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Assistente em Administração
Edital nº 01 / 2017
Sumário
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Português
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Português
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
O acento tônico está relacionado com a intensidade dos fonemas, e o acento gráfico, como o
agudo e o circunflexo, marca a sílaba tônica.
1. Proparoxítonas – física
2. Paroxítonas – Cadeira
3. Oxítonas – abacaxi
4. Monossílaba – fé
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Regras de acentuação
3. Oxítonas
Quando terminadas em EM, ENS, A(S), E(S), O(S), éi(s), éu(s), ói(s):
4. Monossílabos tônicos
5. Hiatos são acentuados "i" e "u" tônicos quando formam hiato com a vogal anterior, estando
eles sozinhos na sílaba ou acompanhados apenas de "s", desde que não sejam seguidos
por "-nh".
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Português – Acentuação Gráfica – Prof. Carlos Zambeli
Te liga!
Levam acento o “I” e o “U” dos hiatos, quando:
1. Forem tônicos;
Compare!
As palavras paroxítonas que têm i ou u tônicos precedidos por ditongos não serão mais acentu-
adas.
a) Ele contém, detém, provém, intervém (singular do presente do indicativo dos verbos deri-
vados de TER e VIR).
b) Eles contêm, detêm, provêm, intervêm (plural do presente do indicativo dos verbos deriva-
dos de TER e VIR).
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7. Acentos diferenciais serão obrigatórios nas palavras pôr (verbo) e pôde (passado do verbo
poder).
8. Trema Não se usa mais em palavras da língua portuguesa. Ele apenas permanecerá em no-
mes próprios e seus derivados, de origem estrangeira, como Bündchen, Müller.
2. Acentue ou não
a) Sauva, sauvinha, gaucha, gauchinha, viuvo, bau, bauzinho, feri-la, medi-la, atrai-los;
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Português – Acentuação Gráfica – Prof. Carlos Zambeli
a) Apenas em 1.
b) Apenas em 2 e 3
c) Apenas em 4.
d) Apenas 1, 3 e 4
e) Apenas em 1,2 e 4.
Gabarito: 3. E 4. D
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Português
ORTOGRAFIA
Os Porquês
1. Por que
Por qual motivo / Por qual razão / O motivo pelo qual / Pela qual
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3. porque = pois
•• Ele foi embora, porque foi demitido daqui.
4. porquê = substantivo
Usado com artigos, pronomes adjetivos ou numerais.
HOMÔNIMOS E PARÔNIMOS
Homônimos
Vocábulos que se pronunciam da mesma forma, e que diferem no sentido.
•• Homônimos perfeitos: vocábulos com pronúncia e grafia idênticas (homófonos e
homógrafos).
São: 3ª p. p. do verbo ser.
•• Eles são inteligentes.
São: sadio.
•• O menino, felizmente, está são.
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Português – Ortografia – Prof. Carlos Zambeli
•• Homônimos imperfeitos: vocábulos com pronúncia igual (homófonos), mas com grafia
diferente (heterógrafos).
Cessão: ato de ceder, cedência
Seção: corte, subdivisão, parte de um todo
Sessão: Espaço de tempo em que se realiza uma reunião
Parônimos
Vocábulos ou expressões que apresentam semelhança de grafia e pronúncia, mas que diferem
no sentido.
Cavaleiro: homem a cavalo
Cavalheiro: homem gentil
Censo: recenseamento
Senso: juízo
Descriminar: inocentar
Discriminar: distinguir, diferenciar
Eminente: excelente
Iminente: sobranceiro; que está por acontecer
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Empossar: dar posse
Empoçar: formar poça
Flagrante: evidente
Fragrante: perfumado
Ratificar: confirmar
Retificar: corrigir
Tráfego: trânsito
Tráfico: negócio ilícito
Ao encontro de: a favor, para junto de. Ir ao encontro dos anseios do povo.
De encontro a: contra. As medidas vêm de encontro aos interesses do povo.
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Português – Ortografia – Prof. Carlos Zambeli
ACORDO ORTOGRÁFICO
Mudanças no alfabeto
Usadas em
a) em símbolos de unidades de medida: km (quilômetro)/kg (quilograma)...
b) em nomes próprios de lugares originários de outras línguas e seus derivados: Kuwait,
kuwaitiano…
c) em nomes próprios de pessoas e seus derivados: Darwin, darwinismo...
d) podem ser usadas em palavras estrangeiras de uso corrente: sexy, show, download,
megabyte…
Trema
Não se usa mais o trema, que permanece apenas nas palavras estrangeiras e em suas derivadas.
antiguidade / sequência / consequência /
frequência / tranquilo / cinquenta!
Uso do hífen
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Prefixo Palavra REGRA
última letra diferente da primeira letra JUNTAR
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Português
SEMÂNTICA E VOCABULÁRIO
Semântica
A semântica linguística estuda o significado usado por seres humanos para se expressar através
da linguagem.
Dependendo da concepção de significado que se tenha, têm-se diferentes semânticas.
Polissemia
Exemplos de polissemia:
Sinonímia
Sinônimo é a palavra que tem significado idêntico ou muito semelhante ao de outra.
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Tenho muita esperança com esse concurso!
Tenho muita descrença com esse concurso!
Só escuto verdades no discurso dele.
Só escuto falsidades/ fantasias no discurso dele.
Ele vive uma realidade estranha.
Ele vive um sonho estranho.
Ambiguidade
Aquilo que pode ter mais de um sentido ou significado. É aquilo que apresenta indecisão,
hesitação, imprecisão, incerteza, indeterminação.
Papa abençoa fiéis do hospital. Edgar encontrou a esposa em seu carro. A cachorra da minha
colega é linda. Os alunos viram o incêndio do prédio ao lado.
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Português
Substantivo (nome)
Tudo o que existe é ser e cada ser tem um nome. Substantivo é a classe gramatical de palavras
variáveis, as quais denominam os seres. Além de objetos, pessoas e fenômenos, os substantivos
também nomeiam:
•• lugares: Brasil, Rio de Janeiro...
•• sentimentos: amor, ciúmes ...
•• estados: alegria, fome...
•• qualidades: agilidade, sinceridade...
•• ações: corrida, leitura...
Destaque zambeliano
Concretos:
os que indicam elementos reais ou imaginários com existência própria, independentes
dois sentimentos ou julgamentos do ser humano.
•• Deus, fada, espírito, mesa, pedra.
Abstratos:
os que nomeiam entes que só existem na consciência humana, indicam atos,
qualidades e sentimentos.
•• vida (estado), beleza (qualidade), felicidade (sentimento), esforço (ação).
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Sobrecomuns
Quando um só gênero se refere a homem ou mulher.a criança, o monstro, a vítima, o
anjo.
Comuns de dois gêneros
Quando uma só forma existe para se referir a indivíduos dos dois sexos.
•• o artista, a artista, o dentista, a dentista...
Artigo
Artigo é a palavra que, vindo antes de um substantivo, indica se ele está sendo empregado de
maneira definida ou indefinida. Além disso, o artigo indica, ao mesmo tempo, o gênero e o
número dos substantivos.
Detalhe zambeliano 1
Substantivação!
•• Os milhões foram desviados dos cofres públicos.
Detalhe zambeliano 2
Artigo facultativo diante de nomes próprios.
•• Cláudia não veio. / A Cláudia não veio.
Detalhe zambeliano 3
Artigo facultativo diante dos pronomes possessivos.
•• Nossa banca é fácil.
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Português – Emprego das Classes de Palavras/Morfologia – Prof. Carlos Zambeli
Adjetivo
Morfossintaxe do Adjetivo:
O adjetivo exerce sempre funções sintáticas relativas aos substantivos, atuando como adjunto
adnominal ou como predicativo (do sujeito ou do objeto).
Detalhe zambeliano!
•• Os concurseiros dedicados estudam comigo.
Locução adjetiva
•• Carne de porco (suína)
•• Curso de tarde (vespertino)
•• Energia do vento (eólica)
•• Arsenal de guerra (bélico)
Pronome
Pessoais
•• a 1ª pessoa: aquele que fala (eu, nós), o locutor;
•• a 2ª pessoa: aquele com quem se fala (tu, vós) o locutário;
•• a 3ª pessoa: aquele de quem se fala (ele, ela, eles, elas), o assunto ou referente.
As palavras EU, TU, ELE, NÓS, VÓS, ELES são pronomes pessoais. São denominados desta forma
por terem a característica de substituírem os nomes, ou seja, os substantivos.
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•• Vou imprimir uma apostila da Casa do concurseiro para dar no dia da inscrição da Ana.
•• Vou imprimir uma apostila da Casa do concurseiro para dar no dia da inscrição dela.
“Não sei, apenas cativou-me. Então, tu tornas-te eternamente responsável por aquilo que
cativa. Tu podes ser igual a todos outros no mundo, mas para mim serás único.”
Indefinidos
Algum material pode me ajudar. (afirmativo)
Material algum pode me ajudar. (negativo).
Outros pronomes indefinidos:
tudo, todo (toda, todos, todas), algo, alguém, algum (alguma, alguns, algumas), nada, ninguém,
nenhum (nenhuma, nenhuns, nenhumas), certo (certa, certos, certas), qualquer (quaisquer), o
mesmo (a mesma, os mesmos, as mesmas),outrem, outro (outra, outros, outras), cada, vários
(várias).
Demonstrativos
Este, esta, isto – perto do falante.
ESPAÇO � Esse, essa, isso – perto do ouvinte.
Aquele, aquela, aquilo – longe dos dois.
Este, esta, isto – presente/futuro
TEMPO � Esse, essa, isso – passado breve
Aquele, aquela, aquilo – passado distante
Este, esta, isto – vai ser dito
DISCURSO �
Esse, essa, isso – já foi dito
RETOMADA
Edgar e Zambeli são dois dos professores da Casa do Concurseiro. Este ensina Português;
aquele, Matemática.
Possessivos
•• Aqui está a minha carteira. Cadê a sua?
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Português – Emprego das Classes de Palavras/Morfologia – Prof. Carlos Zambeli
Verbos
As formas nominais do verbo são o gerúndio, infinitivo e particípio. Não apresentam flexão de
tempo e modo, perdendo desta maneira algumas das características principais dos verbos.
Tempo e Modo
As marcas de tempo verbal situam o evento do qual se fala com relação ao momento em que se
fala. Em português, usamos três tempos verbais: presente, passado e futuro.
Os modos verbais, relacionados aos tempos verbais, destinam-se a atribuir expressões
de certeza, de possibilidade, de hipótese ou de ordem ao nosso discurso. Essas formas são
indicativo, subjuntivo e imperativo.
O modo indicativo possui seis tempos verbais: presente; pretérito perfeito, pretérito imperfeito
e pretérito mais-que-perfeito; futuro do presente e futuro do pretérito.
O modo subjuntivo divide-se em três tempos verbais: presente, pretérito imperfeito e futuro.
O modo imperativo apresenta-se no presente e pode ser afirmativo ou negativo.
Advérbio
É a classe gramatical das palavras que modificam um verbo, um adjetivo ou um outro advérbio.
É a palavra invariável que indica as circunstâncias em que ocorre a ação verbal.
O advérbio pode ser representado por duas ou mais palavras: locução adverbial (à direita,
à esquerda, à frente, à vontade, em vão, por acaso, frente a frente, de maneira alguma, de
manhã, de súbito, de propósito, de repente...)
•• Lugar: longe, junto, acima, atrás…
•• Tempo: breve, cedo, já, dentro, ainda…
•• Modo: bem, mal, melhor, pior, devagar, (usa, muitas vezes, o sufixo-mente).
•• Negação: não, tampouco, absolutamente…
•• Dúvida: quiçá, talvez, provavelmente, possivelmente…
•• Intensidade: muito, pouco, bastante, mais, demais, tão…
•• Afirmação: sim, certamente, realmente, efetivamente…
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Preposição
Preposição é uma palavra invariável que liga dois elementos da oração, subordinando o segundo
ao primeiro, ou seja, o regente e o regido.
Regência verbal: Entregamos aos alunos nossas apostilas no site.
Conjunções
Conjunção é a palavra invariável que liga duas orações ou dois termos semelhantes
de uma mesma oração.
As conjunções podem ser classificadas em coordenativas e subordinativas
•• Edgar tropeçou e torceu o pé.
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Português – Emprego das Classes de Palavras/Morfologia – Prof. Carlos Zambeli
No primeiro caso temos duas orações independentes, já que separadamente elas têm sentido
completo: período é composto por coordenação.
No segundo caso, uma oração depende sintaticamente da outra. O verbo “espero” fica sem
sentido se não há complemento.
Coordenadas – aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas, explicativas.
Subordinadas – concessivas, conformativas, causais, consecutivas, comparativas, condicionais,
temporais, finais, proporcionais.
Curiosidade
Das conjunções adversativas, "mas" deve ser empregada sempre no início da oração:
as outras (porém, todavia, contudo, etc.) podem vir no início ou no meio.
Ninguém respondeu a pergunta, mas os alunos sabiam a resposta.
Numeral
Cardinais: indicam contagem, medida. É o número básico. Ex.: cinco, dois, duzentos mil
Ordinais: indicam a ordem ou lugar do ser numa série dada. Ex.: primeiro, segundo, centésimo
Fracionários: indicam parte de um inteiro, ou seja, a divisão. Ex.: meio, terço, três quintos
Multiplicativos: expressam ideia de multiplicação dos seres, indicando quantas vezes a
quantidade foi aumentada. Ex.: dobro, triplo, quíntuplo, etc.
Interjeição
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Classifique a classe gramatical das palavras destacadas (substantivo, adjetivo, advérbio)
A cerveja que desce redondo.
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Português – Emprego das Classes de Palavras/Morfologia – Prof. Carlos Zambeli
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Português
Frase: é o enunciado com sentido completo, capaz de fazer uma comunicação. Na frase é
facultativo o uso do verbo.
Oração: é o enunciado com sentido que se estrutura com base em um verbo.
Período: é a oração composta por um ou mais verbos.
SUJEITO
É o ser da oração ou a quem o verbo se refere e sobre o qual se faz uma declaração.
Que (me) é que?
“Teus sinais me confundem da cabeça aos pés, mas por dentro eu te devoro.” (Djavan)
Casos especiais
Sujeito indeterminado – quando não se quer ou não se pode identificar claramente a quem o
predicado da oração se refere. Observe que há uma referência imprecisa ao sujeito. Ocorre
a) Com o verbo na 3ª pessoa do plural, desde que o sujeito não tenha sido identificado
anteriormente.
Falaram sobre esse assunto no bar do curso.
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Inexistente (oração sem sujeito) – ocorre quando há verbos impessoais na
oração.
Fenômeno da natureza
Venta forte no litoral cearense!
Ser
É impessoal quando se refere a Horário, Data e Distância. A concordância será feita com o
predicativo.
Hoje são 29 de abril.
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Português – Sintaxe da Oração (Análise Sintática) – Prof. Carlos Zambeli
Sujeito Oracional
Estudar para concursos é muito cansativo.
É necessário que vocês estudem em casa.
TRANSITIVIDADE VERBAL
2. Verbo Transitivo Direto (VTD) – verbo que precisa de complemento sem preposição.
“O Eduardo sugeriu uma lanchonete, mas a Mônica queria ver o filme do Godard.” (Legião Urbana)
3. Verbo Transitivo Indireto (VTI) – verbo que precisa de complemento com preposição.
"Cuida de mim, enquanto não me esqueço de você“ (Teatro Mágico)
“Plantei uma flor no coração dela, e ela me deu um sorriso trazendo paz.” (Natiruts)
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ADJUNTO ADVERBIAL
É o termo da oração que indica uma circunstância (dando ideia de tempo, instrumento, lugar,
causa, dúvida, modo, intensidade, finalidade, ...). O adjunto adverbial é o termo que modifica o
sentido de um verbo, de um adjetivo, de um advérbio.
APOSTO X VOCATIVO
Aposto é um termo acessório da oração que se liga a um substantivo, tal como o adjunto
adnominal, mas que, no entanto sempre aparecerá com a função de explicá-lo, aparecendo de
forma isolada por pontuação.
Vocativo é o único termo isolado dentro da oração, pois não se liga ao verbo nem ao nome.
Não faz parte do sujeito nem do predicado. A função do vocativo é chamar o receptor a que se
está dirigindo. É marcado por sinal de pontuação.
Edgar, o professor de matemática, também sabe muito bem Português!
Complemento Nominal
É o termo preposicionado que completa o sentido de um nome (adjetivo, substantivo ou
advérbio).
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Português – Sintaxe da Oração (Análise Sintática) – Prof. Carlos Zambeli
CN Adjunto Adnominal
Sempre preposicionado; Nem sempre preposicionado;
Completa substantivo, adjetivo ou advérbio; Refere-se a substantivo abstrato ou concreto;
Sentido passivo. Sentido ativo.
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Objeto Direto X Objeto Indireto
Gostamos de todas as matérias!
Vi os vídeos no sábado.
Eu estava na rua.
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Português – Sintaxe da Oração (Análise Sintática) – Prof. Carlos Zambeli
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Português
Português
CONCORDÂNCIA VERBAL
Regra geral
O verbo concorda com o núcleo do sujeito em número e pessoa.
“A renúncia progressiva dos instintos parece ser um dos fundamentos do desenvolvimento da
civilização humana.” (Freud)
Os concurseiros dedicados adoram esta matéria nas provas.
•• As alunas dedicadas estudaram esse assunto complicado ontem.
1. Se
a) Pronome apassivador – o verbo (VTD ou VTDI) concordará com o sujeito passivo.
•• Compraram-se alguns salgadinhos para a festa.
•• Estuda-se esse assunto na aula.
•• Exigem-se referências do candidato.
•• Emplacam-se os carros novos em três dias.
•• Entregou-se um brinde aos alunos durante o intervalo.
2. Pronome de tratamento
O verbo fica sempre na 3ª pessoa (= ele/eles).
•• Vossa Excelência merece nossa estima. Sua obra é reconhecida por todos.
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3. Haver
No sentido de “existir ou ocorrer” ou indicando “tempo” ficará na terceira pessoa do singular. É
impessoal, ou seja, não possui sujeito.
•• Nesta sala, há bons e maus alunos.
•• Avisaram agora que a sala está desarrumada porque houve um simulado antes.
•• Há pessoas que não valorizam a vida.
•• Deve haver aprovações desde curso.
•• Devem existir aprovações desde curso.
4. Fazer
Quando indica “tempo”, “temperatura” ou “fenômenos da natureza”, também é impessoal e
deverá ficar na terceira pessoa do singular.
•• Faz 3 dias que vi essa aula no site do curso.
•• Fez 35 graus em Recife!
•• Faz frio na serra gaúcha.
•• Deve fazer 15 dias já que enviei o material.
6. Mais de um
O verbo permanece no singular:
•• Mais de um aluno da Casa passou neste concurso.
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Português – Concordância Verbal e Nominal – Prof. Carlos Zambeli
7. Que x Quem
QUE: se o sujeito for o pronome relativo que, o verbo concorda com o antecedente do pronome
relativo.
•• Fui eu que falei. (eu falei) Fomos nós que falamos. (nós falamos)
QUEM: se o sujeito for o pronome relativo quem, o verbo ficará na terceira pessoa do singular
ou concordará com o antecedente do pronome (pouco usado).
•• Fui eu quem falei/ falou. Fomos nós quem falamos/falou.
1. É preciso que se _________ os acertos do preço e se ___________ as regras para não _____
mal-entendidos. ( faça – façam/ fixe – fixem/ existir – existirem)
5. ______vários dias que não se ________casamentos aqui; ________ alguma coisa estranha
no local. (faz – fazem/ realiza – realizam/ deve haver – devem haver)
6. Não ______ emoções que ______esse momento. (existe – existem/ traduza – traduzam)
11. Convém que se ______nos problemas do casamento e que não se ____ partido da sogra.
(pense – pensem / tome – tomem)
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13. __________aos bêbados todo auxílio. (prestou-se – prestaram-se)
14. Não se ____ boas festas de casamento como antigamente. (faz – fazem)
17. Convém que se ________ às ordens da sogra e que se _________ os prometidos. (obedeça
– obedeçam / cumpra – cumpram)
19. Uma pesquisa de psicólogos especializados _______ que a maioria dos casamentos não se
_______ depois de 2 anos. (revelou / revelaram – mantém / mantêm)
20. A maior parte dos maridos _____ pela esposa durante as partidas de futebol.
(é provocada / são provocados)
Concordância Nominal
Regra geral
Os artigos, os pronomes, os numerais e os adjetivos concordam com o substantivo a que eles
se referem.
Casos especiais
Adjetivo + substantivos de gênero diferente: concordância com o termo mais próximo.
•• Aquele professor ensina complicadas regras e conteúdos.
complicados conteúdos e regras.
•• Notei caídas as camisas e os prendedores.
•• Notei caída a camisa e os prendedores.
•• Notei caído o prendedor e a camisa.
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Português – Concordância Verbal e Nominal – Prof. Carlos Zambeli
Substantivos de gêneros diferentes + adjetivo: concordância com o termo mais próximo ou uso
do masculino plural.
•• A Casa do Concurseiro anunciou a professora e o funcionário homenageado.
•• A Casa do Concurseiro anunciou a professora e o funcionário homenageados.
•• A Casa do Concurseiro anunciou o funcionário e a professora homenageada.
3. Anexo
•• Seguem anexos os valores do orçamento.
•• As receitas anexas devem conter comprovante.
4. Obrigado – adjetivo
•• “Muito obrigada”, disse a nova funcionária pública!
5. Só
•• “O impossível é só questão de opinião e disso os loucos sabem, só os loucos sabem.”
(Chorão)
•• “Eu estava só, sozinho! Mais solitário que um paulistano, que um canastrão na hora
que cai o pano”
•• “Bateu de frente é só tiro, porrada e bomba.” (Valesca Popozuda)
Observação!
A locução adverbial a sós é invariável.
6. Bastante
Adjetivo = vários, muitos
Advérbio = muito, suficiente
•• Entregaram bastantes problemas nesta repartição.
•• Trabalhei bastante.
•• Tenho bastantes razões para estudar na Casa do Concurseiro!
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7. TODO, TODA – qualquer
•• TODO O , TODA A – inteiro
•• “Todo verbo é livre para ser direto ou indireto.” (Teatro Mágico)
•• Todo o investimento deve ser aplicado nesta empresa.
9. Meio
Adjetivo = metade
Advérbio = mais ou menos
•• Comprei meio quilo de picanha.
•• Isso pesa meia tonelada.
•• O clima estava meio tenso.
•• Ana estava meio chateada.
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Português – Concordância Verbal e Nominal – Prof. Carlos Zambeli
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Português
A regência verbal estuda a relação que se estabelece entre os verbos e os termos que os
complementam (objetos diretos e objetos indiretos) ou as circunstâncias (adjuntos adverbiais).
Um verbo pode assumir valor semântico diferente com a simples mudança ou retirada de uma
preposição.
Verbos Intransitivos
Os verbos transitivos diretos são complementados por objetos diretos. Isso significa que não
exigem preposição para o estabelecimento da relação de regência.
•• Zambeli comprou livros nesta loja.
•• Pedro ama, nesta loja, as promoções de inverno.
Os verbos transitivos indiretos são complementados por objetos indiretos. Isso significa que
esses verbos exigem uma preposição para o estabelecimento da relação de regência.
•• Edgar Abreu necessita de férias nesta semana.
•• Pedro confia em Kátia sempre!
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Verbos Transitivos Diretos ou Indiretos
Há verbos que admitem duas construções: uma transitiva direta, outra indireta, sem que isso
implique modificações de sentido. Ou seja, possuem dois complementos: um OD e um OI.
•• Tereza ofereceu livros a Zambeli.
•• O professor emprestou aos alunos desta turma alguns livros novos.
Verbos de Ligação
Esse tipo de verbo tem a função de ligar o sujeito a um estado, a uma característica. A
característica atribuída ao sujeito por intermédio do verbo de ligação chama-se predicativo do
sujeito.
Uma maneira prática de se identificar o verbo de ligação é exclui-lo da oração e observar se
nesta continua a existir uma unidade significativa: Minha professora está atrasada. → Minha
professora atrasada.
São, habitualmente, verbos de ligação: ser, estar, ficar, parecer, permanecer, continuar, tornar-
se, achar-se, acabar...
Pronome relativo
QUE:
Retoma pessoas ou coisas.
Sujeito
•• Os professores que se prepararam para a aula foram bem avaliados.
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Português – Regência Nominal e Verbal – Prof. Carlos Zambeli
Objeto direto
Objeto indireto
Complemento nominal
Predicativo do sujeito
Agente da passiva
Adjunto adverbial
QUEM:
Só retoma pessoas. Um detalhe importante: sempre antecedido por preposição.
O QUAL:
Existe flexão de gênero e de número: OS QUAIS, A QUAL, O QUAL, AS QUAIS.
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•• A prova a que me refiro foi anulada.
CUJO:
Indica uma ideia de posse. Concorda sempre com o ser possuído.
ONDE:
Só retoma lugar. Sinônimo de EM QUE
Assistir
VTD: ajudar, dar assistência:
Pagar e Perdoar
VTD: OD – coisa:
•• Pagou a conta.
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Português – Regência Nominal e Verbal – Prof. Carlos Zambeli
VTI: OI – A alguém:
•• Pagou ao garçom.
Querer
VTD – desejar, almejar:
Implicar
VTD: acarretar, ter consequência
Preferir
VTDI: exige a prep. A = X a Y
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•• Chegamos a casa.
•• Foste ao curso.
•• Esqueça aquilo.
Aspirar
VTD – respirar
Obedecer/ desobedecer
VTI = prep. A
Constar
(A) No sentido de “ser composto de”, constrói-se com a preposição DE:
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Português – Regência Nominal e Verbal – Prof. Carlos Zambeli
Visar
VTD – quando significa “mirar”
Proceder
VTI (a) – iniciar, dar andamento.
VI – ter lógica.
Usufruir – VTD
•• Usufrua os benefícios da fama!
Namorar – VTD
•• Namoro Ana há cinco anos!
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Regência Nominal
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Português
Português
CRASE
Ocorre crase
1. Substitua a palavra feminina por outra masculina correlata; em surgindo a combinação AO,
haverá crase.
•• Eles foram à praia.
•• O menino não obedeceu à professora.
•• Sou indiferente às críticas!
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4. Na indicação de horas determinadas: deve-se substituir a hora pela expressão “meio-dia”;
se aparecer AO antes de “meio-dia”, devemos colocar o acento, indicativo de crase no A.
•• Ele saiu às duas horas e vinte minutos. (ao meio dia)
•• Ele está aqui desde as duas horas. (o meio-dia).
5. Antes de nome próprio de lugares, deve-se colocar o verbo VOLTAR; se dissermos VOLTO
DA, haverá acento indicativo de crase; se dissermos VOLTO DE, não ocorrerá o acento.
•• Vou à Bahia. (volto da). Vou a São Paulo (volto de).
Observação:
Se o nome do lugar estiver acompanhado
de uma característica (adjunto
adnominal), o acento será obrigatório.
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Português – Crase – Prof. Carlos Zambeli
Crase Opcional
2. Antes de verbos.
•• Estou disposto a colaborar com ele.
•• Produtos a partir de R$ 1,99.
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6. Quando o A estiver no singular e a palavra a que ele se refere estiver no plural.
•• Refiro-me a pessoas que são competentes.
•• Entregaram tudo a secretárias do curso.
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Português – Crase – Prof. Carlos Zambeli
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Português
SINTAXE DO PERÍODO
•• “De repente, a dor de esperar terminou, e o amor veio enfim.” (Tim Maia)
•• “Sejamos todas as capas de edição especial, mas, porém, contudo, entretanto, todavia, não
obstante sejamos também a contracapa, porque ser a capa e ser contracapa é a beleza da
contradição.” (Teatro Mágico)
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4. Conclusivas: Expressam ideia de conclusão ou uma ideia consequente do que se disse
antes. São elas: logo, portanto, por isso, por conseguinte, assim, de modo que, em vista
disso então, pois (depois do verbo) etc.
•• “Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama ontem e o outro se
chama amanhã, portanto hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente
viver.” (Dalai Lama)
•• “Não faças da tua vida um rascunho, pois poderás não ter tempo de passá-la a limpo.”
(Mario Quintana)
•• “Prepara, que agora é a hora do show das poderosas.” (Chico Buarque #sqn)
1. Causais: Expressam ideia de causa, motivo ou a razão do fato expresso na oração principal.
São elas: porque, porquanto, posto que, visto que, já que, uma vez que, como, etc.
•• “Que eu possa me dizer do amor (que tive): que não seja imortal, posto que é chama.
Mas que seja infinito enquanto dure.” (Vinicius de Morais)
•• “Como arroz e feijão, é feita de grão em grão nossa felicidade.” (Teatro Mágico)
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Português – Sintaxe do Período – Prof. Carlos Zambeli
3. Condicionais: Expressam ideia de condição ou hipótese para que o fato da oração principal
aconteça. São elas: se, caso, exceto se, a menos que, salvo se, contanto que, desde que,
etc.
“Se tu me amas, ama-me baixinho
Se me queres, enfim,
•• “Se as pessoas são boas só porque temem a punição, e esperam a recompensa, então nós
somos mesmo uns pobres coitados.” (Albert Einstein)
“O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.” (Fernando Pessoa)
•• A gente estuda tanto durante a semana que no sábado só quer revisar Português.
6. Concessivas: Expressam ideia de que algo que se esperava que acontecesse, contrariamente
às expectativas, não acontece. São elas: embora, conquanto, ainda que, se bem que,
mesmo que, apesar de que, etc.
•• “Mesmo que seja desacreditado e ignorado por todos, não posso desistir, pois para
mim, vencer é nunca desistir.” (Albert Einstein)
•• “Ainda que o bem que persigo esteja distante, sei que existe.” (Confúcio)
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7. Finais: Expressam ideia de finalidade. São elas: a fim de que, para que, que, etc.
9. Integrantes: Introduzem uma oração que integra ou completa o sentido do que foi expresso
na oração principal. São elas: que, se.
•• “Mas o carcará foi dizer à rosa que a luz dos cristais vem da lua nova e do girassol.”
(Natiruts)
•• “Preciso demonstrar pra ela que mereço seu tempo para dizer um pouco das ideias novas."
(Natiruts)
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Português
Português
PONTUAÇÃO
Emprego da vírgula
Na ordem direta da oração (sujeito + verbo + complemento(s) + adjunto adverbial), NÃO use
vírgula entre os termos. Isso só ocorrerá ao se deslocarem o predicativo ou o adjunto adverbial.
•• “Não boto bomba em banca de jornal.” (Renato Russo)
•• “O que era sonho se tornou realidade de pouco em pouco a gente foi erguendo o nosso
•• Hoje, enfrentamos muitos problemas. Alguns criados por nós em consequência de diferen-
ças ideológicas, religiosas, raciais, econômicas.
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2. para assinalar supressão de um verbo.
•• Ela almeja aprovação; eu, nomeação.
•• “Na centralização administrativa, o Estado atua diretamente por meio de seus órgãos, ou
seja, das unidades que são meras repartições interiores de sua pessoa e que, por isso, dele
não se distinguem”.
Obs.: Se o adjunto adverbial for pequeno, a utilização da vírgula não é necessária, a não ser que
se queira enfatizar a informação nele contida.
•• “Hoje eu tenho uma proposta: a gente se embola e perde a linha a noite toda.” (Ludmilla)
•• Com efeito, o caminho de um concurseiro é longo e árduo. Por exemplo, grande parte do seu
tempo livre é dedicada a estudos, ou seja, a vida social pode ficar um pouco comprometida,
ou melhor, abandonada. Além disso, é necessário disciplina e esforço, mas, enfim, vale a
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Português – Pontuação – Prof. Carlos Zambeli
pena: o concurseiro pode alcançar estabilidade financeira, isto é, jamais conhecer a palavra
desemprego, em suma, o sonho de todos.
Entre as orações
•• “Não fique pela metade, vá em frente, minha amiga, destrua a razão desse beco sem saída.”
(Engenheiros do Hawaii)
3. para separar orações coordenadas sindéticas ligadas por “e”, desde que os
sujeitos sejam diferentes.
•• “De repente, a dor de esperar terminou, e o amor veio enfim.” (Tim Maia)
•• “A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida.” (Vinícius de Moraes)
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5. para separar orações adverbiais antepostas à principal ou intercaladas, tanto
desenvolvidas quanto reduzidas.
•• Como não tinha muito tempo para estudar em casa, aproveitava bem a aula.
•• “Com a chuva molhando o seu corpo lindo que eu vou abraçar”. (Jorge Ben)
•• “E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam
escutar a música.” (Friedrich Nietzsche)
•• O Decreto nº 1.171/1994, que aprova o Código de Ética Profissional do servidor público civil
do Poder Executivo Federal, determina que a função pública deve ser tida como exercício
profissional e, portanto, se integra na vida particular de cada servidor público.
•• Os alunos, que são esforçados, conseguem obter um bom resultado nos concursos.
•• As mulheres, que lidam com muitas coisas ao mesmo tempo, desenvolvem proveitosas
habilidades.
Emprego do Ponto-e-Vírgula
1. para separar orações que contenham várias enumerações já separadas por vírgula
ou que encerrem comparações e contrastes.
•• “Há cinco coisas neste mundo que ninguém pode realizar: primeira, evitar a velhice,
quando se está envelhecendo; segunda, evitar a doença, quando o corpo é predisposto à
enfermidade; terceira, não morrer quando o corpo deve morrer; quarta, negar a dissolução,
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Português – Pontuação – Prof. Carlos Zambeli
quando, de fato, há a dissolução do corpo; quinta, negar a extinção, quando tudo deve
extinguir-se.” (Buda)
•• “Deus, para a felicidade do homem, inventou a fé e o amor; o Diabo, invejoso, fez o homem
confundir fé com religião e amor com casamento.” (Machado de Assis)
•• Os alunos vieram à aula e trouxeram algumas coisas: apostila, canetas e muita vontade.
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Português
Interpretar x Compreender
INTERPRETAR é COMPREENDER é
•• Explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, •• Intelecção, entendimento, percepção
inferir. do que está escrito.
•• APARECE ASSIM NA PROVA •• APARECE ASSIM NA PROVA
•• Através do texto, infere-se que... •• é sugerido pelo autor que
•• É possível deduzir que... •• De acordo com o texto, é correta ou
•• O autor permite concluir que errada a afirmação
•• Qual é a intenção do autor ao afirmar •• O narrador afirma
que
Procedimentos
Enunciados Possíveis
“Qual é a ideia central do texto?”
“O texto se volta, principalmente, para”
Observação de
1. Fonte bibliográfica;
2. Autor;
3. Título;
4. Identificação do “tópico frasal”;
5. Identificação de termos de aparecimento frequente (comprovação do tópico);
6. Procura, nas alternativas, das palavras-chave destacadas no texto.
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EXEMPLIFICANDO
Banho de mar é energizante?
Embora não existam comprovações científicas, muitos especialistas acreditam que os banhos
de mar tragam benefícios à saúde. “A água marinha, composta por mais de 80 elementos
químicos, alivia principalmente as tensões musculares, graças à presença de sódio em sua
composição, por isso pode ser considerada energizante”, afirma a terapeuta Magnólia Prado de
Araújo, da Clínica Kyron Advanced Medical Center, de São Paulo. “Além disso, as ondas do mar
fazem uma massagem no corpo que estimula a circulação sanguínea periférica e isso provoca
aumento da oxigenação das células”, diz Magnólia.
Existe até um tratamento, chamado talassoterapia (do grego thalasso, que significa mar), surgido
em meados do século IX na Grécia, que usa a água do mar como seu principal ingrediente.
Graças à presença de cálcio, zinco, silício e magnésio, a água do mar é usada para tratar doenças
como artrite, osteoporose e reumatismo. Já o sal marinho, rico em cloreto de sódio, potássio e
magnésio, tem propriedades cicatrizantes e antissépticas. Todo esse conhecimento, no entanto,
carece de embasamento científico. “Não conheço nenhum trabalho que trate desse tema com
seriedade, mas intuitivamente creio que o banho de mar gera uma sensação de melhora e
bem-estar”, diz a química Rosalinda Montoni, do Instituto Oceanográfico da USP.
Revista Vida Simples.
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Português – Identificação da Ideia Central – Prof. Carlos Zambeli
Conclusão
1. Ideia central = palavra-chave 1º e 2º períodos.
Campo Lexical
EXEMPLIFICANDO
Trecho do discurso do primeiro-ministro britânico, Tony Blair, pronunciado quando da
declaração de guerra ao regime Talibã.
“Essa atrocidade (o atentado de 11/09, em NY) foi um ataque contra todos nós, contra pessoas
de todas e nenhuma religião. Sabemos que a Al-Qaeda ameaça a Europa, incluindo a Grã-
Bretanha, e qualquer nação que não compartilhe de seu fanatismo. Foi um ataque à vida e aos
meios de vida. As empresa aéreas, o turismo e outras indústrias foram afetadas, e a confiança
econômica sofreu, afetando empregos e negócios britânicos. Nossa prosperidade e padrão de
vida requerem uma resposta aos ataques terroristas.”
Gabarito: 1. C 2. E
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Português
ESTRATÉGIA LINGUÍSTICA
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1. Palavras Desconhecidas = Paráfrases e Campo Semântico
EXEMPLIFICANDO
1. Como o “interior” é uma região mais ampla e tem população rarefeita, a expressão “se
dissemina” está sendo empregada com o sentido de “se atenua”, “se dissolve”.
Como regra, a epidemia começa nos grandes centros e se dissemina pelo interior. A incidência
nem sempre é crescente; a mudança de fatores ambientais pode interferir em sua escalada.
( ) Certo ( ) Errado
2. Supondo que a palavra “eclético” seja desconhecida para o leitor, a melhor estratégia de que
ele pode valer-se para tentar detectar o seu significado será
O sucesso deveu-se ao caráter eclético de sua administração. Pouco se lhe dava que lhe
exigissem sua opinião. Sua atitude consistia sempre em tomar uma posição escolhida entre as
diversas formas de conduta ou opinião manifestadas por seus assessores.
a) aproximá-la de outras palavras da língua portuguesa que tenham a mesma terminação
como “político” e “dinâmico”.
b) considerá-la como qualificação de profissionais que atuam na administração de alguma
empresa.
c) associá-la às palavras “sucesso” e “caráter”, de forma a desvendar o seu sentido correto,
“que ofusca, que obscurece os demais”.
d) observar o contexto sintático em que ela ocorre, ou seja, trata-se de um adjunto adnominal.
e) atentar para a paráfrase feita no segundo período.
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Português – Estratégia Linguística – Prof. Carlos Zambeli
3. Seria mantida a coerência entre as ideias do texto caso o segundo período sintático fosse
introduzido com a expressão Desse modo, em lugar de “De modo geral”
Na verdade, o que hoje definimos como democracia só foi possível em sociedades de tipo
capitalista, mas não necessariamente de mercado. De modo geral, a democratização das
sociedades impõe limites ao mercado, assim como desigualdades sociais em geral não
contribuem para a fixação de uma tradição democrática.
( ) Certo ( ) Errado
5. Do fragmento Foi o outro grande poeta chileno, infere-se que houve apenas dois grandes
poetas no Chile.
Há cem anos nasceu o poeta mais popular de língua espanhola, com uma obra cuja força
lírica supera todos os seus defeitos. Sem dúvida, há um “problema Pablo Neruda”. Foi o outro
grande poeta chileno, seu contemporâneo Nicanor Parra (depois de passar toda uma longa vida
injustamente à sombra de Neruda), quem o formulou com maliciosa concisão.
( ) Certo ( ) Errado
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3. Marcadores Linguísticos
•• expressões que indicam soma ou alternância: não só... mas também, ou, etc.;
•• expressões de acréscimo, de progressão, de continuidade ou de inclusão: até, além disso,
desde, etc.;
•• preposições: até (inclusão ou limite), com (companhia ou matéria), de (diversas relações:
tempo, lugar, causa, etc.), desde (tempo, lugar, etc.), entre (intervalo, relação, etc.), para
(lugar, destinatário, etc.), etc.;
•• Exemplos matemáticos: lançado do alto / lançado para o alto; números de 12 a 25 /
números entre 12 e 25.
EXEMPLIFICANDO
7. Assinale a alternativa que encontra suporte no texto.
Profetas do possível
Até que ponto é possível prever o futuro? Desde a Antiguidade, o desafio de antecipar o dia de
amanhã tem sido o ganha-pão dos bruxos, dos místicos e dos adivinhos. Ainda hoje, quando
o planeta passa por mudanças cada vez mais rápidas e imprevisíveis, há quem acredite que
é possível dominar as incertezas da existência por meio das cartas do tarô e da posição dos
astros. Esse tipo de profecia nada tem a ver com a Ciência. Os cientistas também apontam seus
olhos para o futuro, todavia de uma maneira diferente. Eles avaliam o estágio do saber de
sua própria época para projetar as descobertas que se podem esperar. Observam a natureza
para reinventá-la a serviço do homem.
Superinteressante
a) O articulador “até” indica o limite de previsibilidade do futuro.
b) A partir da Antiguidade, prever a sorte passou a ser a ocupação de místicos de toda ordem.
c) Profecias e Ciência são absolutamente incompatíveis.
d) Além das cartas de tarô e da posição dos astros, os crédulos atuais buscam saber o futuro
por meio da consulta a bruxos.
e) Os cientistas não só observam a natureza – como o fazem os místicos –, mas também
buscam moldá-la às necessidades humanas, considerando o estágio atual do conhecimento.
Gabarito: 1. E 2. E 3. E 4. D 5. C 6. A 7. E
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Português – Estratégia Linguística – Prof. Carlos Zambeli
•• Tempos verbais
•• Expressões restritivas
•• Expressões totalizantes
•• Expressões enfáticas
Tempos Verbais
1. É irrelevante que entrem na faculdade, que ganhem muito ou pouco dinheiro, que sejam bem-
sucedidos na profissão.
O emprego das formas verbais grifadas acima denota
Os pais de hoje costumam dizer que importante é que os filhos sejam felizes. É uma tendência
que se impôs ao influxo das teses libertárias dos anos 1960. É irrelevante que entrem na
faculdade, que ganhem muito ou pouco dinheiro, que sejam bem-sucedidos na profissão.
O que espero, eis a resposta correta, é que sejam felizes. Ora, felicidade é coisa grandiosa. É
esperar, no mínimo, que o filho sinta prazer nas pequenas coisas da vida. Se não for suficiente,
que consiga cumprir todos os desejos e ambições que venha a abrigar. Se ainda for pouco, que
atinja o enlevo místico dos santos. Não dá para preencher caderno de encargos mais cruel para
a pobre criança.
a) hipótese passível de realização.
b) fato real e definido no tempo.
c) condição de realização de um fato.
d) finalidade das ações apontadas no segmento.
e) temporalidade que situa as ações no passado.
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Expressões Restritivas
( ) Certo ( ) Errado
a) não tenta investigar nem o eurocentrismo, como o faria um historiador, nem a presença
das sociedades europeias em solo americano, como o faria um antropólogo.
b) não quer reconstituir nada do que ocorreu em solo americano, visto que recentemente
certos historiadores, ao contrário de outros, tentam contar a história do descobrimento da
América do modo como foi visto pelos nativos.
c) não pretende retraçar nenhum perfil − dos vencidos ou dos vencedores − nem a trajetória
dos europeus na conquista da América.
d) não busca continuar a tradição de pesquisar a estrutura dos mundos indígenas e do mundo
europeu, nem mesmo o universo dos colonizadores da América.
e) não se concentra nem na construção de uma sociedade europeia na colônia − quer
observada do ponto de vista do colonizador, quer do ponto de vista dos nativos −, nem no
resgate dos mundos indígenas.
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Português – Estratégia Linguística – Prof. Carlos Zambeli
Expressões Totalizantes
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a) existiria uma dúzia de exceções dentre todas as espécies de plantas selvagens que seriam
monopólio das grandes civilizações.
b) tão poucas dentre as 200.000 espécies de plantas selvagens são utilizadas como alimento
pelos homens em todo o planeta.
c) algumas áreas da Terra mostraram-se mais propícias ao desenvolvimento agrícola, que
teria possibilitado o surgimento de civilizações.
d) a maior parte das plantas é utilizada apenas como madeira pelos homens e não lhes fornece
alimento com suas frutas e raízes.
e) tantas áreas no mundo não possuem nenhuma planta selvagem de grande potencial para
permitir um maior desenvolvimento de sua população.
Expressões Enfáticas
7. A afirmativa correta, em relação ao texto, é
Será a felicidade necessária?
Felicidade é uma palavra pesada. Alegria é leve, mas felicidade é pesada. Diante da pergunta
"Você é feliz?", dois fardos são lançados às costas do inquirido. O primeiro é procurar uma
definição para felicidade, o que equivale a rastrear uma escala que pode ir da simples satisfação
de gozar de boa saúde até a conquista da bem-aventurança. O segundo é examinar-se, em
busca de uma resposta.
Nesse processo, depara-se com armadilhas. Caso se tenha ganhado um aumento no emprego
no dia anterior, o mundo parecerá belo e justo; caso se esteja com dor de dente, parecerá feio
e perverso. Mas a dor de dente vai passar, assim como a euforia pelo aumento de salário, e se
há algo imprescindível, na difícil conceituação de felicidade, é o caráter de permanência. Uma
resposta consequente exige colocar na balança a experiência passada, o estado presente e a
expectativa futura. Dá trabalho, e a conclusão pode não ser clara.
Os pais de hoje costumam dizer que importante é que os filhos sejam felizes. É uma tendência
que se impôs ao influxo das teses libertárias dos anos 1960. É irrelevante que entrem na
faculdade, que ganhem muito ou pouco dinheiro, que sejam bem-sucedidos na profissão.
O que espero, eis a resposta correta, é que sejam felizes. Ora, felicidade é coisa grandiosa. É
esperar, no mínimo, que o filho sinta prazer nas pequenas coisas da vida. Se não for suficiente,
que consiga cumprir todos os desejos e ambições que venha a abrigar. Se ainda for pouco, que
atinja o enlevo místico dos santos. Não dá para preencher caderno de encargos mais cruel para
a pobre criança.
(Trecho do artigo de Roberto Pompeu de Toledo. Veja. 24 de março de 2010, p. 142)
a) A expectativa de muitos, ao colocarem a felicidade acima de quaisquer outras situações da
vida diária, leva à frustração diante dos pequenos sucessos que são regularmente obtidos,
como, por exemplo, no emprego.
b) Sentir-se alegre por haver conquistado algo pode significar a mais completa felicidade, se
houver uma determinação, aprendida desde a infância, de sentir-se feliz com as pequenas
coisas da vida.
c) As dificuldades que em geral são encontradas na rotina diária levam à percepção de que a
alegria é um sentimento muitas vezes superior àquilo que se supõe, habitualmente, tratar-
se de felicidade absoluta.
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Português – Estratégia Linguística – Prof. Carlos Zambeli
d) A possibilidade de que mais pessoas venham a sentir-se felizes decorre de uma educação
voltada para a simplicidade de vida, sem esperar grandes realizações, que acabam levando
apenas a frustrações.
e) Uma resposta provável à questão colocada como título do texto remete à constatação de
que felicidade é um estado difícil de ser alcançado, a partir da própria complexidade de
conceituação daquilo que se acredita ser a felicidade.
Geralmente, a alternativa correta (ou a mais viável) é construída por meio de palavras e de
expressões “abertas”, isto é, que apontam para “possibilidades”, “hipóteses”: provavelmente,
é possível, futuro do pretérito do indicativo, modo subjuntivo, futuro do pretérito (-ria) etc.
EXEMPLIFICANDO
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I – de acordo com o segundo período, a evolução da estrutura cerebral da fala está diretamente
relacionada ao fato de esta ser atribuída tão somente aos humanos.
II – os seres cujos caminhos tornaram-se distintos durante o processo evolutivo possuem
ambos função cerebral relacionada à fala.
III – a estrutura cerebral dos primatas e dos humanos, em relação à fala, teria um ponto em
comum.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.
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Português
INFERÊNCIA
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Ao ligar as duas informações por meio de “mas”, comunica também, de modo implícito, sua
crítica ao ensino superior, pois a frase transmite a ideia de que nas faculdades não se aprende
muita coisa.
Além das informações explicitamente enunciadas, existem outras que se encontram
subentendidas ou pressupostas. Para realizar uma leitura eficiente, o leitor deve captar tanto
os dados explícitos quanto os implícitos.
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Português – Inferência – Prof. Carlos Zambeli
Os pressupostos são marcados, nas frases, por meio de vários indicadores linguísticos como
a) certos advérbios:
Os convidados ainda não chegaram à recepção.
b) certos verbos:
O desvio de verbas tornou-se público.
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c) as orações adjetivas explicativas (isoladas por vírgulas):
Os políticos, que só querem defender seus interesses, ignoram o povo.
d) expressões adjetivas:
Os partidos “de fachada” acabarão com a democracia no Brasil.
Costuma-se acreditar que , quando se relatam dados da realidade, não pode haver nisso
subjetividade alguma e que relatos desse tipo merecem a nossa confiança porque são reflexos
da neutralidade do produtor do texto e de sua preocupação com a verdade objetiva dos fatos.
Mas não é bem assim. Mesmo relatando dados objetivos, o produtor do texto pode ser
tendencioso e ele, mesmo sem estar mentindo, insinua seu julgamento pessoal pela seleção
dos fatos que está reproduzindo ou pelo destaque maior que confere a certos pormenores. A
essa escolha dos fatos e à ênfase atribuída acertos tipos de pormenores dá-se o nome de viés.
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Português
ANÁLISE DE ALTERNATIVAS/ITENS
COMPREENSÃO DE TEXTOS
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(1) Observação da fonte bibliográfica: o conhecimento prévio de quem escreveu o texto
constitui-se numa estratégia de compreensão, visto que facilita a identificação da intenção
textual. Ao reconhecermos o autor do texto – Roberto Pompeu de Toledo, importante jornalista
brasileiro, cuja trajetória se marca pelo fato de escrever matérias especiais para importantes
veículos e comunicação – bem como o veículo de publicação – Veja –, podemos afirmar que se
trata de um artigo.
(2) Observação do título: o título pode constituir o menor resumo possível de um texto. Por
meio dele, certas vezes, identificamos a ideia central do texto, sendo possível, pois, descartar
afirmações feitas em determinadas alternativas. O título em questão – Será a felicidade
necessária? –, somado ao fato de nomear um artigo, permite-nos inferir que o texto será uma
resposta a tal questionamento, a qual evidenciará o ponto de vista do autor.
Convite à Filosofia
Quando acompanhamos a história das ideias éticas, desde a Antiguidade clássica até nossos
dias, podemos perceber que, em seu centro, encontra-se o problema da violência e dos meios
para evitá-la, diminuí-la, controlá-la.
Diferentes formações sociais e culturais instituíram conjuntos de valores éticos como padrões
de conduta, de relações intersubjetivas e interpessoais, de comportamentos sociais que
pudessem garantir a integridade física e psíquica de seus membros e a conservação do grupo
social.
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Português – Análise de Alternativas/Itens – Prof. Carlos Zambeli
Conclusão
Resposta correta = a mais completa (alternativa com maior número de palavras-chave
encontradas no texto).
Optar pela alternativa mais completa, quando duas parecerem corretas.
EXEMPLIFICANDO
Centenas de cães e gatos são colocados para adoção mensalmente em Porto Alegre.
Cerca de 450 animais de estimação, entre cães e gatos, aguardam um novo dono em Porto
Alegre. Trata-se do contingente de animais perdidos, abandonados ou nascidos nas ruas
e entregues ao Gabea (Grupo de Apoio ao Bem-Estar Animal) e ao CCZ (Centro de Controle
de Zoonose), órgão ligado à Secretaria Municipal de Saúde. Destes, cerca de 120 animais são
adotados. Os outros continuam na espera por um lar.
O Sul. (adaptado)
Conforme o texto,
a) em Porto Alegre, cães e gatos são abandonados pelos seus donos. (3)
b) animais de estimação, entre eles cães e gatos nascidos nas ruas, são entregues ao Gabea.
(4)
c) um contingente de animais de estimação – entre eles cães e gatos – nasce nas ruas,
perdem-se de seus donos ou são por eles abandonados nas ruas de Porto Alegre. (6)
d) o CCZ propicia a adoção dos animais abandonados nas ruas de Porto Alegre. (4)
e) 120 animais de estimação são adotados mensalmente em Porto Alegre. (3)
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ANÁLISE DE ALTERNATIVAS/ITENS
Parte II
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Português – Análise de Alternativas/Itens – Prof. Carlos Zambeli
EXTRAPOLAÇÃO
Ocorre quando o leitor sai do contexto, acrescentando ideias que não estão no texto,
normalmente porque já conhecia o assunto devido à sua bagagem cultural.
PRECONCEITOS
EXEMPLIFICANDO
8Canudo pela Internet
O ensino a distância avança e já existem mais de 30 mil cursos oferecidos na rede, de graduação
e pós-graduação até economia doméstica.
Passados nove anos de sua graduação em filosofia, a professora Ida Thon, 54 anos, enfiou na
cabeça que deveria voltar a estudar. Por conta do trabalho no Museu Nacional do Calçado,
na cidade gaúcha de Novo Hamburgo, onde mora, resolveu ter noções de museologia. Mas
para isso deveria contornar uma enorme dificuldade: o curso mais próximo ficava a 1.200
quilômetros de distância, em São Paulo.
REDUÇÃO
É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um ou outro aspecto, esquecendo-se de
que o texto é um conjunto de ideias.
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EXEMPLIFICANDO
CONTRADIÇÃO
É comum as alternativas apresentarem ideias contrárias às do texto, fazendo o candidato
chegar a conclusões equivocadas, de modo a errar a questão.
Só contradiga o autor se isso for solicitado no comando da questão.
Exemplo: “Indique a alternativa que apresenta ideia contrária à do texto”.
EXEMPLIFICANDO
O que podemos experimentar de mais belo é o mistério. Ele é a fonte de toda a arte e ciência
verdadeira. Aquele que for alheio a essa emoção, aquele que não se detém a admirar as colinas,
sentindo-se cheio de surpresa, esse já está, por assim dizer, morto e tem os olhos extintos. O
que fez nascer a religião foi essa vivência do misterioso – embora mesclado de terror. Saber
que existe algo insondável, sentir a presença de algo profundamente racional e radiantemente
belo, algo que compreenderemos apenas em forma muito rudimentar – é esta a experiência
que constitui a atitude genuinamente religiosa. Neste sentido, e unicamente neste sentido,
pertenço aos homens profundamente religiosos.
(Albert Einstein – Como vejo o mundo)
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Português – Análise de Alternativas/Itens – Prof. Carlos Zambeli
3. O texto afirma que a experiência do mistério é um elemento importante para a arte, não para a
ciência.
( x ) Certo ( ) Errado
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Português
1. O que espero, eis a resposta correta, é que sejam felizes. Ora, felicidade é coisa grandiosa. Com
a palavra grifada, o autor
a) retoma o mesmo sentido do que foi anteriormente afirmado.
b) exprime reserva em relação à opinião exposta na afirmativa anterior.
c) coloca uma alternativa possível para a afirmativa feita anteriormente.
d) determina uma situação em que se realiza a probabilidade antes considerada.
e) estabelece algumas condições necessárias para a efetivação do que se afirma.
2. Por que, enfim, tantas reservas em relação ao consumo? O primeiro foco de explicação para essa
antipatia reside no fato de que nossa economia fechada sempre encurralou os consumidores
no país. A falta de um leque efetivo de opções de compra tem deixado os consumidores à
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mercê dos produtores no Brasil. Não por acaso, os apologistas do consumo entre nós têm
sido basicamente aqueles que podem exercer seu inchado poder de compra sem tomar
conhecimento das fronteiras nacionais. O resto da população, mantida em situação vulnerável,
ignora os benefícios de uma economia baseada no consumo.
A expressão “Não por acaso”, ao iniciar o período, indica
a) justificativa.
b) ênfase.
c) indagação.
d) concessão.
e) finalidade.
3. (FCC) A Companhia das Índias Orientais − a primeira grande companhia de ações do mundo,
criada em 1602 − foi a mãe das multinacionais contemporâneas.
O segmento isolado pelos travessões constitui, no contexto, comentário que
a) busca restringir o âmbito de ação de uma antiga empresa de comércio.
b) especifica as qualidades empresariais de uma companhia de comércio.
c) contém informações de sentido explicativo, referentes à empresa citada.
d) enumera as razões do sucesso atribuído a essa antiga empresa.
e) enfatiza, pela repetição, as vantagens oferecidas pela empresa.
4. (FCC) A gênese da música do Rio Grande do Sul também pode ser vista como reflexo dessa
multiplicidade de referências. Há influências diretas do continente europeu, e isso se mistura à
valiosa contribuição do canto e do batuque africano, mesmo tendo sido perseguido, vigiado,
quase segregado.
O segmento destacado deve ser entendido, considerando-se o contexto, como
a) uma condição favorável à permanência da música popular de origem africana.
b) uma observação que valoriza a persistente contribuição africana para a música brasileira.
c) restrição ao sentido do que vem sendo exposto sobre a música popular brasileira.
d) a causa que justifica a permanência da música de origem africana no Brasil.
e) as consequências da presença dos escravos e sua influência na música popular brasileira.
5. A média universal do Índice de Desenvolvimento Humano aumentou 18% desde 1990. Mas
a melhora estatística está longe de animar os autores do Relatório de 2010. [...] O cenário
apresentado pelo Relatório não é animador. [...] Os padrões de produção e consumo atuais são
considerados inadequados. Embora não queira apresentar receitas prontas, o Relatório traça
caminhos possíveis. Entre eles, o reconhecimento da ação pública na regulação da economia
para proteger grupos mais vulneráveis. Outro aspecto ressaltado é a necessidade de considerar
pobreza, crescimento e desigualdade como temas interligados. "Crescimento rápido não
deve ser o único objetivo político, porque ignora a distribuição do rendimento e negligencia a
sustentabilidade do crescimento", informa o texto.
O trecho colocado entre aspas indica que se trata de
a) comentário pessoal do autor do texto sobre dados do Relatório.
a) insistência na correção dos dados apresentados pelo Relatório.
c) repetição desnecessária de informação já citada no texto.
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Português – Compreensão Gramatical do Texto – Prof. Carlos Zambeli
6. O sonho de voar alimenta o imaginário do homem desde que ele surgiu sobre a Terra. A inveja
dos pássaros e as lendas de homens alados, como Dédalo e Ícaro (considerado o primeiro mártir
da aviação), levaram a um sem-número de experiências, a maioria fatal.
(considerado o primeiro mártir da aviação) Os parênteses isolam
a) citação fiel de outro autor.
b) comentário explicativo.
c) informação repetitiva.
d) retificação necessária.
e) enumeração de fatos.
5. (FCC) Diariamente tomamos decisões (comprar uma gravata, vender um apartamento, demitir
um funcionário, poupar para uma viagem, ter um filho, derrubar ou plantar uma árvore),
ponderando custos e benefícios.
O segmento entre parênteses constitui
a) transcrição de um diálogo, que altera o foco principal do que vem sendo exposto.
b) constatação de situações habituais, com o mesmo valor de mercado, vivenciadas pelas
pessoas.
c) reprodução exata das palavras do jornalista americano citado no texto, referentes à rotina
diária das pessoas.
d) interrupção intencional do desenvolvimento das ideias, para acrescentar informações
alheias ao assunto abordado.
e) sequência explicativa, que enumera as eventuais decisões que podem ser tomadas
diariamente pelas pessoas.
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Português
DENOTAÇÃO X CONOTAÇÃO
DENOTAÇÃO CONOTAÇÃO
palavra com significação restrita palavra com significação ampla
palavra com sentido comum do dicionário palavra cujos sentidos extrapolam o sentido comum
palavra usada de modo automatizado palavra usada de modo criativo
linguagem comum linguagem rica e expressiva
EXEMPLIFICANDO
Para exemplificar esses dois conceitos, eis a palavra cão:
sentido denotativo quando designar o animal mamífero quadrúpede canino;
sentido conotativo quando expressar o desprezo que desperta em nós uma pessoa de mau
caráter ou extremamente servil.
(Othon M.Garcia)
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Um detalhe!
As aspas podem indicar que uma palavra está sendo empregada diferentemente do
seu sentido do dicionário!
Eu sempre “namorei” meus livros!
A “bateria” do meu filho não termina nunca! Esse menino não dorme.
Sinônimos X Antônimos
A semântica é a parte da linguística que estuda o significado das palavras, a parte significativa
do discurso. Cada palavra tem seu significado específico, porém podemos estabelecer relações
entre os significados das palavras, assemelhando-as umas às outras ou diferenciando-as
segundo seus significados.
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Português – Conotação e Denotação – Prof. Carlos Zambeli
Sinônimos
Palavras que possuem significados iguais ou semelhantes.
Antônimos
Palavras que possuem significados opostos, contrários. Pode originar-se do acréscimo de
um prefixo de sentido oposto ou negativo.
Exemplos:
mal X bem
ausência X presença
fraco X forte
claro X escuro
subir X descer
cheio X vazio
possível X impossível
simpático X antipático
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4. O texto se estrutura a partir de antíteses, ou seja, emprego de palavras ou expressões de sentido
contrário. O par de palavras ou expressões que não apresentam no texto essa propriedade
antitética é
Toda saudade é a presença da ausência
de alguém, de algum lugar, de algo enfim
Súbito o não toma forma de sim
como se a escuridão se pusesse a luzir
Da própria ausência de luz
o clarão se produz,
o sol na solidão.
Toda saudade é um capuz transparente
que veda e ao mesmo tempo traz a visão do que não se pode ver
porque se deixou pra trás
mas que se guardou no coração.
(Gilberto Gil)
a) presença / ausência
b) não / sim
c) ausência de luz / clarão
d) sol / solidão
e) que veda / traz a visão
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Português
ELEMENTOS REFERENCIAIS
Estabelecem uma relação de sentido no texto, formando um elo coesivo entre o que está
dentro do texto e fora dele também. À retomada feita para trás dá-se o nome de anáfora e a
referência feita para a frente recebe o nome de catáfora.
Observe:
Mecanismos
1. REPETIÇÃO
“Oito pessoas morreram (cinco passageiros de uma mesma família e dois tripulantes, além
de uma mulher que teve ataque cardíaco) na queda de um avião bimotor Aero Commander,
da empresa J. Caetano, da cidade de Maringá (PR). O avião prefixo PTI-EE caiu sobre quatro
sobrados da Rua Andaquara.”
A palavra AVIÃO foi repetida, principalmente por ele ter sido o veículo envolvido no acidente,
que é a notícia propriamente dita.
2. REPETIÇÃO PARCIAL
“Estavam no avião o empresário Silvio Name Júnior [...] Gabriela Gimenes Ribeiro e o marido
dela, João Izidoro de Andrade. Andrade é conhecido na região como um dos maiores
compradores de cabeças de gado do Sul do país.”
Na retomada de nomes de pessoas, a repetição parcial é o mais comum mecanismo coesivo.
Costuma-se, uma vez citado o nome completo de alguém, repetir somente o seu sobrenome.
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1. A sequência em negrito (globalização do olho da rua. É a globalização do bico. É a globalização
do dane-se.) caracteriza a globalização a partir da desestruturação do mundo do trabalho. Do
ponto de vista dos recursos da linguagem é correto afirmar que, no contexto, ocorre uma
a) gradação, com a suavização das dificuldades.
b) contradição, entre os modos de sobrevivência do desempregado.
c) ênfase, com a intensificação da afirmativa inicial.
d) retificação, pela correção gradual das informações iniciais.
3. ELIPSE
É a omissão de um termo que pode ser facilmente deduzido pelo contexto.
“Três pessoas que estavam nas casas atingidas pelo avião ficaram feridas. Elas não sofreram
ferimentos graves. Apenas escoriações e queimaduras.”
Na verdade, foram omitidos, no trecho sublinhado, o sujeito (As três pessoas) e um verbo
(sofreram): (As três pessoas sofreram apenas escoriações e queimaduras).
2. Aproveitei os feriados da semana passada para curtir algumas releituras que há muito vinha
adiando. [...] Com chuva, o Rio é uma cidade como outra qualquer: não se tem muita coisa a
fazer. [...] O melhor mesmo é aproveitar o tempo ― que de repente fica enorme e custa a passar
― revisitar os primeiros deslumbramentos, buscando no passado um aumento de pressão nas
caldeiras fatigadas que poderão me levar adiante. [...] Leituras antigas, de um tempo em que
estava longe a ideia de um dia escrever um livro. Bem verdade que, às vezes, vinha a tentação
de botar para fora alguma coisa.
I – As expressões “releituras”, “revisitar” e “Leituras antigas” deixam claro que os livros que o
narrador pretende ler já foram obras lidas por ele no passado.
II – Nas expressões “há muito” e “Bem verdade”, pode-se depreender a elipse do substantivo
“tempo” e do verbo flexionado “É”.
III – É possível inferir uma relação de causa e consequência entre as orações conectadas pelos
dois-pontos.
Quais afirmativas estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) I, II e III.
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Português – Elementos Referenciais – Prof. Carlos Zambeli
4. PRONOMES
A função gramatical do pronome é justamente a de substituir ou acompanhar um nome. Ele
pode, ainda, retomar toda uma frase ou toda a ideia contida em um parágrafo ou no texto todo.
“Estavam no avião Márcio Artur Lerro Ribeiro, seus filhos Márcio Rocha Ribeiro Neto e Gabriela
Gimenes Ribeiro; e o marido dela, João Izidoro de Andrade.”
O pronome possessivo seus retoma Márcio Artur Lerro Ribeiro; o pronome pessoal (d)ela
retoma Gabriela Gimenes Ribeiro.
3. “... que lhe permitem que veja a origem de todos os seres e de todas as coisas para que possa
transmiti-las aos ouvintes”.
Em transmiti-las, -las é pronome que substitui
a) a origem de todos os seres.
b) todas as coisas.
c) aos ouvintes.
d) todos os seres.
Pronomes Demonstrativos
ESSE = assunto antecedente.
“A seca é presença marcante no Sul. Esse fenômeno é atribuído a ‘El Niña’.”
4. "Um relatório da Associação Nacional de Jornais revelou que, nos últimos doze meses, foram
registrados no Brasil 31 casos de violação à liberdade de imprensa. Destes, dezesseis são
decorrentes de sentença judicial - em geral, proferida por juízes de primeira instância.”
Nesse segmento do texto, o pronome demonstrativo sublinhado se refere a
a) relatórios.
b) jornais.
c) meses.
d) casos.
e) atentados.
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5. ADVÉRBIOS
Palavras que exprimem circunstâncias, principalmente as de lugar, tempo, modo, causa...
“Em São Paulo, não houve problemas. Lá, os operários não aderiram à greve.”
6. EPÍTETOS
Palavras ou grupos de palavras que, ao mesmo tempo que se referem a um elemento do texto,
qualificam-no.
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Português – Elementos Referenciais – Prof. Carlos Zambeli
6. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) é o melhor exemplo de que a reforma do Poder Judiciário
não está estagnada. Dez anos atrás, época em que ainda se discutia a criação do conselho, ao
qual cabia o epíteto “órgão de controle externo do Judiciário”, a existência de um órgão nesses
moldes, para controlar a atuação do Poder Judiciário, gerava polêmica.
O vocábulo “epíteto” introduz uma expressão que qualifica e explica a função do CNJ.
( ) Certo ( ) Errado
7. NOMES DEVERBAIS
São derivados de verbos e retomam a ação expressa por eles. Servem, ainda, como um resumo
dos argumentos já utilizados.
“Uma fila de centenas de veículos paralisou o trânsito da Avenida Assis Brasil, como sinal de
protesto contra o aumento dos impostos. A paralisação foi a maneira encontrada...”
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Mecanismos
PRIORIDADE-RELEVÂNCIA
Ex.: Em primeiro lugar, Antes de mais nada, Primeiramente, Finalmente...
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Português – Elementos Referenciais – Prof. Carlos Zambeli
2. “Por outro lado, sua eficiência macroeconômica deixa muito a desejar, menos pela incapacidade
das instituições do que pela persistência de incentivos adversos ao crescimento.”
Em “do que pela”, a eliminação de “do” prejudica a correção sintática do período.
( ) Certo ( ) Errado
CONDIÇÃO, HIPÓTESE
Ex.: se, caso, desde que...
ADIÇÃO, CONTINUAÇÃO
Ex.: Além disso, ainda por cima, também, não só...mas também ...
DÚVIDA
Ex.: talvez, provavelmente, possivelmente...
CERTEZA, ÊNFASE
Ex.: certamente, inquestionavelmente, sem dúvida, inegavelmente, com certeza...
FINALIDADE
Ex.: a fim de, com o propósito de, para que...
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ESCLARECIMENTO
Ex.: por exemplo, isto é, quer dizer...
RESUMO, CONCLUSÃO
Ex.: em suma, em síntese, enfim, portanto, dessa forma, dessa maneira, logo, então...
6. Mariza saiu de casa atrasada e perdeu o ônibus. As duas orações do período estão unidas pela
palavra “e”, que, além de indicar adição, introduz a ideia de
a) Oposição.
b) Condição.
c) Consequência.
d) Comparação.
e) União.
7. “A ação da polícia ocorre em um ambiente de incertezas, ou seja, o policial, quando sai para a
rua, não sabe o que vai encontrar diretamente;”.
A expressão sublinhada indica a presença de uma
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Português – Elementos Referenciais – Prof. Carlos Zambeli
a) retificação.
b) conclusão.
c) oposição.
d) explicação.
e) enumeração.
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Português
Polissemia
Polissemia significa (poli = muitos; semia = significado) “muitos sentidos”. Contudo, assim que
se insere no contexto, a palavra perde seu caráter polissêmico e assume significado específico,
isto é, significado contextual.
Os vários significados de uma palavra, em geral, têm um traço em comum. A cada um deles dá-
se o nome de acepção.
•• A cabeça une-se ao tronco pelo pescoço.
Contexto!
O contexto determina a acepção de dada palavra polissêmica. Palavras como “flor”, “cabeça”,
“linha”, “ponto”, “pena”, entre outras, assumem, em variados contextos, novas acepções.
CONTEXTO ACEPÇÃO
Adoro flor vermelha! parte de uma planta
“Última flor do Lácio” descendente
Vagava à flor da água. superfície
Ela é uma flor de pessoa. amável
Ele não é flor que se cheire. indigno, falso
Está na flor da idade. juventude
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1. O efeito de sentido da charge é provocado pela combinação de informações visuais e recursos
linguísticos. No contexto da ilustração, a frase proferida recorre à
a) polissemia, ou seja, aos múltiplos sentidos da expressão “rede social” para transmitir a
ideia que pretende veicular.
b) ironia para conferir um novo significado ao termo “outra coisa”.
c) homonímia para opor, a partir do advérbio de lugar, o espaço da população pobre e o
espaço da população rica.
d) personificação para opor o mundo real pobre ao mundo virtual rico.
e) antonímia para comparar a rede mundial de computadores com a rede caseira de descanso
da família.
Exemplos:
•• Edgar ocupa um alto posto na Casa. = cargo
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Português – Polissemia e Figuras de Linguagem – Prof. Carlos Zambeli
Figuras De Linguagem
Algumas Figuras de
Som
Aliteração: consiste na repetição ordenada de mesmos sons consonantais.
•• “Esperando, parada, pregada na pedra do porto.”
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Onomatópéia: consiste na reprodução de um som ou ruído natural.
•• “Não se ouvia mais que o plic-plic-plic da agulha no pano.” (Machado de Assis)
Construção
Elipse: consiste na omissão de um termo facilmente identificável pelo contexto.
•• “Em nossa vida, apenas desencontros.”
2. Pleonasmo é uma figura de linguagem que tem como marca a repetição de palavras ou de
expressões, aparentemente desnecessárias, para enfatizar uma ideia. No entanto, alguns
pleonasmos são considerados “vícios de linguagem” por informarem uma obviedade e não
desempenharem função expressiva no enunciado. Considerando essa afirmação, assinale a
alternativa em que há exemplo de pleonasmo vicioso.
a) “E então abriu a torneira: a água espalhou-se”
b) “O jeito era ir comprar um pão na padaria.”
c) “Matá-la, não ia; não, não faria isso.”
d) “Traíra é duro de morrer, nunca vi um peixe assim.”
e) “Tirou para fora os outros peixes: lambaris, chorões, piaus...”
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Português – Polissemia e Figuras de Linguagem – Prof. Carlos Zambeli
Pensamento
Antítese: consiste na aproximação de termos contrários, de palavras que se opõem pelo
sentido.
“Nasce o Sol, e não dura mais que um dia
Depois da Luz se segue à noite escura
Em tristes sombras morre a formosura
Em contínuas tristezas, a alegria.”
3. No trecho "...dão um jeito de mudar o mínimo para continuar mandando o máximo", a figura
de linguagem presente é chamada
a) Metáfora.
b) Hipérbole.
c) Hipérbato.
d) Anáfora.
e) Antítese.
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Hipérbato: inversão ou deslocamento de palavras ou orações dentro de um período.
"Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
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Português – Polissemia e Figuras de Linguagem – Prof. Carlos Zambeli
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Palavras
Metáfora: A metáfora implica, pois, uma comparação em que o conectivo comparativo fica
subentendido.
“Meninas são bruxas e fadas,
Palhaço é um homem todo pintado de piadas!
Céu azul é o telhado do mundo inteiro,
Sonho é uma coisa que fica dentro do meu travesseiro!”
(Teatro Mágico)
Catacrese: Na falta de um termo específico para designar conceito ou objeto, toma-se outro
por empréstimo. Devido ao uso contínuo, não mais se percebe que ele está sendo empregado
em sentido figurado.
•• O pé da mesa estava quebrado.
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Português
TIPOLOGIA TEXTUAL
O que é isso?
É a forma como um texto se apresenta. As tipologias existentes são: narração, descrição,
dissertação, exposição, argumentação, informação e injunção.
Narração
Modalidade na qual se contam um ou mais fatos – fictício ou não - que ocorreram em
determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Há uma relação de anterioridade
e posterioridade. O tempo verbal predominante é o passado.
Exemplo:
COMPRAR REVISTA
Parou, hesitante; em frente à banca de jornais. Examinou as capas das revistas, uma por uma.
Tirou do bolso o recorte, consultou-o. Não, não estava incluída na relação de títulos, levantada
por ordem alfabética. Mas quem sabe havia relação suplementar, feita na véspera? Na dúvida,
achou conveniente estudar a cara do jornaleiro. Era a mesma de sempre. Mas a talvez ocultasse
alguma coisa, sob a aparência habitual. O jornaleiro olhou para ele, sem transmitir informação
especial no olhar, além do reconhecimento do freguês. Peço? Perguntou a si mesmo. Ou é
melhor sondar a barra?”
Carlos Drummond de Andrade
A primeira vez que vi o mar eu não estava sozinho. Estava no meio de um bando enorme de
meninos. Nós tínhamos viajado para ver o mar. No meio de nós havia apenas um menino que
já o tinha visto. Ele nos contava que havia três espécies de mar: o mar mesmo, a maré, que é
menor que o mar, e a marola, que é menor que a maré. Logo a gente fazia ideia de um lago
enorme e duas lagoas. Mas o menino explicava que não. O mar entrava pela maré e a maré
entrava pela marola. A marola vinha e voltava. A maré enchia e vazava. O mar às vezes tinha
espuma e às vezes não tinha. Isso perturbava ainda mais a imagem. Três lagoas mexendo,
esvaziando e enchendo, com uns rios no meio, às vezes uma porção de espumas, tudo isso
muito salgado, azul, com ventos.
Fomos ver o mar. Era de manhã, fazia sol. De repente houve um grito: o mar! Era qualquer
coisa de largo, de inesperado. Estava bem verde perto da terra, e mais longe estava azul. Nós
todos gritamos, numa gritaria infernal, e saímos correndo para o lado do mar. As ondas batiam
nas pedras e jogavam espuma que brilhava ao sol. Ondas grandes, cheias, que explodiam com
barulho. Ficamos ali parados, com a respiração apressada, vendo o mar...
(Fragmento de crônica de Rubem Braga, Mar, Santos, julho, 1938)
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1. O texto é construído por meio de
a) perfeito encadeamento entre os dois parágrafos: as explicações sobre o mar, no primeiro,
harmonizam-se com sua visão extasiada, no segundo.
b) violenta ruptura entre os dois parágrafos: o primeiro alonga-se em explicações sobre o mar
que não têm qualquer relação com o que é narrado no segundo.
c) procedimentos narrativos diversos correspondentes aos dois parágrafos: no primeiro, o
narrador é o autor da crônica; no segundo, ele dá voz ao menino que já vira o mar.
d) contraste entre os dois parágrafos: as frustradas explicações sobre o mar para quem nunca
o vira, no primeiro, são seguidas pela arrebatada visão do mar, no segundo.
e) inversão entre a ordem dos acontecimentos em relação aos dois parágrafos: o que é
narrado no primeiro só teria ocorrido depois do que se narra no segundo.
Descrição
Quase todo mundo conhece os riscos de se ter os documentos usados de forma indevida por
outra pessoa, depois de tê-los perdido ou de ter sido vítima de assalto. Mas um sistema que
começou a ser implantado na Bahia pode resolver o problema em todo o país. A tecnologia
usada atualmente para a emissão de carteiras de identidade na Bahia pode evitar esse tipo de
transtorno. A foto digital, impressa no documento, dificulta adulterações. A principal novidade
do sistema é o envio imediato das impressões digitais, por computador, para o banco de dados
da Polícia Federal em Brasília. Dessa forma, elas podem ser comparadas com as de outros
brasileiros e estrangeiros cadastrados. Se tudo estiver em ordem, o documento é entregue em
cinco dias. Ao ser retirada a carteira, as digitais são conferidas novamente.
Internet: <www.g1.globo.com> (com adaptações).
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Português – Tipologia Textual – Prof. Carlos Zambeli
Dissertação
A dissertação é um texto que analisa, interpreta, explica e avalia dados da realidade. Esse tipo
textual requer um pouco de reflexão, pois as opiniões sobre os fatos e a postura crítica em
relação ao que se discute têm grande importância.
O texto dissertativo é temático, pois trata de análises e interpretações; o tempo explorado é
o presente no seu valor atemporal; é constituído por uma introdução onde o assunto a ser
discutido é apresentado, seguido por uma argumentação que caracteriza o ponto de vista do
autor sobre o assunto em evidência e, por último, sua conclusão.
Exposição
Apresenta informações sobre assuntos, expõe ideias, explica e avalia e reflete Não faz defesa
de uma ideia, pois tal procedimento é característico do texto dissertativo. O texto expositivo
apenas revela ideias sobre um determinado assunto. Por meio da mescla entre texto expositivo
e narrativo, obtém-se o que conhecemos por relato.
Ex.: aula, relato de experiências, etc.
Em todo o continente americano, a colonização europeia teve efeito devastador. Atingidos pelas
armas, e mais ainda pelas epidemias e por políticas de sujeição e transformação que afetavam
os mínimos aspectos de suas vidas, os povos indígenas trataram de criar sentido em meio à
devastação. Nas primeiras décadas do século XVII, índios norte-americanos comparavam a uma
demolição aquilo que os missionários jesuítas viam como “transformação de suas vidas pagãs e
bárbaras em uma vida civilizada e cristã.”
Argumentação
www.acasadoconcurseiro.com.br 125
“Perguntamo-nos qual é o valor da vida humana.Alguns setores da sociedade acreditam que
a vida do criminoso não tem o mesmo valor da vida das pessoas honestas. O problema é que
o criminoso pensa do mesmo modo: se a vida dele não vale nada, por que a vida do dono da
carteira deve ter algum valor? Se provavelmente estará morto antes dos trinta anos de idade
(como várias pesquisas comprovam), por que se preocupar em não matar o proprietário do
automóvel que ele vai roubar?”
Andréa Buoro et al. Violência urbana – dilemas e desafios. São Paulo: Atual, 1999, p. 26 (com
adaptações).
O riso é tão universal como a seriedade; ele abarca a totalidade do universo, toda a sociedade,
a história, a concepção de mundo. É uma verdade que se diz sobre o mundo, que se estende a
todas as coisas e à qual nada escapa. É, de alguma maneira, o aspecto festivo do mundo inteiro,
em todos os seus níveis, uma espécie de segunda revelação do mundo.
3. Embora o texto seja essencialmente argumentativo, seu autor se vale de estruturas narrativas
para reforçar suas opiniões.
( ) Certo ( ) Errado
Informação
O texto informativo corresponde aquelas manifestações textuais cujo emissor (escritor) expõe
brevemente um tema, fatos ou circunstâncias a um receptor (leitor). Em outras palavras,
representam as produções textuais objetivas, normalmente em prosa, com linguagem clara e
direta (linguagem denotativa), que tem como objetivo principal transmitir informação sobre
algo, isento de duplas interpretações.
Assim, os textos informativos, diferente dos poéticos ou literários (que utilizam da linguagem
conotativa), servem para conhecer de maneira breve informações sobre determinado tema,
apresentando dados e referências, sem interferência de subjetividade, desde sentimentos,
sensações, apreciações do autor ou opiniões. O autor dos textos informativos é um transmissor
que se preocupa em relatar informações da maneira mais objetiva e verossímil.
Injuntivo/Instrucional
Indica como realizar uma ação. Também é utilizado para predizer acontecimentos e
comportamentos. Utiliza linguagem objetiva e simples. Os verbos são, na sua maioria,
empregados no modo imperativo, porém nota-se também o uso do infinitivo e o uso do futuro
do presente do modo indicativo.
Ex.: Previsões do tempo, receitas culinárias, manuais, leis, bula de remédio, convenções, regras
e eventos.
