressadas a instauração de dissídio coletivo.
po de aplicação, dentro de 5 (cinco) dias da
data do depósito previsto neste artigo. § 3º Havendo convenção, acordo ou senten-
ça normativa em vigor, o dissídio coletivo
§ 3º Não será permitido estipular duração deverá ser instaurado dentro dos 60 (ses-
de Convenção ou Acordo superior a 2 (dois) senta) dias anteriores ao respectivo termo
anos. final, para que o novo instrumento possa
ter vigência no dia imediato a esse termo.
Art. 615. O processo de prorrogação, revisão,
denúncia ou revogação total ou parcial de Con- § 4º Nenhum processo de dissídio coletivo
venção ou Acordo ficará subordinado, em qual- de natureza econômica será admitido sem
quer caso, à aprovação de Assembleia Geral dos antes se esgotarem as medidas relativas à
Sindicatos convenentes ou partes acordantes, formalização da Convenção ou Acordo cor-
com observância do disposto no art. 612. respondente.
§ 1º O instrumento de prorrogação, revisão, Art. 617. Os empregados de uma ou mais em-
denúncia ou revogação de Convenção ou presas que decidirem celebrar Acordo Coletivo
Acordo será depositado para fins de regis- de Trabalho com as respectivas empresas darão
tro e arquivamento, na repartição em que o ciência de sua resolução, por escrito, ao Sindica-
mesmo originariamente foi depositado ob- to representativo da categoria profissional, que
servado o disposto no art. 614. terá o prazo de 8 (oito) dias para assumir a di-
reção dos entendimentos entre os interessados,
§ 2º As modificações introduzidos em Con- devendo igual procedimento ser observado pe-
venção ou Acordo, por força de revisão ou las empresas interessadas com relação ao Sindi-
de revogação parcial de suas cláusulas pas- cato da respectiva categoria econômica.
sarão a vigorar 3 (três) dias após a realiza-
ção de depósito previsto no § 1º. § 1º Expirado o prazo de 8 (oito) dias sem
que o Sindicato tenha se desincumbido do
Art. 616. Os Sindicatos representativos de cate- encargo recebido, poderão os interessados
gorias econômicas ou profissionais e as empre- dar conhecimento do fato à Federação a
sas, inclusive as que não tenham representação que estiver vinculado o Sindicato e, em fal-
ta dessa, à correspondente Confederação,
832 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Do Trabalho – Das Convenções Coletivas de Trabalho ( Art. 611 a 625) – Prof. Pedro Kuhn
para que, no mesmo prazo, assuma a dire- tamente, contrarie proibição ou norma discipli-
ção dos entendimentos. Esgotado esse pra- nadora da política econômico-financeira do Go-
zo, poderão os interessados prosseguir dire- verno ou concernente à política salarial vigente,
tamente na negociação coletiva até final. não produzindo quaisquer efeitos perante au-
toridades e repartições públicas, inclusive para
§ 2º Para o fim de deliberar sobre o Acordo, fins de revisão de preços e tarifas de mercado-
a entidade sindical convocará assembleia rias e serviços.
geral dos diretamente interessados, sindica-
lizados ou não, nos termos do art. 612. Parágrafo único. Na hipótese deste artigo,
a nulidade será declarada, de ofício ou me-
Art. 618. As empresas e instituições que não es- diante representação, pelo Ministro do Tra-
tiverem incluídas no enquadramento sindical a balho e Previdência Social, ou pela Justiça
que se refere o art. 577 desta Consolidação po- do Trabalho em processo submetido ao seu
derão celebrar Acordos Coletivos de Trabalho julgamento.
com os Sindicatos representativos dos respecti-
vos empregados, nos termos deste Título. Art. 624. A vigência de cláusula de aumento ou
reajuste salarial, que implique elevação de tari-
Art. 619. Nenhuma disposição de contrato indi- fas ou de preços sujeitos à fixação por autorida-
vidual de trabalho que contrarie normas de Con- de pública ou repartição governamental, depen-
venção ou Acordo Coletivo de Trabalho poderá derá de prévia audiência dessa autoridade ou
prevalecer na execução do mesmo, sendo consi- repartição e sua expressa declaração no tocante
derada nula de pleno direito. à possibilidade de elevação da tarifa ou do preço
Art. 620. As condições estabelecidas em Con- e quanto ao valor dessa elevação.
venção quando mais favoráveis, prevalecerão Art. 625. As controvérsias resultantes da aplica-
sobre as estipuladas em Acordo. ção de Convenção ou de Acordo celebrado nos
Art. 621. As Convenções e os Acordos poderão termos deste Título serão dirimidas pela Justiça
incluir entre suas cláusulas disposição sobre do Trabalho.
a constituição e funcionamento de comissões
mistas de consulta e colaboração, no plano da
empresa e sobre participação, nos lucros. Estas
disposições mencionarão a forma de constitui-
ção, o modo de funcionamento e as atribuições
das comissões, assim como o plano de participa-
ção, quando for o caso.
Art. 622. Os empregados e as empresas que ce-
lebrarem contratos individuais de trabalho, es-
tabelecendo condições contrárias ao que tiver
sido ajustado em Convenção ou Acordo que lhes
for aplicável, serão passíveis da multa neles fi-
xada.
Parágrafo único. A multa a ser imposta ao
empregado não poderá exceder da metade
daquela que, nas mesmas condições seja
estipulada para a empresa.
Art. 623. Será nula de pleno direito disposição
de Convenção ou Acordo que, direta ou indire-
www.acasadoconcurseiro.com.br 833
Direito do Trabalho
www.acasadoconcurseiro.com.br 835
§ 4º Caso exista, na mesma localidade e
para a mesma categoria, Comissão de em-
presa e Comissão sindical, o interessado op-
tará por uma delas submeter a sua deman-
da, sendo competente aquela que primeiro
conhecer do pedido.
Art. 625-E. Aceita a conciliação, será lavrado ter-
mo assinado pelo empregado, pelo empregador
ou seu proposto e pelos membros da Comissão,
fornecendo-se cópia às partes.
Parágrafo único. O termo de conciliação é
título executivo extrajudicial e terá eficácia
liberatória geral, exceto quanto às parcelas
expressamente ressalvadas.
Art. 625-F. As Comissões de Conciliação Prévia
têm prazo de dez dias para a realização da ses-
são de tentativa de conciliação a partir da pro-
vocação do interessado.
Parágrafo único. Esgotado o prazo sem a
realização da sessão, será fornecida, no últi-
mo dia do prazo, a declaração a que se refe-
re o § 2º do art. 625-D.
Art. 625-G. O prazo prescricional será suspenso
a partir da provocação da Comissão de Conci-
liação Prévia, recomeçando a fluir, pelo que lhe
resta, a partir da tentativa frustrada de conci-
liação ou do esgotamento do prazo previsto no
art. 625-F.
Art. 625-H. Aplicam-se aos Núcleos Intersin-
dicais de Conciliação Trabalhista em funciona-
mento ou que vierem a ser criados, no que cou-
ber, as disposições previstas neste Título, desde
que observados os princípios da paridade e da
negociação coletiva na sua constituição.
836 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual do Trabalho
www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual
Direito do Trabalho
www.acasadoconcurseiro.com.br 839
lização de audiências e demais funções de VII – as ações relativas às penalidades ad-
atividade jurisdicional, nos limites territo- ministrativas impostas aos empregadores
riais da respectiva jurisdição, servindo-se de pelos órgãos de fiscalização das relações de
equipamentos públicos e comunitários. trabalho;
TRT § 2º Os Tribunais Regionais do Trabalho VIII – a execução, de ofício, das contribui-
poderão funcionar descentralizadamente, ções sociais previstas no art. 195, I, a , e II,
constituindo Câmaras regionais, a fim de as- e seus acréscimos legais, decorrentes das
segurar o pleno acesso do jurisdicionado à sentenças que proferir;
justiça em todas as fases do processo.
IX – outras controvérsias decorrentes da re-
JUIZ Art. 112. A lei criará varas da Justiça do Tra- lação de trabalho, na forma da lei.
balho, podendo, nas comarcas não abrangidas
por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direi- § 1º Frustrada a negociação coletiva, as par-
to, com recurso para o respectivo Tribunal Re- tes poderão eleger árbitros.
gional do Trabalho. § 2º Recusando-se qualquer das partes à
JUIZ Art. 116. Nas Varas do Trabalho, a jurisdi- negociação coletiva ou à arbitragem, é fa-
ção será exercida por um juiz singular. cultado às mesmas, de comum acordo, ajui-
zar dissídio coletivo de natureza econômica,
TODOS Art. 113. A lei disporá sobre a constitui- podendo a Justiça do Trabalho decidir o
ção, investidura, jurisdição, competência, garan- conflito, respeitadas as disposições mínimas
tias e condições de exercício dos órgãos da Jus- legais de proteção ao trabalho, bem como
tiça do Trabalho. as convencionadas anteriormente.
TODOS Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho § 3º Em caso de greve em atividade essen-
processar e julgar: cial, com possibilidade de lesão do interes-
se público, o Ministério Público do Trabalho
I – as ações oriundas da relação de traba- poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo
lho, abrangidos os entes de direito público à Justiça do Trabalho decidir o conflito.
externo e da administração pública direta e
indireta da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios;
CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS
II – as ações que envolvam exercício do di- TRABALHISTAS (CLT)
reito de greve;
Art. 651. A competência das Juntas de Conci-
III – as ações sobre representação sindical, liação e Julgamento (Varas do Trabalho) é de-
entre sindicatos, entre sindicatos e traba- terminada pela localidade onde o empregado,
lhadores, e entre sindicatos e empregado- reclamante ou reclamado, prestar serviços ao
res; empregador, ainda que tenha sido contratado
IV – os mandados de segurança, habeas cor- noutro local ou no estrangeiro.
pus e habeas data, quando o ato questiona- § 1º Quando for parte de dissídio agente ou
do envolver matéria sujeita à sua jurisdição; viajante comercial, a competência será da
V – os conflitos de competência entre ór- Junta da localidade em que a empresa te-
gãos com jurisdição trabalhista, ressalvado nha agência ou filial e a esta o empregado
o disposto no art. 102, I, o; esteja subordinado e, na falta, será compe-
tente a Junta (Vara do Trabalho) da localiza-
VI – as ações de indenização por dano mo- ção em que o empregado tenha domicílio
ral ou patrimonial, decorrentes da relação ou a localidade mais próxima.
de trabalho;
840 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual do Trabalho - Dos Órgãos da Justiça do Trabalho - Organização e Competência – Prof. Pedro Kuhn
www.acasadoconcurseiro.com.br 841
Direito Processual
Direito do Trabalho
www.acasadoconcurseiro.com.br 843
processo em separado, sempre que a recla-
mação também versar sobre outros assun-
tos.
Art. 653. Compete, ainda, às Juntas de Concilia-
ção e Julgamento:
a) requisitar às autoridades competentes
a realização das diligências necessárias ao
esclarecimento dos feitos sob sua aprecia-
ção, representando contra aquelas que não
atenderem a tais requisições;
b) realizar as diligências e praticar os atos
processuais ordenados pelos Tribunais Re-
gionais do Trabalho ou pelo Tribunal Supe-
rior do Trabalho;
c) julgar as suspeições arguidas contra os
seus membros;
d) julgar as exceções de incompetência que
lhes forem opostas;
e) expedir precatórias e cumprir as que lhes
forem deprecadas;
f) exercer, em geral, no interesse da Justiça
do Trabalho, quaisquer outras atribuições
que decorram da sua jurisdição.
844 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual
Direito do
do Trabalho
Trabalho
Aula XX
www.acasadoconcurseiro.com.br 845
i) dar aos litigantes ciência das reclamações
e demais atos processuais de que devam ter
conhecimento, assinando as respectivas noti-
ficações;
j) executar os demais trabalhos que lhe forem
atribuídos pelo Presidente da Junta.
Parágrafo único. Os serventuários que, sem
motivo justificado, não realizarem os atos,
dentro dos prazos fixados, serão desconta-
dos em seus vencimentos, em tantos dias
quantos os do excesso.
846 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual
Direito do Trabalho
Seção II
DOS DISTRIBUIDORES
Art. 713. Nas localidades em que existir mais de
uma Junta de Conciliação e Julgamento haverá
um distribuidor.
Art. 714. Compete ao distribuidor:
a) a distribuição, pela ordem rigorosa de en-
trada, e sucessivamente a cada Junta, dos
feitos que, para esse fim, lhe forem apre-
sentados pelos interessados;
b) o fornecimento, aos interessados, do re-
cibo correspondente a cada feito distribuí-
do;
c) a manutenção de 2 (dois) fichários dos
feitos distribuídos, sendo um organizado
pelos nomes dos reclamantes e o outro dos
reclamados, ambos por ordem alfabética;
d) o fornecimento a qualquer pessoa que o
solicite, verbalmente ou por certidão, de in-
formações sobre os feitos distribuídos;
e) a baixa na distribuição dos feitos, quando
isto lhe for determinado pelos Presidentes
das Juntas, formando, com as fichas corres-
pondentes, fichários à parte, cujos dados
poderão ser consultados pelos interessa-
dos, mas não serão mencionados em certi-
dões.
Art. 715. Os distribuidores são designados pelo
Presidente do Tribunal Regional dentre os fun-
cionários das Juntas e do Tribunal Regional,
existentes na mesma localidade, e ao mesmo
Presidente diretamente subordinados.
www.acasadoconcurseiro.com.br 847
Direito Processual
Direito do
do Trabalho
Trabalho
www.acasadoconcurseiro.com.br 849
•• PRINCÍPIO DA INAFASTABILIDADE DA JURISDIÇÃO – consagrado no artigo 5º. XXXV da
Constituição onde diz que a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou
ameaça a direito.
•• PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE DA DURAÇÃO DO PROCESSO – Está recentemente posto em
nossa Constituição Federal no artigo 5º. Inciso LXXVIII que a todos, no âmbito judicial e
administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a
celeridade de sua tramitação.
•• PRINCÍPIO DO IRRECORRIBILIDADE IMEDIATA DAS DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS – É
também chamado de princípio da concentração. As decisões interlocutórias são as decisões
incidentais do processo que em regra não cabem recurso imediato, deverão ser atacadas
somente em sede de recurso contra a decisão definitiva.
•• PRINCÍPIO DA COOPERAÇÃO OU COLABORAÇÃO – este princípio orienta o magistrado
a tomar uma posição de agente-colaborador do processo, de participante ativo do
contraditório e não mais de um mero fiscal das regras.
850 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual do Trabalho – Princípios do Processo do Trabalho – Prof. Pedro Kuhn
www.acasadoconcurseiro.com.br 851
•• PRINCÍPIO DA FINALIDADE SOCIAL – permite que o Juiz tenha uma atuação mais ativa,
na medida em que auxilia o trabalhador, em busca de uma solução justa, até chegar o
momento de proferir a sentença.
•• PRINCÍPIO DA BUSCA DA VERDADE REAL – este princípio processual é derivado do princípio
da primazia da realidade já estudado por nós nos princípios do direito do trabalho. Como o
próprio nome diz, o processo trabalhista tem a finalidade de buscar a verdadeira realidade
da relação, por exemplo, uma relação de trabalho autônoma que na realidade trata-se de
relação de emprego.
•• PRINCÍPIO DA INDISPONIBILIDADE – Tendo em vista o princípio da indisponibilidade dos
direitos trabalhistas – já analisado nesta apostila nos princípios do direito do trabalho –
transporta-se este princípio para o processo do trabalho uma vez que ele busca a efetivação
do cumprimento dos direitos trabalhistas que são indisponíveis.
•• PRINCÍPIO DA CONCILIAÇÃO – consagrado no artigo 764 da CLT que diz: “os dissídios
individuais ou coletivos submetidos à apreciação da Justiça do Trabalho serão sempre
sujeitos a conciliação”.
•• PRINCÍPIO DA NORMATIZAÇÃO COLETIVA – informa a possibilidade da Justiça do Trabalho
de criar normas e condições gerais e abstratas de trabalho, através do Poder Normativo.
Esse poder deve observar as normas de proteção mínima ao trabalhador (art. 9º e 444,
CLT), assim como ao já previsto em acordo ou convenção coletivos (art. 7º, XXVI, CF).
•• PRINCÍPIO DA SIMPLICIDADE – busca a simplicidade das formas tendo em vista a natureza
social da Justiça do Trabalho e a necessidade da celeridade da prestação jurisdicional.
•• PRINCÍPIO DA CELERIDADE – conforme mencionado em epígrafe tendo em vista a natureza
social da Justiça do Trabalho e a natureza alimentar dos créditos trabalhistas.
852 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual do Trabalho
www.acasadoconcurseiro.com.br 853
Art. 779. As partes, ou seus procuradores, po-
derão consultar, com ampla liberdade, os pro-
cessos nos cartórios ou secretarias.
Art. 780. Os documentos juntos aos autos po-
derão ser desentranhados somente depois de
findo o processo, ficando traslado.
Art. 781. As partes poderão requerer certidões
dos processos em curso ou arquivados, as quais
serão lavradas pelos escrivães ou secretários.
Parágrafo único. As certidões dos processos
que correrem em segredo de justiça depen-
derão de despacho do juiz ou presidente.
Art. 782. São isentos de selo as reclamações, re-
presentações, requerimentos. atos e processos
relativos à Justiça do Trabalho.
854 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual do Trabalho
Seção II
DA DISTRIBUIÇÃO
Art. 783. A distribuição das reclamações será
feita entre as Juntas de Conciliação e Julgamen-
to, ou os Juízes de Direito do Cível, nos casos
previstos no art. 669, § 1º, pela ordem rigorosa
de sua apresentação ao distribuidor, quando o
houver.
Art. 784. As reclamações serão registradas em
livro próprio, rubricado em todas as folhas pela
autoridade a que estiver subordinado o distri-
buidor.
Art. 785. O distribuidor fornecerá ao interessa-
do um recibo do qual constarão, essencialmen-
te, o nome do reclamante e do reclamado, a
data da distribuição, o objeto da reclamação e a
Junta ou o Juízo a que coube a distribuição.
Art. 786. A reclamação verbal será distribuída
antes de sua redução a termo.
Parágrafo único. Distribuída a reclamação
verbal, o reclamante deverá, salvo motivo
de força maior, apresentar-se no prazo de
5 (cinco) dias, ao cartório ou à secretaria,
para reduzi-la a termo, sob a pena estabele-
cida no art. 731.
Art. 787. A reclamação escrita deverá ser for-
mulada em 2 (duas) vias e desde logo acompa-
nhada dos documentos em que se fundar.
Art. 788. Feita a distribuição, a reclamação será
remetida pelo distribuidor à Junta ou Juízo com-
petente, acompanhada do bilhete de distribui-
ção.
www.acasadoconcurseiro.com.br 855
Direito Processual do Trabalho
www.acasadoconcurseiro.com.br 857
VII – impugnação à sentença de liquidação: cia, segundo o procedimento estabelecido
R$ 55,35 (cinquenta e cinco reais e trinta e no Capítulo V deste Título.
cinco centavos);
§ 3º É facultado aos juízes, órgãos julgado-
VIII – despesa de armazenagem em depó- res e presidentes dos tribunais do trabalho
sito judicial – por dia: 0,1% (um décimo por de qualquer instância conceder, a requeri-
cento) do valor da avaliação; mento ou de ofício, o benefício da justiça
gratuita, inclusive quanto a traslados e ins-
IX – cálculos de liquidação realizados pelo trumentos, àqueles que perceberem salário
contador do juízo – sobre o valor liquidado: igual ou inferior ao dobro do mínimo legal,
0,5% (cinco décimos por cento) até o limite ou declararem, sob as penas da lei, que não
de R$ 638,46 (seiscentos e trinta e oito reais estão em condições de pagar as custas do
e quarenta e seis centavos). processo sem prejuízo do sustento próprio
Art. 789-B. Os emolumentos serão suportados ou de sua família.
pelo Requerente, nos valores fixados na seguin- Art. 790-A. São isentos do pagamento de cus-
te tabela: tas, além dos beneficiários de justiça gratuita:
I – autenticação de traslado de peças me- I – a União, os Estados, o Distrito Federal,
diante cópia reprográfica apresentada pelas os Municípios e respectivas autarquias e
partes – por folha: R$ 0,55 (cinquenta e cin- fundações públicas federais, estaduais ou
co centavos de real); municipais que não explorem atividade eco-
II – fotocópia de peças – por folha: R$ 0,28 nômica;
(vinte e oito centavos de real); II – O Ministério Público do Trabalho.
III – autenticação de peças – por folha: R$ Parágrafo único. A isenção prevista neste
0,55 (cinquenta e cinco centavos de real); artigo não alcança as entidades fiscaliza-
IV – cartas de sentença, de adjudicação, de doras do exercício profissional, nem exime
remição e de arrematação – por folha: R$ as pessoas jurídicas referidas no inciso I da
0,55 (cinquenta e cinco centavos de real); obrigação de reembolsar as despesas judi-
ciais realizadas pela parte vencedora.
V – certidões – por folha: R$ 5,53 (cinco re-
ais e cinquenta e três centavos). Art. 790-B. A responsabilidade pelo pagamento
dos honorários periciais é da parte sucumbente
Art. 790. Nas Varas do Trabalho, nos Juízos de na pretensão objeto da perícia, salvo se benefi-
Direito, nos Tribunais e no Tribunal Superior do ciária de justiça gratuita.
Trabalho, a forma de pagamento das custas e
emolumentos obedecerá às instruções que se-
rão expedidas pelo Tribunal Superior do Traba-
lho.
§ 1º Tratando-se de empregado que não
tenha obtido o benefício da justiça gratui-
ta, ou isenção de custas, o sindicato que
houver intervindo no processo responderá
solidariamente pelo pagamento das custas
devidas.
§ 2º No caso de não-pagamento das custas,
far-se-á execução da respectiva importân-
858 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual do Trabalho
Seção IV
DAS PARTES E DOS PROCURADORES
Art. 791. Os empregados e os empregadores
poderão reclamar pessoalmente perante a Jus-
tiça do Trabalho e acompanhar as suas reclama-
ções até o final.
§ 1º Nos dissídios individuais os empre-
gados e empregadores poderão fazer-se
representar por intermédio do sindicato,
advogado, solicitador, ou provisionado, ins-
crito na Ordem dos Advogados do Brasil.
§ 2º Nos dissídios coletivos é facultada aos
interessados a assistência por advogado.
§ 3º A constituição de procurador com po-
deres para o foro em geral poderá ser efeti-
vada, mediante simples registro em ata de
audiência, a requerimento verbal do advo-
gado interessado, com anuência da parte
representada.
Art. 792. Os maiores de 18 (dezoito) e menores
de 21 (vinte e um) anos e as mulheres casadas
poderão pleitear perante a Justiça do Trabalho
sem a assistência de seus pais, tutores ou ma-
ridos.
Art. 793. A reclamação trabalhista do menor de
18 anos será feita por seus representantes le-
gais e, na falta destes, pela Procuradoria da Jus-
tiça do Trabalho, pelo sindicato, pelo Ministério
Público estadual ou curador nomeado em juízo.
www.acasadoconcurseiro.com.br 859
Direito Processual
Direito do
do Trabalho
Trabalho
www.acasadoconcurseiro.com.br 861
Direito Processual do Trabalho
www.acasadoconcurseiro.com.br 863
Direito Processual do Trabalho
www.acasadoconcurseiro.com.br 865
Direito Processual do Trabalho
www.acasadoconcurseiro.com.br 867
Art. 830. O documento em cópia oferecido para
prova poderá ser declarado autêntico pelo próprio
advogado, sob sua responsabilidade pessoal.
Parágrafo único. Impugnada a autenticidade
da cópia, a parte que a produziu será intimada
para apresentar cópias devidamente auten-
ticadas ou o original, cabendo ao serventu-
ário competente proceder à conferência e
certificar a conformidade entre esses docu-
mentos.
868 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual do Trabalho
www.acasadoconcurseiro.com.br 869
Direito Processual do Trabalho
www.acasadoconcurseiro.com.br 871
tamente a parte contrária, sem interrupção
da audiência, salvo absoluta impossibilida-
de, a critério do juiz.
§ 2º As testemunhas, até o máximo de duas
para cada parte, comparecerão à audiência
de instrução e julgamento independente-
mente de intimação.
§ 3º Só será deferida intimação de teste-
munha que, comprovadamente convidada,
deixar de comparecer. Não comparecendo a
testemunha intimada, o juiz poderá deter-
minar sua imediata condução coercitiva.
§ 4º Somente quando a prova do fato o exi-
gir, ou for legalmente imposta, será deferi-
da prova técnica, incumbindo ao juiz, desde
logo, fixar o prazo, o objeto da perícia e no-
mear perito.
§ 6º As partes serão intimadas a manifestar-
-se sobre o laudo, no prazo comum de cinco
dias.
§ 7º Interrompida a audiência, o seu prosse-
guimento e a solução do processo dar-se-ão
no prazo máximo de trinta dias, salvo moti-
vo relevante justificado nos autos pelo juiz
da causa.
Art. 852-I. A sentença mencionará os elementos
de convicção do juízo, com resumo dos fatos re-
levantes ocorridos em audiência, dispensado o
relatório.
§ 1º O juízo adotará em cada caso a decisão
que reputar mais justa e equânime, aten-
dendo aos fins sociais da lei e as exigências
do bem comum.
§ 3º As partes serão intimadas da sentença
na própria audiência em que prolatada.
872 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual do Trabalho
www.acasadoconcurseiro.com.br 873
manifestação, no prazo de 10 (dez) dias, sob
pena de preclusão.
§ 4º A atualização do crédito devido à Previ-
dência Social observará os critérios estabe-
lecidos na legislação previdenciária.
§ 5º O Ministro de Estado da Fazenda po-
derá, mediante ato fundamentado, dispen-
sar a manifestação da União quando o valor
total das verbas que integram o salário-de-
-contribuição, na forma do art. 28 da Lei nº
8.212, de 24 de julho de 1991, ocasionar
perda de escala decorrente da atuação do
órgão jurídico.
§ 6º Tratando-se de cálculos de liquidação
complexos, o juiz poderá nomear perito
para a elaboração e fixará, depois da con-
clusão do trabalho, o valor dos respectivos
honorários com observância, entre outros,
dos critérios de razoabilidade e proporcio-
nalidade.
874 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual do Trabalho
www.acasadoconcurseiro.com.br 875
Direito Processual do Trabalho
Seção III
DOS EMBARGOS À EXECUÇÃO
E DA SUA IMPUGNAÇÃO
Art. 884. Garantida a execução ou penhorados
os bens, terá o executado 5 (cinco) dias para
apresentar embargos, cabendo igual prazo ao
exequente para impugnação.
§ 1º A matéria de defesa será restrita às ale-
gações de cumprimento da decisão ou do
acordo, quitação ou prescrição da divida.
§ 2º Se na defesa tiverem sido arroladas
testemunhas, poderá o Juiz ou o Presiden-
te do Tribunal, caso julgue necessários seus
depoimentos, marcar audiência para a pro-
dução das provas, a qual deverá realizar-se
dentro de 5 (cinco) dias.
§ 3º Somente nos embargos à penhora po-
derá o executado impugnar a sentença de
liquidação, cabendo ao exequente igual di-
reito e no mesmo prazo.
§ 4º Julgar-se-ão na mesma sentença os
embargos e as impugnações à liquidação
apresentadas pelos credores trabalhista e
previdenciário.
§ 5º Considera-se inexigível o título judicial
fundado em lei ou ato normativo declarados
inconstitucionais pelo Supremo Tribunal
Federal ou em aplicação ou interpretação
tidas por incompatíveis com a Constituição
Federal.
www.acasadoconcurseiro.com.br 877
Direito Processual do Trabalho
www.acasadoconcurseiro.com.br 879
Art. 889-A. Os recolhimentos das importâncias
devidas, referentes às contribuições sociais, se-
rão efetuados nas agências locais da Caixa Eco-
nômica Federal ou do Banco do Brasil S.A., por
intermédio de documento de arrecadação da
Previdência Social, dele se fazendo constar o
número do processo.
§ 1º Concedido parcelamento pela Secreta-
ria da Receita Federal do Brasil, o devedor
juntará aos autos a comprovação do ajuste,
ficando a execução da contribuição social
correspondente suspensa até a quitação de
todas as parcelas.
§ 2º As Varas do Trabalho encaminharão
mensalmente à Secretaria da Receita Fede-
ral do Brasil informações sobre os recolhi-
mentos efetivados nos autos, salvo se outro
prazo for estabelecido em regulamento.
880 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual do Trabalho
www.acasadoconcurseiro.com.br 881
(oito) dias, quer nos dissídios individuais, regulamento empresarial de observância
quer nos dissídios coletivos. obrigatória em área territorial que exceda a
jurisdição do Tribunal Regional prolator da
§ 1º Nas reclamações sujeitas ao procedi- decisão recorrida, interpretação divergente,
mento sumaríssimo, o recurso ordinário: na forma da alínea a;
II – será imediatamente distribuído, uma c) proferidas com violação literal de disposi-
vez recebido no Tribunal, devendo o relator ção de lei federal ou afronta direta e literal à
liberá-lo no prazo máximo de dez dias, e a Constituição Federal.
Secretaria do Tribunal ou Turma colocá-lo
imediatamente em pauta para julgamento, § 1º O recurso de revista, dotado de efeito
sem revisor; apenas devolutivo, será interposto perante
o Presidente do Tribunal Regional do Traba-
III – terá parecer oral do representante do lho, que, por decisão fundamentada, pode-
Ministério Público presente à sessão de jul- rá recebê-lo ou denegá-lo.
gamento, se este entender necessário o pa-
recer, com registro na certidão; § 1º-A. Sob pena de não conhecimento, é
ônus da parte:
IV – terá acórdão consistente unicamente
na certidão de julgamento, com a indicação I – indicar o trecho da decisão recorrida
suficiente do processo e parte dispositiva, que consubstancia o prequestionamento da
e das razões de decidir do voto prevalente. controvérsia objeto do recurso de revista;
Se a sentença for confirmada pelos próprios
fundamentos, a certidão de julgamento, re- II – indicar, de forma explícita e fundamen-
gistrando tal circunstância, servirá de acór- tada, contrariedade a dispositivo de lei,
dão. súmula ou orientação jurisprudencial do
Tribunal Superior do Trabalho que conflite
§ 2º Os Tribunais Regionais, divididos em com a decisão regional;
Turmas, poderão designar Turma para o jul-
gamento dos recursos ordinários interpos- III – expor as razões do pedido de reforma,
tos das sentenças prolatadas nas demandas impugnando todos os fundamentos jurídi-
sujeitas ao procedimento sumaríssimo. cos da decisão recorrida, inclusive mediante
demonstração analítica de cada dispositivo
Art. 896. Cabe Recurso de Revista para Turma de lei, da Constituição Federal, de súmula
do Tribunal Superior do Trabalho das decisões ou orientação jurisprudencial cuja contra-
proferidas em grau de recurso ordinário, em riedade aponte.
dissídio individual, pelos Tribunais Regionais do
Trabalho, quando: § 2º Das decisões proferidas pelos Tribunais
Regionais do Trabalho ou por suas Turmas,
a) derem ao mesmo dispositivo de lei fede- em execução de sentença, inclusive em pro-
ral interpretação diversa da que lhe houver cesso incidente de embargos de terceiro,
dado outro Tribunal Regional do Trabalho, não caberá Recurso de Revista, salvo na hi-
no seu Pleno ou Turma, ou a Seção de Dis- pótese de ofensa direta e literal de norma
sídios Individuais do Tribunal Superior do da Constituição Federal.
Trabalho, ou contrariarem súmula de juris-
prudência uniforme dessa Corte ou súmula § 3º Os Tribunais Regionais do Trabalho pro-
vinculante do Supremo Tribunal Federal; cederão, obrigatoriamente, à uniformização
de sua jurisprudência e aplicarão, nas cau-
b) derem ao mesmo dispositivo de lei es- sas da competência da Justiça do Trabalho,
tadual, Convenção Coletiva de Trabalho, no que couber, o incidente de uniformiza-
Acordo Coletivo, sentença normativa ou ção de jurisprudência previsto nos termos
882 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual do Trabalho – Dos Recursos (Art. 893 a 902) – Prof. Pedro Kuhn
www.acasadoconcurseiro.com.br 883
de direito, a questão poderá ser afetada à Seção § 6º O recurso repetitivo será distribuído a
Especializada em Dissídios Individuais ou ao Tri- um dos Ministros membros da Seção Espe-
bunal Pleno, por decisão da maioria simples de cializada ou do Tribunal Pleno e a um Minis-
seus membros, mediante requerimento de um tro revisor.
dos Ministros que compõem a Seção Especiali-
zada, considerando a relevância da matéria ou a § 7º O relator poderá solicitar, aos Tribunais
existência de entendimentos divergentes entre Regionais do Trabalho, informações a res-
os Ministros dessa Seção ou das Turmas do Tri- peito da controvérsia, a serem prestadas no
bunal. prazo de 15 (quinze) dias.
884 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual do Trabalho – Dos Recursos (Art. 893 a 902) – Prof. Pedro Kuhn
www.acasadoconcurseiro.com.br 885
II – facultativamente, com outras peças que são, poderão recorrer, além dos interessados, o
o agravante reputar úteis ao deslinde da Presidente do Tribunal e a Procuradoria da Justi-
matéria de mérito controvertida. ça do Trabalho.
§ 6º O agravado será intimado para oferecer Art. 899. Os recursos serão interpostos por sim-
resposta ao agravo e ao recurso principal, ples petição e terão efeito meramente devolu-
instruindo-a com as peças que considerar tivo, salvo as exceções previstas neste Título,
necessárias ao julgamento de ambos os re- permitida a execução provisória até a penhora.
cursos.
§ 1º Sendo a condenação de valor até 10
§ 7º Provido o agravo, a Turma deliberará (dez) vezes o salário-mínimo regional, nos
sobre o julgamento do recurso principal, dissídios individuais, só será admitido o re-
observando-se, se for o caso, daí em diante, curso inclusive o extraordinário, mediante
o procedimento relativo a esse recurso. prévio depósito da respectiva importância.
Transitada em julgado a decisão recorrida,
§ 8º Quando o agravo de petição versar ordenar-se-á o levantamento imediato da
apenas sobre as contribuições sociais, o juiz importância de depósito, em favor da parte
da execução determinará a extração de có- vencedora, por simples despacho do juiz.
pias das peças necessárias, que serão autu-
adas em apartado, conforme dispõe o § 3º, § 2º Tratando-se de condenação de valor in-
parte final, e remetidas à instância superior determinado, o depósito corresponderá ao
para apreciação, após contraminuta. que for arbitrado, para efeito de custas, pela
Junta ou Juízo de Direito, até o limite de 10
Art. 897-A Caberão embargos de declaração da (dez) vezes o salário-mínimo da região.
sentença ou acórdão, no prazo de cinco dias, de-
vendo seu julgamento ocorrer na primeira au- § 4º O depósito de que trata o § 1º far-se-
diência ou sessão subsequente a sua apresen- -á na conta vinculada do empregado a que
tação, registrado na certidão, admitido efeito se refere o art. 2º da Lei nº 5.107, de 13 de
modificativo da decisão nos casos de omissão e setembro de 1966, aplicando-se-lhe os pre-
contradição no julgado e manifesto equívoco no ceitos dessa Lei observado, quanto ao res-
exame dos pressupostos extrínsecos do recurso. pectivo levantamento, o disposto no § 1º.
§ 1º Os erros materiais poderão ser corri- § 5º Se o empregado ainda não tiver conta
gidos de ofício ou a requerimento de qual- vinculada aberta em seu nome, nos termos
quer das partes. do art. 2º da Lei nº 5.107, de 13 de setem-
bro de 1966, a empresa procederá à respec-
§ 2º Eventual efeito modificativo dos em- tiva abertura, para efeito do disposto no §
bargos de declaração somente poderá ocor- 2º.
rer em virtude da correção de vício na deci-
são embargada e desde que ouvida a parte § 6º Quando o valor da condenação, ou o
contrária, no prazo de 5 (cinco) dias. arbitrado para fins de custas, exceder o li-
mite de 10 (dez) vezes o salário-mínimo da
§ 3º Os embargos de declaração interrom- região, o depósito para fins de recursos será
pem o prazo para interposição de outros re- limitado a este valor.
cursos, por qualquer das partes, salvo quan-
do intempestivos, irregular a representação § 7º No ato de interposição do agravo de
da parte ou ausente a sua assinatura. instrumento, o depósito recursal correspon-
derá a 50% (cinquenta por cento) do valor
Art. 898. Das decisões proferidas em dissídio do depósito do recurso ao qual se pretende
coletivo que afete empresa de serviço público, destrancar.
ou, em qualquer caso, das proferidas em revi-
886 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual do Trabalho – Dos Recursos (Art. 893 a 902) – Prof. Pedro Kuhn
www.acasadoconcurseiro.com.br 887
Direito Processual Civil
www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual
AulaCivil
XX
DA JURISDIÇÃO E DA AÇÃO
O Estado para fazer cumprir seus objetivos divide o seu campo de atuação em três grandes poderes,
quais sejam; Executivo, Legislativo e Judiciário. Cada um deles tem uma função precípua:
Legislativo = legislar.
Executivo = administrar.
Judiciário = resolver os litígios nos casos concretos.
www.acasadoconcurseiro.com.br 891
I – Lide: conflito de interesses caracterizado por uma pretensão resistida.
II – Inércia: Estado deve manter inerte somente podendo, se pronunciar se for provocado.
III – Definitividade: ou seja, imutabilidade das decisões judiciais, em respeito ao principio da
segurança jurídica, art. 5º (XXXVI) da Constituição Federal.
INDECLINABILIDADE: O órgão
jurisdicional não pode recusar
nem delegar a função que lhe foi
comedita.
JURISDIÇÃO PRINCÍPIOS
JUIZ NATURAL: Investido na forma
da Constituição; juiz competente,
em face das normas, para processar
e julgar o feito.
IMPRORROGABILIDADE: Os limites
da juridição são os estabelecidos
na Constituição.
892 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual Civil – Da Jurisdição e Da Ação – Prof. Giuliano Tamagno
www.acasadoconcurseiro.com.br 893
DA JURISDIÇÃO
Art. 1º A jurisdição civil, contenciosa e voluntá-
ria, é exercida pelos juízes, em todo o território
nacional, conforme as disposições que este Có-
digo estabelece.
Art. 2º Nenhum juiz prestará a tutela jurisdicio-
nal senão quando a parte ou o interessado a re-
querer, nos casos e forma legais.
DA AÇÃO
Art. 3º Para propor ou contestar ação é neces-
sário ter interesse e legitimidade.
Art. 4º O interesse do autor pode limitar-se à
declaração:
I – da existência ou da inexistência de rela-
ção jurídica;
II – da autenticidade ou falsidade de docu-
mento.
Parágrafo único. É admissível a ação decla-
ratória, ainda que tenha ocorrido a violação
do direito.
Art. 5º Se, no curso do processo, se tornar liti-
giosa relação jurídica de cuja existência ou ine-
xistência depender o julgamento da lide, qual-
quer das partes poderá requerer que o juiz a
declare por sentença.
Art. 6º Ninguém poderá pleitear, em nome pró-
prio, direito alheio, salvo quando autorizado por
lei..
894 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual Civil
REPRESENTAÇÃO
União
Estados � PROCURADOR
Distrito federal
Territórios
Municípios ⟶ PROCURADOR OU PREFEITO
Massa falida ⟶ SÍNDICO*
Condomínio ⟶ SÍNDICO OU ADMINISTRADOR
Herança jacente ou vacante ⟶ CURADOR NOMEADO PELO JUÍZ
Espólio ⟶ INVENTARIANTE
Pessoa jurídica estrangeira ⟶ REPRESENTANTE/ADMINISTRADOR/GERENTE
Pessoa jurídica nacional ⟶ QUEM O ESTATUTO NOMEAR, SE OMISSO, OS DIRETORES
www.acasadoconcurseiro.com.br 895
Empresário de fato ⟶ ADMINISTRADOR
Art. 7º Toda pessoa que se acha no exercício dos seus direitos tem capacidade para estar em juízo.
Art. 8º Os incapazes serão representados ou assistidos por seus pais, tutores ou curadores, na
forma da lei civil.
Art. 9º O juiz dará curador especial:
I – ao incapaz, se não tiver representante legal, ou se os interesses deste colidirem com os
daquele;
II – ao réu preso, bem como ao revel citado por edital ou com hora certa.
Parágrafo único. Nas comarcas onde houver representante judicial de incapazes ou de ausentes,
a este competirá a função de curador especial.
Art. 10. O cônjuge somente necessitará do consentimento do outro para propor ações que versem
sobre direitos reais imobiliários.
§ 1º Ambos os cônjuges serão necessariamente citados para as ações:
I – que versem sobre direitos reais imobiliários;
II – resultantes de fatos que digam respeito a ambos os cônjuges ou de atos praticados por eles;
III – fundadas em dívidas contraídas pelo marido a bem da família, mas cuja execução tenha de
recair sobre o produto do trabalho da mulher ou os seus bens reservados;
IV – que tenham por objeto o reconhecimento, a constituição ou a extinção de ônus sobre
imóveis de um ou de ambos os cônjuges.
§ 2º Nas ações possessórias, a participação do cônjuge do autor ou do réu somente é
indispensável nos casos de composse ou de ato por ambos praticados.
Art. 11. A autorização do marido e a outorga da mulher podem suprir-se judicialmente, quando um
cônjuge a recuse ao outro sem justo motivo, ou lhe seja impossível dá-la.
Parágrafo único. A falta, não suprida pelo juiz, da autorização ou da outorga, quando necessária,
invalida o processo.
Art. 12. Serão representados em juízo, ativa e passivamente:
I – a União, os Estados, o Distrito Federal e os Territórios, por seus procuradores;
II – o Município, por seu Prefeito ou procurador;
III – a massa falida, pelo síndico;
IV – a herança jacente ou vacante, por seu curador;
V – o espólio, pelo inventariante;
VI – as pessoas jurídicas, por quem os respectivos estatutos designarem, ou, não os designando,
por seus diretores;
896 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual Civil – Das Partes e dos Procuradores – Prof. Giuliano Tamagno
VII – as sociedades sem personalidade jurídica, pela pessoa a quem couber a administração dos
seus bens;
VIII – a pessoa jurídica estrangeira, pelo gerente, representante ou administrador de sua filial,
agência ou sucursal aberta ou instalada no Brasil (art. 88, parágrafo único);
IX – o condomínio, pelo administrador ou pelo síndico.
§ 1º Quando o inventariante for dativo, todos os herdeiros e sucessores do falecido serão
autores ou réus nas ações em que o espólio for parte.
§ 2º As sociedades sem personalidade jurídica, quando demandadas, não poderão opor a
irregularidade de sua constituição.
§ 3º O gerente da filial ou agência presume-se autorizado, pela pessoa jurídica estrangeira, a
receber citação inicial para o processo de conhecimento, de execução, cautelar e especial.
Art. 13. Verificando a incapacidade processual ou a irregularidade da representação das partes, o
juiz, suspendendo o processo, marcará prazo razoável para ser sanado o defeito.
Não sendo cumprido o despacho dentro do prazo, se a providência couber:
I – ao autor, o juiz decretará a nulidade do processo;
II – ao réu, reputar-se-á revel;
III – ao terceiro, será excluído do processo.
www.acasadoconcurseiro.com.br 897
superior a vinte por cento do valor da causa; não sendo paga no prazo estabelecido, contado do
trânsito em julgado da decisão final da causa, a multa será inscrita sempre como dívida ativa da
União ou do Estado.
Art. 15. É defeso às partes e seus advogados empregar expressões injuriosas nos escritos apresen-
tados no processo, cabendo ao juiz, de ofício ou a requerimento do ofendido, mandar riscá-las.
Parágrafo único. Quando as expressões injuriosas forem proferidas em defesa oral, o juiz ad-
vertirá o advogado que não as use, sob pena de Ihe ser cassada a palavra.
898 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual Civil
DOS DEVERES
Apesar do nome atribuído ao capítulo – dos deveres das partes e seus procuradores – os incisos
impõem deveres que transcendem tais personagens, estendendo-se a todos aqueles que,
de qualquer forma, participam do processo, como os intervenientes, o Ministério Público, os
funcionários do Judiciário, os peritos e assistentes técnicos, as testemunhas e as pessoas que
são dirigidas as determinações judiciais (estas, ainda que não participem do processo).
Aquele que violar os quatro primeiros incisos do art. 14 responderá por perdas e danos que
causar (art. 16). Sem prejuízo dessa obrigação, o juiz ou tribunal, de ofício ou a requerimento,
condenará o litigante de má-fé em multa não excedente a 1% do valor da causa, bem como a
ressarcir os honorários advocatícios e todas as despesas da parte contrária.
A violação do inciso V do art. 14, que obriga ao cumprimento exato dos provimentos
mandamentais e à não criação de embaraços aos provimentos judiciais antecipados ou finais,
constitui ato atentatório ao exercício da jurisdição, que não se confunde com o ato atentatório
à dignidade da justiça, tratado no art. 600, do CPC.
A sanção ao primeiro é imposta no parágrafo único do art. 14. A obrigação de cumprir o
provimento mandamental só é imposta às partes; a de não criar embaraço aos provimentos
judiciais é dirigida às partes, ao Ministério Público, aos intervenientes, e a eventuais terceiros a
quem sejam impostas as determinações judiciais.
Só não pode ser aplicada ao advogado, por força de ressalva expressa no dispositivo legal,
acrescentada ao projeto originário, por força de pressão de entidades da classe dos advogados,
ressalvada de duvidosa constitucionalidade, já que, por eximir tão somente a eles das sanções
por descumprimento de determinações judiciais, ofende o princípio da isonomia.
Sem prejuízo das sanções penais (como, por exemplo, crime de desobediência), civis ou
processuais cabíveis, o juiz, de ofício ou a requerimento da parte, aplicará multa não superior
a 20% do valor da causa. Pode haver violação cumulativa dos quatro primeiros incisos e do
último, caso em que serão aplicadas cumulativamente as penas de litigância de má-fé e do ato
atentatório ao exercício da jurisdição.
Diferentemente do que ocorre com a litigância de má-fé, a condenação imposta pelo juiz não
reverte em proveito da parte contrária, mas em favor da Fazenda Pública. É que, no caso da
violação do inciso V, o ofendido não é o adversário, mas a administração da Justiça. Por isso, se
não houver o pagamento, a multa será, após o trânsito em julgado, inscrita como dívida ativa
da União ou do Estado.
www.acasadoconcurseiro.com.br 899
Haverá dificuldade se o autor do ato atentatório for a própria Fazenda Pública, uma vez que a
multa reverte em seu proveito. Parece-nos, que, nesse caso, deverá ser imputado ao funcionário
que desobedeceu a determinação judicial.
Art. 14. São deveres das partes e de todos aqueles que de qualquer forma participam do processo:
I – expor os fatos em juízo conforme a verdade;
II – proceder com lealdade e boa-fé;
III – não formular pretensões, nem alegar defesa, cientes de que são destituídas de fundamento;
IV – não produzir provas, nem praticar atos inúteis ou desnecessários à declaração ou defesa
do direito.
V – cumprir com exatidão os provimentos mandamentais e não criar embaraços à efetivação de
provimentos judiciais, de natureza antecipatória ou final.
Parágrafo único. Ressalvados os advogados que se sujeitam exclusivamente aos estatutos da
OAB, a violação do disposto no inciso V deste artigo constitui ato atentatório ao exercício da
jurisdição, podendo o juiz, sem prejuízo das sanções criminais, civis e processuais cabíveis,
aplicar ao responsável multa em montante a ser fixado de acordo com a gravidade da conduta
e não superior a vinte por cento do valor da causa; não sendo paga no prazo estabelecido,
contado do trânsito em julgado da decisão final da causa, a multa será inscrita sempre como
dívida ativa da União ou do Estado.
Art. 15. É defeso às partes e seus advogados empregar expressões injuriosas nos escritos
apresentados no processo, cabendo ao juiz, de ofício ou a requerimento do ofendido, mandar riscá-
las.
Parágrafo único. Quando as expressões injuriosas forem proferidas em defesa oral, o juiz
advertirá o advogado que não as use, sob pena de Ihe ser cassada a palavra.
900 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual
AulaCivil
XX
Durante a tramitação do processo o juiz tem o poder-dever de velar pela solução do litígio de
forma adequada, reprimindo aqueles atos que se manifestem contrários ao desenvolvimento
regular do feito e à dignidade da justiça.
Assim, em se verificando que uma das partes está litigando de má-fé, o juiz tem o poder-dever
e aplicar, de ofício e em qualquer grau de jurisdição, multa não excedente a 1% sobre o valor da
causa.
As hipóteses de litigância de má fé encontram-se configuradas no Art. 17 do CPC.
O rol é taxativo, não comportando ampliações.
Praticada quaisquer condutas elencadas no art. 17, além do pagamento de multa, o litigante
de má-fé será condenado a indenizar a parte contrária dos prejuízos que esta sofreu, mais
honorários e despesas. (18 CPC)
Art. 16. Responde por perdas e danos aquele que pleitear de má-fé como autor, réu ou interveniente.
Art. 17. Reputa-se litigante de má-fé aquele que:
I – deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso;
II – alterar a verdade dos fatos;
III – usar do processo para conseguir objetivo ilegal;
IV – opuser resistência injustificada ao andamento do processo;
V – proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo;
Vl – provocar incidentes manifestamente infundados.
VII – interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório.
Art. 18. O juiz ou tribunal, de ofício ou a requerimento, condenará o litigante de má-fé a pagar
multa não excedente a um por cento sobre o valor da causa e a indenizar a parte contrária dos
prejuízos que esta sofreu, mais os honorários advocatícios e todas as despesas que efetuou.
§ 1º Quando forem dois ou mais os litigantes de má-fé, o juiz condenará cada um na proporção
do seu respectivo interesse na causa, ou solidariamente aqueles que se coligaram para lesar a
parte contrária.
§ 2º O valor da indenização será desde logo fixado pelo juiz, em quantia não superior a 20%
(vinte por cento) sobre o valor da causa, ou liquidado por arbitramento.
www.acasadoconcurseiro.com.br 901
Direito Processual
AulaCivil
XX
Art. 19. Salvo as disposições concernentes à justiça gratuita, cabe às partes prover as despesas
dos atos que realizam ou requerem no processo, antecipando-lhes o pagamento desde o início até
sentença final; e bem ainda, na execução, até a plena satisfação do direito declarado pela sentença.
§ 1º O pagamento de que trata este artigo será feito por ocasião de cada ato processual.
§ 2º Compete ao autor adiantar as despesas relativas a atos, cuja realização o juiz determinar
de ofício ou a requerimento do Ministério Público.
Art. 20. A sentença condenará o vencido a pagar ao vencedor as despesas que antecipou e os
honorários advocatícios. Esta verba honorária será devida, também, nos casos em que o advogado
funcionar em causa própria.
§ 1º O juiz, ao decidir qualquer incidente ou recurso, condenará nas despesas o vencido.
www.acasadoconcurseiro.com.br 903
§ 2º As despesas abrangem não só as custas dor na causa, o direito a haver do vencido hono-
dos atos do processo, como também a inde- rários advocatícios.
nização de viagem, diária de testemunha e
remuneração do assistente técnico. Art. 23. Concorrendo diversos autores ou diver-
sos réus, os vencidos respondem pelas despe-
§ 3º Os honorários serão fixados entre o mí- sas e honorários em proporção.
nimo de dez por cento (10%) e o máximo de
vinte por cento (20%) sobre o valor da con- Art. 24. Nos procedimentos de jurisdição volun-
denação, atendidos: tária, as despesas serão adiantadas pelo reque-
rente, mas rateadas entre os interessados.
a) o grau de zelo do profissional;
Art. 25. Nos juízos divisórios, não havendo lití-
b) o lugar de prestação do serviço; gio, os interessados pagarão as despesas pro-
porcionalmente aos seus quinhões.
c) a natureza e importância da causa, o tra-
balho realizado pelo advogado e o tempo Art. 26. Se o processo terminar por desistência
exigido para o seu serviço. ou reconhecimento do pedido, as despesas e os
honorários serão pagos pela parte que desistiu
§ 4º Nas causas de pequeno valor, nas de ou reconheceu.
valor inestimável, naquelas em que não
houver condenação ou for vencida a Fazen- § 1º Sendo parcial a desistência ou o reco-
da Pública, e nas execuções, embargadas ou nhecimento, a responsabilidade pelas des-
não, os honorários serão fixados consoante pesas e honorários será proporcional à par-
apreciação equitativa do juiz, atendidas as te de que se desistiu ou que se reconheceu.
normas das alíneas a, b e c do parágrafo an-
terior. § 2º Havendo transação e nada tendo as
partes disposto quanto às despesas, estas
§ 5º Nas ações de indenização por ato ilícito serão divididas igualmente.
contra pessoa, o valor da condenação será a
soma das prestações vencidas com o capital Art. 27. As despesas dos atos processuais, efe-
necessário a produzir a renda correspon- tuados a requerimento do Ministério Público
dente às prestações vincendas (art. 602), ou da Fazenda Pública, serão pagas a final pelo
podendo estas ser pagas, também mensal- vencido.
mente, na forma do § 2º do referido art. Art. 28. Quando, a requerimento do réu, o juiz
602, inclusive em consignação na folha de declarar extinto o processo sem julgar o mérito
pagamentos do devedor. (art. 267, § 2º), o autor não poderá intentar de
Art. 21. Se cada litigante for em parte vencedor novo a ação, sem pagar ou depositar em cartó-
e vencido, serão recíproca e proporcionalmente rio as despesas e os honorários, em que foi con-
Distribuídos e compensados entre eles os hono- denado.
rários e as despesas. Art. 29. As despesas dos atos, que forem adia-
Parágrafo único. Se um litigante decair de dos ou tiverem de repetir-se, ficarão a cargo da
parte mínima do pedido, o outro responde- parte, do serventuário, do órgão do Ministério
rá, por inteiro, pelas despesas e honorários. Público ou do juiz que, sem justo motivo, hou-
ver dado causa ao adiamento ou à repetição.
Art. 22. O réu que, por não arguir na sua res-
posta fato impeditivo, modificativo ou extintivo Art. 30. Quem receber custas indevidas ou ex-
do direito do autor, dilatar o julgamento da lide, cessivas é obrigado a restituí-las, incorrendo em
será condenado nas custas a partir do sanea- multa equivalente ao dobro de seu valor.
mento do processo e perderá, ainda que vence- Art. 31. As despesas dos atos manifestamente
protelatórios, impertinentes ou supérfluos se-
904 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual Civil – Das Despesas e das Multas – Prof. Giuliano Tamagno
www.acasadoconcurseiro.com.br 905
Direito Processual Civil
LITISCONSÓRCIO
De autores e réus:
LITISCONSÓRCIO MISTO
www.acasadoconcurseiro.com.br 907
Quanto à criação do Litisconsórcio
IMPORTANTE!!
SIMPLES
FACULTATIVO UNITÁRIA
SIMPLES
NECESSÁRIO
UNITÁRIA
908 www.acasadoconcurseiro.com.br
Procedimento Ordinário: Prova Testemunhal – Direito Processual Civil – Prof. Giuliano Tamagno
DO LITISCONSÓRCIO
Art. 46. Duas ou mais pessoas podem litigar, no
mesmo processo, em conjunto, ativa ou passi-
vamente, quando:
I – entre elas houver comunhão de direitos
ou de obrigações relativamente à lide;
II – os direitos ou as obrigações derivarem
do mesmo fundamento de fato ou de direi-
to;
III – entre as causas houver conexão pelo
objeto ou pela causa de pedir;
IV – ocorrer afinidade de questões por um
ponto comum de fato ou de direito.
Parágrafo único. O juiz poderá limitar o litis-
consórcio facultativo quanto ao número de
litigantes, quando este comprometer a rápi-
da solução do litígio ou dificultar a defesa.
O pedido de limitação interrompe o prazo
para resposta, que recomeça da intimação
da decisão.(Incluído pela Lei nº 8.952, de
13.12.1994)
Art. 47. Há litisconsórcio necessário, quando,
por disposição de lei ou pela natureza da re-
lação jurídica, o juiz tiver de decidir a lide de
modo uniforme para todas as partes; caso em
que a eficácia da sentença dependerá da citação
de todos os litisconsortes no processo.
Parágrafo único. O juiz ordenará ao autor
que promova a citação de todos os litiscon-
sortes necessários, dentro do prazo que as-
sinar, sob pena de declarar extinto o proces-
so.
Art. 48. Salvo disposição em contrário, os litis-
consortes serão considerados, em suas relações
com a parte adversa, como litigantes distintos;
os atos e as omissões de um não prejudicarão
nem beneficiarão os outros.
Art. 49. Cada litisconsorte tem o direito de pro-
mover o andamento do processo e todos devem
ser intimados dos respectivos atos.
www.acasadoconcurseiro.com.br 909
Direito Processual
AulaCivil
XX
www.acasadoconcurseiro.com.br 911
na forma da lei respectiva, para escolha de f) receber, a qualquer título ou pretexto,
seu Procurador-Geral, que será nomeado auxílios ou contribuições de pessoas físicas,
pelo Chefe do Poder Executivo, para manda- entidades públicas ou privadas, ressalvadas
to de dois anos, permitida uma recondução. as exceções previstas em lei.
§ 4º Os Procuradores-Gerais nos Estados e § 6º Aplica-se aos membros do Ministério
no Distrito Federal e Territórios poderão ser Público o disposto no art. 95, parágrafo úni-
destituídos por deliberação da maioria ab- co, V.
soluta do Poder Legislativo, na forma da lei
complementar respectiva. Art. 129. São funções institucionais do Ministé-
rio Público:
§ 5º Leis complementares da União e dos
Estados, cuja iniciativa é facultada aos res- I – promover, privativamente, a ação penal
pectivos Procuradores-Gerais, estabelece- pública, na forma da lei;
rão a organização, as atribuições e o estatu- II – zelar pelo efetivo respeito dos Poderes
to de cada Ministério Público, observadas, Públicos e dos serviços de relevância públi-
relativamente a seus membros: ca aos direitos assegurados nesta Constitui-
I – as seguintes garantias: ção, promovendo as medidas necessárias a
sua garantia;
a) vitaliciedade, após dois anos de exercí-
cio, não podendo perder o cargo senão por III – promover o inquérito civil e a ação civil
sentença judicial transitada em julgado; pública, para a proteção do patrimônio pú-
blico e social, do meio ambiente e de outros
b) inamovibilidade, salvo por motivo de in- interesses difusos e coletivos;
teresse público, mediante decisão do órgão
colegiado competente do Ministério Públi- IV – promover a ação de inconstitucionali-
co, pelo voto da maioria absoluta de seus dade ou representação para fins de inter-
membros, assegurada ampla defesa; venção da União e dos Estados, nos casos
previstos nesta Constituição;
c) irredutibilidade de subsídio, fixado na
forma do art. 39, § 4º, e ressalvado o dis- V – defender judicialmente os direitos e in-
posto nos arts. 37, X e XI, 150, II, 153, III, teresses das populações indígenas;
153, § 2º, I; VI – expedir notificações nos procedimen-
II – as seguintes vedações: tos administrativos de sua competência, re-
quisitando informações e documentos para
a) receber, a qualquer título e sob qualquer instruí-los, na forma da lei complementar
pretexto, honorários, percentagens ou cus- respectiva;
tas processuais;
VII – exercer o controle externo da ativida-
b) exercer a advocacia; de policial, na forma da lei complementar
mencionada no artigo anterior;
c) participar de sociedade comercial, na for-
ma da lei; VIII – requisitar diligências investigatórias e
a instauração de inquérito policial, indica-
d) exercer, ainda que em disponibilidade, dos os fundamentos jurídicos de suas mani-
qualquer outra função pública, salvo uma festações processuais;
de magistério;
IX – exercer outras funções que lhe forem
e) exercer atividade político-partidária; conferidas, desde que compatíveis com sua
finalidade, sendo-lhe vedada a representa-
912 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual Civil – Do Ministério Público – Prof. Giuliano Tamagno
ção judicial e a consultoria jurídica de enti- IV – dois juízes, indicados um pelo Supremo
dades públicas. Tribunal Federal e outro pelo Superior Tri-
bunal de Justiça;
§ 1º A legitimação do Ministério Público
para as ações civis previstas neste artigo V – dois advogados, indicados pelo Conse-
não impede a de terceiros, nas mesmas hi- lho Federal da Ordem dos Advogados do
póteses, segundo o disposto nesta Consti- Brasil;
tuição e na lei. VI – dois cidadãos de notável saber jurídico
§ 2º As funções do Ministério Público só po- e reputação ilibada, indicados um pela Câ-
dem ser exercidas por integrantes da carrei- mara dos Deputados e outro pelo Senado
ra, que deverão residir na comarca da res- Federal.
pectiva lotação, salvo autorização do chefe § 1º Os membros do Conselho oriundos do
da instituição. Ministério Público serão indicados pelos
respectivos Ministérios Públicos, na forma
§ 3º O ingresso na carreira do Ministério da lei.
Público far-se-á mediante concurso público
de provas e títulos, assegurada a participa- § 2º Compete ao Conselho Nacional do Mi-
ção da Ordem dos Advogados do Brasil em nistério Público o controle da atuação admi-
sua realização, exigindo-se do bacharel em nistrativa e financeira do Ministério Público
direito, no mínimo, três anos de atividade e do cumprimento dos deveres funcionais
jurídica e observando-se, nas nomeações, a de seus membros, cabendo lhe:
ordem de classificação. I – zelar pela autonomia funcional e admi-
§ 4º Aplica-se ao Ministério Público, no que nistrativa do Ministério Público, podendo
couber, o disposto no art. 93. expedir atos regulamentares, no âmbito de
sua competência, ou recomendar providên-
§ 5º A distribuição de processos no Ministé- cias;
rio Público será imediata. II – zelar pela observância do art. 37 e apre-
Art. 130. Aos membros do Ministério Público ciar, de ofício ou mediante provocação, a
junto aos Tribunais de Contas aplicam-se as dis- legalidade dos atos administrativos pratica-
posições desta seção pertinentes a direitos, ve- dos por membros ou órgãos do Ministério
dações e forma de investidura. Público da União e dos Estados, podendo
desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para
Art. 130-A. O Conselho Nacional do Ministério que se adotem as providências necessárias
Público compõe-se de quatorze membros no- ao exato cumprimento da lei, sem prejuízo
meados pelo Presidente da República, depois da competência dos Tribunais de Contas;
de aprovada a escolha pela maioria absoluta do
Senado Federal, para um mandato de dois anos, III – receber e conhecer das reclamações
admitida uma recondução, sendo: contra membros ou órgãos do Ministério
Público da União ou dos Estados, inclusive
I – o Procurador-Geral da República, que o contra seus serviços auxiliares, sem prejuízo
preside; da competência disciplinar e correicional da
II – quatro membros do Ministério Público instituição, podendo avocar processos dis-
da União, assegurada a representação de ciplinares em curso, determinar a remoção,
cada uma de suas carreiras; a disponibilidade ou a aposentadoria com
subsídios ou proventos proporcionais ao
III – três membros do Ministério Público dos tempo de serviço e aplicar outras sanções
Estados; administrativas, assegurada ampla defesa;
www.acasadoconcurseiro.com.br 913
IV – rever, de ofício ou mediante provoca- II – exercer funções executivas do Conselho,
ção, os processos disciplinares de membros de inspeção e correição geral;
do Ministério Público da União ou dos Esta- III – requisitar e designar membros do Mi-
dos julgados há menos de um ano; nistério Público, delegando-lhes atribui-
V – elaborar relatório anual, propondo as ções, e requisitar servidores de órgãos do
providências que julgar necessárias sobre a Ministério Público.
situação do Ministério Público no País e as § 4º O Presidente do Conselho Federal da
atividades do Conselho, o qual deve inte- Ordem dos Advogados do Brasil oficiará jun-
grar a mensagem prevista no art. 84, XI. to ao Conselho.
§ 3º O Conselho escolherá, em votação se- § 5º Leis da União e dos Estados criarão ou-
creta, um Corregedor nacional, dentre os vidorias do Ministério Público, competentes
membros do Ministério Público que o inte- para receber reclamações e denúncias de
gram, vedada a recondução, competindo- qualquer interessado contra membros ou
-lhe, além das atribuições que lhe forem órgãos do Ministério Público, inclusive con-
conferidas pela lei, as seguintes: tra seus serviços auxiliares, representando
I – receber reclamações e denúncias, de diretamente ao Conselho Nacional do Mi-
qualquer interessado, relativas aos mem- nistério Público.
bros do Ministério Público e dos seus servi-
ços auxiliares;
Art. 81. O Ministério Público exercerá o direito Art. 83. Intervindo como fiscal da lei, o Ministé-
de ação nos casos previstos em lei, cabendo- rio Público:
-lhe, no processo, os mesmos poderes e ônus
que às partes. I – terá vista dos autos depois das partes,
sendo intimado de todos os atos do proces-
Art. 82. Compete ao Ministério Público intervir: so;
I – nas causas em que há interesses de inca- II – poderá juntar documentos e certidões,
pazes; produzir prova em audiência e requerer
medidas ou diligências necessárias ao des-
II – nas causas concernentes ao estado da cobrimento da verdade.
pessoa, pátrio poder, tutela, curatela, inter-
dição, casamento, declaração de ausência e Art. 84. Quando a lei considerar obrigatória a
disposições de última vontade; intervenção do Ministério Público, a parte pro-
mover-lhe-á a intimação sob pena de nulidade
III – nas ações que envolvam litígios coleti- do processo.
vos pela posse da terra rural e nas demais
causas em que há interesse público eviden- Art. 85. O órgão do Ministério Público será civil-
ciado pela natureza da lide ou qualidade da mente responsável quando, no exercício de suas
parte. funções, proceder com dolo ou fraude.
914 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual
AulaCivil
XX
COMPETÊNCIAS
Hierarquia
Competência absoluta:
matéria de ordem pública (inderrogável)
Matéria
Valor da causa
Competência relativa:
matéria de interesse privado (alterável)
Territorial
Parte
Incompetência Absoluta
Juíz
Parte Interessada
Incompetência Relativa
(réu da ação)
www.acasadoconcurseiro.com.br 915
Quando arguir e como arguir a incompetência:
COMPETÊNCIA ABSOLUTA
União
Autarquias
Federal
Matéria: (art. 109 Empresas e
Justiça especializada ou comum do CF) Fundações públicas
OAB
Pessoa residente ou
Trabalho Eleitoral domiciliada no BR,
Militar
contra pais estrangeiro
Direitos Indígenas
COMPETÊNCIA ABSOLUTA
Funcional ou Hierárquica
A competência funcional é tratada em nosso Código de Processo Civil no seu art. 93. Dispõe o
referido dispositivo de lei:
Art. 93. Regem a competência dos tribunais as normas da Constituição da República e de organização
judiciária. A competência funcional dos juízes de primeiro grau é disciplinada neste Código.
Pode-se afirmar que a competência funcional nada mais é do que o critério de atribuição de
competência segundo a função especial desempenhada pelos respectivos magistrados, numa
mesma relação processual.
Art. 132. O juiz, titular ou substituto, que concluir a audiência julgará a lide, salvo se estiver
convocado, licenciado, afastado por qualquer motivo, promovido ou aposentado, casos em que
passará os autos ao seu sucessor.
916 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual Civil – Da Competência – Prof. Giuliano Tamagno
COMPETÊNCIA RELATIVA
Valorda causa
JEC ESTADUAL (Lei nº 9.009/1995) Até 40 S.M. relativa
JEC FEDERAL (Lei nº 10.259/2001) Até 60 S.M. absoluta
JEC DA FAZENDA (Lei nº 12.152/2009) Até 60 S.M. absoluta
Art. 94. A ação fundada em direito pessoal e a ação funda da em direito real sobre bens móveis
serão propostas, em regra, no foro do domicílio do réu.
§ 1º Tendo mais de um domicílio, o réu será demandado no foro de qualquer deles.
§ 2º Sendo incerto ou desconhecido o domicílio do réu, ele será demandado onde for
encontrado ou no foro do domicílio do autor.
§ 3º Quando o réu não tiver domicílio nem residência no Brasil, a ação será proposta no foro
do domicílio do autor. Se este também residir fora do Brasil, a ação será proposta em qualquer
foro.
§ 4º Havendo dois ou mais réus, com diferentes domicílios, serão demandados no foro de
qualquer deles, à escolha do autor.
Art. 96. O foro do domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a
partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade e todas as ações em que
o espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro.
Parágrafo único. É, porém, competente o foro:
I ‒ da situação dos bens, se o autor da herança não possuía domicílio certo;
II ‒ do lugar em que ocorreu o óbito se o autor da herança não tinha domicílio certo e possuía
bens em lugares diferentes.
Art. 97. As ações em que o ausente for réu correm no foro de seu último domicílio, que é também
o competente para a arrecadação, o inventário, a partilha e o cumprimento de disposições
testamentárias.
Art. 98. A ação em que o incapaz for réu se processará no foro do domicílio de seu representante.
www.acasadoconcurseiro.com.br 917
E SE O AUTOR FOR INCAPAZ?
918 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual Civil – Da Competência – Prof. Giuliano Tamagno
Modificação da competência
Art. 102 e seguintes do CPC
MODIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA
www.acasadoconcurseiro.com.br 919
os pedidos sejam diferentes (do contrário haveria litispendência) onde um é mais abrangente
que o de outro.
Tal como ocorre com a conexão, na continência pode o juiz, de ofício ou a requerimento das
partes, determinar a reunião das ações propostas separadamente; para que a decisão seja
proferida simultaneamente.
SÚMULAS PERTINENTES
•• Sumula vinculante 23 do STF
•• Sumula Vinculante 27 do STF
•• Súmula 508 do STF
•• Súmula 517do STF
•• Súmula 556 do STF
•• Súmula 624 do STF
920 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual Civil – Da Competência – Prof. Giuliano Tamagno
•• Sumula 1 do STJ
•• Súmula 3 do STJ
•• Súmula 11 do STJ
•• Súmula 33 do STJ
•• Súmula 34 do STJ
•• Súmula 41 do STJ
•• Súmula 42 do STJ
•• Súmula 55 do STJ
•• Súmula 59 do STJ
•• Súmula 150 do STJ
•• Súmula 177 do STJ
•• Súmula 224 do STJ
•• Súmula 235 do STJ
www.acasadoconcurseiro.com.br 921
Parágrafo único. Se a ação penal não for exercida dentro de 30 (trinta) dias, contados da
intimação do despacho de sobrestamento, cessará o efeito deste, decidindo o juiz cível a
questão prejudicial.
Art. 111. A competência em razão da matéria e da hierarquia é inderrogável por convenção das
partes; mas estas podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo foro
onde serão propostas as ações oriundas de direitos e obrigações.
§ 1º O acordo, porém, só produz efeito, quando constar de contrato escrito e aludir
expressamente a determinado negócio jurídico.
§ 2º O foro contratual obriga os herdeiros e sucessores das partes.
Da Declaração de Incompetência
Art. 112. Argui-se, por meio de exceção, a incompetência relativa.
Parágrafo único. A nulidade da cláusula de eleição de foro, em contrato de adesão, pode ser
declarada de ofício pelo juiz, que declinará de competência para o juízo de domicílio do réu.
Art. 113. A incompetência absoluta deve ser declarada de ofício e pode ser alegada, em qualquer
tempo e grau de jurisdição, independentemente de exceção.
§ 1º Não sendo, porém, deduzida no prazo da contestação, ou na primeira oportunidade em
que Ihe couber falar nos autos, a parte responderá integralmente pelas custas.
§ 2º Declarada a incompetência absoluta, somente os atos decisórios serão nulos, remetendo-
se os autos ao juiz competente.
Art. 114. Prorrogar-se-á a competência se dela o juiz não declinar na forma do parágrafo único do
art. 112 desta Lei ou o réu não opuser exceção declinatória nos casos e prazos legais.
Art. 115. Há conflito de competência:
I – quando dois ou mais juízes se declaram competentes;
II – quando dois ou mais juízes se consideram incompetentes;
III – quando entre dois ou mais juízes surge controvérsia acerca da reunião ou separação de
processos.
Art. 116. O conflito pode ser suscitado por qualquer das partes, pelo Ministério Público ou pelo
juiz.
Parágrafo único. O Ministério Público será ouvido em todos os conflitos de competência; mas
terá qualidade de parte naqueles que suscitar.
Art. 117. Não pode suscitar conflito a parte que, no processo, ofereceu exceção de incompetência.
Parágrafo único. O conflito de competência não obsta, porém, a que a parte, que o não
suscitou, ofereça exceção declinatória do foro.
Art. 118. O conflito será suscitado ao presidente do tribunal:
922 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual Civil – Da Competência – Prof. Giuliano Tamagno
www.acasadoconcurseiro.com.br 923
Direito Processual
AulaCivil
XX
A relação jurídica, de um modo geral, cria Art. 126. O juiz não se exime de sentenciar ou
direitos e obrigações para as partes. Na relação despachar alegando lacuna ou obscuridade da
jurídica oriunda do processo não é diferente. lei. No julgamento da lide caber-lhe-á aplicar
as normas legais; não as havendo, recorrerá à
Os sujeitos da relação processual (autor, analogia, aos costumes e aos princípios gerais
réu e juiz) possuem direitos e obrigações de direito.
estabelecidos pelos artigos seguintes.
Art. 127. O juiz só decidirá por equidade nos
PODER-DEVER DE PRESTAR casos previstos em lei.
A TUTELA JURISDICIONAL
Art. 128. O juiz decidirá a lide nos limites em
O juiz não se exime de sentenciar alegando que foi proposta, sendo-lhe defeso conhecer de
lacuna na lei. Caso não exista norma sobre questões, não suscitadas, a cujo respeito a lei
o caso concreto deve ser aplicado analogia, exige a iniciativa da parte.
costumes ou princípios do direto. Art. 129. Convencendo-se, pelas circunstâncias
Uma vez provocada, a atuação da jurisdição é da causa, de que autor e réu se serviram
inexorável. do processo para praticar ato simulado ou
conseguir fim proibido por lei, o juiz proferirá
LIMITES DA DECISÃO sentença que obste aos objetivos das partes.
Ao distribuir a petição inicial, o autor limita a Art. 130. Caberá ao juiz, de ofício ou a
demanda, sendo que o juiz ficará adstrito aos requerimento da parte, determinar as
pedidos do autos, não podendo conceder nada provas necessárias à instrução do processo,
a mais, ou fora daqueles pedidos, não podendo, indeferindo as diligências inúteis ou meramente
ainda, deixar de apreciar algum dos pedidos. protelatórias.
Art. 125. O juiz dirigirá o processo conforme as Art. 131. O juiz apreciará livremente a prova,
disposições deste Código, competindo-lhe: atendendo aos fatos e circunstâncias constantes
dos autos, ainda que não alegados pelas partes;
I – assegurar às partes igualdade de mas deverá indicar, na sentença, os motivos que
tratamento; Ihe formaram o convencimento.
II – velar pela rápida solução do litígio; Art. 132. O juiz, titular ou substituto, que
concluir a audiência julgará a lide, salvo se
III – prevenir ou reprimir qualquer ato
estiver convocado, licenciado, afastado por
contrário à dignidade da Justiça;
qualquer motivo, promovido ou aposentado,
IV – tentar, a qualquer tempo, conciliar as casos em que passará os autos ao seu sucessor.
partes.
Parágrafo único. Em qualquer hipótese, o
juiz que proferir a sentença, se entender
www.acasadoconcurseiro.com.br 925
necessário, poderá mandar repetir as pro-
vas já produzidas.
Art. 133. Responderá por perdas e danos o juiz,
quando:
I – no exercício de suas funções, proceder
com dolo ou fraude;
II – recusar, omitir ou retardar, sem justo
motivo, providência que deva ordenar de
ofício, ou a requerimento da parte.
Parágrafo único. Reputar-se-ão verificadas
as hipóteses previstas no II só depois que a
parte, por intermédio do escrivão, requerer
ao juiz que determine a providência e este
não Ihe atender o pedido dentro de 10 (dez)
dias.
926 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual
AulaCivil
XX
As causas de impedimento e suspeição es- III – que conheceu em primeiro grau de ju-
tão previstas nos artigos 134 a 138, do Códi- risdição, tendo-lhe proferido sentença ou
go de Processo Civil (CPC) e dizem respeito decisão;
à imparcialidade do juiz no exercício de sua
função. IV – quando nele estiver postulando, como
advogado da parte, o seu cônjuge ou qual-
É dever do juiz declarar-se impedido ou sus- quer parente seu, consanguíneo ou afim,
peito, podendo alegar motivos de foro ínti- em linha reta; ou na linha colateral até o se-
mo. O impedimento tem caráter objetivo, gundo grau;
enquanto que a suspeição tem relação com
o subjetivismo do juiz. A imparcialidade V – quando cônjuge, parente, consanguí-
do juiz é um dos pressupostos processuais neo ou afim, de alguma das partes, em linha
subjetivos do processo. No impedimento reta ou, na colateral, até o terceiro grau;
há presunção absoluta (juris et de jure) de VI – quando for órgão de direção ou de ad-
parcialidade do juiz em determinado pro- ministração de pessoa jurídica, parte na
cesso por ele analisado, enquanto na sus- causa.
peição há apenas presunção relativa (juris
tantum). O CPC dispõe, por exemplo, que Parágrafo único. No caso do no IV, o impe-
o magistrado está proibido de exercer suas dimento só se verifica quando o advogado
funções em processos de que for parte ou já estava exercendo o patrocínio da causa;
neles tenha atuado como advogado. é, porém, vedado ao advogado pleitear no
processo, a fim de criar o impedimento do
O juiz será considerado suspeito por sua juiz.
parcialidade quando for amigo íntimo ou
inimigo capital de qualquer das partes, re- Art. 135. Reputa-se fundada a suspeição de par-
ceber presente antes ou depois de iniciado cialidade do juiz, quando:
o processo, aconselhar alguma das partes
I – amigo íntimo ou inimigo capital de qual-
sobre a causa, entre outros.
quer das partes;
Art. 134. É defeso ao juiz exercer as suas fun-
II – alguma das partes for credora ou deve-
ções no processo contencioso ou voluntário:
dora do juiz, de seu cônjuge ou de parentes
I – de que for parte; destes, em linha reta ou na colateral até o
terceiro grau;
II – em que interveio como mandatário da
parte, oficiou como perito, funcionou como III – herdeiro presuntivo, donatário ou em-
órgão do Ministério Público, ou prestou de- pregador de alguma das partes;
poimento como testemunha;
IV – receber dádivas antes ou depois de ini-
ciado o processo; aconselhar alguma das
partes acerca do objeto da causa, ou submi
www.acasadoconcurseiro.com.br 927
nistrar meios para atender às despesas do
litígio;
V – interessado no julgamento da causa em
favor de uma das partes.
Parágrafo único. Poderá ainda o juiz decla-
rar-se suspeito por motivo íntimo.
Art. 136. Quando dois ou mais juízes forem pa-
rentes, consanguíneos ou afins, em linha reta e
no segundo grau na linha colateral, o primeiro,
que conhecer da causa no tribunal, impede que
o outro participe do julgamento; caso em que o
segundo se escusará, remetendo o processo ao
seu substituto legal.
Art. 137. Aplicam-se os motivos de impedimento
e suspeição aos juízes de todos os tribunais. O
juiz que violar o dever de abstenção, ou não
se declarar suspeito, poderá ser recusado por
qualquer das partes (art. 304).
Art. 138. Aplicam-se também os motivos de
impedimento e de suspeição:
I – ao órgão do Ministério Público, quando
não for parte, e, sendo parte, nos casos
previstos nos ns. I a IV do art. 135;
II – ao serventuário de justiça;
III – ao perito;
IV – ao intérprete.
§ 1º A parte interessada deverá argüir o
impedimento ou a suspeição, em petição
fundamentada e devidamente instruída, na
primeira oportunidade em que Ihe couber
falar nos autos; o juiz mandará processar
o incidente em separado e sem suspensão
da causa, ouvindo o argüido no prazo de
5 (cinco) dias, facultando a prova quando
necessária e julgando o pedido.
§ 2º Nos tribunais caberá ao relator proces-
sar e julgar o incidente.
928 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual
AulaCivil
XX
ATOS PROCESSUAIS
Forma é o conjunto de solenidades que se devem observar para que o ato jurídico seja
plenamente eficaz.
É através da forma que a declaração de vontade adquire realidade e se torna ato jurídico
processual.
Quanto à forma, os atos jurídicos em geral costumam ser classificados em solenes ou não
solenes.
Solenes são aqueles para os quais a lei prevê uma determinada forma como condição de
validade.
E não solenes, os atos de forma livre, isto é, que podem ser praticados independentemente de
qualquer solenidade e que se provam por quaisquer dos meios de convencimento admitidos
em direito.
Os atos processuais são solenes porque, via de regra, se subordinam à forma escrita, a termos
adequados, a lugares e tempo expressamente previstos em lei.
A regra geral é a forma livre dos atos (107 CC).
PRINCÍPIO IMPORTANTE: O princípio da instrumentalidade do processo instituído de forma
genérica no art. 244 do CPC preceitua que nenhuma nulidade seja declarada sem que exista um
efetivo prejuízo.
Para o Código, portanto, as formas que prescrevem são relevantes, mas sua inobservância não
é causa de nulidade, a não ser que dela tenha decorrido a não consecução da finalidade do ato.
Quando, todavia, o texto legal cominar, expressamente, a pena de nulidade para a inobservância
de determinada forma, como no caso das citações (art.247), não incide a regra liberal do art.
154, de maneira que o ato não produzirá eficácia jurídica, ainda que a ciência da in ius vocacio
tenha efetivamente chegado ao réu.
Art. 154. Os atos e termos processuais não dependem de forma determinada senão quando a lei
expressamente a exigir, reputando-se válidos os que, realizados de outro modo, Ihe preencham a
finalidade essencial.
Parágrafo único. Os tribunais, no âmbito da respectiva jurisdição, poderão disciplinar a prática
e a comunicação oficial dos atos processuais por meios eletrônicos, atendidos os requisitos de
autenticidade, integridade, validade jurídica e interoperabilidade da Infra-Estrutura de Chaves
Públicas Brasileira - ICP - Brasil.
§ 2º Todos os atos e termos do processo podem ser produzidos, transmitidos, armazenados e
assinados por meio eletrônico, na forma da lei.
www.acasadoconcurseiro.com.br 929
Art. 155. Os atos processuais são públicos. Correm, todavia, em segredo de justiça os processos:
I – em que o exigir o interesse público;
Il – que dizem respeito a casamento, filiação, separação dos cônjuges, conversão desta em
divórcio, alimentos e guarda de menores.
Parágrafo único. O direito de consultar os autos e de pedir certidões de seus atos é restrito
às partes e a seus procuradores. O terceiro, que demonstrar interesse jurídico, pode requerer
ao juiz certidão do dispositivo da sentença, bem como de inventário e partilha resultante do
desquite.
Art. 156. Em todos os atos e termos do processo é obrigatório o uso do vernáculo.
Art. 157. Só poderá ser junto aos autos documento redigido em língua estrangeira, quando
acompanhado de versão em vernáculo, firmada por tradutor juramentado.
Atos das partes são aqueles praticados por autor, réu, terceiros intervenientes e Ministério
Público, regra geral produzem efeitos imediatamente (cuidado com a desistência da ação, que
produz efeito só depois de homologada pelo juiz – 158 § único).
O principal ato da parte autora é a petição inicial, que rompe a inércia, provocando o judiciário
acerca de uma questão controvertida, esperando uma decisão estatal.
Nos atos do réu, destaca-se a defesa, denominada contestação, onde o réu deve arguir toda
matéria invocada a seu favor.
930 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual Civil – Da Forma dos Atos Processuais – Prof. Giuliano Tamagno
sentença é somente mais uma fase do processo sendo o seu conceito inscupido no §1º do art.
162 “sentença é o ato do juiz que implica alguma das situações previstas nos arts. 267 e 269
desta lei” ou seja, a sentença não encerra mais o processo, pois com o advento do sincretismo
processual não se faz mais necessário um processo de execução de sentença, mas sim o
mero cumprimento da sentença em uma nova fase, dentro do mesmo processo, denominada
cumprimento de sentença. Ressalvo que o processo de execução ainda existe, mas se destina
basicamente a fazer a execução de títulos executivos extrajudiciais.
Ainda, sentença pode ser dividida em terminativa e definitiva.
Terminativa é aquela que não resolve o mérito do processo, aplicando o art. 267 do CPC,
produzindo a coisa julgada formal.
Definitiva é a sentença que resolve o mérito, aplicando o art. 269 do CPC, produzindo, por sua
vez, coisa julgada material.
Requisitos da sentença não são importantes por hora, devendo ser estudado em apartado.
Decisão interlocutória, prevista no Art. 162 §2º é um ato de cunho decisório, que o juiz se faz
valer para resolver alguma questão incidental.
Exemplo: o Advogado da parte autora requer a oitiva de uma testemunha, o juiz indefere o
pedido por entender já provado tal fato.
Tal ato é uma sentença? Obviamente que não. Tem cunho decisório? Sim, ele decidiu que não
ouvirá mais testemunhas, então é decisão interlocutória.
Por possuir cunho decisório, cabe recurso, denominado AGRAVO, previsto no art. 522 do CPC.
Nos Tribunais também há prolação de decisão interlocutória.
Macete: todo ato do juiz com conteúdo decisório que não se enquadre como sentença, é uma
decisao interlocutória
DESPACHOS – tem a finalidade de dar andamento ao processo. Não cabe recurso.
www.acasadoconcurseiro.com.br 931
Art. 164. Os despachos, decisões, sentenças e acórdãos serão redigidos, datados e assinados
pelos juízes. Quando forem proferidos, verbalmente, o taquígrafo ou o datilógrafo os registrará,
submetendo-os aos juízes para revisão e assinatura.
Parágrafo único. A assinatura dos juízes, em todos os graus de jurisdição, pode ser feita
eletronicamente, na forma da lei.
Art. 165. As sentenças e acórdãos serão proferidos com observância do disposto no art. 458; as
demais decisões serão fundamentadas, ainda que de modo conciso.
Art. 171. Não se admitem, nos atos e termos, espaços em branco, bem como entrelinhas, emendas
ou rasuras, salvo se aqueles forem inutilizados e estas expressamente ressalvadas.
932 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual
AulaCivil
XX
DO TEMPO
Art. 172. Os atos processuais realizar-se-ão em dias úteis, das 6 (seis) às 20 (vinte) horas.
§ 1º Serão, todavia, concluídos depois das 20 (vinte) horas os atos iniciados antes, quando o
adiamento prejudicar a diligência ou causar grave dano.
§ 2º A citação e a penhora poderão, em casos excepcionais, e mediante autorização expressa
do juiz, realizar-se em domingos e feriados, ou nos dias úteis, fora do horário estabelecido neste
artigo, observado o disposto no art. 5º, inciso Xl, da Constituição Federal.
§ 3º Quando o ato tiver que ser praticado em determinado prazo, por meio de petição, esta
deverá ser apresentada no protocolo, dentro do horário de expediente, nos termos da lei de
organização judiciária local.
Art. 173. Durante as férias e nos feriados não se praticarão atos processuais. Excetuam-se:
I – a produção antecipada de provas (art. 846);
II – a citação, a fim de evitar o perecimento de direito; e bem assim o arresto, o sequestro,
a penhora, a arrecadação, a busca e apreensão, o depósito, a prisão, a separação de corpos,
a abertura de testamento, os embargos de terceiro, a nunciação de obra nova e outros atos
análogos.
Parágrafo único. O prazo para a resposta do réu só começará a correr no primeiro dia útil
seguinte ao feriado ou às férias.
www.acasadoconcurseiro.com.br 933
Art. 174. Processam-se durante as férias e não se suspendem pela superveniência delas:
I – os atos de jurisdição voluntária bem como os necessários à conservação de direitos, quando
possam ser prejudicados pelo adiamento;
II – as causas de alimentos provisionais, de dação ou remoção de tutores e curadores, bem
como as mencionadas no art. 275;
III – todas as causas que a lei federal determinar.
Art. 175. São feriados, para efeito forense, os domingos e os dias declarados por lei.
DO LUGAR
Art. 176. Os atos processuais realizam-se de ordinário na sede do juízo. Podem, todavia, efetuar-
se em outro lugar, em razão de deferência, de interesse da justiça, ou de obstáculo arguido pelo
interessado e acolhido pelo juiz.
934 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual
AulaCivil
XX
PRAZO
Prazo é o lapso de tempo que um ato processual pode ser validamente praticado. É delimitado
pelo termo inicial e termo final.
ATENÇÃO
Qualquer que seja a natureza do prazo, o juiz pode prorrogá-lo por até 60 dias nas comarcas
onde for difícil o transporte (182).
Em casos de calamidade a prorrogação não tem limite (182, parágrafo único)
www.acasadoconcurseiro.com.br 935
Curso dos prazos
Via de regra, todo prazo é continuo, não se interrompendo nos feriados, mesmo os prolongados
como natal, semana santa, carnaval. (178)
O recesso e as férias do judiciário no fim do ano suspendem os prazos. (179)
Suspende-se também o curso do prazo por obstáculo criado pela parte (retirada indevida dos
autos de secretaria), pela morte de uma das partes, interdição, impedimento. (180).
936 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual Civil – Prazo – Prof. Giuliano Tamagno
Art. 182. É defeso às partes, ainda que todas estejam de acordo, reduzir ou prorrogar os prazos
peremptórios. O juiz poderá, nas comarcas onde for difícil o transporte, prorrogar quaisquer prazos,
mas nunca por mais de 60 (sessenta) dias.
Parágrafo único. Em caso de calamidade pública, poderá ser excedido o limite previsto neste
artigo para a prorrogação de prazos.
Art. 183. Decorrido o prazo, extingue-se, independentemente de declaração judicial, o direito de
praticar o ato, ficando salvo, porém, à parte provar que o não realizou por justa causa.
§ 1º Reputa-se justa causa o evento imprevisto, alheio à vontade da parte, e que a impediu de
praticar o ato por si ou por mandatário.
§ 2º Verificada a justa causa o juiz permitirá à parte a prática do ato no prazo que Ihe assinar.
Art. 184. Salvo disposição em contrário, computar-se-ão os prazos, excluindo o dia do começo e
incluindo o do vencimento.
§ 1º Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil se o vencimento cair em feriado ou
em dia em que:
I – for determinado o fechamento do fórum;
II – o expediente forense for encerrado antes da hora normal.
§ 2º Os prazos somente começam a correr do primeiro dia útil após a intimação (art. 240 e
parágrafo único).
Art. 185. Não havendo preceito legal nem assinação pelo juiz, será de 5 (cinco) dias o prazo para a
prática de ato processual a cargo da parte.
Art. 186. A parte poderá renunciar ao prazo estabelecido exclusivamente em seu favor.
Art. 187. Em qualquer grau de jurisdição, havendo motivo justificado, pode o juiz exceder, por igual
tempo, os prazos que este Código Ihe assina.
Art. 188. Computar-se-á em quádruplo o prazo para contestar e em dobro para recorrer quando a
parte for a Fazenda Pública ou o Ministério Público.
Art. 189. O juiz proferirá:
I – os despachos de expediente, no prazo de 2 (dois) dias;
II – as decisões, no prazo de 10 (dez) dias.
Art. 190. Incumbirá ao serventuário remeter os autos conclusos no prazo de 24 (vinte e quatro)
horas e executar os atos processuais no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, contados:
I – da data em que houver concluído o ato processual anterior, se Ihe foi imposto pela lei;
II – da data em que tiver ciência da ordem, quando determinada pelo juiz.
Parágrafo único. Ao receber os autos, certificará o serventuário o dia e a hora em que ficou
ciente da ordem, referida no ll.
www.acasadoconcurseiro.com.br 937
Art. 191. Quando os litisconsortes tiverem diferentes procuradores, ser-lhes-ão contados em dobro
os prazos para contestar, para recorrer e, de modo geral, para falar nos autos.
Art. 192. Quando a lei não marcar outro prazo, as intimações somente obrigarão a comparecimento
depois de decorridas 24 (vinte e quatro) horas.
938 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual
AulaCivil
XX
A comunicação dos atos processuais se dá através de carta rogatória, carta de ordem, carta
precatória, citação e intimação.
Carta rogatória é um instrumento jurídico de cooperação entre dois países. É similar à carta
precatória, mas se diferencia deste por ter caráter internacional. A carta rogatória tem por
objetivo a realização de atos e diligências processuais no exterior, como, por exemplo, audição
de testemunhas, e não possui fins executórios.
Carta precatória é um instrumento utilizado pela Justiça quando existem indivíduos em
comarcas diferentes. É um pedido que um juiz envia a outro de outra comarca. Assim, um
juiz (dito deprecante), envia carta precatória para o juiz de outra comarca (dito deprecado),
para citar/intimar o réu ou intimar testemunha a comparecer aos autos. É uma competência
funcional horizontal, não havendo hierarquia entre deprecante e deprecado.
Carta de ordem é um instrumento processual pelo qual uma autoridade judiciária determina
a outra hierarquicamente inferior, a prática de determinado ato processual necessário à
continuação do processo que se encontra no tribunal.
Ambas autoridades judiciárias precisam ser, obrigatoriamente, do mesmo Tribunal e estado.
CITAÇÃO
Ato pelo qual o juiz chama à juízo o réu ou interessado, a fim de se defender (213). Pode ser
pessoal ou através de representante e procurador, se o réu for incapaz. É ato indispensável a
relação processual que deve ser estabelecida – AUTOR – JUIZ – RÉU.
O comparecimento espontâneo supre a falta de citação (214, §1º).
A citação pode ser ficta ou pessoal/real.
Ficta é quando o réu não é encontrado pessoalmente, mas há previsão legal para que se possa
presumir que ele terá ciência do processo (p.e. Hora certa e edital).
Pessoal/real é quando o réu é encontrado diretamente.
www.acasadoconcurseiro.com.br 939
O art. 221 do CPC prevê as seguintes
MODALIDADES DE CITAÇÃO:
940 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual Civil – Das Comunicações dos Atos – Prof. Giuliano Tamagno
A citação será feita pelo próprio oficial do juízo quando o réu residir na mesma comarca ou
em comarca contígua, de fácil comunicação, e nas comarcas da mesma região metropolitana,
caso contrário, a citação far-se-á por carta precatória, espécie de citação por mandado, mas
realizada por oficial de justiça que não está subordinado ao juízo que a ordenou.
A citação por edital é forma de citação ficta que se aperfeiçoa pela publicação de editais que,
por seu conhecimento geral, faz presumir que se tornem conhecidos pelo réu. Por essa razão, tal
forma de citação é usada em situações excepcionais como, por exemplo, quando desconhecido
ou incerto o réu; quando ignorado, incerto ou inacessível o lugar em que se encontrar; e nos
casos expressos em lei, conforme preleciona o art. 231, do CPC.
www.acasadoconcurseiro.com.br 941
Para que se dê a citação por edital quando ignorado o local em que se encontrar o réu, é
necessário que o citando tenha sido procurado em todos os endereços que constam dos autos
e que não haja meios de localizá-lo.
São requisitos da citação por edital, segundo o art. 232 CPC:
I – a afirmação do autor, ou a certidão do oficial, quanto às circunstâncias previstas nos incisos
I e II do artigo antecedente;
II – a afixação do edital, na sede do juízo, certificada pelo escrivão;
III – a publicação do edital no prazo máximo de 15 (quinze) dias, uma vez no órgão oficial e pelo
menos duas vezes em jornal local, onde houver;
IV – a determinação, pelo juiz, do prazo, que variará entre 20 (vinte) e 60 (sessenta) dias,
correndo da data da primeira publicação;
V – a advertência a que se refere o art. 285, segunda parte, se o litígio versar sobre direitos
disponíveis”.
O edital deverá conter o nome das partes, o ato que deve ser praticado pelo réu, o prazo para
sua realização, e as consequências jurídicas de sua omissão.
Se o prazo para resposta transcorrer in albis, o juiz nomeará curador especial para dar
continuidade ao processo.
INTIMAÇÃO
Determina o art. 234, do CPC, que "intimação é o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos
e termos do processo, para que faça ou deixe de fazer alguma coisa".
A intimação dos atos e termos processuais é necessária quando o interessado não toma ciência
diretamente, como ocorre com as decisões prolatadas em audiência, em que a parte já sai
intimada.
A intimação das partes é quase sempre feita na pessoa do advogado. Porém, há certos casos
em que a lei exige que a intimação seja feita pessoalmente, como acontece na intimação para
dar andamento ao processo, em 48 horas, sob pena de extinção do feito sem resolução do
mérito.
As intimações serão pessoais quando se tratar de decisão judicial para que a parte cumpra
determinado ato para qual não se exige capacidade postulatória, TAMBÉM É NECESSÁRIA A
INTIMAÇÃO PESSOAL NO CASO DO MP (246).
942 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual Civil – Das Comunicações dos Atos – Prof. Giuliano Tamagno
DAS CARTAS
Art. 202. São requisitos essenciais da carta de ordem, da carta precatória e da carta rogatória:
I – a indicação dos juízes de origem e de cumprimento do ato;
II – o inteiro teor da petição, do despacho judicial e do instrumento do mandato conferido ao
advogado;
III – a menção do ato processual, que Ihe constitui o objeto;
IV – o encerramento com a assinatura do juiz.
§ 1º O juiz mandará trasladar, na carta, quaisquer outras peças, bem como instruí-la com mapa,
desenho ou gráfico, sempre que estes documentos devam ser examinados, na diligência, pelas
partes, peritos ou testemunhas.
§ 2º Quando o objeto da carta for exame pericial sobre documento, este será remetido em
original, ficando nos autos reprodução fotográfica.
§ 3º A carta de ordem, carta precatória ou carta rogatória pode ser expedida por meio
eletrônico, situação em que a assinatura do juiz deverá ser eletrônica, na forma da lei.
Art. 203. Em todas as cartas declarará o juiz o prazo dentro do qual deverão ser cumpridas,
atendendo à facilidade das comunicações e à natureza da diligência.
Art. 204. A carta tem caráter itinerante; antes ou depois de Ihe ser ordenado o cumprimento,
poderá ser apresentada a juízo diverso do que dela consta, a fim de se praticar o ato.
Art. 205. Havendo urgência, transmitir-se-ão a carta de ordem e a carta precatória por telegrama,
radiograma ou telefone.
Art. 206. A carta de ordem e a carta precatória, por telegrama ou radiograma, conterão, em
resumo substancial, os requisitos mencionados no art. 202, bem como a declaração, pela agência
expedidora, de estar reconhecida a assinatura do juiz.
www.acasadoconcurseiro.com.br 943
Art. 207. O secretário do tribunal ou o escrivão do juízo deprecante transmitirá, por telefone, a
carta de ordem, ou a carta precatória ao juízo, em que houver de cumprir-se o ato, por intermédio
do escrivão do primeiro ofício da primeira vara, se houver na comarca mais de um ofício ou de uma
vara, observando, quanto aos requisitos, o disposto no artigo antecedente.
§ 1º O escrivão, no mesmo dia ou no dia útil imediato, telefonará ao secretário do tribunal ou ao
escrivão do juízo deprecante, lendo-lhe os termos da carta e solicitando-lhe que Iha confirme.
§ 2º Sendo confirmada, o escrivão submeterá a carta a despacho.
Art. 208. Executar-se-ão, de ofício, os atos requisitados por telegrama, radiograma ou telefone.
A parte depositará, contudo, na secretaria do tribunal ou no cartório do juízo deprecante, a
importância correspondente às despesas que serão feitas no juízo em que houver de praticar-se o
ato.
Art. 209. O juiz recusará cumprimento à carta precatória, devolvendo-a com despacho motivado:
I – quando não estiver revestida dos requisitos legais;
II – quando carecer de competência em razão da matéria ou da hierarquia;
III – quando tiver dúvida acerca de sua autenticidade.
Art. 210. A carta rogatória obedecerá, quanto à sua admissibilidade e modo de seu cumprimento,
ao disposto na convenção internacional; à falta desta, será remetida à autoridade judiciária
estrangeira, por via diplomática, depois de traduzida para a língua do país em que há de praticar-se
o ato.
Art. 211. A concessão de exequibilidade às cartas rogatórias das justiças estrangeiras obedecerá ao
disposto no Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.
Art. 212. Cumprida a carta, será devolvida ao juízo de origem, no prazo de 10 (dez) dias,
independentemente de traslado, pagas as custas pela parte.
DAS CITAÇÕES
Art. 213. Citação é o ato pelo qual se chama a juízo o réu ou o interessado a fim de se defender.
Art. 214. Para a validade do processo é indispensável a citação inicial do réu.
§ 1º O comparecimento espontâneo do réu supre, entretanto, a falta de citação.
§ 2º Comparecendo o réu apenas para arguir a nulidade e sendo esta decretada, considerar-
se-á feita a citação na data em que ele ou seu advogado for intimado da decisão.
Art. 215 Far-se-á a citação pessoalmente ao réu, ao seu representante legal ou ao procurador
legalmente autorizado.
§ 1º Estando o réu ausente, a citação far-se-á na pessoa de seu mandatário, administrador,
feitor ou gerente, quando a ação se originar de atos por eles praticados.
§ 2º O locador que se ausentar do Brasil sem cientificar o locatário de que deixou na localidade,
onde estiver situado o imóvel, procurador com poderes para receber citação, será citado na
pessoa do administrador do imóvel encarregado do recebimento dos aluguéis.
944 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual Civil – Das Comunicações dos Atos – Prof. Giuliano Tamagno
www.acasadoconcurseiro.com.br 945
Art. 222. A citação será feita pelo correio, para qualquer comarca do País, exceto:
a) nas ações de estado;
b) quando for ré pessoa incapaz;
c) quando for ré pessoa de direito público;
d) nos processos de execução;
e) quando o réu residir em local não atendido pela entrega domiciliar de correspondência;
f) quando o autor a requerer de outra forma.
Art. 223. Deferida a citação pelo correio, o escrivão ou chefe da secretaria remeterá ao citando
cópias da petição inicial e do despacho do juiz, expressamente consignada em seu inteiro teor a
advertência a que se refere o art. 285, segunda parte, comunicando, ainda, o prazo para a resposta
e o juízo e cartório, com o respectivo endereço.
Parágrafo único. A carta será registrada para entrega ao citando, exigindo-lhe o carteiro, ao
fazer a entrega, que assine o recibo. Sendo o réu pessoa jurídica, será válida a entrega a pessoa
com poderes de gerência geral ou de administração.
Art. 224. Far-se-á a citação por meio de oficial de justiça nos casos ressalvados no art. 222, ou
quando frustrada a citação pelo correio.
Art. 225. O mandado, que o oficial de justiça tiver de cumprir, deverá conter:
I – os nomes do autor e do réu, bem como os respectivos domicílios ou residências;
II – o fim da citação, com todas as especificações constantes da petição inicial, bem como
a advertência a que se refere o art. 285, segunda parte, se o litígio versar sobre direitos
disponíveis;
III – a cominação, se houver;
IV – o dia, hora e lugar do comparecimento;
V – a cópia do despacho;
VI – o prazo para defesa;
VII – a assinatura do escrivão e a declaração de que o subscreve por ordem do juiz.
Parágrafo único. O mandado poderá ser em breve relatório, quando o autor entregar em
cartório, com a petição inicial, tantas cópias desta quantos forem os réus; caso em que as
cópias, depois de conferidas com o original, farão parte integrante do mandado.
Art. 226. Incumbe ao oficial de justiça procurar o réu e, onde o encontrar, citá-lo:
I – lendo-lhe o mandado e entregando-lhe a contrafé;
II – portando por fé se recebeu ou recusou a contrafé;
III – obtendo a nota de ciente, ou certificando que o réu não a apôs no mandado.
946 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual Civil – Das Comunicações dos Atos – Prof. Giuliano Tamagno
Art. 227. Quando, por três vezes, o oficial de justiça houver procurado o réu em seu domicílio ou
residência, sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação, intimar a qualquer pessoa da
família, ou em sua falta a qualquer vizinho, que, no dia imediato, voltará, a fim de efetuar a citação,
na hora que designar.
Art. 228. No dia e hora designados, o oficial de justiça, independentemente de novo despacho,
comparecerá ao domicílio ou residência do citando, a fim de realizar a diligência.
§ 1º Se o citando não estiver presente, o oficial de justiça procurará informar-se das razões da
ausência, dando por feita a citação, ainda que o citando se tenha ocultado em outra comarca.
§ 2º Da certidão da ocorrência, o oficial de justiça deixará contrafé com pessoa da família ou
com qualquer vizinho, conforme o caso, declarando-lhe o nome.
Art. 229. Feita a citação com hora certa, o escrivão enviará ao réu carta, telegrama ou radiograma,
dando-lhe de tudo ciência.
Art. 230. Nas comarcas contíguas, de fácil comunicação, e nas que se situem na mesma região
metropolitana, o oficial de justiça poderá efetuar citações ou intimações em qualquer delas.
Art. 231. Far-se-á a citação por edital:
I – quando desconhecido ou incerto o réu;
II – quando ignorado, incerto ou inacessível o lugar em que se encontrar;
III – nos casos expressos em lei.
§ 1º Considera-se inacessível, para efeito de citação por edital, o país que recusar o cumprimento
de carta rogatória.
§ 2º No caso de ser inacessível o lugar em que se encontrar o réu, a notícia de sua citação será
divulgada também pelo rádio, se na comarca houver emissora de radiodifusão.
Art. 232. São requisitos da citação por edital:
I – a afirmação do autor, ou a certidão do oficial, quanto às circunstâncias previstas nos ns. I e II
do artigo antecedente;
II – a afixação do edital, na sede do juízo, certificada pelo escrivão;
III – a publicação do edital no prazo máximo de 15 (quinze) dias, uma vez no órgão oficial e pelo
menos duas vezes em jornal local, onde houver;
IV – a determinação, pelo juiz, do prazo, que variará entre 20 (vinte) e 60 (sessenta) dias,
correndo da data da primeira publicação;
V – a advertência a que se refere o art. 285, segunda parte, se o litígio versar sobre direitos
disponíveis.
§ 1º Juntar-se-á aos autos um exemplar de cada publicação, bem como do anúncio, de que
trata o no II deste artigo.
§ 2º A publicação do edital será feita apenas no órgão oficial quando a parte for beneficiária da
Assistência Judiciária.
www.acasadoconcurseiro.com.br 947
Art. 233. A parte que requerer a citação por edital, alegando dolosamente os requisitos do art. 231,
I e II, incorrerá em multa de 5 (cinco) vezes o salário mínimo vigente na sede do juízo.
Parágrafo único. A multa reverterá em benefício do citando.
DAS INTIMAÇÕES
Art. 234. Intimação é o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e termos do processo, para
que faça ou deixe de fazer alguma coisa.
Art. 235. As intimações efetuam-se de ofício, em processos pendentes, salvo disposição em
contrário.
Art. 236. No Distrito Federal e nas Capitais dos Estados e dos Territórios, consideram-se feitas as
intimações pela só publicação dos atos no órgão oficial.
§ 1º É indispensável, sob pena de nulidade, que da publicação constem os nomes das partes e
de seus advogados, suficientes para sua identificação.
§ 2º A intimação do Ministério Público, em qualquer caso será feita pessoalmente.
Art. 237. Nas demais comarcas aplicar-se-á o disposto no artigo antecedente, se houver órgão de
publicação dos atos oficiais; não o havendo, competirá ao escrivão intimar, de todos os atos do
processo, os advogados das partes:
I – pessoalmente, tendo domicílio na sede do juízo;
II – por carta registrada, com aviso de recebimento quando domiciliado fora do juízo.
Parágrafo único. As intimações podem ser feitas de forma eletrônica, conforme regulado em lei
própria.
Art. 238. Não dispondo a lei de outro modo, as intimações serão feitas às partes, aos seus
representantes legais e aos advogados pelo correio ou, se presentes em cartório, diretamente pelo
escrivão ou chefe de secretaria.
Parágrafo único. Presumem-se válidas as comunicações e intimações dirigidas ao endereço
residencial ou profissional declinado na inicial, contestação ou embargos, cumprindo às partes
atualizar o respectivo endereço sempre que houver modificação temporária ou definitiva.
Art. 239. Far-se-á a intimação por meio de oficial de justiça quando frustrada a realização pelo
correio.
Parágrafo único. A certidão de intimação deve conter:
I – a indicação do lugar e a descrição da pessoa intimada, mencionando, quando possível, o
número de sua carteira de identidade e o órgão que a expediu;
II – a declaração de entrega da contrafé;
III – a nota de ciente ou certidão de que o interessado não a apôs no mandado.
Art. 240. Salvo disposição em contrário, os prazos para as partes, para a Fazenda Pública e para o
Ministério Público contar-se-ão da intimação.
948 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual Civil – Das Comunicações dos Atos – Prof. Giuliano Tamagno
www.acasadoconcurseiro.com.br 949
Direito Processual
AulaCivil
XX
Art. 262. O processo civil começa por iniciativa b) não puder ser proferida senão depois de
da parte, mas se desenvolve por impulso oficial. verificado determinado fato, ou de produzi-
da certa prova, requisitada a outro juízo;
Art. 263. Considera-se proposta a ação, tanto
que a petição inicial seja despachada pelo juiz, c) tiver por pressuposto o julgamento de
ou simplesmente distribuída, onde houver mais questão de estado, requerido como decla-
de uma vara. A propositura da ação, todavia, só ração incidente;
produz, quanto ao réu, os efeitos mencionados
no art. 219 depois que for validamente citado. V − por motivo de força maior;
Art. 264. Feita a citação, é defeso ao autor mo- VI − nos demais casos, que este Código re-
dificar o pedido ou a causa de pedir, sem o con- gula.
sentimento do réu, mantendo-se as mesmas § 1º No caso de morte ou perda da capaci-
partes, salvo as substituições permitidas por lei. dade processual de qualquer das partes, ou
Parágrafo único. A alteração do pedido ou de seu representante legal, provado o fale-
da causa de pedir em nenhuma hipótese cimento ou a incapacidade, o juiz suspen-
será permitida após o saneamento do pro- derá o processo, salvo se já tiver iniciado a
cesso. audiência de instrução e julgamento; caso
em que:
DA SUSPENSÃO DO PROCESSO a) o advogado continuará no processo até o
Art. 265. Suspende-se o processo: encerramento da audiência;
www.acasadoconcurseiro.com.br 951
juiz, que ordenará o prosseguimento do § 1º O juiz ordenará, nos casos dos nºs II e
processo. III, o arquivamento dos autos, declarando
§ 4º No caso do nº III, a exceção, em primei- a extinção do processo, se a parte, intima-
ro grau da jurisdição, será processada na da pessoalmente, não suprir a falta em 48
forma do disposto neste Livro, Título VIII, (quarenta e oito) horas.
Capítulo II, Seção III; e, no tribunal, conso- § 2º No caso do parágrafo anterior, quanto
ante Ihe estabelecer o regimento interno. ao nº II, as partes pagarão proporcional-
§ 5º Nos casos enumerados nas letras a, b mente as custas e, quanto ao no III, o autor
e c do nº IV, o período de suspensão nunca será condenado ao pagamento das despe-
poderá exceder 1 (um) ano. Findo este pra- sas e honorários de advogado (art. 28).
zo, o juiz mandará prosseguir no processo. § 3º O juiz conhecerá de ofício, em qualquer
Art. 266. Durante a suspensão é defeso praticar tempo e grau de jurisdição, enquanto não
qualquer ato processual; poderá o juiz, todavia, proferida a sentença de mérito, da matéria
determinar a realização de atos urgentes, a fim constante dos nºs IV, V e Vl; todavia, o réu
de evitar dano irreparável. que a não alegar, na primeira oportunidade
em que Ihe caiba falar nos autos, responde-
DA EXTINÇÃO DO PROCESSO rá pelas custas de retardamento.