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Português
Aula XX
GÊNERO TEXTUAL
É o nome que se dá às diferentes formas de linguagem empregadas nos textos. Estas formas
podem ser mais formais ou mais informais, e até se mesclarem em um mesmo texto, porém
este será nomeado com o gênero que prevalecer!
Os gêneros textuais estão intimamente ligados à nossa situação cotidiana. Eles existem como
mecanismo de organização das atividades sociocomunicativas do dia a dia. Sendo assim,
gêneros textuais são tipos especificos de textos de qualquer natureza, literários ou não-
literários, cujas modalidades discursivas são como formas de organizar a linguagem.
Editorial
É um tipo de texto utilizado na imprensa, especialmente em jornais e revistas, que tem por
objetivo informar, mas sem obrigação de ser neutro, indiferente.
A objetividade e imparcialidade não são características dessa tipologia textual, já que o redator
demonstra a opinião do jornal sobre o assunto narrado.
Os acontecimentos são relatados sob a subjetividade do repórter, de maneira que evidencie
a posição da empresa que está por trás do canal de comunicação, pois os editoriais não são
assinados por ninguém.
Assim, podemos dizer que o editorial é um texto mais opinativo do que informativo.
Ele possui um fato e uma opinião. O fato informa o que aconteceu e a opinião transmite a
interpretação do que aconteceu.
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1. O título do texto refere-se
a) ao reflexo do custo da terceirização da colheita da cana no preço do etanol.
b) aos problemas ambientais resultantes da expansão da cultura de cana.
c) aos preços não competitivos do etanol brasileiro no mercado internacional.
d) às precárias condições de trabalho dos trabalhadores rurais na colheita da cana.
e) ao aumento dos lucros obtidos pelos empresários que investem na produção da cana.
Artigos
São os mais comuns. São textos autorais – assinados –, cuja opinião é de inteira responsabilidade
de quem o escreveu. Seu objetivo é o de persuadir o leitor.
É um texto dissertativo que apresenta argumentos sobre o assunto abordado, portanto, o
escritor além de expor seu ponto de vista, deve sustentá-lo através de informações coerentes e
admissíveis.
I – Depreende-se, pela leitura do texto, que querer ser milionário é ruim, pois esse desejo
impossibilita o homem de amar o trabalho.
II – Para o autor, as chances de sucesso em uma profissão dependem da paixão com que ela é
exercida.
III – É consenso atribuir-se o sucesso à paixão pela atividade que se realiza.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e III.
e) Apenas II e III.
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Português – Gêneros Textuais – Prof. Carlos Zambeli
Notícias
Obra-prima de Leonardo da Vinci e uma das mais admiradas telas jamais pintadas, devido, em
parte, ao sorriso enigmático da moça retratada, a “Mona Lisa” está se deteriorando. O grito de
alarme foi dado pelo Museu do Louvre, em Paris, que anunciou que o quadro passará por uma
detalhada avaliação técnica com o objetivo de determinar o porquê do estrago. O fino suporte
de madeira sobre o qual o retrato foi pintado sofreu uma deformação desde que especialistas
em conservação examinaram a pintura pela última vez, diz o Museu do Louvre numa declaração
por escrito.
Fonte: http://www.italiaoggi.com.br (acessado em 13/11/07)
Crônica
Fotografia do cotidiano, realizada por olhos particulares. Geralmente, o cronista apropria-se de
um fato atual do cotidiano, para, posteriormente, tecer críticas ao status quo, baseadas quase
exclusivamente em seu ponto de vista. A linguagem desse tipo de texto é predominantemente
coloquial.
Características da crônica
•• Narração curta;
•• Descreve fatos da vida cotidiana;
•• Pode ter caráter humorístico, crítico, satírico e/ou irônico;
•• Possui personagens comuns;
•• Segue um tempo cronológico determinado;
•• Uso da oralidade na escrita e do coloquialismo na fala das personagens;
•• Linguagem simples.
Dia desses resolvi fazer um teste proposto por um site da internet. O nome do teste era
tentador: “O que Freud diria de você”. Uau. Respondi a todas as perguntas e o resultado foi o
seguinte: “Os acontecimentos da sua infância a marcaram até os doze anos, depois disso você
buscou conhecimento intelectual para seu amadurecimento”. Perfeito! Foi exatamente o que
aconteceu comigo. Fiquei radiante: eu havia realizado uma consulta paranormal com o pai da
psicanálise, e ele acertou na mosca.
MEDEIROS, M. Doidas e Santas. Porto Alegre, 2008 (adaptado).
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4. Quanto às influências que a internet pode exercer sobre os usuários, a autora expressa uma
reação irônica no trecho “Fiquei radiante: eu havia realizado uma consulta paranormal com o
pai da psicanálise”.
( ) Certo ( ) Errado
Ensaio
É um texto literário breve, situado entre o poético e o didático, expondo ideias, críticas e
reflexões éticas e filosóficas a respeito de certo tema. É menos formal. Consiste também
na defesa de um ponto de vista pessoal e subjetivo sobre um tema (humanístico, filosófico,
político, social, cultural, moral, comportamental, literário, religioso, etc.), sem que se paute em
formalidades.
O ensaio assume a forma livre e assistemática sem um estilo definido. Por essa razão, um
filósofo espanhol o definiu como "a ciência sem prova explícita".
Texto Literário
É uma construção textual de acordo com as normas da literatura, com objetivos e
características próprias, como linguagem elaborada de forma a causar emoções no leitor. Uma
das características distintivas dos textos literário é a sua função poética, em que é possível
constatar ritmo e musicalidade, organização específica das palavras e um elevado nível de
criatividade.
Madrugada na aldeia
Madrugada na aldeia nervosa, com as glicínias escorrendo orvalho, os figos prateados de
orvalho, as uvas multiplicadas em orvalho, as últimas uvas miraculosas.
O silêncio está sentado pelos corredores, encostado às paredes grossas, de sentinela.
E em cada quarto os cobertores peludos envolvem o sono: poderosos animais benfazejos,
encarnados e negros.
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Português – Gêneros Textuais – Prof. Carlos Zambeli
Antes que um sol luarento dissolva as frias vidraças, e o calor da cozinha perfume a casa
com lembrança das árvores ardendo, a velhinha do leite de cabra desce as pedras da rua
antiquíssima, antiquíssima, e o pescador oferece aos recém-acordados os translúcidos peixes,
que ainda se movem, procurando o rio.
(Cecília Meireles. Mar absoluto, in Poesia completa.
Peça Publicitária
Modo específico de apresentar informação sobre produto, marca, empresa, ideia ou política,
visando a influenciar a atitude de uma audiência em relação a uma causa, posição ou atuação.
A propaganda comercial é chamada, também, de publicidade. Ao contrário da busca de
imparcialidade na comunicação, a propaganda apresenta informações com o objetivo principal
de influenciar o leitor ou ouvinte. Para tal, frequentemente, apresenta os fatos seletivamente
(possibilitando a mentira por omissão) para encorajar determinadas conclusões, ou usa
mensagens exageradas para produzir uma resposta emocional e não racional à informação
apresentada Costuma ser estruturado por meio de frases curtas e em ordem direta, utilizando
elementos não verbais para reforçar a mensagem.
7. O anúncio publicitário a seguir é uma campanha de um adoçante, que tem como seu slogan a
frase “Mude sua embalagem”.
A palavra “embalagem”, presente no slogan da campanha, é altamente expressiva e substitui a
palavra
a) vida.
b) corpo.
c) jeito.
d) história.
e) postura.
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Piada
8. “Dois amigos conversam quando passa uma mulher e cumprimenta um deles, que fala:
Eu devo muito a essa mulher...
Por quê? Ela é sua protetora?
Não, ela é a costureira da minha esposa.”
Na piada acima, o efeito de humor
a) deve-se, principalmente, à situação constrangedora em que ficou um dos amigos quando a
mulher o cumprimentou.
b) constrói-se pela resposta inesperada de um dos amigos, revelando que não havia entendido
o teor da pergunta do outro.
c) é provocado pela associação entre uma mulher e minha esposa, sugerindo ilegítimo
relacionamento amoroso.
d) firma-se no aproveitamento de distintos sentidos de uma mesma expressão linguística,
devo muito.
e) é produzido prioritariamente pela pergunta do amigo, em que se nota o emprego malicioso
da expressão sua protetora.
Gráficos e Tabelas
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Português – Gêneros Textuais – Prof. Carlos Zambeli
Charge
É um estilo de ilustração que tem por finalidade satirizar algum acontecimento atual com
uma ou mais personagens envolvidas. A palavra é de origem francesa e significa carga, ou
seja, exagera traços do caráter de alguém ou de algo para torná-lo burlesco. Apesar de ser
confundida com cartum, é considerada totalmente diferente: ao contrário da charge, que tece
uma crítica contundente, o cartum retrata situações mais corriqueiras da sociedade. Mais do
que um simples desenho, a charge é uma crítica político-social mediante o artista expressa
graficamente sua visão sobre determinadas situações cotidianas por meio do humor e da sátira.
10. A relação entre o conjunto da charge e a frase “Brasil tem 25 milhões de telefones celulares”
fica clara porque a imagem e a fala do personagem sugerem o(a)
a) sentimento de vigilância permanente.
b) aperfeiçoamento dos aparelhos celulares.
c) inadequação do uso do telefone.
d) popularização do acesso à telefonia móvel.
e) facilidade de comunicação entre as pessoas.
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QUADRINHOS
Hipergênero, que agrega diferentes outros gêneros, cada um com suas peculiaridades.
Gabarito: 1. D 2. D 3. B 4. C 5. C 6. E 7. B 8. D 9. B 10. D 11. A
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Português
Coesão
A coesão textual refere-se à microestrutura de um texto. Ela ocorre por meio de relações
semânticas e gramaticais.
No caso de textos que utilizam linguagem verbal e não verbal (publicidade, por exemplo), a
coesão ocorre também por meio da utilização de
•• cores
•• formas geométricas
•• fontes
•• logomarcas
•• etc
Moldura = bolas
de futebol
Cantos =
local de
escanteio +
bola
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O pai e seu filhinho de 5 anos caminham por uma calçada.
Repentinamente, o garoto vê uma sorveteria e fala:
– Pai, eu já sarei do resfriado, né?
– Você não vai tomar sorvete! – responde o pai.
A resposta do pai não corresponde coesivamente à pergunta do filho, mas nem por isso é
incoerente. Depreende-se que o pai conhecia o objetivo do filho.
Anáfora
Retoma algo que já foi dito antes!
Edgar é um excelente professor. Ele trabalha aqui na Casa do Concurseiro, ensinando
Conhecimentos Bancários. Essa matéria é muito relevante para concursos nacionais.
Catáfora
O termo ou expressão que faz referência a um termo subsequente, estabelecendo com ele uma
relação não autônoma, portanto, dependente.
A Tereza olhou-o e disse: – Edgar, você está cansado?
Coerência
Fatores de Coerência
•• encadeamento
•• conhecimento da linguagem utilizada
•• equilíbrio entre o número de informações novas e a reiteração delas
•• possibilidade de inferência
•• aceitabilidade
•• intertextualidade
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Português – Confronto e Reconhecimento de Frases Corretas e Incorretas – Prof. Carlos Zambeli
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É fácil de notar se quando falta coerência a um texto.
“Havia um menino muito magro que vendia amendoins numa esquina de uma das avenidas de
São Paulo. Ele era tão fraquinho, que mal podia carregar a cesta em que estavam os pacotinhos
de amendoim. Um dia, na esquina em que ficava, um motorista, que vinha em alta velocidade,
perdeu a direção. O carro capotou e ficou de rodas para o ar. O menino não pensou duas vezes.
Correu para o carro e tirou de lá o motorista, que era um homem corpulento. Carregou o até a
calçada, parou um carro e levou o homem para o hospital. Assim, salvou lhe a vida.”
(Platão & Fiorin)
Vícios De Linguagem
BARBARISMO
Desvio na grafia, na pronúncia ou na flexão de uma palavra. Divide-se em
Cacografia – má grafia ou má flexão de uma palavra: flexa – em vez de flecha / deteu – em vez
de deteve.
Cacoépia – erro de pronúncia: marvado – em vez de malvado.
Silabada – erro de pronúncia quanto à acentuação tônica das palavras: púdico – em vez de
pudico / rúbrica – em vez de rubrica.
Estrangeirismo – emprego desnecessário de palavras estrangeiras, quando elas já foram
aportuguesadas: stress – em vez de estresse.
SOLECISMO
É qualquer erro de sintaxe. Pode ser
•• de concordância: Haviam muitos erros – em vez de Havia ...
•• de regência: Assistimos o filme – em vez de Assistimos ao filme.
•• de colocação: Escreverei-te logo – em vez de Escrever-te-ei...
AMBIGUIDADE OU ANFIBOLOGIA
Duplo sentido que ocorre em função da má construção da frase:
Carlos disse ao colega que seu irmão morreu. (irmão de quem?)
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Português – Confronto e Reconhecimento de Frases Corretas e Incorretas – Prof. Carlos Zambeli
ECO
Repetição de uma vogal formando rima:
O irmão do alemão prendeu a mão no fogão.
CACOFONIA
Som estranho que surge da união de sílabas diferentes, pela proximidade de duas palavras:
Ela tinha dezoito anos. (latinha)
GERUNDISMO
Locução verbal na qual o verbo principal apresenta-se no gerúndio. Seu uso no português
brasileiro é recente, é considerado por muitos como vício de linguagem, uma vez que seu uso é
demasiadamente impreciso:
“A senhora pode estar respondendo algumas perguntas?”
Gabarito: 1. E
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Português
FUNÇÕES DA LINGUAGEM
6
contexto
5
referente
1 4
emissor, 7 receptor
destinador canal de comunicação ou
ou remetente destinatário
3
mensagem
2
código
O linguista russo Roman Jakobson caracterizou seis funções da linguagem. Cada uma delas está
estreitamente ligada a um dos seis elementos que compõem o ato de comunicação.
Referente
FUNÇÃO REFERENCIAL
Mensagem
FUNÇÃO POÉTICA
Emissor Receptor
FUNÇÃO FUNÇÃO
EXPRESSIVA Canal de Comunicação CONATIVA
FUNÇÃO FÁTICA
Código
FUNÇÃO METALINGUÍSTICA
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Emissor: o que emite a mensagem.
Receptor: o que recebe a mensagem.
Mensagem: o conjunto de informações transmitidas.
Código: a combinação de signos utilizados na transmissão de uma mensagem. A comunicação
só se concretizará, se o receptor souber decodificar a mensagem.
Canal de Comunicação: veículo por meio do qual a mensagem é transmitida (TV, rádio, jornal,
revista...)
Contexto: a situação a que a mensagem se refere, também chamado de referente.
O emissor, ao transmitir uma mensagem, sempre tem um objetivo: informar algo, ou
demonstrar seus sentimentos, ou convencer alguém a fazer algo, etc; consequentemente, a
linguagem passa a ter uma função, que são as seguintes:
•• Função Referencial
•• Função Metalinguística
•• Função Conativa
•• Função Fática
•• Função Emotiva
•• Função Poética
Numa mensagem, é muito difícil encontrarmos uma única dessas funções isolada. O que ocorre,
normalmente, é a superposição de várias delas.
Função referencial – busca transmitir informações objetivas, a fim de informar o receptor.
Predomina nos textos de caráter científico, didático e jornalístico.
Exemplo: Pesquisas já demonstraram que o universo vocabular de nossos estudantes, mesmo
de nível universitário, é pobre.
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Português – Funções da Linguagem – Prof. Carlos Zambeli
Função fática – tem por objetivo prolongar o contato com o receptor. Utiliza interjeições,
repetições, expressões sem valor semântico e, quando escrita, faz uso de recursos gráficos
como diferentes tipos de letras e variadas diagramações. É usada na linguagem coloquial,
especialmente nos diálogos.
•• POIS É...
•• ENTÃO... É melhor você
•• É FOGO. começar a ler
•• Ô. o Estadão.
•• NEM FALE.
EXEMPLIFICANDO
O princípio de que o Estado necessita de instrumentos para agir com rapidez em situações
de emergência está inscrito no arcabouço jurídico brasileiro desde a primeira Constituição,
de 1824, dois anos após a Independência, ainda no Império. A figura do decreto-lei, sempre
à disposição do Poder Executivo, ficou marcada no regime militar, quando a caneta dos
generais foi acionada a torto e a direito, ao largo do Congresso, cujos poderes eram sufocados
pela ditadura. Com a redemocratização, sacramentada pela Constituição de 1988, sepultou-
se o decreto-lei, mas não o seu espírito, reencarnado na medida provisória. Não se discute
a importância de o Poder Executivo contar com dispositivos legais que permitam ao governo
baixar normas, sem o crivo imediato do Congresso, que preencham os requisitos da “relevância
e urgência”. O problema está na dosagem, que, se exagerada, como ocorre atualmente, sufoca
o Poder Legislativo.
O Globo, 19/3/2008 ( com adaptações)
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1. A função da linguagem predominante no texto é
a) metalinguística.
b) poética.
c) expressiva.
d) apelativa.
e) referencial.
3. O texto abaixo utiliza uma linguagem emotiva, que pode ser comprovada especialmente na
opção pela subjetividade voltada para o narrador.
“Então, aproveite bem o seu dia. Extraia dele todos os bons sentimentos possíveis. Não deixe
nada para depois. Diga o que tem para dizer. Demonstre. Seja você mesmo. Não guarde lixo
dentro de casa. Nem jogue seu lixo no ambiente. Não cultive amarguras e sofrimentos. Prefira
o sorriso. Dê risada de tudo, de si mesmo. Não adie alegrias nem contentamentos nem sabores
bons. Seja feliz. Hoje. Amanhã é uma ilusão. Ontem é uma lembrança. Só existe o hoje.”
( ) Certo ( ) Errado
4. HISTÓRIA MANJADA
GALÃ CANASTRÃO
TIROS E PERSEGUIÇÕES
EFEITOS GRATUITOS
MAIS TIROS E PERSEGUIÇÕES
FINAL PREVISÍVEL
Conheça outro jeito de fazer cinema.
Cine Conhecimento.
No canal PLUS.
Além de exibir filmes de diversos países, o programa traz análises, comentários, curiosidades e
detalhes da produção. Não perca! Tem sempre um bom filme para você!
(Revista Monet)
Pelos sentidos e pelas estruturas linguísticas do texto, é correto concluir que o emprego de
“Conheça” e “Não perca” indica que a função da linguagem predominante no texto é a
a) metalinguística.
b) poética.
c) conativa.
d) expressiva.
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Português – Funções da Linguagem – Prof. Carlos Zambeli
5. No slogan CELULAR: Não Fale no Trânsito, uma característica da função conativa da linguagem
é
a) a objetividade da informação transmitida.
b) a manutenção da sintonia entre a STTU e o público-alvo.
c) o esclarecimento da linguagem pela própria linguagem
d) o emprego do verbo no modo imperativo
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Português
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA
Tanto a língua escrita quanto a oral apresentam variações condicionadas por diversos fatores:
regionais, sociais, intelectuais etc.
A língua escrita obedece a normas gramaticais e será sempre diferente da língua oral, mais
espontânea, solta, livre, visto que acompanhada de mímica e entonação, que preenchem
importantes papéis significativos. Mais sujeita a falhas, a linguagem empregada coloquialmente
difere substancialmente do padrão culto.
É aquela ensinada nas escolas e serve de veículo às ciências em que se apresenta com
terminologia especial. Caracteriza-se pela obediência às normas gramaticais. Mais comumente
usada na linguagem escrita e literária, reflete prestígio social e cultural. É mais artificial, mais
estável, menos sujeita a variações.
É aquela usada espontânea e fluentemente pelo povo. Mostra-se quase sempre rebelde
à norma gramatical e é carregada de vícios de linguagem (solecismo - erros de regência e
concordância; barbarismo - erros de pronúncia, grafia e flexão; ambiguidade; cacofonia;
pleonasmo), expressões vulgares, gírias e preferência pela coordenação, que ressalta o caráter
oral e popular da língua.
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1. Com frequência, a transgressão à norma culta constitui uma marca do registro coloquial da
língua. Nesses casos, parece existir, de um lado, a norma culta e, de outro, a “norma” coloquial
– e esta muitas vezes se impõe socialmente, em detrimento da primeira. Um exemplo de
transgressão à norma culta acontece numa das alternativas abaixo. Assinale-a.
a) Nós éramos cinco e brigávamos muito…
b) estrada lamacenta que o governo não conservava…
c) Miguel fazia muita falta, embora cada um de nós trouxesse na pele a marca de sua
autoridade.
d) Você assustou ele falando alto.
e) Se um de nós ia para o colégio, os outros ficavam tristes.
2. Considere as afirmações.
I – A letra de “Saudosa Maloca” pode ser considerada como realização de uma “linguagem
artística” do poeta, estabelecida com base na sobreposição de elementos do uso popular ao
uso culto.
II – Uma dessas sobreposições é o emprego do pronome oblíquo de terceira pessoa “se” em
lugar de “nos” (Só se conformemo), diferentemente do que prescreve a norma culta.
III – A letra de “Saudosa Maloca” apresenta linguagem inovadora, visto que, sem abandonar a
linguagem formal, dirige-se diretamente ao leitor.
Estão corretas
a) apenas I.
b) apenas II.
c) apenas III.
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Português – Variação Linguística – Prof. Carlos Zambeli
d) apenas I e II.
e) I, II e III.
4. Gíria
A gíria relaciona-se ao cotidiano de certos grupos sociais. Esses grupos utilizam a gíria como
meio de expressão do cotidiano, para que as mensagens sejam decodificadas apenas pelo
próprio grupo. Assim, a gíria é criada por determinados segmentos da comunidade social que
divulgam o palavreado para outros grupos até chegar à mídia. Os meios de comunicação de
massa, como a televisão e o rádio, propagam os novos vocábulos; às vezes, também inventam
alguns. A gíria que circula pode acabar incorporada pela língua oficial, permanecer no
vocabulário de pequenos grupos ou cair em desuso.
3. Nas orações a seguir, as gírias sublinhadas podem ser substituídas por sinônimos.
“… e beijava tudo que era mulher que passasse dando sopa.”
“… o Papa de araque…”
“… numa homenagem também aos salgueirenses que, no Carnaval de 1967, entraram pelo
cano.”
Indique que opção equivale, do ponto de vista do sentido, a essas expressões.
a) distraidamente, falso, saíram-se mal.
b) reclamando, falso, obstruíram-se.
c) distraidamente, esperto, saíram-se vitoriosos.
d) reclamando, falso, deram-se mal.
e) distraidamente, esperto, obstruíram-se.
5. Linguagem Regional
Regionalismos ou falares locais são variações geográficas do uso da língua padrão, quanto
às construções gramaticais, empregos de certas palavras e expressões e do ponto de vista
fonológico. Há, no Brasil, por exemplo, falares amazônico, nordestino, baiano, fluminense,
mineiro, sulino.
Leia o texto a seguir e responda à questão.
“Explico ao senhor: o diabo vige dentro do homem, os crespos do homem — ou é o homem
arruinado, ou o homem dos avessos. Solto, por si, cidadão, é que não tem diabo nenhum.
Nenhum! — é o que digo. O senhor aprova? Me declare tudo, franco — é alta mercê que me
faz: e pedir posso, encarecido. Este caso — por estúrdio que me vejam — é de minha certa
importância. Tomara não fosse... Mas, não diga que o senhor, assisado e instruído, que acredita
na pessoa dele?! Não? Lhe agradeço! Sua alta opinião compõe minha valia. Já sabia, esperava
por ela — já o campo!
Ah, a gente, na velhice, carece de ter uma aragem de descanso. Lhe agradeço. Tem diabo
nenhum. Nem espírito. Nunca vi. Alguém devia de ver, então era eu mesmo, este vosso
servidor. Fosse lhe contar... Bem, o diabo regula seu estado preto, nas criaturas, nas mulheres,
nos homens. Até: nas crianças — eu digo. Pois não é o ditado: “menino — trem do diabo”? E
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nos usos, nas plantas, nas águas, na terra, no vento... Estrumes... O diabo na rua, no meio do
redemunho... “
(Guimarães Rosa. Grande Sertão: Veredas.)
4. O texto de Guimarães Rosa mostra uma forma peculiar de escrita, denunciada pelos recursos
linguísticos empregados pelo escritor. Entre as características do texto, está
a) o emprego da linguagem culta, na voz do narrador, e o da linguagem regional, na voz da
personagem.
b) a recriação da fala regional no vocabulário, na sintaxe e na melodia da frase.
c) o emprego da linguagem regional predominantemente no campo do vocabulário.
d) a apresentação da língua do sertão fiel à fala do sertanejo.
e) o uso da linguagem culta, sem regionalismos, mas com novas construções sintáticas e
rítmicas.
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Redação Oficial
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Redação Oficial
REDAÇÃO OFICIAL
Correspondência Oficial: maneira pela qual o Poder Público (artigo 37 da Constituição: "ad-
ministração pública direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios)” redige atos normativos e comunicações.
Ex.: "Vossa Excelência conhece o assunto". / "Vossa Senhoria nomeará seu substituto.”
•• adjetivos referidos a esses pronomes: o gênero gramatical coincide com o sexo da pessoa a
que se refere.
www.acasadoconcurseiro.com.br 153
Ex.: "Vossa Excelência está atarefado." / "Vossa Excelência está atarefada."
Resumindo:
•• Vossa Excelência
1 São Ministros de Estado, nos termos do Decreto nº 4.118/2002, além dos titulares dos Ministérios, o Chefe da Casa
Civil da Presidência da República, o Chefe de Gabinete de Segurança Institucional, o Chefe da Secretaria-Geral da
Presidência da República, o Advogado Geral da União e o Chefe da Corregedoria-Geral da União. Posteriormente,
por meio de adendos ao Decreto, foram incluídos outros cargos, entre eles, o de Presidente do Banco Central.
2. A Lei nº 12.830/2013 dispõe, no art. 3º, que “O cargo de delegado de polícia é privativo de bacharel em Direito,
devendo-lhe ser dispensado o mesmo tratamento protocolar que recebem os magistrados, os membros da
Defensoria Pública e do Ministério Público e os advogados”.
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Redação Oficial – Profª Maria Tereza
Resumindo:
1. TRATAMENTO Vossa Excelência: autoridades dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário;
2. VOCATIVO Excelentíssimo: chefes dos Três Poderes;
3. VOCATIVO Senhor: para os demais cargos;
4. TRATAMENTO Vossa Senhoria: para os demais;
5. VOCATIVO: Senhor.
OBS. 3: em comunicações oficiais, está abolido o uso do tratamento digníssimo (DD) para as
autoridades da lista anterior. A dignidade é pressuposto para que se ocupe qualquer cargo pú-
blico, sendo desnecessária sua repetida evocação.
OBS. 4: fica dispensado o emprego do superlativo ilustríssimo para as autoridades que recebem o tra-
tamento de Vossa Senhoria e para particulares. É suficiente o uso do pronome de tratamento Senhor.
OBS. 5: doutor não é forma de tratamento, e sim título acadêmico. Evita-se usá-lo indiscrimina-
damente; é empregado apenas em comunicações dirigidas a pessoas que tenham tal grau por
terem concluído curso universitário de doutorado. É costume designar por doutor os bacharéis,
especialmente os bacharéis em Direito e em Medicina. Nos demais casos, o tratamento Senhor
confere a desejada formalidade às comunicações.
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Envelope (endereçamento autoridades tratadas por Vossa Excelência):
Ao Senhor
Fulano de Tal
Rua ABC, nº 123
70.123 – Curitiba. PR
Verso do Envelope
NOME E NÚMERO DE RUA – põe-se vírgula depois do nome da rua, avenida, etc. A
abreviatura nº é dispensável: Rua Jerônimo Coelho, 277.
CAIXA POSTAL E TELEFONE – nunca são precedidos de vírgula, mesmo que omitida a
abreviatura nº (número): telefone nº 30852202 / telefone 3232-2895. Caixa postal nº 3085 /
caixa postal 3085.
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Redação Oficial – Profª Maria Tereza
Tabela de Abreviaturas
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Identificação do Signatário
OBS. 7: para evitar equívocos, recomenda-se não deixar a assinatura em página isolada do
expediente. Transfira para essa página ao menos a última frase anterior ao fecho.
OBS. 8:
•• Não se empregam PRECIOSISMOS: palavras raras, muitas vezes arcaicas, antigas, em desu-
so (“Outrossim”, “Destarte”, “Subscrevemos mui atenciosamente.”...)
•• Não se empregam NEOLOGISMOS: criação de palavras.
•• Não se usam expressões que exprimam FAMILIARIDADE: “Prezados”, “caros”, no vocativo;
•• Não se utilizam expressões REDUNDANTES: “Sem mais, subscrevemo-nos.”; traço para a
assinatura; “Vimos por meio desta...”
•• VERBORRAGIA E PROLIXIDADE constituem erro: “Temos a satisfação de comunicar...”; “Nada
mais havendo para o momento, ficamos à disposição para maiores informações necessárias.”;
“Aproveitamos o ensejo, para protestos da mais elevada estima e consideração.”
Padrão Ofício
Ofício
Aviso FORMA SEMELHANTE / FINALIDADE DIFERENTE
Memorando
SEMELHANÇAS
1. Partes:
→ tipo e número do expediente, seguido da sigla do órgão que o expede.
Exs.: Mem. 123/2012-MF Aviso 123/2012-SG Of. 123/2012-MME
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Redação Oficial – Profª Maria Tereza
→ local e data em que foi assinado, por extenso, com alinhamento à direita.
Ex.: Brasília, 15 de março de 2015.
→ destinatário (o nome e o cargo da pessoa a quem é dirigida a comunicação; no ofício, deve
ser incluído também o endereço).
Ex.:
Ofício no 524/2012/SG-PR
Brasília, 27 de maio de 2015.
OBS. 9: os parágrafos devem ser numerados, exceto nos casos em que estes estejam organizados
em itens ou títulos e subtítulos.
→ texto (mero encaminhamento de documentos)
•• introdução – referência ao expediente que solicitou o encaminhamento; caso contrário,
informação do motivo da comunicação (encaminhar) indicando os dados completos do
documento encaminhado (tipo, data, origem ou signatário e assunto de que trata) e a razão
pela qual está sendo encaminhado.
Ex: "Em resposta ao Aviso nº 12, de 1º de fevereiro de 2012, encaminho, anexa, cópia do Ofício
nº 34, de 3 de abril de 2011, do Departamento Geral de Administração, que trata da requisição
do servidor Fulano de Tal."
ou
"Encaminho, para exame e pronunciamento, a anexa cópia do telegrama no 12, de 1º de
fevereiro de 2012, do Presidente da Confederação Nacional de Agricultura, a respeito de projeto
de modernização de técnicas agrícolas na região Nordeste."
•• Desenvolvimento – normalmente, não há parágrafos de desenvolvimento em aviso ou
ofício de mero encaminhamento.
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→ fecho.
→ assinatura do autor da comunicação.
→ identificação do signatário.
2. Forma de diagramação:
•• Fonte
Times New Roman de corpo 12 no texto em geral, 11 nas citações e 10 nas notas de rodapé.
Símbolos não existentes na fonte Times New Roman – fontes Symbol e Wingdings.
•• Número de páginas
É obrigatório constar a partir da segunda página.
•• Tamanho da folha
Todos os tipos de documentos do Padrão Ofício devem ser impressos em papel de tamanho A4,
ou seja, 29,7 x 21,0 cm.
•• Orientação
O documento deverá ser impresso como Retrato.
•• Destaques
Não deve haver abuso no uso de negrito, itálico, sublinhado, letras maiúsculas, sombreado,
sombra, relevo, bordas ou qualquer outra forma de formatação que afete a elegância e a so-
briedade do documento.
•• Impressão
Os ofícios, memorandos e anexos poderão ser impressos em ambas as faces do papel. Nesse
caso, as margens esquerda e direita terão as distâncias invertidas nas páginas pares (“margem
espelho”). A impressão dos textos deve ser feita na cor preta em papel branco. A impressão
colorida deve ser usada apenas para gráficos e ilustrações.
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Redação Oficial – Profª Maria Tereza
•• Arquivo
Deve ser utilizado, preferencialmente, o formato de arquivo Rich Text nos documentos de
texto. Dentro do possível, todos os arquivos de texto dos documentos elaborados devem ser
preservados para consulta posterior ou aproveitamento de trechos para casos análogos.
•• Início de parágrafo
O início de cada parágrafo do texto deve ter 2,5 cm de distância da margem esquerda.
•• Espaçamento entre parágrafos
Deve ser utilizado espaçamento de 2,5 cm.
•• Espaçamento entre linhas
Deve ser utilizado espaçamento simples entre as linhas e de 6 pontos após cada parágrafo (uma
linha em branco).
•• Alinhamento
O texto deve ser justificado.
Margem esquerda
O campo destinado à margem lateral esquerda terá, no mínimo, 3 cm de largura.
•• Margem direita
O campo destinado à margem lateral direita terá 1,5 cm.
•• Margem superior
O campo destinado à margem superior terá 2 cm.
•• Margem inferior
O campo destinado à margem inferior terá 2 cm.
•• Armas nacionais
É obrigatório o uso das Armas Nacionais nos papéis de expediente, nos convites e nas
publicações de âmbito federal (artigo 26, inciso X, da Lei nº 5.700, de 1º de setembro de 1971),
único emblema que figurará nos modelos padronizados. As Armas Nacionais poderão ser
omitidas nos papéis e nas publicações de uso interno das repartições federais.
•• Cabeçalho
É composto pelo Brasão da República, centralizado na página, juntamente com os dizeres necessários,
em caixa-alta (maiúsculas), fonte do tipo Times New Roman, corpo 9, nesta ordem (exemplo):
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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA GOIANO
•• Rodapé
Deve constar apenas nas correspondências oficiais (por exemplo, ofícios), sendo suprimidos
em outros documentos institucionais (regimentos, regulamentos, atas etc.). O rodapé será
alinhado à direita da página, fonte do tipo Times New Roman, corpo 9, composto pelo nome
da Instituição (em caixa-alta e negrito), unidade, Caixa Postal, CEP, Cidade/Estado, telefone e
e-mail do setor emitente, nesta ordem. Exemplo:
Não confundir “notas de rodapé” (corpo 10) com “rodapé” (corpo 9).
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Redação Oficial – Profª Maria Tereza
Finalidade
Exemplo de Aviso
2. Ofício: expedido para e pelas demais autoridades; tratamento de assuntos oficiais pelos
órgãos da Administração Pública entre si e também com particulares.
Uso de vocativo seguido de vírgula.
No cabeçalho ou no rodapé: nome do órgão ou setor; endereço postal; telefone e endereço de
correio eletrônico.
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Exemplo de Ofício
Ofício nº xxxxxxx/SG-PR
Brasília, xx de maio de xxxx.
A Sua Excelência o Senhor
Deputado Fulano
Câmara dos Deputados
CEP – município – estado
Assunto: Blá-blá-blá
Senhor Deputado,
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OBS. 12: na última linha do papel, à esquerda, devem constar as iniciais de quem redigiu e de
quem digitou o texto, separadas por uma barra. Se forem a mesma pessoa, basta colocar a
barra e as iniciais.
2.1 Ofício Circular: segue os mesmos padrões de forma e estrutura do ofício. Entretanto, é
utilizado para tratar de um mesmo assunto com destinatários de diferentes setores/unidades.
Exemplo de Ofício Circular
Assunto: Blá-blá-blá
Senhor(a) Diretor(a),
.......
3. Memorando: comunicação entre unidades administrativas de um mesmo órgão, que podem es-
tar hierarquicamente em mesmo nível ou em nível diferente. Trata-se, portanto, de uma forma
de comunicação eminentemente interna; caráter meramente administrativo ou de exposição de
projetos, ideias, diretrizes, etc. a serem adotados por determinado setor do serviço público.
Característica principal: agilidade.
OBS. 13: o destinatário deve ser mencionado pelo cargo que ocupa.
Ex.: Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração; Ao Sr. Subchefe para Assuntos Jurídicos.
OBS. 14: os despachos ao memorando devem ser dados no próprio documento e, no caso de
falta de espaço, em folha de continuação.
OBS. 15: após a numeração de controle, devem constar, no máximo, três níveis de siglas: a da
unidade emitente, a da imediatamente superior e a do órgão/unidade responsável pela com-
petência regimental.
Ex.: Memorando nº xx/Seata/Coseg/Cglog
OBS. 16: contém somente a identificação do órgão, não sendo admitido, portanto, o brasão.
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Exemplo de Memorando
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
[Ministério]
[Secretaria / Departamento / Setor / Entidade]
[Endereço para correspondência]
[Telefone e endereço de correio eletrônico]
Mem nº xxx/DJ
Brasília, xx de maio de xxxx.
Ao Senhor Chefe do Departamento de yyyy
Assunto: Blá-blá-blá
CORPO DO TEXTO: blá-blá-blá.
Atenciosamente,
[nome]
[cargo]
4. Alvará
Documento escrito por autoridade competente para que se pratique determinado ato. Também
recebe o nome de mandado judicial, quando oriundo de autoridade judicial: alvará de soltura.
Recebe também o nome de licença, quando oriundo de autoridade administrativa: alvará para
funcionamento.
Os alvarás são de dois tipos: de licença (têm caráter definitivo e só podem ser revogados por
motivos de interesse público); de autorização (têm caráter instável e podem ser cassados).
Forma
•• Título com numeração e data de expedição.
•• Texto: com designação do cargo da autoridade que expede o alvará; citação da legislação
em que se baseia a decisão da autoridade.
•• Assinatura: nome da autoridade competente sem indicação do cargo, já mencionado no
texto.
•• Local e data: (dispensáveis se já constarem do título).
5. Apostila: averbação feita abaixo dos textos ou no verso de decretos e portarias pessoais
(nomeação, promoção, etc.), para que seja corrigida flagrante inexatidão material do texto
original (erro na grafia de nomes próprios, lapso na especificação de datas, etc.), desde que
essa correção não venha a alterar a substância do ato já publicado.
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Forma
•• título, em maiúsculas e centralizado sobre o texto: APOSTILA;
•• texto, do qual deve constar a correção que está sendo feita, a ser iniciada com a remissão
ao decreto que autoriza esse procedimento;
•• data por extenso;
•• identificação do signatário (nome em maiúsculas) abaixo da assinatura;
No original do ato normativo, próximo à apostila, deverá ser mencionada a data de publicação
da apostila no Boletim de Serviço ou no Boletim Interno.
Exemplo de Apostila:
APOSTILA
O cargo a que se refere o presente ato foi transformado em Assessor da Diretoria-Geral de
Administração, código DAS-102.2, de acordo com o Decreto nº 99.411, de 25 de julho de 1990.
Brasília, xx de xxxx de xxxx.
NOME
Subchefe da Secretaria-Geral da Presidência da República”
6. Ata: relatório escrito do que se fez ou disse em sessão de assembleia, sociedade, júri,
corporação. É o registro claro e resumido das ocorrências de uma reunião de pessoas, com
fim determinado.
Forma
•• localizadores temporais: dia, mês, ano e hora da reunião (sempre por extenso);
•• espaço da reunião: local (sede da instituição, rua, número, cidade);
•• nome e sobrenome das pessoas presentes, com respectivas qualificações;
•• declarações do presidente e secretário;
•• assuntos tratados (ordem do dia);
•• fecho;
•• assinaturas, por extenso, do presidente, secretário e participantes da reunião.
7. Atestado: documento firmado por uma pessoa a favor de outra, asseverando a verdade
acerca de determinado fato. Destina-se à comprovação de fatos ou situações passageiras,
não necessariamente constantes em documentos da Administração.
Partes
•• Título – nome do documento.
•• Texto – apresentação do conteúdo da atestação (não é obrigatória a declaração da
finalidade do documento, tampouco o registro de quem requer a informação).
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•• Local e data – cidade, dia, mês e ano da emissão do documento (é opcional o registro do
nome do órgão em que a autoridade signatária do atestado exerce suas funções).
•• Assinatura – nome e cargo (ou função) da autoridade signatária.
8. Auto
Descreve detalhadamente determinado acontecimento e suas circunstâncias. Na redação
oficial, é a narração judicial ou administrativa, escrita por escrivão ou tabelião e lavrada para
comprovar uma ocorrência.
Forma
•• Título com numeração.
•• Texto: deve constar o desenrolar dos acontecimentos com detalhes, nome do autuado,
motivo da autuação, indicação da penalidade e prazo para apresentação de defesa.
•• Data: local e data em que foi lavrado o auto.
•• Assinatura.
9. Carta Oficial
Forma de comunicação externa dirigida a pessoa (física ou jurídica) estranha à administração
pública, utilizada para fazer solicitações e convites, externar agradecimentos, ou transmitir in-
formações.
Estrutura
•• Local e data, por extenso, à esquerda da página.
•• Endereçamento (alinhado à esquerda): nome do destinatário, precedido da forma de
tratamento, e o endereço.
•• Vocativo: a palavra Senhor (a), seguida do cargo do destinatário e de vírgula.
•• Texto paragrafado, com a exposição do(s) assunto(s) e o objetivo da carta.
•• Fecho: Atenciosamente ou Respeitosamente.
•• Assinatura, nome e cargo do emitente da carta.
EXEMPLO
Rio de Janeiro, 19 de novembro de 2015
Sr. Professor Evanildo Bechara
Rua da Ajuda n.º 0 / apto 208
Centro – Rio de Janeiro – RJ
20000-000
Senhor Professor,
(Blá-blá-blá)
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10. Certidão – atesta fatos permanentes – visto que afirma convicção sobre os transitórios.
“Documento revestido de formalidades legais adequadas, fornecido por autoridade com-
petente, a requerimento do interessado, solicitado ou requerido ex oficio por autoridade
administrativa ou judicial e destinado a fazer certa a existência de registro em livro, proces-
so ou documento qualquer em poder do expedidor, referente a determinado ato ou fato,
ou dar por certa a inexistência de tal registro”.
Particularidades
As certidões podem ser de inteiro teor ou resumidas, desde que apresente fielmente o que se
contém no original de onde foram extraídas. Quando a certidão consistir em transcrição ver-
bum ad verbum, isto é, integral, também recebe o nome de translado.
As certidões apresentam certa semelhança com a elaboração da ata. Devem ser escritas em
linhas corridas, sem emendas ou rasuras. Eventuais erros podem ser ressalvados com a palavra
digo ou a expressão em tempo (ao final do corpo do texto). Quaisquer espaços em branco
devem ser preenchidos com pontos ou outros sinais convencionais.
Partes
•• Título – nome do documento.
•• Introdução – alusão ao ato que determinou a expedição do documento (poderá ser
mencionado o documento ou livro de qual a certidão está sendo extraída).
•• Texto – efetiva descrição do que foi encontrado ou transcrição do documento original.
•• Fecho – termo de encerramento e assinatura dos funcionários que participaram do ato
(quem lavrou o documento e quem o conferiu).
•• Local e data – cidade, dia, mês e ano da expedição do ato normativo.
•• Visto – da autoridade que autorizou a lavratura da certidão.
11. Convite
Parte importante na organização de um evento, pois ajuda a estabelecer o tom geral da função
social. Determina o número de convidados. O cartão de resposta determinará quem atendeu
ao convite, a fim de possibilitar a organização da disposição dos assentos, a seleção da comida
e o serviço.
Estrutura:
•• Logo ou gráfico da organização ou anfitrião no topo do convite.
•• Nome completo do anfitrião, sem honoríficos (Dr./Sr./Sra.) a não ser que haja um título
oficial (na linha abaixo do nome). Exceção: o título "Presidente" precede o nome do
anfitrião.
•• Vocabulário formal (“solicitam a sua presença“) ou menos formal ("cordialmente o
convidam a comparecer“).
•• Informações sobre o evento (cerimônia de premiação, festa...).
•• Propósito do evento (homenagem a..., etc.).
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•• Data do evento: formal = data por extenso (Quinta-feira, onze de novembro), ou informal
(Quinta-feira, 11 de novembro).
•• Hora do evento por extenso: exemplo – Às vinte horas.
•• Local do evento e seu endereço.
•• Instruções especiais, se houver alguma: exemplo – direções do local do evento.
•• Informação de RSVP: sigla em francês (Répondez s'il vous plaît), que em português significa
"Responder, por favor"; destina-se a festas e eventos para os quais é necessário saber
exatamente quem irá comparecer.
Observação: um convite eletrônico deve usar o mesmo vocabulário e a mesma etiqueta
utilizados em um convite escrito.
12. Convocação
Modelo – Estrutura
Senhor
(nome)
Convoco (convocamos) Vossa Senhoria para a xxxxxxxxxxx, ser realizada no (endereço do
local), no dia xx de (mês – por extenso) de (ano), às xx horas, quando haverá deliberação sobre
os seguintes temas:
-xxxxxxxxx
-yyyyyyyy
-zzzzzzzzz
Atenciosamente,
(localidade), (dia) de (mês) de (ano).
(Assinatura)
(nome completo)
(cargo)
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14. Decisão Administrativa: utilizada para formalizar informações pertinentes a dispensas, fe-
riados, recessos etc.
Forma: além do cabeçalho e rodapé, são elementos constitutivos da Decisão Administrativa:
a) título: Decisão Administrativa nº ... de ... de 20XX; em caixa-alta, centralizado e negrito;
b) data, alinhada à direita;
c) atribuições da pessoa que está expedindo o documento;
d) texto;
e) assinatura.
15. Declaração: utilizada para afirmar a existência de um fato; a existência ou não de um
direito.
Forma
Pode-se iniciar uma declaração assim: “Declaro para fins de prova junto ao órgão tal...”, “Decla-
ro, para os devidos fins, que...”, ...
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EXEMPLO DE EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS DE CARÁTER INFORMATIVO
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17. Despacho: encaminhamento com decisão proferida por autoridade administrativa em matéria
que lhe é submetida à apreciação. É muito empregado na tramitação de processos. Pode conter
apenas: aprovo, defiro, em termos, de acordo ou ser redigido de forma mais complexa.
Forma
Segue o padrão ofício, incluindo-se o nome do interessado e o número do processo e suprimin-
do-se o vocativo e o fecho.
18. Edital: ato pelo qual se publica pela imprensa, ou em lugares públicos, certa notícia, fato ou
ordenança que deve ser divulgada para conhecimento das pessoas nele mencionadas e de
outras tantas que possam ter interesse pelo assunto.
Forma
•• timbre do órgão que o expede;
•• título: denominação do ato: Edital nº ... de ... de 20XX;
•• ementa: facultativa;
•• texto: desenvolvimento do assunto tratado. Havendo muitos parágrafos, recomenda-se
numerá-los com algarismos arábicos, exceto o primeiro, que não se numera;
•• local e data: se a data não for colocada junto ao título, deve aparecer após o texto;
•• assinatura: nome da autoridade competente, com indicação do cargo que ocupa.
19. Fax
O fax (forma abreviada já consagrada de fac-simile) é uma forma de comunicação que está
sendo menos usada devido ao desenvolvimento da Internet. É utilizado para a transmissão
de mensagens urgentes e para o envio antecipado de documentos, de cujo conhecimento há
premência, quando não há condições de envio do documento por meio eletrônico. Quando
necessário o original, ele segue posteriormente pela via e na forma de praxe.
Se necessário o arquivamento, deve-se fazê-lo com cópia xerox do fax e não com o próprio fax,
cujo papel, em certos modelos, deteriora-se rapidamente.
Estrutura
Os documentos enviados por fax mantêm a forma e a estrutura que lhes são inerentes. É
conveniente o envio, juntamente com o documento principal, de folha de rosto, i. é., de
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pequeno formulário com os dados de identificação da mensagem a ser enviada, conforme
exemplo a seguir:
[Órgão Expedidor]
[setor do órgão expedidor]
[endereço do órgão expedidor]
_______________________________________________________
Destinatário:_____________________________________________
Nº do fax de destino:_____________ Data:_______/_______/_____
Remetente:______________________________________________
Tel. p/ contato:________ Fax/correio eletrônico:________________
Nº de páginas: esta +______ Nº do documento: _________________
Observações:_____________________________________________
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21. Mensagem: instrumento de comunicação oficial entre os Chefes dos Poderes Públicos,
notadamente as mensagens enviadas pelo Chefe do Poder Executivo ao Poder Legislativo
para informar sobre fato da Administração Pública.
Forma
•• indicação do tipo de expediente e de seu número, horizontalmente, no início da margem
esquerda: Mensagem nº;
•• vocativo, de acordo com o pronome de tratamento e o cargo do destinatário, horizontal-
mente, no início da margem esquerda;
•• texto, iniciando a 2 cm do vocativo: Excelentíssimo Senhor Presidente do Senado Federal;
•• local e data, verticalmente, a 2 cm do final do texto (distância), e horizontalmente fazendo
coincidir seu final com a margem direita.
OBS. 20: a mensagem, como os demais atos assinados pelo Presidente da República, não traz
identificação de seu signatário.
22. Nota Técnica: tem como finalidade oferecer subsídios e contribuições a debates, esclarecer
gestores sobre a importância de determinada ação, dar orientações, no mais das vezes em
atenção a consultas recebidas.
Exemplo de Nota Técnica
NOTA TÉCNICA Nº 018/2015
23. Ordem de Serviço: uma instrução (ato interno) dada a servidor ou órgão administrativo.
Encerra orientações a serem tomadas pela chefia para execução de serviços ou desem-
penho de encargos. É o documento, o ato pelo qual se determinam providências a serem
cumpridas por órgãos subordinados.
Forma
•• título: Ordem de Serviço nº …...., de …... de …...................... de 20XX (Em caixa-alta e
centralizado);
•• texto;
•• nome e cargo do chefe.
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24. Parecer: opinião escrita ou verbal, emitida e fundamentada por autoridade competente,
acerca de determinado assunto.
Forma
Segue o padrão ofício, suprimindo-se o destinatário, o vocativo e o fecho e incluindo-se o nome
do interessado e o número do processo.
O título deve apresentar as iniciais em caixa-alta e as demais letras em caixa-baixa, seguido do
número sequencial do documento e da sigla da unidade que o emitiu, alinhados à esquerda. Tal
documento não se encontra padronizado no Manual de Redação da Presidência da República,
mas em outros tantos manuais deste decorrentes.
“Urgência urgentíssima” trata-se de regime de tramitação que permite a inclusão automática
na Ordem do Dia de proposição para discussão e votação imediata, ainda que iniciada a sessão
em que foi apresentada, caso seja aprovado requerimento pela maioria absoluta da composição
da Câmara ou de líderes que representem esse número, aprovado pela maioria absoluta dos
deputados. Esse regime dispensa parecer aprovado em comissão – o parecer pode ser dado
oralmente pelo relator no plenário.
Por ele, são dispensadas todas as formalidades regimentais – exceto as exigências de quorum,
pareceres e publicações – , com o objetivo de conferir rapidez ao andamento da proposição.
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27. Regulamento: é o conjunto de regras que se estabelece com a finalidade de executar a lei.
Nesse sentido, é o ato emanado do executivo com o objetivo de estabelecer as providências
necessárias ao cumprimento da lei. São as regras em que se determinam o modo de direção
e o funcionamento de uma associação ou entidade.
Forma
Além de cabeçalho e rodapé,
•• nome: Regulamento dos...;
•• texto: artigos numerados como na lei, decreto, isto é, do 1º ao 9º a numeração é ordinal;
do 10 em diante, a numeração é cardinal;
•• local e data.
28. Relatório: tem por finalidade expor ou relatar atos e fatos sobre determinado assunto para
descrição minuciosa de atividades ou fatos relevantes e concernentes a serviços específicos
ou inerentes ao exercício do cargo. A linguagem de um relatório deve ser clara, objetiva
e concisa. Deve, ainda, apresentar a descrição das medidas adotadas. Trata-se de texto
administrativo escrito para prestar conta de trabalho realizado. O relatório subsidia decisão
a ser tomada pelo destinatário. Por isso, é sempre conclusivo: apresenta sugestão de
caminho a ser tomado pelo superior, a quem dirigido, a partir do exame direto da situação
feito pelo autor. O relatório não é simples relato do ocorrido ou presenciado (narração).
Deve trazer a posição do signatário sobre a situação examinada, o que significa dizer que
é um texto argumentativo. A linguagem de um relatório deve ser clara, objetiva e concisa.
Deve, ainda, apresentar a descrição das medidas adotadas.
Tipos de relatório: científico, econômico, jurídico, policial, investigativo.
Estrutura do relatório:
•• título: nome do documento em maiúsculas (RELATÓRIO);
•• invocação: vocativo adequado ao tratamento da autoridade a quem se dirige o documento;
•• texto:
•• introdução (não numerada) – justificativa para a elaboração do documento;
•• registro – parte expositiva (pormenorizada e sequencial); traz dados obtidos por meio
da observação direta da situação;
•• análise – conteúdo argumentativo; confronto entre o dado da realidade e a norma apli-
cável (verificar se o que ocorre ou ocorreu está de acordo com a lei);
•• conclusão: segunda parte argumentativa; traz avaliação da situação (normal ou anor-
mal, regular ou irregular) e sugestão de providências.
•• Obs.: os parágrafos são numerados, exceto o primeiro.
•• fecho
•• local e data (padrão ofício)
•• assinatura
•• nome e cargo ou função da autoridade ou servidor que apresenta o relatório
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29. Requerimento: documento utilizado para obter um bem, um direito ou uma declaração
de uma autoridade pública. É uma petição dirigida a uma entidade oficial, organismo ou
instituição por meio da qual se solicita a satisfação de uma necessidade ou interesse. Em
sua elaboração, usa-se linguagem objetiva; incluem-se elementos como identificação,
endereço...; emprega-se a 3ª pessoa do singular e do plural; utiliza-se o Padrão Ofício,
contido no Manual de Redação da Presidência da República, para linguagem, identificação,
tipo de letra, dentre outras características.
Estrutura:
•• Designação do órgão administrativo a que se dirige;
•• Identificação do requerente pela indicação do nome, estado civil, profissão, morada e
número de contribuinte;
•• Exposição dos fatos em que se baseia o pedido e, quando tal seja possível ao requerente,
os respectivos fundamentos de direito;
•• Indicação do pedido em termos claros e precisos;
•• Data e assinatura do requerente ou de outrem a seu rogo, se o mesmo não souber ou não
puder assinar.
MODELO
Destinatário/invocação
Requerente
Identificação
O que requer
Justificativa
(Amparo legal, se houver)
Fecho: cerca de 3 linhas abaixo do texto. Pode ocupar uma ou duas linhas. Não é obrigatório.
(“Termos em que pede deferimento”)
(Localidade e data)
(Assinatura)
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31. Telegrama
Com o fito de uniformizar a terminologia e simplificar os procedimentos burocráticos, passa a
receber o título de telegrama toda comunicação oficial expedida por meio de telegrafia, telex, etc.
Por tratar-se de forma de comunicação dispendiosa aos cofres públicos e tecnologicamente su-
perada, deve restringir-se o uso do telegrama apenas àquelas situações que não seja possível o
uso de correio eletrônico ou fax e que a urgência justifique sua utilização. Também em razão de
seu custo elevado, essa forma de comunicação deve pautar-se pela concisão.
Forma
Não há padrão rígido, devendo-se seguir a forma e a estrutura dos formulários disponíveis nas
agências dos Correios e em seu sítio na Internet.
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SIGLAS
Siglas que são pronunciáveis: no mesmo corpo do texto e somente com a inicial maiúscula
(não se usam pontos intermediários ou pontos finais).
Exemplo: Detran
Maiúsculas: siglas com quatro letras ou mais quando se pronunciar separadamente cada uma
das letras ou parte delas.
Exemplo: INSS, BNDES, IBGE
Maiúsculas: siglas até três letras.
Exemplo: SUS
Siglas consagradas pelo uso: a primeira referência no texto deve ser acompanhada de explici-
tação de seu significado.
Exemplo: Assessoria de Comunicação e Educação em Saúde (Ascom).
Manutenção da forma original: siglas que em sua origem trazem letras maiúsculas e minúsculas
na estrutura.
Exemplo: CNPq
Siglas dos órgãos estrangeiros 1: as traduzidas para o português deverão seguir essa designa-
ção, e não a original.
Exemplo: Organização das Nações Unidas (ONU)
Siglas dos órgãos estrangeiros 2: mantém-se a sigla estrangeira não traduzida, mesmo que o
seu nome em português não corresponda perfeitamente à sigla.
Exemplo: Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) Plural:
acréscimo de “s”, sem apóstrofo.
Exemplo: Organizações não Governamentais (ONGs).
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segundo a vontade do patrão, a qualquer hora. Exemplo: O ministro disse que é demissível
ad nutum.
6. Ad referendum – pendente de aprovação.
7. Data vênia – com a devida licença, permissão; com sua licença; com todo o respeito.
Recorre-se a essa expressão quando, numa argumentação, discorda-se de alguém.
8. Dura lex sed Lex – a lei é dura, mas é a lei.
9. Erga omnes – diz-se de ato, lei ou decisão que a todos obriga, ou é oponível contra todos,
ou sobre todos tem efeito.
10. Et similia – e coisas semelhantes.
11. Exempli gratia – por exemplo. Abrevia-se assim: e.g.
12. Ex expositis – do que ficou exposto.
13. Ex officio – por lei, oficialmente, em virtude do próprio cargo. Exemplo: O advogado do réu
foi nomeado ex officio (por lei)pelo juiz.
14. Ex positis – do que ficou assentado.
15. Ex professo – como professor, magistralmente, com toda a perfeição.
Exemplo: Discorreu sobre o assunto ex professo.
16. Ex vi – por força, por efeito, por determinação expressa.
Exemplo: ... ex vi do art. 52 da Lei Complementar nº...
17. Habeas corpus – que tenhas o corpo livre para te apresentares ao tribunal.
18. Habeas data – que tu tenhas os dados.
19. Honoris causa – pela honra.
20. In fine – no fim.
21. In limine – no limiar, no princípio.
Exemplo: As razões foram rejeitadas in limine.
22. In totum – em geral, no todo, totalmente.
23. Ipsis literis – com as mesmas letras, textualmente.
Exemplo: O professor pede: ”Escreva assim — ipsis literis”.
24. Ipsis verbis – com as mesmas palavras.
25. Ipso facto – em virtude desse mesmo fato.
Exemplo: Ele não pagou; ipso facto não concorreu ao sorteio.
26. Lato sensu – em sentido geral (o contrário de stricto sensu = em sentido restrito).
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27. Maxime – principalmente, mormente.
Exemplo: A todos obedeçamos, maxime aos pais.
28. Mutatis mutandis – mudando o que deve ser mudado, fazendo-se as mudanças devidas
com a devida alteração dos pormenores. Usa-se quando se adapta uma citação ao contexto
ou às circunstâncias.
Exemplo: Tem o pai vários deveres para com o filho; mutatis mutandis, tem o filho iguais deve-
res para com o pai.
29. Omissis – omitido.
30. Pari passu – a passo igual, junto.
Exemplo: Acompanhar alguém pari passu (= acompanhá-lo por toda a parte).
31. Persona non grata – pessoa que não é bem-vinda.
32. Primo – em primeiro lugar.
Exemplo: Por duas razões assim procedi: primo porque a consciência o mandava, secundo por-
que as circunstâncias o exigiam.
33. Pro forma – por mera formalidade.
34. Quantum satis ou quantum sufficit – o suficiente, o estritamente necessário.
35. Retro – atrás.
Exemplo: Reporto-me ao que retro ficou dito nesta folha.
36. Secundo – em segundo lugar.
Exemplo: Por duas razões assim procedi: primo porque a consciência o mandava, secundo por-
que as circunstâncias o exigiam.
37. Sic – assim, deste modo, com as mesmas palavras. É palavra que se pospõe a uma citação,
ou que nesta se intercala, entre parênteses ou entre colchetes, para indicar que o texto ori-
ginal é bem assim, por errado ou estranho que pareça.
38. Sine die – indeterminadamente, sem fixar dia.
39. Status quo – no estado em que.
40. Stricto sensu – em sentido restrito.
41. Sub examine – sob exame.
42. Sui generis – de gênero próprio, de seu próprio gênero, ímpar, sem igual.
43. Supra – acima, no lugar superior.
Exemplo: Os supracitados fatos.
44. Verbi gratia – por exemplo. Abrevia-se assim: v.g.
Obs.: muitas dessas expressões latinas, por serem bastante usadas em português, não costu-
mam vir escritas em itálico ou entre aspas.
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Redação Oficial – Profª Maria Tereza
EXPOSIÇÃO
AVISO OFíCIO MEMORANDO MENSAGEM
DE MOTIVOS
Nome do
órgão +
Cabeçalho Não Não Não Não
endereço +
tel. e e-mail
Tipo da
Sim: Ofício Sim:
comunicação Sim: Aviso Sim: Mem. Sim: EM
ou Of. Mensagem
e número
No final, no
Local e data Canto direito Canto direito Canto direito Canto direito
canto direito
Nome +
Destinatário Nome + cargo cargo + Cargo Não Não
endereço
Assunto Sim Sim Sim Não Não
Vocativo Sim Sim Não Sim Sim
Parágrafos Parágrafos Parágrafos Parágrafos
Parágrafos com
Texto sem com sem sem
numeração
numeração numeração numeração numeração
Fecho Sim Sim Sim Sim Não
Identificação
Nome+ cargo Nome+ cargo Nome + cargo Nome + cargo Só assinatura
do signatário
Comunicação
Expedido por
entre unidades Expedido por
Ministros de Expedido
administrativas Ministros de Entre Chefes
Expedido por Estado para por e para
de um Estado para o dos Poderes
e para autoridade as demais
mesmo órgão Presidente da Públicos
de mesma autoridades
(comunicação República
hierarquia
interna)
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Informar
sobre fato da
Administração
Pública; expor
o plano de
governo por
ocasião da
abertura de
sessão legisla-
tiva; submeter
Tratamento
Pode ter cará- ao Congresso
Tratamento de assuntos Informar algo,
ter meramente Nacional ma-
de assuntos oficiais pelos propor algu-
administrativo térias que
oficiais pelos órgãos da ma medida ou
ou pode ser para dependem de
Finalidade órgãos da administra- submeter à
a exposição de deliberação
administração ção pública sua considera-
projetos, ideias de suas Casas;
pública entre entre si, e ção projeto do
etc. Deve ser apresentar
si também com ato normativo
simples e ágil. veto; enfim,
particulares
fazer e
agradecer
comunicações
de tudo
quanto seja
de interesse
dos poderes
públicos e da
Nação.
184 www.acasadoconcurseiro.com.br
Redação Oficial – Profª Maria Tereza
Objetividade e formato
Caso seja imprescindível expor alguns detalhes do comunicado, o ideal é organizá-los em
tópicos. Se o comunicado for enviado por e-mail, podem-se anexar documentos com mais
informações.
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SLIDES – REDAÇÃO OFICIAL
Características
impessoalidade formalidade
língua padrão uniformidade
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Redação Oficial – Profª Maria Tereza
Para autoridades de
mesma hierarquia ou Atenciosamente
de hierarquia inferior:
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Identificação do Signatário
Demais
comunicações: assinatura + nome + cargo
Redação Oficial
Padrão Ofício
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Redação Oficial – Profª Maria Tereza
Padrão Ofício
AVISO OFÍCIO MEMORANDO
Forma Finalidade
semelhante diferente
Padrão Ofício
SEMELHANÇAS
•tipo e número do expediente, seguido da sigla do órgão que o expede;
•local e data em que foi assinado, por extenso, com alinhamento à direita;
•destinatário (o nome e o cargo da pessoa a quem é dirigida a
comunicação; no ofício, deve ser incluído também o endereço);
•assunto (resumo do teor do documento; também chamado de ementa);
•vocativo (seguido de vírgula);
•introdução - apresentação do assunto ;
•desenvolvimento – detalhamento do assunto; se houver mais de uma
ideia, deve haver parágrafos distintos;
•conclusão – reafirmação ou reapresentação do assunto;
•fecho;
•assinatura do autor da comunicação;
•identificação do signatário.
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Padrão Ofício - Diferenças
AVISO
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Redação Oficial – Profª Maria Tereza
Redação Oficial
Outras Correspondências
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Outras Correspondências
1. Ata relatório de reunião
Outras Correspondências
7. Declaração afirmação sobre existência de
fato, de direito
8. Exposição de motivos dirigida ao Presidente da
República
9. Despacho decisão proferida por autoridade
publicação de notícia, fato ou
10. Edital ordem
11. Fax arquivamento xerox
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Outras Correspondências
13. Nota Técnica subsídios para debates
Outras Correspondências
19. Relatório exposição de fatos; descrição de
atividades
20. Requerimento petição para obter bem, direito,
declaração
21. Resolução deliberação sobre normas
regulamentares (baixa uma
medida)
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Direito Constitucional
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Direito Constitucional
Aula XX
TÍTULO II
Dos Direitos e Garantias Fundamentais
CAPÍTULO I
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
12o-13o Da nacionalidade
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
DESTINATÁRIOS DO ART. 5º:
I – homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
II – ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de
lei;
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TORTURA – ART. 5º, III e LIII
III – ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;
DIREITO DE EXPRESSÃO
IX – é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação,
independentemente de censura ou licença;
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Direito Constitucional – Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos (Art. 005) – Prof. André Vieira
INVIOLABILIDADE DO DOMICÍLIO
XI – a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento
do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante
o dia, por determinação judicial;
EXCEÇÕES
DIA NOITE
Desastre Desastre
Determinação Judicial X
J.A.Silva (06:00/18:00)
Sol alto
Nucci Alvorecer/Anoitecer
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SIGILO DE CORRESPONDÊNCIA E DE COMUNICAÇÃO
1 Investigação criminal
Interceptação
telefônica
LIBERDADE DE LOCOMOÇÃO
XV – é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa,
nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;
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Direito Constitucional – Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos (Art. 005) – Prof. André Vieira
ASSOCIAÇÃO
XVII – é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;
XVIII – a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de
autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento;
XIX – as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades
suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;
XX – ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;
XXI – as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para
representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;
PROPRIEDADE
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A indenização deve
Prévia Antecipada
Em dinheiro Em espécie
XXVI
Para pagamentos de débitos
decorrentes de sua atividade produtiva
A pequena
propriedade Desde que trabalhada pela família
rural
Dispondo a lei sobre os meios de
financiar o seu desenvolvimento
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Direito Constitucional – Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos (Art. 005) – Prof. André Vieira
PROPRIEDADE INTELECTUAL
http://entendaocasolegiao.blogspot.com.br/
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XXXVIII – é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados:
a) a plenitude de defesa;
b) o sigilo das votações;
c) a soberania dos veredictos;
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;
CRIMES
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Direito Constitucional – Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos (Art. 005) – Prof. André Vieira
RACISMO X X
AGA X X
TORTURA X X
TRÁFICO X X
TERRORISMO X X
HEDIONDO X X
PENAS
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XLVI – a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes:
a) privação ou restrição da liberdade;
b) perda de bens;
c) multa;
d) prestação social alternativa;
e) suspensão ou interdição de direitos;
PENAS
Recepciona Não recepciona
5
De morte, salvo em caso de guerra
Privação ou restrição da liberdade
declarada, nos termos do art. 84, XIX
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Direito Constitucional – Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos (Art. 005) – Prof. André Vieira
Do cumprimento da pena
A
Estabelecimento distinto
B
Natureza do delito
C
Idade
D
Sexo
L – às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos
durante o período de amamentação;
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EXTRADIÇÃO
Nato Jamais
Crime político
Crime de opinião
Naturalizado
Crime Político
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Direito Constitucional – Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos (Art. 005) – Prof. André Vieira
LIX – será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo
legal;
LX – a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade
ou o interesse social o exigirem;
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PRESO
LXI – ninguém será PRESO senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada
de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime
propriamente militar, definidos em lei;
PRISÃO
PRESO
LXIII – o PRESO será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado,
sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado;
LXIV – o PRESO tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu
interrogatório policial;
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Direito Constitucional – Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos (Art. 005) – Prof. André Vieira
PRISÃO
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS
LXVIII – conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de
sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;
LXIX – conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não
amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade
ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de
atribuições do Poder Público;
LXX – o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:
a) partido político com representação no Congresso Nacional;
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em
funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou
associados;
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REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS
Descrições de Incisos
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Direito Constitucional – Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos (Art. 005) – Prof. André Vieira
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS
Descrições de Incisos
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Assistência Jurídica Integral e Gratuita (AJIG)
LXXIV – o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem
insuficiência de recursos;
LXXV – o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso além
do tempo fixado na sentença;
214 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos (Art. 005) – Prof. André Vieira
LXXVII – são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data, e, na forma da lei, os atos
necessários ao exercício da cidadania.
§,3o 2T # 3/5 # CD e SF # EC
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Direito Constitucional
Aula XX
2 a Geração / Dimensão
CAPÍTULO II
DOS DIREITOS SOCIAIS
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte,
o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos
desamparados, na forma desta Constituição.
EC Ano
Moradia 26 2000
EC Ano
Alimentação 64 2010
EC Ano
Transporte 90 2015
Educação
Saúde TTemos
SÃO DIREITOS SOCIAIS
Trabalho
lazer
alimentação
Lazer demais
Segurança
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Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:
Destinatários do Art. 7o
Urbano
Rural
Doméstico
Avulso
Aprendiz
Servidor Público
Oficial das Forças Armadas
I – relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos
de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;
II – seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;
III – fundo de garantia do tempo de serviço;
IV – salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas
necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde,
lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe
preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;
V – piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;
VI – irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;
VII – garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável;
VIII – décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;
IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
X – proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa;
XI – participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente,
participação na gestão da empresa, conforme definido em lei;
XII – salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos
da lei;
XIII – duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro
semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou
convenção coletiva de trabalho;
XIV – jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento,
salvo negociação coletiva;
XV – repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
XVI – remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por cento à do
normal;
218 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Dos Direitos Sociais (Art. 006 a 011) – Prof. André Vieira
XVII – gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário
normal;
XVIII – licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e
vinte dias;
XIX – licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
XX – proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos
da lei;
XXI – aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos
termos da lei;
XXII – redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e
segurança;
XXIII – adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma
da lei;
XXIV – aposentadoria;
XXV – assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de
idade em creches e pré-escolas;
XXVI – reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;
XXVII – proteção em face da automação, na forma da lei;
XXVIII – seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização
a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;
XXIX – ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional
de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção
do contrato de trabalho;
XXX – proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por
motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
XXXI – proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do
trabalhador portador de deficiência;
XXXII – proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os
profissionais respectivos;
XXXIII – proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de
qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de
quatorze anos;
XXXIV – igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o
trabalhador avulso
Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos
previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX,
XXXI e XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do
cumprimento das obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes da relação de
trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a
sua integração à previdência social.
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VELHAS NA TPM
V Vestuário
E Educação
SALÁRIO MÍNIMO
L Lazer
H Higiene
A Alimentação
S Saúde
T Transporte
Art. 7 o IV
P Previdência Social
M Moradia
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Direito Constitucional – Dos Direitos Sociais (Art. 006 a 011) – Prof. André Vieira
ANTES DA EC 72
SIDRA FLA
IV
EMPREGADO DOMÉSTICO
VI
VIII
XV
XXI
XVII
XVIII
XIX
XXIV
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NÃO TEM DIREITO
V
XI
EMPREGADO DOMÉSTICO
XIV
XX
XXIII
XXVII
XXIX
XXXII
XXXIV
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Direito Constitucional – Dos Direitos Sociais (Art. 006 a 011) – Prof. André Vieira
1o 10 2015
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Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios institui-rão, no âmbito de sua
competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração
pública direta, das autarquias e das fundações públicas. (Vide ADIn 2.135-4)
§ 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV,
VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer
requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o exigir.
SERVIDORES PÚBLICOS
IV
VIII
IX
XII
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Direito Constitucional – Dos Direitos Sociais (Art. 006 a 011) – Prof. André Vieira
XIII
XV
XVI
XVII
XVIII XIX
XX
XXII
XXX
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Art. 142,
VIII MILITARES
VIII
XII
FORÇAS ARMADAS
XVII
XVIII
XIX
XXV
226 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Dos Direitos Sociais (Art. 006 a 011) – Prof. André Vieira
Votar
Aposentado Filiado
Ser votado
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VII
IV
VII
III
VI
II
Considerações
o
V
I
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Direito Constitucional – Dos Direitos Sociais (Art. 006 a 011) – Prof. André Vieira
Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade
de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender.
§ 1º A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das
necessidades inadiáveis da comunidade.
§ 2º Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei.
Prazo %
Parcial 72h X
Cuidado 114, §, 3o
Paralisações
Prazo %
Total 48h X
Cuidado
Pagamento do salário ainda que
o empregado não tenha trabalhado.
Lei 7783/89
Art. 17. Fica vedada a paralisação das atividades, por iniciativa do EMPREGADOR, com o
objetivo de frustrar negociação ou dificultar o atendimento de reivindicações dos respectivos
empregados (LOCK OUT).
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Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores e empregadores nos colegiados dos órgãos
públicos em que seus interesses profissionais ou previdenciários sejam objeto de discussão e
deliberação.
Participação Participação
Trabalhadores e Empregadores
COLEGIADOS
de órgãos Públicos
Interesse Interesse
Profissionais ou Previdenciário
Objeto Objeto
Discussão e Deliberação
Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição de um representante
destes com a finalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento direto com os empregadores.
Assegurada Eleição
1 Representante
Finalidade Exclusiva
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Direito Constitucional
Aula XX
Senadores STF SF
Dep. Estaduais TJ AL
Dep. Distritais TJ CL
Vereadores 1ª instância CV
Salvo
TÍTULO IV
Da Organização dos Poderes
CAPÍTULO I
DO PODER LEGISLATIVO
Seção I
DO CONGRESSO NACIONAL
Art. 44. O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos
Deputados e do Senado Federal.
Parágrafo único. Cada legislatura terá a duração de quatro anos.
Art. 45. A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos, pelo sistema
proporcional, em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal.
§ 1º O número total de Deputados, bem como a representação por Estado e pelo Distrito Federal,
será estabelecido por lei complementar, proporcionalmente à população, procedendo-se aos ajustes
necessários, no ano anterior às eleições, para que nenhuma daquelas unidades da Federação tenha
menos de oito ou mais de setenta Deputados. (Vide Lei Complementar nº 78, de 1993)
§ 2º Cada Território elegerá quatro Deputados.
Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos
segundo o princípio majoritário.
§ 1º Cada Estado e o Distrito Federal elegerão três Senadores, com mandato de oito anos.
§ 2º A representação de cada Estado e do Distrito Federal será renovada de quatro em quatro
anos, alternadamente, por um e dois terços.
§ 3º Cada Senador será eleito com dois suplentes.
Art. 47. Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa e de suas
Comissões serão tomadas por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros.
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Poder Legislativo
Composição CD e SF
Legislatura 4 anos
Comparação
entre as casas CD SF
Legislatura 1 2
Sessão 4 8
Legislativa
Período
Legislativo 8 16
Número mínimo 8 x
Número máximo 70 x
Número 4 x
(territórios)
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Direito Constitucional – Do Congresso Nacional (Art. 044 a 047) – Prof. André Vieira
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REGRA DO ART. 27
O número de Deputados à Assembleia Legislativa corresponderá ao TRIPLO da representação
do Estado na Câmara dos Deputados [...]
1ª REGRA
Toma como parâmetro o número = nº de
mínimo de (8 A 12) X 3 DEPUTADOS
DEPUTADOS FEDERAIS ESTADUAIS
ACRE = 8 X3 24
ALAGOAS = 9 X3 27
ESPÍRITO SANTO = 10 X3 30
PARAÍBA = 12 X3 36
2ª REGRA
Toma como parâmetro o número = nº de
DEPUTADOS FEDERAIS + 24 DEPUTADOS
ACIMA de 12 ESTADUAIS
RGS = 31 + 24 55
SP = 70 +24 94
234 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Do Congresso Nacional (Art. 044 a 047) – Prof. André Vieira
Espécie
Artigo Competência Particularidade
normativa
48 Cabe ao CN C/S LO
Competência
49 S/S DL
exclusiva CN
Competência
52 S/S Resolução
privativa SF
LEI ORDINÁRIA
Observação Com sanção
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Direito Constitucional
Aula XX
Seção II
DAS ATRIBUIÇÕES DO CONGRESSO NACIONAL
Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não exigida esta
para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da União,
especialmente sobre:
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I − sistema tributário, arrecadação e distribuição de rendas;
PPA
Emissão de Diretrizes
curso forçado orçamentárias
Dívida Orçamento
pública anual
Operações
de crédito
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Direito Constitucional – Das Atribuições do Congresso Nacional (Art. 048 a 050) – Prof. André Vieira
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V − LIMITES DO TERRITÓRIO NACIONAL, espaço aéreo e marítimo e bens do domínio da União;
240 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Das Atribuições do Congresso Nacional (Art. 048 a 050) – Prof. André Vieira
Cuidado!
Sede do
Governo Federal
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IX − organização administrativa, judiciária, do Ministério Público e da Defensoria Pública da
União e dos Territórios e organização judiciária e do Ministério Público do Distrito Federal;
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Cuidado!
Não confundir com o art. 49, XII
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XIII − matéria financeira, cambial e monetária, instituições financeiras e suas operações;
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Cuidado!
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DECRETO LEGISLATIVO
VERBOS
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III − autorizar o Presidente e o Vice-Presidente da República a se ausentarem do País,
quando a ausência exceder a quinze dias;
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V − sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos
limites de delegação legislativa;
SUSTAR
EXORBITEM
VI − mudar TEMPORARIAMENTE SUA SEDE;
Cuidado!
“Temporariamente”
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SUBSÍDIOS
VII − fixar idêntico subsídio para os VIII − fixar os subsídios do Presidente e do
Deputados Federais e os Senadores, Vice-Presidente da República e dos Ministros
observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, de Estado, observado o que dispõem os arts.
§ 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I;
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XI − zelar pela preservação de sua competência legislativa em face da atribuição normativa dos
outros Poderes;
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2
XIV − aprovar iniciativas do Poder Executivo referentes a atividades nucleares;
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XV − autorizar REFERENDO e convocar PLEBISCITO;
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XVII − aprovar, previamente, a alienação ou concessão de terras públicas com área superior a
dois mil e quinhentos hectares.
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Direito Constitucional – Das Atribuições do Congresso Nacional (Art. 048 a 050) – Prof. André Vieira
Art. 50. A Câmara dos Deputados e o Senado Federal, ou qualquer de suas Comissões, poderão
convocar Ministro de Estado ou quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados à Presi-
dência da República para prestarem, pessoalmente, informações sobre assunto previamente de-
terminado, importando crime de responsabilidade a ausência sem justificação adequada.
§ 1º Os Ministros de Estado poderão comparecer ao Senado Federal, à Câmara dos Deputados,
ou a qualquer de suas Comissões, por sua iniciativa e mediante entendimentos com a Mesa
respectiva, para expor assunto de relevância de seu Ministério.
§ 2º As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal poderão encaminhar pedidos
escritos de informações a Ministros de Estado ou a qualquer das pessoas referidas no caput
deste artigo, importando em crime de responsabilidade a recusa, ou o não − atendimento, no
prazo de trinta dias, bem como a prestação de informações falsas.
RESOLUÇÃO
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Direito Constitucional
Seção III
DA CÂMARA DOS DEPUTADOS
Art. 51. Compete privativamente à Câmara dos Deputados:
I − autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra
o Presidente e o Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado;
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II − proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não apresentadas ao
Congresso Nacional dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa;
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Direito Constitucional
Seção IV
DO SENADO FEDERAL
Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:
RESOLUÇÃO
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III − aprovar previamente, por VOTO SECRETO, após ARGUIÇÃO PÚBLICA, a escolha de:
VOTO SECRETO
ARGUIÇÃO PÚBLICA
VOTO SECRETO
SESSÃO SECRETA
VII − dispor sobre LIMITES GLOBAIS e condições para as OPERAÇÕES DE CRÉDITO EXTERNO
E INTERNO da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de suas autarquias e
demais entidades controladas pelo Poder Público federal;
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Direito Constitucional – Do Senado Federal (Art. 052) – Prof. André Vieira
VOTO SECRETO
Parágrafo único. Nos casos previstos nos incisos I e II, funcionará como Presidente o do
Supremo Tribunal Federal, limitando-se a condenação, que somente será proferida por dois
terços dos votos do Senado Federal, à perda do cargo, com inabilitação, por oito anos, para o
exercício de função pública, sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis.
Key code
VI
VII
VIII
IX
XV
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IMAGENS KEY CODE
DÍVIDA MOBILIÁRIA
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Direito Constitucional
Seção V
DOS DEPUTADOS E DOS SENADORES
Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas
opiniões, palavras e votos.
Real
Imunidade Substantiva
material
Freedom of speech
Civil
Decorre Inviolabilidade e
Penal
Absoluta ou relativa?
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Prerrogativa de Foro
Imunidade processual
Imunidade
formal Imunidade adjetiva
Iniciativa
Partido político nela representado
Tipo de aprovação
M.A.
Sustação do processo
Até a decisão final
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Direito Constitucional – Dos Deputados e dos Senadores (Art.053 a 056) – Prof. André Vieira
Imunidades
Art.29, VIII
x( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
Pres. da República
Deputado Federal
IM
Governador
Senadores
Estaduais
Vereador
Distritais
Prefeito
Deputados
IF
( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
x
x
§ 4º O pedido de sustação será apreciado pela Casa respectiva no prazo improrrogável de
quarenta e cinco dias do seu recebimento pela Mesa Diretora.
Pedido de sustação
Quem aprecia
Casa respectiva
Prazo
Improrrogável de 45 dias
Momento
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§ 5º A sustação do processo suspende a prescrição, enquanto durar o mandato.
Sustação do processo
Consequência
Suspende a prescrição
Prazo
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Direito Constitucional – Dos Deputados e dos Senadores (Art.053 a 056) – Prof. André Vieira
Tipo de aprovação
Subsiste
Suspensa
Condição
Considerações
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INCOMPATIBILIDADES E IMPEDIMENTOS
DOS PARLAMENTARES
As incompatibilidades e os impedimentos constituem vedações impostas aos congressistas.
Em outras palavras, dizem respeito às normas que impedem o congressista de exercer certas
ocupações ou de praticar certos atos cumulativamente com seu mandato. Elas poderão ser:
54, I, b Diploma
Funcional
Diploma
Profissional
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Direito Constitucional – Dos Deputados e dos Senadores (Art.053 a 056) – Prof. André Vieira
Negocial
Funcional
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Observe atentamente quem são pessoas jurídicas de direito público interno bem como as
pessoas jurídicas de direito público externo.
II − DESDE A POSSE:
a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de
contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada;
Profissional
b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis ad nutum, nas entidades referidas no
inciso I, a;
Funcional
c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o inciso I, a;
Profissional
Política
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Direito Constitucional – Dos Deputados e dos Senadores (Art.053 a 056) – Prof. André Vieira
Perda do Mandato
Quem decide
CD ou SF
Tipo de aprovação
M.A.
Provocação
Respectiva mesa
ou
Assegurada
Ampla defesa
`
§ 2º Nos casos dos incisos I, II e VI, a perda do mandato será decidida pela Câmara dos Deputados
ou pelo Senado Federal, por maioria absoluta, mediante provocação da respectiva Mesa ou de
partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa.
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III − que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões ordinárias
da Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por esta autorizada;
IV − que perder ou tiver suspensos os direitos políticos;
V − quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos nesta Constituição;
Perda do Mandato
Quem declara
Forma
Ofício ou Provocação
Legitimados
Qq de seus membros
Assegurada
Ampla defesa
§ 3º Nos casos previstos nos incisos III a V, a perda será declarada pela Mesa da Casa respectiva,
de ofício ou mediante provocação de qualquer de seus membros, ou de partido político
representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa.
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Direito Constitucional – Dos Deputados e dos Senadores (Art.053 a 056) – Prof. André Vieira
§ 1º É incompatível com o decoro parlamentar, além dos casos definidos no regimento interno,
o abuso das prerrogativas asseguradas a membro do Congresso Nacional ou a percepção de
vantagens indevidas.
Fato / Caracterização
Quebra de decoro parlamentar: A Casos definidos no RI
B Abuso de prerrogativas
Renúncia / Implicação
1. CASSAÇÃO: Mediante processo próprio, nas hipóteses dos art. 55, I, II e VI, por voto secreto
da maioria absoluta;
2. EXTINÇÃO: Decurso da legislatura, morte, renúncia, desinteresse (ausência), perda ou
suspensão dos direitos políticos.
Senadores SF STF
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O art. 56, I se mostra uma exceção ao princípio da incompatibilidade.
Secretário Ministro
de Estado de Estado
CMDC Governador
Território de Território
Secretário Secretário
de DF de Território
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Direito Constitucional – Dos Deputados e dos Senadores (Art.053 a 056) – Prof. André Vieira
II − licenciado pela respectiva Casa por motivo de doença, ou para tratar, sem remuneração, de
interesse particular, desde que, neste caso, o afastamento não ultrapasse cento e vinte dias por
sessão legislativa.
Licenciado
Bolso Bolso
Remunerado Sem remuneração
Prazo Prazo
Indeterminado Máximo 120 dias por SL
§ 1º O suplente será convocado nos casos de vaga, de investidura em funções previstas neste
artigo ou de licença superior a cento e vinte dias.
Convocação
Idem
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§ 2º Ocorrendo vaga e não havendo suplente, far-se-á eleição para preenchê-la se faltarem
mais de quinze meses para o término do mandato.
Suplente
Considerações
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Direito Constitucional
Seção VI
DAS REUNIÕES
SESSÃO LEGISLATIVA
Art. 57. O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 de
julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro.
SESSÃO EXTRAORDINÁRIA
o
02/02 a 17/07 1 período
o
01/08 a 22/12 2 período
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§ 1º As reuniões marcadas para essas datas serão transferidas para o primeiro dia útil
subsequente, quando recaírem em sábados, domingos ou feriados:
§ 2º A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes
orçamentárias.
SESSÃO CONJUNTA
§ 3º Além de outros casos previstos nesta Constituição, a Câmara dos Deputados e o Senado
Federal reunir-se-ão em sessão conjunta para:
I − inaugurar a sessão legislativa;
II − elaborar o regimento comum e regular a criação de serviços comuns às duas Casas;
III − receber o compromisso do Presidente e do Vice-Presidente da República;
IV − conhecer do veto e sobre ele deliberar.
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Direito Constitucional – Das Reuniões (Art. 057) – Prof. André Vieira
SESSÃO PREPARATÓRIA
§ 4º Cada uma das Casas reunir-se-á em sessões preparatórias, a partir de 1º de fevereiro, no
primeiro ano da legislatura, para a posse de seus membros e eleição das respectivas Mesas, para
mandato de 2 (dois) anos, vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente
subsequente.
Finalidades
Data
1o de fevereiro
Mandato Recondução
2 anos Vedada # quando p/ o mesmo cargo
Presidente SF
1o vice-presidente CD
2o vice-presidente SF
1o secretário CD
2o secretário SF
3o secretário CD
4o secretário SF
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CONVOCAÇÃO EXTRAORDINÁRIA
§ 6º A convocação extraordinária do Congresso Nacional far-se-á:
I − pelo Presidente do Senado Federal, em caso de decretação de estado de defesa ou de
intervenção federal, de pedido de autorização para a decretação de estado de sítio e para o
compromisso e a posse do Presidente e do Vice-Presidente da República;
Legitimado Presidente do SF
Casos
Decretação E.D.
Decretação I.F.
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Direito Constitucional – Das Reuniões (Art. 057) – Prof. André Vieira
Legitimados
Presidente da República
Presidente da CD
Presidente da SF
Casos
De quem
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§ 7º Na sessão legislativa extraordinária, o Congresso Nacional somente deliberará sobre
a matéria para a qual foi convocado, ressalvada a hipótese do § 8º deste artigo, vedado o
pagamento de parcela indenizatória, em razão da convocação.
Jeton
Vedado o pagamento de parcela indenizatória
Inclusão
Objetivo
Destrancar pauta
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Direito Constitucional
Seção VII
DAS COMISSÕES
Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas terão COMISSÕES PERMANENTES E TEMPORÁRIAS,
constituídas na forma e com as atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de que
resultar sua criação.
§ 1º Na constituição das Mesas e de cada Comissão, é assegurada, tanto quanto possível, a
representação proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que participam da
respectiva Casa.
Comissões
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COMISSÕES PARLAMENTAR DE INQUÉRITO / TEMPORÁRIA
§ 3º As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das
autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão
criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente,
mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado
e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público,
para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.
O que pode
Todavia, os poderes das CPIs não são idênticos aos dos magistrados,
já que estes últimos tem alguns poderes assegurados na Constituição
que não são outorgados às Comissões Parlamentares tendo em vista o
entendimento do STF (MS 23.452) de que tais poderes são reservados
pela constituição apenas aos magistrados. Assim, a CPI não pode:
1. Determinar de indisponibilidade de bens do investigado;
2. Decretar a prisão preventiva (pode decretar prisão só em flagrante);
3. Determinar o afastamento de cargo ou função púbica durante a
investigação;
4. Decretar busca e apreensão domiciliar de documentos.
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Direito Constitucional – Das Comissões (Art. 058) – Prof. André Vieira
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Direito Constitucional
Seção VIII
DO PROCESSO LEGISLATIVO
Subseção I
DISPOSIÇÃO GERAL
Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de:
COM SANÇÃO
ESPÉCIES NORMATIVAS ARTIGOS _______________
SEM SANÇÃO
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Direito Constitucional
60 MEDIDA
EMENDA APROVISÓRIA
CONSTITUIÇÃO
Observação
Subseção II
DA EMENDA À CONSTITUIÇÃO
Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:
I − de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal;
II − do Presidente da República;
III − de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação,
manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.
Iniciativa
Incisos II
III
Limitação
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§ 2º A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos,
considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos
membros.
Limitação
Limitação
Quanto à matéria
§ 5º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode
ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.
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Direito Constitucional
Observação
61 MEDIDA PROVISÓRIA
LEI COMPLEMENTAR
61
62 MEDIDA PROVISÓRIA
LEI ORDINÁRIA
Observação
Subseção III
DAS LEIS
Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da
Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República,
ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos
cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição.
Iniciativa
A CD
MEMBRO OU COMISSÃO B SF
PRESIDENTE DA REPÚBLICA C CN
STF
Caput 61
TRIBUNAIS SUPERIORES
PGR
CIDADÃOS
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§ 1º São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:
I − fixem ou modifiquem os efetivos das Forças Armadas;
II − disponham sobre:
a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou
aumento de sua remuneração;
b) organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária, serviços públicos
e pessoal da administração dos Territórios;
c) servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico, provimento de cargos,
estabilidade e aposentadoria;
d) organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, bem como normas
gerais para a organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos Estados, do Distrito
Federal e dos Territórios;
e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública, observado o disposto
no art. 84, VI
f) militares das Forças Armadas, seu regime jurídico, provimento de cargos, promoções,
estabilidade, remuneração, reforma e transferência para a reserva.
§ 2º A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de
projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo
menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um
deles.
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Direito Constitucional – Do Processo Legislativo - Das Leis (Art. 061 a 069) – Prof. André Vieira
62 MEDIDA
MEDIDAPROVISÓRIA
PROVISÓRIA
Observação
Art. 62. Em caso de RELEVÂNCIA e URGÊNCIA, o Presidente da República poderá adotar medidas
provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.
Iniciativa
Presidente da República
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IV − já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de sanção
ou veto do Presidente da República.
§ 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos
nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver
sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada.
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Direito Constitucional – Do Processo Legislativo - Das Leis (Art. 061 a 069) – Prof. André Vieira
MP
Prazo Prorrogação
60 dias + 60 dias
Total Exceção
120 dias Recesso
§ 5º A deliberação de cada uma das Casas do Congresso Nacional sobre o mérito das
medidas provisórias dependerá de juízo prévio sobre o atendimento de seus pressupostos
constitucionais.
§ 6º Se a medida provisória não for apreciada em até quarenta e cinco dias contados de sua
publicação, entrará em REGIME DE URGÊNCIA, subsequentemente, em cada uma das Casas
do Congresso Nacional, ficando sobrestadas, até que se ultime a votação, todas as demais
deliberações legislativas da Casa em que estiver tramitando.
REGIME DE URGÊNCIA
Prazo Consequência
Até 45 dias Sobrestamento
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§ 7º Prorrogar-se-á uma única vez por igual período a vigência de medida provisória que, no
prazo de sessenta dias, contado de sua publicação, não tiver a sua votação encerrada nas duas
Casas do Congresso Nacional.
§ 8º As medidas provisórias terão sua votação iniciada na Câmara dos Deputados.
§ 10. É vedada a REEDIÇÃO, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha sido
rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo.
§ 11. NÃO editado o DECRETO LEGISLATIVO a que se refere o § 3º até sessenta dias após a
rejeição ou perda de eficácia de medida provisória, as relações jurídicas constituídas e
decorrentes de atos praticados durante sua vigência conservar-se-ão por ela regidas.
§ 12. Aprovado projeto de lei de conversão alterando o texto original da medida provisória,
esta manter-se-á integralmente em vigor até que seja sancionado ou vetado o projeto.
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Direito Constitucional – Do Processo Legislativo - Das Leis (Art. 061 a 069) – Prof. André Vieira
§ 2º Se, no caso do § 1º, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal não se manifestarem
sobre a proposição, cada qual sucessivamente, em até quarenta e cinco dias, sobrestar-se-ão
todas as demais deliberações legislativas da respectiva Casa, com exceção das que tenham
prazo constitucional determinado, até que se ultime a votação.
§ 3º A apreciação das emendas do Senado Federal pela Câmara dos Deputados far-se-á no
prazo de dez dias, observado quanto ao mais o disposto no parágrafo anterior.
§ 4º Os prazos do § 2º NÃO CORREM NOS PERÍODOS DE RECESSO do Congresso Nacional, nem
se aplicam aos projetos de código.
EU VOU PASSAR!!!
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Art. 65. O projeto de lei aprovado por uma Casa será revisto pela outra, em UM SÓ TURNO DE
DISCUSSÃO E VOTAÇÃO, e enviado à sanção ou promulgação, se a Casa revisora o aprovar, ou
arquivado, se o rejeitar.
Parágrafo único. SENDO O PROJETO EMENDADO, voltará à CASA INICIADORA.
SANÇÃO
______________
CASA INICIADORA CASA REVISORA EMENDA
PROMULGAÇÃO
1º CASO
2º CASO
3º CASO
4º CASO
E
5º CASO
E
6º CASO
7º CASO
SANÇÃO
NÃO OK
OK NÃO OK EMENDA ----------
EMENDA
PROMULGAÇÃO
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Direito Constitucional – Do Processo Legislativo - Das Leis (Art. 061 a 069) – Prof. André Vieira
Art. 66. A Casa na qual tenha sido concluída a votação enviará o projeto de lei ao Presidente da
República, que, aquiescendo, o sancionará.
OK
5º CASO
6º CASO
7º CASO
§ 4º O veto será apreciado em sessão conjunta, dentro de trinta dias a contar de seu recebimento,
só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Deputados e Senadores..
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§ 5º Se o veto não for mantido, será o projeto enviado, para promulgação, ao Presidente da
República.
§ 6º Esgotado sem deliberação o prazo estabelecido no § 4º, o veto será colocado na ordem do
dia da sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua votação final.
§ 7º Se a lei não for promulgada dentro de quarenta e oito horas pelo Presidente da República,
nos casos dos § 3º e § 5º, o Presidente do Senado a promulgará, e, se este não o fizer em igual
prazo, caberá ao Vice-Presidente do Senado fazê-lo.
Art. 67. A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de novo
projeto, NA MESMA SESSÃO LEGISLATIVA, mediante proposta da maioria absoluta dos membros
de qualquer das Casas do Congresso Nacional.
Princípio
Irrepetibilidade
Novo Projeto
Na mesma sessão legislativa
Condição
Considerações
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Direito Constitucional – Do Processo Legislativo - Das Leis (Art. 061 a 069) – Prof. André Vieira
68
62 MEDIDA PROVISÓRIA
LEI DELEGADA
Observação
Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que deverá solicitar a
delegação ao Congresso Nacional.
Iniciativa
Quem solicita
Presidente da República
A quem
CN
Espécie normativa
Resolução
Requisitos
Conteúdos e termos
Delegação própria
Quando concede sem restrições
Imprópria ou Condicional
Quando concede impondo restrições
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§ 1º Não serão objeto de delegação os atos de competência exclusiva do Congresso Nacional, os
de competência privativa da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, a matéria reservada
à lei complementar, nem a legislação sobre:
I − organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus
membros;
II − nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais;
III − planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos.
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Considerações
LC MA
LO MS
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Direito Constitucional
Aula XX
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Seção IX
DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da
União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade,
economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso
Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.
Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada,
que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos
ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de
natureza pecuniária.
Fiscalização
F Financeira
O Orçamentária
C Contábil
O Operacional
P Patrimonial
Princípios
Subvenções = Recurso
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Direito Constitucional – Da Fiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária (Art. 070 a 075) – Prof. André Vieira
Física ou Jurídica
Pública ou Privada
5
Condições
1 Utilize
2 Arrecade
3 Guarde
4 Gerencie
5 Administre
Dinheiros
Bens
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Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de
Contas da União, ao qual compete:
H O S
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TAÇ
ANO
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Prévio
60 dias
Recebimento
CN
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C U NH
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TAÇÕ
A N O
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II
-‐
JULGAR
as
contas
dos
ADMINISTRADORES
e
DEMAIS
RESPONSÁVEIS
por
dinheiros,
bens
e
valores
públicos
da
administração
direta
e
indireta,
incluídas
as
fundações
e
sociedades
ins:tuídas
e
man:das
pelo
Poder
Público
federal,
e
as
contas
daqueles
que
derem
causa
a
perda,
extravio
ou
outra
irregularidade
de
que
resulte
prejuízo
ao
erário
público;
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AN O
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III
-‐
APRECIAR,
para
fins
de
registro,
a
legalidade
dos
atos
de
ADMISSÃO
de
PESSOAL,
a
qualquer
2tulo,
na
administração
DIRETA
e
INDIRETA,
incluídas
as
FUNDAÇÕES
ins;tuídas
e
man;das
pelo
Poder
Público,
excetuadas
as
nomeações
para
Cargo
de
provimento
em
Comissão.
ETA
A
e
IND
IR
ET
DIR
ADMINISTRAÇÃO
Bem
como
a
das
concessões
de
Aposentadorias,
REFORMAS
e
PENSÕES,
ressalvadas
as
melhorias
posteriores
que
não
alterem
o
fundamento
legal
do
ato
concessório;
O S
C U NH
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TAÇÕ
AN O
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IV
-‐
realizar,
por
inicia,va
própria,
da
CÂMARA
DOS
DEPUTADOS,
do
SENADO
FEDERAL,
de
COMISSÃO
TÉCNICA
ou
de
INQUÉRITO,
inspeções
e
auditorias
de
natureza
contábil,
financeira,
orçamentária,
operacional
e
patrimonial,
nas
unidades
administra,vas
dos
Poderes
Legisla,vo,
Execu,vo
e
Judiciário,
e
demais
en,dades
referidas
no
inciso
II;
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DEU MIGUÉ?
Não, deu o maior
ACORDO
AJUSTE
CONVÊNIO
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VI
-‐
fiscalizar
a
aplicação
de
quaisquer
recursos
repassados
pela
União
mediante
Convênio,
Acordo,
Ajuste
ou
Ôutros
instrumentos
congêneres,
a
Estado,
ao
Distrito
Federal
ou
a
Município;
MEDIANTE
H O S
S C UN
ER A
Õ E S
TAÇ
ANO
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VII
-‐
PRESTAR
as
INFORMAÇÕES
SOLICITADAS
PELO
CN,
por
qualquer
de
suas
CASAS,
ou
por
qualquer
das
respec@vas
COMISSÕES,
sobre
a
FISCALIZAÇÃO:
CONTÁBIL,
FINANCEIRA,
ORÇAMENTÁRIA,
OPERACIONAL
e
e
e
as;
4
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ER A
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ANO
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VIII
-‐
APLICAR
aos
responsáveis,
em
caso
de
ILEGALIDADE
DE
DESPESA
ou
IRREGULARIDADE
DE
CONTAS,
as
SANÇÕES
previstas
em
lei,
que
estabelecerá,
entre
outras
cominações,
MULTA
proporcional
ao
dano
causado
ao
erário;
ILEGALIDADE de
despesa ou
IRREGULARIDADE
de contas
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C U NH
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IX
-‐
assinar
prazo
para
que
o
órgão
ou
en3dade
adote
as
providências
necessárias
ao
exato
cumprimento
da
lei,
se
verificada
ilegalidade;
ASSINAR PRAZO
ÓRGÃO OU
ENTIDADE
ADOTE AS PROVIDÊNCIAS
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SE
NÃO
ATENDIDO
A
4
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XI
-‐
REPRESENTAR
ao
PODER
competente
sobre
IRREGULARIDADES
ou
ABUSOS
APURADOS.
4
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Controle externo
No caso de contrato
Congresso Nacional
90 dias
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Relatório
Trimestral e Anual
A quem os encaminha
CN
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III
-‐
APRECIAR,
para
fins
de
registro,
a
legalidade
dos
atos
de
ADMISSÃO
de
PESSOAL,
a
qualquer
2tulo,
na
administração
DIRETA
e
INDIRETA,
incluídas
as
FUNDAÇÕES
ins;tuídas
e
IV
-‐
realizar,
por
inicia,va
própria,
da
CÂMARA
DOS
DEPUTADOS,
do
SENADO
FEDERAL,
de
V
-‐
fiscalizar
as
CONTAS
NACIONAIS
das
EMPRESAS
SUPRANACIONAIS
de
cujo
capital
social
man;das
pelo
Poder
Público,
excetuadas
as
nomeações
para
Cargo
de
provimento
em
Comissão.
COMISSÃO
TÉCNICA
ou
de
INQUÉRITO,
inspeções
e
auditorias
de
natureza
contábil,
a
União
par6cipe,
de
forma
direta
ou
indireta,
nos
termos
do
tratado
cons6tu6vo;
financeira,
orçamentária,
operacional
e
patrimonial,
nas
unidades
administra,vas
dos
TA Poderes
Legisla,vo,
Execu,vo
e
Judiciário,
e
demais
en,dades
referidas
no
inciso
II;
IRE
e
I
ND O
Governo
brasileiro
par6cipa,
em
nome
da
União,
do
Banco
Brasileiro
Iraquiano
S.A.
(BBI),
ETA
DIR
ADMINISTRAÇÃO
VII -‐ PRESTAR as INFORMAÇÕES SOLICITADAS PELO CN, por qualquer de suas CASAS, ou
DEU MIGUÉ?
VI
-‐
fiscalizar
a
aplicação
de
quaisquer
recursos
repassados
pela
União
mediante
Convênio,
por
qualquer
das
respec@vas
COMISSÕES,
sobre
a
FISCALIZAÇÃO:
Acordo,
Ajuste
ou
Ôutros
instrumentos
congêneres,
a
Estado,
ao
Distrito
Federal
ou
a
Município;
CONTÁBIL,
FINANCEIRA,
ORÇAMENTÁRIA,
OPERACIONAL
e
e
e
as;
AJUSTE
4
MEDIANTE
CONVÊNIO
VIII
-‐
APLICAR
aos
responsáveis,
em
caso
de
ILEGALIDADE
DE
DESPESA
ou
IRREGULARIDADE
IX
-‐
assinar
prazo
para
que
o
órgão
ou
en3dade
adote
as
providências
necessárias
ao
exato
X
-‐
SUSTAR,
se
não
atendido,
a
EXECUÇÃO
do
ato
impugnado,
comunicando
a
decisão
à
DE
CONTAS,
as
SANÇÕES
previstas
em
lei,
que
estabelecerá,
entre
outras
cominações,
cumprimento
da
lei,
se
verificada
ilegalidade;
Câmara
dos
Deputados
e
ao
Senado
Federal;
MULTA
proporcional
ao
dano
causado
ao
erário;
SE
NÃO
ATENDIDO
A
ASSINAR PRAZO
ILEGALIDADE de ÓRGÃO OU 4
despesa ou
IRREGULARIDADE ENTIDADE
de contas ADOTE AS PROVIDÊNCIAS
XI -‐ REPRESENTAR ao PODER competente sobre IRREGULARIDADES ou ABUSOS APURADOS. CONTROLE EXTERNO
4
DENUNCIAR
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Art. 72. A Comissão mista permanente a que se refere o art. 166, §1º, diante de indícios de despesas
não autorizadas, ainda que sob a forma de investimentos não programados ou de subsídios não
aprovados, poderá solicitar à autoridade governamental responsável que, no prazo de cinco dias,
preste os esclarecimentos necessários.
§ 1º Não prestados os esclarecimentos, ou considerados estes insuficientes, a Comissão
solicitará ao Tribunal pronunciamento conclusivo sobre a matéria, no prazo de trinta dias.
§ 2º Entendendo o Tribunal irregular a despesa, a Comissão, se julgar que o gasto possa causar
dano irreparável ou grave lesão à economia pública, proporá ao Congresso Nacional sua
sustação.
Forma
Esclarecimento
Prazo 5 dias
Despesas irregulares
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Não prestados os esclarecimentos
Cuidado
Considerados insuficientes
Pronunciamento conclusivo
Quem solicita o
pronunciamento Comissão
Prazo 30 dias
Art. 73. O Tribunal de Contas da União, integrado por nove Ministros, tem sede no Distrito Federal,
quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo o território nacional, exercendo, no que couber, as
atribuições previstas no art. 96.
§ 1º Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão nomeados dentre brasileiros que
satisfaçam os seguintes requisitos:
I − mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade;
II − idoneidade moral e reputação ilibada;
III − notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administração
pública;
IV − mais de dez anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional que exija os
conhecimentos mencionados no inciso anterior.
§ 2º Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão escolhidos:
I − um terço pelo Presidente da República, com aprovação do Senado Federal, sendo dois
alternadamente dentre auditores e membros do Ministério Público junto ao Tribunal, indicados
em lista tríplice pelo Tribunal, segundo os critérios de antiguidade e merecimento;
II − dois terços pelo Congresso Nacional.
§ 3º Os Ministros do Tribunal de Contas da União terão as mesmas garantias, prerrogativas,
impedimentos, vencimentos e vantagens dos Ministros do Superior Tribunal de Justiça,
aplicando-se-lhes, quanto à aposentadoria e pensão, as normas constantes do art. 40.
§ 4º O auditor, quando em substituição a Ministro, terá as mesmas garantias e impedimentos
do titular e, quando no exercício das demais atribuições da judicatura, as de juiz de Tribunal
Regional Federal.
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Direito Constitucional – Da Fiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária (Art. 070 a 075) – Prof. André Vieira
Composição 9 ministros
Origem
Tipo de aprovação X
3
2 Alternadamente
A cargo Do tribunal
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Requisitos
A + 35 - 65
B Idoneidade moral
C Reputação ilibada
Ministros do STJ
AUDITOR
Substituição
De quem Do titular
Demais atribuições
Juiz do TRF
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Direito Constitucional – Da Fiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária (Art. 070 a 075) – Prof. André Vieira
CONTROLE EXTERNO
CONTROLE INTERNO
Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de
controle interno com a finalidade de:
I − avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas
de governo e dos orçamentos da União;
II − comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão
orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem
como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;
III − exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e
haveres da União;
IV − apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
Avalia Comprova
Apoia Exerce
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§ 1º Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer
irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de
responsabilidade solidária.
Ciência
Responsabilidade
solidária
§ 2º Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma
da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União.
DENUNCIAR
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Direito Constitucional – Da Fiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária (Art. 070 a 075) – Prof. André Vieira
Controle Interno
Quem exerce
Forma Integrada
Finalidade
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Art. 75. As normas estabelecidas nesta seção aplicam-se, no que couber, à organização, composição
e fiscalização dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, bem como dos Tribunais e
Conselhos de Contas dos Municípios.
Parágrafo único. As Constituições estaduais disporão sobre os Tribunais de Contas respectivos,
que serão integrados por sete Conselheiros.
Composição 7 conselheiros
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Direito Constitucional
Aula XX
Presidente STF SF
Vice-presidente STF SF
Regra
Ministro de Estado STF STF
Exceção
Se conexo ao
Presidente da República
Órgão julgador
SF
AGU STF SF
Fundamento Status de ME
Constituições
Governador STJ Estaduais
Cuidado
Prefeito
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CAPÍTULO II
DO PODER EXECUTIVO
Seção I
DO PRESIDENTE E DO VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Art. 76. O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República,
auxiliado pelos Ministros de Estado.
Sistema de
Presidencialista
Governo
Parcela Única
Espécie
Decreto Legislativo
normativa
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Direito Constitucional – Do Presidente e Vice-Presidente da República (Art. 076 a 083) – Prof. André Vieira
Requisitos
A Brasileiro nato
D Alistamento eleitoral
F Filiação partidária
Atribuições
do vice
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Art. 77. A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da República realizar-se-á, simultaneamente,
no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo
turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato presidencial vigente.
§ 1º A eleição do Presidente da República importará a do Vice-Presidente com ele registrado.
§ 2º Será considerado eleito Presidente o can-
didato que, registrado por partido político, ob-
tiver a maioria absoluta de votos, não computa-
dos os em branco e os nulos.
§ 3º Se nenhum candidato alcançar maioria
absoluta na primeira votação, far-se-á nova
eleição em até vinte dias após a proclamação
do resultado, concorrendo os dois candidatos
mais votados e considerando-se eleito aquele
que obtiver a maioria dos votos válidos.
§ 4º Se, antes de realizado o segundo turno,
ocorrer MORTE, DESISTÊNCIA ou IMPEDIMENTO legal de candidato, convocar-se-á, dentre os
remanescentes, o de maior votação.
§ 5º Se, na hipótese dos parágrafos anteriores, remanescer, em segundo lugar, mais de
um candidato com a mesma votação, qualificar-se-á o mais IDOSO.
Eleição
Sistema
Majoritário Por maioria absoluta
Prazo 20 dias
Desnecessidade
de 2o turno Se tiver alcançado a maioria absoluta de votos
não computados os brancos e os nulos
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Direito Constitucional – Do Presidente e Vice-Presidente da República (Art. 076 a 083) – Prof. André Vieira
– 200 mil
Municípios
Turno único
eleitores
57, §, 3, III e 78
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Art. 78. O Presidente e o Vice-Presidente da República tomarão posse em sessão do Congresso
Nacional, prestando o compromisso de manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis,
promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil.
Parágrafo único. Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Presidente ou o Vice-
Presidente, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago.
Compromisso Verbos
Declaração
de vacância
Ver 78
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Direito Constitucional – Do Presidente e Vice-Presidente da República (Art. 076 a 083) – Prof. André Vieira
Tipos de
afastamento
Temporário Impedimento
Definitivo Vacância
Perda do cargo
Prazo
Declaração Se não tiver assumido
de vacância 10 dias
Excessão
Salvo motivo de força maior
Extinção do mandato
Consequências
da renúncia
Convocação do sucessor
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???? Presidente da CD
???? Presidente do SF
2
nda
Ma to
2
1 2
4 3 4
P / VP P / VP
348
Vacância www.acasadoconcurseiro.com.br
Vacância
???? Presidente do SF
Direito Constitucional – Do Presidente e Vice-Presidente da República (Art. 076 a 083) – Prof. André Vieira
Nome Renan Calheiros
Art. 81. Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, far-se-á eleição noventa
dias depois ????
de aberta a última vaga. Presidente do STF
§ 1º Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos
os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei.
Nome
§ 2º Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar o Ricardo Lewandowski
período de seus antecessores.
2
nda
Ma to
2
1 2
4 3 4
P / VP P / VP
Vacância Vacância
Direta Indireta
Povo CN
90 dias 30 dias
Mandato tampão
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Art. 82. O mandato do Presidente da República é de quatro anos e terá início em primeiro de janeiro
do ano seguinte ao da sua eleição.
Ausência
do país
Espécie
Decreto Legislativo
normativa
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Direito Constitucional
Seção II
Das Atribuições do Presidente da República
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
I − nomear e exonerar os Ministros de Estado;
II − exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção superior da administração federal;
III − iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Constituição;
IV − sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos
para sua fiel execução;
V − vetar projetos de lei, total ou parcialmente;
VI − dispor, mediante decreto, sobre:
a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de
despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;
VII − manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes diplomáticos;
VIII − celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso
Nacional;
IX − decretar o estado de defesa e o estado de sítio;
X − decretar e executar a intervenção federal;
XI − remeter mensagem e plano de governo ao Congresso Nacional por ocasião da abertura
da sessão legislativa, expondo a situação do País e solicitando as providências que julgar
necessárias;
XII − conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos
em lei;
XIII − exercer o comando supremo das Forças Armadas, nomear os Comandantes da Marinha,
do Exército e da Aeronáutica, promover seus oficiais-generais e nomeá-los para os cargos que
lhes são privativos;
XIV − nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do Supremo Tribunal Federal
e dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o Procurador-Geral da República,
o presidente e os diretores do banco central e outros servidores, quando determinado em lei;
XV − nomear, observado o disposto no art. 73, os Ministros do Tribunal de Contas da União;
www.acasadoconcurseiro.com.br 351
XVI − nomear os magistrados, nos casos previstos nesta Constituição, e o Advogado-Geral da
União;
XVII − nomear membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII;
XVIII − convocar e presidir o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional;
XIX − declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo Congresso Nacional
ou referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das sessões legislativas, e, nas mesmas
condições, decretar, total ou parcialmente, a mobilização nacional;
XX − celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do Congresso Nacional;
XXI − conferir condecorações e distinções honoríficas;
XXII − permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem
pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente;
XXIII − enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes
orçamentárias e as propostas de orçamento previstos nesta Constituição;
XXIV − prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de sessenta dias após a abertura da
sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior;
XXV − prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei;
XXVI − editar medidas provisórias com força de lei, nos termos do art. 62;
XXVII − exercer outras atribuições previstas nesta Constituição.
Parágrafo único. O Presidente da República poderá delegar as atribuições mencionadas nos
incisos VI, XII e XXV, primeira parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República
ou ao Advogado-Geral da União, que observarão os limites traçados nas respectivas delegações.
Delegações
ME PGR AGU
VI XII XXV
1a parte
Prover
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Direito Constitucional
Seção III
DA RESPONSABILIDADE DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem
contra a Constituição Federal e, especialmente, contra:
I − a existência da União;
II − o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos
Poderes constitucionais das unidades da Federação;
III − o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
IV − a segurança interna do País;
V − a probidade na administração;
VI − a lei orçamentária;
VII − o cumprimento das leis e das decisões judiciais.
Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as normas de
processo e julgamento.
I II III
IV V VI
VII
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Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos
Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações
penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade.
Key Code SE
Denúncia
Recebida ou pelo
Queixa-crime
Órgão
Crime de responsabilidade
Instauração pelo
Key Code Após
do processo
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Direito Constitucional – Da Responsabilidade do Presidente da República (Art. 085 a 086) – Prof. André Vieira
§ 2º Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento não estiver concluído, cessará o
afastamento do Presidente, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo.
§ 3º Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o Presidente da
República não estará sujeito a prisão.
§ 4º O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por
atos estranhos ao exercício de suas funções.
Imunidade
Formal
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Direito Constitucional
Seção IV
DOS MINISTROS DE ESTADO
Art. 87. Os Ministros de Estado serão escolhidos dentre brasileiros maiores de vinte e um anos e no
exercício dos direitos políticos.
Parágrafo único. Compete ao Ministro de Estado, além de outras atribuições estabelecidas
nesta Constituição e na lei:
I − exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e entidades da administração
federal na área de sua competência e referendar os atos e decretos assinados pelo Presidente
da República;
II − expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos;
III − apresentar ao Presidente da República relatório anual de sua gestão no Ministério;
IV − praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorgadas ou delegadas pelo
Presidente da República.
Ministros
de Estado
Requisitos
Atribuições
Art. 88. A lei disporá sobre a criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública.
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Direito Constitucional
Aula XX
Seção V
DO CONSELHO DA REPÚBLICA E DO CONSELHO DE DEFESA NACIONAL
Subseção I
Do Conselho da República
Art. 89. O Conselho da República é órgão superior de consulta do Presidente da República,
e dele participam:
I − o Vice-Presidente da República;
II − o Presidente da Câmara dos Deputados;
III − o Presidente do Senado Federal;
IV − os líderes da maioria e da minoria na Câmara dos Deputados;
V − os líderes da maioria e da minoria no Senado Federal;
VI − o Ministro da Justiça;
VII − seis cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e cinco anos de idade, sendo
dois nomeados pelo Presidente da República, dois eleitos pelo Senado Federal e
dois eleitos pela Câmara dos Deputados, todos com mandato de três anos, vedada a
recondução.
Requisitos
A Brasileiro nato
B Maiores de 35 anos
Da escolha
2 CD Elege
2 SF Elege
Mandato 3 anos
Recondução Vedada
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Art. 90. Compete ao Conselho da República pronunciar-se sobre:
I − intervenção federal, estado de defesa e estado de sítio;
II − as questões relevantes para a estabilidade das instituições democráticas.
§ 1º O Presidente da República poderá convocar Ministro de Estado para participar da reunião
do Conselho, quando constar da pauta questão relacionada com o respectivo Ministério.
§ 2º A lei regulará a organização e o funcionamento do Conselho da República.
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Direito Constitucional
Aula XX
SUBSEÇÃO II
Do Conselho de Defesa Nacional
Art. 91. O Conselho de Defesa Nacional é órgão de consulta do Presidente da República nos assuntos
relacionados com a soberania nacional e a defesa do Estado democrático, e dele participam como
membros natos:
I − o Vice-Presidente da República;
II − o Presidente da Câmara dos Deputados;
III − o Presidente do Senado Federal;
IV − o Ministro da Justiça;
V − o Ministro de Estado da Defesa;
VI − o Ministro das Relações Exteriores;
VII − o Ministro do Planejamento.
VIII − os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.
§ 1º Compete ao Conselho de Defesa Nacional:
I − opinar nas hipóteses de declaração de guerra e de celebração da paz, nos termos desta
Constituição;
II − opinar sobre a decretação do estado de defesa, do estado de sítio e da intervenção federal;
III − propor os critérios e condições de utilização de áreas indispensáveis à segurança do
território nacional e opinar sobre seu efetivo uso, especialmente na faixa de fronteira e nas
relacionadas com a preservação e a exploração dos recursos naturais de qualquer tipo;
IV − estudar, propor e acompanhar o desenvolvimento de iniciativas necessárias a garantir a
independência nacional e a defesa do Estado democrático.
§ 2º A lei regulará a organização e o funcionamento do Conselho de Defesa Nacional.
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Comparação entre as composições CR / CDN
Vice-presidente Vice-presidente
Pres. CD Pres. CD
Pres. SF Pres. SF
CD
Líderes maioria SF
CD
Líderes minoria SF
M Da justiça M Da justiça
M Relações exteriores
M Estado da Defesa
M Planejamento
6 cidadãos
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Direito Constitucional – Do Conselho da Defesa Nacional (Art. 91) – Prof. André Vieira
Atribuições do CR e do CDN
IF / ED / ES
CR
Pronuncia-se
Cuidado Facultativo
Decretação ED / ES / IF
CR Organização
Lei Regulará
CDN Funcionamento
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CONSELHO DA REPÚBLICA – ELABORADO POR ANDRÉ VIEIRA
LÍDERES MAIORIA/MINORIA
LIDERES
VICE PRESIDENTE (CD
(CD e/ SF)
SF) 6 BRASILEIROS NATOS
JUSTIÇA
MEA
JUSTIÇA
ESTADO DE DEFESA
RELAÇÕES EXETERIORES
PLANEJAMENTO
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Direito Constitucional
Aula XX
PODER JUDICIÁRIO
STF
CNJ
AUDITORIAS
TJ TRF TRT TRE MILITARES
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FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO
STF STF SF
Juízes estaduais TJ TJ
(DF e Territórios)
Juízes federais TRF TRF
(do trabalho e militares)
Considerações
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Direito Constitucional – Disposições Gerais (Art. 092 a 100) – Prof. André Vieira
CAPÍTULO III
DO PODER JUDICIÁRIO
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário:
I – o Supremo Tribunal Federal;
I-A – o Conselho Nacional de Justiça;
II – o Superior Tribunal de Justiça;
II-A – o Tribunal Superior do Trabalho;
III – os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;
IV – os Tribunais e Juízes do Trabalho;
V – os Tribunais e Juízes Eleitorais;
VI – os Tribunais e Juízes Militares;
VII – os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.
§ 1º O Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justiça e os Tribunais Superiores têm
sede na Capital Federal.
§ 2º O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores têm jurisdição em todo o território
nacional.
Cuidado!
( X ) (...)
CNJ Sede
( X ) ( X )
STF Sede Jurisdição
( X ) ( X )
TRIBUNAIS SUPERIORES Sede Jurisdição
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Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da
Magistratura, observados os seguintes princípios:
Iniciativa STF
Estatuto da
Magistratura
Espécie
LC
normativa
I – ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juiz substituto, mediante concurso público
de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as fases,
exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e obedecendo-
se, nas nomeações, à ordem de classificação;
Ingresso na
carreira
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Direito Constitucional – Disposições Gerais (Art. 092 a 100) – Prof. André Vieira
Promoção
do Juíz
Antiguidade
II Alternada
Merecimento
3 x consecutivas
Lista de
a Obrigatória
merecimento
5 alternada
2 anos de exercício na
respectiva entrância
Integrar o juiz a
primeira quinta parte
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Aferição de
C
merecimento
Conforme Desempenho
Critérios Objetivos
Produtividade
Presteza
Frequência
OU
Reconhecidos de aperfeiçoamento
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Direito Constitucional – Disposições Gerais (Art. 092 a 100) – Prof. André Vieira
Recusa do
d Quem pode Tribunal
magistrado
mais antigo
Voto Fundamentado
Quórum 2/3
Hipótese de
e Retenção de autos
não promoção
Forma Injustificadamente
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Classificação das Comarcas
O território do Rio Grande do Sul, para efeitos da administração da justiça, é dividido atualmente
em ____________ comarcas. Cada comarca pode abranger um ou mais municípios.
Entrância 1 -
Conceito:
Entrância 2 -
III – o acesso aos tribunais de segundo grau far-se-á por antiguidade e merecimento,
alternadamente, apurados na última ou única entrância;
Acesso
1oa 1o grau
Única entrância
Apuração
Última
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Direito Constitucional – Disposições Gerais (Art. 092 a 100) – Prof. André Vieira
Aperfeiçoamento
Promoção
Constitui
V – o subsídio dos Ministros dos Tribunais Superiores corresponderá a noventa e cinco por cento
do subsídio mensal fixado para os Ministros do Supremo Tribunal Federal e os subsídios dos
demais magistrados serão fixados em lei e escalonados, em nível federal e estadual, conforme
as respectivas categorias da estrutura judiciária nacional, não podendo a diferença entre uma e
outra ser superior a dez por cento ou inferior a cinco por cento, nem exceder a noventa e cinco
por cento do subsídio mensal dos Ministros dos Tribunais Superiores, obedecido, em qualquer
caso, o disposto nos arts. 37, XI, e 39, § 4º;
Fixados Lei
Demais
magistrados
Escalonados Nível
Superior 10%
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Inferior 5%
95% Ministros dos tribunais superiores
Fixados Lei
Demais
magistrados
Escalonados Nível
Superior 10%
Inferior 5%
Exceder 95%
Aposentadoria Pensão
Magistrados Dependentes
Regra
Art. 40
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Direito Constitucional – Disposições Gerais (Art. 092 a 100) – Prof. André Vieira
Min 11
Órgão
Obrigatório Facultativo
especial
Máximo 25
Administrativas
Delegação
Jurisdicionais
Met. antiguidade
Composição
Met. por eleição
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XII – a atividade jurisdicional será ininterrupta, sendo vedado férias coletivas nos juízos
e tribunais de segundo grau, funcionando, nos dias em que não houver expediente forense
normal, juízes em plantão permanente;
Tribunais de
Vedado Juízos ou
2o grau
Férias coletivas
XIII – o número de juízes na unidade jurisdicional será proporcional à efetiva demanda judicial
e à respectiva população;
XIV – os servidores receberão delegação para a prática de atos de administração e atos de
mero expediente sem caráter decisório;
Atos de administração
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Direito Constitucional – Disposições Gerais (Art. 092 a 100) – Prof. André Vieira
Art. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do
Distrito Federal e Territórios será composto de membros, do Ministério Público, com mais de dez
anos de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez
anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação
das respectivas classes.
Parágrafo único. Recebidas as indicações, o tribunal formará lista tríplice, enviando-a ao Poder
Executivo, que, nos vinte dias subsequentes, escolherá um de seus integrantes para nomeação.
TRF MP Carreira
+ 10
Advogados E. A. P.
1 TE
T R.I.
Promotores MP
Indicados L. sextupla
Advogados OAB
P. Executivo
20 dias
Cuidado
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Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias:
I – vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício,
dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver
vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado;
II – inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do art. 93, VIII;
III – irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 39, § 4º, 150, II, 153,
III, e 153, § 2º, I.
Parágrafo único. Aos juízes é vedado:
I – exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério;
II – receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo;
III – dedicar-se à atividade político-partidária.
IV – receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas,
entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei;
V – exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do
afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.
Administrativo 96
Institucionais
Financeiro 99
Garantias do Vitaliciedade
judiciário
Garantias Inamovibilidade
Funcionais I. de subsídio
ou de órgãos
Vedações Imparcialidade
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Direito Constitucional – Disposições Gerais (Art. 092 a 100) – Prof. André Vieira
Considerações
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Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo
órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do
Poder Público.
Reserva de plenário
De seus membros
MA ou
Inconstitucionalidade
da lei
Inconstitucionalidade
Key code de ato normativo
Cuidado!
1 2
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Direito Constitucional – Disposições Gerais (Art. 092 a 100) – Prof. André Vieira
Juizados especiais
Competência
Conciliação
Julgamento
Execução
Tipos de causas
Oral
Procedimento
Sumaríssimo
Transação
Nas hipóteses previstas e
em lei cabe
Julgamento
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II – justiça de paz, remunerada, composta de cidadãos eleitos pelo voto direto, universal e
secreto, com mandato de quatro anos e competência para, na forma da lei, celebrar casamentos,
verificar, de ofício ou em face de impugnação apresentada, o processo de habilitação e exercer
atribuições conciliatórias, sem caráter jurisdicional, além de outras previstas na legislação.
Escolha Eleição
e Secreto
Mandato 4 anos
Recondução
Competência
Xxxxx 1 Celebrar casamentos
3 Atribuições conciliatórias
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Direito Constitucional – Disposições Gerais (Art. 092 a 100) – Prof. André Vieira
§ 1º Lei federal disporá sobre a criação de juizados especiais no âmbito da Justiça Federal.
§ 2º As custas e emolumentos serão destinados exclusivamente ao custeio dos serviços afetos
às atividades específicas da Justiça.
Art. 99. Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e financeira.
§ 1º Os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados
conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias.
§ 2º O encaminhamento da proposta, ouvidos os outros tribunais interessados, compete:
I – no âmbito da União, aos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores,
com a aprovação dos respectivos tribunais;
II – no âmbito dos Estados e no do Distrito Federal e Territórios, aos Presidentes dos Tribunais
de Justiça, com a aprovação dos respectivos tribunais.
§ 3º Se os órgãos referidos no § 2º não encaminharem as respectivas propostas orçamentárias
dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará,
para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei orçamentária
vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados na forma do § 1º deste artigo.
§ 4º Se as propostas orçamentárias de que trata este artigo forem encaminhadas em desacordo
com os limites estipulados na forma do § 1º, o Poder Executivo procederá aos ajustes
necessários para fins de consolidação da proposta orçamentária anual.
§ 5º Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de
despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de
diretrizes orçamentárias, exceto se previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos
suplementares ou especiais.
Proposta orçamentária
§ 1o Elaborarão
§ 2o Encaminhamento
§ 3o Não encaminhamento
§ 4o Desacordo
Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital e Municipais,
em virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação
dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas
nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim.
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§ 1º Os débitos de natureza alimentícia compreendem aqueles decorrentes de salários, venci-
mentos, proventos, pensões e suas complementações, benefícios previdenciários e indeniza-
ções por morte ou por invalidez, fundadas em responsabilidade civil, em virtude de sentença
judicial transitada em julgado, e serão pagos com preferência sobre todos os demais débitos,
exceto sobre aqueles referidos no § 2º deste artigo.
§ 2º Os débitos de natureza alimentícia cujos titulares, originários ou por sucessão hereditá-
ria, tenham 60 (sessenta) anos de idade, ou sejam portadores de doença grave, ou pessoas
com deficiência, assim definidos na forma da lei, serão pagos com preferência sobre todos os
demais débitos, até o valor equivalente ao triplo fixado em lei para os fins do disposto no § 3º
deste artigo, admitido o fracionamento para essa finalidade, sendo que o restante será pago na
ordem cronológica de apresentação do precatório.
§ 3º O disposto no caput deste artigo relativamente à expedição de precatórios não se aplica
aos pagamentos de obrigações definidas em leis como de pequeno valor que as Fazendas refe-
ridas devam fazer em virtude de sentença judicial transitada em julgado.
§ 4º Para os fins do disposto no § 3º, poderão ser fixados, por leis próprias, valores distintos às
entidades de direito público, segundo as diferentes capacidades econômicas, sendo o mínimo
igual ao valor do maior benefício do regime geral de previdência social.
§ 5º É obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de direito público, de verba neces-
sária ao pagamento de seus débitos, oriundos de sentenças transitadas em julgado, constantes
de precatórios judiciários apresentados até 1º de julho, fazendo-se o pagamento até o final do
exercício seguinte, quando terão seus valores atualizados monetariamente.
§ 6º As dotações orçamentárias e os créditos abertos serão consignados diretamente ao Poder
Judiciário, cabendo ao Presidente do Tribunal que proferir a decisão exequenda determinar o
pagamento integral e autorizar, a requerimento do credor e exclusivamente para os casos de
preterimento de seu direito de precedência ou de não alocação orçamentária do valor necessá-
rio à satisfação do seu débito, o sequestro da quantia respectiva.
§ 7º O Presidente do Tribunal competente que, por ato comissivo ou omissivo, retardar ou ten-
tar frustrar a liquidação regular de precatórios incorrerá em crime de responsabilidade e res-
ponderá, também, perante o Conselho Nacional de Justiça.
§ 8º É vedada a expedição de precatórios complementares ou suplementares de valor pago,
bem como o fracionamento, repartição ou quebra do valor da execução para fins de enquadra-
mento de parcela do total ao que dispõe o § 3º deste artigo.
§ 9º No momento da expedição dos precatórios, independentemente de regulamentação, de-
les deverá ser abatido, a título de compensação, valor correspondente aos débitos líquidos e
certos, inscritos ou não em dívida ativa e constituídos contra o credor original pela Fazenda Pú-
blica devedora, incluídas parcelas vincendas de parcelamentos, ressalvados aqueles cuja execu-
ção esteja suspensa em virtude de contestação administrativa ou judicial.
§ 10. Antes da expedição dos precatórios, o Tribunal solicitará à Fazenda Pública devedora, para
resposta em até 30 (trinta) dias, sob pena de perda do direito de abatimento, informação sobre
os débitos que preencham as condições estabelecidas no § 9º, para os fins nele previstos.
§ 11. É facultada ao credor, conforme estabelecido em lei da entidade federativa devedora, a en-
trega de créditos em precatórios para compra de imóveis públicos do respectivo ente federado.
§ 12. A partir da promulgação desta Emenda Constitucional, a atualização de valores de requi-
sitórios, após sua expedição, até o efetivo pagamento, independentemente de sua natureza,
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Direito Constitucional – Disposições Gerais (Art. 092 a 100) – Prof. André Vieira
será feita pelo índice oficial de remuneração básica da caderneta de poupança, e, para fins de
compensação da mora, incidirão juros simples no mesmo percentual de juros incidentes sobre
a caderneta de poupança, ficando excluída a incidência de juros compensatórios.
§ 13. O credor poderá ceder, total ou parcialmente, seus créditos em precatórios a terceiros,
independentemente da concordância do devedor, não se aplicando ao cessionário o disposto
nos §§ 2º e 3º.
§ 14. A cessão de precatórios somente produzirá efeitos após comunicação, por meio de peti-
ção protocolizada, ao tribunal de origem e à entidade devedora.
§ 15. Sem prejuízo do disposto neste artigo, lei complementar a esta Constituição Federal po-
derá estabelecer regime especial para pagamento de crédito de precatórios de Estados, Distrito
Federal e Municípios, dispondo sobre vinculações à receita corrente líquida e forma e prazo de
liquidação.
§ 16. A seu critério exclusivo e na forma de lei, a União poderá assumir débitos, oriundos de
precatórios, de Estados, Distrito Federal e Municípios, refinanciando-os diretamente.
§ 17. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios aferirão mensalmente, em base
anual, o comprometimento de suas respectivas receitas correntes líquidas com o pagamento
de precatórios e obrigações de pequeno valor.
§ 18. Entende-se como receita corrente líquida, para os fins de que trata o § 17, o somatório
das receitas tributárias, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de contribuições e de serviços,
de transferências correntes e outras receitas correntes, incluindo as oriundas do § 1º do art.
20 da Constituição Federal, verificado no período compreendido pelo segundo mês imediata-
mente anterior ao de referência e os 11 (onze) meses precedentes, excluídas as duplicidades, e
deduzidas:
I – na União, as parcelas entregues aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios por deter-
minação constitucional;
II – nos Estados, as parcelas entregues aos Municípios por determinação constitucional;
III – na União, nos Estados, no Distrito Federal e nos Municípios, a contribuição dos servidores
para custeio de seu sistema de previdência e assistência social e as receitas provenientes da
compensação financeira referida no § 9º do art. 201 da Constituição Federal.
§ 19. Caso o montante total de débitos decorrentes de condenações judiciais em precatórios e
obrigações de pequeno valor, em período de 12 (doze) meses, ultrapasse a média do compro-
metimento percentual da receita corrente líquida nos 5 (cinco) anos imediatamente anteriores,
a parcela que exceder esse percentual poderá ser financiada, excetuada dos limites de endi-
vidamento de que tratam os incisos VI e VII do art. 52 da Constituição Federal e de quaisquer
outros limites de endividamento previstos, não se aplicando a esse financiamento a vedação de
vinculação de receita prevista no inciso IV do art. 167 da Constituição Federal.
§ 20. Caso haja precatório com valor superior a 15% (quinze por cento) do montante dos pre-
catórios apresentados nos termos do § 5º deste artigo, 15% (quinze por cento) do valor deste
precatório serão pagos até o final do exercício seguinte e o restante em parcelas iguais nos
cinco exercícios subsequentes, acrescidas de juros de mora e correção monetária, ou mediante
acordos diretos, perante Juízos Auxiliares de Conciliação de Precatórios, com redução máxima
de 40% (quarenta por cento) do valor do crédito atualizado, desde que em relação ao crédito
não penda recurso ou defesa judicial e que sejam observados os requisitos definidos na regula-
mentação editada pelo ente federado.
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Conceito
São pagamentos devidos pela fazenda pública
Federal / Estadual / DF e Municipal
Ordem
Cronológica
Caráter alimentar
Condição
Fundadas em responsabilidade civil e em virtude
de sentença judicial transitada em julgado
PRECATÓRIOS
Novos beneficiários
Quem contar com 60 anos de idade ou mais e portadores
de doença grave, definidos na forma da lei
RPV
Requisição de pequeno valor
Habilitação
Até 1o de julho / para pagamento até o
final do exercício seguinte
Preterição da ordem
Possibilidade de sequestro
Tipo de crime
Crime de responsabilidade
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Direito Constitucional – Disposições Gerais (Art. 092 a 100) – Prof. André Vieira
CNJ
Vedado
Compensação de precatório
Índice de atualização
Caderneta de poupança
Cessão de precatórios
Total ou parcial
Após a comunicação
Refinanciamento de precatórios
Importante
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Direito Constitucional
Seção II
DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
Art. 101. O Supremo Tribunal Federal compõe-se de onze Ministros, escolhidos dentre cidadãos
com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade, de notável saber jurídico e
reputação ilibada.
Parágrafo único. Os Ministros do Supremo Tribunal Federal serão nomeados pelo Presidente
da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal.
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Composição Nomeação
11 Presidente da República
Requisitos
Cidadão
Brasileiro nato
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
+ 35 AI # - 65 AI
Notável saber jurídico
Reputação ilibada
Importante
STF SF
390 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Do Supremo Tribunal Federal (Art. 101 a 103-B) – Prof. André Vieira
Estadual
LEI OU ATO NORMATIVO
Federal
ADI
SIM SIM
Estadual
Federal
ADC
SIM NÃO
ME
Presidente da República Com (MEA) sem conexão
Vice-presidente da República
CMDC permanente
Membros do CN
⇒ TCU
PGR Membros
Seus próprios ministros ⇒ Tribunais
Superiores
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d) o HABEAS CORPUS, sendo paciente qualquer das pessoas referidas nas alíneas anteriores;
o MANDADO DE SEGURANÇA e o HABEAS DATA contra atos do Presidente da República, das
Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do
Procurador-Geral da República e do próprio Supremo Tribunal Federal;
HABEAS CORPUS
Tribunal Superior
Autoridade ou funcionário
Alíneas STJ
"b" e "c" STM
Ligados ao STF
TST
TSE
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Direito Constitucional – Do Supremo Tribunal Federal (Art. 101 a 103-B) – Prof. André Vieira
Litígio
e) o litígio entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e a União, o Estado,
o Distrito Federal ou o Território;
Cuidado!
RO ____X_____________
f) as causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União e o Distrito Federal, ou entre uns
e outros, inclusive as respectivas entidades da administração indireta;
Causas e os conflitos
UxE U x DF E x DF
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n) a ação em que todos os membros da magistratura sejam direta ou indiretamente
interessados, e aquela em que mais da metade dos membros do tribunal de origem estejam
impedidos ou sejam direta ou indiretamente interessados;
Impedidos
Direta ou indiretamente interessados
Direta ou indiretamente interessados
MANDADO DE INJUNÇÃO
X Presidente da República X
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Direito Constitucional – Do Supremo Tribunal Federal (Art. 101 a 103-B) – Prof. André Vieira
4 HC MS HD MI
pelos
1a Condição
Única instância
2a Condição
Se delegatória a decisão
b) o crime político;
Competência em R.O.
STF
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III – julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância,
quando a decisão recorrida:
a) contrariar dispositivo desta Constituição;
b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal;
c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição.
d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal.
REX
Causas decididas
Única
OU
Última instância
Contrariar CF
Tratado
Declarar a inconstitucionalidade
Lei federal
Julgar válida
Em face
Lei local Constestada de lei federal
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Direito Constitucional – Do Supremo Tribunal Federal (Art. 101 a 103-B) – Prof. André Vieira
Legitimação Universais
Neutros
Confederação sindical
Assembleia Legislativa ou da
Gov (E, DF) ou entidade de classe de
Câmara legislativa do DF
âmbito nacional
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Legitimação Especiais
Interessados
x x x
x x x
São "os órgãos ou e entidades cuja autuação é restrita às questões que repercutem
diretamente sobre sua esfera jurídica ou de seus filiados e em relação às quais possam atuar
com representatividade adequada" (Luis Roberto Barroso).
Deve-se demonstrar o prejuízo que a lei ou ato normativo federal ou estadual estão causando
para o ente ou para os seus filiados. A esta obrigação de demonstrar prejuízo é dado nome de
"pertinência temática", ou seja, demonstrar que o tema ou assunto daquela lei lhe é prejudicial,
demonstrando pertinência como interesse do legitimado.
I – o Presidente da República;
II – a Mesa do Senado Federal;
III – a Mesa da Câmara dos Deputados;
IV – a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal;
V – o Governador de Estado ou do Distrito Federal;
VI – o Procurador-Geral da República;
VII – o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VIII – partido político com representação no Congresso Nacional;
IX – confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
§ 1º O Procurador-Geral da República deverá ser previamente ouvido nas ações de inconstitu-
cionalidade e em todos os processos de competência do Supremo Tribunal Federal.
§ 2º Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma cons-
titucional, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências necessárias
e, em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias.
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Direito Constitucional – Do Supremo Tribunal Federal (Art. 101 a 103-B) – Prof. André Vieira
PGR Ouvido
Cuidados
AGU Citará
Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão
de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar
súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos
demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal,
estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida
em lei.
§ 1º A súmula terá por objetivo a validade, a interpretação e a eficácia de normas determinadas,
acerca das quais haja controvérsia atual entre órgãos judiciários ou entre esses e a administração
pública que acarrete grave insegurança jurídica e relevante multiplicação de processos sobre
questão idêntica.
§ 2º Sem prejuízo do que vier a ser estabelecido em lei, a aprovação, revisão ou cancelamento
de súmula poderá ser provocada por aqueles que podem propor a ação direta de
inconstitucionalidade.
§ 3º Do ato administrativo ou decisão judicial que contrariar a súmula aplicável ou que
indevidamente a aplicar, caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal que, julgando-a
procedente, anulará o ato administrativo ou cassará a decisão judicial reclamada, e determinará
que outra seja proferida com ou sem a aplicação da súmula, conforme o caso.
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Objetivo
§, 1o
Tipo de aprovação
2/3
Discussão
Matéria constitucional
SÚMULA VINCULANTE
Publicização
DOU
Tipo de efeito
Vinculante
Frente a quem
Órgãos do P. Jud e à Adm. Púb. direta e indireta
Esferas
Nas esferas federal, estadual e municipal
Revisão
§, 2o
Desrespeito a SV
Reclamação
Dirigido a quem
STF
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Direito Constitucional – Do Supremo Tribunal Federal (Art. 101 a 103-B) – Prof. André Vieira
Art. 103-B. O Conselho Nacional de Justiça compõe-se de 15 (quinze) membros com mandato de 2
(dois) anos, admitida 1 (uma) recondução, sendo:
ORIGEM – CNJ
(3) Presidente STF
Desembargador TJ (2)
Advogados
J estadual
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X – um membro do Ministério Público da União, indicado pelo Procurador-Geral da República;
XI – um membro do Ministério Público estadual, escolhido pelo Procurador-Geral da República
dentre os nomes indicados pelo órgão competente de cada instituição estadual;
XII – dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
XIII – dois cidadãos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela Câmara
dos Deputados e outro pelo Senado Federal.
§ 1º O Conselho será presidido pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal e, nas suas
ausências e impedimentos, pelo Vice-Presidente do Supremo Tribunal Federal.
§ 2º Os demais membros do Conselho serão nomeados pelo Presidente da República, depois
de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal.
§ 3º Não efetuadas, no prazo legal, as indicações previstas neste artigo, caberá a escolha ao
Supremo Tribunal Federal.
§ 4º Compete ao Conselho o controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário
e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes, cabendo-lhe, além de outras atribuições
que lhe forem conferidas pelo Estatuto da Magistratura:
I – zelar pela autonomia do Poder Judiciário e pelo cumprimento do Estatuto da Magistratura,
podendo expedir atos regulamentares, no âmbito de sua competência, ou recomendar
providências;
II – zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou mediante provocação, a legalidade
dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Poder Judiciário, podendo
desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se adotem as providências necessárias ao
exato cumprimento da lei, sem prejuízo da competência do Tribunal de Contas da União;
III – receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Poder Judiciário,
inclusive contra seus serviços auxiliares, serventias e órgãos prestadores de serviços notariais
e de registro que atuem por delegação do poder público ou oficializados, sem prejuízo da
competência disciplinar e correicional dos tribunais, podendo avocar processos disciplinares
em curso e determinar a remoção, a disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios
ou proventos proporcionais ao tempo de serviço e aplicar outras sanções administrativas,
assegurada ampla defesa;
IV – representar ao Ministério Público, no caso de crime contra a administração pública ou de
abuso de autoridade;
V – rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de juízes e membros de
tribunais julgados há menos de um ano;
VI – elaborar semestralmente relatório estatístico sobre processos e sentenças prolatadas, por
unidade da Federação, nos diferentes órgãos do Poder Judiciário;
VII – elaborar relatório anual, propondo as providências que julgar necessárias, sobre a situação
do Poder Judiciário no País e as atividades do Conselho, o qual deve integrar mensagem do
Presidente do Supremo Tribunal Federal a ser remetida ao Congresso Nacional, por ocasião da
abertura da sessão legislativa.
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Direito Constitucional – Do Supremo Tribunal Federal (Art. 101 a 103-B) – Prof. André Vieira
Considerações
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Composição
15 membros
Quem preside
Presidente do STF
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA
Vice-presidente do STF
Aprovação
Senado Federal
Tipo de aprovação
Maioria absoluta
Sede
Capital federal
Jurisdição
Não possui
Mandato
2 anos
Recondução
1 (uma)
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Direito Constitucional – Do Supremo Tribunal Federal (Art. 101 a 103-B) – Prof. André Vieira
Relatório estatístico
Semestral e anual
Ouvidorias
Criará
Particularidades
Excluído da distribuição de processos
Quem oficia
PGR e o presidente CFOAB
Importante
Atentar para as nomeações
STF STF
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Direito Constitucional
Seção III
DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Art. 104. O Superior Tribunal de Justiça compõe-se de, no mínimo, trinta e três Ministros.
Parágrafo único. Os Ministros do Superior Tribunal de Justiça serão nomeados pelo Presidente
da República, dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos, de
notável saber jurídico e reputação ilibada, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta
do Senado Federal, sendo:
I – um terço dentre juízes dos Tribunais Regionais Federais e um terço dentre desembargadores
dos Tribunais de Justiça, indicados em lista tríplice elaborada pelo próprio Tribunal;
II – um terço, em partes iguais, dentre advogados e membros do Ministério Público Federal,
Estadual, do Distrito Federal e Territórios, alternadamente, indicados na forma do art. 94.
33
Elaborado Lista tríplice
Advogados
1/3
Membros do MP (F / E / DF / T)
Condição Alternadamente
Forma Do art. 94
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Composição Nomeação
M / 33 Presidente da República
Requisitos
Importante
STF STF
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Direito Constitucional – Do Superior Tribunal de Justiça (Art. 104 a 105) – Prof. André Vieira
Desembargadores
------------------------
E / DF
TCE / TCDF
Conselhos ou tribunais
de contas dos municípios
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b) os MANDADOS DE SEGURANÇA e os HABEAS DATA contra ato de Ministro de Estado, dos
Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio Tribunal;
c) os habeas corpus, quando o coator ou paciente for qualquer das pessoas mencionadas
na alínea a, ou quando o coator for tribunal sujeito à sua jurisdição, Ministro de Estado ou
Comandante da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, ressalvada a competência da Justiça
Eleitoral;
HABEAS CORPUS
Alínea "a"
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Direito Constitucional – Do Superior Tribunal de Justiça (Art. 104 a 105) – Prof. André Vieira
MANDADO DE INJUNÇÃO
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II – julgar, em recurso ordinário:
a) os habeas corpus decididos em única ou última instância pelos Tribunais Regionais Federais ou
pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão for denegatória;
b) os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais Regionais Federais
ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão;
Condição Denegatória
R.O.
STJ
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Direito Constitucional – Do Superior Tribunal de Justiça (Art. 104 a 105) – Prof. André Vieira
III – julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos
Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios,
quando a decisão recorrida:
a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência;
b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal;
c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal.
Palavra-chave RESP
Lei federal
Funcionarão
STJ
1 2
ENFAM CJF
Poder correicional
2
Caráter vinculante
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Direito Constitucional
Seção IV
DOS TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS E DOS JUÍZES FEDERAIS
Art. 106. São órgãos da Justiça Federal:
I – os Tribunais Regionais Federais;
II – os Juízes Federais.
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Composição Nomeação
Mínimo 7 juízes Presidente da República
Requisitos
Brasileiros
+ 30 - 65 anos de idade
Recrutados quando possível na respectiva região
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL
Importante
Origem
STJ STJ
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Direito Constitucional – Dos Tribunais Regionais Federais e dos Juízes Federais (Art. 106 a 110) – Prof. André Vieira
Art. 107. Os Tribunais Regionais Federais compõem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados,
quando possível, na respectiva região e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros
com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos, sendo:
I – um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e
membros do Ministério Público Federal com mais de dez anos de carreira;
II – os demais, mediante promoção de juízes federais com mais de cinco anos de exercício, por
antiguidade e merecimento, alternadamente.
§ 1º A lei disciplinará a remoção ou a permuta de juízes dos Tribunais Regionais Federais e
determinará sua jurisdição e sede.
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Art. 108. Compete aos Tribunais Regionais Federais:
I – processar e julgar, originariamente:
a) os juízes federais da área de sua jurisdição, incluídos os da Justiça Militar e da Justiça do
Trabalho, nos crimes comuns e de responsabilidade, e os membros do Ministério Público da
União, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral;
Juízes:
Juízes Membros
federais A Militares do MPU
B Trabalho
Ressalvada a competência
da justiça eleitoral
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Direito Constitucional – Dos Tribunais Regionais Federais e dos Juízes Federais (Art. 106 a 110) – Prof. André Vieira
JUÍZES TRF
VINCULADOS
JUÍZES STJ
NÃO VINCULADOS
II – julgar, em grau de recurso, as causas decididas pelos juízes federais e pelos juízes estaduais
no exercício da competência federal da área de sua jurisdição.
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Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:
I – as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem
interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de
acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho;
II – as causas entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e Município ou pessoa
domiciliada ou residente no País;
III – as causas fundadas em tratado ou contrato da União com Estado estrangeiro ou organismo
internacional;
IV – os crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços
ou interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas, excluídas as
contravenções e ressalvada a competência da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral;
V – os crimes previstos em tratado ou convenção internacional, quando, iniciada a execução no
País, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente;
V-A – as causas relativas a direitos humanos a que se refere o § 5º deste artigo;
VI – os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por lei, contra o
sistema financeiro e a ordem econômico-financeira;
VII – os habeas corpus, em matéria criminal de sua competência ou quando o constrangimento
provier de autoridade cujos atos não estejam diretamente sujeitos a outra jurisdição;
VIII – os mandados de segurança e os habeas data contra ato de autoridade federal, excetuados
os casos de competência dos tribunais federais;
IX – os crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves, ressalvada a competência da Justiça
Militar;
X – os crimes de ingresso ou permanência irregular de estrangeiro, a execução de carta
rogatória, após o exequatur, e de sentença estrangeira, após a homologação, as causas
referentes à nacionalidade, inclusive a respectiva opção, e à naturalização;
XI – a disputa sobre direitos indígenas.
§ 1º As causas em que a UNIÃO FOR AUTORA serão aforadas na seção judiciária onde tiver
domicílio a outra parte.
§ 2º As causas intentadas CONTRA A UNIÃO poderão ser aforadas na seção judiciária em que
for domiciliado o autor, naquela onde houver ocorrido o ato ou fato que deu origem à demanda
ou onde esteja situada a coisa, ou, ainda, no Distrito Federal.
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Direito Constitucional – Dos Tribunais Regionais Federais e dos Juízes Federais (Art. 106 a 110) – Prof. André Vieira
FOR AUTORA
§ 1º UNIÃO
aforadas
§ 2º CONTRA A
UNIÃO
ser aforadas
Foro
JUSTIÇA JUSTIÇA Dom. dos segurados
FEDERAL ESTADUAL ou beneficiários
Causas
Cuidado! Recurso:
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§ 5º Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o Procurador-Geral da República, com
a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais
de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o Superior Tribunal de
Justiça, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de deslocamento de competência
para a Justiça Federal.
Art. 110. Cada Estado, bem como o Distrito Federal, constituirá uma seção judiciária que terá por
sede a respectiva Capital, e varas localizadas segundo o estabelecido em lei.
Parágrafo único. Nos Territórios Federais, a jurisdição e as atribuições cometidas aos juízes
federais caberão aos juízes da justiça local, na forma da lei.
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Direito Constitucional
Seção V
DOS TRIBUNAIS E JUÍZES DO TRABALHO
Art. 111. São órgãos da Justiça do Trabalho:
I – o Tribunal Superior do Trabalho;
II – os Tribunais Regionais do Trabalho;
III – Juízes do Trabalho.
Art. 111-A. O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete Ministros, escolhidos
dentre brasileiros com mais de trinta e cinco anos e menos de sessenta e cinco anos, de notável
saber jurídico e reputação ilibada, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela
maioria absoluta do Senado Federal, sendo:
I – um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e
membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício,
observado o disposto no art. 94;
II – os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura da
carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior.
§ 1º A lei disporá sobre a competência do Tribunal Superior do Trabalho.
§ 2º Funcionarão junto ao Tribunal Superior do Trabalho:
I – a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho, cabendo-
-lhe, dentre outras funções, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na car-
reira;
II – o Conselho Superior da Justiça do Trabalho, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a supervisão
administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do Trabalho de primeiro e
segundo graus, como órgão central do sistema, cujas decisões terão efeito vinculante.
§ 3º Compete ao Tribunal Superior do Trabalho processar e julgar, originariamente, a reclamação
para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões. (novo)
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Composição Nomeação
27 Ministros Presidente da República
Requisitos
Brasileiros
TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO
+ 35 - 65 anos de idade
Notável saber jurídico (novo)
Reputação ilibada (novo)
Importante
Origem
STF STF
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Direito Constitucional – Dos Tribunais e Juízes do Trabalho (Art. 111 a 117) – Prof. André Vieira
Funcionarão
TST
1 2
ENFAMT CSJT
Art. 112. A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por
sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do
Trabalho.
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Art. 113. A lei disporá sobre a constituição, investidura, jurisdição, competência, garantias e
condições de exercício dos órgãos da Justiça do Trabalho.
Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:
I – as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo
e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios;
III – as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores,
e entre sindicatos e empregadores;
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Direito Constitucional – Dos Tribunais e Juízes do Trabalho (Art. 111 a 117) – Prof. André Vieira
VII – as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos
de fiscalização das relações de trabalho;
VIII – a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a, e II, e seus
acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir;
IX – outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei.
§ 1º Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros.
§ 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado
às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a
Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao
trabalho, bem como as convencionadas anteriormente.
§ 3º Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público,
o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à Justiça do
Trabalho decidir o conflito.
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Composição Nomeação
Mínimo 7 juízes Presidente da República
Requisitos
Brasileiros
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO
+ 30 - 65 anos de idade
Recrutados quando possível na respectiva região
Importante
Origem
STJ STJ
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Direito Constitucional – Dos Tribunais e Juízes do Trabalho (Art. 111 a 117) – Prof. André Vieira
Art. 115. Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados,
quando possível, na respectiva região, e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros
com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos, sendo:
I – um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e
membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício,
observado o disposto no art. 94;
II – os demais, mediante promoção de juízes do trabalho por antiguidade e merecimento,
alternadamente.
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O S
N H
C U
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TA
ANO
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Direito Constitucional
Seção VI
DOS TRIBUNAIS E JUÍZES ELEITORAIS
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Composição M / 7 membros
Mediante Eleição
Origem
Voto Secreto
STF STF
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Direito Constitucional – Dos Tribunais e Juízes Eleitorais (Art. 118 a 121) – Prof. André Vieira
Art. 120. Haverá um Tribunal Regional Eleitoral na Capital de cada Estado e no Distrito Federal.
§ 1º Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão:
I ‒ mediante eleição, pelo voto secreto:
a) de dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça;
b) de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça;
II ‒ de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do Estado ou no Distrito
Federal, ou, não havendo, de juiz federal, escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal Regional
Federal respectivo;
III ‒ por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes dentre seis advogados de
notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça.
§ 2º O Tribunal Regional Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente- dentre os
desembargadores.
Art. 121. Lei complementar disporá sobre a organização e competência dos tribunais, dos juízes de
direito e das juntas eleitorais.
§ 1º Os membros dos tribunais, os juízes de direito e os integrantes das juntas eleitorais, no
exercício de suas funções, e no que lhes for aplicável, gozarão de plenas garantias e serão
inamovíveis.
§ 2º Os juízes dos tribunais eleitorais, salvo motivo justificado, servirão por dois anos, no
mínimo, e nunca por mais de dois biênios consecutivos, sendo os substitutos escolhidos na
mesma ocasião e pelo mesmo processo, em número igual para cada categoria.
§ 3º São irrecorríveis as decisões do Tribunal Superior Eleitoral, salvo as que contrariarem esta
Constituição e as denegatórias de "habeas-corpus" ou mandado de segurança.
§ 4º Das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais somente caberá recurso quando:
I ‒ forem proferidas contra disposição expressa desta Constituição ou de lei;
II ‒ ocorrer divergência na interpretação de lei entre dois ou mais tribunais eleitorais;
III ‒ versarem sobre inelegibilidade ou expedição de diplomas nas eleições federais ou
estaduais;
IV ‒ anularem diplomas ou decretarem a perda de mandatos eletivos federais ou estaduais;
V ‒ denegarem "habeas-corpus", mandado de segurança, "habeas-data" ou mandado de
injunção.
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Composição 7 juízes
Mediante Eleição
Origem
Voto Secreto
Estado
DF
ou NÃO HAVENDO
STJ STJ
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Direito Constitucional
Seção VII
DOS TRIBUNAIS E JUÍZES MILITARES
Art. 122. São órgãos da Justiça Militar:
I ‒ o Superior Tribunal Militar;
II ‒ os Tribunais e Juízes Militares instituídos por lei.
Art. 123. O Superior Tribunal Militar compor-se-á de quinze Ministros vitalícios, nomeados pelo
Presidente da República, depois de aprovada a indicação pelo Senado Federal, sendo três dentre
oficiais-generais da Marinha, quatro dentre oficiais-generais do Exército, três dentre oficiais-
generais da Aeronáutica, todos da ativa e do posto mais elevado da carreira, e cinco dentre civis.
Parágrafo único. Os Ministros civis serão escolhidos pelo Presidente da República dentre
brasileiros maiores de trinta e cinco anos, sendo:
I ‒ três dentre advogados de notório saber jurídico e conduta ilibada, com mais de dez anos de
efetiva atividade profissional;
II ‒ dois, por escolha paritária, dentre juízes auditores e membros do Ministério Público da
Justiça Militar.
Art. 124. À Justiça Militar compete processar e julgar os crimes militares definidos em lei.
Parágrafo único. A lei disporá sobre a organização, o funcionamento e a competência da Justiça
Militar.
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Composição Nomeação
15 ministros Presidente da República
Requisitos
Importante
Origem
10
5 civis
3 M 3 advogados
4 E 2 auditores / MPJM
por escolha paritária
3 A
STF STF
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Direito Constitucional
Seção VIII
DOS TRIBUNAIS E JUÍZES DOS ESTADOS
Art. 125. Os Estados organizarão sua Justiça, observados os princípios estabelecidos nesta
Constituição.
§ 1º A competência dos tribunais será definida na Constituição do Estado, sendo a lei de
organização judiciária de iniciativa do Tribunal de Justiça.
§ 2º Cabe aos Estados a instituição de representação de inconstitucionalidade de leis ou atos
normativos estaduais ou municipais em face da Constituição Estadual, vedada a atribuição da
legitimação para agir a um único órgão.
§ 3º A lei estadual poderá criar, mediante proposta do Tribunal de Justiça, a Justiça Militar
estadual, constituída, em primeiro grau, pelos juízes de direito e pelos Conselhos de Justiça
e, em segundo grau, pelo próprio Tribunal de Justiça, ou por Tribunal de Justiça Militar nos
Estados em que o efetivo militar seja superior a vinte mil integrantes. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
§ 4º Compete à Justiça Militar estadual processar e julgar os militares dos Estados, nos crimes
militares definidos em lei e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, ressalvada a
competência do júri quando a vítima for civil, cabendo ao tribunal competente decidir sobre
a perda do posto e da patente dos oficiais e da graduação das praças. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
§ 5º Compete aos juízes de direito do juízo militar processar e julgar, singularmente, os crimes
militares cometidos contra civis e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, cabendo
ao Conselho de Justiça, sob a presidência de juiz de direito, processar e julgar os demais crimes
militares. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
§ 6º O Tribunal de Justiça poderá funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras
regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do
processo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
§ 7º O Tribunal de Justiça instalará a justiça itinerante, com a realização de audiências e demais
funções da atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-
se de equipamentos públicos e comunitários. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de
2004)
Art. 126. Para dirimir conflitos fundiários, o Tribunal de Justiça proporá a criação de varas
especializadas, com competência exclusiva para questões agrárias. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004)
Parágrafo único. Sempre que necessário à eficiente prestação jurisdicional, o juiz far-se-á
presente no local do litígio.
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Organização
Observa-se os princípios estabelecidos nesta CF
Organização Judiciária
De iniciativa do TJ
Inconstitucionalidade
Representação
Âmbito
Estaduais ou municipais
Vedação
Legitimidade há um único órgão
Estrutura
2oa TJ ou TJM
1oa Juízes de direito e pelo conselho de justiça
Competência
Processar e julgar os militares dos Estados, nos
crimes definidos em lei nas ações judiciais contra
atos disciplinares militares, ressalvada a competência
do júri quando a vítima for civil.
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Direito Constitucional – Dos Tribunais e Juízes Militares (Art. 125 a 126) – Prof. André Vieira
O S
N H
C U
A S
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Direito Constitucional
Aula XX
Membros Há divergências SF
CNMP
STF
ou
Órgão
Órgão de Origem
STF
Funções essenciais
Xxxxxx à justiça 127 a 135
Quem representa
Que representa o Estado
A Art. 131 AGU
Defesa do Estado
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CAPÍTULO IV
DAS FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA
Seção I
DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado,
incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e
individuais indisponíveis.
Permanente
MP Instituição
Incumbências
B Do regime democrático
D Individuais e indisponíveis
Memorização:
Ordenou o juíz um regime demorado por interesse
visual diretamente ao indivíduo indigesto.
A. Ordem jurídica
B. Regime democrático
C. Interesses sociais
D. Direitos individuais indisponíveis
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Direito Constitucional – Do Ministério Público (Art. 127 a 135-A) – Prof. André Vieira
Unidade
Princípios
Indivisibilidade
Institucionais
Independência funcional
Funcional
Autonomia Administrativa
Cuidado Financeira
Lenza Orçamentária
§ 3º O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos
na lei de diretrizes orçamentárias.
§ 4º Se o Ministério Público não encaminhar a respectiva proposta orçamentária dentro do
prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins
de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei orçamentária
vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados na forma do § 3º.
§ 5º Se a proposta orçamentária de que trata este artigo for encaminhada em desacordo com
os limites estipulados na forma do § 3º, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários
para fins de consolidação da proposta orçamentária anual.
§ 6º Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de
despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de
diretrizes orçamentárias, exceto se previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos
suplementares ou especiais.