§ 4º Depois de decorrido o prazo para a res-
Art. 267. Extingue-se o processo, sem resolução posta, o autor não poderá, sem o consenti-
de mérito: mento do réu, desistir da ação.
I − quando o juiz indeferir a petição inicial; Art. 268. Salvo o disposto no art. 267, V, a extin-
Il − quando ficar parado durante mais de 1 ção do processo não obsta a que o autor intente
(um) ano por negligência das partes; de novo a ação. A petição inicial, todavia, não
será despachada sem a prova do pagamento ou
III − quando, por não promover os atos e di-
do depósito das custas e dos honorários de ad-
ligências que Ihe competir, o autor abando-
vogado.
nar a causa por mais de 30 (trinta) dias;
Parágrafo único. Se o autor der causa, por
IV − quando se verificar a ausência de pres-
três vezes, à extinção do processo pelo fun-
supostos de constituição e de desenvolvi-
damento previsto no nº III do artigo ante-
mento válido e regular do processo;
rior, não poderá intentar nova ação contra
V − quando o juiz acolher a alegação de pe- o réu com o mesmo objeto, ficando-lhe res-
rempção, litispendência ou de coisa julgada; salvada, entretanto, a possibilidade de ale-
Vl − quando não concorrer qualquer das gar em defesa o seu direito.
condições da ação, como a possibilidade ju- Art. 269. Haverá resolução de mérito:
rídica, a legitimidade das partes e o interes-
I − quando o juiz acolher ou rejeitar o pedi-
se processual;
do do autor;
Vll − pela convenção de arbitragem;
II − quando o réu reconhecer a procedência
Vlll − quando o autor desistir da ação; do pedido;
IX − quando a ação for considerada intrans- III − quando as partes transigirem;
missível por disposição legal;
IV − quando o juiz pronunciar a decadência
X − quando ocorrer confusão entre autor e ou a prescrição;
réu;
V − quando o autor renunciar ao direito so-
XI − nos demais casos prescritos neste Có- bre que se funda a ação.
digo.
952 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual
AulaCivil
XX
DO PROCEDIMENTO SUMÁRIO
Art. 275. Observar-se-á o procedimento sumá- citando-se o réu com a antecedência mínima de
rio: dez dias e sob advertência prevista no § 2º des-
te artigo, determinando o comparecimento das
I – nas causas cujo valor não exceda a 60 partes. Sendo ré a Fazenda Pública, os prazos
(sessenta) vezes o valor do salário mínimo; contar-se-ão em dobro.
II – nas causas, qualquer que seja o valor; § 1º A conciliação será reduzida a termo e
a) de arrendamento rural e de parceria agrí- homologada por sentença, podendo o juiz
cola; ser auxiliado por conciliador.
www.acasadoconcurseiro.com.br 953
§ 2º Havendo necessidade de produção de
prova oral e não ocorrendo qualquer das hi-
póteses previstas nos arts. 329 e 330, I e II,
será designada audiência de instrução e jul-
gamento para data próxima, não excedente
de trinta dias, salvo se houver determina-
ção de perícia.
Art. 279. Os atos probatórios realizados em au-
diência poderão ser documentados mediante
taquigrafia, estenotipia ou outro método há-
bil de documentação, fazendo-se a respectiva
transcrição se a determinar o juiz.
Parágrafo único. Nas comarcas ou varas em
que não for possível a taquigrafia, a esteno-
tipia ou outro método de documentação, os
depoimentos serão reduzidos a termo, do
qual constará apenas o essencial.
Art. 280. No procedimento sumário não são
admissíveis a ação declaratória incidental e a
intervenção de terceiros, salvo a assistência, o
recurso de terceiro prejudicado e a intervenção
fundada em contrato de seguro.
Art. 281. Findos a instrução e os debates orais,
o juiz proferirá sentença na própria audiência
ou no prazo de dez dias.
954 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual
AulaCivil
XX
DA AÇÃO RESCISÓRIA
Art. 485. A sentença de mérito, transitada em Art. 486. Os atos judiciais, que não dependem
julgado, pode ser rescindida quando: de sentença, ou em que esta for meramente
homologatória, podem ser rescindidos, como os
I – se verificar que foi dada por prevaricação, atos jurídicos em geral, nos termos da lei civil.
concussão ou corrupção do juiz;
Art. 487. Tem legitimidade para propor a ação:
II – proferida por juiz impedido ou
absolutamente incompetente; I – quem foi parte no processo ou o seu
sucessor a título universal ou singular;
III – resultar de dolo da parte vencedora em
detrimento da parte vencida, ou de colusão II – o terceiro juridicamente interessado;
entre as partes, a fim de fraudar a lei;
III – o Ministério Público:
IV – ofender a coisa julgada;
a) se não foi ouvido no processo, em que
V – violar literal disposição de lei; Ihe era obrigatória a intervenção;
Vl – se fundar em prova, cuja falsidade b) quando a sentença é o efeito de colusão
tenha sido apurada em processo criminal das partes, a fim de fraudar a lei.
ou seja provada na própria ação rescisória;
Art. 488. A petição inicial será elaborada com
Vll – depois da sentença, o autor obtiver observância dos requisitos essenciais do art.
documento novo, cuja existência ignorava, 282, devendo o autor:
ou de que não pôde fazer uso, capaz, por
si só, de Ihe assegurar pronunciamento I – cumular ao pedido de rescisão, se for o
favorável; caso, o de novo julgamento da causa;
www.acasadoconcurseiro.com.br 955
Art. 490. Será indeferida a petição inicial:
I – nos casos previstos no art. 295;
II – quando não efetuado o depósito,
exigido pelo art. 488, II.
Art. 491. O relator mandará citar o réu,
assinando-lhe prazo nunca inferior a 15 (quinze)
dias nem superior a 30 (trinta) para responder
aos termos da ação. Findo o prazo com ou
sem resposta, observar-se-á no que couber o
disposto no Livro I, Título VIII, Capítulos IV e V.
Art. 492. Se os fatos alegados pelas partes
dependerem de prova, o relator delegará a
competência ao juiz de direito da comarca
onde deva ser produzida, fixando prazo de 45
(quarenta e cinco) a 90 (noventa) dias para a
devolução dos autos.
Art. 493. Concluída a instrução, será aberta vista,
sucessivamente, ao autor e ao réu, pelo prazo
de 10 (dez) dias, para razões finais. Em seguida,
os autos subirão ao relator, procedendo-se ao
julgamento:
I – no Supremo Tribunal Federal e no
Superior Tribunal de Justiça, na forma dos
seus regimentos internos;
II – nos Estados, conforme dispuser a norma
de Organização Judiciária.
Art. 494. Julgando procedente a ação, o tribunal
rescindirá a sentença, proferirá, se for o caso,
novo julgamento e determinará a restituição do
depósito; declarando inadmissível ou improce-
dente a ação, a importância do depósito rever-
terá a favor do réu, sem prejuízo do disposto no
art. 20.
Art. 495. O direito de propor ação rescisória se
extingue em 2 (dois) anos, contados do trânsito
em julgado da decisão.
Sumula 401 STJ: “O prazo decadencial da
ação rescisória só se inicia quando não
for cabível qualquer recurso do último
pronunciamento judicial“.
956 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual Civil
CONCEITO
ESPÉCIES DE RECURSOS
www.acasadoconcurseiro.com.br 957
REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE
ATENÇÃO!!
Renuncia do recurso: ocorre antes da interposição.
Desistência do recurso: após a interposição.
DOS RECURSOS
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 496. São cabíveis os seguintes recursos:
I – apelação;
II – agravo;
III – embargos infringentes;
IV – embargos de declaração;
V – recurso ordinário;
Vl – recurso especial;
Vll – recurso extraordinário;
VIII – embargos de divergência em recurso especial e em recurso extraordinário.
Art. 497. O recurso extraordinário e o recurso especial não impedem a execução da sentença; a
interposição do agravo de instrumento não obsta o andamento do processo, ressalvado o disposto
no art. 558 desta Lei.
958 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual Civil – Conceito,Pressupostos, Juízo de Admissibilidade – Prof. Giuliano Tamagno
Art. 498. Quando o dispositivo do acórdão contiver julgamento por maioria de votos e julgamento
unânime, e forem interpostos embargos infringentes, o prazo para recurso extraordinário ou recurso
especial, relativamente ao julgamento unânime, ficará sobrestado até a intimação da decisão nos
embargos.
Parágrafo único. Quando não forem interpostos embargos infringentes, o prazo relativo à parte
unânime da decisão terá como dia de início aquele em que transitar em julgado a decisão por
maioria de votos.
Art. 499. O recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo
Ministério Público.
§ 1º Cumpre ao terceiro demonstrar o nexo de interdependência entre o seu interesse de
intervir e a relação jurídica submetida à apreciação judicial.
§ 2º O Ministério Público tem legitimidade para recorrer assim no processo em que é parte,
como naqueles em que oficiou como fiscal da lei.
Art. 500. Cada parte interporá o recurso, independentemente, no prazo e observadas as exigências
legais. Sendo, porém, vencidos autor e réu, ao recurso interposto por qualquer deles poderá aderir
a outra parte. O recurso adesivo fica subordinado ao recurso principal e se rege pelas disposições
seguintes:
I – será interposto perante a autoridade competente para admitir o recurso principal, no prazo
de que a parte dispõe para responder;
II – será admissível na apelação, nos embargos infringentes, no recurso extraordinário e no
recurso especial;
III – não será conhecido, se houver desistência do recurso principal, ou se for ele declarado
inadmissível ou deserto.
Parágrafo único. Ao recurso adesivo se aplicam as mesmas regras do recurso independente,
quanto às condições de admissibilidade, preparo e julgamento no tribunal superior.
Art. 501. O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes,
desistir do recurso.
Art. 502. A renúncia ao direito de recorrer independe da aceitação da outra parte.
Art. 503. A parte, que aceitar expressa ou tacitamente a sentença ou a decisão, não poderá recorrer.
Parágrafo único. Considera-se aceitação tácita a prática, sem reserva alguma, de um ato
incompatível com a vontade de recorrer.
Art. 504. Dos despachos não cabe recurso.
Art. 505. A sentença pode ser impugnada no todo ou em parte.
Art. 506. O prazo para a interposição do recurso, aplicável em todos os casos o disposto no art. 184
e seus parágrafos, contar-se-á da data:
I – da leitura da sentença em audiência;
II – da intimação às partes, quando a sentença não for proferida em audiência;
www.acasadoconcurseiro.com.br 959
III – da publicação do dispositivo do acórdão no órgão oficial.
Parágrafo único. No prazo para a interposição do recurso, a petição será protocolada em
cartório ou segundo a norma de organização judiciária, ressalvado o disposto no § 2º do art.
525 desta Lei.
Art. 508. Na apelação, nos embargos infringentes, no recurso ordinário, no recurso especial, no
recurso extraordinário e nos embargos de divergência, o prazo para interpor e para responder é de
15 (quinze) dias.
Parágrafo único.
Art. 509. O recurso interposto por um dos litisconsortes a todos aproveita, salvo se distintos ou
opostos os seus interesses.
Parágrafo único. Havendo solidariedade passiva, o recurso interposto por um devedor
aproveitará aos outros, quando as defesas opostas ao credor Ihes forem comuns.
Art. 510. Transitado em julgado o acórdão, o escrivão, ou secretário, independentemente de
despacho, providenciará a baixa dos autos ao juízo de origem, no prazo de 5 (cinco) dias.
Art. 511. No ato de interposição do recurso, o recorrente comprovará, quando exigido pela
legislação pertinente, o respectivo preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, sob pena de
deserção.
§ 1º São dispensados de preparo os recursos interpostos pelo Ministério Público, pela União,
pelos Estados e Municípios e respectivas autarquias, e pelos que gozam de isenção legal.
§ 2º A insuficiência no valor do preparo implicará deserção, se o recorrente, intimado, não vier
a supri-lo no prazo de cinco dias.
Art. 512. O julgamento proferido pelo tribunal substituirá a sentença ou a decisão recorrida no que
tiver sido objeto de recurso.
960 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual
AulaCivil
XX
Art. 566. Podem promover a execução forçada: III – o novo devedor, que assumiu, com o
consentimento do credor, a obrigação resul-
I – o credor a quem a lei confere título exe- tante do título executivo;
cutivo;
IV – o fiador judicial;
II – o Ministério Público, nos casos prescri-
tos em lei. V – o responsável tributário, assim definido
na legislação própria.
Art. 567. Podem também promover a execução,
ou nela prosseguir: Art. 569. O credor tem a faculdade de desistir
de toda a execução ou de apenas algumas medi-
I – o espólio, os herdeiros ou os sucessores das executivas.
do credor, sempre que, por morte deste,
Ihes for transmitido o direito resultante do Parágrafo único. Na desistência da execu-
título executivo; ção, observar-se-á o seguinte:
II – o cessionário, quando o direito resultan- a) serão extintos os embargos que versarem
te do título executivo Ihe foi transferido por apenas sobre questões processuais, pagan-
ato entre vivos; do o credor as custas e os honorários advo-
catícios;
III – o sub-rogado, nos casos de sub-rogação
legal ou convencional. b) nos demais casos, a extinção dependerá
da concordância do embargante.
•• A cessão de crédito consiste no negócio
jurídico pelo qual o credor transfere a Art. 570. (Revogado pela Lei nº 11.232, de 2005)
terceiro sua posição na relação substan-
cial. Art. 571. Nas obrigações alternativas, quando
•• A sub-rogação corresponde a transfe- a escolha couber ao devedor, este será citado
rência, a quem paga a dívida de todos para exercer a opção e realizar a prestação den-
direitos, ações, privilégios e garantias tro em 10 (dez) dias, se outro prazo não Ihe foi
concedidos ao credor originário. Esta determinado em lei, no contrato, ou na senten-
sub-rogação pode ser legal ou conven- ça.
cional, dependendo de ser resultante da § 1º Devolver-se-á ao credor a opção, se o
lei ou de um ajuste de vontades. devedor não a exercitou no prazo marcado.
Art. 568. São sujeitos passivos na execução: § 2º Se a escolha couber ao credor, este a
I – o devedor, reconhecido como tal no títu- indicará na petição inicial da execução.
lo executivo; Art. 572. Quando o juiz decidir relação jurídica
II – o espólio, os herdeiros ou os sucessores sujeita a condição ou termo, o credor não pode-
do devedor; rá executar a sentença sem provar que se reali-
zou a condição ou que ocorreu o termo.
www.acasadoconcurseiro.com.br 961
Art. 573. É lícito ao credor, sendo o mesmo o
devedor, cumular várias execuções, ainda que
fundadas em títulos diferentes, desde que para
todas elas seja competente o juiz e idêntica a
forma do processo.
Art. 574. O credor ressarcirá ao devedor os da-
nos que este sofreu, quando a sentença, passa-
da em julgado, declarar inexistente, no todo ou
em parte, a obrigação, que deu lugar à execu-
ção.
962 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual
AulaCivil
XX
Art. 575. A execução, fundada em título judicial, Art. 579. Sempre que, para efetivar a execução,
processar-se-á perante: for necessário o emprego da força policial, o juiz
a requisitará.
I – os tribunais superiores, nas causas de
sua competência originária;
II – o juízo que decidiu a causa no primeiro
grau de jurisdição;
III – (Revogado pela Lei nº 10.358, de
27.12.2001)
IV – o juízo cível competente, quando o títu-
lo executivo for sentença penal condenató-
ria ou sentença arbitral.
Art. 576. A execução, fundada em título extra-
judicial, será processada perante o juízo compe-
tente, na conformidade do disposto no Livro I,
Título IV, Capítulos II e III.
Art. 577. Não dispondo a lei de modo diverso, o
juiz determinará os atos executivos e os oficiais
de justiça os cumprirão.
Art. 578. A execução fiscal (art. 585, Vl) será
proposta no foro do domicílio do réu; se não o
tiver, no de sua residência ou no do lugar onde
for encontrado.
Parágrafo único. Na execução fiscal, a Fa-
zenda Pública poderá escolher o foro de
qualquer um dos devedores, quando hou-
ver mais de um, ou o foro de qualquer dos
domicílios do réu; a ação poderá ainda ser
proposta no foro do lugar em que se prati-
cou o ato ou ocorreu o fato que deu origem
à dívida, embora nele não mais resida o réu,
ou, ainda, no foro da situação dos bens,
quando a dívida deles se originar.
www.acasadoconcurseiro.com.br 963
Direito Processual
AulaCivil
XX
Do Inadimplemento do Devedor
www.acasadoconcurseiro.com.br 965
Do Título Executivo
Art. 583. REVOGADO
Art. 584. REVOGADO
Art. 585. São títulos executivos extrajudiciais:
I – a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque;
II – a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor; o documento
particular assinado pelo devedor e por duas testemunhas; o instrumento de transação
referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública ou pelos advogados dos
transatores;
III – os contratos garantidos por hipoteca, penhor, anticrese e caução, bem como os de seguro
de vida;
IV – o crédito decorrente de foro e laudêmio;
V – o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como de
encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio;
VI – o crédito de serventuário de justiça, de perito, de intérprete, ou de tradutor, quando as
custas, emolumentos ou honorários forem aprovados por decisão judicial;
VII – a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal,
dos Territórios e dos Municípios, correspondente aos créditos inscritos na forma da lei;
VIII – todos os demais títulos a que, por disposição expressa, a lei atribuir força executiva.
§ 1º A propositura de qualquer ação relativa ao débito constante do título executivo não inibe o
credor de promover-lhe a execução.
§ 2º Não dependem de homologação pelo Supremo Tribunal Federal, para serem executados,
os títulos executivos extrajudiciais, oriundos de país estrangeiro. O título, para ter eficácia
executiva, há de satisfazer aos requisitos de formação exigidos pela lei do lugar de sua
celebração e indicar o Brasil como o lugar de cumprimento da obrigação.
Art. 586. REVOGADO
Art. 586. A execução para cobrança de crédito fundar-se-á sempre em título de obrigação certa,
líquida e exigível.
Art. 587. É definitiva a execução fundada em título extrajudicial; é provisória enquanto pendente
apelação da sentença de improcedência dos embargos do executado, quando recebidos com efeito
suspensivo (art. 739).
Art. 588. REVOGADO
Art. 589. REVOGADO
Art. 590. REVOGADO
966 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual
AulaCivil
XX
DA RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL
A responsabilidade patrimonial é aquela que recai sobre o patrimônio do devedor como forma
de sanção em uma ação de execução.
O patrimônio é considerado a totalidade de bens economicamente mensurados que se
encontram sob o poder de alguém.
Portanto, como a ação de execução visa a satisfação do direito subjetivo da parte, esta satisfação
sempre recai, salvo raras exceções, sobre o patrimônio/bens do devedor. É o chamado princípio
da responsabilidade exclusivamente patrimonial.
ORIGINÁRIA
O patrimônio do devedor responde pela dívida.
SECUNDÁRIA
Sucessor a título singular: no caso de execução fundada em direito real ou obrigação
reipersecutória.
Sócios: teoria da desconsideração da personalidade.
Cônjuge: nos casos em que seus bens próprios, reservados ou de sua meação respondem pela
dívida.
Terceiros: quando estão na guarda do bem do devedor
Bens alienados ou gravados em fraude a execução.
DA RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL
Art. 591. O devedor responde, para o cumprimento de suas obrigações, com todos os seus bens
presentes e futuros, salvo as restrições estabelecidas em lei.
Art. 592. Ficam sujeitos à execução os bens:
I – do sucessor a título singular, tratando-se de execução fundada em direito real ou obrigação
reipersecutória;
II – do sócio, nos termos da lei;
www.acasadoconcurseiro.com.br 967
III – do devedor, quando em poder de terceiros;
IV – do cônjuge, nos casos em que os seus bens próprios, reservados ou de sua meação
respondem pela dívida;
V – alienados ou gravados com ônus real em fraude de execução.
Art. 593. Considera-se em fraude de execução a alienação ou oneração de bens:
I – quando sobre eles pender ação fundada em direito real;
II – quando, ao tempo da alienação ou oneração, corria contra o devedor demanda capaz de
reduzi-lo à insolvência;
III – nos demais casos expressos em lei.
Art. 594. O credor, que estiver, por direito de retenção, na posse de coisa pertencente ao devedor,
não poderá promover a execução sobre outros bens senão depois de excutida a coisa que se achar
em seu poder.
Art. 595. O fiador, quando executado, poderá nomear à penhora bens livres e desembargados do
devedor. Os bens do fiador ficarão, porém, sujeitos à execução, se os do devedor forem insuficientes
à satisfação do direito do credor.
Parágrafo único. O fiador, que pagar a dívida, poderá executar o afiançado nos autos do mesmo
processo.
Art. 596. Os bens particulares dos sócios não respondem pelas dívidas da sociedade senão nos
casos previstos em lei; o sócio, demandado pelo pagamento da dívida, tem direito a exigir que
sejam primeiro excutidos os bens da sociedade.
§ 1º Cumpre ao sócio, que alegar o benefício deste artigo, nomear bens da sociedade, sitos na
mesma comarca, livres e desembargados, quantos bastem para pagar o débito.
§ 2º Aplica-se aos casos deste artigo o disposto no parágrafo único do artigo anterior.
Art. 597. O espólio responde pelas dívidas do falecido; mas, feita a partilha, cada herdeiro responde
por elas na proporção da parte que na herança Ihe coube.
968 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual Civil
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 601. Nos casos previstos no artigo anterior,
o devedor incidirá em multa fixada pelo juiz, em
Art. 598. Aplicam-se subsidiariamente à montante não superior a 20% (vinte por cento)
execução as disposições que regem o processo do valor atualizado do débito em execução, sem
de conhecimento. prejuízo de outras sanções de natureza proces-
sual ou material, multa essa que reverterá em
Art. 599. O juiz pode, em qualquer momento do proveito do credor, exigível na própria execução.
processo:
Parágrafo único. O juiz relevará a pena,
I – ordenar o comparecimento das partes; se o devedor se comprometer a não mais
II – advertir ao devedor que o seu procedi- praticar qualquer dos atos definidos no
mento constitui ato atentatório à dignidade artigo antecedente e der fiador idôneo, que
da justiça. responda ao credor pela dívida principal,
juros, despesas e honorários advocatícios.
Art. 600. Considera-se atentatório à dignidade
da Justiça o ato do executado que: Art. 602. (Revogado pela Lei nº 11.232, de 2005)
I – frauda a execução;
II – se opõe maliciosamente à execução,
empregando ardis e meios artificiosos;
III – resiste injustificadamente às ordens ju-
diciais;
IV – intimado, não indica ao juiz, em 5 (cinco)
dias, quais são e onde se encontram os
bens sujeitos à penhora e seus respectivos
valores.
www.acasadoconcurseiro.com.br 969
Direito Processual Civil
www.acasadoconcurseiro.com.br 971
rede mundial de computadores, para publicação ção automaticamente realizada na data do
de atos judiciais e administrativos próprios e término desse prazo.
dos órgãos a eles subordinados, bem como
comunicações em geral. § 4º Em caráter informativo, poderá ser efe-
tivada remessa de correspondência eletrô-
§ 1º O sítio e o conteúdo das publicações de nica, comunicando o envio da intimação e
que trata este artigo deverão ser assinados a abertura automática do prazo processual
digitalmente com base em certificado nos termos do § 3º deste artigo, aos que
emitido por Autoridade Certificadora manifestarem interesse por esse serviço.
credenciada na forma da lei específica.
§ 5º Nos casos urgentes em que a intimação
§ 2º A publicação eletrônica na forma feita na forma deste artigo possa causar
deste artigo substitui qualquer outro meio prejuízo a quaisquer das partes ou nos casos
e publicação oficial, para quaisquer efeitos em que for evidenciada qualquer tentativa
legais, à exceção dos casos que, por lei, de burla ao sistema, o ato processual deverá
exigem intimação ou vista pessoal. ser realizado por outro meio que atinja a
sua finalidade, conforme determinado pelo
§ 3º Considera-se como data da publicação juiz.
o primeiro dia útil seguinte ao da
disponibilização da informação no Diário da § 6º As intimações feitas na forma deste
Justiça eletrônico. artigo, inclusive da Fazenda Pública, serão
consideradas pessoais para todos os efeitos
§ 4º Os prazos processuais terão início no legais.
primeiro dia útil que seguir ao considerado
como data da publicação. Art. 6º Observadas as formas e as cautelas do
art. 5º desta Lei, as citações, inclusive da Fazen-
§ 5º A criação do Diário da Justiça da Pública, excetuadas as dos Direitos Processu-
eletrônico deverá ser acompanhada de ais Criminal e Infracional, poderão ser feitas por
ampla divulgação, e o ato administrativo meio eletrônico, desde que a íntegra dos autos
correspondente será publicado durante 30 seja acessível ao citando.
(trinta) dias no diário oficial em uso.
Art. 7º As cartas precatórias, rogatórias,
Art. 5º As intimações serão feitas por meio de ordem e, de um modo geral, todas as
eletrônico em portal próprio aos que se comunicações oficiais que transitem entre
cadastrarem na forma do art. 2o desta Lei, órgãos do Poder Judiciário, bem como entre
dispensando-se a publicação no órgão oficial, os deste e os dos demais Poderes, serão feitas
inclusive eletrônico. preferentemente por meio eletrônico.
§ 1º Considerar-se-á realizada a intimação
no dia em que o intimando efetivar a
consulta eletrônica ao teor da intimação, CAPÍTULO III
certificando-se nos autos a sua realização.
DO PROCESSO ELETRÔNICO
§ 2º Na hipótese do § 1º deste artigo, nos
casos em que a consulta se dê em dia não Art. 8º Os órgãos do Poder Judiciário
útil, a intimação será considerada como poderão desenvolver sistemas eletrônicos
realizada no primeiro dia útil seguinte. de processamento de ações judiciais por
meio de autos total ou parcialmente digitais,
§ 3º A consulta referida nos §§ 1º e 2º deste utilizando, preferencialmente, a rede mundial
artigo deverá ser feita em até 10 (dez) dias de computadores e acesso por meio de redes
corridos contados da data do envio da inti- internas e externas.
mação, sob pena de considerar-se a intima-
972 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual Civil – Lei do Processo Eletrônico nº 11.419/2006 – Prof. Giuliano Tamagno
Parágrafo único. Todos os atos processuais disposição dos interessados para distribui-
do processo eletrônico serão assinados ção de peças processuais.
eletronicamente na forma estabelecida
nesta Lei. Art. 11. Os documentos produzidos eletroni-
camente e juntados aos processos eletrônicos
Art. 9º No processo eletrônico, todas as citações, com garantia da origem e de seu signatário, na
intimações e notificações, inclusive da Fazenda forma estabelecida nesta Lei, serão considera-
Pública, serão feitas por meio eletrônico, na dos originais para todos os efeitos legais.
forma desta Lei.
§ 1º Os extratos digitais e os documentos
§ 1º As citações, intimações, notificações digitalizados e juntados aos autos pelos
e remessas que viabilizem o acesso à órgãos da Justiça e seus auxiliares, pelo
íntegra do processo correspondente serão Ministério Público e seus auxiliares, pelas
consideradas vista pessoal do interessado procuradorias, pelas autoridades policiais,
para todos os efeitos legais. pelas repartições públicas em geral e por
advogados públicos e privados têm a mesma
§ 2º Quando, por motivo técnico, for inviável força probante dos originais, ressalvada
o uso do meio eletrônico para a realização a alegação motivada e fundamentada de
de citação, intimação ou notificação, esses adulteração antes ou durante o processo de
atos processuais poderão ser praticados digitalização.
segundo as regras ordinárias, digitalizando-
se o documento físico, que deverá ser § 2º A arguição de falsidade do documento
posteriormente destruído. original será processada eletronicamente
na forma da lei processual em vigor.
Art. 10. A distribuição da petição inicial e a
juntada da contestação, dos recursos e das § 3º Os originais dos documentos digitali-
petições em geral, todos em formato digital, zados, mencionados no § 2º deste artigo,
nos autos de processo eletrônico, podem ser deverão ser preservados pelo seu detentor
feitas diretamente pelos advogados públicos e até o trânsito em julgado da sentença ou,
privados, sem necessidade da intervenção do quando admitida, até o final do prazo para
cartório ou secretaria judicial, situação em que interposição de ação rescisória.
a autuação deverá se dar de forma automática,
fornecendo-se recibo eletrônico de protocolo. § 4º (VETADO)
§ 1º Quando o ato processual tiver que ser § 5º Os documentos cuja digitalização seja
praticado em determinado prazo, por meio tecnicamente inviável devido ao grande
de petição eletrônica, serão considerados volume ou por motivo de ilegibilidade
tempestivos os efetivados até as 24 (vinte e deverão ser apresentados ao cartório ou
quatro) horas do último dia. secretaria no prazo de 10 (dez) dias contados
do envio de petição eletrônica comunicando
§ 2º No caso do § 1º deste artigo, se o o fato, os quais serão devolvidos à parte
Sistema do Poder Judiciário se tornar após o trânsito em julgado.
indisponível por motivo técnico, o prazo
fica automaticamente prorrogado para o § 6º Os documentos digitalizados juntados
primeiro dia útil seguinte à resolução do em processo eletrônico somente estarão
problema. disponíveis para acesso por meio da rede
externa para suas respectivas partes
§ 3º Os órgãos do Poder Judiciário deverão processuais e para o Ministério Público,
manter equipamentos de digitalização e de respeitado o disposto em lei para as
acesso à rede mundial de computadores à situações de sigilo e de segredo de justiça.
www.acasadoconcurseiro.com.br 973
Art. 12. A conservação dos autos do processo § 1º Consideram-se cadastros públicos, para
poderá ser efetuada total ou parcialmente por os efeitos deste artigo, dentre outros exis-
meio eletrônico. tentes ou que venham a ser criados, ainda
que mantidos por concessionárias de ser-
§ 1º Os autos dos processos eletrônicos viço público ou empresas privadas, os que
deverão ser protegidos por meio de sistemas contenham informações indispensáveis ao
de segurança de acesso e armazenados exercício da função judicante.
em meio que garanta a preservação e
integridade dos dados, sendo dispensada a § 2º O acesso de que trata este artigo
formação de autos suplementares. dar-se-á por qualquer meio tecnológico
disponível, preferentemente o de menor
§ 2º Os autos de processos eletrônicos que custo, considerada sua eficiência.
tiverem de ser remetidos a outro juízo ou
instância superior que não disponham de § 3º (VETADO)
sistema compatível deverão ser impressos
em papel, autuados na forma dos arts. 166
a 168 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de
1973 – Código de Processo Civil, ainda que CAPÍTULO IV
de natureza criminal ou trabalhista, ou DISPOSIÇÕES GERAIS E FINAIS
pertinentes a juizado especial.
Art. 14. Os sistemas a serem desenvolvidos
§ 3º No caso do § 2º deste artigo, o escrivão pelos órgãos do Poder Judiciário deverão usar,
ou o chefe de secretaria certificará os preferencialmente, programas com código
autores ou a origem dos documentos aberto, acessíveis ininterruptamente por meio
produzidos nos autos, acrescentando, da rede mundial de computadores, priorizando-
ressalvada a hipótese de existir segredo se a sua padronização.
de justiça, a forma pela qual o banco de
dados poderá ser acessado para aferir a Parágrafo único. Os sistemas devem
autenticidade das peças e das respectivas buscar identificar os casos de ocorrência de
assinaturas digitais. prevenção, litispendência e coisa julgada.
§ 4º Feita a autuação na forma estabelecida Art. 15. Salvo impossibilidade que comprometa
no § 2º deste artigo, o processo seguirá a o acesso à justiça, a parte deverá informar, ao
tramitação legalmente estabelecida para os distribuir a petição inicial de qualquer ação
processos físicos. judicial, o número no cadastro de pessoas
físicas ou jurídicas, conforme o caso, perante a
§ 5º A digitalização de autos em mídia não Secretaria da Receita Federal.
digital, em tramitação ou já arquivados,
será precedida de publicação de editais de Parágrafo único. Da mesma forma, as
intimações ou da intimação pessoal das peças de acusação criminais deverão ser
partes e de seus procuradores, para que, instruídas pelos membros do Ministério
no prazo preclusivo de 30 (trinta) dias, se Público ou pelas autoridades policiais com
manifestem sobre o desejo de manterem os números de registros dos acusados
pessoalmente a guarda de algum dos no Instituto Nacional de Identificação do
documentos originais. Ministério da Justiça, se houver.
Art. 13. O magistrado poderá determinar que Art. 16. Os livros cartorários e demais
sejam realizados por meio eletrônico a exibição repositórios dos órgãos do Poder Judiciário
e o envio de dados e de documentos necessários poderão ser gerados e armazenados em meio
à instrução do processo. totalmente eletrônico.
974 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual Civil – Lei do Processo Eletrônico nº 11.419/2006 – Prof. Giuliano Tamagno
www.acasadoconcurseiro.com.br 975
relevante à instrução do processo, o juiz "Art. 457. ..........................................................
poderá determinar o seu depósito em
cartório ou secretaria." (NR) § 4º Tratando-se de processo eletrônico,
observar-se-á o disposto nos §§ 2º e 3º do
"Art. 399. .......................................................... art. 169 desta Lei." (NR)
§ 1º Recebidos os autos, o juiz mandará "Art. 556. ..........................................................
extrair, no prazo máximo e improrrogável de
30 (trinta) dias, certidões ou reproduções Parágrafo único. Os votos, acórdãos
fotográficas das peças indicadas pelas e demais atos processuais podem ser
partes ou de ofício; findo o prazo, devolverá registrados em arquivo eletrônico inviolável
os autos à repartição de origem. e assinados eletronicamente, na forma da
lei, devendo ser impressos para juntada
§ 2º As repartições públicas poderão aos autos do processo quando este não for
fornecer todos os documentos em meio eletrônico." (NR)
eletrônico conforme disposto em lei,
certificando, pelo mesmo meio, que se trata Art. 21. (VETADO)
de extrato fiel do que consta em seu banco Art. 22. Esta Lei entra em vigor 90 (noventa)
de dados ou do documento digitalizado." dias depois de sua publicação.
(NR)
"Art. 417. ...........................................................
§ 1º O depoimento será passado para a
versão datilográfica quando houver recurso
da sentença ou noutros casos, quando o juiz
o determinar, de ofício ou a requerimento
da parte.
§ 2º Tratando-se de processo eletrônico,
observar-se-á o disposto nos §§ 2º e 3º do
art. 169 desta Lei." (NR)
976 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Pública
www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração
A clara separação entre esfera pública e esfera privada é a marca distintiva das sociedades
capitalistas e democráticas contemporâneas em relação às demais. Dessa separação
fundamental decorrem todas as outras diferenciações relevantes no interior dessas sociedades,
como a existente entre Direito Público e Direito Privado; entre Estado e sociedade civil; e entre
poderes do Estado e direitos do cidadão.
A Gestão Pública pode ser entendida como sendo o modo de gestão do aparelho do Estado,
ou seja, a forma como são aplicados os processos de planejamento, organização, direção e
controle pelas diversas entidades que formam o Estado.
A Gestão Privada utiliza processos semelhantes de planejamento, organização, direção e
controle, porém com alcance, objetivos e regramentos distintos da área pública.
Os poderes do Estado
Max Weber caracteriza o Estado como o monopólio do exercício legítimo da força em uma
sociedade. O Estado não admite concorrência e exerce de forma monopolista o poder político,
que é o poder supremo nas sociedades contemporâneas.
Norberto Bobbio fala da Universalidade – o Estado toma decisões em nome de toda a
coletividade que ele representa, e não apenas da parte que exerce o poder; e da Inclusividade
– em princípio, nenhuma esfera da vida social encontra-se fora do alcance da intervenção do
Estado.
Para Montesquieu, o Estado possui três funções fundamentais:
•• Legislativa: produzir as leis e o ordenamento jurídico necessários à vida em sociedade.
•• Executiva: assegurar o cumprimento das leis.
•• Judiciária: julgar a adequação, ou inadequação, dos atos particulares às leis existentes.
A primazia do público sobre o privado normativamente está fundamentada na contraposição
entre interesse coletivo e interesse individual. O bem comum não resulta da soma dos bens
individuais, razão pela qual os interesses individuais (privados) devem ser subordinados aos
interesses coletivos (o bem público).
A soberania que o Estado exerce sobre o conjunto da sociedade justifica-se sempre pelo
interesse social.
O poder extroverso caracteriza-se pela capacidade de gerar unilateralmente obrigações para
os demais entes sociais, exorbitando suas próprias fronteiras. Somente o Estado tem o poder
www.acasadoconcurseiro.com.br 979
de criar normas jurídicas, legais e administrativas que regulam a ação e o comportamento dos
demais membros da sociedade.
O poder de polícia é exercido pela Administração Pública com a finalidade de conter os abusos
de indivíduos e grupos na sociedade civil, defendendo o interesse público no seu sentido mais
amplo.
O direito positivo determina a esfera de poder do Estado sobre a sociedade. Além disso, o
princípio da Legalidade diz que a Administração Pública, e, por extensão, o agente público, só
pode fazer o que a lei permite.
Uma vez que a lei tenha delimitado o espaço público e, por exclusão, definido também a
extensão da esfera privada, os particulares que nesta se encontrarem – sejam eles indivíduos
ou empresas – poderão fazer tudo aquilo que a lei não proibir e deixar de fazer aquilo que a lei
não os obrigar.
A essa liberdade e autonomia de ação da sociedade civil (privada) convencionou-se chamar de
liberdade negativa. Simplesmente porque essa esfera de liberdade – de fato, bastante extensa
– é claramente delimitada por dois “não”:
•• pode-se fazer o que a lei não proibir; e
•• pode-se deixar de fazer o que a lei não obrigar.
Essa é a regra geral que orienta todo o direito privado – isto é, aquele que regula as relações
entre os entes privados na sociedade, como os direitos Civil, Comercial, Penal etc.
Princípios: a Administração Pública brasileira, em todas as suas esferas, é regida pelos princípios
constitucionais da legalidade, da impessoalidade, da moralidade; da publicidade e da eficiência.
A gestão privada não tem princípios tão bem definidos como os que regem a administração
pública. A direção das empresas privadas tem liberdade e flexibilidade para criar sua própria
filosofia e segui-la.
Interesse: a gestão pública procura satisfazer o interesse e bem-estar geral (bem público),
enquanto a gestão privada procura satisfazer os interesses de determinados indivíduos ou
grupos (bem privado).
Pessoas: na esfera pública, os indivíduos são concebidos como cidadãos, seja na posição de
servidores do Estado, seja na condição de usuários dos serviços públicos ou sujeitos submetidos
às leis e normas impostas pelo Estado. Já na esfera privada, os indivíduos são concebidos como
pessoas físicas à procura da satisfação de seus interesses particulares, podendo se associar
e constituir pessoas jurídicas com a finalidade de perseguir os mais diferentes objetivos –
econômicos, políticos, religiosos, culturais etc.
Objetivos: a gestão pública visa a consecução de seus objetivos em prol do interesse coletivo
e, em regra geral, sem buscar lucro em suas atividades (atentar às empresas públicas). Já
os empresários são motivados pela busca do lucro, ou pela satisfação de outros interesses
privados.
980 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Administração Pública x Privada – Prof. Rafael Ravazolo
Organizações: Instituições públicas são entes criados por lei para atingir objetivos específicos
(missão perene), cumprindo papéis típicos ou de interesse do Estado (saúde, educação,
proteção, regulação etc). Cada empresa privada segue sua própria filosofia e pode mudá-la a
qualquer momento - decidir em que mercados atuar, como concorrer, que metas atingir, enfim,
tudo aquilo que a lei não proíba.
Clientes/Cidadãos: a administração pública não pode fazer acepção de pessoas, deve tratar a
todos igualmente e com qualidade. O tratamento diferenciado restringe-se apenas aos casos
previstos em lei. Por outro lado, as organizações privadas utilizam estratégias de segmentação
de “mercado”, estabelecendo diferenciais de tratamento para clientes preferenciais.
Estrutura: na administração pública, a estrutura é mais verticalizada e burocratizada,
enquanto a gestão privada há mais flexibilidade e variedade nos modelos, tendendo a ser mais
horizontalizada.
Recursos: as atividades públicas são financiadas com recursos públicos, oriundos de
contribuições compulsórias de cidadãos e de empresas, enquanto a gestão privada lida com
recursos próprios ou de investidores.
Mercado: as empresas normalmente trabalham em regime de competição; os governos usam
habitualmente o sistema de monopólio.
Privacidade/Publicidade: o principio da Publicidade obriga a ampla divulgação dos atos
praticados pela Administração Pública, seja através de diários oficiais, jornais, editais, etc. (salvo
em áreas específicas ligadas a segurança e soberania). As empresas privadas fazem o contrário,
escondem suas estratégias como forma de evitar espionagem e garantir posição no mercado.
Compras/Contratações: na gestão pública o interesse é coletivo e as ações impessoais, daí a
necessidade da realização de compra por licitações e recrutamento de pessoal por concursos
públicos (exceto CCs). Uma empresa privada pode comprar de qualquer fornecedor e contratar
qualquer pessoa de acordo com seus critérios.
Carreiras/promoções: as carreiras e promoções são mais flexíveis no setor privado, podendo
passar por reestruturações a qualquer momento de acordo com as necessidades da gestão; na
gestão pública, as regras estipuladas em lei são seguidas estritamente.
Erros: o impacto de um erro administrativo na gestão pública prejudica toda população (que
em última instância paga compulsoriamente por tal serviço), enquanto nas empresas o prejuízo
é restrito.
Convergências
As principais convergências entre gestão pública e privada ocorrem na área meio, ou seja, na
forma como empresas e instituições públicas se organizam e agem para alcançar seus objetivos.
Dentre semelhanças práticas, destaca-se:
•• Têm objetivos a serem alcançados;
•• Para alcançar tais objetivos, estruturam-se e realizam um certo conjunto de atividades;
•• Para executar estas atividades, mobilizam uma determinada quantidade de recursos
(humanos, materiais, tecnológicos, financeiros etc.);
www.acasadoconcurseiro.com.br 981
•• Usam o planejamento e a gestão estratégica;
•• Buscam avanços tecnológicos visando ao acesso facilitado a serviços;
•• Eficiência – usar os recursos adequadamente. O princípio da Eficiência, incluído na
Constituição Federal em 1998, é resultado da incorporação, pelo Estado, de técnicas de
administração privada.
•• Eficácia – alcançar objetivos – resultados;
•• Efetividade – atender às expectativas e necessidades dos stakeholders (partes interessadas
em determinado produto/serviço). Mudar a realidade.
982 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Administração Pública x Privada – Prof. Rafael Ravazolo
Público X Privado
• Gestão Pública
‒modo de gestão do aparelho do Estado.
‒forma como são aplicados os processos de planejamento,
organização, direção e controle pelas diversas entidades que
formam o Estado.
• Gestão Privada
‒planejamento, organização, direção e controle, porém com
alcance, objetivos e regramentos distintos da área pública.
Estado Moderno
www.acasadoconcurseiro.com.br 983
Poderes do Estado
• Max Weber:
‒Monopólio do exercício legítimo da força em uma sociedade.
‒Não admite concorrência e exerce de forma monopolista o
poder político, que é o poder supremo nas sociedades
contemporâneas.
• Norberto Bobbio:
‒Universalidade - toma decisões em nome de toda a
coletividade que ele representa, e não apenas da parte que
exerce o poder;
‒Inclusividade - em princípio, nenhuma esfera da vida social
encontra-se fora do alcance da intervenção do Estado.
4
Poderes do Estado
984 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Administração Pública x Privada – Prof. Rafael Ravazolo
Poderes do Estado
• Primazia do público sobre o privado
‒fundamentada na contraposição entre interesse coletivo e
interesse individual
• Soberania do Estado sobre a sociedade justifica-se
sempre pelo interesse social.
‒Poder extroverso - capacidade de gerar unilateralmente
obrigações para os demais entes sociais, exorbitando suas
próprias fronteiras.
‒Poder de polícia - condicionar e restringir o uso/gozo de
bens ou direitos individuais com a finalidade de conter os
abusos de indivíduos e grupos na sociedade civil.
6
Poderes do Estado
• Direito positivo:
‒Esfera de poder do Estado sobre a sociedade;
‒Legalidade - só pode fazer o que a lei permite.
• Liberdade negativa
‒pode-se fazer o que a lei não proibir; e
‒pode-se deixar de fazer o que a lei não obrigar.
www.acasadoconcurseiro.com.br 985
Divergências Gestão Pública Gestão Privada
Princípios Regida pelos princípios constitucionais. Liberdade para criar a própria filosofia.
Interesse Satisfazer o interesse geral (bem público) Satisfazer interesses individuais (bem privado)
Pessoas físicas à procura da satisfação de seus
Pessoas São concebidas como cidadãos.
interesses particulares.
Objetivos Em prol do interesse coletivo. Lucro, interesses privados.
Criadas por lei para atingir objetivos Cada empresa privada segue sua própria filosofia
Organizações
específicos, cumprindo papéis do Estado. e pode mudá-la a qualquer momento.
Tratar a todos igualmente (exceto em casos
Clientes / Cidadãos Estratégias de segmentação de mercado.
previstos na lei)
Estrutura Tende a ser mais verticalizada. Maior flexibilidade e variedade nos modelos.
Oriundos de contribuições compulsórias de
Recursos Recursos próprios ou de investidores.
cidadãos e de empresas.
Mercado Habitualmente monopolistas. Normalmente há competição.
Ampla divulgação dos atos praticados pela Geralmente escondem estratégias como forma de
Publicidade
Administração Pública. garantir posição no mercado.
Contratações Licitações e concursos públicos (exceto CCs) Compra/contrata de acordo com seus critérios.
Carreiras Regras gerais estipuladas em lei. São mais flexíveis.
O impacto de um erro administrativo
Erros O prejuízo é restrito.
prejudica toda população.
8
986 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração
Aula XX
FUNÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO
www.acasadoconcurseiro.com.br 987
A seguir, a figura que representa esse Processo Administrativo.
988 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração
Aula XX
ESTRATÉGIA
Mintzberg e Quinn – Modelo ou plano que integra os objetivos, as políticas e as ações sequenciais de
uma organização, em um todo coeso.
Ansoff – Conjunto de regras de tomada de decisão em condições de desconhecimento
parcial. As decisões estratégicas dizem respeito à relação da empresa com seu ecossistema.
Wright, Kroll e Parnell – Planos da alta administração para alcançar resultados consistentes com a
missão e os objetivos gerais da organização.
Meirelles e Gonçalves – Disciplina da administração que se ocupa da adequação da organização ao
seu ambiente.
Dess, Lumpkin e Eisner – O conjunto de ações administrativas que possibilitam aos gestores de uma
organização mantê-la integrada ao seu ambiente e no curso correto de desenvolvimento, assegurando-
lhe atingir seus objetivos e sua missão.
Certo et al. – O processo contínuo e circular que visa manter a organização como um conjunto
adequadamente integrado ao seu ambiente.
Pascale – Processo de selecionar oportunidades definidas em termos de pedidos a serem atendidos
e produtos a serem oferecidos, e, ao mesmo tempo, tomar decisões sobre investimentos de recursos
com a finalidade de atingir objetivos.
Chiavenato – Mobilização de todos os recursos no âmbito global da organização, visando a atingir
objetivos situados no longo prazo.
Qualquer que seja a definição de Estratégia, destacam-se algumas palavras-chave que sempre
a permeiam: mudanças, competitividade, desempenho, posicionamento, missão, objetivos,
resultados, integração, futuro, adequação organizacional, etc.
Quando se constrói uma estratégia, se pretende tomar decisões hoje tendo em mente o futuro.
A estratégia não é um fim em si mesma, mas apenas um meio. A estratégia não dá certeza,
mas apenas a probabilidade com relação ao futuro, portanto, ser reavaliada e reajustada
constantemente em função das mudanças.
A estratégia, nesse contexto, assim como a organização e o seu ambiente, não é algo estático,
acabado; ao contrário, está em contínua mudança, desempenhando a função crucial de
www.acasadoconcurseiro.com.br 989
integrar a organização e o ambiente em um todo coeso, sinérgico para os agentes que estão
diretamente envolvidos ou indiretamente influenciados.
Qualquer organização, conscientemente ou não, adota uma estratégia, considerando-se que a
não adoção deliberada de estratégia pode ser entendida como uma estratégia.
As estratégias são formuladas e aplicadas em duas dimensões:
Dimensão Conteúdo (Concepção): o que fazer? (Para tornar-se mais competitivo, agregar valor aos
clientes/acionistas etc.). A Análise Estratégica busca essas respostas.
Dimensão Processo (Implementação): como fazer? (Qual caminho e ações tomar para fazer acontecer
a estratégia concebida). O Planejamento Estratégico responde isso.
GESTÃO ESTRATÉGICA
Fases
Não há unanimidade na literatura.
Oliveira: Planejamento, Organização, Direção e Controle Estratégico.
Certo e Peter:
990 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Estratégia – Prof. Rafael Ravazolo
Sobral e Peci:
Maximiano:
Obs 1: alguns autores dividem a formulação em três etapas (Análise ambiental, Estabelecimento da
direção organizacional e Planejamento estratégico), deixando a lista com cinco etapas.
Obs 2: outros autores dividem o Controle em Controle e Avaliação, como forma de dar destaque à
última etapa, a Avaliação, fechando o ciclo de melhoria da estratégia (uma espécie de PDCA).
www.acasadoconcurseiro.com.br 991
Engloba o gerenciamento das pessoas, a alocação de recursos e a organização do trabalho.
Nessa fase de execução se pressupõe uma mudança organizacional para incorporação de
novos papéis, nova matriz hierárquica, o sistema de retroalimentação organizacional e as
peculiaridades da estrutura de pessoal.
FASE 3 – Controle Estratégico – considera as definições no plano estratégico da organização e
monitora periodicamente o grau de consecução e desvio dos padrões determinados, de modo
a corrigir distorções e aperfeiçoar os resultados alcançados. É realizado por meio de indicadores
e possibilita a geração de informações úteis para as duas fases anteriores, permitindo o
aprimoramento das ações prescritas e praticadas, viabilizando o melhoramento contínuo, por
mudanças de processos, e de adaptação a diferentes situações surgidas ao longo do tempo.
Henry Mintzberg
Um dos grandes autores da gestão estratégica, ele trata o processo de formação das estratégias
como um somatório das estratégias deliberadas com as emergentes.
•• Estratégias Deliberadas são aquelas explicitamente planejadas e definidas de acordo com
um plano controlado da instituição, ou seja, são as estratégias pretendidas.
•• Estratégias Emergentes são padrões de ação surgidos na ausência de um plano deliberado ou
mesmo em desacordo com este plano. Estão muito ligadas ao aprendizado organizacional.
992 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Estratégia – Prof. Rafael Ravazolo
Mintzberg escreveu em 1987 um artigo chamado Five P’s for Strategy (Cinco P’s para Estratégia),
no qual apresenta cinco conceitos para estratégia, pelos quais se pode realizar o diagnóstico
e levantar o perfil estratégico de uma organização. Os P’s são: Plan (Plano), Ploy (Pretexto,
Manobra), Pattern (Padrão), Position (Posição) e Perspective (Perspectiva).
Plan (Plano)
•• É o conceito mais comumente relacionado à estratégia. A estratégia é um plano abrangente
e integrado, desenvolvido conscientemente e intencionalmente, com a finalidade de
assegurar que os objetivos básicos do empreendimento sejam alcançados.
Ploy (Pretexto, Manobra)
•• É uma tática que visa enfraquecer oponentes, como um blefe. Pode ser aplicada com a
finalidade de confundir, iludir ou comunicar uma mensagem falsa (ou não) aos concorrentes.
Ex: divulgar a intenção de ampliar uma fábrica para desencorajar concorrentes a entrarem
no mercado (e não necessariamente ampliar a fábrica).
Position (Posição)
•• É uma forma de localizar a empresa no seu meio ambiente, melhorando sua posição
competitiva. Nessa concepção, a estratégia permite definir o local/nicho (dentro do
ambiente mais amplo) onde a empresa vai concentrar os seus recursos, visando manter ou
melhorar sua posição.
Perspective (Perspectiva)
•• Se estabelece dentro da organização, na verdade está dentro das cabeças dos estrategistas,
coletivamente. Procura nas lideranças internas da organização mecanismos para formular
estratégias, baseando-as no modelo de entendimento do mundo que cerca a empresa.
Pattern (Padrão)
Quando um determinada de ação traz resultados positivos, a tendência natural é incorporá-la
ao comportamento. Em outras palavras, com o tempo, algumas ações bem sucedidas formam
um padrão de atuação, uma constância de comportamento que se torna a estratégia. Ex:
quando Henry Ford fabricava seus carros modelo T somente na cor preta.
www.acasadoconcurseiro.com.br 993
Mintzberg propõe que estes cinco conceitos não são excludentes, mas compatíveis e
inter-relacionados.
Quanto às escolas:
1. Design: a estratégia como um processo de concepção. Há um ajuste entre as forças e as
fraquezas internas com as ameaças e as oportunidades externas de seu ambiente;
2. Planejamento: a estratégia como um processo formal. A formalidade significa que o
processo estratégico pode ser decomposto em passos distintos e delineados, sustentado
por técnicas como orçamentação, programas e planos operacionais;
3. Posicionamento: a estratégia como um processo analítico, que se reduz a posições
genéricas selecionadas por meio de análises das situações. Nessa escola, a formulação da
estratégia deve ser precedida de exame profundo da organização e do ambiente externo;
4. Empreendedora: a estratégia como um processo visionário. Baseia o processo estratégico
na intuição e na visão dos líderes.
5. Cognitiva: a estratégia como um processo mental. Essa escola estuda as estratégias que
se desenvolvem nas mentes das pessoas, a fim de categorizar os processos mentais em
estruturas, modelos, mapas, conceitos e esquemas. Assim, a pesquisa é dirigida ao modo
como a mente humana processa a informação, mapeia a estrutura do conhecimento e
obtém a formação de conceitos;
6. Aprendizado: a estratégia como um processo emergente. Origina-se em toda a organização
através de seus membros individualmente ou coletivamente;
7. Poder: a estratégia como um processo de negociação, envolvendo barganha, persuasão,
confrontação e alianças entre os atores que dividem o poder, tanto na empresa quanto no
mercado.
8. Cultural: a estratégia como um processo coletivo. Enquanto o poder concentra-se em
interesse próprio e fragmentação, a cultura volta-se para os interesses comuns e integração
dentro da organização;
9. Ambiental: a estratégia como um processo reativo, ou seja, a organização é considerada
um ente passivo que consome seu tempo reagindo a um ambiente que estabelece a ordem
a ser seguida;
994 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Estratégia – Prof. Rafael Ravazolo
Michael Porter
No livro Estratégia Competitiva, Porter aborda a concorrência entre empresas, examinando o
modo como uma empresa pode competir com maior eficácia para fortalecer sua posição no
mercado.
Estratégia competitiva é a relação entre os fins
(metas, objetivos) que a empresa pretende alcançar
e os meios (políticas, operações) necessários para se
chegar lá.
A figura a seguir, chamada Roda da Estratégia
Competitiva, mostra essa relação entre as metas (no
centro), representando a forma como a empresa irá
competir e seus objetivos econômicos e não
econômicos, e as políticas operacionais básicas com as
quais a empresa busca atingir os objetivos (raios da
roda).
De acordo com Porter, estratégia competitiva é
a busca de uma posição competitiva favorável
em uma indústria, a arena fundamental onde
ocorre a concorrência. O objetivo da estratégia
competitiva é estabelecer uma posição lucrativa
e sustentável contra as forças que determinam a
concorrência da indústria.
O contexto de desenvolvimento de uma
estratégia competitiva envolve quatro fatores
básicos, os quais determinam os limites daquilo
que uma empresa pode realizar com sucesso:
pontos fortes e pontos fracos; oportunidades
e ameaças; valores pessoais dos executivos
implementadores; expectativas mais amplas da
Sociedade.
www.acasadoconcurseiro.com.br 995
•• Suposições implícitas para que a estratégia faça sentido (tendências, concorrência,
posição, pontos fortes e fracos)
b) O que está ocorrendo no ambiente?
•• Análise setorial (indústria) – fatores básicos de sucesso, ameaças e oportunidades
•• Análise da concorrência – capacidades, limitações e possíveis movimentos
•• Análise da sociedade – contexto social, fatores políticos, sociais e governamentais
•• Análise da capacitação da empresa – pontos fortes e fracos em relação à concorrência
c) O que a empresa deveria estar realizando?
•• Teste de suposições e estratégias
•• Identificação das alternativas estratégicas viáveis
•• Escolha estratégica (melhor relação entre situação da empresa X oportunidades e
ameaças)
Quanto à análise da concorrência, há quatro componentes que permitem uma predição do
perfil do concorrente: metas futuras, estratégia em curso, hipóteses e capacidades.
HIPÓTESES CAPACIDADES
Sobre si mesmo e sobre a indústria Tanto os pontos fortes como os
pontos fracos
996 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Estratégia – Prof. Rafael Ravazolo
Outros
Wright, Kroll e Parnell, analisando as dimensões de estratégia corporativa, destacam que uma
empresa pode adotar estratégias corporativas de crescimento, de estabilidade e de redução.
www.acasadoconcurseiro.com.br 997
Estratégia Tipos Definição / Execução
Aumento das vendas e da capacidade de produção
Crescimento Interno
da força de trabalho.
Expansão da empresa por meio da aquisição de
Integração Horizontal
outras que atuam na mesma unidade de negócios.
Aquisição de empresa de um setor externo a seu
Diversificação Horizontal campo de atuação atual, mas relacionada a suas
Relacionada competências essenciais, para aproveitar sinergias e
criar valor.
Aquisição de empresa de um setor não relacionado,
Diversificação Horizontal
geralmente por motivo de investimento financeiro,
Não Relacionada
para aproveitar oportunidades.
Aquisição de empresa por meio de transferência ou
Crescimento Integração Vertical de partilha de competências essenciais semelhantes
Empresas Relacionadas ou complementares no canal de distribuição
vertical.
Integração Vertical Aquisição de empresa com diferentes competências
de Empresas Não essenciais, o que limita a sua transferência ou
Relacionadas partilha.
União de duas empresas por meio de uma
permuta de ações, com o objetivo de partilha
Fusões
ou transferência de recursos e ganho em força
competitiva.
Parcerias em que duas ou mais empresas
Alianças Estratégicas realizam um projeto específico ou cooperam em
determinada área de negócio.
Para empresas que atuam em mais de um setor:
manutenção do conjunto atual de empresas.
Para uma empresa que atua em um único setor:
Estabilidade
manutenção das mesmas operações sem busca
de um crescimento significativo nas receitas ou no
tamanho da empresa
Visa a tornar a empresa mais enxuta e eficaz, ao
eliminar resultados não lucrativos, diminuir ativos,
Reviravolta (turnaround) reduzir o tamanho da força de trabalho, cortar
custos de distribuição e reconsiderar as linhas de
produtos e os grupos de clientes da empresa.
Ocorre quando uma empresa vende ou faz um spin-
Redução off (segregação parcial) de uma de suas unidades
Desinvestimento de negócio, se esta apresentar um desempenho
ruim ou deixar de se adequar ao perfil estratégico
da empresa.
Venda de ativos indicada somente quando nem a
Liquidação ou
reviravolta nem o desinvestimento forem viáveis,
Fechamento
em virtude de suas perdas e impactos negativos.
998 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Estratégia – Prof. Rafael Ravazolo
Há quatro tipos de estratégias decorrentes da Análise SWOT (do cruzamento entre forças,
fraquezas, ameaças e oportunidades de uma organização):
1. Sobrevivência: ambiente com predomínio de ameaças x pontos fracos da organização –
estratégias de redução de custos, desinvestimento e liquidação do negócio.
2. Manutenção: ameaças x pontos fortes – estratégias de estabilidade (equilíbrio), de nicho
de mercado, de especialização de atividades/produtos.
3. Crescimento: ambiente com predomínio de oportunidades x pontos fracos da organização
– inovação, internacionalização, joint venture (parceria), expansão.
4. Desenvolvimento: oportunidades x pontos fortes – de novos mercados, de produtos, de
capacidades, financeiro, diversificação.
Miles e Snow classificam os comportamentos corporativos para se relacionar com o ambiente
em quatro categorias amplas:
1. Estratégia Defensiva: preocupa-se com a defesa e a estabilidade, ou seja, como isolar uma
parcela do mercado para criar um domínio estável, um conjunto limitado de produtos
é destinado a um segmento do mercado total. Para se defender dos concorrentes, a
organização pratica preços competitivos ou se concentra na qualidade. A eficiência
tecnológica é importante, assim como o rigoroso controle da organização.
2. Estratégia Ofensiva (prospectora): é uma estratégia exploradora e agressiva que busca
ativamente novas e inovadoras oportunidades de produtos e mercados, mesmo que isso
possa afetar a lucratividade. Isso implica em mudanças e é importante a flexibilidade, tanto
em tecnologia como em arranjos organizacionais.
3. Estratégia Analítica: é uma estratégia dual e híbrida. A empresa utiliza a estratégia defensiva
e a ofensiva, procurando minimizar o risco e, ao mesmo tempo, maximizar a oportunidade
de lucro, de maneira equilibrada.
4. Estratégia Reativa: ao contrário das outras três alternativas, a organização reage
intempestivamente ao ambiente. É um comportamento inconsistente e instável, residual
que surge quando uma das outras três estratégias é seguida de maneira inadequada.
Constitui um sinal de fracasso.
Paulo de Vasconcellos Filho classifica as interações entre uma organização e o ambiente em
três graus, cada um com seu respectivo comportamento e com as consequências esperadas:
www.acasadoconcurseiro.com.br 999
Autores da Escola Estruturalista focam em estratégias de competição e de cooperação:
•• Competição: é uma forma de rivalidade entre duas ou mais organizações frente à mediação
de terceiro grupo. No caso de organizações industriais, o terceiro grupo pode ser o
comprador, o fornecedor ou outros. A competição é um complexo sistema de relações
e envolve a disputa por recursos (como clientes ou compradores ou ainda membros
potenciais). A competição é um processo pelo qual a escolha do objetivo pela organização
é controlada, em parte, pelo ambiente. Daí, a necessidade de disputa devido à rivalidade
pelos mesmos recursos. A competição nem sempre envolve interação direta entre as partes
rivais.
•• Ajuste ou negociação: busca negociações para um acordo quanto à troca de bens
ou serviços entre duas ou mais organizações. Mesmo quando as expectativas são
estáveis, a organização não pode supor a continuidade das relações com fornecedores,
distribuidores, operários, clientes etc. O ajuste é a negociação quanto a uma decisão sobre
o comportamento futuro que seja satisfatório para os envolvidos. O ajustamento periódico
de relações ocorre nos acordos coletivos sindicais, nas negociações com fornecedores ou
com compradores, etc. Ao contrário da competição, o ajuste envolve interação direta com
outras organizações do ambiente e não com um terceiro partido. O ajuste invade e permeia
o processo real de decisão.
•• Cooptação ou coopção: é um processo para absorver novos elementos estranhos na
liderança ou no esquema de tomada de decisão de uma organização, como um recurso
para impedir ameaças externas à sua estabilidade ou existência. Por meio de cooptação, a
organização traz para dentro de si elementos vindos de outras organizações potencialmente
ameaçadoras para compartilhar seu processo político de tomada de decisões e afastar
possíveis retaliações. A cooptação é a aceitação de representantes de outras organizações
(como bancos credores ou instituições financeiras) pelo grupo dirigente de uma
organização. Ajuda na integração de partes heterogêneas de uma sociedade complexa e
limita a arbitrariedade da organização na escolha dos seus objetivos.
•• Coalizão: combinação de duas ou mais organizações para alcançar um objetivo comum.
Trata-se de uma forma extrema de condicionamento ambiental dos objetivos de uma
organização. Duas ou mais organizações agem como uma só em relação a determinados
objetivos, principalmente quando há necessidade de mais apoio ou recursos que não são
possíveis para cada organização isoladamente. A coalizão exige o compromisso de decisão
conjunta de atividades futuras e, assim, limita decisões arbitrárias ou unilaterais. É uma
forma de controle social.
1000 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Estratégia – Prof. Rafael Ravazolo
Slides – Estratégia
Estratégia
• Dess, Lumpkin e Eisner:
‒ Conjunto de ações administrativas que possibilitam aos gestores de
uma organização mantê-la integrada ao seu ambiente e no curso
correto de desenvolvimento, assegurando-lhe atingir seus objetivos e
sua missão.
Estratégia
Mintzberg e Quinn - Modelo ou plano que integra os objetivos, as políticas e as ações
sequenciais de uma organização, em um todo coeso.
Wright, Kroll e Parnell - Planos da alta administração para alcançar resultados
consistentes com a missão e os objetivos gerais da organização.
Meirelles e Gonçalves - Disciplina da administração que se ocupa da adequação da
organização ao seu ambiente.
Certo et al. - O processo contínuo e circular que visa manter a organização como um
conjunto adequadamente integrado ao seu ambiente.
Pascale - Processo de selecionar oportunidades definidas em termos de pedidos a
serem atendidos e produtos a serem oferecidos, e, ao mesmo tempo, tomar decisões
sobre investimentos de recursos com a finalidade de atingir objetivos.
Chiavenato - Mobilização de todos os recursos no âmbito global da organização,
visando a atingir objetivos situados no longo prazo.
3
www.acasadoconcurseiro.com.br 1001
Estratégia
• Duas dimensões:
‒Conteúdo (Concepção)
o O que fazer? (para tornar-se mais competitivo, agregar valor
aos clientes/acionistas etc.)
o Análise Estratégica
‒Processo (Implementação)
o Como fazer? (qual caminho e ações tomar para fazer
acontecer a estratégia concebida).
o Planejamento Estratégico
5
Gestão Estratégica
1002 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Estratégia – Prof. Rafael Ravazolo
• Sobral e Peci:
Diagnóstico da Análise Formulação Implementação Controle
situação atual estratégica • Novos • Mudanças • indicadores
• Visão • Externa objetivos, • Cultura • Sistemas
• Missão • interna missão e • Estrutura
• Objetivos visão.
• Sistemas
• Estratégias • Estratégias
• Liderança
9
Gestão Estratégica
• Maximiano:
Acompanhamento e
Planejamento Implementação
avaliação
• Como entender?
‒No mínimo, três etapas :
o Formulação (planejamento) da estratégia
o Implementação (desenvolvimento, execução) da
estratégia
o Controle (avaliação) da estratégia 11
11
www.acasadoconcurseiro.com.br 1003
Níveis e Tipos
• Maximiano - Quatro níveis:
‒Estratégia corporativa
‒Estratégia funcional
‒Estratégia operativa (operacional)
‒Estratégia de ramo ou de unidade de negócios:
o Uma empresa de um grupo de empresas, ou uma divisão de
uma grande corporação, que atua num ramo particular,
diferente dos ramos em que atuam as outras empresas ou
outras divisões.
13
Mintzberg
15
1004 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Estratégia – Prof. Rafael Ravazolo
Mintzberg
• Five Ps for Strategy
‒Cinco conceitos para estratégia, pelos quais pode-se realizar
o diagnóstico e levantar o perfil estratégico de uma
organização
o Plan
o Ploy
o Position
o Perspective
o Pattern
Mintzberg
• 10 Escolas do Pensamento Estratégico em 3 classes:
‒ A) Prescritiva: desenho, planejamento, posicionamento;
‒ B) Descritiva: empreendedora, cognitiva, aprendizado, poder,
cultural, ambiental;
‒ C) Integrativa: configuração.
A) Prescritiva:
1.Design: a estratégia como um processo de concepção; ajuste entre as
forças e as fraquezas internas e as ameaças e oportunidades externas;
2.Planejamento: a estratégia como um processo formal; decomposto em
passos, sustentado por técnicas de orçamentação, programas e planos
operacionais;
3.Posicionamento: a estratégia como um processo analítico, se reduz a
posições genéricas selecionadas por meio de análises das situações.
19
www.acasadoconcurseiro.com.br 1005
Mintzberg
B) Descritiva:
4.Empreendedora: a estratégia como um processo visionário - intuição e
visão dos líderes.
5.Cognitiva: a estratégia como um processo mental, desenvolvido nas
mentes das pessoas, a fim de categorizar os processos mentais em
estruturas, modelos, mapas, conceitos e esquemas.
6.Aprendizado: a estratégia como um processo emergente em toda a
organização através de seus membros.
7.Poder: a estratégia como um processo de negociação - barganha,
persuasão, confrontação e alianças entre os atores que dividem o
poder, tanto na empresa quanto no mercado.
21
Mintzberg
B) Descritiva:
8. Cultural: a estratégia como um processo coletivo – cultura
organizacional -, voltada para os interesses comuns e integração dentro
da organização;
9. Ambiental: a estratégia como um processo de reação a um ambiente
que estabelece diretrizes.
C) Integrativa
10. Configuração: a estratégia como um processo de transformação. A
fim de transformar uma organização, ela teria de saltar de uma
configuração (certas características) para outra, sendo que nesse
instante ocorreria uma mudança estratégia
23
1006 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Estratégia – Prof. Rafael Ravazolo
Michael Porter
• Estratégia competitiva
‒Relação entre os fins (metas,
objetivos) que a empresa
pretende alcançar e os meios
(políticas, operações)
necessários para se chegar lá.
‒Objetivo: estabelecer uma
posição lucrativa e sustentável
contra as forças que
determinam a concorrência da
indústria.
25
Michael Porter
• Estratégia
Competitiva:
‒4 fatores de contexto
27
www.acasadoconcurseiro.com.br 1007
Michael Porter
29
Michael Porter
• Três Estratégias Vantagem Estratégica
Genéricas Unicidade observada Posição de baixo
pelo cliente custo
todo o mercado
No âmbito de
Liderança em
Diferenciação
Alvo Estatégico
custo
Apenas um
segmento
Foco
31
1008 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Estratégia – Prof. Rafael Ravazolo
Análise SWOT
• 1- Sobrevivência: ambiente com predomínio de ameaças x
pontos fracos da organização – estratégias de redução de
custos, desinvestimento e liquidação do negócio.
• 2- Manutenção: ameaças x pontos fortes – estratégias de
estabilidade (equilíbrio), de nicho de mercado, de
especialização de atividades/produtos.
• 3- Crescimento: ambiente com predomínio de oportunidades
x pontos fracos da organização – inovação,
internacionalização, joint venture (parceria), expansão.
• 4- Desenvolvimento: oportunidades x pontos fortes – de
novos mercados, de produtos, de capacidades, financeiro,
diversificação.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1009
Miles & Snow
Não reagente
Sobrevivência a curto prazo
Negativo Não adaptativo
Extinção
Não inovativo
1010 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Estratégia – Prof. Rafael Ravazolo
Escola Estruturalista
• Competição X Cooperação
‒Competição: é uma forma de rivalidade entre duas ou mais
organizações frente à mediação de terceiro grupo. Rivalidade
pelos mesmos recursos.
‒Ajuste ou negociação: busca negociações para um acordo quanto
à troca de bens ou serviços entre duas ou mais organizações.
‒Cooptação ou coopção: é um processo para absorver novos
elementos estranhos na liderança ou no esquema de tomada de
decisão de uma organização, como um recurso para impedir
ameaças externas à sua estabilidade ou existência.
‒Coalizão: combinação de duas ou mais organizações para
alcançar um objetivo comum.
41
www.acasadoconcurseiro.com.br 1011
Administração
Aula XX
Planejamento Estratégico
Planejamento Tático
É notório que, para o Planejamento Estratégico dar certo, cada área da organização deve fazer
sua parte.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1013
O Planejamento Tático é justamente o desdobramento do plano estratégico em cada unidade/
área/departamento/divisão (estratégias funcionais). Em outras palavras, os planos táticos são
responsabilidade dos gerentes funcionais (marketing, recursos humanos, produção, finanças
etc.) e traduzem as estratégias globais em ações especializadas, com o objetivo de otimizar
determinada área.
É, portanto, o planejamento desenvolvido no nível intermediário, de médio prazo, visando
aproximar o estratégico do operacional. Dessa forma, produz planos mais bem direcionados às
distintas atividades organizacionais.
Planejamento Operacional
Os planos operacionais especificam atividades e recursos que são necessários para a realização
dos objetivos.
A estratégia operacional é direcionada às unidades operacionais básicas, a cada atividade. É
o desdobramento dos planos táticos, seu foco está no curto prazo e, como o próprio nome já
define, está voltada especificamente às tarefas e operações realizadas no nível operacional, ou
seja, para o dia a dia da organização.
O processo de planejamento operacional compreende, basicamente, as seguintes etapas:
4. Avaliação dos riscos = que condições podem ameaçar as atividades e a realização dos
resultados?
1014 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Níveis de Planejamento – Prof. Rafael Ravazolo
Resumo
www.acasadoconcurseiro.com.br 1015
Slides – Níveis de Planejamento
Níveis / Tipos
de
Planejamento
• Questões comuns:
‒Quais são os níveis de planejamento;
‒Características de cada nível;
‒Comparações entre os níveis.
1
ESTRATÉGICO
TÁTICO
(Funcional, Departamental)
OPERACIONAL
1016 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Níveis de Planejamento – Prof. Rafael Ravazolo
Nível Estratégico
-Estratégia Institucional: macro-orientada – impacta toda a organização
Nível Tático
-Estratégias departamentais: desdobramento / tradução da estratégia
em cada unidade.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1017
Nível Operacional
-Estratégia operacional: micro-orientada, foco nas tarefas -
desdobramento final das estratégias
Contratação
Planejamento
Benefícios
de RH
Capacitação
Planejamento
Planejamento da Produção Alcance dos
Estratégico Objetivos
Planejamento
Fornecedores
Financeiro
Transporte
Planejamento Armazenagem
Logístico
Distribuição
1018 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração
Aula XX
PLANEJAMENTO
2. Meios: caminho para chegar ao estado futuro – estratégias, políticas, projetos, processos
etc.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1019
•• Universalidade – tenta prever todas as variáveis e todas as consequências, até onde
seja possível, levando em conta todas as opiniões. Uma visão unilateral prejudica o
planejamento;
•• Unidade – abrange múltiplas facetas, que devem ser integradas num conjunto coerente;
•• Previsão – está voltado para o futuro. É, intrinsecamente, uma previsão de curto, médio e
longo prazo;
•• Flexibilidade – apesar de buscar uma situação futura específica (objetivos), deve ser feita
uma revisão constante do curso dos acontecimentos, de modo a possibilitar reajustamentos
e alterações (dentro de limites razoáveis).
Djalma Oliveira (2013) cita princípios gerais e específicos:
Princípios Gerais:
1. Contribuição aos objetivos – o planejamento deve sempre visar aos objetivos máximos da
organização. Deve-se hierarquizar os objetivos estabelecidos e procurar alcançá-los em sua
totalidade, tendo em vista a interligação entre eles.
2. Precedência do planejamento – é uma função administrativa que vem antes das outras
(organização, direção e controle).
3. Planejamento integrado (vertical): os vários escalões de uma empresa devem ter seus
planejamentos integrados.
1020 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Planejamento Estratégico – Prof. Rafael Ravazolo
2. Otimização: busca mais que a satisfação, procura fazer “tão bem quanto possível”. É
analítica, voltada para a inovação e a melhoria incremental das práticas vigentes. Busca
assegurar a reação adequada às mudanças em um ambiente dinâmico e incerto; maximizar
o desempenho da organização, utilizando melhor os recursos disponíveis. Utiliza técnicas
matemáticas, estatísticas e simulações.
Planejamento Estratégico
www.acasadoconcurseiro.com.br 1021
O modelo prescritivo de planejamento estratégico dos neoclássicos segue cinco estágios:
4. controle e avaliação.
1022 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Planejamento Estratégico – Prof. Rafael Ravazolo
Missão
A missão é uma declaração sobre a razão de ser da organização: o que a organização é, qual
seu propósito e como pretende atuar no seu dia a dia. Representa sua identidade, portanto,
traduz o sistema de valores e é duradoura (atemporal).
Não pode ser ampla demais (sob risco de não especificar o que a organização faz), nem restrita
demais (a ponto de minimizar as ações da organização).
Em geral, a missão está alinhada com os seguintes aspectos:
•• A razão de ser da organização;
•• O papel na sociedade;
•• A natureza do negócio;
•• Os tipos de atividades em que ela deve concentrar seus esforços.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1023
Missão do Poder Judiciário: realizar justiça.
Visão
A visão representa aquilo que a organização deseja ser no futuro. Busca criar uma imagem que
desafie e mobilize as pessoas.
Características da Visão:
•• Situação altamente desejável, aquilo que a organização quer ser no futuro;
•• Desafiadora, mas possível, com potencial de mobilização;
•• Clara e concisa;
•• Coerente com a missão;
•• Característica temporal - longo prazo, mas não permanente.
Visão do Poder Judiciário: ser reconhecido pela Sociedade como instrumento efetivo de justiça,
equidade e paz social.
Valores
Os valores são os atributos e virtudes da organização, as suas qualidades.
Refletem as crenças fundamentais, os princípios, as convicções dominantes para a maioria das
pessoas da organização. São virtudes que se pretende preservar e incentivar.
Os valores atuam como motivadores que orientam e direcionam as ações das pessoas na
organização e na tomada de decisões, contribuindo para a unidade e a coerência do trabalho.
Servem como padrão de comportamento e fornecem sustentação a todas as principais decisões
da organização.
Valores do Poder Judiciário: credibilidade; acessibilidade; celeridade; ética; imparcialidade;
modernidade; probidade; responsabilidade Social e Ambiental; transparência.
Objetivos Estratégicos
Em termos resumidos, pode-se dizer que objetivos são os fins ou estados futuros que desejam
alcançar por meio da aplicação de recursos.
No Planejamento Estratégico, os objetivos são desafios que, se alcançados, são suficientes para
a concretização da visão de futuro da organização. Representam um conjunto de prioridades
que esclarecem o que a estratégia quer alcançar e o que é crítico para o seu sucesso. São de
longo prazo e cobrem a organização como um sistema global.
Nos objetivos estratégicos, os resultados pretendidos incidem sobre os grandes desafios
institucionais e, portanto, devem ser definidos por pessoas pertencentes ao nível estratégico
1024 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Planejamento Estratégico – Prof. Rafael Ravazolo
Metas
Meta é um nível de desempenho que deve ser medido e realizado dentro de determinado
prazo. É uma etapa a ser realizada para o alcance do objetivo ou da missão. Exemplo: diminuir
em 5% os casos de câncer de mama no prazo de cinco anos no RS.
As metas devem refletir a realidade atual da organização e devem servir de motivação para a
melhoria dos processos e identificação de aspectos falhos. Se uma meta não é alcançada, ou
ela está superestimada ou existe algum problema no processo que precisa ser tratado.
Existe um acrônimo conhecido que auxilia a definição correta de metas: S.M.A.R.T.
S – Specific (Específico) - não se deve deixar espaço a interpretações duvidosas. Quanto mais
detalhada for a meta, melhor será sua compreensão e maiores suas chances de ser atingida. Por
exemplo, em vez de definir “Aumentar as vendas em 10%”, uma meta melhor seria “Obtenção
de 10% no aumento de vendas nacionais na área de negócios A pela equipe X, no próximo ano
fiscal, sem redução da margem de lucros e mantendo o nível de satisfação do cliente.”.
M – Measurable (Mensurável) - qualquer meta que não possa ser claramente medida, ou
transformada em um número, permite a manipulação e interpretação para que os interessados
o considerem atingido ou não.
A – Attainable (Atingível) - devem ser agressivas, mas nunca impossíveis de atingir. Definir
números que nunca poderão ser obtidos causa frustração e desânimo. O “A” também é algumas
vezes chamados de “Agreed Upon” (feito em comum acordo). Isto significa que todos os
envolvidos na definição e execução da meta a conhecem e estão de acordo com sua viabilidade
e benefícios.
R – Realistic (Realista) - ao considerar o realismo, deve-se pensar em fatores como: A equipe
aceitará perseguir o objetivo? Este objetivo está alinhado com a missão e visão da organização?
Algum princípio ético é ferido com este objetivo?
T – Timely (Em Tempo) - significa que além do início e fim do período de busca da meta serem
bem definidos, este período não deve ser tão curto que a torne impossível, nem tão longo que
cause uma dispersão da iniciativa com o tempo. O T também pode ser “Tangible” (Tangível) –
uma meta que possa ser sentida e observada tem maior chance de ser realizada.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1025
•• Obs: alguns autores tratam Objetivo como sinônimo de Meta. Entretanto, a essência da
diferença está em que o Objetivo Estratégico costuma ser um alvo qualitativo, enquanto a
Meta é um alvo quantitativo. Meta é a quantificação de um objetivo.
Benchmarking
É o processo de análise referencial da empresa perante outras empresas do mercado, incluindo
o aprendizado do que estas empresas fazem de melhor, bem como a incorporação destas
realidades de maneira otimizada e mais vantajosa para a empresa que aplicou o benchmarking.
É um processo que visa comparar as melhores práticas do mercado, avaliando produtos,
serviços e práticas daquelas organizações que são reconhecidas como líderes.
Ex: a empresa X quer melhorar seus resultados. Para isso ela avalia produtos, serviços e
processos de trabalho da empresa Y (que é reconhecida como a detentora das melhores
práticas no mercado), com a finalidade de comparar desempenhos e identificar oportunidades
de melhoria.
Essa avaliação pode ser aplicada a qualquer função - produção, vendas, recursos humanos,
engenharia, pesquisa e desenvolvimento, distribuição etc. - e produz melhores resultados
quando implementada na empresa como um todo.
O benchmarking pode ser:
•• Externo – quando proveniente de outra organização (deve-se tomar cuidado para não
confundir com espionagem)
•• Interno – dentro da própria corporação. Uma área utiliza práticas de sucesso de outras
áreas.
Exemplo: o Sistema Toyota de produção - produção enxuta, lotes pequenos, maior variedade
de produtos, eliminação de falhas, controle de qualidade, melhoria contínua - revolucionou a
indústria japonesa e passou a ser uma referência mundial, copiado por muitas empresas em
todo o mundo.
1026 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Planejamento Estratégico – Prof. Rafael Ravazolo
Stakeholders
Também chamados de partes interessadas, são as pessoas, grupos ou entidades afetadas pela
atividade da organização, ou que possuem interesse em quaisquer processos executados ou
resultados gerados pela mesma.
•• Stakeholders primários: indivíduos ou grupos que exercem impacto direto sobre
a organização - empregados, fornecedores, clientes, concorrentes, investidores e
proprietários.
•• Stakeholders secundários: indivíduos ou grupos que não estão diretamente ligados às
atividades da organização, mas que podem exercer influência sobre ela - governo, ONG’s,
comunidade, imprensa etc.
Obs: não confundir com Shareholders, que são os acionistas, ou seja, todos aqueles que
possuem parte da organização.
Exemplo: uma associação de pescadores é parte interessada na construção de uma hidrelétrica,
pois esta vai transformar o rio de onde retiram seu sustento. Da mesma forma, os fornecedores
do material da represa, a comunidade beneficiada com a riqueza decorrente da obra, os
acionistas privados – se houver –, os trabalhadores, os sindicatos, as ONGs preocupadas com o
impacto ambiental e o governo são alguns dos stakeholders.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1027
Slides – Planejamento Estratégico
Planejamento
• É a função inicial da Administração: determina
antecipadamente onde e como chegar.
Benefícios
2
2
1028 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Planejamento Estratégico – Prof. Rafael Ravazolo
Princípios
• Inerência – é inerente à natureza humana, é indispensável;
• Universalidade – tenta prever todas as variáveis e todas as
consequências, até onde seja possível;
• Unidade – abrange múltiplas facetas, que devem ser integradas num
conjunto coerente;
• Previsão – voltado para o futuro – é uma previsão de curto, médio e
longo prazo;
• Flexibilidade – dinâmico – constante revisão do curso dos
acontecimentos, de modo a possibilitar reajustamentos e alterações
(dentro de limites razoáveis).
3
3
Princípios
• Djalma Oliveira: princípios gerais
‒Contribuição aos objetivos
‒Precedência do planejamento
‒Maior penetração e abrangência
‒Maior eficiência, eficácia e efetividade
• Ackoff: Princípios Específicos
‒Planejamento participativo
‒Planejamento coordenado (horizontal)
‒Planejamento integrado (vertical)
‒Planejamento permanente
4
4
www.acasadoconcurseiro.com.br 1029
3 Filosofias
1) Satisfação: busca alcançar um mínimo de satisfação, fazer as coisas
“suficientemente bem”, sem esforços extras para superar as
expectativas. É considerada uma filosofia conservadora/defensiva,
voltada para a estabilidade e a manutenção da situação existente em
um ambiente previsível e estável.
2) Otimização: procura fazer “tão bem quanto possível”. É analítica,
voltada para a inovação e a melhoria incremental das práticas
vigentes.
3) Adaptação: é o planejamento inovativo, dando mais valor ao
processo de planejar do que ao plano em si. Foco nas contingências,
no futuro - antecipar eventos e identificar ações adequadas em um
ambiente dinâmico e incerto.
5
5
Planejamento Estratégico
• Maneira pela qual uma organização pretende aplicar uma determinada
estratégia para alcançar os objetivos propostos;
• Global;
• Longo prazo;
• Desdobrado em
Planos Táticos e Operacionais.
6
6
1030 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Planejamento Estratégico – Prof. Rafael Ravazolo
• Maximiano
Análise da Análise do Definição de
Execução e
situação ambiente objetivos e
avaliação
estratégica externo/ interno estratégias
• Djalma Oliveira
Instrumentos
Diagnóstico Missão da
prescritivos e Controle e avaliação
estratégico empresa
quantitativos
7
7
O Processo de Planejamento
Definir a missão e a visão da organização (caso não existam);
www.acasadoconcurseiro.com.br 1031
Missão
X
Visão
X
Valores
9
9
Exemplo
• Poder Judiciário:
‒ Missão: realizar justiça.
‒ Visão: ser reconhecido pela Sociedade como instrumento
efetivo de justiça, equidade e paz social.
‒ Atributos de Valor: credibilidade; acessibilidade;
celeridade; ética; imparcialidade; modernidade;
probidade; responsabilidade Social e Ambiental;
transparência.
10
10
1032 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Planejamento Estratégico – Prof. Rafael Ravazolo
Exemplo
• TRE-RS:
‒Missão: garantir a legitimidade do processo eleitoral.
‒Visão: consolidar a credibilidade da Justiça Eleitoral,
especialmente quanto à efetividade, transparência e
segurança.
‒Atributos de valor: Acessibilidade, Ética, Inovação,
Respeito Humano, Segurança, Transparência,
Sustentabilidade.
11
11
Objetivos Estratégicos
• São desafios que, se alcançados, são suficientes para a
concretização da visão de futuro da organização.
• Objetivos generalistas;
• Coerentes com missão, visão, valores e recursos
(humanos, físicos, tecnológicos, políticos e financeiros).
• Aceitáveis, flexíveis, mensuráveis, motivadores,
inteligíveis e alcançáveis.
12
12
www.acasadoconcurseiro.com.br 1033
Exemplo
• Poder Judiciário:
‒Garantir a agilidade nos trâmites judiciais e administrativos;
‒Buscar a excelência na gestão de custos operacionais;
‒Facilitar o acesso à Justiça; etc.
• TRE-RS:
‒Prestar serviços de excelência;
‒ Aprimorar o processo eleitoral;
‒Buscar a excelência na gestão; etc.
13
13
Metas
• É uma etapa específica a ser realizada para o alcance do
objetivo ou da missão
• Devem refletir a realidade atual e servir de motivação
• Definição correta de metas: S.M.A.R.T
‒S – Specific
‒M – Measurable
‒A – Attainable ou “Agreed Upon”
‒R – Realistic
‒T – Timely ou Tangible
14
14
1034 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Planejamento Estratégico – Prof. Rafael Ravazolo
Exemplo
• Poder Judiciário – Metas 2014 CNJ:
‒Julgar quantidade maior de processos de conhecimento do
que os distribuídos no ano corrente.
‒Identificar e julgar, até 31/12/2014, pelo menos 90% dos
processos distribuídos até 31/12/2011 na Justiça Eleitoral.
‒Realizar oficinas de administração judiciária com
participação de, pelo menos, 25% dos magistrados da
Justiça do Trabalho.
15
15
www.acasadoconcurseiro.com.br 1035
Administração
ANÁLISE SWOT
A Análise SWOT (ou Matriz SWOT) é uma ferramenta e diagnóstico estratégico que consiste em
obter e analisar informações internas e externas à instituição para direcionar as decisões.
Através do diagnóstico a instituição capta e mantém atualizado o conhecimento em relação
ao ambiente e a si própria, identifica e monitora as variáveis que a afetam, se antecipa às
mudanças e se prepara para agir.
Há diversas metodologias utilizadas para realizar o diagnóstico estratégico (Matriz BCG, Modelo
das cinco forças de Porter, Matriz de Ansoff etc.), porém, na Administração Pública, a mais
utilizada é a Matriz SWOT.
O termo SWOT vem da iniciais das quatro palavras em inglês Strengths, Weaknesses,
Opportunities e Threats, que significam Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças. No Brasil
também recebe o nome de Matriz FOFA, devido à tradução.
S strengths (forças)
Análise Interna
W weaknesses (fraquezas)
O opportunities (oportunidades)
Análise Externa
T threats (ameaças)
No Planejamento Estratégico, a matriz SWOT é usada para fazer análise das relações do
ambiente externo (ameaças e oportunidades) com o potencial interno da organização (forças e
fraquezas).
www.acasadoconcurseiro.com.br 1037
Análise Externa
Constitui o estudo relativo ao ambiente externo onde a organização está inserida e visa à
melhoria da capacidade de adaptação às mudanças.
O ambiente externo das organizações pode ser dividido em Ambiente da Tarefa, aquele mais
próximo da organização - concorrência, clientes, fornecedores, agências regulatórias etc., e
Ambiente Geral, comum a todas as organizações, independentemente do ramo de atividade –
variáveis políticas, econômicas, sociais, fiscais etc.
Trata-se, portanto, de uma análise das condições externas que circundam a organização e que
lhe impõem desafios/ameaças e oportunidades.
•• Ameaça – desafio externo – não é controlado pela organização – que vem de encontro
(contra) à estratégia. Suas consequências podem ser anuladas ou minoradas desde que
previstas em tempo hábil. Ex: golpe militar, crise cambial, mudança no governo, falta de
matéria-prima, etc.
•• Oportunidade – atributo externo – não é controlado pela organização – que vem ao encontro
(a favor) da estratégia e que pode ser positivo desde que reconhecido e aproveitado. Ex:
mudança na política governamental, opinião pública favorável, crescimento do país, etc.
Análise Interna
Aqui a organização passa a estudar a si própria. Sua análise e atenção se voltam para dentro,
para suas forças e fraquezas.
•• Forças – Pontos fortes – vantagem interna e controlável que coloca a organização em
posição favorável em relação à concorrência e às ameaças e oportunidades. Ex: tecnologia,
integração organizacional, recursos financeiros, logística, incentivo à inovação, marca, etc.
•• Fraquezas – Pontos fracos – característica interna e controlável que coloca a organização
em posição de desvantagem em relação à concorrência e às ameaças e oportunidades. Ex:
quadro desqualificado, instalações precárias, comunicação ineficiente, falta de recursos,
etc.
Matriz SWOT
1038 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Análise SWOT – Prof. Rafael Ravazolo
www.acasadoconcurseiro.com.br 1039
Slides – Análise SWOT
• Questões comuns:
‒Interpretação da Matriz SWOT;
‒Análise de casos.
1040 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Análise SWOT – Prof. Rafael Ravazolo
Matriz SWOT
Quatro estratégias
www.acasadoconcurseiro.com.br 1041
Administração
Aula XX
BALANCED SCORECARD
Por volta de 1990, os métodos de avaliação de performance das organizações eram fundados
apenas em dados financeiros (lucros, custos etc.).
Dois pesquisadores, Kaplan e Norton, publicaram um artigo demonstrando que apenas os
dados financeiros não bastavam para retratar a complexidade de uma organização. A proposta
dos autores media o desempenho por meio de quatro perspectivas: financeira, do cliente, de
processos internos e, por fim, de inovação e aprendizado.
Nascia, nesse momento, o Balanced Scorecard (BSC), uma expressão que, traduzida, significa
algo como “Placar Balanceado de Desempenho”.
As Quatro Perspectivas
1. Financeira: os objetivos financeiros servem de foco para os objetivos e medidas das outras
perspectivas do BSC; qualquer medida selecionada deve fazer parte de uma cadeia de
relações de causa e efeito que culminam com a melhoria do desempenho financeiro.
Exemplos de indicadores: Ativo total, Custos totais, Taxa de crescimento anual, Rentabilidade
do capital próprio, Preço da ação, etc.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1043
futuras dos clientes e desenvolvimento de novas soluções para essas necessidades -; prossegue
com os processos de operações – entrega dos produtos e prestação dos serviços aos clientes
existentes –; e termina com o serviço pós-venda – que complementam o valor proporcionado
aos clientes pelos produtos ou serviços.
Exemplos de indicadores: Giro de estoques; Índice de retrabalhos; Prazos de entrega;
Porcentagem de defeitos; Novos produtos lançados; Emissões ao meio ambiente, etc.
1044 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Balanced Scorecard – Prof. Rafael Ravazolo
Importante ressaltar que as quatro perspectivas não são um modelo rígido. Kaplan e Norton
admitem que, de acordo com as circunstâncias, uma organização pode renomear ou criar suas
próprias perspectivas.
Ao medir o desempenho organizacional por meio das quatro perspectivas, o BSC permite que as
organizações acompanhem o desempenho financeiro passado (tangível) e, ao mesmo tempo,
os vetores que impulsionam o desempenho futuro (a construção de capacidades e a aquisição
de ativos intangíveis).
A Evolução do BSC
1. Relações de causa e efeito – os objetivos e medidas definidos para cada perspectiva devem
estar integrados por meio de uma relação de causa e efeito. O processo se inicia por uma
abordagem top-down (de cima para baixo): os objetivos e medidas da perspectiva dos
clientes são definidos de acordo com os objetivos e medidas da perspectiva financeira;
os objetivos e medidas da perspectiva dos processos internos com base nos objetivos e
medidas da perspectiva dos clientes; e os da perspectiva de aprendizagem e crescimento
com base nos objetivos e medidas dos processos internos.
3. Relação com os fatores financeiros – o BSC deve enfatizar bem os resultados financeiros
(considerado o objetivo maior na administração privada).
Com base nesses três princípios, os componentes de cada perspectiva (objetivos, indicadores,
metas e iniciativas) formam a estrutura que traduz a estratégia em termos operacionais
(desdobra e comunica a estratégia para as áreas e para as pessoas).
Para entender como funciona essa estrutura de tradução e desdobramento da estratégia, veja
a figura a seguir, que mostra a relação entre os cinco componentes principais do BSC.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1045
1. Mapa Estratégico: é a representação visual da estratégia. Mostra a interdependência e as
relações de causa e efeito entre os objetivos de cada uma das quatro perspectivas.
1046 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Balanced Scorecard – Prof. Rafael Ravazolo
Outra forma de enxergar esse desdobramento pode ser vista na figura a seguir, que mostra a
relação da missão, da visão, dos valores e da estratégia com o BSC.
No bloco superior, percebe-se que a Missão da organização é o ponto de partida, pois é sua
razão de ser. Os Valores colaboram com a missão e, assim como ela, são mais estáveis ao longo
do tempo. A Visão é temporal e focada no futuro, colocando a organização em movimento,
em direção a mudanças. A Estratégia desenvolve-se e evolui para adaptar-se às mudanças no
ambiente externo e nas competências internas.
No bloco intermediário tem-se o Mapa Estratégico e o BSC, que representam a implementação
da estratégia (tradução e mensuração). O mapa descreve a lógica da estratégia (relação de
causa-efeito entre objetivos), enquanto o BSC coloca a visão em movimento, pois traduz os
objetivos do mapa em indicadores e metas.
Conclui-se, a partir da análise das duas figuras anteriores, que o BSC traduz a missão e a
estratégia num conjunto abrangente de medidas de desempenho (indicadores de cada
perspectiva) que serve de base para um sistema de medição e gestão da estratégia.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1047
A Gestão Estratégica usando o BSC
Kaplan e Norton citam cinco princípios da organização focalizada na estratégia:
1048 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Balanced Scorecard – Prof. Rafael Ravazolo
Para os autores, o BSC seria um modelo capaz de inserir a estratégia no centro dos processos
gerenciais e, assim, criar “organizações orientadas para estratégia”. O modelo apoia-se nos
seguintes processos-chave:
www.acasadoconcurseiro.com.br 1049
Há três papéis críticos para a construção e incorporação do BSC:
1050 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Balanced Scorecard – Prof. Rafael Ravazolo
www.acasadoconcurseiro.com.br 1051
Slides – Balanced Scorecard
Balanced Scorecard
• 1990 – apenas métodos e indicadores financeiros na
avaliação da performance;
• Kaplan e Norton – proposta de avaliação do
desempenho organizacional englobando quatro
perspectivas:
1 – Financeira
2 – Clientes/Mercado
3 – Processos Internos
4 – Aprendizado/Inovação e Crescimento
1
1
Balanced Scorecard
BSC = Painel/Placar Balanceado de Desempenho
1052 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Balanced Scorecard – Prof. Rafael Ravazolo
www.acasadoconcurseiro.com.br 1053
Balanced Scorecard – 4 Perspectivas
• 2) Clientes/Mercado:
‒Criar valor de forma sustentável e diferenciada para os
clientes, através da sua conquista, satisfação e retenção;
‒Escolha da proposição de valor para os clientes é o
elemento central da estratégia.
5
5
1054 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Balanced Scorecard – Prof. Rafael Ravazolo
www.acasadoconcurseiro.com.br 1055
Balanced Scorecard
• Três princípios permitem integrar o BSC à estratégia:
1) Relações de causa e efeito;
2) Indicadores de resultados e de desempenho (tendência);
3) Relação com os fatores financeiros;
3 – Processos Internos
Tendência
4 – Aprendizado e (leading)
Crescimento
Tradução da
Estratégia
1056 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Balanced Scorecard – Prof. Rafael Ravazolo
BSC na
Gestão
Estratégica
Balanced Construção
ScorecarddonaBSC
Gestão Estratégica
= Top-Down
Missão é o ponto de partida - a razão de ser;
Valores colaboram com a missão;
Visão é temporal e focada no futuro - movimenta a organização;
Estratégia adapta às mudanças no ambiente externo e nas competências
internas.
Mapa Estratégico e BSC = implementação da estratégia = tradução e a
mensuração;
Mapa descreve a lógica da estratégia (relação de causa-efeito entre
objetivos);
BSC coloca a visão em movimento, pois traduz os objetivos do mapa em
indicadores e metas.
O BSC permite identificar um pequeno número de vetores
críticos que determinam os objetivos.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1057
Balanced Scorecard na Gestão Estratégica
Planejar Formular
1058 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Balanced Scorecard – Prof. Rafael Ravazolo
Papéis
• Três papéis críticos para a construção e incorporação do BSC:
1) Arquiteto: responsável pela construção e incorporação do BSC
ao sistema gerencial (é o "gerente de projeto" do BSC).
Costuma ser um alto executivo de uma área de apoio.
2) Comunicador: faz o marketing interno - comunica as novas
estratégias aos funcionários e incentiva o fornecimento de
feedback.
3) Agente de Mudanças: é um representante do executivo
principal. Seu papel é ajudar a incorporar o BSC aos processos
gerenciais - moldar a rotina de uso do novo sistema gerencial (o
BSC).
www.acasadoconcurseiro.com.br 1059
O papel do BSC
como
“estrutura de ação
para a estratégia”
1060 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Balanced Scorecard – Prof. Rafael Ravazolo
www.acasadoconcurseiro.com.br 1061
Administração
Aula XX
Pergunta Resposta
Até que ponto as atividades podem ser subdividi-
Especialização do Trabalho.
das em tarefas separadas?
Qual a base (critério) para o agrupamento das
Departamentalização.
tarefas?
A quem as pessoas/grupos vão se reportar? Cadeia de Comando - Hierarquia.
Quantas pessoas cada chefe pode dirigir com efi-
Amplitude de Controle.
ciência e eficácia?
Onde fica a autoridade no processo decisório? Centralização e Descentralização.
Até que ponto haverá regras/normas para dirigir
Formalização.
as pessoas?
Especialização do Trabalho
É viável, hoje em dia, uma pessoa sozinha criar e montar aviões?
A Divisão do Trabalho é a maneira pela qual um processo complexo é decomposto em uma série
de tarefas menores, e cada uma das quais é atribuída a uma pessoa ou grupo (departamento).
Uma atividade, em vez de ser realizada inteiramente por uma única pessoa, é dividida em um
certo número de etapas, cada uma das quais será realizada por um indivíduo diferente.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1063
A habilidade de um funcionário aumenta com a repetição de uma tarefa, sendo assim, tal
divisão gera maior produtividade, rendimento do pessoal envolvido, eficiência e, por fim,
redução dos custos de produção.
A Especialização é uma consequência da divisão do trabalho: cada unidade ou cargo passa a ter
funções e tarefas específicas e especializadas. Essencialmente, ela faz com que os indivíduos se
especializem em realizar parte de uma atividade em vez de realizar a atividade inteira.
A especialização pode dar-se em dois sentidos: vertical e horizontal.
A vertical caracteriza-se pelos níveis hierárquicos (chefia), pois, na medida em que ocorre a
especialização horizontal do trabalho, é necessário coordenar essas diferentes atividades e
funções. Ex.: Presidência, Diretoria-Geral, Gerências, Coordenadorias, etc.
A horizontal representa a tendência de criar departamentos especializados no mesmo nível
hierárquico, cada qual com suas funções e tarefas. Ex.: gerência de Marketing, gerência de
Produção, gerência de Recursos Humanos, etc.
A especialização tem limites. Em
determinados trabalhos, o excesso de
especialização chegou a um ponto em que
as deseconomias humanas (tédio, fadiga,
estresse, baixa produtividade, perda de
qualidade, aumento do absenteísmo e
da rotatividade) superavam em muito as
vantagens econômicas. Por isso, muitas
empresas descobriram que dar aos
funcionários diversas tarefas, permitindo
que eles realizassem uma atividade
completa, e colocá-los em equipes com
habilidades intercambiáveis, geralmente levava a resultados melhores e ao aumento da
satisfação com o trabalho.
Departamentalização
Depois de dividir o trabalho por meio da especialização, é necessário agrupar as atividades
para que as tarefas comuns possam ser coordenadas. Esse agrupamento é chamado de
departamentalização.
Departamentalizar é agrupar as atividades e correspondentes recursos (humanos, materiais
e tecnológicos) em unidades, de acordo com um critério específico de homogeneidade.
Distintos critérios podem ser usados para criar departamentos, sendo os mais comuns: por
função (funcional); por produtos e serviços; geográfica (territorial, regional); por clientes; por
processo; por projeto; matricial e mista.
1064 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Princípios da Organização do Trabalho – Prof. Rafael Ravazolo
Autoridade
É o direito formal que a chefia tem de alocar recursos e exigir o cumprimento de tarefas por
parte dos funcionários. A autoridade emana do superior para o subordinado, e este é obrigado
a realizar seus deveres.
A autoridade:
•• é alocada em posições da organização, e não em pessoas;
•• flui desde o topo até a base da organização - as posições do topo têm mais autoridade do
que as posições da base;
•• é aceita pelos subordinados devido à crença na cultura organizacional.
Tipos de autoridade:
Existem três tipos básicos de autoridade:
•• Autoridade linear, hierárquica, ou única – segue o princípio da unidade de comando: cada
pessoa deve ter apenas um superior a quem se reportar diretamente. Essa autoridade é
única e absoluta do superior aos seus subordinados. Um exemplo típico são as organizações
militares;
•• Autoridade funcional, ou dividida – tem como base a especialização, o conhecimento.
Cada subordinado reporta-se a vários superiores, de acordo com a especialidade de cada
um - autoridade é parcial e relativa. Nenhum superior tem autoridade total. Ex.: médicos
em um hospital;
•• Autoridade de Staff, ou de Assessoria – com base no aconselhamento e assessoramento,
visando orientar e dar suporte a decisões. Ex.: assessoria jurídica, assessoria de imprensa,
consultoria em gestão, etc.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1065
Responsabilidade
Dever de desempenhar a tarefa ou atividade, ou cumprir um dever para o qual se foi designado.
Dentro dos princípios da divisão do trabalho, especialização e hierarquia, cada departamento
ou cargo recebe uma determinada quantidade de responsabilidades. Nessa relação contratual,
tais áreas/cargos concordam em executar certos serviços em troca de retribuições ou
compensações financeiras.
Amplitude de Controle
Amplitude administrativa (ou amplitude de comando, ou de controle) é o número de
subordinados que um gestor tem sob seu comando/supervisão.
1066 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Princípios da Organização do Trabalho – Prof. Rafael Ravazolo
Centralização e Descentralização
Muito cuidado! Na disciplina de Administração os conceitos de Centralização e de
Descentralização são distintos daqueles utilizados no Direito Administrativo. Na Administração,
esses conceitos estão ligados ao poder, ou seja, se um chefe centraliza ou descentraliza seus
poderes de decisão e de comando.
O termo centralização se refere ao grau em que o processo decisório está concentrado em um
único ponto da organização. O conceito inclui apenas a autoridade formal, ou seja, os direitos
inerentes de uma posição.
Dizemos que uma organização é centralizada quando sua cúpula toma todas as decisões
essenciais com pouca ou nenhuma participação dos níveis inferiores. Por outro lado, quanto
maior a participação dos níveis inferiores no processo decisório, maior a descentralização.
Centralização
É a concentração do poder decisório no topo da organização. Isso facilita o controle e
coordenação das atividades, além de padronizar as decisões e torná-las mais consistentes com
os objetivos globais da instituição.
Parte do princípio de que as pessoas do topo usualmente são mais bem treinadas e preparadas
para decisões, eliminando esforços duplicados de vários tomadores de decisão e reduzindo
custos operacionais.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1067
As principais desvantagens da centralização são: as decisões ficam distanciadas dos fatos e
circunstâncias, pois os tomadores de decisão têm pouco contato com as partes envolvidas e com
a situação operacional; maior demora na tomada de decisão, pois depende da disponibilidade
do gestor; as decisões passam pela cadeia escalar, dando margem a distorções e erros de
comunicação.
Descentralização
O poder decisório é deslocado para os níveis mais baixos da administração (fica distribuído pelos
diversos níveis hierárquicos). É uma tendência moderna, pois proporciona maior autonomia
aos cargos mais baixos e alivia a carga decisória da alta administração.
A descentralização altera a divisão do trabalho (e das decisões) entre os cargos e os
departamentos. Por causa disso, é mais duradoura e tem mais alcance que a delegação (que
ocorre entre pessoas).
As vantagens são: melhoria da qualidade das decisões, pois os gerentes médios ficam mais
próximos da operação e, portanto, conhecem melhor a realidade; melhoria no aproveitamento
das pessoas, com aumento da motivação, da criatividade e da autonomia; alivia os chefes
principais do excesso de trabalho decisório; agilidade e eficiência: a organização responde de
forma mais rápida.
As desvantagens são: falta de uniformidade das decisões; insuficiente aproveitamento dos
especialistas centrais; necessidade de maior estrutura de apoio.
Delegação
Delegação é a transferência de determinado nível de autoridade de um chefe para seu
subordinado, criando o correspondente compromisso pela execução da tarefa delegada.
A delegação pode alcançar apenas tarefas específicas ou um conjunto de tarefas.
Cuidado: não confundir a responsabilidade funcional/de execução com a responsabilidade
final/do cargo. Diversos autores afirmam que a responsabilidade final do cargo não pode ser
delegada. Delega-se apenas a execução, ou seja, a responsabilidade pelo bom desempenho
de uma tarefa e a respectiva autoridade para executá-la. A responsabilidade final pelo
cumprimento permanece com o delegante e, dessa forma, ele é o verdadeiro responsável e
deve manter supervisão aos delegados para que cumpram as funções. No serviço público, há
previsão legal (leis, resoluções, regimentos internos) explicitando responsabilidades e o que
pode ou não ser delegado.
Algumas considerações importantes sobre delegação: a autoridade deve ser delegada até o
ponto, e na medida necessária, para a realização dos resultados esperados; a autoridade deve
ser proporcional ao nível de responsabilidade alocada no cargo e/ou função considerada; a
responsabilidade não pode ser delegada, pois nem o chefe nem o subordinado podem livrar-se,
totalmente, de suas obrigações, designando outros para realizá-las; e a clareza na delegação é
fundamental, com designação precisa, entendida e aceita por todos os envolvidos no processo.
1068 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Princípios da Organização do Trabalho – Prof. Rafael Ravazolo
Técnicas de delegação:
•• Delegar a tarefa inteira, autoridade e responsabilidade (pela tarefa);
•• Delegar à pessoa certa – nem todas as pessoas têm capacidade e motivação;
•• Comunicação com o subordinado para esclarecer dúvidas e manter controle;
•• Avaliar e recompensar o desempenho.
No quadro a seguir são citadas as principais diferenças entre descentralizar e delegar.
DESCENTRALIZAÇÃO DELEGAÇÃO
•• Ligada ao cargo. •• Ligada à pessoa.
•• Geralmente atinge vários níveis •• Atinge um nível hierárquico.
hierárquicos. •• Caráter mais informal.
•• Caráter mais formal.
•• Menos pessoal. •• Mais pessoal.
•• Mais estável no tempo. •• Menos estável no tempo.
Formalização
A formalização se refere ao grau em que as tarefas dentro da organização são padronizadas.
Quando uma tarefa é muito padronizada, seu responsável tem pouca autonomia para decidir o
que, quando e como deve ser realizado. A padronização não apenas elimina a possibilidade de
os funcionários adotarem comportamentos alternativos, como também elimina a necessidade
de eles buscarem alternativas.
O grau de formalização pode variar muito entre as organizações e dentro de uma mesma
empresa.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1069
Slides – Princípios da Organização do Trabalho
Princípios da
Organização do Trabalho
1070 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Princípios da Organização do Trabalho – Prof. Rafael Ravazolo
Especialização
• Divisão do Trabalho: é a maneira pela qual um processo complexo
pode ser decomposto em uma série de pequenas tarefas, gerando
maior produtividade e rendimento do pessoal envolvido.
• Especialização: consequência da divisão do trabalho - cada órgão ou
cargo passa a ter funções e tarefas específicas e especializadas.
‒ Vertical e Horizontal
www.acasadoconcurseiro.com.br 1071
Especialização
• Limites: até que ponto as atividades podem ser subdivididas em
tarefas separadas?
Departamentalização
• Especialização Horizontal
• Depois de dividir o trabalho por meio da especialização, é
necessário agrupar as atividades para que as tarefas comuns
possam ser coordenadas.
• Departamentalizar = agrupar as atividades e correspondentes
recursos (humanos, materiais e tecnológicos) em unidades, de
acordo com um critério específico de homogeneidade.
• Que critérios usar para agrupar?
‒Critérios mais comuns: por função (funcional); por produtos
e serviços; geográfica (territorial, regional); por clientes; por
processo; por projeto; matricial e mista.
1072 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Princípios da Organização do Trabalho – Prof. Rafael Ravazolo
Hierarquia - Autoridade
É o direito formal que a chefia tem de alocar recursos e de exigir
o cumprimento de tarefas por parte dos funcionários.
• É alocada em posições da organização e não em pessoas.
• Flui desde o topo até a base da organização.
• É aceita formalmente - racionalmente.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1073
Hierarquia – Tipos de Autoridade
o Autoridade linear, ou única;
o Autoridade funcional, ou dividida;
o Autoridade de Staff, ou de Assessoria.