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Proposta Orçamentária
§ 3o Elaborará
§ 4o Não encaminhamento
§ 5o Desacordo
§ 6o Previamente autorizadas
1 2
MPEs MPU
Ministérios Públicos Estaduais Ministério Público da União
2a 2b 2c 2d
MPF MPDFT MPM MPT
Ministério Ministério Público Ministério Ministério
Público Federal do DF e Territórios Público Militar Público do Trabalho
2e
MPE
Ministério
Público Eleitoral
Chefes / nomeação
2 Procurador-Geral da República
2a Procurador-Geral da República
2b Procurador-Geral de Justiça DF e T
2d Procurador-Geral do Trabalho
2e Procurador-Geral Eleitoral
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Direito Constitucional – Do Ministério Público (Art. 127 a 135-A) – Prof. André Vieira
Mandato 2 anos
Destituição
Precedida De autorização
Forma De ofício
Promove
A ação de inconstitucionalidade ou
representação para fins de intervenção
da União e dos Estados,
nos casos previstos nesta C.F.
Preside CNMP
Delegações 84, §, ú
STF SF
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Direito Constitucional – Do Ministério Público (Art. 127 a 135-A) – Prof. André Vieira
Ministérios Públicos
Estados DF Territórios
Escolha Procurador-Geral
Tipo de
aprovação Não tem
Mandato 2 anos
Recondução UMA
Destituição
Procuradores-Gerais
Estados DF Territórios
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Escolha Procurador-Geral
Tipo de
aprovação Não tem
Mandato 2 anos
Recondução UMA
Destituição
Procuradores-Gerais
Estados DF Territórios
Poder Legislativo
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Direito Constitucional – Do Ministério Público (Art. 127 a 135-A) – Prof. André Vieira
§ 5º Leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada aos respectivos
Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de cada
Ministério Público, observadas, relativamente a seus membros:
I – as seguintes garantias:
a) vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por sentença
judicial transitada em julgado;
b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão colegiado
competente do Ministério Público, pelo voto da maioria absoluta de seus membros, assegurada
ampla defesa;
c) irredutibilidade de subsídio, fixado na forma do art. 39, § 4º, e ressalvado o disposto nos arts.
37, X e XI, 150, II, 153, III, 153, § 2º, I;
Ministério Público
1 2
Garantias Vedações
Vitaliciedade
1 Inamovibilidade
Irredutibilidade de subsídio
Poder Judiciário
Comparar
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II ‒ as seguintes vedações:
a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas
processuais;
b) exercer a advocacia;
c) participar de sociedade comercial, na forma da lei;
d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de magistério;
e) exercer atividade político-partidária;
f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades
públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei.
Vedações
Ministério Público
Poder Judiciário
Comparar
III. dedicar-se à atividade político-partidária
I Privativamente
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Funções do MP
Imposição
Exceção
Ingresso na carreria
OAB
Prazo de bacharelado
Mínimo de 3 anos
Nomeação
Regra do art. 93
No que couber
Distribuição do processo
De forma imediata
Art. 130. Aos membros do Ministério Público junto aos Tribunais de Contas aplicam-se as disposições
desta seção pertinentes a direitos, vedações e forma de investidura.
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Direito Constitucional – Do Ministério Público (Art. 127 a 135-A) – Prof. André Vieira
Art. 130-A. O Conselho Nacional do Ministério Público compõe-se de quatorze membros nomeados
pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado
Federal, para um mandato de dois anos, admitida uma recondução, sendo:
I ‒ o Procurador-Geral da República, que o preside;
II ‒ quatro membros do Ministério Público da União, assegurada a representação de cada uma
de suas carreiras;
III ‒ três membros do Ministério Público dos Estados;
IV ‒ dois juízes, indicados um pelo Supremo Tribunal Federal e outro pelo Superior Tribunal de
Justiça;
V ‒ dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VI ‒ dois cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela Câmara dos
Deputados e outro pelo Senado Federal.
§ 1º Os membros do Conselho oriundos do Ministério Público serão indicados pelos respectivos
Ministérios Públicos, na forma da lei.
§ 2º Compete ao Conselho Nacional do Ministério Público o controle da atuação administrativa
e financeira do Ministério Público e do cumprimento dos deveres funcionais de seus membros,
cabendo-lhe:
I ‒ zelar pela autonomia funcional e administrativa do Ministério Público, podendo expedir atos
regulamentares, no âmbito de sua competência, ou recomendar providências;
II ‒ zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou mediante provocação, a legalidade
dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Ministério Público da União
e dos Estados, podendo desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se adotem as
providências necessárias ao exato cumprimento da lei, sem prejuízo da competência dos
Tribunais de Contas;
III ‒ receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Ministério Público da União
ou dos Estados, inclusive contra seus serviços auxiliares, sem prejuízo da competência disciplinar
e correicional da instituição, podendo avocar processos disciplinares em curso, determinar a
remoção, a disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventos proporcionais ao
tempo de serviço e aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla defesa;
IV ‒ rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de membros do
Ministério Público da União ou dos Estados julgados há menos de um ano;
V ‒ elaborar relatório anual, propondo as providências que julgar necessárias sobre a situação
do Ministério Público no País e as atividades do Conselho, o qual deve integrar a mensagem
prevista no art. 84, XI.
§ 3º O Conselho escolherá, em votação secreta, um Corregedor nacional, dentre os membros do
Ministério Público que o integram, vedada a recondução, competindo-lhe, além das atribuições
que lhe forem conferidas pela lei, as seguintes:
I ‒ receber reclamações e denúncias, de qualquer interessado, relativas aos membros do
Ministério Público e dos seus serviços auxiliares;
II ‒ exercer funções executivas do Conselho, de inspeção e correição geral;
III ‒ requisitar e designar membros do Ministério Público, delegando-lhes atribuições, e
requisitar servidores de órgãos do Ministério Público.
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§ 4º O Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil oficiará junto ao
Conselho.
§ 5º Leis da União e dos Estados criarão ouvidorias do Ministério Público, competentes para
receber reclamações e denúncias de qualquer interessado contra membros ou órgãos do
Ministério Público, inclusive contra seus serviços auxiliares, representando diretamente ao
Conselho Nacional do Ministério Público.
14 membros PGR
Nomeação
Presidente da República
SF MA
Mandato Recondução
2 anos UMA
Pelos respectivos MP
130 A, §, 2o
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Direito Constitucional – Do Ministério Público (Art. 127 a 135-A) – Prof. André Vieira
Processos disciplinares
Pode ser revisto de ofício ou mediante provocação
Relatório anual
Ouvidorias / finalidade
130A, §, 5o
Corregedor Nacional
Particularidade
Quem oficia
Presidente do CFOAB
Origem - CNMP
(1) PGR (2) Advogados
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Direito Constitucional
Aula XX
Seção II
DA ADVOCACIA PÚBLICA
Art. 131. A Advocacia-Geral da União é a instituição que, diretamente ou através de órgão vinculado,
representa a União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da LEI COMPLEMENTAR
que dispuser sobre sua organização e funcionamento, as atividades de consultoria e assessoramento
jurídico do Poder Executivo.
§ 1º A Advocacia-Geral da União tem por chefe o Advogado-Geral da União, de livre nomeação
pelo Presidente da República dentre cidadãos maiores de trinta e cinco anos, de notável saber
jurídico e reputação ilibada.
§ 2º O ingresso nas classes iniciais das carreiras da instituição de que trata este artigo far-se-á
mediante concurso público de provas e títulos.
§ 3º Na execução da dívida ativa de natureza tributária, a representação da União cabe à
PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL, observado o disposto em lei.
Advocacia-Geral da União
Organização
e
Funcionamento
Desenvolve atividades
Consultoria e Assessoramento
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Chefe Advogado-Geral da União
Tipo de
Não necessita
Aprovação
Requisitos A Cidadãos
B Maiores de 35 anos
D Reputação ilibada
STF SF
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Direito Constitucional – Da Advocacia Pública (Art. 131 a 132) – Prof. André Vieira
Estados Procuradores DF
Organizados Em carreria
Atribuições e a
Consultoria jurídica
Prazo de Omissa
Bacharelado
Detém Estabilidade
Mediante
Avaliação de desempenho
perante os órgãos próprios
Após
Relatório circunstanciado
das corregedorias
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Direito Constitucional
Português
CAPÍTULO II
DA SEGURIDADE SOCIAL
Seção I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes
Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos À SAÚDE, À PREVIDÊNCIA E À
ASSISTÊNCIA SOCIAL.
Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social,
com base nos seguintes objetivos:
I – universalidade da cobertura e do atendimento;
II – uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais;
III – seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços;
IV – irredutibilidade do valor dos benefícios;
V – eqüidade na forma de participação no custeio;
VI – diversidade da base de financiamento;
VII – caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite,
com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos
órgãos colegiados.
OBJETIVOS:
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Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos
termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
ORÇAMENTOS
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Direito Constitucional – Da Seguridade Social - Disposições Gerais – Prof. André Vieira
§ 3º A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, como estabelecido em lei,
não poderá contratar com o Poder Público nem dele receber benefícios ou incentivos fiscais ou
creditícios.
PESSOA JURÍDICA/NEGATIVADA
BENEFÍCIO/SERVIÇOS
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§ 6º As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas APÓS
DECORRIDOS NOVENTA DIAS DA DATA DA PUBLICAÇÃO DA LEI QUE AS HOUVER INSTITUÍDO
OU MODIFICADO, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, “b”.
PRAZO
ISENÇÃO DE CONTRIBUIÇÕES
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Direito Constitucional – Da Seguridade Social - Disposições Gerais – Prof. André Vieira
§ 9º As contribuições sociais previstas no inciso I do caput deste artigo poderão ter alíquotas
ou bases de cálculo diferenciadas, em razão da atividade econômica, da utilização intensiva de
mão-de obra, do porte da empresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho.
§ 10. A lei definirá os critérios de transferência de recursos para o sistema único de saúde e
ações de assistência social da União para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e dos
Estados para os Municípios, observada a respectiva contrapartida de recursos.
§ 11. É vedada a concessão de remissão ou anistia das contribuições sociais de que tratam os
incisos I, a, e II deste artigo, para débitos em montante superior ao fixado em lei complementar.
RESTRIÇÕES
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§ 12. A lei definirá os setores de atividade econômica para os quais as contribuições incidentes
na forma dos incisos I, b; e IV do caput, serão não-cumulativas.
§ 13. Aplica-se o disposto no § 12 inclusive na hipótese de substituição gradual, total ou
parcial, da contribuição incidente na forma do inciso I, a, pela incidente sobre a receita ou o
faturamento.
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Direito Constitucional
Seção II
DA SAÚDE
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e
econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e
igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
DA SAÚDE/COMPETÊNCIA
Art. 197. São de RELEVÂNCIA PÚBLICA as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público
dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução
ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito
privado.
Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e
constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:
I – DESCENTRALIZAÇÃO, com direção única em cada esfera de governo;
II – ATENDIMENTO INTEGRAL, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos
serviços assistenciais;
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III – PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE.
CONSIDERAÇÕES
§ 1º O sistema único de saúde será financiado, nos termos do art. 195, com RECURSOS do
orçamento da seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
além de outras fontes.
RECURSOS
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Direito Constitucional – Da Saúde – Prof. André Vieira
CONSIDERAÇÕES
§ 3º LEI COMPLEMENTAR, que será reavaliada pelo menos a cada CINCO ANOS, estabelecerá:
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PROCESSO SELETIVO PÚBLICO
§ 5º LEI FEDERAL disporá sobre o regime jurídico, o piso salarial profissional nacional, as
diretrizes para os Planos de Carreira e a regulamentação das atividades de agente comunitário
de saúde e agente de combate às endemias, competindo à União, nos termos da lei, prestar
assistência financeira complementar aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, para o
cumprimento do referido piso salarial.
LEI FEDERAL
PERDA DO CARGO
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Direito Constitucional – Da Saúde – Prof. André Vieira
INICIATIVA PRIVADA
RESTRIÇÕES (1)
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RESTRIÇÕES (2)
Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei:
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Direito Constitucional – Da Saúde – Prof. André Vieira
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Direito Constitucional
Seção III
DA PREVIDÊNCIA SOCIAL
Art. 201. A PREVIDÊNCIA SOCIAL será organizada sob a forma de regime geral, de caráter
contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e
atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a:
PREVIDÊNCIA SOCIAL
REGIME GERAL
CARÁTER CONTRIBUTIVO
FILIAÇÃO OBRIGATÓRIA
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§ 1º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria
aos beneficiários do regime geral de previdência social, ressalvados os casos de atividades
exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física e quando se
tratar de segurados portadores de deficiência, nos termos definidos em lei complementar.
REGRA/EXCEÇÃO
REAJUSTAMENTO
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Direito Constitucional – Da Seguridade Social - Da Previdência Social (Art. 201 e 202) – Prof. André Vieira
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§ 7º É assegurada aposentadoria no regime geral de previdência social, nos termos da lei,
obedecidas as seguintes condições:
I – trinta e cinco anos de contribuição, se homem, e trinta anos de contribuição, se mulher;
II – sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, reduzido
em cinco anos o limite para os trabalhadores rurais de ambos os sexos e para os que exerçam
suas atividades em regime de economia familiar, nestes incluídos o produtor rural, o garimpeiro
e o pescador artesanal.
65 60
CUIDADO
CUIDADO
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Direito Constitucional – Da Seguridade Social - Da Previdência Social (Art. 201 e 202) – Prof. André Vieira
CONTAGEM RECÍPROCA
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integram o contrato de trabalho dos participantes, assim como, à exceção dos benefícios
concedidos, não integram a remuneração dos participantes, nos termos da lei.
§ 3º É vedado o aporte de recursos a entidade de previdência privada pela União, Estados,
Distrito Federal e Municípios, suas autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de
economia mista e outras entidades públicas, salvo na qualidade de patrocinador, situação na
qual, em hipótese alguma, sua contribuição normal poderá exceder a do segurado.
§ 4º Lei complementar disciplinará a relação entre a União, Estados, Distrito Federal ou
Municípios, inclusive suas autarquias, fundações, sociedades de economia mista e empresas
controladas direta ou indiretamente, enquanto patrocinadoras de entidades fechadas de
previdência privada, e suas respectivas entidades fechadas de previdência privada.
§ 5º A lei complementar de que trata o parágrafo anterior aplicar-se-á, no que couber, às
empresas privadas permissionárias ou concessionárias de prestação de serviços públicos,
quando patrocinadoras de entidades fechadas de previdência privada.
§ 6º A lei complementar a que se refere o § 4º deste artigo estabelecerá os requisitos para
a designação dos membros das diretorias das entidades fechadas de previdência privada e
disciplinará a inserção dos participantes nos colegiados e instâncias de decisão em que seus
interesses sejam objeto de discussão e deliberação.
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Direito Constitucional
Português
CAPÍTULO III
DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DO DESPORTO
Seção I
DA EDUCAÇÃO
Art. 205. A EDUCAÇÃO, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada
com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o
exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
EDUCAÇÃO
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;
III – pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e
privadas de ensino;
IV – gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
V – valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos de
carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das redes
públicas;
VI – gestão democrática do ensino público, na forma da lei;
VII – garantia de padrão de qualidade.
VIII – piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação escolar pública, nos
termos de lei federal.
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Parágrafo único. A lei disporá sobre as categorias de trabalhadores considerados profissionais
da educação básica e sobre a fixação de prazo para a elaboração ou adequação de seus planos
de carreira, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de:
I – educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade,
assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade
própria;
II – progressiva universalização do ensino médio gratuito;
III – atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente
na rede regular de ensino;
IV – educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos de idade;
V – acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a
capacidade de cada um;
482 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Da Educação (Art. 205 a 214) – Prof. André Vieira
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Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar
formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais.
§ 1º O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das
escolas públicas de ensino fundamental.
§ 2º O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, assegurada às
comunidades indígenas também a utilização de suas línguas maternas e processos próprios de
aprendizagem.
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Direito Constitucional – Da Educação (Art. 205 a 214) – Prof. André Vieira
Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e
os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida
a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino.
UNIÃO
ESTADOS
DISTRITO FEDERAL
MUNICÍPIOS
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§ 6º As cotas estaduais e municipais da arrecadação da contribuição social do salário-educação
serão distribuídas proporcionalmente ao número de alunos matriculados na educação básica
nas respectivas redes públicas de ensino.
Art. 213. Os recursos públicos serão destinados às escolas públicas, podendo ser dirigidos a escolas
comunitárias, confessionais ou filantrópicas, definidas em lei, que:
I – comprovem finalidade não-lucrativa e apliquem seus excedentes financeiros em educação;
II – assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária, filantrópica ou
confessional, ou ao Poder Público, no caso de encerramento de suas atividades.
§ 1º Os recursos de que trata este artigo poderão ser destinados a bolsas de estudo para o
ensino fundamental e médio, na forma da lei, para os que demonstrarem insuficiência de
recursos, quando houver falta de vagas e cursos regulares da rede pública na localidade da
residência do educando, ficando o Poder Público obrigado a investir prioritariamente na
expansão de sua rede na localidade.
§ 2º As atividades de pesquisa, de extensão e de estímulo e fomento à inovação realizadas por
universidades e/ou por instituições de educação profissional e tecnológica poderão receber
apoio financeiro do Poder Público.
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Direito Constitucional – Da Educação (Art. 205 a 214) – Prof. André Vieira
Art. 214. A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração decenal, com o objetivo de
articular o sistema nacional de educação em regime de colaboração e definir diretrizes, objetivos,
metas e estratégias de implementação para assegurar a manutenção e desenvolvimento do ensino
em seus diversos níveis, etapas e modalidades por meio de ações integradas dos poderes públicos
das diferentes esferas federativas que conduzam a:
I – erradicação do analfabetismo;
II – universalização do atendimento escolar;
III – melhoria da qualidade do ensino;
IV – formação para o trabalho;
V – promoção humanística, científica e tecnológica do País.
VI – estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção
do produto interno bruto.
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Direito Constitucional
Português
Seção II
DA CULTURA
Art. 215. O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da
cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais.
CULTURA
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Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial,
tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à
memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem:
I – as formas de expressão;
II – os modos de criar, fazer e viver;
III – as criações científicas, artísticas e tecnológicas;
IV – as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações
artístico-culturais;
V – os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico,
paleontológico, ecológico e científico.
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Direito Constitucional – Da Cultura (Art. 215 e 216) – Prof. André Vieira
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Art. 216-A. O Sistema Nacional de Cultura, organizado em regime de colaboração, de forma
descentralizada e participativa, institui um processo de gestão e promoção conjunta de políticas
públicas de cultura, democráticas e permanentes, pactuadas entre os entes da Federação e a
sociedade, tendo por objetivo promover o desenvolvimento humano, social e econômico com
pleno exercício dos direitos culturais.
§ 1º O Sistema Nacional de Cultura fundamenta-se na política nacional de cultura e nas suas
diretrizes, estabelecidas no Plano Nacional de Cultura, e rege-se pelos seguintes princípios:
I – diversidade das expressões culturais;
II – universalização do acesso aos bens e serviços culturais;
III – fomento à produção, difusão e circulação de conhecimento e bens culturais; Incluído pela
IV – cooperação entre os entes federados, os agentes públicos e privados atuantes na área
cultural;
V – integração e interação na execução das políticas, programas, projetos e ações desenvolvidas;
VI – complementaridade nos papéis dos agentes culturais;
VII – transversalidade das políticas culturais;
VIII – autonomia dos entes federados e das instituições da sociedade civil;
IX – transparência e compartilhamento das informações;
X – democratização dos processos decisórios com participação e controle social;
XI – descentralização articulada e pactuada da gestão, dos recursos e das ações;
XII – ampliação progressiva dos recursos contidos nos orçamentos públicos para a cultura.
§ 2º Constitui a estrutura do Sistema Nacional de Cultura, nas respectivas esferas da Federação:
I – órgãos gestores da cultura;
II – conselhos de política cultural;
III – conferências de cultura;
IV – comissões intergestores;
V – planos de cultura;
VI – sistemas de financiamento à cultura;
VII – sistemas de informações e indicadores culturais;
VIII – programas de formação na área da cultura; e
IX – sistemas setoriais de cultura.
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Direito Constitucional – Da Cultura (Art. 215 e 216) – Prof. André Vieira
§ 3º Lei federal disporá sobre a regulamentação do Sistema Nacional de Cultura, bem como de
sua articulação com os demais sistemas nacionais ou políticas setoriais de governo. I
§ 4º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão seus respectivos sistemas de
cultura em leis próprias.
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Direito Constitucional
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Direito Constitucional
DA NACIONALIDADE
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VII – de Ministro de Estado da Defesa (Incluído pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999)
§ 4º Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:
I – tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao
interesse nacional;
II – adquirir outra nacionalidade, salvo no casos: (Redação dada pela Emenda Constitucional de
Revisão nº 3, de 1994)
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; (Incluído pela Emenda
Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado
estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos
civis; (Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil.
§ 1º São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o hino, as armas e o selo
nacionais.
§ 2º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter símbolos próprios.
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Questões
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8. Para aquisição de nacionalidade brasileira c) A lei não pode estabelecer diferenças
pela via ordinária, os originários de países entre brasileiros natos e naturalizados,
de língua portuguesa necessitam: salvo os casos previstos na Constituição;
d) Os cargos de magistrados são privativos
a) Residir na República Federativa do Brasil de brasileiros natos.
por mais de 15 anos ininterruptamente
sem condenação penal; 12. É brasileiro nato:
b) Comprovar haver compatibilidade
entre os critérios do “jus solis” e “jus a) Todos os que nascem no Brasil;
sanguinis”; b) Todos os nascidos no exterior filhos de
c) Residir na República Federativa do pais brasileiros;
Brasil por mais de um ano ininterrupto c) O titular da nacionalidade brasileira
e demonstrar idoneidade moral; primária;
d) Preencher os requisitos previstos em lei d) Os oriundos de país de língua
ordinária. portuguesa que reside no Brasil há
um ano ininterrupto e que não tenha
9. São privativos de brasileiros natos os cargos: condenação penal.
a) De deputado federal; 13. São privativos de brasileiros natos os cargos
b) De carreira diplomática; de:
c) De Presidente do Banco Central;
d) De Secretário da Receita Federal; a) Presidente e Vice-Presidente da
e) De vereador. República, Presidente da Câmara dos
Deputados, Presidente do Senado
10. O brasileiro nato pode perder a Federal, Ministro do Supremo Tribunal
nacionalidade: Federal; da Carreira Diplomática;
de Oficial das Forças Armadas e de
a) Se alegar imperativo de consciência Ministro de Estado de Defesa;
para se eximir do serviço militar b) Presidente e Vice-Presidente da
obrigatório e se recusar a cumprir pena República; Deputado Federal; Senador
alternativa fixada em lei; da República; Ministro do Supremo
b) Como conseqüência de pena acessória Tribunal Federal; Carreira Diplomática;
se condenado pela prática de crime de Oficial das Forças Armadas e de
inafiançável e imprescritível; Ministro de Estado de Defesa;
c) Se, por imposição de norma estrangeira, c) Presidente e Vice-Presidente da
tiver que adquirir outra nacionalidade República; Presidente da Câmara dos
como condição para permanência em Deputados; Presidente do Senado
território estrangeiro ou para que possa Federal; Ministro do Superior Tribunal
lá exercer os direitos civis; de Justiça; Procurador Geral da
d) Se adquirir outra nacionalidade. República; da Carreira Diplomática;
de Oficial das Forças Armadas e de
11. Assinale a opção correta: Ministro de Estado da Defesa;
a) Em qualquer hipótese, os nascidos em d) Presidente e Vice-Presidente da
território brasileiro são considerados República; de Governador; Ministro do
brasileiros natos; Supremo Tribunal Federal; Ministro do
b) Os cargos da carreira diplomática Superior Tribunal de Justiça, da Carreira
podem ser ocupados por brasileiros Diplomática, de Oficial das Forças
naturalizados; Armadas e de Ministro de Estado de
Defesa.
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Direito Constitucional – Da Nacionalidade – Profª Alessandra Vieira
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b) O filho do casal será brasileiro nato, d) Ao adquirir outra nacionalidade
desde que seja registrado em repartição voluntariamente por naturalização.
consular brasileira competente na
Alemanha ou que venha a residir no 21. Sobre nacionalidade é correto afirmar que:
Brasil antes da maioridade e, nesse
caso, opte em qualquer tempo pela a) Nos termos da Constituição, os filhos
nacionalidade brasileira. de brasileiros que não estejam a
c) O filho do casal é considerado brasileiro serviço do Brasil nascidos no exterior
nato, independentemente de qualquer poderão fazer opção pela nacionalidade
condição, uma vez que, apesar de brasileira a qualquer tempo, após
nascido no estrangeiro, é filho de pai e atingida a maioridade;
mãe brasileiros. b) Os portugueses submetidos ao
d) Caso o filho do casal obtenha a condição estado da igualdade se equiparam aos
de brasileiro nato, após atendidos os brasileiros natos;
requisitos estabelecidos na legislação c) A lei poderá estabelecer distinção entre
brasileira, não perderá jamais essa brasileiros natos e naturalizados;
condição, visto que a Constituição e) A Constituição proíbe a extradição de
Federal prevê expressamente que brasileiro nato ou naturalizado.
nenhum brasileiro nato pode perder a
nacionalidade brasileira. 22. Guerra, prefeito do Município de Pelotas,
e) Caso o filho do casal obtenha a edita um decreto no qual isenta os
condição de brasileiro naturalizado, brasileiros natos do recolhimento do I.S.S.
ainda assim poderá ter a sua Tal procedimento está correto?
naturalização cancelada, por sentença a) Sim, uma vez que se trata de imposto
judicial, mas somente em decorrência de competência exclusiva do Município;
de crime comum, praticado antes b) Não, por ser matéria de competência
da naturalização, ou de comprovado de lei estadual;
envolvimento em tráfico ilícito de c) Não, porque a lei não pode estabelecer
entorpecentes. distinção entre brasileiros natos e
naturalizados;
19. O cancelamento da naturalização em razão d) Sim, porque na hipótese, há autorização
do exercício de atividades contrárias ao expressa na Constituição Federal;
interesse nacional, dar-se-á por: e) Sim, porque se trata de lei municipal
a) Decreto do Presidente da República; sobre matéria discricionária.
b) Sentença Judicial com trânsito em
julgado; 23. O art. 12, § 2º da Constituição Federal
c) Ato do Ministro das Relações Exteriores; estabelece que não poderá haver distinção
d) Ato do Governo Estrangeiro. entre brasileiro nato e naturalizado, a não
ser que tal distinção esteja prevista:
20. O brasileiro nato pode perder a a) na própria Constituição;
nacionalidade: b) em lei complementar;
a) Por sentença judicial que cancele a c) em lei ordinária;
naturalização; d) na Constituição Estadual;
b) Em razão de extradição; e) em lei delegada.
c) Se contratado por empresa
multinacional em território alienígena;
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Direito Constitucional – Da Nacionalidade – Profª Alessandra Vieira
24. Aos portugueses que optem pela 27. Filho de pais alemães, nascido em
naturalização brasileira ordinária, é exigido: território brasileiro no período em que
seus ascendentes estavam a serviço da
a) residência por dois anos ininterruptos e Alemanha, é considerado:
idoneidade moral;
b) residência por um ano ininterrupto e a) apátrida;
idoneidade moral; b) estrangeiro;
c) residência por trinta anos ininterruptos c) brasileiro nato;
e sem condenação penal; d) alemão equiparado;
d) residência permanente e reciprocidade e) brasileiro naturalizado.
em favor dos brasileiros;
e) residência ininterrupta no Brasil por 28. Henrique, brasileiro nato, vai morar no
mais de quinze anos e sem condenação México. Lá requer e obtém a nacionalidade
penal. mexicana. Como fica sua situação em face
da nacionalidade brasileira?
25. Juan Pablo, espanhol de nascimento, reside
desde 1984, ininterruptamente no Brasil. a) Permanece com a nacionalidade
Em razão do tempo de residência, ele: brasileira;
b) Perde a nacionalidade brasileira;
a) não poderá mais se naturalizar c) Permanece com as duas nacionalidades;
brasileiro; d) Terá prazo de cinco anos para optar por
b) será brasileiro naturalizado se o uma das nacionalidades;
requerer; e) Terá prazo de dois anos para optar por
c) será brasileiro naturalizado se o uma das nacionalidades.
requerer, desde que não tenha
condenação penal neste período; 29. Os cargos de Ministro do STJ, devem ser
d) deverá esperar completar trinta providos por:
anos de residência ininterrupta, sem
condenação penal, para requerer a a) brasileiros natos;
nacionalidade brasileira; b) brasileiros;
e) não poderá retornar à Espanha sem c) brasileiros natos e portugueses
visto. equiparados;
d) brasileiros e estrangeiros residentes no
26. Pelo critério do jus sanguinis a nacionalidade Brasil;
é conferida: e) Todas as opções são falsas.
a) ao descendente de nacional pouco im- 30. Não é privativo de brasileiro nato o cargo
portando o local de nascimento; de:
b) aos que nascerem fora do território do
Estado; a) Ministro do Planejamento;
c) aos que nascerem no território do Esta- b) Oficial das Forças Armadas;
do; c) Ministro do Supremo Tribunal Federal;
d) aos que nascerem em território nacio- d) Presidente do Senado Federal;
nal ou estrangeiro; e) Presidente da Câmara dos Deputa-
e) por mérito ao estrangeiro que, partici- dos.
pando das Forças Armadas Brasileiras,
tenha sido ferido em combate.
Gabarito: 1. B 2. B 3. D 4. C 5. D 6. D 7. A 8. C 9. B 10. D 11. C 12. C 13. A 14. C 15. A 16. C 17. D
18. A 19. B 20. D 21. A 22. C 23. A 24. B 25. C 26. A 27. B 28. B 29. B 30. A
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Direito Constitucional
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo b) trinta anos para Governador e Vice-
sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, Governador de Estado e do Distrito Federal;
com valor igual para todos, e, nos termos da lei,
mediante: c) vinte e um anos para Deputado Federal,
Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito,
I – plebiscito; Vice-Prefeito e juiz de paz;
II – referendo; d) dezoito anos para Vereador.
III – iniciativa popular. § 4º São inelegíveis os inalistáveis e os anal-
fabetos.
§ 1º O alistamento eleitoral e o voto são:
§ 5º O Presidente da República, os Gover-
I – obrigatórios para os maiores de dezoito nadores de Estado e do Distrito Federal, os
anos; Prefeitos e quem os houver sucedido, ou
II – facultativos para: substituído no curso dos mandatos poderão
ser reeleitos para um único período subse-
a) os analfabetos; qüente. (Redação dada pela Emenda Cons-
titucional nº 16, de 1997)
b) os maiores de setenta anos;
§ 6º Para concorrerem a outros cargos, o
c) os maiores de dezesseis e menores de
Presidente da República, os Governadores
dezoito anos.
de Estado e do Distrito Federal e os Prefei-
§ 2º Não podem alistar-se como eleitores os tos devem renunciar aos respectivos man-
estrangeiros e, durante o período do serviço datos até seis meses antes do pleito.
militar obrigatório, os conscritos.
§ 7º São inelegíveis, no território de jurisdi-
§ 3º São condições de elegibilidade, na ção do titular, o cônjuge e os parentes con-
forma da lei: sanguíneos ou afins, até o segundo grau ou
por adoção, do Presidente da República,
I – a nacionalidade brasileira; de Governador de Estado ou Território, do
II – o pleno exercício dos direitos políticos; Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os
haja substituído dentro dos seis meses an-
III – o alistamento eleitoral; teriores ao pleito, salvo se já titular de man-
dato eletivo e candidato à reeleição.
IV – o domicílio eleitoral na circunscrição;
§ 8º O militar alistável é elegível, atendidas
V – a filiação partidária;
as seguintes condições:
VI – a idade mínima de:
I – se contar menos de dez anos de serviço,
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice- deverá afastar-se da atividade;
Presidente da República e Senador;
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II – se contar mais de dez anos de serviço, dendo o autor, na forma da lei, se temerária
será agregado pela autoridade superior e, ou de manifesta má-fé.
se eleito, passará automaticamente, no ato
da diplomação, para a inatividade. Art. 15. É vedada a cassação de direitos políti-
cos, cuja perda ou suspensão só se dará nos ca-
§ 9º Lei complementar estabelecerá outros sos de:
casos de inelegibilidade e os prazos de sua
cessação, a fim de proteger a probidade I – cancelamento da naturalização por sen-
administrativa, a moralidade para exercício tença transitada em julgado;
de mandato considerada vida pregressa do II – incapacidade civil absoluta;
candidato, e a normalidade e legitimidade
das eleições contra a influência do poder III – condenação criminal transitada em jul-
econômico ou o abuso do exercício de fun- gado, enquanto durarem seus efeitos;
ção, cargo ou emprego na administração di-
IV – recusa de cumprir obrigação a todos
reta ou indireta. (Redação dada pela Emen-
imposta ou prestação alternativa, nos ter-
da Constitucional de Revisão nº 4, de 1994)
mos do art. 5º, VIII;
§ 10. O mandato eletivo poderá ser impug-
V – improbidade administrativa, nos termos
nado ante a Justiça Eleitoral no prazo de
do art. 37, § 4º.
quinze dias contados da diplomação, instru-
ída a ação com provas de abuso do poder Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral en-
econômico, corrupção ou fraude. trará em vigor na data de sua publicação, não se
aplicando à eleição que ocorra até um ano da
§ 11. A ação de impugnação de mandato
data de sua vigência. (Redação dada pela Emen-
tramitará em segredo de justiça, respon-
da Constitucional nº 4, de 1993)
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Questões
1. João, Vereador que possuía a idade II – Estrangeiros residentes no País são ele-
mínima para candidatura quando eleito gíveis tão somente aos mandatos de Depu-
para a função no pleito de 2008, pretende tado Federal, Deputado Estadual e Verea-
concorrer nas eleições que se realizarão em dor.
2012 para Prefeito do Município em que III – Os militares são alistáveis, mas não são
exerce a vereança. Maria, sua irmã gêmea elegíveis.
e também Vereadora do mesmo Município,
pretende candidatar-se à reeleição. Está(ão) CORRETO(S):
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d) preencherá as condições de elegibilida- do serviço militar obrigatório, os
de para o cargo pretendido, desde que conscritos.
seja agregado pela autoridade militar b) O Presidente da República, os Governa-
superior e, se eleito, passe para a inati- dores de Estado e do Distrito Federal,
vidade. os Prefeitos e quem os houver sucedi-
e) preencherá as condições de elegibilida- do, ou substituído no curso dos manda-
de para o cargo pretendido, desde que tos poderão ser reeleitos para um único
se afaste da atividade militar. período subsequente.
c) O voto é obrigatório para os maiores de
5. Julgue verdadeiro ou falso para as dezesseis e menores de dezoito anos
proposições relacionadas à privação dos que tenham se alistado.
direitos políticos na Constituição Federal. d) Para concorrerem a outros cargos, o
Presidente da República, os Governado-
I – Constitui hipótese de suspensão dos di- res de Estado e do Distrito Federal e os
reitos políticos o cancelamento da naturali- Prefeitos devem renunciar aos respecti-
zação por sentença transitada em julgado. ( vos mandatos até seis meses antes do
) pleito.
II – A incapacidade civil absoluta é uma das
hipóteses de suspensão dos direitos políti- 7. A Constituição Federal estabelece idades
cos. ( ) mínimas para o exercício de cargos públicos
III – O brasileiro que adquire outra nacio- eletivos. Assinale a alternativa incorreta.
nalidade perderá os seus direitos políticos, a) vinte e um anos para Deputado Federal
com exceção dos casos de reconhecimento e para Deputado Estadual;
da nacionalidade originária pela lei estran- b) Trinta anos para Governador de Estado;
geira, ou ainda, imposição de naturalização, c) Trinta e cinco anos para Presidente da
pela lei estrangeira, ao brasileiro residente República;
em Estado estrangeiro,como condição para d) Vinte e um anos para Vereador e para
permanência em seu território ou para o Prefeito;
exercício de direitos civis. ( ) e) Dezoito anos para Vereador.
IV – A Carta Constitucional de 1988 permite
a cassação dos direitos políticos, que se dá 8. Assinale a opção correta:
por meio da sua perda ou suspensão. ( ) a) Todo inalistável é inelegível e todo ine-
Agora, assinale a alternativa que legível é inalistável;
corresponde, respectivamente, ao b) O partido político, pessoa jurídica de di-
julgamento CORRETO das proposições reito público, pode ter caráter regional;
acima: c) O alistamento eleitoral e o voto são fa-
a) F – V – V – F. cultativos para os estrangeiros e para os
b) V – V – F – V. conscritos, durante o período do servi-
c) F – V – F – V. ço militar obrigatório;
d) V – V – V – F. d) São condições de elegibilidade, na for-
ma da lei, a nacionalidade brasileira, o
6. Sobre os direitos políticos assegurados pela pleno exercício dos direitos políticos, o
Constituição da República, pode-se afirmar, alistamento eleitoral, o domicílio eleito-
EXCETO: ral na circunscrição, a filiação partidária
e a idade mínima estabelecida na Cons-
a) Não podem alistar-se como eleitores tituição.
os estrangeiros e, durante o período
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Direito Constitucional – Dos Direitos Políticos – Profª Alessandra Vieira
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c) Apenas II está correta; 18. O filho de Governador de Estado pode
d) Apenas I está correta; disputar eleição para o cargo de Deputado
e) Todas estão incorretas. Estadual no território de jurisdição de seu
pai?
14. O mandato eletivo poderá ser impugnado
ante a Justiça Eleitoral no prazo de ..... dias a) Não, já que a Constituição proíbe, a não
contados da diplomação, instruída a ação ser que seja candidato a reeleição;
com provas de ............... corrupção ou b) Sim, pois o impedimento constitucional
fraude. diz respeito ao mesmo cargo;
c) Sim, já que a Constituição não trata do
a) 10 – abuso de direito político; assunto;
b) 15 – abuso do poder econômico; d) Não, em hipótese alguma;
c) 15 – abuso de prerrogativas; e) Nenhuma das respostas anteriores está
d) 12 – abuso de direito político; correta.
e) 5 – abuso do poder econômico.
19. Analise:
15. É incorreto afirmar que são inelegíveis:
I – O direito de sufrágio é bem mais amplo
a) O cônjuge de Presidente da República, que o direito de voto, pois contém, em
para vereador; seu bojo, a capacidade eleitoral ativa e a
b) O pai de Governador de Estado para capacidade eleitoral passiva.
Deputado Estadual; II – A soberania popular será exercida pelo
c) O cunhado de Prefeito, para a Câmara sufrágio universal e pelo voto direto e
de Vereadores do mesmo Município; secreto, com valor igual para todos, e, nos
d) O irmão do Governador para Deputado termos da lei, mediante plebiscito.
Estadual;
e) O primo do Prefeito, para vereador. III – São inelegíveis o cônjuge e os parentes
consangüíneos ou afins, até o terceiro grau,
16. Com relação aos direitos políticos, é vedada do Governador ou do Prefeito, ou de quem
sua: os haja substituído dentro dos três meses
anteriores ao pleito, ainda que titular de
a) Cassação; mandato eletivo e candidato à reeleição.
b) Perda;
c) Suspensão; IV – O mandato eletivo poderá ser
d) Aquisição; impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo
e) Utilização. de quinze dias da eleição e até trinta dias da
diplomação, instruída a ação com provas da
17. É condição de elegibilidade: prática de eventual crime ou contravenção.
V – Não podem alistar-se como eleitores os
a) Ter menos de oitenta anos; estrangeiros e, durante o período do serviço
b) a idade mínima de dezoito anos para militar obrigatório, os conscritos.
ser prefeito;
c) a idade mínima de trinta anos para É correto o que consta APENAS em
analfabeto se eleger Governador de a) I, II e V
Estado; b) I e IV
d) a idade mínima de vinte e um anos para c) II e III
o estrangeiro, naturalizado brasileiro, d) II, III e IV
ser deputado federal. e) somente a I está correta.
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Direito Constitucional – Dos Direitos Políticos – Profª Alessandra Vieira
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pectivos mandatos até seis meses antes 27. De acordo com a Constituição da República,
do pleito. são inalistáveis e inelegíveis:
c) Segundo a CF, o militar alistável é
inelegível; a) somente os analfabetos e os conscritos.
d) O cônjuge e os parentes consanguíneos b) os estrangeiros, os analfabetos e os
ou afins até o segundo grau ou por conscritos.
adoção do presidente da República, de c) somente os estrangeiros e os
governador de estado ou território, do analfabetos.
Distrito Federal e de prefeito podem d) somente os estrangeiros e os conscritos.
concorrer, no território da jurisdição do
titular. 28. A capacidade eleitoral passiva consistente
na possibilidade de o cidadão pleitear
25. Assinale a opção correta quanto aos direitos determinados mandatos políticos, mediante
políticos e à cidadania: eleição popular, desde que preenchidos
certos requisitos, conceitua-se em:
a) Entre as hipóteses de suspensão dos
direitos políticos previstas na CF está a a) alistamento eleitoral.
prática de improbidade adminsitrativa; b) direito de voto.
b) Os conscritos, durante o período c) direito de sufrágio.
de serviço militar obrigatório, não d) elegibilidade.
podem alistar-se como eleitores, e) dever sociopolítico.
salvo mediante prévia autorização do
superior hierárquico; 29. Em relação aos direitos políticos, avalie as
c) Indivíduos analfabetos não possuem proposições a seguir:
direito ao voto; I – O alistamento eleitoral e o voto são
d) A lei que alterar o processo eleitoral obrigatórios para os maiores de dezoito
entrará em vigor um ano após a data anos e facultativos para os analfabetos, os
de sua publicação, não se aplicando maiores de sessenta anos e os maiores de
à eleição que ocorra no período dezesseis e menores de dezoito anos.
subseqüente.
II – A soberania popular será exercida
26. Nos termos do que estabelece a Constitui- pelo sufrágio universal e pelo voto direto
ção Federal, a soberania popular será exer- e secreto, com valor igual para todos, e,
cida pelo sufrágio universal e pelo voto dire- nos termos da lei, mediante plebiscito,
to e secreto: referendo e iniciativa popular.
III – São condições de alistabilidade, na
a) facultativo para os analfabetos e forma da lei a nacionalidade brasileira,
maiores de 70 (setenta) anos; o pleno exercício dos direitos políticos,
b) obrigatório para os maiores de o domicílio eleitoral na circunscrição e a
dezesseis anos; filiação partidária.
c) obrigatório para todos, inclusive os
analfabetos; IV – São inelegíveis, no território de
d) obrigatório para todos, inclusive para os jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes
maiores de 70 (setenta) anos; consanguíneos ou afins, até o segundo grau
e) facultativo para os maiores de 60 ou por adoção, do Presidente da República,
(sessenta) anos. de Governador de Estado ou Território, do
Distrito Federal, de Prefeito ou de quem
os haja substituído dentro dos nove meses
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Direito Constitucional – Dos Direitos Políticos – Profª Alessandra Vieira
Gabarito: 1. E 2. A 3. C 4. E 5. A 6. C 7. D 8. D 9. B 10. C 11. D 12. D 13. D 14. B 15. E 16. A
17. D 18. A 19. A 20. E 21. B 22. E 23. E 24. A 25. A 26. A 27. D 28. D 29. D 30. B
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Direito Constitucional
Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a
soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa
humana e observados os seguintes preceitos: Regulamento
I – caráter nacional;
II – proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros ou
de subordinação a estes;
III – prestação de contas à Justiça Eleitoral;
IV – funcionamento parlamentar de acordo com a lei.
§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna,
organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações
eleitorais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional,
estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e
fidelidade partidária. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 52, de 2006)
§ 2º Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da lei civil,
registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.
§ 3º Os partidos políticos têm direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio
e à televisão, na forma da lei.
§ 4º É vedada a utilização pelos partidos políticos de organização paramilitar.
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Direito Constitucional
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Direito Constitucional
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somente poderão ser fixados ou alterados XIV – os acréscimos pecuniários percebidos
por lei específica, observada a iniciativa por servidor público não serão computados
privativa em cada caso, assegurada revisão nem acumulados para fins de concessão de
geral anual, sempre na mesma data e sem acréscimos ulteriores; (Redação dada pela
distinção de índices; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (Re-
gulamento) XV – o subsídio e os vencimentos dos ocu-
pantes de cargos e empregos públicos são
XI – a remuneração e o subsídio dos ocu- irredutíveis, ressalvado o disposto nos inci-
pantes de cargos, funções e empregos pú- sos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º,
blicos da administração direta, autárquica e 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; (Redação dada
fundacional, dos membros de qualquer dos pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, dos detentores XVI – é vedada a acumulação remunerada
de mandato eletivo e dos demais agentes de cargos públicos, exceto, quando houver
políticos e os proventos, pensões ou outra compatibilidade de horários, observado em
espécie remuneratória, percebidos cumu- qualquer caso o disposto no inciso XI: (Re-
lativamente ou não, incluídas as vantagens dação dada pela Emenda Constitucional nº
pessoais ou de qualquer outra natureza, 19, de 1998)
não poderão exceder o subsídio mensal, em a) a de dois cargos de professor; (Redação
espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal dada pela Emenda Constitucional nº 19, de
Federal, aplicando-se como limite, nos Mu- 1998)
nicípios, o subsídio do Prefeito, e nos Esta-
dos e no Distrito Federal, o subsídio mensal b) a de um cargo de professor com outro
do Governador no âmbito do Poder Execu- técnico ou científico; (Redação dada pela
tivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Distritais no âmbito do Poder Legislativo e
c) a de dois cargos ou empregos privativos
o subsidio dos Desembargadores do Tribu-
de profissionais de saúde, com profissões
nal de Justiça, limitado a noventa inteiros e
regulamentadas; (Redação dada pela Emen-
vinte e cinco centésimos por cento do sub-
da Constitucional nº 34, de 2001)
sídio mensal, em espécie, dos Ministros do
Supremo Tribunal Federal, no âmbito do XVII – a proibição de acumular estende-se a
Poder Judiciário, aplicável este limite aos empregos e funções e abrange autarquias,
membros do Ministério Público, aos Procu- fundações, empresas públicas, sociedades
radores e aos Defensores Públicos; (Reda- de economia mista, suas subsidiárias, e so-
ção dada pela Emenda Constitucional nº 41, ciedades controladas, direta ou indireta-
19.12.2003) mente, pelo poder público; (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
XII – os vencimentos dos cargos do Poder
Legislativo e do Poder Judiciário não po- XVIII – a administração fazendária e seus
derão ser superiores aos pagos pelo Poder servidores fiscais terão, dentro de suas áre-
Executivo; as de competência e jurisdição, precedência
sobre os demais setores administrativos, na
XIII – é vedada a vinculação ou equiparação
forma da lei;
de quaisquer espécies remuneratórias para
o efeito de remuneração de pessoal do ser- XIX – somente por lei específica poderá ser
viço público; (Redação dada pela Emenda criada autarquia e autorizada a instituição
Constitucional nº 19, de 1998) de empresa pública, de sociedade de eco-
nomia mista e de fundação, cabendo à lei
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Direito Constitucional – Disposições Gerais (Art. 037 a 038) – Profª Tatiana Marcello
complementar, neste último caso, definir as (Redação dada pela Emenda Constitucional
áreas de sua atuação; (Redação dada pela nº 19, de 1998)
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
I – as reclamações relativas à prestação dos
XX – depende de autorização legislativa, em serviços públicos em geral, asseguradas a
cada caso, a criação de subsidiárias das en- manutenção de serviços de atendimento ao
tidades mencionadas no inciso anterior, as- usuário e a avaliação periódica, externa e
sim como a participação de qualquer delas interna, da qualidade dos serviços; (Incluído
em empresa privada; pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
XXI – ressalvados os casos especificados II – o acesso dos usuários a registros admi-
na legislação, as obras, serviços, compras nistrativos e a informações sobre atos de
e alienações serão contratados mediante governo, observado o disposto no art. 5º, X
processo de licitação pública que assegu- e XXXIII; (Incluído pela Emenda Constitucio-
re igualdade de condições a todos os con- nal nº 19, de 1998)
correntes, com cláusulas que estabeleçam
obrigações de pagamento, mantidas as con- III – a disciplina da representação contra o
dições efetivas da proposta, nos termos da exercício negligente ou abusivo de cargo,
lei, o qual somente permitirá as exigências emprego ou função na administração públi-
de qualificação técnica e econômica indis- ca. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
pensáveis à garantia do cumprimento das 19, de 1998)
obrigações. (Regulamento) § 4º Os atos de improbidade administrativa
XXII – as administrações tributárias da importarão a suspensão dos direitos políti-
União, dos Estados, do Distrito Federal e cos, a perda da função pública, a indisponi-
dos Municípios, atividades essenciais ao bilidade dos bens e o ressarcimento ao erá-
funcionamento do Estado, exercidas por rio, na forma e gradação previstas em lei,
servidores de carreiras específicas, terão re- sem prejuízo da ação penal cabível.
cursos prioritários para a realização de suas § 5º A lei estabelecerá os prazos de pres-
atividades e atuarão de forma integrada, crição para ilícitos praticados por qualquer
inclusive com o compartilhamento de ca- agente, servidor ou não, que causem pre-
dastros e de informações fiscais, na forma juízos ao erário, ressalvadas as respectivas
da lei ou convênio. (Incluído pela Emenda ações de ressarcimento.
Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público
§ 1º A publicidade dos atos, programas, e as de direito privado prestadoras de servi-
obras, serviços e campanhas dos órgãos ços públicos responderão pelos danos que
públicos deverá ter caráter educativo, infor- seus agentes, nessa qualidade, causarem a
mativo ou de orientação social, dela não po- terceiros, assegurado o direito de regresso
dendo constar nomes, símbolos ou imagens contra o responsável nos casos de dolo ou
que caracterizem promoção pessoal de au- culpa.
toridades ou servidores públicos.
§ 7º A lei disporá sobre os requisitos e as
§ 2º A não observância do disposto nos in- restrições ao ocupante de cargo ou empre-
cisos II e III implicará a nulidade do ato e a go da administração direta e indireta que
punição da autoridade responsável, nos ter- possibilite o acesso a informações privile-
mos da lei. giadas. (Incluído pela Emenda Constitucio-
§ 3º A lei disciplinará as formas de partici- nal nº 19, de 1998)
pação do usuário na administração pública
direta e indireta, regulando especialmente:
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§ 8º A autonomia gerencial, orçamentá- noventa inteiros e vinte e cinco centésimos
ria e financeira dos órgãos e entidades da por cento do subsídio mensal dos Ministros
administração direta e indireta poderá ser do Supremo Tribunal Federal, não se apli-
ampliada mediante contrato, a ser firmado cando o disposto neste parágrafo aos sub-
entre seus administradores e o poder públi- sídios dos Deputados Estaduais e Distritais
co, que tenha por objeto a fixação de metas e dos Vereadores. (Incluído pela Emenda
de desempenho para o órgão ou entidade, Constitucional nº 47, de 2005)
cabendo à lei dispor sobre: (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) Art. 38. Ao servidor público da administração
direta, autárquica e fundacional, no exercício de
I – o prazo de duração do contrato; mandato eletivo, aplicam-se as seguintes dispo-
sições: (Redação dada pela Emenda Constitucio-
II – os controles e critérios de avaliação de nal nº 19, de 1998)
desempenho, direitos, obrigações e respon-
sabilidade dos dirigentes; I – tratando-se de mandato eletivo federal,
estadual ou distrital, ficará afastado de seu
III – a remuneração do pessoal." cargo, emprego ou função;
§ 9º O disposto no inciso XI aplica-se às II – investido no mandato de Prefeito, será
empresas públicas e às sociedades de eco- afastado do cargo, emprego ou função, sen-
nomia mista, e suas subsidiárias, que rece- do-lhe facultado optar pela sua remunera-
berem recursos da União, dos Estados, do ção;
Distrito Federal ou dos Municípios para pa-
gamento de despesas de pessoal ou de cus- III – investido no mandato de Vereador, ha-
teio em geral. (Incluído pela Emenda Consti- vendo compatibilidade de horários, perce-
tucional nº 19, de 1998) berá as vantagens de seu cargo, emprego
ou função, sem prejuízo da remuneração do
§ 10. É vedada a percepção simultânea de cargo eletivo, e, não havendo compatibili-
proventos de aposentadoria decorrentes do dade, será aplicada a norma do inciso ante-
art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a remune- rior;
ração de cargo, emprego ou função pública,
ressalvados os cargos acumuláveis na forma IV – em qualquer caso que exija o afasta-
desta Constituição, os cargos eletivos e os mento para o exercício de mandato eletivo,
cargos em comissão declarados em lei de li- seu tempo de serviço será contado para to-
vre nomeação e exoneração. (Incluído pela dos os efeitos legais, exceto para promoção
Emenda Constitucional nº 20, de 1998) por merecimento;
§ 11. Não serão computadas, para efeito V – para efeito de benefício previdenciário,
dos limites remuneratórios de que trata o no caso de afastamento, os valores serão
inciso XI do caput deste artigo, as parcelas determinados como se no exercício estives-
de caráter indenizatório previstas em lei. se.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 47,
de 2005) (...)
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Direito Constitucional – Disposições Gerais (Art. 037 a 038) – Profª Tatiana Marcello
CONCEITOS INTRODUTÓRIOS
Conceitos Introdutórios
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência...
Trata-se dos princípios expressamente trazidos pela CF/88, considerando que há outros
princípios aplicáveis.
Para memorizá-los, usa-se o macete do “LIMPE”:
Legalidade
Impessoalidade
Moralidade
Publicidade
Eficiência
Princípio da Legalidade
A administração pública só pode agir quando houver lei que determine ou autorize sua
atuação. Assim, a eficácia da atividade da administração pública está condicionada ao que a lei
permite ou determina.
Enquanto no âmbito dos particulares, o princípio da legalidade significa que podem fazer
tudo o que a lei não proíba, no âmbito da administração pública esse princípio significa que o
administrador só pode fazer o que a lei autorize ou determine.
Esse princípio é o que melhor caracteriza o estado Estado de Direito, pois o administrador
público não pode agir de acordo com sua própria vontade e sim de acordo com o interesse do
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povo, titular do poder. Como, em última instância, as leis são feitas pelo povo, através de seus
representantes, pressupõe-se que estão de acordo com o interesse público.
Princípio da Impessoalidade
O administrador público deve ser impessoal, tendo sempre como finalidade a satisfação do
intere interesse público, não podendo beneficiar nem prejudicar a si ou determinada pessoa.
Esse princípio é visto sob dois aspectos:
a) como determinante da finalidade de toda atuação administrativa – inevitavelmente,
determinados atos podem ter por consequencia benefícios ou prejuízos a alguém, porém,
a atuação do administrador deve visar ao interesse público, sob pena de tal ato ser
considerado nulo por desvio de finalidade;
b) como vedação a que o agente público valha-se das atividades desenvolvidas pela
administração para obter benefício ou promoção pessoal – é vedado a promoção pessoal
do agente público pela sua atuação como administrador.
Como exemplos de aplicação do princípio da impessoalidade, podemos citar a imposição
de concurso público como condição para ingresso em cargo efetivo ou emprego público e a
exigência de licitações públicas para contratações pela administração.
Princípio da Moralidade
A moral administrativa está ligada à ideia de ética, probidade e de boa-fé. Não basta que a
atuação do administrador público seja legal, precisa ser moral também, já que nem tudo que é
legal é honesto.
Ato contrário a moral não é apenas inoportuno ou inconveniente, é considerado nulo.
Princípio da Publicidade
Esse princípio é tratado sob dois prismas:
a) exigência de publicação em órgão oficial como requisito de eficácia dos atos administrativos
gerais que devam produzir efeitos externos ou onerem o patrimônio público – enquanto
não for publicado, o ato não pode produzir efeitos;
b) exigência de transparência da atuação administrativa – finalidade de possibilitar, de forma
mais ampla possível, controle da administração pública pelo povo.
Princípio da Eficiência
O princípio da eficiência foi inserido o caput do art. 37 através da EC 19/1998. Visa a atingir
os objetivos de boa prestação dos serviços, de modo mais simples, rápido e econômico,
melhorando a relação custo/benefício da atividade da administração pública. O administrador
deve ter planejamento, procurando a melhor solução para atingir a finalidade e interesse
público do ato.
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Direito Constitucional – Disposições Gerais (Art. 037 a 038) – Profª Tatiana Marcello
Esse princípio, porém, não tem um caráter absoluto, já que não é possível afastar os outros
princípios da administração sob o argumento de dar maior eficiência ao ato. Por exemplo, não
se pode afastar as etapas legais (princípio da legalidade) de um procedimento licitatório a fim
de ter maior eficiência.
Agente público é toda pessoa que desempenha atividade administrativa, temporária ou não,
com ou sem remuneração.
Conceito Lei 8.429/1992 (Lei de Improbidade Administrativa):
Art. 2º. Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda que
transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou
qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades
mencionadas no artigo anterior.
Portanto, Agentes Públicos são as pessoas físicas incumbidas, definitiva ou transitoriamente,
do exercício de alguma função estatal.
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Os agentes públicos podem ser classificados em:
a) Agentes Políticos – Exercem função pública de alta direção do Estado. Em regra, ingressam
por meio de eleição, com mandatos fixos, ao término dos quais a relação com o Estado
desaparece automaticamente. Exemplos: Chefes do Poder Executivo (Presidente da
República, Governadores dos Estados e Prefeitos Municipais, com seus respectivos vices),
Parlamentares (Senadores, Deputados Federais e Estaduais, Vereadores), Ministros de
Estado...
b) Servidores Estatais (ou Agentes Administrativos ou Servidores Públicos em sentido
amplo) – São as pessoas que prestam serviço público para a Administração, com natureza
profissional e remunerada. Dividem-se em:
•• Servidores Públicos Estatutários (são os ocupantes de cargos públicos e submetidos a
regime estatutário). Em sentido estrito, “servidor público” é apenas o estatutário.
•• Empregados Públicos (são os ocupantes de emprego público e submetidos a regime
celetista – CLT)
•• Servidores Temporários (aqueles contratados por tempo determinado para atender
a necessidade temporária de excepcional interesse público, não tendo cargo nem
emprego público, exercendo função pública remunerada e temporária).
Obs.: Há doutrina e questões que entendem que “Servidor Público em sentido amplo”
abrange essas 3 espécies (servidores públicos estatutários, empregados públicos e servidores
temporários), enquanto “Servidor Público em sentido estrito” seria apenas o Servidor
Estatutário. Vejamos o esquema:
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Direito Constitucional – Disposições Gerais (Art. 037 a 038) – Profª Tatiana Marcello
Cargo Público
Os cargos públicos são ocupados por servidores públicos, efetivos e comissionados, submetidos
ao regime estatutário.
A Lei nº 8.112/1990 define: “Art. 3o Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades
previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor.”
De acordo com Celso Antônio Bandeira de Mello: “Cargos são as mais simples e indivisíveis
unidades de competência a serem expressadas por um agente, previstas em número certo,
com denominação própria, retribuídas por pessoas jurídicas de direito público e criadas por
lei”.
Cargos públicos são próprios das pessoas jurídicas de direito público.
Emprego Público
Os empregos públicos são ocupados por empregados públicos, os quais se submetem ao
regime celetista (Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT). Os empregados públicos ingressam
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por meio de concurso público para ocupar empregos públicos , de natureza essencialmente
contratual.
De acordo com Celso Antônio Bandeira de Mello: “Empregos públicos são núcleos de encargos
de trabalho permanentes a serem preenchidos por agentes contratados para desempenhá-los,
sob relação trabalhista”.
Empregos públicos são próprios das pessoas jurídicas de direito privado da Administração
Indireta. São exemplos, os empregados da Caixa Econômica Federal (empresa pública) e
do Banco do Brasil (sociedade de economia mista); lembrando que CESPE considera que
“dirigentes” dessas instituições, que não sejam do quadro de empregados, são regidos por
regime próprio e não pela CLT.
Função Pública
De acordo com Maia Sylvia Di Pietro: “São funções públicas as funções de confiança e
as exercidas pelos agentes públicos contratados por tempo determinado para atender a
necessidade temporária de excepcional interesse público (CF, art. 37, IX).”
Não há concurso público para preenchimento de função pública.
São acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos
estrangeiros, na forma da lei; (Obs.: Lei 8.112/90, art. 5º, § 3º As universidades e instituições de
pesquisa científica e tecnológica federais poderão prover seus cargos com professores, técnicos
e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os procedimentos desta Lei).
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Direito Constitucional – Disposições Gerais (Art. 037 a 038) – Profª Tatiana Marcello
Cargo Público
Efetivo Comissão
Livre nomeação e
Concurso Público exoneração (direção,
chefia e assessoramento)
Sem
Estabilidade
estabilidade
Criação e extinção do cargo público
Criação Lei
O prazo de validade do concurso público será de até 2 anos, prorrogável uma vez, por igual
período; ou seja, o prazo pode ser menor do que 2 anos; assim, se o prazo for de 1 ano, poderá
ser prorrogado por mais 1 ano apenas.
Prioridade de nomeação
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Obs.: STF – Candidato aprovado no concurso público dentro do número de vagas indicado no
edital tem direito subjetivo à nomeação, dentro do prazo de validade do concurso.
É garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical, regra aplicável apenas
ao servidores públicos civis, já que a CF veda a aplicação aos militares (art. 142, § 3º, IV, CF).
Direito de greve
O direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica; porém,
ainda não regulamentação legal, o que fez com que o STF decidisse pela aplicação da lei que
regulamenta o direito de greve do empregado na iniciativa privada (Lei nº 7783/89). Também é
proibido ao militar fazer greve.
A lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de
deficiência e definirá os critérios de sua admissão;
Obs.: Segundo o STF, mesmo em concursos como de Polícia, é obrigatória a reserva de vagas
para portadores de deficiência, porém, os exames de aptidão indicarão se a deficiência é
compatível ou não com as atribuições do cargo.
Obs.: Lei 8.112/90, art. 5º, § 2o Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de
se inscrever em concurso público para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis
com a deficiência de que são portadoras; para tais pessoas serão reservadas até 20% das vagas
oferecidas no concurso.
Teto remuneratório
Agentes públicos não podem receber remuneração maior do que o subsídio mensal pago aos
Ministros do Supremo Tribunal Federal (é o chamado teto absoluto). Há também o chamado
subteto: I – nos Municípios, nenhum servidor poderá ganhar mais do que o prefeito; II – nos
Estados e Distrito Federal, se Poder Executivo, nenhum servidor pode ganhar mais do que o
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Governador, se Poder Legislativo, nenhum servidor pode ganhar mais do que os Deputados
Estaduais ou Distritais, se Poder Judiciário, nenhum servidor pode ganhar mais do que os
Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça.
Obs.: Não serão computadas, para efeito desses limites remuneratórios, as parcelas de caráter
indenizatório previstas em lei.
Teto Absoluto Nenhum agente público pode receber remuneração maior do que Ministro do STF
Subteto
Não pode receber remuneração
Agentes Públicos Âmbito
maior que a do
Municipais Geral Prefeito
Estaduais e Distritais Poder Executivo Governador
Poder Legislativo Deputados Estaduais ou Distritais
Poder Judiciário Desembargadores do TJ
Paridade de Vencimentos
Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser
superiores aos pagos pelo Poder Executivo.
Executivo
$$$
Judiciário Legislativo
Mandato eletivo
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I – tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo,
emprego ou função;
II – investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe
facultado optar pela sua remuneração;
III – investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as
vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e,
não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior;
IV – em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo
de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;
V – para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão
determinados como se no exercício estivesse.
Mandato eletivo
Mandato Eletivo
Ao servidor
• Aoinvestido
servidor em mandato
investido eletivo aplicam-se
em mandato as seguintes
eletivo aplicam-se disposições:
as seguintes disposições:
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Acumulação lícita:
É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria (art. 40, art. 42 e 142, CF)
com a remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis
na forma desta Constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de
livre nomeação e exoneração.
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SLIDES – DISPOSIÇÕES GERAIS
Direito Administrativo
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Administração Pública na
Constituição Federal
Disposições Gerais
(art. 37 a 38)
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Conceitos Introdutórios
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• Para memorizá-los, usa-se o macete do “LIMPE”:
Legalidade
Impessoalidade
Moralidade
Publicidade
Eficiência
• 1. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
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• 2. PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE
• O administrador público deve ser impessoal, tendo sempre como finalidade a
satisfação do interesse público, não podendo beneficiar nem prejudicar a si
ou determinada pessoa.
• Esse princípio é visto sob dois aspectos:
a) como determinante da finalidade de toda atuação administrativa -
inevitavelmente, determinados atos podem ter por consequencia benefícios
ou prejuízos a alguém, porém, a atuação do administrador deve visar ao
interesse público, sob pena de tal ato ser considerado nulo por desvio de
finalidade;
b) como vedação a que o agente público valha-se das atividades
desenvolvidas pela administração para obter benefício ou promoção pessoal
- é vedado a promoção pessoal do agente público pela sua atuação como
administrador.
• Ex.: imposição de concurso público como condição para ingresso em cargo
efetivo ou emprego público; exigência de licitações públicas para contratações
pela administração.
• 3. PRINCÍPIO DA MORALIDADE
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• 4. PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE
• 5. PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA
• Esse princípio, porém, não tem um caráter absoluto, já que não é possível
afastar os outros princípios da administração sob o argumento de dar maior
eficiência ao ato. Por exemplo, não se pode afastar as etapas legais (princípio
da legalidade) de um procedimento licitatório a fim de ter maior eficiência.
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Direito Constitucional – Disposições Gerais (Art. 037 a 038) – Profª Tatiana Marcello
Agente Público
Art. 2º. Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce,
ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação,
designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo,
mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior.
Agentes
Públicos
Servidores
Servidores Empregados
Temporários
Públicos Públicos
(Contrato prazo
(Estatuários) (Celetistas)
determinado)
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Servidores Públicos Empregados Públicos Servidores Temporários
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Cargo Público
Efetivo Comissão
Livre nomeação e
Concurso Público exoneração (direção,
chefia e assessoramento)
Sem
Estabilidade
estabilidade
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Criação e extinção do cargo público
Criação Lei
• Prioridade de nomeação
• Durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado
em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com
prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira.
• Obs.: STF – Candidato aprovado no concurso público dentro do número de vagas
indicado no edital tem direito subjetivo à nomeação, dentro do prazo de validade
do concurso.
• Obs.: Lei 8.112/90, art. 12, § 2o Não se abrirá novo concurso enquanto houver
candidato aprovado em concurso anterior com prazo de validade não expirado.
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• Direito de greve
• O direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei
específica; porém, ainda não há regulamentação legal, o que fez com que o STF
decidisse pela aplicação da lei que regulamenta o direito de greve do empregado na
iniciativa privada (Lei nº 7783/89).
ØObs.: Essas duas regras são aplicáveis apenas ao servidores públicos civis, já que a
CF veda a aplicação aos militares (art. 142, § 3º, IV, CF).
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• Fixação e revisão geral da remuneração
• Teto remuneratório
• Agentes públicos não podem receber remuneração maior do que o subsídio mensal
pago aos Ministros do Supremo Tribunal Federal (é o chamado teto absoluto).
• Há também o chamado subteto: I – nos Municípios, nenhum servidor poderá
ganhar mais do que o prefeito; II – nos Estados e Distrito Federal, se Poder
Executivo, nenhum servidor pode ganhar mais do que o Governador, se Poder
Legislativo, nenhum servidor pode ganhar mais do que os Deputados Estaduais ou
Distritais, se Poder Judiciário, nenhum servidor pode ganhar mais do que os
Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça.
• Obs.: Não serão computadas, para efeito desses limites remuneratórios, as parcelas
de caráter indenizatório previstas em lei.
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Direito Constitucional – Disposições Gerais (Art. 037 a 038) – Profª Tatiana Marcello
Executivo
$$$
Judiciário Legislativo
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Mandato eletivo
• Em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu
tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção
por merecimento;
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Acumulação lícita:
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Direito Constitucional – Disposições Gerais (Art. 037 a 038) – Profª Tatiana Marcello
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Direito Constitucional
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§ 6º Os Poderes Executivo, Legislativo e Ju- II – compulsoriamente, com proventos pro-
diciário publicarão anualmente os valores porcionais ao tempo de contribuição, aos
do subsídio e da remuneração dos cargos e 70 (setenta) anos de idade, ou aos 75 (se-
empregos públicos. (Incluído pela Emenda tenta e cinco) anos de idade, na forma de
Constitucional nº 19, de 1998) lei complementar; (Redação dada pela
§ 7º Lei da União, dos Estados, do Distri- Emenda Constitucional nº 88, de 2015)
to Federal e dos Municípios disciplinará a III – voluntariamente, desde que cumprido
aplicação de recursos orçamentários pro- tempo mínimo de dez anos de efetivo exer-
venientes da economia com despesas cor- cício no serviço público e cinco anos no car-
rentes em cada órgão, autarquia e funda- go efetivo em que se dará a aposentadoria,
ção, para aplicação no desenvolvimento de observadas as seguintes condições: (Reda-
programas de qualidade e produtividade, ção dada pela Emenda Constitucional nº 20,
treinamento e desenvolvimento, moderni- de 15/12/98)
zação, reaparelhamento e racionalização a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de
do serviço público, inclusive sob a forma de contribuição, se homem, e cinqüenta e cin-
adicional ou prêmio de produtividade. (In- co anos de idade e trinta de contribuição, se
cluído pela Emenda Constitucional nº 19, de mulher; (Redação dada pela Emenda Cons-
1998) titucional nº 20, de 15/12/98)
§ 8º A remuneração dos servidores públicos b) sessenta e cinco anos de idade, se ho-
organizados em carreira poderá ser fixada mem, e sessenta anos de idade, se mulher,
nos termos do § 4º. (Incluído pela Emenda com proventos proporcionais ao tempo de
Constitucional nº 19, de 1998) contribuição. (Redação dada pela Emenda
Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efe- Constitucional nº 20, de 15/12/98)
tivos da União, dos Estados, do Distrito Federal § 2º Os proventos de aposentadoria e as
e dos Municípios, incluídas suas autarquias e pensões, por ocasião de sua concessão, não
fundações, é assegurado regime de previdên- poderão exceder a remuneração do respec-
cia de caráter contributivo e solidário, median- tivo servidor, no cargo efetivo em que se
te contribuição do respectivo ente público, dos deu a aposentadoria ou que serviu de refe-
servidores ativos e inativos e dos pensionistas, rência para a concessão da pensão. (Reda-
observados critérios que preservem o equilíbrio ção dada pela Emenda Constitucional nº 20,
financeiro e atuarial e o disposto neste artigo. de 15/12/98)
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº
41, 19.12.2003) § 3º Para o cálculo dos proventos de apo-
sentadoria, por ocasião da sua concessão,
§ 1º Os servidores abrangidos pelo regime serão consideradas as remunerações utili-
de previdência de que trata este artigo se- zadas como base para as contribuições do
rão aposentados, calculados os seus pro- servidor aos regimes de previdência de que
ventos a partir dos valores fixados na forma tratam este artigo e o art. 201, na forma da
dos §§ 3º e 17: (Redação dada pela Emenda lei. (Redação dada pela Emenda Constitu-
Constitucional nº 41, 19.12.2003) cional nº 41, 19.12.2003)
I – por invalidez permanente, sendo os pro- § 4º É vedada a adoção de requisitos e cri-
ventos proporcionais ao tempo de contri- térios diferenciados para a concessão de
buição, exceto se decorrente de acidente aposentadoria aos abrangidos pelo regime
em serviço, moléstia profissional ou doença de que trata este artigo, ressalvados, nos
grave, contagiosa ou incurável, na forma da termos definidos em leis complementares,
lei;(Redação dada pela Emenda Constitucio- os casos de servidores: (Redação dada pela
nal nº 41, 19.12.2003) Emenda Constitucional nº 47, de 2005)
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Direito Constitucional – Dos Servidores Públicos (Art. 039 a 041) – Profª Tatiana Marcello
III – cujas atividades sejam exercidas sob § 9º O tempo de contribuição federal, esta-
condições especiais que prejudiquem a dual ou municipal será contado para efeito
saúde ou a integridade física. (Incluído pela de aposentadoria e o tempo de serviço cor-
Emenda Constitucional nº 47, de 2005) respondente para efeito de disponibilidade.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 20,
§ 5º Os requisitos de idade e de tempo de 15/12/98)
de contribuição serão reduzidos em cinco
anos, em relação ao disposto no § 1º, III, § 10. A lei não poderá estabelecer qualquer
"a", para o professor que comprove exclu- forma de contagem de tempo de contribui-
sivamente tempo de efetivo exercício das ção fictício. (Incluído pela Emenda Constitu-
funções de magistério na educação infantil cional nº 20, de 15/12/98)
e no ensino fundamental e médio. (Redação § 11. Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI,
dada pela Emenda Constitucional nº 20, de à soma total dos proventos de inatividade,
15/12/98) inclusive quando decorrentes da acumula-
§ 6º Ressalvadas as aposentadorias decor- ção de cargos ou empregos públicos, bem
rentes dos cargos acumuláveis na forma como de outras atividades sujeitas a contri-
desta Constituição, é vedada a percepção buição para o regime geral de previdência
de mais de uma aposentadoria à conta do social, e ao montante resultante da adição
regime de previdência previsto neste artigo. de proventos de inatividade com remune-
(Redação dada pela Emenda Constitucional ração de cargo acumulável na forma desta
nº 20, de 15/12/98) Constituição, cargo em comissão declarado
em lei de livre nomeação e exoneração, e de
§ 7º Lei disporá sobre a concessão do bene- cargo eletivo. (Incluído pela Emenda Consti-
fício de pensão por morte, que será igual: tucional nº 20, de 15/12/98)
(Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 41, 19.12.2003) § 12. Além do disposto neste artigo, o regi-
me de previdência dos servidores públicos
I – ao valor da totalidade dos proventos do titulares de cargo efetivo observará, no que
servidor falecido, até o limite máximo esta- couber, os requisitos e critérios fixados para
belecido para os benefícios do regime geral o regime geral de previdência social. (Inclu-
de previdência social de que trata o art. 201, ído pela Emenda Constitucional nº 20, de
acrescido de setenta por cento da parcela 15/12/98)
excedente a este limite, caso aposentado
à data do óbito; ou (Incluído pela Emenda § 13. Ao servidor ocupante, exclusivamen-
Constitucional nº 41, 19.12.2003) te, de cargo em comissão declarado em lei
de livre nomeação e exoneração bem como
II – ao valor da totalidade da remuneração de outro cargo temporário ou de emprego
do servidor no cargo efetivo em que se deu público, aplica-se o regime geral de previ-
o falecimento, até o limite máximo estabe- dência social. (Incluído pela Emenda Consti-
lecido para os benefícios do regime geral de tucional nº 20, de 15/12/98)
previdência social de que trata o art. 201,
acrescido de setenta por cento da parcela § 14. A União, os Estados, o Distrito Fede-
excedente a este limite, caso em atividade ral e os Municípios, desde que instituam
na data do óbito. (Incluído pela Emenda regime de previdência complementar para
Constitucional nº 41, 19.12.2003) os seus respectivos servidores titulares de
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cargo efetivo, poderão fixar, para o valor das equivalente ao valor da sua contribuição
aposentadorias e pensões a serem concedi- previdenciária até completar as exigências
das pelo regime de que trata este artigo, o para aposentadoria compulsória contidas
limite máximo estabelecido para os bene- no § 1º, II. (Incluído pela Emenda Constitu-
fícios do regime geral de previdência social cional nº 41, 19.12.2003)
de que trata o art. 201. (Incluído pela Emen- § 20. Fica vedada a existência de mais de um
da Constitucional nº 20, de 15/12/98) regime próprio de previdência social para os
§ 15. O regime de previdência complemen- servidores titulares de cargos efetivos, e de
tar de que trata o § 14 será instituído por mais de uma unidade gestora do respectivo
lei de iniciativa do respectivo Poder Executi- regime em cada ente estatal, ressalvado o
vo, observado o disposto no art. 202 e seus disposto no art. 142, § 3º, X. (Incluído pela
parágrafos, no que couber, por intermédio Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)
de entidades fechadas de previdência com- § 21. A contribuição prevista no § 18 deste
plementar, de natureza pública, que ofere- artigo incidirá apenas sobre as parcelas de
cerão aos respectivos participantes planos proventos de aposentadoria e de pensão
de benefícios somente na modalidade de que superem o dobro do limite máximo es-
contribuição definida. (Redação dada pela tabelecido para os benefícios do regime ge-
Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) ral de previdência social de que trata o art.
§ 16. Somente mediante sua prévia e ex- 201 desta Constituição, quando o beneficiá-
pressa opção, o disposto nos §§ 14 e 15 rio, na forma da lei, for portador de doença
poderá ser aplicado ao servidor que tiver incapacitante. (Incluído pela Emenda Cons-
ingressado no serviço público até a data da titucional nº 47, de 2005)
publicação do ato de instituição do corres- Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo
pondente regime de previdência comple- exercício os servidores nomeados para cargo de
mentar. (Incluído pela Emenda Constitucio- provimento efetivo em virtude de concurso pú-
nal nº 20, de 15/12/98) blico. (Redação dada pela Emenda Constitucio-
§ 17. Todos os valores de remuneração con- nal nº 19, de 1998)
siderados para o cálculo do benefício pre- § 1º O servidor público estável só perderá o
visto no § 3° serão devidamente atualiza- cargo: (Redação dada pela Emenda Consti-
dos, na forma da lei. (Incluído pela Emenda tucional nº 19, de 1998)
Constitucional nº 41, 19.12.2003)
I – em virtude de sentença judicial transita-
§ 18. Incidirá contribuição sobre os proven- da em julgado; (Incluído pela Emenda Cons-
tos de aposentadorias e pensões conce- titucional nº 19, de 1998)
didas pelo regime de que trata este artigo
que superem o limite máximo estabelecido II – mediante processo administrativo em
para os benefícios do regime geral de pre- que lhe seja assegurada ampla defesa; (In-
vidência social de que trata o art. 201, com cluído pela Emenda Constitucional nº 19, de
percentual igual ao estabelecido para os 1998)
servidores titulares de cargos efetivos. (In- III – mediante procedimento de avaliação
cluído pela Emenda Constitucional nº 41, periódica de desempenho, na forma de lei
19.12.2003) complementar, assegurada ampla defesa.
§ 19. O servidor de que trata este artigo que (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19,
tenha completado as exigências para apo- de 1998)
sentadoria voluntária estabelecidas no § 1º, § 2º Invalidada por sentença judicial a de-
III, a, e que opte por permanecer em ativi- missão do servidor estável, será ele reinte-
dade fará jus a um abono de permanência grado, e o eventual ocupante da vaga, se es-
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Direito Constitucional – Dos Servidores Públicos (Art. 039 a 041) – Profª Tatiana Marcello
tável, reconduzido ao cargo de origem, sem cional ao tempo de serviço, até seu adequa-
direito a indenização, aproveitado em outro do aproveitamento em outro cargo. (Reda-
cargo ou posto em disponibilidade com re- ção dada pela Emenda Constitucional nº 19,
muneração proporcional ao tempo de ser- de 1998)
viço. (Redação dada pela Emenda Constitu- § 4º Como condição para a aquisição da es-
cional nº 19, de 1998) tabilidade, é obrigatória a avaliação especial
§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua des- de desempenho por comissão instituída
necessidade, o servidor estável ficará em para essa finalidade. (Incluído pela Emenda
disponibilidade, com remuneração propor- Constitucional nº 19, de 199
2. Estabilidade
São estáveis após 3 anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimen-
to efetivo em virtude de concurso público + avaliação especial de desempenho por comissão
instituída para essa finalidade. Portanto, são requisitos para aquisição da estabilidade:
a) aprovação em concurso público;
b) nomeação para cargo público efetivo;
c) 3 anos de efetivo exercício;
d) avaliação especial de desempenho.
A estabilidade é a garantia de permanência do servidor no serviço público, mas não é absoluta,
sendo que a própria CF prevê que o servidor público estável só perderá o cargo:
I – em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
II – mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;
III – mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei comple-
mentar, assegurada ampla defesa.
Também poderá perder o cargo em caso de despesa de pessoal acima dos limites legais (art.
169, CF). A Lei complementar n. 101/200 (Lei de Responsabilidade Fiscal) estabelece que o limi-
te de despesa com pessoal da União é de 50% da receita líquida, enquanto dos Estados e Mu-
nicípios é de 60%. Ultrapassados esses limites, o ente deverá tomar as seguintes providências:
a) reduzir em pelo menos 20% as despesas com cargos em comissão e funções de confiança; b)
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exoneração dos servidores não estáveis; c) se ainda assim ficar fora dos limites legais, o servi-
dor estável poderá perder o cargo.
3. Reintegração
Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o even-
tual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização,
aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao
tempo de serviço.
4. Disponibilidade
Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilida-
de, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento
em outro cargo.
5. Aposentadoria
Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Mu-
nicípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência (Regime
Próprio de Previdência Social – RPPS) de caráter contributivo e solidário, mediante contribui-
ção do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados
critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial. Obs.: O Estatuto trará as regras para
a aposentadoria.
Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nome-
ação e exoneração bem como de outro cargo temporário ou de emprego público, aplica-se o
Regime Geral de Previdência Social (RGPS), ou seja, o regime geral aplicável aos trabalhadores
da iniciativa provada regidos pela CLT.
Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que trata este artigo serão aposentados:
I – por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de contribuição,
exceto se decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa
ou incurável, na forma da lei (integrais);
II – compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70 anos de
idade, ou aos 75 anos de idade, na forma de lei complementar; (Lei Complementar 152/2015)
III – voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de 10 anos de efetivo exercício
no serviço público e 5 anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, observadas as
seguintes condições:
a) 60 anos de idade e 35 de contribuição, se homem, e 55 anos de idade e 30 de contribuição,
se mulher;
b) 65 anos de idade, se homem, e 60 anos de idade, se mulher, com proventos proporcionais ao
tempo de contribuição.
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Direito Constitucional – Dos Servidores Públicos (Art. 039 a 041) – Profª Tatiana Marcello
• Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV,
VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei
estabelecer requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do cargo
o exigir.
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• Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:
• IV - salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a
suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação,
educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com
reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua
vinculação para qualquer fim;
• VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem
remuneração variável;
• VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da
aposentadoria;
• IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
• XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda
nos termos da lei;
• XIII - duração do trabalho normal não superior a 8 horas diárias e 44 semanais,
facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou
convenção coletiva de trabalho;
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Direito Constitucional – Dos Servidores Públicos (Art. 039 a 041) – Profª Tatiana Marcello
• Estabilidade
3 anos
Estágio
Concurso Nomeação Posse Exercício Estabilidade
Probatório
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• A estabilidade não é absoluta, sendo que a própria CF prevê que o servidor
público estável só perderá o cargo:
I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;
III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho.
• Também poderá perder o cargo por despesa de pessoal acima dos limites
legais (art. 169, CF). A Lei complementar n. 101/200 (Lei de Responsabilidade
Fiscal) estabelece que o limite de despesa com pessoal da União é de 50% da
receita líquida, enquanto dos Estados e Municípios é de 60%. Ultrapassados
esses limites, o ente deverá tomar as seguintes providências: a) reduzir em
pelo menos 20% as despesas com cargos em comissão e funções de confiança;
b) exoneração dos servidores não estáveis; c) se ainda assim ficar fora dos
limites legais, o servidor estável poderá perder o cargo.
Reintegração
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Direito Constitucional – Dos Servidores Públicos (Art. 039 a 041) – Profª Tatiana Marcello
Disponibilidade
• Aposentadoria
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• Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que trata este artigo serão
aposentados:
I - por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de
contribuição, exceto se decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou
doença grave, contagiosa ou incurável, na forma da lei (integrais);
II - compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70
anos de idade, ou aos 75 anos de idade, na forma de lei complementar; (Lei
Complementar 152/2015)
III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de 10 anos de efetivo
exercício no serviço público e 5 anos no cargo efetivo em que se dará a
aposentadoria, observadas as seguintes condições:
a) 60 anos de idade e 35 de contribuição, se homem, e 55 anos de idade e 30 de
contribuição, se mulher;
b) 65 anos de idade, se homem, e 60 anos de idade, se mulher, com proventos
proporcionais ao tempo de contribuição.
Aposentadoria
• Compulsoriamente.
ü75 anos de idade.
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Direito Constitucional – Dos Servidores Públicos (Art. 039 a 041) – Profª Tatiana Marcello
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Direito Administrativo
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Direito Administrativo
1. Conceitos introdutórios
Agente público é toda pessoa que desempenha atividade administrativa, temporária ou não,
com ou sem remuneração.
Agente Público é a expressão mais ampla para designar de forma genérica aqueles sujeitos que
exercem funções públicas. Quem quer que desempenhe funções estatais é um agente público
enquanto as exercita.
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b) Servidores Estatais (ou Agentes Administrativos ou Servidores Públicos em sentido am-
plo) – São as pessoas que prestam serviço público para a Administração, com natureza pro-
fissional e remunerada. Dividem-se em:
Obs.: Há doutrina e questões que entendem que “Servidor Público em sentido amplo” abran-
ge essas 3 espécies (servidores públicos estatutários, empregados públicos e servidores tem-
porários), enquanto “Servidor Público em sentido estrito” seria apenas o Servidor Estatutário.
Vejamos o esquema:
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Direito Administrativo – Lei 8.112/90 – Conceitos Introdutórios sobre Agentes Públicos – Profª Tatiana Marcello
•• Cargo Público
Os cargos públicos (que podem ser efetivos ou em comissão) são ocupados por servidores pú-
blicos, submetidos ao regime estatutário.
De acordo com Celso Antônio Bandeira de Mello: “Cargos são as mais simples e indivisíveis uni-
dades de competência a serem expressadas por um agente, previstas em número certo, com
denominação própria, retribuídas por pessoas jurídicas de direito público e criadas por lei”.
Cargos públicos são próprios dos órgãos da Administração Direta, Autarquias e Fundações Pú-
blicas.
•• Emprego Público
Os empregos públicos são ocupados por empregados públicos, os quais se submetem ao regime
celetista (Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT). Os empregados públicos ingressam por meio
de concurso público para ocupar empregos públicos, de natureza essencialmente contratual.
De acordo com Celso Antônio Bandeira de Mello: “Empregos públicos são núcleos de encargos
de trabalho permanentes a serem preenchidos por agentes contratados para desempenhá-los,
sob relação trabalhista”.
Empregos públicos são próprios das pessoas jurídicas de direito privado da Administração
Indireta, mais especificamente as Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista. São
exemplos, os empregados da Caixa Econômica Federal (empresa pública) e do Banco do Brasil
(sociedades de economia mista).
•• Função Pública
De acordo com Maia Sylvia Di Pietro: “São funções públicas as funções de confiança e as exer-
cidas pelos agentes públicos contratados por tempo determinado para atender a necessidade
temporária de excepcional interesse público (CF, art. 37, IX).”
Não há concurso público para preenchimento de função pública.
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SLIDES – CONCEITOS INTRODUTÓRIOS SOBRE AGENTES PÚBLICOS
Conceitos Introdutórios
Agentes Públicos
• Agente Público é a expressão mais ampla para designar de forma genérica aqueles
sujeitos que exercem funções públicas.
570 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Lei 8.112/90 – Conceitos Introdutórios sobre Agentes Públicos – Profª Tatiana Marcello
Agentes
Públicos
Servidores
Servidores Empregados
Temporários
Públicos Públicos
(Contrato prazo
(Estatuários) (Celetistas)
determinado)
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Direito Administrativo
CAPÍTULO I
TÍTULO I DO PROVIMENTO
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§ 3º As universidades e instituições de pes-
quisa científica e tecnológica federais po-
derão prover seus cargos com professores,
técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo
com as normas e os procedimentos desta
Lei.(Incluído pela Lei nº 9.515, de 20.11.97)
Art. 6º O provimento dos cargos públicos far-se-
-á mediante ato da autoridade competente de
cada Poder.
Art. 7º A investidura em cargo público ocorrerá
com a posse.
(...)
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Direito Administrativo – Lei 8.112/90 – Disposições Gerais – Profª Tatiana Marcello
Lei nº 8.112/1990
• A Lei nº 8.112/1990 é chamada de Estatuto do Servidor Público Federal e regula
o regime jurídico único dos servidores Federais (União, Autarquias e Fundações
Públicas Federais), sendo que cada ente federativo (Estados, Municípios, Distrito
Federal) terá um Estatuto próprio.
Lei nº 8.112/1990
Aplica-se: Não se aplica:
Ø Estados e Municípios (têm estatutos
Ø União (PE, PL e PJ); próprios)
Disposições Preliminares
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Cargo Público
Efetivo Comissão
Livre nomeação e
Concurso Público exoneração (direção, chefia e
assessoramento)
Sem
Estabilidade
estabilidade
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Direito Administrativo – Lei 8.112/90 – Disposições Gerais – Profª Tatiana Marcello
I - a nacionalidade brasileira;
II - o gozo dos direitos políticos;
III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais;
IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;
V - a idade mínima de 18 anos;
VI - aptidão física e mental.
• Obs.: pode haver outros requisitos, desde que haja Lei prevendo e que seja razoável;
ex. concurso apenas para mulheres para penitenciária feminina; ou idade mínima de
25 anos para delegado. O edital vai apenas reproduzir o que foi definido em lei.
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Servidores Públicos Empregados Públicos
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Direito Administrativo
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SLIDES – LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 (PARCIAL)
PROVIMENTO
Promoção
Aproveitamento
Nomeação
Readaptação
Reversão
Reintegração
Recondução
Obs.: ascensão (ex.: trocar de técnico para analista) e transferência (ex.: trocar de
técnico do TRT para técnico do TRE) não existem mais (revogadas me 1997).
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Direito Administrativo
Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores gos. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de
públicos civis da União, das autarquias e das 10.12.97)
fundações públicas federais.
Parágrafo único. O servidor ocupante de
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o cargo em comissão ou de natureza especial
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a se- poderá ser nomeado para ter exercício, in-
guinte Lei: terinamente, em outro cargo de confiança,
sem prejuízo das atribuições do que atual-
mente ocupa, hipótese em que deverá op-
TÍTULO I tar pela remuneração de um deles durante
o período da interinidade. (Redação dada
CAPÍTULO ÚNICO pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
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Art. 12. O concurso público terá validade de até ao exercício ou não de outro cargo, empre-
2 (dois ) anos, podendo ser prorrogado uma úni- go ou função pública.
ca vez, por igual período.
§ 6º Será tornado sem efeito o ato de provi-
§ 1º O prazo de validade do concurso e as mento se a posse não ocorrer no prazo pre-
condições de sua realização serão fixados visto no § 1o deste artigo.
em edital, que será publicado no Diário Ofi-
cial da União e em jornal diário de grande Art. 14. A posse em cargo público dependerá de
circulação. prévia inspeção médica oficial.
§ 2º Não se abrirá novo concurso enquan- Parágrafo único. Só poderá ser empossado
to houver candidato aprovado em concurso aquele que for julgado apto física e mental-
anterior com prazo de validade não expira- mente para o exercício do cargo.
do. Art. 15. Exercício é o efetivo desempenho das
atribuições do cargo público ou da função de
Seção IV confiança. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de
DA POSSE E DO EXERCÍCIO 10.12.97)
Art. 13. A posse dar-se-á pela assinatura do § 1º É de quinze dias o prazo para o servi-
respectivo termo, no qual deverão constar as dor empossado em cargo público entrar em
atribuições, os deveres, as responsabilidades exercício, contados da data da posse. (Reda-
e os direitos inerentes ao cargo ocupado, que ção dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
não poderão ser alterados unilateralmente, por
qualquer das partes, ressalvados os atos de ofí- § 2º O servidor será exonerado do cargo ou
cio previstos em lei. será tornado sem efeito o ato de sua desig-
nação para função de confiança, se não en-
§ 1º A posse ocorrerá no prazo de trinta trar em exercício nos prazos previstos neste
dias contados da publicação do ato de pro- artigo, observado o disposto no art. 18. (Re-
vimento. (Redação dada pela Lei nº 9.527, dação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
de 10.12.97)
§ 3º À autoridade competente do órgão ou
§ 2º Em se tratando de servidor, que esteja entidade para onde for nomeado ou de-
na data de publicação do ato de provimen- signado o servidor compete dar-lhe exer-
to, em licença prevista nos incisos I, III e V cício. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de
do art. 81, ou afastado nas hipóteses dos in- 10.12.97)
cisos I, IV, VI, VIII, alíneas "a", "b", "d", "e"
e "f", IX e X do art. 102, o prazo será con- § 4º O início do exercício de função de con-
tado do término do impedimento. (Redação fiança coincidirá com a data de publicação
dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) do ato de designação, salvo quando o servi-
dor estiver em licença ou afastado por qual-
§ 3º A posse poderá dar-se mediante procu- quer outro motivo legal, hipótese em que
ração específica. recairá no primeiro dia útil após o término
do impedimento, que não poderá exceder a
§ 4º Só haverá posse nos casos de provi- trinta dias da publicação. (Incluído pela Lei
mento de cargo por nomeação. (Redação nº 9.527, de 10.12.97)
dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 16. O início, a suspensão, a interrupção e o
§ 5º No ato da posse, o servidor apresen- reinício do exercício serão registrados no assen-
tará declaração de bens e valores que cons- tamento individual do servidor.
tituem seu patrimônio e declaração quanto
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Direito Administrativo – Lei 8.112/90 – Provimento: Nomeação – Profª Tatiana Marcello
www.acasadoconcurseiro.com.br 583
§ 4º Ao servidor em estágio probatório so-
mente poderão ser concedidas as licenças e
os afastamentos previstos nos arts. 81, in-
cisos I a IV, 94, 95 e 96, bem assim afasta-
mento para participar de curso de formação
decorrente de aprovação em concurso para
outro cargo na Administração Pública Fede-
ral. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 5º O estágio probatório ficará suspenso
durante as licenças e os afastamentos pre-
vistos nos arts. 83, 84, § 1o, 86 e 96, bem
assim na hipótese de participação em curso
de formação, e será retomado a partir do
término do impedimento. (Incluído pela Lei
nº 9.527, de 10.12.97)
Seção V
DA ESTABILIDADE
Art. 21. O servidor habilitado em concurso pú-
blico e empossado em cargo de provimento
efetivo adquirirá estabilidade no serviço público
ao completar 2 (dois) anos de efetivo exercício.
(prazo 3 anos – vide EMC nº 19)
Art. 22. O servidor estável só perderá o cargo
em virtude de sentença judicial transitada em
julgado ou de processo administrativo discipli-
nar no qual lhe seja assegurada ampla defesa.
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Direito Administrativo – Lei 8.112/90 – Provimento: Nomeação – Profª Tatiana Marcello
Nomeação
Estágio
Concurso Nomeação Posse Exercício Probatório
Estabilidade
• Concurso Público
• Validade de até 2 anos, prorrogáveis uma única vez, por igual período.
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• Posse
• A posse depende de prévia inspeção médica oficial, pois só poderá ser empossado
aquele que for julgado apto física e mentalmente para o exercício do cargo.
• Exercício
• Procuração???
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Direito Administrativo – Lei 8.112/90 – Provimento: Nomeação – Profª Tatiana Marcello
• Estágio Probatório
Responsabilidade
Assiduidade
Produtividade
Iniciativa
Disciplina
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• Estabilidade (diferente de efetividade)
• Também poderá perder o cargo em caso de d) despesa de pessoal acima dos limites
legais (art. 169, CF). A LC n. 101/200 (Lei de Responsabilidade Fiscal) estabelece que
o limite de despesa com pessoal da União é de 50% da receita líquida; dos Estados e
Municípios é de 60%. Ultrapassados esses limites, o ente deverá tomar as seguintes
providências: a) reduzir em pelo menos 20% as despesas com cargos em comissão e
funções de confiança; b) exoneração dos servidores não estáveis; c) se ainda assim
ficar fora dos limites legais, o servidor estável poderá perder o cargo.
30 dias 15 dias
3 anos
RAPID
Estágio
Concurso Nomeação Posse Exercício Estabilidade
Probatório
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Direito Administrativo – Lei 8.112/90 – Provimento: Nomeação – Profª Tatiana Marcello
• Importante:
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Direito Administrativo
Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores § 2º A readaptação será efetivada em car-
públicos civis da União, das autarquias e das go de atribuições afins, respeitada a habili-
fundações públicas federais. tação exigida, nível de escolaridade e equi-
valência de vencimentos e, na hipótese de
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o inexistência de cargo vago, o servidor exer-
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a se- cerá suas atribuições como excedente, até a
guinte Lei: ocorrência de vaga. (Redação dada pela Lei
nº 9.527, de 10.12.97)
TÍTULO I (...)
CAPÍTULO ÚNICO
(...)
TÍTULO II
Do Provimento, Vacância, Remoção,
Redistribuição e Substituição
CAPÍTULO I
DO PROVIMENTO
(...)
Seção VII
DA READAPTAÇÃO
Art. 24. Readaptação é a investidura do servidor
em cargo de atribuições e responsabilidades
compatíveis com a limitação que tenha sofrido
em sua capacidade física ou mental verificada
em inspeção médica.
§ 1º Se julgado incapaz para o serviço públi-
co, o readaptando será aposentado.
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SLIDES – LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 (PARCIAL)
Readaptação
• Ou seja, aquele servidor que após sofrer limitação de capacidade física ou mental,
deve ser readaptado em cargo de atribuições afins, respeitada a habilitação exigida,
nível de escolaridade e equivalência de vencimentos.
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Direito Administrativo
Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores aposentadoria; ou (Incluído pela Medida
públicos civis da União, das autarquias e das Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
fundações públicas federais.
II – no interesse da administração, desde
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o que: (Incluído pela Medida Provisória nº
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a se- 2.225-45, de 4.9.2001)
guinte Lei:
a) tenha solicitado a reversão; (Incluído pela
Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
TÍTULO I b) a aposentadoria tenha sido voluntária;
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-
CAPÍTULO ÚNICO 45, de 4.9.2001)
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§ 4º O servidor que retornar à atividade por
interesse da administração perceberá, em
substituição aos proventos da aposentado-
ria, a remuneração do cargo que voltar a
exercer, inclusive com as vantagens de na-
tureza pessoal que percebia anteriormente
à aposentadoria. (Incluído pela Medida Pro-
visória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
§ 5º O servidor de que trata o inciso II so-
mente terá os proventos calculados com
base nas regras atuais se permanecer pelo
menos cinco anos no cargo. (Incluído pela
Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
§ 6º O Poder Executivo regulamentará o dis-
posto neste artigo. (Incluído pela Medida
Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
Art. 27. Não poderá reverter o aposentado que
já tiver completado 70 (setenta) anos de idade.
(...)
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Direito Administrativo – Lei 8.112/90 – Provimento: Reversão – Profª Tatiana Marcello
Reversão
www.acasadoconcurseiro.com.br 595
Direito Administrativo
Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores § 1º Na hipótese de o cargo ter sido extinto,
públicos civis da União, das autarquias e das o servidor ficará em disponibilidade, obser-
fundações públicas federais. vado o disposto nos arts. 30 e 31.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o § 2º Encontrando-se provido o cargo, o seu
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a se- eventual ocupante será reconduzido ao car-
guinte Lei: go de origem, sem direito à indenização ou
aproveitado em outro cargo, ou, ainda, pos-
to em disponibilidade.
TÍTULO I (...)
CAPÍTULO ÚNICO
(...)
TÍTULO II
Do Provimento, Vacância, Remoção,
Redistribuição e Substituição
CAPÍTULO I
DO PROVIMENTO
(...)
Seção IX
DA REINTEGRAÇÃO
Art. 28. A reintegração é a reinvestidura do ser-
vidor estável no cargo anteriormente ocupado,
ou no cargo resultante de sua transformação,
quando invalidada a sua demissão por decisão
administrativa ou judicial, com ressarcimento
de todas as vantagens.
www.acasadoconcurseiro.com.br 597
SLIDES – LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 (PARCIAL)
Reintegração
• Ex.: servidor foi demitido, mas ingressa com ação judicial alegando ilegalidade e o
Judiciário determina seu retorno (reintegração), com o recebimento de tudo o que
deixou de ganhar após a demissão.
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Direito Administrativo
Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores Parágrafo único. Encontrando-se provido o
públicos civis da União, das autarquias e das cargo de origem, o servidor será aproveita-
fundações públicas federais. do em outro, observado o disposto no art.
30.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a se- (...)
guinte Lei:
TÍTULO I
CAPÍTULO ÚNICO
(...)
TÍTULO II
Do Provimento, Vacância, Remoção,
Redistribuição e Substituição
CAPÍTULO I
DO PROVIMENTO
(...)
Seção X
DA RECONDUÇÃO
Art. 29. Recondução é o retorno do servidor es-
tável ao cargo anteriormente ocupado e decor-
rerá de:
I – inabilitação em estágio probatório relati-
vo a outro cargo;
II – reintegração do anterior ocupante.
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SLIDES – LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 (PARCIAL)
Recondução
• inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo (ex.: era estável no cargo
de técnico do Bacen, posteriormente foi aprovado no concurso para analista do
Bacen, mas não foi aprovado no estágio probatório deste; então será “reconduzido”
ao cargo de técnico que ocupava antes).
600 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo
Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores Art. 31. O órgão Central do Sistema de Pessoal
públicos civis da União, das autarquias e das Civil determinará o imediato aproveitamento de
fundações públicas federais. servidor em disponibilidade em vaga que vier a
ocorrer nos órgãos ou entidades da Administra-
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o ção Pública Federal.
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a se-
guinte Lei: Parágrafo único. Na hipótese prevista no §
3o do art. 37, o servidor posto em disponi-
bilidade poderá ser mantido sob responsa-
TÍTULO I bilidade do órgão central do Sistema de Pes-
soal Civil da Administração Federal – SIPEC,
CAPÍTULO ÚNICO até o seu adequado aproveitamento em ou-
tro órgão ou entidade. (Parágrafo incluído
(...) pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 32. Será tornado sem efeito o aproveita-
mento e cassada a disponibilidade se o servidor
TÍTULO II não entrar em exercício no prazo legal, salvo do-
ença comprovada por junta médica oficial.
Do Provimento, Vacância, Remoção,
Redistribuição e Substituição (...)
CAPÍTULO I
DO PROVIMENTO
(...)
Seção XI
DA DISPONIBILIDADE E DO
APROVEITAMENTO
Art. 30. O retorno à atividade de servidor em
disponibilidade far-se-á mediante aproveita-
mento obrigatório em cargo de atribuições e
vencimentos compatíveis com o anteriormente
ocupado.
www.acasadoconcurseiro.com.br 601
SLIDES – LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 (PARCIAL)
Aproveitamento
602 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo
TÍTULO I
CAPÍTULO ÚNICO
(...)
TÍTULO II
Do Provimento, Vacância, Remoção,
Redistribuição e Substituição
CAPÍTULO I
DO PROVIMENTO
(...)
Art. 8º São formas de provimento de argo pú-
blico:
I – nomeação;
II – promoção;
V – readaptação;
VI – reversão;
VII – aproveitamento;
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SLIDES – LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 (PARCIAL)
Promoção
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Direito Administrativo
a) Provimento Originário – quando não existe um vínculo anterior entre o servidor e a Admi-
nistração Publica (obs.: a nomeação é a única e sempre forma de provimento originário)
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SLIDES – PROVIMENTO: CLASSIFICAÇÃO DAS FORMAS DE PROVIMENTO
Originário Derivado
(Nomeação) (demais formas)
Por Reingresso
Horizontal Vertical
(Aproveitamento, Reversão,
(Readaptação) (Promoção)
Reintegração e Recondução)
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Direito Administrativo – Lei 8.112/90 – Provimento: Recondução – Profª Tatiana Marcello
Funk do Provimento
P de Promoção
A de Aproveitamento
N de Nomeação, é por aí que eu to dentro
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Direito Administrativo
CAPÍTULO II
DA VACÂNCIA
Art. 33. A vacância do cargo público decorrerá
de:
I – exoneração;
II – demissão;
III – promoção;
VI – readaptação;
VII – aposentadoria;
VIII – posse em outro cargo inacumulável;
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SLIDES – LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 (PARCIAL)
VACÂNCIA
• Vacância é o ato administrativo que desfaz o vínculo da pessoa física com a
Administração Pública ou com o cargo anteriormente ocupado pelo servidor. A
vacância do cargo público decorrerá de: PADRE da PF
• Promoção;
• Aposentadoria;
• Demissão;
• Readaptação;
• Exoneração;
• Posse em outro cargo inacumulável;
• Falecimento.
• Obs.: ascensão e transferência também eram formas de vacância, mas foram
extintas.
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Direito Administrativo – Lei 8.112/90 – Vacância – Profª Tatiana Marcello
• Posse em outro cargo inacumulável – se o servidor toma posse em outro cargo que
não pode acumular com o que ocupa, ocorrerá a vacância deste.
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Questão
• (ESAF – ATA – 2012) Abaixo se encontram relacionadas algumas hipóteses de
vacância do cargo público. Analise cada uma das hipóteses e assinale (1) caso
ela implique simultaneamente o provimento de novo cargo pelo servidor e
(2) para aquelas que não se relacionem a provimento de novo cargo. Após a
análise, assinale a opção que contenha a sequência correta.
• 1. Demissão ( )
• 2. Exoneração ( )
• 3. Promoção ( )
• 4. Aposentadoria ( )
• 5. Posse em outro cargo inacumulável ( )
• 6. Readaptação ( )
a) 2 / 2 / 2 / 1 / 1 / 1 b) 2 / 2 / 1 / 2 / 1 / 1 c) 1 / 2 / 1 / 2 / 1 / 1
d) 2 / 1 / 1 / 2 / 1 / 2 e) 2 / 2 / 1 / 2 / 2 / 1
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Direito Administrativo
www.acasadoconcurseiro.com.br 613
apreciação do órgão central do SIPEC, observa- mantido sob responsabilidade do órgão
dos os seguintes preceitos: (Redação dada pela central do SIPEC, e ter exercício provisório,
Lei nº 9.527, de 10.12.97) em outro órgão ou entidade, até seu ade-
quado aproveitamento. (Incluído pela Lei nº
I – interesse da administração; (Incluído 9.527, de 10.12.97)
pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
II – equivalência de vencimentos; (Incluído
pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
CAPÍTULO IV
III – manutenção da essência das atribui- DA SUBSTITUIÇÃO
ções do cargo; (Incluído pela Lei nº 9.527,
de 10.12.97) Art. 38. Os servidores investidos em cargo ou
função de direção ou chefia e os ocupantes de
IV – vinculação entre os graus de responsa-
cargo de Natureza Especial terão substitutos
bilidade e complexidade das atividades; (In-
indicados no regimento interno ou, no caso de
cluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
omissão, previamente designados pelo diri-
V – mesmo nível de escolaridade, especia- gente máximo do órgão ou entidade. (Redação
lidade ou habilitação profissional; (Incluído dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 1º O substituto assumirá automática e
VI – compatibilidade entre as atribuições do cumulativamente, sem prejuízo do cargo
cargo e as finalidades institucionais do ór- que ocupa, o exercício do cargo ou função
gão ou entidade. (Incluído pela Lei nº 9.527, de direção ou chefia e os de Natureza Espe-
de 10.12.97) cial, nos afastamentos, impedimentos legais
ou regulamentares do titular e na vacância
§ 1º A redistribuição ocorrerá ex officio para do cargo, hipóteses em que deverá optar
ajustamento de lotação e da força de traba- pela remuneração de um deles durante o
lho às necessidades dos serviços, inclusive respectivo período. (Redação dada pela Lei
nos casos de reorganização, extinção ou nº 9.527, de 10.12.97)
criação de órgão ou entidade. (Incluído pela
Lei nº 9.527, de 10.12.97) § 2º O substituto fará jus à retribuição pelo
exercício do cargo ou função de direção ou
§ 2º A redistribuição de cargos efetivos va- chefia ou de cargo de Natureza Especial,
gos se dará mediante ato conjunto entre o nos casos dos afastamentos ou impedimen-
órgão central do SIPEC e os órgãos e enti- tos legais do titular, superiores a trinta dias
dades da Administração Pública Federal consecutivos, paga na proporção dos dias
envolvidos. (Incluído pela Lei nº 9.527, de de efetiva substituição, que excederem o
10.12.97) referido período. (Redação dada pela Lei nº
§ 3º Nos casos de reorganização ou extin- 9.527, de 10.12.97)
ção de órgão ou entidade, extinto o cargo Art. 39. O disposto no artigo anterior aplica-se
ou declarada sua desnecessidade no órgão aos titulares de unidades administrativas orga-
ou entidade, o servidor estável que não for nizadas em nível de assessoria.
redistribuído será colocado em disponibili-
dade, até seu aproveitamento na forma dos (...)
arts. 30 e 31. (Parágrafo renumerado e alte-
rado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 4º O servidor que não for redistribuído
ou colocado em disponibilidade poderá ser
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Direito Administrativo – Lei 8.112/90 – Remoção, Redistribuição e Substitução – Profª Tatiana Marcello
• REDISTRIBUIÇÃO
• Redistribuição é o deslocamento de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago
no âmbito do quadro geral de pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmo
Poder (de ofício).
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SUBSTITUIÇÃO
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Direito Administrativo
Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores de sua lotação receberá a remuneração de
públicos civis da União, das autarquias e das acordo com o estabelecido no § 1o do art.
fundações públicas federais. 93.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o § 3º O vencimento do cargo efetivo, acresci-
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a se- do das vantagens de caráter permanente, é
guinte Lei: irredutível.
§ 4º É assegurada a isonomia de vencimen-
tos para cargos de atribuições iguais ou
TÍTULO I assemelhadas do mesmo Poder, ou entre
servidores dos três Poderes, ressalvadas as
CAPÍTULO ÚNICO vantagens de caráter individual e as relati-
(...) vas à natureza ou ao local de trabalho.
§ 5º Nenhum servidor receberá remune-
ração inferior ao salário mínimo. (Incluído
TÍTULO III pela Lei nº 11.784, de 2008
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hipótese de compensação de horário, até § 1º O valor de cada parcela não poderá ser
o mês subseqüente ao da ocorrência, a ser inferior ao correspondente a dez por cento
estabelecida pela chefia imediata. (Redação da remuneração, provento ou pensão.
dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) (Redação dada pela Medida Provisória nº
2.225-45, de 4.9.2001)
Parágrafo único. As faltas justificadas
decorrentes de caso fortuito ou de § 2º Quando o pagamento indevido hou-
força maior poderão ser compensadas a ver ocorrido no mês anterior ao do pro-
critério da chefia imediata, sendo assim cessamento da folha, a reposição será fei-
consideradas como efetivo exercício. ta imediatamente, em uma única parcela.
(Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) (Redação dada pela Medida Provisória nº
2.225-45, de 4.9.2001)
Art. 45. Salvo por imposição legal, ou mandado
judicial, nenhum desconto incidirá sobre a § 3º Na hipótese de valores recebidos em
remuneração ou provento. (Vide Decreto decorrência de cumprimento a decisão limi-
nº 1.502, de 1995) (Vide Decreto nº 1.903, nar, a tutela antecipada ou a sentença que
de 1996) (Vide Decreto nº 2.065, de 1996) venha a ser revogada ou rescindida, serão
(Regulamento) (Regulamento) eles atualizados até a data da reposição.
(Redação dada pela Medida Provisória nº
§ 1º Mediante autorização do servidor, 2.225-45, de 4.9.2001)
poderá haver consignação em folha de
pagamento em favor de terceiros, a critério Art. 47. O servidor em débito com o erário, que
da administração e com reposição de for demitido, exonerado ou que tiver sua apo-
custos, na forma definida em regulamento. sentadoria ou disponibilidade cassada, terá o
(Redação dada pela Lei nº 13.172, de 2015) prazo de sessenta dias para quitar o débito. (Re-
dação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45,
§ 2º O total de consignações facultativas de de 4.9.2001)
que trata o § 1o não excederá a 35% (trinta
e cinco por cento) da remuneração mensal, Parágrafo único. A não quitação do débito
sendo 5% (cinco por cento) reservados no prazo previsto implicará sua inscrição em
exclusivamente para: (Redação dada pela dívida ativa. (Redação dada pela Medida
Lei nº 13.172, de 2015) Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
I – a amortização de despesas contraídas Art. 48. O vencimento, a remuneração e o pro-
por meio de cartão de crédito; ou (Incluído vento não serão objeto de arresto, seqüestro ou
pela Lei nº 13.172, de 2015) penhora, exceto nos casos de prestação de ali-
mentos resultante de decisão judicial.
II – a utilização com a finalidade de saque
por meio do cartão de crédito. (Incluído (...)
pela Lei nº 13.172, de 2015)
Art. 46. As reposições e indenizações ao erário,
atualizadas até 30 de junho de 1994, serão
previamente comunicadas ao servidor ativo,
aposentado ou ao pensionista, para pagamento,
no prazo máximo de trinta dias, podendo ser
parceladas, a pedido do interessado. (Redação
dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de
4.9.2001)
618 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Lei 8.112/90 – Direitos e Vantagens: Vencimento e Remuneração – Profª Tatiana Marcello
Vencimento e Remuneração
• Vencimento - é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor
fixado em lei (básico).
• Remuneração - é o vencimento básico + vantagens pecuniárias permanentes
estabelecidas em lei (ex.: parcela indenizatória não é permanente, não se integrando
ao vencimento).
• Subsídio - é a parcela única recebida pelo servidor, sem o acréscimo de qualquer
outra verba remuneratória. Art. 39, § 4º, CF: Membros de Poder (ex.: Juízes de
Direito), detentores de mandato eletivo (ex.: Deputado Federal), Ministros de Estado,
Secretários Estaduais e Municipais, e servidores públicos policiais são remunerados
obrigatoriamente por subsídios.
• Proventos - é a “remuneração” do servidor inativo (aposentado ou em
disponibilidade). Quem está na ativa recebe remuneração; quem está inativo recebe
proventos.
Vencimento Básico
www.acasadoconcurseiro.com.br 619
• O servidor perderá:
ØAs faltas justificadas decorrentes de caso fortuito ou de força maior poderão ser
compensadas a critério da chefia imediata, sendo assim consideradas como efetivo
exercício (ex.: enchente, greve de ônibus...)
• Salvo por imposição legal (ex.: IR), ou mandado judicial (ex.: pensão alimentícia),
nenhum desconto incidirá sobre a remuneração ou provento.
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Direito Administrativo – Lei 8.112/90 – Direitos e Vantagens: Vencimento e Remuneração – Profª Tatiana Marcello
• O servidor em débito com o erário, que for demitido, exonerado ou que tiver sua
aposentadoria ou disponibilidade cassada, terá o prazo de 60 dias para quitar o
débito. A não quitação do débito no prazo previsto implicará sua inscrição em dívida
ativa.
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Direito Administrativo
PROCEDIMENTO DE LICITAÇÃO
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situação regular no cumprimento dos en- quadro permanente, na data prevista para
cargos sociais instituídos por lei. (Redação entrega da proposta, profissional de nível
dada pela Lei nº 8.883, de 1994) superior ou outro devidamente reconheci-
do pela entidade competente, detentor de
V – prova de inexistência de débitos inadim- atestado de responsabilidade técnica por
plidos perante a Justiça do Trabalho, me- execução de obra ou serviço de caracterís-
diante a apresentação de certidão negativa, ticas semelhantes, limitadas estas exclusi-
nos termos do Título VII-A da Consolidação vamente às parcelas de maior relevância
das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decre- e valor significativo do objeto da licitação,
to-Lei no5.452, de 1º de maio de 1943. (In- vedadas as exigências de quantidades míni-
cluído pela Lei nº 12.440, de 2011) mas ou prazos máximos; (Incluído pela Lei
Art. 30. A documentação relativa à qualificação nº 8.883, de 1994)
técnica limitar-se-á a: II – (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de
I – registro ou inscrição na entidade profis- 1994)
sional competente; a) (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de
II – comprovação de aptidão para desem- 1994)
penho de atividade pertinente e compatí- b) (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de
vel em características, quantidades e prazos 1994)
com o objeto da licitação, e indicação das
instalações e do aparelhamento e do pes- § 2º As parcelas de maior relevância técni-
soal técnico adequados e disponíveis para a ca e de valor significativo, mencionadas no
realização do objeto da licitação, bem como parágrafo anterior, serão definidas no ins-
da qualificação de cada um dos membros trumento convocatório. (Redação dada pela
da equipe técnica que se responsabilizará Lei nº 8.883, de 1994)
pelos trabalhos;
§ 3º Será sempre admitida a comprovação
III – comprovação, fornecida pelo órgão li- de aptidão através de certidões ou atesta-
citante, de que recebeu os documentos, e, dos de obras ou serviços similares de com-
quando exigido, de que tomou conhecimen- plexidade tecnológica e operacional equiva-
to de todas as informações e das condições lente ou superior.
locais para o cumprimento das obrigações
objeto da licitação; § 4º Nas licitações para fornecimento de
bens, a comprovação de aptidão, quando
IV – prova de atendimento de requisitos for o caso, será feita através de atestados
previstos em lei especial, quando for o caso. fornecidos por pessoa jurídica de direito pú-
blico ou privado.
§ 1º A comprovação de aptidão referida no
inciso II do "caput" deste artigo, no caso das § 5º É vedada a exigência de comprovação
licitações pertinentes a obras e serviços, de atividade ou de aptidão com limitações
será feita por atestados fornecidos por pes- de tempo ou de época ou ainda em locais
soas jurídicas de direito público ou privado, específicos, ou quaisquer outras não previs-
devidamente registrados nas entidades pro- tas nesta Lei, que inibam a participação na
fissionais competentes, limitadas as exigên- licitação.
cias a: (Redação dada pela Lei nº 8.883, de
1994) § 6º As exigências mínimas relativas a insta-
lações de canteiros, máquinas, equipamen-
I – capacitação técnico-profissional: com- tos e pessoal técnico especializado, consi-
provação do licitante de possuir em seu derados essenciais para o cumprimento do
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Direito Administrativo – Procedimento de Licitação – Profª Tatiana Marcello
§ 11. (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, § 3º O capital mínimo ou o valor do patri-
de 1994) mônio líquido a que se refere o parágrafo
anterior não poderá exceder a 10% (dez por
§ 12. (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, cento) do valor estimado da contratação,
de 1994) devendo a comprovação ser feita relativa-
Art. 31. A documentação relativa à qualificação mente à data da apresentação da proposta,
econômico-financeira limitar-se-á a: na forma da lei, admitida a atualização para
esta data através de índices oficiais.
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§ 4º Poderá ser exigida, ainda, a relação dos de que previsto no edital e o registro tenha
compromissos assumidos pelo licitante que sido feito em obediência ao disposto nesta
importem diminuição da capacidade opera- Lei.
tiva ou absorção de disponibilidade finan-
ceira, calculada esta em função do patrimô- § 4º As empresas estrangeiras que não
nio líquido atualizado e sua capacidade de funcionem no País, tanto quanto possível,
rotação. atenderão, nas licitações internacionais, às
exigências dos parágrafos anteriores me-
§ 5º A comprovação de boa situação finan- diante documentos equivalentes, autentica-
ceira da empresa será feita de forma objeti- dos pelos respectivos consulados e traduzi-
va, através do cálculo de índices contábeis dos por tradutor juramentado, devendo ter
previstos no edital e devidamente justifica- representação legal no Brasil com poderes
dos no processo administrativo da licitação expressos para receber citação e responder
que tenha dado início ao certame licitató- administrativa ou judicialmente.
rio, vedada a exigência de índices e valo-
res não usualmente adotados para correta § 5º Não se exigirá, para a habilitação de
avaliação de situação financeira suficiente que trata este artigo, prévio recolhimento
ao cumprimento das obrigações decorren- de taxas ou emolumentos, salvo os referen-
tes da licitação. (Redação dada pela Lei nº tes a fornecimento do edital, quando solici-
8.883, de 1994) tado, com os seus elementos constitutivos,
limitados ao valor do custo efetivo de repro-
§ 6º (Vetado). (Redação dada pela Lei nº dução gráfica da documentação fornecida.
8.883, de 1994)
§ 6º O disposto no § 4º deste artigo, no § 1º
Art. 32. Os documentos necessários à habilita- do art. 33 e no § 2º do art. 55, não se aplica
ção poderão ser apresentados em original, por às licitações internacionais para a aquisição
qualquer processo de cópia autenticada por de bens e serviços cujo pagamento seja fei-
cartório competente ou por servidor da admi- to com o produto de financiamento conce-
nistração ou publicação em órgão da impren- dido por organismo financeiro internacional
sa oficial. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de de que o Brasil faça parte, ou por agência
1994) estrangeira de cooperação, nem nos casos
de contratação com empresa estrangeira,
§ 1º A documentação de que tratam os arts. para a compra de equipamentos fabrica-
28 a 31 desta Lei poderá ser dispensada, dos e entregues no exterior, desde que para
no todo ou em parte, nos casos de convite, este caso tenha havido prévia autorização
concurso, fornecimento de bens para pron- do Chefe do Poder Executivo, nem nos ca-
ta entrega e leilão. sos de aquisição de bens e serviços realiza-
§ 2º O certificado de registro cadastral a da por unidades administrativas com sede
que se refere o § 1º do art. 36 substitui os no exterior.
documentos enumerados nos arts. 28 a 31, § 7º A documentação de que tratam os arts.
quanto às informações disponibilizadas em 28 a 31 e este artigo poderá ser dispensada,
sistema informatizado de consulta direta nos termos de regulamento, no todo ou em
indicado no edital, obrigando-se a parte a parte, para a contratação de produto para
declarar, sob as penalidades legais, a super- pesquisa e desenvolvimento, desde que
veniência de fato impeditivo da habilitação. para pronta entrega ou até o valor previsto
(Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998) na alínea “a” do inciso II do caput do art. 23.
§ 3º A documentação referida neste artigo (Incluído pela Lei nº 13.243, de 2016)
poderá ser substituída por registro cadastral
emitido por órgão ou entidade pública, des-
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Seção IV dos, convênios ou ajustes devem ser previa-
DO PROCEDIMENTO E JULGAMENTO mente examinadas e aprovadas por asses-
soria jurídica da Administração. (Redação
Art. 38. O procedimento da licitação será inicia- dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
do com a abertura de processo administrativo, Art. 39. Sempre que o valor estimado para uma
devidamente autuado, protocolado e numera- licitação ou para um conjunto de licitações si-
do, contendo a autorização respectiva, a indica- multâneas ou sucessivas for superior a 100
ção sucinta de seu objeto e do recurso próprio (cem) vezes o limite previsto no art. 23, inciso
para a despesa, e ao qual serão juntados opor- I, alínea "c" desta Lei, o processo licitatório será
tunamente: iniciado, obrigatoriamente, com uma audiência
I – edital ou convite e respectivos anexos, pública concedida pela autoridade responsável
quando for o caso; com antecedência mínima de 15 (quinze) dias
úteis da data prevista para a publicação do edi-
II – comprovante das publicações do edital tal, e divulgada, com a antecedência mínima de
resumido, na forma do art. 21 desta Lei, ou 10 (dez) dias úteis de sua realização, pelos mes-
da entrega do convite; mos meios previstos para a publicidade da lici-
III – ato de designação da comissão de lici- tação, à qual terão acesso e direito a todas as
tação, do leiloeiro administrativo ou oficial, informações pertinentes e a se manifestar todos
ou do responsável pelo convite; os interessados.
IV – original das propostas e dos documen- Parágrafo único. Para os fins deste artigo,
tos que as instruírem; consideram-se licitações simultâneas aque-
las com objetos similares e com realização
V – atas, relatórios e deliberações da Comis- prevista para intervalos não superiores a
são Julgadora; trinta dias e licitações sucessivas aquelas
em que, também com objetos similares, o
VI – pareceres técnicos ou jurídicos emiti- edital subseqüente tenha uma data anterior
dos sobre a licitação, dispensa ou inexigibi- a cento e vinte dias após o término do con-
lidade; trato resultante da licitação antecedente.
VII – atos de adjudicação do objeto da licita- (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
ção e da sua homologação; Art. 40. O edital conterá no preâmbulo o núme-
VIII – recursos eventualmente apresentados ro de ordem em série anual, o nome da repar-
pelos licitantes e respectivas manifestações tição interessada e de seu setor, a modalidade,
e decisões; o regime de execução e o tipo da licitação, a
menção de que será regida por esta Lei, o local,
IX – despacho de anulação ou de revogação dia e hora para recebimento da documentação
da licitação, quando for o caso, fundamen- e proposta, bem como para início da abertura
tado circunstanciadamente; dos envelopes, e indicará, obrigatoriamente, o
X – termo de contrato ou instrumento equi- seguinte:
valente, conforme o caso; I – objeto da licitação, em descrição sucinta
XI – outros comprovantes de publicações; e clara;
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III – sanções para o caso de inadimplemen- XIII – limites para pagamento de instalação
to; e mobilização para execução de obras ou
serviços que serão obrigatoriamente previs-
IV – local onde poderá ser examinado e ad- tos em separado das demais parcelas, eta-
quirido o projeto básico; pas ou tarefas;
V – se há projeto executivo disponível na XIV – condições de pagamento, prevendo:
data da publicação do edital de licitação e
o local onde possa ser examinado e adqui- a) prazo de pagamento não superior a trinta
rido; dias, contado a partir da data final do perí-
odo de adimplemento de cada parcela; (Re-
VI – condições para participação na licita- dação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
ção, em conformidade com os arts. 27 a 31
desta Lei, e forma de apresentação das pro- b) cronograma de desembolso máximo por
postas; período, em conformidade com a disponibi-
lidade de recursos financeiros;
VII – critério para julgamento, com disposi-
ções claras e parâmetros objetivos; c) critério de atualização financeira dos va-
lores a serem pagos, desde a data final do
VIII – locais, horários e códigos de acesso período de adimplemento de cada parcela
dos meios de comunicação à distância em até a data do efetivo pagamento; (Redação
que serão fornecidos elementos, informa- dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
ções e esclarecimentos relativos à licitação
e às condições para atendimento das obri- d) compensações financeiras e penaliza-
gações necessárias ao cumprimento de seu ções, por eventuais atrasos, e descontos,
objeto; por eventuais antecipações de pagamentos;
IX – condições equivalentes de pagamento e) exigência de seguros, quando for o caso;
entre empresas brasileiras e estrangeiras,
no caso de licitações internacionais; XV – instruções e normas para os recursos
previstos nesta Lei;
X – o critério de aceitabilidade dos preços
unitário e global, conforme o caso, permiti- XVI – condições de recebimento do objeto
da a fixação de preços máximos e vedados da licitação;
a fixação de preços mínimos, critérios esta- XVII – outras indicações específicas ou pe-
tísticos ou faixas de variação em relação a culiares da licitação.
preços de referência, ressalvado o disposto
nos parágrafos 1º e 2º do art. 48; (Redação § 1º O original do edital deverá ser data-
dada pela Lei nº 9.648, de 1998) do, rubricado em todas as folhas e assina-
do pela autoridade que o expedir, perma-
XI – critério de reajuste, que deverá retra- necendo no processo de licitação, e dele
tar a variação efetiva do custo de produção, extraindo-se cópias integrais ou resumidas,
admitida a adoção de índices específicos ou para sua divulgação e fornecimento aos in-
setoriais, desde a data prevista para apre- teressados.
sentação da proposta, ou do orçamento a
que essa proposta se referir, até a data do § 2º Constituem anexos do edital, dele fa-
adimplemento de cada parcela; (Redação zendo parte integrante:
dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
I – o projeto básico e/ou executivo, com
XII – (Vetado). (Redação dada pela Lei nº todas as suas partes, desenhos, especifica-
8.883, de 1994) ções e outros complementos;
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II – orçamento estimado em planilhas de nistração o licitante que não o fizer até o se-
quantitativos e preços unitários; (Redação gundo dia útil que anteceder a abertura dos
dada pela Lei nº 8.883, de 1994) envelopes de habilitação em concorrência,
a abertura dos envelopes com as propostas
III – a minuta do contrato a ser firmado en- em convite, tomada de preços ou concurso,
tre a Administração e o licitante vencedor; ou a realização de leilão, as falhas ou irregu-
IV – as especificações complementares e as laridades que viciariam esse edital, hipótese
normas de execução pertinentes à licitação. em que tal comunicação não terá efeito de
recurso. (Redação dada pela Lei nº 8.883,
§ 3º Para efeito do disposto nesta Lei, con- de 1994)
sidera-se como adimplemento da obrigação
contratual a prestação do serviço, a realiza- § 3º A impugnação feita tempestivamente
ção da obra, a entrega do bem ou de parce- pelo licitante não o impedirá de participar
la destes, bem como qualquer outro evento do processo licitatório até o trânsito em jul-
contratual a cuja ocorrência esteja vincula- gado da decisão a ela pertinente.
da a emissão de documento de cobrança. § 4º A inabilitação do licitante importa pre-
§ 4º Nas compras para entrega imediata, clusão do seu direito de participar das fases
assim entendidas aquelas com prazo de en- subseqüentes.
trega até trinta dias da data prevista para Art. 42. Nas concorrências de âmbito interna-
apresentação da proposta, poderão ser dis- cional, o edital deverá ajustar-se às diretrizes
pensadas: (Incluído pela Lei nº 8.883, de da política monetária e do comércio exterior e
1994) atender às exigências dos órgãos competentes.
I – o disposto no inciso XI deste artigo; (In- § 1º Quando for permitido ao licitante es-
cluído pela Lei nº 8.883, de 1994) trangeiro cotar preço em moeda estran-
II – a atualização financeira a que se refere geira, igualmente o poderá fazer o licitante
a alínea "c" do inciso XIV deste artigo, cor- brasileiro.
respondente ao período compreendido en- § 2º O pagamento feito ao licitante brasilei-
tre as datas do adimplemento e a prevista ro eventualmente contratado em virtude da
para o pagamento, desde que não superior licitação de que trata o parágrafo anterior
a quinze dias. (Incluído pela Lei nº 8.883, de será efetuado em moeda brasileira, à taxa
1994) de câmbio vigente no dia útil imediatamen-
Art. 41. A Administração não pode descumprir te anterior à data do efetivo pagamento.
as normas e condições do edital, ao qual se acha (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
estritamente vinculada. § 3º As garantias de pagamento ao licitante
§ 1º Qualquer cidadão é parte legítima brasileiro serão equivalentes àquelas ofere-
para impugnar edital de licitação por irre- cidas ao licitante estrangeiro.
gularidade na aplicação desta Lei, devendo § 4º Para fins de julgamento da licitação, as
protocolar o pedido até 5 (cinco) dias úteis propostas apresentadas por licitantes es-
antes da data fixada para a abertura dos en- trangeiros serão acrescidas dos gravames
velopes de habilitação, devendo a Adminis- conseqüentes dos mesmos tributos que
tração julgar e responder à impugnação em oneram exclusivamente os licitantes brasi-
até 3 (três) dias úteis, sem prejuízo da facul- leiros quanto à operação final de venda.
dade prevista no § 1º do art. 113.
§ 5º Para a realização de obras, prestação de
§ 2º Decairá do direito de impugnar os ter- serviços ou aquisição de bens com recursos
mos do edital de licitação perante a admi-
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devem contrariar as normas e princípios estabe- Administração determinar que será vence-
lecidos por esta Lei. dor o licitante que apresentar a proposta de
acordo com as especificações do edital ou
§ 1º É vedada a utilização de qualquer ele- convite e ofertar o menor preço;
mento, critério ou fator sigiloso, secreto,
subjetivo ou reservado que possa ainda que II – a de melhor técnica;
indiretamente elidir o princípio da igualda-
de entre os licitantes. III – a de técnica e preço.
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mente, junto com o edital, todos os elementos respondente proposta. (Incluído pela Lei nº
e informações necessários para que os licitantes 9.648, de 1998)
possam elaborar suas propostas de preços com
total e completo conhecimento do objeto da li- § 3º Quando todos os licitantes forem ina-
citação. bilitados ou todas as propostas forem des-
classificadas, a administração poderá fixar
Art. 48. Serão desclassificadas: aos licitantes o prazo de oito dias úteis para
a apresentação de nova documentação ou
I – as propostas que não atendam às exigên- de outras propostas escoimadas das causas
cias do ato convocatório da licitação; referidas neste artigo, facultada, no caso de
II – propostas com valor global superior ao convite, a redução deste prazo para três dias
limite estabelecido ou com preços manifes- úteis. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)
tamente inexeqüiveis, assim considerados Art. 49. A autoridade competente para a apro-
aqueles que não venham a ter demonstrada vação do procedimento somente poderá revo-
sua viabilidade através de documentação gar a licitação por razões de interesse público
que comprove que os custos dos insumos decorrente de fato superveniente devidamente
são coerentes com os de mercado e que os comprovado, pertinente e suficiente para justi-
coeficientes de produtividade são compatí- ficar tal conduta, devendo anulá-la por ilegali-
veis com a execução do objeto do contrato, dade, de ofício ou por provocação de terceiros,
condições estas necessariamente especifi- mediante parecer escrito e devidamente funda-
cadas no ato convocatório da licitação. (Re- mentado.
dação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
§ 1º A anulação do procedimento licitatório
§ 1º Para os efeitos do disposto no inciso II por motivo de ilegalidade não gera obriga-
deste artigo consideram-se manifestamen- ção de indenizar, ressalvado o disposto no
te inexeqüíveis, no caso de licitações de parágrafo único do art. 59 desta Lei.
menor preço para obras e serviços de en-
genharia, as propostas cujos valores sejam § 2º A nulidade do procedimento licitatório
inferiores a 70% (setenta por cento) do me- induz à do contrato, ressalvado o disposto
nor dos seguintes valores: (Incluído pela Lei no parágrafo único do art. 59 desta Lei.
nº 9.648, de 1998)
§ 3º No caso de desfazimento do processo
a) média aritmética dos valores das propos- licitatório, fica assegurado o contraditório e
tas superiores a 50% (cinqüenta por cento) a ampla defesa.
do valor orçado pela administração, ou (In-
cluído pela Lei nº 9.648, de 1998) § 4º O disposto neste artigo e seus parágra-
fos aplica-se aos atos do procedimento de
b) valor orçado pela administração. (Incluí- dispensa e de inexigibilidade de licitação.
do pela Lei nº 9.648, de 1998)
Art. 50. A Administração não poderá celebrar o
§ 2º Dos licitantes classificados na forma do contrato com preterição da ordem de classifica-
parágrafo anterior cujo valor global da pro- ção das propostas ou com terceiros estranhos
posta for inferior a 80% (oitenta por cento) ao procedimento licitatório, sob pena de nulida-
do menor valor a que se referem as alíneas de.
"a" e "b", será exigida, para a assinatura do
contrato, prestação de garantia adicional, Art. 51. A habilitação preliminar, a inscrição em
dentre as modalidades previstas no § 1º do registro cadastral, a sua alteração ou cancela-
art. 56, igual a diferença entre o valor resul- mento, e as propostas serão processadas e jul-
tante do parágrafo anterior e o valor da cor- gadas por comissão permanente ou especial de,
no mínimo, 3 (três) membros, sendo pelo me-
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SLIDES – PROCEDIMENTO DE LICITAÇÃO
Licitações
Procedimento de Licitação
• Apesar de o procedimento licitatório estar detalhado na Lei 8.666/93, não há uma
sequência lógica e didática.
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Fase interna:
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Fase externa:
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• Audiência Pública
• Com a finalidade de ampliar o acesso às informações relativas ao contrato a ser
firmado, a lei estabelece que em casos de valores muito elevados, deve haver uma
audiência pública antes mesmo da publicação do edital.
• Art. 39. Sempre que o valor estimado para uma licitação ou para um conjunto de
licitações simultâneas ou sucessivas for superior a 100 vezes o limite previsto no art.
23, inciso I, alínea "c" desta Lei (obras e serviços de engenharia acima de
R$1.500.000,00), o processo licitatório será iniciado, obrigatoriamente, com uma
audiência pública concedida pela autoridade responsável.
• Edital é o meio pelo qual a Administração torna pública quaisquer das modalidades de
licitação, exceto o convite (que utiliza a carta-convite).
• Art. 21. Os avisos contendo os resumos dos editais das concorrências, das tomadas de
preços, dos concursos e dos leilões, embora realizados no local da repartição interessada,
deverão ser publicados com antecedência, no mínimo, por uma vez:
I - no Diário Oficial da União, quando se tratar de licitação feita por órgão ou entidade da
Administração Pública Federal e, ainda, quando se tratar de obras financiadas parcial ou
totalmente com recursos federais ou garantidas por instituições federais;
II - no Diário Oficial do Estado, ou do Distrito Federal quando se tratar, respectivamente, de
licitação feita por órgão ou entidade da Administração Pública Estadual ou Municipal, ou do
Distrito Federal;
III - em jornal diário de grande circulação no Estado e também, se houver, em jornal de
circulação no Município ou na região onde será realizada a obra, prestado o serviço,
fornecido, alienado ou alugado o bem, podendo ainda a Administração, conforme o vulto da
licitação, utilizar-se de outros meios de divulgação para ampliar a área de competição.
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• § 1o O aviso publicado conterá a indicação do local em que os interessados
poderão ler e obter o texto integral do edital e todas as informações sobre a
licitação.
• Art. 40. O edital conterá no preâmbulo o número de ordem em série anual, o nome
da repartição interessada e de seu setor, a modalidade, o regime de execução e o
tipo da licitação, a menção de que será regida por esta Lei, o local, dia e hora para
recebimento da documentação e proposta, bem como para início da abertura dos
envelopes, e indicará, obrigatoriamente, o seguinte:
I - objeto da licitação, em descrição sucinta e clara;
II - prazo e condições para assinatura do contrato ou retirada dos instrumentos,
como previsto no art. 64 desta Lei, para execução do contrato e para entrega do
objeto da licitação;
III - sanções para o caso de inadimplemento;
IV - local onde poderá ser examinado e adquirido o projeto básico;
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XIV - condições de pagamento, prevendo:
a) prazo de pagamento não superior a 30 dias, contado a partir da data final do
período de adimplemento de cada parcela;
b) cronograma de desembolso máximo por período, em conformidade com a
disponibilidade de recursos financeiros;
c) critério de atualização financeira dos valores a serem pagos, desde a data final
do período de adimplemento de cada parcela até a data do efetivo
pagamento;
d) compensações financeiras e penalizações, por eventuais atrasos, e descontos,
por eventuais antecipações de pagamentos;
e) exigência de seguros, quando for o caso;
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• Art. 48. Serão desclassificadas as propostas: II - propostas com valor global superior
ao limite estabelecido ou com preços manifestamente inexeqüiveis, assim
considerados aqueles que não venham a ter demonstrada sua viabilidade através de
documentação que comprove que os custos dos insumos são coerentes com os de
mercado e que os coeficientes de produtividade são compatíveis com a execução do
objeto do contrato, condições estas necessariamente especificadas no ato
convocatório da licitação.
• § 1º Consideram-se manifestamente inexeqüíveis, no caso de licitações de menor
preço para obras e serviços de engenharia, as propostas cujos valores sejam
inferiores a 70% do menor dos seguintes valores:
a) média aritmética dos valores das propostas superiores a 50% do valor orçado pela
administração, ou
b) valor orçado pela administração.
• § 2º Dos licitantes classificados na forma do parágrafo anterior cujo valor global da
proposta for inferior a 80% do menor valor a que se referem as alíneas "a" e "b",
será exigida, para a assinatura do contrato, prestação de garantia adicional.
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• Antecedência mínima do edital:
• Portanto, a lei estabelece prazos mínimos que a Administração terá que dar, a
partir da publicação do edital do da expedição da carta-convite (os prazos podem
ser maiores, mas nunca menores).
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PRAZO HIPÓTESES
45 dias ü concurso;
ü concorrência, quando o contrato a ser celebrado contemplar o
regime de empreitada integral ou quando a licitação for do tipo
"melhor técnica" ou "técnica e preço";
30 dias ü concorrência, nos casos não especificados na alínea "b" do inciso
anterior;
ü tomada de preços, quando a licitação for do tipo "melhor técnica"
ou "técnica e preço";
15 dias ü tomada de preços, nos casos não especificados na alínea "b" do
inciso anterior;
ü leilão;
5 dias úteis ü convite
• Impugnações ao Edital:
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• § 3o A impugnação feita tempestivamente pelo licitante não o impedirá de
participar do processo licitatório até o trânsito em julgado da decisão a ela
pertinente.
• Comissão de licitação
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• A regra é que a habilitação ocorra antes da análise das propostas, sendo que, nesse
caso, os inabilitados serão excluídos do procedimento sem ao menos terem suas
propostas analisadas (os envelopes são devolvidos lacrados).
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• Art. 27. Para a habilitação nas licitações exigir-se-á dos interessados,
exclusivamente, documentação relativa a:
I - habilitação jurídica;
II - qualificação técnica;
III - qualificação econômico-financeira;
IV – regularidade fiscal e trabalhista;
V – cumprimento do disposto no inciso XXXIII do art. 7º da CF (restrições e proibições
ao trabalho de menores)
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• Art. 30. A documentação relativa à qualificação técnica limitar-se-á a:
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• Caso reste vencedora, terá o prazo de 5 dias úteis (prorrogáveis por mais 5) para
regularizar a situação.
• Registros Cadastrais
• Art. 34. Para os fins desta Lei, os órgãos e entidades da Administração Pública que
realizem freqüentemente licitações manterão registros cadastrais para efeito de
habilitação, na forma regulamentar, válidos por, no máximo, 1 ano.
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• Art. 36. Os inscritos serão classificados por categorias, tendo-se em vista sua
especialização, subdivididas em grupos, segundo a qualificação técnica e econômica
avaliada pelos elementos constantes da documentação .
• Art. 37. A qualquer tempo poderá ser alterado, suspenso ou cancelado o registro
do inscrito que deixar de satisfazer as exigências do art. 27 desta Lei, ou as
estabelecidas para classificação cadastral.
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• Homologação e Adjudicação ao vencedor
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Direito Administrativo
Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores Art. 50. As vantagens pecuniárias não serão
públicos civis da União, das autarquias e das computadas, nem acumuladas, para efeito de
fundações públicas federais. concessão de quaisquer outros acréscimos pe-
cuniários ulteriores, sob o mesmo título ou
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o idêntico fundamento.
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a se-
guinte Lei: Seção II
DAS GRATIFICAÇÕES E ADICIONAIS
TÍTULO I Art. 61. Além do vencimento e das vantagens
previstas nesta Lei, serão deferidos aos servi-
CAPÍTULO ÚNICO dores as seguintes retribuições, gratificações e
adicionais: (Redação dada pela Lei nº 9.527, de
(...) 10.12.97)
I – retribuição pelo exercício de função de
TÍTULO III direção, chefia e assessoramento; (Redação
dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Dos Direitos e Vantagens II – gratificação natalina;
IV – adicional pelo exercício de atividades
insalubres, perigosas ou penosas;
CAPÍTULO II V – adicional pela prestação de serviço ex-
DAS VANTAGENS traordinário;
Art. 49. Além do vencimento, poderão ser pagas VI – adicional noturno;
ao servidor as seguintes vantagens:
VII – adicional de férias;
I – indenizações;
VIII – outros, relativos ao local ou à nature-
II – gratificações; za do trabalho.
III – adicionais. IX – gratificação por encargo de curso ou
concurso. (Incluído pela Lei nº 11.314 de
§ 1º As indenizações não se incorporam 2006)
ao vencimento ou provento para qualquer
efeito.
§ 2º As gratificações e os adicionais incor-
poram-se ao vencimento ou provento, nos
casos e condições indicados em lei.
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Subseção I Parágrafo único. (VETADO).
DA RETRIBUIÇÃO PELO EXERCÍCIO Art. 65. O servidor exonerado perceberá sua
DE FUNÇÃO DE DIREÇÃO, CHEFIA E gratificação natalina, proporcionalmente aos
ASSESSORAMENTO meses de exercício, calculada sobre a remunera-
ção do mês da exoneração.
(Redação dada pela Lei nº 9.527,
de 10.12.97) Art. 66. A gratificação natalina não será consi-
derada para cálculo de qualquer vantagem pe-
Art. 62. Ao servidor ocupante de cargo efetivo cuniária.
investido em função de direção, chefia ou asses-
soramento, cargo de provimento em comissão Subseção III
ou de Natureza Especial é devida retribuição DO ADICIONAL POR
pelo seu exercício.(Redação dada pela Lei nº TEMPO DE SERVIÇO
9.527, de 10.12.97)
Parágrafo único. Lei específica estabelece- Subseção IV
rá a remuneração dos cargos em comissão
de que trata o inciso II do art. 9o. (Redação DOS ADICIONAIS DE
dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) INSALUBRIDADE, PERICULOSIDADE
Art. 62-A. Fica transformada em Vantagem Pes-
OU ATIVIDADES PENOSAS
soal Nominalmente Identificada – VPNI a incor- Art. 68. Os servidores que trabalhem com ha-
poração da retribuição pelo exercício de função bitualidade em locais insalubres ou em contato
de direção, chefia ou assessoramento, cargo de permanente com substâncias tóxicas, radioati-
provimento em comissão ou de Natureza Espe- vas ou com risco de vida, fazem jus a um adicio-
cial a que se referem os arts. 3º e 10 da Lei no nal sobre o vencimento do cargo efetivo.
8.911, de 11 de julho de 1994, e o art. 3o da Lei
no 9.624, de 2 de abril de 1998. (Incluído pela § 1º O servidor que fizer jus aos adicionais
Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001) de insalubridade e de periculosidade deve-
rá optar por um deles.
Parágrafo único. A VPNI de que trata o ca-
put deste artigo somente estará sujeita às § 2º O direito ao adicional de insalubridade
revisões gerais de remuneração dos servi- ou periculosidade cessa com a eliminação
dores públicos federais. (Incluído pela Me- das condições ou dos riscos que deram cau-
dida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001) sa a sua concessão.
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concurso público ou supervisionar essas § 3º A Gratificação por Encargo de Curso ou
atividades. (Incluído pela Lei nº 11.314 de Concurso não se incorpora ao vencimento
2006) ou salário do servidor para qualquer efeito
e não poderá ser utilizada como base de cál-
§ 1º Os critérios de concessão e os limites culo para quaisquer outras vantagens, inclu-
da gratificação de que trata este artigo se- sive para fins de cálculo dos proventos da
rão fixados em regulamento, observados os aposentadoria e das pensões. (Incluído pela
seguintes parâmetros: (Incluído pela Lei nº Lei nº 11.314 de 2006)
11.314 de 2006)
(...)
I – o valor da gratificação será calculado em
horas, observadas a natureza e a complexi-
dade da atividade exercida; (Incluído pela
Lei nº 11.314 de 2006)
II – a retribuição não poderá ser superior
ao equivalente a 120 (cento e vinte) horas
de trabalho anuais, ressalvada situação de
excepcionalidade, devidamente justificada
e previamente aprovada pela autoridade
máxima do órgão ou entidade, que pode-
rá autorizar o acréscimo de até 120 (cento
e vinte) horas de trabalho anuais; (Incluído
pela Lei nº 11.314 de 2006)
III – o valor máximo da hora trabalhada cor-
responderá aos seguintes percentuais, in-
cidentes sobre o maior vencimento básico
da administração pública federal: (Incluído
pela Lei nº 11.314 de 2006)
a) 2,2% (dois inteiros e dois décimos por
cento), em se tratando de atividades previs-
tas nos incisos I e II do caput deste artigo;
(Redação dada pela Lei nº 11.501, de 2007)
b) 1,2% (um inteiro e dois décimos por cen-
to), em se tratando de atividade prevista
nos incisos III e IV do caput deste artigo.
(Redação dada pela Lei nº 11.501, de 2007)
§ 2º A Gratificação por Encargo de Curso
ou Concurso somente será paga se as ati-
vidades referidas nos incisos do caput des-
te artigo forem exercidas sem prejuízo das
atribuições do cargo de que o servidor for
titular, devendo ser objeto de compensação
de carga horária quando desempenhadas
durante a jornada de trabalho, na forma do
§ 4º do art. 98 desta Lei. (Incluído pela Lei
nº 11.314 de 2006)
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Direito Administrativo – Lei 8.112/90 – Direitos e Vantagens: Gratificações / Adicionais – Profª Tatiana Marcello
Gratificações
ØGratificação natalina.
• Corresponde a 1/12 (um doze avos) da remuneração a que o servidor fizer jus no
mês de dezembro, por mês de exercício no respectivo ano. Será paga até o dia 20 de
dezembro de cada ano. (Na prática, é o 13º salário).
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Ø Gratificação por encargo de curso ou concurso
Adicionais
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• O direito de receber o adicional cessa com a eliminação das condições que lhe
deram causa.
Ø Adicional noturno
• Prestado em horário compreendido entre 22 horas de um dia e 5 horas do dia
seguinte. Será remunerado com acréscimo de 25% em relação à hora normal de
trabalho. É possível acumular adicional noturno + adicional de serviço
extraordinário.
Ø Adicional de férias
• Por ocasião das férias, será pago ao servidor um adicional correspondente a 1/3 da
remuneração do período das férias.
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Direito Administrativo
Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores § 3º As férias poderão ser parceladas em
públicos civis da União, das autarquias e das até três etapas, desde que assim requeridas
fundações públicas federais. pelo servidor, e no interesse da administra-
ção pública. (Incluído pela Lei nº 9.525, de
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que 10.12.97)
o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a
seguinte Lei: Art. 78. O pagamento da remuneração das fé-
rias será efetuado até 2 (dois) dias antes do iní-
cio do respectivo período, observando-se o dis-
TÍTULO I posto no § 1o deste artigo. (Vide Lei nº 9.525,
de 1997)
CAPÍTULO ÚNICO § 3º O servidor exonerado do cargo efetivo,
(...) ou em comissão, perceberá indenização re-
lativa ao período das férias a que tiver di-
reito e ao incompleto, na proporção de um
doze avos por mês de efetivo exercício, ou
TÍTULO III fração superior a quatorze dias. (Incluído
pela Lei nº 8.216, de 13.8.91)
Dos Direitos e Vantagens
§ 4º A indenização será calculada com base
na remuneração do mês em que for publi-
cado o ato exoneratório. (Incluído pela Lei
CAPÍTULO III nº 8.216, de 13.8.91)
DAS FÉRIAS § 5º Em caso de parcelamento, o servidor
receberá o valor adicional previsto no inci-
Art. 77. O servidor fará jus a trinta dias de férias,
so XVII do art. 7o da Constituição Federal
que podem ser acumuladas, até o máximo de
quando da utilização do primeiro período.
dois períodos, no caso de necessidade do servi-
(Incluído pela Lei nº 9.525, de 10.12.97)
ço, ressalvadas as hipóteses em que haja legisla-
ção específica. (Redação dada pela Lei nº 9.525, Art. 79. O servidor que opera direta e perma-
de 10.12.97) (Vide Lei nº 9.525, de 1997) nentemente com Raios X ou substâncias radio-
ativas gozará 20 (vinte) dias consecutivos de
§ 1º Para o primeiro período aquisitivo de
férias, por semestre de atividade profissional,
férias serão exigidos 12 (doze) meses de
proibida em qualquer hipótese a acumulação.
exercício.
Art. 80. As férias somente poderão ser inter-
§ 2º É vedado levar à conta de férias qual-
rompidas por motivo de calamidade pública,
quer falta ao serviço.
comoção interna, convocação para júri, serviço
militar ou eleitoral, ou por necessidade do servi-
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ço declarada pela autoridade máxima do órgão
ou entidade.(Redação dada pela Lei nº 9.527,
de 10.12.97) (Vide Lei nº 9.525, de 1997)
Parágrafo único. O restante do período in-
terrompido será gozado de uma só vez, ob-
servado o disposto no art. 77. (Incluído pela
Lei nº 9.527, de 10.12.97)
(...)
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Direito Administrativo – Lei 8.112/90 – Direitos e Vantagens: Férias – Profª Tatiana Marcello
Férias
• O servidor fará jus a 30 dias de férias por ano trabalhado, que podem ser
acumuladas, até o máximo de 2 períodos, no caso de necessidade do serviço,
ressalvadas as hipóteses em que haja legislação específica.
• Para o primeiro período aquisitivo de férias são exigidos 12 meses de exercício, mas
para os demais, não será necessário completar os 12 meses (depois, basta virar o
ano).
• As férias podem ser parceladas em 3 etapas, desde que requeridas pelo servidor e
que seja interesse da Administração Pública (nesse caso, o adicional de férias será
recebido no 1º período).
• Obs.:
Ø Não pode conversão em pecúnia, ou seja, servidor não pode “vender férias”!
Ø Não podem ser descontados das férias as faltas do servidor!
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• As férias somente poderão ser interrompidas por:
666 www.acasadoconcurseiro.com.br
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amente com o exercício do cargo ou me- deral e dos Municípios, poderá haver exer-
diante compensação de horário, na forma cício provisório em órgão ou entidade da
do disposto no inciso II do art. 44. (Redação Administração Federal direta, autárquica ou
dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) fundacional, desde que para o exercício de
atividade compatível com o seu cargo. (Re-
§ 2º A licença de que trata o caput, incluí- dação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
das as prorrogações, poderá ser concedida
a cada período de doze meses nas seguin- Seção IV
tes condições: (Redação dada pela Lei nº DA LICENÇA PARA
12.269, de 2010)
O SERVIÇO MILITAR
I – por até 60 (sessenta) dias, consecutivos
ou não, mantida a remuneração do servi- Art. 85. Ao servidor convocado para o serviço
dor; e (Incluído pela Lei nº 12.269, de 2010) militar será concedida licença, na forma e condi-
ções previstas na legislação específica.
II – por até 90 (noventa) dias, consecutivos
ou não, sem remuneração. (Incluído pela Parágrafo único. Concluído o serviço mili-
Lei nº 12.269, de 2010) tar, o servidor terá até 30 (trinta) dias sem
remuneração para reassumir o exercício do
§ 3º O início do interstício de 12 (doze) me- cargo.
ses será contado a partir da data do defe-
rimento da primeira licença concedida. (In- Seção V
cluído pela Lei nº 12.269, de 2010) DA LICENÇA PARA
§ 4º A soma das licenças remuneradas e das ATIVIDADE POLÍTICA
licenças não remuneradas, incluídas as res-
pectivas prorrogações, concedidas em um Art. 86. O servidor terá direito a licença, sem
mesmo período de 12 (doze) meses, obser- remuneração, durante o período que mediar
vado o disposto no § 3o, não poderá ultra- entre a sua escolha em convenção partidária,
passar os limites estabelecidos nos incisos I como candidato a cargo eletivo, e a véspera do
e II do § 2o. (Incluído pela Lei nº 12.269, de registro de sua candidatura perante a Justiça
2010) Eleitoral.
§ 1º O servidor candidato a cargo eletivo na
Seção III localidade onde desempenha suas funções
DA LICENÇA POR MOTIVO DE e que exerça cargo de direção, chefia, as-
AFASTAMENTO DO CÔNJUGE sessoramento, arrecadação ou fiscalização,
dele será afastado, a partir do dia imediato
Art. 84. Poderá ser concedida licença ao servi- ao do registro de sua candidatura perante
dor para acompanhar cônjuge ou companheiro a Justiça Eleitoral, até o décimo dia seguin-
que foi deslocado para outro ponto do território te ao do pleito. (Redação dada pela Lei nº
nacional, para o exterior ou para o exercício de 9.527, de 10.12.97)
mandato eletivo dos Poderes Executivo e Legis-
lativo. § 2º A partir do registro da candidatura e
até o décimo dia seguinte ao da eleição, o
§ 1º A licença será por prazo indeterminado servidor fará jus à licença, assegurados os
e sem remuneração. vencimentos do cargo efetivo, somente
§ 2º No deslocamento de servidor cujo côn- pelo período de três meses. (Redação dada
juge ou companheiro também seja servidor pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
público, civil ou militar, de qualquer dos Po-
deres da União, dos Estados, do Distrito Fe-
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Direito Administrativo – Licenças – Profª Tatiana Marcello
Seção VIII
DA LICENÇA PARA O DESEMPENHO
DE MANDATO CLASSISTA
Art. 92. É assegurado ao servidor o direito à li-
cença sem remuneração para o desempenho de
mandato em confederação, federação, associa-
ção de classe de âmbito nacional, sindicato re-
presentativo da categoria ou entidade fiscaliza-
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SLIDES – LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 (PARCIAL)
Licenças
• O art. 81 do Estatuto elenca 7 licenças a serem concedidas ao servidor:
• Porém, no art. 185, que trata da Seguridade Social do Servidor, assunto menos
recorrente em provas, há mais 3 licenças elencadas:
• a) Licença para tratamento de saúde (do servidor) - Será concedida ao servidor
licença para tratamento de saúde, a pedido ou de ofício, com base em perícia
médica, sem prejuízo da remuneração a que fizer jus.
• b) Licença à gestante, à adotante e licença-paternidade – Gestante terá 120 dias
consecutivos, sem prejuízo da remuneração. Pelo nascimento ou adoção de filhos,
o servidor terá direito à licença-paternidade de 5 dias consecutivos. À servidora
que adotar ou obtiver guarda judicial de criança até 1 ano de idade, serão
concedidos 90 dias de licença remunerada; se a criança tiver mais de 1 ano, o
prazo será de 30 dias.
• c) Licença por acidente em serviço - Será licenciado, com remuneração integral, o
servidor acidentado em serviço.
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Direito Administrativo – Licenças – Profª Tatiana Marcello
Licenças que integram a seguridade üLicença para tratamento de saúde (do servidor);
social üLicença à gestante, à adotante e licença-
paternidade ;
üLicença por acidente em serviço.
Licenças que não podem ser tiradas ücapacitação;
no estágio probatório ütratar de interesses particulares;
üdesempenho de mandato classista.
Licenças que podem ser tiradas no üpor motivo de doença em pessoa da família;
estágio probatório, mas o suspendem. üpor motivo de afastamento do cônjuge ou
companheiro;
üpara serviço militar;
üpara atividade política.
• A licença, bem como cada uma de suas prorrogações, serão precedidas de exame
por perícia médica oficial.
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• Licença por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro
• Concluído o serviço militar, o servidor terá até 30 dias sem remuneração para
reassumir o exercício do cargo.
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Direito Administrativo – Licenças – Profª Tatiana Marcello
• O servidor terá direito a licença, sem remuneração, durante o período que mediar
entre a sua escolha em convenção partidária, como candidato a cargo eletivo, e a
véspera do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral.
/_________________/_______$$$$$$_______/----------------
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• Licença para tratar de interesses particulares
• Sem remuneração.
• Não pode no estágio probatório.
• Sem remuneração.
• Não pode no estágio probatório.
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Direito Administrativo
Art. 93. O servidor poderá ser cedido para ter § 4º Mediante autorização expressa do Pre-
exercício em outro órgão ou entidade dos Pode- sidente da República, o servidor do Poder
res da União, dos Estados, ou do Distrito Fede- Executivo poderá ter exercício em outro
ral e dos Municípios, nas seguintes hipóteses: órgão da Administração Federal direta que
(Redação dada pela Lei nº 8.270, de 17.12.91) não tenha quadro próprio de pessoal, para
(Regulamento) (Vide Decreto nº 4.493, de fim determinado e a prazo certo. (Incluído
3.12.2002) (Regulamento) pela Lei nº 8.270, de 17.12.91)
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§ 6º As cessões de empregados de empresa § 2º O servidor investido em mandato ele-
pública ou de sociedade de economia mista, tivo ou classista não poderá ser removido
que receba recursos de Tesouro Nacional para ou redistribuído de ofício para localidade di-
o custeio total ou parcial da sua folha de pa- versa daquela onde exerce o mandato.
gamento de pessoal, independem das disposi-
ções contidas nos incisos I e II e §§ 1º e 2º des- Seção III
te artigo, ficando o exercício do empregado DO AFASTAMENTO PARA
cedido condicionado a autorização específica ESTUDO OU MISSÃO NO EXTERIOR
do Ministério do Planejamento, Orçamento e
Gestão, exceto nos casos de ocupação de car- Art. 95. O servidor não poderá ausentar-se do
go em comissão ou função gratificada. (Incluí- País para estudo ou missão oficial, sem autoriza-
do pela Lei nº 10.470, de 25.6.2002) ção do Presidente da República, Presidente dos
Órgãos do Poder Legislativo e Presidente do Su-
§ 7º O Ministério do Planejamento, Orça-
premo Tribunal Federal.
mento e Gestão, com a finalidade de pro-
mover a composição da força de trabalho § 1º A ausência não excederá a 4 (quatro) anos,
dos órgãos e entidades da Administração e finda a missão ou estudo, somente decorrido
Pública Federal, poderá determinar a lota- igual período, será permitida nova ausência.
ção ou o exercício de empregado ou servi-
dor, independentemente da observância do § 2º Ao servidor beneficiado pelo disposto
constante no inciso I e nos §§ 1º e 2º des- neste artigo não será concedida exoneração
te artigo. (Incluído pela Lei nº 10.470, de ou licença para tratar de interesse particular
25.6.2002) (Vide Decreto nº 5.375, de 2005) antes de decorrido período igual ao do afasta-
mento, ressalvada a hipótese de ressarcimen-
Seção II to da despesa havida com seu afastamento.
DO AFASTAMENTO PARA § 3º O disposto neste artigo não se aplica
EXERCÍCIO DE MANDATO ELETIVO aos servidores da carreira diplomática.
Art. 94. Ao servidor investido em mandato eleti- § 4º As hipóteses, condições e formas para
vo aplicam-se as seguintes disposições: a autorização de que trata este artigo, inclu-
sive no que se refere à remuneração do ser-
I – tratando-se de mandato federal, estadu- vidor, serão disciplinadas em regulamento.
al ou distrital, ficará afastado do cargo; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
II – investido no mandato de Prefeito, será Art. 96. O afastamento de servidor para servir em
afastado do cargo, sendo-lhe facultado op- organismo internacional de que o Brasil participe
tar pela sua remuneração; ou com o qual coopere dar-se-á com perda total
III – investido no mandato de vereador: da remuneração. (Vide Decreto nº 3.456, de 2000)
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SLIDES – LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990
Afastamentos
ØDo afastamento para servir a outro órgão ou entidade;
• O servidor poderá ser cedido para ter exercício em outro órgão ou entidade dos
Poderes da União, dos Estados, ou do Distrito Federal e dos Municípios, nas
seguintes hipóteses:
I - para exercício de cargo em comissão ou função de confiança;
II - em casos previstos em leis específicas.
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• O servidor não poderá ausentar-se do País para estudo ou missão oficial, sem
autorização do Presidente da República, Presidente dos Órgãos do Poder Legislativo
e Presidente do Supremo Tribunal Federal.
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• Do Afastamento para participação em Programa de Pós-Graduação Stricto
Sensu no País
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Art. 99. Ao servidor estudante que mudar de
sede no interesse da administração é assegura-
da, na localidade da nova residência ou na mais
próxima, matrícula em instituição de ensino
congênere, em qualquer época, independente-
mente de vaga.
Parágrafo único. O disposto neste artigo
estende-se ao cônjuge ou companheiro, aos
filhos, ou enteados do servidor que vivam
na sua companhia, bem como aos menores
sob sua guarda, com autorização judicial.