Hierarquia - Responsabilidade
• Dever de desempenhar a tarefa / atividade / função para a qual
a pessoa foi designada.
10
1074 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Princípios da Organização do Trabalho – Prof. Rafael Ravazolo
Amplitude de Controle
• Outros nomes: Amplitude administrativa, de comando.
• Número de subordinados que um gestor tem sob seu
comando/supervisão.
11
Amplitude Administrativa
• Decisão importante: quantas pessoas cada chefe
pode dirigir com eficiência e eficácia?
12
www.acasadoconcurseiro.com.br 1075
Centralização x Descentralização
• Cuidado: definição distinta no Direito Administrativo
• Na Administração = poder de decisão dentro da organização.
‒Onde está o poder formal de tomar decisões?
o Centralizar é concentrar o poder de decisão no topo da
hierarquia;
o Descentralizar é distribuir o poder de decisão nos
diferentes níveis hierárquicos.
13
Centralização x Descentralização
• Centralização - maior concentração de poder decisório no topo.
• Vantagens:
‒ Facilita o controle e coordenação das atividades da organização;
‒ O chefe é quem usualmente está mais bem treinado e preparado;
‒ As decisões são mais consistentes com os objetivos globais da
organização;
‒ Elimina esforços duplicados de vários tomadores de decisão e reduz
custos operacionais.
• Desvantagens:
‒ As decisões ficam distanciadas dos fatos e circunstâncias;
‒ Os tomadores de decisão têm pouco contato com as partes
envolvidas e com a situação;
‒ Maior demora na tomada de decisão;
‒ As decisões passam pela cadeia escalar, permitindo distorções e erros
no processo de comunicação dessas decisões.
14
1076 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Princípios da Organização do Trabalho – Prof. Rafael Ravazolo
Centralização x Descentralização
• Descentralização - menor concentração do poder decisório no
topo.
‒ É uma tendência nas organizações modernas.
• Vantagens:
‒ A decisão é delegada para pessoas/posições mais próximas da ação;
‒ Aumenta a eficiência, a motivação, a criatividade e a independência;
‒ Permite a formação de executivos locais mais motivados e
conscientes de seus resultados;
‒ Agilidade – a organização responde de forma mais rápida.
• Desvantagens:
‒ Falta de uniformidade das decisões;
‒ Insuficiente aproveitamento dos especialistas;
‒ Falta de equipe apropriada no campo de atividades.
15
Delegação
• Transferência de determinado nível de autoridade de um chefe para seu
subordinado, criando o correspondente compromisso pela execução da
tarefa delegada.
‒ Não confundir a responsabilidade funcional/de execução com a
final/do cargo.
o A responsabilidade final não pode ser delegada, pois nem o chefe nem o
subordinado podem livrar-se totalmente de suas obrigações, designando
outros para realizá-las;
‒ Delegação na medida necessária para alcançar os resultados
esperados;
‒ A autoridade deve ser proporcional ao nível de responsabilidade do
cargo
‒ A clareza na delegação é fundamental.
16
www.acasadoconcurseiro.com.br 1077
Descentralização X Delegação
17
Formalização
• A formalização se refere ao grau em que as tarefas dentro da
organização são padronizadas.
‒Tarefa muito padronizada = pouca autonomia; menor
possibilidade de os funcionários adotarem comportamentos
alternativos, como também elimina a necessidade de eles
buscarem alternativas.
1078 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração
Aula XX
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
•• Sistema de Decisão: define a natureza das decisões, os responsáveis por elas e as formas
de decidir.
•• Sistema de Responsabilidades: distribuição das atividades nas organizações.
•• Sistema de Autoridade: distribuição de poder dentro das organizações – direito formal
que o ocupante de determinado cargo tem para dar ordens.
•• Sistema de Comunicação: forma de integração entre as diversas unidades da organização.
Modelos de organizações
Modelos são os estilos ou padrões de organizações existentes. Há diversos modelos descritos
na literatura, entretanto, pode-se dizer que suas características variam entre dois modelos
extremos: o mecanicista e o orgânico.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1079
Modelo Mecanicista
Estruturas mecanicistas têm esse nome porque buscam imitar o funcionamento automático
e padronizado das máquinas. As pessoas fazem trabalhos repetitivos, sem autonomia e sem
improvisação. O modelo mecanicista é chamado de burocrático, pois é tido como sinônimo da
burocracia racional-legal descrita por Max Weber.
São estruturas rígidas e altamente controladas, adequadas a condições ambientais
relativamente estáveis e previsíveis. Organizações deste tipo valorizam a lealdade e a obediência
aos superiores e à tradição.
O desenho é piramidal, verticalizado; as tarefas são
especializadas e precisas; regras, regulamentos e
procedimentos são bem definidos e estão escritos; a
hierarquia é rígida e a autoridade não pode ser questionada
– a fonte da autoridade é a posição da pessoa na estrutura
organizacional; a comunicação vertical é enfatizada;
o poder é centralizado e a responsabilidade pela
coordenação e a visão do todo pertencem exclusivamente
à alta administração.
Modelo Orgânico
Estruturas orgânicas têm esse nome porque imitam o comportamento dinâmico dos organismos
vivos.
Esse modelo é chamado pós-burocrático ou adhocrático* (de acordo com a demanda,
um modelo para cada situação), pois procura se adaptar a condições instáveis, mutáveis.
Ambientes assim oferecem problemas complexos que muitas vezes não podem ser resolvidos
com estruturas tradicionais.
1080 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Estrutura Organizacional – Prof. Rafael Ravazolo
capacidade de resolver problemas com autonomia e iniciativa é mais importante do que seguir
regras; a especialização é pequena (as tarefas têm escopo amplo e os cargos são definidos mais
em termos de resultados esperados do que de tarefas).
Burocracia Adhocracia
Estruturas permanentes. Estruturas temporárias e flexíveis.
Atividades rotineiras ou estáveis; minuciosa Atividades inovadoras ou não-estáveis; divisão
divisão de trabalho. do trabalho nem sempre bem definida.
Profunda normatização, regras detalhadas e
Pouca normatização, regras genéricas.
definidas pela cúpula
Confiança nas regras e procedimentos formais. Confiança nas pessoas e nas comunicações.
Predomínio da interação vertical (superior - su-
Predomínio da interação horizontal; confiança e
bordinado); relacionamento baseado em autori-
crença recíprocas.
dade e obediência.
Cargos generalistas (atividades diversas e amplo
Cargos ocupados por especialistas.
conhecimento).
Hierarquia rígida; tomada de decisões centraliza- Hierarquia flexível; tomada de decisão descen-
da; pouca delegação. tralizada; delegação.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1081
•• Sistema de produção: nas empresas de produção em massa, o modelo mecanicista adapta-
se melhor; já a estrutura orgânica é mais apropriada quando o produto não é padronizado.
A figura a seguir mostra os determinantes e as consequências do desenho da estrutura.
Tipos de organização
Os diferentes tipos de organização são decorrência da estrutura organizacional, ou seja, da
arquitetura ou formato organizacional que assegura a divisão e coordenação das atividades dos
membros da instituição. A estrutura é o esqueleto que sustenta e articula as partes integrantes.
Cada subdivisão recebe o nome de unidade, departamento, divisão, seção, equipe, grupo de
trabalho, etc.
Cada empresa/instituição monta sua estrutura em função dos objetivos. Apesar da enorme
variedade de organizações, os autores clássicos e neoclássicos definiram três tipos tradicionais:
linear, funcional e linha-staff.
Importante ressaltar que os três tipos dificilmente são encontrados em seu estado puro, afinal,
se tratam de modelos teóricos e, dessa forma, são simplificações da realidade.
Organização Linear
É a forma mais simples e antiga, originada dos exércitos e organizações eclesiásticas. O
nome “linear” é em função das linhas diretas e únicas de autoridade e responsabilidade
entre superiores e subordinados, resultando num formato piramidal de organização. Cada
1082 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Estrutura Organizacional – Prof. Rafael Ravazolo
gerente recebe e transmite tudo o que se passa na sua área de competência, pois as linhas de
comunicação são rigidamente estabelecidas.
Típica de empresas pequenas, com baixa complexidade, mas pode ocorrer em médias e grandes
com tarefas padronizadas, rotineiras, repetitivas, onde a execução é mais importante que a
adaptação a mudanças, ou mesmo à qualidade dos produtos.
Características
•• Autoridade linear, única e absoluta do superior aos seus subordinados, ou seja, cada
subordinado reporta-se exclusivamente a um superior;
•• Linhas formais de comunicação vertical, de acordo com o organograma. Podem ser para
cima (órgão ou cargo superior) ou para baixo (órgão ou cargo inferior);
•• Centralização das decisões: a autoridade converge para a cúpula da organização;
•• Aspecto piramidal: quanto mais sobe na escala hierárquica, menor o número de órgãos ou
cargos. Quanto mais acima, mais generalização de conhecimento e centralização de poder;
quanto mais abaixo, mais especialização e delimitação das responsabilidades.
Vantagens
•• Estrutura simples e de fácil compreensão e implantação;
•• Clara delimitação das responsabilidades dos órgãos – nenhum órgão ou cargo interfere em
área alheia;
•• Estabilidade e disciplina garantidas pela centralização do controle e da decisão.
Desvantagens
•• O formalismo das relações pode levar à rigidez e à inflexibilidade, dificultando a inovação e
adaptação a novas circunstâncias;
•• A autoridade linear baseada no comando único e direto pode tornar-se autocrática,
dificultando o aproveitamento de boas ideias;
•• Chefes tornam-se generalistas e ficam sobrecarregados em suas atribuições na medida em
que tudo tem que passar por eles;
www.acasadoconcurseiro.com.br 1083
•• Com o crescimento da organização, as linhas formais de comunicação se congestionam e
ficam lentas, pois tudo deve passar por elas.
Organização Funcional
É o tipo de organização em que se aplica o princípio funcional ou princípio da especialização.
Cada área é especializada em um determinado assunto, é a autoridade em um tema. Dessa
forma, ela presta seus serviços às demais áreas de acordo com sua especialidade.
É possível utilizar tal estrutura quando a organização tem uma equipe de especialistas bem
entrosada, orientada para resultados, e uma boa liderança.
Características
•• Autoridade funcional dividida: cada subordinado reporta-se a vários superiores
simultaneamente, de acordo com a especialidade de cada um;
•• Nenhum superior tem autoridade total sobre os subordinados. A autoridade é parcial e
relativa, decorrente de sua especialidade e conhecimento;
•• Linhas diretas de comunicação, não demandam intermediação: foco na rapidez;
•• Descentralização das decisões para os órgãos especializados. Não é a hierarquia, mas a
especialização que promove a decisão.
Vantagens
•• Proporciona especialização e aperfeiçoamento;
•• Permite a melhor supervisão técnica possível;
•• Comunicações diretas, sem intermediação, mais rápidas e menos sujeitas a distorções;
•• Separa as funções de planejamento e de controle das funções de execução: há uma
especialização do planejamento e do controle, bem como da execução, permitindo plena
concentração de cada atividade.
1084 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Estrutura Organizacional – Prof. Rafael Ravazolo
Desvantagens
•• Não há unidade de mando, o que dificulta o controle das ações e a disciplina;
•• Subordinação múltipla pode gerar tensão e conflitos dentro da organização;
•• Concorrência entre os especialistas, cada um impondo seu ponto de vista de acordo com
sua área de atuação.
Organização Linha-Staff
É o resultado de uma combinação dos tipos de organização linear e funcional, buscando
aproveitar as vantagens de ambas e diminuir as respectivas desvantagens. Nela coexistem os
órgãos de linha (execução) e de assessoria (apoio e consultoria), mantendo relações entre si.
As atividades de linha são aquelas intimamente ligadas aos objetivos da organização (áreas-
fim). As atividades de staff são as áreas-meio, ou seja, prestam serviços especializados que
servem de suporte às atividades-fim.
A autoridade para decidir e executar é
do órgão de linha. A área de staff apenas
assessora, sugere, dá apoio e presta serviços
especializados. A relação deve ser sinérgica,
pois a linha necessita do staff para poder
desenvolver suas atividades, enquanto o
staff necessita da linha para poder atuar.
É possível citar algumas atividades que são
tipicamente de staff**: gestão de pessoas,
orçamento, compras, almoxarifado,
manutenção, tecnologia da informação,
assessorias em geral (jurídica, contábil,
gestão), controle interno, etc.
**Obviamente há exceções, pois a definição de área-meio e área-fim varia de acordo com o
ramo de atuação, as políticas e os objetivos de cada empresa/instituição.
Características
•• Fusão da estrutura linear com a estrutura funcional;
•• Coexistência de linhas formais de comunicação com linhas diretas;
•• Separação entre órgãos operacionais (executivos) e órgãos de apoio e suporte (assessores).
Vantagens
•• Melhor embasamento técnico e operacional para as decisões;
•• Agregar conhecimento novo e especializado à organização;
•• Facilita a utilização de especialistas;
www.acasadoconcurseiro.com.br 1085
•• Possibilita a concentração de problemas específicos nos órgãos de staff, enquanto os órgãos
de linha ficam livres para executar as atividades-fim.
Desvantagens
•• Conflitos entre órgãos de linha e staff: experiências profissionais diversas, visões de
trabalho distintas, diferentes níveis de formação;
•• Dificuldade de manutenção do equilíbrio entre linha e staff.
Por equipes
Utiliza o conceito de equipe multidisciplinar, buscando delegar autoridade e dispersar a
responsabilidade (empowerment) por meio da criação de equipes participativas.
Essa estrutura desmonta as antigas barreiras departamentais e descentraliza o processo
decisório para as equipes, fazendo com que as pessoas tenham generalistas e especialistas.
É comum, em empresas de ponta, encontrar equipes autogerenciadas cuidando de unidades
estratégicas de negócios com total autonomia e liberdade. Nessa estrutura podem existir dois
tipos de equipes: a permanente, que funciona como uma área normal; e a cruzada, que é a
união de pessoas de vários departamentos funcionais para resolver problemas mútuos.
A equipe cruzada ajuda a reduzir a barreira entre os departamentos. Além, disso, o poder
delegado à equipe reduz o tempo de reação a mudanças externas. Outro benefício é a
motivação do funcionário, pois o trabalho na equipe cruzada é mais enriquecedor.
Organização em Rede
A rede é muito mais do que “uma organização” – é uma entidade que congrega os recursos de
inúmeras pessoas e, grupos e organizações. Os participantes da rede são autônomos entre si,
mas são dependentes da rede como um todo e podem ser parte de outras redes.
A organização desagrega as suas funções tradicionais e as transfere para empresas ou unidades
separadas que são interligadas por meio de uma pequena organização coordenadora, que
passa a ser o núcleo central. A companhia central retém o aspecto essencial do negócio,
enquanto transfere para terceiros as atividades que outras companhias podem fazer melhor
(produção, vendas, engenharia, contabilidade, propaganda, distribuição, etc.). Trata-se de
uma abordagem revolucionária, as fronteiras das atividades da organização vão se diluindo e
as formas organizacionais de uma empresa vão se misturando às atividades organizacionais
de outras, tornando difícil reconhecer onde começa e onde termina a organização em termos
tradicionais.
Há vários tipos de redes, cada tipo serve para uma finalidade.
1086 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Estrutura Organizacional – Prof. Rafael Ravazolo
Comissão ou Colegiado
Comitê ou comissão é a reunião de vários profissionais, normalmente com conhecimentos
multidisciplinares, para emitir, por meio de discussão organizada, uma opinião a respeito de
um assunto previamente fixado.
São formados com objetivo de apurar situações ou tomar decisões colegiadas. Não é um órgão
da estrutura organizacional e pode assumir tipos diversos: formais, informais, temporárias,
relativamente permanentes, consultivos, diretivos. Exemplos são algumas empresas (inclusive
públicas) que possuem Conselhos de Administração, Fiscais, etc.
Organização virtual
É uma estrutura que utiliza tecnologia da informação para unir, de forma dinâmica, pessoas e
demais recursos organizacionais sem tornar necessário reuni-las em um espaço físico e/ou ao
mesmo tempo para executar seus processos produtivos.
O atributo "virtual" é utilizado para denominar uma lógica organizacional na qual as fronteiras
de tempo, espaço geográfico, unidades organizacionais e acesso a informações são menos
importantes, enquanto o uso de tecnologias de comunicação e informação é considerado
altamente útil.
O grau de "virtualidade" depende da intensidade na utilização de tecnologias de informação e
comunicação para interagir com clientes externos ou internos, realizar negócios e operar como
um todo.
Uma segunda abordagem define uma organização
virtual como uma rede de organizações
independentes, que se unem em caráter temporário
através do uso de tecnologias de informação e
comunicação, visando assim obter vantagem
competitiva. A organização virtual se comporta
como uma única empresa por meio da união das
competências essenciais de seus membros, que
podem ser instituições, empresas ou pessoas
especializadas.
Toda organização virtual é uma rede organizacional, mas nem toda rede organizacional é uma
organização virtual.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1087
Organograma
É a representação gráfica de determinados aspectos da estrutura organizacional (a apresentação
completa da estrutura organizacional só pode ser efetuada pelo manual de organização).
No organograma, ficam claramente evidenciadas as diversas unidades organizacionais (áreas,
departamentos), sua posição relativa na estrutura geral da empresa (hierarquia, especialidade)
e suas ligações (canais de comunicação).
Podem-se ter o organograma geral da empresa e os parciais dos departamentos.
•• Divisão do trabalho: quadros (retângulos)
representam o fracionamento da organização,
em unidades de direção, assessorias,
conselhos, gerências, departamentos, divisões,
setores, etc.
•• Autoridade e Hierarquia: as relações entre
superior e subordinado. A quantidade de
níveis verticais mostra a cadeia de comando,
ou seja, como a autoridade está distribuída
desde o diretor que tem mais autoridade, no
topo da estrutura, até o funcionário que tem
menos autoridade, na base da estrutura.
•• Canais de comunicação: as linhas verticais e
horizontais que ligam os retângulos mostram
as relações/comunicações entre as unidades
de trabalho. A linha contínua representa
autoridade, na vertical, e coordenação na
horizontal.
Dependendo da técnica de elaboração aplicada, o Organograma poderá evidenciar, além do
tipo de trabalho desenvolvido, mais: o detalhamento do tipo de trabalho; os cargos existentes;
os nomes dos titulares das unidades; a quantidade de pessoas por unidade; a relação funcional,
além da relação hierárquica.
Organograma Linear
Mostra a distribuição de
responsabilidade e de autoridade
em uma organização. Estrutura,
resumidamente, as atividades básicas
e os tipos de decisão relacionados
a cada unidade organizacional da
empresa.
1088 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Estrutura Organizacional – Prof. Rafael Ravazolo
Revela a atividade/decisão de cada posição ou cargo, mostrando quem participa e em que grau
quando uma atividade/decisão deve ocorrer na empresa.
Organograma Vertical
Identifica, de forma sequencial, os
diversos cargos de chefia de uma empresa,
preferencialmente junto com o nome básico
da unidade organizacional (departamento,
seção).
www.acasadoconcurseiro.com.br 1089
Slides – Estrutura Organizacional
Estrutura Organizacional
• Desenho da organização = resultado da identificação,
análise, ordenação e agrupamento das atividades, dos
recursos e das pessoas.
Estrutura Organizacional
• Inclui os sistemas de: decisão, responsabilidade,
autoridade e comunicação.
‒Formal: organograma + estatutos + regras.
1090 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Estrutura Organizacional – Prof. Rafael Ravazolo
Modelos Estruturais
Modelos Estruturais
Burocracia Adhocracia
Estruturas permanentes. Estruturas temporárias e flexíveis.
Atividades rotineiras ou estáveis; minuciosa Atividades inovadoras ou não-estáveis; divisão
divisão de trabalho. do trabalho nem sempre bem definida.
Profunda normatização, regras detalhadas e
Pouca normatização, regras genéricas.
definidas pela cúpula.
Confiança nas regras e procedimentos formais. Confiança nas pessoas e nas comunicações.
Predomínio da interação vertical (superior -
Predomínio da interação horizontal; confiança
subordinado); relacionamento baseado em
e crença recíprocas.
autoridade e obediência.
Cargos generalistas (atividades diversas e
Cargos ocupados por especialistas.
amplo conhecimento).
Hierarquia rígida; tomada de decisões Hierarquia flexível; tomada de decisão
centralizada; pouca delegação. descentralizada; delegação.
4
www.acasadoconcurseiro.com.br 1091
Fatores que influenciam a Estrutura
Tipos de Organização
• São decorrência da estrutura organizacional:
‒ autoridade, grau de delegação ou concentração de tarefas, linhas de
comando e de comunicação, centralização ou descentralização das
decisões, etc.
1092 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Estrutura Organizacional – Prof. Rafael Ravazolo
Organização Linear
• Mais simples e antiga
• Autoridade linear, única – centralizadora e generalista
• Linhas diretas e únicas de autoridade e responsabilidade entre superior e
subordinados
• Formato piramidal
Vantagens
• Estrutura simples, de fácil compreensão e implantação;
• Clara delimitação das responsabilidades dos órgãos e uma notável
precisão da jurisdição;
• Estabilidade e disciplina.
Desvantagens
• O formalismo das relações pode levar à rigidez e à inflexibilidade;
• Chefes tornam-se generalistas e ficam sobrecarregados;
• Com o crescimento da organização, as linhas formais de
comunicação se congestionam;
• As comunicações, por serem lineares, se tornam demoradas.
8
www.acasadoconcurseiro.com.br 1093
Organização Funcional
• Princípio funcional – especialização
• Autoridade funcional – dividida - decisões descentralizadas
• Comunicação direta – rapidez
• Subordinação múltipla
Vantagens
• Proporciona o máximo de especialização na organização;
• Permite a melhor supervisão técnica possível;
• As comunicações diretas são mais rápidas e menos sujeitas a
distorções;
• Separa as funções de planejamento e de controle das funções de
execução.
Desvantagens
• Perda da autoridade de comando;
• Subordinação múltipla - tendência à tensão e a conflitos;
• Tendência à concorrência entre os especialistas.
10
1094 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Estrutura Organizacional – Prof. Rafael Ravazolo
Organização Linha-Staff
• Busca aproveitar as vantagens de ambas e diminuir as
respectivas desvantagens – embasamento técnico e
operacional, uso de especialistas etc.
• Separação entre execução e assessoria.
• Conflito linha-staff
11
12
www.acasadoconcurseiro.com.br 1095
Organização em rede
• Rede = entidade que congrega os recursos de inúmeras pessoas
e, grupos e organizações.
‒ Participantes são autônomos entre si, mas são dependentes da rede
como um todo e podem ser parte de outras redes.
‒ A organização transfere funções para empresas/unidades separadas;
‒ Fronteiras diluídas entre organizações: difícil reconhecer onde começa
e onde termina a organização em termos tradicionais.
13
Comissão ou Colegiado
• Conselhos, comissões comitês:
‒formados para apurar situações ou tomar decisões
colegiadas.
‒Geralmente não é um órgão da estrutura organizacional;
‒Pode assumir tipos diversos: formais, informais, temporárias,
relativamente permanentes, consultivos, diretivos.
14
1096 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Estrutura Organizacional – Prof. Rafael Ravazolo
Virtual
• 1) Utiliza TIC para unir pessoas e demais recursos
organizacionais sem tornar necessário reuni-las em um espaço
físico e/ou ao mesmo tempo;
• 2) Rede de organizações independentes, que se unem em
caráter temporário através do uso
de tecnologias de informação e
comunicação, visando assim
obter vantagem competitiva.
Organograma
• É a representação gráfica de determinados aspectos da
estrutura organizacional.
• Mostra:
‒ Divisão do trabalho: quadros (retângulos)
representam o fracionamento da
organização – divisões, departamentos, etc.
‒ Autoridade e Hierarquia: níveis verticais.
‒ Canais de comunicação: linhas verticais
(autoridade) e horizontais (coordenação).
16
www.acasadoconcurseiro.com.br 1097
Organograma
17
1098 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração
Aula XX
DEPARTAMENTALIZAÇÃO
Princípios da Departamentalização
1. Maior uso: o departamento que utiliza mais uma atividade deve tê-la sob sua jurisdição;
2. Maior interesse: o departamento que tiver mais interesse sob uma atividade deve
supervisioná-la;
www.acasadoconcurseiro.com.br 1099
Abordagens
Distintas abordagens podem ser utilizadas no desenho dos departamentos, sendo as mais
comuns a Funcional, a Divisional e a Matricial (somatório da funcional com a divisional). Além
dessas, há a abordagem em Equipe (equipes multifuncionais) e em Rede (redes de empresas),
as quais são explicadas no capítulo de Estrutura Organizacional.
A abordagem Funcional segue o princípio da especialização, separando departamentos de
acordo com a função desempenhada por cada um na organização (produção, finanças, RH,
vendas, etc.).
A abordagem Divisional segue o princípio das unidades de negócio autônomas (unidades
estratégicas de negócio) e cada gestor é responsável pelos resultados de sua unidade. Essa
abordagem cria departamentos autossuficientes - cada divisão possui suas próprias funções
operacionais (conjunto de especialistas, áreas funcionais), permitindo que atue de forma
praticamente autônoma, prestando contas apenas à cúpula administrativa da empresa. É
mais indicada em organizações que produzem diferentes produtos/serviços para diferentes
mercados/clientes, pois cada divisão focaliza um mercado/cliente independente. Dentro
de abordagem divisional existem variantes, que servem para alcançar diferentes resultados
esperados de uma organização e que se baseiam em: Produtos ou serviços, Localização
Geográfica, Clientes, Projetos, etc.
Essas duas abordagens definem os critérios (tipos) mais comuns de Departamentalização: por
função (funcional); por produtos e serviços; geográfica (territorial, regional); por clientes; por
processo; por projeto; matricial; mista.
É a divisão lógica de acordo com as funções especializadas que são realizadas na organização.
Cada área (departamento) passa a ser responsável por uma função organizacional específica
(Marketing, RH, Finanças, Produção, Logística, etc.).
A Departamentalização Funcional cria áreas especializadas a partir do agrupamento de
funções ou atividades semelhantes, assim, todos os especialistas em determinada função
ficam reunidos: todo o pessoal de vendas, todo o pessoal de contabilidade, todo o pessoal de
compras, e assim por diante.
É considerado o tipo mais comum encontrado nas empresas.
A organização foca em si mesma (introversão), sendo indicada para ambientes estáveis, de
poucas mudanças, com desempenho continuado e tarefas rotineiras. É utilizada, portanto, em
empresas cujas atividades sejam bastante repetitivas, altamente especializadas e com poucas
linhas de produtos/serviços.
O administrador principal tem pleno controle dos destinos da organização, entretanto, se o
tamanho aumenta muito, certos problemas podem surgir: excessiva especialização (novas
camadas funcionais e novos cargos especializados); estrutura tende a tornar-se complexa,
piramidal e feudal, acarretando um distanciamento dos objetivos principais.
1100 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Departamentalização – Prof. Rafael Ravazolo
Vantagens
•• Agrupa vários especialistas de um mesmo assunto em uma mesma unidade;
•• Estabilidade nas atividades e relacionamentos;
•• Simplifica o treinamento e orienta as pessoas para uma função específica, concentrando
sua competência e habilidades técnicas;
•• Permite economia de escala pelo uso integrado de pessoas, máquinas e produção em
massa;
Desvantagens
•• Foco na especialidade em detrimento do objetivo organizacional global (cria feudos devido
à ênfase dos funcionários na própria especialidade);
•• Comunicação e cooperação deficiente entre departamentos;
•• Inadequada para ambiente e tecnologia em constante mudança, pois dificulta a adaptação
e a flexibilidade.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1101
Vantagens
•• Fortalece a especialização no produto: fixa a responsabilidade de cada departamento para
um produto/serviço ou linha de produto/serviço, pois cada uma dessas divisões funciona
como uma unidade de resultados;
•• Facilita a coordenação entre as diferentes áreas dentro de cada divisão: a preocupação
principal é o produto e as atividades das áreas envolvidas que dão pleno suporte;
•• Permite maior flexibilidade: as unidades produtivas podem ser maiores ou menores,
conforme as condições;
•• Facilita a inovação, pois requer cooperação e comunicação dos vários grupos que
contribuem para gerar o produto.
Desvantagens
•• Enfraquece a especialização funcional: dispersa os especialistas nas diversas divisões
orientadas para os produtos;
•• Gera custos operacionais elevados pela duplicidade de atividades, por isso não é indicada
para circunstâncias externas não mutáveis e para empresas com pouca variabilidade dos
produtos;
•• É difícil coordenar políticas gerais da organização;
•• Em situações de instabilidade externa, pode gerar temores e ansiedades na força de
trabalho de determinada linha de produto, em função da possibilidade de desemprego;
•• Pode desestabilizar a estrutura caso um gerente de produto adquira muito poder.
Tem ênfase territorial, na cobertura geográfica: cria departamentos tendo como critério os
locais onde o trabalho será desempenhado, ou então a área de mercado a ser servida pela
empresa. Todas atividades em determinado território são de responsabilidade de um gestor.
É utilizada geralmente por empresas que cobrem grandes áreas geográficas e cujos mercados
são extensos e diversificados (clientes e recursos dispersos), ou seja, quando as circunstâncias
externas indicam que o sucesso da organização depende particularmente do seu ajustamento
às condições e às necessidades de cada local e/ou região. A orientação da empresa, portanto, é
mercadológica (extroversão).
Exemplos: as empresas multinacionais têm este nome justamente por utilizarem a estratégia
geográfica para suas operações fora do país onde estão sediadas; lojas e empresas possuem
filiais em diversas localidades; agências bancárias; varas judiciais espalhadas pelo interior dos
estados.
1102 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Departamentalização – Prof. Rafael Ravazolo
Vantagens
•• Foco mercadológico: amplia a área de atuação, atingindo maior número de clientes/
fornecedores;
•• Fortalece especialização quanto ao local: agilidade e vantagem competitiva pelo maior
conhecimento do local;
•• Permite fixar a responsabilidade de lucro e de desempenho no comportamento local ou
regional, além de encorajar os executivos a pensar em termos de sucesso de território;
•• As características da empresa podem acompanhar adequadamente as variações de
condições e características locais.
Desvantagens
•• Dificuldade de coordenar políticas gerais da organização: o enfoque territorial pode deixar
em segundo plano a coordenação da empresa como um todo (aspectos de planejamento,
execução e controle), em face do grau de liberdade e autonomia nas regiões;
•• Enfraquece especialização funcional: a preocupação estritamente territorial concentra-
se mais nos aspectos mercadológicos e de produção e quase não requer apoio dos
especialistas (staff) da matriz da empresa.
•• Duplicação de instalações e de funções;
•• Em situações de instabilidade externa em determinada região, pode gerar temores e
ansiedades na força de trabalho em função da possibilidade de desemprego ou prejuízo
funcional.
Vantagens
•• Atendimento personalizado: quando a satisfação do cliente é o aspecto mais crítico da
organização, ou seja, quando um tipo de cliente é o mais importante, e os produtos e
serviços devem ser adaptados às suas necessidades;
www.acasadoconcurseiro.com.br 1103
•• Dispõe os executivos e todos os participantes da organização para satisfazer as necessidades
e os requisitos dos clientes;
•• Possibilita conhecimento e atendimento contínuo e rápido às necessidades específicas de
diferentes tipos de clientes.
Desvantagens
•• As demais atividades da organização – produção, finanças – podem se tornar secundárias
ou acessórias, em face da preocupação compulsiva com o cliente;
•• Os demais objetivos da organização – lucratividade, produtividade – podem ser deixados
de lado ou sacrificados;
•• Pode gerar conflitos com outras áreas em função de tratamentos preferenciais a certos
clientes.
1104 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Departamentalização – Prof. Rafael Ravazolo
Vantagens
•• Fixa a responsabilidade e a união dos esforços dos em determinado processo;
•• Extrai vantagens econômicas oferecidas pela própria natureza do equipamento ou da
tecnologia. A tecnologia passa a ser o foco e o ponto de referência para o agrupamento
de unidades e posições.
•• Maior especificação dos recursos alocados;
•• Possibilidade de comunicação mais rápida de informações técnicas;
•• Melhor coordenação e avaliação de cada parte do processo;
•• Maiores níveis de produtividade e de qualidade.
Desvantagens
•• Possibilidade de perda da visão global da interligação entre diferentes processos.
•• Quando a tecnologia utilizada sofre mudanças e desenvolvimento revolucionários, a
ponto de alterar profundamente os processos;
•• Deve haver especial cuidado com a coordenação dos distintos processos.
Projeto é a união temporária de recursos (pessoas, materiais, finanças, tecnologia) para atingir
um objetivo, sendo realizado conforme parâmetros predefinidos de tempo, custo, recursos e
qualidade. Em outras palavras, projeto é um trabalho específico, com prazo para acabar e que,
para sua realização, exige um esforço concentrado de pessoas e recursos sob a responsabilidade
de um coordenador (gerente do projeto).
Exemplos de projetos: estádios de futebol, prédios, pontes, estradas, desenvolvimento de
novas tecnologias, etc.
A departamentalização por projetos, portanto, é utilizada em empresas cujos produtos/serviços
são complexos e envolvem grandes concentrações de recursos por um determinado tempo,
que exigem tecnologia sofisticada, especialistas de diversas áreas e grande coordenação das
atividades (por exemplo, uma construtora que realiza inúmeras obras ao mesmo tempo). É
uma estrutura organizacional flexível/mutável - capaz de adaptar-se às necessidades de cada
projeto – e focada em resultados.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1105
A departamentalização por Processos é semelhante à por produtos/serviços. A diferença
é que na departamentalização por produtos/serviços o foco é o produto final, enquanto na
abordagem por processos são focados os fluxos de trabalho em si, cada um gerando partes do
produto final.
Vantagens
•• Foco no resultado – permite melhor atendimento das necessidades dos clientes;
•• Alta responsabilização e engajamento da equipe e do gerente de projetos;
•• Permite a concentração de recursos e especialistas para realizar um trabalho complexo;
•• É uma estrutura organizacional flexível e mutável, que se adapta às necessidades de cada
projeto;
•• Melhoria no controle da execução – cumprimento de prazos e orçamentos.
Desvantagens
•• Isolamento da equipe no seu projeto - como cada equipe está focada em seu próprio
projeto, não há comprometimento com a empresa e há dificuldade de comunicação entre
os projetos realizados pela organização (dificuldade de coordenar políticas gerais);
•• Em projetos muito grandes, podem ocorrer dificuldades no gerenciamento da equipe;
•• Duplicação de esforços quando dois ou mais especialistas trabalham em um mesmo
problema ou assunto, mas em projetos diferentes;
•• Cada projeto é único, inédito, e envolve muitas habilidades e conhecimentos dispersos na
empresa ao longo de seu ciclo de execução. Assim, quando termina uma fase, ou mesmo
o projeto, a empresa pode ser obrigada a dispensar pessoal ou a paralisar máquinas e
equipamentos se não tiver outro projeto em vista;
Departamentalização Matricial
Chama-se matricial, pois combina dois ou mais tipos de departamentalização, formando uma
grade, conforme a figura a seguir.
Pode ser definida, também, como a combinação da abordagem divisional com a funcional, ou
então, conforme o tipo mais comum, a combinação da departamentalização funcional com a
de projetos.
1106 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Departamentalização – Prof. Rafael Ravazolo
www.acasadoconcurseiro.com.br 1107
Vantagens
•• Maior versatilidade e otimização dos recursos;
•• Forma efetiva para conseguir resultados ou resolver problemas complexos;
•• Mais fortemente orientada para resultados;
•• Maior grau de especialização.
Desvantagens
•• Ambiguidade de papéis e relações das pessoas - conflito de interesses entre linha e projeto;
•• Duplicidade de autoridade e comando.
Departamentalização Mista
É praticamente impossível encontrar, na prática, a aplicação pura de um único tipo de
departamentalização em toda uma empresa. Geralmente encontrar-se uma reunião de diversos
tipos de departamentalização (abordagem multidivisional) em todos os níveis hierárquicos, a
qual se denomina Departamentalização Mista ou Combinada.
1108 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Departamentalização – Prof. Rafael Ravazolo
Há outros tipos menos difundidos de departamentalização (por quantidade, por turno, por
área do conhecimento etc.), que acabam sendo cópias conceituais dos apresentados aqui e,
por isso, não foram detalhados.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1109
Slides – Departamentalização
Departamentalização
• O
que
é
departamentalizar;
Departamentalização
1110 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Departamentalização – Prof. Rafael Ravazolo
Departamentalização
Departamentalizar
é
agrupar
as
a1vidades
e
correspondentes
recursos
(humanos,
materiais
e
tecnológicos)
em
unidades,
de
acordo
com
um
critério
específico
de
homogeneidade.
Departamentalização
Princípios:
Tipos/critérios:
1-‐
Maior
uso
• Funcional
2-‐
Maior
interesse
• Produtos
ou
Serviços
3-‐
Separação
do
controle
• Geográfica/Territorial
4-‐
Supressão
da
concorrência
• Clientes
• Processos
Abordagens:
• Projetos
1
–
Funcional:
especialização
por
função
• Matricial
e
Mista
2
–
Divisional:
unidades
autônomas
–
(mulAdivisional)
divisão
por
objeAvo/finalidade
• Outros:
quanAdade,
turno
www.acasadoconcurseiro.com.br 1111
Departamentalização
por
função
(funcional)
•
Considerado
o
8po
mais
comum.
• Segue
o
princípio
da
especialização:
agrupa
as
a8vidades
de
acordo
com
as
funções
especializadas
desenvolvidas
dentro
da
organização.
• Indicada
para
situações
estáveis:
poucos
8pos
de
produtos,
a8vidades
repe88vas
e
altamente
especializadas,
com
pouca
mudança
e
pouca
necessidade
de
integração.
Departamentalização funcional
• Vantagens:
‒ Especialização:
agrupa
vários
especialistas
e
garante
pleno
uso
das
habilidades
técnicas
das
pessoas;
‒ Estabilidade
nas
a@vidades
e
relacionamentos;
‒ Simplifica
o
treinamento
e
orienta
as
pessoas
para
uma
a@vidade
específica,
concentrando
suas
competências.
‒ Permite
economia
de
escala
pelo
uso
integrado
de
pessoas,
máquinas
e
produção
em
massa;
1112 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Departamentalização – Prof. Rafael Ravazolo
Departamentalização funcional
• Desvantagens:
‒ Visão
parcial
da
organização:
foco
na
especialidade
em
detrimento
do
obje<vo
organizacional
global;
‒ Reduz
a
cooperação
e
comunicação
interdepartamental
–
a
ênfase
na
própria
área
cria
feudos
de
especialização;
‒ Dificulta
a
adaptação
e
a
flexibilidade:
inadequada
para
ambiente
e
tecnologia
em
constante
mudança;
‒ Se
o
tamanho
aumenta
muito,
pode
ocorrer
excessiva
especialização
(novas
camadas
funcionais
e
novos
cargos
especializados),
tornando
a
estrutura
complexa.
7
Departamentalização
por
produtos
ou
serviços
•
Orientada
para
resultados
dos
produtos/serviços.
• Indicada
quando
as
a:vidades
inerentes
a
cada
um
dos
produtos
ou
serviços
possuem
diferenciações
significa:vas
e,
por
isso,
fica
mais
fácil
administrar
cada
produto/serviço
individualmente.
• Indicada
para
circunstâncias
externas
mutáveis.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1113
Departamentalização
por
produtos
ou
serviços
• Vantagens:
‒ Fortalece
especialização
no
produto:
fixa
a
responsabilidade
de
cada
departamento
para
um
produto/serviço
ou
linha
de
produto/serviço;
‒ Facilita
a
coordenação
interdepartamental
dentro
da
divisão
–
a
preocupação
principal
é
o
produto;
‒ Permite
maior
flexibilidade:
as
unidades
produDvas
podem
ser
maiores
ou
menores,
conforme
as
condições;
‒ Facilita
a
inovação,
pois
requer
cooperação
e
comunicação
dos
vários
grupos
que
contribuem
para
gerar
o
produto;
10
1114 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Departamentalização – Prof. Rafael Ravazolo
Departamentalização
geográfica
(territorial)
• Ênfase
territorial
–
cobertura
geográfica:
departamentos
de
acordo
com
o
local
de
trabalho
será
desempenhado,
ou
então
a
área
de
mercado
que
será
atendida
pela
empresa.
‒ Todas
aDvidades
em
determinado
território
são
de
responsabilidade
de
um
departamento/gestor.
• Indicada
quando
o
sucesso
da
organização
depende
do
ajuste
às
condições
e
às
necessidades
de
cada
local
e/ou
região.
11
Departamentalização
geográfica
• Vantagens:
‒ Foco
mercadológico:
amplia
a
área
de
atuação,
a=ngindo
maior
número
de
clientes
/
fornecedores;
‒ Fortalece
especialização
quanto
ao
local:
agilidade
e
vantagem
compe==va
pelo
maior
conhecimento
do
local;
‒ Permite
fixar
a
responsabilidade
de
lucro
e
de
desempenho
no
comportamento
local;
‒ Ações
mais
rápidas:
as
caracterís=cas
da
empresa
podem
acompanhar
adequadamente
as
variações
locais.
• Desvantagens:
‒ Dificuldade
de
coordenar
polí=cas
gerais
da
organização;
‒ Enfraquece
especialização
funcional;
‒ Duplicação
de
instalações
e
de
funções;
‒ Instabilidade
local
causa
temores.
12
www.acasadoconcurseiro.com.br 1115
Departamentalização
por
Clientes
• Ênfase
nas
necessidades
de
cada
6po
de
cliente:
caracterís6cas
da
pessoa/grupo/empresa
para
quem
o
trabalho
é
executado.
• Indicada
quando
a
organização
atende
a
grupos
de
clientes
com
necessidades
bastante
dis6ntas
(de
acordo
com
idade,
sexo,
nível
socioeconômico,
etc.)
• Estruturação
“de
fora
pra
dentro”.
13
1116 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Departamentalização – Prof. Rafael Ravazolo
Departamentalização
por
Processo
•
As
a4vidades
são
agrupadas
de
acordo
com
as
etapas
de
um
processo
–
elos
de
uma
corrente.
• É
u4lizada
quando
o
produto
final
é
tão
complexo
que
se
faz
necessário
fabricá-‐lo
a
par4r
da
divisão
em
processos
menores.
• Estrutura
horizontal
–
coordenação
das
a4vidades.
15
www.acasadoconcurseiro.com.br 1117
Departamentalização
por
Projeto
• Projeto
=
união
de
recursos
por
um
período
específico,
para
realizar
um
trabalho
específico,
sob
a
responsabilidade
de
um
coordenador.
• Indicada
para
produtos/serviços
complexos,
que
envolvem
grandes
concentrações
de
recursos
por
um
determinado
tempo,
que
exigem
tecnologia
sofisDcada,
especialistas
de
diversas
áreas
e
grande
coordenação
das
aDvidades.
‒ É
uma
estrutura
organizacional
flexível;
‒ As
aDvidades
e
as
pessoas
são
temporárias.
17
• Desvantagens:
‒ Isolamento
das
equipes
nos
projetos
–
falta
de
compromisso
com
a
empresa
e
de
comunicação
entre
projetos;
‒ Dificuldades
no
gerenciamento
da
equipe
em
grandes
projetos;
‒ Duplicação
de
esforços/especialistas;
‒ Incertezas
quanto
ao
futuro
quando
acaba
um
projeto.
1118 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Departamentalização – Prof. Rafael Ravazolo
Departamentalização
Matricial
• Sobreposição
de
dois
ou
mais
7pos
de
departamentalização.
• Combina
dois
7pos
de
estrutura:
abordagem
divisional
e
funcional.
‒ Tipo
mais
comum:
funcional
+
projetos.
19
Departamentalização
Matricial
• Surgiu
porque
as
formas
tradicionais
não
eram
eficazes
em
a:vidades
complexas,
envolvendo
várias
áreas
do
conhecimento
e
prazos
restritos.
• Busca
aproveitar
vantagens
e
minimizar
desvantagens
das
estruturas
simples;
• As
unidades
de
trabalho
são
os
projetos,
enquanto
os
órgãos
permanentes
(funcionais)
atuam
como
prestadores
de
serviços;
‒ Alocação
temporária
de
pessoas
nos
projetos.
• Dupla
subordinação:
‒ Balanceada:
autoridade
dividida
‒ Forte
-‐
de
projetos:
maior
autoridade
para
o
gerente
de
projetos
‒ Fraca
-‐
funcional:
maior
autoridade
para
o
gerente
funcional
20
www.acasadoconcurseiro.com.br 1119
Departamentalização
Matricial
21
Departamentalização
Matricial
• Vantagens
‒ Maior
versa7lidade
e
o7mização
dos
recursos
humanos;
‒ Forma
efe7va
para
conseguir
resultados
ou
resolver
problemas
complexos;
‒ Mais
fortemente
orientada
para
resultados;
‒ Maior
grau
de
especialização
nas
a7vidades.
• Desvantagens
‒ Dupla
subordinação:
o Conflito
linha/projeto
–
ambiguidade
de
papéis
das
pessoas.
o Duplicidade
de
autoridade
e
comando.
22
1120 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Departamentalização – Prof. Rafael Ravazolo
Abordagem
Mul.divisional
Departamentalização
Mista
23
www.acasadoconcurseiro.com.br 1121
Administração
Aula XX
DIREÇÃO
Níveis de
Níveis de direção Cargos Envolvidos Abrangência
organização
Diretores e altos A empresa ou áreas
Institucional - Global Direção
executivos da empresa
Intermediário - Gerentes e pessoal no Cada departamento ou
Gerência
Departamental meio do campo unidade da empresa
Supervisores e Cada grupo de pessoas
Operacional Supervisores
encarregados ou tarefas
www.acasadoconcurseiro.com.br 1123
Há pouco tempo, um Departamento de Recursos Humanos atuava de forma mecanicista:
contratava profissionais com experiência e conhecimento técnico, cuidava da folha de
pagamento e pressupunha que bastava o poder hierárquico e o salário no final do mês para se
alcançar a obediência dos funcionários e os resultados esperados.
Os avanços observados nas últimas décadas têm levado as organizações a buscarem novas
formas de gestão com o intuito de melhorar o desempenho e alcançar resultados para o pleno
atendimento das necessidades dos clientes. Devido a isso, o papel das pessoas nas organizações
foi revisto: deixaram de ser recursos (ou custos) e assumiram uma posição estratégica.
Em outras palavras, no início do processo de industrialização, as pessoas eram vistas como
um custo, um “mal necessário” às empresas. Hoje em dia, essa visão mudou e as pessoas são
vistas no ambiente de trabalho como: seres humanos, agentes ativos e inteligentes, parceiros
da organização.
Nesse contexto moderno, portanto, a Gestão de Pessoas é o conjunto de políticas e práticas
necessárias para cuidar do capital humano da organização, capital este que contribui com
seus conhecimentos, habilidades e capacidades para o alcance dos objetivos institucionais.
1124 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Direção – Prof. Rafael Ravazolo
www.acasadoconcurseiro.com.br 1125
Administração
Aula XX
CONTROLE
Abrangência do controle
O controle é algo universal: todas as atividades humanas fazem uso de algum tipo controle,
consciente ou inconscientemente.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1127
Nas organizações, o controle abrange todos os níveis organizacionais:
1128 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Controle Organizacional – Prof. Rafael Ravazolo
Momentos de controle
O Processo de Controle
O controle é um processo cíclico/repetitivo composto de quatro fases:
2. avaliação/mensuração do desempenho;
4. ação corretiva.
O controle deve ser visto como um processo sistêmico, no qual cada etapa influencia e é
influenciada pelas demais.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1129
1130 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração
Aula XX
CICLO PDCA
www.acasadoconcurseiro.com.br 1131
2. Executar (DO)
•• Treinar as pessoas;
•• Executar as tarefas exatamente como foi previsto na etapa de planejamento;
•• Coletar os dados para verificação do processo.
1132 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Ciclo PDCA – Prof. Rafael Ravazolo
Ciclo PDCA
• Questões comuns:
‒Conceitos gerais;
‒Para que é usado;
‒Diferenciação dos elementos de cada fase.
1
Ciclo PDCA
• Nomes comuns: ciclo ou roda de Shewhart,
de Deming, de melhoria contínua,
de controle. Inspeção Especificação
• Filosofia básica:
‒Kaizen = melhoria contínua Produção
www.acasadoconcurseiro.com.br 1133
Ciclo PDCA
Ciclo PDCA
1) Planejar (PLAN): estudar o processo e planejar a
melhoria.
‒Estabelecer objetivos e metas a serem alcançadas;
‒Definir o método para alcançar os objetivos.
o Pode ser um planejamento estratégico, um plano de ação,
um cronograma etc.
1134 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Ciclo PDCA – Prof. Rafael Ravazolo
Ciclo PDCA
Ciclo PDCA
4) Agir corretivamente (ACT)
‒ Desvios: deve-se definir e implementar soluções e eliminar
suas causas;
‒ Tudo certo: implantar melhorias, ou seguir com o mesmo
planejamento.
‒ Pode-se, também, corrigir os padrões adotados ou qualquer
outra parte do ciclo.
• Curiosidade: Deming, na década de 80, modificou
seu PDCA para PDSA (Plan, Do, Study, Act),
pois acreditava que a palavra check
enfatizava inspeção em vez de análise.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1135
Administração
Aula XX
INDICADORES
www.acasadoconcurseiro.com.br 1137
Os indicadores possuem duas funções básicas: a primeira é descrever o estado real dos
acontecimentos e o seu comportamento; a segunda é analisar as informações presentes com
base nas anteriores de forma a realizar proposições valorativas.
Dessa forma os indicadores servem para:
•• mensurar os resultados e gerir o desempenho;
•• embasar a análise crítica dos resultados obtidos e do processo de tomada decisão;
•• contribuir para a melhoria contínua dos processos organizacionais;
•• facilitar o planejamento e o controle do desempenho; e
•• viabilizar a análise comparativa do desempenho da organização e do desempenho de
diversas organizações atuantes em áreas ou ambientes semelhantes.
Com o objetivo de mensurar o desempenho, ou seja, aquilo que se deve realizar para se
produzir um resultado significativo no futuro, o Gespública definiu um modelo de Cadeia de
Valor.
A Cadeia de Valor é uma
representação das atividades
de uma organização, ou seja, o
levantamento de toda a ação ou
processo necessário para gerar
ou entregar produtos ou serviços
a um beneficiário. Ela permite
melhor visualização do valor ou do
benefício agregado no processo,
sendo utilizada amplamente
na definição dos resultados e
impactos de organizações.
Os elementos da cadeia são
Insumos (inputs); Processos e
Projetos (ações); Produtos e
Serviços (outputs); e Impactos
(outcomes).
O modelo associa os elementos da cadeia às duas dimensões básicas do desempenho (esforço
e resultado) e as desdobra em seis dimensões (6 categorias de indicadores):
•• Esforço: economicidade, execução e excelência;
•• Resultado: eficiência, eficácia e efetividade.
1138 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Indicadores – Prof. Rafael Ravazolo
Dimensões do Resultado:
•• Indicadores de Eficiência – mostram o quanto a organização utiliza de seus recursos para
atingir seus objetivos. A eficiência trata da relação entre resultados obtidos (outputs) e
os recursos consumidos (inputs), ou seja, é uma ênfase nos meios (processos, insumos,
tempo, mão de obra ou outros recursos), no modo de fazer as coisas. Ser eficiente é fazer
bem alguma atividade, é utilizar bem os recursos. Essa medida possui estreita relação com
produtividade, ou seja, o quanto se consegue produzir com os meios disponibilizados. A
eficiência de um processo será tanto maior quanto mais produtos forem entregues com a
mesma quantidade de insumos; ou os mesmos produtos e/ou serviços sejam obtidos com
menor quantidade de recursos.
•• Indicadores de Eficácia – revelam o grau de alcance do resultado esperado (quantos
resultados foram obtidos em relação aos resultado esperados). A eficácia enfatiza os
resultados e objetivos (outputs), fazer as coisas certas, entregar a quantidade e a qualidade
prometida. Uma vez estabelecido o referencial (linha de base) e as metas a serem
alcançadas, utiliza-se indicadores de resultado para avaliar se estas foram atingidas ou
superadas.
•• Indicadores de Efetividade – mostram o impacto final das ações (outcomes) no bem-
estar de uma comunidade: os efeitos positivos ou negativos, se houve mudanças
socioeconômicas, ambientais ou institucionais decorrentes dos resultados obtidos pela
política, plano ou programa. Estão vinculados ao grau de satisfação e ao valor agregado. É o
que realmente importa para efeitos de transformação social.
Dimensões do Esforço:
•• Indicadores de Economicidade – mostram o custo econômico dos resultados obtidos. O
custo econômico significa a soma da expressão monetária de todos os custos envolvidos
na prestação dos serviços (recursos humanos, materiais, tecnológicos, logísticos, etc.).
Estão alinhados ao conceito de obtenção e uso de recursos com o menor ônus possível
(minimizar custos sem comprometer os padrões de qualidade estabelecidos).
www.acasadoconcurseiro.com.br 1139
•• Indicadores de Execução – referem‐se à realização dos processos, projetos e planos de
ação conforme estabelecidos.
•• Indicadores de Excelência – é a conformidade a critérios e padrões de qualidade/excelência
para a realização dos processos, atividades e projetos na busca da melhor execução e
economicidade; sendo um elemento transversal. Indicadores e padrões de excelência
podem ser encontrados no Modelo de Excelência em Gestão Pública (MEGP).
Obs: o TCU entende que o desempenho na obtenção de um determinado resultado pode ser
medido segundo 4 dimensões de análise: economicidade, eficiência, eficácia e efetividade.
Classificações
Além dos 6 E’s usados pelo Gespública, há outras classificações na literatura.
O Balanced Scorecard, criado por Kaplan e Norton, organiza os objetivos estratégicos e seus
respectivos indicadores em quatro dimensões (perspectivas):
a) Finanças – os objetivos financeiros servem de foco para os objetivos e medidas das outras
perspectivas do BSC; qualquer medida selecionada deve fazer parte de uma cadeia de
relações de causa e efeito que culminam com a melhoria do desempenho financeiro.
Exemplos de indicadores: Ativo total, Custos totais, Crescimento anual, Rentabilidade do
capital próprio, Preço da ação.
b) Clientes/Mercado – é focada em como criar valor de forma sustentável e diferenciada
para os clientes, através da sua conquista, satisfação e retenção. Ex: Número de clientes,
Clientes novos, Clientes perdidos, Participação de mercado.
c) Processos Internos – identificar e criar processos internos críticos que dão suporte à
estratégia da empresa. Ex: Retrabalho; Defeitos; Emissões ao meio ambiente.
d) Aprendizado e Crescimento – como pessoas, tecnologia e clima organizacional se conjugam
para sustentar a estratégia. Ex: Investimento em treinamentos por funcionário, Índice de
absenteísmo, Rotatividade de empregados.
As perspectivas Financeira e de Clientes apresentam indicadores de ocorrências (lagging
indicators), ou seja, mostram o alcance de objetivos, resultados e metas (geralmente de longo
prazo). As perspectivas de Processos Internos e de Aprendizado e Crescimento representam
indicadores de tendência (leading indicators), que mostram o que está sendo feito para o
alcance dos objetivos.
Outra classificação, usada pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG),
permite separar os indicadores de acordo com a sua aplicação nas diferentes fases do ciclo de
gestão de uma política pública (antes, durante ou depois de sua implementação):
•• Insumo (antes): são indicadores que têm relação direta com os recursos a serem alocados,
ou seja, com a disponibilidade dos recursos humanos, materiais, financeiros e outros a
serem utilizados pelas ações de governo. Ex: médicos/mil habitantes e gasto per capita
com educação.
•• Processo (durante): são medidas que traduzem o esforço empreendido na obtenção dos
resultados, ou seja, medem o nível de utilização dos insumos alocados. Ex: percentual de
atendimento de um público-alvo, percentual de liberação dos recursos financeiros.
1140 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Indicadores – Prof. Rafael Ravazolo
•• Produto (depois): medem o alcance das metas físicas - entregas de produtos ou serviços ao
público-alvo. Ex: quilômetros de estrada entregues, crianças vacinadas.
•• Resultado (depois): expressam, direta ou indiretamente, os benefícios no público-alvo
decorrentes das ações empreendidas no contexto de uma dada política e têm particular
importância no contexto de gestão pública orientada a resultados. Ex: taxas de morbidade
(doenças), taxa de reprovação escolar e de homicídios.
•• Impacto (depois): possuem natureza abrangente e multidimensional, têm relação com a
sociedade como um todo e medem os efeitos das estratégias governamentais de médio e
longo prazos. Na maioria dos casos estão associados aos objetivos setoriais e de governo.
Ex: Índice Gini de distribuição de renda e PIB per capita.
Outros tipos:
Indicadores Estratégicos – informam o “quanto” a organização se encontra na direção da
consecução de sua visão. Refletem o desempenho em relação aos fatores críticos para o êxito.
Indicadores de Capacidade – medem a capacidade de resposta de um processo através da
relação entre saídas produzidas por unidade de tempo.
Indicadores de Produtividade – medem a proporção de recursos consumidos com relação às
saídas dos processos (eficiência). Permitem uma avaliação do esforço empregado para gerar
os produtos e serviços. Devem andar lado a lado com os de Qualidade (resultado), para que
ocorra o equilíbrio necessário ao desempenho global da organização. Uma unidade quantifica
os recursos consumidos (gastos) e a outra quantifica os resultados produzidos. O resultado
indicará o quanto está sendo consumido ou utilizado para cada unidade produzida, entregue
ou realizada.
Indicadores de Qualidade – focam as medidas de satisfação dos clientes e as características do
produto/serviço (eficácia). Medem como o produto ou serviço é percebido pelos usuários e a
capacidade do processo em atender os requisitos desses usuários. Podem ser aplicados para a
organização como um todo, para um processo ou para uma área.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1141
Existe certa confusão sobre o significado de índice e indicador, os quais muitas vezes são
erroneamente utilizados como sinônimos. Um indicador pode ser um dado individual, ou
um agregado de vários dados (qualitativos ou quantitativos) que permite a obtenção de
informações sobre uma dada realidade. Um índice é o valor numérico que representa a correta
interpretação da realidade; é o valor agregado final do procedimento de cálculo.
Ex: indicador Produtividade; fórmula = toneladas/hora; índice = 10
•• Padrão de comparação (referência): índice arbitrário e aceitável para uma avaliação
comparativa;
•• Meta: é uma expressão numérica que representa o estado futuro de desempenho desejado.
As metas contêm uma finalidade, um valor e um prazo. São os valores que o resultado do
indicador procura igualar ou superar.
Objetivo X Meta: Objetivo é a descrição genérica daquilo que se pretende alcançar. Meta é a
definição em termos quantitativos, específicos, com um prazo determinado.
O Gespública define, também, algumas propriedades que caracterizam uma boa medida de
desempenho
•• Seletividade ou importância: fornece informações sobre as principais variáveis estratégicas
e prioridades definidas de ações, produtos ou impactos esperados;
•• Simplicidade, clareza, inteligibilidade e comunicabilidade: os indicadores devem ser simples
e compreensíveis, capazes de levar a mensagem e o significado. Os nomes e expressões
devem ser facilmente compreendidos e conhecidos por todos os públicos interessados;
•• Representatividade, confiabilidade e sensibilidade: capacidade de demonstrar a mais
importante e crítica etapa de um processo, projeto etc. Deve expressar bem a realidade
que representa ou mede. Os dados devem ser precisos, capazes de responder aos objetivos
e coletados na fonte de dados correta e devem refletir tempestivamente os efeitos
decorrentes das intervenções;
•• Investigativos: os dados devem ser fáceis de analisar, sejam estes para registro ou para
reter informações e permitir juízos de valor;
•• Comparabilidade: os indicadores devem ser facilmente comparáveis com as referências
internas ou externas, bem como séries históricas de acontecimentos;
•• Estabilidade: procedimentos gerados de forma sistemática e constante, sem muitas
alterações e complexidades, uma vez que é relevante manter o padrão e permitir a série‐
histórica;
•• Custo‐efetividade: projetado para ser factível e economicamente viável. Os benefícios
em relação aos custos devem satisfazer todos os outros demais níveis. Nem todas as
informações devem ser mensuradas, é preciso avaliar os benefícios gerados em detrimento
do ônus despendido.
Na visão da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), publicada
pelo MPOG, um bom indicador deve apresentar três propriedades: relevância para a
formulação de políticas, adequação à análise e mensurabilidade.
1142 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Indicadores – Prof. Rafael Ravazolo
Outra classificação do próprio MPOG separa as propriedades dos indicadores em dois grupos
distintos:
1. Propriedades Essenciais:
•• Utilidade: devem basear-se nas necessidades dos decisores; ser úteis para a tomada de
decisões, seja no nível operacional, tático ou estratégico;
•• Validade: capacidade de representar, com a maior proximidade possível, a realidade que se
deseja medir e modificar;
•• Confiabilidade: ter origem em fontes confiáveis, que utilizem metodologias reconhecidas e
transparentes de coleta, processamento e divulgação;
•• Disponibilidade: os dados básicos para seu cômputo devem ser de fácil obtenção. Devem
estar disponíveis no momento da apuração do indicador, de forma que seja garantida a
oportunidade da intervenção do gestor público para corrigir ou alterar uma situação
2. Propriedades Complementares:
•• Simplicidade: fácil obtenção, construção, manutenção, comunicação e entendimento pelo
público em geral, interno ou externo;
•• Clareza: pode ser simples ou complexo, mas é imprescindível que seja claro, atenda à
necessidade do decisor e que esteja adequadamente documentado;
•• Sensibilidade: capacidade de refletir tempestivamente as mudanças decorrentes das
intervenções realizadas;
•• Desagregabilidade: capacidade de representação regionalizada de grupos
sociodemográficos, considerando que a dimensão territorial se apresenta como um
componente essencial na implementação de políticas públicas;
•• Economicidade: capacidade de ser obtido a custos módicos;
•• Estabilidade: capacidade de estabelecimento de séries históricas estáveis que permitam
monitoramentos e comparações das variáveis de interesse, com mínima interferência
causada por outras variáveis;
•• Mensurabilidade: capacidade de alcance e mensuração quando necessário, na sua versão
mais atual, com maior precisão possível e sem ambiguidade;
•• Auditabilidade (rastreabilidade): qualquer pessoa deve sentir-se apta a verificar a boa
aplicação das regras de uso dos indicadores (obtenção, tratamento, formatação, difusão,
interpretação).
Complexidade
Segundo o MPOG, os indicadores podem ser:
•• Analíticos: são aqueles que retratam dimensões sociais específicas. Pode-se citar como
exemplos a taxa de evasão escolar e a taxa de desemprego;
www.acasadoconcurseiro.com.br 1143
•• Sintéticos: também chamados de índices, sintetizam diferentes conceitos da realidade
empírica, ou seja, derivam de operações realizadas com indicadores analíticos e tendem
a retratar o comportamento médio das dimensões consideradas. Diversas instituições
nacionais e internacionais divulgam indicadores sintéticos, sendo exemplos o PIB, IDEB, IPC
e o IDH.
De acordo com o TCU, indicadores Simples representam um valor numérico (uma unidade de
medida) atribuível a uma variável. Exemplo: números de alunos matriculados no ensino médio;
número de novos postos de trabalhos criados. Indicadores Compostos, por sua vez, expressam
a relação entre duas ou mais variáveis. Indicadores simples, portanto, podem ser combinados
de forma a obter uma visão ponderada e multidimensional da realidade, gerando indicadores
complexos (também chamados de agregados, pois são o resultado da composição de diversos
indicadores, cada um com o seu grau de importância ou de representatividade).
Limitações
Segundo o MPOG, diversas limitações devem ser consideradas no uso de indicadores.
A medição interfere na realidade a ser medida – a coleta de informações que subsidiarão
decisões superiores altera o contexto no qual as informações são coletadas, interferindo nos
resultados obtidos.
1144 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Indicadores – Prof. Rafael Ravazolo
Parcimônia e confiança são necessárias – deve-se buscar uma maior aproximação entre a
fonte primária de informações (ex: professores, policiais, bancários) e as instâncias decisórias
superiores, para que o processo de aferição seja confiável, subsidiando efetivamente os últimos
sem sobrecarregar os primeiros, numa relação de parcimônia e confiança.
Não se deve subestimar o custo da medição – medições efetivas envolvem significativos custos,
principalmente pelo tempo requerido dos atores envolvidos na concepção, planejamento e
implementação dos indicadores.
A medição não constitui um fim em si mesmo – deve-se tomar o cuidado para que os indicadores
não interfiram negativamente no desempenho da organização, seja pelo consumo de recursos
das áreas fins, seja pela supervalorização dos indicadores por parte dos decisores.
Indicadores são representações imperfeitas e transitórias – não se deve confiar cega e
permanentemente nas medidas. Periodicamente, é bom realizar uma avaliação crítica acerca
da pertinência dos indicadores selecionados, considerando ainda que, a todo tempo, surgem
modelos aperfeiçoados baseados em novas teorias.
O indicador e a dimensão de interesse não se confundem - deve-se atentar que o indicador
apenas aponta, assinala, indica como o próprio nome revela.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1145
Administração
Aula XX
GESTÃO DE PROJETOS
Singularidade
Possui objetivos determinados, singulares/exclusivos e não repetitivos, algo que não havia
sido feito antes da mesma maneira. O resultado específico produzido, seja para caracterizar
a conclusão de uma fase do projeto, seja para finalizar o projeto todo, é chamado Entrega.
A entrega deve ser tangível, mensurável e de fácil comprovação, podendo ser: um produto,
um serviço, um documento, o desenvolvimento de algo, um novo processo de negócio, uma
mudança etc.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1147
Temporariedade
Temporário não significa necessariamente de curta duração. Pode durar um dia, ou anos, mas
possui cronograma com início e fim bem definidos (inclusive de suas fases), determinados em
função do problema a ser resolvido e das metas que se quer alcançar. Apesar de o projeto ser
temporário, geralmente seu resultado é duradouro. O término é alcançado quando os objetivos
tiverem sido atingidos, ou quando se concluir que esses objetivos não poderão ser atingidos,
ou quando o mesmo não for mais necessário e o projeto for encerrado.
Incerteza
Cada projeto tem algum grau de incerteza ao gerar produto ou serviço singular, pois sempre
há certo desconhecimento quanto à forma de atingir os objetivos ou de gerar os produtos e os
resultados esperados.
Elaboração Progressiva
A partir de um escopo definido e de um plano inicial, ao longo do projeto ocorrem melhorias e
maiores detalhamentos na medida em que estimativas mais exatas tornam-se disponíveis. Em
outras palavras, conforme o projeto evolui, a equipe poderá gerenciar com um maior nível de
detalhamento.
Stakeholders
O termo stakeholders é traduzido como partes interessadas. É qualquer indivíduo, grupo ou
organização que pode afetar, ser afetada, ou sentir-se afetada por uma decisão, atividade ou
resultado de um projeto. Podem estar ativamente envolvidas no projeto ou ter interesses que
possam ser positiva ou negativamente afetados pelo desempenho ou término do projeto.
Essas partes interessadas (positivas, negativas e neutras) devem ter suas expectativas alinhadas
desde antes da aprovação do projeto de forma a criar a coalização necessária à mudança trazida
pelo projeto.
O alinhamento das expectativas vai resultar na negociação do escopo possível para o projeto,
e que atenda à maioria dos interesses. Tais interesses devem ser gerenciados durante todo o
ciclo de vida do projeto, uma vez que os resultados esperados tendem a mudar com o tempo.
Exemplos de Stakeholders:
•• Gerente de projetos – a pessoa responsável pelo gerenciamento do projeto.
•• Outros gerentes – caso seja uma estrutura com mais projetos ou áreas funcionais.
•• Cliente/usuário - quem utilizará o produto do projeto.
•• Fornecedores/parceiros comerciais.
•• Membros da equipe do projeto – grupo que executa o trabalho do projeto.
1148 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Projetos – Prof. Rafael Ravazolo
Recursos limitados
Um projeto depende de recursos, como qualquer atividade. Para realizar um planejamento
realista, a dimensão dos recursos (humanos, materiais, financeiros etc.) precisa ser conhecida
para não correr o risco de se fazer um planejamento fictício.
Responsabilidade
A definição das responsabilidades é importante tanto para poder alocar as pessoas com as suas
diversas funções dentro do projeto, quanto para conhecer as relações que o projeto tem com a
organização e o comprometimento das instâncias superiores e de outros envolvidos no projeto.
Interdisciplinaridade
Tanto faz se há uma pessoa no projeto ou milhares, o desenvolvimento de projetos requer
distintos conhecimentos, oriundos de diversas áreas. Além de técnicas específicas da área
www.acasadoconcurseiro.com.br 1149
de projetos, ferramentas e conceitos de outras disciplinas tais como administração em geral,
planejamento, controle de qualidade, informática, estatística, custos e orçamentação etc.
Escopo (Abrangência)
É a descrição do trabalho necessário para gerar o produto ou serviço do projeto. Ele inclui: as
entregas do projeto - as saídas que compõem o produto ou serviço do projeto, os resultados
auxiliares etc.; as principais atividades necessárias para garantir a entrega desses produtos; as
premissas do projeto; os critérios de aceitação de produtos/serviços; as restrições; as exclusões
(não escopo - aquilo que não vai ser feito - também deve ser esclarecido, para evitar falsas
expectativas.
A correta descrição do escopo é fundamental para o sucesso do projeto, pois favorece a
realização de melhores estimativas de prazos, recursos, custos e riscos, e, com isso, previne a
ocorrência de mudanças constantes ou que poderiam ser evitadas por meio de planejamento.
O escopo deve ser claro para não ultrapassar as limitações que qualquer projeto tem, seja em
termos de competência institucional, seja pela complexidade do trabalho ou do objeto, seja
pelas mudanças que pretende implementar.
Ciclo de Vida
Ciclo de vida de um projeto é a sequência de fases que vão do começo ao fim de um projeto.
Todo projeto começa com uma ideia e passa por diferentes fases antes de se concretizar; tais
ideias nascem de problemas, necessidades, encomendas de clientes ou da criatividade de
alguém.
O ciclo de vida de um projeto geralmente é composto por fases. As fases são divisões de um
projeto, nas quais o controle se torna fundamental para o gerenciamento efetivo do término de
uma entrega importante.
Ao final de cada fase, portanto, há uma entrega. Isso facilita o estudo e a aplicação das
técnicas de administração de projetos. O nome e a quantidade de fases são determinados pela
necessidade de gerenciamento e controle da organização e pela natureza e área de aplicação
do projeto. O entendimento do ciclo de vida permite visualizar todas as fases do projeto.
A seguir alguns modelos de Ciclo de Vida:
• Maximiano:
•• Fase 1 – Ideia; Concepção: ideia vira modelo mental.
•• Fase 2 – Desenho: o modelo mental transforma-se em um desenho detalhado do
produto.
•• Fase 3 – Desenvolvimento: o produto é gradativamente elaborado.
•• Fase 4 – Entrega: o produto é apresentado ao cliente.
1150 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Projetos – Prof. Rafael Ravazolo
• Menezes:
•• Fase 1 – Conceitual:
•• Identificação de necessidades e/ou oportunidades;
•• Tradução dessas necessidades e/ou oportunidades em um problema;
•• Definição do problema;
•• Determinação dos objetivos e metas a serem alcançados;
•• Análise do ambiente;
•• Análise das potencialidades ou recursos;
•• Avaliação da viabilidade de atingimento dos objetivos;
•• Estimativa dos recursos necessários;
•• Elaboração da proposta e venda da ideia;
•• Avaliação e seleção com base na proposta submetida; e
•• Decisão quanto à execução do projeto (aprovação).
•• Fase 2 – Planejamento
•• Detalhamento das metas e dos objetivos, com base na proposta aprovada;
•• Definição do gerente da equipe;
•• Detalhamento das atividades e estruturação analítica do projeto;
•• Programação das atividades no tempo disponível e/ou necessário;
•• Determinação dos resultados tangíveis e seus respectivos momentos de alcance;
•• Definição dos recursos necessários: humanos, materiais, financeiros e tecnológicos;
•• Estabelecimento da estrutura orgânica formal a ser utilizada;
•• Estruturação do sistema de comunicação e de decisão a ser adotado;
•• Definição dos procedimentos de acompanhamento e controle durante a
implantação;
•• Treinamento dos envolvidos.
•• Fase 3 – Execução
•• Ativar a comunicação entre os membros da equipe do projeto;
•• Executar as etapas previstas e programadas;
•• Utilizar os recursos humanos e materiais, sempre que possível, dentro do que foi
programado (quantidade e períodos de utilização);
www.acasadoconcurseiro.com.br 1151
•• Efetuar reprogramações no projeto segundo seu status quo e adotando os planos e
programas iniciais como diretrizes, eventualmente, mutáveis.
•• Fase 4 – Conclusão
•• Aceleração das atividades que, eventualmente, não tenham sido concluídas;
•• Realocação dos recursos humanos do projeto para outras atividades ou projetos;
•• Elaboração da memória técnica do projeto;
•• Elaboração de relatórios e transferência dos resultados finais do projeto;
•• Avaliações globais sobre o desempenho da equipe e os resultados alcançados;
•• Acompanhamento ex-post.
As fases do projeto geralmente são sequenciais, mas às vezes se sobrepõem. O nome e o
número dessas fases variam de acordo com a complexidade do projeto, mas todas elas podem
ser encaixadas em uma estrutura básica de quatro fases genéricas:
1. Início
2. Organização e Preparação
3. Execução do Trabalho
4. Encerramento
Essa estrutura genérica apresenta as seguintes características:
a) Os níveis de custos e de pessoal são baixos no início, aumentam gradualmente até seu valor
máximo na fase de execução e depois caem rapidamente quando o projeto é finalizado.
b) No início do projeto, o nível de incertezas é mais alto e, portanto, o risco de não atingir
os objetivos é maior. A incerteza geralmente diminui conforme o projeto continua. A
capacidade que as partes interessadas têm para influenciar as características finais do
produto do projeto também são maiores no início.
c) O custo de realizar mudanças no projeto é mais baixo no início (pouco recurso foi gasto e há
pouco executado) e torna-se cada vez maior. O custo das mudanças e da correção de erros,
portanto, aumenta conforme o projeto continua.
1152 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Projetos – Prof. Rafael Ravazolo
A transição de uma fase para a outra envolve alguma forma de transferência técnica ou entrega,
que são revisadas e aprovadas antes que o trabalho seja iniciado na próxima fase. No entanto,
pode ocorrer de uma fase ser iniciada antes da aprovação das entregas da anterior, quando os
riscos envolvidos são considerados aceitáveis.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1153
Fases Sequenciais: uma fase só poderá iniciar depois que acabar a anterior. Essa abordagem
reduz incertezas, mas pode eliminar opções de redução do cronograma.
Fases Sobrepostas: a fase tem início antes do término da anterior. Às vezes, ela pode ser aplicada
como um exemplo da técnica de compressão de cronograma denominada paralelismo. As fases
sobrepostas podem aumentar o risco e resultar em retrabalho caso uma fase subsequente
progrida antes que informações precisas sejam disponibilizadas pela fase anterior.
Tipos de ciclos
São as diferentes formas de se planejar as fases do projeto. A diferença básica é o grau de
incerteza do ambiente.
•• Preditivo: totalmente planejado o mais cedo possível;
•• Iterativas ou Incremental: o planejamento da próxima fase é feito de acordo com o
avanço na fase atual e nas entregas. As fases do projeto (também chamadas de iterações)
intencionalmente repetem uma ou mais atividades de projeto à medida que a compreensão
do produto pela equipe do projeto aumenta. Iterações desenvolvem o produto através de
uma série de ciclos repetidos, enquanto os incrementos sucessivamente acrescentam à
funcionalidade do produto.
•• Adaptativo (métodos ágeis): é iterativo e incremental, porém é muito rápido. Os
métodos adaptativos geralmente são preferidos quando se lida com um ambiente em
rápida mutação, quando os requisitos e escopo são difíceis de definir antecipadamente, e
quando é possível definir pequenas melhorias incrementais que entregarão valor às partes
interessadas.
1154 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Projetos – Prof. Rafael Ravazolo
Fracassos em Projetos
Funcional
É uma hierarquia em que
os funcionários são agrupa-
dos por especialidade, cada
uma com um superior bem
definido. As organizações
funcionais podem possuir
projetos, mas o escopo ge-
ralmente é restrito aos limi-
tes da função. Esse tipo de
estrutura reduz a coopera-
ção interdepartamental e dá
ênfase nas especialidades
em detrimento do objetivo
organizacional global.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1155
Por projetos
Os membros das equipes geralmen-
te são colocados juntos. A maior
parte dos recursos da organização
está envolvida nos projetos e os
gerentes de projeto possuem gran-
de independência e autoridade. As
organizações por projeto em geral
possuem outros departamentos,
mas esses grupos se reportam dire-
tamente ao gerente de projetos ou
oferecem serviços de suporte para
os diversos projetos.
A desvantagem reside no fato de que cada projeto é único, assim, quando termina uma fase, ou
mesmo o projeto, a empresa pode ser obrigada a dispensar pessoal ou a paralisar máquinas e
equipamentos se não tiver outro projeto em vista.
Matricial
Chama-se matricial, pois combina duas formas de estrutura formando uma espécie de grade.
Trata-se de uma estrutura mista, híbrida, que combina a departamentalização funcional com a
de projetos.
Matriz Fraca:
Mantém muitas das características de uma organização funcional e a função do gerente de
projetos é mais parecida com a de um coordenador ou facilitador que com a de um gerente.
1156 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Projetos – Prof. Rafael Ravazolo
Matriz Forte:
Possui muitas das características da organização por projeto. Podem ter gerentes de projetos
com autoridade considerável e pessoal trabalhando para o projeto em tempo integral.
Matriz Balanceada:
Embora reconheça a necessidade de um gerente de projetos, não fornece a ele autoridade
total e os recursos financeiros do projeto.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1157
Composta:
Combina diversas estruturas.
Quadro Resumo:
Gerenciamento de Projetos
1158 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Projetos – Prof. Rafael Ravazolo
www.acasadoconcurseiro.com.br 1159
Cinco Grupos de Processos
1160 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Projetos – Prof. Rafael Ravazolo
Nesse contexto, “boa prática” refere-se a um acordo geral de que a aplicação dos processos
de gerenciamento de projetos pode aumentar as chances de sucesso em uma ampla série de
projetos.
Isso não significa que os conhecimentos, as habilidades e os processos descritos sempre devem
ser aplicados de forma uniforme em todos os projetos. O gerente de projetos, em colaboração
www.acasadoconcurseiro.com.br 1161
com a equipe de projetos, é responsável por determinar quais processos são apropriados e o
grau de rigor para cada um.
A equipe de projeto executa processos tanto de gerenciamento de projetos (pertencentes
às Áreas do Conhecimento e que garantem um fluxo eficaz do projeto), quanto orientados a
produtos (que especificam e criam o produto, estando ligados ao ciclo de vida e sendo variáveis
de acordo com cada projeto).
Processos de Gerenciamento
Segundo o PMBOK, uma das abordagens para conceituar a gestão de projeto considera os
processos que ocorrem no ciclo de vida do projeto visando à organização do trabalho. Nesse
aspecto, a gestão divide-se em cinco grupos de processos:
Processos de Iniciação
Atividades realizadas para definir um novo projeto ou uma nova fase de um projeto já existente,
obtendo-se autorização para tal.
São frequentemente realizados fora do escopo de controle do projeto pela organização ou
pelos processos de programa ou de portfólio, o que pode tornar os limites do projeto menos
evidentes para as entradas iniciais do projeto. Por exemplo, antes de começar as atividades do
Grupo de Processos de Iniciação, os requisitos ou as necessidades de negócios da organização
são documentados.
Nos processos de iniciação, o escopo inicial é definido, os recursos financeiros iniciais são
comprometidos e as partes interessadas são identificadas. Se ainda não foi designado, o
gerente de projetos será selecionado.
O Termo de Abertura do Projeto é um documento publicado pelo iniciador ou patrocinador do
projeto. Ele autoriza formalmente a existência de um projeto e concede ao gerente do projeto a
autoridade para aplicar os recursos organizacionais nas atividades do projeto. Quando o termo
de abertura é aprovado, portanto, o projeto se torna oficialmente autorizado. Embora a equipe
de gerenciamento possa ajudar a escrever o termo de abertura, a aprovação e o financiamento
são externos aos limites do projeto.
Processos de Planejamento
Estabelecem o escopo total, definem e refinam os objetivos e desenvolvem o curso de
ação necessário para alcançar esses objetivos. Em outras palavras, desenvolvem o plano de
gerenciamento e os documentos do projeto que serão usados para executá-lo.
À medida que mais informações ou características do projeto são coletadas e entendidas,
podem ser necessários planejamentos adicionais ou revisões (planejamento por ondas
sucessivas).
Os processos de planejamento englobam todas as áreas de conhecimento e têm como alguns
de seus resultados a coleta de requisitos, a definição do escopo, a criação da Estrutura Analítica
1162 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Projetos – Prof. Rafael Ravazolo
do Projeto (EAD), o sequenciamento das atividades, a estimativa dos custos, analisar os riscos
etc.
Processos de Execução
Este grupo de processos envolve coordenar pessoas e recursos e também integrar e executar as
atividades do projeto em conformidade com o plano de gerenciamento, de forma a cumprir as
suas especificações.
Durante a execução do projeto, os resultados poderão requerer atualizações no planejamento
e mudanças nas linhas de base (mudanças nas durações das atividades, na produtividade e na
disponibilidade dos recursos, riscos imprevistos etc.).
Uma grande parte do orçamento do projeto será consumida na execução dos processos do
grupo de processos de execução.
Processos de Encerramento
Finalizam formalmente todas as atividades de um projeto ou de uma fase do projeto. Entregam
o produto terminado ou encerram um projeto cancelado.
No encerramento do projeto ou da fase, podem ocorrer, dentre as atividades: obtenção
da aceitação do cliente ou patrocinador; revisão pós-projeto/fase; documentar as lições
aprendidas e encerrar as aquisições.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1163
A próxima figura ilustra o nível de sobreposição dos grupos de processos em momentos
diferentes dentro de um projeto. Se o projeto estiver dividido em fases, os processos irão
interagir dentro de uma fase e também poderão atravessar várias fases do projeto.
Importante: os grupos de processos não são fases do projeto. Quando projetos complexos ou
de grande porte são separados em fases ou subprojetos distintos (ex: estudo de viabilidade,
design, protótipo, construção, teste, etc.), todos os grupos de processos normalmente seriam
repetidos para cada fase ou subprojeto.
1164 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Projetos – Prof. Rafael Ravazolo
Conceitos Importantes
www.acasadoconcurseiro.com.br 1165
Seleção de Projetos
Diferentes critérios podem ser utilizados para a seleção de projetos a serem executados.
•• Comerciais – relativos ao mercado – potencial de gerar resultados positivos para a
empresa. Ex: Potencial de faturamento e lucros; Taxa de crescimento das vendas; Avaliação
da concorrência; Distribuição do risco; Oportunidade de mudança no ramo de negócios;
Grau de inovação do produto.
•• Técnicos – viabilidade técnica (interna) para transformar a ideia em resultado. Ex:
Disponibilidade de capital; Capacidade de marketing da empresa; Capacidade industrial
da empresa; Capacidade da base tecnológica; Disponibilidade de matérias primas;
Competência gerencial.
1166 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Projetos – Prof. Rafael Ravazolo
Equipe de Projetos
Equipe de projeto são as pessoas encarregadas da realização do projeto, da qual faz parte o
gestor do projeto.
Uma equipe de projeto tende a ser multidisciplinar e tem vida limitada à duração do projeto. É,
geralmente, bem distinta de uma equipe funcional que é permanente.
Deve ser dada atenção às características do projeto para a montagem da equipe de projeto,
pois uma equipe que tenha tido sucesso em determinado projeto pode não ser a ideal para
outro.
Os membros da equipe de projeto podem ter dedicação integral, parcial ou por atividade
específica. É sempre recomendado que a dedicação seja integral ao projeto, especialmente
para o substituto do gestor.
O servidor, alocado com dedicação parcial durante o período do projeto, terá atribuições
relativas às atividades de rotina e ao projeto. Quando o projeto necessitar de especialista em
apenas determinada fase, é indicada a participação por atividade.
Para que um projeto tenha sucesso, a equipe deve:
•• Selecionar os processos adequados e necessários ao cumprimento dos objetivos do projeto;
•• Usar uma abordagem definida que possa ser adotada para atender aos requisitos;
•• Cumprir os requisitos para atender às necessidades e às expectativas das partes
interessadas;
•• Obter equilíbrio entre as diversas demandas concorrentes de escopo, tempo, custo,
qualidade, recursos e riscos.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1167
Gerente de Projetos
Pessoa alocada pela organização executora para liderar a equipe e que é responsável
por alcançar os objetivos do projeto. É o responsável pela aplicação das competências,
conhecimentos, ferramentas e técnicas de projeto às atividades.
Dependendo da estrutura organizacional, um gerente de projetos pode ter independência ou se
reportar a um gerente funcional. Em outros casos, um gerente de projetos pode ser um dentre
vários e se reportar a um gerente de portfólios ou de programas que é, em última instância, o
responsável pelos projetos no âmbito da empresa.
O gerenciamento de projetos eficaz requer que o gerente tenha competências relacionadas às
seguintes dimensões:
•• Conhecimento: o que o gerente de projetos sabe sobre processos, ferramentas e técnicas
para as atividades de gestão de projetos;
•• Desempenho: o que o gerente de projetos é capaz de realizar enquanto aplica seu
conhecimento em gerenciamento de projetos. Ou seja, como o gerente de projetos aplica
seu conhecimento para atingir os requisitos do projeto;
•• Pessoais: refere-se ao comportamento do gerente. Abrange atitudes, personalidade e
liderança; a capacidade de orientar a equipe do projeto ao mesmo tempo em que atinge
objetivos e equilibra as restrições do mesmo.
Artefatos
Documento modelo em um formato predefinido, que fornece uma estrutura base para coletar,
organizar e apresentar informações e dados. Os artefatos podem reduzir o esforço necessário
para realizar um trabalho e aumentar a consistência dos resultados.
Ex: Termo de Abertura do Projeto - TAP, planilha de custos, cronograma, documentos de
comunicação, plano de gerenciamento, contratos etc.
1168 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Projetos – Prof. Rafael Ravazolo
No contexto da EAP, o trabalho se refere a produtos de trabalho ou entregas que são o resultado
do esforço*.
*quantidade de unidades de mão-de-obra necessárias para terminar uma atividade do
cronograma ou um componente da estrutura analítica do projeto. Normalmente expresso
como equipe-horas, equipe-dias ou equipe-semanas.
A EAP representa todo produto e trabalho do projeto (escopo total), inclusive o trabalho
de gerenciamento do mesmo. Todo o trabalho nos níveis mais baixos tem que escalar aos
níveis mais altos para que nada seja omitido e que nenhum trabalho extra seja executado.
Ocasionalmente, isso é chamado da regra dos 100%.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1169
•• Mitigar – redução, para níveis aceitáveis, da probabilidade e/ou do impacto de um evento
de risco adverso. Ex: adotar uma ação antecipada, escolher processos menos complexos,
fazer mais testes, escolher um fornecedor mais estável etc.
1170 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Projetos – Prof. Rafael Ravazolo
Slides - Projetos
Projetos
www.acasadoconcurseiro.com.br 1171
Projetos
x
Processos
1172 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Projetos – Prof. Rafael Ravazolo
MODELO
IDEIA MENTAL
www.acasadoconcurseiro.com.br 1173
Ciclo
de
Vida
-‐
Menezes
• Fase
1
–
Conceitual:
Iden2ficação
de
necessidades
e/ou
oportunidades;
Tradução
dessas
necessidades
e/ou
oportunidades
em
um
problema;
Definição
do
problema;
Determinação
dos
obje2vos
e
metas
a
serem
alcançados;
Análise
do
ambiente;
Análise
das
potencialidades
ou
recursos;
Avaliação
da
viabilidade
de
a2ngimento
dos
obje2vos;
Es2ma2va
dos
recursos
necessários;
Elaboração
da
proposta
e
venda
da
ideia;
Avaliação
e
seleção
com
base
na
proposta
subme2da;
e
Decisão
quanto
à
execução
do
projeto
(aprovação).
• Fase
2
–
Planejamento:
Detalhamento
das
metas
e
dos
obje2vos,
com
base
na
proposta
aprovada;
Definição
do
gerente
da
equipe;
Detalhamento
das
a2vidades
e
estruturação
analí2ca
do
projeto;
Programação
das
a2vidades
no
tempo
disponível
e/ou
necessário;
Determinação
dos
resultados
tangíveis
e
seus
respec2vos
momentos
de
alcance;
Definição
dos
recursos
necessários:
humanos,
materiais,
financeiros
e
tecnológicos;
Estabelecimento
da
estrutura
orgânica
formal
a
ser
u2lizada;
Estruturação
do
sistema
de
comunicação
e
de
decisão
a
ser
adotado;
Definição
dos
procedimentos
de
acompanhamento
e
controle
durante
a
implantação;
Treinamento
dos
envolvidos.
• Fase
3
–
Execução:
A2var
a
comunicação
entre
os
membros
da
equipe
do
projeto;
Executar
as
etapas
previstas
e
programadas;
U2lizar
os
recursos
humanos
e
materiais,
sempre
que
possível,
dentro
do
que
foi
programado
(quan2dade
e
períodos
de
u2lização);
Efetuar
reprogramações
no
projeto
segundo
seu
status
quo
e
adotando
os
planos
e
programas
iniciais
como
diretrizes,
eventualmente,
mutáveis.
• Fase
4
–
Conclusão:
Aceleração
das
a2vidades
que,
eventualmente,
não
tenham
sido
concluídas;
Realocação
dos
recursos
humanos
do
projeto
para
outras
a2vidades
ou
projetos;
Elaboração
da
memória
técnica
do
projeto;
Elaboração
de
relatórios
e
transferência
dos
resultados
finais
do
projeto;
Emissão
de
avaliações
globais
sobre
o
desempenho
da
equipe
do
projeto
e
os
resultados
alcançados;
Acompanhamento
ex-‐post.
7
1174 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Projetos – Prof. Rafael Ravazolo
www.acasadoconcurseiro.com.br 1175
Fases
de
um
projeto
• Uma
fase
11
12
1176 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Projetos – Prof. Rafael Ravazolo
13
14
www.acasadoconcurseiro.com.br 1177
Projetos
15
1178 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Projetos – Prof. Rafael Ravazolo
Estrutura
Organizacional
• Funcional
17
Estrutura
Organizacional
• Por
Projetos
18
www.acasadoconcurseiro.com.br 1179
Estrutura
Organizacional
• Matricial
‒ Fraca
19
Estrutura
Organizacional
• Matricial
Forte
20
1180 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Projetos – Prof. Rafael Ravazolo
Estrutura
Organizacional
• Matricial
Balanceada
21
Estrutura
Organizacional
• Composta
22
www.acasadoconcurseiro.com.br 1181
Estrutura
Organizacional
–
quadro
resumo
23
1182 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Projetos – Prof. Rafael Ravazolo
• Envolve:
‒ Iden3ficar
requisitos;
‒ Conjugar
necessidades,
preocupações
e
expecta3vas
dos
stakeholders;
‒ Garan3r
comunicação
efe3va
entre
as
partes
envolvidas;
‒ Alcançar
metas
e
criar
as
entregas
do
projeto;
‒ Balancear
restrições
que
competem
entre
si
(escopo,
qualidade,
cronograma,
orçamento,
recursos,
riscos
etc.)
25
26
www.acasadoconcurseiro.com.br 1183
Gestão
de
Projetos
• PMBOK
explora
três
conceitos
centrais:
‒ Ciclo
de
vida
do
projeto;
‒ Processo
de
administrar
projetos;
‒ Áreas
do
conhecimento.
47
processos
Cinco
Grupos
de
Processos
Dez
Áreas
de
Conhecimento
27
28
1184 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Projetos – Prof. Rafael Ravazolo
29
• Importante:
os
grupos
de
processos
não
são
fases
do
projeto;
eles
podem
ocorrer
em
cada
uma
das
fases;
30
www.acasadoconcurseiro.com.br 1185
Processos
de
Gerenciamento
31
1186 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Projetos – Prof. Rafael Ravazolo
34
www.acasadoconcurseiro.com.br 1187
Outros
conceitos
importantes
Programas x Por*ólio
1188 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Projetos – Prof. Rafael Ravazolo
Programas x Por*ólio
Programas x Por*ólio
38
www.acasadoconcurseiro.com.br 1189
Critérios
seleção
de
projetos
• Comerciais
–
rela4vos
ao
mercado
–
potencial
de
gerar
resultados
posi4vos
para
a
empresa
‒ Ex:
Potencial
de
faturamento
e
lucros;
Taxa
de
crescimento
das
vendas;
Avaliação
da
concorrência;
Distribuição
do
risco;
Oportunidade
de
mudança
no
ramo
de
negócios;
Grau
de
inovação
do
produto.
• Técnicos
–
viabilidade
técnica
(interna)
para
transformar
a
ideia
em
resultado
‒ Ex:
Disponibilidade
de
capital;
Capacidade
de
marke4ng
da
empresa;
Capacidade
industrial
da
empresa;
Capacidade
da
base
tecnológica;
Disponibilidade
de
matérias
primas;
Competência
gerencial
39
1190 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Projetos – Prof. Rafael Ravazolo
41
www.acasadoconcurseiro.com.br 1191
Artefatos
• Documento
modelo
em
um
formato
predefinido,
que
fornece
uma
estrutura
base
para
coletar,
organizar
e
apresentar
informações
e
dados.
‒ Artefatos
podem
reduzir
o
esforço
necessário
para
realizar
um
trabalho
e
aumentar
a
consistência
dos
resultados.
‒ Ex:
TAP,
planilha
de
custos,
cronograma,
documentos
de
comunicação,
plano
de
gerenciamento,
contratos
etc.
43
• Pacote
de
Trabalho
=
nível
mais
baixo
na
EAP
=
ponto
em
que
o
custo
e
a
duração
das
a,vidades
podem
ser
bem
es,mados
e
gerenciados.
• Esforço=
quan,dade
de
unidades
de
mão-‐de-‐obra
necessárias
para
terminar
uma
a,vidade
do
cronograma
ou
um
componente
da
E44AP.
1192 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Projetos – Prof. Rafael Ravazolo
www.acasadoconcurseiro.com.br 1193
Administração
Aula XX
www.acasadoconcurseiro.com.br 1195
Gerencialismo Puro (Managerialism): fazer mais com menos
O foco na eficiência (gerencialismo puro) por si só não foi suficiente. A lógica de Plano (o qual
estabelece, a partir de uma racionalidade técnica, o melhor programa a ser cumprido) foi
substituída por uma lógica de estratégia, na qual são levadas em conta as relações entre os
atores envolvidos em cada política, de modo a montar cenários que permitam a flexibilidade
necessária para eventuais alterações nos programas governamentais.
Surge, então, um novo modelo que foca na melhoria da qualidade da prestação dos serviços
para o cliente direto a partir da flexibilidade de gestão. É o chamado Paradigma do Consumidor/
Cliente: procura dar ao cidadão-usuário atendimento semelhante ao que ele teria como cliente
em uma empresa privada, ou seja, visava ao atendimento das necessidades definidas pelos
próprios cidadãos-usuários, tratando-os como consumidores a serem satisfeitos.
Três medidas faziam parte da estratégia para tornar o poder público mais leve, ágil e
competitivo:
•• Descentralização administrativa com grande delegação de autoridade, partindo do
princípio de quanto mais próximo estiver o serviço público do consumidor, mais fiscalizado
pela população ele o será;
•• Competição entre as organizações do setor público;
•• Adoção de um novo modelo contratual para os serviços públicos, em contraposição ao
monopólio estatal - a extensão do fornecimento de serviços públicos entre o setor público,
o setor privado e o voluntário/não lucrativo. Baseia-se na ideia de que, numa situação de
falta de recursos, a melhor forma de aumentar a qualidade é introduzir relações contratuais
de competição e de controle.
A visão do cidadão como simples consumidor está vinculada à tradição liberal, que dá, na
maioria das vezes, maior importância à proteção dos direitos do indivíduo do que à participação
política.
1196 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Nova Gestão Pública – Prof. Rafael Ravazolo
que são essenciais para o desenvolvimento. Como promotor desses serviços, o Estado continua
a subsidiá-los, buscando, ao mesmo tempo, o controle social direto e a participação da
sociedade.
Pode-se dizer, em suma, que o objetivo da Nova Gestão Pública é modernizar o aparelho do
Estado, tornando a administração pública mais eficiente, eficaz e efetiva e mais voltada para o
cidadão, buscando maior governança, controle por resultados e accountability.
Eficiência: refere-se ao bom uso dos recursos disponíveis. É a relação entre os insumos
utilizados e os produtos/serviços gerados.
Eficácia: está relacionada ao alcance dos objetivos. É a relação entre os resultados obtidos e
os resultados esperados.
Efetividade: diz respeito ao impacto positivo gerado na sociedade.
Accountability é a responsabilização dos agentes públicos pelos atos praticados e sua
obrigação ética de prestar contas. Em outras palavras, é o conjunto de mecanismos e
procedimentos que induzem os dirigentes governamentais a prestar contas dos resultados de
suas ações à sociedade, garantindo, dessa forma, maior nível de transparência, participação
da sociedade e exposição das políticas públicas. Quanto maior for a possibilidade de os
cidadãos discernirem se o agente público está agindo em prol da coletividade e de sancioná-
lo, mais accountable é um governo.
Horizontal: exercido por instituições do Estado devidamente encarregadas da prevenção,
reparação e punição de ações ilegais cometidas por agentes públicos. É feita pelos
mecanismos institucionalizados, abrangendo os Poderes e também agências governamentais
que tenham como finalidade a fiscalização do poder público e de outros órgãos estatais,
como por exemplo os Tribunais de Contas.
Vertical: são as atividades de fiscalização feitas pela sociedade procurando estabelecer
formas de controle sobre o poder público. Para grande parte dos autores, ela é exercida “de
baixo para cima”, por pessoas e entidades da sociedade civil, geralmente sob a forma de voto
ou de mobilizações. Certo autor separou a vertical em duas: Eleitoral - os eleitores avaliam
governos e fazem suas escolhas; Societal – especificamente para o controle exercido por
agentes ou entidades de representatividade social (conselhos, associações etc.), ou seja,
grupos se mobilizam para impor suas demandas em relação à prevenção, reparação ou
punição de ilegalidades. Outro autor aventou a possibilidade de uma accountability vertical
“de cima para baixo”, quando há direito de sanção a partir de uma relação de hierarquia, ou
seja, entre chefia e subordinados.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1197
Governança
O termo Governança busca expandir e superar o atual paradigma de administração pública.
O termo Administração Pública está associado a um papel preponderante do estado como
executor direto no desenvolvimento, na gestão de políticas públicas e no provimento de
serviços. O modelo de gestão alinhava-se principalmente com modelos burocráticos ortodoxos,
espelhados em modelos organizacionais mecanicistas, dotados de características de hierarquia,
verticalização, rigidez, isolamento.
A Governança pública, por sua vez, baseia-se em múltiplos arranjos com a participação de
diversos atores (estado, terceiro setor, mercado etc.) no desenvolvimento, na gestão de políticas
públicas e no provimento de serviços. Governança é capacidade administrativa do Estado em
formular e implementar políticas públicas, é a forma com que os recursos econômicos e sociais
são gerenciados, com vistas a promover o desenvolvimento.
Este modelo não diminui a importância do estado, mas qualifica-o com o papel de orquestrador,
coordenador, direcionador estratégico, indutor e fomentador absolutamente essencial dos
vários agentes (governamentais ou não) para atingir resultados de interesse público.
Este paradigma promove a adoção de modelos de gestão pós ou neo-burocráticos, tais como:
redes, modelos de gestão orgânicos (flexíveis, orientados para resultados, foco no beneficiário),
mecanismos amplos de accountability, controle e permeabilidade.
A orientação para resultados é uma fixação deste novo paradigma, ou seja, o que está em foco
são as novas formas de geração de resultados em um contexto contemporâneo complexo e
diversificado.
Nesse contexto, uma boa gestão é aquela que alcança resultados, independentemente
de meritórios esforços e intenções. E, alcançar resultados, no setor público, é atender às
demandas, aos interesses e às expectativas dos beneficiários, sejam cidadãos ou organizações,
criando valor público.
A função principal do Estado-nação no mundo contemporâneo – realizada por meio do
governo e da administração pública – é a de ampliar de forma sistemática as oportunidades
individuais, institucionais e regionais. Deve preocupar-se, também, em gerar estímulos para
facilitar a incorporação de novas tecnologias e inovações no setor público que proporcionem as
condições exigidas para atender às demandas da sociedade contemporânea.
Em relação aos pilares do modelo da nova gestão pública, destacam-se a participação cidadã,
a transparência e a medição de resultados.
Essas tarefas são permanentes e exigem participação proativa de todos os atores envolvidos –
dirigentes, políticos, órgãos de controle – e, especialmente, da sociedade organizada.
O termo governança, em sentido amplo, pode ser definido como um processo complexo de
tomada de decisão que antecipa e ultrapassa o governo.
Uma boa governança pública, à semelhança da corporativa, está apoiada em quatro princípios:
relações éticas; conformidade, em todas as suas dimensões; transparência; e prestação
responsável de contas. A ausência desses princípios requer mudança na forma de gestão.
Os aspectos frequentemente evidenciados na literatura sobre a governança estão relacionados:
à legitimidade do espaço público em constituição; à repartição do poder entre aqueles
1198 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Nova Gestão Pública – Prof. Rafael Ravazolo
que governam e aqueles que são governados; aos processos de negociação entre os atores
sociais (os procedimentos e as práticas, a gestão das interações e das interdependências, o
estabelecimento de redes e os mecanismos de coordenação); à descentralização da autoridade
e das funções ligadas ao ato de governar; à responsabilidade em atender a sociedade; à
supervisão; ao controle; e à assistência social.
Existe um ponto em comum entre os inúmeros autores que tratam do tema que envolve
os princípios da boa governança: a responsabilidade do gestor público em prestar contas
(accountability) e a necessidade de promover o controle.
Os princípios mais relevantes a que as entidades do setor público devem aderir para
efetivamente aplicarem os elementos de governança corporativa e alcançarem as melhores
práticas são: liderança, integridade e compromisso (relativos a qualidades pessoais) e
responsabilidade em prestar contas, integração e transparência (são principalmente o produto
de estratégias, sistemas, políticas e processos).
www.acasadoconcurseiro.com.br 1199
Estado racionalizado •• Redução das tarefas do estado.
1200 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Nova Gestão Pública – Prof. Rafael Ravazolo
www.acasadoconcurseiro.com.br 1201
Slides – Nova Gestão Pública
1202 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Nova Gestão Pública – Prof. Rafael Ravazolo
www.acasadoconcurseiro.com.br 1203
2 - Consumerismo
• Fazer melhor - melhoria da qualidade dos serviços
‒Uso de estratégia – análise de stakeholders
‒Descentralização administrativa e competição entre
organizações
‒Paradigma do Consumidor - dar ao cidadão atendimento
semelhante ao que ele teria como cliente em uma empresa
privada – visão liberal
‒Cidadão = cliente, consumidor, usuário dos serviços
1204 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Nova Gestão Pública – Prof. Rafael Ravazolo
www.acasadoconcurseiro.com.br 1205
Nova Gestão Pública
• Objetivo da Nova Gestão Pública
‒modernizar o aparelho do Estado, tornando a
administração pública mais eficiente, eficaz e efetiva e
mais voltada para o cidadão, buscando maior
governança, controle por resultados e accountability.
1206 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Nova Gestão Pública – Prof. Rafael Ravazolo
Governança
• Pilares: participação cidadã, transparência e medição de
resultados.
‒Participação de diversos atores (estado, terceiro setor,
mercado etc.) no desenvolvimento, na gestão de políticas
públicas e no provimento de serviços.
‒Amplia de forma sistemática as oportunidades individuais,
institucionais e regionais;
‒Promove a adoção de modelos de gestão pós ou
neoburocráticos: redes, modelos de gestão orgânicos,
mecanismos amplos de accountability, controle e
permeabilidade.
11
Governança
• É um processo complexo de tomada de decisão
que antecipa e ultrapassa o governo.
• Quatro princípios:
‒ relações éticas;
‒ conformidade, em todas as suas dimensões;
‒ transparência;
‒ prestação responsável de contas – accountability
12
www.acasadoconcurseiro.com.br 1207
Nova Gestão Pública
• Prof. Dr. Humberto Falcão Martins:
a) caráter estratégico ou orientado por resultado das decisões;
b) descentralização;
c) flexibilidade;
d) desempenho crescente e pagamento por produtividade;
e) competitividade interna e externa;
f) direcionamento estratégico;
g) transparência e cobrança de resultados (accountability);
h) padrões diferenciados de delegação decisória;
i) separação da política de sua gestão;
j) desenvolvimento de habilidades gerenciais;
k) terceirização;
l) limitação da estabilidade de servidores e regimes temporários de emprego;
m) estruturas diferenciadas.
13
1208 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Nova Gestão Pública – Prof. Rafael Ravazolo
15
www.acasadoconcurseiro.com.br 1209
Administração
Aula XX
EMPREENDEDORISMO GOVERNAMENTAL
www.acasadoconcurseiro.com.br 1211
Os autores sugerem dez princípios que poderiam servir de base para um novo modelo de
governo, o empreendedor:
1. Governo catalisador – “navegando e não remando”, pois não compete a ele, sozinho,
assumir o papel de executor, de implementador de políticas públicas. O governo deve ser
o indutor da sociedade, o regulador, harmonizando a ação de diferentes agentes sociais na
solução de problemas coletivos.
4. Governo orientado por missões - deixar de lado a orientação por normas e migrar a atenção
na direção da sua verdadeira missão. A administração burocrática leva à desmotivação,
pois define de antemão o que e como se deve fazer cada trabalho. Dando mais liberdade e
flexibilidade, pode-se utilizar a criatividade e o poder de inovação para alcançar os objetivos
e cumprir a missão da organização de forma mais efetiva.
5. Governo de resultados - substituir o foco no controle dos inputs para o controle dos
outputs e dos impactos de suas ações (preocupação com resultados, e não com recursos).
Como os governos não sabem medir resultados, remuneram por outros critérios (tempo de
serviço, volume de recursos, quantidade de subordinados etc), de modo que os servidores
não buscam atingir resultados melhores, mas crescer sua esfera de poder e manter seus
cargos. Ex: um hospital deveria ser remunerado não pelo número de atendimentos, mas
pela redução do número de casos de doença em sua localidade.
6. Governo orientado ao cliente: cidadão deve ser a razão da existência dos órgãos e entidades
públicos; criar mecanismos para atender às necessidades dos clientes, e não da burocracia.
Os órgãos públicos não recebem seus recursos diretamente dos seus clientes (cidadãos)
e sim do Legislativo/Executivo, então muitas vezes há maior preocupação em agradar ao
fomentador do que em atender e saber as necessidades dos cidadãos.
1212 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Empreendedorismo Governamental – Prof. Rafael Ravazolo
10. Governo Orientado para o Mercado – induzir mudanças através do mercado, estabelecendo
regras, fornecendo informações aos consumidores, criando ou aumentando a demanda,
catalisando os fornecedores do setor privado, criando instituições que atuem no mercado
para preencher vazios, mudando a política de investimentos públicos etc.
Outros fatores de destaque são:
•• Realização de parcerias intragovernamentais, com ONGs e com a iniciativa privada, visando
a vantagens para o setor público, tais como ampliação do acesso aos clientes, à tecnologia
e ao capital, diminuição de risco e uso de infraestruturas compartilhadas.
•• Mudança do estilo de liderança, de controlador de resultados para motivador, facilitador.
•• Preocupação com o cliente - os aspectos ambiental, interpessoal, procedimental e
financeiro merecem atenção especial quando do contato com o cliente;
www.acasadoconcurseiro.com.br 1213
Slides - Empreendedorismo Governamental
Empreendedorismo Governamental
• Surgimento:
‒ Livro “Reinventando o Governo – como o espírito empreendedor
está transformando o setor público” - Osborne e Gaebler
• Contexto:
‒Anos 80 nos EUA – gerencialismo X burocracia
‒Descrença da população na Adm. Pública
‒Estudos sobre eficiência do Estado
• Diagnóstico:
‒Excesso de amarras para o gestor público
‒Difícil fornecer serviços eficientes e de qualidade para a
população
‒Máquina estatal centralizadora, lenta, ineficiente e pouco
responsiva às necessidades e opiniões de seus “clientes”.
1
Empreendedorismo Governamental
• Necessidade de um governo empreendedor: um estilo
pragmático de gestão pública.
‒Empreender = fazer acontecer
o No governo: aproveitar recursos da melhor forma possível
o Descentralizar ações: gerenciar em vez de executar
o Controlar resultados, não os processos
1214 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Empreendedorismo Governamental – Prof. Rafael Ravazolo
Empreendedorismo Governamental
• Governo catalisador – “navegando e não remando”
• Governo que pertence à comunidade - dar poder ao
cidadão, em vez de servi‐lo
• Governo competitivo – quebrar monopólio -criar
mecanismos de competição dentro das organizações
públicas e entre organizações públicas e privadas
• Governo orientado por missões - deixar de lado a
orientação por normas e migrar a atenção na direção da
sua verdadeira missão – dar liberdade de ação para as
pessoas.
3
Empreendedorismo Governamental
www.acasadoconcurseiro.com.br 1215
Empreendedorismo Governamental
• Governo preventivo – proatividade e planejamento para
evitar problemas - prevenção ao invés da cura.
Concentrar-se nas causas dos problemas ao invés de
tratar os sintomas.
• Governo descentralizado – envolver os funcionários nos
processos deliberativos.
• Governo Orientado para o Mercado – induzir mudanças
através do mercado, estabelecendo regras e políticas.
Empreendedorismo Governamental
• Outros fatores de destaque:
‒Realização de parcerias intragovernamentais, visando a
vantagens - ampliação do acesso aos clientes, à tecnologia e
ao capital, diminuição de risco, uso de infraestruturas
compartilhadas etc.
‒Mudança do estilo de liderança - de controlador de
resultados para motivador, facilitador.
‒Preocupação na interface com o cliente - os aspectos
ambiental, interpessoal, procedimental e financeiro merecem
atenção especial quando do contato com o cliente;
1216 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração
Aula XX
www.acasadoconcurseiro.com.br 1217
Breve Histórico Brasileiro
Desde a abertura de mercado na década de 90, o Brasil buscou métodos que preparassem e
atualizassem as empresas e o serviço público com relação à qualidade e à produtividade.
Foi criado em 1990 o Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade – PBQP, que gerou
o Subcomitê da Administração Pública, o embrião dos Programas de Qualidade no Serviço
Público.
Em 1996, com a Reforma Gerencial do Estado, foi criado o Programa Qualidade e Participação
na Administração Pública - QPAP, ainda com foco nas ferramentas para a gestão, e teve início um
discurso voltado para a qualidade como instrumento de modernização do aparelho do Estado.
Em 1999 foi criado o Programa da Qualidade no Serviço Público - PQSP, agregando a experiência
dos programas anteriores e o foco no atendimento ao cidadão, com pesquisa de satisfação
dos usuários dos serviços públicos, o lançamento de Padrões de Atendimento ao Cidadão e a
implementação de unidades de atendimento integrado, os SACs – Serviços de Atendimento ao
Cidadão.
Em 2005 o Governo Federal lançou o Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização
- GESPÚBLICA, unificando o Programa da Qualidade com o Programa Nacional de
Desburocratização.
O GesPública é, em síntese, um programa cujo propósito é contribuir para a qualidade dos
serviços e para a geração de ganhos sociais. Os centros práticos da ação do GesPública são
os órgãos e entidades públicos, as políticas públicas - governos e a administração pública do
Estado.
1218 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Excelência no Serviço Público – Prof. Rafael Ravazolo
O programa tem o foco no cidadão e é voltado para a melhoria da qualidade dos serviços
públicos, o aumento da competitividade do país, a melhoria contínua da gestão e o rumo da
excelência.
Visto como uma política pública, o GesPública é baseado no Modelo de Excelência de Gestão
Pública e tem como principais características o fato de ser:
•• Essencialmente público – a gestão de órgãos e entidades públicos pode e deve ser
excelente, pode e deve ser comparada com padrões internacionais de qualidade em gestão,
mas não pode nem deve deixar de ser pública. Deve ser orientado ao cidadão e respeitar os
princípios constitucionais;
•• Contemporâneo – alinhado ao estado-da-arte da gestão, buscando melhorias e
atualizações;
•• Focado em resultados para a sociedade/cidadãos – o atendimento total ou parcial das
demandas da sociedade, traduzidas pelos governos em políticas públicas, com impactos na
melhoria da qualidade de vida e na geração do bem comum;
•• Federativo – aplicado a toda a administração pública, todos os poderes e esferas do
governo.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1219
§ 2º Considera-se convocação a assinatura por órgão ou entidade da administração pública
direta, autárquica ou fundacional, em decorrência da legislação aplicável, de contrato de gestão
ou desempenho, ou o engajamento no GESPÚBLICA, por solicitação do Ministro de Estado do
Planejamento, Orçamento e Gestão, em decorrência do exercício de competências vinculadas a
programas prioritários, definidos pelo Presidente da República.
Art. 6º – Poderão participar, voluntariamente, das ações do GESPÚBLICA pessoas e organizações,
públicas ou privadas.
Parágrafo único. A atuação voluntária das pessoas é considerada serviço público relevante,
não remunerado.
De forma geral, há três objetivos básicos que se espera alcançar com o Programa:
1220 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Excelência no Serviço Público – Prof. Rafael Ravazolo
O MEG não é prescritivo quanto a ferramentas, estruturas ou formas de gerir o negócio. Como
todo modelo, sua relevância é inspirar, orientar e estimular as organizações a observarem
certos fundamentos para que alcancem ou certifiquem a excelência de sua gestão e atendam
às necessidades de seus stakeholders (partes interessadas).
Incentiva, ainda, o alinhamento, a integração e o compartilhamento em toda a organização,
para que ela atue com excelência e gere bons resultados.
No MEG, os chamados Fundamentos de Excelência são expressos por meio de ações gerenciais.
As organizações que realizam avaliações por meio do MEG devem evidenciar suas ações
(práticas de gestão) condizentes com os critérios de excelência. Isso possibilita a avaliação do
grau de maturidade da gestão, pontuando processos gerenciais e resultados organizacionais.
Como resultado final, a organização avança em direção à excelência da gestão e gera valor aos
clientes e acionistas, à sociedade e a outras partes interessadas, o que contribui para a sua
sustentabilidade e perenidade.
O Modelo de Excelência em Gestão Pública (MEGP), por sua vez, foi concebido a partir da
premissa de que a administração pública tem que ser excelente sem deixar de considerar as
particularidades inerentes à sua natureza pública – ser excelente sem deixar de ser pública.
Dessa forma, o modelo faz referência a dois aspectos essenciais:
•• Técnico: fiel aos modelos internacionais.
•• Institucional: revestido de terminologia e de conceitos próprios da administração pública.
Por isso, no MEGP preconizado pelo GesPública os Critérios
(Dimensões) de Excelência têm como base os fundamentos
constitucionais e como pilares os fundamentos da excelência
em Gestão Pública (figura ao lado). Esses elementos, juntos,
representam a excelência em gestão pública no Brasil.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1221
Esse padrão de qualidade é internacional, alinhado com o modelo de excelência de gestão
utilizado pelos setores público e privado em mais de 60 países. Entre eles, destacam-se os
prêmios President's Quality Award (específico para organizações públicas) e Malcolm Baldrige
National Quality Award, dos Estados Unidos, assim como o Prêmio Nacional da Qualidade (da
Fundação Nacional da Qualidade) e o Programa Gaúcho de Qualidade e Produtividade (PGQP).
Essa fidelidade a modelos nacionais e internacionais auxilia as organizações públicas que estão
em busca de transformação gerencial rumo à excelência da gestão. Também permite troca de
experiências e avaliações comparativas de desempenho entre organizações públicas brasileiras
e estrangeiras e com empresas e demais organizações do setor privado (apesar de não ser este
o objetivo do Modelo).
1222 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Excelência no Serviço Público – Prof. Rafael Ravazolo
9. Foco no cidadão e na sociedade - direcionamento das ações públicas para atender, regular
e continuamente, as necessidades dos cidadãos e da sociedade, na condição de sujeitos de
direitos, beneficiários dos serviços públicos e destinatários da ação decorrente do poder de
Estado exercido pelos órgãos e entidades públicos.
11. Gestão participativa - estilo de gestão que determina uma atitude gerencial da alta
administração que busque o máximo de cooperação das pessoas, reconhecendo a
capacidade e o potencial diferenciado de cada um e harmonizando os interesses individuais
e coletivos, a fim de conseguir a sinergia das equipes de trabalho.
Dimensões
O Modelo de Excelência em Gestão Pública é constituído de oito elementos (dimensões)
integrados e interatuantes que colaboram para a construção de órgãos públicos de alto
desempenho. O inter-relacionamento desses elementos dá movimento e direção ao sistema
de gestão e produz uma sinergia que potencializa a capacidade de planejar, organizar, decidir,
executar e controlar a produção de resultados.
Os elementos do MEGP são, portanto, os oito quesitos que a organização deve atender com
práticas de gestão ou com resultados. Ele é geralmente representado em um sistema dividido
em 4 blocos relacionados, atuando como um Ciclo PDCA (Plan, Do, Check, Act).
Confira a imagem a seguir.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1223
Blocos (Ciclo PDCA)
Dimensões
1224 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Excelência no Serviço Público – Prof. Rafael Ravazolo
2. Estratégias e Planos – a estratégia deve atender aos objetivos e dispor de metas e planos
articulados para as unidades internas. Deve ser formulada a partir da prospecção dos
resultados institucionais que se espera alcançar, considerados os recursos internos e
externos; assim como os fatores intervenientes, especialmente aqueles que possam
representar riscos ou oportunidades ao desempenho organizacional.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1225
Slides - Excelência no Serviço Público
1226 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Excelência no Serviço Público – Prof. Rafael Ravazolo
• Características:
‒Essencialmente público
‒Federativo
‒Contemporâneo
‒Focado no cidadão e nos resultados para a sociedade
www.acasadoconcurseiro.com.br 1227
GesPública – Decreto 5.378/2005
• Art. 4º - Critérios para avaliação da gestão em consonância com
o MEGP.
• Art. 5º - Participação dos órgãos e entidades mediante adesão
ou convocação.
‒§ 1º Adesão = engajamento voluntário por meio da validação da
autoavaliação.
‒§ 2º Convocação = assinatura por órgão ou entidade da
administração pública direta, autárquica ou fundacional, em
decorrência da legislação aplicável, de contrato de gestão ou
desempenho, ou o engajamento por solicitação do MPOG.
• Art. 6º - Participação voluntária de pessoas e de organizações,
públicas ou privadas.
1228 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Excelência no Serviço Público – Prof. Rafael Ravazolo
www.acasadoconcurseiro.com.br 1229
Excelência na Gestão Pública
• Onze Fundamentos
1. Pensamento Sistêmico
2. Aprendizado Organizacional
3. Cultura da Inovação
4. Liderança e Constância de Propósitos
5. Orientação por Processos e Informações
6. Visão de Futuro
7. Geração de Valor
8. Comprometimento com as Pessoas
9. Foco no Cidadão e na Sociedade
10.Desenvolvimento de Parcerias
11.Gestão Participativa
• Modelo Referencial
de Gestão Pública
‒4 Blocos (PDCA)
1230 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Excelência no Serviço Público – Prof. Rafael Ravazolo
Blocos do MEGP
Blocos do MEGP
www.acasadoconcurseiro.com.br 1231
Blocos do MEGP
Dimensões
1232 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Excelência no Serviço Público – Prof. Rafael Ravazolo
Dimensões
2. Estratégias e Planos - a estratégia deve atender aos
objetivos e dispor de metas e planos articulados para as
unidades internas.
3. Público Alvo – práticas gerenciais direcionadas ao
relacionamento do órgão/entidade com a sociedade.
- abrange: imagem institucional, conhecimento que a
sociedade tem do órgão, a maneira como se relaciona com a
sociedade e induz sua participação.
4. Interesse Público e Cidadania - observância do
interesse público; observância do regime administrativo;
participação e controle social.
Dimensões
5. Informações e Conhecimento - examina a gestão das
informações - como a organização identifica, desenvolve,
mantém e protege os seus conhecimentos.
6. Pessoas – como organiza o trabalho, a estrutura de
cargos, os processos relativos à seleção e contratação, a
gestão do desempenho de pessoas e equipes.
7. Processos - como a organização gerencia, analisa e
melhora os processos finalísticos e de apoio.
8. Resultados – relativos a orçamento-finanças, cidadãos-
usuários, sociedade, pessoas, processos finalísticos e de
apoio, ao suprimento.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1233
Administração Pública
1. ABORDAGEM HUMANÍSTICA
O tema central da escola das relações humanas no trabalho é o comportamento coletivo nas
organizações, ou seja, o entendimento das pessoas como integrantes de grupos de trabalho.
Segundo Chiavenato, a Teoria das Relações Humanas tem suas origens na necessidade de hu-
manizar e democratizar a Administração, libertando-a dos conceitos rígidos e mecanicistas da
Teoria Clássica e adequando-a aos novos padrões de vida; no desenvolvimento das Ciências
Humanas, principalmente a psicologia, bem como sua crescente influência intelectual e suas
primeiras aplicações à indústria; nas conclusões da Experiência de Hawthorne.
A Abordagem Humanística transfere o foco da gestão, antes colocado nas tarefas (pela Administra-
ção Científica) e na estrutura organizacional (pela Teoria Clássica), para a ênfase nas pessoas que
trabalham nas organizações. Em outras palavras, a Abordagem Humanística faz com que a preocu-
pação com a máquina, com o método de trabalho, com a organização formal e com os princípios de
Administração cedam espaço para a preocupação com as pessoas e com os grupos sociais, ou seja,
faz uma transição dos aspectos técnicos e formais para os aspectos psicológicos e sociológicos.
A Teoria das Relações Humanas (ou Escola Humanística da Administração) surgiu nos Estados
Unidos, como consequência das conclusões da Experiência de Hawthorne, desenvolvida por
Elton Mayo e colaboradores.
O experimento foi realizado no período de 1927 a 1933 e fez parte de um programa mais amplo,
orientado pelo professor Elton Mayo, de Harvard, e que durou até 1947. Esse experimento fez nascer
a chamada escola de relações humanas porque demonstrou que, entre os fatores mais importantes
para o desempenho individual, estão as relações com os colegas e com os administradores. O
experimento de Hawthorne, portanto, revelou a importância do grupo sobre o desempenho dos
indivíduos e deu a partida nos estudos sistemáticos sobre a organização informal.
Em 1927, foi iniciada uma experiência na fábrica de Hawthorne da Western Electric Company,
situada em Chicago, para avaliar a correlação entre iluminação e eficiência dos operários,
medida por meio da produção. Os pesquisadores verificaram que os resultados da experiência
eram prejudicados por variáveis de natureza psicológica e, na tentativa de compreender melhor
esse fenômeno, ampliaram a pesquisa mais alguns anos (ao todo 4 fases).
www.acasadoconcurseiro.com.br 1235
Fase 1:
•• Objetivo: conhecer o efeito da iluminação sobre o rendimento dos operários.
•• Método: foram escolhidos dois grupos de operários que faziam o mesmo trabalho e em
condições idênticas: um grupo de observação trabalhava sob intensidade de luz variável,
enquanto o grupo de controle tinha intensidade constante.
•• Conclusão: a eficiência dos operários é afetada por condições psicológicas. Eles reagiam de acordo
com suas suposições pessoais, ou seja, eles se julgavam na obrigação de produzir mais quando a
intensidade de iluminação aumentava e produzir menos quando a iluminação diminuía.
Fase 2:
•• Objetivo: determinar o efeito de certas mudanças nas condições de trabalho (períodos de
descanso, lanches, redução no horário de trabalho, etc.) na produtividade.
•• Método: foi criado um grupo de observação (grupo de testes) com seis moças que traba-
lhavam na montagem de um certo tipo de peça. A sala do grupo de observação era separa-
da do restante do departamento por uma divisão de madeira. Essa fase foi dividida em dife-
rentes períodos de teste, cada um com alterações (para melhor ou para pior) no ambiente
ou nos métodos de trabalho das operárias.
•• Conclusão: a produção aumentou seguidamente de um período para o outro, mesmo
quando o ambiente era piorado. As moças gostavam de trabalhar na sala de provas porque
era divertido e a supervisão branda (o supervisor funcionava como orientador); havia um
ambiente amistoso e sem pressões, no qual a conversa era permitida; houve desenvolvi-
mento social do grupo (amizades); o grupo desenvolveu objetivos comuns (como o de au-
mentar o ritmo de produção, embora fosse solicitado a trabalhar normalmente).
Fase 3:
•• Objetivo: os pesquisadores se afastaram do objetivo inicial de verificar as condições físicas
de trabalho e passaram a se fixar no estudo das relações humanas no trabalho.
•• Método: programa de entrevistas com os empregados para conhecer suas atitudes e senti-
mentos, ouvir suas opiniões quanto ao trabalho e ao tratamento que recebiam, bem como
ouvir sugestões a respeito do treinamento dos supervisores.
•• Conclusão: revelou a existência de uma organização informal dos operários a fim de se pro-
tegerem contra as ameaças da administração (gerência e supervisão formal). Os operários
se mantêm unidos por meio de laços de lealdade – quando o operário pretende também
ser leal à empresa, essa lealdade dividida entre o grupo e a companhia traz conflito, ten-
são, inquietação e descontentamento; o nível de produção é estabelecido pelo grupo; o
grupo estabelece punições sociais; há liderança informal de alguns operários.
1236 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Pública – Abordagem Humanística – Prof. Rafael Ravazolo
Fase 4:
•• Objetivo: analisar a organização informal dos operários.
•• Método: foi escolhido um grupo experimental para trabalhar em uma sala especial com
condições de trabalho idênticas às do departamento. Um observador ficava dentro da sala
e um entrevistador do lado de fora entrevistava o grupo.
•• Conclusão: operários passaram a apresentar certa uniformidade de sentimentos e
solidariedade grupal.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1237
•• Lealdade ao grupo:
•• O sistema social formado pelos grupos determina o resultado do indivíduo, que pode
ser mais leal ao grupo do que à administração.
•• Alguns grupos não atingem os níveis de produção esperados pela administração, por-
que há entre seus membros uma espécie de acordo que define uma quantidade “cor-
reta”, que é menor, a ser produzida.
•• O Efeito Hawthorne não funciona em todos os casos.
•• Esforço coletivo:
•• O supervisor de primeira linha deve ser não um controlador, mas um intermediário en-
tre a administração superior e os grupos de trabalho.
•• O conceito de autoridade deve basear-se não na coerção, mas na cooperação e na
coordenação.
1238 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Pública – Abordagem Humanística – Prof. Rafael Ravazolo
Abordagem Humanística
• Escola das Relações Humanas no trabalho:
‒Foco = comportamento coletivo nas organizações;
pessoas como integrantes de grupos de trabalho.
• Chiavenato:
‒ “Teoria das Relações Humanas tem suas origens na necessidade de
humanizar e democratizar a Administração, libertando-a dos conceitos
rígidos e mecanicistas da Teoria Clássica e adequando-a aos novos
padrões de vida.”
‒ Contexto: desenvolvimento das ciências humanas, principalmente a
psicologia, bem como sua crescente influência intelectual e suas
primeiras aplicações à indústria; conclusões da Experiência de
Hawthorne.
Abordagem Humanística
Abordagem Clássica Abordagem Humanística
• Experimento de Hawthorne:
‒ Realizado entre 1927 a 1933, na Western Electric Company em Chicago,
orientado pelo professor Elton Mayo.
‒ Revelou a importância do grupo sobre o desempenho dos indivíduos e
deu a partida para os estudos sistemáticos sobre a organização informal.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1239
Hawthorne:
4
fases
• Fase
1:
iluminação
X
produ:vidade.
‒ a
eficiência
dos
operários
é
afetada
por
condições
psicológicas.
Hawthorne: conclusões
• Chiavenato:
‒ O nível de produção é resultante da integração social; Comportamento social dos
empregados; Recompensas e sanções sociais; Grupos informais; Relações
humanas; Importância do conteúdo do cargo; Ênfase nos aspectos emocionais.
• Maximiano:
‒ Efeito Hawthorne: efeito positivo do tratamento da administração sobre o
desempenho humano.
‒ Lealdade ao grupo: o sistema social formado pelos grupos determina o resultado
do indivíduo, que pode ser mais leal ao grupo do que à administração.
‒ Esforço coletivo: por causa da influência do sistema social sobre o desempenho
individual, a administração deve entender o comportamento dos grupos e
fortalecer as relações com os grupos, em vez de tratar os indivíduos como seres
isolados.
‒ Conceito de autoridade: deve basear-se não na coerção, mas na cooperação e na
coordenação.
1240 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração
Aula XX
www.acasadoconcurseiro.com.br 1241
4. Fase administrativa (1965 -1985): regulamentada a profissão Técnico de Administração.
Após começo conturbado do regime militar, houve rearticulação dos trabalhadores no final
da década de 70, formando a base que implementou um movimento denominado "novo
sindicalismo".
5. Fase estratégica (1985 a atual): demarcada pela introdução dos primeiros programas de
gestão estratégica de pessoas atrelados ao planejamento estratégico das organizações.
O quadro a seguir mostra a transição da visão sobre as pessoas nas organizações.
A Gestão de Pessoas é o con-
junto de políticas e práticas ne-
cessárias para cuidar do capital
humano da organização, capi-
tal este que contribui com seus
conhecimentos, habilidades e
capacidades para o alcance dos
objetivos institucionais.
Capital humano é o patrimônio
(inestimável) que uma organi-
zação pode reunir para alcançar
vantagens competitivas. Possui
dois aspectos principais:
•• Talento: tipo especial de pessoa, dotada de diferenciais como conhecimento (saber),
habilidade (saber fazer), julgamento (saber analisar o contexto) e atitudes (querer fazer).
•• Contexto: ambiente adequado para que os talentos se desenvolvam. É determinado por:
•• Arquitetura organizacional: desenho da organização e divisão do trabalho – deve ser
flexível, integrador e facilitador da comunicação entre as pessoas.
•• Cultura: conjunto de características que difere uma organização das outras. Deve
inspirar confiança, comprometimento e satisfação.
•• Estilo de gestão: liderança, coaching, delegação, empowerment.
Hoje vivemos na sociedade do conhecimento, na qual o talento humano e suas capacidades
são vistos como fatores competitivos no mercado de trabalho globalizado. Nota-se, também,
que o sucesso das organizações modernas depende, e muito, do investimento nas pessoas, a
partir da identificação, do aproveitamento e do desenvolvimento do capital humano.
Nesse novo contexto, as pessoas são vistas no ambiente de trabalho como:
•• Seres humanos: personalidade própria; diferentes entre si; origens e histórias particulares;
conhecimentos, habilidades e competências distintas.
•• Agentes ativos e inteligentes: fonte de impulso capaz de dinamizar a organização, de
mudá-la, renová-la e torná-la competitiva.
•• Parceiros da organização: a partir de uma relação ganha-ganha, as pessoas são capazes de
conduzir a organização ao sucesso e, por conseguinte, serem beneficiadas.
•• Talentos: portadoras de competências essenciais ao sucesso organizacional, consideradas
o principal ativo, pois agregam inteligência (capital intelectual) ao negócio.
1242 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Evolução, Papéis e Processos de Gestão de Pessoas – Prof. Rafael Ravazolo
As políticas de GP referem-se às maneiras pelas quais a organização pretende lidar com seus
membros e por intermédio deles atingir os objetivos organizacionais, permitindo (também) o
alcance dos objetivos individuais. Tais políticas são, portanto, como guias de ação que orientam
os processos de GP.
Dentre os objetivos da GP, pode-se destacar:
•• Proporcionar um ambiente com pessoas competentes e motivadas para o alcance dos
objetivos organizacionais e individuais.
•• Desenvolver o capital humano e o capital intelectual – ativos intangíveis da organização;
•• Desenvolver a gestão do conhecimento: habilidades, competências e tecnologias aplicadas
de forma integrada para concretizar a missão e visão.
•• Formar competências essenciais que atendam às demandas dos diferentes stakeholders,
gerando vantagem competitiva.
Cabe, portanto, à moderna GP atuar nesse ambiente complexo, ajudando a organização a
realizar sua missão. Ela também gera competitividade à organização, proporciona pessoas
bem treinadas e motivadas, aumenta a autoatualização e a satisfação das pessoas no trabalho,
mantém a qualidade de vida no trabalho, administra e impulsiona a mudança, mantém políticas
éticas e comportamento socialmente responsável.
GP como responsabilidade de Linha ou função de Staff
www.acasadoconcurseiro.com.br 1243
O Macroprocesso de Gestão de Pessoas
A Gestão de Pessoas pode ser vista como um macroprocesso composto por diversos processos.
Tais processos, por sua vez, são compostos pelas distintas atividades que uma organização
realiza para gerenciar as pessoas:
•• Agregar pessoas/talentos à organização;
•• Integrar e orientar;
•• Modelar o trabalho (individual ou em equipe) para torná-lo significativo;
•• Avaliar o desempenho e melhorá-lo continuamente;
•• Recompensar pelo desempenho e alcance de resultados;
•• Comunicar, transmitir conhecimento e proporcionar feedback;
•• Treinar e desenvolver;
•• Proporcionar boas condições de trabalho e melhorar a qualidade de vida;
Na literatura, não há consenso sobre o número de processos que compõem a gestão de pessoas.
Dessa forma, dependendo do autor, as atividades estarão agrupadas de formas distintas.
Modelo 1 - Dutra: três processos.
1. Movimentação: captar, internalizar, transferir, promover, expatriar e recolocar.
2. Desenvolvimento: capacitar, gerir carreira e desempenho.
3. Valorização: remunerar e premiar.
Modelo 2: Chiavenato: seis processos
1. Agregar: recrutamento e seleção.
2. Aplicar: modelagem do trabalho, orientação e avaliação do desempenho.
3. Recompensar: remuneração, benefícios e incentivos.
4. Desenvolver: treinamento, desenvolvimento, aprendizagem e gestão do conhecimento.
5. Manter: higiene, segurança, qualidade de vida e relações sindicais.
6. Monitorar: bancos de dados e sistemas de informações gerenciais.
Resumindo: a gestão de pessoas consiste na maneira pela qual uma instituição se organiza
para gerenciar e orientar o comportamento humano no trabalho, e, para isso, define princípios,
estratégias, políticas e práticas de gestão. Através desses mecanismos, implementa diretrizes e
orienta os estilos de atuação dos gestores e das pessoas.
A seguir, um modelo de diagnóstico de Gestão de Pessoas.
1244 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Evolução, Papéis e Processos de Gestão de Pessoas – Prof. Rafael Ravazolo
www.acasadoconcurseiro.com.br 1245
Slides – Evolução, Papéis e Processos de Gestão de Pessoas
O Papel da Área de RH
• Departamento de RH: mecanicista = contratações por experiência e
conhecimento técnico; folha de pagamento;
Antigamente poder hierárquico + salário = obediência dos funcionários e resultados.
• Sociedade do conhecimento.
• Talento e capacidades humanas são fatores competitivos no mercado de
trabalho globalizado.
Hoje • O sucesso depende do investimento nas pessoas, a partir da identificação,
do aproveitamento e do desenvolvimento do capital intelectual.
1
1246 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Evolução, Papéis e Processos de Gestão de Pessoas – Prof. Rafael Ravazolo
RH no Brasil
5 Fases:
1. Fase contábil (até 1930): custos
2. Fase legal (1930 - 1950): leis trabalhistas da era getulista.
3. Fase tecnicista (1950 -1964): função de RH adquire status
orgânico de gerência.
4. Fase administrativa (1965 -1985): regulamentada a profissão
Técnico de Administração. Início da articulação do "novo
sindicalismo".
5. Fase estratégica (1985 a atual)
4
www.acasadoconcurseiro.com.br 1247
Visão sobres as pessoas
1248 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Evolução, Papéis e Processos de Gestão de Pessoas – Prof. Rafael Ravazolo
Gestão de Pessoas
Gestão de Pessoas é o conjunto de políticas e práticas
necessárias para cuidar do capital humano da organização,
capital este que contribui com seus conhecimentos, habilidades e
capacidades para o alcance dos objetivos institucionais.
Gestão de Pessoas
• Objetivos:
‒Proporcionar um ambiente com pessoas competentes e
motivadas para alcançar os objetivos.
‒Desenvolver o capital humano e o capital intelectual.
‒Gerenciar o conhecimento: competências e tecnologias
aplicadas de forma integrada para concretizar a missão.
‒Formar competências essenciais que atendam às demandas
dos diferentes stakeholders.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1249
Gestão de Pessoas
• Outros conceitos:
‒Capital humano - patrimônio (inestimável) que uma
organização pode reunir.
o Talento: tipo especial de pessoa, dotada de diferenciais como
conhecimento (saber), habilidade (saber fazer), julgamento
(saber analisar o contexto) e atitudes (querer fazer).
o Contexto: ambiente adequado para que os talentos se
desenvolvam (arquitetura, cultura e estilos de gestão)
‒Capital Intelectual - tecnologia, informação, habilidades e
solução de problemas.
Papéis da GP
10
1250 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Evolução, Papéis e Processos de Gestão de Pessoas – Prof. Rafael Ravazolo
Papéis da GP
Tendência:
descentralizar as
decisões e ações de GP
rumo aos gerentes, que
se tornam os gestores
de pessoas.
11
www.acasadoconcurseiro.com.br 1251
Passos da moderna GP
13
Passos da moderna GP
14
1252 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Evolução, Papéis e Processos de Gestão de Pessoas – Prof. Rafael Ravazolo
16
www.acasadoconcurseiro.com.br 1253
Diagnóstico
de Gestão
de Pessoas
17
1254 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração
Aula XX
Competências Organizacionais
São as competências relacionadas com a vida íntima da organização. Correspondem ao modus
vivendi da organização, à sua cultura corporativa, a como a organização se estrutura e organiza
para realizar o trabalho.
Uma competência organizacional é mais que a soma das competências individuais, pois se refere
à harmonização de múltiplos recursos (recursos humanos, tecnológicos e organizacionais) em
rotinas que contribuam para o alcance dos objetivos estratégicos.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1255
Distintos autores subdividem as competências organizacionais em:
•• Básicas: também chamadas de competências de gestão, são as aquelas relacionadas com
a gestão de recursos — financeiros, comerciais, produtivos, etc. Sem o domínio dessas
competências básicas, a organização não consegue alcançar níveis elevados de excelência.
•• Essenciais (core competences): servem para a sobrevivência na empresa e são centrais
para sua estratégia. Contribuem para os benefícios percebidos pelos clientes e são difíceis
de imitar.
•• Distintivas: diferenciais que os clientes reconhecem, aquilo que diferencia a organização
de seus concorrentes e que gera vantagens competitivas.
•• Funcionais: especializadas - cada unidade, departamento deve construir ou possuir e serve
de base para as competências essenciais.
•• De Suporte: atividade que é valiosa para apoiar um leque de competência.
•• Capacidades dinâmicas: capacidade de adaptar suas competências ao ambiente.
1256 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Gestão por Competências – Prof. Rafael Ravazolo
A competência de uma pessoa pode ser compreendida como a capacidade de gerar resultados
dentro dos objetivos organizacionais. Essa capacidade advém do conjunto de Conhecimentos,
Habilidades e Atitudes (CHA) necessário para que as pessoas possam exercer suas funções,
gerando resultados positivos para a organização.
A gestão por competências constitui um processo contínuo, que tem como etapa inicial a
formulação da estratégia organizacional. Em seguida, definem-se indicadores de desempenho
e metas no nível corporativo e identificam-se as competências necessárias para concretizar o
desempenho esperado.
Depois, por meio de ferramentas gerenciais, a organização pode identificar o seu gap de
competências, isto é, a lacuna entre as competências necessárias para concretizar a estratégia
corporativa e as competências disponíveis internamente. Feito esse diagnóstico, a organização
pode planejar ações para captar e desenvolver as competências de que necessita, bem como
estabelecer planos de trabalho e de gestão de pessoas.
Finalmente, há uma etapa de avaliação, em que os resultados alcançados são comparados com
os que eram esperados, gerando informações para retroalimentar o processo.
O processo pode ser visualizado na figura a seguir:
www.acasadoconcurseiro.com.br 1257
Etapa 1. A primeira etapa da gestão por competências é a formulação da estratégia
organizacional na qual se define a missão, visão de futuro e objetivos estratégicos, bem como
se estabelece os indicadores de desempenho e metas.
Etapa 2. Mapeamento das competências necessárias à consecução da estratégia organizacional.
Em ambientes turbulentos, instáveis e complexos, a realização periódica do mapeamento de
competências é de fundamental importância para o planejamento e execução de ações de
captação e desenvolvimento.
1258 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Gestão por Competências – Prof. Rafael Ravazolo
Um processo seletivo que se orienta pela gestão de competências busca pessoas adequadas
para uma carreira de longo prazo dentro da organização, ou seja, seu foco não é no cargo, mas
na trajetória profissional.
O desenvolvimento de pessoas ajustado às competências apresenta as seguintes vantagens:
•• permite assumir atribuições e responsabilidades em níveis crescentes de complexidade;
•• possibilita acoplar os conceitos de competência e complexidade à trajetória profissional;
•• cria bases para adequação das expectativas da pessoa
às da organização;
•• possibilita preparar as pessoas para o processo
sucessório conforme suas competências;
•• aprimora a forma de avaliação das pessoas na
organização, uma vez que distingue aspectos como
desenvolvimento, esforço e comportamento.
É importante ressaltar que, na ausência de ações de
captação ou desenvolvimento de competências, por parte
da organização, a lacuna tende a crescer. Isso porque a complexidade do ambiente no qual as
organizações estão inseridas faz com que sejam exigidas cada vez mais e novas competências.
Etapa 4) O acompanhamento e avaliação referem-se ao monitoramento da execução de
planos operacionais e de gestão e os respectivos indicadores de desempenho, à apuração dos
resultados alcançados e à comparação com os resultados esperados.
Etapa 5) A retribuição refere-se às ações de valorização das pessoas, de forma diferenciada,
para que haja estímulo à manutenção de comportamentos desejados e à correção de eventuais
desvios propõe-se fundamentalmente a gerenciar o gap ou lacuna de competências, ou seja,
a reduzir ao máximo a discrepância entre as competências necessárias à consecução dos
objetivos organizacionais e aquelas já disponíveis na organização.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1259
Entrevista coletiva ou grupo focal – o entrevistado é o moderador do grupo de 6 a 12 pessoas e
atua na coordenação das discussões com vistas a identificar as competências relevantes. Neste
caso o entrevistador deverá montar seu roteiro de questões e registro de dados.
Observação – consiste na análise do trabalho, no registro de seus resultados e daquilo que é
preciso para alcançá-los.
Simulações – a partir de análises de tendências do mercado, faz-se suposições sobre o futuro
do trabalho e do ambiente de trabalho.
Questionários estruturados – é o mais utilizado no mapeamento de competências nas
organizações. Permitem que os respondentes avaliem o grau de importância das competências
apresentadas.
1260 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Gestão por Competências – Prof. Rafael Ravazolo
www.acasadoconcurseiro.com.br 1261
Gestão por Competências
• Competências Organizacionais X Pessoais:
‒Organizacionais (2 principais):
o Competências básicas: como os recursos organizacionais são utilizados
para obter os melhores resultados.
o Competências essenciais (core competences): fundamentais para a
estratégia, para o sucesso da organização.
‒Pessoais (definições não são excludentes entre si):
o Técnica
o Humana
o Gerencial
o Interpessoal
o Fundamental - comportamentos desejados em todos os servidores.
3
Competências Pessoais
4
4
1262 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Gestão por Competências – Prof. Rafael Ravazolo
Competências Pessoais
CHA + (e,r) ou (ve)
www.acasadoconcurseiro.com.br 1263
Mapeamento de Competências
Mapeamento de Competências
Competências necessárias para
alcançar os objetivos
Objetivos GAP
Estratégicos Competências
Existentes
1264 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Gestão por Competências – Prof. Rafael Ravazolo
• Análise documental
• Entrevista com pessoas-chave
• Grupo focal
• Questionário estruturado
• Observação
• Simulação
www.acasadoconcurseiro.com.br 1265
Administração
Aula XX
CULTURA ORGANIZACIONAL
Sabe-se que as atividades variam de uma organização para outra. Também é notório que
há relações espontâneas que ocorrem em toda atividade humana, sem qualquer objetivo
determinado, consciente ou preciso. O trabalho, por ser uma atividade tipicamente grupal,
engloba essas duas faces das organizações: as relações formais e informais.
A partir dessa abordagem, pode-se concluir que cada organização é um sistema social complexo,
com características próprias, únicas, que são aprendidas e compartilhadas por um grupo de
pessoas. Isso é a Cultura Organizacional.
Todas as organizações desenvolvem uma cultura (sua própria cultura, sua identidade).
O elemento mais simples e mais explícito da cultura, que exemplifica esse processo, é a
linguagem: todos os grupos desenvolvem uma linguagem particular.
Exemplo: estudantes de Administração lidam com palavras como feedback, benchmark,
empowerment. Quem reconhece essas palavras, inconscientemente, está aculturado em
Administração. Para um estudante de Direito, porém, essas palavras podem não ter significado
algum, o que exemplifica o contraste entre as culturas.
As pessoas que integram um grupo nem sempre têm consciência de seus próprios valores
culturais. Para um observador externo, no entanto, alguns desses valores são evidentes.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1267
Importante ressaltar que Cultura Organizacional é um conceito descritivo, ou seja, se refere à
forma como os funcionários percebem as características da organização, e não ao fato de eles
gostarem ou não delas. Isso diferencia o conceito de Cultura do conceito de Satisfação no trabalho
(que é avaliativo).
Principais Definições
Diversos autores pesquisaram e apresentaram suas visões do que é cultura e qual seu impacto nas
organizações.
As teorias podem ser enquadradas em dois grandes grupos (ou visões):
Edgar Schein é um dos autores mais bem conceituados na literatura de cultura organizacional.
Ele acredita que a
“[…] cultura organizacional é o modelo de pressupostos básicos que um
grupo assimilou na medida em que resolveu os seus problemas de adaptação
externa e integração interna e que, por ter sido suficientemente eficaz, foi
considerado válido e repassado (ensinado) aos demais (novos) membros
como a maneira correta de perceber, pensar e sentir em relação àqueles
problemas.”
Ele sugere que a cultura serve para a sobrevivência da organização, uma vez que possibilita
a adaptação ao meio ambiente estratégico e a coordenação das atividades internas. Se a
adaptação for bem sucedida, a tendência será evoluir na mesma direção. Caso contrário, a
tendência será a correção para outra direção.
É necessário, portanto, avaliar se os paradigmas culturais de uma organização apoiam ou
impedem os seus objetivos e estratégias.
Geert Hofstede, outro autor de destaque, conclui que a cultura organizacional
“[...] pode ser definida como a programação coletiva da mente que distingue
os membros de uma organização dos de outra”.
1268 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Cultura Organizacional – Prof. Rafael Ravazolo
Formação e Desenvolvimento
A cultura permeia toda organização, desde o recrutamento e a seleção de candidatos até os
estilos de gestão e as decisões estratégicas.
Ela é uma percepção comum mantida pelos membros da organização e é transmitida através
de seus elementos, que podem ser mais ou menos visíveis, formais ou informais, de acordo
com sua influência sobre os integrantes da instituição.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1269
Criação
Os fundadores são os principais responsáveis pela criação da cultura, pois têm a visão daquilo
que a organização deve ser. Fundadores:
1. Contratam/mantêm funcionários que pensem da mesma forma que eles;
2. Doutrinam e socializam esses funcionários;
3. Agem como modelo que encoraja os funcionários a assimilarem valores e premissas.
Desenvolvimento
São as práticas da organização que visam a manter a cultura viva: histórias (relatos), rituais
(atividades), símbolos (objetos, ações com significados especiais), linguagem (símbolos
verbais), dentre outras formas.
Os líderes, devido ao seu poder, colaboram fortemente na disseminação da cultura.
Outra forma de manter a cultura é a socialização (ou aculturação), definida como o processo
pelo qual os indivíduos aprendem a maneira de ser, de fazer e de agir em uma sociedade, ou
organização. Pode ser dividida em três estágios:
1. Pré-chegada (expectativa e preparação) – é o reconhecimento de que cada indivíduo chega
com um conjunto de valores, atitudes e expectativas.
2. Encontro (ingresso) – o novo membro vê o que a empresa é realmente e confronta a
possibilidade de que as expectativas (sobre o trabalho, os colegas, o chefe e a organização
de maneira geral) e a realidade podem não ser as mesmas.
3. Metamorfose (ajustamento e integração) – ele resolve os possíveis problemas surgidos no
estágio do encontro e as mudanças acontecem para se adaptar aos valores e normas de
seu grupo.
Para Schein, as organizações desenvolvem suas próprias culturas por meio de 3 aspectos:
a) pela manutenção dos elementos da cultura que estão relacionados ao sucesso da
organização;
b) pelo alinhamento das várias subculturas;
c) pela identificação e mudança dos elementos menos funcionais, à medida que as condições
do ambiente externo mudam (dinamismo).
Opções de socialização
•• Formal – diferenciação explícita dos novatos (ex: programas de integração e orientação) ou
Informal – coloca o novato em seu cargo com pouca ou nenhuma atenção especial.
•• Coletiva (processados por um conjunto idêntico de experiências – serviço militar) ou
Individual.
•• Uniforme (fixa – estágios padronizados de transição da etapa de entrante para a etapa de
funcionário) ou variável.
1270 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Cultura Organizacional – Prof. Rafael Ravazolo
Métodos de Socialização
•• Processo seletivo;
•• Conteúdo do cargo;
•• Supervisor como tutor;
•• Equipe de trabalho;
•• Programa de integração (indução).
Características Gerais
Com base nas definições de diversos autores, pode-se exemplificar as seguintes características:
•• Estabilidade Estrutural – para algo se tornar cultural, além de ser compartilhado com os
integrantes do grupo, precisa ser reconhecido como estável.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1271
•• Profundidade – é a parte inconsciente para o grupo, sendo menos tangível e menos visível
que outros aspectos desse grupo.
•• Largura – é penetrante e influencia todos os aspectos de como a organização procede com
suas atividades, seus vários ambientes e operações internas.
•• Padrão ou Integração – sugere que os rituais, o clima, os valores e os comportamentos
formam um conjunto coerente; esse padrão ou integração é a essência da cultura.
•• Determinada historicamente (pelos fundadores e líderes).
•• Construída socialmente: criada e preservada pelas pessoas da organização.
•• Cada organização forma a sua própria cultura.
•• Não é inata, é aprendida.
•• Não é estática, é dinâmica.
•• Composta por normas formais e informais.
•• Representa a maneira tradicional e costumeira de pensar.
•• Orienta o comportamento das pessoas – padrão(ões).
•• Interfere no desempenho.
•• Difícil de mudar, mas não há acordo sobre o grau de dificuldade.
Importante: não existe a cultura melhor ou pior, a certa ou a errada – é necessário avaliar se a
cultura de uma organização apoia ou impede os seus objetivos e estratégias.
Modelo do Iceberg
Uma das formas de expressar os níveis é pela figura do iceberg: a parte na superfície da água
é facilmente visível; já a parte inferior, oculta sob a água, está fora da visão e depende de um
estudo mais aprofundado para ser identificada.
1272 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Cultura Organizacional – Prof. Rafael Ravazolo
Modelo de Schein
Artefatos, Valores compartilhados e Pressuposições básicas são os três níveis definidos por
Schein, que vão desde o muito visível ao muito tácito e invisível.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1273
ções artísticas, modos de vestir, discursos, maneiras de demonstrar emoções, mitos, heróis,
histórias, lemas, cerimônias, padrões de comportamento visíveis, processos organizacionais,
dentre outros.
Interessante saber que, apesar de ser fácil de ser observar, às vezes são difíceis de interpretar
por um observador externo que não conhece o histórico da organização.
Modelo de Hofstede
É composto por quatro elementos.
Os símbolos, heróis e rituais constituem as práticas da
organização, as manifestações visíveis que são resultado
dessa cultura. O núcleo da cultura (que explica as ações) é
formado pelos valores.
1274 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Cultura Organizacional – Prof. Rafael Ravazolo
Tanto Hofstede como Schein afirmam que há elementos na cultura que só podem ser decifrados
a partir da convivência com os grupos.
•• Símbolos – compreendem as palavras, gestos, ações e objetos que têm significado especial
dentro da organização.
•• Heróis – personagens vivas ou mortas, reais ou imaginárias, revestidas de prestígio na
cultura, frequentemente lembradas e que servem de modelo (positivo ou negativo) de
comportamento para seus membros.
•• Rituais – atividades coletivas, muitas vezes supérfluas do ponto de vista técnico, mas so-
cialmente indispensáveis.
•• Valores – sentimentos raramente discutíveis, quase sempre inconscientes e não direta-
mente observáveis, mas revelados através de comportamentos alternativos.
Modelo de Maximiano
Percebe-se, pelo modelo de Maximiano, que o nível mais externo (facilmente visível) é
composto pelos artefatos, pela linguagem e pelos hábitos comuns das pessoas.
O nível mais profundo (que não se revelam facilmente e são difíceis de analisar) são os valores
e crenças.Os elementos da cultura, segundo o autor, são:
www.acasadoconcurseiro.com.br 1275
Modelo de Alves
A cultura, tanto na sociedade quanto na organização, é composta de três dimensões
interdependentes: a material, a psicossocial e a ideológica.
ELEMENTO DESCRIÇÃO
Tudo aquilo que a organização considera importante para preservar,
Valores
realizar e manter a imagem e o sucesso.
Eventos especiais nos quais os membros da organização celebram os
Cerimônias
mitos, heróis e símbolos da empresa .
Atividades cerimoniais destinadas a comunicar ideias específicas ou
Ritos a realizar determinados propósitos (de passagem; de degradação; de
confirmação; de reprodução; para redução de conflitos; de integração).
Rituais Ações regularmente repetidas para reforçar normas e valores culturais.
Relatos de eventos passados que ilustram e transmitem normas e
Histórias / Estórias
valores culturais mais profundos.
Histórias imaginárias usadas para reforçar algumas crenças e que
Mitos ajudam a explicar atividades ou eventos que de outro modo poderiam
ser confusos.
Pessoas de sucesso, frequentemente citadas como exemplo, que
Heróis corporificam os valores e o caráter da organização e de sua cultura.
Pode ser o fundador, um gerente marcante etc.
Objetos, ações, eventos dotados de significados especiais e que
Heróis permitem aos membros, organização trocarem ideias complexas e
mensagens emocionais.
1276 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Cultura Organizacional – Prof. Rafael Ravazolo
www.acasadoconcurseiro.com.br 1277
Há também o conceito de contracultura, que é a cultura peculiar de um grupo que se opõe à
cultura mais ampla, contestando seus padrões.
Se as organizações não possuíssem nenhuma cultura dominante e fossem constituídas apenas
de diversas subculturas, a importância da cultura organizacional seria consideravelmente
reduzida, porque não haveria nenhuma interpretação uniforme do que seria um comportamento
adequado ou inadequado. Dessa forma, seria difícil manter a coesão da empresa e o foco nos
objetivos principais.
Geert Hofstede estudou a culturas de países
(nacionais) e culturas organizacionais (de empresas),
acreditando que as duas se relacionam fortemente.
A nacionalidade é o critério possível de classificação
atribuindo-se características coletivas aos cidadãos
de diferentes países e, portanto, utilizado do ponto
de vista prático para o estudo de fatores culturais.
Para Hofstede, no nível nacional as diferenças
culturais residem mais nos valores e menos nas
práticas; no nível organizacional as diferenças
culturais residem mais nas práticas e menos nos
valores.
Vantagens
Uma cultura forte é mais eficaz e tem melhor desempenho que uma cultura fraca, pois:
•• Define fronteiras: diferencia uma organização da outra.
•• Gera um senso de união, uma identidade organizacional: compartilhar normas, valores e
percepções proporciona às pessoas um sentido de união, um compromisso com algo maior
que o interesse individual.
•• Promove a estabilidade organizacional: há uma compreensão clara dos papéis e da maneira
como as coisas são feitas.
•• Tem influencia maior sobre o comportamento dos seus membros: alto controle
comportamental, moldando as atitudes e servindo como uma fonte de significados comuns
para explicar por que as coisas acontecem do modo como acontecem.
1278 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Cultura Organizacional – Prof. Rafael Ravazolo
Desvantagens
As desvantagens são as chamadas disfunções da cultura, que prejudicam a capacidade de
resolver os problemas de convivência interna e adaptação externa. Nesse caso, a cultura é
considerada um passivo.
Disfunções na cultura organizacional são desvios no comportamento coletivo (degenerações
que muitas vezes não são percebidas pelos membros do grupo).
Elas acontecem quando os valores compartilhados não são aqueles necessários para melhorar
a eficácia da organização, ou seja, quando a cultura diverge das necessidades do ambiente
(interno e externo). Ex.: em um mercado estático, a consistência do comportamento é um valor
positivo. Caso o mercado se torne dinâmico, essa mesma consistência passaria a ser um fator
negativo. Assim, a cultura pode se tornar uma barreira às mudanças, quando não é adequada
para lidar com as novidades em seus ambientes.
A cultura pode se tornar também uma barreira à diversidade, quando padroniza comportamentos
e elimina as distintas experiências que as pessoas podem levar para a organização. Ex.: em
uma cultura forte, os novos funcionários contratados tendem a ser rapidamente socializados,
mesmo que não sejam parecidos com a maioria dos membros da organização.
Outro problema é quando ocorre a institucionalização, ou seja, quando a organização passa a
ser valorizada por si só e não pelos bens e serviços.
Outras possíveis disfunções da cultura organizacional são:
•• dificuldade de entender e processar mudanças ambientais;
•• resistência generalizada à necessidade de mudança interna;
•• dificuldade de aceitar outras culturas e pontos de vista alheios;
•• tendência a subestimar outros grupos, especialmente concorrentes e clientes;
•• uso excessivo de jargão como disfarce de solidez intelectual, prejudicando a
comunicação com outros grupos.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1279
Outros tipos de cultura
•• Ética: longo prazo, equilibra direitos dos stakeholders, apoio para correr riscos e inovar,
desestímulo à competição.
•• Positiva: enfatiza pontos fortes dos funcionários, recompensa mais que pune, privilegia a
vitalidade e o desenvolvimento pessoal.
•• Espiritualizada: reconhece que as pessoas possuem um uma consciência espiritual, buscam
propósito no trabalho, confiança, respeito e práticas humanistas.
•• Adaptativa: foco na inovação, cuidado com clientes, mudanças, criatividade.
•• Não adaptativa: burocrática, foco no conservadorismo, nas tradições, costumes e valores.
Indicadores (Atributos)
Um indicador é um mecanismo de controle que serve para medir algo (geralmente, um
desempenho).
Pode-se fazer a analogia: da mesma forma que uma régua mede o tamanho de um objeto
(pequeno ou grande), o indicador mede a presença ou ausência de uma característica na
cultura.
Ex: Inovação/Propensão ao risco x Aversão ao
risco, Orientação para os resultados x Orien-
tação para os processos, Orientação para o
ambiente (adaptação) x Orientação interna
(conservadorismo), Foco nas pessoas x Foco
nas atividades, Foco na equipe x Foco no indivíduo, Estabilidade x Crescimento, Universalismo
(das regras) x Particularismo, Coletivismo x Individualismo, Espiritualidade, Pragmatismo etc.
Os indicadores da cultura organizacional permitem identificar a essência da cultura em uma
organização ou, em outras palavras, medem a(s) característica(s) da cultura presente(s) na
organização. Também são chamados de atributos da cultura.
Robbins afirma que há 7 características (indicadores) que capturam a essência da cultura:
1280 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Cultura Organizacional – Prof. Rafael Ravazolo
Dimensões Nacionais
Medida do grau de aceitação, por aqueles que têm menos
Distância hierárquica (ou do poder) poder nas instituições e organizações de um país, de uma
repartição desigual do poder.
Força dos laços entre os indivíduos, ou seja, se a preocupação
Grau de individualismo ou de
do indivíduo ocorre consigo próprio (individualismo) ou com o
coletivismo
grupo (integração, coesão do grupo).
Serão ditas masculinas, as sociedades onde os papéis são
nitidamente diferenciados (o homem deve ser forte, impor-se
e interessar-se pelo sucesso material, enquanto a mulher deve
Grau de masculinidade ou de
ser mais modesta, terna e preocupada com a qualidade de
feminilidade
vida); são femininas aquelas onde os papéis sociais dos sexos
se sobrepõem (tanto os homens quanto as mulheres devem
ser modestos, ternos e preocupados com a qualidade de vida).
Mede o grau de inquietude dos seus habitantes em situações
Controle da incerteza desconhecidas ou incertas, podendo ser visualizado em forma
de estresse e de necessidade de previsibilidade.
Refere-se ao nível de incentivo proporcionado pela organização
para que as pessoas comportem-se de maneira justa, gentil,
amigável, cuidadosa, generosa, altruísta para com os outros,
Orientação para afiliação ou
buscando a construção de um ambiente de trabalho fraterno,
humanista
em que todos se relacionem bem, como em uma grande
família, onde há proteção aos mais fracos e onde as decisões
agradem a todos os envolvidos.
Grau em que se incentiva, reconhece, premia os seus membros
Orientação para a realização ou por esforços ou resultados voltados para a qualidade,
desempenho desenvolvimento, cumprimento de metas, excelência,
realizações.
A orientação para o longo prazo é mais dinâmica e possui uma
atitude pró-ativa que impulsiona as mudanças com base nos
objetivos e na mobilização dos recursos. A orientação para o
Orientação a longo prazo curto prazo é mais estática e representa uma atitude reativa e
deseja preservar a estabilidade, manter o status quo (solidez,
respeito pela tradição e reciprocidade de favores, oferendas e
gentilezas etc.).
Nível existente na organização entre a passividade e a
agressividade nas relações entre os indivíduos, na adoção de
Assertividade
comportamentos decisivos, de defesa da própria opinião, na
prática de se abordar os assuntos de forma direta.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1281
Existem dezenas de indicadores, os mais comuns são:
1. Inovação/Propensão ao risco: grau em que as pessoas são incentivadas a inovar, a aceitar
desafios. As culturas inovativas são orientadas para incerteza (ambientes instáveis),
possuem alta tolerância à ambiguidade e incentivam as pessoas a preferirem os desafios,
os riscos, as mudanças e as situações de resultados duvidosos. Geralmente, organizações
com essa cultura possuem estrutura orgânica (cujas relações dinâmicas e altamente
interdependentes se assemelham aos organismos vivos, como por exemplo a relação entre
as células do corpo) e descentralizada, com foco nos sistemas abertos (interação com o
ambiente externo). Por outro lado, as culturas orientadas para a certeza (mecanicista) são
pouco tolerantes à ambiguidade e fazem as pessoas preferirem a acomodação, a rotina
e as situações estruturadas. É uma cultura com pouca capacidade de adaptação, pois o
comportamento das pessoas é mecânico, cada uma possui tarefas especializadas e a
hierarquia e o controle são valorizados.
2. Atenção aos detalhes: o grau em que se espera que os funcionários demonstrem precisão,
análise e atenção aos detalhes no trabalho.
4. Foco nas pessoas: o grau em que as decisões levam em consideração o efeito dos resultados
sobre as pessoas dentro da organização.
5. Foco na equipe: o grau em que as atividades de trabalho em equipe são organizadas mais
em termos de equipes do que de indivíduos.
9. Universalismo: mede até que ponto as regras são inflexíveis e permanentes, ou então se
podem ser mudadas para se ajustar a situações particulares (particularismo).
10. Orientação para o ambiente (adaptação): as culturas adaptativas (orientadas pra fora,
sistemas abertos) preocupam-se seriamente com os clientes, acionistas e empregados. As
culturas não adaptativas (orientadas para dentro) preocupam-se principalmente consigo
mesmas, ou com algum produto ou tecnologia mais familiar.
11. Coletivismo: verifica se as pessoas já estão bem socializadas com a cultura e se há sinergia
no grupo, ou seja, se há confiança mútua entre os membros, foco no bem coletivo e nos
objetivos organizacionais. Nesse tipo de cultura, a principal forma de controle é a externa
(clientes, sociedade etc.). O inverso da cultura coletivista é a individualista, na qual há
desconfiança entre as pessoas, pouca solidariedade e baixa interação no trabalho. Nessas
1282 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Cultura Organizacional – Prof. Rafael Ravazolo
12. Conservadorismo: grau de rigidez, caracterizado pelo apego à tradição, alto controle e uso
de processos corretivos e negativos (punições etc.).
13. Identidade: grau de identidade das pessoas com a organização como um todo, mais do que
com seu grupo imediato ou colegas de profissão.
15. Espiritualidade: (não tem a ver com práticas religiosas) esse indicador reconhece que as
pessoas possuem uma consciência espiritual e necessidade de trabalho significativo. Uma
cultura espiritualizada, portanto, apoia o trabalho que tenha um forte sentido de propósito
(que dê inspiração), que gere confiança e respeito mútuo entre as pessoas e que seja
baseado em práticas humanistas (horários flexíveis, recompensas coletivas, autonomia
etc.).
16. Pragmatismo: foco no mercado, nas necessidades dos clientes. Na cultura pragmática os
resultados são mais importantes que os procedimentos. O inverso é a cultura normativa:
preocupação acentuada com o cumprimento correto dos procedimentos organizacionais,
meios (processos) são considerados mais importantes que os resultados.
Aplicação
www.acasadoconcurseiro.com.br 1283
Os pesquisadores estão começando a acreditar que os elementos lógicos da cultura em
um ambiente altamente competitivo podem exercer uma influência ainda maior sobre o
desempenho e os resultados que os aspectos físicos das estruturas, sistemas e estratégias
organizacionais. Em outras palavras, a cultura corporativa pode ter um impacto significativo
sobre o desempenho econômico de longo prazo de uma empresa.
Mudanças
A cultura é difícil de mudar porque, além de ser estável, ela representa o aprendizado
acumulado de um grupo, bem como as formas de pensar, de sentir e, principalmente, o seu
sucesso.
As certezas culturais são compartilhadas e, para mudá-las, há que se pedir ao grupo inteiro que
mude essas certezas.
As culturas só mudam no médio e no longo prazo, pois demoram muito para sofrer modificações
por conta de seu caráter profundamente arraigado nas pessoas. Além disso, mesmo mudando,
há uma tendência de que a cultura mantenha a sua “personalidade”, que são os seus traços e
valores mais profundos.
Os processos de mudança precisam começar por meio de ações educacionais que exigem gasto
de tempo e energia.
Schein enfatiza que durante um processo de mudança o indivíduo pode sentir-se ansioso por
sobreviver ou culpado, o que gera a necessidade de abandonar alguns velhos hábitos e formas
de pensar para aprender outros. A ansiedade do aprendizado é a combinação de vários medos,
como exemplos, o medo da incompetência temporária, medo de ser punido pela incompetência,
medo de perder a identidade pessoal, medo de deixar de ser membro do grupo.
Enquanto a ansiedade oriunda do aprendizado estiver alta, haverá resistência ou criação de
desculpas para não iniciar o processo de aprendizado transformador, podendo ser observados
estágios:
a) Negação – não acredita que a mudança seja válida.
b) Indicação de um bode expiatório – jogando o problema para outro membro e se negando a
aceitar (outras pessoas devem mudar antes dele).
c) Manobrar e negociar – requer uma compensação especial pelo esforço de mudar.
Segundo o autor, para criar a segurança psicológica, é necessário seguir etapas que devem ser
realizadas de maneira simultânea. O gestor da mudança deve estar preparado para realizá-las.
São elas:
•• Criação de uma visão positiva – a liderança deve acreditar que, com essa mudança, os
indivíduos e a organização estarão em melhor situação.
•• Aplicação de treinamento formal – necessária, para que os indivíduos aprendam novas
maneiras de pensar, novas atitudes e novas habilidades.
•• Envolvimento do aprendiz – cada indivíduo deve desenvolver sua própria metodologia de
aprendizado.
1284 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Cultura Organizacional – Prof. Rafael Ravazolo
www.acasadoconcurseiro.com.br 1285
Slides - Cultura Organizacional
Cultura
Organizacional
• Questões
mais
comuns:
‒ Definições/Conceitos
‒ Caracterís:cas
gerais
‒ Formação
e
desenvolvimento
‒ Componentes
-‐
Elementos
e
Níveis
‒ Tipos,
Modelos
e
Indicadores
‒ Aplicação
‒ Mudanças
‒ Clima
(quando
está
expresso
no
edital)
1
O
que
é
Cultura?
ü Por
que
você
fala
e
se
comporta
dessa
forma?
o Alguém
nasce
falando
português?
Inglês?
Russo?
o E
falando
tchê,
bah,
rapariga,
tá
com
a
molésBa,
aperreado,
trem,
mina,
cara,
merrmão?
o Alguém
nasce
dançando
samba,
funk,
forró,
mambo,
polca?
ü Se
você
fosse
criado
por
outra
família,
em
outro
lugar
do
país,
o
que
seria
diferente
em
você?
1286 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Cultura Organizacional – Prof. Rafael Ravazolo
O
que
é
Cultura?
• Conclusão
1:
cultura
não
é
inata,
não
é
gené7ca,
não
é
individual;
‒ Cultura
é
aprendida
e
compar1lhada
socialmente.
• Conclusão
2:
você
não
percebe,
mas
ela
influencia
sua
vida.
‒ É
uma
força
poderosa,
tácita
e
inconsciente
que
determina
o
comportamento
das
pessoas;
a
forma
de
perceber
as
coisas;
os
padrões
de
pensamento;
os
valores
e
as
crenças.
Cultura
• Choque
cultural:
re.rar
uma
pessoa
do
meio
cultural
ao
qual
está
acostumada
para
viver
em
um
outro,
com
valores,
hábitos,
tradições,
formas
de
pensar
e
agir
diferentes.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1287
Cultura
ü Por
que
existem
diferentes
culturas?
• Cada
grupo
de
pessoas
deve
aprender:
1. a
lidar
com
o
ambiente
(adaptação);
2. a
conviver
(relacionamento).
•
A
longo
do
tempo:
aquilo
que
funciona
é
ressaltado;
aquilo
que
dá
errado
é
excluído;
algumas
caracterísFcas
marcam
o
grupo.
O
somatório
desses
fatores
cria
a
• Exemplo:
um
grupo
de
amigos
que
cIden%dade
do
G
onvive
bastante
rupo!
certos
desenvolve
comportamentos
comuns
(linguagem,
roupas,
aFtudes,
etc.)
O que é Cultura?
• Conclusão
3:
cultura
é
fruto
da
adaptação
ao
ambiente
e
do
convívio
do
grupo.
‒ Cultura
é
criada
e
determinada
historicamente.
1288 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Cultura Organizacional – Prof. Rafael Ravazolo
‒ Professor!?!?!?!?!?!?
Não
entendi
essa
história
de
“Valores,
crenças,
idenAdade”
nem
essas
“CaracterísAcas
próprias,
únicas,
que
são
aprendidas
e
comparAlhadas
por
um
grupo.”
7
www.acasadoconcurseiro.com.br 1289
Cultura
nas
Organizações
Organizações
são
grupos
de
pessoas
com:
• Tamanhos,
estruturas,
obje=vos
e
caracterís=cas
próprias;
• Elementos
formais
X
informais;
10
1290 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Cultura Organizacional – Prof. Rafael Ravazolo
www.acasadoconcurseiro.com.br 1291
Cultura
Organizacional
-‐
Definições
É
uma
variável,
algo
que
a
organização
tem.
Duas
visões
sobre
a
Cultura
É
uma
metáfora,
aquilo
que
a
organização
é.
Edgar
Schein
• Premissa
de
Schein:
todo
grupo
social
precisa
resolver
dois
problemas
principais
-‐
convivência
de
seus
integrantes
e
adaptação
ao
mundo
exterior.
“Modelo
(padrão)
de
pressupostos
compar3lhados,
que
um
grupo
assimilou
na
medida
em
que
resolveu
os
seus
problemas
de
adaptação
externa
e
integração
interna
e
que,
por
ter
sido
suficientemente
eficaz,
foi
considerado
válido
e
repassado
(ensinado)
aos
demais
membros
(novatos)
como
a
maneira
correta
de
perceber,
pensar
e
sen3r
em
relação
àqueles
problemas.”
14
1292 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Cultura Organizacional – Prof. Rafael Ravazolo
www.acasadoconcurseiro.com.br 1293
Geert
Hofstede
• Premissas
de
Hofstede:
‒ Há
um
padrão
de
crenças
e
valores
compar<lhados
que
ajuda
os
indivíduos
a
compreender
o
funcionamento
organizacional.
‒ Esse
padrão
proporciona
aos
membros
certas
normas
de
comportamento
a
serem
seguidas.
‒ A
cultura
é
manifestada
por
meio
de
símbolos,
heróis
e
rituais.
Outros
autores
• Repertório
de
experiências,
conhecimentos
e
valores
que
se
desenvolvem
e
que
são
transmi9dos
aos
novos
integrantes.
• Conjunto
de
valores,
crenças
e
padrões
de
comportamento
que
formam
o
núcleo
de
iden9dade
de
uma
organização.
• As
regras
do
jogo
que
o
novato
deve
aprender
para
fazer
parte
do
grupo.
• Maneira
costumeira
ou
tradicional
de
pensar
e
fazer
as
coisas,
que
é
par9lhada
em
grande
extensão
por
todos
os
membros
da
organização
e
que
os
novos
membros
devem
aprender
e
aceitar
para
serem
aceitos
no
serviço
da
firma.
• Normas
informais
e
não
escritas
que
orientam
o
comportamento
dos
membros
de
uma
organização
no
dia
a
dia
e
que
direcionam
suas
ações
para
o
alcance
dos
obje9vos
organizacionais.
18
1294 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Cultura Organizacional – Prof. Rafael Ravazolo
Outros
autores
• Conjunto
de
fenômenos
resultantes
da
ação
humana,
visualizada
dentro
das
fronteiras
de
um
sistema,
sendo
composta
de
três
elementos:
a
tecnologia,
os
preceitos
e
o
caráter.
‒ Tecnologia
é
o
conjunto
de
instrumentos
e
processos
uDlizados
no
trabalho
organizacional,
inclusive
em
suas
relações
com
o
ambiente
externo,
incluindo-‐se
aí:
máquinas,
equipamentos,
divisão
de
tarefas,
estrutura
de
funções,
leiaute,
racionalização
do
trabalho,
recursos
materiais,
cronogramas,
redes
de
comunicações,
linguagem
etc.;
‒ Preceitos
são
os
regulamentos
e
valores,
explícitos
e
implícitos,
que
regem
a
vida
organizacional,
incluindo-‐se
aí:
políDca
administraDva,
costumes
sociais,
esDlos
de
gerência,
rituais,
cerimônias,
tabus,
tradições,
dogmas,
padrões
de
conduta
esperada
etc.;
‒ Caráter
é
o
conjunto
das
manifestações
espontâneas
dos
indivíduos
que
compõem
a
organização:
alegria,
agressividade,
medo,
tensão,
entusiasmo,
carinho,
apaDa,
etc.
19
Formação
e
Desenvolvimento
• Fábula
dos
Macacos
20
www.acasadoconcurseiro.com.br 1295
Formação
e
Desenvolvimento
• Criação:
Formação
e
Desenvolvimento
• Desenvolvimento:
‒ A
cultura
é
transmi7da
por
meio
de
prá7cas:
o histórias
(relatos),
rituais
(a7vidades),
símbolos
(objetos
com
significado),
linguagem
(símbolos
verbais),
etc.
1296 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Cultura Organizacional – Prof. Rafael Ravazolo
Formação
e
Desenvolvimento
• Opções
de
Socialização:
‒ Formal
-‐
diferenciação
explícita
dos
novatos.
‒ Cole=va
(serviço
militar)
ou
Individual.
‒ Uniforme
(fixa
-‐
estágios
padronizados
de
transição)
ou
variável.
‒ Seriada
(papéis
de
encorajamento
-‐
tutoria)
ou
randômica
(aleatória
-‐
livre).
‒ Reforço
(inves=dura
–
reforça
aquilo
que
é
desejável)
ou
eliminação
(despojamento
–
neutraliza
aquilo
que
é
indesejável).
• Métodos
de
Socialização:
‒ Processo
sele=vo
‒ Conteúdo
do
cargo
‒ Supervisor
como
tutor
‒ Equipe
de
trabalho
‒ Programa
de
integração
(indução)
23
www.acasadoconcurseiro.com.br 1297
Componentes
(Elementos)
e
Níveis
• Níveis
(Camadas)
=
grau
de
visibilidade
‒ Facilidade
de
percepção
de
um
elemento
cultural.
Iceberg
• externo
(visível
-‐
formal):
aspectos
operacionais
e
de
tarefa,
missão,
visão,
obje;vos,
polí;cas,
regras,
cargos,
estrutura,
organograma,
tecnologia,
etc.
26
1298 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Cultura Organizacional – Prof. Rafael Ravazolo
Edgar
Schein
• Três
níveis:
Artefatos
Estruturas
e
processos
visíveis
(fáceis
de
ver,
mas
di;ceis
de
interpretar)
Valores
compar6lhados
Estratégias,
obje@vos,
filosofias
(jus@fica@vas
compar@lhadas,
processos
conscientes)
Pressupostos
Básicos
(Essência)
Inconsciente:
fonte
de
valores
e
ações;
Crenças,
percepções,
pensamentos
e
sen@mentos
tomados
como
verdades.
27
Elementos
e
Níveis
• Elementos
de
Schein:
‒ Co5diano
do
comportamento
observável
-‐
interações,
linguagem,
gestos,
ro5nas
comuns;
‒ Normas
ou
regras
que
envolvem
os
grupos
e
seus
comportamentos
nos
momentos
informais
de
lazer,
refeições
etc.;
‒ Valores
dominantes
defendidos
pela
organização;
‒ Filosofia
administra5va
que
orienta
as
polí5cas;
‒ Regras
do
jogo
-‐
como
as
coisas
funcionam;
‒ Clima
organizacional
-‐
sen5mentos
das
pessoas,
as
formas
como
interagem
entre
si
e
frente
aos
clientes
ou
elementos
externos
à
organização.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1299
Geert
Hofstede
• Modelo
da
cebola:
Símbolos
–
objetos,
imagens,
gestos
ou
palavras
que
têm
significado
especial
dentro
4
camadas
da
cultura
–
reconhecidos
por
aqueles
que
Símbolos
comparBlham
a
cultura.
Heróis
–
pessoas
vivas
ou
mortas,
reais
ou
imaginárias,
revesBdas
de
presEgio
na
cultura
eis
sív as
Heróis
)
(vi rá8c
Rituais
Rituais
–
aBvidades
coleBvas,
muitas
vezes
Valores
supérfluas
do
ponto
de
vista
técnico,
mas
(invisíveis)
socialmente
essenciais.
Valores
–
senBmentos
quase
sempre
inconscientes;
tendências
gerais
para
preferir
certos
“estados
de
coisas”
em
vez
de
outros.
29
Maximiano
1
-‐
Artefatos:
componentes
mais
visíveis
-‐
arquitetura,
veículos,
roupas,
produtos
etc.
2
–
Tecnologia:
repertório
de
conhecimentos
uJlizados
pelas
pessoas
e
organizações
para
resolver
problemas.
3
–
Símbolos:
objetos
e
comportamentos
com
significados
-‐
cerimônias,
rituais,
histórias,
mitos,
imagens,
hábitos,
linguagem,
arquitetura,
vestuário,
etc.
4
–
Valores:
estão
no
ínJmo
da
cultura
organizacional
-‐
crenças,
preconceitos,
ideologia,
aJtudes
e
julgamentos
comparJlhados
nas
organizações.
1300 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Cultura Organizacional – Prof. Rafael Ravazolo
Sérgio
Alves
• Três
dimensões
interdependentes
Material
relação
das
pessoas
com
o
ambiente
2sico
–
estrutura
da
organização,
trabalho,
recursos,
materiais
e
tecnologia
Psicossocial
Ideológica
relações
das
pessoas
entre
si,
relações
das
pessoas
com
os
abrangendo
a
estrutura
valores,
normas,
filosofia,
funcional
e
de
poder,
por
arte
e
outros
elementos
meio
das
relações
formais
e
afins,
sejam
evidentes,
sejam
das
informais
não
manifestos
31
• Schein:
3
níveis
‒ Pressupostos
(tácitos)
–
aquilo
que
é
<do
como
verdadeiro;
inconsciente.
‒ Valores
–
aquilo
que
é
considerado
importante
para
se
a<ngir
o
sucesso;
jus<fica<vas.
‒ Artefatos
–
o
que
você
vê,
ouve
e
sente
quando
entra
em
um
lugar.
• Hofstede:
4
níveis
(cebola)
‒ Símbolos
–
qualquer
objeto,
imagem,
gesto
ou
palavra
que
possui
um
significado
‒ Heróis
–
personagens
que
marcaram
a
história;
personificam
os
valores
da
cultura.
‒ Rituais
–
collec<ve
ac<vi<es
considered
as
socially
essen<al;
‒ Valores
–
coração
da
cultura;
tendências
a
preferir
certos
“estados
de
coisas”.
• Iceberg:
2
níveis
=
Formal
(visível)
X
Informal
(invisível)
• Alves:
3
dimensões
interdependentes
=
material,
ideológica
e
psicossocial.
• Linguagem:
elemento
mais
simples
e
mais
explícito
da
cultura;
• Comunicação:
troca
de
informações
(formal
ou
informal);
• Tabus:
proibições;
• Normas:
padrões
e
regras
de
conduta
(formal
e
informal);
• Histórias
e
Mitos
–
“contos”
que
você
ouve
a
respeito
de
fatos
–
reais
ou
não;
• Ritos,
rituais
e
cerimônias
–
eventos
que
ocorrem
dentro
da
organização;
‒ Ritos:
rela<vamente
elaborado,
dramá<co
-‐
passagem,
degradação,
reforço,
renovação,
integração.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1301
Cultura
Dominante,
Subculturas
e
Contracultura
*Níveis
-‐
Hofstede
• Fraca
-‐
heterogênea
-‐
há
poucos
(ou
não
há)
valores
essenciais
compar9lhados.
‒ Não
há
interpretação
uniforme
do
que
seria
um
comportamento
adequado
ou
inadequado.
Dessa
forma,
é
diHcil
manter
a
coesão
da
empresa
e
o
foco
nos
obje9vos
principais.
1302 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Cultura Organizacional – Prof. Rafael Ravazolo
www.acasadoconcurseiro.com.br 1303
Tipos
de
Cultura
(Robbins)
• É"ca:
longo
prazo,
equilibra
direitos
dos
stakeholders,
apoio
para
correr
riscos
e
inovar,
deses?mulo
à
compeBção.
• Posi"va:
enfaBza
pontos
fortes
dos
funcionários,
recompensa
mais
que
pune,
privilegia
a
vitalidade
e
o
desenvolvimento
pessoal.
• Espiritualizada:
reconhece
que
as
pessoas
possuem
um
uma
consciência
espiritual,
buscam
propósito
no
trabalho,
confiança,
respeito
e
práBcas
humanistas.
• Adapta"va:
foco
na
inovação,
cuidado
com
clientes,
mudanças,
criaBvidade.
• Não
adapta"va:
burocráBca,
foco
no
conservadorismo,
nas
tradições,
costumes
e
valores.
37
1304 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Cultura Organizacional – Prof. Rafael Ravazolo
Mudanças
• A
cultura
é
di0cil
de
mudar
-‐
representa
o
aprendizado
acumulado
de
um
grupo,
bem
como
as
formas
de
pensar
e
de
sen;r;
• Mudanças
a
médio
e
longo
prazo;
• Tendência
de
que
a
cultura
mantenha
a
sua
personalidade
-‐
seus
traços
e
valores
mais
profundos.
• Estágios
da
Resistência:
‒ Negação
‒ Indicação
de
um
bode
expiatório
‒ Manobra
e
negociação
www.acasadoconcurseiro.com.br 1305
Administração
Aula XX
CLIMA ORGANIZACIONAL
Principais definições
Toro (2001): consiste nas percepções compartilhadas que os membros desenvolvem através
das suas relações com as políticas, práticas e procedimentos organizacionais, tanto formais
quanto informais.
Robbins (2011): percepções compartilhadas que os membros da organização possuem sobre
ela e sobre o ambiente de trabalho.
Tamayo (1999): envolve alguns elementos da cultura, mas é mais superficial e opera somente
no nível de atitudes e valores. Pode-se afirmar que clima é parte da cultura, e diz respeito ao
nível que pode ser experimentado de modo mais imediato.
Maximiano (2012): é o produto dos sentimentos. Em essência, o clima é uma medida de como
as pessoas se sentem em relação à organização e a seus administradores. É o conjunto de
sentimentos positivos, negativos ou de indiferença, produzidos pela organização sobre seus
integrantes.
Implicações
O clima representa a qualidade do ambiente psicológico e social que existe em uma organização
e que condiciona o comportamento dos seus membros. Está intimamente ligado ao moral e à
satisfação das necessidades humanas dos funcionários.
Dependendo de como os participantes se sentem em relação à sua organização em determinada
época, o clima pode ser positivo e favorável – quando é receptivo e agradável –, ou negativo e
desfavorável – quando é frio e desagradável. O clima organizacional é a causa e a consequência
do comportamento dos participantes de uma organização.
Ele influencia direta e indiretamente nas atitudes, na motivação, na produtividade do trabalho
e também na satisfação dos funcionários e das demais pessoas envolvidas com a organização.
→ Satisfação: ligação do indivíduo com seu contexto de trabalho - julgamento avaliativo,
positivo ou negativo, que o trabalhador faz sobre seu trabalho ou situação de trabalho. Tem
natureza afetiva.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1307
O clima da organização pode se manifestar por meio de uma série de indicadores:
• Rotatividade de pessoal (turnover): taxa de contratações e demissões, que mostra a
permanência (longa ou curta) dos funcionários.
• Absenteísmo: quantidade de faltas e atrasos ao trabalho.
• Participação em programas de sugestões: a baixa participação indica falta de
comprometimento dos funcionários com os resultados e o crescimento da empresa.
• Conflitos interpessoais e interdepartamentais: indicam um clima de tensão e desagregação.
• Resultados das avaliações de desempenho: quedas no desempenho podem demostrar
variações do ânimo dos funcionários.
• Greves: formas mais hostis de se demonstrar a insatisfação generalizada.
• Desperdício de materiais, depredação: também mostram insatisfação e falta de
comprometimento.
• Reclamações no serviço médico: os funcionários expõem problemas de natureza física e
psicológica.
Cultura X Clima
O clima organizacional é, de certa forma, o reflexo da cultura da organização ou, melhor
dizendo, o reflexo dos efeitos dessa cultura na organização como um todo, mas Clima e Cultura
são conceitos bem diferentes.
• Cultura é conjunto de valores e crenças que orientam o comportamento humano na
organização.
•• Clima é a percepção compartilhada pelas pessoas quanto a esses valores, políticas e
práticas de gestão (tem natureza cognitiva - processo de adquirir e assimilar percepções,
conhecimentos).
• Cultura trata de valores muitas vezes inconscientes.
•• Clima trata de aspectos que são evidenciados e percebidos pelas pessoas nas relações
existentes na organização.
Quando se assiste à previsão do tempo na televisão, o apresentador fala que "o clima está
bom", ou "o clima está ruim, mas pode melhorar nos próximos dias". O clima organizacional
segue o mesmo princípio, mas o que varia (em vez de sol e chuva) é a percepção das pessoas
que trabalham na organização. O clima, portanto, pode variar mais facilmente (dependendo de
acontecimentos), enquanto a cultura é mais perene.
Além da cultura, alguns fatores como políticas organizacionais, formas de gerenciamento,
lideranças formais e informais, atuação da concorrência e influências governamentais também
podem alterar o clima.
1308 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Clima Organizacional – Prof. Rafael Rafazolo.
• Essas opiniões determinam as ações, reações e decisões das pessoas (as pessoas se
comportam com base naquilo que percebem, de acordo com suas crenças a respeito da
realidade e não pela realidade).
Uma pesquisa de clima organizacional busca identificar a percepção das pessoas sobre a
organização, como elas se sentem, e consequentemente, verificar qual é o nível de satisfação e
de motivação. Sendo assim, pode-se dizer que ela é um canal de comunicação entre a direção e
os empregados, ou mesmo uma forma de se obter feedback dos funcionários, mantendo o foco
voltado para suas necessidades.
Em uma pesquisa, cada funcionário terá uma realidade percebida, o que produzirá sentimentos
individuais. Por isso, para se obter uma amostra confiável do clima da organização – e saber
em que áreas agir –, é necessário aplicar questionários com o maior número possível de
funcionários e “somar” suas percepções.
Geralmente, se analisa o clima a partir de quatro dimensões que influenciam o ambiente da
organização, conforme o quadro a seguir.
Resistência à
Estresse Liderança Motivação
mudança
Relacionamento com Relacionamento com Relacionamento líder/ Relacionamento
as mudanças as ações do dia-a-dia colaborador intrapessoal
Colaboração dos
Amenizar o estresse Administrar pessoas, A organização cria
funcionários para
com ações que visem o desenvolver a estímulos para
a implantação e
bem estar dentro das organização de forma motivar o funcionário
adequação a um novo
organizações. eficaz e eficiente. (percepções).
sistema.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1309
Há diversos modelos de pesquisas de clima organizacional. A seguir, cita-se um que relaciona
Categorias de Análise com seus devidos componentes.
Categorias Componentes
Satisfação dos usuários; Percepção figurativa
da organização; Sentimento de identidade;
Imagem e Avaliação Institucional. percepção dos objetivos organizacionais;
Prestígio perante a comunidade; Valorização
profissional dos servidores.
Condições de progressão funcional;
Desenvolvimento de Recursos Humanos, Reconhecimento proporcionado; Justiça
Benefícios e Incentivos predominante; Comprometimento/Interesse
pelo trabalho; Qualidade dos benefícios.
Adequação da estrutura; Clareza organizacional;
Apoio Logístico; terceirização; Justiça
Organização e Condições de Trabalho
predominante; Comprometimento e interesse
pelo trabalho; Utilização do tempo.
Relacionamento individual e grupal; Cooperação
Relacionamento Interpessoal
entre os seguimentos; Consideração humana.
Sucessão administrativa; Credibilidade das
Sucessão político-administrativa e chefias; Competência e qualificação das chefias;
Comportamento das chefias Delegação de competências; Clareza das chefias;
Ênfase na participação; Consideração humana.
Satisfação no trabalho; Jornada de trabalho;
Satisfação Pessoal
Prestígio junto à Instituição; Reconhecimento.
1310 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Clima Organizacional – Prof. Rafael Rafazolo.
Clima
Organizacional
• Toro
(2001):
percepções
compar6lhadas
que
os
membros
desenvolvem
através
das
suas
relações
com
as
polí6cas,
prá6cas
e
procedimentos
organizacionais,
tanto
formais
quanto
informais.
• Robbins
(2011):
percepções
compar6lhadas
que
os
membros
da
organização
possuem
sobre
ela
e
sobre
o
ambiente
de
trabalho.
• Tamayo
(1999):
envolve
alguns
elementos
da
cultura,
mas
é
mais
superficial
e
opera
somente
no
nível
de
a6tudes
e
valores
-‐
nível
que
pode
ser
experimentado
de
modo
mais
imediato.
‒ A
Cultura
influencia
o
Clima.
• Maximiano
(2012):
é
o
produto
dos
sen6mentos.
Uma
medida
de
como
as
pessoas
se
sentem
em
relação
à
organização
e
a
seus
administradores.
1
Clima
Organizacional
• É
a
qualidade
do
ambiente
psicológico
e
social
que
existe
na
organização
em
uma
determinada
época.
• O
clima
psicológico
é
fortemente
ligado
à
sa@sfação
(material
e
emocional)
no
trabalho,
ao
envolvimento,
ao
comprome@mento
e
à
mo@vação.
‒ Sa@sfação:
ligação
do
indivíduo
com
seu
contexto
de
trabalho
-‐
julgamento
avalia@vo,
posi@vo
ou
nega@vo.
Tem
natureza
afe@va.
‒ O
Clima
influencia
diretamente
nos
comportamentos
e
na
produ@vidade.
2
www.acasadoconcurseiro.com.br 1311
Clima
Organizacional
• Indicadores
que
ajudam
a
expor
o
Clima:
‒ Rota<vidade
de
pessoal
(turnover);
‒ Absenteísmo;
‒ Par<cipação
em
programas
de
sugestões;
‒ Conflitos
interpessoais
e
interdepartamentais;
‒ Resultados
das
avaliações
de
desempenho;
‒ Greves;
‒ Desperdício
de
materiais,
depredação;
‒ Reclamações
no
serviço
médico.
3
Clima Organizacional
1312 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Clima Organizacional – Prof. Rafael Rafazolo.
5
www.acasadoconcurseiro.com.br 1313
Administração
Aula XX
LIDERANÇA
1. as motivações dos liderados – ela é legitimada pelo atendimento das expectativas do grupo
de liderados;
2. a tarefa ou missão – o que liga o líder aos seguidores é uma tarefa ou missão. Sem missão,
não há liderança; apenas influência ou popularidade;
www.acasadoconcurseiro.com.br 1315
Poderes, Atividades, Habilidades e Papéis dos Líderes
Poderes
Segundo French e Raven, existem cinco tipos de poder que um líder pode possuir:
•• Legítimo: autoridade formal, poder do cargo ocupado;
•• Coerção: poder de punição, temor;
•• Recompensa: poder de recompensar as atitudes, baseado nas necessidades;
•• Referência: carisma, identificação com o líder;
•• Perito ou Conhecimento: baseado na competência técnica, especialidade, aptidão.
Papéis (Mintzberg)
Henry Mintzberg criou uma classificação dos dez papéis dos gestores, dividindo-os em três
categorias:
1316 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Liderança – Prof. Rafael Ravazolo
2. Papéis de informação:
a) Monitor – receber e lidar com informações de diversas fontes.
b) Disseminador – transferência de informações de fora (ambiente) para dentro da organização
e também entre pessoas e áreas.
c) Porta-voz – transmissão de informações para fora (ambiente).
3. Papéis de decisão:
a) Empreendedor (entrepreneur) – iniciador e planejador de mudanças.
b) Solucionador de problemas – gerenciador de turbulências e de distúrbios.
c) Negociador – com pessoas ou outras organizações.
d) Administrador (alocador) de recursos – tempo, pessoas, materiais etc.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1317
estratégias. Criatividade, planejamento, raciocínio abstrato e entendimento do contexto são
manifestações da habilidade conceitual.
A figura mostra que todos os gestores da organização devem ser, em certo sentido, gestores de
pessoas.
Henry Mintzberg também definiu algumas habilidades, associando-as diretamente aos
papéis gerenciais que criou: relacionamento com colegas; liderança; resolução de conflitos;
processamento de informações; tomar decisões em condições de ambiguidade; alocação de
recursos; empreendedor; capacidade de introspecção.
Teorias
As teorias relevam diferentes abordagens sobre o tema Liderança. Há três abordagens mais
comuns:
1318 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Liderança – Prof. Rafael Ravazolo
Teoria X e Y (McGregor)
É considerada, por alguns, uma teoria de liderança, por outros, uma teoria de motivação.
Douglas McGregor pôs em evidência a filosofia do gestor sobre a natureza humana e a sua
relação com a motivação dos subordinados.
Os gestores tendem a desenvolver um conjunto de crenças ou ideias sobre os empregados, as
quais podem ser divididas em dois grupos, com visões antagônicas – a Teoria X e a Teoria Y.
•• De acordo com os pressupostos da Teoria X, as pessoas: são preguiçosas e indolentes;
evitam o trabalho; evitam a responsabilidade para se sentirem mais seguras; precisam ser
controladas e dirigidas; são ingênuas e sem iniciativa.
Se o gestor tem essa visão negativa das pessoas, ele tende a ser mais controlador e repressor, a
tratar os subordinados de modo mais rígido, a ser autocrático, a não delegar responsabilidades.
•• Nas pressuposições da Teoria Y, o trabalho é uma atividade tão natural como brincar ou
descansar, portanto, as pessoas: são esforçadas e gostam de ter o que fazer; procuram
e aceitam responsabilidades e desafios; podem ser automotivadas e autodirigidas; são
criativas e competentes.
Como o gestor acredita no potencial dos funcionários, ele incentiva a participação, delega
poderes e cria um ambiente mais democrático e empreendedor.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1319
A pesquisa verificou que: grupos submetidos à liderança autocrática apresentaram maior
volume de trabalho, mas também maior tensão, frustração e agressividade. Sob liderança
democrática, o nível de produção foi menor, porém com maior qualidade, satisfação e
comprometimento das pessoas. Sob liderança liberal, houve mau desempenho qualitativo e
quantitativo, com forte individualismo, insatisfação e desrespeito ao líder.
•• Líder orientado para o Funcionário: mais voltado para os aspectos humanos do trabalho,
com foco no relacionamento interpessoal e num ambiente de trabalho que proporcione o
desenvolvimento eficaz da equipe.
Os resultados da pesquisa foram favoráveis aos líderes orientados para os funcionários. Este
tipo de liderança obteve índices maiores de produtividade e de satisfação com o trabalho.
Likert também analisou quatro fatores da administração (processo de decisão, comunicações,
relacionamento interpessoal e sistemas de recompensas e punições) e, com base nos
resultados, definiu uma escala com quatro estilos de liderança:
1320 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Liderança – Prof. Rafael Ravazolo
www.acasadoconcurseiro.com.br 1321
Visão Bidimensional – Grade Gerencial (Blake e Mouton)
A origem deste trabalho teve como base as pesquisas realizadas pelas Universidades de Ohio e
Michigan, que demonstravam duas dimensões do comportamento do líder que eram
considerados estilos opostos (foco nas pessoas X foco nas tarefas). Porém, com o
desenvolvimento das pesquisas sobre a liderança, verificou-se que as tarefas e as pessoas não
são polos opostos, mas limites (dimensões) de um mesmo território: o líder pode combinar os
dois estilos em seu comportamento, ou enfatizá-los simultaneamente, podendo ser eficaz ou
ineficaz tanto na dimensão da tarefa quanto na dimensão das pessoas.
Blake e Mouton desenvolveram a ideia da
Grade Gerencial (managerial grid, ou grade
da liderança) de acordo com esse modelo
explicativo de liderança. A grade gerencial
pressupõe que o administrador está sempre
voltado para dois assuntos: tarefa (a produção,
os resultados dos esforços) e pessoas (colegas e/
ou subordinados).
A grade é um diagrama que apresenta uma
variável relacionada à produção (eixo x), e
outra variável relacionada às pessoas (eixo
y), com intervalos ordenados de 1 a 9 (1 é a
menor intensidade; 9 a maior; 5 é um grau intermediário). A matriz bidimensional comporta
81 posições (nove por nove) ao longo da qual estão distribuídos os tipos de gerenciamento
identificados pelos pesquisadores.
1322 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Liderança – Prof. Rafael Ravazolo
Teorias Situacionais
O verdadeiro líder é aquele que é capaz de se ajustar a um grupo particular de pessoas sob
condições extremamente variadas (contextos, ambientes, tarefas, objetivos, etc.).
Obs: alguns autores consideram esta teoria dentro da abordagem Comportamental, outros,
dentro da abordagem Contingencial.
Para criar este modelo, os autores se basearam no pressuposto de que a escolha de um estilo
de liderança eficaz está intimamente ligada a três fatores: forças no líder (sua experiência,
personalidade e conhecimento); forças nos subordinados (sua responsabilidade, educação e
habilidades); e forças na situação (a organização, a complexidade do ambiente e as situações
gerais).
Os líderes de sucesso seriam aqueles que conseguem colocar em evidencia as forças que são
mais importantes para o seu comportamento no momento adequado, bem como manter uma
boa interação com os subordinados, a organização e as pressões do ambiente.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1323
Tannenbaum e Schmidt criaram um continuum de liderança (uma espécie de régua) que
consiste em uma faixa composta de sete atitudes possíveis para um gerente.
As atitudes de um líder variam
conforme a situação. No
extremo esquerdo da régua, o
administrador (ou líder) toma as
decisões e apenas as anuncia; no
extremo direito, o administrador
toma decisões em acordo com os
subordinados.
Este Continuum de Comporta-
mento de Liderança (ou do Admi-
nistrador), portanto, estabelece
sete estilos que a liderança pode
seguir, de acordo com o grau de
centralização ou descentralização de poder decisório nas mãos do líder.
Modelo de Fiedler
O desempenho eficaz do grupo depende da combinação apropriada entre o estilo de interagir
do líder com seus subordinados e o grau em que a situação dá controle e poder de influência
ao líder.
Fiedler dividiu seu modelo em 3 etapas:
1324 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Liderança – Prof. Rafael Ravazolo
Esta etapa está baseada na suposição do autor de que o estilo de liderança de cada pessoa é
único.
2. Definindo a situação: de acordo com o autor, três fatores situacionais chave determinam a
eficácia da liderança:
c) Poder da posição: o grau de influência que o líder tem sobre as variáveis de poder como
contratações, demissões, atos disciplinadores, promoções e aumentos de salário.
Cada uma destas variáveis recebe uma avaliação (boa/má, alto/baixo e forte/fraco
respectivamente), gerando 8 combinações.
Pesquisas realizadas identificaram os líderes orientados para a tarefa como tendo um melhor
desempenho em situações muito favoráveis ou muito desfavoráveis. Líderes orientados para
relacionamentos se saíam melhor em situações moderadamente favoráveis.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1325
Modelo de Hersey & Blanchard
O modelo faz uma relação entre a maturidade do funcionário e a necessidade de ação por
parte do líder. O sucesso da liderança é alcançado por meio da escolha do estilo adequado, o
qual depende do nível de maturidade (prontidão) do funcionário.
A maturidade é definida como o desejo de realização, a vontade de aceitar responsabilidade e a
capacidade/experiência relacionada ao trabalho dos subordinados.
Hersey e Blanchard identificaram quatro estilos ou formas de liderança, caracterizados pela
representação da letra “E” e por palavras-chave: determinar (comando), persuadir (venda),
compartilhar (participação) e delegar. Esses estilos fazem correspondência com o nível de
maturidade dos subordinados, que variam do nível de pouca maturidade (M1), ao nível em que
os subordinados são capazes de assumir responsabilidades (M4).
A imaturidade (M1) deve ser gerenciada por meio do uso forte da autoridade e do foco nas
tarefas, com pouca ênfase no relacionamento (dar ordens - E1).
1326 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Liderança – Prof. Rafael Ravazolo
Teoria 3D (Reddin)
Os modelos bidimensionais não vinham explicando a contento o processo de liderança. Alguns
pesquisadores, então, passaram a acrescentar uma terceira dimensão, ou variável de análise do
comportamento. A teoria de Reddin, ou da Eficácia Gerencial, tem esse nome justamente por
acrescentar uma 3ª dimensão, a Eficácia.
Segundo o autor, a principal função do administrador é ser eficaz (ou seja, atingir os resultados).
O administrador deve ser eficaz em uma variedade de situações e a sua eficácia poder ser
medida na proporção em que ele é capaz de transformar o seu estilo de maneira apropriada,
em situação de mudança.
As três habilidades gerencias básicas são:
•• Sensitividade situacional - É a habilidade para diagnosticar as situações e as forças que
jogam na situação.
•• Flexibilidade de estilo - É habilidade de se adequar às forças em jogo, devidamente
analisadas e diagnosticadas.
•• Destreza de gerência situacional - É a habilidade de gestão situacional, ou seja, a capacidade
de modificar a situação que deve ser modificada.
O modelo de Reddin parte dos dois elementos (Orientação para Tarefa e Orientação para
Relacionamentos) para definir quatro estilos gerenciais básicos:
www.acasadoconcurseiro.com.br 1327
Não há um estilo ideal. Cada situação requer uma estratégia própria. O gerente deve modificar
seu estilo em conformidade com a exigência da situação, de forma a ser eficaz. Percebe-se,
portanto, que a Teoria 3D não dá uma direção (não propõe um estilo ideal), ela apenas ressalta
que o gerente deve buscar a eficácia.
Os quatro estilos básicos têm um equivalente mais eficaz e outro menos eficaz, dando lugar a
oito estilos gerenciais.
1328 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Liderança – Prof. Rafael Ravazolo
Robert House defende que o líder eficaz deve esclarecer o caminho dos seguidores em direção
aos objetivos de trabalho, tornando essa jornada mais fácil ao reduzir os obstáculos e barreiras.
A responsabilidade do líder é aumentar a motivação dos funcionários para atingir objetivos
individuais e organizacionais.
Os líderes são flexíveis e podem assumir quatro comportamentos distintos, conforme o tipo de
situação:
•• Apoiador (suportivo): atento às necessidades dos subordinados - é amigável e acessível;
•• Diretivo: dá a direção - organiza o trabalho e fornece instruções sobre a execução;
•• Participativo: utiliza as sugestões dos subordinados em suas decisões;
•• Orientado para realizações (conquistas): apresenta metas desafiadoras para que os
subordinados ofereçam o melhor desempenho possível.
A teoria relaciona os quatro tipos de comportamentos dos líderes com dois fatores
contingenciais (características ambientais e dos funcionários), conforme figura a seguir.
Antes de adotar uma atitude, o líder deve avaliar qual a realidade da situação. O desempenho
e a satisfação do funcionário tendem a ser positivamente influenciados quando o líder oferece
algo que falte ao funcionário ou ao ambiente de trabalho. O líder será aceito pelos liderados
quando estes o virem como fonte de satisfação, imediata ou futura. Caso o líder seja redundante
em relação às fontes ambientais ou incongruente com as características dos funcionários, esse
comportamento errado pode desmotivar o subordinado e tornar o líder ineficaz.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1329
Liderança Transacional x Transformacional x Carismática
James M. Burns desenvolveu um novo paradigma, abordando a liderança como uma relação
com troca de influências, onde a energia básica é o poder. O autor aborda dois grandes
conceitos sobre liderança: a Transformacional e a Transacional.
O líder Transacional, ou negociador, apela aos interesses, especialmente às necessidades
básicas dos seguidores. Ele promete recompensas (materiais ou psicológicas) para conseguir
que os seguidores (ou subordinados) trabalhem para realizar as metas. Ele guia ou motiva seus
seguidores na direção de metas estabelecidas, esclarecendo o papel e os requisitos da tarefa
e fornecendo recompensas positivas ou negativas de acordo com o sucesso do desempenho.
Seu comprometimento é dito de curto prazo e há prevalência de características do estereótipo
masculino: competitividade, autoridade hierárquica, alto controle do líder, resolução analítica
de problemas, determinação de objetivos e processos racionais de troca.
Líder Transacional
Recompensa contingente: Negocia recompensas pelo desempenho.
Administração por exceção (ativa): Observa desvios e corrige.
Adm. Por exceção (passiva): Intervêm apenas quando resultados não são alcançados.
Laissez - faire: adbica de responsabilidade, evita decisões.
Líder Transformacional
Influência idealizada - Carisma: Dá visão e sentido da missão, estimula orgulho.
Inspiração: Comunica altas expectativas e foca esforços.
Estímulo Intelectual: Promove inteligência, racionalidade.
Consideração individualizada: Dá atenção individual, personalizada.
1330 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Liderança – Prof. Rafael Ravazolo
Slides – Liderança
Liderança
• Poderes
• Atividades (Fred Luthans) • TEORIAS
• Papéis (Mintzberg) ‒ Teoria dos Traços de Personalidade
‒ Teorias dos Estilos de Liderança (Comportamentais)
• Habilidades Gerenciais (Katz) o Teoria X e Y (McGregor)
o Três Estilos (White e Lippitt)
o Estudos da Universidade de Michigan (Likert)
o Estudos da Universidade de Ohio
o Visão Bidimensional – Grade Gerencial (Blake e
Mouton)
‒ Teorias Situacionais
o Continuum de Liderança (Tannenbaum e Schmidt)
o Modelo de Fiedler
o Modelo de Hersey & Blanchard
o Transacional x Transformacional x Carismática
o Teoria 3D (Reddin)
o Teoria do Caminho–Meta (House)
1
Liderança
• Visão moderna: é a capacidade de influenciar o
comportamento de outra pessoa através da adesão da
mesma a um princípio, a uma meta ou a uma
determinada missão.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1331
Liderança – visão moderna
• É uma qualidade pessoal singular?
‒ Não. As características que levam uma pessoa a ser pessoa
aceita como líder em um grupo são limitadas a este grupo.
• É manipulação?
‒Não. Uma liderança autêntica deve ter como fundamentos a
ética e a confiança.
• McGregor: processo social complexo, produto de inúmeros fatores.
‒as motivações dos liderados – atendimento das expectativas do
grupo de liderados;
‒a tarefa ou missão – sem missão, não há liderança; apenas
influência ou popularidade;
‒o líder – pessoa com certos traços de personalidade, motivações
e habilidades;
‒a conjuntura – contexto, meio organizacional.
3
1332 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Liderança – Prof. Rafael Ravazolo
Poderes do líder
www.acasadoconcurseiro.com.br 1333
Poderes, Atividades, Habilidades e Papéis
• Henry Mintzberg – 10 papéis em 3 categorias
1 - Papéis interpessoais (relacionamento):
a) Figura de proa – símbolo, representante, R.P.
b) Líder – relação de influência.
c) Ligação – facilita a relação intra e entre áreas.
2 - Papéis de informação:
a) Monitor – lidar com informações de diversas fontes.
b) Disseminador – transferência de informações de fora (ambiente) para dentro
da organização.
c) Porta-voz – transmissão para fora (ambiente).
3 - Papéis de decisão:
a) Empreendedor (entrepreneur) – iniciador
b) Solucionador de problemas
c) Negociador – com pessoas ou outras organizações.
d) Administrador (alocador) de recursos 7
1334 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Liderança – Prof. Rafael Ravazolo
www.acasadoconcurseiro.com.br 1335
Teorias dos Estilos de Liderança (Comportamentais)
A partir da década de 40
Estilos X e Y - McGregor
• Também é uma teoria motivacional – filosofia do gestor
baseada em um conjunto de crenças sobre as pessoas.
Visão X Visão Y
As pessoas são esforçadas e gostam
As pessoas são ingênuas, de ter o que fazer; procuram e
preguiçosas e sem iniciativa; aceitam responsabilidades e
evitam trabalho e desafios; podem ser automotivadas
responsabilidade; precisam ser e autodirigidas; são criativas e
controladas e dirigidas. competentes.
11
1336 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Liderança – Prof. Rafael Ravazolo
14
www.acasadoconcurseiro.com.br 1337
4 Estilos de Liderança – Likert
• Analisou quatro fatores da administração (processo de decisão,
comunicações, relacionamento interpessoal e sistemas de
recompensas e punições) e definiu uma escala com quatro
estilos de liderança:
‒1. Autoritário coercitivo
‒2. Autoritário benevolente
‒3. Consultivo
‒4. Participativo
15
16
1338 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Liderança – Prof. Rafael Ravazolo
17
Quatro tipos de
estilos, a partir das
duas dimensões.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1339
Visão Bidimensional (Blake e Mouton)
• Liderança orientada para a
tarefa (trabalho, produção)
e para as pessoas.
‒ Tarefas e Pessoas não
são polos opostos, mas
limites (dimensões) de
um mesmo território;
• O líder pode combinar os
dois estilos em seu
comportamento, ou
enfatizá-los
simultaneamente.
19
20
1340 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Liderança – Prof. Rafael Ravazolo
Teorias Situacionais
Continuum de Liderança (Tannenbaum e Schmidt)
• Três forças (fatores situacionais):
no líder (experiência,
personalidade); nos subordinados
(responsabilidade, habilidades);
e forças na situação (complexidade
do ambiente e situações gerais).
22
www.acasadoconcurseiro.com.br 1341
Teorias Situacionais: Modelo de Fiedler
24
Maturidade do
seguidor
x
Uso da autoridade
pelo líder
25
1342 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Liderança – Prof. Rafael Ravazolo
Teoria 3D - Reddin
• O gerente deve buscar a eficácia = atingir resultados em
diferentes situações;
‒ Não há um estilo ideal - cada situação
requer uma estratégia própria.
Teoria 3D - Reddin
• Os quatro estilos básicos têm um equivalente mais eficaz e
outro menos eficaz.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1343
Teoria 3D - Reddin
Eficaz Não Eficaz
Transigente: tolerante com algumas
Líder Executivo: voltado para resultados e atitudes ou comportamentos na equipe,
Integrado pessoas, é desafiador. correndo riscos de assumir atitudes
ambíguas, sem transmitir confiança.
Promotor: enfatiza comunicações livres, Missionário: tende a evitar conflitos,
Líder desenvolvimento de talentos, trabalho postura agradável e sociável, dependente
Relacionado eficaz em equipe e transmissão irrestrita dos outros, não tem o foco na produção e
de confiança. nos resultados.
Autocrata Benevolente: age com
Autocrata: agressividade, independência,
Líder energia, autoridade, comprometido com
ambição, iniciador - fixa tarefas e cobra
Dedicado qualidade, demonstra iniciativa e
resultados.
atitudes paternalistas.
Burocrata: segue ordens, é confiável,
Desertor: segue regulamentos, sem
lógico, com autocontrole, imparcial e
Líder envolvimentos, não emite opiniões ou
justo em suas análises e decisões,
Separado eficiente na manutenção de sistemas e
expressa posições, não coopera, não se
comunica com a equipe.
rotinas.
1344 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Liderança – Prof. Rafael Ravazolo
www.acasadoconcurseiro.com.br 1345
Transacional x Transformacional x Carismático
Líder Transacional
Recompensa contingente: negocia recompensas pelo desempenho
Administração por exceção (ativa): observa desvios e corrige
Adm. por exceção (passiva): intervém apenas quando resultados não são
alcançados
Laissez-faire: abdica de responsabilidade, evita decisões
Líder Transformacional
Influência idealizada - carisma: dá visão e sentido da missão, estimula orgulho
Inspiração: comunica altas expectativas e foca esforços
Estímulo intelectual: promove inteligência, racionalidade
Consideração individualizada: dá atenção individual, personalizada
Líder Carismático
32
1346 www.acasadoconcurseiro.com.br
Gestão Pública
RESOLUÇÃO Nº 49 DE 18/12/2007
Ementa: Dispõe sobre a organização de Núcleo CONSIDERANDO que os dados enviados pelos
de Estatística e Gestão Estratégica nos órgãos órgãos do Poder Judiciário são obrigatoriamen-
do Poder Judiciário relacionados no Art. 92 inci- te encaminhados ao Conselho Nacional de Justi-
sos II ao VII da Constituição da República Fede- ça e vinculam a Presidência dos Tribunais (Reso-
rativa do Brasil. lução nº 4 de 16 de agosto 2005 c/c Resolução
nº 15 de 20 de abril de 2006);
Origem: Presidência
CONSIDERANDO a necessidade de estabelecer
Dispõe sobre a organização de Núcleo de Esta- núcleos de estatística e gestão estratégica que
tística e Gestão Estratégica nos órgãos do Poder coordenados cooperem para o pleno funciona-
Judiciário relacionados no Art. 92 incisos II ao mento do Sistema de Estatística do Poder Judi-
VII da Constituição da República Federativa do ciário, o Conselho Nacional de Justiça, com base
Brasil. no art. 103-B § 4º da Constituição Federal;
A PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE RESOLVE:
JUSTIÇA, no uso de suas atribuições constitucio-
nais e regimentais, atenta às conclusões apre- Art. 1º Os órgãos do Poder Judiciário relaciona-
sentadas pela Comissão de Estatística e Gestão dos no art. 92 incisos II ao VII da Constituição
Estratégica decorrentes do Seminário Justiça Federativa do Brasil devem organizar em sua
em Números em 2007 que congregou órgãos do estrutura unidade administrativa competente
Poder Judiciário nacional, e para elaboração de estatística e plano de gestão
estratégica do Tribunal.
CONSIDERANDO que a função de planejamento
estratégico do Poder Judiciário é também atri- § 1º O núcleo de estatística e gestão estra-
buição do Conselho Nacional de Justiça; tégica será composto preferencialmente
por servidores com formação em direito,
CONSIDERANDO que o Sistema de Estatística economia, administração, ciência da infor-
do Poder Judiciário, instituído pelo Conselho mação, sendo indispensável servidor com
Nacional de Justiça, foi regulamentado pela Re- formação em estatística.
solução nº 15 de 20 de abril de 2006, e adotou
os princípios da publicidade, eficiência, transpa- § 2º O núcleo de estatística e gestão estra-
rência, obrigatoriedade de informação dos da- tégica tem caráter permanente e deve auxi-
dos estatísticos, presunção de veracidade dos liar o Tribunal na racionalização do processo
dados estatísticos informados, atualização per- de modernização institucional.
manente e aprimoramento contínuo;
Art. 2º O núcleo de estatística e gestão estraté-
CONSIDERANDO que o Sistema de Estatística gica, subordinado ao Presidente ou Corregedor
do Poder Judiciário concentra e analisa os dados do Tribunal, deve subsidiar o processo decisório
com a supervisão da Comissão de Estatística e dos magistrados conforme princípios estrita-
Gestão Estratégica e a assessoria do Departa- mente profissionais, científicos e éticos.
mento de Pesquisas Judiciárias;
www.acasadoconcurseiro.com.br 1347
§ 1º O núcleo de estatística e gestão estra-
tégica do Tribunal, sob a supervisão do Pre-
sidente ou Corregedor do Tribunal, enviará
dados para o Conselho Nacional de Justiça
quando solicitados a fim de instruir ações
de política judiciária nacional.
§ 2º Presumir-se-ão verdadeiros os dados
estatísticos informados pelos núcleos de es-
tatística e gestão estratégica dos Tribunais.
Art. 3º A Comissão de Estatística e Gestão Estra-
tégica do Conselho Nacional de Justiça supervi-
siona o Sistema de Estatística do Poder Judiciá-
rio.
Parágrafo único. Compete à Comissão de
Estatística e Gestão Estratégica, assessora-
da pelo Departamento de Pesquisas Judi-
ciárias, agregar dados estatísticos enviados
pelos núcleos de estatística e gestão estra-
tégica dos Tribunais.
Art. 4º Esta Resolução entra em vigor na data de
sua publicação.
Ministra ELLEN GRACIE
1348 www.acasadoconcurseiro.com.br
Gestão Pública
www.acasadoconcurseiro.com.br 1349
III – Metas de Medição Periódica (MMP): gia Judiciário 2020, com a possibilidade de revi-
metas aplicáveis aos órgãos do Poder Judi- sões periódicas.
ciário e acompanhadas pelo CNJ para perí- § 1º Os planos estratégicos, de que trata o
odos predefinidos durante a vigência da Es- caput, devem:
tratégia Nacional;
IV – Metas Nacionais (MN): conjunto de I – ter abrangência mínima de 6 (seis) anos;
metas formado pelas Metas de Medição II – observar o conteúdo temático dos Ma-
Continuada (MMC) e pelas Metas de Medi- crodesafios do Poder Judiciário; e
ção Periódica (MMP);
III – contemplar as Metas Nacionais (MN) e
V – Iniciativa Estratégica Nacional (IEN): Iniciativas Estratégicas Nacionais (IEN) apro-
programa, projeto ou operação alinhado(a) vadas nos Encontros Nacionais do Judiciá-
à Estratégia Nacional do Poder Judiciário; rio, sem prejuízo de outras aprovadas para
VI – Diretriz Estratégica (DE): orientações, o segmento de justiça ou específicas do pró-
instruções ou indicações a serem observa- prio tribunal ou conselho;
das na execução da Estratégia Nacional ou
para se levar a termo uma meta ou iniciati- § 2º Os dados relativos às Metas Nacionais
va estratégica; (MN) serão informados periodicamente ao
CNJ, que divulgará o relatório anual até o
VII – Cesta de Indicadores e Iniciativas Estra- final do primeiro quadrimestre do ano sub-
tégicas: repositório de métricas de desem- sequente.
penho institucional e de iniciativas (progra-
mas, projetos e operações). § 3º Na elaboração dos seus planos estra-
tégicos, os tribunais e conselhos devem
considerar as Resoluções, Recomendações
e Políticas Judiciárias instituídas pelo CNJ
CAPÍTULO II voltadas à concretização da Estratégia Judi-
DO DESDOBRAMENTO DA ciário 2020.
ESTRATÉGIA JUDICÍARIO 2020 § 4º As propostas orçamentárias dos tribu-
nais devem ser alinhadas aos seus respecti-
Art. 3º A Estratégia Judiciário 2020 poderá ser
vos planos estratégicos, de forma a garantir
desdobrada e alinhada em três níveis de abran-
os recursos necessários à sua execução.
gência:
I – nacional, nos termos do Anexo, de apli- Art. 5º As Metas Nacionais (MN) serão, priorita-
cação obrigatória a todos os segmentos de riamente, elaboradas a partir da Cesta de Indi-
justiça; cadores e Iniciativas Estratégicas de que trata o
art. 2º, inciso VII, desta Resolução.
II – por segmento de justiça, de caráter fa-
cultativo; § 1º A Cesta de Indicadores e Iniciativas Es-
tratégicas referida no caput será definida
III – por órgão do Judiciário, de caráter obri- e revisada pela Comissão Permanente de
gatório, desdobrada a partir da estratégia Gestão Estratégica, Estatística e Orçamento
nacional e, quando aplicável, também da e disponibilizada no sítio eletrônico do CNJ.
estratégia do respectivo segmento, sem
prejuízo da inclusão das correspondentes § 2º A mesma Comissão poderá definir in-
especificidades. dicadores nacionais que integrarão o Re-
latório Justiça em Números, observado o
Art. 4º Os órgãos do Judiciário devem alinhar disposto na Resolução CNJ nº 76, de 12 de
seus respectivos planos estratégicos à Estraté- maio de 2009.
1350 www.acasadoconcurseiro.com.br
Gestão Pública – Resolução Nº 198/14 - que alterou a Resolução Nº 70/09 – Prof. Rafael Ravazolo
www.acasadoconcurseiro.com.br 1351
de novembro de cada ano, observando-se os se- Art. 14. O BPIJus será constituído da seguinte
guintes objetivos, sem prejuízo de outros: forma:
I – avaliar a estratégia nacional; I – práticas sugeridas por servidores, tribu-
nais ou conselhos do Poder Judiciário, ali-
II – divulgar e premiar o desempenho de nhadas aos Macrodesafios mencionados no
tribunais, unidades e servidores no cumpri- Anexo; e
mento das Metas Nacionais (MN), na cria-
ção e na implantação de boas práticas; II – ideias inovadoras para melhoria do Ju-
diciário, apresentadas por qualquer pessoa.
III – aprovar metas nacionais, diretrizes e
iniciativas estratégicas para o biênio subse- Parágrafo único. As práticas e ideias serão
quente; incluídas no BPIJus após processo de sele-
ção, na forma de regulamento próprio a ser
IV – ajustar, quando necessário, as metas publicado pelo CNJ.
nacionais, as diretrizes e as iniciativas estra-
tégicas previamente aprovadas no encontro Art. 15. As práticas incluídas no BPIJus concor-
do ano anterior. rerão ao Prêmio Excelência em Gestão Estraté-
gica do Poder Judiciário.