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Direito Administrativo – Concessões – Profª Tatiana Marcello
Concessões
• Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar-se do serviço para:
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Direito Administrativo
TEMPO DE SERVIÇO
Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores Art. 102. Além das ausências ao serviço previs-
públicos civis da União, das autarquias e das tas no art. 97, são considerados como de efetivo
fundações públicas federais. exercício os afastamentos em virtude de:
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o I – férias;
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a se-
guinte Lei: II – exercício de cargo em comissão ou equi-
valente, em órgão ou entidade dos Poderes
da União, dos Estados, Municípios e Distrito
Federal;
TÍTULO I
III – exercício de cargo ou função de gover-
no ou administração, em qualquer parte do
território nacional, por nomeação do Presi-
CAPÍTULO ÚNICO dente da República;
(...)
IV – participação em programa de treina-
mento regularmente instituído ou em pro-
TÍTULO III grama de pós-graduação stricto sensu no
País, conforme dispuser o regulamento;
Dos Direitos e Vantagens (Redação dada pela Lei nº 11.907, de 2009)
V – desempenho de mandato eletivo fede-
ral, estadual, municipal ou do Distrito Fede-
CAPÍTULO VII ral, exceto para promoção por merecimen-
to;
Do Tempo de Serviço
VI – júri e outros serviços obrigatórios por
Art. 100. É contado para todos os efeitos o tem- lei;
po de serviço público federal, inclusive o presta-
do às Forças Armadas. VII – missão ou estudo no exterior, quando
autorizado o afastamento, conforme dispu-
Art. 101. A apuração do tempo de serviço será ser o regulamento; (Redação dada pela Lei
feita em dias, que serão convertidos em anos, nº 9.527, de 10.12.97)
considerado o ano como de trezentos e sessen-
ta e cinco dias. VIII – licença:
a) à gestante, à adotante e à paternidade;
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b) para tratamento da própria saúde, até IV – o tempo correspondente ao desempe-
o limite de vinte e quatro meses, cumula- nho de mandato eletivo federal, estadual,
tivo ao longo do tempo de serviço público municipal ou distrital, anterior ao ingresso
prestado à União, em cargo de provimento no serviço público federal;
efetivo; (Redação dada pela Lei nº 9.527, de
10.12.97) V – o tempo de serviço em atividade priva-
da, vinculada à Previdência Social;
c) para o desempenho de mandato classista
ou participação de gerência ou administra- VI – o tempo de serviço relativo a tiro de
ção em sociedade cooperativa constituída guerra;
por servidores para prestar serviços a seus VII – o tempo de licença para tratamento da
membros, exceto para efeito de promoção própria saúde que exceder o prazo a que se
por merecimento; (Redação dada pela Lei refere a alínea "b" do inciso VIII do art. 102.
nº 11.094, de 2005) (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
d) por motivo de acidente em serviço ou § 1º O tempo em que o servidor esteve
doença profissional; aposentado será contado apenas para nova
e) para capacitação, conforme dispuser o aposentadoria.
regulamento; (Redação dada pela Lei nº § 2º Será contado em dobro o tempo de
9.527, de 10.12.97) serviço prestado às Forças Armadas em
f) por convocação para o serviço militar; operações de guerra.
686 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Tempo de Serviço – Profª Tatiana Marcello
TEMPO DE SERVIÇO
• Art. 100. É contado para todos os efeitos o tempo de serviço público federal,
inclusive o prestado às Forças Armadas.
• Art. 101. A apuração do tempo de serviço será feita em dias, que serão convertidos
em anos, considerado o ano como de 365 dias.
• Art. 102. Além das ausências ao serviço previstas no art. 97, são considerados como
de efetivo exercício os afastamentos em virtude de:
I - férias;
II - exercício de cargo em comissão ou equivalente, em órgão ou entidade dos Poderes
da União, dos Estados, Municípios e Distrito Federal;
III - exercício de cargo ou função de governo ou administração, em qualquer parte do
território nacional, por nomeação do Presidente da República;
www.acasadoconcurseiro.com.br 687
VIII - licença:
a) à gestante, à adotante e à paternidade;
b) para tratamento da própria saúde, até o limite de vinte e quatro meses,
cumulativo ao longo do tempo de serviço público prestado à União, em cargo de
provimento efetivo;
c) para o desempenho de mandato classista ou participação de gerência ou
administração em sociedade cooperativa constituída por servidores para prestar
serviços a seus membros, exceto para efeito de promoção por merecimento;
d) por motivo de acidente em serviço ou doença profissional;
e) para capacitação, conforme dispuser o regulamento;
f) por convocação para o serviço militar;
688 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Tempo de Serviço – Profª Tatiana Marcello
• § 1o O tempo em que o servidor esteve aposentado será contado apenas para nova
aposentadoria.
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Direito Administrativo
DIREITO DE PETIÇÃO
Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores Parágrafo único. O requerimento e o pedido
públicos civis da União, das autarquias e das de reconsideração de que tratam os artigos
fundações públicas federais. anteriores deverão ser despachados no
prazo de 5 (cinco) dias e decididos dentro
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que de 30 (trinta) dias.
o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a
seguinte Lei: Art. 107. Caberá recurso: (Vide Lei nº 12.300, de
2010)
I – do indeferimento do pedido de
TÍTULO I reconsideração;
II – das decisões sobre os recursos
sucessivamente interpostos.
CAPÍTULO ÚNICO
(...) § 1º O recurso será dirigido à autoridade
imediatamente superior à que tiver
expedido o ato ou proferido a decisão, e,
sucessivamente, em escala ascendente, às
CAPÍTULO VIII demais autoridades.
DO DIREITO DE PETIÇÃO § 2º O recurso será encaminhado por
intermédio da autoridade a que estiver
Art. 104. É assegurado ao servidor o direito de imediatamente subordinado o requerente.
requerer aos Poderes Públicos, em defesa de
direito ou interesse legítimo. Art. 108. O prazo para interposição de pedido
de reconsideração ou de recurso é de 30 (trinta)
Art. 105. O requerimento será dirigido à dias, a contar da publicação ou da ciência, pelo
autoridade competente para decidi-lo e interessado, da decisão recorrida. (Vide Lei nº
encaminhado por intermédio daquela a 12.300, de 2010)
que estiver imediatamente subordinado o
requerente. Art. 109. O recurso poderá ser recebido
com efeito suspensivo, a juízo da autoridade
Art. 106. Cabe pedido de reconsideração à competente.
autoridade que houver expedido o ato ou
proferido a primeira decisão, não podendo ser Parágrafo único. Em caso de provimento do
renovado. (Vide Lei nº 12.300, de 2010) pedido de reconsideração ou do recurso, os
www.acasadoconcurseiro.com.br 691
efeitos da decisão retroagirão à data do ato
impugnado.
Art. 110. O direito de requerer prescreve:
I – em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de
demissão e de cassação de aposentadoria
ou disponibilidade, ou que afetem interesse
patrimonial e créditos resultantes das
relações de trabalho;
II – em 120 (cento e vinte) dias, nos demais
casos, salvo quando outro prazo for fixado
em lei.
Parágrafo único. O prazo de prescrição
será contado da data da publicação do
ato impugnado ou da data da ciência
pelo interessado, quando o ato não for
publicado.
Art. 111. O pedido de reconsideração e o
recurso, quando cabíveis, interrompem a
prescrição.
Art. 112. A prescrição é de ordem pública, não
podendo ser relevada pela administração.
Art. 113. Para o exercício do direito de petição,
é assegurada vista do processo ou documento,
na repartição, ao servidor ou a procurador por
ele constituído.
Art. 114. A administração deverá rever seus
atos, a qualquer tempo, quando eivados de
ilegalidade.
Art. 115. São fatais e improrrogáveis os prazos
estabelecidos neste Capítulo, salvo motivo de
força maior.
692 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Direito de Petição – Profª Tatiana Marcello
DIREITO DE PETIÇÃO
• Art. 106. Cabe pedido de reconsideração à autoridade que houver expedido o ato
ou proferido a primeira decisão, não podendo ser renovado.
Despachados 5 dias
- Requerimento
- Pedido de
Reconsideração
Decididos 30 dias
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• Art. 107. Caberá recurso:
I - do indeferimento do pedido de reconsideração;
II - das decisões sobre os recursos sucessivamente interpostos.
• Art. 109. O recurso poderá ser recebido com efeito suspensivo, a juízo da
autoridade competente.
• Em caso de provimento do pedido de reconsideração ou do recurso, os efeitos da
decisão retroagirão à data do ato impugnado.
694 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Direito de Petição – Profª Tatiana Marcello
• Art. 112. A prescrição é de ordem pública, não podendo ser relevada pela
administração.
• Art. 114. A administração deverá rever seus atos, a qualquer tempo, quando
eivados de ilegalidade.
• Art. 115. São fatais e improrrogáveis os prazos estabelecidos neste Capítulo, salvo
motivo de força maior.
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A autoridade
Da decisão, que julgou
Requerimento
cabe pedido de tem 5 dias p/
administrativo despachar e
Reconsideração
(prazo: 30 dias) 30 dias p/
decidir
Da decisão
do recurso,
Autoridade cabe novo
Direcionado à Da decisão,
tem 5 dias p/ recurso,
autoridade cabe recurso
despachar e conforme a
competente; (prazo: 30
30 dias p/ estrutura do
encaminhado dias)
julgar órgão ou
pelo superior
entidade
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Direito Administrativo
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SLIDES – LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 (PARCIAL)
Acumulação
• Ressalvados os casos previstos na Constituição, é vedada a acumulação remunerada
de cargos públicos.
• CF, art. 37, XVI e XVII: É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, bem
como de empregos e funções, abrangendo autarquias, fundações, empresas
públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades
controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público; porém é permitida a
acumulação, excepcionalmente, quando houver compatibilidade de horários,
observado em qualquer caso “teto”:
a) a de 2 cargos de professor;
b) a de 1 cargo de professor + 1 técnico ou científico (cargo que exige nível superior
ou formação técnica);
c) a de 2 cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões
regulamentadas (médicos, dentistas, psicólogos...).
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Direito Administrativo – Lei 8.112/90 – Acumulação – Profª Tatiana Marcello
• O servidor não poderá exercer mais de um CC, exceto no caso previsto no parágrafo
único do art. 9º, (como interino, devendo optar pela remuneração de 1 deles) nem
ser remunerado pela participação em órgão de deliberação coletiva.
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XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro;
XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas (agiotagem);
XV - proceder de forma desidiosa (preguiçosa, sem vontade, negligente);
XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades
particulares;
XVII - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exceto em
situações de emergência e transitórias;
XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo
ou função e com o horário de trabalho;
XIX - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado.
700 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Lei 8.112/90 – Acumulação – Profª Tatiana Marcello
REGIME DISCIPLINAR
• Dos Deveres
• Das Proibições
• Da Acumulação
• Das Responsabilidades
• Das Penalidades
Dos deveres
• Art. 116. São deveres do servidor:
I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo;
II - ser leal às instituições a que servir;
III - observar as normas legais e regulamentares;
IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais (dever de
obediência, fundamento na hierarquia);
V - atender com presteza:
a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas as
protegidas por sigilo;
b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou esclarecimento de
situações de interesse pessoal;
c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública.
www.acasadoconcurseiro.com.br 701
VI - levar as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo ao conhecimento
da autoridade superior ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, ao
conhecimento de outra autoridade competente para apuração;
VII - zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio público;
VIII - guardar sigilo sobre assunto da repartição;
IX - manter conduta compatível com a moralidade administrativa;
X - ser assíduo e pontual ao serviço;
XI - tratar com urbanidade (respeito, cortesia, educação...) as pessoas;
XII - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder.
702 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo
Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores § 2º Tratando-se de dano causado a tercei-
públicos civis da União, das autarquias e das ros, responderá o servidor perante a Fazen-
fundações públicas federais. da Pública, em ação regressiva.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o § 3º A obrigação de reparar o dano estende-
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a se- -se aos sucessores e contra eles será execu-
guinte Lei: tada, até o limite do valor da herança rece-
bida.
Art. 123. A responsabilidade penal abrange os
TÍTULO I crimes e contravenções imputadas ao servidor,
nessa qualidade.
CAPÍTULO ÚNICO
Art. 124. A responsabilidade civil-administrativa
(...) resulta de ato omissivo ou comissivo praticado
no desempenho do cargo ou função.
www.acasadoconcurseiro.com.br 703
SLIDES – LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 (PARCIAL)
Responsabilidades
• O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de
suas atribuições.
Obs.: se a absolvição penal ocorrer após a demissão, mesmo assim refletirá na esfera
administrativa, tendo o servidor o direito de retornar ao cargo (Reintegração).
704 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Lei 8.112/90 – Responsabilidades – Profª Tatiana Marcello
www.acasadoconcurseiro.com.br 705
Direito Administrativo
Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores Art. 128. Na aplicação das penalidades serão
públicos civis da União, das autarquias e das consideradas a natureza e a gravidade da in-
fundações públicas federais. fração cometida, os danos que dela provierem
para o serviço público, as circunstâncias agra-
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o vantes ou atenuantes e os antecedentes funcio-
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a se- nais.
guinte Lei:
Parágrafo único. O ato de imposição da pe-
nalidade mencionará sempre o fundamento
TÍTULO I legal e a causa da sanção disciplinar. (Incluí-
do pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
CAPÍTULO ÚNICO Art. 129. A advertência será aplicada por escri-
(...) to, nos casos de violação de proibição constante
do art. 117, incisos I a VIII e XIX, e de inobservân-
cia de dever funcional previsto em lei, regula-
mentação ou norma interna, que não justifique
TÍTULO IV imposição de penalidade mais grave. (Redação
dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
DO REGIME DISCIPLINAR
Art. 130. A suspensão será aplicada em caso de
reincidência das faltas punidas com advertên-
cia e de violação das demais proibições que não
CAPÍTULO V tipifiquem infração sujeita a penalidade de de-
DAS PENALIDADES missão, não podendo exceder de 90 (noventa)
dias.
Art. 127. São penalidades disciplinares:
§ 1º Será punido com suspensão de até 15
I – advertência; (quinze) dias o servidor que, injustificada-
mente, recusar-se a ser submetido a inspe-
II – suspensão; ção médica determinada pela autoridade
III – demissão; competente, cessando os efeitos da penali-
dade uma vez cumprida a determinação.
IV – cassação de aposentadoria ou disponi-
bilidade; § 2º Quando houver conveniência para o
serviço, a penalidade de suspensão poderá
V – destituição de cargo em comissão; ser convertida em multa, na base de 50%
(cinqüenta por cento) por dia de vencimen-
VI – destituição de função comissionada.
to ou remuneração, ficando o servidor obri-
gado a permanecer em serviço.
www.acasadoconcurseiro.com.br 707
Art. 131. As penalidades de advertência e de larização imediata, cujo processo administrativo
suspensão terão seus registros cancelados, após disciplinar se desenvolverá nas seguintes fases:
o decurso de 3 (três) e 5 (cinco) anos de efeti- (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
vo exercício, respectivamente, se o servidor não
houver, nesse período, praticado nova infração I – instauração, com a publicação do ato que
disciplinar. constituir a comissão, a ser composta por
dois servidores estáveis, e simultaneamen-
Parágrafo único. O cancelamento da penali- te indicar a autoria e a materialidade da
dade não surtirá efeitos retroativos. transgressão objeto da apuração; (Incluído
pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 132. A demissão será aplicada nos seguin-
tes casos: II – instrução sumária, que compreende in-
diciação, defesa e relatório; (Incluído pela
I – crime contra a administração pública; Lei nº 9.527, de 10.12.97)
II – abandono de cargo; III – julgamento. (Incluído pela Lei nº 9.527,
III – inassiduidade habitual; de 10.12.97)
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Direito Administrativo – Lei 8.112/90 – Penalidades – Profª Tatiana Marcello
www.acasadoconcurseiro.com.br 709
II – após a apresentação da defesa a comis- § 2º Os prazos de prescrição previstos na lei
são elaborará relatório conclusivo quanto penal aplicam-se às infrações disciplinares
à inocência ou à responsabilidade do ser- capituladas também como crime.
vidor, em que resumirá as peças principais
dos autos, indicará o respectivo dispositivo § 3º A abertura de sindicância ou a instau-
legal, opinará, na hipótese de abandono de ração de processo disciplinar interrompe a
cargo, sobre a intencionalidade da ausência prescrição, até a decisão final proferida por
ao serviço superior a trinta dias e remeterá autoridade competente.
o processo à autoridade instauradora para § 4º Interrompido o curso da prescrição, o
julgamento. (Incluído pela Lei nº 9.527, de prazo começará a correr a partir do dia em
10.12.97) que cessar a interrupção.
Art. 141. As penalidades disciplinares serão
aplicadas:
I – pelo Presidente da República, pelos Pre-
sidentes das Casas do Poder Legislativo e
dos Tribunais Federais e pelo Procurador-
-Geral da República, quando se tratar de
demissão e cassação de aposentadoria ou
disponibilidade de servidor vinculado ao
respectivo Poder, órgão, ou entidade;
II – pelas autoridades administrativas de
hierarquia imediatamente inferior àquelas
mencionadas no inciso anterior quando se
tratar de suspensão superior a 30 (trinta)
dias;
III – pelo chefe da repartição e outras autori-
dades na forma dos respectivos regimentos
ou regulamentos, nos casos de advertência
ou de suspensão de até 30 (trinta) dias;
IV – pela autoridade que houver feito a no-
meação, quando se tratar de destituição de
cargo em comissão.
Art. 142. A ação disciplinar prescreverá:
I – em 5 (cinco) anos, quanto às infrações
puníveis com demissão, cassação de apo-
sentadoria ou disponibilidade e destituição
de cargo em comissão;
II – em 2 (dois) anos, quanto à suspensão;
III – em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à
advertência.
§ 1º O prazo de prescrição começa a correr
da data em que o fato se tornou conhecido.
710 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Lei 8.112/90 – Penalidades – Profª Tatiana Marcello
Penalidades
• Art. 127. São penalidades disciplinares:
I - advertência;
II - suspensão;
III - demissão;
IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
V - destituição de cargo em comissão (exoneração não é penalidade);
VI - destituição de função comissionada.
• Sobre as penalidades:
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Prazo de prescrição das penalidades
• Prazo que a Administração tem para aplicar a penalidade ao servidor.
Advertência 3 anos
Suspensão 5 anos
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Direito Administrativo – Lei 8.112/90 – Penalidades – Profª Tatiana Marcello
Quadro comparativo:
Advertência
• Art. 129. A advertência será aplicada por escrito, nos casos de violação de proibição
constante do art. 117, incisos I a VIII e XIX, e de inobservância de dever funcional
previsto em lei (dentre os quais, os deveres do art. 116), regulamentação ou norma
interna, que não justifique imposição de penalidade mais grave.
www.acasadoconcurseiro.com.br 713
• Hipóteses do art. 117. Ao servidor é proibido:
Suspensão
• Prazo máximo de 90 dias de suspensão;
• Prazo prescricional 2 anos;
• Cancelamento em 5 anos;
• Sem remuneração.
• Art. 130. A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com
advertência e de violação das demais proibições do art. 117 que não tipifiquem
infração sujeita a penalidade de demissão, não podendo exceder de 90 dias.
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Direito Administrativo – Lei 8.112/90 – Penalidades – Profª Tatiana Marcello
ØReincidência de faltas punidas com advertência (Obs.: não precisa ser a mesma
falta – e se o registro já foi cancelado “3 anos”, não é reincidência e sim nova
advertência);
Demissão
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• Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos:
I - crime contra a administração pública (peculato, prevaricação...);
II - abandono de cargo (falta injustificada por mais de 30 dias consecutivos);
III - inassiduidade habitual (falta injustificada por 60 dias interpoladamente em 12 meses);
IV - improbidade administrativa*;
V - incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição;
VI - insubordinação grave em serviço;
VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa
própria ou de outrem;
VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos*;
IX - revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo;
X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional*;
XI - corrupção*;
XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas;
XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117.
(* implicam também em indisponibilidade de bens + ressarcimento do $)
716 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Lei 8.112/90 – Penalidades – Profª Tatiana Marcello
• É a “demissão” do inativo.
• Art. 135. A destituição de cargo em comissão exercido por não ocupante de cargo
efetivo será aplicada nos casos de infração sujeita às penalidades de suspensão e
de demissão.
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Direito Administrativo
Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores Art. 144. As denúncias sobre irregularidades se-
públicos civis da União, das autarquias e das rão objeto de apuração, desde que contenham
fundações públicas federais. a identificação e o endereço do denunciante e
sejam formuladas por escrito, confirmada a au-
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o tenticidade.
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a se-
guinte Lei: Parágrafo único. Quando o fato narrado
não configurar evidente infração disciplinar
ou ilícito penal, a denúncia será arquivada,
TÍTULO V por falta de objeto.
Art. 145. Da sindicância poderá resultar:
Do Processo Administrativo
Disciplinar I – arquivamento do processo;
II – aplicação de penalidade de advertência
ou suspensão de até 30 (trinta) dias;
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS III – instauração de processo disciplinar.
Parágrafo único. O prazo para conclusão da
Art. 143. A autoridade que tiver ciência de irre- sindicância não excederá 30 (trinta) dias,
gularidade no serviço público é obrigada a pro- podendo ser prorrogado por igual período,
mover a sua apuração imediata, mediante sin- a critério da autoridade superior.
dicância ou processo administrativo disciplinar,
assegurada ao acusado ampla defesa. Art. 146. Sempre que o ilícito praticado pelo
servidor ensejar a imposição de penalidade de
§ 3º A apuração de que trata o caput, por suspensão por mais de 30 (trinta) dias, de de-
solicitação da autoridade a que se refere, missão, cassação de aposentadoria ou disponi-
poderá ser promovida por autoridade de bilidade, ou destituição de cargo em comissão,
órgão ou entidade diverso daquele em que será obrigatória a instauração de processo dis-
tenha ocorrido a irregularidade, mediante ciplinar.
competência específica para tal finalidade,
delegada em caráter permanente ou tem-
porário pelo Presidente da República, pelos
presidentes das Casas do Poder Legislativo CAPÍTULO II
e dos Tribunais Federais e pelo Procurador- Do Afastamento Preventivo
-Geral da República, no âmbito do respecti-
vo Poder, órgão ou entidade, preservadas as Art. 147. Como medida cautelar e a fim de que
competências para o julgamento que se se- o servidor não venha a influir na apuração da
guir à apuração. (Incluído pela Lei nº 9.527, irregularidade, a autoridade instauradora do
de 10.12.97)
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processo disciplinar poderá determinar o seu Art. 151. O processo disciplinar se desenvolve
afastamento do exercício do cargo, pelo prazo nas seguintes fases:
de até 60 (sessenta) dias, sem prejuízo da remu-
neração. I – instauração, com a publicação do ato que
constituir a comissão;
Parágrafo único. O afastamento poderá ser
prorrogado por igual prazo, findo o qual II – inquérito administrativo, que compre-
cessarão os seus efeitos, ainda que não con- ende instrução, defesa e relatório;
cluído o processo. III – julgamento.
Art. 152. O prazo para a conclusão do processo
disciplinar não excederá 60 (sessenta) dias, con-
CAPÍTULO III tados da data de publicação do ato que consti-
DO PROCESSO DISCIPLINAR tuir a comissão, admitida a sua prorrogação por
igual prazo, quando as circunstâncias o exigi-
Art. 148. O processo disciplinar é o instrumento rem.
destinado a apurar responsabilidade de servi-
§ 1º Sempre que necessário, a comissão de-
dor por infração praticada no exercício de suas
dicará tempo integral aos seus trabalhos,
atribuições, ou que tenha relação com as atri-
ficando seus membros dispensados do pon-
buições do cargo em que se encontre investido.
to, até a entrega do relatório final.
Art. 149. O processo disciplinar será conduzido
§ 2º As reuniões da comissão serão registra-
por comissão composta de três servidores está-
das em atas que deverão detalhar as delibe-
veis designados pela autoridade competente,
rações adotadas.
observado o disposto no § 3º do art. 143, que
indicará, dentre eles, o seu presidente, que Seção I
deverá ser ocupante de cargo efetivo superior
ou de mesmo nível, ou ter nível de escolarida- DO INQUÉRITO
de igual ou superior ao do indiciado. (Redação Art. 153. O inquérito administrativo obedece-
dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) rá ao princípio do contraditório, assegurada
§ 1º A Comissão terá como secretário servi- ao acusado ampla defesa, com a utilização dos
dor designado pelo seu presidente, poden- meios e recursos admitidos em direito.
do a indicação recair em um de seus mem- Art. 154. Os autos da sindicância integrarão o
bros. processo disciplinar, como peça informativa da
§ 2º Não poderá participar de comissão de instrução.
sindicância ou de inquérito, cônjuge, com- Parágrafo único. Na hipótese de o relatório
panheiro ou parente do acusado, consan- da sindicância concluir que a infração está
güíneo ou afim, em linha reta ou colateral, capitulada como ilícito penal, a autoridade
até o terceiro grau. competente encaminhará cópia dos autos ao
Art. 150. A Comissão exercerá suas atividades Ministério Público, independentemente da
com independência e imparcialidade, assegu- imediata instauração do processo disciplinar.
rado o sigilo necessário à elucidação do fato ou Art. 155. Na fase do inquérito, a comissão pro-
exigido pelo interesse da administração. moverá a tomada de depoimentos, acareações,
Parágrafo único. As reuniões e as audiên- investigações e diligências cabíveis, objetivando
cias das comissões terão caráter reservado. a coleta de prova, recorrendo, quando necessá-
rio, a técnicos e peritos, de modo a permitir a
completa elucidação dos fatos.
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Art. 156. É assegurado ao servidor o direito de ferir nas perguntas e respostas, facultando-
acompanhar o processo pessoalmente ou por -se-lhe, porém, reinquiri-las, por intermédio
intermédio de procurador, arrolar e reinquirir do presidente da comissão.
testemunhas, produzir provas e contraprovas
e formular quesitos, quando se tratar de prova Art. 160. Quando houver dúvida sobre a sani-
pericial. dade mental do acusado, a comissão proporá à
autoridade competente que ele seja submetido
§ 1º O presidente da comissão poderá de- a exame por junta médica oficial, da qual parti-
negar pedidos considerados impertinentes, cipe pelo menos um médico psiquiatra.
meramente protelatórios, ou de nenhum
interesse para o esclarecimento dos fatos. Parágrafo único. O incidente de sanidade
mental será processado em auto apartado e
§ 2º Será indeferido o pedido de prova pe- apenso ao processo principal, após a expe-
ricial, quando a comprovação do fato inde- dição do laudo pericial.
pender de conhecimento especial de perito.
Art. 161. Tipificada a infração disciplinar, será
Art. 157. As testemunhas serão intimadas a de- formulada a indiciação do servidor, com a es-
por mediante mandado expedido pelo presi- pecificação dos fatos a ele imputados e das res-
dente da comissão, devendo a segunda via, com pectivas provas.
o ciente do interessado, ser anexado aos autos.
§ 1º O indiciado será citado por mandado
Parágrafo único. Se a testemunha for servi- expedido pelo presidente da comissão para
dor público, a expedição do mandado será apresentar defesa escrita, no prazo de 10
imediatamente comunicada ao chefe da re- (dez) dias, assegurando-se-lhe vista do pro-
partição onde serve, com a indicação do dia cesso na repartição.
e hora marcados para inquirição.
§ 2º Havendo dois ou mais indiciados, o pra-
Art. 158. O depoimento será prestado oralmen- zo será comum e de 20 (vinte) dias.
te e reduzido a termo, não sendo lícito à teste-
munha trazê-lo por escrito. § 3º O prazo de defesa poderá ser prorro-
gado pelo dobro, para diligências reputadas
§ 1º As testemunhas serão inquiridas sepa- indispensáveis.
radamente.
§ 4º No caso de recusa do indiciado em
§ 2º Na hipótese de depoimentos contradi- apor o ciente na cópia da citação, o prazo
tórios ou que se infirmem, proceder-se-á à para defesa contar-se-á da data declarada,
acareação entre os depoentes. em termo próprio, pelo membro da comis-
são que fez a citação, com a assinatura de
Art. 159. Concluída a inquirição das testemu- (2) duas testemunhas.
nhas, a comissão promoverá o interrogatório do
acusado, observados os procedimentos previs- Art. 162. O indiciado que mudar de residência
tos nos arts. 157 e 158. fica obrigado a comunicar à comissão o lugar
onde poderá ser encontrado.
§ 1º No caso de mais de um acusado, cada
um deles será ouvido separadamente, e Art. 163. Achando-se o indiciado em lugar in-
sempre que divergirem em suas declara- certo e não sabido, será citado por edital, publi-
ções sobre fatos ou circunstâncias, será pro- cado no Diário Oficial da União e em jornal de
movida a acareação entre eles. grande circulação na localidade do último domi-
cílio conhecido, para apresentar defesa.
§ 2º O procurador do acusado poderá assis-
tir ao interrogatório, bem como à inquirição
das testemunhas, sendo-lhe vedado inter-
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Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, o autoridade competente para a imposição
prazo para defesa será de 15 (quinze) dias a da pena mais grave.
partir da última publicação do edital.
§ 3º Se a penalidade prevista for a demissão
Art. 164. Considerar-se-á revel o indiciado que, ou cassação de aposentadoria ou disponibi-
regularmente citado, não apresentar defesa no lidade, o julgamento caberá às autoridades
prazo legal. de que trata o inciso I do art. 141.
§ 1º A revelia será declarada, por termo, § 4º Reconhecida pela comissão a inocência
nos autos do processo e devolverá o prazo do servidor, a autoridade instauradora do
para a defesa. processo determinará o seu arquivamento,
salvo se flagrantemente contrária à prova
§ 2º Para defender o indiciado revel, a auto- dos autos. (Incluído pela Lei nº 9.527, de
ridade instauradora do processo designará 10.12.97)
um servidor como defensor dativo, que de-
verá ser ocupante de cargo efetivo superior Art. 168. O julgamento acatará o relatório da
ou de mesmo nível, ou ter nível de escolari- comissão, salvo quando contrário às provas dos
dade igual ou superior ao do indiciado. (Re- autos.
dação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Parágrafo único. Quando o relatório da co-
Art. 165. Apreciada a defesa, a comissão elabo- missão contrariar as provas dos autos, a au-
rará relatório minucioso, onde resumirá as pe- toridade julgadora poderá, motivadamente,
ças principais dos autos e mencionará as provas agravar a penalidade proposta, abrandá-la
em que se baseou para formar a sua convicção. ou isentar o servidor de responsabilidade.
§ 1º O relatório será sempre conclusivo Art. 169. Verificada a ocorrência de vício insa-
quanto à inocência ou à responsabilidade nável, a autoridade que determinou a instaura-
do servidor. ção do processo ou outra de hierarquia superior
declarará a sua nulidade, total ou parcial, e or-
§ 2º Reconhecida a responsabilidade do ser- denará, no mesmo ato, a constituição de outra
vidor, a comissão indicará o dispositivo legal comissão para instauração de novo processo.
ou regulamentar transgredido, bem como (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
as circunstâncias agravantes ou atenuantes.
§ 1º O julgamento fora do prazo legal não
Art. 166. O processo disciplinar, com o relatório implica nulidade do processo.
da comissão, será remetido à autoridade que
determinou a sua instauração, para julgamento. § 2º A autoridade julgadora que der causa à
prescrição de que trata o art. 142, § 2º, será
Seção II responsabilizada na forma do Capítulo IV do
DO JULGAMENTO Título IV.
Art. 167. No prazo de 20 (vinte) dias, contados Art. 170. Extinta a punibilidade pela prescrição,
do recebimento do processo, a autoridade jul- a autoridade julgadora determinará o registro
gadora proferirá a sua decisão. do fato nos assentamentos individuais do servi-
dor.
§ 1º Se a penalidade a ser aplicada exceder
a alçada da autoridade instauradora do pro- Art. 171. Quando a infração estiver capitulada
cesso, este será encaminhado à autoridade como crime, o processo disciplinar será reme-
competente, que decidirá em igual prazo. tido ao Ministério Público para instauração da
ação penal, ficando trasladado na repartição.
§ 2º Havendo mais de um indiciado e diver-
sidade de sanções, o julgamento caberá à
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Art. 172. O servidor que responder a processo Art. 177. O requerimento de revisão do proces-
disciplinar só poderá ser exonerado a pedido, so será dirigido ao Ministro de Estado ou auto-
ou aposentado voluntariamente, após a conclu- ridade equivalente, que, se autorizar a revisão,
são do processo e o cumprimento da penalida- encaminhará o pedido ao dirigente do órgão ou
de, acaso aplicada. entidade onde se originou o processo discipli-
nar.
Parágrafo único. Ocorrida a exoneração de
que trata o parágrafo único, inciso I do art. Parágrafo único. Deferida a petição, a au-
34, o ato será convertido em demissão, se toridade competente providenciará a cons-
for o caso. tituição de comissão, na forma do art. 149.
Art. 173. Serão assegurados transporte e diá- Art. 178. A revisão correrá em apenso ao pro-
rias: cesso originário.
I – ao servidor convocado para prestar de- Parágrafo único. Na petição inicial, o reque-
poimento fora da sede de sua repartição, rente pedirá dia e hora para a produção de
na condição de testemunha, denunciado ou provas e inquirição das testemunhas que
indiciado; arrolar.
II – aos membros da comissão e ao secre- Art. 179. A comissão revisora terá 60 (sessenta)
tário, quando obrigados a se deslocarem da dias para a conclusão dos trabalhos.
sede dos trabalhos para a realização de mis-
são essencial ao esclarecimento dos fatos. Art. 180. Aplicam-se aos trabalhos da comissão
revisora, no que couber, as normas e procedi-
Seção III mentos próprios da comissão do processo dis-
DA REVISÃO DO PROCESSO ciplinar.
Art. 181. O julgamento caberá à autoridade que
Art. 174. O processo disciplinar poderá ser re- aplicou a penalidade, nos termos do art. 141.
visto, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício,
quando se aduzirem fatos novos ou circunstân- Parágrafo único. O prazo para julgamento
cias suscetíveis de justificar a inocência do pu- será de 20 (vinte) dias, contados do recebi-
nido ou a inadequação da penalidade aplicada. mento do processo, no curso do qual a au-
toridade julgadora poderá determinar dili-
§ 1º Em caso de falecimento, ausência ou gências.
desaparecimento do servidor, qualquer
pessoa da família poderá requerer a revisão Art. 182. Julgada procedente a revisão, será
do processo. declarada sem efeito a penalidade aplicada,
restabelecendo-se todos os direitos do servidor,
§ 2º No caso de incapacidade mental do exceto em relação à destituição do cargo em co-
servidor, a revisão será requerida pelo res- missão, que será convertida em exoneração.
pectivo curador.
Parágrafo único. Da revisão do processo
Art. 175. No processo revisional, o ônus da pro- não poderá resultar agravamento de pena-
va cabe ao requerente. lidade.
Art. 176. A simples alegação de injustiça da pe-
nalidade não constitui fundamento para a re-
visão, que requer elementos novos, ainda não
apreciados no processo originário.
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LEI Nº 8.112/1990 (PAD – PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR)
•• Art. 143. A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada
a promover a sua apuração imediata, mediante sindicância ou processo administrativo
disciplinar, assegurada ao acusado ampla defesa.
•• Art. 144. As denúncias sobre irregularidades serão objeto de apuração, desde que
contenham a identificação e o endereço do denunciante e sejam formuladas por escrito,
confirmada a autenticidade.
•• Parágrafo único. Quando o fato narrado não configurar evidente infração disciplinar ou
ilícito penal, a denúncia será arquivada, por falta de objeto.
•• Art. 145. Da sindicância poderá resultar:
I – arquivamento do processo;
II – aplicação de penalidade de advertência ou suspensão de até 30 dias;
III – instauração de processo disciplinar.
•• O prazo para conclusão da sindicância não excederá 30 dias, podendo ser prorrogado por
igual período, a critério da autoridade superior.
•• Sempre que o ilícito praticado pelo servidor ensejar a imposição de penalidade de suspensão
por mais de 30 dias, de demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou
destituição de cargo em comissão, será obrigatória a instauração de processo disciplinar.
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Sindicância
Advertência
Instauração
de
Arquivamento
ou
Suspensão
PAD
de
até
30
dias
•• Art. 147. Como medida cautelar e a fim de que o servidor não venha a influir na apuração
da irregularidade, a autoridade instauradora do processo disciplinar poderá determinar
o seu afastamento do exercício do cargo, pelo prazo de até 60 dias, sem prejuízo da
remuneração.
•• O afastamento poderá ser prorrogado por igual prazo, findo o qual cessarão os seus efeitos,
ainda que não concluído o processo.
Presidente
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→ A Comissão terá como secretário servidor designado pelo seu presidente, podendo a
indicação recair em um de seus membros.
→ Não poderá participar de comissão de sindicância ou de inquérito, cônjuge, companheiro ou
parente do acusado, consangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o 3º grau.
•• Art. 150. A Comissão exercerá suas atividades com independência e imparcialidade,
assegurado o sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da
Art.
151.
O
processo
disciplinar
se
desenvolve
nas
seguintes
fases:
administração. As reuniões e as audiências das comissões terão caráter reservado.
•• Art. 151. O processo disciplinar se desenvolve nas seguintes fases:
II
-‐
inquérito
I
-‐
instauração,
com
administra8vo,
que
a
publicação
do
ato
compreende
III
-‐
julgamento.
que
cons8tuir
a
instrução,
defesa
e
comissão;
relatório;
•• Art. 152. O prazo para a conclusão do processo disciplinar não excederá 60 dias, contados
da data de
O
prazo
para
a
conclusão
do
processo
disciplinar
• Art.
152.
publicação do ato que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação por
não
excederá
60
dias,
igual prazo, da
contados
quando
data
as
de
circunstâncias
publicação
do
oato
exigirem.
que
cons;tuir
a
comissão,
admi;da
a
sua
prorrogação
por
igual
prazo,
quando
as
circunstâncias
o
exigirem.
Conclusão
em
até
30
dias
Sindicância
(prorrogável)
• Sempre
que
necessário,
a
comissão
dedicará
tempo
integral
aos
seus
trabalhos,
•• Sempre
ficando
que necessário,
seus
membros
daispensados
o
ponto,
tempo
comissão ddedicará integral
até
a
entrega
do
aos seus trabalhos,
relatório
final.
ficando
seus membros dispensados do ponto, até a entrega do relatório final.
• As
reuniões
da
comissão
serão
registradas
em
atas
que
deverão
detalhar
as
•• As reuniões da comissão serão registradas em atas que deverão detalhar as deliberações
deliberações
adotadas.
adotadas.
PAD – Inquérito
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•• Havendo dois ou mais indiciados, o prazo será comum e de 20 dias.
•• O prazo de defesa poderá ser prorrogado pelo dobro, para diligências reputadas
indispensáveis.
•• No caso de recusa do indiciado em apor o ciente na cópia da citação, o prazo para defesa
contar-se-á da data declarada, em termo próprio, pelo membro da comissão que fez a
citação, com a assinatura de 2 testemunhas.
•• Art. 162. O indiciado que mudar de residência fica obrigado a comunicar à comissão o
lugar onde poderá ser encontrado.
•• Art. 163. Achando-se o indiciado em lugar incerto e não sabido, será citado por edital,
publicado no Diário Oficial da União e em jornal de grande circulação na localidade do
último domicílio conhecido, para apresentar defesa.
→ Na hipótese deste artigo, o prazo para defesa será de 15 dias a partir da última publicação
do edital.
•• Art. 164. Considerar-se-á revel o indiciado que, regularmente citado, não apresentar defesa
no prazo legal.
→ A revelia será declarada, por termo, nos autos do processo e devolverá o prazo para a defesa.
→ Para defender o indiciado revel, a autoridade instauradora do processo designará um
servidor como defensor dativo, que deverá ser ocupante de cargo efetivo superior ou de
mesmo nível, ou ter nível de escolaridade igual ou superior ao do indiciado.
•• Art. 165. Apreciada a defesa, a comissão elaborará relatório minucioso, onde resumirá as
peças principais dos autos e mencionará as provas em que se baseou para formar a sua
convicção.
→ O relatório será sempre conclusivo quanto à inocência ou à responsabilidade do servidor.
→ Reconhecida a responsabilidade do servidor, a comissão indicará o dispositivo legal ou
regulamentar transgredido, bem como as circunstâncias agravantes ou atenuantes.
•• Art. 166. O processo disciplinar, com o relatório da comissão, será remetido à autoridade
que determinou a sua instauração, para julgamento.
PAD – Julgamento
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II – aos membros da comissão e ao secretário, quando obrigados a se deslocarem da sede dos
trabalhos para a realização de missão essencial ao esclarecimento dos fatos.
•• Art. 174. O processo disciplinar poderá ser revisto, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício,
quando se aduzirem fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência do
punido ou a inadequação da penalidade aplicada.
→ Em caso de falecimento, ausência ou desaparecimento do servidor, qualquer pessoa da
família poderá requerer a revisão do processo.
→ No caso de incapacidade mental do servidor, a revisão será requerida pelo respectivo
curador.
•• Art. 175. No processo revisional, o ônus da prova cabe ao requerente.
•• Art. 176. A simples alegação de injustiça da penalidade não constitui fundamento para a
revisão, que requer elementos novos, ainda não apreciados no processo originário.
•• Art. 177. O requerimento de revisão do processo será dirigido ao Ministro de Estado ou
autoridade equivalente, que, se autorizar a revisão, encaminhará o pedido ao dirigente do
órgão ou entidade onde se originou o processo disciplinar.
→ Deferida a petição, a autoridade competente providenciará a constituição de comissão, na
forma do art. 149.
•• Art. 178. A revisão correrá em apenso ao processo originário.
•• Na petição inicial, o requerente pedirá dia e hora para a produção de provas e inquirição
das testemunhas que arrolar.
•• Art. 179. A comissão revisora terá 60 dias para a conclusão dos trabalhos.
•• Art. 180. Aplicam-se aos trabalhos da comissão revisora, no que couber, as normas e
procedimentos próprios da comissão do processo disciplinar.
•• Art. 181. O julgamento caberá à autoridade que aplicou a penalidade.
→ O prazo para julgamento será de 20 dias, contados do recebimento do processo, no curso do
qual a autoridade julgadora poderá determinar diligências.
•• Art. 182. Julgada procedente a revisão, será declarada sem efeito a penalidade aplicada,
restabelecendo-se todos os direitos do servidor, exceto em relação à destituição do cargo
em comissão, que será convertida em exoneração.
→ Da revisão do processo não poderá resultar agravamento de penalidade.
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Hipótese Prazo
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Direito Administrativo
DISPOSIÇÕES GERAIS
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II – proteção à maternidade, à adoção e à
paternidade;
III – assistência à saúde.
Parágrafo único. Os benefícios serão con-
cedidos nos termos e condições definidos
em regulamento, observadas as disposições
desta Lei.
Art. 185. Os benefícios do Plano de Seguridade
Social do servidor compreendem:
I – quanto ao servidor:
a) aposentadoria;
b) auxílio-natalidade;
c) salário-família;
d) licença para tratamento de saúde;
e) licença à gestante, à adotante e licença-
-paternidade;
f) licença por acidente em serviço;
g) assistência à saúde;
h) garantia de condições individuais e am-
bientais de trabalho satisfatórias;
II – quanto ao dependente:
a) pensão vitalícia e temporária;
b) auxílio-funeral;
c) auxílio-reclusão;
d) assistência à saúde.
§ 1º As aposentadorias e pensões serão
concedidas e mantidas pelos órgãos ou en-
tidades aos quais se encontram vinculados
os servidores, observado o disposto nos
arts. 189 e 224.
§ 2º O recebimento indevido de benefícios
havidos por fraude, dolo ou má-fé, impli-
cará devolução ao erário do total auferido,
sem prejuízo da ação penal cabível.
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Direito Administrativo – Dos Benefícios – Profª Tatiana Marcello
SEGURIDADE DO SERVIDOR
• Disposições Gerais
• Benefícios:
• Aposentadoria
• Auxílio Natalidade
• Salário Família
• Licença para Tratamento de Saúde do Servidor
• Licença à Gestante, Adotante e Paternidade
• Licença por Acidente em Serviço
• Pensão
• Auxílio Funeral
• Auxílio Reclusão
• Assistência à Saúde
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Disposições Gerais
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Direito Administrativo – Dos Benefícios – Profª Tatiana Marcello
• O Plano de Seguridade Social visa a dar cobertura aos riscos a que estão sujeitos o
servidor e sua família, e compreende um conjunto de benefícios e ações que
atendam às seguintes finalidades:
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Direito Administrativo
DOS BENEFÍCIOS
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capacidade para o desempenho das atri- teriormente concedidas aos servidores em
buições do cargo ou a impossibilidade de se atividade, inclusive quando decorrentes de
aplicar o disposto no art. 24. (Incluído pela transformação ou reclassificação do cargo
Lei nº 9.527, de 10.12.97) ou função em que se deu a aposentadoria.
Art. 187. A aposentadoria compulsória será au- Art. 190. O servidor aposentado com provento
tomática, e declarada por ato, com vigência a proporcional ao tempo de serviço se acometido
partir do dia imediato àquele em que o servidor de qualquer das moléstias especificadas no§ 1o
atingir a idade-limite de permanência no servi- do art. 186 desta Lei e, por esse motivo, for con-
ço ativo. siderado inválido por junta médica oficial passa-
rá a perceber provento integral, calculado com
Art. 188. A aposentadoria voluntária ou por in- base no fundamento legal de concessão da apo-
validez vigorará a partir da data da publicação sentadoria. (Redação dada pela Lei nº 11.907,
do respectivo ato. de 2009)
§ 1º A aposentadoria por invalidez será pre- Art. 191. Quando proporcional ao tempo de
cedida de licença para tratamento de saú- serviço, o provento não será inferior a 1/3 (um
de, por período não excedente a 24 (vinte e terço) da remuneração da atividade.
quatro) meses.
Art. 192. (Vetado).
§ 2º Expirado o período de licença e não es-
tando em condições de reassumir o cargo Art. 193. (Vetado).
ou de ser readaptado, o servidor será apo-
sentado. Art. 194. Ao servidor aposentado será paga a
gratificação natalina, até o dia vinte do mês de
§ 3º O lapso de tempo compreendido entre dezembro, em valor equivalente ao respectivo
o término da licença e a publicação do ato provento, deduzido o adiantamento recebido.
da aposentadoria será considerado como
de prorrogação da licença. Art. 195. Ao ex-combatente que tenha efetiva-
mente participado de operações bélicas, duran-
§ 4º Para os fins do disposto no§ 1o deste te a Segunda Guerra Mundial, nos termos da Lei
artigo, serão consideradas apenas as licen- nº 5.315, de 12 de setembro de 1967, será con-
ças motivadas pela enfermidade ensejado- cedida aposentadoria com provento integral,
ra da invalidez ou doenças correlacionadas. aos 25 (vinte e cinco) anos de serviço efetivo.
(Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009)
Seção II
§ 5º A critério da Administração, o servidor DO AUXÍLIO-NATALIDADE
em licença para tratamento de saúde ou
aposentado por invalidez poderá ser convo- Art. 196. O auxílio-natalidade é devido à ser-
cado a qualquer momento, para avaliação vidora por motivo de nascimento de filho, em
das condições que ensejaram o afastamen- quantia equivalente ao menor vencimento do
to ou a aposentadoria. (Incluído pela Lei nº serviço público, inclusive no caso de natimorto.
11.907, de 2009)
§ 1º Na hipótese de parto múltiplo, o valor será
Art. 189. O provento da aposentadoria será cal- acrescido de 50% (cinqüenta por cento), por
culado com observância do disposto no§ 3o do nascituro.
art. 41, e revisto na mesma data e proporção,
sempre que se modificar a remuneração dos § 2º O auxílio será pago ao cônjuge ou com-
servidores em atividade. panheiro servidor público, quando a partu-
riente não for servidora.
Parágrafo único. São estendidos aos inati-
vos quaisquer benefícios ou vantagens pos-
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Direito Administrativo – Dos Benefícios – Profª Tatiana Marcello
I – o cônjuge ou companheiro e os filhos, in- Art. 203. A licença de que trata o art. 202 desta
clusive os enteados até 21 (vinte e um) anos Lei será concedida com base em perícia oficial.
de idade ou, se estudante, até 24 (vinte e (Redação dada pela Lei nº 11.907, de 2009)
quatro) anos ou, se inválido, de qualquer § 1º Sempre que necessário, a inspeção mé-
idade; dica será realizada na residência do servidor
II – o menor de 21 (vinte e um) anos que, ou no estabelecimento hospitalar onde se
mediante autorização judicial, viver na com- encontrar internado.
panhia e às expensas do servidor, ou do ina- § 2º Inexistindo médico no órgão ou entida-
tivo; de no local onde se encontra ou tenha exer-
III – a mãe e o pai sem economia própria. cício em caráter permanente o servidor, e
não se configurando as hipóteses previstas
Art. 198. Não se configura a dependência eco- nos parágrafos do art. 230, será aceito ates-
nômica quando o beneficiário do salário-família tado passado por médico particular. (Reda-
perceber rendimento do trabalho ou de qual- ção dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
quer outra fonte, inclusive pensão ou provento
da aposentadoria, em valor igual ou superior ao § 3º No caso do§ 2º deste artigo, o atestado
salário-mínimo. somente produzirá efeitos depois de recep-
cionado pela unidade de recursos humanos
Art. 199. Quando o pai e mãe forem servidores do órgão ou entidade. (Redação dada pela
públicos e viverem em comum, o salário-família Lei nº 11.907, de 2009)
será pago a um deles; quando separados, será
pago a um e outro, de acordo com a distribuição § 4º A licença que exceder o prazo de 120
dos dependentes. (cento e vinte) dias no período de 12 (doze)
meses a contar do primeiro dia de afasta-
Parágrafo único. Ao pai e à mãe equiparam- mento será concedida mediante avaliação
-se o padrasto, a madrasta e, na falta des- por junta médica oficial. (Redação dada
tes, os representantes legais dos incapazes. pela Lei nº 11.907, de 2009)
Art. 200. O salário-família não está sujeito a § 5º A perícia oficial para concessão da li-
qualquer tributo, nem servirá de base para cença de que trata o caput deste artigo,
qualquer contribuição, inclusive para a Previ- bem como nos demais casos de perícia ofi-
dência Social. cial previstos nesta Lei, será efetuada por
cirurgiões-dentistas, nas hipóteses em que
Art. 201. O afastamento do cargo efetivo, sem abranger o campo de atuação da odontolo-
remuneração, não acarreta a suspensão do pa- gia. (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009)
gamento do salário-família.
Art. 204. A licença para tratamento de saúde in-
ferior a 15 (quinze) dias, dentro de 1 (um) ano,
poderá ser dispensada de perícia oficial, na for-
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ma definida em regulamento. (Redação dada Seção V
pela Lei nº 11.907, de 2009) DA LICENÇA À GESTANTE, À
Art. 205. O atestado e o laudo da junta médica ADOTANTE E DA LICENÇA-
não se referirão ao nome ou natureza da doen- PATERNIDADE
ça, salvo quando se tratar de lesões produzidas
por acidente em serviço, doença profissional Art. 207. Será concedida licença à servidora ges-
ou qualquer das doenças especificadas no art. tante por 120 (cento e vinte) dias consecutivos,
186,§ 1o. sem prejuízo da remuneração. (Vide Decreto nº
6.690, de 2008)
Art. 206. O servidor que apresentar indícios de
lesões orgânicas ou funcionais será submetido a § 1º A licença poderá ter início no primeiro
inspeção médica. dia do nono mês de gestação, salvo anteci-
pação por prescrição médica.
Art. 206-A. O servidor será submetido a exames
médicos periódicos, nos termos e condições de- § 2º No caso de nascimento prematuro, a li-
finidos em regulamento. (Incluído pela Lei nº cença terá início a partir do parto.
11.907, de 2009) (Regulamento).
§ 3º No caso de natimorto, decorridos 30
Parágrafo único. Para os fins do disposto no (trinta) dias do evento, a servidora será sub-
caput, a União e suas entidades autárquicas metida a exame médico, e se julgada apta,
e fundacionais poderão: (Incluído pela Lei reassumirá o exercício.
nº 12.998, de 2014)
§ 4º No caso de aborto atestado por médico
I – prestar os exames médicos periódicos oficial, a servidora terá direito a 30 (trinta)
diretamente pelo órgão ou entidade à qual dias de repouso remunerado.
se encontra vinculado o servidor; (Incluído
pela Lei nº 12.998, de 2014) Art. 208. Pelo nascimento ou adoção de filhos,
o servidor terá direito à licença-paternidade de
II – celebrar convênio ou instrumento de 5 (cinco) dias consecutivos.
cooperação ou parceria com os órgãos e
entidades da administração direta, suas au- Art. 209. Para amamentar o próprio filho, até a
tarquias e fundações; (Incluído pela Lei nº idade de seis meses, a servidora lactante terá
12.998, de 2014) direito, durante a jornada de trabalho, a uma
hora de descanso, que poderá ser parcelada em
III – celebrar convênios com operadoras de dois períodos de meia hora.
plano de assistência à saúde, organizadas
na modalidade de autogestão, que possu- Art. 210. À servidora que adotar ou obtiver
am autorização de funcionamento do órgão guarda judicial de criança até 1 (um) ano de
regulador, na forma do art. 230; ou (Incluí- idade, serão concedidos 90 (noventa) dias de
do pela Lei nº 12.998, de 2014) licença remunerada.(Vide Decreto nº 6.691, de
2008)
IV – prestar os exames médicos periódicos
mediante contrato administrativo, observa- Parágrafo único. No caso de adoção ou
do o disposto na Lei no 8.666, de 21 de ju- guarda judicial de criança com mais de 1
nho de 1993, e demais normas pertinentes. (um) ano de idade, o prazo de que trata este
(Incluído pela Lei nº 12.998, de 2014) artigo será de 30 (trinta) dias.
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cia econômica, na forma estabelecida em Parágrafo único. A pensão provisória será
regulamento. (Incluído pela Lei nº 13.135, transformada em vitalícia ou temporária,
de 2015) conforme o caso, decorridos 5 (cinco) anos
de sua vigência, ressalvado o eventual rea-
Art. 218. Ocorrendo habilitação de vários titu- parecimento do servidor, hipótese em que
lares à pensão, o seu valor será distribuído em o benefício será automaticamente cancela-
partes iguais entre os beneficiários habilitados. do.
(Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
Art. 222. Acarreta perda da qualidade de bene-
Art. 219. A pensão poderá ser requerida a qual- ficiário:
quer tempo, prescrevendo tão-somente as pres-
tações exigíveis há mais de 5 (cinco) anos. I – o seu falecimento;
Parágrafo único. Concedida a pensão, qual- II – a anulação do casamento, quando a de-
quer prova posterior ou habilitação tardia cisão ocorrer após a concessão da pensão
que implique exclusão de beneficiário ou ao cônjuge;
redução de pensão só produzirá efeitos a
partir da data em que for oferecida. III – a cessação da invalidez, em se tratan-
do de beneficiário inválido, o afastamento
Art. 220. Perde o direito à pensão por morte: da deficiência, em se tratando de benefici-
(Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015) ário com deficiência, ou o levantamento da
interdição, em se tratando de beneficiário
I – após o trânsito em julgado, o benefici- com deficiência intelectual ou mental que
ário condenado pela prática de crime de o torne absoluta ou relativamente incapaz,
que tenha dolosamente resultado a morte respeitados os períodos mínimos decorren-
do servidor; (Incluído pela Lei nº 13.135, de tes da aplicação das alíneas “a” e “b” do in-
2015) ciso VII; (Redação dada pela Lei nº 13.135,
II – o cônjuge, o companheiro ou a compa- de 2015)
nheira se comprovada, a qualquer tempo, IV – o implemento da idade de 21 (vinte
simulação ou fraude no casamento ou na e um) anos, pelo filho ou irmão; (Redação
união estável, ou a formalização desses com dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
o fim exclusivo de constituir benefício previ-
denciário, apuradas em processo judicial no V – a acumulação de pensão na forma do
qual será assegurado o direito ao contradi- art. 225;
tório e à ampla defesa. (Incluído pela Lei nº
13.135, de 2015) VI – a renúncia expressa; e (Redação dada
pela Lei nº 13.135, de 2015)
Art. 221. Será concedida pensão provisória por
morte presumida do servidor, nos seguintes ca- VII – em relação aos beneficiários de que
sos: tratam os incisos I a III do caput do art. 217:
(Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)
I – declaração de ausência, pela autoridade
judiciária competente; a) o decurso de 4 (quatro) meses, se o óbi-
to ocorrer sem que o servidor tenha vertido
II – desaparecimento em desabamento, 18 (dezoito) contribuições mensais ou se o
inundação, incêndio ou acidente não carac- casamento ou a união estável tiverem sido
terizado como em serviço; iniciados em menos de 2 (dois) anos antes
do óbito do servidor; (Incluído pela Lei nº
III – desaparecimento no desempenho das 13.135, de 2015)
atribuições do cargo ou em missão de segu-
rança.
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Seção VIII o servidor for posto em liberdade, ainda
DO AUXÍLIO-FUNERAL que condicional.
§ 3º Ressalvado o disposto neste artigo, o
Art. 226. O auxílio-funeral é devido à família do auxílio-reclusão será devido, nas mesmas
servidor falecido na atividade ou aposentado, condições da pensão por morte, aos depen-
em valor equivalente a um mês da remuneração dentes do segurado recolhido à prisão. (In-
ou provento. cluído pela Lei nº 13.135, de 2015)
§ 1º No caso de acumulação legal de cargos,
o auxílio será pago somente em razão do
cargo de maior remuneração.
CAPÍTULO III
§ 2º (VETADO). DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE
§ 3º O auxílio será pago no prazo de 48
Art. 230. A assistência à saúde do servidor, ativo
(quarenta e oito) horas, por meio de proce-
ou inativo, e de sua família compreende assis-
dimento sumaríssimo, à pessoa da família
tência médica, hospitalar, odontológica, psicoló-
que houver custeado o funeral.
gica e farmacêutica, terá como diretriz básica o
Art. 227. Se o funeral for custeado por terceiro, implemento de ações preventivas voltadas para
este será indenizado, observado o disposto no a promoção da saúde e será prestada pelo Sis-
artigo anterior. tema Único de Saúde – SUS, diretamente pelo
órgão ou entidade ao qual estiver vinculado o
Art. 228. Em caso de falecimento de servidor servidor, ou mediante convênio ou contrato,
em serviço fora do local de trabalho, inclusive ou ainda na forma de auxílio, mediante ressar-
no exterior, as despesas de transporte do corpo cimento parcial do valor despendido pelo ser-
correrão à conta de recursos da União, autar- vidor, ativo ou inativo, e seus dependentes ou
quia ou fundação pública. pensionistas com planos ou seguros privados de
assistência à saúde, na forma estabelecida em
Seção IX regulamento. (Redação dada pela Lei nº 11.302
DO AUXÍLIO-RECLUSÃO de 2006)
Art. 229. À família do servidor ativo é devido o § 1º Nas hipóteses previstas nesta Lei em
auxílio-reclusão, nos seguintes valores: que seja exigida perícia, avaliação ou inspe-
ção médica, na ausência de médico ou junta
I – dois terços da remuneração, quando médica oficial, para a sua realização o órgão
afastado por motivo de prisão, em flagrante ou entidade celebrará, preferencialmente,
ou preventiva, determinada pela autorida- convênio com unidades de atendimento do
de competente, enquanto perdurar a pri- sistema público de saúde, entidades sem
são; fins lucrativos declaradas de utilidade públi-
II – metade da remuneração, durante o ca, ou com o Instituto Nacional do Seguro
afastamento, em virtude de condenação, Social – INSS. (Incluído pela Lei nº 9.527, de
por sentença definitiva, a pena que não de- 10.12.97)
termine a perda de cargo. § 2º Na impossibilidade, devidamente justi-
§ 1º Nos casos previstos no inciso I deste ar- ficada, da aplicação do disposto no parágra-
tigo, o servidor terá direito à integralização fo anterior, o órgão ou entidade promoverá
da remuneração, desde que absolvido. a contratação da prestação de serviços por
pessoa jurídica, que constituirá junta mé-
§ 2º O pagamento do auxílio-reclusão ces- dica especificamente para esses fins, indi-
sará a partir do dia imediato àquele em que cando os nomes e especialidades dos seus
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SLIDES – DOS BENEFÍCIOS
SEGURIDADE DO SERVIDOR
• Disposições Gerais
• Benefícios:
• Aposentadoria
• Auxílio Natalidade
• Salário Família
• Licença para Tratamento de Saúde do Servidor
• Licença à Gestante, Adotante e Paternidade
• Licença por Acidente em Serviço
• Pensão
• Auxílio Funeral
• Auxílio Reclusão
• Assistência à Saúde
Aposentadoria
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Aposentadoria
• Compulsoriamente (automática).
ü75 anos de idade.
ü(proporcional ao tempo de contribuição)
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Voluntariamente (10 anos de efetivo exercício e 5 anos no
cargo efetivo que se aposentar):
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ØAo servidor aposentado será paga a gratificação natalina, até o dia 20 do mês de
dezembro, em valor equivalente ao respectivo provento, deduzido o adiantamento
recebido.
Auxílio Natalidade
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Salário Família
• Art. 197. O salário-família é devido ao servidor ativo ou ao inativo, por dependente
econômico.
• Consideram-se dependentes econômicos para efeito de percepção do salário-
família:
v cônjuge ou companheiro;
v filhos e enteados até 21 anos de idade (se estudante, até 24 anos); (se inválido, de
qualquer idade);
v menor de 21 anos que, mediante autorização judicial, viver na companhia e às
expensas do servidor, ou do inativo;
v mãe e o pai sem economia própria.
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ØA licença para tratamento de saúde inferior a 15 dias, dentro de 1 ano, poderá ser
dispensada de perícia oficial, na forma definida em regulamento.
Ex.: -----------------------------------15---------------------------------120-----------------------------
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Licença Gestante, Adotante e Paternidade
ØArt. 207. Será concedida licença à servidora gestante por 120 dias consecutivos,
sem prejuízo da remuneração. (Vide Decreto nº 6.690/2008)
ØA licença poderá ter início no 1º dia do 9º mês de gestação, salvo antecipação por
prescrição médica.
ØNo caso de aborto atestado por médico oficial, a servidora terá direito a 30 dias de
repouso remunerado.
• Art. 208. Pelo nascimento ou adoção de filhos, o servidor terá direito à licença-
paternidade de 5 dias consecutivos. (Decreto nº 8.737/2016)
• Art. 209. Para amamentar o próprio filho, até a idade de 6 meses, a servidora
lactante terá direito, durante a jornada de trabalho, a 1 hora de descanso, que
poderá ser parcelada em dois períodos de meia hora.
• Art. 210. À servidora que adotar ou obtiver guarda judicial de criança até 1 ano de
idade, serão concedidos 90 dias de licença remunerada (+ 45)*. No caso de adoção
ou guarda judicial de criança com mais de 1 ano de idade, o prazo será de 30 dias (+
15)*. (Vide Decreto nº 6.691/2008)
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Licença Prazos
Ø Art. 212. Configura acidente em serviço o dano físico ou mental sofrido pelo
servidor, que se relacione, mediata ou imediatamente, com as atribuições do cargo
exercido.
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• Art. 213. O servidor acidentado em serviço que necessite de tratamento
especializado poderá ser tratado em instituição privada, à conta de recursos
públicos (deverá ser recomendado por junta médica oficial e somente será
admissível quando inexistirem meios e recursos adequados em instituição pública).
• Art. 214. A prova do acidente será feita no prazo de 10 dias, prorrogável quando as
circunstâncias o exigirem.
Pensão
ØPor morte do servidor, os dependentes, nas hipóteses legais, fazem jus à pensão a
partir da data de óbito (limitando-se ao teto constitucional).
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• Art. 218. Ocorrendo habilitação de vários titulares à pensão, o seu valor será
distribuído em partes iguais entre os beneficiários habilitados.
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• Art. 219. A pensão poderá ser requerida a qualquer tempo, prescrevendo tão-
somente as prestações exigíveis há mais de 5 anos.
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Auxílio Funeral
• Art. 226. O auxílio-funeral é devido à família do servidor falecido na atividade ou
aposentado, em valor equivalente a 1 mês da remuneração ou provento.
ØNo caso de acumulação legal de cargos, o auxílio será pago somente em razão do
cargo de maior remuneração.
ØO auxílio será pago no prazo de 48 horas, por meio de procedimento sumaríssimo, à
pessoa da família que houver custeado o funeral.
ØSe o funeral for custeado por terceiro, este será indenizado, observado o disposto
no artigo anterior.
ØEm caso de falecimento de servidor em serviço fora do local de trabalho, inclusive
no exterior, as despesas de transporte do corpo correrão à conta de recursos da
União, autarquia ou fundação pública.
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Auxílio Reclusão
• Art. 229. À família do servidor ativo é devido o auxílio-reclusão, nos seguintes
valores:
I - 2/3 da remuneração, quando afastado por motivo de prisão, em flagrante ou
preventiva, determinada pela autoridade competente, enquanto perdurar a prisão;
II - metade da remuneração, durante o afastamento, em virtude de condenação, por
sentença definitiva, a pena que não determine a perda de cargo.
§ 1o Nos casos previstos no inciso I, o servidor terá direito à integralização da
remuneração, desde que absolvido.
§ 2o O pagamento do auxílio-reclusão cessará a partir do dia imediato àquele em que
o servidor for posto em liberdade, ainda que condicional.
§ 3o Ressalvado o disposto neste artigo, o auxílio-reclusão será devido, nas mesmas
condições da pensão por morte, aos dependentes do segurado recolhido à prisão.
Assistência à Saúde
• Art. 230. A assistência à saúde do servidor, ativo ou inativo, e de sua família
compreende assistência médica, hospitalar, odontológica, psicológica e
farmacêutica, terá como diretriz básica o implemento de ações preventivas voltadas
para a promoção da saúde e será prestada pelo SUS, diretamente pelo órgão ou
entidade ao qual estiver vinculado o servidor, ou mediante convênio ou contrato, ou
ainda na forma de auxílio, mediante ressarcimento parcial do valor despendido pelo
servidor, ativo ou inativo, e seus dependentes ou pensionistas com planos ou
seguros privados de assistência à saúde, na forma estabelecida em regulamento.
• § 1o Nas hipóteses previstas nesta Lei em que seja exigida perícia, avaliação ou
inspeção médica, na ausência de médico ou junta médica oficial, para a sua
realização o órgão ou entidade celebrará, preferencialmente, convênio com
unidades de atendimento do sistema público de saúde, entidades sem fins lucrativos
declaradas de utilidade pública, ou com o INSS (na impossibilidade, o órgão ou
entidade promoverá a contratação da prestação de serviços por pessoa jurídica da
rede privada).
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Direito Administrativo
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segurança e respeito aos direitos dos admi- CAPÍTULO III
nistrados; DOS DEVERES DO ADMINISTRADO
X – garantia dos direitos à comunicação, à
apresentação de alegações finais, à produ- Art. 4º São deveres do administrado perante a
ção de provas e à interposição de recursos, Administração, sem prejuízo de outros previstos
nos processos de que possam resultar san- em ato normativo:
ções e nas situações de litígio; I – expor os fatos conforme a verdade;
XI – proibição de cobrança de despesas pro- II – proceder com lealdade, urbanidade e
cessuais, ressalvadas as previstas em lei; boa-fé;
XII – impulsão, de ofício, do processo admi- III – não agir de modo temerário;
nistrativo, sem prejuízo da atuação dos inte-
ressados; IV – prestar as informações que lhe forem
solicitadas e colaborar para o esclarecimen-
XIII – interpretação da norma administrativa to dos fatos.
da forma que melhor garanta o atendimen-
to do fim público a que se dirige, vedada
aplicação retroativa de nova interpretação.
CAPÍTULO IV
DO INÍCIO DO PROCESSO
CAPÍTULO II Art. 5º O processo administrativo pode iniciar-
DOS DIREITOS DOS -se de ofício ou a pedido de interessado.
ADMINISTRADOS Art. 6º O requerimento inicial do interessado,
Art. 3º O administrado tem os seguintes direitos salvo casos em que for admitida solicitação oral,
perante a Administração, sem prejuízo de ou- deve ser formulado por escrito e conter os se-
tros que lhe sejam assegurados: guintes dados:
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Direito Administrativo – Processo Administrativo no Âmbito da Adm. Federal – Lei 9.784/99 – Profª Tatiana Marcello
Art. 7º Os órgãos e entidades administrativas Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular po-
deverão elaborar modelos ou formulários pa- derão, se não houver impedimento legal, delegar
dronizados para assuntos que importem preten- parte da sua competência a outros órgãos ou ti-
sões equivalentes. tulares, ainda que estes não lhe sejam hierarqui-
camente subordinados, quando for conveniente,
Art. 8º Quando os pedidos de uma pluralidade em razão de circunstâncias de índole técnica, so-
de interessados tiverem conteúdo e fundamen- cial, econômica, jurídica ou territorial.
tos idênticos, poderão ser formulados em um
único requerimento, salvo preceito legal em Parágrafo único. O disposto no caput deste
contrário. artigo aplica-se à delegação de competên-
cia dos órgãos colegiados aos respectivos
presidentes.
Art. 13. Não podem ser objeto de delegação:
CAPÍTULO V
I – a edição de atos de caráter normativo;
DOS INTERESSADOS
II – a decisão de recursos administrativos;
Art. 9º São legitimados como interessados no
III – as matérias de competência exclusiva
processo administrativo:
do órgão ou autoridade.
I – pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem Art. 14. O ato de delegação e sua revogação de-
como titulares de direitos ou interesses in- verão ser publicados no meio oficial.
dividuais ou no exercício do direito de re-
presentação; § 1º O ato de delegação especificará as ma-
térias e poderes transferidos, os limites da
II – aqueles que, sem terem iniciado o pro- atuação do delegado, a duração e os obje-
cesso, têm direitos ou interesses que pos- tivos da delegação e o recurso cabível, po-
sam ser afetados pela decisão a ser adota- dendo conter ressalva de exercício da atri-
da; buição delegada.
III – as organizações e associações represen- § 2º O ato de delegação é revogável a qual-
tativas, no tocante a direitos e interesses quer tempo pela autoridade delegante.
coletivos; § 3º As decisões adotadas por delegação de-
IV – as pessoas ou as associações legalmen- vem mencionar explicitamente esta qualidade
te constituídas quanto a direitos ou interes- e considerar-se-ão editadas pelo delegado.
ses difusos. Art. 15. Será permitida, em caráter excepcional
e por motivos relevantes devidamente justifi-
Art. 10. São capazes, para fins de processo ad-
cados, a avocação temporária de competência
ministrativo, os maiores de dezoito anos, ressal-
atribuída a órgão hierarquicamente inferior.
vada previsão especial em ato normativo pró-
prio. Art. 16. Os órgãos e entidades administrativas
divulgarão publicamente os locais das respec-
tivas sedes e, quando conveniente, a unidade
fundacional competente em matéria de interes-
CAPÍTULO VI se especial.
DA COMPETÊNCIA Art. 17. Inexistindo competência legal específi-
ca, o processo administrativo deverá ser inicia-
Art. 11. A competência é irrenunciável e se exer-
do perante a autoridade de menor grau hierár-
ce pelos órgãos administrativos a que foi atribu-
quico para decidir.
ída como própria, salvo os casos de delegação e
avocação legalmente admitidos.
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CAPÍTULO VII § 2º Salvo imposição legal, o reconhecimen-
DOS IMPEDIMENTOS to de firma somente será exigido quando
houver dúvida de autenticidade.
E DA SUSPEIÇÃO
§ 3º A autenticação de documentos exigi-
Art. 18. É impedido de atuar em processo admi- dos em cópia poderá ser feita pelo órgão
nistrativo o servidor ou autoridade que: administrativo.
I – tenha interesse direto ou indireto na ma- § 4º O processo deverá ter suas páginas nu-
téria; meradas seqüencialmente e rubricadas.
II – tenha participado ou venha a participar
como perito, testemunha ou representante, Art. 23. Os atos do processo devem realizar-se
ou se tais situações ocorrem quanto ao côn- em dias úteis, no horário normal de funciona-
juge, companheiro ou parente e afins até o mento da repartição na qual tramitar o proces-
terceiro grau; so.
III – esteja litigando judicial ou administra- Parágrafo único. Serão concluídos depois
tivamente com o interessado ou respectivo do horário normal os atos já iniciados, cujo
cônjuge ou companheiro. adiamento prejudique o curso regular do
procedimento ou cause dano ao interessa-
Art. 19. A autoridade ou servidor que incorrer do ou à Administração.
em impedimento deve comunicar o fato à auto-
ridade competente, abstendo-se de atuar. Art. 24. Inexistindo disposição específica, os
atos do órgão ou autoridade responsável pelo
Parágrafo único. A omissão do dever de co- processo e dos administrados que dele parti-
municar o impedimento constitui falta gra- cipem devem ser praticados no prazo de cinco
ve, para efeitos disciplinares. dias, salvo motivo de força maior.
Art. 20. Pode ser argüida a suspeição de autori- Parágrafo único. O prazo previsto neste ar-
dade ou servidor que tenha amizade íntima ou tigo pode ser dilatado até o dobro, median-
inimizade notória com algum dos interessados te comprovada justificação.
ou com os respectivos cônjuges, companheiros,
parentes e afins até o terceiro grau. Art. 25. Os atos do processo devem realizar-se
preferencialmente na sede do órgão, cientifi-
Art. 21. O indeferimento de alegação de sus- cando-se o interessado se outro for o local de
peição poderá ser objeto de recurso, sem efeito realização.
suspensivo.
CAPÍTULO IX
CAPÍTULO VIII DA COMUNICAÇÃO DOS ATOS
DA FORMA, TEMPO E LUGAR
DOS ATOS DO PROCESSO Art. 26. O órgão competente perante o qual tra-
mita o processo administrativo determinará a
Art. 22. Os atos do processo administrativo não intimação do interessado para ciência de deci-
dependem de forma determinada senão quan- são ou a efetivação de diligências.
do a lei expressamente a exigir.
§ 1º A intimação deverá conter:
§ 1º Os atos do processo devem ser produ-
zidos por escrito, em vernáculo, com a data I – identificação do intimado e nome do ór-
e o local de sua realização e a assinatura da gão ou entidade administrativa;
autoridade responsável.
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Direito Administrativo – Processo Administrativo no Âmbito da Adm. Federal – Lei 9.784/99 – Profª Tatiana Marcello
Art. 28. Devem ser objeto de intimação os atos Art. 32. Antes da tomada de decisão, a juízo da
do processo que resultem para o interessado autoridade, diante da relevância da questão,
em imposição de deveres, ônus, sanções ou res- poderá ser realizada audiência pública para de-
trição ao exercício de direitos e atividades e os bates sobre a matéria do processo.
atos de outra natureza, de seu interesse. Art. 33. Os órgãos e entidades administrativas,
em matéria relevante, poderão estabelecer ou-
tros meios de participação de administrados,
diretamente ou por meio de organizações e as-
sociações legalmente reconhecidas.
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Art. 34. Os resultados da consulta e audiência a omissão, não se eximindo de proferir a de-
pública e de outros meios de participação de cisão.
administrados deverão ser apresentados com a
indicação do procedimento adotado. Art. 40. Quando dados, atuações ou documen-
tos solicitados ao interessado forem necessários
Art. 35. Quando necessária à instrução do pro- à apreciação de pedido formulado, o não aten-
cesso, a audiência de outros órgãos ou entida- dimento no prazo fixado pela Administração
des administrativas poderá ser realizada em para a respectiva apresentação implicará arqui-
reunião conjunta, com a participação de titula- vamento do processo.
res ou representantes dos órgãos competentes,
lavrando-se a respectiva ata, a ser juntada aos Art. 41. Os interessados serão intimados de
autos. prova ou diligência ordenada, com antecedên-
cia mínima de três dias úteis, mencionando-se
Art. 36. Cabe ao interessado a prova dos fatos data, hora e local de realização.
que tenha alegado, sem prejuízo do dever atri-
buído ao órgão competente para a instrução e Art. 42. Quando deva ser obrigatoriamente ou-
do disposto no art. 37 desta Lei. vido um órgão consultivo, o parecer deverá ser
emitido no prazo máximo de quinze dias, salvo
Art. 37. Quando o interessado declarar que fa- norma especial ou comprovada necessidade de
tos e dados estão registrados em documentos maior prazo.
existentes na própria Administração responsá-
vel pelo processo ou em outro órgão adminis- § 1º Se um parecer obrigatório e vinculante
trativo, o órgão competente para a instrução deixar de ser emitido no prazo fixado, o pro-
proverá, de ofício, à obtenção dos documentos cesso não terá seguimento até a respectiva
ou das respectivas cópias. apresentação, responsabilizando-se quem
der causa ao atraso.
Art. 38. O interessado poderá, na fase instrutó-
ria e antes da tomada da decisão, juntar docu- § 2º Se um parecer obrigatório e não vincu-
mentos e pareceres, requerer diligências e pe- lante deixar de ser emitido no prazo fixado,
rícias, bem como aduzir alegações referentes à o processo poderá ter prosseguimento e ser
matéria objeto do processo. decidido com sua dispensa, sem prejuízo
da responsabilidade de quem se omitiu no
§ 1º Os elementos probatórios deverão ser atendimento.
considerados na motivação do relatório e
da decisão. Art. 43. Quando por disposição de ato norma-
tivo devam ser previamente obtidos laudos
§ 2º Somente poderão ser recusadas, me- técnicos de órgãos administrativos e estes não
diante decisão fundamentada, as provas cumprirem o encargo no prazo assinalado, o ór-
propostas pelos interessados quando sejam gão responsável pela instrução deverá solicitar
ilícitas, impertinentes, desnecessárias ou laudo técnico de outro órgão dotado de qualifi-
protelatórias. cação e capacidade técnica equivalentes.
Art. 39. Quando for necessária a prestação de Art. 44. Encerrada a instrução, o interessado
informações ou a apresentação de provas pelos terá o direito de manifestar-se no prazo máximo
interessados ou terceiros, serão expedidas in- de dez dias, salvo se outro prazo for legalmente
timações para esse fim, mencionando-se data, fixado.
prazo, forma e condições de atendimento.
Art. 45. Em caso de risco iminente, a Adminis-
Parágrafo único. Não sendo atendida a inti- tração Pública poderá motivadamente adotar
mação, poderá o órgão competente, se en- providências acauteladoras sem a prévia mani-
tender relevante a matéria, suprir de ofício festação do interessado.
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Direito Administrativo – Processo Administrativo no Âmbito da Adm. Federal – Lei 9.784/99 – Profª Tatiana Marcello
Art. 47. O órgão de instrução que não for com- VIII – importem anulação, revogação, sus-
petente para emitir a decisão final elaborará pensão ou convalidação de ato administra-
relatório indicando o pedido inicial, o conteúdo tivo.
das fases do procedimento e formulará propos- § 1º A motivação deve ser explícita, clara e
ta de decisão, objetivamente justificada, enca- congruente, podendo consistir em declara-
minhando o processo à autoridade competente. ção de concordância com fundamentos de
anteriores pareceres, informações, decisões
ou propostas, que, neste caso, serão parte
integrante do ato.
CAPÍTULO XI
DO DEVER DE DECIDIR § 2º Na solução de vários assuntos da mes-
ma natureza, pode ser utilizado meio me-
Art. 48. A Administração tem o dever de explici- cânico que reproduza os fundamentos das
tamente emitir decisão nos processos adminis- decisões, desde que não prejudique direito
trativos e sobre solicitações ou reclamações, em ou garantia dos interessados.
matéria de sua competência.
§ 3º A motivação das decisões de órgãos co-
Art. 49. Concluída a instrução de processo ad- legiados e comissões ou de decisões orais
ministrativo, a Administração tem o prazo de constará da respectiva ata ou de termo es-
até trinta dias para decidir, salvo prorrogação crito.
por igual período expressamente motivada.
CAPÍTULO XIII
CAPÍTULO XII DA DESISTÊNCIA E OUTROS CASOS
DA MOTIVAÇÃO DE EXTINÇÃO DO PROCESSO
Art. 50. Os atos administrativos deverão ser mo- Art. 51. O interessado poderá, mediante mani-
tivados, com indicação dos fatos e dos funda- festação escrita, desistir total ou parcialmente
mentos jurídicos, quando: do pedido formulado ou, ainda, renunciar a di-
reitos disponíveis.
I – neguem, limitem ou afetem direitos ou
interesses; § 1º Havendo vários interessados, a desis-
tência ou renúncia atinge somente quem a
II – imponham ou agravem deveres, encar-
tenha formulado.
gos ou sanções;
§ 2º A desistência ou renúncia do interes-
III – decidam processos administrativos de
sado, conforme o caso, não prejudica o
concurso ou seleção pública;
prosseguimento do processo, se a Adminis-
IV – dispensem ou declarem a inexigibilida- tração considerar que o interesse público
de de processo licitatório; assim o exige.
V – decidam recursos administrativos;
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Art. 52. O órgão competente poderá declarar § 1º O recurso será dirigido à autoridade
extinto o processo quando exaurida sua finali- que proferiu a decisão, a qual, se não a re-
dade ou o objeto da decisão se tornar impossí- considerar no prazo de cinco dias, o encami-
vel, inútil ou prejudicado por fato supervenien- nhará à autoridade superior.
te.
§ 2º Salvo exigência legal, a interposição de
recurso administrativo independe de cau-
ção.