§ 1º Participarão dos Encontros Nacionais
do Poder Judiciário os presidentes e corre-
gedores dos tribunais e dos conselhos, bem
como os integrantes do Comitê Gestor Na- CAPÍTULO VII
cional da Rede de Governança Colaborativa,
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
sendo facultado o convite a outras entida-
des e autoridades. Art. 16. Os órgãos do Poder Judiciário terão até
§ 2º Os conselheiros do CNJ coordenarão os 31 de março de 2015 para proceder ao alinha-
trabalhos realizados durante o evento. mento a que se refere o artigo 4º.
CAPÍTULO VI
DO BANCO DE BOAS PRÁTICAS E
IDEIAS PARA O JUDICIÁRIO (BPIJus)
Art. 13. O CNJ manterá disponível, no seu por-
tal, o Banco de Boas Práticas e Ideias para o
Judiciário (BPIJus), a ser continuamente atuali-
zado, com o intuito de promover a divulgação e
o compartilhamento de práticas e ideias inova-
doras, visando ao aperfeiçoamento dos serviços
judiciais.
1352 www.acasadoconcurseiro.com.br
Gestão Pública – Resolução Nº 198/14 - que alterou a Resolução Nº 70/09 – Prof. Rafael Ravazolo
Mapa Estratégico:
http://www.cnj.jus.br/files/conteudo/destaques/arquivo/2015/03/7694a9118fdabdc1d16782c145bf4785.pdf
www.acasadoconcurseiro.com.br 1353
Gestão de Projetos e Processos
As Metas Nacionais do Poder Judiciário foram definidas pela primeira vez no ano de 2009. Tais
metas buscavam alinhar e nivelar os tribunais em termos de gestão e de resultados oferecidos
para a sociedade. O grande destaque foi a Meta 2, a qual determinou aos tribunais que
identificassem e julgassem os processos judiciais mais antigos, distribuídos aos magistrados até
31.12.2005.
Desde então, anualmente são estipuladas metas Nacionais para o Poder Judiciário e metas
Específicas para cada segmento de justiça (Federal, Estadual, do Trabalho, Eleitoral e Militar).
Conforme determina a Resolução 198/2014 do CNJ, que dispõe sobre o Planejamento e a
Gestão Estratégica no âmbito do Poder Judiciário:
Art. 12. Os Encontros Nacionais do Poder Judiciário serão realizados preferencialmente no mês de
novembro de cada ano, observando-se os seguintes objetivos, sem prejuízo de outros:
I – avaliar a estratégia nacional;
II – divulgar e premiar o desempenho de tribunais, unidades e servidores no cumprimento das
Metas Nacionais (MN), na criação e na implantação de boas práticas;
III – aprovar metas nacionais, diretrizes e iniciativas estratégicas para o biênio subsequente;
IV – ajustar, quando necessário, as metas nacionais, as diretrizes e as iniciativas estratégicas
previamente aprovadas no encontro do ano anterior.
§ 1º Participarão dos Encontros Nacionais do Poder Judiciário os presidentes e corregedores
dos tribunais e dos conselhos, bem como os integrantes do Comitê Gestor Nacional da Rede de
Governança Colaborativa, sendo facultado o convite a outras entidades e autoridades.
§ 2º Os conselheiros do CNJ coordenarão os trabalhos realizados durante o evento.
§ 3º Os Encontros Nacionais do Judiciário serão precedidos de reuniões preparatórias que
contarão com a participação dos gestores de metas e dos responsáveis pelas unidades de
gestão estratégica dos tribunais, assim como das associações nacionais de magistrados e de
servidores.
O mais recente Encontro Nacional ocorreu em novembro de 2014, no qual foram aprovadas
sete metas nacionais para o ano de 2015, metas específicas dos segmentos de justiça e uma
diretriz estratégica nacional.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1355
Diretriz Estratégica para orientar a atuação do Judiciário brasileiro em 2015
É diretriz estratégica, aplicável a todos os órgãos do Poder Judiciário, zelar pelas condições de
saúde de magistrados e servidores, com vistas ao bem-estar e à qualidade de vida no trabalho.
As sete metas nacionais de 2015 são “Julgar mais processos que os distribuídos”, “Julgar
processos mais antigos”, “Aumentar os casos solucionados por conciliação”, “Priorizar o
julgamento dos processos relativos à corrupção e à improbidade administrativa”, “Impulsionar
processos à execução”, “Priorizar o julgamento das ações coletivas” e “Priorizar o julgamento
dos processos dos maiores litigantes e dos recursos repetitivos”.
1356 www.acasadoconcurseiro.com.br
Gestão de Projetos e Processos – Metas do CNJ – Prof. Rafael Ravazolo
•• Na Justiça Estadual, 80% dos processos distribuídos até 31/12/2011, no 1º grau, e até
31/12/2012, no 2º grau, e 100% dos processos distribuídos até 31/12/2012, nos Juizados
Especiais e Turmas Recursais.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1357
Meta 6 – Priorizar o julgamento das ações coletivas
Válida para STJ, Justiça Estadual, Justiça Federal e Justiça do Trabalho.
•• Identificar, a partir de 2015, no Superior Tribunal de Justiça, os recursos oriundos de ações
coletivas e priorizar o seu julgamento
•• Identificar e julgar, até 31/12/2015, as ações coletivas distribuídas:
•• Na Justiça Estadual, até 31/12/12012, no 1º grau, e até 31/12/2013, no 2º grau;
•• Na Justiça Federal, até 31/12/12012, no 1º grau, e até 31/12/2013, no 2º grau;
•• Nos Tribunais Regionais e Juízes do Trabalho, até 31/12/12012, no 1º grau, e até
31/12/2013, no 2º grau; e
•• No Tribunal Superior do Trabalho, até 31/12/2012.
Estas são as metas definidas individualmente para cada segmento específico de Justiça.
Justiça Eleitoral
•• Julgar, com prioridade, as ações que possam importar a não diplomação ou a perda do
mandato eletivo.
1358 www.acasadoconcurseiro.com.br
Gestão de Projetos e Processos – Metas do CNJ – Prof. Rafael Ravazolo
•• Para o 2º grau dos TRTs que contabilizaram o prazo médio de 201 a 300 dias, em 1%;
•• Para o 2º grau dos TRTs que contabilizaram o prazo médio acima de 300 dias, em 3%.
•• Aumentar em 1% o índice de conciliação na fase de conhecimento, em relação à média do
biênio 2013/2014.
Justiça Federal
•• Julgar quantidade maior de processos criminais do que os casos novos criminais no ano
corrente.
•• Identificar e julgar até 31/12/2015, pelo menos 70% das ações penais e recursos vinculados
aos crimes relacionados à improbidade administrativa, ao tráfico de pessoas e ao trabalho
escravo distribuídas até 31/12/2013.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1359
Slides – Metas do CNJ
Metas do CNJ
• Anualmente são estipuladas metas Nacionais para o Poder Judiciário
e metas Específicas para cada segmento de justiça (Federal, Estadual,
do Trabalho, Eleitoral e Militar);
‒ Objetivo: alinhar e nivelar os tribunais em termos de gestão e de
resultados oferecidos para a sociedade.
Metas do CNJ
• Diretriz estratégica:
‒ Zelar pelas condições de saúde de magistrados e servidores, com vistas
ao bem-estar e à qualidade de vida no trabalho.
• Metas Nacionais:
‒ Julgar mais processos que os distribuídos. (todos)
‒ Julgar processos mais antigos. (todos)
‒ Aumentar os casos solucionados por conciliação. (JF e JEst)
‒ Priorizar o julgamento dos processos relativos à corrupção e à improbidade
administrativa. (STJ, JF, JEst, JM)
‒ Impulsionar processos à execução. (JT e JF)
‒ Priorizar o julgamento das ações coletivas. (STJ, JF, JT, JEst)
‒ Priorizar o julgamento dos processos dos maiores litigantes e dos recursos
repetitivos. (STJ, JT, JEst)
2
1360 www.acasadoconcurseiro.com.br
Gestão de Projetos e Processos – Metas do CNJ – Prof. Rafael Ravazolo
• Metas Específicas:
‒ Julgar, com prioridade, as ações que possam importar a não
diplomação ou a perda do mandato eletivo.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1361
Administração Pública
www.acasadoconcurseiro.com.br 1363
I – Planejamento da Simplificação: trata do arranjo das condições para iniciar o trabalho de
simplificação, como formação e capacitação da equipe e mobilização da organização, e ainda,
da elaboração do Plano de Trabalho que deverá desembocar no processo de trabalho priorizado
a ser analisado.
•• Pré-requisitos da Simplificação Administrativa: condições necessárias que devem ser
criadas para que se possa iniciar o processo de Simplificação Administrativa (composição e
capacitação da equipe, mobilização da organização).
•• Elaboração do Plano de Trabalho: planejamento de ações a serem desenvolvidas, visando
formalizar e acompanhar o processo de implementação da Simplificação Administrativa no
Órgão (priorização, definição do escopo, elaboração e aprovação do plano).
II – Mapeamento do Processo: trata do início do trabalho de simplificação, em que serão
levantadas as etapas e as normas e desenhado o atual fluxo do processo.
•• Levantamento da Etapas e Normas: identificação das etapas que compõem o processo
organizacional priorizado, bem como das normas utilizadas em seu desenvolvimento,
culminando na identificação dos subprocessos que compõem o processo de trabalho em
estudo.
•• Identificação dos elementos do processo: identificação e visualização dos 4 (quatro)
elementos essenciais dos processos de trabalho (fornecedor, entrada, saída e cliente/
usuário) que são encadeados sequencialmente.
•• Desenho do fluxograma: é um desenho gráfico feito com símbolos padronizados, que
mostra a sequência lógica das etapas de realização de um processo de trabalho.
1364 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Pública – Simplificação de Rotina de Trabalho – Prof. Rafael Ravazolo
III – Análise e Melhoria dos Processos: trata da análise do fluxo atual e de outras condições
que o influenciam a identificar possíveis soluções. Ao mesmo tempo, será ainda trabalhada
a formatação do novo fluxo e dos indicadores que servirão para monitorar o desempenho do
processo e o impacto da ação de simplificação ao longo do tempo.
•• Árvore de Soluções consiste na identificação dos principais problemas que afetam
determinado processo de trabalho, com o respectivo encaminhamento para sua solução
(identificação dos problemas; análise de causa e efeito; detalhamento das causas dos
problemas; e análise e priorização de solução).
•• Modelagem: é o momento de examinar os diversos aspectos do processo de trabalho de
maneira a possibilitar a implementação de melhorias.
•• Sistema de Medição de Desempenho: atividade sistemática e contínua de medir e avaliar a
eficiência, a eficácia, a economicidade e a efetividade dos processos, por meio da aplicação
de indicadores previamente formulados. Indicadores são definidos e escritos com o uso
da linguagem matemática e servem de parâmetros de referência para medir a eficiência, a
eficácia, a economicidade e a efetividade dos subprocessos.
IV – Implementação das Melhorias: trata da etapa final da simplificação, que consiste em dis-
por as condições necessárias para a efetiva implementação do novo processo.
•• Proposta de Simplificação: documento que apresenta a síntese do Novo Desenho do
Processo de trabalho e tem como objetivo sua submissão à apreciação da autoridade
competente para que seja aprovada e implementada.
•• Implementação do Novo Processo: ações necessárias para que o novo funcionamento do
processo de trabalho seja introduzido na rotina organizacional.
PDCA
O Ciclo PDCA é composto por um conjunto de ações em sequência, dada pela ordem
estabelecida pelas letras que compõem a sigla: Plan (planejar), Do (fazer), Check (checar,
verificar), Act (agir corretivamente).
Shewhart foi o autor que criou o conceito de melhoria em ci-
clos, em 1939. Ele era o mentor de Deming, que mais tarde
(1951) transformou a ideia e a disseminou como Ciclo PDCA.
Por isso, o ciclo também recebe o nome de: roda/círculo de
Deming, ciclo de controle ou ciclo de melhoria contínua. Outro
expoente, Ishikawa, contribuiu para a evolução do ciclo de De-
ming, agregando novas ações dentro dos quatro passos.
Segundo o glossário do Gespública, o Ciclo PDCA é uma ferramenta que busca a lógica para
fazer certo desde a primeira vez. Isso condiz com os princípios da qualidade enunciados por
Deming. Para o autor, o PDCA parte da insatisfação com o status quo disseminado na cultura or-
ganizacional e pressupõe a análise de processos com vistas a realizá-los de maneira otimizada.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1365
O PDCA é um instrumento de gestão usado para o controle e a melhoria contínua de qualquer
processo organizacional, do mais simples ao mais complexo.
Seu caráter cíclico é fundamental para a compreensão do termo Melhoria Contínua: a melhoria
contínua ocorre quanto mais vezes for executado o Ciclo PDCA, otimizando a execução dos pro-
cessos e possibilitando a redução de custos e o aumento da produtividade.
1366 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Pública – Simplificação de Rotina de Trabalho – Prof. Rafael Ravazolo
4. Agir (ACT): visa manter a integridade do processo e assegurar que ele possa ser melhorado
continuamente para atender a novas metas de desempenho ao longo do tempo. As ações
podem ser preventivas, corretivas ou de melhoria.
•• Caso sejam identificados desvios, é necessário definir e implementar soluções que eli-
minem as suas causas;
•• Caso não sejam identificados desvios, procura-se implantar melhorias, ou segue-se
com o mesmo planejamento;
•• Pode-se, também, corrigir os padrões adotados ou qualquer outra parte do ciclo.
Deming, na década de 80, modificou seu PDCA para PDSA (Plan, Do, Study, Act), pois acreditava
que a palavra check enfatizava a inspeção em vez da análise.
Plan: envolve identificar o objetivo ou propósito, formular uma teoria, definir métodos de sucesso
e pôr um plano em ação; Do: implementam-se os componentes do planejamento e se produz algo;
Study: monitoram-se os resultados para testar a validade do plano, por meio dos sinais de pro-
gresso e sucesso ou problemas e áreas para melhoria; Act: integra o aprendizado gerado por
todo o processo, o qual pode ser usado para ajustar o objetivo, modificar métodos ou inclusive
reformular uma teoria completamente. Esses quatro passos são repetidos várias vezes, como
parte de um ciclo interminável de melhoria contínua.
Há um outra versão, adotada pela Fundação Nacional da Qualidade (FNQ) em seu Modelo de
Excelência em Gestão, a qual segue os passos P-D-C-Learn.
5S
O 5S ou house keeping é um conjunto de técnicas desenvolvidas no Japão. No final dos anos 60,
quando os industriais japoneses começaram a implantar o sistema de qualidade total (QT) nas
suas empresas, perceberam que o 5S seria um programa básico para o sucesso da QT.
O nome 5S vem das iniciais das cinco técnicas que o compõe:
www.acasadoconcurseiro.com.br 1367
Alguns objetivos desse programa são:
•• melhoria do ambiente de trabalho;
•• prevenção de acidentes;
•• incentivo à criatividade;
•• redução de custos;
•• eliminação de desperdício;
•• desenvolvimento do trabalho em equipe;
•• melhoria das relações humanas;
•• melhoria da qualidade de produtos e serviços.
SEIRI – utilização, liberação da área, organização: técnica utilizada para identificar e eliminar obje-
tos e informações desnecessárias, existentes no local de trabalho. Seu conceito-chave é a utilidade,
porém, devemos tomar cuidado com o que vai ser descartado para não perdermos informações e/
ou documentos importantes. Para a execução do Seiri, devem ser definidas e instaladas áreas de
descarte. Essas áreas devem ser devidamente sinalizadas para evitar que se tornem "áreas de ba-
gunça". Todo material descartado deve ser etiquetado e controlado (materiais para recuperação,
alienação, almoxarifado, materiais para outros órgãos, reciclagem ou para lixo ou sucata).
SEITON – ordem (ordenação), arrumação: é uma atividade para arrumar as coisas que sobra-
ram depois do Seiri. Seu conceito-chave é a simplificação. Os materiais devem ser colocados
em locais de fácil acesso e de maneira que seja simples verificar quando estão fora de lugar.
Vantagens: rapidez e facilidade para encontrar documentos, materiais, ferramentas e outros
objetos; economia de tempo; diminuição de acidentes.
SEISO – limpeza: limpar a área de trabalho e também investigar as rotinas que geram sujeira,
tentando modificá-las. Todos os agentes que agridem o meio-ambiente podem ser englobados
como sujeira (iluminação deficiente, mal cheiro, ruídos, pouca ventilação, poeira, etc). Cada
usuário do ambiente e das máquinas é responsável pela manutenção da limpeza.
SEIKETSU – asseio, higiene, saúde, padronização: essa etapa exige perseverança, pois se não
houver mudanças no comportamento das pessoas e nas rotinas que geram sujeira o programa
não terá continuidade. Assim, por meio do Seiketsu, é possível manter a organização, arrumação
e limpeza obtidas pelos três primeiros S (Seiri, Seiton, Seiso). Além do ambiente de trabalho o
asseio pessoal acaba melhorando, pois os funcionários, não querendo destoar do ambiente limpo
e agradável, acabam por incorporar hábitos mais sadios quanto à aparência e higiene pessoais.
SHITSUKE – disciplina, autodisciplina: o compromisso pessoal com o cumprimento dos padrões
éticos, morais e técnicos, definidos pelo programa 5S, define a última etapa desse programa.
Se o Shitsuke está sendo executado, significa que todas as etapas do 5S estão se consolidando.
Quando as pessoas passam a fazer o que tem que ser feito e da maneira como deve ser feito,
mesmo que ninguém veja, significa que existe disciplina. Para que esse estágio seja atingido to-
das as pessoas envolvidas devem discutir e participar da elaboração de normas e procedimen-
tos que forem adotados no programa 5S. As vantagens são: trabalho diário agradável; melhoria
nas relações humanas; valorização do ser humano; cumprimento dos procedimentos operacio-
nais e administrativos; melhor qualidade, produtividade e segurança no trabalho.
1368 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Pública – Simplificação de Rotina de Trabalho – Prof. Rafael Ravazolo
www.acasadoconcurseiro.com.br 1369
Guia “d” Simplificação
• 10 passos
subdivididos
em 4 etapas:
1370 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Pública – Simplificação de Rotina de Trabalho – Prof. Rafael Ravazolo
Ciclo PDCA
• Aplicável na melhoria de
qualquer processo
organizacional, do mais
simples ao mais complexo;
Programa 5S
• Programa de melhoria geral do ambiente de trabalho,
baseada em 5 Sensos.
1. Seiri – utilização, liberação da área, organização;
2. Seiton – ordem (ordenação), arrumação;
3. Seiso – limpeza;
www.acasadoconcurseiro.com.br 1371
Administração Pública
www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Pública
www.acasadoconcurseiro.com.br 1375
de atividade econômica que o Governo seja TÍTULO II
levado a exercer por força de contingência
ou de conveniência administrativa podendo Dos Princípios Fundamentais
revestir-se de qualquer das formas admiti-
das em direito. (Inciso com redação dada Art. 6º As atividades da Administração Federal
pelo Decreto-Lei nº 900, de 29/9/1969) obedecerão aos seguintes princípios fundamen-
tais:
III – Sociedade de Economia Mista – a en-
tidade dotada de personalidade jurídica de I – Planejamento.
direito privado, criada por lei para a explora-
ção de atividade econômica, sob a forma de II – Coordenação.
sociedade anônima, cujas ações com direito III – Descentralização.
a voto pertençam em sua maioria, à União
ou a entidade da Administração Indireta. IV – Delegação de Competência.
(Inciso com redação dada pelo Decreto-Lei V – Controle.
nº 900, de 29/9/1969)
IV – Fundação Pública – a entidade dotada
de personalidade jurídica de direito privado,
sem fins lucrativos, criada em virtude de au- CAPÍTULO I
torização legislativa, para o desenvolvimen- DO PLANEJAMENTO
to de atividades que não exijam execução
por órgãos ou entidades de direito público, Art. 7º A ação governamental obedecerá a pla-
com autonomia administrativa, patrimônio nejamento que vise a promover o desenvolvi-
próprio gerido pelos respectivos órgãos de mento econômico-social do País e a segurança
direção, e funcionamento custeado por re- nacional, norteando-se segundo planos e pro-
cursos da União e de outras fontes. (Inciso gramas elaborados, na forma do Título III, e
acrescido pela Lei nº 7.596, de 10/4/1987) compreenderá a elaboração e atualização dos
seguintes instrumentos básicos:
§ 1º No caso do inciso III, quando a ativida-
de for submetida a regime de monopólio a) plano geral de governo;
estatal, a maioria acionária caberá apenas à b) programas gerais, setoriais e regionais,
União, em caráter permanente. de duração plurianual;
§ 2º O Poder Executivo enquadrará as enti- c) orçamento-programa anual;
dades da Administração Indireta existentes
nas categorias constantes deste artigo. d) programação financeira de desembolso.
§ 3º As entidades de que trata o inciso IV
deste artigo adquirem personalidade jurí-
dica com a inscrição da escritura pública de CAPÍTULO II
sua constituição no Registro Civil de Pessoas DA COORDENAÇÃO
Jurídicas, não se lhes aplicando as demais
disposições do Código Civil concernentes às Art. 8º As atividades da Administração Federal
fundações. (Parágrafo acrescido pela Lei nº e, especialmente, a execução dos planos e pro-
7.596, de 10/4/1987) gramas de governo, serão objeto de permanen-
te coordenação.
§ 1º A coordenação será exercida em todos
os níveis da administração, mediante a atu-
1376 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Pública – Decreto Lei 200-67 – Prof. Mateus Silveira
www.acasadoconcurseiro.com.br 1377
§ 6º Os órgãos federais responsáveis pe- CAPÍTULO V
los programas conservarão a autoridade DO CONTROLE
normativa e exercerão controle e fiscaliza-
ção indispensáveis sobre a execução local, Art. 13. O controle das atividades da Adminis-
condicionando-se a liberação dos recursos tração Federal deverá exercer-se em todos os
ao fiel cumprimento dos programas e con- níveis e em todos os órgãos, compreendendo,
vênios. particularmente:
§ 7º Para melhor desincumbir-se das tarefas a) o controle, pela chefia competente, da
de planejamento, coordenação, supervisão execução dos programas e da observância
e controle e com o objetivo de impedir o das normas que governam a atividade espe-
crescimento desmesurado da máquina ad- cífica do órgão controlado;
ministrativa, a Administração procurará de-
sobrigar-se da realização material de tarefas b) o controle, pelos órgãos próprios de cada
executivas, recorrendo, sempre que possí- sistema, da observância das normas gerais
vel, à execução indireta, mediante contrato, que regulam o exercício das atividades au-
desde que exista, na área, iniciativa privada xiliares;
suficientemente desenvolvida e capacitada c) o controle da aplicação dos dinheiros pú-
a desempenhar os encargos de execução. blicos e da guarda dos bens da União pelos
§ 8º A aplicação desse critério está condi- órgãos próprios do sistema de contabilida-
cionada, em qualquer caso, aos ditames do de e auditoria.
interesse público e às conveniências da se- Art. 14. O trabalho administrativo será racio-
gurança nacional. nalizado mediante simplificação de processos
e supressão de controles que se evidenciarem
como puramente formais ou cujo custo seja evi-
dentemente superior ao risco.
CAPÍTULO IV
DA DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIA
Art. 11. A delegação de competência será utili- TÍTULO III
zada como instrumento de descentralização ad-
ministrativa, com o objetivo de assegurar maior Do Planejamento, do Orçamento-
rapidez e objetividade às decisões, situando-as Programa e da Programação
na proximidade dos fatos, pessoas ou proble- Financeira
mas a atender.
Art. 15. A ação administrativa do Poder Execu-
Art. 12. É facultado ao Presidente da República, tivo obedecerá a programas gerais, setoriais
aos Ministros de Estado e, em geral, às autori- e regionais de duração plurianual, elaborados
dades da Administração Federal delegar com- através dos órgãos de planejamento, sob a
petência para a prática de atos administrativos, orientação e a coordenação superiores do Pre-
conforme se dispuser em regulamento. sidente da República.
Parágrafo único. O ato de delegação indica- § 1º Cabe a cada Ministro de Estado orientar
rá com precisão a autoridade delegante, a e dirigir a elaboração do programa setorial
autoridade delegada e as atribuições objeto e regional correspondente a seu Ministério
de delegação. e ao Ministro de Estado, Chefe da Secreta-
ria de Planejamento, auxiliar diretamente
o Presidente da República na coordenação,
revisão e consolidação dos programas seto-
1378 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Pública – Decreto Lei 200-67 – Prof. Mateus Silveira
riais e regionais e na elaboração da progra- Art. 19. Todo e qualquer órgão da Administra-
mação geral do Governo. (Parágrafo com re- ção Federal, direta ou indireta, está sujeito à
dação dada pela Lei nº 6.036, de 1/5/1974) supervisão do Ministro de Estado competente,
excetuados unicamente os órgãos mencionados
§ 2º Com relação à Administração Militar, no art. 32, que estão submetidos à supervisão
observar-se-á a finalidade precípua que direta do Presidente da República.
deve regê-la, tendo em vista a destinação
constitucional das Forças Armadas, sob a Art. 20. O Ministro de Estado é responsável,
responsabilidade dos respectivos Ministros, perante o Presidente da República, pela super-
que são os seus Comandantes Superiores. visão dos órgãos da Administração Federal en-
(Parágrafo com redação dada pelo Decreto- quadrados em sua área de competência.
-Lei nº 900, de 29/9/1969)
Parágrafo único. A supervisão ministerial
§ 3º A aprovação dos planos e programas exercer-se-á através da orientação, coorde-
gerais, setoriais e regionais é da competên- nação e controle das atividades dos órgãos
cia do Presidente da República. subordinados ou vinculados ao Ministério,
nos têrmos desta lei.
Art. 16. Em cada ano será elaborado um orça-
mento-programa, que pormenorizará a etapa Art. 21. O Ministro de Estado exercerá a super-
do programa plurianual a ser realizada no exer- visão de que trata este título com apoio nos Ór-
cício seguinte e que servirá de roteiro à execu- gãos Centrais. ("Caput" do artigo com redação
ção coordenada do programa anual. dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 29/9/1969)
Parágrafo único. Na elaboração do orça- Parágrafo único. No caso dos Ministros
mento-programa serão considerados, além Militares a supervisão ministerial terá,
dos recursos consignados no Orçamento da também, como objetivo, colocar a admi-
União, os recursos extra-orçamentários vin- nistração, dentro dos princípios gerais es-
culados à execução do programa do Gover- tabelecidos nesta lei, em coerência com
no. a destinação constitucional precípua das
Forças Armadas, que constitui a atividade-
Art. 17. Para ajustar o ritmo de execução do or- -fim dos respectivos Ministérios. (Parágrafo
çamento-programa ao fluxo provável de recur- único acrescido pelo Decreto-Lei nº 900, de
sos, o Ministério do Planejamento e Coordena- 29/9/1969)
ção Geral e o Ministério da Fazenda elaborarão,
em conjunto, a programação financeira de de- Art. 22. Haverá na estrutura de cada Ministério
sembolso, de modo a assegurar a liberação au- Civil os seguintes Órgãos Centrais: (Vide art. 3º
tomática e oportuna dos recursos necessários à da Lei nº 6.228, de 15/7/1975)
execução dos programas anuais de trabalho.
I – Órgãos Centrais de planejamento, coor-
Art. 18. Toda atividade deverá ajustar-se à denação e controle financeiro.
programação governamental e ao orçamento-
-programa e os compromissos financeiros só II – Órgãos Centrais de direção superior.
poderão ser assumidos em consonância com a Art. 23. Os órgãos a que se refere o item I do
programação financeira de desembolso. art. 22, têm a incumbência de assessorar dire-
tamente o Ministro de Estado e, por força de
suas atribuições, em nome e sob a direção do
TÍTULO IV Ministro, realizar estudos para formulação de
diretrizes e desempenhar funções de planeja-
Da Supervisão Ministerial mento, orçamento, orientação, coordenação,
www.acasadoconcurseiro.com.br 1379
inspeção e controle financeiro, desdobrando-se III – Fazer observar os princípios fundamen-
em: (Vide art. 3º da Lei nº 6.228, de 15/7/1975) tais enunciados no Título II.
I – Uma Secretaria Geral. IV – Coordenar as atividades dos órgãos
supervisionados e harmonizar sua atuação
II – Uma Inspetoria Geral de Finanças. com a dos demais Ministérios.
§ 1º A Secretaria Geral atua como órgão V – Avaliar o comportamento administrati-
setorial de planejamento e orçamento, na vo dos órgãos supervisionados e diligenciar
forma do Título III, e será dirigida por um no sentido de que estejam confiados a diri-
Secretário-Geral, o qual poderá exercer fun- gentes capacitados.
ções delegadas pelo Ministro de Estado.
VI – Proteger a administração dos órgãos
§ 2º A Inspetoria Geral de Finanças, que supervisionados contra interferências e
será dirigida por um Inspetor-Geral, integra, pressões ilegítimas.
como órgão setorial, os sistemas de admi-
nistração financeira, contabilidade e audito- VII – Fortalecer o sistema do mérito.
ria, superintendendo o exercício dessas fun-
ções no âmbito do Ministério e cooperando VIII – Fiscalizar a aplicação e utilização de
com a Secretaria Geral no acompanhamen- dinheiros, valores e bens públicos.
to da execução do programa e do orçamen- IX – Acompanhar os custos globais dos pro-
to. gramas setoriais do Governo, a fim de alcan-
§ 3º Além das funções previstas neste títu- çar uma prestação econômica de serviços.
lo, a Secretaria-Geral do Ministério do Pla- X – Fornecer ao órgão próprio do Ministé-
nejamento e Coordenação Geral exercerá rio da Fazenda os elementos necessários à
as atribuições de Órgão Central dos siste- prestação de contas do exercício financeiro.
mas de planejamento e orçamento, e a Ins-
petoria-Geral de Finanças do Ministério da XI – Transmitir ao Tribunal de Contas, sem
Fazenda, as de Órgãos Central do sistema prejuízo da fiscalização deste, informes rela-
de administração financeira, contabilidade tivos à administração financeira e patrimo-
e auditoria. (Parágrafo com redação dada nial dos órgãos do Ministério.
pelo Decreto-Lei nº 900, de 29/9/1969)
Art. 26. No que se refere à Administração Indi-
Art. 24. Os Órgãos Centrais de direção superior reta, a supervisão ministerial visará a assegurar,
(art. 22, item II) executam funções de adminis- essencialmente:
tração das atividades específicas e auxiliares do
I – A realização dos objetivos fixados nos
Ministério e serão, preferentemente, organi-
atos de constituição da entidade.
zados em base departamental, observados os
princípios estabelecidos nesta lei. (Vide art. 3º II – A harmonia com a política e a progra-
da Lei nº 6.228, de 15/7/1975) mação do Governo no setor de atuação da
entidade.
Art. 25. A supervisão ministerial tem por princi-
pal objetivo, na área de competência do Minis- III – A eficiência administrativa.
tro de Estado:
IV – A autonomia administrativa, operacio-
I – Assegurar a observância da legislação fe- nal e financeira da entidade.
deral.
Parágrafo único. A supervisão exercer-se-á
II – Promover a execução dos programas do mediante adoção das seguintes medidas,
Governo. além de outras estabelecidas em regula-
mento:
1380 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Pública – Decreto Lei 200-67 – Prof. Mateus Silveira
a) indicação ou nomeação pelo Ministro ou, I – Prestar contas da sua gestão, pela forma
se for o caso, eleição dos dirigentes da enti- e nos prazos estipulados em cada caso.
dade, conforme sua natureza jurídica;
II – Prestar a qualquer momento, por inter-
b) designação, pelo Ministro dos represen- médio do Ministro de Estado, as informa-
tantes do Governo Federal nas Assembleias ções solicitadas pelo Congresso Nacional.
Gerais e órgãos de administração ou contro-
le da entidade; III – Evidenciar os resultados positivos ou
negativos de seus trabalhos, indicando suas
c) recebimento sistemático de relatórios, causas e justificando as medidas postas em
boletins, balancetes, balanços e informa- prática ou cuja adoção se impuser, no inte-
ções que permitam ao Ministro acompa- resse do Serviço Público.
nhar as atividades da entidade e a execução
do orçamento-programa e da programação Art. 29. Em cada Ministério Civil, além dos ór-
financeira aprovados pelo Governo; gãos Centrais de que trata o art. 22, o Ministro
de Estado disporá da assistência direta e ime-
d) aprovação anual da proposta de orça- diata de:
mento-programa e da programação finan-
ceira da entidade, no caso de autarquia; I – Gabinete.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1381
TÍTULO V TÍTULO VI
Dos Sistemas de Da Presidência da República
Atividades Auxiliares
(Vide Lei nº 10.683, de 28/5/2003)
Art. 30. Serão organizadas sob a forma de siste- Art. 32. A Presidência da República é constitu-
ma as atividades de pessoal, orçamento, estatís- ída essencialmente pelo Gabinete Civil e pelo
tica, administração financeira, contabilidade e Gabinete Militar. Também dela fazem parte,
auditoria, e serviços gerais, além de outras ati- como órgãos de assessoramento imediato ao
vidades auxiliares comuns a todos os órgãos da Presidente da República:
Administração que, a critério do Poder Executi-
vo, necessitem de coordenação central. I – o Conselho de Segurança Nacional;
§ 1º Os serviços incumbidos do exercício II – o Conselho de Desenvolvimento Econô-
das atividades de que trata este artigo con- mico;
sideram-se integrados no sistema respecti-
vo e ficam, consequentemente, sujeitos à III – o Conselho de Desenvolvimento Social;
orientação normativa, à supervisão técnica IV – a Secretaria de Planejamento;
e à fiscalização específica do órgão central
do sistema, sem prejuízo da subordinação V – o Serviço Nacional de Informações;
ao órgão em cuja estrutura administrativa VI – o Estado-Maior das Forças Armadas;
estiverem integrados.
VII – o Departamento Administrativo do
§ 2º O chefe do órgão central do sistema é Serviço Público;
responsável pelo fiel cumprimento das leis
e regulamentos pertinentes e pelo funcio- VIII – a Consultoria-Geral da República;
namento eficiente e coordenado do siste-
ma. IX – o Alto Comando das Forças Armadas;
Art. 31. A estruturação dos sistemas de que tra- Art. 33. Ao Gabinete Civil incumbe:
ta o artigo 30 e a subordinação dos respectivos I – Assistir, direta e imediatamente, o Presi-
Órgãos Centrais serão estabelecidas em decre- dente da República no desempenho de suas
to. ("Caput" do artigo com redação dada pelo atribuições e, em especial, nos assuntos re-
Decreto-Lei nº 900, de 29/9/1969) ferentes à administração civil.
Parágrafo único. (Revogado pelo Decreto- II – Promover a divulgação de atos e ativida-
-Lei nº 900, de 29/9/1969) des governamentais.
1382 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Pública – Decreto Lei 200-67 – Prof. Mateus Silveira
www.acasadoconcurseiro.com.br 1383
das missões de que forem incumbidos pelo Pre- V – Sistemas estatístico e cartográfico na-
sidente da República na forma por que se dispu- cionais.
ser em decreto.
VI – Organização administrativa.
Art. 39. Os assuntos que constituem a área de
competência de cada Ministério são, a seguir, MINISTÉRIO DA FAZENDA
especificados:
I – Assuntos monetários, creditícios, finan-
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA ceiros e fiscais; poupança popular.
1384 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Pública – Decreto Lei 200-67 – Prof. Mateus Silveira
www.acasadoconcurseiro.com.br 1385
III – Ação preventiva em geral; vigilância sa- § 2º No que se refere a execução da Política
nitária de fronteiras e de portos marítimos, de Segurança Nacional, o Conselho aprecia-
fluviais e aéreos. rá os problemas que lhe forem propostos
no quadro da conjuntura nacional ou inter-
IV – Controle de drogas, medicamentos e nacional. (Parágrafo com redação dada pelo
alimentos. Decreto-Lei nº 900, de 29/9/1969)
V – Pesquisas médico-sanitárias. Art. 41. Caberá, ainda, ao Conselho o cumpri-
MINISTÉRIO DAS COMUNICAÇÕES mento de outras tarefas específicas previstas na
Constituição.
I – Telecomunicações. Art. 42. O Conselho de Segurança Nacional é
II – Serviços postais. convocado e presidido pelo Presidente da Repú-
blica, dele participando, no caráter de membros
MINISTÉRIO DA MARINHA natos, o Vice-Presidente da República, todos os
Ministros de Estado, inclusive os Extraordiná-
(Art. 54) rios, os Chefes dos Gabinetes Civil e Militar da
Presidência da República, o Chefe do Serviço
MINISTÉRIO DO EXÉRCITO Nacional de Informações, o Chefe do Estado-
-Maior das Forças Armadas e os Chefes dos
(Art. 59)
Estados-Maiores da Armada, do Exército e da
MINISTÉRIO DA AERONÁUTICA Aeronáutica.
§ 1º O Presidente da República poderá de-
(Art. 63)
signar membros eventuais, conforme a ma-
téria a ser apreciada.
TÍTULO VIII § 2º O Presidente da República pode ouvir o
Conselho de Segurança Nacional, mediante
Da Segurança Nacional consulta a cada um dos seus membros em
expediente remetido por intermédio da Se-
cretaria-Geral.
Art. 43. O Conselho dispõe de uma Secretaria-
CAPÍTULO I -Geral, como órgão de estudo, planejamento e
DO CONSELHO DE coordenação no campo da segurança nacional
SEGURANÇA NACIONAL e poderá contar com a colaboração de órgãos
complementares, necessários ao cumprimento
Art. 40. O Conselho de Segurança Nacional é o de sua finalidade constitucional. (Artigo com
órgão de mais alto nível no assessoramento di- redação dada pelo Decreto-Lei nº 1.093, de
reto do Presidente da República, na formulação 17/3/1970)
e na execução da Política de Segurança Nacio-
nal. ("Caput" do artigo com redação dada pelo
Decreto-Lei nº 900, de 29/9/1969)
CAPÍTULO II
§ 1º A formulação da Política de Segurança
Nacional far-se-á, basicamente, mediante DO SERVIÇO NACIONAL
o estabelecimento do Conceito Estratégico DE INFORMAÇÕES
Nacional.
Art. 44. O Serviço Nacional de Informações tem
por finalidade superintender e coordenar, em
1386 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Pública – Decreto Lei 200-67 – Prof. Mateus Silveira
www.acasadoconcurseiro.com.br 1387
com redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, CAPÍTULO III
de 29/9/1969) DOS MINISTÉRIOS MILITARES
III – Coordenar as informações estratégicas
no Campo Militar; (Inciso com redação dada Seção I
pelo Decreto-Lei nº 900, de 29/9/1969) DO MINISTÉRIO DA MARINHA
IV – Coordenar, no que transcenda os objeti- Art. 54. O Ministério da Marinha administra os
vos específicos e as disponibilidades previs- negócios da Marinha de Guerra e tem como
tas no Orçamento dos Ministérios Militares, atribuição principal a preparação desta para o
os planos de pesquisas, de desenvolvimen- cumprimento de sua destinação constitucional.
to e de mobilização das Forças Armadas e
os programas de aplicação de recursos de- § 1º Cabe ao Ministério da Marinha;
correntes. (Inciso com redação dada pelo I – Propor a organização e providenciar o
Decreto-Lei nº 900, de 29/9/1969) aparelhamento e adestramento das Forças
V – Coordenar as representações das Forças Navais e Aeronavais e do Corpo de Fuzilei-
Armadas no País e no exterior; (Inciso com ros Navais, inclusive para integrarem Forças
redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de Combinadas ou Conjuntas.
29/9/1969) II – Orientar e realizar pesquisas e desenvol-
VI – Proceder aos estudos e preparar as de- vimento de interesse da Marinha, obedeci-
cisões sobre assuntos que lhe forem sub- do o previsto no item V do art. 50 da pre-
metidos pelo Presidente da República. (In- sente Lei.
ciso com redação dada pelo Decreto-Lei nº III – Estudar e propor diretrizes para a políti-
900, de 29/9/1969) ca marítima nacional.
Parágrafo único. (Revogado pelo Decreto- § 2º Ao Ministério da Marinha competem
-Lei nº 900, de 29/9/1969) ainda as seguintes atribuições subsidiárias;
Art. 51. A Chefia do Estado-Maior das Forças I – Orientar e controlar a Marinha Mercante
Amadas é exercida por um oficial-general do Nacional e demais atividades correlatas no
mais alto posto nomeado pelo Presidente da que interessa à segurança nacional e prover
República, obedecido, em princípio, o crité- a segurança da navegação, seja ela maríti-
rio de rodízio entre as Forças Armadas. (Artigo ma, fluvial ou lacustre.
com redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de
29/9/1969) II – Exercer a polícia naval.
Art. 52. As funções de Estado-Maior e Serviços Art. 55. O Ministro da Marinha exerce a direção
no Estado-Maior das Forças Armadas são exerci- geral do Ministério da Marinha e é o Coman-
das por oficiais das três Forças singulares. dante Superior da Marinha de Guerra. (Artigo
com redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de
Art. 53. O Conselho de Chefes de Estado-Maior, 29/9/1969)
constituído do Chefe do Estado-Maior das For-
ças Armadas e dos Chefes do Estado-Maior das Art. 56. A Marinha de Guerra compreende suas
Forças singulares, reúne-se periodicamente, sob organizações próprias, pessoal em serviço ativo
a presidência do primeiro, para apreciação de e sua reserva, inclusive as formações auxiliares
assuntos específicos do Estado-Maior das For- conforme fixado em lei. (Artigo com redação
ças Armadas e os de interesse comum a mais de dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 29/9/1969)
uma das Forças singulares.
Art. 57. O Ministério da Marinha é constituído
de:
1388 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Pública – Decreto Lei 200-67 – Prof. Mateus Silveira
www.acasadoconcurseiro.com.br 1389
Seção III Parágrafo único. Constitui a reserva da Ae-
DO MINISTÉRIO DA AERONÁUTICA ronáutica todo o pessoal sujeito à incorpo-
ração na Força Aérea Brasileira, mediante
Art. 63. O Ministério da Aeronáutica administra mobilização ou convocação, e as organiza-
os negócios da Aeronáutica e tem como atri- ções auxiliares, conforme fixado em lei. (Ar-
buições principais a preparação da Aeronáutica tigo com redação dada pelo Decreto-Lei nº
para o cumprimento de sua destinação consti- 991, de 21/10/1969)
tucional e a orientação, a coordenação e o con-
Art. 66. O Ministério da Aeronáutica compreen-
trole das atividades da Aviação Civil.
de:
Parágrafo único. Cabe ao Ministério da Ae-
I – Órgãos de Direção Geral:
ronáutica:
•• Alto Comando da Aeronáutica
I – Estudar e propor diretrizes para a Política
•• Estado-Maior da Aeronáutica
Aeroespacial Nacional.
•• Inspetoria Geral da Aeronáutica
II – Propor a organização e providenciar o
II – Órgãos de Direção Setorial, organizados
aparelhamento e o adestramento da For-
em base departamental (art. 24):
ça Aérea Brasileira, inclusive de elementos
para integrar as Forças Combinadas ou Con- •• Departamento de Aviação Civil
juntas. •• Departamento de Pesquisas e Desen-
volvimento
III – Orientar, coordenar e controlar as ati-
vidades da Aviação Civil, tanto comerciais III – Órgãos de Assessoramento:
como privadas e desportivas.
•• Gabinete do Ministro
IV – Estabelecer, equipar e operar, direta- •• Consultoria Jurídica
mente ou mediante autorização ou conces- •• Conselhos e Comissões
são, a infraestrutura aeronáutica, inclusive
os serviços de apoio necessárias à navega- IV – Órgãos de Apoio:
ção aérea.
•• Comandos, Diretorias, Institutos, Servi-
V – Orientar, incentivar e realizar pesquisas ços e outros órgãos
e desenvolvimento de interesse da Aero-
V – Força Aérea Brasileira:
náutica, obedecido, quanto às de interesse
militar, ao prescrito no item IV do art. 50 da •• Comandos Aéreos (inclusive elemen-
presente lei. tos para integrar Forças Combinadas ou
Conjuntas)
VI – Operar o Correio Aéreo Nacional. (Ar-
•• Comandos Territoriais. (Artigo com re-
tigo com redação dada pelo Decreto-Lei nº
dação dada pelo Decreto-Lei nº 991, de
991, de 21/10/1969)
21/10/1969)
Art. 64. O Ministro da Aeronáutica exerce a di-
reção geral das atividades do Ministério e é o
Comandante-em-Chefe da Força Aérea Brasilei- CAPÍTULO IV
ra. (Artigo com redação dada pelo Decreto-Lei DISPOSIÇÃO GERAL
nº 991, de 21/10/1969)
Art. 67. O Almirantado (Alto Comando da Mari-
Art. 65. A Força Aérea Brasileira é a parte da Ae-
nha de Guerra), o Alto Comando do Exército e o
ronáutica organizada e aparelhada para o cum-
Alto Comando da Aeronáutica, a que se referem
primento de sua destinação constitucional.
os arts 57, 62 e 66 são órgãos integrantes da Di-
1390 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Pública – Decreto Lei 200-67 – Prof. Mateus Silveira
reção Geral do Ministério da Marinha, do Exér- III – No Poder Executivo, pelos Ministros de
cito e da Aeronáutica cabendo-lhes assessorar Estado ou dirigentes de órgãos da Presidên-
os respectivos Ministros, principalmente: cia da República.
a) nos assuntos relativos à política militar Art. 72. Com base na lei orçamentária, crédi-
peculiar à Força singular; tos adicionais e seus atos complementares, o
órgão central da programação financeira fixará
b) nas matérias de relevância – em particu- as cotas e prazos de utilização de recursos pelos
lar, de organização, administração e logísti- órgãos da Presidência da República, pelos Mi-
ca – dependentes de decisão ministerial; nistérios e pelas autoridades dos Poderes Legis-
c) na seleção do quadro de Oficiais Gene- lativo e Judiciário para atender à movimentação
rais. dos créditos orçamentários ou adicionais.
§ 1º Os Ministros de Estado e os dirigen-
tes de Órgãos da Presidência da República
TÍTULO X aprovarão a programação financeira seto-
rial e autorizarão às unidades administrati-
Das Normas de Administração vas a movimentar os respectivos créditos,
Financeira e de Contabilidade dando ciência ao Tribunal de Contas.
Art. 68. O Presidente da República prestará anu- § 2º O Ministro de Estado, por proposta do
almente ao Congresso Nacional as contas rela- Inspetor Geral de Finanças, decidirá quanto
tivas ao exercício anterior, sobre as quais dará aos limites de descentralização da adminis-
parecer prévio o Tribunal de Contas. tração dos créditos, tendo em conta as ativi-
dades peculiares de cada órgão.
Art. 69. Os órgãos da Administração Direta ob-
servarão um plano de contas único e as normas Art. 73. Nenhuma despesa poderá ser realizada
gerais de contabilidade e da auditoria que fo- sem a existência de crédito que a comporte ou
rem aprovados pelo Governo. quando imputada a dotação imprópria, vedada
expressamente qualquer atribuição de forneci-
Art. 70. Publicados a lei orçamentária ou os mento ou prestação de serviços cujo custo exce-
decretos de abertura de créditos adicionais, as da aos limites previamente fixados em lei.
unidades orçamentárias, os órgãos administra-
tivos, os de contabilização e os de fiscalização fi- Parágrafo único. Mediante representação
nanceira ficam, desde logo, habilitados a tomar do órgão contábil serão impugnados quais-
as providências cabíveis para o desempenho quer atos referentes a despesas que inci-
das suas tarefas. dam na proibição do presente artigo.
Art. 71. A discriminação das dotações orçamen- Art. 74. Na realização da receita e da despesa
tárias globais de despesas será feita: pública será utilizada a via bancária, de acordo
com as normas estabelecidas em regulamento.
I – No Poder Legislativo e órgãos auxiliares,
pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do § 1º Nos casos em que se torne indispen-
Senado Federal e pelo Presidente do Tribu- sável a arrecadação de receita diretamente
nal de Contas. pelas unidades administrativas, o recolhi-
mento à conta bancária far-se-á no prazo
II – No Poder Judiciário, pelos Presidentes regulamentar.
dos Tribunais e demais órgãos competen-
tes. § 2º O pagamento de despesa, obedecidas
as normas que regem a execução orçamen-
tária (Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964),
www.acasadoconcurseiro.com.br 1391
far-se-á mediante ordem bancária ou che- viço, ainda que ocorram depois do encerra-
que nominativo, contabilizado pelo órgão mento do exercício financeiro.
competente e obrigatoriamente assinado
pelo ordenador da despesa e pelo encarre- Art. 77. Todo ato de gestão financeira deve ser
gado do setor financeiro. realizado por força do documento que compro-
ve a operação e registrado na contabilidade,
§ 3º Em casos excepcionais, quando houver mediante classificação em conta adequada.
despesa não atendível pela via bancária, as
autoridades ordenadoras poderão autori- Art. 78. O acompanhamento da execução orça-
zar suprimentos de fundos, de preferência mentária será feito pelos órgãos de contabiliza-
a agentes afiançados, fazendo-se os lança- ção.
mentos contábeis necessários e fixando-se § 1º Em cada unidade responsável pela ad-
prazo para comprovação dos gastos. ministração de créditos proceder-se-á sem-
Art. 75. Os órgãos da Administração Federal pre à contabilização destes.
prestarão ao Tribunal de Contas, ou suas dele- § 2º A contabilidade sintética ministerial ca-
gações, os informes relativos à administração berá à Inspetoria Geral de Finanças.
dos créditos orçamentários e facilitarão a rea-
lização das inspeções de controle externo dos § 3 º A contabilidade geral caberá à Inspe-
órgãos de administração financeira, contabilida- toria Geral de Finanças do Ministério da Fa-
de e auditorias. ("Caput" do artigo com redação zenda.
dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 29/9/1969)
§ 4º Atendidas as conveniências do servi-
Parágrafo único. As informações previstas ço, um único órgão de contabilidade analí-
neste artigo são as imprescindíveis ao exer- tica poderá encarregar-se da contabilização
cício da auditoria financeira e orçamentá- para várias unidades operacionais do mes-
ria, realizada com base nos documentos mo ou de vários Ministérios.
enumerados nos itens I e II do artigo 36 do
§ 5º Os documentos relativos à escrituração
Decreto-Lei número 199, de 25 de feverei-
dos atos da receita e despesa ficarão arqui-
ro de 1967, vedada a requisição sistemática
vados no órgão de contabilidade analítica
de documentos ou comprovantes arquiva-
e à disposição das autoridades responsá-
dos nos órgãos da administração federal,
veis pelo acompanhamento administrativo
cujo exame se possa realizar através das
e fiscalização financeira e, bem assim, dos
inspeções de controle externo. (Parágrafo
agentes incumbidos do controle externo, de
único acrescido pelo Decreto-Lei nº 900, de
competência do Tribunal de Contas.
29/9/1969)
Art. 79. A contabilidade deverá apurar os custos
Art. 76. Caberá ao Inspetor Geral de Finanças
dos serviços de forma a evidenciar os resultados
ou autoridade delegada autorizar a inscrição
da gestão.
de despesas na conta "Restos a Pagar" (Lei nº
4.320, de 17 de março de 1964), obedecendo- Art. 80. Os órgãos de contabilidade inscreverão
-se na liquidação respectiva as mesmas formali- como responsável todo o ordenador da despe-
dades fixadas para a administração dos créditos sa, o qual só poderá ser exonerado de sua res-
orçamentários. ponsabilidade após julgadas regulares suas con-
tas pelo Tribunal de Contas.
Parágrafo único. As despesas inscritas na
conta de "Restos a Pagar" serão liquidadas § 1º Ordenador de despesas é toda e qual-
quando do recebimento do material, da quer autoridade de cujos atos resultarem
execução da obra ou da prestação do ser- emissão de empenho, autorização de paga-
1392 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Pública – Decreto Lei 200-67 – Prof. Mateus Silveira
www.acasadoconcurseiro.com.br 1393
Art. 86. A movimentação dos créditos destina- Art. 93. Quem quer que utilize dinheiros públi-
dos à realização de despesas reservadas ou con- cos terá de justificar seu bom e regular emprego
fidenciais será feita sigilosamente e nesse cará- na conformidade das leis, regulamentos e nor-
ter serão tomadas as contas dos responsáveis. mas emanadas das autoridades administrativas
competentes.
Art. 87. Os bens móveis, materiais e equipa-
mentos em uso ficarão sob a responsabilidade
dos chefes de serviço, procedendo-se periodica-
mente a verificações pelos competentes órgãos
TÍTULO XI
de controle.
Das Disposições Referentes
Art. 88. Os estoques serão obrigatoriamente ao Pessoal Civil
contabilizados, fazendo-se a tomada anual das
contas dos responsáveis.
Art. 89. Todo aquele que, a qualquer título, te-
nha a seu cargo serviço de contabilidade da CAPÍTULO I
União é pessoalmente responsável pela exa- DAS NORMAS GERAIS
tidão das contas e oportuna apresentação dos
balancetes, balanços e demonstrações contá- Art. 94. O Poder Executivo promoverá a revisão
beis dos atos relativos à administração financei- da legislação e das normas regulamentares rela-
ra e patrimonial do setor sob sua jurisdição. tivas ao pessoal do Serviço Público Civil, com o
objetivo de ajustá-las aos seguintes princípios:
Art. 90. Responderão pelos prejuízos que causa-
rem à Fazenda Pública o ordenador de despesas I – Valorização e dignificação da função pú-
e o responsável pela guarda de dinheiros, valo- blica e do servidor público.
res e bens. II – Aumento da produtividade.
Art. 91. Sob a denominação de Reserva de Con- III – Profissionalização e aperfeiçoamento
tingência, o orçamento anual poderá conter do- do servidor público; fortalecimento do Sis-
tação global não especificamente destinada a tema do Mérito para ingresso na função pú-
determinado órgão, unidade orçamentária, pro- blica, acesso a função superior e escolha do
grama ou categoria econômica, cujos recursos ocupante de funções de direção e assesso-
serão utilizados para abertura de créditos adi- ramento.
cionais. (Artigo com redação dada pelo Decreto-
-Lei nº 1.763, de 16/1/1980) IV – Conduta funcional pautada por normas
éticas cuja infração incompatibilize o servi-
Art. 92. Com o objetivo de obter maior econo- dor para a função.
mia operacional e racionalizar a execução da
programação financeira de desembolso, o Mi- V – Constituição de quadros dirigentes,
nistério da Fazenda promoverá a unificação de mediante formação e aperfeiçoamento de
recursos movimentados pelo Tesouro Nacional administradores capacitados a garantir a
através de sua Caixa junto ao agente financeiro qualidade, produtividade e continuidade da
da União. ação governamental, em consonância com
critérios éticos especialmente estabeleci-
Parágrafo único. Os saques contra a Caixa dos.
do Tesouro só poderão ser efetuados den-
tro dos limites autorizados pelo Ministro da VI – Retribuição baseada na classificação
Fazenda ou autoridade delegada. das funções a desempenhar, levando-se em
conta o nível educacional exigido pelos de-
veres e responsabilidade do cargo, a experi-
1394 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Pública – Decreto Lei 200-67 – Prof. Mateus Silveira
ência que o exercício deste requer, a satisfa- XII – Estabelecimento de mecanismos ade-
ção de outros requisitos que se reputarem quados à apresentação por parte dos ser-
essenciais ao seu desempenho e às condi- vidores, nos vários níveis organizacionais,
ções do mercado de trabalho. de suas reclamações e reivindicações, bem
como à rápida apreciação, pelos órgãos ad-
VII – Organização dos quadros funcionais, ministrativos competentes, dos assuntos
levando-se em conta os interesses de re- nelas contidos.
crutamento nacional para certas funções e
a necessidade de relacionar ao mercado de XIII – Estímulo ao associativismo dos servi-
trabalho local ou regional o recrutamento, dores para fins sociais e culturais.
a seleção e a remuneração das demais fun-
ções. Parágrafo único. O Poder Executivo enca-
minhará ao Congresso Nacional mensagens
VIII – Concessão de maior autonomia aos que consubstanciem a revisão de que trata
dirigentes e chefes na administração de este artigo.
pessoal, visando a fortalecer a autoridade
do comando, em seus diferentes graus, e a Art. 95. O Poder Executivo promoverá as medi-
dar-lhes efetiva responsabilidade pela su- das necessárias à verificação da produtividade
pervisão e rendimento dos serviços sob sua do pessoal a ser empregado em quaisquer ati-
jurisdição. vidades da Administração Direta ou de autar-
quia, visando a colocá-lo em níveis de compe-
IX – Fixação da quantidade de servidores, tição com a atividade privada ou a evitar custos
de acordo com as reais necessidades de injustificáveis de operação, podendo, por via
funcionamento de cada órgão, efetivamen- de decreto executivo ou medidas administrati-
te comprovadas e avaliadas na oportunida- vas, adotar as soluções adequadas, inclusive a
de da elaboração do orçamento-programa, eliminação de exigências de pessoal superiores
e estreita observância dos quantitativos às indicadas pelos critérios de produtividade e
que forem considerados adequados pelo rentabilidade.
Poder Executivo no que se refere aos dis-
pêndios de pessoal. Aprovação das lotações Art. 96. Nos termos da legislação trabalhis-
segundo critérios objetivos que relacionam ta, poderão ser contratados especialistas para
a quantidade de servidores às atribuições e atender às exigências de trabalho técnico em
ao volume de trabalho do órgão. institutos, órgãos de pesquisa e outras entida-
des especializadas da Administração Direta ou
X – Eliminação ou reabsorção do pessoal autarquia, segundo critérios que, para esse fim,
ocioso, mediante aproveitamento dos ser- serão estabelecidos em regulamento.
vidores excedentes, ou reaproveitamento
aos desajustados em funções compatíveis Art. 97. Os Ministros de Estado, mediante pré-
com as suas comprovadas qualificações e via e específica autorização do Presidente da
aptidões vocacionais, impedindo-se novas República, poderão contratar os serviços de
admissões, enquanto houver servidores dis- consultores técnicos e especialistas por deter-
poníveis para a função. minado período, nos termos da legislação tra-
balhista. (Expressão "nas condições previstas
XI – Instituição, pelo Poder Executivo, de re- neste artigo" alterada pelo Decreto-Lei nº 900,
conhecimento do mérito aos servidores que de 29/9/1969)
contribuam com sugestões, planos e proje-
tos não elaborados em decorrência do exer-
cício de suas funções e dos quais possam re-
sultar aumento de produtividade e redução
dos custos operacionais da administração.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1395
CAPÍTULO II b) dispensa, com a consequente indeniza-
DAS MEDIDAS DE ção legal, dos empregados sujeitos ao regi-
me da legislação trabalhista.
APLICAÇÃO IMEDIATA
§ 5º Não se preencherá vaga nem se abrirá
Art. 98. Cada unidade administrativa terá, no concurso na Administração Direta ou em au-
mais breve prazo, revista sua lotação, a fim de tarquia, sem que se verifique, previamente,
que passe a corresponder a suas estritas neces- no competente centro de redistribuição de
sidades de pessoal e seja ajustada às dotações pessoal, a inexistência de servidor a apro-
previstas no orçamento (art. 94 inciso IX). veitar, possuidor da necessária qualificação.
Art. 99. O Poder Executivo adotará providências § 6º Não se exonerará, por força do dispos-
para a permanente verificação da existência de to neste artigo, funcionário nomeado em
pessoal ocioso na Administração Federal, dili- virtude de concurso.
genciando para sua eliminação ou redistribui-
ção imediata. Art. 100. Instaurar-se-á processo administrativo
para a demissão ou dispensa de servidor efeti-
§ 1º Sem prejuízo da iniciativa do órgão de vo ou estável, comprovadamente ineficiente no
pessoal da repartição, todo responsável por desempenho dos encargos que lhe competem
setor de trabalho em que houver pessoal ou desidioso no cumprimento de seus deveres.
ocioso deverá apresentá-lo aos centros de
redistribuição e aproveitamento de pessoal Art. 101. O provimento em cargos em comissão
que deverão ser criados, em caráter tempo- e funções gratificadas obedecerá a critérios a
rário, sendo obrigatório o aproveitamento serem fixados por ato do Poder Executivo que:
dos concursados. ("Caput" do artigo com redação dada pelo De-
creto-Lei nº 900, de 29/9/1969)
§ 2º A redistribuição de pessoal ocorre-
rá sempre no interesse do Serviço Público, a) definira os cargos em comissão de livre
tanto na Administração Direta como em escolha do Presidente da República; (Alí-
autarquia, assim como de uma para outra, nea acrescida pelo Decreto-Lei nº 900, de
respeitado o regime jurídico pessoal do ser- 29/9/1969)
vidor.
b) estabelecerá os processos de recruta-
§ 3º O pessoal ocioso deverá ser aproveita- mento com base no Sistema do Mérito; e
do em outro setor, continuando o servidor a (Alínea acrescida pelo Decreto-Lei nº 900,
receber pela verba da repartição ou entida- de 29/9/1969)
de de onde tiver sido deslocado, até que se
c) fixará as demais condições necessárias ao
tomem as providências necessárias à regu-
seu exercício. (Alínea acrescida pelo Decre-
larização da movimentação.
to-Lei nº 900, de 29/9/1969)
§ 4º Com relação ao pessoal ocioso que não
Art. 102. É proibida a nomeação em caráter in-
puder ser utilizado na forma deste artigo,
terino por incompatível com a exigência de pré-
será observado o seguinte procedimento:
via habilitação em concurso para provimento
a) extinção dos cargos considerados desne- dos cargos públicos, revogadas todas as disposi-
cessários, ficando os seus ocupantes exo- ções em contrário.
nerados ou em disponibilidade, conforme
Art. 103. Todo servidor que estiver perceben-
gozem ou não de estabilidade, quando se
do vencimento, salário ou provento superior ao
tratar de pessoal regido pela legislação dos
fixado para o cargo nos planos de classificação
funcionários públicos;
e remuneração, terá a diferença caracterizada
como vantagem pessoal, nominalmente iden-
1396 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Pública – Decreto Lei 200-67 – Prof. Mateus Silveira
tificável, a qual em nenhuma hipótese será au- Parágrafo único. Comprovada a adjudicação
mentada, sendo absorvida progressivamente da cota-parte de multas com desobediência
pelos aumentos que vierem a ser realizados no ao que dispõe o inciso I deste artigo, serão
vencimento, salário ou provento fixado para o passíveis de demissão, tanto o responsável
cargo nos mencionados planos. pela prática desse ato, quanto os servidores
que se beneficiarem com as vantagens dele
Art. 104. No que concerne ao regime de parti- decorrentes.
cipação na arrecadação, inclusive cobrança da
Dívida Ativa da União, fica estabelecido o se- Art. 105. Aos servidores que, na data da presen-
guinte: te lei estiverem no gozo das vantagens previstas
nos incisos III, IV e V do artigo anterior fica asse-
I – Ressalvados os direitos dos denuncian- gurado o direito de percebê-las, como diferença
tes, a adjudicação de cota-parte de multas mensal, desde que esta não ultrapasse a média
será feita exclusivamente aos Agentes Fis- mensal que, àquele título, receberam durante
cais de Rendas Internas, Agentes Fiscais do o ano de 1966, e até que, por força dos reajus-
Imposto de Renda, Agentes Fiscais do Im- tamentos de vencimentos do funcionalismo, o
posto Aduaneiro, Fiscais Auxiliares de Im- nível de vencimentos dos cargos que ocuparem
postos Internos e Guardas Aduaneiros e so- alcance importâncias correspondente à soma
mente quando tenham os mesmos exercido do vencimento básico e da diferença de venci-
ação direta, imediata e pessoal na obtenção mento.
de elementos destinados à instauração de
autos de infração ou início de processos Art. 106. Fica extinta a Comissão de Classifi-
para cobrança dos débitos respectivos. cação de Cargos transferindo-se ao DASP, seu
acervo, documentação, recursos orçamentários
II – O regime de remuneração, previsto na e atribuições.
Lei nº 1.711, de 28 de outubro de 1952,
continuará a ser aplicado exclusivamen- Art. 107. A fim de permitir a revisão da legisla-
te aos Agentes Fiscais de Rendas Internas, ção e das normas regulamentares relativas ao
Agentes Fiscais do Imposto de Renda, Agen- pessoal do Serviço Público Civil, nos termos do
tes Fiscais do Imposto Aduaneiro, Fiscais disposto no art. 94, da presente Lei, suspen-
Auxiliares de Impostos Internos e Guardas dem-se nesta data as readaptações de funcio-
Aduaneiros. nários que ficam incluídas na competência do
DASP.
III – A partir da data da presente lei, fica ex-
tinto o regime de remuneração instituído a Art. 108. O funcionário, em regime de tempo
favor dos Exatores Federais, Auxiliares de integral e dedicação exclusiva, prestará serviços
Exatorias e Fiéis do Tesouro. em dois turnos de trabalho, quando sujeito a
expediente diário.
IV – (Revogado pela Lei nº 5.421, de
25/4/1968) Parágrafo único. Incorrerá em falta grave,
punível com demissão, o funcionário que
V – A participação, através do Fundo de Estí- perceber a vantagem de que trata este ar-
mulo, e bem assim as percentagens a que se tigo e não prestar serviços correspondentes
referem o art. 64 da Lei nº 3.244, de 14 de e bem assim o chefe que atestar a prestação
agosto de 1957, o art. 109 da Lei nº 3.470, irregular dos serviços.
de 28 de novembro de 1958, os artigos 8º,
§ 2º e 9º da Lei nº 3.756, de 20 de abril de Art. 109. Fica revogada a legislação que permi-
1960, e o § 6º do art. 32 do Decreto-Lei nº te a agregação de funcionários em cargos em
147, de 3 de fevereiro de 1967, ficam tam- comissão e em funções gratificadas, mantidos
bém extintos. os direitos daqueles que, na data desta Lei, ha-
jam completado as condições estipuladas em lei
www.acasadoconcurseiro.com.br 1397
para a agregação, e não manifestem, expressa- CAPÍTULO III
mente, o desejo de retornarem aos cargos de DO DEPARTAMENTO
origem.
ADMINISTRATIVO DO PESSOAL CIVIL
Parágrafo único. Todo agregado é obrigado
a prestar serviços, sob pena de suspensão Art. 115. O Departamento Administrativo do
dos seus vencimentos. Serviço Público (DASP) é o órgão central do sis-
tema de pessoal, responsável pelo estudo, for-
Art. 110. Proceder-se-á à revisão dos cargos em mulação de diretrizes, orientação, coordenação,
comissão e das funções gratificadas da Adminis- supervisão e controle dos assuntos concernen-
tração Direta e das autarquias, para supressão tes à administração do Pessoal Civil da União.
daqueles que não corresponderem às estritas (Vide art. 1º da Lei nº 6.228, de 15/7/1975)
necessidades dos serviços, em razão de sua es-
trutura e funcionamento. Parágrafo único. Haverá em cada Ministério
um órgão de pessoal integrante do sistema
Art. 111. A colaboração de natureza eventual à de pessoal.
Administração Pública Federal sob a forma de
prestação de serviços, retribuída mediante re- Art. 116. Ao Departamento Administrativo do
cibo, não caracteriza, em hipótese alguma, vín- Serviço Público (DASP) incumbe: (Vide art. 1º
culo empregatício com o Serviço Público Civil, e Lei nº 6.228, de 15/7/1975)
somente poderá ser atendida por dotação não I – Cuidar dos assuntos referentes ao pesso-
classificada na rubrica "PESSOAL", e nos limites al civil da União, adotando medidas visando
estabelecidos nos respectivos programas de tra- ao seu aprimoramento e maior eficiência.
balho.
II – Submeter ao Presidente da República os
Art. 112. O funcionário que houver atingido a projetos de regulamentos indispensáveis à
idade máxima (setenta anos) prevista para apo- execução das leis que dispõem sobre a fun-
sentadoria compulsória não poderá exercer car- ção pública e os servidores civis da União.
go em comissão ou função gratificada, nos qua-
dros dos Ministérios, do DASP e das autarquias. III – Zelar pela observância dessas leis e re-
gulamentos, orientando, coordenando e fis-
Art. 113. Revogam-se na data da publicação da calizando sua execução, e expedir normas
presente lei, os Arts. 62 e 63 da Lei nº 1.711, de gerais obrigatórias para todos os órgãos.
28 de outubro de 1952, e demais disposições le-
gais e regulamentares que regulam as readmis- IV – Estudar e propor sistema de classifica-
sões no serviço público federal. ção e de retribuição para o serviço civil ad-
ministrando sua aplicação.
Art. 114. O funcionário público ou autárquico
que, por força de dispositivo legal, puder mani- V – Recrutar e selecionar candidatos para
festar opção para integrar quadro de pessoal de os órgãos da Administração Direta e autar-
qualquer outra entidade e por esta aceita, terá quias, podendo delegar, sob sua orientação,
seu tempo de serviço anterior, devidamente fiscalização e controle a realização das pro-
comprovado, averbado na instituição de previ- vas o mais próximo possível das áreas de re-
dência, transferindo-se para o INPS as contribui- crutamento.
ções pagas ao IPASE.
VI – Manter estatísticas atualizadas sobre os
servidores civis, inclusive os da Administra-
ção Indireta.
VII – Zelar pela criteriosa aplicação dos prin-
cípios de administração de pessoal com vis-
1398 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Pública – Decreto Lei 200-67 – Prof. Mateus Silveira
www.acasadoconcurseiro.com.br 1399
§ 1º As funções a que se refere este artigo, confiança. (Artigo com redação dada pelo
caracterizadas pelo alto nível de especifi- Decreto-Lei nº 900, de 29/9/1969)
cidade, complexidade e responsabilidade,
serão objeto de rigorosa individualização e Art. 124. O disposto no presente Capítulo po-
a designação para o seu exercício somente derá ser estendido, por decreto, a funções da
poderá recair em pessoas de comprovada mesma natureza vinculadas aos Ministérios Mi-
idoneidade, cujas qualificações, capacidade litares e órgãos integrantes da Presidência da
e experiência específicas sejam examina- República. (Artigo com redação dada pela Lei nº
das, aferidas e certificadas por órgão pró- 6.720, de 12/11/1979)
prio, na forma definida em regulamento.
(Parágrafo acrescido pelo Decreto-Lei nº
900, de 29/9/1969) TÍTULO XII
§ 2º O exercício das atividades de que trata Das Normas Relativas a Licitações
este artigo revestirá a forma de locação de Para Compras, Obras, Serviços a
serviços regulada mediante contrato indi-
vidual, em que se exigirá tempo integral e Alienações
dedicação exclusiva, não se lhe aplicando (Revogado pelo Decreto-Lei nº 2.300, de
o disposto no artigo 35 do Decreto-Lei nú- 21/11/1986)
mero 81, de 21 de dezembro de 1966, na
redação dada pelo artigo 1º do Decreto-Lei Arts. 125. a 144. (Revogados pelo Decreto-
número 177, de 16 de fevereiro de 1967. -Lei nº 2.300, de 21/11/1986)
(Parágrafo acrescido pelo Decreto-Lei nº
900, de 29/9/1969)
§ 3º A prestação dos serviços a que alude TÍTULO XIII
este artigo será retribuída segundo crité-
rio fixado em regulamento, tendo em vis- Da Reforma Administrativa
ta a avaliação de cada função em face das Art. 145. A Administração Federal será objeto
respectivas especificações, e as condições de uma reforma de profundidade para ajustá-la
vigentes no mercado de trabalho. (Pará- às disposições da presente lei e, especialmente,
grafo acrescido pelo Decreto-Lei nº 900, de às diretrizes e princípios fundamentais enuncia-
29/9/1969) dos no Título II, tendo-se como revogadas, por
Art. 123. O servidor público designado para as força desta Lei, e à medida que sejam expedi-
funções de que trata o artigo anterior ficará dos os atos a que se refere o art. 146, parágrafo
afastado do respectivo cargo ou emprego en- único, alínea b , as disposições legais que forem
quanto perdurar a prestação de serviços, dei- com ela colidentes ou incompatíveis.
xando de receber o vencimento ou salário cor- Parágrafo único. A aplicação da presente Lei
respondente ao cargo ou emprego público. deverá objetivar, prioritariamente, a exe-
Parágrafo único. Poderá a designação para cução ordenada dos serviços da Adminis-
o exercício das funções referidas no artigo tração Federal, segundo os princípios nela
anterior recair em ocupante de função de enunciados e com apoio na instrumentação
confiança ou cargo em comissão direta- básica adotada, não devendo haver solução
mente subordinados ao Ministro de Estado, de continuidade.
caso em que deixará de receber, durante o Art. 146. A Reforma Administrativa, iniciada
período de prestação das funções de asses- com esta Lei, será realizada por etapas, à medi-
soramento superior, o vencimento ou grati-
ficação do cargo em comissão ou função de
1400 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Pública – Decreto Lei 200-67 – Prof. Mateus Silveira
www.acasadoconcurseiro.com.br 1401
TÍTULO XIV vênios com entidades públicas e privadas,
existentes na comunidade.
Das Medidas Especiais § 3º (Revogado pela Lei nº 6.118, de
de Coordenação 9/10/1974)
1402 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Pública – Decreto Lei 200-67 – Prof. Mateus Silveira
www.acasadoconcurseiro.com.br 1403
XIII – Representante do Ministério da Aero- TÍTULO XV
náutica. (Inciso acrescido pela Lei nº 5.396,
de 20/2/1968) Das Disposições Gerais
Parágrafo único. O Departamento Nacio-
nal de Telecomunicações passa a integrar,
como Órgão Central (art. 22, inciso II), o Mi-
nistério das Comunicações. CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS
Art. 166. A exploração dos troncos interurba-
nos, a cargo da Empresa Brasileira de Telecomu- Art. 170. O Presidente da República, por motivo
nicações, poderá, conforme as conveniências relevante de interesse público, poderá avocar e
econômicas e técnicas do serviço, ser feita di- decidir qualquer assunto na esfera da Adminis-
retamente ou mediante contrato, delegação ou tração Federal.
convênio.
Art. 171. A Administração dos Territórios Fede-
Parágrafo único. A Empresa Brasileira de rais, vinculados ao Ministério do Interior, exer-
Telecomunicações poderá ser acionista de cer-se-á através de programas plurianuais, con-
qualquer das empresas com que tiver tráfe- cordantes em objetivos e etapas com os planos
go-mútuo. gerais do Governo Federal.
Art. 167. Fica o Poder Executivo autorizado a Art. 172. O Poder Executivo assegurará auto-
transformar o Departamento dos Correios e Te- nomia administrativa e financeira, no grau con-
légrafos em entidade de Administração Indire- veniente aos serviços, institutos e estabeleci-
ta, vinculada ao Ministério das Comunicações. mentos incumbidos da execução de atividades
(Vide Decreto-Lei nº 509, de 20/3/1969) de pesquisa ou ensino ou de caráter industrial,
comercial ou agrícola, que por suas peculiari-
dades de organização e funcionamento, exijam
tratamento diverso do aplicável aos demais ór-
CAPÍTULO VI gãos da administração direta, observada sem-
DA INTEGRAÇÃO DAS FORÇAS pre a supervisão ministerial. ("Caput" do artigo
ARMADAS com redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de
29/9/1969)
Art. 168. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 900, de
§ 1º Os órgãos a que se refere este artigo
29/9/1969)
terão a denominação genérica de Órgãos
Art. 169. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 900, de Autônomos. (Parágrafo único transforma-
29/9/1969) do em § 1º pelo Decreto-Lei nº 900, de
29/9/1969)
§ 2º Nos casos de concessão de autonomia
financeira, fica o Poder Executivo autoriza-
do a instituir fundos especiais de natureza
contábil, a cujo crédito se levarão todos os
recursos vinculados às atividades do órgão
autônomo, orçamentários e extra-orçamen-
tários, inclusive a receita própria. (Parágra-
fo acrescido pelo Decreto-Lei nº 900, de
29/9/1969)
1404 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Pública – Decreto Lei 200-67 – Prof. Mateus Silveira
Art. 173. Os atos de provimento de cargos pú- Parágrafo único. Excetuam-se do disposto
blicos ou que determinarem sua vacância assim neste artigo os órgãos incumbidos do jul-
como os referentes a pensões, aposentadorias gamento de litígios fiscais e os legalmente
e reformas, serão assinados pelo Presidente da competentes para exercer atribuições nor-
República ou, mediante delegação deste, pelos mativas e decisórias relacionadas com os
Ministros de Estado, conforme se dispuser em impostos de importação e exportação, e
regulamento. medidas cambiais correlatas.
Art. 174. Os atos expedidos pelo Presidente da Art. 178. As autarquias, as empresas públicas e
República ou Ministros de Estado, quando se re- as sociedades de economia mista, integrantes
ferirem a assuntos da mesma natureza, poderão da Administração Federal Indireta, bem assim
ser objeto de um só instrumento, e o órgão ad- as fundações criadas pela União ou mantidas
ministrativo competente expedirá os atos com- com recursos federais, sob supervisão ministe-
plementares ou apostilas. rial, e as demais sociedades sob o controle dire-
to ou indireto da União, que acusem a ocorrên-
Art. 175. Para cada órgão da Administração Fe- cia de prejuízos, estejam inativas, desenvolvam
deral, haverá prazo fixado em regulamento para atividades já atendidas satisfatoriamente pela
as autoridades administrativas exigirem das iniciativa privada ou não previstas no objeto so-
partes o que se fizer necessário à instrução de cial, poderão ser dissolvidas ou incorporadas a
seus pedidos. outras entidades, a critério e por ato do Poder
§ 1º As partes serão obrigatoriamente no- Executivo, resguardados os direitos assegura-
tificadas das exigências, por via postal, sob dos, aos eventuais acionistas minoritários, nas
registro, ou por outra forma de comunica- leis e atos constitutivos de cada entidade. (Arti-
ção direta. go com redação dada pelo Decreto-Lei nº 2.299,
de 21/11/1986)
§ 2º Satisfeitas as exigências, a autoridade
administrativa decidirá o assunto no prazo Art. 179. Observado o disposto no art. 13 da Lei
fixado pelo regulamento, sob pena de res- nº 4.320, de 17 de março de 1964, o Ministério
ponsabilização funcional. do Planejamento e Coordenação Geral atualiza-
rá, sempre que se fizer necessário, o esquema
Art. 176. Ressalvados os assuntos de caráter si- de discriminação ou especificação dos elemen-
giloso, os órgãos do Serviço Público estão obri- tos da despesa orçamentária.
gados a responder às consultas feitas por qual-
quer cidadão, desde que relacionadas com seus Art. 180. As atribuições previstas nos arts. 111
legítimos interesses e pertinentes a assuntos a 113, da Lei número 4.320, de 17 de março de
específicos da repartição. 1964, passam para a competência do Ministério
do Planejamento e Coordenação Geral.
Parágrafo único. Os chefes de serviço e os
servidores serão solidariamente responsá- Art. 181. Para os fins do Título XIII desta Lei, po-
veis pela efetivação de respostas em tempo derá o Poder Executivo:
oportuno. I – Alterar a denominação de cargos em co-
Art. 177. Os conselhos, comissões e outros ór- missão.
gãos colegiados que contarem com a repre- II – Reclassificar cargos em comissão, res-
sentação de grupos ou classes econômicas di- peitada a tabela de símbolos em vigor.
retamente interessados nos assuntos de sua
competência, terão funções exclusivamente de III – Transformar funções gratificadas em
consulta, coordenação e assessoramento, sem- cargos em comissão, na forma da lei.
pre que àquela representação corresponda um
número de votos superior a um terço do total.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1405
IV – Declarar extintos os cargos em comis- com exceção dos previstos em órgãos próprios
são que não tiverem sido mantidos, altera- do Conselho de Segurança Nacional.
dos ou reclassificados até 31 de dezembro
de 1968. § 1º Na Administração Federal, os cargos
públicos civis, de provimento em comissão
Art. 182. Nos casos dos incisos II e III do art. 5º ou em caráter efetivo, as funções de pessoal
e no do inciso I do mesmo artigo, quando se tra- temporário, de obras e os demais empregos
tar de serviços industriais, o regime de pessoal sujeitos à legislação trabalhista, podem ser
será o da Consolidação das Leis do Trabalho; exercidos por qualquer pessoa que satisfaça
nos demais casos, o regime jurídico do pessoal os requisitos legais.
será fixado pelo Poder Executivo.
§ 2º Cargo militar é aquele que, de confor-
Art. 183. As entidades e organizações em ge- midade com as disposições legais ou qua-
ral, dotadas de personalidade jurídica de direito dros de efetivos das Forças Armadas, só
privado, que recebem contribuições parafiscais pode ser exercida por militar em serviço ati-
e prestam serviços de interesse público ou so- vo.
cial, estão sujeitas à fiscalização do Estado nos
termos e condições estabelecidas na legislação
pertinente a cada uma.
CAPÍTULO II
Art. 184. Não haverá, tanto em virtude da pre-
DOS BANCOS OFICIAIS DE CRÉDITO
sente Lei como em sua decorrência, aumento
de pessoal nos quadros de funcionários civis e Art. 189. Sem prejuízo de sua subordinação téc-
nos das Forças Armadas. nica à autoridade monetária nacional, os esta-
Art. 185. Incluem-se na responsabilidade do belecimentos oficiais de crédito manterão a se-
Ministério da Indústria e do Comércio a super- guinte vinculação:
visão dos assuntos concernentes à indústria si- I – Ministério da Fazenda
derúrgica, à indústria petroquímica, à indústria
automobilística, à indústria naval e à indústria •• Banco Central do Brasil (Vide Decreto-
aeronáutica. -Lei nº 278, de 28/2/1967)
•• Banco do Brasil
Art. 186. A Taxa de Marinha Mercante, desti- •• Caixas Econômicas Federais
nada a proporcionar à frota mercante brasileira
melhores condições de operação e expansão, II – Ministério da Agricultura
será administrada pelo Órgão do Ministério dos
•• Banco Nacional do Crédito Cooperativo
Transportes, responsável pela navegação maríti-
(Vide Decreto nº 99.192, de 21/3/1990)
ma e interior.
III – Ministério do Interior
Art. 187. A Coordenação do Desenvolvimento
de Brasília (CODEBRÁS) passa a vincular-se ao •• Banco de Crédito da Amazônia
Ministro responsável pela Reforma Administra- •• Banco do Nordeste do Brasil
tiva. •• Banco Nacional da Habitação (Vide De-
creto-Lei nº 2.291, de 21/11/1986)
Art. 188. Toda pessoa natural ou jurídica – em
particular, o detentor de qualquer cargo públi- IV – Ministério do Planejamento e Coorde-
co – é responsável pela Segurança Nacional, nos nação Geral
limites definidos em lei. Em virtude de sua natu-
reza ou da pessoa do detentor, não há cargo, ci- •• Banco Nacional do Desenvolvimento
vil ou militar, específico de segurança nacional, Econômico.
1406 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Pública – Decreto Lei 200-67 – Prof. Mateus Silveira
Art. 190. É o Poder Executivo autorizado a ins- Art. 196. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 900, de
tituir, sob a forma de fundação, o Instituto de 29/9/1969)
Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), com a fina- Art. 197. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 900, de
lidade de auxiliar o Ministro de Estado da Eco- 29/9/1969)
nomia, Fazenda e Planejamento na elaboração
e no acompanhamento da política econômica
e promover atividade de pesquisa econômica
aplicada nas áreas fiscal, financeira, externa e CAPÍTULO V
de desenvolvimento setorial. DO MINISTÉRIO DAS
Parágrafo único. O instituto vincular-se-á ao RELAÇÕES EXTERIORES
Ministério da Economia, Fazenda e Planeja-
mento. (Artigo com redação dada pela Lei Art. 198. Levando em conta as peculiaridades
nº 8.029, de 12/4/1990) do Ministério das Relações Exteriores, o Poder
Executivo adotará a estrutura orgânica e fun-
Art. 191. Fica o Ministério do Planejamento e cional estabelecida pela presente Lei, e, no que
Coordenação Geral autorizado, se o Governo couber, o disposto no seu Título XI.
julgar conveniente, a incorporar as funções de
financiamento de estudo e elaboração de proje-
tos e de programas do desenvolvimento econô-
mico, presentemente afetos ao Fundo de Finan- CAPÍTULO VI
ciamento de Estudos e Projetos (FINEP), criado DOS NOVOS MINISTÉRIOS
pelo Decreto nº 55.820, de 8 de março de 1965, E DOS CARGOS
constituindo para esse fim uma empresa públi-
ca, cujos estatutos serão aprovados por decre- Art. 199. Ficam criados:
to, e que exercerá todas as atividades correlata-
das de financiamento de projetos e programas I – (Revogado pela Lei nº 6.036, de
e de prestação de assistência técnica essenciais 1/5/1974)
ao planejamento econômico e social, podendo II – O Ministério do Interior, com absorção
receber doações e contribuições e contrair em- dos órgãos subordinados ao Ministro Extra-
préstimos de fontes internas e externas. ordinário para Coordenação dos Organis-
mos Regionais.
III – O Ministério das Comunicações, que
CAPÍTULO IV absorverá o Conselho Nacional de Teleco-
DOS SERVIÇOS GERAIS municações, o Departamento Nacional de
Telecomunicações e o Departamento dos
Art. 192. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 900, de Correios e Telégrafos. (Vide Decreto-Lei nº
29/9/1969) 509, de 20/3/1969)
Art. 193. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 900, de Art. 200. O Ministério da Justiça e Negócios In-
29/9/1969) teriores passa a denominar-se Ministério da Jus-
tiça.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1407
Art. 201. O Ministério da Viação e Obras Públi- II – Secretário-Geral e Inspetor-Geral de Fi-
cas passa a denominar-se Ministério dos Trans- nanças: Símbolo 1-C.
portes.
III – Consultor Jurídico: igual ao dos Consul-
Art. 202. O Ministério da Guerra passa a deno- tores Jurídicos dos Ministérios existentes.
minar-se Ministério do Exército.
IV – Diretor do Centro de Aperfeiçoamento:
Art. 203. O Poder Executivo expedirá os atos Símbolo 2-C.
necessários à efetivação do disposto no Artigo
199, observadas as normas da presente Lei. V – Diretor -Geral do Departamento de Ser-
viços Gerais: Símbolo 1-C.
Art. 204. Fica alterada a denominação dos car-
gos de Ministro de Estado da Justiça e Negócios Parágrafo único. O cargo de Diretor-Geral
Interiores, Ministro de Estado da Viação e Obras do Departamento Administrativo do Serviço
Públicas e Ministro de Estado da Guerra, para, Público (DASP), Símbolo 1-C, passa a deno-
respectivamente, Ministro de Estado da Justiça, minar-se Diretor-Geral do Departamento
Ministro de Estado dos Transportes e Ministro Administrativo do Serviço Público (DASP),
de Estado do Exército. Símbolo 1-C. (Vide art. 1º Lei nº 6.228, de
15/7/1975)
Art. 205. Ficam criados os seguintes cargos:
Art. 207. Os Ministros de Estado Extraordinários
I – Ministros de Estado do Interior, das Co- instituídos no Artigo 37 desta Lei terão o mesmo
municações e do Planejamento e Coordena- vencimento, vantagens e prerrogativas dos de-
ção Geral. mais Ministros de Estado.
II – Em comissão: Art. 208. Os Ministros de Estado, os Chefes dos
Gabinetes Civil e Militar da Presidência da Re-
a) Em cada Ministério Civil, Secretário-Ge- pública e o Chefe do Serviço Nacional de Infor-
ral, e Inspetor-Geral de Finanças. mações perceberão uma representação mensal
b) Consultor Jurídico, em cada um dos Mi- correspondente a 50% (cinquenta por cento)
nistérios seguintes: Interior, Comunicações, dos vencimentos.
Minas e Energia, e Planejamento e Coorde- Parágrafo único. Os Secretários-Gerais per-
nação Geral. ceberão idêntica representação mensal cor-
c) Diretor do Centro de Aperfeiçoamento, respondente a 30% (trinta por cento) dos
no Departamento Administrativo do Serviço seus vencimentos.
Público (DASP). (Vide art. 1º Lei nº 6.228, de
15/7/1975)
TÍTULO XVI
d) Diretor-Geral do Departamento dos Ser-
viços Gerais, no Ministério da Fazenda. Das Disposições Transitórias
Parágrafo único. À medida que se forem va-
Art. 209. Enquanto não forem expedidos os res-
gando, os cargos de Consultor Jurídico atu-
pectivos regulamentos e estruturados seus ser-
almente providos em caráter efetivo passa-
viços, o Ministério do Interior, o Ministério do
rão a sê-lo em comissão.
Planejamento e Coordenação Geral e o Ministé-
Art. 206. Ficam fixados da seguinte forma os rio das Comunicações ficarão sujeitos ao regime
vencimentos dos cargos criados no Art. 205: de trabalho pertinente aos Ministérios Extraor-
dinários que antecederam os dois primeiros da-
I – Ministro de Estado: igual aos dos Minis- queles Ministérios no que concerne ao pessoal,
tros de Estado existentes.
1408 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Pública – Decreto Lei 200-67 – Prof. Mateus Silveira
à execução de serviços e à movimentação de re- § 1º Até a instalação dos órgãos centrais in-
cursos financeiros. cumbidos da administração financeira, con-
tabilidade e auditoria, em cada Ministério
Parágrafo único. O Poder Executivo expe- (art. 22), serão enviados ao Tribunal de Con-
dirá decreto para consolidar as disposições tas, para o exercício da auditoria financeira:
regulamentares que em caráter transitório,
deverão prevalecer. a) pela Comissão de Programação Financei-
ra do Ministério da Fazenda, os atos relati-
Art. 210. O atual Departamento Federal de Se- vos à programação financeira de desembol-
gurança Pública passa a denominar-se Departa- so;
mento de Polícia Federal, considerando-se auto-
maticamente substituída por esta denominação b) pela Contadoria Geral da República e pe-
a menção à anterior constante de quaisquer leis las Contadorias Seccionais, os balancetes de
ou regulamentos. receita e despesa;
Art. 211. O Poder Executivo introduzirá, nas c) pelas repartições competentes, o rol de
normas que disciplinam a estruturação e funcio- responsáveis pela guarda de bens, dinheiros
namento das entidades da Administração Indi- e valores públicos e as respectivas tomadas
reta, as alterações que se fizerem necessárias à de conta, nos termos da legislação anterior
efetivação do disposto na presente Lei, conside- à presente Lei.
rando-se revogadas todas as disposições legais
colidentes com as diretrizes nela expressamen- § 2º Nos Ministérios Militares, cabe aos ór-
te consignadas. gãos que forem discriminados em decreto
as atribuições indicadas neste artigo.
Art. 212. O atual Departamento Administrativo
do Serviço Público (DASP) é transformado em Art. 215. Revogam-se as disposições em contrá-
Departamento Administrativo do Pessoal Civil rio.
(DASP), com as atribuições que, em matéria de
administração de pessoal, são atribuídas pela
presente Lei ao novo órgão. (Vide art. 1º da Lei
nº 6.228, de 15/7/1975)
Art. 213. Fica o Poder Executivo autorizado,
dentro dos limites dos respectivos créditos, a
expedir decretos relativos às transferências que
se fizerem necessárias de dotações do orçamen-
to ou de créditos adicionais requeridos pela
execução da presente Lei.
TÍTULO XVII
Das Disposições Finais
Art. 214. Esta Lei entrará em vigor em 15 de
março de 1967, observado o disposto nos pará-
grafos do presente artigo e ressalvadas as dispo-
sições cuja vigência, na data da publicação, seja
por ela expressamente determinada.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1409
Administração Pública
www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração
É importante que a organização perceba como cada uma dessas comunicações impacta na sua
atividade, da mesma forma como suas comunicações ou até mesmo a falta de comunicação
adequada impacta na relação com esses públicos.
O processo básico das comunicações possui um emissor e um receptor, uma mensagem e um
meio pelo qual a mensagem é lançada. Além disso, toda comunicação possui ruídos. Abaixo,
apresentamos o processo básico das comunicações, não só entre as empresas e os clientes,
mas de uma maneira geral:
www.acasadoconcurseiro.com.br 1413
Figura 1- Processo de Comunicação
A velocidade é uma marca da comunicação moderna. Num modelo de gestão eficaz, a
comunicação assumiu uma sistemática inovadora e integrada em que o receptor é, ao mesmo
tempo, emissor e veículo. No mundo globalizado, é preciso codificar as informações com muito
mais rapidez, para conseguir um "feedback" positivo.
Para uma empresa se manter competitiva e prosperar, é necessário ter uma comunicação
eficaz não somente com o público externo, mas também, e principalmente, em seus ambientes
internos de trabalho. É provável que a maior parte das atividades diárias nas organizações sejam
de comunicação, como pessoas criando, planejando e trabalhando juntas. Com a valorização
das relações humanas dentro das empresas, a comunicação tornou-se estratégia básica na
busca de eficiência e de resultados nos negócios.
Por outro lado, são poucas as organizações e indivíduos que percebem e dominam a
comunicação como uma ferramenta precisa e eficiente.
Com o mundo globalizado e a concorrência que cerca as empresas, a comunicação tornou-se
diferencial para que os funcionários sintam-se envolvidos nos processos e mudanças que as
empresas vêm desenvolvendo no intuito de alcançar a qualidade total. Comunicar tornou-se
sinônimo de redução de custos, otimização de recursos e agilidade na implantação de novos
processos produtivos, através de informações claras, diretas e concisas.
Para que seja possível visualizar as atividades de comunicação da empresa, são listadas abaixo
as áreas e subáreas de da comunicação organizacional integrada.
•• Comunicação Mercadológica: Propaganda, Promoção, Vendas, Feiras e exposições,
Marketing Direto, Merchandising e Venda Pessoal.
•• Comunicação Institucional: Marketing social, Marketing Cultural, Assessoria de Imprensa
e Publicidade Institucional.
•• Comunicação interna: Fluxos informativos, Redes formais e informais e Mídias Internas.
Em todas essas comunicações é necessário que haja a visão de longo prazo, planejamento e
alinhamento com a visão global da empresa.
1414 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Comunicação como Ferramenta de Gestão – Profª Amanda Lima Tegon
A comunicação empresarial assume cada vez mais uma identidade global, obrigando das
empresas o constante repasse de informações de nível corporativo para os diversos públicos
com que a empresa se relaciona, principalmente seus funcionários. Para que os gestores
consigam gerir de forma funcional a comunicação dentro das organizações, é importante:
4. Utilizar todos canais de linguagem – corporais, orais e escritos – , de forma a atingir todos
os níveis hierárquicos dentro da organização.
5. Manter canais de comunicação que permitam obter informações relevantes (SAC, FAQ,
Ouvidoria).
Referências
EMPRESA ÁGIL COMUNICAÇÃO E NEGÓCIOS. Comunicação Empresarial: Conceito, aplicação,
importância. Disponível em < www.empresaagil.com.br >
KUNSCH, Margarida M.K. Planejamento de relações públicas na comunicação integrada. São
Paulo: Summus Editorial, 2003.
MELO, Luiz Roberto Dias de. Comunicação Empresarial. Curitiba: IESDE Brasil, 2012.
OLIVEIRA, Marcus Eduardo. A comunicação como ferramenta de gestão – estudo de caso na
General Motors do Brasil – unidade de São José dos Campos. Disponível em < http://www.
ppga.com.br/mba/2003/gen/oliveira-marcus_eduardo_de.pdf>
www.acasadoconcurseiro.com.br 1415
Slides – Comunicação como Ferramenta de Gestão
Comunicação
SIndicatos ONGs
Acionistas/
Poderes públicos
proprietários
Associações e
Clientes
entidades de Classe
Imprensa Concorrentes
Instituições
Comunidade Fornecedores
financeiras
1416 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Comunicação como Ferramenta de Gestão – Profª Amanda Lima Tegon
Comunicação atual
ü Velocidade da informação
ü Quantidade de canais
ü Comunicação tem relação direta
com competitividade
ü Comunicação está em todas as
empresas
ü É fundamental para a eficiência e
resultados nos negócios
www.acasadoconcurseiro.com.br 1417
Poucas organizações e indivíduos
percebem e dominam a
comunicação como uma
ferramenta precisa e eficiente.
Ferramenta estratégica
ü Diferencial
ü Contribui para que funcionários
sintam-se envolvidos
ü Auxilia na redução de custos
ü Possibilita otimização de recursos
ü Pode dar mais agilidade à empresa
1418 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Comunicação como Ferramenta de Gestão – Profª Amanda Lima Tegon
Áreas da Comunicação
Empresarial
• Propaganda e Promoção
• Feiras e exposições
Comunicação
• Marketing Direto
Mercadológica
• Merchandising
• Venda Pessoal
• Marketing social
Comunicação • Marketing Cultural
Institucional • Assessoria de Imprensa
• Publicidade Institucional
• Fluxos informativo
Comunicação
• Redes formais e informais
interna
• Mídias Internas
www.acasadoconcurseiro.com.br 1419
Como usar a Comunicação de maneira
estratégica?
1420 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Comunicação como Ferramenta de Gestão – Profª Amanda Lima Tegon
www.acasadoconcurseiro.com.br 1421
Administração Pública
www.acasadoconcurseiro.com.br
Ética
MORAL E ÉTICA
MORAL E DIREITO
•• As relações sociais são reguladas por normas jurídicas e normas morais.
•• As normas e os regulamentos têm caráter imperativo, porque se impõem a todos os
membros de uma determinada sociedade. São anteriores aos indivíduos.
•• Norma Jurídica: Está vinculada com o Direito e o Estado.
Possui um caráter exterior e coercitivo.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1425
•• Norma Moral: Está vinculada às convicções pessoais de cada indivíduo.
Possui um caráter interior e depende de escolhas subjetivas.
MORAL E LIBERDADE
•• Determinismo: no seu extremo afirma que não existe liberdade. O comportamento humano
está sujeito a determinações biológicas, históricas, culturais, etc.
•• Livre arbítrio: na sua versão mais radical nega as determinações ou as reconhece mas
entende que, em última instância, o homem é um ser totalmente livre.
•• Dialética liberdade/determinação: Considera as determinações biológicas e culturais, mas
acredita que, quanto mais se eleva o nível de consciência dessas determinações tanto
mais se amplia o espaço de liberdade do homem. A liberdade, de acordo com a concepção
dialética, teria caráter histórico e seria a consciência da necessidade.
1426 www.acasadoconcurseiro.com.br
Ética – Moral e Ética – Prof. Edir Vieira
TIPOS DE ÉTICA
I – A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos princípios morais são primados
maiores que devem nortear o servidor público, seja no exercício do cargo ou função, ou fora
dele, já que refletirá o exercício da vocação do próprio poder estatal. Seus atos, comportamentos
e atitudes serão direcionados para a preservação da honra e da tradição dos serviços públicos.
II – O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta. Assim,
não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o
inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o desonesto.
III – A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o mal,
devendo ser acrescida da idéia de que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio entre a
legalidade e a finalidade, na conduta do servidor público, é que poderá consolidar a moralidade
do ato administrativo.
IV – A remuneração do servidor público é custeada pelos tributos pagos direta ou indiretamente
por todos, até por ele próprio, e por isso se exige, como contrapartida, que a moralidade
administrativa se integre no Direito, como elemento indissociável de sua aplicação e de sua
finalidade, erigindo-se, como conseqüência em fator de legalidade.
V – O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a comunidade deve ser entendido
como acréscimo ao seu próprio bem-estar, já que, como cidadão, integrante da sociedade, o
êxito desse trabalho pode ser considerado como seu maior patrimônio.
VI – A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, se integra na vida
particular de cada servidor público. Assim, os fatos e atos verificados na conduta do dia-a-dia
em sua vida privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional.
VII – Salvo os casos de segurança nacional, investigações policiais ou interesse superior do
Estado e da Administração Pública, a serem preservados em processo previamente declarado
www.acasadoconcurseiro.com.br 1427
sigiloso, nos termos da lei, a publicidade de qualquer ato administrativo constitui requisito de
eficácia e moralidade, sua omissão constitui comprometimento ético contra o bem comum,
imputável a quem a negar.
VIII – Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-la ou falseá-la, ainda que
contrária aos interesses da própria pessoa interessada ou da Administração Pública. Nenhum
Estado pode crescer ou estabilizar-se sobre o hábito do erro, da opressão, ou da mentira, que
sempre aniquilam a dignidade humana e de uma Nação.
IX – A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados ao serviço público caracterizam
o esforço pela disciplina. Tratar mal uma pessoa que paga seus tributos direta ou indiretamente
significa causar-lhe dano moral. Da mesma forma, causar dano a qualquer bem pertencente ao
patrimônio público, deteriorando-o, por descuido ou má vontade, não constitui apenas uma
ofensa ao equipamento e às instalações ou ao Estado, mas a todos os homens de boa vontade
que dedicaram sua inteligência, seu tempo, suas esperanças e seus esforços para construí-los.
X – Deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de solução que compete ao setor em
que exerça suas funções, permitindo a formação de longas filas, ou qualquer outra espécie
de atraso na prestação do serviço, não caracteriza apenas atitude contra a ética ou ato de
desumanidade, mas principalmente grave dano moral aos usuários dos serviços públicos.
XI – 0 servidor deve prestar toda a sua atenção às ordens legais de seus superiores, velando
atentamente por seu cumprimento, e, assim, evitando a conduta negligente. Os repetidos
erros, o descaso e o acúmulo de desvios tornam-se, às vezes, difíceis de corrigir e caracterizam
até mesmo imprudência no desempenho da função pública.
XII – Toda ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho é fator de desmoralização
do serviço público, o que quase sempre conduz à desordem nas relações humanas.
XIII – 0 servidor que trabalha em harmonia com a estrutura organizacional, respeitando seus
colegas e cada concidadão, colabora e de todos pode receber colaboração, pois sua atividade
pública é a grande oportunidade para o crescimento e o engrandecimento da Nação.
1428 www.acasadoconcurseiro.com.br
Ética
•• SOFISTAS – Acreditavam num relativismo moral. O ceticismo dos sofistas os levava a afirmar
que, não existindo verdade absoluta, não poderiam existir valores que fossem validos
universalmente. A moral variaria para cada povo, cada indivíduo e cada circunstância,
tendo um caráter relativo e subjetivo.
•• SÓCRATES – O racionalismo ético, inaugurado por Sócrates acreditava na possibilidade
de construir uma moral universal valida, baseada no conhecimento da essência humana.
Para Sócrates, essencial no ser humano é a sua alma racional. Portanto, de acordo com a
concepção socrática, é na razão que devem fundamentar as normas e os costumes morais.
O homem que age conforme a razão age de maneira moralmente correta. Aquele que age
mal o faz por ignorância.
•• PLATÃO – As virtudes não podem ser ensinadas, pois já as trazemos ao nascer. A principal
virtude é a Ideia do Bem, que só se pode alcançar por meio da razão. O corpo, que pertence
ao mundo material e imperfeito desvia o homem do caminho do Bem Supremo. A alma,
que é eterna, traz consigo o conhecimento das virtudes, que precisam ser recordadas pelo
intelecto.
•• ARISTÓTELES – Ética mais realista, sem o dualismo corpo-alma platônico. A finalidade
do homem é a eudaimonia (felicidade). O bem-viver é obtido pelo bem-agir. A virtude se
aprende pelo hábito e é um meio termo (justa medida) entre dois vícios: a falta e o excesso.
A razão nos mostra a essência da felicidade e permite realizá-la de forma consciente.
Agir corretamente significa praticar as virtudes. Aristóteles entende que a ética é para o
indivíduo o que a política é para a sociedade.
•• ESTOICISMO – O princípio ético dos estóicos é a apathéia; a atitude de aceitação de tudo
que acontece porque faz parte de um plano superior guiado por uma razão universal.
Prega o distanciamento das questões públicas e políticas e a busca da paz interior e da
tranquilidade da alma. Estimula o conformismo, a resignação, a moderação, a austeridade
e indiferença frente à dor e ao sofrimento . Liberdade é aceitar a ordem natural.
•• EPICURISMO – Para os epicuristas, adeptos de uma concepção materialista, a felicidade
consiste na satisfação dos prazeres físicos. Seu princípio ético é a ataraxia, isso é a atitude
de desvio da dor e procura do prazer. O medo da morte é a principal fonte do sofrimento.
Busca da auto-suficiência e da tranquilidade da alma através dos prazeres que são perenes.
•• SANTO AGOTINHO – Adaptou o pensamento platônico ao cristianismo. Abandonou
o racionalismo ético e retomou a dicotomia corpo-alma. Centrou a busca da perfeição
moral no amor a Deus. Afirma a necessidade da elevação ascética para compreender os
desígnios de Deus. Para explicar a origem do mal, já que Deus é bondade infinita, Agostinho
www.acasadoconcurseiro.com.br 1429
introduziu a ideia de livre-arbítrio (noção de que cada indivíduo pode escolher aproximar-
se ou afasta-se de Deus).
•• SÃO TOMÁS DE AQUINO – A ética cristã medieval foi marcada pela subjetividade, pois
tratava a moral como relação entre Deus e o indivíduo, isolando-o de sua condição social.
São Tomás recuperou a noção aristotélica da felicidade como finalidade última da existência
humana sendo Deus a fonte de tal felicidade.
•• SPINOZA – Na Idade Moderna, o Renascimento e o Iluminismo promoveram uma retomada
do humanismo e do racionalismo que caracterizaram a cultura clássica. No terreno da ética
isso deu origem a uma nova concepção moral, baseada no principio da autonomia. Para
Spinoza Deus é imanente, isto é, não se distingue da natureza. A conduta ética exigiria um
entendimento da condição humana e a liberdade seria a consciência da necessidade.
•• KANT – Abandona os valores religiosos e coloca a razão como único fundamento para a
compreensão da natureza humana e da moral. Para Kant a razão humana é legisladora
e, portanto, capaz de elaborar normas universais (um imperativo categórico). Para ele as
noções de dever e liberdade se confundem; quando o indivíduo obedece uma norma moral
esta fazendo que o uso livre da razão determinou. A ética kantiana, formalista, desconsidera
questões objetivas.
•• HEGEL – As concepções éticas contemporâneas recusam qualquer fundamentação
Transcendental, centrando no homem concreto a origem dos valores e das normas morais.
Hegel questionou o formalismo da ética Kantiana e salientou os elementos históricos-
sociais que determinam o conteúdo da moralidade de cada época.
•• MARX – Entendia a moral como um produto social cuja finalidade é a regulação das
relações sociais. A moral seria uma forma de consciência própria de cada momento
histórico da existência social. Para Marx não existem, portanto, valores universais e tem
uma fundamentação ideológica, isto é, difunde valores necessários à manutenção de uma
determinada ordem social.
•• NIETZSCHE – Critica o racionalismo ético, afirmando que há um elemento repressor nessa
moral, que impede o pleno desenvolvimento da liberdade. Afirma que o cristianismo criou
uma moral de rebanho que valoriza a fraqueza e o conformismo. Propõe uma ética que
valorize forças vitais do homem.
•• SARTRE – A liberdade é o fundamento do ser humano. O homem é um ser inacabado,
em permanente construção. O ser humano é “condenado” a ser livre, isto é, precisa fazer
escolhas pelas quais se torna responsável.
•• HABERMAS – Busca os fundamentos da ética no campo da analise da linguagem. Em
oposição à razão instrumental iluminista, a razão comunicativa, que se constrói no dialogo
deve desenvolver uma ética discursiva fundada no consenso. Essa razão interpessoal e
democrática deve embasar a ética.
1430 www.acasadoconcurseiro.com.br
Ética
CIDADANIA E POLÍTICA
CIDADANIA
ÉTICA E POLÍTICA
POLÍTICA
•• A palavra vem do grego - pólis – cidade-estado, ou seja, cidade independente, com suas
próprias leis e constituição, com governo autônomo.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1431
•• Para Aristóteles, o homem é um ser político, isto é, a vida em sociedade seria próprio da
natureza humana, que pode ser entendida racionalmente.
•• Na concepção aristotélica a política seria uma continuação da ética, isto é, aplicação dos
princípios éticos à vida pública para buscar a felicidade humana e o bem comum.
CIDADANIA E POLÍTICA
POLÍTICA
•• Política se refere a arte ou ciência de governar a cidade, entendida como sociedade política.
Surgiu como busca da melhor maneira de organizar e dirigir a sociedade.
•• É o campo da atividade humana relacionada com os interesses coletivos, o Estado, a
administração pública e as questões da cidadania.
•• Na política moderna, além do princípio da realização do bem comum, herdado do
pensamento antigo, é preciso considerar também o fenômeno do poder.
POLÍTICA E PODER
PODER
•• A palavra tem origem no latim – potere – e pode significar posse ou capacidade.
•• Significa, basicamente, a capacidade ou força para mobilizar os recursos e os meios
(materiais, espirituais, humanos, etc.) necessários para atingir determinados fins ou
objetivos ou produzir certos efeitos.
•• Nas sociedades modernas a política constitui um instrumento de domínio social.
•• Tipos de poder social: poder econômico, poder ideológico, poder político.
1432 www.acasadoconcurseiro.com.br
Ética – Cidadania, Política e Democracia – Prof. Edir Vieira
ESTADO
•• A palavra tem origem no latim – status – com o significado de estar firme, no sentido de
permanência ou estabilidade de uma situação de convivência humana definida em termos
políticos.
•• Na definição tradicional formulada por Max Weber:
“O Estado é a instituição política que, dirigida por um governo soberano, reivindica o
monopólio do uso legitimo da força física em determinado território, subordinando os
membros da sociedade que nele vivem.”
ESTADO E GOVERNO
ESTADO
•• O Estado é constituído pelo conjunto das instituições e órgãos que representam o poder
político e os meios de coerção social: o governo, os parlamentos, as leis, os juízes e os
tribunais, o exército, a policia, etc.
•• O governo é o agente do Estado. O governo possui um caráter transitório, enquanto o
Estado é representado pelos elementos permanentes da ordem política.
•• Existem formas de governo (monarquia e república) e sistemas políticos diferentes que
caracterizam o funcionamento do Estado (presidencialismo, parlamentarismo).
ORIGEM DO ESTADO
•• As sociedades comunais primitivas não conheciam a existência do Estado, como uma
instituição permanente e as funções políticas não estavam bem definidas. O poder de
decisão não estava separado da sociedade. Predominava nas comunidades primitivas uma
autoridade natural ou patriarcal. Nas sociedades tribais, o chefe exercia funções militares e
religiosas e tinha o papel de mediador nas disputas que eventualmente ocorriam entre os
membros da comunidade.
•• O Estado surgiu com o aparecimento da civilização e das sociedades estratificadas, isto
é, divididas em classes sociais. Embora tenha sido um processo bastante complexo, sua
formação está relacionada com o aprofundamento da divisão social do trabalho e com
a separação de certas funções religiosas, militares e administrativas do trabalho braçal
e do esforço produtivo direto. Essas funções acabaram sendo assumidas por um grupo
específico de pessoas que passou a deter o poder, como classe dirigente.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1433
A FUNÇÃO DO ESTADO
EXISTEM DUAS GRANDES CONCEPÇÕES SOBRE O PAPEL DO ESTADO:
•• Concepção Liberal: A função do Estado seria agir como mediador dos conflitos entre
os indivíduos e diversos grupos que compõe a sociedade. O Estado deveria promover a
conciliação dos interesses divergentes dentro da sociedade, buscando sua harmonia. Entre
os pensadores liberais clássicos destacam-se John Locke e J.-J. Rousseau.
•• Concepção Marxista: A função do Estado seria garantir a dominação de uma classe sobre
o conjunto da sociedade. Embora se legitime por um consenso, obtido pela hegemonia
ideológica, seu papel seria, em última instância, proteger a propriedade privada e
reproduzir as relações de dominação na sociedade.
REGIMES POLÍTICOS
REGIME POLÍTICO: O termo se refere ao modo característico e específico pelo qual cada Estado
se relaciona com a sociedade civil. Essa relação pode ser caracterizada como um esquema
fechado (quando a relação entre governantes e governados é marcada pelo autoritarismo e
pela opressão) ou um esquema aberto (marcado pela maior participação política da sociedade
nas questões do Estado).
Existem, no mundo contemporâneo, dois tipos de regime político:
•• Democracia – palavra de origem grega que significa “poder do povo”.
•• Ditadura – palavra de origem latina que significa “cargo daquele que dita ordens”.
1434 www.acasadoconcurseiro.com.br
Ética – Cidadania, Política e Democracia – Prof. Edir Vieira
CARACTERÍSTICAS DA DEMOCRACIA
CARACTERÍSTICAS DA DITADURA
FORMAS DE GOVERNO
•• Monarquia – Poder tem caráter vitalício e é transmitido hereditariamente.
•• República – Poder tem caráter temporário e é transmitido por eleição.
SISTEMAS DE GOVERNO
•• Parlamentarismo – Poder concentrado no legislativo, na pessoa do primeiro ministro.
•• Presidencialismo – Poder concentrado no executivo, na pessoa do presidente.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1435
Ética
www.acasadoconcurseiro.com.br 1437
NICOLAU MAQUIAVEL (1469-1527)
Esse pensador renascentista italiano é considerado o fundador da ciência política moderna.
Na obra intitulada, O Príncipe, ele separa, pela primeira vez, a política das questões morais e
religiosas, dando autonomia para o pensamento político. Maquiavel defende que, em política,
os fins justificam os meios e, para manter o poder, o príncipe deve utilizar todos os meios ao
seu alcance. Seu realismo político o leva a afirmar, também, que o príncipe sábio “deve preferir
ser temido do que ser amado”. É preciso considerar, todavia, o contexto histórico em que a
obra de Maquiavel foi produzida, ou seja, uma Itália fragmentada politicamente, marcada por
conflitos e disputas internas e por pressões e invasões externas.
MONTESQUIEU (1689-1755)
Na sua obra O Espírito das Leis, Montesquieu estudou as diversas formas de governo e concluiu
que “todo indivíduo que tem o poder tende a abusar dele”. Para evitar a tirania o pensador
iluminista francês formulou a teoria da divisão dos três poderes: legislativo, executivo e
judiciário. Através do principio dos “freios e contrafreios” Montesquieu propôs autonomia de
cada uma dessas esferas e mecanismos que permitam a cada um dos poderes controlar os
demais. Para ele, a forma ideal de governo seria a monarquia constitucional, isso é, o poder do
rei limitado por uma constituição, e um parlamento com representantes eleitos pelos cidadãos.
1438 www.acasadoconcurseiro.com.br
Ética – A Política na História do Pensamento – Prof. Edir Vieira
www.acasadoconcurseiro.com.br 1439
Ética
CIDADANIA
POLÍTICA
•• A palavra vem do grego – pólis – cidade-estado, ou seja, cidade independente, com suas
próprias leis e constituição, com governo autônomo.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1441
•• Para Aristóteles, o homem é um ser político, isto é, a vida em
sociedade seria próprio da natureza humana, que pode ser
entendida racionalmente.
•• Na concepção aristotélica a política seria uma continuação da
ética, isto é, aplicação dos princípios éticos à vida pública para
buscar a felicidade humana e do bem comum.
POLÍTICA
•• Política se refere a arte ou ciência de governar a cidade, entendida como sociedade política.
Surgiu como busca da melhor maneira de organizar e dirigir a sociedade.
•• É o campo da atividade humana relacionada com os interesses coletivos, o Estado, a
administração pública e as questões da cidadania.
•• Na política moderna, além do princípio da realização do bem comum, herdado do
pensamento antigo, é preciso considerar também o fenômeno do poder.
PODER
ESTADO
1442 www.acasadoconcurseiro.com.br
Ética – Cidadania e Controle Social – Prof. Edir Vieira
www.acasadoconcurseiro.com.br 1443
CARACTERÍSTICAS DA DEMOCRACIA
•• A democracia moderna é representativa (exercida por representantes eleitos). No seu
surgimento, na Grécia Antiga, a democracia era exercida diretamente pelo cidadãos.
•• A participação política do povo ocorre por meio do voto direto e secreto em eleições
que se realizam periodicamente. A participação popular ocorre não somente através de
representantes eleitos mas também na realização de plebiscitos, referendos, passeatas.
•• O poder político está organizado com base na divisão funcional dos três poderes, isto é, o
legislativo, o executivo e o judiciário que possuem funções próprias e autonomia. Vigora o
Estado de direito e são respeitados os direitos e as liberdades dos cidadãos, a liberdade de
imprensa, de associação e organização, de greve, etc.
CARACTERÍSTICAS DA DITADURA
•• Governos autoritários existiram ao longo de toda a História. Nas civilizações antigas do
oriente predominavam regimes políticos despóticos de caráter teocrático. Monarquias
absolutistas existiram na Europa até as revoluções burguesas que iniciaram a era
contemporânea.
•• Os regimes políticos ditatoriais se caracterizam pela concentração de poderes nas mãos
do governante, hipertrofia do poder executivo e eliminação da participação popular nas
decisões políticas. O Estado de direito é substituído pelo Estado de exceção. A liberdade
e os direitos individuais são suspensos e criados órgãos de repressão política. A imprensa
é censurada. O governo controla os meios de comunicação e a educação. Manifestações
públicas e associações são proibidas.
FORMAS DE GOVERNO
•• Monarquia – Poder tem caráter vitalício e é transmitido
hereditariamente.
•• República – Poder tem caráter temporário e é transmitido
por eleição.
SISTEMAS DE GOVERNO
•• Parlamentarismo – Poder concentrado no legislativo, na
pessoa do primeiro ministro.
•• Presidencialismo – Poder concentrado no executivo, na
pessoa do presidente.
1444 www.acasadoconcurseiro.com.br
Ética – Cidadania e Controle Social – Prof. Edir Vieira
www.acasadoconcurseiro.com.br 1445
CONTROLE DO ESTADO PELA SOCIEDADE
1446 www.acasadoconcurseiro.com.br
Ética – Cidadania e Controle Social – Prof. Edir Vieira
www.acasadoconcurseiro.com.br 1447
Administração Pública
www.acasadoconcurseiro.com.br
Arquivologia
Aula XX
Conceitos fundamentais de
Arquivologia: teorias e princípios.
Noções de
Arquivologia
Professor Darlan
Eterno
Lei 8159/91
Consideram-se arquivos, para os fins desta Lei,
os conjuntos de documentos produzidos e
recebidos por órgãos públicos, instituições de
caráter público e entidades privadas, em
decorrência do exercício de atividades
específicas, bem como por pessoa física,
qualquer que seja o suporte da informação ou
a natureza dos documentos.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1451
Finalidades do Arquivo
- Servir á
Administração
- Servir á História
1452 www.acasadoconcurseiro.com.br
Arquivologia
Aula XX
Conceitos fundamentais de
Arquivologia: teorias e princípios.
Noções de Arquivologia
Professor Darlan Eterno
www.acasadoconcurseiro.com.br 1453
Arquivologia
Aula XX
Conceitos fundamentais de
Arquivologia: teorias e princípios.
Noções de Arquivologia
Professor Darlan Eterno
Finalidades do Arquivo
www.acasadoconcurseiro.com.br 1455
Arquivologia
Aula XX
www.acasadoconcurseiro.com.br 1457
1.Classificação dos Arquivos
c) Estágios de Evolução
ü Corrente
ü Intermediário
ü Permanente
1458 www.acasadoconcurseiro.com.br
Arquivologia
Aula XX
www.acasadoconcurseiro.com.br 1459
Arquivologia
Aula XX
1.Classificação dos
Documentos
a) Natureza do Assunto
• Ostensivo
• Sigiloso
b) Espécie:
Ex: Ata,Certidão e Oficio.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1461
b) Tipo (tipologia):
Espécie + função = tipologia
d) Gênero
• Textual
• Sonoro
• Cartográfico
1462 www.acasadoconcurseiro.com.br
Arquivologia – Classificação dos Documentos de Arquivos – Prof. Darlan Eterno
d) Gênero
• Filmográfico
• Iconográfico
• Micrográfico
www.acasadoconcurseiro.com.br 1463
d) Gênero
• Informático
e)Forma
f) formato
1464 www.acasadoconcurseiro.com.br
Arquivologia
Aula XX
www.acasadoconcurseiro.com.br 1465
1. Fase Corrente
•Atividades:
(Protocolo, Expedição,
Arquivamento,Consulta, Empréstimo,
Destinação)
1466 www.acasadoconcurseiro.com.br
Arquivologia – Teoria das Três Idades – Prof. Darlan Eterno
1. Fase Intermediária
•Atividades:
o Empréstimo
o Consulta
o Arquivamento
1. Fase Permanente
•Frequência de Uso
•Localização
•Extensão do arquivo
•Tipo de arquivamento
•Valor
•Tipo de Acesso
www.acasadoconcurseiro.com.br 1467
1. Fase Permanente
•Atividades:
(Arranjo, descrição, publicação,
conservação e referência)
1468 www.acasadoconcurseiro.com.br
Arquivologia – Teoria das Três Idades – Prof. Darlan Eterno
Fase (Idade)
Quadro resumo Corrente Intermediária Permanente
www.acasadoconcurseiro.com.br 1469
Arquivologia
Aula XX
Noções de
Arquivologia
Professor Darlan
Eterno
1. Classificação
a) Definição: agrupamento de
documentos, podendo a eles
atribuir códigos.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1471
1.2 Plano ou Código de Classificação
a) Definição:
Instrumento que auxilia na classificação
de documentos, visando a sua guarda e
localização.
1472 www.acasadoconcurseiro.com.br
Instrumentos de Gestão Arquivística, Plano de Classificação e Tabela de Temporalidade – Prof. Darlan Eterno
c) características
• Baseia-se nas funções/atividades
da instituição
1. Avaliação
a) Definição
www.acasadoconcurseiro.com.br 1473
1.2 Objetivos
a) reduzir a MDA
b) reduzir custos
c) reduzir prazo de busca
d) garantir preservação de docs
1474 www.acasadoconcurseiro.com.br
Instrumentos de Gestão Arquivística, Plano de Classificação e Tabela de Temporalidade – Prof. Darlan Eterno
www.acasadoconcurseiro.com.br 1475
1.3 Tabela de Temporalidade
c) características
• Prazos baseiam-se na
legislação e nas necessidades
administrativas
1476 www.acasadoconcurseiro.com.br
Arquivologia
Aula XX
1. Protocolo
1. Protocolo
1.1Rotinas de Protocolo
a) Recebimento
www.acasadoconcurseiro.com.br 1477
b) Registro
c) Autuação
d) Classificação
e)Movimentação
ü distribuição
ü expedição
f)Controle da Tramitação
1478 www.acasadoconcurseiro.com.br
Arquivologia
Aula XX
Processo
1. Definição
“Conj. de docs reunidos em capa
especial, e que vão sendo
organicamente acumulados no decurso
de uma ação adm/judiciária.”
www.acasadoconcurseiro.com.br 1479
2. Abertura (atuação)
-protocolo
1480 www.acasadoconcurseiro.com.br
Arquivologia – Procedimentos Administrativos – Prof. Darlan Eterno
3. Numeração
- Carimbo (canto superior d)
3. Numeração
-ordem cresc. (frente da fl.)
-feita no protocolo
-vedada rasuras e letras
diferencias tais 14-A/14-B
www.acasadoconcurseiro.com.br 1481
3. Numeração
-numeração incorreta será
inutilizada por meio do carimbo
1482 www.acasadoconcurseiro.com.br
Arquivologia – Procedimentos Administrativos – Prof. Darlan Eterno
b)Juntada
•União de um processo a outro, ou de
um documento a um processo;
•anexação (definitiva, mesmo
interessados)
•apensação (temporária)
d)Desapensação
www.acasadoconcurseiro.com.br 1483
Arquivologia
Aula XX
Arquivamento:
Conjunto de procedimentos que visa ao
acondicionamento( ) e ao
armazenamento( ) de
documentos.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1485
1.1 Rotinas de Arquivamento
e)ordenação
f) guarda (arquivamento)
1486 www.acasadoconcurseiro.com.br
Arquivologia
Aula XX
1. Métodos de Arquivamento
– Escolha:
• Estrutura Organizacional
• Natureza dos Docs
1.Categorias
I - Padronizados
Ex: Variadex (letras e
cores)
www.acasadoconcurseiro.com.br 1487
II – Básicos
a) Alfabético: (nome)
II – Básicos
b) Geográfico: local/
procedência
– Estado/País/Cidade
1488 www.acasadoconcurseiro.com.br
Arquivologia – Métodos de Arquivamento de Documentos - Parte 1 – Prof. Darlan Eterno
Itália
•Roma
•Milão
•Veneza
Paraná
•Curitiba
•Londrina
•Paranaguá
•Por cidades:
• Araçatuba (SP)
Brasília (DF)
Brasília (MG)
Natal (RN)
www.acasadoconcurseiro.com.br 1489
•c) Numérico:
üSimples
üCronológico
üDígito – terminal 158678
d1)alfabético
üDicionário
üEnciclopédico
1490 www.acasadoconcurseiro.com.br
Arquivologia – Métodos de Arquivamento de Documentos - Parte 1 – Prof. Darlan Eterno
Dicionário Enciclopédico
•d) Ideográfico
•d2) Numérico
ü Decimal
ü Dupléx
ü Unitermo
www.acasadoconcurseiro.com.br 1491
Decimal Dupléx
1492 www.acasadoconcurseiro.com.br
Arquivologia
Gestão de Documentos
Gestão de Documentos
“conjunto de procedimentos referentes às
atividades de produção, tramitação, uso e
avaliação e arquivamento dos documentos
em fase corrente e intermediária, visando a
sua eliminação ou recolhimento para a
guarda permanente.”
www.acasadoconcurseiro.com.br 1493
Etapas da Gestão de
Documentos
a)Produção:
b)Utilização:
–Etapas da Gestão de
Documentos
c) Destinação (Avaliação):
1494 www.acasadoconcurseiro.com.br
Orçamento Público e Finanças
www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Financeira
Introdução
AFO
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Apresentação da disciplina de AFO/Direito Financeiro
Legislação aplicável
•• CRFB/88 (Arts. 165 a 169);
•• Lei nº 4.320/1964
•• (Institui normas gerais de Direito Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e
balanços da U, E, DF e M.)
•• LC nº 101/2000 (LRF)
Orçamento na CF/88
Orçamento na CF/88
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
I – o plano plurianual (PPA);
II – as diretrizes orçamentárias (LDO);
www.acasadoconcurseiro.com.br 1497
III – os orçamentos anuais (LOA).
CRFB/88 (Art. 165)
§ 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes,
objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas
decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.
§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração
pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente,
orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação
tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá:
I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da
administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente,
detenha a maioria do capital social com direito a voto;
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados,
da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos
pelo Poder Público.
§ 7º Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo, compatibilizados com o plano
plurianual, terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério
populacional.
(Orçamentos Fiscal e de Investimentos compatibilizados com o PPA).
§ 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à
fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos
suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita,
nos termos da lei.
(Princípio da Exclusividade)
Tópico: Princípios Orçamentários
§ 9º Cabe à lei complementar:
I – dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do
plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual;
Atualmente, utiliza-se a Lei nº 4.320/1964.
CRFB/88 (Art. 166)
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento
anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma
do regimento comum.
§ 1º Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados:
1498 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Financeira – Legislação Aplicável: Arts. 165 a 169 da CRFB – Prof. Fábio Furtado
I – examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas
apresentadas anualmente pelo Presidente da República;
II – examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e setoriais
previstos nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária...
§ 2º As emendas serão apresentadas na Comissão mista, que sobre elas emitirá parecer, e
apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso Nacional.
Não passa primeiro pela Câmara dos Deputados para depois ir para o Senado.
Apreciadas de maneira conjunta, isto é, pelas duas Casas, na forma de Congresso Nacional.
§ 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem
somente podem ser aprovadas caso:
I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;
II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de
despesa, excluídas as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal;
III - sejam relacionadas:
a) com a correção de erros ou omissões; ou
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.
§ 4º As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas
quando incompatíveis com o plano plurianual.
§ 5º O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor
modificação nos projetos a que se refere este artigo enquanto não iniciada a votação, na
Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta.
É a chamada Mensagem Retificadora do Poder Executivo.
§ 8º Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei
orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme
o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização
legislativa.
É considerada como uma quinta fonte de recursos para abertura de créditos adicionais (as
outras quatro estão no art. 43, § 1º da Lei nº 4.320/1964).
Art. 167. São vedados:
Vedações Constitucionais em Matéria Orçamentária.
I – o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual;
www.acasadoconcurseiro.com.br 1499
É por isso que a LOA é chamada de Orçamento programa, pois contém Programas de Trabalho
de Governo com diretrizes, objetivos e metas a serem alcançados.
Cada Programa de Trabalho possui uma unidade gestora e um valor para ser executado.
II – a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os créditos
orçamentários ou adicionais;
Alguns chamam de Princípio da Quantificação dos Créditos Orçamentários.
Fica claro que a LOA fixa a despesa, isto é, estabelece um limite para gastos.
III – a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital,
ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade
precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta;
É a chamada REGRA DE OURO DAS FINANÇAS PÚBLICAS.
Empréstimos não devem financiar despesas correntes, mas sim despesas de capital.
IV – a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição
do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de
recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do
ensino e para realização de atividades da administração tributária...e a prestação de garantias
às operações de crédito por antecipação de receita...
(Princípio da Não Afetação ou Não Vinculação de Receitas)
V – a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem
indicação dos recursos correspondentes;
Já que vai alterar a LOA, modificando a estrutura dos créditos orçamentários originais, é lógico
que deve ter autorização legislativa. A indicação de recursos é importante para que não ocorra
desequilíbrio fiscal.
VI – a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de
programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa;
Já que vai alterar a LOA, modificando a estrutura dos créditos orçamentários originais, é lógico
que deve ter autorização legislativa.
VII – a concessão ou utilização de créditos ilimitados;
Fica claro que a LOA fixa a despesa, isto é, estabelece um limite para gastos.
IX – a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa.
Fundos Orçamentários somente podem ser criados por Lei.
X – a transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, inclusive por
antecipação de receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas instituições financeiras,
para pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios
1500 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Financeira – Legislação Aplicável: Arts. 165 a 169 da CRFB – Prof. Fábio Furtado
§ 1º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado
sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime
de responsabilidade.
§ 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem
autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele
exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento
do exercício financeiro subsequente.
§ 3º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas
imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade
pública, observado o disposto no art. 62
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas
provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.
§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria:
I – relativa a:
d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e
suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, § 3º;
§ 4º É permitida a vinculação de receitas próprias geradas pelos impostos a que se referem
os arts. 155 e 156, e dos recursos de que tratam os arts. 157, 158 e 159, I, a e b, e II, para a
prestação de garantia ou contragarantia à União e para pagamento de débitos para com esta.
(Uma das exceções ao Princípio da Não Afetação ou Não Vinculação de Receitas)
Art. 168. Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos os créditos
suplementares e especiais, destinados aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério
Público e da Defensoria Pública, ser-lhes-ão entregues até o dia 20 de cada mês, em duodécimos,
na forma da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º.
A Fazenda Pública, ou seja, o Tesouro deve enviar para os órgãos até o dia 20 de cada mês
os recursos financeiros (dinheiro) para que estes possam pagar o que gastaram dos créditos
orçamentários.
Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar.
Art. 19 da LRF ( LC nº 101/2000):
União: até 50% da RCL;
Outros (E, DF e M): até 60% da RCL.
§ 3º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, durante o prazo
fixado na lei complementar referida no caput, a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios adotarão as seguintes providências:
I - redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comissão e funções de
confiança;
II - exoneração dos servidores não estáveis.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1501
§ 4º Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não forem suficientes para
assegurar o cumprimento da determinação da lei complementar referida neste artigo, o
servidor estável poderá perder o cargo...
§ 5º O servidor que perder o cargo na forma do parágrafo anterior fará jus a indenização
correspondente a um mês de remuneração por ano de serviço.
§ 6º O cargo objeto da redução prevista nos parágrafos anteriores será considerado extinto,
vedada a criação de cargo, emprego ou função com atribuições iguais ou assemelhadas pelo
prazo de quatro anos.
§ 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos,
empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou
contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou
indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só poderão ser feitas:
I – se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa de
pessoal e aos acréscimos dela decorrentes;
II – se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as empresas
públicas e as sociedades de economia mista.
1502 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Financeira
ORÇAMENTO PÚBLICO
Conceito
•• Lei de iniciativa do Chefe do Poder Executivo,
•• aprovada pelo Poder Legislativo,
•• Que estima receitas e fixa despesas
•• para um determinado exercício financeiro.
CUIDADO! Incorreto:
•• Lei de iniciativa do Chefe do Poder Legislativo,
•• Que fixa receitas e fixa despesas
Observação: Podemos considerar como correto:
•• Que estima receitas e estima despesas
LOA
Despesas Fixadas
Receitas Previstas (Créditos Orçamentários)
Tributárias 700 Pessoal 600
Contribuições 150 Serviços de terceiros 200
Patrimoniais 50 Material de Consumo 100
Total “Dinheiro previsto” 900 Total “Cartão de Crédito” 900
Exercício Financeiro
Art. 34 da Lei nº 4.320/64:
O exercício financeiro coincide com o ano civil.
1º jan I----------------------------------------I 31/12
CUIDADO! Incorreto:
O exercício financeiro coincide com o ano comercial.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1503
Conceito:
O exercício financeiro é o período no qual o orçamento estará em vigor.
É o período em que estaremos arrecadando as receitas previstas e empenhando, gastando, as
despesas fixadas (créditos orçamentários).
1º jan I-----------------------------------------I 31/12
período de execução do orçamento público
1504 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Financeira
PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO NA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988: PPA, LDO E LOA
www.acasadoconcurseiro.com.br 1505
PPA – Plano Plurianual (Art. 165, § 1º CF de 1988)
Palavras chaves:
Regionalizada; Diretrizes, Objetivos e Metas; Despes as de Capital e decorrentes; Programas de
Duração Continuada.
CUIDADO!
Termos corretos:
Regionalizada; Diretrizes, Objetivos e Metas; Despesas de Capital e decorrentes; Programas de
Duração Continuada.
Termos incorretos:
Setorial; Metas e Prioridades; Despesas Correntes; Programas para o exercício financeiro
subsequente.
CUIDADO!
Termos corretos:
Metas e Prioridades; Despesas de Capital; LOA; Legislação Tributária; Agências Financeiras
Oficias de Fomento.
Termos incorretos:
Diretrizes, Objetivos e Metas; Despesas Correntes; PPA; Legislação Societária; Agências
Bancárias.
1506 www.acasadoconcurseiro.com.br
Planejamento e Orçamento da Constituição Federal de 1988: PPA, LDO e LOA – Prof. Fábio Furtado
www.acasadoconcurseiro.com.br 1507
Administração Financeira
Prazos para a União (Art. 35,§ 2º do ADCT) e Envio (do Executivo para o
Legislativo)
PPA
•• Até 4 meses antes do encerramento do 1º exercício financeiro.
•• (até 31/08) 1º jan I-------------------------------I-----------------I 31/12
31/08
LDO
•• Até oito meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro.
•• (até 15/04) 1º jan I--------------I----------------------------------I 31/12
15/04
LOA
•• Até 4 meses antes do encerramento do exercício financeiro.
•• (até 31/08) 1º jan I-------------------------------I----------------I 31/12
31/08
Prazos para a União (Art. 35,§ 2º do ADCT) e Devolução (do Legislativo para o
Executivo)
PPA
Até o encerramento da sessão legislativa.
(até 22/12) 02/02 I--------------I 17/07 01/08 I-------------I 22/12
www.acasadoconcurseiro.com.br 1509
LDO
Até o encerramento do 1º período da sessão legislativa.
(até 17/07) 02/02 I--------------I 17/07 01/08 I-------------I 22/12
LOA
Até o encerramento da sessão legislativa.
(até 22/12) 02/02 I--------------I 17/07 01/08 I-------------I 22/12
1510 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Financeira
CICLO ORÇAMENTÁRIO
Poder Executivo
(1) Elaboração
do Projeto
Poder Executivo
(3) Execução
Poder Executivo
•• Executivo – Elabora
•• Legislativo – Aprova
•• Executivo – Executa
•• Legislativo – Controla
Controle Externo
Na União: CN com auxílio do TCU;
No Estado do RJ: ALERJ com auxílio do TCERJ;
No Município do RJ: CMRJ com auxílio do TCMRJ;
No Município de Niterói: CM de Niterói com auxílio do TCERJ.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1511
•• TCM – Tribunal de Contas do Município:
•• Existe somente no Município do Rio de Janeiro (TCMRJ) e no Município de SP (TCMSP).
•• TC dos Municípios:
•• Em 4 Estados (BA, CE, GO, PA)
1512 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Financeira – Ciclo Orçamentário – Prof. Fábio Furtado
Tipos de Orçamento
No Orçamento Misto:
Executivo – Elabora (encaminha o Projeto de LOA para a apreciação do Poder Legislativo)
Legislativo – Aprova (recebe, aprecia, vota e devolve para o Poder Executivo)
Executivo – Executa (arrecada as receitas e empenha as despesas durante o exercício financeiro)
Legislativo – Controla (exerce o Controle Externo, com auxílio do Tribunal de Contas)
www.acasadoconcurseiro.com.br 1513
Administração Financeira
PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS
•• Legalidade
•• Universalidade
•• Periodicidade (Anualidade)
•• Exclusividade (Art. 165, § 8º da CF/88)
•• Orçamento Bruto
•• Publicidade
•• Equilíbrio
•• Não Afetação de Receitas (de impostos)
•• Especificação (Especificidade, Especialização, Discriminação)
•• Unidade ou Totalidade
Legalidade
Apresenta o mesmo fundamento do princípio da legalidade aplicado à administração pública,
segundo o qual cabe ao Poder Público fazer ou deixar de fazer somente aquilo que a lei
expressamente autorizar, ou seja, se subordina aos ditames da lei. A Constituição Federal
de 1988, no art. 37, estabelece os princípios da administração pública, dentre os quais o
da legalidade e, no seu art. 165, estabelece a necessidade de formalização legal das leis
orçamentárias:
“Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
I – o plano plurianual;
II – as diretrizes orçamentárias;
III – os orçamentos anuais.”
LOA
Despesas Fixadas
Receitas Previstas (Créditos Orçamentários)
Tributárias 700 Pessoal 600
Contribuições 150 Serviços de Terceiros 200
Patrimoniais 50 Material de Consumo 100
Total “Dinheiro previsto” 900 Total “Cartão de Crédito” 900
www.acasadoconcurseiro.com.br 1515
Princípio da Universalidade
Lei nº 4.320/64:
Art. 3º A Lei de Orçamento compreenderá todas as receitas, inclusive as de operações de crédito
autorizadas em lei.
[...]
Art. 4º A Lei de Orçamento compreenderá todas as despesas próprias dos órgãos do Governo e da
administração centralizada, ou que, por intermédio deles se devam realizar, observado o disposto
no artigo 2º.
LOA
CRFB/88:
Art. 165, § 5º. A lei orçamentária anual compreenderá ...
Lei nº 4.320/64:
Art. 34. O exercício financeiro coincidirá com o ano civil.
1516 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Financeira – Princípios Orçamentários – Prof. Fábio Furtado
LOA
Despesas Fixadas
Receitas Previstas (Créditos Orçamentários)
Tributárias 700 Pessoal 600
Contribuições 150 Serviços de Terceiros 200
Patrimoniais 50 Material de Consumo 100
Total “Dinheiro previsto” 900 Total “Cartão de Crédito” 900
Lei nº 4.320/64:
Art. 6º Todas as receitas e despesas constarão da Lei de Orçamento pelos seus totais, vedadas
quaisquer deduções.
Despesas Fixadas
Receitas Previstas (Créditos Orçamentários)
Tributárias IPVA 700 Pessoal 600
Contribuições 150 Serviços de Terceiros 200
Patrimoniais 50 Material de Consumo 100
Total “Dinheiro previsto” 900 TTC 350
Total “Cartão de Crédito” 900
Princípio da Publicidade
www.acasadoconcurseiro.com.br 1517
Equilíbrio
LOA
Despesas Fixadas
Receitas Previstas (Créditos Orçamentários)
Tributárias IPVA 700 Pessoal 600
Contribuições 150 Serviços de Terceiros 200
Patrimoniais 50 Material de Consumo 100
Total “Dinheiro previsto” 900 Obras e Instalações 200
Total “Cartão de Crédito” 1.100
CRFB/88:
Art. 167. São vedados:
IV – a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição
do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de
recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento
do ensino e para realização de atividades da administração tributária, como determinado,
respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações
de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º
deste artigo;
Art. 167, § 4.º É permitida a vinculação de receitas próprias geradas pelos impostos a que se
referem os arts. 155 e 156, e dos recursos de que tratam os arts. 157, 158 e 159, I, a e b, e II, para
a prestação de garantia ou contragarantia à União e para pagamento de débitos para com esta.
Despesas Fixadas
Receitas Previstas (Créditos Orçamentários)
Tributárias IPVA 700 Pessoal 600
Contribuições 150 Serviços de Terceiros 200
Patrimoniais 50 Material de Consumo 100
Total “Dinheiro previsto” 900 TTC 350
Total “Cartão de Crédito” 900
1518 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Financeira – Princípios Orçamentários – Prof. Fábio Furtado
Princípio da Especificação
Lei nº 4.320/64:
Art. 5º A Lei de Orçamento não consignará dotações globais destinadas a atender indiferentemente
a despesas de pessoal, material, serviços de terceiros, transferências ou quaisquer outras,
ressalvado ...
LOA
Reserva de Contingência
Conceito
Dotação global, genérica, destinada a quitar passivos contingentes, tais como:
Demanda Judicial de uma Empresa Estatal Dependente;
Calamidade Pública.
Serve também para cobrir riscos orçamentários, isto é, risco de erro de planejamento
orçamentário quando utilizada como fonte de recursos para abertura de créditos adicionais
suplementares e especiais.
Art. 5º da LRF:
A LOA conterá RESERVA DE CONTINGÊNCIA cujo montante será calculado na LDO (no Anexo de
Riscos Fiscais)
www.acasadoconcurseiro.com.br 1519
Princípio da Unidade
CRFB/88:
Art. 165, § 5º – A lei orçamentária anual compreenderá:
I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da
administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente,
detenha a maioria do capital social com direito a voto;
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados,
da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos
pelo Poder Público.
Previsto, de forma expressa, pelo caput do art. 2º da Lei nº 4.320/64, determina a existência
de orçamento único para cada um dos entes federados – União, Estados, DF e Municípios –
com a finalidade de se evitarem múltiplos orçamentos paralelos dentro de uma mesma pessoa
política.
Dessa forma, todas as receitas previstas e despesas fixadas, em cada exercício financeiro,
devem integrar um único documento legal dentro de cada esfera federativa: a Lei Orçamentária
Anual – LOA*.
•• Cada pessoa política da federação elaborará sua própria LOA.
Princípio da Exclusividade
CRFB/88:
Art. 165, § 8º – A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita
e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos
suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos
termos da lei.
LOA
Exemplo:
“Art. xx. Fica o Poder Executivo autorizado a abrir créditos suplementares, até o limite de trinta
por cento do total da despesa fixada nesta Lei, para transposição, remanejamento ou transferência
de recursos, criando, se necessário, fontes de recursos, modalidades de aplicação, elementos
de despesa e subtítulos, com a finalidade de suprir insuficiências dos Orçamentos Fiscal e da
Seguridade Social, respeitadas as prescrições constitucionais e os termos da Lei Federal n° 4.320, 17
de março de 1964, em seu artigo 43, § 1º incisos I, II e III e §§ 2º, 3º e 4º”.
Exemplo:
“Art. xx. Fica o Poder Executivo autorizado a contrair financiamentos com agências nacionais e
internacionais oficiais de crédito para aplicação em investimentos previstos nesta Lei, bem como
a oferecer as contragarantias necessárias à obtenção de garantia do Tesouro Nacional para a
realização destes financiamentos”.
1520 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Financeira – Princípios Orçamentários – Prof. Fábio Furtado
Exemplo:
“Art. xx. Fica o Poder Executivo autorizado a realizar operações de crédito por antecipação de
receita, com a finalidade de manter o equilíbrio orçamentário-financeiro do Município, observados
os preceitos legais aplicáveis à matéria”.
Nota do Professor
A LOA do último ano de mandato não poderá conter essa autorização. (conforme art.
38 da LRF).
Despesas Fixadas
Receitas Previstas (Créditos Orçamentários)
Tributárias IPVA 700 Pessoal 600
Contribuições 150 Serviços de Terceiros 200
Patrimoniais 50 Material de Consumo 100
Total “Dinheiro previsto” 900 Total “Cartão de Crédito” 900
Despesas Fixadas
Receitas Previstas (Créditos Orçamentários)
Tributárias IPVA 700 Pessoal 600
Contribuições 150 Serviços de Terceiros 200
Operações de Crédito 200 Material de Consumo 100
Total “Dinheiro previsto” 900 Obras e Instalações 200
Total “Cartão de Crédito” 1.100
Operações de Crédito
OPERAÇÕES DE CRÉDITO = EMPRÉSTIMOS/FINANCIAMENTOS
(DÍVIDA FUNDADA)
Longo prazo, em regra.
Prazo de Amortização superior a 12 meses, em regra.
Finalidade: cobrir gasto orçamentário
(Despesa de Capital, em regra)
Art. 98 da Lei nº 4.320/64 e Art. 29 (I, III e §3º) da LRF
www.acasadoconcurseiro.com.br 1521
ARO
OPERAÇÕES DE CRÉDITO POR ANTECIPAÇÃO DE RECEITA ORÇAMENTÁRIA (ARO)*
(Débito de Tesouraria)
(DÍVIDA FLUTUANTE)
Curto prazo (de 10/01 a 10/12)
Finalidade: cobrir insuficiência de caixa
Art. 92 da Lei nº 4.320/64 e Art. 38 da LRF
*VEDADA no último ano de MANDATO*.
Princípios Orçamentários
De acordo com o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, da STN/SOF:
•• Unidade ou Totalidade;
•• Universalidade;
•• Anualidade ou Periodicidade;
•• Exclusividade;
•• Orçamento Bruto;
•• Legalidade;
•• Publicidade;
•• Transparência;
•• Não-Vinculação (Não-Afetação) da Receita de Impostos.
Unidade ou Totalidade
Previsto, de forma expressa, pelo caput do art. 2º da Lei nº 4.320/64, determina a existência
de orçamento único para cada um dos entes federados – União, Estados, DF e Municípios –
com a finalidade de se evitarem múltiplos orçamentos paralelos dentro de uma mesma pessoa
política.
Dessa forma, todas as receitas previstas e despesas fixadas, em cada exercício financeiro,
devem integrar um único documento legal dentro de cada esfera federativa: a Lei Orçamentária
Anual – LOA*.
* Cada pessoa política da federação elaborará sua própria LOA.
1522 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Financeira – Princípios Orçamentários – Prof. Fábio Furtado
Universalidade
Estabelecido, de forma expressa, pelo caput do art. 2º da Lei nº 4.320/64, recepcionado e
normatizado pelo § 5º do art. 165 da CF, determina que a LOA de cada ente federado deverá
conter todas as receitas e despesas de todos os poderes, órgão, entidades, fundos, e fundações
instituídas e mantidas pelo poder público.
Anualidade ou Periodicidade
Estipulado, de forma literal, pelo caput do art. 2º da Lei nº 4.320, de 1964, delimita o exercício
financeiro orçamentário: período de tempo ao qual a previsão das receitas e a fixação das
despesas registradas na LOA irão se referir.
Segundo o art. 34 da Lei nº 4.320, de 1964, o exercício financeiro coincidirá com o ano civil e,
por isso, será de 1º de janeiro até 31 de dezembro de cada ano.
Exclusividade
Previsto no § 8º do art. 165 da Constituição Federal, estabelece que a Lei Orçamentária Anual
não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa. Ressalvam-se
dessa proibição a autorização para abertura de créditos adicionais e a contratação de operações
de crédito, nos termos da lei.
Orçamento Bruto
Previsto pelo art. 6o da Lei nº 4.320, de 1964, obriga registrarem-se receitas e despesas na LOA
pelo valor total e bruto, vedadas quaisquer deduções.
Legalidade
Apresenta o mesmo fundamento do princípio da legalidade aplicado à administração pública,
segundo o qual cabe ao Poder Público fazer ou deixar de fazer somente aquilo que a lei
expressamente autorizar, ou seja, se subordina aos ditames da lei. A Constituição Federal
de 1988, no art. 37, estabelece os princípios da administração pública, dentre os quais o
da legalidade e, no seu art. 165, estabelece a necessidade de formalização legal das leis
orçamentárias:
“Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
I – o plano plurianual;
II – as diretrizes orçamentárias;
III – os orçamentos anuais.”
www.acasadoconcurseiro.com.br 1523
Publicidade
Princípio básico da atividade da administração pública no regime democrático está previsto pelo
caput do art. 37 da Magna Carta de 1988. Justifica-se especialmente pelo fato de o orçamento
ser fixado em lei, sendo esta a que autoriza aos Poderes a execução de suas despesas.
Nota do Professor
Assim como a maioria dos atos da Administração, as leis orçamentárias devem ser
publicadas em meio oficial de comunicação.
Transparência
Aplica-se também ao orçamento público, pelas disposições contidas nos arts. 48, 48-A e 49
da Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF, que determinam ao governo, por exemplo: divulgar
o orçamento público de forma ampla à sociedade; publicar relatórios sobre a execução
orçamentária e a gestão fiscal; disponibilizar, para qualquer pessoa, informações sobre a
arrecadação da receita e a execução da despesa.
Nota do Professor
A LRF determina que as informações acima deve ser disponibilizadas, para a sociedade,
em meio eletrônico de divulgação (internet).
1524 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Financeira – Princípios Orçamentários – Prof. Fábio Furtado
www.acasadoconcurseiro.com.br 1525
Direito Financeiro
Aula XX
CRÉDITOS ADICIONAIS
Conteúdo da Aula
• Créditos Adicionais.
Créditos Adicionais
(Arts. 40 a 46 da Lei nº 4.320/64)
Lei nº 4.320/64:
Nota do Professor:
www.acasadoconcurseiro.com.br 1527
Créditos Adicionais
(Arts. 40 a 46 da Lei nº 4.320/64)
Lei nº 4.320/64:
Art. 46. O ato que abrir crédito adicional
indicará a importância, a espécie do mesmo
e a classificação da despesa, até onde for
possível.
Nota do Professor:
Créditos Adicionais
(Arts. 40 a 46 da Lei nº 4.320/64)
CRFB/88:
[...]
1528 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Créditos Adicionais – Prof. Fábio Furtado
Créditos Adicionais
(Arts. 40 a 46 da Lei nº 4.320/64)
Lei nº 4.320/64:
Nota do Professor:
São três espécies de créditos adicionais :
a) suplementares;
b) especiais;
c) extraordinários.
5
Créditos Adicionais
(Arts. 40 a 46 da Lei nº 4.320/64)
Suplementares
Finalidade: reforçar uma dotação.
Especiais
Finalidade: criar uma nova dotação.
Extraordinários
Finalidade: atendimento de despesas
imprevisíveis e urgentes.
6
www.acasadoconcurseiro.com.br 1529
Créditos Adicionais
(Arts. 40 a 46 da Lei nº 4.320/64)
Suplementares
Finalidade: reforçar uma dotação.
Lei nº 4.320/64:
Art. 41
[...]
I - suplementares, os destinados a
reforço de dotação orçamentária;
7
LOA
Receitas Previstas Despesas Fixadas
(Créditos Orçamentários)
1530 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Créditos Adicionais – Prof. Fábio Furtado
LOA
Receitas Previstas Despesas Fixadas
(Créditos Orçamentários)
crédito adicional suplementar + 30
Tributárias 700 Pessoal 600
LOA
Receitas Previstas Despesas Fixadas
(Créditos Orçamentários)
crédito adicional suplementar
Tributárias 700 Pessoal 630
10
www.acasadoconcurseiro.com.br 1531
Créditos Adicionais
(Arts. 40 a 46 da Lei nº 4.320/64)
Especiais
Finalidade: criar uma nova dotação.
Lei nº 4.320/64:
Art. 41
[...]
II - especiais, os destinados a
despesas para as quais não haja
dotação orçamentária específica;
11
LOA
Receitas Previstas Despesas Fixadas
(Créditos Orçamentários)
12
1532 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Créditos Adicionais – Prof. Fábio Furtado
Créditos Adicionais
Extraordinários
Finalidade: atendimento de despesas
imprevisíveis e urgentes.
CRFB/88:
Art. 167
[...]
§ 3º - A abertura de crédito extraordinário
somente será admitida para atender a
despesas imprevisíveis e urgentes, como as
decorrentes de guerra, comoção interna ou
calamidade pública, observado o disposto
no art. 62.
13
Créditos Adicionais
Dependem de prévia autorização
legislativa:
14
www.acasadoconcurseiro.com.br 1533
Créditos Adicionais
• LOA:
(Exemplo)
“Art. xx. Fica o Poder Executivo autorizado a abrir
créditos suplementares, até o limite de trinta
por cento do total da despesa fixada nesta Lei,
para transposição, remanejamento ou
transferência de recursos, criando, se necessário,
fontes de recursos, modalidades de aplicação,
elementos de despesa e subtítulos, com a
finalidade de suprir insuficiências dos Orçamentos
Fiscal e da Seguridade Social, respeitadas as
prescrições constitucionais e os termos da Lei
Federal n° 4.320, 17 de março de 1964, em seu
artigo 43, § 1º incisos I, II e III e §§ 2º, 3º e 4º”.
15
Créditos Adicionais
São abertos por DECRETO EXECUTIVO:
(após a prévia autorização legislativa)
Suplementares
Finalidade: reforçar uma dotação.
Especiais
Finalidade: criar uma nova dotação.
Lei nº 4.320/64:
Art. 42. Os créditos suplementares e
especiais serão autorizados por lei e
abertos por decreto executivo.
16
1534 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Créditos Adicionais – Prof. Fábio Furtado
Créditos Adicionais
Obs.: O Crédito Adicional Extraordinário é, em regra, aberto por
Decreto do Poder Executivo que dará imediato conhecimento ao
Poder Legislativo (Art. 44 da Lei nº 4.320/64)
Extraordinário
Finalidade: atendimento de despesas imprevisíveis e urgentes.
18
Créditos Adicionais
Lei nº 4.320/64:
Art. 44. Os créditos extraordinários serão abertos por decreto do Poder
Executivo, que deles dará imediato conhecimento ao Poder Legislativo.
Nota do Professor:
Forma de abertura muito utilizada nos Estados, Distrito Federal e
Municípios.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1535
Créditos Adicionais
CRFB/88:
Art. 167
[...]
§ 3º - A abertura de crédito extraordinário somente
será admitida para atender a despesas
imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de
guerra, comoção interna ou calamidade pública,
observado o disposto no art. 62.
20
Créditos Adicionais
CRFB/88:
I - relativa a:
1536 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Créditos Adicionais – Prof. Fábio Furtado
Créditos Adicionais
Dependem de indicação da fonte de recursos:
Suplementares
Finalidade: reforçar uma dotação.
Especiais
Finalidade: criar uma nova dotação.
22
Créditos Adicionais
Obs.: O Crédito Adicional Extraordinário não
depende de indicação da fonte de recursos.
Extraordinário
Finalidade: atendimento de despesas imprevisíveis e urgentes.
23
www.acasadoconcurseiro.com.br 1537
Créditos Adicionais
Podem ser reabertos no próximo exercício
financeiro:
Especiais
Finalidade: criar uma nova dotação.
Extraordinários
Finalidade: atendimento de despesas imprevisíveis e urgentes.
Créditos Adicionais
CRFB/88:
Art. 167
[...]
§ 2º - Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no
exercício financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato de
autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele
exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão
incorporados ao orçamento do exercício financeiro subsequente.
25
1538 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Créditos Adicionais – Prof. Fábio Furtado
26
Créditos Adicionais
Obs.: O Crédito Adicional Suplementar
nunca poderá ser reaberto no próximo
exercício financeiro.
Suplementar
Finalidade: reforçar uma dotação.
27
www.acasadoconcurseiro.com.br 1539
Créditos Adicionais
(Arts. 40 a 46 da Lei nº 4.320/64)
Lei nº 4.320/64:
28
II – Excesso de Arrecadação.
(Ver Art. 43, § 1º, II e 43,§§ 3º e 4º da Lei nº 4.320/64)
29
1540 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Créditos Adicionais – Prof. Fábio Furtado
Nota do Professor:
É a diferença positiva entre o Ativo Financeiro (dinheiro) e o Passivo
Financeiro (Dívida Flutuante, obrigações de curto prazo, em regra).
Créditos Adicionais
(Arts. 40 a 46 da Lei nº 4.320/64)
Lei nº 4.320/64:
Art. 43, §2º. Entende-se por superávit financeiro a diferença positiva entre o ativo
financeiro e o passivo financeiro, conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos
adicionais transferidos e as operações de crédito a eles vinculadas.
31
www.acasadoconcurseiro.com.br 1541
Balanço Patrimonial
ATIVO PASSIVO
Ativo Financeiro (AF): 140 Passivo Financeiro (PF): 100
(Dívida Flutuante)
32
LOA
Receitas Previstas Despesas Fixadas
(Créditos Orçamentários)
1542 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Créditos Adicionais – Prof. Fábio Furtado
Incorreto:
34
Nota do Professor:
Significa que está entrando mais dinheiro do que estava previsto.
35
www.acasadoconcurseiro.com.br 1543
Créditos Adicionais
(Arts. 40 a 46 da Lei nº 4.320/64)
Lei nº 4.320/64:
Art. 43, § 3º. Entende-se por excesso de arrecadação, para os fins deste art., o saldo
positivo das diferenças, acumuladas mês a mês, entre a arrecadação prevista e a
realizada, considerando-se, ainda, a tendência do exercício.
Art. 43, § 4º. Para o fim de apurar os recursos utilizáveis, provenientes de excesso de
arrecadação, deduzir-se-á a importância dos créditos extraordinários abertos no
exercício.
36
Créditos Adicionais
(Arts. 40 a 46 da Lei nº 4.320/64)
Lei nº 4.320/64:
Art. 43, § 3º. Entende-se por excesso de arrecadação, para os fins deste art., o saldo
positivo das diferenças, acumuladas mês a mês, entre a arrecadação prevista e a
realizada, considerando-se, ainda, a tendência do exercício.
Art. 43, § 4º. Para o fim de apurar os recursos utilizáveis, provenientes de excesso de
arrecadação, deduzir-se-á a importância dos créditos extraordinários abertos no
exercício.
36
1544 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Créditos Adicionais – Prof. Fábio Furtado
Nota do Professor:
O montante total autorizado não será modificado, tendo em
vista que as alterações ocorrerão “por dentro”, isto é, uma
dotação será parcialmente ou totalmente anulada para fazer face
ao aumento ou criação de outra dotação orçamentária.
37
LOA
Receitas Previstas Despesas Fixadas
(Créditos Orçamentários)
www.acasadoconcurseiro.com.br 1545
Fonte de Recurso: Reserva de Contingência
MCASP – Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, da STN
– Parte I – Procedimentos Contábeis Orçamentários:
A dotação global denominada “Reserva de Contingência”, permitida para a União no artigo 91
do Decreto-Lei nº 200, de 25 de fevereiro de 1967, ou em atos das demais esferas de Governo, a
ser utilizada como fonte de recursos para abertura de créditos adicionais e para o
atendimento ao disposto no artigo 5º, inciso III, da Lei Complementar nº 101, de 2000, sob
coordenação do órgão responsável pela sua destinação, será identificada nos orçamentos de
todas as esferas de Governo pelo código “99.999.9999.xxxx.xxxx”, no que se refere às
classificações por função e subfunção e estrutura programática, onde o “x” representa a
codificação da ação e o respectivo detalhamento.
39
Nota do Professor:
São empréstimos (Dívida Fundada. Dívida de longo prazo, em regra)
contraídos para fazer face a novas despesas, isto é, à criação de novas
despesas (créditos adicionais especiais) ou ao reforço de dotações
(créditos adicionais suplementares).
Fonte de recurso para financiar despesas de capital, em regra. Se for
para financiar despesas correntes deverá ser aprovado pelo Poder
Legislativo por maioria absoluta, conforme art. 167, III, da CRFB/88.
40
1546 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Créditos Adicionais – Prof. Fábio Furtado
LOA
Receitas Previstas Despesas Fixadas
(Créditos Orçamentários)
41
LOA
Receitas Previstas Despesas Fixadas
(Créditos Orçamentários)
www.acasadoconcurseiro.com.br 1547
LOA
Receitas Previstas Despesas Fixadas
(Créditos Orçamentários)
43
LOA
Receitas Previstas Despesas Fixadas
(Créditos Orçamentários)
1548 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Créditos Adicionais – Prof. Fábio Furtado
LOA
Receitas Previstas Despesas Fixadas
(Créditos Orçamentários)
Operações de
Crédito 40 Material Permanente 140
CRFB/88:
46
www.acasadoconcurseiro.com.br 1549
Projeto de LOA
Receitas Previstas Despesas Fixadas
(Créditos Orçamentários)
47
Projeto de LOA
Receitas Previstas Despesas Fixadas
(Créditos Orçamentários)
1550 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Créditos Adicionais – Prof. Fábio Furtado
Projeto de LOA
Receitas Previstas Despesas Fixadas
(Créditos Orçamentários)
Nota do Professor:
A diferença de 100, ocorrida em razão do veto do Poder Executivo à
emenda parlamentar, poderá ser utilizada como fonte de recursos para
a abertura de créditos adicionais suplementares ou especiais, com
prévia e específica autorização legislativa.
50
www.acasadoconcurseiro.com.br 1551
Direito Financeiro
Aula XX
RECEITAS PÚBLICAS
RECEITAS PÚBLICAS
Classificação quanto
ao Ingresso
www.acasadoconcurseiro.com.br 1553
RECEITAS EXTRAORÇAMENTÁRIAS
(Ingressos Extraorçamentários)
-Retenções na Fonte
-Salários Não-Reclamados
-Depósitos Judiciais
RECEITAS EXTRAORÇAMENTÁRIAS
(Ingressos Extraorçamentários)
-Retenções na Fonte
-Salários Não-Reclamados
-Depósitos Judiciais
1554 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Receitas Públicas – Prof. Fábio Furtado
Exemplo:
EMPRESA
X
R$
120.000,00
(contrato
de
12
meses)
X
3%
R$
3.600,00
C/C
DO
ÓRGÃO
PÚBLICO
Balanço Patrimonial
ATIVO
PASSIVO
A'vo
Financeiro
(AF):
Passivo
Financeiro
(PF):
(Dívida
Flutuante)
Bancos
3.600,00
Cauções
a
Devolver
3.600,00
SF
=
AF
(-‐)
PF
SF
=
3.600
(-‐)
3.600
(dinheiro
em
caráter
temporário)
SF
=
0
www.acasadoconcurseiro.com.br 1555
RECEITAS EXTRAORÇAMENTÁRIAS
(Ingressos Extraorçamentários)
-Retenções na Fonte
-Salários Não-Reclamados
-Depósitos Judiciais
R$
Valor
Bruto
700.000,00
1556 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Receitas Públicas – Prof. Fábio Furtado
Balanço Patrimonial
ATIVO
PASSIVO
A'vo
Financeiro
(AF):
Passivo
Financeiro
(PF):
(Dívida
Flutuante)
Bancos
700
Salários
a
Pagar
300
Retenções
a
Recolher
200
Consignações
a
Recolher
200
Balanço Patrimonial
ATIVO
PASSIVO
A'vo
Financeiro
(AF):
Passivo
Financeiro
(PF):
(Dívida
Flutuante)
Bancos
700
Salários
a
Pagar
300
(300)
Retenções
a
Recolher
200
400
Consignações
a
Recolher
200
SF
=
AF
(-‐)
PF
SF
=
400
(-‐)
400
(dinheiro
em
caráter
temporário)
SF
=
0
10
www.acasadoconcurseiro.com.br 1557
RECEITAS EXTRAORÇAMENTÁRIAS
(Ingressos Extraorçamentários)
-Retenções na Fonte
-Salários Não-Reclamados
-Depósitos Judiciais
Balanço Patrimonial
ATIVO
PASSIVO
A'vo
Financeiro
(AF):
Passivo
Financeiro
(PF):
(Dívida
Flutuante)
Bancos
5.000,00
Fornecedores
5.000,00
12
1558 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Receitas Públicas – Prof. Fábio Furtado
13
www.acasadoconcurseiro.com.br 1559
Classificação RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS
quanto às Art. 11, § 3º
Categorias
Econômicas
Art. 11 da Lei nº 4.320/64
(1) RECEITAS CORRENTES (2) RECEITAS DE CAPITAL
(RC) (RK)
§ 1º; § 4º § 2º; § 4º
- 1.Tributárias
- 2. Contribuições - 1. Operações de Crédito
- 3. Patrimoniais - 2. Alienação de Bens
- 4. Agropecuárias 3. Amortização de Empréstimos
(concedidos)
- 5. Industriais
- 4. Transferências de Capital
- 6. Serviços
5. Outras Receitas de Capital
- 7. Transferências Correntes (Superávit do Orçamento Corrente)
9. Outras Receitas Correntes
15
16
1560 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Receitas Públicas – Prof. Fábio Furtado
Receitas Correntes /
Contribuições
CONTRIBUIÇÕES
SOCIAIS
CONTRIBUIÇÕES
DE
INTERVENÇÃO
NO
DOMÍNIO
ECONÔMICO
CONTRIBUIÇÃO
DE
INTERESSE
DAS
CATEGORIAS
PROFISSIONAIS
OU
ECONÔMICAS
CONTRIBUIÇÃO
DE
ILUMINAÇÃO
PÚBLICA
18
www.acasadoconcurseiro.com.br 1561
Classificação RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS
quanto às Art. 11, § 3º
Categorias
Econômicas
Art. 11 da Lei nº 4.320/64
(1) RECEITAS CORRENTES (2) RECEITAS DE CAPITAL
(RC) (RK)
§ 1º; § 4º § 2º; § 4º
- 1.Tributárias
- 2. Contribuições - 1. Operações de Crédito
- 3. Patrimoniais - 2. Alienação de Bens
- 4. Agropecuárias 3. Amortização de Empréstimos
(concedidos)
- 5. Industriais
- 4. Transferências de Capital
- 6. Serviços
5. Outras Receitas de Capital
- 7. Transferências Correntes (Superávit do Orçamento Corrente)
9. Outras Receitas Correntes
19
Receitas Correntes /
Patrimoniais
Aluguéis;
Dividendos;
Juros
ou
Rendimentos
de
Aplicações
Financeiras;
Arrendamentos;
Receitas
de
Concessões
/
Permissões;
Foros;
Laudêmios
20
1562 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Receitas Públicas – Prof. Fábio Furtado
22
www.acasadoconcurseiro.com.br 1563
Classificação RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS
quanto às Art. 11, § 3º
Categorias
Econômicas
Art. 11 da Lei nº 4.320/64
(1) RECEITAS CORRENTES (2) RECEITAS DE CAPITAL
(RC) (RK)
§ 1º; § 4º § 2º; § 4º
- 1.Tributárias
- 2. Contribuições - 1. Operações de Crédito
São
receitas
originárias,
provenientes
das
a0vidades
industriais
exercidas
pelo
ente
público.
Encontram-‐se
nessa
classificação
receitas
provenientes
de
a0vidades
econômicas,
tais
como:
da
indústria
extra-va
mineral;
da
indústria
de
transformação;
da
indústria
de
construção;
e
outras
receitas
industriais
de
u-lidade
pública.
24
1564 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Receitas Públicas – Prof. Fábio Furtado
26
www.acasadoconcurseiro.com.br 1565
Classificação RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS
quanto às Art. 11, § 3º
Categorias
Econômicas
Art. 11 da Lei nº 4.320/64
(1) RECEITAS CORRENTES (2) RECEITAS DE CAPITAL
(RC) (RK)
§ 1º; § 4º § 2º; § 4º
- 1.Tributárias
- 2. Contribuições - 1. Operações de Crédito
28
1566 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Receitas Públicas – Prof. Fábio Furtado
30
www.acasadoconcurseiro.com.br 1567
Recebimento ou Cobrança da Dívida
Ativa
Exemplo:
Contribuinte
X
IPTU:
R$
1.000,00
Vencimento:
31/03/2004
31
1ª situação: 10/03/2004
32
1568 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Receitas Públicas – Prof. Fábio Furtado
2ª situação: 30/06/2004
33
3ª situação: 01/04/2007
34
www.acasadoconcurseiro.com.br 1569
Classificação RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS
quanto às Art. 11, § 3º
Categorias
Econômicas
Art. 11 da Lei nº 4.320/64
(1) RECEITAS CORRENTES (2) RECEITAS DE CAPITAL
(RC) (RK)
§ 1º; § 4º § 2º; § 4º
- 1.Tributárias
- 2. Contribuições - 1. Operações de Crédito
1570 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Receitas Públicas – Prof. Fábio Furtado
38
www.acasadoconcurseiro.com.br 1571
Classificação RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS
quanto às Art. 11, § 3º
Categorias
Econômicas
Art. 11 da Lei nº 4.320/64
(1) RECEITAS CORRENTES (2) RECEITAS DE CAPITAL
(RC) (RK)
§ 1º; § 4º § 2º; § 4º
- 1.Tributárias
- 2. Contribuições - 1. Operações de Crédito
1572 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Receitas Públicas – Prof. Fábio Furtado
41
42
www.acasadoconcurseiro.com.br 1573
Para fixar para prova:
Concessão
de
Emprés/mos
=
Despesas
de
CAPITAL/Inversões
Financeiras)
(Emprestar
o
CAPITAL
principal)
Receita
com
Amor+zação
de
Emprés+mos
anteriormente
concedidos
=
Receita
de
CAPITAL
(Receber
de
volta
o
CAPITAL
principal)
Receita
com
“Juros ” associados
a
esse
Emprés/mo
concedido
=
Receitas
“Correntes”
43
44
1574 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Receitas Públicas – Prof. Fábio Furtado
Transferências
TRANSFERÊNCIAS
CORRENTES:
Exemplo:
Foi
firmado
um
convênio
entre
a
União
e
um
determinado
município
para
aquisição
de
medicamentos
para
a
rede
pública
municipal.
A
União
repassará
ao
município
um
valor
de
R$
1.000.000,00
para
a
realização
dessa
compra
(despesa
corrente/custeio)
ou
(despesa
corrente/outras
despesas
correntes/aplicações
diretas/material
de
consumo/
drogas
e
medicamentos
=
c.g.mm.ee.dd
=
3.3.90.30.xx).
46
www.acasadoconcurseiro.com.br 1575
Transferências
TRANSFERÊNCIAS
CORRENTES:
Transferências
TRANSFERÊNCIAS
DE
CAPITAL:
Exemplo:
Foi
firmado
um
convênio
entre
a
União
e
um
determinado
município
para
a
construção
de
um
estádio
de
futebol.
A
União
repassará
ao
município
um
valor
de
R$
100.000.000,00
para
a
realização
dessa
obra
(despesa
de
capital/
invesEmentos)
ou
(despesa
de
capital/
invesEmentos/aplicações
diretas/obras
e
instalações
=
c.g.mm.ee.dd
=
4.4.90.51.xx).
48
1576 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Receitas Públicas – Prof. Fábio Furtado
Transferências
TRANSFERÊNCIAS
DE
CAPITAL:
www.acasadoconcurseiro.com.br 1577
LOA (Superávit do Orçamento
Corrente)
Receitas
Previstas
Despesas
Fixadas
(Créditos
Orçamentários)
52
1578 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Receitas Públicas – Prof. Fábio Furtado
Receita Orçamentária
O
orçamento
é
um
importante
instrumento
de
planejamento
de
qualquer
en4dade,
seja
pública
ou
privada,
e
representa
o
fluxo
previsto
de
ingressos
e
de
aplicações
de
recursos
em
determinado
período.
A
matéria
per4nente
a
receita
vem
disciplinada
no
art.
3º,
conjugado
com
o
art.
57,
e
no
at.
35
da
Lei
nº
4.320/64.
53
Receita Orçamentária
“Art.
3º
A
Lei
de
Orçamentos
compreenderá
todas
as
receitas,
inclusive
as
de
operações
de
crédito
autorizadas
em
lei.
Parágrafo
único.
Não
se
consideram
para
os
fins
deste
arDgo
as
operações
de
credito
por
antecipação
da
receita,
as
emissões
de
papel-‐moeda
e
outras
entradas
compensatórias,
no
aDvo
e
passivo
financeiros
.
[...]
Art.
57.
Ressalvado
o
disposto
no
parágrafo
único
do
arDgo
3º
desta
lei
serão
classificadas
como
receita
orçamentária,
sob
as
rubricas
próprias,
todas
as
receitas
arrecadadas,
inclusive
as
provenientes
de
operações
de
crédito,
ainda
que
não
previstas
no
Orçamento”.
54
www.acasadoconcurseiro.com.br 1579
Receita Orçamentária
Lei
nº
4.320/64:
“
Art.
35*.
Pertencem
ao
exercício
financeiro:
I
-‐
as
receitas
nele
arrecadadas;
II
-‐
as
despesas
nele
legalmente
empenhadas.”
Nota
do
Professor:
*
É
o
denominado
Regime
Orçamentário
Misto:
Receita Orçamentária
Para
fins
contábeis,
quanto
ao
impacto
na
situação
líquida
patrimonial,
a
receita
pode
ser
“efe3va”
ou
“não
efe3va”:
56
1580 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Receitas Públicas – Prof. Fábio Furtado
Receitas
Em
sen$do
amplo,
os
ingressos
de
recursos
financeiros
nos
cofres
do
Estado
denominam-‐se
Receitas
Públicas,
registradas
como
Receitas
Orçamentárias,
quando
representam
disponibilidades
de
recursos
financeiros
para
o
erário,
ou
Ingressos
Extraorçamentários,
quando
representam
apenas
entradas
compensatórias.
Em
sen$do
estrito,
chamam-‐se
públicas
apenas
as
receitas
orçamentárias.
o
MCASP
adota
a
definição
no
sen$do
estrito;
dessa
forma,
quando
houver
citação
ao
termo
“Receita
Pública”,
implica
referência
às
“Receitas
Orçamentárias”.
57
Ingressos Extraorçamentários
INGRESSOS
EXTRAORÇAMENTÁRIOS
São
recursos
financeiros
de
caráter
temporário
e
não
integram
a
Lei
Orçamentária
Anual.
O
Estado
é
mero
depositário
desses
recursos,
que
cons6tuem
passivos
exigíveis
e
cujas
res6tuições
não
se
sujeitam
à
autorização
legisla6va.
Exemplos:
Depósitos
em
caução,
Fianças,
Operações
de
Crédito
por
Antecipação
de
Receita
Orçamentária
–
ARO,
Emissão
de
moeda
e
outras
entradas
compensatórias
no
a6vo
e
passivo
financeiros.
58
www.acasadoconcurseiro.com.br 1581
Receitas Orçamentárias
RECEITAS
ORÇAMENTÁRIAS
São
disponibilidades
de
recursos
financeiros
que
ingressam
durante
o
exercício
orçamentário
e
cons8tuem
elemento
novo
para
o
patrimônio
público.
Instrumento
por
meio
do
qual
se
viabiliza
a
execução
das
polí;cas
públicas,
as
receitas
orçamentárias
são
fontes
de
recursos
u8lizadas
pelo
Estado
em
programas
e
ações
cuja
finalidade
precípua
é
atender
às
necessidades
públicas
e
demandas
da
sociedade.
59
Receitas Orçamentárias
RECEITAS
ORÇAMENTÁRIAS
Essas
receitas
pertencem
ao
Estado,
transitam
pelo
patrimônio
do
Poder
Público,
aumentam-‐lhe
o
saldo
financeiro,
e,
via
de
regra,
por
força
do
Princípio
Orçamentário
da
Universalidade,
estão
previstas
na
Lei
Orçamentária
Anual
–
LOA.
Nesse
contexto,
embora
haja
obrigatoriedade
de
a
LOA
registrar
a
previsão
de
arrecadação,
a
mera
ausência
formal
do
registro
dessa
previsão,
no
citado
documento
legal,
não
lhes
reEram
o
caráter
de
orçamentárias,
haja
vista
o
art.
57
da
Lei
nº
4.320,
de
1964,
determinar
classificar-‐se
como
Receita
Orçamentária
toda
receita
arrecadada
que
porventura
represente
ingressos
financeiros
orçamentários,
inclusive
se
provenientes
de
operações
de
crédito,
exceto:
operações
de
crédito
por
antecipação
de
receita
–
ARO,
emissões
de
papel
moeda
e
outras
entradas
compensatórias
no
aEvo
e
passivo
financeiros.
60
1582 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Receitas Públicas – Prof. Fábio Furtado
Quanto à coercitividade:
OBSERVAÇÃO:
A
doutrina
classifica
as
receitas
públicas,
quanto
à
procedência*,
em
Originárias
e
Derivadas.
Essa
classificação
possui
uso
acadêmico
e
não
é
norma>zada;
portanto,
não
é
u>lizada
como
classificador
oficial
da
receita
pelo
Poder
Público.
Nota
do
Professor:
*
É
a
chamada,
pela
doutrina,
classificação
quanto
à
coerci>vidade.
61
Quanto à coercitividade:
Receitas
públicas
Originárias,
segundo
a
doutrina,
seriam
aquelas
arrecadadas
por
meio
da
exploração
de
a8vidades
econômicas
pela
Administração
Pública.
Resultariam,
principalmente,
de
rendas
do
patrimônio
mobiliário
e
imobiliário
do
Estado
(receita
de
aluguel),
de
preços
públicos
(tarifas),
de
prestação
de
serviços
comerciais
e
de
venda
de
produtos
industriais
ou
agropecuários.
Receitas
públicas
Derivadas,
segundo
a
doutrina,
seria
a
receita
ob8da
pelo
poder
público
por
meio
da
soberania
estatal.
Decorreriam
de
imposição
cons8tucional
ou
legal
e,
por
isso,
auferidas
de
forma
imposi8va,
como,
por
exemplo,
as
receitas
tributárias
e
as
de
contribuições
especiais.
62
www.acasadoconcurseiro.com.br 1583
Codificação da Receita
63
Codificação da Receita
CLASSIFICAÇÃO
DA
RECEITA
ORÇAMENTÁRIA
POR
NATUREZA
A
fim
de
possibilitar
iden1ficação
detalhada
dos
recursos
que
ingressam
nos
cofres
públicos,
esta
classificação
é
formada
por
um
código
numérico
de
8
dígitos
que
subdivide-‐se
em
seis
níveis
–
Categoria
Econômica,
Origem,
Espécie,
Rubrica,
Alínea
e
Subalínea:
C
O
E
R
AA
SS
64
1584 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Receitas Públicas – Prof. Fábio Furtado
Codificação da Receita
Quando,
por
exemplo,
o
imposto
de
renda
pessoa
-sica
é
recolhido
dos
trabalhadores,
aloca-‐se
a
receita
pública
correspondente
na
Natureza
de
Receita
código
“1112.04.10”,
segundo
esquema
abaixo:
C
O
E
R
AA
SS
1
1
1
2
04
10
Onde:
1.
Categoria
Econômica:
Receitas
Correntes;
1.
Origem:
Tributária;
1.
Espécie:
Impostos;
2.
Rubrica:
Impostos
sobre
o
Patrimônio
e
a
Renda;
04.
Alínea:
Impostos
sobre
a
Renda
e
Proventos
de
qualquer
Natureza;
10.
Subalínea:
Pessoas
Físicas
65
66
www.acasadoconcurseiro.com.br 1585
1. Receitas Correntes
Receitas
Orçamentárias
Correntes
são
arrecadadas
dentro
do
exercício
financeiro,
aumentam
as
disponibilidades
financeiras
do
Estado,
em
geral
com
efeito
posi9vo
sobre
o
Patrimônio
Líquido
e
cons9tuem
instrumento
para
financiar
os
obje9vos
definidos
nos
programas
e
ações
orçamentários,
com
vistas
a
sa9sfazer
finalidades
públicas.
De
acordo
com
o
§1
º
do
art.
11
da
Lei
nº
4.320,
de
1964,
classificam-‐se
como
Correntes
as
receitas
provenientes
de
Tributos;
de
Contribuições;
da
exploração
do
patrimônio
estatal
(Patrimonial);
da
exploração
de
a9vidades
econômicas
(Agropecuária,
Industrial
e
de
Serviços);
de
recursos
financeiros
recebidos
de
outras
pessoas
de
direito
público
ou
privado,
quando
des9nadas
a
atender
despesas
classificáveis
em
Despesas
Correntes
(Transferências
Correntes);
por
fim,
demais
receitas
que
não
se
enquadram
nos
itens
anteriores
(Outras
Receitas
Correntes).
67
2. Receitas de Capital
Receitas
Orçamentárias
de
Capital
também
aumentam
as
disponibilidades
financeiras
do
Estado
e
são
instrumentos
de
financiamento
dos
programas
e
ações
orçamentários,
a
fim
de
se
a:ngirem
as
finalidades
públicas.
Porém,
de
forma
diversa
das
Receitas
Correntes,
as
Receitas
de
Capital
em
geral
não
provocam
efeito
sobre
o
Patrimônio
Líquido.
De
acordo
com
o
§2º
do
art.
11
da
Lei
no
4.320,
de
1964,
com
redação
dada
pelo
Decreto-‐Lei
no
1.939,
de
20
de
maio
de
1982,
Receitas
de
Capital
são
as
provenientes
tanto
da
realização
de
recursos
financeiros
oriundos
da
cons?tuição
de
dívidas
e
da
conversão,
em
espécie,
de
bens
e
direitos,
quanto
de
recursos
recebidos
de
outras
pessoas
de
direito
público
ou
privado
e
des:nados
a
atender
despesas
classificáveis
em
Despesas
de
Capital
(Transferências
de
Capital).
68
1586 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Receitas Públicas – Prof. Fábio Furtado
69
70
www.acasadoconcurseiro.com.br 1587
ORIGEM
DA
RECEITA
A
Origem
é
o
detalhamento
das
Categorias
Econômicas
“Receitas
Correntes”
e
“Receitas
de
Capital”,
com
vistas
a
iden0ficar
a
natureza
da
procedência
das
receitas
no
momento
em
que
ingressam
no
Orçamento
Público.
Os
códigos
da
Origem
para
as
receitas
correntes
e
de
capital,
de
acordo
com
a
Lei
nº
4.320,
de
1964,
são:
71
1588 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Receitas Públicas – Prof. Fábio Furtado
1. Receitas Correntes
1.
Receita
corrente
-‐
Tributária
Tributo
é
uma
das
origens
da
Receita
Corrente
na
Classificação
Orçamentária
por
Categoria
Econômica.
Quanto
à
procedência,
trata-‐se
de
receita
derivada
cuja
finalidade
é
obter
recursos
financeiros
para
o
Estado
custear
as
aBvidades
que
lhe
são
correlatas.
Sujeitam-‐se
aos
princípios
da
reserva
legal
e
da
anterioridade
da
Lei,
salvo
exceções.
O
art.
3º
do
Código
Tributário
Nacional
–
CTN
define
tributo
da
seguinte
forma:
"Tributo
é
toda
prestação
pecuniária
compulsória,
em
moeda
ou
cujo
valor
nela
se
possa
exprimir,
que
não
cons=tua
sanção
de
ato
ilícito,
ins=tuída
em
lei
e
cobrada
mediante
a=vidade
administra=va
plenamente
vinculada".
73
1. Receitas Correntes
1.
Receita
corrente
-‐
Tributária
O
art.
5º
do
CTN
e
os
incisos
I,
II
e
III
do
art.
145
da
CF/88
tratam
das
espécies
tributárias
impostos,
taxas
e
contribuições
de
melhoria.
74
www.acasadoconcurseiro.com.br 1589
1. Receitas Correntes
2.
Receita
corrente
-‐
Contribuições
Segundo
a
classificação
orçamentária,
Contribuições
são
Origem
da
Categoria
Econômica
Receitas
Correntes.
As
contribuições
classificam-‐se
nas
seguintes
espécies:
CONTRIBUIÇÕES
SOCIAIS
CONTRIBUIÇÕES
DE
INTERVENÇÃO
NO
DOMÍNIO
ECONÔMICO
CONTRIBUIÇÃO
DE
INTERESSE
DAS
CATEGORIAS
PROFISSIONAIS
OU
ECONÔMICAS
CONTRIBUIÇÃO
DE
ILUMINAÇÃO
PÚBLICA
75
1. Receitas Correntes
3.
Receita
corrente
-‐
Patrimonial
São
receitas
provenientes
da
fruição
do
patrimônio
de
ente
público,
como
por
exemplo,
bens
mobiliários
e
imobiliários
ou,
ainda,
bens
intangíveis
e
par:cipações
societárias.
São
classificadas
no
orçamento
como
receitas
correntes
e
de
natureza
patrimonial.
Quanto
à
procedência,
trata-‐se
de
receitas
originárias.
Podemos
citar
como
espécie
de
receita
patrimonial
as
compensações
financeiras,
concessões
e
permissões,
dentre
outras.
76
1590 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Receitas Públicas – Prof. Fábio Furtado
1. Receitas Correntes
4.
Receita
corrente
-‐
Agropecuária
São
receitas
correntes,
cons)tuindo,
também,
uma
origem
de
receita
específica
na
classificação
orçamentária.
Quanto
à
procedência,
trata-‐se
de
uma
receita
originária,
com
o
Estado
atuando
como
empresário,
em
pé
de
igualdade
como
o
par)cular.
Decorrem
da
exploração
econômica,
por
parte
do
ente
público,
de
a?vidades
agropecuárias,
tais
como
a
venda
de
produtos:
agrícolas
(grãos,
tecnologias,
insumos
etc.);
pecuários
(sêmens,
técnicas
em
inseminação,
matrizes
etc.);
para
reflorestamentos
e
etc.
77
1. Receitas Correntes
5.
Receita
corrente
-‐
Industrial
Trata-‐se
de
receitas
correntes,
cons.tuindo
outra
origem
específica
na
classificação
orçamentária
da
receita.
São
receitas
originárias,
provenientes
das
a7vidades
industriais
exercidas
pelo
ente
público.
Encontram-‐se
nessa
classificação
receitas
provenientes
de
a7vidades
econômicas,
tais
como:
da
indústria
extra,va
mineral;
da
indústria
de
transformação;
da
indústria
de
construção;
e
outras
receitas
industriais
de
u,lidade
pública.
78
www.acasadoconcurseiro.com.br 1591
1. Receitas Correntes
6.
Receita
corrente
-‐
Serviços
São
receitas
correntes,
cuja
classificação
orçamentária
cons5tui
origem
específica,
abrangendo
as
receitas
decorrentes
das
a3vidades
econômicas
na
prestação
de
serviços
por
parte
do
ente
público,
tais
como:
comércio,
transporte,
comunicação,
serviços
hospitalares,
armazenagem,
serviços
recrea7vos,
culturais,
etc.
Tais
serviços
são
remunerados
mediante
preço
público,
também
chamado
de
tarifa.
Exemplos
de
naturezas
orçamentárias
de
receita
dessa
origem
são
os
seguintes:
Serviços
Comerciais;
Serviços
de
Transporte;
Serviços
Portuários
etc.
79
1. Receitas Correntes
7.
Receita
corrente
–
Transferências
correntes
Na
ó%ca
orçamentária,
são
recursos
financeiros
recebidos
de
outras
pessoas
de
direito
público
ou
privado
des:nados
a
atender
despesas
de
manutenção
ou
funcionamento
relacionadas
a
uma
finalidade
pública
específica,
mas
que
não
correspondam
a
uma
contraprestação
direta
em
bens
e
serviços
a
quem
efetuou
a
transferência.
Os
recursos
da
transferência
são
vinculados
à
finalidade
pública,
e
não
a
pessoa.
Podem
ocorrer
a
nível
intragovernamental
(dentro
do
âmbito
de
um
mesmo
governo)
ou
intergovernamental
(governos
diferentes,
da
União
para
Estados,
do
Estado
para
os
Municípios,
por
exemplo),
assim
como
recebidos
de
ins%tuições
privadas.
80
1592 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Receitas Públicas – Prof. Fábio Furtado
1. Receitas Correntes
7.
Receita
corrente
–
Transferências
correntes
Nas
Transferências
Correntes,
podemos
citar
como
exemplos
as
seguintes
espécies:
81
1. Receitas Correntes
9.
Receita
corrente
–
Outras
receitas
correntes
Neste
&tulo,
inserem-‐se
multas
e
juros
de
mora,
indenizações
e
res8tuições,
receitas
da
dívida
a8va
e
as
outras
receitas
não
classificadas
nas
receitas
correntes
anteriores.
Podemos
citar
como
exemplos
as
seguintes
espécies,
dentre
outras:
RECEITAS
DE
MULTAS
RECEITAS
DA
DÍVIDA
ATIVA
82
www.acasadoconcurseiro.com.br 1593
1. Receitas Correntes
9.
Receita
corrente
–
Outras
receitas
correntes
RECEITAS
DE
MULTAS
As
multas
também
são
um
-po
de
receita
pública,
de
caráter
não
tributário,
cons-tuindo-‐se
em
ato
de
penalidade
de
natureza
pecuniária
aplicado
pela
Administração
Púbica
aos
administrados.
Dependem,
sempre,
de
prévia
cominação
em
lei
ou
contrato,
cabendo
sua
imposição
ao
respec-vo
órgão
competente
(poder
de
polícia).
Conforme
prescreve
o
§4º
do
art.
11
da
Lei
nº
4.320,
de
1964,
as
multas
classificam-‐se
como
“outras
receitas
correntes”.
Podem
decorrer
do
descumprimento
de
preceitos
específicos
previstos
na
legislação
pátria,
ou
de
mora
pelo
não
pagamento
das
obrigações
principais
ou
acessórias
nos
prazos
previstos.
83
1. Receitas Correntes
9.
Receita
corrente
–
Outras
receitas
correntes
RECEITAS
DA
DÍVIDA
ATIVA
São
os
créditos
da
Fazenda
Pública,
de
natureza
tributária
ou
não
tributária,
exigíveis
em
virtude
do
transcurso
do
prazo
para
pagamento.
Este
crédito
é
cobrado
por
meio
da
emissão
de
cer@dão
de
dívida
a@va
da
Fazenda
Pública
da
União,
inscrita
na
forma
da
lei,
com
validade
de
Ctulo
execu@vo.
Isso
confere
à
cer@dão
da
dívida
a@va
caráter
líquido
e
certo,
embora
se
admita
prova
em
contrário.
Dívida
A@va
Tributária
é
o
crédito
da
Fazenda
Pública
proveniente
da
obrigação
legal
rela@va
a
tributos
e
respec@vos
adicionais,
atualizações
monetárias,
encargos
e
multas
tributárias.
Dívida
A@va
Não
Tributária
corresponde
aos
demais
créditos
da
Fazenda
Pública.
As
receitas
decorrentes
de
dívida
a=va
tributária
ou
não
tributária
devem
ser
classificadas
como
“outras
receitas
correntes”.
84
1594 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Receitas Públicas – Prof. Fábio Furtado
2. Receitas de Capital
1.
Receita
de
capital
–
Operações
de
crédito
Origem
de
recursos
da
Categoria
Econômica
“Receitas
de
Capital”,
são
recursos
financeiros
oriundos
da
colocação
de
:tulos
públicos
ou
da
contratação
de
emprés>mos
ob6das
junto
a
en6dades
públicas
ou
privadas,
internas
ou
externas.
São
espécies
desse
6po
de
receita:
-‐
Operações
de
Crédito
Internas;
-‐
Operações
de
Crédito
Externas;
85
2. Receitas de Capital
2.
Receita
de
capital
–
Alienação
de
bens
Origem
de
recursos
da
Categoria
Econômica
“Receitas
de
Capital”,
são
ingressos
financeiros
com
origem
específica
na
classificação
orçamentária
da
receita
proveniente
da
alienação
de
bens
móveis
ou
imóveis
de
propriedade
do
ente
público.
Nos
termos
do
ar+go
44
da
Lei
de
Responsabilidade
Fiscal
–
LRF,
é
vedada
a
aplicação
da
receita
de
capital
decorrente
da
alienação
de
bens
e
direitos
que
integrem
o
patrimônio
público,
para
financiar
despesas
correntes,
salvo
as
des+nadas
por
lei
aos
regimes
previdenciários
geral
e
próprio
dos
servidores
públicos.
86
www.acasadoconcurseiro.com.br 1595
2. Receitas de Capital
3.
Receita
de
Capital
–
Amor3zação
de
Emprés3mos
São
ingressos
financeiros
provenientes
da
amor3zação
de
financiamentos
ou
emprés3mos
concedidos
pelo
ente
público
em
'tulos
e
contratos.
Na
classificação
orçamentária
da
receita
são
receitas
de
capital,
origem
específica
“amor3zação
de
emprés3mos
concedidos”
e
representam
o
retorno
de
recursos
anteriormente
emprestados
pelo
poder
público.
Embora
a
amor3zação
de
emprés3mos
seja
origem
da
categoria
econômica
“Receitas
de
Capital”,
os
juros
recebidos,
associados
a
esses
emprés3mos,
são
classificados
em
“Receitas
Correntes
/
de
Serviços
/
Serviços
Financeiros”.
87
2. Receitas de Capital
4.
Receita
de
capital
–
Transferências
de
capital
Na
ó%ca
orçamentária,
são
recursos
financeiros
recebidos
de
outras
pessoas
de
Direito
público
ou
privado
e
des;nados
para
atender
despesas
em
inves;mentos
ou
inversões
financeiras,
a
fim
de
sa%sfazer
finalidade
pública
específica;
sem
corresponder,
entretanto,
a
contraprestação
direta
ao
ente
transferidor.
Os
recursos
da
transferência
ficam
vinculados
à
finalidade
pública
e
não
a
pessoa.
Podem
ocorrer
a
nível
intragovernamental
(dentro
do
âmbito
de
um
mesmo
governo)
ou
intergovernamental
(governos
diferentes,
da
União
para
Estados,
do
Estado
para
os
Municípios,
por
exemplo),
assim
como
recebidos
de
ins%tuições
privadas
(do
exterior
e
de
pessoas).
88
1596 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Receitas Públicas – Prof. Fábio Furtado
2. Receitas de Capital
5.
Receita
de
capital
–
Outras
receitas
de
capital
São
classificadas
nessa
origem
as
receitas
de
capital
que
não
atendem
às
especificações
anteriores;
ou
seja:
na
impossibilidade
de
serem
classificadas
nas
origens
anteriores.
89
www.acasadoconcurseiro.com.br 1597
Administração Financeira
Conteúdo da Aula
Lançamento
Arrecadação
Recolhimento
www.acasadoconcurseiro.com.br 1599
Estágios, Etapas, Fases
da Receita Orçamentária
Previsão
Lançamento
Arrecadação
Recolhimento
Previsão
Projeto de LOA
Receitas Previstas Despesas Fixadas
(Créditos Orçamentários)
1600 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Financeira – Estágios das Receitas Públicas – Prof. Fábio Furtado
Lançamento
Arrecadação
Recolhimento
Lançamento
Carnê do IPTU
www.acasadoconcurseiro.com.br 1601
Estágios, Etapas, Fases
da Receita Orçamentária
Previsão
Lançamento
Arrecadação
Recolhimento
13
Arrecadação
IPTU
CONTRIBUINTE BANCO
1602 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Financeira – Estágios das Receitas Públicas – Prof. Fábio Furtado
Arrecadação
IPTU
CONTRIBUINTE BANCO
No estágio da ARRECADAÇÃO, o
valor já é de propriedade do ente
público. No entanto, ainda não está
efetivamente em seu poder. Isto,
somente, acontecerá quando ocorrer
o estágio do recolhimento.
17
Lançamento
Arrecadação
Recolhimento
19
www.acasadoconcurseiro.com.br 1603
Recolhimento
CONTA
ÚNICA
DO
TESOURO
BANCO
Recolhimento
CONTA
ÚNICA
DO
TESOURO
BANCO
23
1604 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Financeira – Estágios das Receitas Públicas – Prof. Fábio Furtado
25
Perguntas:
1. Quanto foi executado de receita orçamentária?
R: R$ 3.000,00 (total arrecadado).
2. Quanto foi transferido pelo agente arrecadador ao
ente público, isto é, quanto já está disponível para o
ente público poder desembolsar?
R: R$ 1.000,00 (total recolhido).
3. Qual contribuinte deverá ser inscrito em dívida
ativa?
R: O contribuinte “D” deverá ser inscrito em dívida
ativa. (Lançamento: R$ 1.000,00 – Arrecadação: 0,00 =
Dívida Ativa: R$ 1.000,00).
27
www.acasadoconcurseiro.com.br 1605
SLIDES PARA LEITURA
Estágios ou Etapas ou Fases da Receita
Orçamentária, de acordo com o MCASP –
Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor
Público, da STN – Parte I – Procedimentos
Contábeis Orçamentários e MTO – Manual
Técnico de Orçamento, da SOF:
29
Planejamento: Previsão;
Execução: Lançamento, Arrecadação e Recolhimento.
31
1606 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Financeira – Estágios das Receitas Públicas – Prof. Fábio Furtado
Assim:
Planejamento:
Previsão;
Execução:
Lançamento;
Arrecadação;
Recolhimento.
33
OBSERVAÇÃO:
35
www.acasadoconcurseiro.com.br 1607
Estágios, Etapas, Fases
da Receita Orçamentária
PLANEJAMENTO
37
1. Previsão
A previsão implica planejar e estimar a arrecadação das
receitas orçamentárias que constarão na proposta
orçamentária. Isso deverá ser realizado em conformidade
com as normas técnicas e legais correlatas e, em especial,
com as disposições constantes na Lei Complementar no 101,
de 4 de maio de 2000, Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF.
Sobre o assunto, vale citar o art. 12 da referida norma:
1608 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Financeira – Estágios das Receitas Públicas – Prof. Fábio Furtado
1. Previsão
No âmbito federal, a metodologia de projeção de receitas
orçamentárias busca assimilar o comportamento da arrecadação de
determinada receita em exercícios anteriores, a fim de projetá-la
para o período seguinte, com o auxílio de modelos estatísticos e
matemáticos. A busca deste modelo dependerá do comportamento
da série histórica de arrecadação e de informações fornecidas pelos
órgãos orçamentários ou unidades arrecadadoras envolvidos no
processo.
A previsão de receitas é a etapa que antecede à fixação do
montante de despesas que irão constar nas leis de orçamento,
além de ser base para se estimar as necessidades de
financiamento do governo.
O Anexo I ao MCASP apresenta, a título exemplificativo, algumas
fórmulas de projeção e as correspondentes hipóteses nas quais elas
seriam utilizadas.
41
EXECUÇÃO
43
www.acasadoconcurseiro.com.br 1609
1. Lançamento
O art. 53 da Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964, define o
lançamento como ato da repartição competente, que
verifica a procedência do crédito fiscal e a pessoa que lhe é
devedora e inscreve o débito desta. Por sua vez, para o art.
142 do Código Tributário Nacional, lançamento é o
procedimento administrativo que verifica a ocorrência do
fato gerador da obrigação correspondente, determina a
matéria tributável, calcula o montante do tributo devido,
identifica o sujeito passivo e, sendo o caso, propõe a
aplicação da penalidade cabível.
1. Lançamento
Observa-se que, segundo o disposto nos arts. 142 a 150
da Lei no 5.172, de 25 de outubro de 1966, Código
Tributário Nacional, a etapa de lançamento situa-se no
contexto de constituição do crédito tributário, ou seja,
aplica-se a impostos, taxas e contribuições de melhoria.
47
1610 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Financeira – Estágios das Receitas Públicas – Prof. Fábio Furtado
2. Arrecadação
Corresponde à entrega dos recursos devidos ao Tesouro
pelos contribuintes ou devedores, por meio dos agentes
arrecadadores ou instituições financeiras autorizadas pelo
ente.
Nota do Professor:
3. Recolhimento
É a transferência dos valores arrecadados à conta
específica do Tesouro, responsável pela administração e
controle da arrecadação e programação financeira,
observando-se o Princípio da Unidade de Tesouraria ou
de Caixa, conforme determina o art. 56 da Lei nº 4.320,
de 1964, a seguir transcrito:
51
www.acasadoconcurseiro.com.br 1611
Direito Financeiro
Aula XX
DESPESAS PÚBLICAS
DESPESAS PÚBLICAS
Classificação quanto
à Natureza
www.acasadoconcurseiro.com.br 1613
DESPESAS EXTRAORÇAMENTÁRIAS
- Cauções Devolvidas
- Retenções Recolhidas
- Consignações Recolhidas
- Resgate de ARO
- Salários Reclamados
DESPESAS EXTRAORÇAMENTÁRIAS
- Cauções Devolvidas
- Retenções Recolhidas
- Consignações Recolhidas
- Resgate de ARO
- Salários Reclamados
1614 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Despesas Públicas – Prof. Fábio Furtado
Cauções Devolvidas
Exemplo:
EMPRESA
X
R$
120.000,00
(contrato
de
12
meses)
X
3%
3.600,00
C/C
DO
ÓRGÃO
PÚBLICO
www.acasadoconcurseiro.com.br 1615
Balanço Patrimonial (quando da
devolução da caução)
ATIVO
PASSIVO
A'vo
Financeiro
(AF):
Passivo
Financeiro
(PF):
(Dívida
Flutuante)
Bancos
3.600,00
Cauções
a
Devolver
3.600,00
DESPESAS EXTRAORÇAMENTÁRIAS
- Cauções Devolvidas
- Retenções Recolhidas
- Consignações Recolhidas
- Resgate de ARO
- Salários Reclamados
1616 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Despesas Públicas – Prof. Fábio Furtado
Balanço Patrimonial
(na apropriação da Folha, reconhecendo as obrigações
a pagar)
ATIVO
PASSIVO
A'vo
Financeiro
(AF):
Passivo
Financeiro
(PF):
(Dívida
Flutuante)
Bancos
700
Salários
a
Pagar
300
Retenções
a
Recolher
200
Consignações
a
Recolher
200
10
www.acasadoconcurseiro.com.br 1617
Balanço Patrimonial
(no pagamento dos salários líquidos)
ATIVO
PASSIVO
A'vo
Financeiro
(AF):
Passivo
Financeiro
(PF):
(Dívida
Flutuante)
Bancos
700
Salários
a
Pagar
300
(300)
Retenções
a
Recolher
200
400
Consignações
a
Recolher
200
SF
=
AF
(-‐)
PF
SF
=
400
(-‐)
400
(dinheiro
em
caráter
temporário)
SF
=
0
11
Balanço Patrimonial
(no recolhimento das retenções/consignações)
ATIVO
PASSIVO
A'vo
Financeiro
(AF):
Passivo
Financeiro
(PF):
(Dívida
Flutuante)
Bancos
400
Retenções
a
Recolher
200
Consignações
a
Recolher
200
12
1618 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Despesas Públicas – Prof. Fábio Furtado
DESPESAS EXTRAORÇAMENTÁRIAS
- Cauções Devolvidas
- Retenções Recolhidas
- Consignações Recolhidas
- Resgate de ARO
- Salários Reclamados
Balanço Patrimonial
ATIVO
PASSIVO
A'vo
Financeiro
(AF):
Passivo
Financeiro
(PF):
(Dívida
Flutuante)
Bancos
5.000,00
Fornecedores
5.000,00
14
www.acasadoconcurseiro.com.br 1619
Balanço Patrimonial 31/12/x
ATIVO
PASSIVO
A'vo
Financeiro
(AF):
Passivo
Financeiro
(PF):
(Dívida
Flutuante)
Bancos
5.000,00
Fornecedores
5.000,00
(4.000,00)
(4.000,00)
1.000,00
Restos
a
Pagar
1.000,00
SF
=
AF
(-‐)
PF
SF
=
1.000
(-‐)
1.000
(dinheiro
em
caráter
temporário)
SF
=
0
15
16
1620 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Despesas Públicas – Prof. Fábio Furtado
- Transferências Correntes
- Inversões Financeiras (não altera o PIB)
Subvenções Subvenções
Sociais Econômicas
- Transferências de Capital
(Sem (Com
finalidade finalidade
lucrativa) lucrativa)
17
- Transferências Correntes
- Inversões Financeiras (não altera o PIB)
Subvenções Subvenções
Sociais Econômicas
- Transferências de Capital
(Sem (Com
finalidade finalidade
lucrativa) lucrativa)
17
www.acasadoconcurseiro.com.br 1621
Despesas Correntes/Custeio
19
Despesas Correntes/Custeio
Lei
nº
4.320/64:
DESPESAS
CORRENTES
Despesas
de
CUSTEIO
Pessoal
Civil
Pessoal
Militar
Material
de
Consumo
Serviços
de
Terceiros”
20
1622 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Despesas Públicas – Prof. Fábio Furtado
- Transferências Correntes
- Inversões Financeiras (não altera o PIB)
Subvenções Subvenções
Sociais Econômicas
- Transferências de Capital
(Sem (Com
finalidade finalidade
lucrativa) lucrativa)
21
Despesas Correntes/Transferências
Correntes
Lei
nº
4.320/64:
“Art.
12,
§2º.
Classificam-‐se
como
Transferências
Correntes
as
dotações
p a r a
d e s p e s a s
à s
q u a i s
n ã o
corresponda
contraprestação
direta
em
bens
ou
serviços,
inclusive
para
contribuições
e
subvenções
des@nadas
a
atender
à
manutenção
de
outras
en@dades
de
direito
público
ou
privado”.
22
www.acasadoconcurseiro.com.br 1623
Transferências
TRANSFERÊNCIAS
CORRENTES:
Exemplo:
Foi
firmado
um
convênio
entre
a
União
e
um
determinado
município
para
aquisição
de
medicamentos
para
a
rede
pública
municipal.
A
União
repassará
ao
município
um
valor
de
R$
1.000.000,00
para
a
realização
dessa
compra
(despesa
corrente/custeio)
ou
(despesa
corrente/outras
despesas
correntes/aplicações
diretas/material
de
consumo/
drogas
e
medicamentos
=
c.g.mm.ee.dd
=
3.3.90.30.xx).
23
Transferências
TRANSFERÊNCIAS
CORRENTES:
24
1624 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Despesas Públicas – Prof. Fábio Furtado
Transferências
TRANSFERÊNCIAS
CORRENTES:
24
- Transferências Correntes
- Inversões Financeiras (não altera o PIB)
Subvenções Subvenções
Sociais Econômicas
- Transferências de Capital
(Sem (Com
finalidade finalidade
lucrativa) lucrativa)
26
www.acasadoconcurseiro.com.br 1625
Despesas Correntes/Transferências Correntes/
Subvenções
Lei
nº
4.320/64:
“Art.
12,
§3º
Consideram-‐se
subvenções,
para
os
efeitos
desta
Lei,
as
transferências
des7nadas
a
cobrir
despesas
de
custeio
das
en7dades
beneficiadas,
dis2nguindo-‐se
como:
I
-‐
subvenções
sociais,
as
que
se
des7nem
a
ins7tuições
públicas
ou
privadas
de
caráter
assistencial
ou
cultural
sem
finalidade
lucra7va;
27
1626 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Despesas Públicas – Prof. Fábio Furtado
- Transferências Correntes
- Inversões Financeiras (não altera o PIB)
Subvenções Subvenções
Sociais Econômicas
- Transferências de Capital
(Sem (Com
finalidade finalidade
lucrativa) lucrativa)
30
www.acasadoconcurseiro.com.br 1627
Despesas de Capital/
Investimentos
Lei
nº
4.320/64:
“Art.
12,
§4º.
Classificam-‐se
como
Inves.mentos
as
dotações
para
o
planejamento
e
a
execução
de
obras,
inclusive
as
des7nadas
à
aquisição
de
imóveis
considerados
necessários
à
realização
destas
úl.mas,
bem
como
para
os
programas
especiais
de
trabalho,
aquisição
de
instalações,
equipamentos
e
material
permanente
e
cons8tuição
ou
aumento
do
capital
de
empresas
que
não
sejam
de
caráter
comercial
ou
financeiro”.
31
Despesas de Capital/
Lei
nº
4.320/64:
Investimentos
“Art.
13...
DESPESAS
DE
CAPITAL
INVESTIMENTOS
Obras
Públicas
Serviços
em
Regime
de
Programação
Especial
Equipamentos
e
Instalações
Material
Permanente
Par5cipação
em
Cons5tuição
ou
Aumento
de
Capital
de
Empresas
ou
En5dades
Industriais
ou
Agrícolas
32
1628 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Despesas Públicas – Prof. Fábio Furtado
- Transferências Correntes
- Inversões Financeiras (não altera o PIB)
Subvenções Subvenções
Sociais Econômicas
- Transferências de Capital
(Sem (Com
finalidade finalidade
lucrativa) lucrativa)
33
34
www.acasadoconcurseiro.com.br 1629
Despesas Correntes/Inversões
Lei
nº
4.320/64:
Financeiras
“Art.
13...
DESPESAS
DE
CAPITAL
INVERSÕES
FINANCEIRAS
- Transferências Correntes
- Inversões Financeiras (não altera o PIB)
Subvenções Subvenções
Sociais Econômicas
- Transferências de Capital
(Sem (Com
finalidade finalidade
lucrativa) lucrativa)
36
1630 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Despesas Públicas – Prof. Fábio Furtado
Transferências
TRANSFERÊNCIAS
DE
CAPITAL:
Exemplo:
Foi
firmado
um
convênio
entre
a
União
e
um
determinado
município
para
a
construção
de
um
estádio
de
futebol.
A
União
repassará
ao
município
um
valor
de
R$
100.000.000,00
para
a
realização
dessa
obra
(despesa
de
capital/
invesEmentos)
ou
(despesa
de
capital/
invesEmentos/aplicações
diretas/obras
e
instalações
=
c.g.mm.ee.dd
=
4.4.90.51.xx).
38
www.acasadoconcurseiro.com.br 1631
Transferências
TRANSFERÊNCIAS
DE
CAPITAL:
39
“Art.
13...
DESPESAS
DE
CAPITAL
TRANSFERÊNCIA
DE
CAPITAL
1632 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Despesas Públicas – Prof. Fábio Furtado
DESPESAS
ORÇAMENTÁRIAS
Classificação quanto às
Categorias Econômicas
41
42
www.acasadoconcurseiro.com.br 1633
Categoria Econômica da
DESPESAS
CORRENTES
Despesa
Classificam-‐se
nessa
categoria
todas
as
d e s p e s a s
q u e
n ã o
c o n t r i b u e m ,
diretamente,
para
a
formação
ou
aquisição
de
um
bem
de
capital.
43
Categoria Econômica da
Despesa
DESPESAS
DE
CAPITAL
1634 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Despesas Públicas – Prof. Fábio Furtado
É
um
agregador
de
elementos
de
despesa
com
as
mesmas
caracterís0cas
quanto
ao
objeto
de
gasto,
conforme
discriminado
a
seguir:
1
Pessoal
e
Encargos
Sociais
2
Juros
e
Encargos
da
Dívida
3
Outras
Despesas
Correntes
4
InvesGmentos
5
Inversões
Financeiras
6
AmorGzação
da
Dívida
45
DESPESAS
ORÇAMENTÁRIAS
Classificação quanto às
Categorias Econômicas
46
www.acasadoconcurseiro.com.br 1635
1
–
Pessoal
e
Encargos
Sociais
Despesas
orçamentárias
com
pessoal
a"vo
e
ina"vo
e
pensionistas,
rela0vas
a
mandatos
ele0vos,
cargos,
funções
ou
empregos,
civis,
militares
e
de
membros
de
P o d e r ,
c o m
q u a i s q u e r
e s p é c i e s
remuneratórias,
tais
como
vencimentos
e
vantagens,
fixas
e
variáveis,
subsídios,
proventos
da
aposentadoria,
reformas
e
pensões,
inclusive
adicionais,
gra0ficações,
horas
extras
e
vantagens
pessoais
de
qualquer
natureza,
bem
como
encargos
sociais
e
contribuições
recolhidas
pelo
ente
às
en;dades
de
previdência,
conforme
estabelece
o
caput
do
art.
18
da
Lei
Complementar
no
101,
de
2000.
47
DESPESAS
ORÇAMENTÁRIAS
Classificação quanto às
Categorias Econômicas
48
1636 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Despesas Públicas – Prof. Fábio Furtado
49
DESPESAS
ORÇAMENTÁRIAS
Classificação quanto às
Categorias Econômicas
50
www.acasadoconcurseiro.com.br 1637
3
–
Outras
Despesas
Correntes
Despesas
orçamentárias
com
aquisição
de
material
de
consumo,
pagamento
de
diárias,
contribuições,
subvenções,
auxílio-‐alimentação,
auxílio-‐transporte,
além
de
outras
despesas
da
categoria
econômica
"Despesas
Correntes"
não
classificáveis
nos
demais
grupos
de
natureza
de
despesa.
51
DESPESAS
ORÇAMENTÁRIAS
Classificação quanto às
Categorias Econômicas
52
1638 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Despesas Públicas – Prof. Fábio Furtado
4
–
Inves)mentos
Despesas
orçamentárias
com
so.wares
e
com
o
planejamento
e
a
execução
de
obras,
inclusive
com
a
aquisição
de
imóveis
considerados
necessários
à
realização
destas
úl)mas,
e
com
a
aquisição
de
instalações,
equipamentos
e
material
permanente.
53
DESPESAS
ORÇAMENTÁRIAS
Classificação quanto às
Categorias Econômicas
54
www.acasadoconcurseiro.com.br 1639
5
–
Inversões
Financeiras
Despesas
orçamentárias
com
a
aquisição
de
imóveis
ou
bens
de
capital
já
em
u>lização;
aquisição
de
@tulos
representa>vos
do
capital
de
empresas
ou
en4dades
de
qualquer
espécie,
já
cons4tuídas,
quando
a
operação
não
importe
aumento
do
capital;
e
com
a
cons>tuição
ou
aumento
do
capital
de
empresas,
além
de
outras
despesas
classificáveis
neste
grupo.
55
DESPESAS
ORÇAMENTÁRIAS
Classificação quanto às
Categorias Econômicas
56
1640 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Despesas Públicas – Prof. Fábio Furtado
57
Observação:
A
Reserva
de
Con,ngência
e
a
Reserva
do
RPPS,
des(nadas
ao
atendimento
de
passivos
con(ngentes
e
outros
riscos,
bem
como
eventos
fiscais
imprevistos,
inclusive
a
abertura
de
créditos
adicionais,
serão
classificadas,
no
que
se
refere
ao
grupo
de
natureza
de
despesa,
com
o
código
"9".
58
www.acasadoconcurseiro.com.br 1641
Codificação da Despesa
CLASSIFICAÇÃO
DA
DESPESA
ORÇAMENTÁRIA
POR
NATUREZA
A
classificação
da
despesa
orçamentária,
segundo
a
sua
natureza,
compõe-‐
se
de:
I
–
Categoria
Econômica;
II
–
Grupo
de
Natureza
da
Despesa;
e
III
–
Elemento
de
Despesa.
A
natureza
da
despesa
será
complementada
pela
informação
gerencial
denominada
“modalidade
de
aplicação”,
a
qual
tem
por
finalidade
indicar
se
os
recursos
são
aplicados
diretamente
por
órgãos
ou
en4dades
no
âmbito
da
mesma
esfera
de
Governo
ou
por
outro
Ente
da
Federação
e
suas
respec4vas
en4dades,
e
obje4va,
precipuamente,
possibilitar
a
eliminação
da
dupla
contagem
dos
recursos
transferidos
ou
descentralizados.
59
Codificação da Despesa
ESTRUTURA
DA
NATUREZA
DA
DESPESA
ORÇAMENTÁRIA
O
conjunto
de
informações
que
cons4tui
a
natureza
de
despesa
orçamentária
forma
um
código
estruturado
que
agrega
a
categoria
econômica,
o
grupo,
a
modalidade
de
aplicação
e
o
elemento.
Essa
estrutura
deve
ser
observada
na
execução
orçamentária
de
todas
as
esferas
de
governo.
O
código
da
natureza
de
despesa
orçamentária
é
composto
por
seis
dígitos,
desdobrado
até
o
nível
de
elemento
ou,
opcionalmente,
por
oito,
contemplando
o
desdobramento
facultaFvo
do
elemento:
A
classificação
da
Reserva
de
ConFngência
bem
como
a
Reserva
do
Regime
Próprio
de
Previdência
Social,
quanto
à
natureza
da
despesa
orçamentária,
serão
idenAficadas
com
o
código
“9.9.99.99”,
conforme
estabelece
o
parágrafo
único
do
art.
8º
da
Portaria
Interministerial
STN/SOF
nº
163,
de
2001.
60
1642 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Despesas Públicas – Prof. Fábio Furtado
Codificação da Despesa
ESTRUTURA
DA
NATUREZA
DA
DESPESA
ORÇAMENTÁRIA
A
estrutura
formada
por
código
numérico
de
8
dígitos
é:
Categoria
Econômica,
Grupo
de
Natureza
Da
Despesa,
Modalidade
de
Aplicação,
Elemento
da
Despesa,
Desdobramento
Faculta'vo
do
Elemento
de
Despesa:
c.g.mm.ee.dd
61
62
www.acasadoconcurseiro.com.br 1643
GRUPO
DE
NATUREZA
DA
DESPESA
(GND)
É
um
agregador
de
elementos
de
despesa
com
as
mesmas
caracterís0cas
quanto
ao
objeto
de
gasto,
conforme
discriminado
a
seguir:
1
Pessoal
e
Encargos
Sociais
2
Juros
e
Encargos
da
Dívida
3
Outras
Despesas
Correntes
4
InvesGmentos
5
Inversões
Financeiras
6
AmorGzação
da
Dívida
63
1644 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Despesas Públicas – Prof. Fábio Furtado
66
www.acasadoconcurseiro.com.br 1645
MODALIDADE
DE
APLICAÇÃO
90
–
Aplicações
Diretas
Aplicação
direta,
pela
unidade
orçamentária,
dos
créditos
a
ela
alocados
ou
oriundos
de
descentralização
de
outras
en7dades
integrantes
ou
não
dos
Orçamentos
Fiscal
ou
da
Seguridade
Social,
no
âmbito
da
mesma
esfera
de
governo.
67
68
1646 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Despesas Públicas – Prof. Fábio Furtado
69
70
www.acasadoconcurseiro.com.br 1647
ELEMENTO
DE
DESPESA
(alguns
exemplos)
01
Aposentadorias
e
Reformas
03
Pensões
11
Vencimentos
e
Vantagens
Fixas
–
Pessoal
Civil
13
Obrigações
Patronais
14
Diárias
–
Civil
15
Diárias
–
Militar
30
Material
de
Consumo
33
Passagens
e
Despesas
com
Locomoção
36
Outros
Serviços
de
Terceiros
–
Pessoa
Física
39
Outros
Serviços
de
Terceiros
–
Pessoa
Jurídica
51
Obras
e
Instalações
52
Equipamentos
e
Material
Permanente
61
Aquisição
de
Imóveis
71
72
1648 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Despesas Públicas – Prof. Fábio Furtado
Codificação da Despesa
Exemplo:
1.
Despesas
com
Vencimentos
e
Vantagens
Fixas
de
Pessoal.
c
g
mm
ee
dd
3
1
90
11
xx
Onde:
3.
Categoria
Econômica:
Despesas
Correntes;
1.
grupo
de
natureza
da
despesa:
Pessoal
e
Encargos
Sociais;
90.
mmodalidade
de
aplicação:
Aplicação
Direta;
11.
eelemento
de
despesa:
Vencimentos
e
Vantagens
Fixas
de
Pessoal;
xx.
ddesdobramento
faculta?vo
do
elemento
da
despesa:
depende
do
código
atribuído
pelo
Ente
Público
(U,
E,
DF
ou
M),
caso
tenha
desdobrado
os
elementos
da
despesa.
73
Codificação da Despesa
Exemplo:
2.
Despesas
com
aquisições
de
materiais
de
consumo
(medicamentos,
merendas,
material
de
limpeza,
material
de
copa
e
cozinha,
material
de
expediente
etc.)
c
g
mm
ee
dd
3
3
90
30
xx
Onde:
3.
Categoria
Econômica:
Despesas
Correntes;
3.
grupo
de
natureza
da
despesa:
Outras
Despesas
Correntes;
90.
mmodalidade
de
aplicação:
Aplicação
Direta;
30.
eelemento
de
despesa:
Material
de
Consumo;
xx.
ddesdobramento
facultaFvo
do
elemento
da
despesa:
depende
do
código
atribuído
pelo
Ente
Público
(U,
E,
DF
ou
M),
caso
tenha
desdobrado
os
elementos
da
despesa.
74
www.acasadoconcurseiro.com.br 1649
Codificação da Despesa
Exemplo:
3.
Despesas
com
contratações
de
Serviços
de
Terceiros
de
Pessoa
Jurídica
(fornecimento
de
Energia
Elétrica,
de
água,
de
telefonia,
de
gás,
manutenção
dos
elevadores
etc.)
c
g
mm
ee
dd
3
3
90
39
xx
Onde:
3.
Categoria
Econômica:
Despesas
Correntes;
3.
grupo
de
natureza
da
despesa:
Outras
Despesas
Correntes;
90.
mmodalidade
de
aplicação:
Aplicação
Direta;
39.
eelemento
de
despesa:
Outros
Serviços
de
Terceiros
–
Pessoa
Jurídica;
xx.
ddesdobramento
facultaFvo
do
elemento
da
despesa:
depende
do
código
atribuído
pelo
Ente
Público
(U,
E,
DF
ou
M),
caso
tenha
desdobrado
os
elementos
da
despesa.
75
Codificação da Despesa
Exemplo:
4.
Despesas
com
Obras
e
Instalações
(Construção
de
Rodovias,
Construção
de
Escolas,
Construção
de
Hospitais
etc.)
c
g
mm
ee
dd
4
4
90
51
xx
Onde:
4.
Categoria
Econômica:
Despesas
de
Capital;
4.
grupo
de
natureza
da
despesa:
Inves5mentos;
90.
mmodalidade
de
aplicação:
Aplicação
Direta;
51.
eelemento
de
despesa:
Obras
e
Instalações;
xx.
ddesdobramento
facultaFvo
do
elemento
da
despesa:
depende
do
código
atribuído
pelo
Ente
Público
(U,
E,
DF
ou
M),
caso
tenha
desdobrado
os
elementos
da
despesa.
76
1650 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Despesas Públicas – Prof. Fábio Furtado
Codificação da Despesa
Exemplo:
5.
Despesas
com
aquisições
de
Equipamentos
e
Materiais
Permanentes
(Ambulâncias,
Veículos
Oficiais,
Tratores,
Computadores,
Mobiliário
em
Geral,
Carteiras
Escolares
etc.)
c
g
mm
ee
dd
4
4
90
52
xx
Onde:
4.
Categoria
Econômica:
Despesas
de
Capital;
4.
grupo
de
natureza
da
despesa:
Inves8mentos;
90.
mmodalidade
de
aplicação:
Aplicação
Direta;
52.
eelemento
de
despesa:
Equipamentos
e
Materiais
Permanentes;
xx.
ddesdobramento
facultaMvo
do
elemento
da
despesa:
depende
do
código
atribuído
pelo
Ente
Público
(U,
E,
DF
ou
M),
caso
tenha
desdobrado
os
elementos
da
despesa.
77
Codificação da Despesa
Exemplo:
6.