CAPÍTULO XIV § 3º Se o recorrente alegar que a decisão
DA ANULAÇÃO, REVOGAÇÃO administrativa contraria enunciado da sú-
E CONVALIDAÇÃO mula vinculante, caberá à autoridade pro-
latora da decisão impugnada, se não a re-
Art. 53. A Administração deve anular seus pró- considerar, explicitar, antes de encaminhar
prios atos, quando eivados de vício de legalida- o recurso à autoridade superior, as razões
de, e pode revogá-los por motivo de conveni- da aplicabilidade ou inaplicabilidade da sú-
ência ou oportunidade, respeitados os direitos mula, conforme o caso. (Incluído pela Lei nº
adquiridos. 11.417, de 2006). Vigência
Art. 54. O direito da Administração de anular os Art. 57. O recurso administrativo tramitará no
atos administrativos de que decorram efeitos máximo por três instâncias administrativas, sal-
favoráveis para os destinatários decai em cinco vo disposição legal diversa.
anos, contados da data em que foram pratica-
dos, salvo comprovada má-fé. Art. 58. Têm legitimidade para interpor recurso
administrativo:
§ 1º No caso de efeitos patrimoniais contí-
nuos, o prazo de decadência contar-se-á da I – os titulares de direitos e interesses que
percepção do primeiro pagamento. forem parte no processo;
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Direito Administrativo – Processo Administrativo no Âmbito da Adm. Federal – Lei 9.784/99 – Profª Tatiana Marcello
§ 2º O prazo mencionado no parágrafo an- tificado para que formule suas alegações
terior poderá ser prorrogado por igual perí- antes da decisão.
odo, ante justificativa explícita.
Art. 64-A. Se o recorrente alegar violação de
Art. 60. O recurso interpõe-se por meio de re- enunciado da súmula vinculante, o órgão com-
querimento no qual o recorrente deverá expor petente para decidir o recurso explicitará as
os fundamentos do pedido de reexame, poden- razões da aplicabilidade ou inaplicabilidade da
do juntar os documentos que julgar convenien- súmula, conforme o caso. (Incluído pela Lei nº
tes. 11.417, de 2006). Vigência
Art. 61. Salvo disposição legal em contrário, o Art. 64-B. Acolhida pelo Supremo Tribunal Fede-
recurso não tem efeito suspensivo. ral a reclamação fundada em violação de enun-
ciado da súmula vinculante, dar-se-á ciência à
Parágrafo único. Havendo justo receio de autoridade prolatora e ao órgão competente
prejuízo de difícil ou incerta reparação de- para o julgamento do recurso, que deverão ade-
corrente da execução, a autoridade recorri- quar as futuras decisões administrativas em ca-
da ou a imediatamente superior poderá, de sos semelhantes, sob pena de responsabilização
ofício ou a pedido, dar efeito suspensivo ao pessoal nas esferas cível, administrativa e penal.
recurso. (Incluído pela Lei nº 11.417, de 2006). Vigência
Art. 62. Interposto o recurso, o órgão compe- Art. 65. Os processos administrativos de que re-
tente para dele conhecer deverá intimar os de- sultem sanções poderão ser revistos, a qualquer
mais interessados para que, no prazo de cinco tempo, a pedido ou de ofício, quando surgirem
dias úteis, apresentem alegações. fatos novos ou circunstâncias relevantes susce-
Art. 63. O recurso não será conhecido quando tíveis de justificar a inadequação da sanção apli-
interposto: cada.
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vencimento não houver o dia equivalente dos da doença de Paget (osteíte deforman-
àquele do início do prazo, tem-se como ter- te), contaminação por radiação, síndrome
mo o último dia do mês. de imunodeficiência adquirida, ou outra
doença grave, com base em conclusão da
Art. 67. Salvo motivo de força maior devida- medicina especializada, mesmo que a do-
mente comprovado, os prazos processuais não ença tenha sido contraída após o início do
se suspendem. processo. (Incluído pela Lei nº 12.008, de
2009).
§ 1º A pessoa interessada na obtenção do
CAPÍTULO XVII benefício, juntando prova de sua condição,
DAS SANÇÕES deverá requerê-lo à autoridade administra-
tiva competente, que determinará as provi-
Art. 68. As sanções, a serem aplicadas por au- dências a serem cumpridas. (Incluído pela
toridade competente, terão natureza pecuniária Lei nº 12.008, de 2009).
ou consistirão em obrigação de fazer ou de não
fazer, assegurado sempre o direito de defesa. § 2º Deferida a prioridade, os autos rece-
berão identificação própria que evidencie o
regime de tramitação prioritária. (Incluído
pela Lei nº 12.008, de 2009).
CAPÍTULO XVIII § 3º (VETADO) (Incluído pela Lei nº 12.008,
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS de 2009).
Art. 69. Os processos administrativos específi- § 4º (VETADO) (Incluído pela Lei nº 12.008,
cos continuarão a reger-se por lei própria, apli- de 2009).
cando-se-lhes apenas subsidiariamente os pre-
ceitos desta Lei. Art. 70. Esta Lei entra em vigor na data de sua
publicação.
Art. 69-A. Terão prioridade na tramitação, em
Brasília 29 de janeiro de 1999; 178º da Independência e
qualquer órgão ou instância, os procedimen- 111º da República.
tos administrativos em que figure como parte
ou interessado: (Incluído pela Lei nº 12.008, de FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
2009). Renan Calheiros
I – pessoa com idade igual ou superior a Paulo Paiva
60 (sessenta) anos; (Incluído pela Lei nº Este texto não substitui o publicado no DOU de
12.008, de 2009). 1.2.1999 e retificado em 11.3.1999
II – pessoa portadora de deficiência, física
ou mental; (Incluído pela Lei nº 12.008, de
2009).
III – (VETADO) (Incluído pela Lei nº 12.008,
de 2009).
IV – pessoa portadora de tuberculose ativa,
esclerose múltipla, neoplasia maligna, han-
seníase, paralisia irreversível e incapacitan-
te, cardiopatia grave, doença de Parkinson,
espondiloartrose anquilosante, nefropatia
grave, hepatopatia grave, estados avança-
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Direito Administrativo – Processo Administrativo no Âmbito da Adm. Federal – Lei 9.784/99 – Profª Tatiana Marcello
1. Disposições Gerais
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Princípios Critérios
Legalidade •• atuação conforme a lei e o Direito.
•• atendimento a fins de interesse geral, vedada a
Finalidade renúncia total ou parcial de poderes ou competências,
salvo autorização em lei.
•• indicação dos pressupostos de fato e de direito que
Motivação
determinarem a decisão.
•• adequação entre meios e fins, vedada a imposição de
obrigações, restrições e sanções em medida superior
Razoabilidade e Proporcionalidade
àquelas estritamente necessárias ao atendimento do
interesse público.
•• atuação segundo padrões éticos de probidade,
Moralidade
decoro e boa-fé.
•• garantia dos direitos à comunicação, à apresentação
de alegações finais, à produção de provas e à
Ampla defesa e Contraditória
interposição de recursos, nos processos de que
possam resultar sanções e nas situações de litígio.
•• observância das formalidades essenciais à garantia
dos direitos dos administrados.
Segurança jurídica e Informalismo •• adoção de formas simples, suficientes para propiciar
adequado grau de certeza, segurança e respeito aos
direitos dos administrados.
•• interpretação da norma administrativa da forma
que melhor garanta o atendimento do fim público a
que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova
Interesse público interpretação.
•• objetividade no atendimento do interesse público,
vedada a promoção pessoal de agentes ou
autoridades.
•• busca a otimização dos procedimentos, devendo
ser rápida, útil e econômica, buscando os melhores
Eficiência resultados possíveis.
•• divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas
as hipóteses de sigilo previstas na Constituição.
•• impulsão, de ofício, do processo administrativo, sem
Oficialidade
prejuízo da atuação dos interessados.
•• proibição de cobrança de despesas processuais,
Gratuidade
ressalvadas as previstas em lei.
O administrado tem os seguintes direitos perante a Administração, sem prejuízo de outros que
lhe sejam assegurados:
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Direito Administrativo – Processo Administrativo no Âmbito da Adm. Federal – Lei 9.784/99 – Profª Tatiana Marcello
I – ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que deverão facilitar o exercício de
seus direitos e o cumprimento de suas obrigações;
II – ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a condição de
interessado, ter vista dos autos, obter cópias de documentos neles contidos e conhecer as
decisões proferidas;
III – formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, os quais serão objeto de
consideração pelo órgão competente;
IV – fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando obrigatória a representação,
por força de lei.
5. Do Início do Processo
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6. Dos Interessados
7. Da Competência
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Direito Administrativo – Processo Administrativo no Âmbito da Adm. Federal – Lei 9.784/99 – Profª Tatiana Marcello
Os atos do processo administrativo não dependem de forma determinada senão quando a lei
expressamente a exigir.
Os atos do processo devem realizar-se em dias úteis, no horário normal de funcionamento da
repartição na qual tramitar o processo.
Inexistindo disposição específica, os atos do órgão ou autoridade responsável pelo processo e
dos administrados que dele participem devem ser praticados no prazo de 5 dias, salvo motivo
de força maior.
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11. Da Instrução
13. Da Motivação
Princípio da Motivação – Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos
fatos e dos fundamentos jurídicos, quando:
I – neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;
II – imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;
III – decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública;
IV – dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório;
V – decidam recursos administrativos;
VI – decorram de reexame de ofício;
VII – deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de pareceres,
laudos, propostas e relatórios oficiais;
VIII – importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo.
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Direito Administrativo – Processo Administrativo no Âmbito da Adm. Federal – Lei 9.784/99 – Profª Tatiana Marcello
A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode
revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.
O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis
para os destinatários decai em 5 anos, contados da data em que foram praticados, salvo
comprovada má-fé.
Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a
terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria
Administração.
Lembrando que, sempre que importar em anulação, revogação ou convalidação, o ato
administrativo deverá ser motivado, indicando os fatos e fundamentos que jurídicos que
justifiquem sua edição.
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O recurso administrativo tramitará no máximo por 3 instâncias administrativas, salvo
disposição legal diversa.
Legitimidade: Têm legitimidade para interpor recurso administrativo:
I – os titulares de direitos e interesses que forem parte no processo;
II – aqueles cujos direitos ou interesses forem indiretamente afetados pela decisão recorrida;
III – as organizações e associações representativas, no tocante a direitos e interesses coletivos;
IV – os cidadãos ou associações, quanto a direitos ou interesses difusos.
O recurso não será conhecido quando interposto:
I – fora do prazo;
II – perante órgão incompetente;
III – por quem não seja legitimado;
IV – após exaurida a esfera administrativa.
Salvo disposição legal, é de 10 dias o prazo para interposição de recurso administrativo, e de no
máximo 30 dias o prazo para ser decidido (este prazo poderá ser prorrogado por igual período,
mediante justificativa).
Interposto o recurso, o órgão competente para dele conhecer deverá intimar os demais
interessados para que, no prazo de 5 dias úteis, apresentem alegações.
Os processos administrativos de que resultem sanções poderão ser revistos, a qualquer tempo,
a pedido ou de ofício, quando surgirem fatos novos ou circunstâncias relevantes suscetíveis
de justificar a inadequação da sanção aplicada.
Da revisão do processo não poderá resultar agravamento da sanção (proibição da reformatio
in pejus na revisão do processo).
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Direito Administrativo – Processo Administrativo no Âmbito da Adm. Federal – Lei 9.784/99 – Profª Tatiana Marcello
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SLIDES – PROCESSO ADMINISTRATIVO NO
ÂMBITO DA ADMINISTRAÇÃO FEDERAL
Lei nº 9.784/1999
(Processo administrativo no âmbito
da Administração Pública Federal)
Disposições Gerais
• Processo Administrativo é a forma pela qual a Administração registra seus atos,
controla seus agentes ou decide controvérsias com os administrados e agentes.
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Direito Administrativo – Processo Administrativo no Âmbito da Adm. Federal – Lei 9.784/99 – Profª Tatiana Marcello
• Os preceitos dessa Lei também se aplicam aos órgãos dos Poderes Legislativo e
Judiciário (da União!) quando no desempenho de função administrativa.
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Princípios do Processo Administrativo
Ø A Administração Pública obedecerá, dentre outros, os seguintes princípios:
• Legalidade
• Finalidade
• Motivação
• Razoabilidade
• Proporcionalidade
• Moralidade
• Ampla defesa
• Contraditória
• Segurança jurídica
• Interesse público
• Eficiência
Princípios Critérios
Legalidade - atuação conforme a lei e o Direito.
Finalidade - atendimento a fins de interesse geral, vedada a renúncia total
ou parcial de poderes ou competências, salvo autorização em lei.
Motivação - indicação dos pressupostos de fato e de direito que
determinarem a decisão.
Razoabilidade e - adequação entre meios e fins, vedada a imposição de
Proporcionalidade obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas
estritamente necessárias ao atendimento do interesse público.
Moralidade - atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-
fé.
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Direito Administrativo – Processo Administrativo no Âmbito da Adm. Federal – Lei 9.784/99 – Profª Tatiana Marcello
Princípios Critérios
Ampla defesa - garantia dos direitos à comunicação, à apresentação de alegações
e Contraditória finais, à produção de provas e à interposição de recursos, nos
processos de que possam resultar sanções e nas situações de litígio.
Segurança - observância das formalidades essenciais à garantia dos direitos dos
jurídica e administrados.
Informalismo - adoção de formas simples, suficientes para propiciar adequado
grau de certeza, segurança e respeito aos direitos dos administrados.
Interesse - interpretação da norma administrativa da forma que melhor
público garanta o atendimento do fim público a que se dirige, vedada
aplicação retroativa de nova interpretação.
- objetividade no atendimento do interesse público, vedada a
promoção pessoal de agentes ou autoridades.
Princípios Critérios
Eficiência e - busca a otimização dos procedimentos, devendo ser rápida, útil
Publicidade e econômica, buscando os melhores resultados possíveis.
- divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas as
hipóteses de sigilo previstas na Constituição.
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Direito dos Administrados
• O administrado tem os seguintes direitos perante a Administração, sem prejuízo de
outros que lhe sejam assegurados:
I - ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que deverão facilitar o
exercício de seus direitos e o cumprimento de suas obrigações;
II - ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a condição
de interessado, ter vista dos autos, obter cópias de documentos neles contidos e
conhecer as decisões proferidas;
III - formular alegações (alegações finais) e apresentar documentos antes da decisão,
os quais serão objeto de consideração pelo órgão competente;
IV - fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando obrigatória a
representação, por força de lei.
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Do Início do Processo
• Importante: O processo administrativo pode iniciar-se de ofício ou a pedido de
interessado.
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Excelentíssimo Sr. Dr. Presidente....
2. Do Pedido
.........
Dos Interessados
• São considerados interessados no processo administrativo:
I - pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem como titulares de direitos ou interesses
individuais ou no exercício do direito de representação;
II - aqueles que, sem terem iniciado o processo, têm direitos ou interesses que
possam ser afetados pela decisão a ser adotada;
III - as organizações e associações representativas, no tocante a direitos e interesses
coletivos;
IV - as pessoas ou as associações legalmente constituídas quanto a direitos ou
interesses difusos.
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Da Competência
• Em regra, a competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a
que foi atribuída como própria, salvo os casos de delegação e avocação legalmente
admitidos.
• O ato de delegação e sua revogação deverão ser publicados no meio oficial, sendo
revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante.
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Dos Impedimentos e Suspeição
• É impedido de atuar em processo administrativo o servidor ou autoridade que:
• Pode ser argüida a suspeição de autoridade ou servidor que tenha amizade íntima
ou inimizade notória com algum dos interessados ou com os respectivos cônjuges,
companheiros, parentes e afins até o 3º grau.
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• Importante: O desatendimento da intimação não importa o reconhecimento da
verdade dos fatos, nem a renúncia a direito pelo administrado. Ou seja, se a pessoa
intimada não se manifesta no prazo legal, não serão considerados verdadeiros os
fatos a ele imputados (não significa confissão), nem significa que renunciou a
direitos, podendo, inclusive, ingressar no prosseguimento do processo, tendo seu
direito a ampla defesa assegurado.
Da Instrução
• As atividades de instrução destinadas a averiguar e comprovar os dados necessários
à tomada de decisão realizam-se de ofício ou mediante impulsão do órgão
responsável pelo processo, sem prejuízo do direito dos interessados de propor
atuações probatórias.
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Do Dever de Decidir
Da Motivação
• Princípio da Motivação - Os atos administrativos deverão ser motivados, com
indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando:
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Da Desistência e outros casos de Extinção do Processo
• Possibilidade de desistência do processo - O interessado poderá, mediante
manifestação escrita, desistir total ou parcialmente do pedido formulado ou, ainda,
renunciar a direitos disponíveis.
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• Legitimidade: Têm legitimidade para interpor recurso administrativo:
I - fora do prazo;
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Alegações
Interposição de Decisão
(Resposta dos
Recurso máximo 30 dias
interessados)
10 dias (prorrogável)
5 dias úteis
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Dos Prazos
Das Sanções
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Disposições Finais
• Terão prioridade na tramitação, em qualquer órgão ou instância, os procedimentos
administrativos em que figure como parte ou interessado:
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Direito Administrativo
O art. 37, XXI da CF prevê o preceito mais genérico existente em nosso ordenamento jurídico
sobre a obrigatoriedade de a Administração Pública realizar licitações para suas contratações:
XXI – ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e aliena-
ções serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de
condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamen-
to, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá
as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento
das obrigações.
Desse dispositivo, constata-se que a própria CF admite a possibilidade de a lei estabelecer hi-
póteses excepcionais de contratações de obras, serviços, compras e alienações sem licitações
– chamada contratação direta.
Entretanto, ao prever os contratos de concessão e permissão de serviços públicos, a CF não
deixou margem para exceções, sendo necessária sempre a realização de licitação:
Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão
ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.
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Normas Nacionais sobre Licitações
a) Lei nº 8.666/1993 – é a lei mais abrangente sobre normas gerais de licitações e contratos
administrativos.
•• Art. 1º Esta Lei estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administrativos per-
tinentes a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações no âm-
bito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
•• Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta Lei, além dos órgãos da administração
direta, os fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas,
as sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente
pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
•• Art. 2º As obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações, concessões, per-
missões e locações da Administração Pública, quando contratadas com terceiros, serão ne-
cessariamente precedidas de licitação, ressalvadas as hipóteses previstas nesta Lei.
•• Parágrafo único. Para os fins desta Lei, considera-se contrato todo e qualquer ajuste entre
órgãos ou entidades da Administração Pública e particulares, em que haja um acordo de
vontades para a formação de vínculo e a estipulação de obrigações recíprocas, seja qual for
a denominação utilizada.
b) Lei nº 10.520/2002 – é a lei que instituiu mais uma modalidade de licitação: pregão.
•• Art. 1º Para aquisição de bens e serviços comuns, poderá ser adotada a licitação na moda-
lidade de pregão, que será regida por esta Lei.
Parágrafo único. Consideram-se bens e serviços comuns, para os fins e efeitos deste artigo,
aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos
pelo edital, por meio de especificações usuais no mercado.
•• Decreto nº 3.555/2000 (Federal) – regulamenta o pregão presencial.
•• Decreto nº. 5.450/2005 (Federal) – regulamenta o pregão eletrônico.
c) Lei nº 13.303/2016 – dispõe sobre o Estatuto Jurídico das Empresas Públicas e Sociedades de
Economia mista.
A CF determinou que compete privativamente à União legislar sobre normas gerais de licitação
e contratos “para empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art.173,
§ 1º, III”.
Esse dispositivo, por sua vez, determina que: § 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da em-
presa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade
econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo
sobre: III – licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os
princípios da administração pública.
Art. 28, Lei 13.303/16: Os contratos com terceiros destinados à prestação de serviços às EPs e
às SEM, inclusive de engenharia e de publicidade, à aquisição e à locação de bens, à alienação
de bens e ativos integrantes do respectivo patrimônio ou à execução de obras a serem integra-
800 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Introdução e Fundamentos Constitucionais da Licitação – Profª Tatiana Marcello
das a esse patrimônio, bem como à implementação de ônus real sobre tais bens, serão precedi-
dos de licitação nos termos desta Lei, ressalvadas as hipóteses previstas nos arts. 29 e 30.
d) Lei nº 8.987/1995 – é a lei que dispõe sobre as concessões e permissões de serviços públi-
cos.
Art. 1º As concessões de serviços públicos e de obras públicas e as permissões de serviços
públicos reger-se-ão pelos termos do art. 175 da Constituição Federal, por esta Lei, pelas
normas legais pertinentes e pelas cláusulas dos indispensáveis contratos.
Obs.: muito embora o art. 2º da Lei 8.666/93 preveja expressamente sua aplicabilidade
aos contratos de permissão e concessão, a Lei 8.987/95 veio posteriormente estabelecer
regras próprias para essas contratações, sendo que estas se aplicam precipuamente (a Lei
8.666/93 pode ser aplicável apenas subsidiariamente) .
e) Lei nº 11.079/2004 – traz norma gerais sobe Parcerias Público-Privadas (PPP), com peculia-
res contratos de concessão (cujos objetivos podem incluir prestação de serviços), regidos por
essa lei própria.
f) Lei nº 12.232/2010 – prevê normas gerais de licitação e contratação de serviços de publicida-
de prestados por intermédio de agências de propaganda.
g) Lei nº 12.462/2011 – estabelece o chamado Regime Diferenciado de Contratações Públicas
(RDC), aplicável a licitações e contratos como: Copa do mundo 2014; Olimpíadas e Paraolimpía-
das 2016; obras e serviços de engenharia no âmbito do SUS e dos sistemas públicos de ensino e
pesquisa, ciência e tecnologia; ações integrantes do PAC, dentre outros.
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SLIDES – INTRODUÇÃO E FUNDAMENTOS CONSTITUCIONAIS
DA LICITAÇÃO
Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de
concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços
públicos.
802 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Introdução e Fundamentos Constitucionais da Licitação – Profª Tatiana Marcello
www.acasadoconcurseiro.com.br 803
b) Lei nº 10.520/2002 – é a lei que instituiu mais uma modalidade de licitação:
pregão.
• Art. 1º Para aquisição de bens e serviços comuns, poderá ser adotada a licitação na
modalidade de pregão, que será regida por esta Lei.
Parágrafo único. Consideram-se bens e serviços comuns, para os fins e efeitos deste
artigo, aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente
definidos pelo edital, por meio de especificações usuais no mercado.
Art. 28, Lei 13.303/16: Os contratos com terceiros destinados à prestação de serviços
às EPs e às SEM, inclusive de engenharia e de publicidade, à aquisição e à locação de
bens, à alienação de bens e ativos integrantes do respectivo patrimônio ou à execução
de obras a serem integradas a esse patrimônio, bem como à implementação de ônus
real sobre tais bens, serão precedidos de licitação nos termos desta Lei, ressalvadas as
hipóteses previstas nos arts. 29 e 30.
804 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo
www.acasadoconcurseiro.com.br 805
SLIDES – FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL, OBJETIVO E FINALIDADE
Licitações
• Para Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, licitação pode ser conceituada como
“um procedimento administrativo, de observância obrigatória pelas entidades
governamentais, em que, observada a igualdade entre os participantes, deve ser
selecionada a melhor proposta dentre as apresentadas pelos interessados em com
elas travar determinadas relações de conteúdo patrimonial, uma vez preenchidos
os requisitos mínimos necessários ao bom cumprimento das obrigações a que eles
se propõem”.
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Direito Administrativo – Fundamento Constitucional, Objetivo e Finalidade – Profª Tatiana Marcello
• Tal alteração foi tanta que o legislador entendeu por alterar também o art. 3º da Lei
8.666/93 a fim de constar que “A licitação destina-se a garantir a observância do
princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a
administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável...”
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Direito Administrativo
LICITAÇÃO – PRINCÍPIOS
•• O Art. 3º da Lei 8.666/93 prevê que “A licitação destina-se a garantir a observância do princípio
constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a
promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada em estrita
conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade,
da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento
convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.”
Legalidade
Impessoalidade
Moralidade
Igualdade
Publicidade
Probidade administrativa
Julgamento objetivo
Princípio da Publicidade
•• Art. 3º, § 3º A licitação não será sigilosa, sendo públicos e acessíveis ao público os atos de
seu procedimento, salvo quanto ao conteúdo das propostas, até a respectiva abertura.
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•• Objetivos da publicidade: permitir o acompanhamento e a fiscalização do procedimento
pelos licitantes, pelos órgãos de controle interno e externo e pelos administrados em geral.
•• Art. 4º estabelece que qualquer cidadão pode acompanhar o desenvolvimento da licitação,
desde que não interfira de modo a perturbar ou impedir a realização dos trabalhos.
•• O princípio da Publicidade impõe, também, que os motivos determinantes das decisões
proferidas sejam declarados, a fim de possibilitar o efetivo controle do procedimento pelos
licitantes e pelo cidadão.
Princípio da Igualdade/Isonomia
•• O Princípio da Igualdade ou da Isonomia (tidos como sinônimos pela lei) tem natureza
constitucional e é elencado como o mais importante em se tratando de licitação.
•• CF, Art. 37, XXI – ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços,
compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que
assegure igualdade de condições a todos os concorrentes...”.
•• Lei 8.666/93 – Art. 3o A licitação destina-se a garantir a observância do princípio
constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração
e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada em
estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da
moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao
instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.
•• Quando se trata de licitação, vem a ideia de isonomia/igualdade entre os participantes no
procedimento licitatório, o que é expresso, inclusive na CF.
•• Lei 12.349/2010 veio alterar a Lei 8.666/1993, a fim de relativizar essa ideia de isonomia,
trazendo uma interpretação elástica ao termo, ao conferir vantagens competitivas
(chamada margem de preferência) a empresas produtoras de bens manufaturados
nacionais ou prestadoras de serviços nacionais.
•• Além disso, a Lei 12.349/10 veio favorecer os setores de pesquisa e inovações tecnológicas
nacionais.
•• Já a Lei 13.146/2015 (Estatuto da Pessoa com Deficiência), trouxe favorecimento e
margem de preferência a empresas que comprovem cumprimento de reservas de cargos
prevista em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado da previdência social e que
atendam às regras de acessibilidade previstas na legislação.
•• Tal alteração foi tanta que o legislador entendeu por alterar também o art. 3º da Lei
8.666/93 a fim de constar que “A licitação destina-se a garantir a observância do princípio
constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a
promoção do desenvolvimento nacional sustentável...”
•• O Brasil passa a utilizar das contratações governamentais (que geralmente têm enorme
peso econômico) como instrumento apto a promover o desenvolvimento nacional
sustentável, fortalecendo empresas que venham a gerar empregos e rendas domésticos e
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Direito Administrativo – Licitação - Princípios – Profª Tatiana Marcello
que se preocupem com as pesquisas e criação de tecnologias nacionais, bem como as que
adotam práticas de sustentabilidade, preservando o meio-ambiente e recursos naturais.
•• § 2º Em igualdade de condições, como critério de desempate, será assegurada preferência,
sucessivamente, aos bens e serviços:
II – produzidos no País;
III – produzidos ou prestados por empresas brasileiras;
IV – produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesquisa e no
desenvolvimento de tecnologia no País;
V – produzidos ou prestados por empresas que comprovem cumprimento de reserva de
cargos prevista em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado da Previdência Social
e que atendam às regras de acessibilidade previstas na legislação.
•• Art. 3º, § 5º Nos processos de licitação, poderá ser estabelecida margem de preferência
para:
I – produtos manufaturados e para serviços nacionais que atendam a normas técnicas
brasileiras; e
II – bens e serviços produzidos ou prestados por empresas que comprovem cumprimento
de reserva de cargos prevista em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado da
Previdência Social e que atendam às regras de acessibilidade previstas na legislação.
§ 7º Para os produtos manufaturados e serviços nacionais resultantes de desenvolvimento
e inovação tecnológica realizados no País, poderá ser estabelecido margem de preferência
adicional àquela prevista no § 5º.
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•• Segundo Hely Lopes Meirelles, o edital (ou a carta-convite) é a lei interna da licitação, que
vincula aos seus termos tanto os licitantes quanto a administração que o expediu.
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Direito Administrativo – Licitação - Princípios – Profª Tatiana Marcello
Competitividade
Procedimento Formal
Adjudicação Compulsória
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Princípio da Competitividade
•• A competitividade é da essência da licitação.
•• É a efetiva competitividade, evitando-se a manipulação de preços, que vai garantir a
obtenção da proposta mais vantajosa para a Administração.
•• Segundo a Lei, configura-se crime: Art. 90. Frustrar ou fraudar, mediante ajuste, combinação
ou qualquer outro expediente, o caráter competitivo do procedimento licitatório, com o
intuito de obter, para si ou para outrem, vantagem decorrente da adjudicação do objeto da
licitação.
Princípio do Formalismo
•• O procedimento de licitação será sempre um procedimento formal.
•• Art. 4º, Parágrafo único. O procedimento licitatório previsto nesta lei caracteriza ato
administrativo formal, seja ele praticado em qualquer esfera da Administração Pública.
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Direito Administrativo – Licitação - Princípios – Profª Tatiana Marcello
Licitações
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Princípios explícitos no art. 3º:
Legalidade
Impessoalidade
Moralidade
Igualdade
Publicidade
Probidade administrativa
Julgamento objetivo
Competitividade
Procedimento Formal
Adjudicação Compulsória
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Direito Administrativo – Licitação - Princípios – Profª Tatiana Marcello
Princípio da Publicidade
• Art. 3º, § 3o A licitação não será sigilosa, sendo públicos e acessíveis ao público os
atos de seu procedimento, salvo quanto ao conteúdo das propostas, até a
respectiva abertura.
Princípio da Igualdade/Isonomia
• O Princípio da Igualdade ou da Isonomia (tidos como sinônimos pela lei) tem
natureza constitucional e é elencado como o mais importante em se tratando de
licitação.
• CF, Art. 37, XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços,
compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que
assegure igualdade de condições a todos os concorrentes...”.
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• Quando se trata de licitação, vem a ideia de isonomia/igualdade entre os
participantes no procedimento licitatório, o que é expresso, inclusive na CF.
• Lei 12.349/2010 veio alterar a Lei 8.666/1993, a fim de relativizar essa ideia de
isonomia, trazendo uma interpretação elástica ao termo, ao conferir vantagens
competitivas (chamada margem de preferência) a empresas produtoras de bens
manufaturados nacionais ou prestadoras de serviços nacionais.
• Além disso, a Lei 12.349/10 veio favorecer os setores de pesquisa e inovações
tecnológicas nacionais.
• Já a Lei Lei 13.146/2015 (Estatuto da Pessoa com Deficiência), trouxe favorecimento
e margem de preferência a empresas que comprovem cumprimento de reservas de
cargos prevista em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado da previdência
social e que atendam às regras de acessibilidade previstas na legislação.
• Tal alteração foi tanta que o legislador entendeu por alterar também o art. 3º da Lei
8.666/93 a fim de constar que “A licitação destina-se a garantir a observância do
princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a
administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável...”
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Direito Administrativo – Licitação - Princípios – Profª Tatiana Marcello
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Princípio da Legalidade e da Impessoalidade
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Direito Administrativo – Licitação - Princípios – Profª Tatiana Marcello
• A aplicação desse princípio está relacionada aos tipos de licitação: a) menor preço;
b) melhor técnica; c) técnica e preço; d) maior lance ou oferta.
• O critério objetivo pode ser absoluto quando se tratar do tipo menor preço ou maior
lance ou oferta; porém, o que se relaciona a técnica, certamente que há um
resquício de subjetividade.
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Princípio do Sigilo na Apresentação das Propostas
• Art. 3º, § 3o A licitação não será sigilosa, sendo públicos e acessíveis ao público os
atos de seu procedimento, salvo quanto ao conteúdo das propostas, até a
respectiva abertura.
• O sigilo na das propostas até a abertura é tão importante que configura-se crime sua
violação (art. 94 da Lei 8.666).
• Art. 50. A Administração não poderá celebrar o contrato com preterição da ordem
de classificação das propostas ou com terceiros estranhos ao procedimento
licitatório, sob pena de nulidade.
• Esse princípio veda que a Administração celebre o contrato com outro que não seja
o vencedor. Veda também que se abra nova licitação enquanto válida a adjudicação
anterior.
822 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Licitação - Princípios – Profª Tatiana Marcello
Princípio da Competitividade
• Segundo a Lei, configura-se crime: Art. 90. Frustrar ou fraudar, mediante ajuste,
combinação ou qualquer outro expediente, o caráter competitivo do procedimento
licitatório, com o intuito de obter, para si ou para outrem, vantagem decorrente da
adjudicação do objeto da licitação.
Princípio do Formalismo
• Art. 4º, Parágrafo único. O procedimento licitatório previsto nesta lei caracteriza ato
administrativo formal, seja ele praticado em qualquer esfera da Administração
Pública.
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Direito Administrativo
MODALIDADE DE LICITAÇÃO
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ou penhorados, ou para a alienação de bens c) concorrência: acima de R$ 1.500.000,00
imóveis prevista no art. 19, a quem oferecer (um milhão e quinhentos mil reais); (Reda-
o maior lance, igual ou superior ao valor da ção dada pela Lei nº 9.648, de 1998)
avaliação. (Redação dada pela Lei nº 8.883,
de 1994) II – para compras e serviços não referidos
no inciso anterior: (Redação dada pela Lei
§ 6º Na hipótese do § 3o deste artigo, exis- nº 9.648, de 1998)
tindo na praça mais de 3 (três) possíveis
interessados, a cada novo convite, realiza- a) convite – até R$ 80.000,00 (oitenta mil
do para objeto idêntico ou assemelhado, é reais); (Redação dada pela Lei nº 9.648, de
obrigatório o convite a, no mínimo, mais um 1998)
interessado, enquanto existirem cadastra- b) tomada de preços – até R$ 650.000,00
dos não convidados nas últimas licitações. (seiscentos e cinqüenta mil reais); (Redação
(Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) dada pela Lei nº 9.648, de 1998)
§ 7º Quando, por limitações do mercado ou c) concorrência – acima de R$ 650.000,00
manifesto desinteresse dos convidados, for (seiscentos e cinqüenta mil reais). (Redação
impossível a obtenção do número mínimo dada pela Lei nº 9.648, de 1998)
de licitantes exigidos no § 3º deste artigo,
essas circunstâncias deverão ser devida- § 1º As obras, serviços e compras efetua-
mente justificadas no processo, sob pena de das pela Administração serão divididas em
repetição do convite. tantas parcelas quantas se comprovarem
técnica e economicamente viáveis, proce-
§ 8º É vedada a criação de outras modalida- dendo-se à licitação com vistas ao melhor
des de licitação ou a combinação das referi- aproveitamento dos recursos disponíveis no
das neste artigo. mercado e à ampliação da competitividade
§ 9º Na hipótese do parágrafo 2º deste arti- sem perda da economia de escala. (Reda-
go, a administração somente poderá exigir ção dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
do licitante não cadastrado os documentos § 2º Na execução de obras e serviços e nas
previstos nos arts. 27 a 31, que comprovem compras de bens, parceladas nos termos do
habilitação compatível com o objeto da lici- parágrafo anterior, a cada etapa ou conjun-
tação, nos termos do edital. (Incluído pela to de etapas da obra, serviço ou compra, há
Lei nº 8.883, de 1994) de corresponder licitação distinta, preserva-
Art. 23. As modalidades de licitação a que se re- da a modalidade pertinente para a execu-
ferem os incisos I a III do artigo anterior serão ção do objeto em licitação. (Redação dada
determinadas em função dos seguintes limites, pela Lei nº 8.883, de 1994)
tendo em vista o valor estimado da contratação: § 3º A concorrência é a modalidade de li-
I – para obras e serviços de engenharia: (Re- citação cabível, qualquer que seja o valor
dação dada pela Lei nº 9.648, de 1998) de seu objeto, tanto na compra ou aliena-
ção de bens imóveis, ressalvado o disposto
a) convite – até R$ 150.000,00 (cento e cin- no art. 19, como nas concessões de direito
qüenta mil reais); (Redação dada pela Lei nº real de uso e nas licitações internacionais,
9.648, de 1998) admitindo-se neste último caso, observados
os limites deste artigo, a tomada de preços,
b) tomada de preços – até R$ 1.500.000,00 quando o órgão ou entidade dispuser de ca-
(um milhão e quinhentos mil reais); (Reda- dastro internacional de fornecedores ou o
ção dada pela Lei nº 9.648, de 1998) convite, quando não houver fornecedor do
826 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Modalidade de Licitação – Profª Tatiana Marcello
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SLIDES – MODALIDADE DE LICITAÇÃO
Modalidades de Licitação
• Lei 10.520/2002 - Art. 1º Para aquisição de bens e serviços comuns, poderá ser
adotada a licitação na modalidade de pregão.
TIPOS MODALIDADES
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Direito Administrativo – Modalidade de Licitação – Profª Tatiana Marcello
V – leilão
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• Art. 23. As modalidades de licitação a que se referem os incisos I a III do artigo
anterior serão determinadas em função dos seguintes limites, tendo em vista o valor
estimado da contratação:
Concorrência
Engenharia – acima de R$1.500.000,00
Demais obras e serviços – acima de 650.000,00
Tomada de Preços
Engenharia – de R$150.000,00 até
R$1.500.000,00
Demais obras e serviços – de R$80.000,00
até R$650.000,00
Convite
Engenharia – até R$150.000,00
Demais obras e serviços – até
R$80.000,00
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Direito Administrativo – Modalidade de Licitação – Profª Tatiana Marcello
• Art. 23, § 4o Nos casos em que couber convite, a Administração poderá utilizar a
tomada de preços e, em qualquer caso, a concorrência.
• Concorrência
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• Em regra, na modalidade concorrência, há uma fase de habilitação preliminar, que
ocorre logo após a abertura do procedimento (após a publicação do resumo do
edital).
• Tomada de Preços
• Quem ainda não for cadastrado, poderá cadastrar-se até o 3º dia anterior à data do
recebimento das propostas, desde que atendam às condições de qualificação exigidas
(mesmas exigência para o cadastramento).
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Direito Administrativo – Modalidade de Licitação – Profª Tatiana Marcello
b) o contrato a ser celebrado esteja dentro dos limites de preços para essa
modalidade (Engenharia – até R$1.500.000,00; demais obras e serviços – até
R$650.000,00)
• Convite
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• O convite tem procedimentos mais simples, sendo utilizado para contratações de
menor valor.
• Concurso
• O julgamento é feito por uma comissão especial, formada por pessoas de reputação
ilibada e reconhecido conhecimento da matéria, sejam servidores públicos ou não.
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Direito Administrativo – Modalidade de Licitação – Profª Tatiana Marcello
• Leilão
• O leilão para alienação de bens móveis está limitado a bens avaliados em até
R$650.000,00. Acima desse valor, a modalidade será a concorrência.
• Art. 53. O leilão pode ser cometido a leiloeiro oficial ou a servidor designado pela
Administração, procedendo-se na forma da legislação pertinente.
§ 1o Todo bem a ser leiloado será previamente avaliado pela Administração para
fixação do preço mínimo de arrematação.
§ 2o Os bens arrematados serão pagos à vista ou no percentual estabelecido no
edital, não inferior a 5% e, após a assinatura da respectiva ata lavrada no local do
leilão, imediatamente entregues ao arrematante, o qual se obrigará ao pagamento
do restante no prazo estipulado no edital de convocação, sob pena de perder em
favor da Administração o valor já recolhido.
§ 3o Nos leilões internacionais, o pagamento da parcela à vista poderá ser feito em
até 24h.
§ 4o O edital de leilão deve ser amplamente divulgado, principalmente no município
em que se realizará.
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• Pregão
• A Lei 10.520/02, de caráter geral e nacional, veio estender o pregão a todas as esferas
da Federação: União, Estados, Municípios e DF.
• Consulta
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Direito Administrativo
TIPOS DE LICITAÇÃO
Art. 45. O julgamento das propostas será § 3º No caso da licitação do tipo "menor
objetivo, devendo a Comissão de licitação preço", entre os licitantes considerados
ou o responsável pelo convite realizá-lo em qualificados a classificação se dará pela
conformidade com os tipos de licitação, os ordem crescente dos preços propostos,
critérios previamente estabelecidos no ato prevalecendo, no caso de empate,
convocatório e de acordo com os fatores exclusivamente o critério previsto no
exclusivamente nele referidos, de maneira a parágrafo anterior. (Redação dada pela Lei
possibilitar sua aferição pelos licitantes e pelos nº 8.883, de 1994)
órgãos de controle. § 4º Para contratação de bens e serviços
de informática, a administração observará
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o disposto no art. 3º da Lei nº 8.248, de
23 de outubro de 1991, levando em conta
os fatores especificados em seu parágrafo
2º e adotando obrigatoriamento o tipo
de licitação "técnica e preço", permitido o
emprego de outro tipo de licitação nos casos
indicados em decreto do Poder Executivo.
(Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
§ 5º É vedada a utilização de outros tipos de
licitação não previstos neste artigo.
§ 6º Na hipótese prevista no art. 23, §
7º, serão selecionadas tantas propostas
quantas necessárias até que se atinja
a quantidade demandada na licitação.
(Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)
Art. 46. Os tipos de licitação "melhor
técnica" ou "técnica e preço" serão utilizados
exclusivamente para serviços de natureza
predominantemente intelectual, em especial
na elaboração de projetos, cálculos, fiscalização,
supervisão e gerenciamento e de engenharia
consultiva em geral e, em particular, para a
elaboração de estudos técnicos preliminares
e projetos básicos e executivos, ressalvado o
disposto no § 4º do artigo anterior. (Redação
dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
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Direito Administrativo – Tipos de Licitação – Profª Tatiana Marcello
Tipos de Licitação
• Art. 45, § 1o Para os efeitos deste artigo, constituem tipos de licitação, exceto na
modalidade concurso:
I - a de menor preço - quando o critério de seleção da proposta mais vantajosa para a
Administração determinar que será vencedor o licitante que apresentar a proposta
de acordo com as especificações do edital ou convite e ofertar o menor preço
II - a de melhor técnica
III - a de técnica e preço
IV - a de maior lance ou oferta - nos casos de alienação de bens ou concessão de
direito real de uso
TIPOS MODALIDADES
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• Os tipos de licitação são aplicáveis a todas as modalidades de licitação, exceto para
o concurso (neste o participante aceita o prêmio ou remuneração previamente
estipulados).
• Art. 54, § 5o É vedada a utilização de outros tipos de licitação não previstos neste
artigo
• O tipo “menor preço” é a regra geral nas licitações para contratações de obras,
serviços, compras e locações. Também é o tipo obrigatório utilizado na modalidade
pregão. Será vencedor o que apresentar o menor preço.
• Art. 46. Os tipos de licitação "melhor técnica" ou "técnica e preço" serão utilizados
exclusivamente para serviços de natureza predominantemente intelectual, em
especial na elaboração de projetos, cálculos, fiscalização, supervisão e
gerenciamento e de engenharia consultiva em geral e, em particular, para a
elaboração de estudos técnicos preliminares e projetos básicos e executivos.
• Nos casos de alienação de bens ou concessão de direito real de uso, por óbvio, se
usa o tipo “maior lance ou oferta”.
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Direito Administrativo
PROCEDIMENTO DE LICITAÇÃO
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situação regular no cumprimento dos en- quadro permanente, na data prevista para
cargos sociais instituídos por lei. (Redação entrega da proposta, profissional de nível
dada pela Lei nº 8.883, de 1994) superior ou outro devidamente reconheci-
do pela entidade competente, detentor de
V – prova de inexistência de débitos inadim- atestado de responsabilidade técnica por
plidos perante a Justiça do Trabalho, me- execução de obra ou serviço de caracterís-
diante a apresentação de certidão negativa, ticas semelhantes, limitadas estas exclusi-
nos termos do Título VII-A da Consolidação vamente às parcelas de maior relevância
das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decre- e valor significativo do objeto da licitação,
to-Lei no5.452, de 1º de maio de 1943. (In- vedadas as exigências de quantidades míni-
cluído pela Lei nº 12.440, de 2011) mas ou prazos máximos; (Incluído pela Lei
Art. 30. A documentação relativa à qualificação nº 8.883, de 1994)
técnica limitar-se-á a: II – (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de
I – registro ou inscrição na entidade profis- 1994)
sional competente; a) (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de
II – comprovação de aptidão para desem- 1994)
penho de atividade pertinente e compatí- b) (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de
vel em características, quantidades e prazos 1994)
com o objeto da licitação, e indicação das
instalações e do aparelhamento e do pes- § 2º As parcelas de maior relevância técni-
soal técnico adequados e disponíveis para a ca e de valor significativo, mencionadas no
realização do objeto da licitação, bem como parágrafo anterior, serão definidas no ins-
da qualificação de cada um dos membros trumento convocatório. (Redação dada pela
da equipe técnica que se responsabilizará Lei nº 8.883, de 1994)
pelos trabalhos;
§ 3º Será sempre admitida a comprovação
III – comprovação, fornecida pelo órgão li- de aptidão através de certidões ou atesta-
citante, de que recebeu os documentos, e, dos de obras ou serviços similares de com-
quando exigido, de que tomou conhecimen- plexidade tecnológica e operacional equiva-
to de todas as informações e das condições lente ou superior.
locais para o cumprimento das obrigações
objeto da licitação; § 4º Nas licitações para fornecimento de
bens, a comprovação de aptidão, quando
IV – prova de atendimento de requisitos for o caso, será feita através de atestados
previstos em lei especial, quando for o caso. fornecidos por pessoa jurídica de direito pú-
blico ou privado.
§ 1º A comprovação de aptidão referida no
inciso II do "caput" deste artigo, no caso das § 5º É vedada a exigência de comprovação
licitações pertinentes a obras e serviços, de atividade ou de aptidão com limitações
será feita por atestados fornecidos por pes- de tempo ou de época ou ainda em locais
soas jurídicas de direito público ou privado, específicos, ou quaisquer outras não previs-
devidamente registrados nas entidades pro- tas nesta Lei, que inibam a participação na
fissionais competentes, limitadas as exigên- licitação.
cias a: (Redação dada pela Lei nº 8.883, de
1994) § 6º As exigências mínimas relativas a insta-
lações de canteiros, máquinas, equipamen-
I – capacitação técnico-profissional: com- tos e pessoal técnico especializado, consi-
provação do licitante de possuir em seu derados essenciais para o cumprimento do
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§ 11. (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, § 3º O capital mínimo ou o valor do patri-
de 1994) mônio líquido a que se refere o parágrafo
anterior não poderá exceder a 10% (dez por
§ 12. (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, cento) do valor estimado da contratação,
de 1994) devendo a comprovação ser feita relativa-
Art. 31. A documentação relativa à qualificação mente à data da apresentação da proposta,
econômico-financeira limitar-se-á a: na forma da lei, admitida a atualização para
esta data através de índices oficiais.
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§ 4º Poderá ser exigida, ainda, a relação dos de que previsto no edital e o registro tenha
compromissos assumidos pelo licitante que sido feito em obediência ao disposto nesta
importem diminuição da capacidade opera- Lei.
tiva ou absorção de disponibilidade finan-
ceira, calculada esta em função do patrimô- § 4º As empresas estrangeiras que não
nio líquido atualizado e sua capacidade de funcionem no País, tanto quanto possível,
rotação. atenderão, nas licitações internacionais, às
exigências dos parágrafos anteriores me-
§ 5º A comprovação de boa situação finan- diante documentos equivalentes, autentica-
ceira da empresa será feita de forma objeti- dos pelos respectivos consulados e traduzi-
va, através do cálculo de índices contábeis dos por tradutor juramentado, devendo ter
previstos no edital e devidamente justifica- representação legal no Brasil com poderes
dos no processo administrativo da licitação expressos para receber citação e responder
que tenha dado início ao certame licitató- administrativa ou judicialmente.
rio, vedada a exigência de índices e valo-
res não usualmente adotados para correta § 5º Não se exigirá, para a habilitação de
avaliação de situação financeira suficiente que trata este artigo, prévio recolhimento
ao cumprimento das obrigações decorren- de taxas ou emolumentos, salvo os referen-
tes da licitação. (Redação dada pela Lei nº tes a fornecimento do edital, quando solici-
8.883, de 1994) tado, com os seus elementos constitutivos,
limitados ao valor do custo efetivo de repro-
§ 6º (Vetado). (Redação dada pela Lei nº dução gráfica da documentação fornecida.
8.883, de 1994)
§ 6º O disposto no § 4º deste artigo, no § 1º
Art. 32. Os documentos necessários à habilita- do art. 33 e no § 2º do art. 55, não se aplica
ção poderão ser apresentados em original, por às licitações internacionais para a aquisição
qualquer processo de cópia autenticada por de bens e serviços cujo pagamento seja fei-
cartório competente ou por servidor da admi- to com o produto de financiamento conce-
nistração ou publicação em órgão da impren- dido por organismo financeiro internacional
sa oficial. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de de que o Brasil faça parte, ou por agência
1994) estrangeira de cooperação, nem nos casos
de contratação com empresa estrangeira,
§ 1º A documentação de que tratam os arts. para a compra de equipamentos fabrica-
28 a 31 desta Lei poderá ser dispensada, dos e entregues no exterior, desde que para
no todo ou em parte, nos casos de convite, este caso tenha havido prévia autorização
concurso, fornecimento de bens para pron- do Chefe do Poder Executivo, nem nos ca-
ta entrega e leilão. sos de aquisição de bens e serviços realiza-
§ 2º O certificado de registro cadastral a da por unidades administrativas com sede
que se refere o § 1º do art. 36 substitui os no exterior.
documentos enumerados nos arts. 28 a 31, § 7º A documentação de que tratam os arts.
quanto às informações disponibilizadas em 28 a 31 e este artigo poderá ser dispensada,
sistema informatizado de consulta direta nos termos de regulamento, no todo ou em
indicado no edital, obrigando-se a parte a parte, para a contratação de produto para
declarar, sob as penalidades legais, a super- pesquisa e desenvolvimento, desde que
veniência de fato impeditivo da habilitação. para pronta entrega ou até o valor previsto
(Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998) na alínea “a” do inciso II do caput do art. 23.
§ 3º A documentação referida neste artigo (Incluído pela Lei nº 13.243, de 2016)
poderá ser substituída por registro cadastral
emitido por órgão ou entidade pública, des-
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Seção IV dos, convênios ou ajustes devem ser previa-
DO PROCEDIMENTO E JULGAMENTO mente examinadas e aprovadas por asses-
soria jurídica da Administração. (Redação
Art. 38. O procedimento da licitação será inicia- dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
do com a abertura de processo administrativo, Art. 39. Sempre que o valor estimado para uma
devidamente autuado, protocolado e numera- licitação ou para um conjunto de licitações si-
do, contendo a autorização respectiva, a indica- multâneas ou sucessivas for superior a 100
ção sucinta de seu objeto e do recurso próprio (cem) vezes o limite previsto no art. 23, inciso
para a despesa, e ao qual serão juntados opor- I, alínea "c" desta Lei, o processo licitatório será
tunamente: iniciado, obrigatoriamente, com uma audiência
I – edital ou convite e respectivos anexos, pública concedida pela autoridade responsável
quando for o caso; com antecedência mínima de 15 (quinze) dias
úteis da data prevista para a publicação do edi-
II – comprovante das publicações do edital tal, e divulgada, com a antecedência mínima de
resumido, na forma do art. 21 desta Lei, ou 10 (dez) dias úteis de sua realização, pelos mes-
da entrega do convite; mos meios previstos para a publicidade da lici-
III – ato de designação da comissão de lici- tação, à qual terão acesso e direito a todas as
tação, do leiloeiro administrativo ou oficial, informações pertinentes e a se manifestar todos
ou do responsável pelo convite; os interessados.
IV – original das propostas e dos documen- Parágrafo único. Para os fins deste artigo,
tos que as instruírem; consideram-se licitações simultâneas aque-
las com objetos similares e com realização
V – atas, relatórios e deliberações da Comis- prevista para intervalos não superiores a
são Julgadora; trinta dias e licitações sucessivas aquelas
em que, também com objetos similares, o
VI – pareceres técnicos ou jurídicos emiti- edital subseqüente tenha uma data anterior
dos sobre a licitação, dispensa ou inexigibi- a cento e vinte dias após o término do con-
lidade; trato resultante da licitação antecedente.
VII – atos de adjudicação do objeto da licita- (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
ção e da sua homologação; Art. 40. O edital conterá no preâmbulo o núme-
VIII – recursos eventualmente apresentados ro de ordem em série anual, o nome da repar-
pelos licitantes e respectivas manifestações tição interessada e de seu setor, a modalidade,
e decisões; o regime de execução e o tipo da licitação, a
menção de que será regida por esta Lei, o local,
IX – despacho de anulação ou de revogação dia e hora para recebimento da documentação
da licitação, quando for o caso, fundamen- e proposta, bem como para início da abertura
tado circunstanciadamente; dos envelopes, e indicará, obrigatoriamente, o
X – termo de contrato ou instrumento equi- seguinte:
valente, conforme o caso; I – objeto da licitação, em descrição sucinta
XI – outros comprovantes de publicações; e clara;
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III – sanções para o caso de inadimplemen- XIII – limites para pagamento de instalação
to; e mobilização para execução de obras ou
serviços que serão obrigatoriamente previs-
IV – local onde poderá ser examinado e ad- tos em separado das demais parcelas, eta-
quirido o projeto básico; pas ou tarefas;
V – se há projeto executivo disponível na XIV – condições de pagamento, prevendo:
data da publicação do edital de licitação e
o local onde possa ser examinado e adqui- a) prazo de pagamento não superior a trinta
rido; dias, contado a partir da data final do perí-
odo de adimplemento de cada parcela; (Re-
VI – condições para participação na licita- dação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
ção, em conformidade com os arts. 27 a 31
desta Lei, e forma de apresentação das pro- b) cronograma de desembolso máximo por
postas; período, em conformidade com a disponibi-
lidade de recursos financeiros;
VII – critério para julgamento, com disposi-
ções claras e parâmetros objetivos; c) critério de atualização financeira dos va-
lores a serem pagos, desde a data final do
VIII – locais, horários e códigos de acesso período de adimplemento de cada parcela
dos meios de comunicação à distância em até a data do efetivo pagamento; (Redação
que serão fornecidos elementos, informa- dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
ções e esclarecimentos relativos à licitação
e às condições para atendimento das obri- d) compensações financeiras e penaliza-
gações necessárias ao cumprimento de seu ções, por eventuais atrasos, e descontos,
objeto; por eventuais antecipações de pagamentos;
IX – condições equivalentes de pagamento e) exigência de seguros, quando for o caso;
entre empresas brasileiras e estrangeiras,
no caso de licitações internacionais; XV – instruções e normas para os recursos
previstos nesta Lei;
X – o critério de aceitabilidade dos preços
unitário e global, conforme o caso, permiti- XVI – condições de recebimento do objeto
da a fixação de preços máximos e vedados da licitação;
a fixação de preços mínimos, critérios esta- XVII – outras indicações específicas ou pe-
tísticos ou faixas de variação em relação a culiares da licitação.
preços de referência, ressalvado o disposto
nos parágrafos 1º e 2º do art. 48; (Redação § 1º O original do edital deverá ser data-
dada pela Lei nº 9.648, de 1998) do, rubricado em todas as folhas e assina-
do pela autoridade que o expedir, perma-
XI – critério de reajuste, que deverá retra- necendo no processo de licitação, e dele
tar a variação efetiva do custo de produção, extraindo-se cópias integrais ou resumidas,
admitida a adoção de índices específicos ou para sua divulgação e fornecimento aos in-
setoriais, desde a data prevista para apre- teressados.
sentação da proposta, ou do orçamento a
que essa proposta se referir, até a data do § 2º Constituem anexos do edital, dele fa-
adimplemento de cada parcela; (Redação zendo parte integrante:
dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
I – o projeto básico e/ou executivo, com
XII – (Vetado). (Redação dada pela Lei nº todas as suas partes, desenhos, especifica-
8.883, de 1994) ções e outros complementos;
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II – orçamento estimado em planilhas de nistração o licitante que não o fizer até o se-
quantitativos e preços unitários; (Redação gundo dia útil que anteceder a abertura dos
dada pela Lei nº 8.883, de 1994) envelopes de habilitação em concorrência,
a abertura dos envelopes com as propostas
III – a minuta do contrato a ser firmado en- em convite, tomada de preços ou concurso,
tre a Administração e o licitante vencedor; ou a realização de leilão, as falhas ou irregu-
IV – as especificações complementares e as laridades que viciariam esse edital, hipótese
normas de execução pertinentes à licitação. em que tal comunicação não terá efeito de
recurso. (Redação dada pela Lei nº 8.883,
§ 3º Para efeito do disposto nesta Lei, con- de 1994)
sidera-se como adimplemento da obrigação
contratual a prestação do serviço, a realiza- § 3º A impugnação feita tempestivamente
ção da obra, a entrega do bem ou de parce- pelo licitante não o impedirá de participar
la destes, bem como qualquer outro evento do processo licitatório até o trânsito em jul-
contratual a cuja ocorrência esteja vincula- gado da decisão a ela pertinente.
da a emissão de documento de cobrança. § 4º A inabilitação do licitante importa pre-
§ 4º Nas compras para entrega imediata, clusão do seu direito de participar das fases
assim entendidas aquelas com prazo de en- subseqüentes.
trega até trinta dias da data prevista para Art. 42. Nas concorrências de âmbito interna-
apresentação da proposta, poderão ser dis- cional, o edital deverá ajustar-se às diretrizes
pensadas: (Incluído pela Lei nº 8.883, de da política monetária e do comércio exterior e
1994) atender às exigências dos órgãos competentes.
I – o disposto no inciso XI deste artigo; (In- § 1º Quando for permitido ao licitante es-
cluído pela Lei nº 8.883, de 1994) trangeiro cotar preço em moeda estran-
II – a atualização financeira a que se refere geira, igualmente o poderá fazer o licitante
a alínea "c" do inciso XIV deste artigo, cor- brasileiro.
respondente ao período compreendido en- § 2º O pagamento feito ao licitante brasilei-
tre as datas do adimplemento e a prevista ro eventualmente contratado em virtude da
para o pagamento, desde que não superior licitação de que trata o parágrafo anterior
a quinze dias. (Incluído pela Lei nº 8.883, de será efetuado em moeda brasileira, à taxa
1994) de câmbio vigente no dia útil imediatamen-
Art. 41. A Administração não pode descumprir te anterior à data do efetivo pagamento.
as normas e condições do edital, ao qual se acha (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
estritamente vinculada. § 3º As garantias de pagamento ao licitante
§ 1º Qualquer cidadão é parte legítima brasileiro serão equivalentes àquelas ofere-
para impugnar edital de licitação por irre- cidas ao licitante estrangeiro.
gularidade na aplicação desta Lei, devendo § 4º Para fins de julgamento da licitação, as
protocolar o pedido até 5 (cinco) dias úteis propostas apresentadas por licitantes es-
antes da data fixada para a abertura dos en- trangeiros serão acrescidas dos gravames
velopes de habilitação, devendo a Adminis- conseqüentes dos mesmos tributos que
tração julgar e responder à impugnação em oneram exclusivamente os licitantes brasi-
até 3 (três) dias úteis, sem prejuízo da facul- leiros quanto à operação final de venda.
dade prevista no § 1º do art. 113.
§ 5º Para a realização de obras, prestação de
§ 2º Decairá do direito de impugnar os ter- serviços ou aquisição de bens com recursos
mos do edital de licitação perante a admi-
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devem contrariar as normas e princípios estabe- Administração determinar que será vence-
lecidos por esta Lei. dor o licitante que apresentar a proposta de
acordo com as especificações do edital ou
§ 1º É vedada a utilização de qualquer ele- convite e ofertar o menor preço;
mento, critério ou fator sigiloso, secreto,
subjetivo ou reservado que possa ainda que II – a de melhor técnica;
indiretamente elidir o princípio da igualda-
de entre os licitantes. III – a de técnica e preço.
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mente, junto com o edital, todos os elementos respondente proposta. (Incluído pela Lei nº
e informações necessários para que os licitantes 9.648, de 1998)
possam elaborar suas propostas de preços com
total e completo conhecimento do objeto da li- § 3º Quando todos os licitantes forem ina-
citação. bilitados ou todas as propostas forem des-
classificadas, a administração poderá fixar
Art. 48. Serão desclassificadas: aos licitantes o prazo de oito dias úteis para
a apresentação de nova documentação ou
I – as propostas que não atendam às exigên- de outras propostas escoimadas das causas
cias do ato convocatório da licitação; referidas neste artigo, facultada, no caso de
II – propostas com valor global superior ao convite, a redução deste prazo para três dias
limite estabelecido ou com preços manifes- úteis. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)
tamente inexeqüiveis, assim considerados Art. 49. A autoridade competente para a apro-
aqueles que não venham a ter demonstrada vação do procedimento somente poderá revo-
sua viabilidade através de documentação gar a licitação por razões de interesse público
que comprove que os custos dos insumos decorrente de fato superveniente devidamente
são coerentes com os de mercado e que os comprovado, pertinente e suficiente para justi-
coeficientes de produtividade são compatí- ficar tal conduta, devendo anulá-la por ilegali-
veis com a execução do objeto do contrato, dade, de ofício ou por provocação de terceiros,
condições estas necessariamente especifi- mediante parecer escrito e devidamente funda-
cadas no ato convocatório da licitação. (Re- mentado.
dação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
§ 1º A anulação do procedimento licitatório
§ 1º Para os efeitos do disposto no inciso II por motivo de ilegalidade não gera obriga-
deste artigo consideram-se manifestamen- ção de indenizar, ressalvado o disposto no
te inexeqüíveis, no caso de licitações de parágrafo único do art. 59 desta Lei.
menor preço para obras e serviços de en-
genharia, as propostas cujos valores sejam § 2º A nulidade do procedimento licitatório
inferiores a 70% (setenta por cento) do me- induz à do contrato, ressalvado o disposto
nor dos seguintes valores: (Incluído pela Lei no parágrafo único do art. 59 desta Lei.
nº 9.648, de 1998)
§ 3º No caso de desfazimento do processo
a) média aritmética dos valores das propos- licitatório, fica assegurado o contraditório e
tas superiores a 50% (cinqüenta por cento) a ampla defesa.
do valor orçado pela administração, ou (In-
cluído pela Lei nº 9.648, de 1998) § 4º O disposto neste artigo e seus parágra-
fos aplica-se aos atos do procedimento de
b) valor orçado pela administração. (Incluí- dispensa e de inexigibilidade de licitação.
do pela Lei nº 9.648, de 1998)
Art. 50. A Administração não poderá celebrar o
§ 2º Dos licitantes classificados na forma do contrato com preterição da ordem de classifica-
parágrafo anterior cujo valor global da pro- ção das propostas ou com terceiros estranhos
posta for inferior a 80% (oitenta por cento) ao procedimento licitatório, sob pena de nulida-
do menor valor a que se referem as alíneas de.
"a" e "b", será exigida, para a assinatura do
contrato, prestação de garantia adicional, Art. 51. A habilitação preliminar, a inscrição em
dentre as modalidades previstas no § 1º do registro cadastral, a sua alteração ou cancela-
art. 56, igual a diferença entre o valor resul- mento, e as propostas serão processadas e jul-
tante do parágrafo anterior e o valor da cor- gadas por comissão permanente ou especial de,
no mínimo, 3 (três) membros, sendo pelo me-
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SLIDES – PROCEDIMENTO DE LICITAÇÃO
Licitações
Procedimento de Licitação
• Apesar de o procedimento licitatório estar detalhado na Lei 8.666/93, não há uma
sequência lógica e didática.
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Fase interna:
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Fase externa:
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• Audiência Pública
• Com a finalidade de ampliar o acesso às informações relativas ao contrato a ser
firmado, a lei estabelece que em casos de valores muito elevados, deve haver uma
audiência pública antes mesmo da publicação do edital.
• Art. 39. Sempre que o valor estimado para uma licitação ou para um conjunto de
licitações simultâneas ou sucessivas for superior a 100 vezes o limite previsto no art.
23, inciso I, alínea "c" desta Lei (obras e serviços de engenharia acima de
R$1.500.000,00), o processo licitatório será iniciado, obrigatoriamente, com uma
audiência pública concedida pela autoridade responsável.
• Edital é o meio pelo qual a Administração torna pública quaisquer das modalidades de
licitação, exceto o convite (que utiliza a carta-convite).
• Art. 21. Os avisos contendo os resumos dos editais das concorrências, das tomadas de
preços, dos concursos e dos leilões, embora realizados no local da repartição interessada,
deverão ser publicados com antecedência, no mínimo, por uma vez:
I - no Diário Oficial da União, quando se tratar de licitação feita por órgão ou entidade da
Administração Pública Federal e, ainda, quando se tratar de obras financiadas parcial ou
totalmente com recursos federais ou garantidas por instituições federais;
II - no Diário Oficial do Estado, ou do Distrito Federal quando se tratar, respectivamente, de
licitação feita por órgão ou entidade da Administração Pública Estadual ou Municipal, ou do
Distrito Federal;
III - em jornal diário de grande circulação no Estado e também, se houver, em jornal de
circulação no Município ou na região onde será realizada a obra, prestado o serviço,
fornecido, alienado ou alugado o bem, podendo ainda a Administração, conforme o vulto da
licitação, utilizar-se de outros meios de divulgação para ampliar a área de competição.
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• § 1o O aviso publicado conterá a indicação do local em que os interessados
poderão ler e obter o texto integral do edital e todas as informações sobre a
licitação.
• Art. 40. O edital conterá no preâmbulo o número de ordem em série anual, o nome
da repartição interessada e de seu setor, a modalidade, o regime de execução e o
tipo da licitação, a menção de que será regida por esta Lei, o local, dia e hora para
recebimento da documentação e proposta, bem como para início da abertura dos
envelopes, e indicará, obrigatoriamente, o seguinte:
I - objeto da licitação, em descrição sucinta e clara;
II - prazo e condições para assinatura do contrato ou retirada dos instrumentos,
como previsto no art. 64 desta Lei, para execução do contrato e para entrega do
objeto da licitação;
III - sanções para o caso de inadimplemento;
IV - local onde poderá ser examinado e adquirido o projeto básico;
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XIV - condições de pagamento, prevendo:
a) prazo de pagamento não superior a 30 dias, contado a partir da data final do
período de adimplemento de cada parcela;
b) cronograma de desembolso máximo por período, em conformidade com a
disponibilidade de recursos financeiros;
c) critério de atualização financeira dos valores a serem pagos, desde a data final
do período de adimplemento de cada parcela até a data do efetivo
pagamento;
d) compensações financeiras e penalizações, por eventuais atrasos, e descontos,
por eventuais antecipações de pagamentos;
e) exigência de seguros, quando for o caso;
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• Art. 48. Serão desclassificadas as propostas: II - propostas com valor global superior
ao limite estabelecido ou com preços manifestamente inexeqüiveis, assim
considerados aqueles que não venham a ter demonstrada sua viabilidade através de
documentação que comprove que os custos dos insumos são coerentes com os de
mercado e que os coeficientes de produtividade são compatíveis com a execução do
objeto do contrato, condições estas necessariamente especificadas no ato
convocatório da licitação.
• § 1º Consideram-se manifestamente inexeqüíveis, no caso de licitações de menor
preço para obras e serviços de engenharia, as propostas cujos valores sejam
inferiores a 70% do menor dos seguintes valores:
a) média aritmética dos valores das propostas superiores a 50% do valor orçado pela
administração, ou
b) valor orçado pela administração.
• § 2º Dos licitantes classificados na forma do parágrafo anterior cujo valor global da
proposta for inferior a 80% do menor valor a que se referem as alíneas "a" e "b",
será exigida, para a assinatura do contrato, prestação de garantia adicional.
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• Antecedência mínima do edital:
• Portanto, a lei estabelece prazos mínimos que a Administração terá que dar, a
partir da publicação do edital do da expedição da carta-convite (os prazos podem
ser maiores, mas nunca menores).
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PRAZO HIPÓTESES
45 dias ü concurso;
ü concorrência, quando o contrato a ser celebrado contemplar o
regime de empreitada integral ou quando a licitação for do tipo
"melhor técnica" ou "técnica e preço";
30 dias ü concorrência, nos casos não especificados na alínea "b" do inciso
anterior;
ü tomada de preços, quando a licitação for do tipo "melhor técnica"
ou "técnica e preço";
15 dias ü tomada de preços, nos casos não especificados na alínea "b" do
inciso anterior;
ü leilão;
5 dias úteis ü convite
• Impugnações ao Edital:
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• § 3o A impugnação feita tempestivamente pelo licitante não o impedirá de
participar do processo licitatório até o trânsito em julgado da decisão a ela
pertinente.
• Comissão de licitação
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Direito Administrativo – Procedimento de Licitação – Profª Tatiana Marcello
• A regra é que a habilitação ocorra antes da análise das propostas, sendo que, nesse
caso, os inabilitados serão excluídos do procedimento sem ao menos terem suas
propostas analisadas (os envelopes são devolvidos lacrados).
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• Art. 27. Para a habilitação nas licitações exigir-se-á dos interessados,
exclusivamente, documentação relativa a:
I - habilitação jurídica;
II - qualificação técnica;
III - qualificação econômico-financeira;
IV – regularidade fiscal e trabalhista;
V – cumprimento do disposto no inciso XXXIII do art. 7º da CF (restrições e proibições
ao trabalho de menores)
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Direito Administrativo – Procedimento de Licitação – Profª Tatiana Marcello
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• Art. 30. A documentação relativa à qualificação técnica limitar-se-á a:
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Direito Administrativo – Procedimento de Licitação – Profª Tatiana Marcello
• Caso reste vencedora, terá o prazo de 5 dias úteis (prorrogáveis por mais 5) para
regularizar a situação.
• Registros Cadastrais
• Art. 34. Para os fins desta Lei, os órgãos e entidades da Administração Pública que
realizem freqüentemente licitações manterão registros cadastrais para efeito de
habilitação, na forma regulamentar, válidos por, no máximo, 1 ano.
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• Art. 36. Os inscritos serão classificados por categorias, tendo-se em vista sua
especialização, subdivididas em grupos, segundo a qualificação técnica e econômica
avaliada pelos elementos constantes da documentação .
• Art. 37. A qualquer tempo poderá ser alterado, suspenso ou cancelado o registro
do inscrito que deixar de satisfazer as exigências do art. 27 desta Lei, ou as
estabelecidas para classificação cadastral.
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Direito Administrativo – Procedimento de Licitação – Profª Tatiana Marcello
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• Homologação e Adjudicação ao vencedor
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Direito Administrativo
Licitações
• Anulação pode ser feita pelo própria Administração ou pelo Judiciário – efeito ex
tunc (pra trás).
• Revogação pode ser feita apenas pela Administração – efeito ex nunc (pra frente).
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• A licitação, como sendo uma sequencia encadeada de atos administrativos,
também está sujeita a anulação ou revogação desses atos.
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Direito Administrativo – Anulação e Revogação de Licitação – Profª Tatiana Marcello
• A revogação da licitação sofre algumas limitação em relação à regra geral (de que é
um ato discricionários da Administração). No caso de licitação, somente poderá
haver revogação em 2 hipóteses:
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Direito Administrativo
Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constitui- VIII – (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883,
ção Federal, institui normas para licitações e de 1994)
contratos da Administração Pública e dá outras
providências. § 1º Ressalvados os casos de inexigibilidade
de licitação, os contratos para a prestação
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o de serviços técnicos profissionais especiali-
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a se- zados deverão, preferencialmente, ser cele-
guinte Lei: brados mediante a realização de concurso,
com estipulação prévia de prêmio ou remu-
Seção IV neração.
DOS SERVIÇOS TÉCNICOS
§ 2º Aos serviços técnicos previstos neste
PROFISSIONAIS ESPECIALIZADOS artigo aplica-se, no que couber, o disposto
no art. 111 desta Lei.
Art. 13. Para os fins desta Lei, consideram-se
serviços técnicos profissionais especializados os § 3º A empresa de prestação de serviços
trabalhos relativos a: técnicos especializados que apresente rela-
ção de integrantes de seu corpo técnico em
I – estudos técnicos, planejamentos e proje-
procedimento licitatório ou como elemento
tos básicos ou executivos;
de justificação de dispensa ou inexigibilida-
II – pareceres, perícias e avaliações em ge- de de licitação, ficará obrigada a garantir
ral; que os referidos integrantes realizem pesso-
al e diretamente os serviços objeto do con-
III – assessorias ou consultorias técnicas e trato.
auditorias financeiras ou tributárias; (Reda-
ção dada pela Lei nº 8.883, de 1994) (...)
IV – fiscalização, supervisão ou gerencia- Seção VI
mento de obras ou serviços; DAS ALIENAÇÕES
V – patrocínio ou defesa de causas judiciais
Art. 17. A alienação de bens da Administração
ou administrativas;
Pública, subordinada à existência de interesse
VI – treinamento e aperfeiçoamento de público devidamente justificado, será precedida
pessoal; de avaliação e obedecerá às seguintes normas:
VII – restauração de obras de arte e bens de I – quando imóveis, dependerá de autoriza-
valor histórico. ção legislativa para órgãos da administração
direta e entidades autárquicas e fundacio-
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nais, e, para todos, inclusive as entidades da administração pública; (Incluído pela Lei
paraestatais, dependerá de avaliação prévia nº 11.481, de 2007)
e de licitação na modalidade de concorrên-
i) alienação e concessão de direito real de
cia, dispensada esta nos seguintes casos:
uso, gratuita ou onerosa, de terras públicas
a) dação em pagamento; rurais da União e do Incra, onde incidam
ocupações até o limite de quinze módulos
b) doação, permitida exclusivamente para
fiscais e não superiores a 1.500ha (mil e qui-
outro órgão ou entidade da administração
nhentos hectares), para fins de regulariza-
pública, de qualquer esfera de governo, res-
ção fundiária, atendidos os requisitos legais;
salvado o disposto nas alíneas f, h e i; (Reda-
e (Redação dada pela Medida Provisória nº
ção dada pela Lei nº 11.952, de 2009)
759, de 2016)
c) permuta, por outro imóvel que atenda
II – quando móveis, dependerá de avaliação
aos requisitos constantes do inciso X do art.
prévia e de licitação, dispensada esta nos
24 desta Lei;
seguintes casos:
d) investidura;
a) doação, permitida exclusivamente para
e) venda a outro órgão ou entidade da ad- fins e uso de interesse social, após avaliação
ministração pública, de qualquer esfera de sua oportunidade e conveniência sócio-
de governo; (Incluída pela Lei nº 8.883, de -econômica, relativamente à escolha de ou-
1994) tra forma de alienação;
f) alienação gratuita ou onerosa, aforamen- b) permuta, permitida exclusivamente en-
to, concessão de direito real de uso, loca- tre órgãos ou entidades da Administração
ção ou permissão de uso de bens imóveis Pública;
residenciais construídos, destinados ou
c) venda de ações, que poderão ser nego-
efetivamente utilizados no âmbito de pro-
ciadas em bolsa, observada a legislação es-
gramas habitacionais ou de regularização
pecífica;
fundiária de interesse social desenvolvidos
por órgãos ou entidades da administração d) venda de títulos, na forma da legislação
pública; (Redação dada pela Lei nº 11.481, pertinente;
de 2007)
e) venda de bens produzidos ou comerciali-
g) procedimentos de legitimação de posse zados por órgãos ou entidades da Adminis-
de que trata o art. 29 da Lei no 6.383, de tração Pública, em virtude de suas finalida-
7 de dezembro de 1976, mediante iniciativa des;
e deliberação dos órgãos da Administração
f) venda de materiais e equipamentos para
Pública em cuja competência legal inclua-se
outros órgãos ou entidades da Administra-
tal atribuição; (Incluído pela Lei nº 11.196,
ção Pública, sem utilização previsível por
de 2005)
quem deles dispõe.
h) alienação gratuita ou onerosa, aforamen-
§ 1º Os imóveis doados com base na alínea
to, concessão de direito real de uso, locação
"b" do inciso I deste artigo, cessadas as ra-
ou permissão de uso de bens imóveis de uso
zões que justificaram a sua doação, reverte-
comercial de âmbito local com área de até
rão ao patrimônio da pessoa jurídica doado-
250 m² (duzentos e cinqüenta metros qua-
ra, vedada a sua alienação pelo beneficiário.
drados) e inseridos no âmbito de programas
de regularização fundiária de interesse so- § 2º A Administração também poderá con-
cial desenvolvidos por órgãos ou entidades ceder título de propriedade ou de direito
real de uso de imóveis, dispensada licitação,
878 www.acasadoconcurseiro.com.br
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www.acasadoconcurseiro.com.br 879
§ 5º Na hipótese do parágrafo anterior, caso visto na alínea "a", do inciso I do artigo an-
o donatário necessite oferecer o imóvel em terior, desde que não se refiram a parcelas
garantia de financiamento, a cláusula de de uma mesma obra ou serviço ou ainda
reversão e demais obrigações serão garan- para obras e serviços da mesma natureza e
tidas por hipoteca em segundo grau em fa- no mesmo local que possam ser realizadas
vor do doador. (Incluído pela Lei nº 8.883, conjunta e concomitantemente; (Redação
de 1994) dada pela Lei nº 9.648, de 1998)
§ 6º Para a venda de bens móveis avaliados, II – para outros serviços e compras de valor
isolada ou globalmente, em quantia não su- até 10% (dez por cento) do limite previsto
perior ao limite previsto no art. 23, inciso II, na alínea "a", do inciso II do artigo anterior
alínea "b" desta Lei, a Administração poderá e para alienações, nos casos previstos nesta
permitir o leilão. (Incluído pela Lei nº 8.883, Lei, desde que não se refiram a parcelas de
de 1994) um mesmo serviço, compra ou alienação de
§ 7º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 11.481, maior vulto que possa ser realizada de uma
de 2007) só vez; (Redação dada pela Lei nº 9.648, de
1998)
Art. 18. Na concorrência para a venda de bens
imóveis, a fase de habilitação limitar-se-á à III – nos casos de guerra ou grave perturba-
comprovação do recolhimento de quantia cor- ção da ordem;
respondente a 5% (cinco por cento) da avalia- IV – nos casos de emergência ou de calami-
ção. dade pública, quando caracterizada urgên-
Art. 19. Os bens imóveis da Administração Pú- cia de atendimento de situação que possa
blica, cuja aquisição haja derivado de procedi- ocasionar prejuízo ou comprometer a segu-
mentos judiciais ou de dação em pagamento, rança de pessoas, obras, serviços, equipa-
poderão ser alienados por ato da autoridade mentos e outros bens, públicos ou particu-
competente, observadas as seguintes regras: lares, e somente para os bens necessários
ao atendimento da situação emergencial
I – avaliação dos bens alienáveis; ou calamitosa e para as parcelas de obras
II – comprovação da necessidade ou utilida- e serviços que possam ser concluídas no
de da alienação; prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias
consecutivos e ininterruptos, contados da
III – adoção do procedimento licitatório, ocorrência da emergência ou calamidade,
sob a modalidade de concorrência ou leilão. vedada a prorrogação dos respectivos con-
(Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) tratos;
V – quando não acudirem interessados à
licitação anterior e esta, justificadamente,
CAPÍTULO II não puder ser repetida sem prejuízo para a
DA LICITAÇÃO Administração, mantidas, neste caso, todas
as condições preestabelecidas;
Seção I VI – quando a União tiver que intervir no
DAS MODALIDADES, domínio econômico para regular preços ou
LIMITES E DISPENSA normalizar o abastecimento;
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meter a normalidade e os propósitos das XXIV – para a celebração de contratos de
operações e desde que seu valor não exce- prestação de serviços com as organizações
da ao limite previsto na alínea "a" do inciso sociais, qualificadas no âmbito das respecti-
II do art. 23 desta Lei: (Incluído pela Lei nº vas esferas de governo, para atividades con-
8.883, de 1994) templadas no contrato de gestão. (Incluído
pela Lei nº 9.648, de 1998)
XIX – para as compras de material de uso
pelas Forças Armadas, com exceção de XXV – na contratação realizada por Insti-
materiais de uso pessoal e administrativo, tuição Científica e Tecnológica – ICT ou por
quando houver necessidade de manter a agência de fomento para a transferência de
padronização requerida pela estrutura de tecnologia e para o licenciamento de direito
apoio logístico dos meios navais, aéreos e de uso ou de exploração de criação prote-
terrestres, mediante parecer de comissão gida. (Incluído pela Lei nº 10.973, de 2004)
instituída por decreto; (Incluído pela Lei nº
8.883, de 1994) XXVI – na celebração de contrato de pro-
grama com ente da Federação ou com en-
XX – na contratação de associação de por- tidade de sua administração indireta, para a
tadores de deficiência física, sem fins lu- prestação de serviços públicos de forma as-
crativos e de comprovada idoneidade, por sociada nos termos do autorizado em con-
órgãos ou entidades da Admininistração trato de consórcio público ou em convênio
Pública, para a prestação de serviços ou de cooperação. (Incluído pela Lei nº 11.107,
fornecimento de mão-de-obra, desde que de 2005)
o preço contratado seja compatível com o
praticado no mercado. (Incluído pela Lei nº XXVII – na contratação da coleta, processa-
8.883, de 1994) mento e comercialização de resíduos sóli-
dos urbanos recicláveis ou reutilizáveis, em
XXI – para a aquisição ou contratação de áreas com sistema de coleta seletiva de lixo,
produto para pesquisa e desenvolvimento, efetuados por associações ou cooperativas
limitada, no caso de obras e serviços de en- formadas exclusivamente por pessoas físi-
genharia, a 20% (vinte por cento) do valor cas de baixa renda reconhecidas pelo poder
de que trata a alínea “b” do inciso I do caput público como catadores de materiais reci-
do art. 23; (Incluído pela Lei nº 13.243, de cláveis, com o uso de equipamentos compa-
2016) tíveis com as normas técnicas, ambientais e
de saúde pública. (Redação dada pela Lei nº
XXII – na contratação de fornecimento ou 11.445, de 2007). (Vigência)
suprimento de energia elétrica e gás natural
com concessionário, permissionário ou au- XXVIII – para o fornecimento de bens e ser-
torizado, segundo as normas da legislação viços, produzidos ou prestados no País, que
específica; (Incluído pela Lei nº 9.648, de envolvam, cumulativamente, alta comple-
1998) xidade tecnológica e defesa nacional, me-
diante parecer de comissão especialmente
XXIII – na contratação realizada por empre- designada pela autoridade máxima do ór-
sa pública ou sociedade de economia mista gão. (Incluído pela Lei nº 11.484, de 2007).
com suas subsidiárias e controladas, para a
aquisição ou alienação de bens, prestação XXIX – na aquisição de bens e contratação
ou obtenção de serviços, desde que o preço de serviços para atender aos contingentes
contratado seja compatível com o praticado militares das Forças Singulares brasileiras
no mercado. (Incluído pela Lei nº 9.648, de empregadas em operações de paz no exte-
1998) rior, necessariamente justificadas quanto ao
preço e à escolha do fornecedor ou execu-
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necido pelo órgão de registro do comércio Parágrafo único. O processo de dispensa,
do local em que se realizaria a licitação ou a de inexigibilidade ou de retardamento, pre-
obra ou o serviço, pelo Sindicato, Federação visto neste artigo, será instruído, no que
ou Confederação Patronal, ou, ainda, pelas couber, com os seguintes elementos:
entidades equivalentes;
I – caracterização da situação emergencial
II – para a contratação de serviços técnicos ou calamitosa que justifique a dispensa,
enumerados no art. 13 desta Lei, de nature- quando for o caso;
za singular, com profissionais ou empresas
de notória especialização, vedada a inexigi- II – razão da escolha do fornecedor ou exe-
bilidade para serviços de publicidade e di- cutante;
vulgação; III – justificativa do preço.