Despesas
com
aquisições
de
Equipamentos
e
Materiais
Permanentes
USADOS,
de
SEGUNDA
MÃO
(Ambulâncias,
Veículos
Oficiais,
Tratores,
Computadores,
Mobiliário
em
Geral,
Carteiras
Escolares
etc.)
c
g
mm
ee
dd
4
5
90
52
xx
Onde:
4.
Categoria
Econômica:
Despesas
de
Capital;
5.
grupo
de
natureza
da
despesa:
Inversões
Financeiras;
90.
mmodalidade
de
aplicação:
Aplicação
Direta;
52.
eelemento
de
despesa:
Equipamentos
e
Materiais
Permanentes;
xx.
ddesdobramento
facultaMvo
do
elemento
da
despesa:
depende
do
código
atribuído
pelo
Ente
Público
(U,
E,
DF
ou
M),
caso
tenha
desdobrado
os
elementos
da
despesa.
78
www.acasadoconcurseiro.com.br 1651
Codificação da Despesa
Exemplo:
7.
Despesas
com
Aquisição
de
Imóveis
(não*
necessários
à
execução
de
obras
públicas)
*Basta
vir
Aquisição
de
Imóveis.
Para
considerar
como
Despesas
de
Capital/
InvesCmentos
tem
que
vir
a
observação
“necessário
à
execução
de
obras”.
c
g
mm
ee
dd
4
5
90
61
xx
Codificação da Despesa
Exemplo:
8.
Foi
firmado
um
convênio
entre
a
União
e
um
determinado
município
para
aquisição
de
medicamentos
para
a
rede
pública
municipal.
A
União
repassará
ao
município
um
valor
de
R
$
1.000.000,00
para
a
realização
dessa
compra.
80
1652 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Despesas Públicas – Prof. Fábio Furtado
Codificação da Despesa
TRANSFERÊNCIAS
CORRENTES:
Para
a
União,
que
concedeu
a
transferência
de
recursos
(R$
1.000.000,00),
esta
é
uma
despesa
corrente/transferência
corrente.
c
g
mm
ee
dd
3
3
40
30
xx
3.
Categoria
Econômica:
Despesas
Correntes;
3.
grupo
de
natureza
da
despesa:
Outras
Despesas
Correntes;
40.
mmodalidade
de
aplicação:
Transferências
a
Municípios;
30.
eelemento
de
despesa:
Material
de
Consumo;
xx.
ddesdobramento
faculta=vo
do
elemento
da
despesa:
depende
do
código
atribuído
pelo
Ente
Público
(U,
E,
DF
ou
M),
caso
tenha
desdobrado
os
elementos
da
despesa.
81
Codificação da Despesa
Exemplo:
9.
Foi
firmado
um
convênio
entre
a
União
e
um
determinado
município
para
a
construção
de
um
estádio
de
futebol.
A
União
repassará
ao
município
um
valor
de
R
$
100.000.000,00
para
a
realização
dessa
obra
.
82
www.acasadoconcurseiro.com.br 1653
Codificação da Despesa
TRANSFERÊNCIAS
DE
CAPITAL:
Para
a
União,
que
concedeu
a
transferência
de
recursos
(R$
100.000.000,00),
esta
é
uma
despesa
de
capital/transferência
de
capital.
c
g
mm
ee
dd
4
4
40
51
xx
4.
Categoria
Econômica:
Despesas
de
Capital;
4.
grupo
de
natureza
da
despesa:
InvesNmentos;
40.
mmodalidade
de
aplicação:
Transferências
a
Municípios;
51.
eelemento
de
despesa:
Obras
e
Instalações;
xx.
ddesdobramento
faculta=vo
do
elemento
da
despesa:
depende
do
código
atribuído
pelo
Ente
Público
(U,
E,
DF
ou
M),
caso
tenha
desdobrado
os
elementos
da
despesa.
83
84
1654 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Despesas Públicas – Prof. Fábio Furtado
85
86
www.acasadoconcurseiro.com.br 1655
SLIDES PARA LEITURA
Extraorçamentários
–
são
aqueles
decorrentes
de:
1656 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Despesas Públicas – Prof. Fábio Furtado
3
–
Despesas
Correntes;
e
4
–
Despesas
de
Capital.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1657
SLIDES PARA LEITURA
4º
Passo
–
Por
fim,
far-‐se-‐á
a
iden%ficação
do
elemento
de
despesa,
ou
seja,
o
objeto
fim
do
gasto,
de
acordo
com
as
descrições
dos
elementos
constantes
no
item
4.3.1.4
deste
Manual.
Normalmente,
os
elementos
de
despesa
guardam
correlação
com
os
grupos,
mas
não
há
impedimento
para
que
um
elemento
8pico
de
despesa
corrente
esteja
relacionado
a
um
grupo
de
despesa
de
capital.
Seguem
exemplos
(não
exausDvos):
91
92
1658 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Despesas Públicas – Prof. Fábio Furtado
93
94
www.acasadoconcurseiro.com.br 1659
SLIDES PARA LEITURA
EXEMPLOS
DE
COMBINAÇÕES
COM
OS
GRUPOS
ELEMENTOS
30
–
Material
de
Consumo
33
–
Passagens
e
Despesas
com
Locomoção
4
–
Inves;mentos
51
–
Obras
e
Instalações
52
–
Equipamentos
e
Material
Permanente
61
–
Aquisição
de
Imóveis
95
96
1660 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Despesas Públicas – Prof. Fábio Furtado
97
www.acasadoconcurseiro.com.br 1661
Direito Financeiro
Aula XX
Conteúdo da Aula
Empenho
Liquidação
Pagamento
www.acasadoconcurseiro.com.br 1663
Estágios, Etapas, Fases
da Despesa Orçamentária
Fixação
Empenho
Liquidação
Pagamento
Fixação
Projeto de LOA
Receitas Previstas Despesas Fixadas
(Créditos Orçamentários)
1664 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Estágios das Despesas Públicas – Prof. Fábio Furtado
Ordenador de Despesas
Decreto-Lei nº 200/67:
Empenho
Liquidação
Pagamento
www.acasadoconcurseiro.com.br 1665
Empenho
É o comprometimento do crédito
orçamentário com o fornecedor que está
sendo contratado.
É o comprometimento do crédito
orçamentário com o servidor público.
LOA
Receitas Previstas Despesas Fixadas
(Créditos Orçamentários)
Tributárias 700 Pessoal 600
Contribuições 150 Serviços de terceiros 200
Patrimoniais 50 Material de Consumo 100
1666 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Estágios das Despesas Públicas – Prof. Fábio Furtado
Empenho
Lei nº 4.320/64:
Empenho
Ø Licitação/Dispensa/Inexigibilidade
Empenho Ø Autorização
10
www.acasadoconcurseiro.com.br 1667
Empenho
A licitação/dispensa/inexigibilidade precede
ao empenho da despesa e tem por objetivo
verificar, entre vários fornecedores, quem
oferece condições mais vantajosas à
administração. Existem seis modalidades de
licitação: concorrência, tomada de preços,
convite, concurso, leilão e o pregão.
11
Empenho
12
1668 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Estágios das Despesas Públicas – Prof. Fábio Furtado
Empenho
A formalização corresponde à dedução
do valor da despesa feita no saldo
disponível da dotação, e é comprovada
pela emissão da Nota de Empenho que
em determinadas situações previstas na
legislação específica poderá ser
dispensada, como nos casos das
despesas relativas a pessoal.
13
Empenho
Lei nº 4.320/64:
www.acasadoconcurseiro.com.br 1669
Empenho
Lei nº 4.320/64:
15
Empenho
Lei nº 4.320/64:
1670 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Estágios das Despesas Públicas – Prof. Fábio Furtado
Empenho
MCASP:
O empenho será formalizado mediante a emissão de um
documento denominado “Nota de Empenho”, do qual
deve constar o nome do credor, a especificação do credor
e a importância da despesa, bem como os demais dados
necessários ao controle da execução orçamentária.
17
Empenho
Assim:
18
www.acasadoconcurseiro.com.br 1671
Empenho
ü Ordinário;
ü Global;
ü Estimativo.
19
Empenho
Ordinário: é o tipo de empenho
utilizado para as despesas de valor
fixo e previamente determinado,
cujo pagamento deva ocorrer de
uma só vez.
20
1672 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Estágios das Despesas Públicas – Prof. Fábio Furtado
Empenho
21
Empenho
22
www.acasadoconcurseiro.com.br 1673
Estágios, Etapas, Fases
da Despesa Orçamentária
Fixação
Empenho
Liquidação
Pagamento
23
Liquidação
Lei nº 4.320/64:
24
1674 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Estágios das Despesas Públicas – Prof. Fábio Furtado
Liquidação
• Material;
• Serviço;
• Obra.
FORNECEDOR ADMINISTRAÇÃO
25
Liquidação
Lei nº 4.320/64:
26
www.acasadoconcurseiro.com.br 1675
Liquidação
Lei nº 4.320/64:
27
Liquidação
Nota do Professor:
1676 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Estágios das Despesas Públicas – Prof. Fábio Furtado
Empenho
Liquidação
Pagamento
29
Ordem de Pagamento
Entre o estágio da liquidação e o estagio do
pagamento, ocorre a chamada Ordem de
Pagamento.
A Ordem de Pagamento é o despacho exarado
por autoridade competente, determinando
que a despesa seja paga.
A Ordem de Pagamento só poderá ser exarada
em documentos processados pelos serviços de
contabilidade.
É nesse documento que o ordenador da
despesa autoriza o pagamento. É nele que vem
apresentado o famoso termo “PAGUE-SE”.
30
www.acasadoconcurseiro.com.br 1677
Pagamento
É o último estágio da despesa. O pagamento da despesa
será efetuado por tesouraria ou pagadoria regularmente
instituídas, por estabelecimentos bancários credenciados. O
pagamento pode ser realizado da seguinte forma:
31
Pagamento
ADMINISTRAÇÃO FORNECEDOR
1678 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Estágios das Despesas Públicas – Prof. Fábio Furtado
Pagamento
Lei nº 4.320/64:
Art. 62. O pagamento da despesa só será
efetuado quando ordenado após sua
regular liquidação.
33
34
www.acasadoconcurseiro.com.br 1679
Estágios, Etapas, Fases
da Despesa Orçamentária
Planejamento: Fixação;
Execução: Empenho, Liquidação e
Pagamento.
35
Planejamento:
Fixação;
Execução:
Empenho;
Liquidação;
Pagamento.
36
1680 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Estágios das Despesas Públicas – Prof. Fábio Furtado
37
1. Fixação da Despesa
A fixação da despesa refere-se aos limites de gastos, incluídos nas leis
orçamentárias com base nas receitas previstas, a serem efetuados pelas
entidades públicas. A fixação da despesa orçamentária insere-se no
processo de planejamento e compreende a adoção de medidas em
direção a uma situação idealizada, tendo em vista os recursos disponíveis
e observando as diretrizes e prioridades traçadas pelo governo.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1681
2. Descentralizações de créditos
orçamentários
As descentralizações de créditos orçamentários ocorrem quando for efetuada
movimentação de parte do orçamento, mantidas as classificações
institucional, funcional, programática e econômica, para que outras unidades
administrativas possam executar a despesa orçamentária.
39
2. Descentralizações de créditos
orçamentários
Quando a descentralização envolver unidades gestoras de um
mesmo órgão tem-se a descentralização interna, também
chamada de provisão. Se, porventura, ocorrer entre unidades
gestoras de órgãos ou entidades de estrutura diferente, ter-se-á
uma descentralização externa, também denominada de
destaque.
1682 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Estágios das Despesas Públicas – Prof. Fábio Furtado
2. Descentralizações de créditos
orçamentários
Para a União, de acordo com o inciso III do §1º do art.1º do Decreto nº
6.170/2007, a descentralização de crédito externa dependerá de termo de
cooperação, ficando vedada a celebração de convênio para esse efeito.
Importante destacar que o art. 8º da Lei nº 12.309, de 9 de agosto de 2010 (Lei
de Diretrizes Orçamentárias para 2011), dispõe que:
2. Descentralizações de créditos
orçamentários
A execução de despesas da competência de órgãos e unidades do Ente da
Federação poderá ser delegada, no todo ou em parte, a órgão ou
entidade de outro Ente da Federação, desde que se mostre legal e
tecnicamente possível.
42
www.acasadoconcurseiro.com.br 1683
2. Descentralizações de créditos
orçamentários
Ressalte-se que ao contrário das transferências voluntárias realizadas
aos demais Entes da Federação que, via de regra, devem ser
classificadas como operações especiais, as descentralizações de
créditos orçamentários devem ocorrer em projetos ou atividades.
Assim, nas transferências voluntárias devem ser utilizados os
elementos de despesas típicos destas, quais sejam 41 –Contribuições e
42 – Auxílios, enquanto nas descentralizações devem ser usados os
elementos denominados típicos de gastos, tais como 30 – Material de
Consumo, 39 – Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica, 51 –
Obras e Instalações, 52 – Material Permanente, etc.
43
1684 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Estágios das Despesas Públicas – Prof. Fábio Furtado
3. Programação orçamentária e
financeira
A LRF definiu procedimentos para auxiliar a programação orçamentária e financeira
nos arts 8º e 9º:
“Art. 8º Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que
dispuser a lei de diretrizes orçamentárias e observado o disposto na alínea c do
inciso I do art. 4o, o Poder Executivo estabelecerá a programação financeira e o
cronograma de execução mensal de desembolso.
[...]
Art. 9º Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá
não comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal
estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério Público
promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias
subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os
critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias.”
45
46
www.acasadoconcurseiro.com.br 1685
4. Processo de licitação e contratação
A Constituição Federal de 1988 estabelece a observância do processo
de licitação pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios,
conforme disposto no art. 37, inciso XXI:
“Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao
seguinte:
[...]
XXI – ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e
alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure
igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam
obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos
da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica
indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.“
47
48
1686 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Estágios das Despesas Públicas – Prof. Fábio Furtado
EXECUÇÃO
49
1. Empenho
Empenho, segundo o art. 58 da Lei nº 4.320/1964, é o
ato emanado de autoridade competente que cria para o
Estado obrigação de pagamento pendente ou não de
implemento de condição.
50
www.acasadoconcurseiro.com.br 1687
1. Empenho
Empenho, segundo o art. 58 da Lei nº 4.320/1964, é o
ato emanado de autoridade competente que cria para o
Estado obrigação de pagamento pendente ou não de
implemento de condição.
50
1. Empenho
O empenho será formalizado mediante a emissão de um
documento denominado “Nota de Empenho”, do qual deve
constar o nome do credor, a especificação do credor e a
importância da despesa, bem como os demais dados
necessários ao controle da execução orçamentária.
Embora o art. 61 da Lei nº 4.320/1964 estabeleça a
obrigatoriedade do nome do credor no documento Nota de
Empenho, em alguns casos, como na Folha de Pagamento,
torna-se impraticável a emissão de um empenho para cada
credor, tendo em vista o número excessivo de credores
(servidores).
Caso não seja necessária a impressão do documento “Nota
de Empenho”, o empenho ficará arquivado em banco de
dados, em tela com formatação própria e modelo oficial, a
ser elaborado por cada Ente da federação em atendimento às
suas peculiaridades.
51
1688 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Estágios das Despesas Públicas – Prof. Fábio Furtado
1. Empenho
Quando o valor empenhado for insuficiente para atender à
despesa a ser realizada, o empenho poderá ser reforçado.
52
1. Empenho
Ordinário: é o tipo de empenho utilizado para as
despesas de valor fixo e previamente determinado, cujo
pagamento deva ocorrer de uma só vez;
www.acasadoconcurseiro.com.br 1689
1. Empenho
É recomendável constar no instrumento contratual o
número da nota de empenho, visto que representa a
garantia ao credor de que existe crédito orçamentário
disponível e suficiente para atender a despesa objeto do
contrato. Nos casos em que o instrumento de contrato é
facultativo, a Lei nº 8.666/1993 admite a possibilidade de
substituí-lo pela nota de empenho de despesa, hipótese
em que o empenho representa o próprio contrato.
54
2. Liquidação
Conforme dispõe o art. 63 da Lei nº 4.320/1964, a liquidação consiste na
verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e
documentos comprobatórios do respectivo crédito e tem por objetivo
apurar:
“Art. 63. A liquidação da despesa consiste na verificação do direito
adquirido pelo credor tendo por base os títulos e documentos
comprobatórios do respectivo crédito.
1690 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Estágios das Despesas Públicas – Prof. Fábio Furtado
2. Liquidação
56
3. Pagamento
O pagamento consiste na entrega de numerário ao credor por meio
de cheque nominativo, ordens de pagamentos ou crédito em conta, e
só pode ser efetuado após a regular liquidação da despesa.
57
www.acasadoconcurseiro.com.br 1691
Direito Financeiro
Aula XX
RESTOS A PAGAR
Restos a Pagar
Conceito:
www.acasadoconcurseiro.com.br 1693
Restos a Pagar
Classificação:
Restos
a
Pagar
PROCESSADOS
(LIQUIDADOS)
Restos
a
Pagar
NÃO
PROCESSADOS
(NÃO
LIQUIDADOS)
Empenho
Liquidação
Pagamento
1694 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Restos a Pagar – Prof. Fábio Furtado
Restos a Pagar
Restos a Pagar
www.acasadoconcurseiro.com.br 1695
Restos a Pagar
Cálculo:
RP
=
E
–
P
RPP
=
L
–
P
RPNP
=
E
-‐
L
Restos a Pagar
Exemplo:
Execução
Orçamentária
de
2007
F
=
900
E
=
700
L
=
500
200
RPNP
P
=
400
100
RPP
________
300
RP
Obs.:
Ocorreu,
durante
o
ano
de
2007,
arrecadação,
no
valor
de
R$
1.000,00.
O
saldo
inicial
da
conta
BANCOS
era
de
zero.
8
1696 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Restos a Pagar – Prof. Fábio Furtado
Balanço Patrimonial
ATIVO
PASSIVO
A'vo
Financeiro
(AF):
Passivo
Financeiro
(PF):
(Dívida
Flutuante)
Bancos
1.000,00
Balanço Patrimonial
ATIVO
PASSIVO
A'vo
Financeiro
(AF):
Passivo
Financeiro
(PF):
(Dívida
Flutuante)
Bancos
1.000,00
Fornecedores
500,00
Referente à liquidação de R$ 500,00, durante o ano de 2007,
isto é, o reconhecimento da obrigação de pagar ao fornecedor
que entregou à Administração o material, o serviço ou a obra.
10
www.acasadoconcurseiro.com.br 1697
Balanço Patrimonial
ATIVO
PASSIVO
A'vo
Financeiro
(AF):
Passivo
Financeiro
(PF):
(Dívida
Flutuante)
Bancos
1.000,00
Fornecedores
500,00
(400,00)
(400,00)
600,00
100,00
11
Restos a Pagar
Inscrição:
31/12/2007
RPP
=
100
RPNP
=
200
RP
(total)
=
300
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
No
Balanço
Financeiro:
=
Receita
Extraorçamentária
(Art.
103,
parágrafo
único
da
Lei
nº
4.320/64)
No
Balanço
Patrimonial:
=
Passivo
Financeiro
(Dívida
Flutuante)
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
12
1698 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Restos a Pagar – Prof. Fábio Furtado
Balanço Patrimonial
31/12/2007
ATIVO
PASSIVO
A'vo
Financeiro
(AF):
Passivo
Financeiro
(PF):
(Dívida
Flutuante)
Bancos
600,00
RPP
(Fornecedores)
100,00
RPNP
200,00
Referente à Inscrição dos restos a pagar (processados e
não processados), em 31/12/2007.
• SF = AF (-) PF
• SF = 600 (-) 300 (dinheiro em caráter temporário)
• SF = 300 (dinheiro descomprometido) 13
Restos a Pagar
Pagamento:
durante
o
ano
de
2008
(ano
seguinte
ao
da
inscrição)
RPNP
=
200
(após
a
devida
liquidação
da
despesa)
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
No
Balanço
Financeiro:
=
Despesa
Extraorçamentária
No
Balanço
Patrimonial:
=
Baixa
do
A<vo
Financeiro
(saída
do
dinheiro)
e
Baixa
do
Passivo
Financeiro
(baixa
da
obrigação)
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
14
www.acasadoconcurseiro.com.br 1699
Balanço Patrimonial em 2008
ATIVO
PASSIVO
A'vo
Financeiro
(AF):
Passivo
Financeiro
(PF):
(Dívida
Flutuante)
Bancos
600,00
RPP
(Fornecedores)
100,00
(200,00)
RPNP
200,00
400,00
(após
a
devida
liquidação)
Referente pagamento de Restos a Pagar Não-Processados, no valor de R$ 200,00,
após a devida liquidação, durante o ano de 2008. Foi desembolsado dinheiro que
estava em caráter temporário.
• SF = AF (-) PF
• SF = 400(-) 100 (dinheiro em caráter temporário referente ao RPP)
• SF = 300 (dinheiro descomprometido)
15
Restos a Pagar
Cancelamento:
31/12/2008
(final
do
ano
seguinte
ao
da
inscrição.
Decreto
93.872/86)
1700 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Restos a Pagar – Prof. Fábio Furtado
Balanço Patrimonial
31/12/2008
ATIVO
PASSIVO
A'vo
Financeiro
(AF):
Passivo
Financeiro
(PF):
(Dívida
Flutuante)
Bancos
400,00
RPP
(Fornecedores)
100,00
Patrimônio
Líquido
(PL):
100,00
Referente ao cancelamento do RPP, em 31/12/2008, gerando uma
Variação Ativa em virtude do aumento do Patrimônio Líquido.
Obs.: Vale lembrar que de acordo com a STN, não deve haver
cancelamento de RPP.
17
Restos a Pagar
Prescrição:
31/12/2012
5
anos
após
a
data
da
INSCRIÇÃO.
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
Exemplo:
O
credor
reclamou
em
2012
o
não
recebimento
do
fornecimento
feito
em
2007.
Como
o
RP
já
foi
cancelado
deveremos
quitar
esta
obrigação
uAlizando
a
dotação
orçamentária
denominada
D.E.A.
–
Despesas
de
Exercícios
Anteriores,
conforme
o
arAgo
37
da
Lei
nº
4.320/64.
18
www.acasadoconcurseiro.com.br 1701
Lei
nº
4.320/64:
Art.
37.
As
despesas
de
exercícios
encerrados,
para
as
quais
o
orçamento
respec5vo
consignava
crédito
próprio,
com
saldo
suficiente
para
atendê-‐las,
que
não
se
tenham
processado
na
época
própria,
bem
como
os
Restos
a
Pagar
com
p r e s c r i ç ã o
i n t e r r o m p i d a
e
o s
compromissos
reconhecidos
após
o
encerramento
do
exercício
correspondente
poderão
ser
pagos
à
conta
de
dotação
específica
consignada
no
orçamento,
discriminada
por
elementos,
obedecida,
sempre
que
possível,
a
ordem
cronológica.
19
Decreto
93.872/86:
1702 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Restos a Pagar – Prof. Fábio Furtado
21
Restos a Pagar
No
fim
do
exercício,
as
despesas
orçamentárias
empenhadas
e
não
pagas
serão
inscritas
em
Restos
a
Pagar
e
cons6tuirão
a
dívida
flutuante.
Podem-‐se
dis6nguir
dois
6pos
de
Restos
a
Pagar:
os
Processados
e
os
Não
Processados.
Os
Restos
a
Pagar
Processados
são
aqueles
em
que
a
despesa
orçamentária
percorreu
os
estágios
de
empenho
e
liquidação,
restando
pendente
apenas
o
estágio
do
pagamento.
Os
Restos
a
Pagar
Processados
não
podem
ser
cancelados,
tendo
em
vista
que
o
fornecedor
de
bens/serviços
cumpriu
com
a
obrigação
de
fazer
e
a
Administração
não
poderá
deixar
de
cumprir
com
a
obrigação
de
pagar.
22
www.acasadoconcurseiro.com.br 1703
Restos a Pagar
Serão
inscritas
em
restos
a
pagar
as
despesas
liquidadas
e
não
pagas
no
exercício
financeiro,
ou
seja,
aquelas
em
que
o
serviço,
obra
ou
material
contratado
tenha
sido
prestado
ou
entregue
e
aceito
pelo
contratante.
Também
serão
inscritas
as
despesas
não
liquidadas
quando
o
serviço
ou
material
contratado
tenha
sido
prestado
ou
entregue
e
que
se
encontre,
em
31
de
dezembro
de
cada
exercício
financeiro,
em
fase
de
verificação
do
direito
adquirido
pelo
credor
ou
quando
o
prazo
para
cumprimento
da
obrigação
assumida
pelo
credor
esDver
vigente.
A
inscrição
de
despesa
em
restos
a
pagar
não
processados
é
procedida
após
a
anulação
dos
empenhos
que
não
podem
ser
inscritos
em
virtude
de
restrição
em
norma
do
ente,
ou
seja,
verificam-‐se
quais
despesas
devem
ser
inscritas
em
restos
a
pagar
e
anulam-‐se
as
demais
para,
após,
inscrevem-‐se
os
restos
a
pagar
não
processados
do
exercício.
23
Restos a Pagar
No
momento
do
pagamento
de
restos
a
pagar
referente
à
despesa
empenhada
pelo
valor
es3mado,
verifica-‐se
se
existe
diferença
entre
o
valor
da
despesa
inscrita
e
o
valor
real
a
ser
pago;
se
exis3r
diferença,
procede-‐se
da
seguinte
forma:
-‐ Se
o
valor
real
a
ser
pago
for
superior
ao
valor
inscrito,
a
diferença
deverá
ser
empenhada
a
conta
de
despesas
de
exercícios
anteriores;
-‐ Se
o
valor
real
for
inferior
ao
valor
inscrito,
o
saldo
existente
deverá
ser
cancelado.
24
1704 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Restos a Pagar – Prof. Fábio Furtado
Restos a Pagar
A
inscrição
de
restos
a
pagar
deve
observar
as
disponibilidades
financeiras
e
condições
de
modo
a
prevenir
riscos
e
corrigir
desvios
capazes
de
afetar
o
equilíbrio
das
contas
públicas,
conforme
estabelecido
na
LRF.
A s s i m ,
o b s e r v a -‐ s e
q u e ,
e m b o r a
a
L e i
d e
Responsabilidade
Fiscal
não
aborde
o
mérito
do
que
pode
ou
não
ser
inscrito
em
restos
a
pagar,
veda
contrair
obrigação
no
úlDmo
ano
do
mandato
do
governante
sem
que
exista
a
respecDva
cobertura
financeira,
eliminando
desta
forma
as
heranças
fiscais,
conforme
disposto
no
seu
art.
42:
25
Restos a Pagar
“Art.
42.
É
vedado
ao
.tular
de
Poder
ou
órgão
referido
no
art.
20,
nos
úl#mos
dois
quadrimestres
do
seu
mandato,
contrair
obrigação
de
despesa
que
não
possa
ser
cumprida
integralmente
dentro
dele,
ou
que
tenha
parcelas
a
serem
pagas
no
exercício
seguinte
sem
que
haja
suficiente
disponibilidade
de
caixa
para
este
efeito.
Parágrafo
único.
Na
determinação
da
disponibilidade
de
caixa
serão
considerados
os
encargos
e
despesas
compromissadas
a
pagar
até
o
final
do
exercício.”
Portanto,
é
necessário
que
a
inscrição
de
despesas
orçamentárias
em
restos
a
pagar
observe
a
legislação
per:nente.
26
www.acasadoconcurseiro.com.br 1705
Restos a Pagar
INSCRIÇÃO
EM
RESTOS
A
PAGAR
NÃO
PROCESSADOS
Restos a Pagar
Supõe-‐se
que
determinada
receita
tenha
sido
arrecadada
e
permaneça
no
caixa,
portanto,
integrando
o
a8vo
financeiro
do
ente
público
no
fim
do
exercício.
Exis8ndo,
concomitantemente,
uma
despesa
empenhada,
deverá
ser
registrada
também
um
passivo
financeiro;
caso
contrário
o
ente
público
estará
apresentando
em
seu
balanço
patrimonial,
sob
a
ó8ca
da
Lei
nº
4320/64,
ao
fim
do
exercício,
um
superávit
financeiro
(a8vo
financeiro
–
passivo
financeiro)
indevido,
que
poderia
ser
objeto
de
abertura
de
crédito
adicional
no
ano
seguinte
na
forma
prevista
na
lei.
Assim,
a
receita
que
permaneceu
no
caixa
na
abertura
do
exercício
seguinte
já
está
comprome8da
com
o
empenho
que
foi
inscrito
em
restos
a
pagar
e,
portanto,
não
poderia
ser
u8lizada
para
abertura
de
novo
crédito.
28
1706 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Restos a Pagar – Prof. Fábio Furtado
Restos a Pagar
Dessa
forma,
o
registro
do
passivo
financeiro
é
inevitável,
mesmo
não
se
tratando
de
uma
obrigação
presente,
pois
falta
o
cumprimento
do
implemento
de
condição,
mas
por
força
do
art.
35
da
Lei
nº
4.320/1964
e
da
correta
apuração
do
superávit
financeiro,
tem
de
ser
registrado.
29
Restos a Pagar
Assim,
suponha
os
seguintes
fatos
a
serem
registrados
na
contabilidade
de
um
determinado
ente
público:
1)
Recebimento
de
receitas
tributárias
no
valor
de
$1000
unidades
monetárias;
2)
Empenho
da
despesa
no
valor
de
$900
unidades
monetárias;
3)
Liquidação
de
despesa
corrente
no
valor
de
$700
unidades
monetárias;
e
4)
Inscrição
de
Restos
a
Pagar,
sendo
$700
de
Restos
a
Pagar
Processado
e
$200
de
Restos
a
Pagar
Não
Processado
($900-‐700).
30
www.acasadoconcurseiro.com.br 1707
Restos a Pagar
Dessa
forma,
para
maior
transparência,
as
despesas
executadas
devem
ser
segregadas
em:
1708 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro
Aula XX
D.E.A.
Despesas de Exercícios Anteriores
Lei
nº
4.320/64:
Art.
37.
As
despesas
de
exercícios
encerrados,
para
as
quais
o
orçamento
respec5vo
consignava
crédito
próprio,
com
saldo
suficiente
para
atendê-‐las,
que
não
se
tenham
processado
na
época
própria,
bem
como
os
Restos
a
Pagar
com
p r e s c r i ç ã o
i n t e r r o m p i d a
e
o s
compromissos
reconhecidos
após
o
encerramento
do
exercício
correspondente
poderão
ser
pagos
à
conta
de
dotação
específica
consignada
no
orçamento,
discriminada
por
elementos,
obedecida,
sempre
que
possível,
a
ordem
cronológica.
2
www.acasadoconcurseiro.com.br 1709
D.E.A.
Despesas de Exercícios Anteriores
Decreto
93.872/86:
D.E.A.
Despesas de Exercícios Anteriores
Decreto
93.872/86:
1710 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Despesas de Exercícios Anteriores – Prof. Fábio Furtado
D.E.A.
Despesas de Exercícios Anteriores
Decreto
93.872/86:
D.E.A.
Despesas de Exercícios Anteriores
Exemplo:
Em
janeiro
do
ano
X,
foi
emi3do
um
empenho
es3ma3vo,
no
valor
de
R$
120.000,00,
para
despesas
com
consumo
de
energia
elétrica,
na
natureza
de
despesa
3.3.90.39.xx.
Durante
a
execução
orçamentária
do
ano
X,
3vemos:
Houve
consumo
durante
o
mês
de
dezembro
do
ano
X,
porém,
até
31/12,
a
prestadora
do
serviço
não
encaminhou
para
o
órgão
a
respec@va
fatura
de
cobrança.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1711
D.E.A.
Despesas de Exercícios Anteriores
Exemplo:
Em
janeiro
do
ano
X+1,
foi
encaminhada,
pela
prestadora
de
serviço,
a
fatura
de
cobrança
referente
ao
consumo
de
energia
elétrica
de
dezembro
do
ano
X.
Como
devemos
quitar
esta
despesa,
levando-‐se
em
consideração
que
estamos
no
período
da
execução
orçamentária
de
X+1?
R:
1712 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Despesas de Exercícios Anteriores – Prof. Fábio Furtado
Total
Geral
do
Orçamento
do
Órgão
“A”
(DC
+
DK)
150.000.000,00
9
D.E.A.
Despesas de Exercícios Anteriores
Decreto
93.872/86:
Art.
22,
§2º
-‐
Para
os
efeitos
deste
ar,go,
considera-‐
se:
[...]
b)
Restos
a
Pagar
com
prescrição
interrompida,
a
despesa
cuja
inscrição
como
Restos
a
Pagar
tenha
sido
cancelada,
mas
ainda
vigente
o
direito
do
credor;
[...]
10
www.acasadoconcurseiro.com.br 1713
Restos a Pagar
11
Restos a Pagar
Cálculo:
RP
=
E
–
P
RPP
=
L
–
P
RPNP
=
E
-‐
L
12
1714 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Despesas de Exercícios Anteriores – Prof. Fábio Furtado
Restos a Pagar
Exemplo:
Execução
Orçamentária
de
2007
F
=
900
E
=
700
L
=
500
200
RPNP
P
=
400
100
RPP
________
300
RP
Obs.:
Ocorreu,
durante
o
ano
de
2007,
arrecadação,
no
valor
de
R$
1.000,00.
O
saldo
inicial
da
conta
BANCOS
era
de
zero.
13
Balanço Patrimonial
ATIVO
PASSIVO
A'vo
Financeiro
(AF):
Passivo
Financeiro
(PF):
(Dívida
Flutuante)
Bancos
1.000,00
14
www.acasadoconcurseiro.com.br 1715
Balanço Patrimonial
ATIVO
PASSIVO
A'vo
Financeiro
(AF):
Passivo
Financeiro
(PF):
(Dívida
Flutuante)
Bancos
1.000,00
Fornecedores
500,00
Referente à liquidação de R$ 500,00,
durante o ano de 2007, isto é, o
reconhecimento da obrigação de pagar
ao fornecedor que entregou à
Administração o material, o serviço ou a
obra. 15
Balanço Patrimonial
ATIVO
PASSIVO
A'vo
Financeiro
(AF):
Passivo
Financeiro
(PF):
(Dívida
Flutuante)
Bancos
1.000,00
Fornecedores
500,00
(400,00)
(400,00)
600,00
100,00
1716 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Despesas de Exercícios Anteriores – Prof. Fábio Furtado
Restos a Pagar
Inscrição:
31/12/2007
RPP
=
100
RPNP
=
200
RP
(total)
=
300
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
No
Balanço
Financeiro:
=
Receita
Extraorçamentária
(Art.
103,
parágrafo
único
da
Lei
nº
4.320/64)
No
Balanço
Patrimonial:
=
Passivo
Financeiro
(Dívida
Flutuante)
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
17
www.acasadoconcurseiro.com.br 1717
Restos a Pagar
Pagamento:
durante
o
ano
de
2008
(ano
seguinte
ao
da
inscrição)
RPNP
=
200
(após
a
devida
liquidação
da
despesa)
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
No
Balanço
Financeiro:
=
Despesa
Extraorçamentária
No
Balanço
Patrimonial:
=
Baixa
do
A<vo
Financeiro
(saída
do
dinheiro)
e
Baixa
do
Passivo
Financeiro
(baixa
da
obrigação)
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
19
1718 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Despesas de Exercícios Anteriores – Prof. Fábio Furtado
Restos a Pagar
Cancelamento:
31/12/2008
(final
do
ano
seguinte
ao
da
inscrição.
Decreto
93.872/86)
Obs.: Vale lembrar que de acordo com a STN, não deve haver
cancelamento de RPP.
22
www.acasadoconcurseiro.com.br 1719
Restos a Pagar
Prescrição:
31/12/2012
5
anos
após
a
data
da
INSCRIÇÃO.
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
Exemplo:
O
credor
reclamou
em
2012
o
não
recebimento
do
fornecimento
feito
em
2007.
Como
o
RP
já
foi
cancelado
deveremos
quitar
esta
obrigação
uAlizando
a
dotação
orçamentária
denominada
D.E.A.
–
Despesas
de
Exercícios
Anteriores,
conforme
o
arAgo
37
da
Lei
nº
4.320/64.
23
D.E.A.
Despesas de Exercícios Anteriores
Significa
que
estou
usando
o
ORÇAMENTO
VIGENTE
para
quitar
DESPESAS
que
são
de
EXERCÍCIOS
ANTERIORES.
No
exemplo
anterior:
24
1720 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Despesas de Exercícios Anteriores – Prof. Fábio Furtado
Total
Geral
do
Orçamento
do
Órgão
“A”
(DC
+
DK)
150.000.000,00
26
www.acasadoconcurseiro.com.br 1721
D.E.A.
Despesas de Exercícios Anteriores
Decreto
93.872/86:
D.E.A.
Despesas de Exercícios Anteriores
Exemplo:
O
filho
de
um
servidor
nasceu
em
novembro
do
ano
X,
porém
este
só
deu
entrada
no
salário-‐família
em
março
de
X+1.
Como
devemos
quitar
esta
despesa,
levando-‐se
em
consideração
que
estamos
no
período
da
execução
orçamentária
de
X+1?
R:
Nov
I-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐I
Dez/x
=
D.E.A.
da
LOA
de
X+1
(empenho
D.E.A.
referente
DC)
Jan
I-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐I
Mar/X+1
=
Despesa
Corrente
da
LOA
de
X+1
(DC
do
próprio
ano)
28
1722 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Despesas de Exercícios Anteriores – Prof. Fábio Furtado
Total
Geral
do
Orçamento
do
Órgão
“A”
(DC
+
DK)
150.000.000,00
30
www.acasadoconcurseiro.com.br 1723
D.E.A.
Despesas de Exercícios Anteriores
Prescrição:
5
anos
após
a
data
do
ato
ou
fato
gerador.
31
32
1724 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Despesas de Exercícios Anteriores – Prof. Fábio Furtado
33
Despesas de Exercícios
Anteriores
O
art.
37
da
Lei
nº
4.320/1964
dispõe
que
as
despesas
de
exercícios
encerrados,
para
as
quais
o
orçamento
respec@vo
consignava
crédito
próprio,
com
saldo
suficiente
para
atendê-‐las,
que
não
se
tenham
processado
na
época
própria,
bem
como
os
Restos
a
Pagar
com
prescrição
interrompida
e
os
compromissos
reconhecidos
após
o
encerramento
do
exercício
correspondente,
poderão
ser
pagos
à
conta
de
dotação
específica
consignada
no
orçamento,
discriminada
por
elementos,
obedecida,
sempre
que
possível,
a
ordem
cronológica.
O
reconhecimento
da
obrigação
de
pagamento
das
despesas
com
exercícios
anteriores
cabe
à
autoridade
competente
para
empenhar
a
despesa.
34
www.acasadoconcurseiro.com.br 1725
Despesas de Exercícios Anteriores
As
despesas
que
não
se
tenham
processado
na
época
própria
são
aquelas
cujo
empenho
tenha
sido
considerado
insubsistente
e
anulado
no
encerramento
do
exercício
correspondente,
mas
que,
dentro
do
prazo
estabelecido,
o
credor
tenha
cumprido
sua
obrigação.
Os
Restos
a
Pagar
com
prescrição
interrompida
são
aqueles
cancelados,
mas
ainda
vigente
o
direito
do
credor.
Os
compromissos
reconhecidos
após
o
encerramento
do
exercício
são
aqueles
cuja
obrigação
de
pagamento
foi
criada
em
virtude
de
lei,
mas
somente
reconhecido
o
direito
do
reclamante
após
o
encerramento
do
exercício
correspondente.
35
1726 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro
Aula XX
CLASSIFICAÇÃO INSTITUCIONAL
A
classificação
ins,tucional
reflete
a
estrutura
de
alocação
dos
créditos
orçamentários
e
está
estruturada
em
dois
níveis
hierárquicos:
órgão
orçamentário
e
unidade
orçamentária.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1727
CLASSIFICAÇÃO INSTITUCIONAL
Alguns
exemplos
de
Órgão
Orçamentário
e
Unidade
Orçamentária
do
Governo
Federal:
CLASSIFICAÇÃO INSTITUCIONAL
ÓRGÃO
UNIDADE
ORÇAMENTÁRIA
26242
Universidade
Federal
de
Pernambuco
26000
Ministério
26277
Fundação
da
Universidade
Educação
Federal
de
Ouro
Preto
26321
Escola
Agrotécnica
Federal
de
Manaus
1728 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Classificação Institucional, Funcional e Programatica da Despesa Pública – Prof. Fábio Furtado
CLASSIFICAÇÃO INSTITUCIONAL
ÓRGÃO
UNIDADE
ORÇAMENTÁRIA
30107
Departamento
de
Polícia
Rodoviária
Federal
30000
Ministério
30109
Defensoria
Pública
da
Jus>ça
da
União
30911
Fundo
Nacional
de
Segurança
Pública
CLASSIFICAÇÃO INSTITUCIONAL
ÓRGÃO
UNIDADE
ORÇAMENTÁRIA
39250
Agência
Nacional
de
Transportes
39000
Ministério
Terrestres
–
ANTT
dos
39252
Departamento
Transportes
Nacional
de
Infraestrutura
de
Transportes
–
DNIT
www.acasadoconcurseiro.com.br 1729
CLASSIFICAÇÃO INSTITUCIONAL
Cons%tui
unidade
orçamentária
o
agrupamento
de
serviços
subordinados
ao
mesmo
órgão
ou
repar%ção
a
que
serão
consignadas
dotações
próprias
(art.
14
da
Lei
nº
4.320/1964).
Os
órgãos
orçamentários,
por
sua
vez,
correspondem
a
agrupamentos
de
unidades
orçamentárias.
As
dotações
são
consignadas
às
unidades
orçamentárias,
responsáveis
pela
realização
das
ações.
CLASSIFICAÇÃO
INSTITUCIONAL
No
caso
do
Governo
Federal,
o
código
da
classificação
ins,tucional
compõe-‐se
de
cinco
dígitos,
sendo
os
dois
primeiros
reservados
à
iden4ficação
do
órgão
e
os
demais
à
unidade
orçamentária.
Não
há
ato
que
a
estabeleça,
sendo
definida
no
contexto
da
elaboração
da
lei
orçamentária
anual
ou
da
abertura
de
crédito
especial.
XX
XXX
Órgão
Unidade
Orçamentário
Orçamentária
1730 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Classificação Institucional, Funcional e Programatica da Despesa Pública – Prof. Fábio Furtado
Total 200.000.000,00
10
www.acasadoconcurseiro.com.br 1731
Classificação Funcional-Programática da Despesa Pública
(Portaria nº 42/99 do MPOG)
Art.
1º
As
funções
a
que
se
refere
o
art.
2º,
inciso
I,
da
Lei
no
4.320,
de
17
de
março
de
1964,
discriminadas
no
Anexo
5
da
mesma
Lei,
e
alterações
posteriores,
passam
a
ser
as
constantes
do
Anexo
que
acompanha
esta
Portaria.
§
1º
Como
função,
deve
entender-‐se
o
maior
nível
de
agregação
das
diversas
áreas
de
despesa
que
competem
ao
setor
público.
11
Função: 26 (Transporte)/
Subfunção: 782 (Transporte Rodoviário);
Total
200.000.000,00
12
1732 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Classificação Institucional, Funcional e Programatica da Despesa Pública – Prof. Fábio Furtado
Função: 12 (Educação)/
Subfunção: 364 (Ensino Superior);
Programa
de
Trabalho:
26.242.12.364.XXXX.XXXX.XXXX
Ano:
20xx
N.D
Descrição
Valor
(R$)
(c.g.mm.ee.)
3.1.90.11
Vencimentos
e
Vantagens
Fixas
de
Pessoal
100.000.000,00
Total
200.000.000,00
14
www.acasadoconcurseiro.com.br 1733
Orçamento “Min. Educação/UFPE”
Programa
de
Trabalho:
26.242.12.364.XXXX.XXXX.XXXX
Ano:
20xx
26
Ministério
da
Educação
Órgão
§
2º
A
função
"Encargos
Especiais"
engloba
as
despesas
em
relação
às
quais
não
se
possa
associar
um
bem
ou
serviço
a
ser
gerado
no
processo
produ;vo
corrente,
tais
como:
dívidas,
ressarcimentos,
indenizações
e
outras
afins,
representando,
portanto,
uma
agregação
neutra.
16
1734 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Classificação Institucional, Funcional e Programatica da Despesa Pública – Prof. Fábio Furtado
Subfunção
(é
uma
parCção
da
função)
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
Ex.:
Função:
Transporte.
Subfunções:
Transporte
Aéreo;
Transporte
Rodoviário.
17
www.acasadoconcurseiro.com.br 1735
Classificação Funcional-Programática da Despesa Pública
(Portaria nº 42/99 do MPOG)
FUNÇÕES
SUBFUNÇÕES
05
-‐
Defesa
Nacional
151
-‐
Defesa
Área
152
-‐
Defesa
Naval
153
-‐
Defesa
Terrestre
06
-‐
Segurança
Pública
181
-‐
Policiamento
182
-‐
Defesa
Civil
183
-‐
Informação
e
Inteligência
07
-‐
Relações
Exteriores
211
-‐
Relações
DiplomáMcas
212
-‐
Cooperação
Internacional
08
-‐
Assistência
Social
241
-‐
Assistência
ao
Idoso
242
-‐
Assistência
ao
Portador
de
Deficiência
243
-‐
Assistência
à
Criança
e
ao
Adolescente
244
-‐
Assistência
Comunitária
09
-‐
Previdência
Social
271
-‐
Previdência
Básica
272
-‐
Previdência
do
Regime
Estatutário
273
-‐
Previdência
Complementar
274
-‐
Previdência
Especial
19
1736 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Classificação Institucional, Funcional e Programatica da Despesa Pública – Prof. Fábio Furtado
www.acasadoconcurseiro.com.br 1737
Classificação Funcional-Programática da Despesa Pública
(Portaria nº 42/99 do MPOG)
FUNÇÕES
SUBFUNÇÕES
23
-‐
Comércio
e
Serviços
691
-‐
Promoção
Comercial
692
-‐
Comercialização
693
-‐
Comércio
Exterior
694
-‐
Serviços
Financeiros
695
-‐
Turismo
24
-‐
Comunicações
721
-‐
Comunicações
Postais
722
-‐
Telecomunicações
25
-‐
Energia
751
-‐
Conservação
de
Energia
752
-‐
Energia
Elétrica
753
-‐
Petróleo
754
-‐
Álcool
26
-‐
Transporte
781
-‐
Transporte
Aéreo
782
-‐
Transporte
Rodoviário
783
-‐
Transporte
Ferroviário
784
-‐
Transporte
Hidroviário
785
-‐
Transportes
Especiais
23
24
1738 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Classificação Institucional, Funcional e Programatica da Despesa Pública – Prof. Fábio Furtado
25
Art.
2º
Para
os
efeitos
da
presente
Portaria,
entendem-‐se
por:
26
www.acasadoconcurseiro.com.br 1739
Classificação Funcional-Programática da Despesa Pública
(Portaria nº 42/99 do MPOG)
27
d)
Operações
Especiais,
as
despesas
que
não
contribuem
para
a
manutenção
das
ações
de
governo,
das
quais
não
resulta
um
produto,
e
não
geram
contraprestação
direta
sob
a
forma
de
bens
ou
serviços.
28
1740 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Classificação Institucional, Funcional e Programatica da Despesa Pública – Prof. Fábio Furtado
29
30
www.acasadoconcurseiro.com.br 1741
Classificação Funcional-Programática da Despesa Pública
(Portaria nº 42/99 do MPOG)
Art.
6º
O
disposto
nesta
Portaria
se
aplica
aos
orçamentos
da
União,
dos
Estados
e
do
Distrito
Federal
para
o
exercício
financeiro
de
2000
e
seguintes,
e
aos
Municípios
a
parDr
do
exercício
financeiro
de
2002,
revogando-‐se
a
Portaria
no
117,
de
12
de
novembro
de
1998,
do
ex-‐Ministro
do
Planejamento
e
Orçamento,
e
demais
disposições
em
contrário.
Art.
7º
Esta
Portaria
entra
em
vigor
na
data
de
sua
publicação.
31
32
1742 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Classificação Institucional, Funcional e Programatica da Despesa Pública – Prof. Fábio Furtado
33
34
www.acasadoconcurseiro.com.br 1743
Classificação Funcional-Programática da Despesa Pública
(Portaria nº 42/99 do MPOG)
Exemplo:
PT:
Onde:
Classificação
Ins0tucional
(órgão
.
UO)
Classificação
Funcional
(Função,
Subfunção)
Classificação
Programá0ca
(Nome
do
Programa;
Ação:
Projeto/A0vidade/Operações
Especiais;
Localização
Geográfica)
35
1744 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Classificação Institucional, Funcional e Programatica da Despesa Pública – Prof. Fábio Furtado
Total 200.000.000,00 37
www.acasadoconcurseiro.com.br 1745
SLIDES PARA LEITURA
Classificações
Ins.tucional,
Funcional
e
Programá.ca,
de
acordo
com
o
MCASP
–
Manual
de
Contabilidade
Aplicada
ao
Setor
Público,
da
STN
–
Parte
I
–
Procedimentos
Contábeis
Orçamentários:
39
CLASSIFICAÇÃO INSTITUCIONAL
40
1746 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Classificação Institucional, Funcional e Programatica da Despesa Pública – Prof. Fábio Furtado
CLASSIFICAÇÃO INSTITUCIONAL
41
CLASSIFICAÇÃO INSTITUCIONAL
42
www.acasadoconcurseiro.com.br 1747
CLASSIFICAÇÃO INSTITUCIONAL
ÓRGÃO
UNIDADE
ORÇAMENTÁRIA
26242
Universidade
Federal
de
Pernambuco
26277
Fundação
Universidade
26000
Ministério
da
Federal
de
Ouro
Preto
Educação
26321
Escola
Agrotécnica
Federal
de
Manaus
43
CLASSIFICAÇÃO INSTITUCIONAL
ÓRGÃO
UNIDADE
ORÇAMENTÁRIA
30107
Departamento
de
Polícia
Rodoviária
Federal
30109
Defensoria
Pública
da
30000
Ministério
da
Jus>ça
União
30911
Fundo
Nacional
de
Segurança
Pública
44
1748 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Classificação Institucional, Funcional e Programatica da Despesa Pública – Prof. Fábio Furtado
CLASSIFICAÇÃO INSTITUCIONAL
ÓRGÃO
UNIDADE
ORÇAMENTÁRIA
39250
Agência
Nacional
de
Transportes
Terrestres
–
39000
Ministério
dos
ANTT
Transportes
39252
Departamento
Nacional
de
Infraestrutura
de
Transportes
–
DNIT
45
CLASSIFICAÇÃO INSTITUCIONAL
46
www.acasadoconcurseiro.com.br 1749
CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL
A
classificação
funcional
segrega
as
dotações
orçamentárias
em
funções
e
subfunções,
buscando
responder
basicamente
à
indagação
“em
que”
área
de
ação
governamental
a
despesa
será
realizada.
A
atual
classificação
funcional
foi
ins<tuída
pela
Portaria
nº
42,
de
14
de
abril
de
1999,
do
então
Ministério
do
Orçamento
e
Gestão,
e
é
composta
de
um
rol
de
funções
e
subfunções
prefixadas,
que
servem
como
agregador
dos
gastos
públicos
por
área
de
ação
governamental
nas
três
esferas
de
Governo.
Trata-‐se
de
classificação
de
aplicação
comum
e
obrigatória,
no
âmbito
da
União,
dos
Estados,
do
Distrito
Federal
e
dos
Municípios,
o
que
permite
a
consolidação
nacional
dos
gastos
do
setor
público.
A
classificação
funcional
é
representada
por
cinco
dígitos.
Os
dois
primeiros
referem-‐se
à
função,
enquanto
que
os
três
úl<mos
dígitos
representam
a
subfunção,
que
podem
ser
traduzidos
como
agregadores
das
diversas
áreas
de
atuação
do
setor
público,
nas
esferas
legisla<va,
execu<va
e
judiciária.
47
CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL
48
1750 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Classificação Institucional, Funcional e Programatica da Despesa Pública – Prof. Fábio Furtado
CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL
1.
Função
A
função
é
representada
pelos
dois
primeiros
dígitos
da
classificação
funcional
e
pode
ser
traduzida
como
o
maior
nível
de
agregação
das
diversas
áreas
de
atuação
do
setor
público.
A
função
quase
sempre
se
relaciona
com
a
missão
ins3tucional
do
órgão,
por
exemplo,
cultura,
educação,
saúde,
defesa,
que,
na
União,
de
modo
geral,
guarda
relação
com
os
respec3vos
Ministérios.
49
CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL
A
função
“Encargos
Especiais”
engloba
as
despesas
orçamentárias
em
relação
às
quais
não
se
pode
associar
um
bem
ou
serviço
a
ser
gerado
no
processo
produ8vo
corrente,
tais
como:
dívidas,
ressarcimentos,
indenizações
e
outras
afins,
representando,
portanto,
uma
agregação
neutra.
Nesse
caso,
na
União,
as
ações
estarão
associadas
aos
programas
do
;po
"Operações
Especiais"
que
constarão
apenas
do
orçamento,
não
integrando
o
PPA.
50
www.acasadoconcurseiro.com.br 1751
CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL
A
dotação
global
denominada
“Reserva
de
Con2ngência”,
permi/da
para
a
União
no
art.
91
do
Decreto-‐Lei
nº
200,
de
25
de
fevereiro
de
1967,
ou
em
atos
das
demais
esferas
de
Governo,
a
ser
u'lizada
como
fonte
de
recursos
para
abertura
de
créditos
adicionais
e
para
o
atendimento
ao
disposto
no
art.
5º,
inciso
III,
da
Lei
Complementar
nº
101,
de
2000,
sob
coordenação
do
órgão
responsável
pela
sua
des/nação,
será
iden2ficada
nos
orçamentos
de
todas
as
esferas
de
Governo
pelo
código
“99.999.9999.xxxx.xxxx”,
no
que
se
refere
às
classificações
por
função
e
subfunção
e
estrutura
programá/ca,
onde
o
“x”
representa
a
codificação
da
ação
e
o
respec/vo
detalhamento.
51
CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL
2.
Subfunção
A
subfunção,
indicada
pelos
três
úl2mos
dígitos
da
classificação
funcional,
representa
um
nível
de
agregação
imediatamente
inferior
à
função
e
deve
evidenciar
cada
área
da
atuação
governamental,
por
intermédio
da
agregação
de
determinado
subconjunto
de
despesas
e
iden<ficação
da
natureza
básica
das
ações
que
se
aglu<nam
em
torno
das
funções.
52
1752 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Classificação Institucional, Funcional e Programatica da Despesa Pública – Prof. Fábio Furtado
CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL
As
subfunções
podem
ser
combinadas
com
funções
diferentes
daquelas
às
quais
estão
relacionadas
na
Portaria
MOG
nº
42/1999.
Deve-‐se
adotar
como
função
aquela
que
é
7pica
ou
principal
do
órgão.
Assim,
a
programação
de
um
órgão,
via
de
regra,
é
classificada
em
uma
única
função,
ao
passo
que
a
subfunção
é
escolhida
de
acordo
com
a
especificidade
de
cada
ação
governamental.
A
exceção
à
combinação
encontra-‐se
na
função
28
–
Encargos
Especiais
e
suas
subfunções
=picas
que
só
podem
ser
u@lizadas
conjugadas.
53
CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL
Exemplos:
Ministério
da
Educação
FUNÇÃO
12
Educação
SUBFUNÇÃO
365
Educação
InfanAl
Câmara
dos
Deputados
FUNÇÃO
01
LegislaAva
www.acasadoconcurseiro.com.br 1753
CLASSIFICAÇÃO POR ESTRUTURA PROGRAMÁTICA
1.
Programa
Programa
é
o
instrumento
de
organização
da
atuação
governamental
que
ar5cula
um
conjunto
de
ações
que
concorrem
para
a
concre5zação
de
um
obje5vo
comum
preestabelecido,
visando
à
solução
de
um
problema
ou
ao
atendimento
de
determinada
necessidade
ou
demanda
da
sociedade.
56
1754 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Classificação Institucional, Funcional e Programatica da Despesa Pública – Prof. Fábio Furtado
www.acasadoconcurseiro.com.br 1755
CLASSIFICAÇÃO POR ESTRUTURA PROGRAMÁTICA
a)
A%vidade
É
um
instrumento
de
programação
u2lizado
para
alcançar
o
obje2vo
de
um
programa,
envolvendo
um
conjunto
de
operações
que
se
realizam
de
modo
con.nuo
e
permanente,
das
quais
resulta
um
produto
ou
serviço
necessário
à
manutenção
da
ação
de
Governo.
Exemplo:
“Fiscalização
e
Monitoramento
das
Operadoras
de
Planos
e
Seguros
Privados
de
Assistência
à
Saúde”.
59
b)
Projeto
É
um
instrumento
de
programação
u2lizado
para
alcançar
o
obje2vo
de
um
programa,
envolvendo
um
conjunto
de
operações,
limitadas
no
tempo,
das
quais
resulta
um
produto
que
concorre
para
a
expansão
ou
o
aperfeiçoamento
da
ação
de
Governo.
Exemplo:
“Implantação
da
rede
nacional
de
bancos
de
leite
humano”.
60
1756 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Classificação Institucional, Funcional e Programatica da Despesa Pública – Prof. Fábio Furtado
61
62
www.acasadoconcurseiro.com.br 1757
CLASSIFICAÇÃO POR ESTRUTURA PROGRAMÁTICA
3.
Sub'tulo/Localizador
de
gasto
A
Portaria
MOG
nº
42/1999
não
estabelece
critérios
para
a
indicação
da
localização
>sica
das
ações,
todavia,
considerando
a
dimensão
do
orçamento
da
União,
a
Lei
de
Diretrizes
Orçamentárias
tem
determinado
a
idenGficação
da
localização
do
gasto,
o
que
se
faz
por
intermédio
do
SubNtulo.
O
subNtulo
permite
maior
controle
governamental
e
social
sobre
a
implantação
das
políGcas
públicas
adotadas,
além
de
evidenciar
a
focalização,
os
custos
e
os
impactos
da
ação
governamental.
63
1758 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Classificação Institucional, Funcional e Programatica da Despesa Pública – Prof. Fábio Furtado
65
66
www.acasadoconcurseiro.com.br 1759
Direito Financeiro
Orçamento-Programa
É
um
plano
de
trabalho,
um
instrumento
de
planejamento
da
ação
do
governo,
por
meio
da
iden.ficação
dos
seus
programas
de
trabalho,
projetos
e
a7vidades,
além
do
estabelecimento
de
obje7vos
e
metas
a
serem
implementados,
bem
como
a
previsão
dos
custos
relacionados.
É
feito
de
forma
mais
elaborada,
tendo
como
premissa
o
planejamento
das
ações
a
serem
implementadas,
ao
contrário
do
adotado
no
orçamento
tradicional
de
receitas
e
despesas
(orçamento
clássico)
que
era
elaborado
de
forma
empírica,
no
“achismo”,
não
vinculando
o
planejamento
aos
programas
e
sim
confeccionando
a
proposta
orçamentária
adotando
como
base
o
ano
anterior.
2
www.acasadoconcurseiro.com.br 1761
Orçamento-Programa
O
orçamento-‐programa
é
aquele
elaborado
com
base
nos
programas
de
trabalho
de
governo
que
serão
executados
durante
o
exercício
financeiro.
O
orçamento-‐
programa
é
o
chamado
orçamento
moderno.
A
LOA
atualmente
é
chamada
de
orçamento-‐programa.
Orçamento-Programa
Já
foi
cobrado
em
prova:
O
que
vincula
a
LOA
ao
PPA?
Resposta:
É
o
programa.
Por
isso
nosso
orçamento
é
denominado
orçamento-‐programa.
1762 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Características do Orçamento Público – Prof. Fábio Furtado
Orçamento-Programa
A
elaboração
de
um
orçamento-‐
programa
envolve
algumas
etapas:
planejamento
(definição
de
obje9vos
e
m e t a s ) ;
p r o g r a m a ç ã o
( a 9 v i d a d e s
necessárias
à
consecução
dos
obje9vos);
projeto
(estudo
dos
recursos
de
trabalho
necessários);
orçamentação
(es9mação
dos
custos
e
dos
recursos
necessários)
e
avaliação
dos
programas.
Orçamento-Programa
Para
James
Giacomoni,
Orçamento
Público,
o
orçamento-‐
programa
é
aquele
que
enfa9za:
www.acasadoconcurseiro.com.br 1763
Orçamento-Programa
Logo,
a
elaboração
do
orçamento-‐
p r o g r a m a
a b r a n g e ,
e m
o r d e m
cronológica,
as
seguintes
etapas:
planejamento,
programação,
projeto,
orçamentação
e
avaliação.
1764 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Características do Orçamento Público – Prof. Fábio Furtado
10
www.acasadoconcurseiro.com.br 1765
Orçamento de Desempenho
É
aquele
que
es)ma
e
autoriza
as
despesas
pelos
produtos
finais
a
obter
ou
tarefas
a
realizar.
Neste
orçamento
de
desempenho
procura-‐se
saber
as
coisas
que
o
governo
FAZ
e
não
as
coisas
que
o
governo
compra.
É
dado
enfoque
aos
r e s u l t a d o s .
S e g u n d o
a l g u n s
doutrinadores,
este
orçamento
foi
u)lizado
em
um
momento
anterior
à
implementação
do
orçamento-‐programa.
11
*
Cabe
ressaltar
que
muitas
vezes
as
bancas
examinadoras
u5lizam
os
conceitos
a
seguir
na
elaboração
das
questões.
12
1766 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Características do Orçamento Público – Prof. Fábio Furtado
13
14
www.acasadoconcurseiro.com.br 1767
Conceitos extraídos do site da STN
Orçamento
Tradicional
Processo
orçamentário
em
que
apenas
uma
dimensão
do
orçamento
é
explicitada,
qual
seja,
o
objeto
de
gasto.
Também
é
conhecido
como
Orçamento
Clássico.
16
1768 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Características do Orçamento Público – Prof. Fábio Furtado
www.acasadoconcurseiro.com.br 1769
Direito Financeiro
Aula XX
SUPRIMENTO DE FUNDOS
Suprimento de Fundos
Lei
nº
4.320/64:
Art.
68.
O
regime
de
adiantamento
é
aplicável
aos
casos
de
despesas
expressamente
definidos
em
lei
e
consiste
na
entrega
de
numerário
a
servidor,
sempre
precedida
de
empenho
na
dotação
própria
para
o
fim
de
realizar
despesas,
que
não
possam
subordinar-‐se
ao
processo
normal
de
aplicação.
2
www.acasadoconcurseiro.com.br 1771
Suprimento de Fundos
Lei
nº
4.320/64:
Art.
69.
Não
se
fará
adiantamento
a
servidor
em
alcance
nem
a
responsável
por
dois
adiantamentos.
Suprimento de Fundos
O
suprimento
de
fundos
deve
ser
u.lizado
nos
seguintes
casos:
1772 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Suprimento de Fundos – Prof. Fábio Furtado
Suprimento de Fundos
Exemplo:
O
servidor
Fulano
de
Tal
recebe
suprimento
de
fundos
no
valor
de
R$
4.000,00
para
realização
de
despesas
de
pequeno
vulto.
Suprimento de Fundos
Na
União,
o
prazo
máximo
de
aplicação
é
de
90
dias.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1773
Suprimento de Fundos
O
Valor
de
R$
4.000,00
é
depositado
numa
conta
corrente
cujo
responsável
pela
movimentação
é
o
servidor
Fulano
de
Tal.
Na
União,
especialmente
no
Poder
ExecuEvo,
é
muito
uElizado
como
meio
de
pagamento
de
despesas
realizadas
com
suprimento
de
fundos
o
Cartão
de
Pagamento
do
Governo
Federal
(CPGF),
m a i s
c o n h e c i d o
c o m o
C a r t ã o
CorporaEvo.
7
Suprimento de Fundos
Durante
o
prazo
de
aplicação
(gasto),
o
servidor
vai
realizando
as
despesas
(aquisições
de
materiais
de
consumo
que
não
possuem
estoque
no
almoxarifado,
por
exemplo),
pagando-‐as
com
o
suprimento
de
fundos.
Junto
com
o
material
adquirido,
por
exemplo,
o
servidor
leva
para
o
órgão
a
Nota
Fiscal
de
compra,
que
deverá
ser
atestada
por
outros
servidores.
1774 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Suprimento de Fundos – Prof. Fábio Furtado
Suprimento de Fundos
Supondo
que
dos
R$
4.000,00,
R$
3.800,00
foram
gastos
com
despesas
de
pequeno
vulto.
Ocorreu
uma
sobra
de
R$
200,00,
de
saldo
do
adiantamento
(suprimento
de
fundos).
Como
ficará
composto
o
processo
de
prestação
de
contas?
9
Suprimento de Fundos
üR$
3.800,00
serão
comprovados
por
meio
das
notas
fiscais
devidamente
atestadas
por
outros
servidores,
comprovando
que
o
material
foi
adquirido
para
u<lização
no
serviço
público.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1775
Suprimento de Fundos
Esta
prestação
de
contas
será
examinada.
Caso
esteja
tudo
correto,
o
Ordenador
de
Despesa
emi:rá
um
Termo
aprovando-‐a.
Caso
tenha
algo
incorreto,
o
servidor
poderá
ser
declarado
em
alcance,
pelo
Ordenador
de
Despesa.
11
Suprimento de Fundos
Não
se
concederá
suprimento
de
fundos:
12
1776 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Suprimento de Fundos – Prof. Fábio Furtado
13
Suprimento de Fundos
O
suprimento
de
fundos
é
caracterizado
por
ser
um
adiantamento
de
valores
a
um
servidor
para
futura
prestação
de
contas.
Esse
adiantamento
cons4tui
despesa
orçamentária,
ou
seja,
para
conceder
o
recurso
ao
suprido
é
necessário
percorrer
os
três
estágios
da
despesa
orçamentária:
empenho,
liquidação
e
pagamento.
Em
suma,
suprimento
de
fundos
consiste
na
entrega
de
numerário
a
servidor,
sempre
precedida
de
empenho
na
dotação
própria,
para
o
fim
de
realizar
despesas
que
não
possam
subordinar-‐se
ao
processo
normal
de
aplicação.
14
www.acasadoconcurseiro.com.br 1777
Suprimento de Fundos
Os
arts.
68
e
69
da
Lei
nº
4.320/1964
definem
e
estabelecem
regras
gerais
de
observância
obrigatória
para
a
União,
Estados,
Distrito
Federal
e
Municípios
aplicáveis
ao
regime
de
adiantamento.
Segundo
a
Lei
nº
4.320/1964,
não
se
pode
efetuar
adiantamento
a
servidor
em
alcance
e
nem
a
responsável
por
dois
adiantamentos.
Por
servidor
em
alcance,
entende-‐se
aquele
que
não
efetuou,
no
prazo,
a
comprovação
dos
recursos
recebidos
ou
que,
caso
tenha
apresentado
a
prestação
de
contas
dos
recursos,
a
mesma
tenha
sido
impugnada
total
ou
parcialmente.
15
Suprimento de Fundos
Cada
Ente
da
Federação
deve
regulamentar
o
seu
regime
de
adiantamento,
observando
as
peculiaridades
de
seu
sistema
de
controle
interno,
de
forma
a
garan:r
a
correta
aplicação
do
dinheiro
público.
Destacam-‐se
algumas
regras
estabelecidas
para
esse
regime:
16
1778 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Financeiro – Suprimento de Fundos – Prof. Fábio Furtado
Suprimento de Fundos
O
suprimento
de
fundos
deve
ser
u.lizado
nos
seguintes
casos:
a)
Para
atender
a
despesas
eventuais,
inclusive
em
viagem
e
com
serviços
especiais,
que
exijam
pronto
pagamento;
b)
Quando
a
despesa
deva
ser
feita
em
caráter
sigiloso,
conforme
se
classificar
em
regulamento;
e
c)
Para
atender
a
despesas
de
pequeno
vulto,
assim
entendidas
aquelas
cujo
valor,
em
cada
caso,
não
ultrapassar
limite
estabelecido
em
ato
norma=vo
próprio.
17
Suprimento de Fundos
Não
se
concederá
suprimento
de
fundos:
a)
A
responsável
por
dois
suprimentos;
b)
A
servidor
que
tenha
a
seu
cargo
a
guarda
ou
u8lização
do
material
a
adquirir,
salvo
quando
não
houver
na
repar8ção
outro
servidor;
c)
A
responsável
por
suprimento
de
fundos
que,
esgotado
o
prazo,
não
tenha
prestado
contas
de
sua
aplicação;
e
d)
A
servidor
declarado
em
alcance.
18
www.acasadoconcurseiro.com.br 1779
Administração Financeira
LC nº 101/2000
Principais Tópicos
www.acasadoconcurseiro.com.br 1781
Art. 1º
Planejamento; Transparência; Responsabilização
Art. 1º, § 1º
Principais artigos:
1782 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Financeira – Lei de Responsabilidade Fiscal – Prof. Fábio Furtado
Art. 1º
Art.1º, §2º As disposições desta Lei Complementar
obrigam a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios.
11
www.acasadoconcurseiro.com.br 1783
Art. 2º
Conceitos:
§ Empresa Controlada
13
Empresa Controlada
Art. 2º, II
Conceito:
15
1784 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Financeira – Lei de Responsabilidade Fiscal – Prof. Fábio Furtado
Conceito:
17
Nota do Professor:
A RCL é a base para apuração de qualquer limite imposto pela LRF.
Limite para despesas com pessoal, limite para endividamento, limite
para contrair operações de crédito, limite para contrair ARO, limite para
concessão de garantias, são baseados em percentuais da RCL.
19
www.acasadoconcurseiro.com.br 1785
Receita Corrente Líquida (RCL)
Art. 2º, IV
21
1786 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Financeira – Lei de Responsabilidade Fiscal – Prof. Fábio Furtado
ORIGEM DA RECEITA
Os códigos da Origem para as receitas correntes e de capital, de acordo
com a Lei nº 4.320, de 1964, são:
1. RECEITAS CORRENTES 2. RECEITAS DE CAPITAL
www.acasadoconcurseiro.com.br 1787
Receita Corrente Líquida (RCL)
Art. 2º, IV
Exemplo 1:
1788 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Financeira – Lei de Responsabilidade Fiscal – Prof. Fábio Furtado
Art. 3º
Vetado (tratava do PPA)
33
Art. 4º
LDO, conforme artigo 165, §2º da
CRFB:
www.acasadoconcurseiro.com.br 1789
Art. 4º
LDO
Art. 4º
Assim, por exemplo:
ARF 2014
LOA 2014
39
1790 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Financeira – Lei de Responsabilidade Fiscal – Prof. Fábio Furtado
Art. 4º
Assim, por exemplo:
ARF 2015
LOA 2015
41
Art. 4º
Assim, por exemplo:
ARF 2016
LOA 2016
43
www.acasadoconcurseiro.com.br 1791
Art. 4º
ANEXO DE METAS FISCAIS
Conterá:
• Avaliação do cumprimento das metas
relativas ao ano anterior;
45
Art. 4º
ANEXO DE METAS FISCAIS
Conterá:
• Evolução do patrimônio líquido nos
últimos três exercícios, destacando a
origem e a aplicação dos recursos
obtidos com a alienação de ativos;
47
1792 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Financeira – Lei de Responsabilidade Fiscal – Prof. Fábio Furtado
Art. 4º
ANEXO DE METAS FISCAIS
Conterá:
49
Art. 4º
• Demonstrativo da estimativa e
compensação da renúncia de receita
e da margem de expansão das
despesas obrigatórias de caráter
continuado.
51
www.acasadoconcurseiro.com.br 1793
Anexo de Metas Fiscais/LDO 2011 (Estado RJ)
53
55
1794 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Financeira – Lei de Responsabilidade Fiscal – Prof. Fábio Furtado
57
59
www.acasadoconcurseiro.com.br 1795
Anexo de Metas Fiscais/LDO 2011 (Estado RJ)
61
63
1796 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Financeira – Lei de Responsabilidade Fiscal – Prof. Fábio Furtado
65
Art. 4º
LDO
67
www.acasadoconcurseiro.com.br 1797
Anexo de Riscos Fiscais/LDO 2011 (Estado RJ)
69
71
1798 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Financeira – Lei de Responsabilidade Fiscal – Prof. Fábio Furtado
73
75
www.acasadoconcurseiro.com.br 1799
Anexo de Riscos Fiscais/LDO 2011 (Estado RJ)
77
79
1800 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Financeira – Lei de Responsabilidade Fiscal – Prof. Fábio Furtado
81
Art. 4º
LDO
83
www.acasadoconcurseiro.com.br 1801
Art. 5º
LOA, conforme artigo 165, §5º da CRFB:
“A lei orçamentária anual compreenderá:
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos,
órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive
fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II - o orçamento de investimento das empresas em que a União,
direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com
direito a voto;
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as
entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou
indireta, bem como os fundos e fundações”.
85
Art. 5º
LOA
87
1802 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Financeira – Lei de Responsabilidade Fiscal – Prof. Fábio Furtado
Art. 8º
89
Art. 9º
LIMITAÇÃO DE EMPENHO
(Limitação de Gastos)
www.acasadoconcurseiro.com.br 1803
Art. 9º
LIMITAÇÃO DE EMPENHO
(Limitação de Gastos)
93
Art. 9º, § 4º
AUDIÊNCIAS PÚBLICAS
95
1804 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Financeira – Lei de Responsabilidade Fiscal – Prof. Fábio Furtado
Art. 11
DA RECEITA PÚBLICA
Art. 12
DA RECEITA PÚBLICA
www.acasadoconcurseiro.com.br 1805
Art. 12
DA RECEITA PÚBLICA
[...]
Art. 13. No prazo previsto no art. 8º, as receitas previstas serão desdobradas, pelo Poder
Executivo, em metas bimestrais de arrecadação, com a especificação, em separado,
quando cabível, das medidas de combate à evasão e à sonegação, da quantidade e valores
de ações ajuizadas para cobrança da dívida ativa, bem como da evolução do montante dos
créditos tributários passíveis de cobrança administrativa.
101
Art. 13
DA RECEITA PÚBLICA
1806 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Financeira – Lei de Responsabilidade Fiscal – Prof. Fábio Furtado
Art. 14
RENÚNCIA DE RECEITA
105
Art. 14
RENÚNCIA DE RECEITA
(ou)
www.acasadoconcurseiro.com.br 1807
Arts. 15 a 17
DESPESAS OBRIGATÓRIAS
DE CARÁTER CONTINUADO
109
Arts. 15 a 17
DESPESAS OBRIGATÓRIAS
DE CARÁTER CONTINUADO
Deve-se demonstrar:
o IMPACTO ORÇAMENTÁRIO-
FINANCEIRO no exercício em que a
despesa deva entrar em vigor e nos 2
subsequentes.
111
1808 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Financeira – Lei de Responsabilidade Fiscal – Prof. Fábio Furtado
Arts. 15 a 17
DESPESAS OBRIGATÓRIAS DE CARÁTER CONTINUADO
o ato será acompanhado de comprovação de que a despesa criada
ou aumentada não afetará as metas de resultados fiscais previstas
no anexo referido no § 1º do art. 4º, devendo seus efeitos
financeiros, nos períodos seguintes, ser compensados pelo aumento
permanente de receita ou pela redução permanente de despesa.
113
Art. 18
DESPESAS COM PESSOAL
www.acasadoconcurseiro.com.br 1809
Art. 18
DESPESAS COM PESSOAL
117
Art. 18
DESPESAS COM PESSOAL
Assim:
Despesas com Pessoal (referência + 11 anteriores)
RCL (referência + 11 anteriores) x 100 = _____%
119
1810 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Financeira – Lei de Responsabilidade Fiscal – Prof. Fábio Furtado
Art. 19
DESPESAS COM PESSOAL
121
Art. 20
União Estados Estados* Municípios
(50%) (60%) (60%) (60%)
Executivo 40,9 49 48,6 54
Legislativo 2,5 3 3,4 6
(TC)
Judiciário 6 6 6 ------
MP 0,6 2 2 ------
www.acasadoconcurseiro.com.br 1811
Art. 20
Exemplo:
Vamos supor que foram realizados os cálculos,
conforme disposto no artigo 20, §1º, no âmbito do
Poder Judiciário Federal. O resultado (hipotético)
foi:
Poder Limite com
Judiciário Despesas
Federal de Pessoal
(Órgãos) (%)
STF 2,2
STJ 1,0
STM 0,8
[...] 2,0
TOTAL 6,0
125
127
1812 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Financeira – Lei de Responsabilidade Fiscal – Prof. Fábio Furtado
[...]
Art. 22, Parágrafo único. Se a despesa total com pessoal exceder a *95%
do limite, SÃO VEDADOS ao Poder ou órgão referido no art. 20 que houver
incorrido no excesso:
[...]
131
www.acasadoconcurseiro.com.br 1813
Art. 22
DESPESAS COM PESSOAL
133
Art. 22
DESPESAS COM PESSOAL
IV - provimento de cargo público,
admissão ou contratação de pessoal a
qualquer título, ressalvada a reposição
decorrente de aposentadoria ou
falecimento de servidores das áreas
de educação, saúde e segurança;
1814 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Financeira – Lei de Responsabilidade Fiscal – Prof. Fábio Furtado
137
Art. 23
DESPESAS COM PESSOAL
139
www.acasadoconcurseiro.com.br 1815
Art. 169 da CRFB/88
141
143
1816 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Financeira – Lei de Responsabilidade Fiscal – Prof. Fábio Furtado
§ 5º O servidor que perder o cargo na forma do parágrafo anterior fará jus a indenização
correspondente a um mês de remuneração por ano de serviço.
145
Art. 21
DESPESAS COM PESSOAL
147
www.acasadoconcurseiro.com.br 1817
Art. 24
SEGURIDADE SOCIAL
Nenhum benefício ou serviço relativo à seguridade social
poderá ser criado, majorado ou estendido sem a indicação da
fonte de custeio total, nos termos do § 5º do art. 195 da
Constituição, atendidas ainda as exigências do art. 17.
Assim, deve-se demonstrar:
o IMPACTO ORÇAMENTÁRIO-FINANCEIRO no exercício em
que a despesa deva entrar em vigor e nos 2 subsequentes.
a origem dos recursos para seu custeio.
149
Art. 25
TRANSFERÊNCIAS VOLUNTÁRIAS
151
1818 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Financeira – Lei de Responsabilidade Fiscal – Prof. Fábio Furtado
Art. 25
TRANSFERÊNCIAS VOLUNTÁRIAS
153
Art. 29
Para os efeitos desta Lei Complementar, são adotadas as
seguintes definições:
155
www.acasadoconcurseiro.com.br 1819
Art. 29, §3º
157
Art. 29
II - dívida pública mobiliária: dívida pública representada por
títulos emitidos pela União, inclusive os do *Banco Central do
Brasil*, Estados e Municípios;
159
1820 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Financeira – Lei de Responsabilidade Fiscal – Prof. Fábio Furtado
Art. 29
III - operação de crédito: compromisso financeiro assumido
em razão de mútuo, abertura de crédito, emissão e aceite
de título, aquisição financiada de bens, recebimento
antecipado de valores provenientes da venda a termo de bens
e serviços, arrendamento mercantil e outras operações
assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros;
161
Art. 29
IV - concessão de garantia: compromisso de adimplência*
de obrigação financeira ou contratual assumida por ente da
Federação ou entidade a ele vinculada;
163
www.acasadoconcurseiro.com.br 1821
Art. 29
V - refinanciamento da dívida mobiliária: emissão de
títulos para pagamento do principal acrescido da atualização
monetária.
165
Art. 30
Art. 30. No prazo de noventa dias após a publicação desta Lei
Complementar, o Presidente da República submeterá ao:
167
1822 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Financeira – Lei de Responsabilidade Fiscal – Prof. Fábio Furtado
www.acasadoconcurseiro.com.br 1823
Supondo que o Balanço Patrimonial anterior se refira ao Estado
do Rio Grande do Sul.
DCL/RCL = 2,8.
DCL/RCL = 1.
175
1824 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Financeira – Lei de Responsabilidade Fiscal – Prof. Fábio Furtado
DCL/RCL = 1,6.
177
Art. 31
Da Recondução da Dívida aos
Limites
179
www.acasadoconcurseiro.com.br 1825
Resolução nº 43/2001 do SF:
Limites:
• ARO: 7% da RCL
181
Art. 38
ARO
(Antecipação de Receita Orçamentária)
(Operação de Crédito por Antecipação de Receita)
(Débito de Tesouraria)
1826 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Financeira – Lei de Responsabilidade Fiscal – Prof. Fábio Furtado
Art. 42
Restos a Pagar
Art. 44
É vedada a aplicação da receita de capital derivada da
alienação de bens e direitos que integram o patrimônio
público para o financiamento de despesa corrente, salvo
se destinada por lei aos regimes de previdência social, geral
e próprio dos servidores públicos.
187
www.acasadoconcurseiro.com.br 1827
Art. 45
Observado o disposto no § 5º do art. 5º, a lei orçamentária e as
de créditos adicionais só incluirão novos projetos após
adequadamente atendidos os em andamento e contempladas
as despesas de conservação do patrimônio público, nos
termos em que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias.
189
Art. 48
Instrumentos de Transparência:
191
1828 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Financeira – Lei de Responsabilidade Fiscal – Prof. Fábio Furtado
195
www.acasadoconcurseiro.com.br 1829
LC nº. 131/2009, incluiu o Art. 48-A
197
199
1830 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Financeira – Lei de Responsabilidade Fiscal – Prof. Fábio Furtado
201
Publicação em 27/05/2009.
203
www.acasadoconcurseiro.com.br 1831
LC nº. 131/2009, incluiu o Art. 73-C
205
Art. 49
As contas prestadas pelo Chefe do Poder Executivo
(englobando todos os Poderes e Órgãos) ficarão disponíveis,
no Legislativo e no órgão técnico responsável pela sua
elaboração, durante todo o exercício para consulta e
apreciação pelos cidadãos e instituições da sociedade.
207
1832 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Financeira – Lei de Responsabilidade Fiscal – Prof. Fábio Furtado
Arts. 52 a 55
RREO e RGF
209
Exemplo:
1º Bimestre (Jan/Fev): até 30 de Março
211
www.acasadoconcurseiro.com.br 1833
RGF (Relatório da Gestão Fiscal)
213
Exemplo:
1º Quadrimestre (Abril): até 30 de MAIO
2º Quadrimestre (Agosto): até 30 de SETEMBRO
3º Quadrimestre (Dezembro): até 30 de JANEIRO
Obs.:
A Câmara dos Deputados publica o seu RGF
O Senado Federal também publica o seu RGF
O MP publica o seu RGF ;
O Poder Executivo publicará o seu RGF consolidando os dados dos seus órgãos..
215
1834 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Financeira – Lei de Responsabilidade Fiscal – Prof. Fábio Furtado
217
www.acasadoconcurseiro.com.br 1835
Regimento Interno do TRT 14ª Região
www.acasadoconcurseiro.com.br
Regimento Interno
www.acasadoconcurseiro.com.br 1839
Art. 3º Compõem o Tribunal Regional do Traba- § 3º Publicado o ato de nomeação, encon-
lho da 14ª Região: trando-se o Tribunal em recesso ou ocor-
rendo situação excepcional, o Magistrado
I – Tribunal Pleno; poderá tomar posse perante o Presidente,
II – Turmas; assumindo plenamente suas funções, de-
vendo o ato ser referendado na sessão sole-
III – Presidência; ne de que trata o caput deste artigo.
IV – Vice-Presidência; § 4º No ato da posse, o Magistrado nomeado
V – Corregedoria Regional; deverá apresentar declaração de seus bens.
1840 www.acasadoconcurseiro.com.br
Regimento Interno do TRT-RO-AC – Profª Bruna Refosco
www.acasadoconcurseiro.com.br 1841
CAPÍTULO II b) se a impossibilidade for de natureza de-
DA DIREÇÃO DO TRIBUNAL finitiva e sendo do Presidente nova aclama-
ção realizar-se-á, na forma do caput deste
Art. 16. A Presidência e a Vice-Presidência do artigo, no prazo de 8 (oito) dias, contados
Tribunal serão exercidas pelos Desembargado- da divulgação do fato impeditivo pela Im-
res mais antigos respectivamente, que ainda prensa Oficial; se do VicePresidente, a acla-
não tenham ocupado os aludidos cargos. mação será para esse cargo;
1842 www.acasadoconcurseiro.com.br
Regimento Interno do TRT-RO-AC – Profª Bruna Refosco
www.acasadoconcurseiro.com.br 1843
XIV – elaborar e votar o Regimento Inter- de seus membros, assegurada ampla defe-
no e suas alterações, bem como apreciar e sa, sobre a disponibilidade e aposentado-
votar o Regulamento Geral dos Serviços do ria, por interesse público, bem como sobre
Tribunal e as propostas de Consolidação dos o afastamento preventivo de Desembar-
Provimentos e Normas Administrativas; gador do Tribunal e dos Juízes de primeira
instância, como também sobre a remoção
XV – encaminhar ao Tribunal Superior do destes, por interesse público, além dos pe-
Trabalho proposta para a apresentação de didos de remoção e permuta entre Varas
projeto de lei ao Poder Legislativo, visando do Trabalho da Região ou entre este e outro
à criação ou extinção de cargos de Magis- Tribunal Regional do Trabalho, observadas
trados e servidores, de cargos comissiona- as disposições da Constituição Federal, da
dos e funções comissionadas e de Varas do Lei Orgânica da Magistratura Nacional, da
Trabalho; Consolidação das Leis do Trabalho e normas
XVI – eleger e dar posse ao Presidente e ao editadas pelo Conselho Nacional de Justiça
Vice-Presidente; e Conselho Superior da Justiça do Trabalho;
XVII – dar posse a Desembargador nomea- XXVI – deliberar sobre os critérios de loca-
do para compor o Tribunal; lização dos Juízes do Trabalho Substitutos
da Região; ALTERADO o inc. XXVI do art. 19,
XVIII – aprovar modelos de vestes talares; Através da RA nº 0096/2012, Publicada no
XIX – eleger os Magistrados que comporão Diário Oficial Eletrônico em 24/08/2012
as Comissões permanentes; XXVII – recusar a promoção, por antiguida-
XX – estabelecer os dias das sessões do Ple- de, dos Juízes Titulares de Vara do Trabalho
no e das Turmas, bem como convocar as e dos Juízes do Trabalho Substitutos, pelo
sessões extraordinárias, quando necessá- voto fundamentado de 2/3 (dois terços) de
rias, por iniciativa de seus membros; seus membros, assegurada ampla defesa;
ALTERADO o inc. XXVII do art. 19, Através da
XXI – processar, como matéria administra- RA nº 0096/2012, Publicada no Diário Ofi-
tiva, os casos de aposentadoria de seus De- cial Eletrônico em 24/08/2012
sembargadores, bem como concedê-la aos
Juízes de primeira instância; XXVIII – fixar as normas e valores para a
concessão de diárias e ajuda de custo a
XXII – indicar comissão de Desembargado- Desembargadores do Tribunal, Juízes Ti-
res para funcionar em processo de verifica- tulares de Vara do Trabalho, Juízes do Tra-
ção de invalidez de Magistrado; balho Substitutos e servidores; ALTERADO
o inc. XXVIII do art. 19, Através da RA nº
XXIII – conceder férias, licenças e afasta- 0096/2012, Publicada no Diário Oficial Ele-
mentos a seus membros, inclusive a Juiz de trônico em 24/08/2012
primeiro grau, quando convocado para o
Tribunal; XXIX – autorizar Magistrados a se ausen-
tarem do país, quando em exercício; XXX
XXIV – proceder à convocação de Juízes – conceder afastamento aos Magistrados,
Titulares de Vara do Trabalho, nas hipóte- sem prejuízo de seus vencimentos e vanta-
ses previstas neste Regimento; ALTERA- gens, para frequência a cursos ou seminá-
DO o inc. XXIV do art. 19, Através da RA nº rios de aperfeiçoamento e estudos, pelo
0096/2012, Publicada no Diário Oficial Ele- prazo máximo de 02 (dois) anos;
trônico em 24/08/2012
XXXI – resolver as reclamações dos Juízes
XXV – deliberar, em sessão pública, por de- de primeira instância contra a lista de anti-
cisão motivada e voto da maioria absoluta
1844 www.acasadoconcurseiro.com.br
Regimento Interno do TRT-RO-AC – Profª Bruna Refosco
guidade, organizada anualmente pelo Presi- XXXVIII – deliberar, por proposta do Pre-
dente, devendo ser oferecidas no prazo de sidente, sobre a abertura e instruções de
08 (oito) dias após a publicação; concurso público para provimento de car-
gos no quadro de pessoal e constituição das
XXXII – indicar os Juízes do Trabalho Substi- respectivas comissões, bem como decidir,
tutos e os Juízes Titulares de Vara do Traba- em última instância, os recursos contra atos
lho que devam ser promovidos por antigui- destas e homologar a classificação final dos
dade, e organizar lista tríplice dos mesmos candidatos, autorizando as nomeações a se-
Juízes, quando se tratar de promoção por rem feitas pelo Presidente, podendo prorro-
merecimento, promovendo o indicado, gar o prazo de validade do certame;
quando for Juiz do Trabalho Substituto; AL-
TERADO o inc. XXXII do art. 19, Através da XXXIX – fixar o horário de funcionamento
RA nº 0096/2012, Publicada no Diário Ofi- dos órgãos da Justiça do Trabalho da Re-
cial Eletrônico em 24/08/2012 gião, bem como a jornada de trabalho dos
servidores;
XXXIII – organizar e votar a lista tríplice alu-
siva ao preenchimento de vaga reservada a XL – deliberar sobre assunto de ordem in-
advogado ou membro do Ministério Público terna, quando especialmente convocado
do Trabalho; pelo Presidente ou a requerimento de qual-
quer Desembargador;
XXXIV – julgar as reclamações dos Juízes
de primeira instância contra a apuração do XLI – resolver as dúvidas que lhe forem sub-
tempo de serviço, por motivo de classifica- metidas pelo Presidente, por qualquer de
ção para promoção; seus membros ou pelo Ministério Público
do Trabalho, sobre a ordem de serviço no
XXXV – advertir ou censurar, por delibera- Tribunal ou a interpretação e a execução
ção da maioria absoluta de seus membros, deste Regimento;
os Juízes de primeira instância, por faltas
cometidas no cumprimento de seus deve- XLII – decidir sobre a transferência ou a per-
res, assegurando-lhes ampla defesa; muta de Desembargador integrante de uma
Turma à outra;
XXXVI – deliberar sobre a realização de con-
curso público para provimento de cargos de XLIII – deliberar sobre a oportunidade e
Juiz do Trabalho Substituto, designando a conveniência de alterar e estabelecer a ju-
Comissão Organizadora e Examinadora, ob- risdição das Varas do Trabalho, bem como
servada a regulamentação específica, bem transferir-lhes a sede de um Município para
como julgar as impugnações ou recursos e outro, de acordo com a necessidade de agi-
homologar o resultado apresentado pela lização da prestação jurisdicional trabalhis-
Comissão Julgadora; ALTERADO o inc. XXXVI ta, nos termos da lei;
do art. 19, Através da RA nº 0096/2012,
Publicada no Diário Oficial Eletrônico em XLIV – estabelecer critérios para valoração
24/08/2012 objetiva de desempenho, produtividade
e presteza no exercício da jurisdição, para
XXXVII – deliberar sobre a redistribuição de efeito de promoção de Magistrado por me-
cargos vagos ou ocupados, como também recimento, dispondo sobre a frequência e o
sobre a transformação de áreas e especiali- aproveitamento em cursos oficiais ou reco-
dades de cargos efetivos do quadro de pes- nhecidos de aperfeiçoamento ou especiali-
soal, e de cargos em comissão e funções co- zação, com a respectiva gradação;
missionadas, nos termos da lei;
XLV – editar normas disciplinando o exer-
cício da docência pelos Magistrados da Re-
www.acasadoconcurseiro.com.br 1845
gião, proceder à respectiva fiscalização e LV – apreciar os atos praticados ad referen-
adotar providências quando constatada a dum pelo Presidente, quando a matéria for
incompatibilidade entre as atividades juris- de competência do Tribunal, podendo avo-
dicional e acadêmica; car o feito respectivo quando não submeti-
do à devida deliberação na sessão adminis-
XLVI – regulamentar o sistema de plantão trativa que se seguir.
judiciário dos órgãos de segundo grau;
§ 1º Designada a sessão administrativa, os
XLVII – definir os critérios para avaliação de membros do Tribunal deverão ser comu-
desempenho funcional de Juízes do Traba- nicados com antecedência mínima de 02
lho Substitutos durante o período de vita- (dois) dias da data de sua realização, ainda
liciamento, eleger os Magistrados compo- que em gozo de férias ou licença, dando-se-
nentes da Comissão Especial de Orientação, -lhes ciência prévia do assunto a ser trata-
Acompanhamento e Avaliação de Estágio do.
Probatório, e apreciar o respectivo resulta-
do; ALTERADO o inc. XLVII do art. 19, Atra- § 2º Os atos administrativos do Tribunal se-
vés da RA nº 0096/2012, Publicada no Diá- rão materializados por meio de Resolução
rio Oficial Eletrônico em 24/08/2012 Administrativa, com publicação no órgão
oficial, observado o disposto no art. 139
XLVIII – definir a estrutura organizacional e deste Regimento; quando houver Relator
funcional da Escola Judicial, seu regulamen- designado, será lavrado acórdão.
to geral e regimento interno;
§ 3º Deverá ser comunicado à Corregedoria
XLIX – dispor sobre a organização do Tribu- Nacional de Justiça acerca dos seguintes fa-
nal, reestruturando e fixando a lotação de tos:
cargos efetivos, cargos em comissão e fun-
ções comissionadas dos setores administra- a) do arquivamento dos procedimentos pré-
tivos e judiciais de primeira e segunda ins- vios de apuração contra magistrados;
tâncias;
b) das decisões de instauração de processos
L – estabelecer normas e deliberar sobre a administrativos disciplinares, com cópia da
eliminação de autos findos; ata da sessão respectiva;
LI – expedir normas para uniformização e c) dos resultados dos julgamentos dos pro-
padronização da formatação de acórdãos, cessos administrativos disciplinares;
sentenças e demais expedientes adotados
no âmbito da justiça do trabalho regional; § 4º caso a proposta de abertura de proces-
so administrativo disciplinar contra magis-
LII – apreciar a proposta orçamentária anual trado seja adiada ou deixe de ser apreciada
que lhe for submetida pelo Presidente, as- por falta de quórum, cópia da ata da sessão
segurada a observância do critério de pla- respectiva, com a especificação dos nomes
nejamento estratégico; dos presentes; dos ausentes; dos suspeitos
e dos impedidos, será encaminhada para a
LIII – solicitar ou conceder cessão de servi- Corregedoria do Conselho Nacional de jus-
dores a outros órgãos públicos e decidir so- tiça, no prazo de 15 dias, contados da res-
bre requisições, nos termos da lei; pectiva sessão, para fins de deliberação,
LIV – aprovar logomarcas, medalhas, selos processamento e submissão a julgamento.
ou símbolos que, de qualquer forma, repre- Inserido no art. 19 os § 3º e 4º, Através da
sentem o Tribunal; Resolução Administrativa nº 0078/2011 e
Publicada no Diário Oficial Eletrônico nº 158
no dia 25/08/2011
1846 www.acasadoconcurseiro.com.br
Regimento Interno do TRT-RO-AC – Profª Bruna Refosco
www.acasadoconcurseiro.com.br 1847
§ 3º É vedado o funcionamento da Turma de Presidente e Vice-Presidente do Tribu-
sem a presença de, pelo menos, um de seus nal.
membros efetivos.
§ 4º O Desembargador aclamado para o car-
Art. 23. Nas sessões das Turmas, os trabalhos go de Presidente do Tribunal ficará afastado
obedecerão, no que couber, a mesma ordem de suas atribuições nas Turmas, durante o
adotada pelo Tribunal Pleno. O Presidente da tempo em que estiver no exercício do refe-
Turma tomará assento ao centro da mesa, ten- rido cargo de direção da Corte, findo o qual
do, à sua direita, o Ministério Público do Traba- retornará às suas atividades judicantes nas
lho e, à sua esquerda, o Secretário da Turma. Turmas. Alterado o §4º do art. 25, através
da RA Nº 0029/2012 Publicada no Diário
Parágrafo único. O Desembargador mais Oficial Eletrônico em 27/03/2012
antigo ocupará a primeira cadeira da ala di-
reita e, assim, sucessivamente, sempre res- Art. 26. Compete ao Presidente de Turma:
peitada a ordem de antiguidade, estenden-
do-se a sistemática aos Juízes Convocados. I – aprovar as pautas de julgamento organi-
zadas pelo Secretário da Turma;
Art. 24. A transferência do integrante de uma
Turma à outra poderá ser pleiteada, admitindo- II – convocar as sessões extraordinárias
-se também a permuta, desde que aprovada quando entender necessárias, sem prejuízo
pelo Tribunal Pleno, por maioria simples, em do disposto no § 1º do art. 110 deste Regi-
ambas as hipóteses, ressalvada a vinculação aos mento;
processos já distribuídos na Turma de origem. III – dirigir os trabalhos, propondo e sub-
Parágrafo único. Nesse caso, o magistrado metendo as questões a julgamento, além
fica vinculado aos processos que tenham de votar em todos os processos, apurar os
sido distribuídos antes da transferência, votos emitidos e proclamar as decisões,
sem prejuízo do recebimento por distri- tendo, ainda, o voto de desempate, se for o
buição de processos na Turma que passar caso, cumprindo o disposto no art. 134 des-
a integrar. Acrescentado o Paragrafo Úni- te Regimento. Alterado o inciso III do art.
co do art. 24, Através da RA nº 0096/2012, 26, através da RA Nº 0029/2012 Publicada
Publicada no Diário Oficial Eletrônico em no Diário Oficial Eletrônico em 27/03/2012
24/08/2012 IV – relatar os processos que lhe forem dis-
Art. 25. A aclamação dos Presidentes das Tur- tribuídos; Alterado o inciso IV do art. 26,
mas será realizada na mesma sessão em que através da RA Nº 090/2013 Publicada no Di-
ocorrer a da nova direção do Tribunal. ário Oficial Eletrônico em 29/08/2013
1848 www.acasadoconcurseiro.com.br
Regimento Interno do TRT-RO-AC – Profª Bruna Refosco
XIV – cumprir e fazer cumprir as disposições VIII – homologar as desistências, nos dissí-
do Regimento Interno do Tribunal. dios coletivos, apresentadas antes da distri-
buição e após o julgamento do feito;
IX – cumprir e fazer cumprir as decisões dos
órgãos superiores e as do próprio Tribunal,
CAPÍTULO V
bem como as resoluções, recomendações,
DA PRESIDÊNCIA enunciados, orientações e demais normas
editadas pelo Conselho Nacional de Justiça
Art. 27. Compete ao Presidente do Tribunal:
e Conselho Superior da Justiça do Trabalho;
I – a direção e representação do Tribunal;
X – nomear candidatos aprovados para o
II – convocar as sessões extraordinárias e cargo de Juiz do Trabalho Substituto; ALTE-
administrativas do Tribunal, presidilas, co- RADO o inc. X do art. 27, Através da RA nº
lher os votos, votar nos casos e na forma 0096/2012, Publicada no Diário Oficial Ele-
previstos neste Regimento e proclamar os trônico em 24/08/2012
resultados dos julgamentos;
www.acasadoconcurseiro.com.br 1849
XI – prover os cargos do quadro de pessoal, Tribunal, observando os prazos e critérios fi-
nomeando, readaptando, revertendo, apro- xados em normas do referido Conselho; XX
veitando, reintegrando e reconduzindo ser- – conceder licenças, férias e demais direitos
vidores; e vantagens previstos em lei aos Juízes de
primeira instância e aos servidores;
XII – dar posse aos Juízes de primeira ins-
tância, em todos os casos, e aos servidores XXI – decidir os requerimentos formulados
nomeados para o exercício de cargos efeti- por Juízes de primeira instância e servidores
vos ou em comissão, resguardada a delega- em matéria administrativa;
ção de competência e a competência defini-
da em lei, quando se tratar de Diretoria de XXII – submeter ao Tribunal, para decisão,
Vara do Trabalho; o processo de aposentadoria de Juiz de pri-
meira instância, e decidir, em quaisquer ca-
XIII – dar posse a Desembargador em perí- sos, quando se tratar de aposentadoria de
odo de recesso ou situação excepcional, ad servidor;
referendum do Tribunal Pleno;
XXIII – promover, mediante sindicância ou
XIV – exonerar Juiz Titular de Vara do Tra- processo administrativo disciplinar, a apura-
balho, Juiz do Trabalho Substituto e ser- ção de irregularidade funcional de que tiver
vidores, a pedido ou de ofício, e declarar ciência, determinar, se couber, o afastamen-
vacância de cargos, na forma da lei; ALTERA- to preventivo do acusado e impor penalida-
DO o inc. XIV do art. 27, Através da RA nº des disciplinares aos servidores, nos termos
0096/2012, Publicada no Diário Oficial Ele- da lei;
trônico em 24/08/2012
XXIV – conceder e autorizar o pagamento
XV – determinar, de ofício, a instauração de de diárias e ajuda de custo a Magistrados
processo de aposentadoria compulsória do e servidores, de acordo com a legislação vi-
Magistrado que não a requerer até 40 (qua- gente e normas estabelecidas pelo Tribunal;
renta) dias antes da data em que irá com-
pletar 70 (setenta) anos de idade; XXV – disciplinar os serviços indispensáveis
ao bom funcionamento da Justiça do Traba-
XVI – determinar, de ofício, a abertura de lho na Região, na forma do Regulamento e
processo de verificação de invalidez de Ma- dos atos normativos necessários à organiza-
gistrado para o fim de aposentadoria; ção das atividades desenvolvidas pelos se-
tores, observada a estruturação administra-
XVII – velar pelo funcionamento regular da tiva definida pelo Tribunal Pleno;
Justiça do Trabalho na Região, expedindo os
provimentos e recomendações que enten- XXVI – nomear servidores para o exercício
der convenientes; de cargos em comissão, inclusive os Asses-
sores de Desembargador, por indicação
XVIII – elaborar, para apreciação e votação destes, bem como designar, livremente ou
pelo Tribunal, projeto de Regulamento Ge- a requerimento da respectiva chefia, os que
ral dos Serviços do Tribunal e de Consolida- exercerão funções comissionadas;
ção de Provimentos e Normas Administra-
tivas, bem como das modificações parciais XXVII – nomear servidores para o exercí-
que se fizerem necessárias; cio de cargo em comissão de Diretor de
Secretaria, por indicação do Juiz Titular
XIX – velar pela regularidade e exatidão das da respectiva Vara do Trabalho; ALTERA-
publicações da estatística da atividade juris- DO o inc. XXVII do art. 27, Através da RA n.
dicional, bem como informar ao Conselho 0096/2012, Publicada no Diário Oficial Ele-
Nacional de Justiça os dados estatísticos do trônico em 24/08/2012
1850 www.acasadoconcurseiro.com.br
Regimento Interno do TRT-RO-AC – Profª Bruna Refosco
www.acasadoconcurseiro.com.br 1851
projeto de lei ao Poder Legislativo acerca de do-os à deliberação deste na primeira ses-
matéria de interesse do Regional; são administrativa que seguir;
XLIV – conceder vista dos autos às partes ou LI – deliberar sobre lotação, remoção, subs-
a seus procuradores, antes da distribuição; tituição, desempenho funcional e estágio
probatório, promoção, progressão, aperfei-
XLV – apresentar ao Tribunal, na última çoamento e capacitação, benefícios previ-
quinzena de março, relatório circunstancia- denciários e demais assuntos referentes à
do das atividades da Justiça do Trabalho da atividade funcional de servidores, expedin-
14ª Região no exercício anterior, deixando- do os atos normativos que considerar con-
-o à disposição dos Desembargadores, pelo venientes;
prazo de 08 (oito) dias antecedentes à data
da sessão em que for apresentado, e dele LII – estabelecer normas para a prática de
enviar cópias ao Tribunal Superior do Traba- estágio nas atividades administrativas e ju-
lho; diciais;
XLVI – exercer a Corregedoria Regional, po- LIII – regulamentar o sistema de plantão
dendo delegar essa atribuição ao Vice-Presi- judiciário dos órgãos de primeira instância,
dente ou a qualquer dos Desembargadores fazendo publicar os nomes dos respectivos
do Tribunal, na forma do que estabelece o Magistrados e servidores plantonistas;
parágrafo único do art. 9º deste Regimento;
LIV – disciplinar o porte de arma de fogo
XLVII – solicitar ao Vice-Presidente ou a nas atividades de segurança do Tribunal,
qualquer dos Desembargadores do Tribunal observando as normas estabelecidas pelo
o exercício de funções de inspeção, como Conselho Nacional de Justiça e o Conselho
ato preparatório de correição; Alterado o Superior da Justiça do Trabalho;
inciso XLVI E XLVII do art. 27, através da RA
N. 0029/2012 Publicada no Diário Oficial LV – dar ciência ao Ministério Público do
Eletrônico em 27/03/2012 XLVIII – designar Trabalho e à Ordem dos Advogados do Bra-
Juiz Federal do Trabalho Titular sil da abertura de vaga no Tribunal cujo pre-
enchimento do cargo seja reservado a re-
XLVIII – designar Juiz Titular de Vara do presentantes de tais instituições;
Trabalho para exercer a direção do Fórum
Trabalhista, nas localidades onde houver LVI – propor ao Tribunal as emendas e alte-
mais de uma Vara do Trabalho ALTERADO rações regimentais que considerar relevan-
o inc. XXXV do art. 27, Através da RA n. tes;
0096/2012, Publicada no Diário Oficial Ele- LVII – designar Juiz do Trabalho Substituto
trônico em 24/08/2012 para auxiliar ou responder pela titularida-
XLIX – determinar a autuação, como maté- de de Vara do Trabalho; ALTERADO o inc.
ria administrativa, de expedientes relativos LVII do art. 27, Através da RA n. 0096/2012,
a assuntos administrativos de competência Publicada no Diário Oficial Eletrônico em
originária do Tribunal, sendo seu relator 24/08/2012
nato; Alterado o inciso XLIX do art. 27, atra- LVIII – conceder período de trânsito a Juiz
vés da RA N. 0029/2012 Publicada no Diário de primeiro grau promovido ou removido,
Oficial Eletrônico em 27/03/2012 fixando-o no máximo até 30 (trinta) dias,
L – conceder, em caso de urgência, férias conforme a necessidade e conveniência do
aos Desembargadores do Tribunal, e, ainda, serviço;
praticar outros atos reputados emergen- LIX – planejar, coordenar, controlar e apoiar
ciais, ad referendum do Pleno, submeten- a execução, pelas Varas do Trabalho, das
1852 www.acasadoconcurseiro.com.br
Regimento Interno do TRT-RO-AC – Profª Bruna Refosco
www.acasadoconcurseiro.com.br 1853
CAPÍTULO VII VIII – organizar, quando não estabelecidos em
DA CORREGEDORIA REGIONAL lei, os modelos dos livros obrigatórios ou fa-
cultativos dos serviços da Justiça do Trabalho;
Art. 30. Incumbe ao Presidente do Tribunal, na IX – examinar, em correição, livros, autos e
função de Corregedor: Alterado o caput do art. papéis, determinando as providências cabí-
30, através da RA N. 0029/2012 Publicada no Di- veis, exceto quanto à eliminação de proces-
ário Oficial Eletrônico em 27/03/2012 sos, que será realizada na forma da lei;
I – exercer correição nas Varas do Trabalho X – expedir normas e instruções para orien-
e Fóruns Trabalhistas da Região, pelo menos tação dos Magistrados, bem como respon-
uma vez por ano; der a consultas sobre matéria administrativa;
II – realizar, de ofício, sempre que se fize- XI – exercer vigilância sobre o funcionamen-
rem necessárias, ou a requerimento, as cor- to do Tribunal, quanto à omissão de deve-
reições parciais ou inspeções nas Varas do res e prática de abusos e, especialmente, no
Trabalho, Fóruns Trabalhistas da Região e que se refere à permanência dos Magistra-
nos serviços do Tribunal; dos em suas respectivas sedes e aos prazos
III – conhecer das representações e recla- para a prolação de decisões;
mações relativas aos serviços judiciários, XII – apresentar ao Tribunal relatório das
determinando ou promovendo as medidas correições ordinárias realizadas;
necessárias à regularidade do procedimen-
to administrativo ou jurisdicional; XIII – indicar Desembargador para funcio-
nar na Corregedoria, em processos reserva-
IV – processar correição parcial contra ato dos, ad referendum do Tribunal;
ou despacho atentatório à boa ordem pro-
cessual ou funcional, e, se admitida, julgá-la XIV – propor ao Tribunal a abertura de pro-
no prazo de 10 (dez) dias, após a instrução; cedimento administrativo disciplinar para
apuração, quando houver indícios de incor-
IV – processar correição parcial contra ato reções ou descumprimento de deveres e
ou despacho atentatório à boa ordem pro- obrigações por parte de Magistrados, e, se
cessual ou funcional, e, se admitida, julgá-la for o caso, aplicação de penas disciplinares,
no prazo de 10 (dez) dias, após a instrução; na forma da lei;
Modificada a redação do inciso IV do art.
30, Através da RA Nº 0056/2012, Publicada XV – cancelar ou determinar a retificação
no Diário Oficial Eletrônico em 28/05/2012 de portarias, ordens de serviço, instruções
e outros atos baixados por Magistrados e
V – processar e decidir os pedidos de provi- seus serviços auxiliares, quando contraria-
dência; rem a lei ou este Regimento;
VI – velar pelo funcionamento regular da XVI – determinar a realização de sindicância
Justiça do Trabalho na Região, expedindo os ou de processos administrativos, ordenan-
provimentos e recomendações que entender do as medidas necessárias ao cumprimento
convenientes sobre a matéria de sua compe- de sua decisão; XVII – justificar as ausências
tência jurisdicional ou administrativa; dos Magistrados;
VII – prestar informações sobre o prontuá- XVIII – designar os servidores que devam
rio dos Magistrados para o fim de promo- auxiliar nos trabalhos de correição ou inspe-
ção por merecimento, remoção, permuta, ção; Alterado o inciso XVIII do art. 30, atra-
vitaliciamento ou aplicação de penalidade; vés da RA N. 0029/2012 Publicada no Diário
Oficial Eletrônico em 27/03/2012
1854 www.acasadoconcurseiro.com.br
Regimento Interno do TRT-RO-AC – Profª Bruna Refosco
XIX – supervisionar a elaboração, pela Secre- I – receber dos usuários reclamação, denún-
taria da Corregedoria, dos relatórios estatísti- cia, crítica, elogio, sugestão ou pedido de
cos sobre o movimento processual e sobre a informação que tenha por objeto serviços
atuação jurisdicional dos órgãos e dos Magis- judiciários e administrativos prestados por
trados de primeira e segunda instâncias, de- quaisquer das unidades do Tribunal;
terminando a respectiva publicação mensal;
II – promover a apuração das reclamações
XX – opinar, com dados técnico-estatísticos, acerca de deficiências na prestação dos
nos processos sobre ampliação, adequação serviços, abusos e erros cometidos por ser-
e alteração da jurisdição das Varas do Traba- vidores e magistrados, observada a com-
lho da Região; petência da respectiva Corregedoria; Alte-
rado o inciso II do art. 32, através da RA n.
XXI – implementar medidas de normatiza- 0108/2010 Publicado no Diário Oficial Ele-
ção, fiscalização, aperfeiçoamento e contro- trônico em 27/10/2010
le do andamento processual, levantamento
estatístico, informatização e uso dos recur- III – sugerir medidas de aprimoramento da
sos de informática; prestação de serviços jurisdicionais, com
base nas reclamações, denúncias e suges-
XII – cumprir e fazer cumprir as normas e tões recebidas, visando garantir que os pro-
orientações expedidas pela Corregedoria blemas detectados não se tornem objeto de
Geral da Justiça do Trabalho e Corregedo- repetições constantes;
ria Nacional de Justiça. Parágrafo único. Os
atos do Corregedor serão materializados IV – garantir a todos que a procurarem o re-
em instrumento denominado Provimento, torno das providências adotadas a partir de
com publicação no órgão oficial. sua intervenção e dos resultados alcançados;
V – garantir aos interessados caráter de si-
gilo, quando expressamente solicitado ou
CAPÍTULO VIII quando tal providência se fizer necessária,
bem como discrição e fidedignidade ao que
DA OUVIDORIA
lhe for transmitido;
Art. 31. A Ouvidoria Geral do Tribunal Regio- VI – criar processo permanente de divulga-
nal do Trabalho da 14ª Região, subordinada à ção de seus serviços perante o público, para
Presidência, é coordenada pelo Ouvidor-Geral, conhecimento, utilização continuada e ciên-
função exercida por Magistrado escolhido pela cia dos resultados alcançados;
maioria do Tribunal Pleno, com mandato míni-
mo de um ano, permitida a recondução. VII – propor, em parceria com outros órgãos
ou comissões do Tribunal, a realização de
§ 1º O Ouvidor-Geral será substituído, em pesquisas, seminários e cursos sobre assun-
seus impedimentos e afastamentos, pelo tos relativos ao exercício dos direitos e de-
Desembargador-Presidente. veres do cidadão;
§ 2º A função de Ouvidor Geral será exer- VIII – organizar e manter atualizado o arqui-
cida sem prejuízo das atribuições jurisdicio- vo da documentação relativa às denúncias,
nais do Magistrado. queixas, reclamações, sugestões e elogios
Art. 32. A Ouvidoria tem estrutura voltada ao recebidos;
atendimento dos públicos interno e externo e IX – apresentar à Presidência do Tribunal re-
atua como um canal de comunicação entre a latório trimestral de atividades, com dados
sociedade e o Tribunal, cabendo-lhe, especifica- estatísticos sobre as manifestações recebi-
mente:
www.acasadoconcurseiro.com.br 1855
das, incluindo as arquivadas e os motivos Trabalho da 14ª Região na internet, informações
do arquivamento; sobre o que significa o órgão, seu funcionamento,
quais seus objetivos e quais as formas de acesso.
X – encaminhar à Presidência do Tribunal as
manifestações que configurem delito ou in- Art. 35. Todas as unidades organizacionais da
fração funcional, assim tipificadas na legis- estrutura do Tribunal devem, sempre que ne-
lação pertinente; cessário, prestar apoio e assessoramento técni-
co às atividades da Ouvidoria.
XI – desenvolver outras atividades correla-
tas à promoção da cidadania.
XII – Organizar a agenda de atendimentos,
pela Presidência do Tribunal, relativa ao CAPÍTULO IX
“Dia do Servidor e ao “Dia do Cidadão” In- DA ESCOLA JUDICIAL
serido no art. 32 o inciso XII, através da Re-
solução Administrativa n. 070/2014 e Publi- Art. 36. A Escola Judicial do TRT da 14ª Região,
cada no Diário Oficial Eletrônico nº 1552 no também designada EJUD – TRT 14ª Região, é ór-
dia 04-09-2014. gão de preparação e formação para a magistra-
tura trabalhista, de atividades de ensino e pes-
Art. 33. As manifestações podem ser feitas pes- quisa, de aperfeiçoamento e especialização dos
soalmente, por escrito, facsímile, telefone ou Magistrados e servidores da Justiça do Trabalho
por meios eletrônicos. da 14ª Região, podendo celebrar convênios com
entidades que visem ou persigam objetivos se-
I – não serão admitidas pela Ouvidoria con-
melhantes. Parágrafo único. A EJUD – TRT 14ª
sultas, reclamações, denúncias e postula-
Região tem sede, competências e atribuições
ções que exijam providência ou manifes-
de seus órgãos administrativos e atividade letiva
tação da competência do Plenário ou da
disciplinadas no Regulamento Geral e no Regi-
Corregedoria Regional;
mento Interno aprovados pelo Tribunal Pleno.
II – notícias de fatos que constituam crimes,
Art. 37. São fins da EJUD – TRT 14ª Região:
tendo em vista as competências institucio-
nais do Ministério Público e das polícias, I – organizar, juntamente com a Presidên-
nos termos do arts. 129, inciso I, e 144 da cia e Corregedoria Regionais, programas de
Constituição Federal; treinamento dos Magistrados e, avaliação
técnica para fins de vitaliciamento dos Juí-
III – reclamações, críticas ou denúncias anô-
zes do Trabalho Substitutos; ALTERADO o
nimas.
inc. I do art. 37, Através da RA n. 0096/2012,
§ 1º Nas hipóteses previstas nos incisos I e II, Publicada no Diário Oficial Eletrônico em
a manifestação será devolvida ao remetente 24/08/2012
com a devida justificação e orientação sobre
II – preparar jurídica, ética e psicologica-
o seu adequado direcionamento; na hipótese
mente, os candidatos à magistratura do tra-
do inciso III a manifestação será arquivada.
balho;
§ 2º As reclamações, sugestões e críticas
III – preparar para o exercício imediato da
relativas a órgãos não integrantes do Poder
magistratura candidatos recém aprovados
Judiciário serão remetidas aos respectivos
em concurso público para Juiz do Traba-
órgãos, comunicando-se essa providência
lho Substituto e já empossados; ALTERA-
ao interessado.
DO o inc. III do art. 37, Através da RA n.
Art. 34. A Ouvidoria disponibilizará aos interessa- 0096/2012, Publicada no Diário Oficial Ele-
dos, em página no sítio do Tribunal Regional do trônico em 24/08/2012
1856 www.acasadoconcurseiro.com.br
Regimento Interno do TRT-RO-AC – Profª Bruna Refosco
www.acasadoconcurseiro.com.br 1857
Art. 41. O Juiz designado determinará a convo- Seção II
cação das partes e seus procuradores para a au- DA COMPETÊNCIA
diência de conciliação.
DO DIRETOR DO FÓRUM
Art. 42. Os precatórios conciliados serão quita-
dos na ordem cronológica, conforme numerário Art. 46. Compete ao Diretor do Fórum Traba-
transferido pelo ente público devedor, proce- lhista, além das atribuições expressamente de-
dendo-se a respectiva baixa nos registros cadas- legadas pelo Presidente do Tribunal:
trais. I – dirigir e representar o Fórum Trabalhista,
Art. 43. Os precatórios que não forem objeto de sem prejuízo de suas funções como Titular
conciliação e que não estiverem submetidos a de Vara do Trabalho;
quaisquer recursos serão pagos dentro da or- II – despachar os pedidos de distribuição
dem cronológica de apresentação. por dependência, conexão, continência ou
Art. 44. Os precatórios não conciliados e pendentes prevenção;
de decisão em grau de recurso, bem como aqueles III – manter entendimentos com os Magis-
que se encontrarem em análise com vistas a dirimir trados das demais Varas do Trabalho, visan-
dúvidas quanto aos cálculos, permanecerão sus- do à solução de problemas comuns;
pensos até decisão final, retornando à sua ordem
de colocação para quitação imediata após o trânsito IV – determinar, no limite de sua competên-
em julgado da decisão. cia, medidas administrativas que entenda
necessárias à dignidade dos órgãos e à efici-
CAPÍTULO XI ência dos serviços;
DOS FÓRUNS TRABALHISTAS V – apresentar, até o dia 15 do mês de fe-
vereiro de cada ano, relatório de suas ati-
Seção I vidades, no qual poderá sugerir medidas
DA DIREÇÃO DO FÓRUM necessárias à melhoria dos serviços e ao
funcionamento das Varas do Trabalho;
Art. 45. Nas cidades providas de mais de uma
Vara do Trabalho, será designado um Magistra- VI – delegar a representação do Fórum Tra-
do para exercer a Direção do Fórum, indicado balhista, em solenidades ou ocasiões es-
pelo Desembargador-Presidente, com mandato peciais, a Juiz do Trabalho Titular de Vara
coincidente com o deste. ou a Juiz do Trabalho Substituto; ALTERA-
DO o inc. VI do art. 46, Através da RA n.
§ 1º Em seus impedimentos ou afastamen- 0096/2012, Publicada no Diário Oficial Ele-
tos, o Diretor do Fórum será substituído, trônico em 24/08/2012
pela ordem de antiguidade, por Juiz Titu-
lar de Vara do Trabalho ou Juiz do Trabalho VII – convocar reuniões, ordinárias ou extra-
Substituto, em exercício na localidade, a ser ordinárias, dos Juízes Titulares de Vara do
indicado pelo Presidente. ALTERADO o inc. Trabalho e Juízes do Trabalho Substitutos;
§ 1º do art. 45, Através da RA n. 0096/2012, ALTERADO o inc. VII do art. 46, Através da
Publicada no Diário Oficial Eletrônico em RA n. 0096/2012, Publicada no Diário Oficial
24/08/2012 Eletrônico em 24/08/2012
§ 2º A função de Diretor do Fórum será VIII – velar pela perfeita manutenção e fun-
exercida sem prejuízo das atribuições juris- cionamento do Fórum, de todas as suas ins-
dicionais do Magistrado. talações e equipamentos;
1858 www.acasadoconcurseiro.com.br
Regimento Interno do TRT-RO-AC – Profª Bruna Refosco
www.acasadoconcurseiro.com.br 1859
terá o título de Juiz Convocado e as mesmas Magistrado para atuar na Turma da qual tenha
prerrogativas regimentais que têm os De- participado em virtude de convocação anterior.
sembargadores do Tribunal, no Pleno e na
Turma onde atuar, excetuandose as restri- Parágrafo único. Sendo impossível a nova
ções previstas em lei ou neste Regimento. convocação recair na mesma Turma, a dis-
ALTERADO o §3º art. 49, Através da RA n. tribuição dos feitos, nos quais o Juiz Convo-
0096/2012, Publicada no Diário Oficial Ele- cado tenha sido Relator de recurso anterior,
trônico em 24/08/2012 dar-se-á por prevenção do Gabinete do De-
sembargador onde se deu aquela atuação
§ 4º Em caso de urgência, a convocação será do então Relator.
feita pelo Presidente, ad referendum do Tri-
bunal. Alterado o Caput do art. 49, excluído Art. 54. O Magistrado cuja convocação houver
os §§ 1º e 2º e renumerado os §§ 3º e 4º, cessado será chamado para o julgamento dos
para 1º e 2º, Através da RA n. 0123/2011 feitos em que tenha aposto o seu "visto", fican-
Publicada no Diário Oficial Eletrônico nº 217 do, nesse caso, o Magistrado substituído impe-
de 24.11.2011 dido de votar nos respectivos processos, salvo
se existir impedimento ou suspeição de outro
Art. 50. O Juiz Convocado responderá por to- integrante da Turma.
dos os processos em tramitação no Gabinete
do Desembargador substituído, de competência Parágrafo único. Ao Juiz Convocado para jul-
da Turma ou do Tribunal, à exceção dos casos gar os feitos a que estiver vinculado dar-se-á
de impedimento ou suspeição, que deverão ser a preferência na ordem de julgamento.
redistribuídos, e dos feitos não levados a jul- Art. 55. Suprimido para adequação à Resolu-
gamento em que o Magistrado anterior tenha ção n. 72/2009 do Conselho Nacional de Justi-
aposto o seu "visto". ça. Alterada a redação do art. 55, através da RA
Art. 51. Não havendo óbice legal, o Juiz Con- 0080/2009 Publicada no Diário Oficial Eletrôni-
vocado poderá assinar o acórdão do processo co nº 179, de 25-09-2009.
julgado com voto do Desembargador substituí- Art. 56. O Desembargador afastado temporaria-
do, cuja decisão esteja pendente de publicação, mente do exercício de suas funções será convo-
aplicando-se a mesma regra quando do término cado para participar das deliberações e votações
da convocação e retorno do titular do Gabinete. nos processos relativos a matéria administrativa
Art. 52. Observadas as normas legais de impe- e disciplinar, exceto se o afastamento for decor-
dimento e suspeição, o Desembargador ou o rente de decisão em processo administrativo ou
Juiz Convocado será o Relator de embargos de judicial, ou no caso de prestação jurisdicional
declaração ou de agravo regimental opostos a perante o Tribunal Superior do Trabalho.
acórdão ou a decisão monocrática de que o ou-
tro tenha sido Prolator.
CAPÍTULO XIII
Parágrafo único. Havendo afastamento de-
DAS FÉRIAS, LICENÇAS,
finitivo do Relator e sendo o próximo ocu-
pante do Gabinete impedido ou suspeito, CONCESSÕES E AFASTAMENTOS
os embargos de declaração ou o agravo re-
gimental serão conclusos ao Revisor ou ao Seção I
Magistrado mais antigo da Turma ou do Ple- DAS FÉRIAS
no que houver proferido voto convergente
com a tese vencedora. Art. 57. Os Desembargadores, os Juízes Titu-
lares de Vara do Trabalho e os Juízes do Traba-
Art. 53. A convocação de Juízes de primeiro grau lho Substitutos fazem jus a férias individuais de
observará, sempre que possível, a vinculação do 60 (sessenta) dias no ano e poderão gozá-las
1860 www.acasadoconcurseiro.com.br
Regimento Interno do TRT-RO-AC – Profª Bruna Refosco
de uma só vez ou fracionadas em duas parce- adiamento ou suspensão, desde que o inte-
las iguais. ALTERADO art. 49, Através da RA n. ressado atenda aos requisitos especificados
0096/2012, Publicada no Diário Oficial Eletrôni- no regulamento.
co em 24/08/2012
Seção II
§ 1º Os Desembargadores deverão requerer DAS LICENÇAS
as férias com 15 (quinze) dias de antecedên-
cia do início de seu gozo. Em caso de prorro- Art. 62. Serão concedidas aos Desembargado-
gação, será obedecido o mesmo requisito. res do Tribunal e aos Juízes de primeira instân-
§ 2º Em casos excepcionais, por necessida- cia, sem prejuízo do subsídio ou de qualquer
de de serviço, o Magistrado poderá ter suas direito ou vantagem legal, as seguintes licenças:
férias interrompidas. I – para tratamento de saúde, até 2 (dois)
Art. 58. Somente haverá acumulação de férias anos;
por imperiosa necessidade de serviço e pelo II – por motivo de doença do cônjuge, com-
máximo de 2 (dois) meses, desde que o acúmu- panheiro, pais, filhos, padrasto, madrasta,
lo seja autorizado pelo Tribunal ou pelo Presi- enteado ou dependente que viva às suas
dente, neste caso quando se tratar de férias de expensas e conste do assentamento funcio-
Juiz de primeiro grau. nal, exigindo-se laudo de médico do Tribu-
Art. 59. Não poderão gozar férias, simultanea- nal ou por ele aprovado;
mente, o Presidente e o VicePresidente do Tri- III – à gestante, por 120 (cento e vinte) dias
bunal. consecutivos;
Art. 60. É vedado o afastamento de Desembar- IV – à adotante, por 90 (noventa) dias con-
gador do Tribunal, em gozo de férias, no mesmo secutivos, em caso de adoção ou guarda ju-
período, em número que possa comprometer o dicial de criança até 1 (um) ano de idade, e
quórum do Tribunal Pleno. por 30 (trinta) dias, se for criança com mais
Parágrafo único. Aos Juízes Convocados de 1 (um) ano de idade;
para substituição no Tribunal por até 60 V – à paternidade, por 5 (cinco) dias con-
(sessenta) dias não serão concedidas férias secutivos, pelo nascimento ou adoção de
durante o período da convocação. filhos.
Art. 61. Os Juízes de primeira instância terão § 1º A licença por motivo de doença em pes-
suas férias sujeitas à escala aprovada pelo Pre- soa da família será concedida por até trinta
sidente do Tribunal, até o final do ano anterior, dias, podendo ser prorrogada sem prejuízo
para vigência no exercício seguinte, em confor- do subsídio por até trinta dias, mediante pa-
midade com os critérios que estabelecer para a recer de junta médica oficial e, excedendo
respectiva elaboração. estes prazos, sem subsídio, por até noventa
§ 1º A escala de férias atenderá à conveni- dias.
ência do serviço e, sempre que possível, a § 2º A licença concedida dentro de 60 (ses-
de cada Magistrado. senta) dias do término de outra da mesma
§ 2º Elaborada e aprovada a escala anual de espécie será considerada como prorroga-
férias, a Presidência do Tribunal somente ção.
poderá, de ofício, alterar períodos ou sus- § 3º É garantido às magistradas o direito à
pender o gozo de férias, se ocorrer motivo prorrogação do período da licença materni-
relevante ou imperiosa necessidade de ser- dade, nos termos da legislação específica.
viço, admitindo-se pedidos de antecipação,
www.acasadoconcurseiro.com.br 1861
Art. 63. A licença para tratamento da própria I – casamento;
saúde, por prazo superior a 30 (trinta) dias,
bem como prorrogações que impliquem perío- II – falecimento do cônjuge, companheiro,
do ininterrupto superior, também, a 30 (trinta) ascendente, descendente, padrasto, ma-
dias, dependem de laudo médico da junta ofi- drasta, enteado, menor sob guarda ou tute-
cial do Tribunal ou por ela homologado, proce- la e irmão.
dendo-se, se for o caso, às diligências neces- Seção IV
sárias à inspeção do paciente na residência ou
estabelecimento hospitalar onde se encontrar DOS AFASTAMENTOS
internado.
Art. 66. Conceder-se-á, ainda, afastamento ao
§ 1º Para período de licença igual ou inferior Magistrado, sem prejuízo do subsídio e vanta-
a 30 (trinta) dias, a inspeção ou homologa- gens legais:
ção do laudo poderá ser feita por médico do
I – para frequência a cursos, congressos ou
Tribunal.
seminários de aperfeiçoamento e estudos,
§ 2º Em caso de enfermidade ou tratamen- a critério do Tribunal, pelo prazo máximo de
to do Magistrado fora da sede do Tribunal 02 (dois) anos consecutivos.
ou fora da 14ª Região, e havendo necessi-
II – para exercer a presidência de associação
dade de inspeção médica, deverá o pacien-
de classe, por período igual ao do mandato.
te comparecer perante a junta médica ou
médico do serviço público da respectiva
localidade, ou apresentar-se à junta médica
oficial do Tribunal Regional do Trabalho do CAPÍTULO XIV
Estado onde se encontrar, para emissão de
laudo, a ser ratificado pela junta médica do
DA APOSENTADORIA
Tribunal.
Seção I
§ 3º O Tribunal Pleno regulamentará, por DOS TIPOS DE APOSENTADORIA
Resolução Administrativa, outros critérios
para a concessão aos Juízes de primeira e Art. 67. A aposentadoria dos Magistrados da
segunda instâncias de licenças para trata- 14ª Região dá-se por invalidez permanente,
mento de saúde e por motivo de doença em compulsória ou voluntariamente, com proven-
pessoa da família. tos integrais ou proporcionais, conforme for o
caso, segundo as regras estabelecidas na Cons-
Art. 64. Inexistindo contra-indicação médica, o tituição Federal.
Magistrado licenciado poderá proferir decisões
nos processos que lhe tenham sido conclusos Parágrafo único. O cálculo do valor dos pro-
para julgamento ou neles tenha lançado seu ventos e a pensão dos dependentes dos
“visto” como Relator ou Revisor, antes da licen- Magistrados observarão as normas consti-
ça. tucionais.
1862 www.acasadoconcurseiro.com.br
Regimento Interno do TRT-RO-AC – Profª Bruna Refosco
www.acasadoconcurseiro.com.br 1863
quaisquer diligências poderão ser requeri- § 4º Após o relatório e a sustentação, o Re-
das ao Presidente do Tribunal do Trabalho lator dará seu voto, podendo os demais vo-
em cuja jurisdição o Magistrado se encon- tantes pedir os esclarecimentos que consi-
trar. derarem necessários.
§ 2º Ao Magistrado é facultado indicar as- § 5º Proferidos todos os votos, o Presidente
sistente e oferecer quesitos para a perícia proclamará o resultado, lavrando-se o res-
médica. pectivo acórdão.
§ 3º O paciente ou seu curador também po- Art. 79. A decisão pela incapacidade perma-
derá impugnar os médicos designados, por nente do Magistrado será tomada pelo voto da
motivo devidamente fundamentado, sendo maioria absoluta dos membros do Tribunal Ple-
a arguição decidida pela comissão, não ca- no, sendo publicado apenas o dispositivo.
bendo recurso da respectiva decisão.
Art. 80. Reconhecida a invalidez do Magistrado,
Art. 76. A junta médica oficial poderá exigir a o Tribunal concederá a aposentadoria, caso o
apresentação de todos os laudos e exames es- paciente seja Juiz de primeiro grau. Se for De-
pecializados necessários à emissão de parecer sembargador, o Presidente comunicará imedia-
conclusivo sobre a enfermidade. tamente a decisão ao Poder Executivo, para os
devidos fins.
Parágrafo único. A recusa do paciente em
submeter-se à perícia médica permitirá o Parágrafo único. Contra a decisão cabe re-
julgamento baseado em quaisquer outras curso administrativo, no prazo de 8 (oito)
provas. dias, por razões de legalidade e de mérito.
Art. 77. Concluídas as diligências instrutórias,
poderá o paciente, ou o seu curador, apresentar
alegações finais no prazo de 5 (cinco) dias. A se- CAPÍTULO XV
guir, a Comissão deverá elaborar relatório, findo
DO PESSOAL ADMINISTRATIVO
o qual iniciará o prazo para o Relator apreciar os
autos e submetê-los à decisão do Tribunal Ple- Art. 81. Aplica-se aos servidores a legislação
no. concernente aos servidores públicos civis da
Art. 78. Incluído o processo em pauta, serão re- União (Lei n. 8.112/90).
metidas aos Desembargadores cópias das peças Parágrafo único. A carreira e o regime re-
indicadas pelo Relator. muneratório dos servidores são regulados
§ 1º A critério do Tribunal, poderá ser limi- pela legislação específica aplicável aos ser-
tada a publicidade da sessão de julgamento vidores do Poder Judiciário da União.
ao paciente, seu curador ou procurador, nos Art. 82. A requisição, com ou sem ônus, de ser-
casos em que a preservação do direito à in- vidor de outro órgão, somente poderá ser feita
timidade do interessado no sigilo não preju- quando houver comprovada necessidade de
dique o interesse público à informação. serviço e com observância das normas legais e
§ 2º Findo o relatório, o Magistrado, por si regulamentares atinentes à matéria.
ou por procurador, poderá sustentar sua de- Art. 83. A designação de servidores para o exer-
fesa pelo prazo de 30 (trinta) minutos. cício de função comissionada e a nomeação
§ 3º Havendo julgamentos conexos e exis- para cargo em comissão, inclusive dos substitu-
tindo mais de um advogado, o prazo de de- tos nos afastamentos legais dos titulares, far-se-
fesa será de uma hora, divisível entre os in- -ão por ato da Presidência, sendo de livre esco-
teressados.
1864 www.acasadoconcurseiro.com.br
Regimento Interno do TRT-RO-AC – Profª Bruna Refosco
lha do Presidente, quando se tratar dos setores Art. 86. O Tribunal Regional do Trabalho da 14ª
administrativos do Tribunal. Região, em suas primeira e segunda instâncias,
funcionará nos dias úteis, de segunda a sexta-
§ 1º Quando a indicação se referir aos Gabi- -feira, de forma ininterrupta, no horário das 8h
netes dos Desembargadores, observar-se-á às 18h.
o disposto no art. 7º deste Regimento, não
podendo os servidores ali lotados ser rema- § 1º Os servidores cumprirão jornada de
nejados sem a prévia concordância do titu- trabalho de 35 (trinta e cinco) horas sema-
lar do Gabinete. nais, ressalvadas as situações disciplinadas
por leis específicas, com intervalo de 15
§ 2º Nos Fóruns Trabalhistas e nas Varas do (quinze) minutos diários para descanso, re-
Trabalho, a indicação caberá ao Juiz-Diretor vezando-se no trabalho, e somente poderão
ou Juiz Titular de Vara do Trabalho, que so- ausentar-se do serviço por motivo ponde-
mente poderão escolher servidores ocu- rável, a critério e sob a responsabilidade da
pantes de cargo de provimento efetivo no autoridade superior.
Tribunal e lotados no respectivo Fórum ou
Vara. ALTERADO o § 2º do art. 83, Através § 2º O corpo funcional será dimensionado
da RA n. 0096/2012, Publicada no Diário em duas Turmas, em períodos respectivos
Oficial Eletrônico em 24/08/2012 de 8h às 15h e das 11h às 18hs, competin-
do às chefias dos respectivos setores a divi-
§ 3º O cargo de Diretor de Secretaria de são da força de trabalho de forma racional e
Vara do Trabalho deverá ser ocupado por que observe parâmetros de atendimento ao
servidor detentor de formação superior princípio constitucional da eficiência.
compatível, e, preferencialmente, possuir
experiência na área a ser ocupada, poden- § 3º No âmbito dos Gabinetes dos Desem-
do ser indicado servidor de outra Vara, de bargadores, diante da autonomia da admi-
setor do Tribunal, dependendo a efetivação nistração da jornada, a divisão da força de
do ato, neste caso, da anuência do setor de trabalho será norteada pelo respectivo De-
origem, ou de qualquer órgão do Poder Ju- sembargador.
diciário. Alterado o §3º do art. 83, através
da RA0078/2011, Publicada no diário Oficial § 4º As Varas do Trabalho observarão o
Eletrônico nº 159 de 26/08/2011 cumprimento de expediente estritamente
interno das 16h às 18h.
Art. 84. Serão publicados no Diário Eletrônico
da Justiça do Trabalho da 14ª Região todos os § 5º O ocupante de cargo em comissão ou
atos administrativos referentes a Magistrados e função comissionada de todos os níveis sub-
servidores, devendo constar o cargo, a função mete-se ao regime integral de dedicação ao
comissionada, bem como a área/especialidade, serviço, podendo, ainda, ser convocado em
a classe e o padrão em que se encontra posicio- horário excedente ou dia em que não haja
nado na carreira e a lotação, e as intimações das expediente, sempre que houver interesse
decisões proferidas em requerimentos e pro- da administração.
cessos administrativos. § 6º Os servidores sujeitos à jornada de tra-
Art. 85. Estão obrigatoriamente sujeitos ao re- balho diferenciada, prevista em lei, terão
gistro do ponto, no início e no término do expe- suas atividades organizadas de forma a não
diente diário, os servidores da Justiça do Traba- haver interrupção dos serviços prestados.
lho da 14ª Região, excetuados os ocupantes de Art. 87. Os servidores ficam obrigados a prestar
cargo em comissão, bem como facultativamente informação ou emitir parecer nos processos ad-
os lotados nos Gabinetes de Desembargadores. ministrativos, no prazo de 48 (quarenta e oito)
horas e em 03 (três) dias, respectivamente.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1865
TÍTULO III XVI – Agravo Regimental – AgR;
XVII – Alvará Judicial – Alvará;
Da Ordem de Serviço no Tribunal
XVIII – Alvará Judicial – Lei 6.858/80 – Al-
vJud;
1866 www.acasadoconcurseiro.com.br
Regimento Interno do TRT-RO-AC – Profª Bruna Refosco
www.acasadoconcurseiro.com.br 1867
Art. 89. Recebidos e registrados os processos, ção na distribuição de processos como Rela-
os setores respectivos procederão à imediata tor ou Revisor (art. 26, inciso IV).
distribuição, exceto nos casos em que seja obri-
gatória a atuação do Ministério Público do Tra- § 4º Nas ações rescisórias, não poderá atuar
balho, para onde os autos deverão ser encami- como Relator ou Revisor o Magistrado que
nhados. houver sido Relator, Revisor ou Prolator do
acórdão ou tiver proferido a decisão rescin-
Parágrafo único. Os processos com recursos denda.
dirigidos ao Tribunal somente deverão ser
remetidos ao Ministério Público do Trabalho, § 5º Nos afastamentos de Desembargador
para exarar parecer, nas seguintes situações: em que não haja convocação de Juiz de pri-
meira instância para substituí-lo, manter-se-
I – obrigatoriamente, quando a parte for -á a distribuição de processos para o respec-
pessoa jurídica de Direito Público, Estado tivo Gabinete, computando-se em dobro os
estrangeiro ou organismo internacional, ou prazos de “visto”.
quando se discutir na causa interesses de
incapazes ou indígenas; Art. 92. Para a distribuição, deverá ser observa-
do o procedimento a seguir, sequencialmente:
II – facultativamente, após a distribuição,
por iniciativa do Relator, quando a matéria, I – os autos dos processos a serem distribuí-
por sua relevância, recomendar a prévia dos deverão ser agrupados:
manifestação do Ministério Público; a) processos de competência das Turmas,
III – por iniciativa do Ministério Público, previamente ordenados, primeiro por pre-
quando entender existente interesse públi- venção e dependência; depois, segundo
co que justifique sua intervenção; o número de Magistrados suspeitos e/ou
impedidos, de forma decrescente; e, após,
Art. 90. Compete à Diretoria respectiva a efeti- quando igual o número de suspeições e/ou
vação, os registros e demais atos relacionados impedimentos, segundo a antiguidade do
às distribuições e redistribuições, exceto, quan- Magistrado que esteja em uma dessas con-
to a estas, os processos que forem redistribuí- dições;
dos para Juiz em substituição no mesmo Gabi-
nete, competindo ao próprio Gabinete proceder b) processos de competência do Pleno,
à devida regularização. agrupados como descrito acima.
Art. 91. A distribuição se dará de forma imedia- II – agrupados os autos, os processos serão
ta, por sorteio, exceto nos casos de prevenção, distribuídos na ordem, observando-se o
dependência e outros descritos nos artigos se- equilíbrio entre os Magistrados e as Turmas
guintes, que levem à distribuição direcionada. e, em cada Turma, entre seus Gabinetes,
tanto para Relator como para Revisor.
§ 1º Não concorrerão à distribuição os Ma-
gistrados que estiverem impedidos ou que § 1º Serão distribuídas por dependência as
previamente tenham declarado sua suspei- causas de competência originária:
ção, nos termos da lei e deste Regimento, I – quando se relacionarem, por conexão ou
bem como o Presidente do Tribunal. RE- continência, com outra já ajuizada;
VOGADO o § do art. 91, através da RA N.
0029/2012 Publicada no Diário Oficial Ele- II – agrupados os autos, os processos serão
trônico em 27/03/2012 distribuídos na ordem, observando-se o
equilíbrio entre os Magistrados, tanto para
§ 3º O exercício da função de Presidente de Relator como para Revisor;
Turma não exclui o Magistrado da participa-
1868 www.acasadoconcurseiro.com.br
Regimento Interno do TRT-RO-AC – Profª Bruna Refosco
III – quando houver o ajuizamento de ações desde que nesta haja um número menor de
idênticas. Magistrados em tais situações.
§ 2º REVOGADO § 9º. Quando da distribuição/redistribuição,
para fins de apuração com vistas ao equilí-
§ 3º Com a distribuição, o processo fica vin- brio entre os Gabinetes, será computado o
culado ao Gabinetes do Relator, indepen- processo distribuído, independentemente
dentemente do “visto” dos Magistrados do número e classe de ações/recursos a se-
que os ocupem, salvo as hipóteses de im- rem apreciados.
pedimento ou suspeição, quando será pro-
cedida nova distribuição do feito, mediante Art. 93. Reconhecendo o Relator condição de
compensação. suspeição e/ou impedimento, será o feito redis-
tribuído de forma direcionada para o Gabinete
§ 4º O Relator será sorteado quando da dis- livre da mesma Turma. Alterado o caput do art.
tribuição e, não sendo possível, por ser ne- 93, através da RA N. 090/2013 Publicada no Diá-
cessária a convocação de Magistrados, tão rio Oficial Eletrônico em 29/08/2013
logo o seja, quando, para tanto, após a con-
vocação, os autos deverão ser encaminha- Parágrafo único. Não sendo possível a re-
dos à Diretoria respectiva distribuição na forma prevista no caput, de-
verão ser observadas as disposições do § 8º
§ 5º A distribuição por prevenção destinar- do art. 92 deste Regimento. Revogado o art.
-se-á ao Gabinete do Desembargador onde 94, através da RA N. 090/2013 Publicada no
essa se originou, observando-se, quanto Diário Oficial Eletrônico em 29/08/2013
aos Juízes Convocados, em caso de nova
convocação, o disposto no parágrafo único Art. 95. Distribuído/redistribuído o processo
do art. 53 deste Regimento. para determinada Turma, serão convocados
tantos Magistrados quantos forem os que esti-
§ 6º Quando o processo já tiver sido apre- verem suspeitos e/ou impedidos com relação
ciado pelo Tribunal, qualquer que seja a sua àquele feito, naquela Turma.
classe, permanecerá como Relator, em caso
de retorno, o Magistrado que tiver atuado Art. 96. Após a distribuição/redistribuição, os
anteriormente, embora com voto vencido, autos subirão à conclusão do Relator no prazo
se da competência do Pleno; e, em se tra- de 48 (quarenta e oito) horas.
tando de competência da Turma, apenas se
a integrar. Aplicar-se-á o mesmo procedi- Art. 97. Nos afastamentos do Relator, por perí-
mento em caso de anulação ou reforma da odo igual ou superior a 3 (três) dias, sem subs-
decisão pelo Tribunal Superior do Trabalho, tituição por outro Magistrado no mesmo Gabi-
com baixa dos autos para novo julgamento. nete, deverão ser redistribuídos, mesmo que já
Alterados os §§3º, 4º e 6º do art. 92, através tenham sido vistados, os seguintes processos:
da RA n. 090/2013, Publicada no Diário Ofi- Dissídio Coletivo, Ação Rescisória com pedido
cial Eletrônico em 29/08/2013. de antecipação de tutela, Ação Cautelar, Habeas
Corpus, Mandado de Segurança, processos com
§ 7º Nas hipóteses dos §§ 5º e 6º deste ar- tramitação preferencial (Estatuto do Idoso, Me-
tigo, não sendo possível a distribuição por nor, Falência, Rito Sumaríssimo) e outros feitos
prevenção, far-se-á a redistribuição dos au- que, consoante fundada alegação do interessa-
tos na forma do art. 97 deste Regimento. do, reclamem solução urgente.
§ 8º Quando ocorrer a suspeição e/ou im- § 1º Na hipótese do caput, a relevância e ur-
pedimento de dois ou mais Magistrados gência da matéria deverão ser reconhecidas
pertencentes a determinada Turma, a distri- em despacho do Desembargador Presiden-
buição será direcionada para a outra Turma, te e a contagem do prazo inicia com o rece-
www.acasadoconcurseiro.com.br 1869
bimento dos autos no Gabinete do Magis- a concessão for do Relator, a incumbência
trado afastado. Alterado caput e § 1º do art. será da Secretaria do Órgão respectivo.
97, através da RA N. 090/2013 Publicada no
Diário Oficial Eletrônico em 29/08/2013. § 2º Em ambos os casos, devolvidos os au-
tos fora do quinquídio, o setor competente
§ 2º Nos casos previstos neste artigo, sen- deverá certificar o ocorrido e submetê-los
do possível aferir-se a necessidade de re- conclusos à autoridade concedente do pra-
distribuição mesmo antes de chegado o dia zo, para que aplique as sanções previstas
inicial para a contagem, aquela deverá ser nos artigos 195 e 196 do Código de Proces-
procedida so Civil.
Art. 98. Os feitos recebidos por Juiz Convocado
e que não tenham sido vistados até o momen-
to da desconvocação serão direcionados para o CAPÍTULO II
Magistrado que vier a ocupar o Gabinete, per-
DA COMPETÊNCIA DO
manecendo a vinculação aos processos já vista-
dos, observando-se o disposto nos arts. 51, 52 e RELATOR E DO REVISOR
54 deste Regimento.
Art. 102. Compete ao Relator:
Parágrafo único. O prazo para o Juiz Con-
I – decidir pedidos de liminar ou antecipa-
vocado apor o seu “visto” no processo co-
ção de tutela, no prazo de 48 (quarenta e
meçará a fluir a partir do momento em que
oito) horas; em caso de Habeas Corpus, o
assumir o Gabinete. Para o Desembargador,
prazo é de 24 (vinte e quatro) horas;
do retorno de seu afastamento.
II – indeferir liminarmente petição inicial de
Art. 99. Quando, no mesmo processo, houver
ações de competência originária, nos ter-
interposição de mais de um recurso e o não-re-
mos da lei;
cebimento de um deles acarretar agravo de ins-
trumento, os autos deste deverão tramitar ane- III – negar seguimento a recurso, na forma
xados aos do processo principal, sendo o agravo da lei;
distribuído ao mesmo Magistrado sorteado
como Relator do(s) outro(s) recurso(s) e ambos IV – processar as ações de competência ori-
julgados na mesma sessão, e, se for o caso, em ginária do Tribunal, podendo delegar pode-
acórdãos distintos. res a Juiz de primeira instância para proce-
der à instrução, bem como os incidentes de
Art. 100. Nas hipóteses de redistribuição, exce- falsidade, suspeição e impedimento argui-
to se esta se der para Magistrado do mesmo Ga- dos pelos litigantes;
binete, deverá ser observada a compensação.
V – ordenar, mediante despacho nos au-
Art. 101. As partes e seus procuradores pode- tos, a realização de diligências necessárias
rão ter vista dos autos por 5 (cinco) dias, impror- à perfeita instrução dos processos, fixando
rogáveis, antes da distribuição, por despacho do prazos para seu cumprimento, e assinar a
DesembargadorPresidente, ou, distribuídos, do respectiva carta;
Relator, desde que não tenham sido colocados
em pauta. VI – requisitar os autos originais dos proces-
sos que vierem a seu exame em traslado,
§ 1º Vencido o prazo fixado neste artigo, se cópias ou certidões, assim como os feitos
concedido pelo DesembargadorPresiden- que, com eles, tenham conexão ou depen-
te, a Diretoria respectiva tomará imediata dência, desde que já findos ou com tramita-
providência para a cobrança dos autos; se ção suspensa;
1870 www.acasadoconcurseiro.com.br
Regimento Interno do TRT-RO-AC – Profª Bruna Refosco
www.acasadoconcurseiro.com.br 1871
§ 4º Terão preferência para julgamento, su- letivos e extensões de decisões normativas
cessivamente, os processos de habeas cor- independe de publicação, nos casos de ur-
pus, habeas data, dissídio coletivo, manda- gência.
do de segurança, rito sumaríssimo, os feitos
em que for parte ou interveniente menor, § 2º Na hipótese do parágrafo anterior, far-
pessoa idosa, massa falida ou empresa em -se-á notificação direta, postal, telegráfica,
liquidação ou recuperação judicial, agravo por mandado, eletrônica ou outra qualquer
regimental, de instrumento e de petição, espécie de pronta comunicação aos dissi-
conflito de competência, ação cautelar, em- dentes, lançando-se certidão nos autos.
bargos de declaração e os processos cujo
Relator ou Revisor devam afastar-se por
motivos de férias, licença ou viagem a ser-
CAPÍTULO IV
viço.
DAS SESSÕES DO
§ 5º Havendo urgência, os processos po- TRIBUNAL E DAS TURMAS
derão ser julgados independentemente de
prévia inclusão em pauta, desde que noti- Art. 110. O Tribunal Pleno e as Turmas reunir-
ficados os interessados por qualquer meio, -se-ão em sessões ordinárias e extraordinárias.
com certificação nos autos.
§ 1º As sessões ordinárias do Tribunal Pleno
Art. 107. Incluído o processo em pauta, seu serão realizadas às terçasfeiras; as da Pri-
adiamento só poderá ocorrer por motivo de for- meira Turma, às quartas-feiras; e as da Se-
ça maior, devidamente comprovado, a critério gunda Turma, às quintasfeiras, com início às
do Relator, com o referendo do Órgão Julgador. 9 (nove) horas sem necessidade de convo-
cação formal de seus membros.
Art. 108. O processo só será retirado de pauta,
para diligência, mediante deliberação do Órgão § 2º As sessões extraordinárias do Tribunal
Julgador. Art. 109. Independem de inclusão em Pleno ou das Turmas realizar-se- ão quando
pauta: necessárias e mediante convocação do res-
pectivo Presidente ou pela maioria absoluta
I – habeas corpus;
de seus membros, publicada a pauta no ór-
II – habeas data; gão oficial com antecedência mínima de 48
(quarenta e oito) horas.
III – homologação de acordo ou de pedido
de desistência em dissídio coletivo ou indi- § 3º Em casos especiais, poderá ser desig-
vidual; nado outro local para a realização das ses-
sões, afixando-se edital na sede do Tribunal,
IV – embargos de declaração sem potencial com a antecedência mínima de 24 (vinte e
de efeito modificativo do julgado; quatro) horas.
V – conflito de competência; § 4º As sessões administrativas realizar-se-
VI – agravo regimental, salvo no caso de -ão, de preferência, em dias não coinciden-
despacho do Relator que indeferir liminar- tes com os das sessões ordinárias, para elas
mente pedido de mandado de segurança; oficiados todos os Desembargadores e os
Juízes Convocados, observando-se o dispos-
VII – processo devolvido com vista regimen- to nos arts. 19, § 2º, e 56 deste Regimento.
tal até a sessão subsequente;
§ 5º O Tribunal, a requerimento de qualquer
VIII – dissídio coletivo em hipótese de gre- dos Magistrados e pelo voto da maioria dos
ve ou lockout. § 1º A inclusão em pauta de presentes, poderá transformar as sessões
dissídios coletivos, revisões de dissídios co- judiciais em administrativas.
1872 www.acasadoconcurseiro.com.br
Regimento Interno do TRT-RO-AC – Profª Bruna Refosco
Art. 111. Nas ausências ou impedimentos do Art. 119. Terão preferência para julgamento, in-
Presidente e do VicePresidente, as sessões do dependentemente da ordem de colocação na
Tribunal Pleno serão presididas pelo Desembar- pauta, os processos em que haja inscrição de
gador mais antigo, sucessivamente. advogado para sustentação oral de seu recurso,
bem como aqueles cujos Relatores ou Revisores
Art. 112. Nas sessões do Tribunal e das Turmas tenham de se retirar ou que estejam convoca-
deverá estar presente o Procurador do Ministé- dos, exclusivamente, para esses julgamentos.
rio Público do Trabalho.
Art. 120. Os pedidos de preferência, formulados
Art. 113. Aberta a sessão, à hora regimental, e por advogados para sustentação oral, serão con-
não havendo Magistrados em número suficien- cedidos com observância à ordem de registro.
te para deliberar, aguardar-se-á por 15 (quinze)
minutos a formação do quórum. Persistindo a § 1º A inscrição de advogados será admitida
falta de número, a sessão será encerrada. pessoalmente ou por estagiário de Direito
com respectivo registro na OAB, a partir da
Art. 114. Sendo necessário, poderá o Presidente publicação da pauta no órgão oficial até an-
do Tribunal fazer as convocações indispensáveis tes do pregão.
para a formação do quórum.
§ 2º Também serão aceitas inscrições por
Art. 115. Nas sessões do Tribunal, os trabalhos meio de fac-símile, correio eletrônico ou
obedecerão à seguinte ordem: formulário via internet, ou ainda por tele-
I – verificação do número de Magistrados fone, desde que o interessado as faça com
presentes; clara identificação do processo, das partes,
do Órgão Julgador, da data da sessão e as
II – discussão e aprovação de ata, na hipóte- mensagens sejam recebidas com êxito na
se do art. 138; Secretaria do Órgão até as 16 horas do dia
III – indicações e propostas; antecedente ao do julgamento, observados
os dias úteis e o horário de expediente do
IV – julgamento dos processos incluídos em Tribunal.
pauta.
§ 3º O requerimento de preferência formu-
Parágrafo único. Os processos que versem lado por um mesmo advogado, em relação a
sobre a mesma questão jurídica, ainda que mais de três processos, poderá ser deferido
apresentem aspectos peculiares, poderão de forma alternada, considerados os pedi-
ser julgados conjuntamente. dos manifestados pelos demais advogados.
Art. 116. Anunciado o julgamento do processo e § 4º Sem mandato nos autos, o advogado
apregoado pelo Secretário, nenhum Magistrado não poderá sustentar oralmente, salvo mo-
poderá retirar-se do recinto, sem a autorização tivo relevante que justifique o protesto pela
do Presidente. apresentação posterior do respectivo ins-
trumento.
Art. 117. Uma vez iniciado, o julgamento ulti-
mar-se-á na mesma sessão, salvo pedido de vis- § 5º O pedido de certidão de inteiro teor
ta regimental ou motivo relevante. de transcrição de gravação de julgamento
a que o advogado tiver comparecido para
Art. 118. Nenhum Magistrado poderá eximir-se sustentação oral, desde que comprovado
de proferir voto, exceto quando não houver as- justo motivo, será dirigido ao Presidente do
sistido ao relatório, estiver impedido ou suspei- Órgão judicante.
to de acordo com a lei.
§ 6º Os advogados, quando forem requerer
ou fazer sustentação oral, ocuparão a tribu-
www.acasadoconcurseiro.com.br 1873
na, sendo obrigatório o uso de beca, na for- Art. 124. Encerrada a discussão, passar-se-á à
ma do art. 6º, § 2º, deste Regimento. votação, que se iniciará com o voto do Relator,
seguido do voto do Revisor e dos demais Magis-
§ 7º O Presidente do Órgão Julgador cassará trados pela ordem decrescente de antiguidade.
a palavra do advogado que, em sustentação
oral, conduzir-se de maneira desrespeitosa Parágrafo único. Não havendo divergência
ou, por qualquer motivo, inadequada. o Presidente consultará em bloco só demais
magistrados.
Art. 121. Depois de anunciado o julgamento, o
Presidente dará a palavra ao Relator, que lerá Art. 125. As questões preliminares ou prejudi-
o relatório contendo exposição circunstanciada ciais serão julgadas antes do mérito, deste não
da causa. se conhecendo, se incompatível com a decisão
adotada.
§ 1º Estando os Magistrados aptos a votar
e não havendo oposição das partes, poderá § 1º A votação das preliminares será feita
ser dispensada a leitura do relatório. separadamente.
§ 2º Findo o relatório e após ouvido o Revi- § 2º Tratando-se de nulidade suprível, o jul-
sor, o Presidente dará a palavra às partes ou gamento será convertido em diligência, a
a seus procuradores inscritos, pelo prazo de fim de que a parte sane a nulidade, no pra-
15 (quinze) minutos para cada um, para a zo que lhe for determinado.
sustentação oral das respectivas alegações,
inclusive quanto a preliminares ou prejudi- § 3º Quando puder decidir o mérito a favor
ciais. da parte a quem aproveite a declaração de
nulidade, o Tribunal não a pronunciará nem
§ 3º Falará em primeiro lugar o recorrente mandará repetir o ato ou suprir-lhe a falta.
ou, se ambas as partes o forem, o autor; ha-
vendo recurso adesivo, o advogado do re- § 4º Rejeitada a preliminar ou a prejudicial,
curso principal. ou se com elas não for incompatível a apre-
ciação do mérito, seguir-se-á o julgamento
§ 4º Havendo litisconsortes, representados da matéria principal, sobre a qual deverão
por mais de um advogado, o tempo será pronunciar-se os Magistrados vencidos em
dividido entre eles, proporcionalmente. Se qualquer das preliminares.
a matéria for relevante, a critério do Presi-
dente, o tempo poderá ser duplicado. § 5º Quando o mérito se desdobrar em
questões distintas, a votação poderá reali-
Art. 122. Após a sustentação ou sem ela, será zar-se sobre cada uma sucessivamente, de-
aberta a discussão em torno da matéria deba- vendo, entretanto, o Relator mencioná- las,
tida, pelo tempo julgado necessário pelo Presi- desde logo, em seu todo, após a votação
dente, considerada a relevância ou controvérsia das preliminares.
da matéria, podendo cada Magistrado fazer uso
da palavra, sendo-lhe facultado pedir esclare- § 6º Antes de proclamado o resultado, na
cimentos ao Relator, dirigindo-se, inicialmente, preliminar ou no mérito, poderá o Magis-
ao Presidente. trado reconsiderar seu voto ou declarar-se
suspeito ou impedido, caso em que o voto
Art. 123. Antes de encerrada a discussão, o Pro- proferido não será computado.
curador do Ministério Público do Trabalho po-
derá intervir, quando julgar conveniente, ou a § 7º Caberá ao Presidente encaminhar a vo-
pedido de qualquer Magistrado, após a permis- tação para a boa ordem dos trabalhos.
são do Presidente. Art. 126. Iniciada a votação, não serão permiti-
dos apartes ou intervenções, enquanto estiver
1874 www.acasadoconcurseiro.com.br
Regimento Interno do TRT-RO-AC – Profª Bruna Refosco
o Magistrado proferindo seu voto, exceto com a poderá o Magistrado requerer renovação
permissão do votante, sendo, todavia, permiti- se ainda não se considerar apto a proferir o
do a cada Magistrado, na oportunidade em que seu voto. Devolvidos os autos, na sessão em
votar, pedir esclarecimentos ao Relator. Pode- que o voto for proferido, deverá estar pre-
rão, também, fazê-lo aos advogados ou às pró- sente o Relator, quando necessário, mesmo
prias partes, mas, sempre, por intermédio da que ausente outro Magistrado, observada a
Presidência. preferência estabelecida no art. 119 deste
Regimento. Alterado a redação do § 1º e ca-
Parágrafo único. Entre a tomada de um voto put do art. 131, através da RA N. 090/2013
e outro será permitido ao advogado, que Publicada no Diário Oficial Eletrônico em
tenha feito sustentação na tribuna, prestar 29/08/2013.
esclarecimentos apenas sobre matéria de
fato e mediante prévia licença da Presidên- § 2º O pedido de vista não impede que vo-
cia, igual direito cabendo ao Procurador do tem os Magistrados que se tenham por ha-
Ministério Público do Trabalho. bilitados a fazê-lo e seus votos serão com-
putados, ainda que ausentes na sessão de
Art. 127. Ao Relator, após proferir seu voto, prosseguimento do julgamento do feito.
caberá o uso da palavra para esclarecimentos
que ainda forem considerados necessários. Al- § 3º Aplica-se o disposto neste artigo e seus
terado a redação do art. 127, através da RA N. parágrafos nos julgamentos de processos
090/2013 Publicada no Diário Oficial Eletrônico de natureza administrativa.
em 29/08/2013.
Art. 132. O julgamento que tiver iniciado em
Art. 128. Nenhum Magistrado tomará a palavra sessão anterior prosseguirá computando-se os
sem que esta lhe seja dada, previamente, pelo votos já proferidos, ainda que o Relator esteja
Presidente. afastado ou que o Magistrado tenha deixado
o exercício do cargo, caso se tenha esgotado a
Art. 129. Em caso de empate, caberá ao Presi- matéria a ser julgada.
dente desempatar, adotando a solução de uma
das correntes, sendo-lhe facultado adiar o julga- § 1º O Juiz Convocado, que estiver substi-
mento para a sessão seguinte. tuindo outro que já tenha proferido voto a
ser computado no julgamento, não terá di-
Art. 130. Quando as soluções divergirem, mas reito a voto sobre a mesma questão, mas
várias delas apresentarem ponto comum, deve- poderá compor o quórum para funciona-
rão ser somados os votos dessas correntes, no mento do órgão.
que tiverem de comum. Permanecendo a diver-
gência, sem possibilidade de qualquer soma, se- § 2º Somente quando indispensável para
rão as questões submetidas ao pronunciamento decidir nova questão surgida no julgamen-
de todos os Magistrados, duas a duas, eliminan- to, será computado o voto do Juiz Convoca-
do-se, sucessivamente, as que tiverem menor do, nesta matéria.
votação, prevalecendo a que reunir, por último,
a maioria de votos. § 3º Deverá estar presentes o Relator, se
ainda não tiver votado integralmente a ma-
Art. 131. Os Magistrados poderão pedir vista téria. Alterado a redação do § 3º do art.
do processo após proferido o voto pelo Relator. 132, através da RA N. 090/2013 Publicada
Sendo o pedido de vista em mesa, o julgamento no Diário Oficial Eletrônico em 29/08/2013.
se fará na mesma sessão, logo que o Magistrado
que a requereu se declare habilitado a votar. § 4º Se o Magistrado estiver participando
do julgamento pela primeira vez, poderá
§ 1º Não sendo em mesa, o prazo de vista solicitar que a matéria seja novamente re-
será de 10 (dez) dias. Decorrido o prazo, latada.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1875
§ 5º Se estiver participando do julgamen- o Presidente fará realizar uma ou mais ses-
to Magistrado ausente à sessão em que foi sões extraordinárias, para o julgamento da-
feita a sustentação oral, o advogado poderá queles processos.
repeti-la, caso assim o requeira quando for
apregoado o processo. Art. 137. O Secretário do Tribunal Pleno, bem
como os Secretários das Turmas certificarão
Art. 133. Se dois ou mais Magistrados pedirem nos autos respectivos a assinatura e entrega do
vista do mesmo processo, o julgamento será acórdão na sessão de julgamento, mencionando
suspenso e cada Magistrado terá o prazo de 10 os nomes dos Magistrados que tomaram parte
dias. na decisão, do Procurador do Trabalho presente
no plenário, dos advogados que fizeram susten-
Parágrafo único. A passagem dos autos de tação oral, assim como de eventual impedimen-
um Magistrado para outro será feita direta- to e/ou suspeição de Magistrado.
mente pelos Gabinetes, mediante registro
no sistema informatizado, devendo o último Parágrafo único. Não assinado o acórdão
Magistrado restituir o processo à Secretaria na sessão, os Secretários certificarão nos
do Pleno ou Turma. autos próprios a decisão, consignando os
votos vencedores e vencidos, a designação
Art. 134. Findo o julgamento, o Presidente pro- do redator do acórdão, na hipótese de não
clamará a decisão, designando para redigir o prevalecer o voto do Relator, os nomes das
acórdão o Relator, ou, se vencido este, integral- partes, dos Magistrados que participaram
mente, nas questões de mérito ou na matéria do julgamento, do Procurador do Trabalho
considerada principal, o Magistrado que primei- presente no plenário, dos advogados que
ro se manifestou a favor da tese vencedora. Ca- fizeram sustentação oral, assim como even-
berá ao Presidente fixar os termos da questão tual impedimento e/ou suspeição de Magis-
principal. trado.
§ 1º Em qualquer caso, o relatório que não Art. 138. Das sessões, somente serão lavradas
houver sido impugnado pelo Tribunal deve- atas sobre assuntos especiais, a critério do Tri-
rá integrar, obrigatoriamente, o acórdão. bunal Pleno ou da Turma, devendo ser aprova-
§ 2º Os fundamentos do acórdão são os do das na sessão subsequente.
voto vencedor, ressalvando-se aos Magis- Art. 139. Os expedientes de ordem administrati-
trados apresentar a justificativa de seu voto, va quando submetidos à apreciação do Tribunal
vencido ou convergente, no prazo de 5 (cin- Pleno serão relatados pelo Presidente e solucio-
co) dias, contados da chegada dos autos ao nados por Resolução Administrativa, as quais
seu Gabinete para tal fim. serão numeradas seguidamente.
Art. 135. Após a proclamação da decisão, sobre § 1º As decisões administrativas do Tribu-
ela não poderão ser feitas apreciação ou crítica. nal, quando publicadas mediante resolução,
Art. 136. Encerrada a sessão de julgamento, os deverão ser assinadas pelo Presidente do
processos que não tiverem sido julgados per- Tribunal e pelo Secretário do Tribunal Pleno,
manecerão em pauta, independentemente de observando-se que:
nova publicação, conservada a mesma ordem, a) serão registrados nas resoluções os no-
com preferência sobre os demais para julga- mes dos Desembargadores eventualmente
mento na sessão subsequente. ausentes à sessão;
Parágrafo único. Sempre que, encerrada b) de igual forma, ficará consignado na re-
a sessão, restarem em pauta ou em mesa solução o nome dos Magistrados vencidos,
mais de 20 (vinte) feitos sem julgamento,
1876 www.acasadoconcurseiro.com.br
Regimento Interno do TRT-RO-AC – Profª Bruna Refosco
§ 2º As decisões com Relator designado se- Art. 146. O acórdão será elaborado, digitado e
guirão a forma dos acórdãos judiciais. conferido pelo Gabinete do Relator ou Prolator.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1877
mente enviados pelo Gabinete do Relator ou Público do Trabalho, inclusive quando for parte
Prolator designado. suscitante, pelo prazo de 05 (cinco) dias, para,
posteriormente, enviá-lo a julgamento, na pri-
Art. 149. A republicação de acórdão somente meira sessão do Tribunal.
será feita quando autorizada por despacho do
Presidente do Tribunal. Art. 156. Prolatada a decisão, comunicar-se-
-á, imediatamente, às autoridades conflitantes,
Art. 150. REVOGADO devendo prosseguir o feito no Juízo declarado
competente.
Art. 154. O Relator poderá, de ofício ou a reque- Art. 159. Suscitada a inconstitucionalidade e
rimento de qualquer das partes, determinar, ouvido o Ministério Público do Trabalho, a ar-
quando o conflito for positivo, que seja sobres- guição será apreciada pelo respectivo Colegia-
tado o processo e, no caso de conflito negativo, do, para decidir sobre sua relevância.
designar um dos órgãos envolvidos para resol- § 1º Se a arguição for rejeitada, prosseguirá
ver, em caráter provisório, as medidas urgentes. o julgamento quanto às demais matérias do
Art. 155. Prestadas ou não as informações, o feito.
Relator dará vista do processo ao Ministério
1878 www.acasadoconcurseiro.com.br
Regimento Interno do TRT-RO-AC – Profª Bruna Refosco
§ 2º Se for acolhida a arguição suscitada pe- Parágrafo único. Ocorrendo nova alegação
rante o Tribunal Pleno, este apreciará a ma- de inconstitucionalidade da mesma lei ou
téria de imediato. do mesmo ato do Poder Público, não pode-
rão as Turmas considerá-la para efeito de
§ 3º Sendo acolhida a arguição suscitada encaminhamento do processo ao Tribunal
perante a Turma, os autos serão, mediante Pleno, salvo se demonstrado que o Tribunal
acórdão circunstanciado da questão, reme- Superior do Trabalho ou o Supremo Tribu-
tidos ao Tribunal Pleno. nal Federal tenham julgado contrariamente
Art. 160. A decisão que declarar imprescindí- ao decidido pelo Pleno.
vel ou irrelevante o pronunciamento prévio do
Tribunal Pleno sobre a inconstitucionalidade de
lei, de disposição nela contida ou de ato norma- TÍTULO VI
tivo do Poder Público, bem como a decisão fi-
nal do Pleno, são insuscetíveis de recurso nessa Das Ações de
fase, sem prejuízo de recurso próprio e cabível Competência Originária
no processo em que se originou a arguição inci-
dental.
Art. 161. Somente pelo voto da maioria abso- CAPÍTULO I
luta de seus membros poderá o Tribunal Pleno DO HABEAS CORPUS
declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato E DO HABEAS DATA
normativo do Poder Público, na forma da Cons-
tituição Federal. Art. 164. Impetrado habeas corpus, será ime-
diatamente distribuído ao Relator, que poderá
§ 1º Não atingida a maioria de que trata o
requisitar ao apontado coator a prestação de
caput, será rejeitada a arguição, prosse-
informações, no prazo de 48 (quarenta e oito)
guindo o julgamento do feito pelo Tribunal
horas, podendo, ainda:
Pleno ou retornando à Turma, conforme o
caso. I – nomear advogado para acompanhar e
defender oralmente o pedido, se o impe-
§ 2º Se não for alcançada a maioria abso-
trante não for bacharel em Direito;
luta necessária à declaração de inconstitu-
cionalidade, estando ausentes Magistrados II – ordenar diligências necessárias à instru-
em número que possa influir no resultado ção do pedido;
do julgamento, este será suspenso, a fim de
aguardar-se o comparecimento dos Magis- III – ordenar a soltura do paciente ou, se
trados ausentes, até que se atinja o quó- convier ouvi-lo, determinar sua apresenta-
rum. ção à sessão de julgamento;
Art. 163. A decisão declaratória de inconstitu- Art. 165. Instruído o processo e ouvido o Minis-
cionalidade de lei ou de ato normativo do Poder tério Público do Trabalho, em 02 (dois) dias, o
Público, observadas as exigências regimentais, Relator o colocará em mesa para julgamento,
motivará a edição de súmula. imediatamente, na primeira sessão do Tribunal
Pleno.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1879
Art. 166. A decisão concessiva de habeas corpus CAPÍTULO II
será imediatamente comunicada às autoridades DO MANDADO DE SEGURANÇA
a quem couber cumpri-la, sem prejuízo da re-
messa de cópia do acórdão. Art. 173. A petição inicial do mandado de segu-
Parágrafo único. A comunicação, mediante rança, em duplicata, deverá preencher os requi-
ofício ou qualquer outro meio idôneo, bem sitos legais, indicando, além da autoridade co-
como o salvo-conduto, em caso de ameaça atora, a pessoa jurídica que esta integra, à qual
de violência ou coação, serão firmados pelo se acha vinculada ou da qual exerce atribuições.
Relator. § 1º A segunda via da inicial será instruída
Art. 167. O carcereiro ou o diretor da prisão, com as cópias de todos os documentos que
o escrivão, o oficial de justiça ou a autoridade acompanharem a primeira. Havendo litis-
judiciária, policial ou militar, que embaraçar ou consortes, deverão ser fornecidas as cópias
procrastinar o encaminhamento do pedido de suficientes para a devida citação.
habeas corpus, ou as informações sobre a causa § 2º Não sendo fornecidas as cópias para ci-
da violência, coação ou ameaça, serão multados tação dos litisconsortes, deverá o impetran-
na forma da legislação processual vigente, sem te ser intimado para fornecê-las no prazo
prejuízo de outras sanções penais ou adminis- de 48 (quarenta e oito) horas, sob pena de
trativas. indeferimento.
Art. 168. Havendo desobediência ou retarda- § 3º Se o impetrante afirmar que o docu-
mento abusivo no cumprimento da ordem de mento necessário à prova de suas alegações
habeas corpus, de parte do detentor ou carce- se ache em repartição ou estabelecimento
reiro, caberá ao Relator tomar as providências público, ou em poder de autoridade que
necessárias ao cumprimento da decisão, com lhe recuse certidão, ou de terceiro, caberá
emprego dos meios legais cabíveis. ao Relator, preliminarmente, por ofício, re-
Art. 169. Se, pendente o processo de habeas quisitar a exibição do original ou fotocópia
corpus, cessar a violência ou coação, julgar-se-á autenticada, no prazo de 10 (dez) dias. Caso
prejudicado o pedido. a recusa seja da autoridade indicada como
coatora, a requisição se fará no próprio ins-
Art. 170. Quando o pedido for manifestamente trumento da notificação. O Diretor de Se-
incabível, ou for manifesta a incompetência do cretaria extrairá cópias do documento para
Tribunal para dele conhecer originariamente, juntá-las a segunda via da petição
ou for reiteração de outro com os mesmos fun-
damentos, o Relator o indeferirá liminarmente. Art. 174. Quando o mandado de segurança for
impetrado contra decisão do Tribunal ou ato do
Art. 171. Aplicam-se ao processo de habeas cor- Presidente, proferido em matéria administrativa
pus as normas do Código de Processo Penal. que envolva Desembargador, será julgado pelo
Tribunal Pleno, com inclusão em pauta para a
Art. 172. No processo de habeas data, a trami- sessão especialmente convocada e previamente
tação observará o procedimento previsto na Lei publicada.
n. 9.507, de 12 de novembro de 1997.
Art. 175. A petição inicial poderá ser indeferida
de plano pelo Relator, por decisão motivada,
não sendo hipótese de mandado de segurança
ou quando lhe faltar algum dos requisitos legais
ou quando decorrido o prazo legal para a impe-
tração, devendo os autos ser remetidos ao Juízo
1880 www.acasadoconcurseiro.com.br
Regimento Interno do TRT-RO-AC – Profª Bruna Refosco
www.acasadoconcurseiro.com.br 1881
Art. 184. O Relator indeferirá a petição inicial lator e ao Revisor, e, posteriormente, incluí-
nos casos previstos no Código de Processo Civil, dos em pauta para julgamento.
cabendo agravo regimental de sua decisão.
Art. 188. O ajuizamento da ação rescisória não
Art. 185. Atendidos os pressupostos legais, ao impede o cumprimento da sentença ou acórdão
Relator compete: rescindendo, ressalvada a concessão de medi-
das de natureza cautelar ou antecipatória de
I – ordenar as citações, notificações e inti- tutela, se imprescindíveis e sob os pressupostos
mações requeridas; previstos em lei.
II – processar todas as questões incidentes; Art. 189. Para cumprimento e execução, o acór-
III – receber ou rejeitar, in limine, as exce- dão da rescisória e a certidão de julgamento ins-
ções opostas, designar audiência especial truirão os autos da ação que lhes deu origem.
para a produção de provas, se requeridas
ou lhe parecerem necessárias; CAPÍTULO IV
IV – submeter a lide a julgamento antecipa- DOS DISSÍDIOS COLETIVOS
do, quando for o caso;
Seção I
V – delegar competência a Juiz de primei- DOS DISSÍDIOS COLETIVOS DE
ro grau do local onde deva ser produzida a
NATUREZA ECONÔMICA
prova, fixando prazo para a devolução dos
autos, se for o caso; Art. 190. Frustrada, total ou parcialmente, a au-
VI – pedir dia para julgamento das questões tocomposição dos interesses coletivos ou a ar-
incidentes e das exceções opostas, quando bitragem, poderá ser ajuizada ação de dissídio
regularmente processadas; coletivo.
VII – mandar ouvir o Ministério Público do Art. 191. Recebida e protocolada a petição de
Trabalho sempre que necessário e, em to- dissídio coletivo, revisão ou extensão de dissídio
dos os casos, após as alegações finais das coletivo, estando regular a representação, será
partes. designada audiência de conciliação, no prazo
máximo de 10 (dez) dias.
Art. 186. Feita a citação, o Réu, no prazo mar-
cado pelo Relator, e que não poderá ser inferior § 1º Verificando o Presidente que a petição
a 15 (quinze) dias, nem superior a 30 (trinta), não preenche os requisitos da lei ou está
apresentará a contestação. em desacordo com as instruções em vigor,
ou, ainda, que apresenta defeitos e irregu-
Parágrafo único. Contestada a ação, ou laridades capazes de dificultar sua aprecia-
transcorrido o prazo, o Relator fará o sane- ção, determinará que o suscitante a emen-
amento do processo, deliberando sobre as de ou complete, no prazo de 10 (dez) dias.
provas requeridas.
§ 2º Não cumprida a diligência, o processo
Art. 187. Ultimada a fase probatória, será aber- será extinto sem resolução de mérito.
ta vista dos autos, sucessivamente, ao Autor
e ao Réu, para razões finais, pelo prazo de 10 3 º A citação far-se-á por via postal, por
(dez) dias. meio de registro em AR. Nos casos de ur-
gência, poderá ser feita por oficial de justi-
Parágrafo único. Findo o último prazo, ou- ça, fac-símile ou outro meio eletrônico.
vido o Ministério Público do Trabalho, serão
os autos conclusos respectivamente, ao Re- § 4º Será assegurado ao suscitado prazo
não inferior a 5 (cinco) dias para responder
1882 www.acasadoconcurseiro.com.br
Regimento Interno do TRT-RO-AC – Profª Bruna Refosco
aos termos da representação, salvo nos ca- § 3º A instrução dos processos de dissídio
sos em que estejam em risco necessidades coletivo, revisão ou extensão de dissídio co-
inadiáveis da comunidade e seja necessário, letivo deverá ser concluída no prazo de 30
a juízo do Presidente do Tribunal, a aprecia- (trinta) dias.
ção do dissídio em caráter de urgência.
§ 4º Inexistindo acordo, e respeitados os pra-
Art. 192. O pedido de instauração de dissídio co- zos de 20 (vinte) para o Relator, o feito será
letivo de natureza econômica, devidamente fun- incluído em pauta para julgamento imediato.
damentado, atenderá ao disposto no artigo 858
da CLT, bem como às instruções expedidas pelo § 5º A publicação dos acórdãos em dissídios
Tribunal Superior do Trabalho, devendo vir acom- coletivos, de revisões de dissídios coletivos e
panhado, se for o caso, de certidão ou cópia au- de extensões de decisões terá preferência e
tenticada do último aumento salarial concedido será realizada independentemente da publi-
à categoria profissional. cação de outros processos.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1883
Art. 198. O acordo judicial homologado no pro- do Trabalho, salvo em se tratando de causa
cesso de dissídio coletivo, envolvendo a totali- de alçada;
dade ou parte das pretensões, tem força de de-
cisão irrecorrível para as partes. II – reexame necessário;
III – agravo de petição;
Seção II
DOS DISSÍDIOS IV – agravo de instrumento;
COLETIVOS DE GREVE V – agravo (art. 557 do CPC).
Art. 199. Nos dissídios coletivos de greve, rece-
bida e protocolada a petição, o Presidente de-
signará audiência de conciliação, a realizar-se CAPÍTULO II
dentro de 05 (cinco) dias, intimando-se as par-
DO RECURSO ORDINÁRIO
tes na forma da lei.
Parágrafo único. Se a paralisação se der em Art. 203. O Recurso Ordinário será distribuído
atividade essencial, a audiência será desig- automaticamente, na forma deste Regimento,
nada para a primeira data desimpedida. e, após, concluso ao Relator, pelos prazo de 20
(vinte) dias, para a aposição do seu visto, sendo,
Art. 200. Os prazos para relatório e revisão do em seguida, incluído em pauta para julgamento.
feito serão, respectivamente, de 24 (vinte e qua- Alterado a redação do art. 203, através da RA N.
tro) horas, devendo o julgamento ser realizado, 090/2013 Publicada no Diário Oficial Eletrônico
com preferência, na primeira sessão possível e em 29/08/2013.
publicado de imediato o competente acórdão.
Art. 204. Os processos de competência recursal
Seção III do Tribunal retornarão à instância de origem, in-
DOS DISSÍDIOS COLETIVOS DE dependentemente de despacho, imediatamen-
te após o trânsito em julgado das respectivas
NATUREZA JURÍDICA E DAS AÇÕES decisões.
ANULATÓRIAS DE CONVENÇÃO OU
ACORDO COLETIVO
Art. 201. Aos dissídios coletivos de natureza ju- CAPÍTULO III
rídica e às ações anulatórias de convenções ou DO RECURSO ORDINÁRIO EM
acordos coletivos aplica-se, no que couber, o PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO
disposto neste capítulo.
Art. 205. No Recurso Ordinário em Rito Suma-
TÍTULO VII ríssimo, o Relator disporá do prazo de 10 (dez)
dias, para a aposição do visto, sendo, em segui-
Dos Recursos para o Tribunal da, remetido ao setor competente, para inclu-
são na primeira pauta de julgamento.
Art. 206. As certidões de julgamento, quando
CAPÍTULO I
servirem de acórdãos, serão lavradas conforme
DAS ESPÉCIES DE RECURSOS o disposto no art. 148 deste Regimento e, em
seguida, publicadas.
Art. 202. Para o Tribunal são admissíveis os se-
guintes recursos: § 1º À exceção da hipótese de não-provi-
mento do recurso pelos fundamentos da
I – recurso ordinário das decisões definiti-
própria sentença, para efeito do disposto no
vas ou terminativas proferidas pelas Varas
1884 www.acasadoconcurseiro.com.br
Regimento Interno do TRT-RO-AC – Profª Bruna Refosco
www.acasadoconcurseiro.com.br 1885
facultativamente, com outras peças que o b) do despacho do Presidente que resolver
agravante entender úteis. definitivamente pedido de requisição de
pagamento de importâncias devidas pela
§ 2º As peças trasladadas serão autentica- Fazenda Pública;
das e conterão informações que identifi-
quem o processo do qual foram extraídas. c) dos despachos dos Presidentes de Tur-
Tais peças poderão ser declaradas autênti- mas, contrários às disposições regimentais;
cas pelo próprio advogado, sob sua respon-
sabilidade pessoal. d) das decisões do Corregedor Regional,
em correição parcial; Modificado a redação
§ 3º Não será válida a cópia de despacho ou da alínea “d” do art. 218, Através da RA Nº
decisão que não contenha a assinatura do 0056/2012, Publicada no Diário Oficial Ele-
Magistrado prolator, nem as certidões subs- trônico em 28/05/2012
critas por serventuário sem as informações
necessárias. e) dos despachos dos Relatores que indefe-
rirem liminarmente a petição inicial ou que
Art. 216. Cumpre à parte interessada providen- concederem ou denegarem liminares em
ciar a correta formação do instrumento, sob ações da competência do órgão.
pena de não conhecimento, podendo o Relator
denegar seguimento por despacho. A omissão II – para as Turmas, dos despachos mono-
não comporta determinação de emenda ou cráticos do Relator que decidirem pedidos
conversão em diligência para suprir a ausência de concessão dos benefícios da justiça gra-
de peças, ainda que essenciais. tuita, ou que concederem ou denegarem
liminares em ações cautelares alusivas a
Art. 217. Provido o Agravo de Instrumento, a processos sob sua apreciação, ou quando
Turma deliberará sobre o julgamento do recurso contrários às disposições regimentais.
principal, observando-se, se for o caso, daí em
diante, o procedimento relativo a esse recurso. Art. 219. O agravo regimental, após protocolado
no Tribunal e juntado aos autos principais, será
TÍTULO VIII concluso ao Magistrado prolator do despacho
agravado, que poderá reconsiderar o seu ato
ou submetê-lo ao julgamento do Plenário ou da
Dos Recursos das
Turma, a quem caiba a competência, na sessão
Decisões Proferidas no Tribunal seguinte, observado o disposto no art. 109, VI,
deste Regimento.
CAPÍTULO I § 1º Quando se tratar de agravo regimen-
DO AGRAVO REGIMENTAL tal em face de despacho do Presidente que
resolver definitivamente pedido de requisi-
Art. 218. Cabe Agravo Regimental, oponível no ção de pagamento de importâncias devidas
prazo de 8 (oito) dias, contados da intimação ou pela Fazenda Pública, a autuação do recurso
publicação no órgão oficial: Alterado a redação será em autos apartados, cabendo à parte
do Art. 218, através da RA Nº 103/2013, Publica- recorrente apresentar cópias necessárias
da no Diário Oficial Eletrônico em 26/09/2013. que possibilitem a apreciação do mérito da
matéria, sendo:
I – para o Tribunal Pleno:
I – obrigatoriamente, cópia da decisão agra-
a) das decisões do Presidente do Tribunal vada e da petição que lhe deu origem, se for
de que não caibam outros recursos previs- o caso; da certidão da respectiva intimação;
tos em lei e neste Regimento; das procurações outorgadas aos advogados
do agravante e do agravado; da petição ini-
1886 www.acasadoconcurseiro.com.br
Regimento Interno do TRT-RO-AC – Profª Bruna Refosco
www.acasadoconcurseiro.com.br 1887
§ 2º Havendo afastamento ou impedimento cia originária, no prazo de 08 (oito) dias, conta-
superveniente do Relator, será observado o do da publicação do acórdão no órgão oficial.
procedimento previsto no art. 52 deste Regi-
mento. Art. 229. Admite-se Recurso Ordinário das deci-
sões proferidas em:
§ 3º Quando uma das partes postular efeito
modificativo do acórdão, mediante os em- I – dissídio coletivo;
bargos de declaração, e sendo plausível a II – agravo regimental, salvo nas decisões
hipótese de o Relator imprimi-lo, será aber- proferidas em reclamações correicionais;
ta vista dos autos às partes contrárias para,
no prazo de 5 (cinco) dias, se manifestarem. III – ação rescisória;
Alterado a redação §3º do art. 226, através IV – medida cautelar;
da RA N. 090/2013 Publicada no Diário Ofi-
cial Eletrônico em 29/08/2013. V – mandado de segurança;
§ 4º Os embargos de declaração serão jul- VI – habeas corpus;
gados na sessão seguinte à devolução dos
autos pelo Relator. VII – habeas data;
1888 www.acasadoconcurseiro.com.br
Regimento Interno do TRT-RO-AC – Profª Bruna Refosco
www.acasadoconcurseiro.com.br 1889
lução do incidente, que será autuado em apar- CAPÍTULO II
tado. DO INCIDENTE DE FALSIDADE
Parágrafo único. Sendo o Magistrado re-
cusado o Relator dos autos principais, será Art. 242. O incidente de falsidade será suscita-
designado Relator distinto para o incidente. do e processado perante o Relator do proces-
so principal, autuado em separado e apenso a
Art. 237. Autuada e conclusa a petição, e se re- este, que terá seu curso suspenso até a decisão,
conhecida, preliminarmente, a relevância da aplicando-se, subsidiariamente, as normas do
arguição, o Relator mandará ouvir o Magistrado processo civil atinentes à matéria.
recusado, no prazo de 03 (três) dias e, havendo
ou não resposta, prosseguirá a instrução do fei- § 1º Processado o incidente de falsidade,
to, colhendo as provas a serem produzidas. este será submetido a julgamento pela Tur-
ma ou Tribunal Pleno, conforme for o caso.
§ 1º Rejeitar-se-á, liminarmente, a arguição
de impedimento ou suspeição manifesta- § 2º A decisão declarará a falsidade ou a au-
mente improcedente. tenticidade do documento.
1890 www.acasadoconcurseiro.com.br
Regimento Interno do TRT-RO-AC – Profª Bruna Refosco
www.acasadoconcurseiro.com.br 1891
apresentada ao Presidente do Tribunal e distri- Art. 255. Da petição inicial da correição parcial
buída, por prevenção, ao Relator do processo constará, obrigatoriamente:
desaparecido, ou ao seu substituto.
I – a qualificação do autor e a indicação da
§ 1º Aplicam-se à restauração de autos as autoridade a que se refere a impugnação;
normas do Código de Processo Civil.
II – breve exposição dos fatos com a indica-
§ 2º O Relator determinará a citação da par- ção dos fundamentos jurídicos do pedido;
te contrária, abrirá prazo para que as par-
tes apresentem, ordenadamente, cópia das III – o pedido e suas especificações.
peças de que disponham para a autuação e § 1º A petição inicial deverá ser instruída
promoverá outras diligências que sejam ne- por certidão de inteiro teor ou cópia repro-
cessárias. gráfica da decisão ou do despacho reclama-
§ 3º Concluídas as diligências, o Relator ho- do, além dos documentos indispensáveis a
mologará a restauração que se tenha pro- seu processamento, incluindo-se o manda-
cessado por consenso das partes, ou sub- to do advogado com poderes específicos,
meterá a reconstituição a julgamento do sob pena de não-conhecimento, e das pro-
órgão correspondente, caso tenha havido vas necessárias à demonstração dos fatos
contestação. alegados.
1892 www.acasadoconcurseiro.com.br
Regimento Interno do TRT-RO-AC – Profª Bruna Refosco
www.acasadoconcurseiro.com.br 1893
§ 8º Na hipótese do parágrafo anterior, não § 2º O relatório e o parecer deverão ser en-
se editará súmula, tampouco, existirá im- caminhados, no prazo de 30 (trinta) dias do
pedimento para uniformização da jurispru- recebimento dos temas, para deliberação
dência em julgamento ulterior no qual se do Tribunal Pleno, em pauta especificamen-
verifique idêntica divergência. te designada para tal fim.
§ 9º A decisão que acolher o incidente de Art. 264. Os projetos de edição, alteração ou
uniformização de jurisprudência ou rejeitá- cancelamento de súmulas serão considerados
-lo será irrecorrível. aprovados se obtida a maioria absoluta dos
membros efetivos do Tribunal, presentes na ses-
§ 10 Não se processará incidente quando a são.
matéria suscitada constituir tese sumulada
pelo Supremo Tribunal Federal, pelo Tribu- Art. 265. As súmulas aprovadas e numeradas
nal Superior do Trabalho ou pelo próprio sequencialmente, independentemente do ano
Tribunal. em que forem editadas, serão objeto de Resolu-
ção Administrativa, que indicará a data da apro-
vação de cada uma delas e fará referência aos
precedentes que as espelham, devendo ser pu-
CAPÍTULO II blicada no órgão oficial, por 3 (três) vezes, com
DA EDIÇÃO DE SÚMULA intervalo mínimo de 48 (quarenta e oito) horas
entre as publicações, entrando em vigor a partir
Art. 262. As propostas de edição, alteração ou da terceira, para todos os fins legais, em espe-
cancelamento de súmula da jurisprudência do- cial para o disposto no artigo 557 do Código de
minante deste Regional poderão ser de iniciati- Processo Civil.
va de qualquer das Turmas.
§ 1º Caberá à Secretaria do Pleno cientificar
Parágrafo único. Qualquer Desembargador os Desembargadores quando da ocorrência
poderá formular as propostas referidas no da terceira publicação.
caput deste artigo, devendo, no entanto,
encaminhá-las ao Presidente de sua respec- § 2º Por deliberação das Turmas, qualquer
tiva Turma. tema sumulado poderá ser revisto, envian-
do-se o pedido de revisão à Comissão de Ju-
Art. 263. À Comissão de Jurisprudência com- risprudência, para adequação aos trâmites
pete organizar os temas enviados e sugerir re- determinados por este Regimento.
dação, apresentando relatório circunstanciado,
bem como emitir parecer a respeito, lastreado § 3º O procedimento previsto no caput des-
nos seguintes critérios: te artigo será adotado nas hipóteses de can-
celamento ou alteração de súmula.
I – decisão das 2 (duas) Turmas no mesmo
sentido quanto à matéria, em pelo menos 4 § 4º Os verbetes cancelados ou alterados
(quatro) decisões; ou guardarão a respectiva numeração, toman-
do novos números os que forem editados.
II – decisão unânime de pelo menos 1 (uma)
Turma quanto à matéria, em 4 (quatro) ou § 5º Ouvido o Ministério Público do Traba-
mais decisões; lho, o incidente será julgado pelos membros
do Tribunal, observados o quorum legal e o
§ 1º Os acórdãos catalogados para fins de rito regimental, sem sustentação oral, vo-
edição de súmula deverão ser de Relatores tando o Presidente da sessão. Alterado a
diversos, proferidos em sessões distintas redação do § 5º art. 261, através da RA N.
com periodicidade de pelo menos 1 (um) 090/2013 Publicada no Diário Oficial Eletrô-
ano. nico em 29/08/2013.
1894 www.acasadoconcurseiro.com.br
Regimento Interno do TRT-RO-AC – Profª Bruna Refosco
Art. 266. As súmulas indicarão a orientação ma- Art. 269. Deferido o pedido, os autos da execu-
joritária das Turmas, não vinculando os Magis- ção provisória serão remetidos ao Juízo da Exe-
trados de primeiro grau ou os integrantes deste cução, no qual receberão o mesmo número de
Tribunal, respeitado o disposto no artigo 557 do registro dos autos principais quanto à autuação
Código de Processo Civil. e formação, bem como observação às disposi-
ções relativas à numeração única estabelecida
Art. 267. Existindo matéria revestida de relevan- pelo Tribunal Superior do Trabalho.
te interesse público, já decidida pelo Colegiado,
poderá qualquer dos órgãos judicantes, a Co-
missão de Jurisprudência, o Ministério Público
do Trabalho, o Conselho Seccional da Ordem CAPÍTULO II
dos Advogados do Brasil ou Federação Sindical
DA EXECUÇÃO CONTRA
com base territorial no Estado de Rondônia, re-
querer ao Presidente do Tribunal a apreciação, A FAZENDA PÚBLICA
pelo Tribunal Pleno, de proposta de edição, revi-
Art. 270. As requisições para os pagamentos de-
são ou cancelamento de súmula.
vidos pela Fazenda Pública, em decorrência de
Parágrafo único. Nessa hipótese, será de- sentença judicial, far-se-ão mediante Precatório
liberada preliminarmente, por dois terços – Precat – encaminhados ao Presidente do Tri-
dos votos do Tribunal Pleno, a existência de bunal pelo Juiz da Execução, ou Requisição de
relevante interesse público. Pequeno Valor – RPV, diretamente pelo Juízo da
Execução, informando o valor total da condena-
TÍTULO XIII ção, incluídos os honorários advocatícios e peri-
ciais, as contribuições previdenciárias, o impos-
Da Execução to de renda e outros débitos, se houver.
Parágrafo único. As instruções necessárias
à formação e tramitação dos Precatórios e
CAPÍTULO I das Requisições de Pequeno Valor serão fi-
DA EXECUÇÃO PROVISÓRIA xadas pela Presidência do Tribunal, segundo
as normas jurídicas aplicáveis.
Art. 268. O exequente, ao requerer a execução
provisória, instruirá a petição com cópias auten- TÍTULO XIV
ticadas das seguintes peças do processo:
I – sentença ou acórdão exequendo; Das Comissões
II – certidão de interposição do recurso não
dotado de efeito suspensivo; CAPÍTULO I
III – procurações outorgadas pelas partes; DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
IV – decisão de habilitação, se for o caso; Art. 271. As Comissões podem ser permanentes
ou temporárias e colaboram no desempenho
V – facultativamente, outras peças proces- dos encargos do Tribunal, sendo constituídas
suais que considere necessárias. com finalidades específicas.
Parágrafo único. As cópias das peças do Parágrafo único. O Presidente do Tribunal
processo poderão ser declaradas autênticas poderá convidar os integrantes de qualquer
pelo próprio advogado, sob sua responsabi- comissão, com direito a voz, para compare-
lidade pessoal. cimento à sessão em que será examinada a
matéria por ela elaborada.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1895
Art. 272. São Comissões Permanentes: de de quaisquer dos membros das comis-
sões, proceder-se-á à eleição de novo mem-
I – Comissão de Regimento Interno; bro, com mandato pelo tempo que restar.
II - REVOGADO; § 2º Cada Comissão será secretariada por
III – Comissão de Orientação, Acompanha- um servidor do quadro de pessoal do Tribu-
mento e Avaliação de Estágio Probatório; nal.
IV – Comissão de Informática.
V – Comissão de Responsabilidade Socio- CAPÍTULO II
ambiental. Dada nova redação do inciso II
ao art. 272, através da RA nº 111/2010, Pu- DA COMISSÃO DE
blicada no Diário Oficial Eletrônico no dia REGIMENTO INTERNO
27/10/2010 RESOLUÇÃO ADMINISTRATIVA
n. 0128/2010 RESOLVEU, à unanimidade, Art. 276. À Comissão de Regimento Interno
em razão da conveniência e oportunidade compete:
administrativas, revogar integralmente a I – manter o Regimento Interno permanen-
Resolução Administrativa n. 111/2010, Pu- temente atualizado, propondo emendas ao
blicada no Diário Oficial Eletrônico da Jus- texto em vigor;
tiça do Trabalho da 14ª Região – Ano IV –
n. 197, do dia 27-10-2010. Inserir o inciso II – emitir parecer sobre matéria regimen-
V no Art. 272, através da RA Nº 103/2013, tal, no prazo de 10 (dez) dias;
Publicada no Diário Oficial Eletrônico em
III – estudar as proposições de reforma ou
26/09/2013.
alteração regimental, emitindo parecer fun-
Art. 273. As Comissões temporárias serão insti- damentado e propondo sua redação, se for
tuídas pelo Presidente, extinguindo-se logo que o caso, também no prazo de 10 (dez) dias.
cumprido o fim a que se destinam.
Art. 274. As Comissões Permanentes ou Tempo-
rárias poderão: CAPÍTULO III
I – sugerir ao Presidente do Tribunal normas DA COMISSÃO DE JURISPRUDÊNCIA
de serviço relativas a matérias de sua com- E REVISTA DO TRIBUNAL
petência;
Art. 277. À Comissão de Jurisprudência e Revis-
II – manter entendimentos com outras au- ta compete:
toridades ou instituições, nos assuntos de
sua competência, mediante delegação dos I – velar pela expansão, atualização e publi-
Órgãos que as criaram. cação da Jurisprudência do Tribunal;
1896 www.acasadoconcurseiro.com.br
Regimento Interno do TRT-RO-AC – Profª Bruna Refosco
www.acasadoconcurseiro.com.br 1897
substituto, pela Comissão de Vitaliciamen- VII – planejar e supervisionar a execução
to, se dará sob a modalidade de voluntaria- de cursos para Magistrados e servidores na
do e será condicionada a exibição de decla- área de informática;
ração negativa de exercício da advocacia.
VIII – levantar as necessidades do Tribunal
§ 2º Está impedido de atuar como juiz na área de informática, para inclusão de
Orientador o magistratdo que for cônjuge, previsão de recursos na proposta orçamen-
companheiro, parente consanguíneo ou tária, apresentando relatório até o final do
afim, em linha reta ou colateral, a o 3º grau, mês de abril de cada ano.
amigo íntimo ou inimigo do juiz vitalician-
do. (inserir o inciso IV no Art. 279 e inserir Art. 281-A À Comissão de Responsabilidade So-
o Art. 279-A e §§ 1º e 2º, através da RA Nº cioambiental compete planejar, coordenar, re-
103/2013, Publicada no Diário Oficial Ele- comendar, instituir procedimentos, apresentar
trônico em 26/09/2013). relatórios, divulgar e supervisionar a execução
do programa, tendo como principais diretrizes e
objetivos:
I – promover a conscientização sobre ques-
CAPÍTULO V tão ambiental e a qualidade de vida no am-
DA COMISSÃO DE INFORMÁTICA biente de trabalho, divulgando experiências
e ações positivas relacionadas ao tema;
Art. 280. À Comissão de Informática compete:
II – desenvolver uma cultura anti desperdí-
I – planejar e definir a política de informáti- cio e de utilização coerente dos recursos na-
ca do Tribunal; turais e do patrimônio público;
II – promover o intercâmbio e a parceria III – estimular, gradativamente, a substitui-
com outras instituições; ção dos insumos e dos materiais utilizados
III – propor ao Presidente a regulamentação em serviço por produtos recicláveis e de
do uso dos recursos de informática; forma a não acarretar danos ao meio am-
biente;
IV – opinar sobre a aquisição de equipa-
mentos e programas, definindo-lhes a des- IV – desenvolver estudos para viabilizar a
tinação; implantação da coleta seletiva solidária de
resíduos;
V – receber e analisar as ponderações, crí-
ticas e sugestões dos usuários, visando ao V – disponibilizar treinamento adequado à
aperfeiçoamento dos sistemas em opera- execução do programa;
ção; VI – solicitar, quando houver necessidade,
VI – apreciar os pedidos de contratação de o treinamento daqueles que prestam servi-
fornecimento de materiais e programas e ços ao Tribunal quanto aos procedimentos
de prestação de serviços na área de infor- essenciais à correta execução do programa,
mática, destinados ao aperfeiçoamento dos particularmente no que se refere à coleta e
serviços administrativos e judiciários do Tri- separação de materiais;
bunal, excluídos os referentes à continuida- VII – estabelecer parcerias com organiza-
de das atividades de informática e à mera ções públicas e privadas que sejam compro-
manutenção e instalação de equipamentos metidas com o exercício da cidadania, a in-
e programas; clusão social e a preservação ambiental;
1898 www.acasadoconcurseiro.com.br
Regimento Interno do TRT-RO-AC – Profª Bruna Refosco
VIII – estabelecer procedimento com vista à posta poderá ser objeto de deliberação na
doação de material reciclável às associações própria sessão em que for apresentada.
e/ou cooperativas de catadores de mate-
riais recicláveis e às entidades filantrópicas § 4º Com o parecer da Comissão, dar-se-á
reconhecidamente de utilidade pública pelo ciência prévia do conteúdo da proposta aos
Governo Federal. Desembargadores; após, em sessão admi-
nistrativa própria, será discutida e votada.
Art. 281-B. A Comissão de Responsabilidade
Socioambiental será composta pelos seguintes § 5º O quórum para alteração regimental é
membros permanentes: de 2/3 (dois terços).
I – o Presidente e o Vice- Presidente do Tri- Art. 283. Quando ocorrerem mudanças na legis-
bunal; lação que motivem alteração do Regimento In-
terno, a proposta de emenda será apresentada
II – os Juízes Diretores dos Fóruns Trabalhis- ao Tribunal pela Comissão de Regimento, no pra-
tas; zo de 10 (dez) dias, contados da vigência da lei.
III – o Diretor-Geral das Secretarias; Art. 284. As emendas considerar-se-ão aprova-
das, se obtiverem o voto favorável de dois ter-
IV – o Assessor de Planejamento e Desen- ços dos membros do Tribunal, não entrando em
volvimento Institucional; vigor antes de sua publicação no Diário Eletrôni-
V – o Secretário Judiciário; co da Justiça do Trabalho da 14ª Região.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1899
autorizado pelo Tribunal Pleno, nos termos do Juízes do Tribunal
inciso VI do art. 19 deste Regimento, e, ainda, Vulmar de Araújo Coêlho Junior,
desde que preenchidos os requisitos estabeleci- Maria do Socorro Costa Miranda,
dos na normatização interna.
Elana Cardoso Lopes Leiva de Faria e
Art. 289. O Tribunal no âmbito de sua jurisdição Vania Maria da Rocha Abensur;
suspenderá as atividades no período de 20 (vin- Juízes Convocados
te) de dezembro a 06 (seis) de janeiro seguinte,
observando o recesso referido no item I do ar- Arlene Regina do Couto Ramos e
tigo 62 da Lei n. 5.010, de 30 de maio de 1966. Shikou Sadahiro.
Presidente
Juiz Carlos Augusto Gomes Lôbo;
Vice-Presidente
Juíza Maria Cesarineide de Souza Lima;
1900 www.acasadoconcurseiro.com.br
Regimento Interno do TRT-RO-AC – Profª Bruna Refosco
ORGANIZAR O UNIFICAR
NORMAS DISCIPLINAR
TRT 14ª
INTERNAS COMPETÊNCIAS
REGIÃO
TRIBUNAL
JUÍZES DO
REGIONAL DO
TRABALHO
TRABALHO
www.acasadoconcurseiro.com.br 1901
COMPOSIÇÃO DO TRT DA 14ª REGIÃO -
MEMBROS
08 DESEMBARGADORES NOMEADOS
PELO PRESID. DA REPÚBL.
01 DENTRE
06 JUÍZES DE VARA MEMBROS DO
DE TRABALHO 01 DENTRE MINISTÉRIO
PROMOVIDOS ADVOGADOS PÚBLICO
1902 www.acasadoconcurseiro.com.br
Regimento Interno do TRT-RO-AC – Profª Bruna Refosco
LAVRATURA DO TERMO DE
EXERCÍCIO NO PRAZO DE
POSSE EM LIVRO PRÓPRIO E
15 DIAS DA POSSE
PUBLICADA EM ÓRGÃO OFICIAL
CUIDADOS:
EM CASO DE RECESSO DO TRIBUNAL, A POSSE
PODERÁ DAR-SE PERANTE O PRESIDENTE;
- DATA DA POSSE
- DATA DA NOMEAÇÃO
- IDADE
www.acasadoconcurseiro.com.br 1903
ORGANIZAÇÃO DO TRT 14ª REGIÃO
1904 www.acasadoconcurseiro.com.br
Regimento Interno do TRT-RO-AC – Profª Bruna Refosco
UNIFORMIZA
DECIDE HOMOLOGA DELIBERA
JURISPRUDÊNCIA
ORIGINARIAMENTE ACORDOS ASSUNTOS DE
ORDEM INTERNA
www.acasadoconcurseiro.com.br 1905
TRIBUNAL PLENO DO TRT 14ª REGIÃO –
COMPETÊNCIAS PRINCIPAIS
PROCESSAR/CONCILIAR:
DECIDIR ORIGINARIAMENTE
UNIFORMIZAR JURISPRUDÊNCIA
•Mediante os seguintes atos: editar, alterar ou cancelar súmulas de
observância no âmbito regional;
EDITAR NORMAS
•E também conceder autorização para Magistrado residir fora da sede da
jurisdição;
1906 www.acasadoconcurseiro.com.br
Regimento Interno do TRT-RO-AC – Profª Bruna Refosco
HOMOLOGA:
• Acordos e desistências apresentados após a publicação da pauta e
até o julgamento do feito;
ELABORAR/ VOTAR
• O Regimento Interno e suas alterações, bem como apreciar e votar o
Regulamento Geral dos Serviços do Tribunal e as propostas de
Consolidação dos Provimentos e Normas Administrativas;
ELEGER/DAR POSSE
•Ao Presidente e ao Vice-Presidente;
www.acasadoconcurseiro.com.br 1907
TRIBUNAL PLENO DO TRT 14ª REGIÃO –
COMPETÊNCIAS PRINCIPAIS
IMPORTANTE:
1908 www.acasadoconcurseiro.com.br
Regimento Interno do TRT-RO-AC – Profª Bruna Refosco
COMPETÊNCIAS
(PRINCIPAIS)
JULGAR DEMAIS
ATRIBUIÇÕES
PROCESSAR/
FISCALIZAR HOMOLOGAR
JULGAR
JULGAR:
www.acasadoconcurseiro.com.br 1909
DAS TURMAS – TRT 14ª REGIÃO – COMPETÊNCIAS
PRINCIPAIS – art. 21
PROCESSAR E JULGAR:
FISCALIZAR:
HOMOLOGAR
1910 www.acasadoconcurseiro.com.br
Regimento Interno do TRT-RO-AC – Profª Bruna Refosco
www.acasadoconcurseiro.com.br 1911
PRESIDÊNCIA DO TRT 14ª REGIÃO - PRINCIPAIS
COMPETÊNCIAS – art. 27
1912 www.acasadoconcurseiro.com.br
Regimento Interno do TRT-RO-AC – Profª Bruna Refosco
APRESENTA
DE OFICÍO/ A
RELATÓRIO DAS
PEDIDO: INSPEÇÃO
CORREIÇÕES
NAS VT’S, FÓRUNS
REALIZADAS
E SERVIÇOS
CONHECE DE DETERMINA
RECLAMAÇÕES/ DESIGNA REALIZAÇÃO DE
PROCESSA
REPRESENTAÇÕES SERVIDORES QUE SINDICÂNCIAS/
RECLAMAÇÃO
DOS SERVIÇOS DEVEM AUXILIAR PROCESSOS ADM.
CORREICIONAL
NESTA ATIVIDADE
PRESIDÊNCIA
O Ouvidor-
Geral exerce
OUVIDORIA – OUVIDOR- suas funções
GERAL sem prejuízo
das atribuições
de Magistrado!!
OUVIDOR-GERAL -
MAGISTRADO ESCOLHIDO PELO TRIBUNAL
PLENO (MANDATO MÍN. DE 1 ANO,
RECONDUÇÃO POSSÍVEL).
www.acasadoconcurseiro.com.br 1913
OUVIDORIA TRT 14ª REGIÃO – ALGUMAS
COMPETÊNCIAS – ART. 32
MANIFESTAÇÕES
(PEDIDOS)
PESSOALMENTE MEIO
TELEFÔNICO
MEIO
ELETRÔNICO
FAC-SÍMILE
POR ESCRITO
NÃO SÃO ADMITIDAS
DENÚNCIAS ANÔNIMAS!!!
1914 www.acasadoconcurseiro.com.br
Regimento Interno do TRT-RO-AC – Profª Bruna Refosco
ESCOLA JUDICIAL
CONSELHO
DIRETORIA CULTURAL
PEDAGÓGICO
SECRETARIA
www.acasadoconcurseiro.com.br 1915
“AUSÊNCIAS” - TRT 14ª REGIÃO – ART. 57 e s.s.
“AUSÊNCIAS”
FÉRIAS AFASTAMENTOS
LICENÇAS CONCESSÕES
1916 www.acasadoconcurseiro.com.br
Regimento Interno do TRT-RO-AC – Profª Bruna Refosco
LICENÇAS
PATERNIDADE
(5 DIAS)
SAÚDE (ATÉ 2 ANOS).
APRESENTAR LAUDO
MÉDICO ADOTANTE (90 DIAS
CRIANÇA ATÉ 1 ANO E 30
DIAS CRIANÇA + DE 1
DOENÇA DO ANO
CÔNJUGE/OUTROS GESTANTE (120
(COMPROVAÇÃO VIA LAUDO DIAS
MÉDICO) - PZ. 30 d. + 30 c/ R$ CONSECUTIVOS)
www.acasadoconcurseiro.com.br 1917
CONCESSÕES - TRT 14ª REGIÃO – ART. 65 e s.s.
CONCESSÕES
FALECIMENTO
(CÔNJUGE/ASCENDENTE/
CASAMENTO DESCENCENTE/PADRASTO/M
ADRASTA/ ENTEADO/ MENOR
AMBAS PELO PRAZO SOB GUARDA OU TUTELA/
CONSECUTIVO DE 8 IRMÃO).
DIAS!!!
AFASTAMENTOS
PRESIDÊNCIA DE
FREQÜÊNCIA EM
ENTIDADE DE CLASSE
CURSOS/ DIVERSOS
(PELO PRAZO DO
(PRAZO DE ATÉ 2 ANOS)
SEM PREJUÍZO DO MANDATO)
SUBSÍDIO/
VANTAGENS!!!
1918 www.acasadoconcurseiro.com.br
Regimento Interno do TRT-RO-AC – Profª Bruna Refosco
APOSENTADORIA
(regras da CF)
O processo deve
começar 40 d antes do INTEGRAL PROPORCIONAL PROCEDIMENTO
magistrado completar 70 ESPECIAL
anos.
REALIZAÇÃO DE PROCESSO
NOTIFICAÇÃO NOMEAÇÃO INICIADO NA
EXAME PELA JUNTA
PARA ALEGAÇÕES COMISSÃO 3 HIPÓTESE DOS
MÉDICA OFICIAL
(PZ. 10+10d) DESEMBARG. INC. II E III
POSSIBILIDADE DE
DECISÃO E VOTOS DO
RECURSO NO PZ 8d POSSIBILIDADE DE
LAVRATURA TRIBUNAL
(RAZÕES DE LEGALIDADE E SUSTENTAÇÃO ORAL
DO ACÓRDÃO
MÉRITO )
www.acasadoconcurseiro.com.br 1919
PESSOAL ADMINISTRATIVO- TRT 14ª REGIÃO –
DISPOSIÇÕES IMPORTANTES – ART. 81
VERIFICAR SE NÃO É
VISTO DO VISTA ÀS PARTES (PZ.5d) (MAS
CASO DE RELEVÂNCIA
JUIZ ESTA SE DÁ ANTES DA
E URGÊNCIA
DISTRIBUIÇÃO)!!!)
1920 www.acasadoconcurseiro.com.br
Regimento Interno do TRT-RO-AC – Profª Bruna Refosco
www.acasadoconcurseiro.com.br 1921
COMPETÊNCIAS DO RELATOR -TRT 14ª REGIÃO –
MAIS IMPORTANTES– ART. 102 e ss.
DISCUTE/
APROVA A VERIFICA Nº DE ABERTURA SESSÕES ORDINÁRIAS
ATA MAGISTRADOS DA SESSÃO OU EXTRAORDINÁRIAS
DECISÃO (PELO
INDICAÇÃO DE JULGAMENTO VOTAÇÕES PRESIDENTE)
PROPOSTAS DOS PROCESSOS
ASSINATURAS/ CERTIFICAÇÃO
DAS ASSINATURAS E ENTERGA REDIGIR O
DO ACÓRDÃO ACÓRDÃO
1922 www.acasadoconcurseiro.com.br
Regimento Interno do TRT-RO-AC – Profª Bruna Refosco
MAGISTRADO
EXCETO OS ADVS,
CONDUTOR
NINGUÉM SE RETIRA
MANTÉM A ORDEM
DA SALA SEM INÍCIO DA
DA AUDIÊNCIA
PERMISSÃO DO AUDIÊNCIA
MAGISTRADO
ABERTURA E ENCERRAMENTO
DE AUDIÊNCIAS APREGOADOS
EM VOZ ALTA
www.acasadoconcurseiro.com.br 1923
DISPOSIÇÕES RELEVANTES SOBRE ACÓRDÃOS – ART.
145 e ss.
CONFLITO DE
COMPETÊNCIA SUSCITADO PELA AO
POSITIVO E PARTE DISTRIBUIÇÃO RELATOR
NEGATIVO INTERESSADA
PROLATA A DECISÃO E
VISTAS AO MPT ENVIA PARA PROSSEGUE NO FEITO AQUELE
NO PZ DE 5d. JULGAMENTO QUE É DECLARADO
COMPETENTE
1924 www.acasadoconcurseiro.com.br
Regimento Interno do TRT-RO-AC – Profª Bruna Refosco
DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE-
ART. 158 e ss.
ARGUIÇÃO DA
INCONST. (DE REJEITADA
RELATOR OU ARGUIÇÃO
LEI OU ATO MPT SUSCITAM
NORMATIVO) ACEITA
DECLARAÇÃO DE EDIÇÃO DE
INCONSTIT. SÚMULA
48h PARA O
IMPETRA O DISTRIBUIÇÃO
COATOR PRESTAR INSTRUI O
HABEAS AO RELATOR
INFORMAÇÕES FEITO
DENEGA
NO PRAZO DE 2d
RELATOR COLOCA OITIVA DO
CONCEDE EM MESA PARA MPT
JULGAMENTO
COMUNICAÇÃO PARA AS
AUTORIDADES PARA O COLOCA EM
CUMPRIMENTO DA LIBERDADE
DECISÃO
www.acasadoconcurseiro.com.br 1925
MANDADO DE SEGURANÇA - ART. 173 e ss.
PETIÇÃO DO INSTRUÇÃO DA
MS (EM 2ª VIA COM DISTRIBUIÇÃO INDEFERE – CABE
DUPLICATA) DCTS. AG. REGIMENTAL
DEFERE
CONCEDE A SEGURANÇA
PRESTAR INFO.
NOTIFICAÇÃO DA
(PZ 10d)
DENEGA A SEGURANÇA AUTORIDADE
COATORA (PZ. 48h)
1926 www.acasadoconcurseiro.com.br
Regimento Interno do TRT-RO-AC – Profª Bruna Refosco
www.acasadoconcurseiro.com.br 1927
RECURSOS PARA O TRIBUNAL ART. 202 e ss.
SÃO ADMISSÍVEIS OS SEGUINTES RECURSOS JUNTO AO TRT 14ª
REGIÃO:
II – reexame necessário;
IV – agravo de instrumento;
NÃO PROVIMENTO-
RAZÕES DA SENTENÇA
REMETE AO SEC. DA INCLUSÃO NA
JULGAMENTO PAUTA
TURMA EM 48hrs PARA
“RAZÕES DE DECIDIR”
CERTIDÃO DE
JULGAMENTO
1928 www.acasadoconcurseiro.com.br
Regimento Interno do TRT-RO-AC – Profª Bruna Refosco
RELATOR NO PZ
P/
REMETE AO DE 10d PARA
AUTUAÇÃO AUTORIDADE
MPT DAR O VISTO
COMPET.
AO RECURSO
NÃO PROVIMENTO-
RAZÕES DA SENTENÇA INCLUSÃO NA
JULGAMENTO PAUTA
REMETE AO SEC. DA
TURMA EM 48hrs PARA
“RAZÕES DE DECIDIR”
CERTIDÃO DE
JULGAMENTO
e) dos despachos dos Relatores que indeferirem liminarmente a petição inicial ou que
concederem ou denegarem liminares em ações da competência do órgão.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1929
AGRAVO REGIMENTAL- ART. 218 e ss.
II – recurso de revista;
1930 www.acasadoconcurseiro.com.br
Regimento Interno do TRT-RO-AC – Profª Bruna Refosco
ACOLHE / REALIZAÇÃ
NÃO ACOLHE JULGAMENTO O DA 1ª COLHEITA DE
O PEDIDO SESSÃO PROVAS
OPOSIÇÃO DE EM PAUTA
RAZÕES FINAIS VISTO DO
OITIVA MPT PARA
DAS PARTES PZ. RELATOR JULGAMENTO
5 DIAS PZ10 DIAS
www.acasadoconcurseiro.com.br 1931
CORREIÇÃO PARCIAL- ART. 253 e ss.
EM CASOS DE APRESENTAÇÃO NO
OMISSÕES/ABUSOS/ PZ. 5d CONTADOS DA
CIÊNCIA DO ATO AO CORREGEDOR
CORREÇÃO DE
AÇÕES IMPUGNADO
AUTORIDADE INDEFERE OU
AUTUAÇÃO/ SE DEFERERIR/ DEFERE O
RECLAMANTE (PZ 10d
NOTIFICAÇÃO RECEBIMENTO PEDIDO
PARA MANIFESTAÇÃO
DECISÃO/RECOMENDAÇÕES
DECISÃO DA
INSTRUÇÃO A SEREM ACATADAS PELO
CORREIÇÃO
MAGISTRADO QUE DEVE
CUMPRIR A DECISÃO
1932 www.acasadoconcurseiro.com.br
Regimento Interno do TRT-RO-AC – Profª Bruna Refosco
PZ DE 48 HORAS
SUSCITADO ANTES PARA COMPROVAR RECONHECIMENTO
DO JULGAMENTO A DIVERGÊNCIA DA DIVERGÊNCIA
DISTRIBUIÇÃO SUSPENSÃO
JULGAMENTO OITIVA DO DO
DA CÓPIA DA
DO INCIDENTE MPT PROCESSO
DIVERGÊNCIA
PUBLICAÇÃO EM
PUBLICAÇÃO ÓRGÃO OFICIAL (3 RESOLUÇÃO NUMERAÇÃO
FINAL VEZES) ADMINISTRATIVA
www.acasadoconcurseiro.com.br 1933
DAS COMISSÕES DO TRT 14ª REGIÃO – ART. 271 e ss.
COMISSÃO DE
INFORMÁTICA
COMISSÃO DE
REGIMENTO
INTERNO COMISSÃO DE
COMISSÃO DE
ORIENTAÇÃO E
RESPONSABILIDADE
AVALIAÇÃO DE ESTÁGIO
SOCIOAMBIENTAL
PROBATÓRIO
1934 www.acasadoconcurseiro.com.br
Regimento Interno do TRT-RO-AC – Profª Bruna Refosco
www.acasadoconcurseiro.com.br 1935
DAS COMISSÕES DO TRT 14ª REGIÃO – ART. 276 e ss.
1936 www.acasadoconcurseiro.com.br
Regimento Interno do TRT-RO-AC – Profª Bruna Refosco
1 JUIZ DE 1º DIRETOR DE
GRAU SECRETARIA DE
TECNOLOGIA DA
INFORMAÇÃO
DOIS
DESEMBARGADORES DIRETOR-GERAL DE DIRETOR-GERAL DE
COORDENAÇÃO COORDENAÇÃO
ADMINISTRATIVA JUDICIÁRIA
www.acasadoconcurseiro.com.br 1937
COMISSÃO DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL
DO TRT 14ª REGIÃO – ART. 281- B.
COMISSÃO DE
RESP. SOCIO.AMB.
PRESIDENTE E
VICE
SECRETÁRIO DE
TECNOLOGIA DA
INFORMAÇÃO E DA
SECRETÁRIO COMUNICAÇÃO
JUDICIÁRIO
ASSESSOR DE
JUIÍZES DIRETORES PLANEJAMENTO E
DIRETOR-GERAL DA
DOS FOROS DESENVOLVIMENTO
SECRETARIA
TRABALHISTAS INSTITUCIONAL
SESSÃO
VOTAÇÃO DISCUSSÃO ADMINISTRATIVA
1938 www.acasadoconcurseiro.com.br
Regimento Interno do TRT-RO-AC – Profª Bruna Refosco
www.acasadoconcurseiro.com.br 1939