III – para contratação de profissional de IV – documento de aprovação dos projetos
qualquer setor artístico, diretamente ou de pesquisa aos quais os bens serão aloca-
através de empresário exclusivo, desde que dos. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)
consagrado pela crítica especializada ou
pela opinião pública.
§ 1º Considera-se de notória especialização
o profissional ou empresa cujo conceito no
campo de sua especialidade, decorrente
de desempenho anterior, estudos, expe-
riências, publicações, organização, apare-
lhamento, equipe técnica, ou de outros re-
quisitos relacionados com suas atividades,
permita inferir que o seu trabalho é essen-
cial e indiscutivelmente o mais adequado à
plena satisfação do objeto do contrato.
§ 2º Na hipótese deste artigo e em qualquer
dos casos de dispensa, se comprovado su-
perfaturamento, respondem solidariamen-
te pelo dano causado à Fazenda Pública o
fornecedor ou o prestador de serviços e o
agente público responsável, sem prejuízo
de outras sanções legais cabíveis.
Art. 26. As dispensas previstas nos §§ 2º e 4º do
art. 17 e no inciso III e seguintes do art. 24, as
situações de inexigibilidade referidas no art. 25,
necessariamente justificadas, e o retardamento
previsto no final do parágrafo único do art. 8º
desta Lei deverão ser comunicados, dentro de 3
(três) dias, à autoridade superior, para ratifica-
ção e publicação na imprensa oficial, no prazo
de 5 (cinco) dias, como condição para a eficácia
dos atos. (Redação dada pela Lei nº 11.107, de
2005)
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Direito Administrativo – Contratação Direta – Profª Tatiana Marcello
Contratação Direta
• Dispensa – quando a licitação é possível, mas a lei dispensa ou permite que seja
dispensada a licitação. Quando a lei expressamente dispensa a licitação, temos a
licitação dispensada. Quando a lei autoriza a Administração a deixar de licitar, temos
a licitação dispensável.
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LICITAÇÃO
Dispensa Inexigibilidade
Não há
Dispensada Dispensável possibilidade de
competição
INEXIGIBILIDADE
• Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em
especial (rol exemplificativo):
I - para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só possam ser
fornecidos por produtor, empresa ou representante comercial exclusivo, vedada a
preferência de marca, devendo a comprovação de exclusividade ser feita através de
atestado fornecido pelo órgão de registro do comércio do local em que se realizaria a
licitação ou a obra ou o serviço, pelo Sindicato, Federação ou Confederação Patronal,
ou, ainda, pelas entidades equivalentes;
II - para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta Lei, de
natureza singular, com profissionais ou empresas de notória especialização, vedada
a inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação;
III - para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou
através de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou
pela opinião pública.
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• Art. 13. Para os fins desta Lei, consideram-se serviços técnicos profissionais
especializados os trabalhos relativos a:
I - estudos técnicos, planejamentos e projetos básicos ou executivos;
II - pareceres, perícias e avaliações em geral;
III - assessorias ou consultorias técnicas e auditorias financeiras ou tributárias;
IV - fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras ou serviços;
V - patrocínio ou defesa de causas judiciais ou administrativas;
VI - treinamento e aperfeiçoamento de pessoal;
VII - restauração de obras de arte e bens de valor histórico.
• Sobre a inexigibilidade:
• A inexigibilidade de licitação deve ser sempre motivada, com a exposição das causas
que levaram a Administração a concluir pela impossibilidade de competição.
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DISPENSA
• Na dispensa, embora haja possibilidade jurídica de competição:
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c) permuta, por outro imóvel que atenda aos requisitos constantes do inciso X do art.
24 desta Lei (imóvel destinado ao atendimento das finalidades precípuas da
administração, desde que o preço seja compatível com o valor de mercado, segundo
avaliação prévia);
d) investidura (alienação a lindeiros de area remenescente e inaproveitável pela
Administração; ou alienação de areas para fins residenciais construídos em núcleos
anexos a usinas hidrelétricas);
e) venda a outro órgão ou entidade da administração pública, de qualquer esfera de
governo;
f) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de direito real de uso, locação
ou permissão de uso de bens imóveis residenciais construídos, destinados ou
efetivamente utilizados no âmbito de programas habitacionais ou de regularização
fundiária de interesse social desenvolvidos por órgãos ou entidades da
administração pública;
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• II - quando móveis, dependerá de avaliação prévia e de licitação, dispensada esta nos
seguintes casos:
a) doação, permitida exclusivamente para fins e uso de interesse social, após avaliação
de sua oportunidade e conveniência sócio-econômica, relativamente à escolha de
outra forma de alienação;
b) permuta, permitida exclusivamente entre órgãos ou entidades da Administração
Pública;
c) venda de ações, que poderão ser negociadas em bolsa, observada a legislação
específica;
d) venda de títulos, na forma da legislação pertinente;
e) venda de bens produzidos ou comercializados por órgãos ou entidades da
Administração Pública, em virtude de suas finalidades;
f) venda de materiais e equipamentos para outros órgãos ou entidades da
Administração Pública, sem utilização previsível por quem deles dispõe.
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• Art. 17, § 4o A doação com encargo será licitada e de seu instrumento constarão,
obrigatoriamente os encargos, o prazo de seu cumprimento e cláusula de reversão,
sob pena de nulidade do ato, sendo dispensada a licitação no caso de interesse
público devidamente justificado.
• I - para obras e serviços de engenharia de valor até 10% (dez por cento) do limite
previsto na alínea "a", do inciso I do artigo anterior, desde que não se refiram a
parcelas de uma mesma obra ou serviço ou ainda para obras e serviços da mesma
natureza e no mesmo local que possam ser realizadas conjunta e
concomitantemente (até R$ 15.000,00);
• II - para outros serviços e compras de valor até 10% (dez por cento) do limite
previsto na alínea "a", do inciso II do artigo anterior e para alienações, nos casos
previstos nesta Lei, desde que não se refiram a parcelas de um mesmo serviço,
compra ou alienação de maior vulto que possa ser realizada de uma só vez (até R$
8.000,00);
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• III - nos casos de guerra ou grave perturbação da ordem;
• VI - quando a União tiver que intervir no domínio econômico para regular preços ou
normalizar o abastecimento;
• VIII - para a aquisição, por pessoa jurídica de direito público interno, de bens
produzidos ou serviços prestados por órgão ou entidade que integre a
Administração Pública e que tenha sido criado para esse fim específico em data
anterior à vigência desta Lei, desde que o preço contratado seja compatível com o
praticado no mercado;
892 www.acasadoconcurseiro.com.br
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• XV - para a aquisição ou restauração de obras de arte e objetos históricos, de
autenticidade certificada, desde que compatíveis ou inerentes às finalidades do
órgão ou entidade.
• XIX - para as compras de material de uso pelas Forças Armadas, com exceção de
materiais de uso pessoal e administrativo, quando houver necessidade de manter a
padronização requerida pela estrutura de apoio logístico dos meios navais, aéreos e
terrestres, mediante parecer de comissão instituída por decreto;
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• XXVI – na celebração de contrato de programa com ente da Federação ou com
entidade de sua administração indireta, para a prestação de serviços públicos de
forma associada nos termos do autorizado em contrato de consórcio público ou em
convênio de cooperação.
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• XXXI - nas contratações visando ao cumprimento do disposto nos arts. 3º, 4º, 5º e 20
da Lei no 10.973, de 2 de dezembro de 2004, observados os princípios gerais de
contratação dela constantes (incentivos à inovação e à pesquisa científica e
tecnológica).
• XXXIV - para a aquisição por pessoa jurídica de direito público interno de insumos
estratégicos para a saúde produzidos ou distribuídos por fundação que, regimental
ou estatutariamente, tenha por finalidade apoiar órgão da administração pública
direta, sua autarquia ou fundação em projetos de ensino, pesquisa, extensão,
desenvolvimento institucional, científico e tecnológico e estímulo à inovação,
inclusive na gestão administrativa e financeira necessária à execução desses
projetos, ou em parcerias que envolvam transferência de tecnologia de produtos
estratégicos para o Sistema Único de Saúde – SUS, nos termos do inciso XXXII deste
artigo, e que tenha sido criada para esse fim específico em data anterior à vigência
desta Lei, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no
mercado. (Incluído pela Lei nº 13.204, de 2015)
www.acasadoconcurseiro.com.br 897
Direito Administrativo
Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constitui- § 1º O registro de preços será precedido de
ção Federal, institui normas para licitações e ampla pesquisa de mercado.
contratos da Administração Pública e dá outras
providências. § 2º Os preços registrados serão publicados
trimestralmente para orientação da Admi-
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o nistração, na imprensa oficial.
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a se-
guinte Lei: § 3º O sistema de registro de preços será
regulamentado por decreto, atendidas as
Seção V peculiaridades regionais, observadas as se-
DAS COMPRAS guintes condições:
I – seleção feita mediante concorrência;
Art. 14. Nenhuma compra será feita sem a ade-
quada caracterização de seu objeto e indicação II – estipulação prévia do sistema de contro-
dos recursos orçamentários para seu pagamen- le e atualização dos preços registrados;
to, sob pena de nulidade do ato e responsabili-
dade de quem lhe tiver dado causa. III – validade do registro não superior a um ano.
Art. 15. As compras, sempre que possível, de- § 4º A existência de preços registrados não
verão: obriga a Administração a firmar as contra-
tações que deles poderão advir, ficando-
I – atender ao princípio da padronização, -lhe facultada a utilização de outros meios,
que imponha compatibilidade de especifi- respeitada a legislação relativa às licitações,
cações técnicas e de desempenho, obser- sendo assegurado ao beneficiário do regis-
vadas, quando for o caso, as condições de tro preferência em igualdade de condições.
manutenção, assistência técnica e garantia
oferecidas; § 5º O sistema de controle originado no
II – ser processadas através de sistema de quadro geral de preços, quando possível,
registro de preços; deverá ser informatizado.
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II – a definição das unidades e das quantida-
des a serem adquiridas em função do consu-
mo e utilização prováveis, cuja estimativa será
obtida, sempre que possível, mediante ade-
quadas técnicas quantitativas de estimação;
III – as condições de guarda e armazena-
mento que não permitam a deterioração do
material.
§ 8º O recebimento de material de valor su-
perior ao limite estabelecido no art. 23 des-
ta Lei, para a modalidade de convite, deverá
ser confiado a uma comissão de, no míni-
mo, 3 (três) membros.
Art. 16. Será dada publicidade, mensalmente, em
órgão de divulgação oficial ou em quadro de avi-
sos de amplo acesso público, à relação de todas as
compras feitas pela Administração Direta ou Indi-
reta, de maneira a clarificar a identificação do bem
comprado, seu preço unitário, a quantidade adqui-
rida, o nome do vendedor e o valor total da opera-
ção, podendo ser aglutinadas por itens as compras
feitas com dispensa e inexigibilidade de licitação.
(Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
Parágrafo único. O disposto neste artigo
não se aplica aos casos de dispensa de lici-
tação previstos no inciso IX do art. 24. (In-
cluído pela Lei nº 8.883, de 1994)
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Direito Administrativo – Compras e Sistema de Registro de Preços – Profª Tatiana Marcello
Direito Administrativo
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Licitações
(Compras e Sistema de Registro de Preços)
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Compras
• Art. 14. Nenhuma compra será feita sem a adequada caracterização de seu objeto
e indicação dos recursos orçamentários para seu pagamento, sob pena de nulidade
do ato e responsabilidade de quem lhe tiver dado causa.
INDICAÇÃO DO RECURSOS
CARACTERIZAÇÃO DO OBJETO
ORÇAMENTÁRIOS
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Direito Administrativo – Compras e Sistema de Registro de Preços – Profª Tatiana Marcello
• Lei 8.666/93, art. 14, § 1o O registro de preços será precedido de ampla pesquisa de
mercado.
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• § 4o A existência de preços registrados não obriga a Administração a firmar as
contratações que deles poderão advir, ficando-lhe facultada a utilização de outros
meios, respeitada a legislação relativa às licitações, sendo assegurado ao
beneficiário do registro preferência em igualdade de condições.
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Direito Administrativo – Compras e Sistema de Registro de Preços – Profª Tatiana Marcello
• Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica aos casos de dispensa de
licitação previstos no inciso IX do art. 24 (IX - quando houver possibilidade de
comprometimento da segurança nacional, nos casos estabelecidos em decreto do
Presidente da República, ouvido o Conselho de Defesa Nacional).
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Arquivologia
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Arquivologia
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Arquivologia
Aula XX
Conceitos fundamentais de
Arquivologia: teorias e princípios.
Noções de Arquivologia
Professor Darlan Eterno
Finalidades do Arquivo
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Arquivologia
Aula XX
a) Extensão
•• Setorial
•• Central/Geral
b) Entidade Mantenedora
•• Público
Art. 7º Os arquivos públicos são os conjuntos de documentos produzidos e
recebidos, no exercício de suas atividades, por órgãos públicos de âmbito fe-
deral, estadual, do Distrito Federal e municipal em decorrência de suas fun-
ções administrativas, legislativas e judiciárias.
§ 1º São também públicos os conjuntos de documentos produzidos e recebi-
dos por instituições de caráter público, por entidades privadas encarregadas
da gestão de serviços públicos no exercício de suas atividades.
§ 2º A cessação de atividade de instituições públicas e de cará-
ter público implica o recolhimento de sua documentação à institui-
ção arquivística pública ou a sua transferência à instituição. sucessora.
•• Pessoal/Familiar
•• Comercial
•• Institucional
c) Estágios de Evolução
•• Corrente
•• Intermediário
•• Permanente
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d) Natureza dos Documento
•• Especial
•• Especializado
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Arquivologia
Aula XX
PRINCÍPIOS ARQUIVÍSTICOS
Princípios Arquivísticos
a) Organicidade
b) Unicidade
c) Proveniência (respeito aos fundos)
d) Ordem original
e) Pertinência: documentos deveriam ser reclassificados por assunto sem ter em conta a
proveniência e a classificação original.
f) Princípio da Reversibilidade: Princípio segundo o qual todo procedimento ou tratamento
empreendido em arquivos pode ser revertido, se necessário. É aplicado na restauração de
documentos.
h) Territorialidade: Conceito derivado do princípio da proveniência e segundo o qual arquivos
deveriam ser conservados em serviços de arquivo do território no qual foram produzidos.
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Arquivologia
Aula XX
ARQUIVOS X BIBLIOTECAS
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Arquivologia
Aula XX
a) Natureza do Assunto
•• Ostensivo
•• Sigiloso
b) Espécie:
Ex: Memorando, ofício e ata.
c) Tipo (tipologia):
Espécie + função = tipologia
d) Gênero
•• Textual
•• Sonoro
•• Cartográfico
•• Filmográfico
•• Iconográfico
•• Micrográfico
d) Gênero
•• Informático
e) Forma (preparação/transmissão)
f) Formato
•• Apresentação física. Ex: disco e caderno.
•• Extensão de arquivos digitais
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Arquivologia
Aula XX
•• Baseia-se na:
a) Frequência de uso
b) Valores dos Documentos
•• Frequência de Uso
•• Localização
•• Extensão do arquivo
•• Tipo de arquivamento
•• Valor
•• Tipo de Acesso
Atividades:
•• Protocolo
•• Expedição
•• Arquivamento
•• Consulta
•• Empréstimo
•• Destinação.
•• Frequência de Uso
•• Localização
•• Extensão do arquivo
•• Tipo de arquivamento
•• Valor
•• Tipo de Acesso
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Atividades:
•• Empréstimo
•• Consulta
•• Arquivamento
3. Fase Permanente
•• Frequência de Uso
•• Localização
•• Extensão do arquivo
•• Tipo de arquivamento
•• Valor
•• Tipo de Acesso
Atividades:
•• Arranjo
•• Descrição
•• Publicação
•• Conservação
•• Referência
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Arquivologia – Teoria das Três Idades – Prof. Darlan Eterno
Quadro resumo
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Arquivologia
Aula XX
1. Classificação
b) Modelo
001 MODERNIZAÇÃO E REFORMA ADMINISTRATIVA
010 ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO
012 COMUNICAÇÃO SOCIAL
012.1 RELAÇÕES COM A IMPRENSA
2. Avaliação
a) Definição
2.2 Objetivos
•• reduzir a MDA;
•• reduzir custos;
•• reduzir prazo de busca;
•• garantir preservação de docs.
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2.3 Tabela de Temporalidade
a) Definição
•• prazos de guarda;
•• destinação;
•• alteração suporte;
•• obs.
b) Modelo
c) Características
•• elaborada pela CPAD;
•• aprovada por autoridade competente;
•• Prazos baseiam-se na legislação e nas necessidades administrativas.
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Arquivologia
Aula XX
ROTINAS DE PROTOCOLO
1. Protocolo
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Arquivologia
Aula XX
PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS
1. Autuação
•• Nos processos não digitais a autação será realizada pelo protocolo;
•• Nos processos digitais a autuação poderá ser realizada por usuário autorizado, diretamente
no sistema informatizado;
•• O processo deve ser formado, sempre que possível, por documento avulso original, não
digital ou digital.
2. Numeração de folhas
•• As folhas serão numeradas, em ordem crescente, pelas unidades administrativas que as
adicionarem, mediante carimbo específico, que deverá ser aposto no canto superior direito
na frente da folha;
•• A capa do processo não será numerada;
•• A primeira folha do processo não receberá o carimbo específico para numeração de folhas,
•• Apor na segunda folha do processo o carimbo para a numeração de folhas devendo ser
registrado no campo fl. o número 2;
•• O verso da folha não será numerado. Quando for necessária a sua citação, terá como
referência a letra "v", da palavra verso, seguida da indicação do número da folha;
•• No caso do servidor que estiver numerando a folha cometer erro de numeração, será
utilizado um "X" para inutilizar a numeração incorreta e será aposto o carimbo específico,
sem prejuízo da informação registrada, com o número correto da folha;
•• Cada volume de um processo deverá conter, no máximo, duzentas folhas, incluindo o
"Termo de Encerramento de Volume".
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3. Principais operações
•• A) Juntada
•• A1) Apensação
•• definitiva;
•• processos referentes a um mesmo interessado e assunto;
•• prevalece o número do processo mais antigo, ou seja, o processo principal.
•• A2) Anexação
•• temporária;
•• tem como objetivo o estudo, a instrução e a uniformidade de tratamento em
matérias semelhantes, pertencentes a um mesmo interessado ou não;
•• cada processo conserva sua identidade e independência.
•• B) Desapensação de processo(s)
•• Consiste na separação física de processos apensados. A desapensação deverá ocorrer
antes do arquivamento do(s) processo(s).
•• C) Desentranhamento
•• Consiste na retirada de documentos de forma definitiva, mediante justificativa, que
ocorrerá quando houver interesse do órgão ou entidade ou a pedido do interessado.
•• D) Desmembramento
•• Separação de folhas para a formação de novo processo;
•• Realizada mediante justificativa.
•• E) Reconstituição de processos\volumes
•• Ao ocorrer a perda ou extravio de processo, a autoridade competente do órgão ou
entidade deverá ser comunicada, cabendo a ela promover a apuração dos fatos, por
meio de sindicância ou processo administrativo, e designar, formalmente, um servidor
ou uma comissão para proceder à reconstituição.
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Arquivologia
Aula XX
ARQUIVAMENTO DE DOCUMENTOS E
OPERAÇÕES DE ARQUIVAMENTO
1. Arquivamento
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Arquivologia
Aula XX
1. Métodos de Arquivamento
→ Escolha:
•• Estrutura Organizacional
•• Natureza dos Docs
2. Categorias
I – Padronizados
Ex: Variadex (letras e cores)
II – Básicos
a) Alfabético: (nome)
b) Geográfico: local / procedência
– Estado / País / Cidade
Itália
•• Roma
•• Milão
•• Veneza
Paraná
•• Curitiba
•• Londrina
•• Paranaguá
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•• Por cidades:
•• Araçatuba (SP)
•• Brasília (DF)
•• Brasília (MG)
•• Natal (RN)
c) Numérico:
•• Simples
•• Cronológico
•• Dígito – terminal 158678
d) Ideográfico (interpretação do doc e do contexto)
d1) Alfabético
•• Dicionário
•• Enciclopédico
Dicionário Enciclopédico
Controle de Chaves Controle
Controle de Entrada de chaves
Controle de Frequência de entrada
Divulgação de frequência
Divulgação
d2) Numérico
•• Decimal
•• Dupléx
•• Unitermo
Decimal Dupléx
411 Planejamento 4-1-1 Planejamento
411.1Anual 4-1-1-1 Anual
411.2 Mensal 4-1-1-2 Mensal
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Arquivologia – Métodos de Arquivamento de Documentos – Prof. Darlan Eterno
3. Regras de Alfabetação
I. Nomes Brasileiros
a) regra geral
Ex:
Carla Ferreira Lima
Pedro Silva Araújo
Ord:
Araújo, André Silva
Lima, Carla Ferreira
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Ord:
Barros, C.
Barros, Carlos
Barros, César
a) regra geral
Ex:
Paul Smith
Michel Duchein
Ord:
Duchein. Michel
Smith, Paul
•• Os nomes hispânicos são alfabetados pelo penúltimo sobrenome:
Ex:
Juan Gutierrez Salazar
Juan Puentes García
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Arquivologia – Métodos de Arquivamento de Documentos – Prof. Darlan Eterno
Ord:
Gutierrez Salazar, Esteban
Puentes García, Juan
•• Os nomes orientais (japoneses, chineses, árabes) são registrados como se apresentam:
Ex:
Lao Xing Xiang
Akiko Yamamoto Sato
Ord:
Akiko Yamamoto Sato
Lao Xing Xiang
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Arquivologia
Aula XX
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Atendimento
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Atendimento
COMUNICAÇÃO CORPORATIVA
Fluxos Comunicativos
Descendente Horizontal
Ascendente
(vertical) (lateral)
•• De cima para baixo no nível •• De baixo para cima no nível
hierárquico hierárquico •• Entre pessoas de nível
hierárquico semelhante
•• Filosofia •• Canais de sugestões
•• Troca de ideias e coor-
•• Normas •• Resultados
denação de atividades
•• Diretrizes •• Pesquisas de opinião/clima
Fluxo Circular
•• Inclui todos os níveis;
•• Não se ajusta às direções tradicionais;
•• Depende da relação próxima dos indivíduos;
•• Mais comum em organizações informais.
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Meios De Comunicação
Meios orais
•• Diretos: conversa, entrevista, reunião, palestra
•• Indiretos: telefone, rádio, altofalante
Meios escritos
•• Normas
•• Ordens
•• Cartas
•• Circulares
•• Murais
•• Panfletos
•• House organs (jornalzinho, revista)
•• Manuais
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Atendimento – Comunicação Corporativa – Profª Amanda Lima Tegon
Meios simbólicos
•• Bandeiras
•• Cores
•• Luzes
•• Sirenes (também são auditivos)
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Meios audiovisuais
•• Filmes institucionais
•• Vídeos de treinamento
•• Telejornais
•• Tv corporativa
•• Clipes
•• Documentários
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Atendimento – Comunicação Corporativa – Profª Amanda Lima Tegon
Comunicação Formal
•• Influenciada e constituída pelo nível hierárquico mais elevado dentro de um ambiente or-
ganizacional.
•• Planejada.
•• Visa, especialmente, os objetivos da organização.
•• Descendentes, do topo para o nível operacional.
•• Ascendentes, do nível operacional para o topo, em formas de sugestões e melhorias.
•• Horizontais mensagens trocadas no mesmo nível.
Tipo cadeia
Tipo roda
•• Ocorre em grupos com um líder muito forte.
•• Proporciona a emergência do líder.
•• Velocidade e acurácia altas.
•• Em tarefas simples, tem ótima eficácia.
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líder
Tipo círculo
•• Não se volta a um líder
•• O fluxo de informações é lento
•• Tem baixa acurácia
Todos os canais
•• O fluxo de informações é rápido
•• Tem média acurácia
•• Não está ligada à emergência de liderança
•• Membros satisfeitos
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Atendimento – Comunicação Corporativa – Profª Amanda Lima Tegon
Comunicação Informal
•• Conversas, boatos, rumores (incluindo nos meios digitais);
•• Complementa a comunicação formal;
•• Emerge das relações sociais e da necessidade de informações relevantes e confiáveis;
•• Não é orientada apenas pelos objetivos da organização, mas também pelos pessoais;
•• Não segue nível hierárquico nem planejamento;
•• Rádio-corredor; rádio-peão;
•• Imprevisível;
•• Igualmente importante;
•• Mais tática e ágil do que a formal;
•• Pode ser usada de maneira construtiva para se conhecer a opinião dos colaboradores e
melhorar as comunicações.
BARREIRAS À COMUNICAÇÃO
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Barreiras = ruídos
↓
Prejudicam a eficácia da comunicação
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Atendimento – Comunicação Corporativa – Profª Amanda Lima Tegon
Administrativas / burocráticas
•• Áreas muito distantes
•• Grande especialização de funções
•• Relações de poder / status
Excesso de informações
•• Muitos meios e mensagens
•• Reuniões desnecessárias
•• Falta de seleção e prioridade
Comunicações incompletas
•• Mensagens fragmentadas / parciais
•• Informações distorcidas
•• Informações sonegadas
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Audição seletiva
•• Bloqueio de informações que contrariam a crença tida como verdadeira.
•• Mensagens são ignoradas ou menosprezadas.
Juízos de valor
•• Significado antecipado da mensagem
•• Crença anterior / opinião sobre o comunicador
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Atendimento – Comunicação Corporativa – Profª Amanda Lima Tegon
Credibilidade da fonte
•• Nível de credibilidade atribuída ao comunicador.
•• Afeta a reação com relação à ideia do comunicador.
Filtragem
•• Manipula-se a informação para que seja recebida positivamente.
•• Comum na comunicação ascendente.
...outros fatores
•• Linguagem intragrupal
•• Diferenças de status
•• Pressão de tempo
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Referências
Questões
Comunicação
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Atendimento – Comunicação Corporativa – Profª Amanda Lima Tegon
4. (UFRN – 2016)
A comunicação entre os membros de uma organização é um processo ou fluxo que vai do emis-
sor ao receptor da mensagem. Sobre esse processo, analise as afirmativas a seguir:
I – Em um processo de comunicação eficaz, são consideradas barreiras, as diferenças de lingua-
gem, maus hábitos de escuta e diferenças de percepção, entre outros.
II – Para um processo de comunicação eficaz, nem sempre é preciso que o receptor emita um
feedback da mensagem recebida.
III – Na escuta ativa, o emissor envia uma mensagem suficientemente clara, e o emissor, prova-
velmente, entenderá a maior parte do que o emissor está tentando comunicar.
IV – O feedback voltado para a melhoria do trabalho deve ser impessoal e descritivo, em vez de
ser crítico ou avaliativo.
Estão corretas apenas as afirmativas presentes nos itens
a) I e IV.
b) II e IV.
c) I, II e III.
d) II, III e IV.
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Marketing, Atendimento
e Técnicas de Vendas
Sabe-se que não é fácil alcançar o equilíbrio entre esses dois tipos de competência. É comum
se encontrar pessoas capacitadas realizando diferentes atividades com maestria, porém, com
dificuldade em manterem relacionamentos interpessoais de qualidade. Tratam de forma
grosseira tanto os usuários internos como os externos, lutam para que suas ideias sempre
prevaleçam não conversam, gritam, falam alto ao telefone fingem que não veem as pessoas, e
assim por diante.
As organizações, ao contrário, buscam cada vez mais ter em seus quadros servidores com sólida
formação técnica que, capazes de cultivar valores éticos, como justiça, respeito, tolerância e
solidariedade, demonstrem atitudes positivas e adequadas ao atendimento de qualidade. Para
compor esse perfil, o profissional necessita saber ouvir, conduzir uma negociação, participar de
reuniões, vestir-se adequadamente, conversar educadamente, tratar bem os usuários internos
e externos.
A convivência social de qualidade exige do indivíduo a observação de regras simples, com a
finalidade de se estabelecer uma relação de respeito entre as pessoas. Entre essas regras,
algumas são imprescindíveis no comportamento interpessoal:
•• Flexibilidade – Capacidade de se adaptar, mudar de ideia e aprender. Habilidade de
modificar o meu ponto de vista e comportamento no grupo em função do feedback dos
outros e dos objetivos a alcançar.
•• Comunicabilidade – Habilidade de comunicar ideias de forma clara e precisa em situações
individuais e de grupo.
www.acasadoconcurseiro.com.br 957
•• Empatia – É a capacidade de colocar-se no lugar do outro e compreender suas motivações,
necessidades, desejos e valores. Isto não quer dizer ser envolvido a ponto de perder de
vista os interesses da empresa ou cometer um erro. Para isso, é necessário eliminar os
pré-julgamentos e usar tom acolhedor e amigável para que o outro sinta confiança e seja
possível estabelecer um vínculo.
•• Simpatia – Consiste em criar afinidade com o outro através do bom humor, sem
necessariamente ser exagerado ou piadista, mas apenas sendo agradável. Isto requer que
o atendente se adapte ao estilo do outro, observando atentamente se ele é uma pessoa
mais aberta e espontânea ou fechada e sóbria. O sorriso é a arma mais poderosa. Como
disse Shakespeare, “é mais fácil obter o que se deseja com um sorriso do que com a ponta
da espada.”
•• Linguagem corporal – Mehrabian, estudioso das comunicações, afirma que “em toda
comunicação interpessoal, cerca de 7% da mensagem é verbal (somente palavras), 38% é
vocal (incluindo tom de voz, inflexão e outros sons) e 55% é não-verbal”. Isto demonstra a
importância dos elementos como tom de voz, postura, olhar e gestos.
•• Rapport – Significa harmonia e conexão. É o que faz com que às vezes nos sintamos
confortáveis e apreciados por alguém, fazendo com que gostemos instantaneamente
de algumas pessoas. Quando as pessoas estão se comunicando em rapport, elas acham
fácil serem entendidas e acreditam que seus interesses são altamente considerados
pela outra pessoa. Criar rapport significa receptividade ao que a outra está dizendo, não
necessariamente concordar com o que está sendo dito. Quando se estabelece este vínculo,
algo mágico acontece. Você e os outros sentem que são escutados e ouvidos. Num nível
inconsciente, existe o confortável sentimento de "Essa pessoa pensa como eu, eu posso
relaxar". O verdadeiro rapport cria uma atmosfera de confiança mútua. Se a sua intenção é
ouvir e ser ouvido, você irá se tornar um comunicador poderoso e confiável.
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Marketing, Atendimento e Técnicas de Vendas – Comunicação e Relação Interpessoal – Profª Amanda Lima Tegon
Inteligência Emocional
O que é ?
Esta visão introduz a capacidade de lidar com as emoções como inteligência e postula que
pessoas com qualidades de relacionamento humano, como afabilidade, compreensão e
gentileza têm mais chances de obter o sucesso. A inteligência emocional pode ser compreendida
em cinco habilidades:
1. Autoconhecimento Emocional – reconhecer as próprias emoções e sentimentos quando
ocorrem.
2. Controle Emocional – lidar com os próprios sentimentos, adequando-os a cada situação
vivida.
3. Automotivação – dirigir as emoções a serviço de um objetivo ou realização pessoal.
4. Reconhecimento de emoções em outras pessoas – reconhecer emoções no outro e empatia
de sentimentos.
5. Habilidade em relacionamentos interpessoais – interação com outros indivíduos utilizando
competências sociais.
Estas habilidades devem ser estimuladas nos atendentes, promovendo momentos para
avaliarem como esta inteligência está sendo utilizada. Desta forma, pode ser mais fácil lidar com
as questões do atendimento ao público e as adversidades do dia a dia que exigem constante
motivação, como vendas, atingimento das metas e frustrações.
“Conjunto de regras cerimoniais que indicam a ordem de precedência e de usos a serem observados
pela corte em eventos, públicos ou não, onde estiverem presentes chefes de estado e/ou alta
autoridadestais, como solenidades e datas oficiais; por extensão, são ainda as normas a serem
observadas entre particulares, no trato entre si.”
Este conceito, que remonta à época da criação do estado nacional moderno e instalação
das monarquias, aplica-se para o convívio social até hoje. Etiqueta empresarial pode ser
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compreendida, portanto, como a aplicação deste conceito no ambiente profissional, onde
há normas de conduta que denotam boa educação. A ideia é que através da moderação e do
autocontrole pode-se conviver melhor em sociedade e no grupo de trabalho. O conceito deve
transpassar toda a organização e ser observado também (e especialmente) n – trato com o
cliente-cidadão.
No ambiente empresarial, a etiqueta se reproduz em cuidados com aparência pessoal, tom de
voz, pontualidade, forma de tratamento, respeito, cordialidade, discrição e outros aspectos
que devem ser observados para garantir que sejamos pessoas agradáveis, educadas, elegante e
com as quais nossos colegas e clientes gostam de se relacionar.
As instituições financeiras, em geral, têm perfil conservador, pois a aparência formal é um dos
aspectos tangíveis que passa ao cliente a imagem de seriedade e confiabilidade. Alguns pontos
de destaque para o ambiente empresarial:
Quanto à aparência:
•• Mulheres: Sempre observar que as roupas sejam sóbrias, sem exageros, decotes ou saias
em comprimento curto. Também é aconselhável que os cabelos, joias e maquiagem sejam
discretos.
•• Homens: A roupa deverá ser formal, evitando camisa regata, bermuda, chinelo, tênis ou
estampas muito chamativas (deve-se optar por tons neutros e combinações discretas). A
barba feita e o cabelo alinhado também são importantes.
Quanto ao comportamento
•• Linguagem e postura formais – Uso de tratamento respeitoso (Sr., Sra.), evitando gírias e
palavrões. Manter o controle no volume da voz.
•• Atitude positiva, bom humor, sorriso – Ser uma pessoa agradável, simpática e tolerante
facilita muito a convivência e o atendimento.
•• Discrição (evitar críticas aos colegas e fofocas) – Evitar assuntos pessoais, fofocas e atitudes
negativas que possam ser entendidas como inadequadas e indiscretas. Críticas têm hora,
local e destinatário certos.
•• Pontualidade e assiduidade – Não faltar a compromissos e ser pontual demonstra respeito
com os colegas e clientes.
•• Profissionalismo, honestidade, iniciativa – Ser comprometido com a empresa e os colegas.
Como dizemos, “vestir a camiseta”, tomando a iniciativa de resolver as questões relevantes
para a empresa, os colegas e os clientes. Ser honesto e não desviar o caráter daquilo que é
moralmente e eticamente correto.
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Marketing, Atendimento e Técnicas de Vendas – Comunicação e Relação Interpessoal – Profª Amanda Lima Tegon
COMUNICAÇÃO E RELAÇÃO
INTERPESSOAL
Comportamento
Professora Amanda Lima Tegon
Competência Competência
Técnica Comportamental
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Conhecimento técnico
Formação acadêmica, experiência profissional
Valores éticos
Justiça, respeito, tolerância e solidariedade
Regras
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Marketing, Atendimento e Técnicas de Vendas – Comunicação e Relação Interpessoal – Profª Amanda Lima Tegon
Flexibilidade
Comunicabilidade
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Empatia
Simpatia
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Marketing, Atendimento e Técnicas de Vendas – Comunicação e Relação Interpessoal – Profª Amanda Lima Tegon
Linguagem corporal
Palavras
7%
Tom de voz,
ritmo
Não-verbal 38%
55%
Rapport
• Harmonia e conexão
• Receptividade
• Ser ouvido
• Estar confortável
• Sentir confiança
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Comportamento
receptivo e defensivo
Comportamento defensivo
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Marketing, Atendimento e Técnicas de Vendas – Comunicação e Relação Interpessoal – Profª Amanda Lima Tegon
Comportamento receptivo
•Perceber e aceitar
possibilidades
•Mente aberta e sem
preconceitos a novas ideias
•Curiosidade
Inteligência Emocional
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Inteligência Emocional
Inteligência Emocional
1. Autoconhecimento
Emocional - reconhecer as
próprias emoções e
sentimentos quando ocorrem
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Marketing, Atendimento e Técnicas de Vendas – Comunicação e Relação Interpessoal – Profª Amanda Lima Tegon
Inteligência Emocional
Inteligência Emocional
3. Automotivação - dirigir
as emoções a serviço
de um objetivo ou
realização pessoal
11
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Inteligência Emocional
4. Reconhecimento de
emoções em outras pessoas
- reconhecer emoções no
outro e empatia de
sentimentos.
13
Inteligência Emocional
5. Habilidade em relacionamentos
interpessoais - interação com outros
indivíduos utilizando competências
sociais
15
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Marketing, Atendimento e Técnicas de Vendas – Comunicação e Relação Interpessoal – Profª Amanda Lima Tegon
Postura profissional
Etiqueta Empresarial
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Postura profissional – Etiqueta Empresarial
APRESENTAÇÃO
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Marketing, Atendimento e Técnicas de Vendas – Comunicação e Relação Interpessoal – Profª Amanda Lima Tegon
¡ Pontualidade e assiduidade
¡ Profissionalismo, honestidade,
iniciativa
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Marketing, Atendimento
e Técnicas de Vendas
ATENDIMENTO
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f) possibilitar opções de fontes de serviços aos usuários;
g) tornar as informações, serviços e sistemas de queixas facilmente acessíveis aos cidadãos-
usuários; e
h) providenciar retornos rápidos e eficazes às reclamações dos usuários.
Ao seguir as recomendações da Carta ao Cidadão, a gestão pública aproxima-se da gestão
privada e, consequentemente, surge a figura do cliente, ou o paradigma do cliente conforme
aponta Richards (1994). Desse ponto de vista, o cidadão deve ser tratado de acordo com os
mesmos princípios que o marketing cultiva com relação aos clientes, em especial o foco na
satisfação. Nessa abordagem, introduzimos os conceitos de usuário-cidadão e cliente-cidadão.
Usuário-cidadão ou Cliente-cidadão
O cidadão se transforma em consumidor. Tratar o cidadão como consumidor (cliente)
é abordá-lo exclusivamente sob a perspectiva do indivíduo que tem uma posição no
consumo do mercado de serviços.
Segundo Ana Soares (2002), administrar com foco no cidadão significa determinar parâmetros
de eficácia de acordo com as necessidades do cidadão-usuário. Significa que as medidas de
avaliação devem incorporar o que o cidadão-usuário qualifica como um bom resultado.
Segundo Paludo (2013), a provisão de serviços para a administração pública gerencial precisa
tomar como referência a satisfação do cidadão, como veremos detalhadamente mais adiante.
Dessa forma, é fundamental que a administração identifique quem são seus usuários, quais as
suas necessidades e expectativas, o que tem valor para eles, e se os serviços prestados estão
gerando satisfação. O cidadão-usuário, por sua vez, deve conhecer o funcionalismo público,
suas funções e responsabilidades e fiscalizar a prestação de serviços. Nesse sentido, a relação
se assemelha às relações comerciais entre empresas e consumidores.
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Marketing, Atendimento e Técnicas de Vendas – Atendimento – Profª Amanda Lima Tegon
“Para que o atendimento seja excelente, o usuário deverá sair do ente público com
uma ótima impressão, levando consigo a imagem do bom atendimento recebido”.
(PALUDO, 2013)
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QUALIDADE NO ATENDIMENTO
Ao longo deste capítulo, veremos que a qualidade dependerá, portanto, da soma dos fatores
que resultam no atendimento recebido.
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Marketing, Atendimento e Técnicas de Vendas – Atendimento – Profª Amanda Lima Tegon
Conduta no Atendimento
No serviço público, o atendente representa o elo entre o usuário e os objetivos do Estado.
Por isso, sua conduta é responsável por grande parte da entrega realizada ao cliente-cidadão
e contribui, assim, para a sua satisfação ou insatisfação. Alguns fatores ligados ao perfil do dos
atendentes, que podem ser desenvolvidos, são fundamentais:
•• Comprometimento – Disposição de aprender, espírito de equipe, iniciativa, disponibilidade,
motivação.
•• Postura adequada – Relação de ajuda, ética, honestidade, disciplina, estabilidade
emocional e resistência psicológica.
•• Produtividade – Dinamismo, organização, preparo, disciplina, precisão, motivação,
iniciativa, foco e visão de resultado.
•• Qualidade – Atenção, desenvolvimento das habilidades, busca de conhecimento,
aperfeiçoamento, busca de qualidade dos processos.
Essas características básicas devem ser trabalhadas, pois são percebidas nos momentos de
atendimento e contribuem para a noção de qualidade e são fundamentais para a satisfação do
cliente-cidadão.
No momento do contato com o usuário, muitos fatores impactam na sua satisfação. O
atendimento, porém, sempre figura entre os elementos decisivos para a percepção de
qualidade e, consequentemente, satisfação.
Alguns elementos fundamentais para a construção de um bom atendimento ao cliente-cidadão
são:
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•• Disponibilidade e iniciativa – O cliente-cidadão percebe facilmente quando o atendente
mostra-se disponível para atendê-lo. A sua é justamente dar atenção e ter iniciativa, pois
ele é quem deve conduzir o processo de atendimento para a satisfação do cliente-cidadão.
•• Atenção – Prestar total atenção ao que o cliente-cidadão está falando é fundamental. As
questões do cliente-cidadão são sempre relevantes, e merecem cuidado e foco por parte
do atendente Olhos e ouvidos atentos.
•• Diagnóstico adequado – Muitas vezes, o cliente-cidadão não saberá dizer exatamente o
que ele precisa. Por isso, o atendente precisa se esforçar para compreender o que está
sendo dito e a real necessidade por trás das questões expostas.
•• Empatia – Uma excelente maneira de compreender os problemas e as necessidades do
cliente-cidadão é colocar-se no seu lugar (empatia) com desprendimento e dedicação.
•• Respeito – O atendente precisa se livrar dos preconceitos e assumir uma postura de total
respeito pelo cliente-cidadão e por seus problemas. Não importa quão banal ou simples
possa parecer uma questão: aquilo é importante.
•• Segurança – Muitas vezes, o atendente terá dúvidas, pois é difícil memorizar todas as
informações, números, prazos e procedimentos. Buscar a informação correta antes de
passá-la ao cliente-cidadão é de suma importância e evita problemas (inclusive legais) e
retrabalho. Ou seja: só falar quando há certeza.
•• Clareza – Utilizar a linguagem do cliente-cidadão e buscar a máxima clareza podem fazer
toda a diferença na sua compreensão. O atendente precisa se certificar de que o cliente-
cidadão entendeu corretamente o que foi dito, pois isto também evitará problemas
(inclusive legais) e retrabalho.
•• Autocontrole – O Atendimento ao público pode colocar o atendente em situações tensas.
Podem ocorrer, por exemplo, mal-entendidos, problemas sistêmicos, erros da empresa
ou do cliente-cidadão. Estes e outros problemas podem levar o cliente-cidadão a perder a
paciência ou utilizar um tom de voz agressivo. O atendente deve estar sempre preparado
para enfrentar problemas e manter a tranquilidade.
•• Exclusividade – O cliente-cidadão que está em atendimento é prioridade. Por isso, como
regra geral, outros problemas e outros clientes que estão aguardando deverão esperar.
Dar atenção exclusiva ao cliente-cidadão que está à sua frente pode ser decisivo para a
satisfação.
•• Comunicabilidade – Desenvolver a habilidade de expor as ideias, com clareza na
comunicação verbal e qualidade do ato comunicativo. Dessa forma, a comunicação é
otimizada, a mensagem é transmitida de maneira integral, correta, rápida e econômica,
sem muitos “ruídos”.
•• Interesse – É importante mostrar-se interessado pelo problema/situação do cidadão-
usuário, mostrar empenho para lhe apresentar as soluções. O interesse na prestação do
serviço está diretamente relacionado à presteza, à eficiência e à empatia.
•• Objetividade – Relacionada com a clareza na informação prestada ao usuário. É importante
ser claro e direto nas informações prestadas, sem rodeios, dispensando informações
desnecessárias à situação.
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Marketing, Atendimento e Técnicas de Vendas – Atendimento – Profª Amanda Lima Tegon
Atendimento telefônico
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deixe acessíveis informações mais importantes ou de consulta frequente para ter agilidade
e demonstrar segurança.
•• Rotinas – Criar rotinas facilita muito a organização do atendimento. Os passos importantes
devem ser padronizados, como por exemplo, leitura diária das notícias do setor, consulta
à lista de clientes que devem ser contatados, registro de operações, armazenamento de
documentos e contratos, etc. Quando os passos são memorizados, o hábito reduz a chance
de erros.
•• Processos estruturados – Rotinas e processos possuem uma grande relação, pois é
importante que os atendentes conheçam detalhes sobre o processo de atendimento/
venda para criarem rotinas adequadas. Sabendo os passos, os papéis de cada um e o
encadeamento das atividades que envolvem a empresa, fica mais fácil satisfazer o cliente.
Estruturar processos e dar conhecimento deles aos colaboradores é importante nos
departamentos internos e também na loja/agência, evitando erros, perda de tempo e
retrabalho.
Estes aspectos contribuem para a satisfação do cliente pois estão fortemente ligados aos
conceitos de eficiência, eficácia e efetividade, que serão apresentados no próximo capítulo.
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Marketing, Atendimento e Técnicas de Vendas – Atendimento – Profª Amanda Lima Tegon
Resumindo:
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Administração Financeira e Orçamentária
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Administração Financeira
Introdução
AFO
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Apresentação da disciplina de AFO/Direito Financeiro
Legislação aplicável
•• CRFB/88 (Arts. 165 a 169);
•• Lei nº 4.320/1964
•• (Institui normas gerais de Direito Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e
balanços da U, E, DF e M.)
•• LC nº 101/2000 (LRF)
Orçamento na CF/88
Orçamento na CF/88
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
I – o plano plurianual (PPA);
II – as diretrizes orçamentárias (LDO);
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III – os orçamentos anuais (LOA).
CRFB/88 (Art. 165)
§ 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes,
objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas
decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.
§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração
pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente,
orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação
tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá:
I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da
administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente,
detenha a maioria do capital social com direito a voto;
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados,
da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos
pelo Poder Público.
§ 7º Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo, compatibilizados com o plano
plurianual, terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério
populacional.
(Orçamentos Fiscal e de Investimentos compatibilizados com o PPA).
§ 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à
fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos
suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita,
nos termos da lei.
(Princípio da Exclusividade)
Tópico: Princípios Orçamentários
§ 9º Cabe à lei complementar:
I – dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do
plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual;
Atualmente, utiliza-se a Lei nº 4.320/1964.
CRFB/88 (Art. 166)
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento
anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma
do regimento comum.
§ 1º Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados:
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Administração Financeira – Legislação Aplicável: Arts. 165 a 169 da CRFB – Prof. Fábio Furtado
I – examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas
apresentadas anualmente pelo Presidente da República;
II – examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e setoriais
previstos nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária...
§ 2º As emendas serão apresentadas na Comissão mista, que sobre elas emitirá parecer, e
apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso Nacional.
Não passa primeiro pela Câmara dos Deputados para depois ir para o Senado.
Apreciadas de maneira conjunta, isto é, pelas duas Casas, na forma de Congresso Nacional.
§ 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem
somente podem ser aprovadas caso:
I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;
II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de
despesa, excluídas as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal;
III - sejam relacionadas:
a) com a correção de erros ou omissões; ou
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.
§ 4º As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas
quando incompatíveis com o plano plurianual.
§ 5º O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor
modificação nos projetos a que se refere este artigo enquanto não iniciada a votação, na
Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta.
É a chamada Mensagem Retificadora do Poder Executivo.
§ 8º Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei
orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme
o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização
legislativa.
É considerada como uma quinta fonte de recursos para abertura de créditos adicionais (as
outras quatro estão no art. 43, § 1º da Lei nº 4.320/1964).
Art. 167. São vedados:
Vedações Constitucionais em Matéria Orçamentária.
I – o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual;
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É por isso que a LOA é chamada de Orçamento programa, pois contém Programas de Trabalho
de Governo com diretrizes, objetivos e metas a serem alcançados.
Cada Programa de Trabalho possui uma unidade gestora e um valor para ser executado.
II – a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os créditos
orçamentários ou adicionais;
Alguns chamam de Princípio da Quantificação dos Créditos Orçamentários.
Fica claro que a LOA fixa a despesa, isto é, estabelece um limite para gastos.
III – a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital,
ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade
precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta;
É a chamada REGRA DE OURO DAS FINANÇAS PÚBLICAS.
Empréstimos não devem financiar despesas correntes, mas sim despesas de capital.
IV – a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição
do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de
recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do
ensino e para realização de atividades da administração tributária...e a prestação de garantias
às operações de crédito por antecipação de receita...
(Princípio da Não Afetação ou Não Vinculação de Receitas)
V – a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem
indicação dos recursos correspondentes;
Já que vai alterar a LOA, modificando a estrutura dos créditos orçamentários originais, é lógico
que deve ter autorização legislativa. A indicação de recursos é importante para que não ocorra
desequilíbrio fiscal.
VI – a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de
programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa;
Já que vai alterar a LOA, modificando a estrutura dos créditos orçamentários originais, é lógico
que deve ter autorização legislativa.
VII – a concessão ou utilização de créditos ilimitados;
Fica claro que a LOA fixa a despesa, isto é, estabelece um limite para gastos.
IX – a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa.
Fundos Orçamentários somente podem ser criados por Lei.
X – a transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, inclusive por
antecipação de receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas instituições financeiras,
para pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios
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Administração Financeira – Legislação Aplicável: Arts. 165 a 169 da CRFB – Prof. Fábio Furtado
§ 1º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado
sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime
de responsabilidade.
§ 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem
autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele
exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento
do exercício financeiro subsequente.
§ 3º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas
imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade
pública, observado o disposto no art. 62
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas
provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.
§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria:
I – relativa a:
d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e
suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, § 3º;
§ 4º É permitida a vinculação de receitas próprias geradas pelos impostos a que se referem
os arts. 155 e 156, e dos recursos de que tratam os arts. 157, 158 e 159, I, a e b, e II, para a
prestação de garantia ou contragarantia à União e para pagamento de débitos para com esta.
(Uma das exceções ao Princípio da Não Afetação ou Não Vinculação de Receitas)
Art. 168. Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos os créditos
suplementares e especiais, destinados aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério
Público e da Defensoria Pública, ser-lhes-ão entregues até o dia 20 de cada mês, em duodécimos,
na forma da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º.
A Fazenda Pública, ou seja, o Tesouro deve enviar para os órgãos até o dia 20 de cada mês
os recursos financeiros (dinheiro) para que estes possam pagar o que gastaram dos créditos
orçamentários.
Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar.
Art. 19 da LRF ( LC nº 101/2000):
União: até 50% da RCL;
Outros (E, DF e M): até 60% da RCL.
§ 3º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, durante o prazo
fixado na lei complementar referida no caput, a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios adotarão as seguintes providências:
I - redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comissão e funções de
confiança;
II - exoneração dos servidores não estáveis.
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§ 4º Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não forem suficientes para
assegurar o cumprimento da determinação da lei complementar referida neste artigo, o
servidor estável poderá perder o cargo...
§ 5º O servidor que perder o cargo na forma do parágrafo anterior fará jus a indenização
correspondente a um mês de remuneração por ano de serviço.
§ 6º O cargo objeto da redução prevista nos parágrafos anteriores será considerado extinto,
vedada a criação de cargo, emprego ou função com atribuições iguais ou assemelhadas pelo
prazo de quatro anos.
§ 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos,
empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou
contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou
indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só poderão ser feitas:
I – se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa de
pessoal e aos acréscimos dela decorrentes;
II – se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as empresas
públicas e as sociedades de economia mista.
992 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Financeira
ORÇAMENTO PÚBLICO
Conceito
•• Lei de iniciativa do Chefe do Poder Executivo,
•• aprovada pelo Poder Legislativo,
•• Que estima receitas e fixa despesas
•• para um determinado exercício financeiro.
CUIDADO! Incorreto:
•• Lei de iniciativa do Chefe do Poder Legislativo,
•• Que fixa receitas e fixa despesas
Observação: Podemos considerar como correto:
•• Que estima receitas e estima despesas
LOA
Despesas Fixadas
Receitas Previstas (Créditos Orçamentários)
Tributárias 700 Pessoal 600
Contribuições 150 Serviços de terceiros 200
Patrimoniais 50 Material de Consumo 100
Total “Dinheiro previsto” 900 Total “Cartão de Crédito” 900
Exercício Financeiro
Art. 34 da Lei nº 4.320/64:
O exercício financeiro coincide com o ano civil.
1º jan I----------------------------------------I 31/12
CUIDADO! Incorreto:
O exercício financeiro coincide com o ano comercial.
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Conceito:
O exercício financeiro é o período no qual o orçamento estará em vigor.
É o período em que estaremos arrecadando as receitas previstas e empenhando, gastando, as
despesas fixadas (créditos orçamentários).
1º jan I-----------------------------------------I 31/12
período de execução do orçamento público
994 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Financeira
PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO NA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988: PPA, LDO E LOA
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PPA – Plano Plurianual (Art. 165, § 1º CF de 1988)
Palavras chaves:
Regionalizada; Diretrizes, Objetivos e Metas; Despes as de Capital e decorrentes; Programas de
Duração Continuada.
CUIDADO!
Termos corretos:
Regionalizada; Diretrizes, Objetivos e Metas; Despesas de Capital e decorrentes; Programas de
Duração Continuada.
Termos incorretos:
Setorial; Metas e Prioridades; Despesas Correntes; Programas para o exercício financeiro
subsequente.
CUIDADO!
Termos corretos:
Metas e Prioridades; Despesas de Capital; LOA; Legislação Tributária; Agências Financeiras
Oficias de Fomento.
Termos incorretos:
Diretrizes, Objetivos e Metas; Despesas Correntes; PPA; Legislação Societária; Agências
Bancárias.
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Planejamento e Orçamento da Constituição Federal de 1988: PPA, LDO e LOA – Prof. Fábio Furtado
www.acasadoconcurseiro.com.br 997
Administração Financeira
Prazos para a União (Art. 35,§ 2º do ADCT) e Envio (do Executivo para o
Legislativo)
PPA
•• Até 4 meses antes do encerramento do 1º exercício financeiro.
•• (até 31/08) 1º jan I-------------------------------I-----------------I 31/12
31/08
LDO
•• Até oito meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro.
•• (até 15/04) 1º jan I--------------I----------------------------------I 31/12
15/04
LOA
•• Até 4 meses antes do encerramento do exercício financeiro.
•• (até 31/08) 1º jan I-------------------------------I----------------I 31/12
31/08
Prazos para a União (Art. 35,§ 2º do ADCT) e Devolução (do Legislativo para o
Executivo)
PPA
Até o encerramento da sessão legislativa.
(até 22/12) 02/02 I--------------I 17/07 01/08 I-------------I 22/12
www.acasadoconcurseiro.com.br 999
LDO
Até o encerramento do 1º período da sessão legislativa.
(até 17/07) 02/02 I--------------I 17/07 01/08 I-------------I 22/12
LOA
Até o encerramento da sessão legislativa.
(até 22/12) 02/02 I--------------I 17/07 01/08 I-------------I 22/12
1000 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Financeira
CICLO ORÇAMENTÁRIO
Poder Executivo
(1) Elaboração
do Projeto
Poder Executivo
(3) Execução
Poder Executivo
•• Executivo – Elabora
•• Legislativo – Aprova
•• Executivo – Executa
•• Legislativo – Controla
Controle Externo
Na União: CN com auxílio do TCU;
No Estado do RJ: ALERJ com auxílio do TCERJ;
No Município do RJ: CMRJ com auxílio do TCMRJ;
No Município de Niterói: CM de Niterói com auxílio do TCERJ.
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•• TCM – Tribunal de Contas do Município:
•• Existe somente no Município do Rio de Janeiro (TCMRJ) e no Município de SP (TCMSP).
•• TC dos Municípios:
•• Em 4 Estados (BA, CE, GO, PA)
1002 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Financeira – Ciclo Orçamentário – Prof. Fábio Furtado
Tipos de Orçamento
No Orçamento Misto:
Executivo – Elabora (encaminha o Projeto de LOA para a apreciação do Poder Legislativo)
Legislativo – Aprova (recebe, aprecia, vota e devolve para o Poder Executivo)
Executivo – Executa (arrecada as receitas e empenha as despesas durante o exercício financeiro)
Legislativo – Controla (exerce o Controle Externo, com auxílio do Tribunal de Contas)
www.acasadoconcurseiro.com.br 1003
Administração Financeira
PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS
•• Legalidade
•• Universalidade
•• Periodicidade (Anualidade)
•• Exclusividade (Art. 165, § 8º da CF/88)
•• Orçamento Bruto
•• Publicidade
•• Equilíbrio
•• Não Afetação de Receitas (de impostos)
•• Especificação (Especificidade, Especialização, Discriminação)
•• Unidade ou Totalidade
Legalidade
Apresenta o mesmo fundamento do princípio da legalidade aplicado à administração pública,
segundo o qual cabe ao Poder Público fazer ou deixar de fazer somente aquilo que a lei
expressamente autorizar, ou seja, se subordina aos ditames da lei. A Constituição Federal
de 1988, no art. 37, estabelece os princípios da administração pública, dentre os quais o
da legalidade e, no seu art. 165, estabelece a necessidade de formalização legal das leis
orçamentárias:
“Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
I – o plano plurianual;
II – as diretrizes orçamentárias;
III – os orçamentos anuais.”
LOA
Despesas Fixadas
Receitas Previstas (Créditos Orçamentários)
Tributárias 700 Pessoal 600
Contribuições 150 Serviços de Terceiros 200
Patrimoniais 50 Material de Consumo 100
Total “Dinheiro previsto” 900 Total “Cartão de Crédito” 900
www.acasadoconcurseiro.com.br 1005
Princípio da Universalidade
Lei nº 4.320/64:
Art. 3º A Lei de Orçamento compreenderá todas as receitas, inclusive as de operações de crédito
autorizadas em lei.
[...]
Art. 4º A Lei de Orçamento compreenderá todas as despesas próprias dos órgãos do Governo e da
administração centralizada, ou que, por intermédio deles se devam realizar, observado o disposto
no artigo 2º.
LOA
CRFB/88:
Art. 165, § 5º. A lei orçamentária anual compreenderá ...
Lei nº 4.320/64:
Art. 34. O exercício financeiro coincidirá com o ano civil.
1006 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Financeira – Princípios Orçamentários – Prof. Fábio Furtado
LOA
Despesas Fixadas
Receitas Previstas (Créditos Orçamentários)
Tributárias 700 Pessoal 600
Contribuições 150 Serviços de Terceiros 200
Patrimoniais 50 Material de Consumo 100
Total “Dinheiro previsto” 900 Total “Cartão de Crédito” 900
Lei nº 4.320/64:
Art. 6º Todas as receitas e despesas constarão da Lei de Orçamento pelos seus totais, vedadas
quaisquer deduções.
Despesas Fixadas
Receitas Previstas (Créditos Orçamentários)
Tributárias IPVA 700 Pessoal 600
Contribuições 150 Serviços de Terceiros 200
Patrimoniais 50 Material de Consumo 100
Total “Dinheiro previsto” 900 TTC 350
Total “Cartão de Crédito” 900
Princípio da Publicidade
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Equilíbrio
LOA
Despesas Fixadas
Receitas Previstas (Créditos Orçamentários)
Tributárias IPVA 700 Pessoal 600
Contribuições 150 Serviços de Terceiros 200
Patrimoniais 50 Material de Consumo 100
Total “Dinheiro previsto” 900 Obras e Instalações 200
Total “Cartão de Crédito” 1.100
CRFB/88:
Art. 167. São vedados:
IV – a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição
do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de
recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento
do ensino e para realização de atividades da administração tributária, como determinado,
respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações
de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º
deste artigo;
Art. 167, § 4.º É permitida a vinculação de receitas próprias geradas pelos impostos a que se
referem os arts. 155 e 156, e dos recursos de que tratam os arts. 157, 158 e 159, I, a e b, e II, para
a prestação de garantia ou contragarantia à União e para pagamento de débitos para com esta.
Despesas Fixadas
Receitas Previstas (Créditos Orçamentários)
Tributárias IPVA 700 Pessoal 600
Contribuições 150 Serviços de Terceiros 200
Patrimoniais 50 Material de Consumo 100
Total “Dinheiro previsto” 900 TTC 350
Total “Cartão de Crédito” 900
1008 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Financeira – Princípios Orçamentários – Prof. Fábio Furtado
Princípio da Especificação
Lei nº 4.320/64:
Art. 5º A Lei de Orçamento não consignará dotações globais destinadas a atender indiferentemente
a despesas de pessoal, material, serviços de terceiros, transferências ou quaisquer outras,
ressalvado ...
LOA
Reserva de Contingência
Conceito
Dotação global, genérica, destinada a quitar passivos contingentes, tais como:
Demanda Judicial de uma Empresa Estatal Dependente;
Calamidade Pública.
Serve também para cobrir riscos orçamentários, isto é, risco de erro de planejamento
orçamentário quando utilizada como fonte de recursos para abertura de créditos adicionais
suplementares e especiais.
Art. 5º da LRF:
A LOA conterá RESERVA DE CONTINGÊNCIA cujo montante será calculado na LDO (no Anexo de
Riscos Fiscais)
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Princípio da Unidade
CRFB/88:
Art. 165, § 5º – A lei orçamentária anual compreenderá:
I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da
administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente,
detenha a maioria do capital social com direito a voto;
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados,
da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos
pelo Poder Público.
Previsto, de forma expressa, pelo caput do art. 2º da Lei nº 4.320/64, determina a existência
de orçamento único para cada um dos entes federados – União, Estados, DF e Municípios –
com a finalidade de se evitarem múltiplos orçamentos paralelos dentro de uma mesma pessoa
política.
Dessa forma, todas as receitas previstas e despesas fixadas, em cada exercício financeiro,
devem integrar um único documento legal dentro de cada esfera federativa: a Lei Orçamentária
Anual – LOA*.
•• Cada pessoa política da federação elaborará sua própria LOA.
Princípio da Exclusividade
CRFB/88:
Art. 165, § 8º – A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita
e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos
suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos
termos da lei.
LOA
Exemplo:
“Art. xx. Fica o Poder Executivo autorizado a abrir créditos suplementares, até o limite de trinta
por cento do total da despesa fixada nesta Lei, para transposição, remanejamento ou transferência
de recursos, criando, se necessário, fontes de recursos, modalidades de aplicação, elementos
de despesa e subtítulos, com a finalidade de suprir insuficiências dos Orçamentos Fiscal e da
Seguridade Social, respeitadas as prescrições constitucionais e os termos da Lei Federal n° 4.320, 17
de março de 1964, em seu artigo 43, § 1º incisos I, II e III e §§ 2º, 3º e 4º”.
Exemplo:
“Art. xx. Fica o Poder Executivo autorizado a contrair financiamentos com agências nacionais e
internacionais oficiais de crédito para aplicação em investimentos previstos nesta Lei, bem como
a oferecer as contragarantias necessárias à obtenção de garantia do Tesouro Nacional para a
realização destes financiamentos”.
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Administração Financeira – Princípios Orçamentários – Prof. Fábio Furtado
Exemplo:
“Art. xx. Fica o Poder Executivo autorizado a realizar operações de crédito por antecipação de
receita, com a finalidade de manter o equilíbrio orçamentário-financeiro do Município, observados
os preceitos legais aplicáveis à matéria”.
Nota do Professor
A LOA do último ano de mandato não poderá conter essa autorização. (conforme art.
38 da LRF).
Despesas Fixadas
Receitas Previstas (Créditos Orçamentários)
Tributárias IPVA 700 Pessoal 600
Contribuições 150 Serviços de Terceiros 200
Patrimoniais 50 Material de Consumo 100
Total “Dinheiro previsto” 900 Total “Cartão de Crédito” 900
Despesas Fixadas
Receitas Previstas (Créditos Orçamentários)
Tributárias IPVA 700 Pessoal 600
Contribuições 150 Serviços de Terceiros 200
Operações de Crédito 200 Material de Consumo 100
Total “Dinheiro previsto” 900 Obras e Instalações 200
Total “Cartão de Crédito” 1.100
Operações de Crédito
OPERAÇÕES DE CRÉDITO = EMPRÉSTIMOS/FINANCIAMENTOS
(DÍVIDA FUNDADA)
Longo prazo, em regra.
Prazo de Amortização superior a 12 meses, em regra.
Finalidade: cobrir gasto orçamentário
(Despesa de Capital, em regra)
Art. 98 da Lei nº 4.320/64 e Art. 29 (I, III e §3º) da LRF
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ARO
OPERAÇÕES DE CRÉDITO POR ANTECIPAÇÃO DE RECEITA ORÇAMENTÁRIA (ARO)*
(Débito de Tesouraria)
(DÍVIDA FLUTUANTE)
Curto prazo (de 10/01 a 10/12)
Finalidade: cobrir insuficiência de caixa
Art. 92 da Lei nº 4.320/64 e Art. 38 da LRF
*VEDADA no último ano de MANDATO*.
Princípios Orçamentários
De acordo com o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, da STN/SOF:
•• Unidade ou Totalidade;
•• Universalidade;
•• Anualidade ou Periodicidade;
•• Exclusividade;
•• Orçamento Bruto;
•• Legalidade;
•• Publicidade;
•• Transparência;
•• Não-Vinculação (Não-Afetação) da Receita de Impostos.
Unidade ou Totalidade
Previsto, de forma expressa, pelo caput do art. 2º da Lei nº 4.320/64, determina a existência
de orçamento único para cada um dos entes federados – União, Estados, DF e Municípios –
com a finalidade de se evitarem múltiplos orçamentos paralelos dentro de uma mesma pessoa
política.
Dessa forma, todas as receitas previstas e despesas fixadas, em cada exercício financeiro,
devem integrar um único documento legal dentro de cada esfera federativa: a Lei Orçamentária
Anual – LOA*.
* Cada pessoa política da federação elaborará sua própria LOA.
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Administração Financeira – Princípios Orçamentários – Prof. Fábio Furtado
Universalidade
Estabelecido, de forma expressa, pelo caput do art. 2º da Lei nº 4.320/64, recepcionado e
normatizado pelo § 5º do art. 165 da CF, determina que a LOA de cada ente federado deverá
conter todas as receitas e despesas de todos os poderes, órgão, entidades, fundos, e fundações
instituídas e mantidas pelo poder público.
Anualidade ou Periodicidade
Estipulado, de forma literal, pelo caput do art. 2º da Lei nº 4.320, de 1964, delimita o exercício
financeiro orçamentário: período de tempo ao qual a previsão das receitas e a fixação das
despesas registradas na LOA irão se referir.
Segundo o art. 34 da Lei nº 4.320, de 1964, o exercício financeiro coincidirá com o ano civil e,
por isso, será de 1º de janeiro até 31 de dezembro de cada ano.
Exclusividade
Previsto no § 8º do art. 165 da Constituição Federal, estabelece que a Lei Orçamentária Anual
não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa. Ressalvam-se
dessa proibição a autorização para abertura de créditos adicionais e a contratação de operações
de crédito, nos termos da lei.
Orçamento Bruto
Previsto pelo art. 6o da Lei nº 4.320, de 1964, obriga registrarem-se receitas e despesas na LOA
pelo valor total e bruto, vedadas quaisquer deduções.
Legalidade
Apresenta o mesmo fundamento do princípio da legalidade aplicado à administração pública,
segundo o qual cabe ao Poder Público fazer ou deixar de fazer somente aquilo que a lei
expressamente autorizar, ou seja, se subordina aos ditames da lei. A Constituição Federal
de 1988, no art. 37, estabelece os princípios da administração pública, dentre os quais o
da legalidade e, no seu art. 165, estabelece a necessidade de formalização legal das leis
orçamentárias:
“Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
I – o plano plurianual;
II – as diretrizes orçamentárias;
III – os orçamentos anuais.”
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Publicidade
Princípio básico da atividade da administração pública no regime democrático está previsto pelo
caput do art. 37 da Magna Carta de 1988. Justifica-se especialmente pelo fato de o orçamento
ser fixado em lei, sendo esta a que autoriza aos Poderes a execução de suas despesas.
Nota do Professor
Assim como a maioria dos atos da Administração, as leis orçamentárias devem ser
publicadas em meio oficial de comunicação.
Transparência
Aplica-se também ao orçamento público, pelas disposições contidas nos arts. 48, 48-A e 49
da Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF, que determinam ao governo, por exemplo: divulgar
o orçamento público de forma ampla à sociedade; publicar relatórios sobre a execução
orçamentária e a gestão fiscal; disponibilizar, para qualquer pessoa, informações sobre a
arrecadação da receita e a execução da despesa.
Nota do Professor
A LRF determina que as informações acima deve ser disponibilizadas, para a sociedade,
em meio eletrônico de divulgação (internet).
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Administração Financeira – Princípios Orçamentários – Prof. Fábio Furtado
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Administração
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Administração
A história da Administração nos remete ao período antes de Cristo, com relatos de formas
rústicas de buscar soluções para problemas práticos. Ao longo dos séculos, civilizações
desenvolvidas (como os egípcios) e grandes impérios (chineses, romanos) deixaram rastros de
que aplicavam técnicas de administração.
Na evolução histórica, duas instituições se destacaram por sua capacidade de organização
racional, estrutura rígida e respeito à hierarquia: a Igreja Católica e as Organizações Militares.
O grande salto da Administração, porém,
foi dado no fim do século XIX, quando
o mundo viveu a Segunda Revolução
Industrial (também chamada de Revolução
do Aço e da Eletricidade), marcada pelo
franco desenvolvimento das indústrias.
Os resultados desse salto caracterizariam
a forma de gerir as instituições modernas,
impactando as ações dos administradores
até os dias atuais.
No início do século XX, a indústria (principalmente na Europa e nos EUA) estava em pleno
desenvolvimento: existiam poucos concorrentes (criação de monopólios), o mercado crescia,
havia excesso de mão de obra vinda do campo para os centros urbanos.
Nesse ínterim, parecia que a demanda por produtos era inesgotável e, por isso, o grande
objetivo das indústrias era produzir sempre mais e mais.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1019
Porém, a expansão do trabalho nas fábricas era desorganizada, as tarefas eram aprendidas
empiricamente, havia muita improvisação, as ferramentas e métodos não eram padronizados.
Esses fatores, dentre outros, acabavam resultando em diversos problemas e desperdícios na
produção.
As falhas, o aumento da complexidade das
organizações e a competição por mercado
obrigaram os responsáveis pelas empresas
a planejar as atividades, definir objetivos,
organizar recursos (financeiros, materiais
etc.), comandar pessoas e controlar os
resultados do negócio. Nesse contexto, ganha
força a Ciência Administrativa, buscando
resolver os problemas das grandes empresas
que estavam surgindo.
Uma teoria é um conjunto de proposições,
princípios e doutrinas que procuram explicar
os fatos da realidade prática. As Teorias
da Administração são conhecimentos
organizados, produzidos pela experiência
prática das organizações. A teoria geral da
administração é o conjunto dessas teorias,
que são designadas por meio de diferentes
termos.
As Teorias da Administração espelham, portanto, o momento histórico em que são produzidas.
Na realidade, não são apenas teorias, mas muitas vezes estudos empíricos que resultaram em
aplicações diretas e que colaboraram para o desenvolvimento das organizações modernas.
Dessa forma, refletindo as necessidades da época, o foco inicial dos “cientistas administrativos”
estava nos estudos capazes de organizar as empresas, diminuir as falhas e gerar maior eficiência
na produção.
Importante destacar que a Administração não inventou a divisão do trabalho, a hierarquia, o
controle etc. Essas características existiam há séculos nas atividades humanas. O que a Ciência
Administrativa fez foi potencializar e disseminar essas práticas, como resposta ao aumento dos
problemas organizacionais gerados pela Revolução Industrial.
Voltando à figura do início deste capítulo, concluímos que Administração é o processo de tomar
decisões sobre objetivos e utilização de recursos, ou seja, é o processo de planejar, organizar,
dirigir e controlar o uso de recursos a fim de alcançar objetivos organizacionais.
O conteúdo do estudo da Administração varia de acordo com a teoria ou a escola considerada.
Cada autor da Administração tende a abordar as variáveis e assuntos típicos da orientação
teórica de sua escola ou teoria.
Cada uma destas seis variáveis - tarefas, estrutura, pessoas, ambiente, tecnologia e
competitividade - provocou ao seu tempo uma diferente teoria administrativa, marcando um
gradativo passo no desenvolvimento da TGA. Cada teoria administrativa privilegia ou enfatiza
uma ou mais dessas seis variáveis.
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Administração – Visão Geral das Teorias Administrativas – Prof. Rafael Ravazolo
De maneira geral, a Teoria Geral da Administração evoluiu da seguinte forma: começou com
ênfase nas tarefas (atividades executadas pelos operários em uma fábrica), por meio da
Administração Científica de Taylor. A seguir, a preocupação básica passou para a ênfase na
estrutura com a Teoria Clássica de Fayol e com a Teoria da Burocracia de Weber, seguindo-se mais
tarde a Teoria Estruturalista. A Abordagem Humanística surgiu com a ênfase nas pessoas, por
meio da Teoria das Relações Humanas, mais tarde desenvolvida pela Teoria Comportamental e
pela Teoria do Desenvolvimento Organizacional. A ênfase no ambiente surgiu com a Teoria dos
Sistemas, sendo completada pela Teoria da Contingência. Essa, posteriormente, desenvolveu a
ênfase na tecnologia.
Mais recentemente, as novas abordagens trouxeram à tona a emergente necessidade de
competitividade das organizações em um mundo globalizado e carregado de mudanças e
transformações.
A tabela a seguir apresenta o resumo das diferentes abordagens, com suas visões e ênfases.
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Administração
Aula XX
ABORDAGEM CLÁSSICA
Na sua época, início do século XX, a Abordagem Clássica foi influenciada por três princípios
intelectuais dominantes em quase todas as ciências:
Taylor iniciou sua carreira como operário e aos poucos foi sendo
promovido até chegar a engenheiro. Desde o princípio, sempre se
preocupou com formas de aumentar a eficiência da produção.
Ele considerava que os sistemas administrativos da época eram
falhos: falta de padronização dos métodos e das ferramentas,
desconhecimento – por parte dos administradores – das tarefas
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realizadas pelos operários, equívoco na forma de remuneração utilizada (por empreitada –
peça, tarefa) etc.
Em seu livro Shop Management (Administração de Oficinas), de 1903, é apresentada uma
filosofia de administração baseada em técnicas de racionalização do trabalho dos operários por
meio do Estudo de Tempos e Movimentos (Motion-Time Study).
Taylor começou seus estudos pelos níveis mais baixos – operários –, analisando as tarefas de
cada um, decompondo seus movimentos e dividindo processos de trabalho (método cartesiano)
para aperfeiçoá-los e racionalizá-los.
Concluiu que um operário médio produzia muito menos do que era capaz, seja por executar
“movimentos inúteis”, seja por usar ferramentas inadequadas, seja por perceber que obtinha a
mesma remuneração de um colega menos produtivo.
A partir da decomposição do trabalho em tarefas simples, da análise e de testes científicos, seria
definida a melhor forma (the best way) de se realizar uma tarefa, resultando na padronização
da atividade e das ferramentas para os operários.
Além disso, os operários seriam escolhidos com base em suas aptidões para a tarefa e treinados
de acordo com “the best way”. Tais funcionários seriam remunerados pela produtividade,
tendo, desta forma, um incentivo para produzir mais.
MELHOR
HOMEM + MELHOR
TÉCNICA + TAREFAS
SIMPLES = MELHOR
RESULTADO
Esses estudos iniciais resultaram no que ele chamou de Princípios da Supervisão Elementar:
1º Seleção científica – atribuir a cada trabalhador a tarefa (simples) mais elevada possível
conforme suas aptidões pessoais.
2º Tempo padrão – a produção de cada trabalhador nunca pode ser inferior ao padrão
estabelecido.
3º Incentivo salarial – atribuir tarifas diferenciadas de remuneração por unidade produzida
para quem produzir acima dos padrões estabelecidos.
Resumindo os preceitos de Shop Management:
1. O objetivo da boa administração é pagar salários altos e ter baixos custos de produção.
2. Com esse objetivo, a administração deve aplicar métodos científicos de pesquisa para
estabelecer a melhor maneira de executar as tarefas e controlar as operações.
3. Os empregados devem ser cientificamente selecionados e colocados em serviços
adequados a suas aptidões.
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Administração – Abordagem Clássica – Prof. Rafael Ravazolo
Altos
Seleção e treinamento científicos salários
e baixos
custos
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Ele citou três objetivos para o estudo (livro):
1. Indicar, por meio de uma série de exemplos, a enorme perda que o país sofria com a
ineficiência em quase todos os atos diários.
2. Tentar convencer o leitor de que o remédio para esta ineficiência está antes na administração
que na procura de homem excepcional ou extraordinário.
3. Provar que a administração é uma verdadeira ciência, regida por normas, princípios e
leis definidos. Além disto, para mostrar que os princípios fundamentais da administração
científica são aplicáveis a todas as espécies de atividades humanas.
Vadiagem
Taylor afirmava que a vadiagem dos trabalhadores (produzir menos do que realmente podiam)
afetava fortemente a prosperidade das indústrias e dos trabalhadores.
Haveria três causas determinantes dessa vadiagem:
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Administração – Abordagem Clássica – Prof. Rafael Ravazolo
3. Os métodos empíricos ineficientes com os quais o operário desperdiça grande parte do seu
esforço e do seu tempo: falta de uniformidade das técnicas ou métodos de trabalho – era
necessário substituir os métodos empíricos por métodos científicos – Organização Racional
do Trabalho.
“[...] entre os vários métodos e instrumentos utilizados em cada operação,
há sempre método mais rápido e instrumento melhor que os demais[...]”
“[...] notável economia de tempo e o consequente acréscimo de rendimento
possíveis de obter pela eliminação de movimentos desnecessários e
substituição de movimentos lentos e ineficientes por movimentos rápidos em
todos os ofícios [...] decorrem dum perfeito estudo do tempo e movimento,
feito por pessoa competente.”
1. Desenvolver para cada elemento do trabalho individual uma ciência que substitua os
métodos empíricos.
3. Cooperar cordialmente com os trabalhadores para articular todo trabalho com os princípios
da ciência que foi desenvolvida.
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4. Manter divisão equitativa de trabalho e de responsabilidades (competências) entre a
direção e o operário. A direção incumbe-se de todas as atribuições para as quais esteja
mais bem aparelhada do que o trabalhador.
“A ideia da tarefa é, quiçá, o mais importante elemento na administração científica. O trabalho
de cada operário é completamente planejado pela direção, pelo menos, com um dia de
antecedência e cada homem recebe, na maioria dos casos, instruções escritas completas que
minudenciam a tarefa de que é encarregado e também os meios usados para realizá-la.”
1028 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Abordagem Clássica – Prof. Rafael Ravazolo
Desenvolvimento de uma
verdadeira ciência
Cooperação íntima e
cordial entre a direção e
os trabalhadores
De acordo com Taylor, a implantação da Administração Científica deveria ser gradual e respeitar
certo período de tempo, para evitar alterações bruscas que causassem descontentamento dos
empregados e prejuízos aos patrões.
Taylor insistiu na distinção entre os princípios (filosofia) e os mecanismos (técnicas, elementos)
da administração científica. Para se colocar em prática os princípios, ele cita algumas técnicas
possíveis:
•• Estudo do tempo, com os materiais e métodos para realizá-lo corretamente;
•• Padronização dos instrumentos e material usados na fábrica e também de todos os
movimentos do trabalhador para cada tipo de serviço;
•• Chefia numerosa e funcional (e sua superioridade sobre o velho sistema do contramestre
único);
•• Necessidade de uma seção ou sala de planejamento;
•• Princípio de exceção – sistema de controle operacional simples e baseado não no
desempenho médio, mas na verificação das exceções ou desvios (bons ou ruins) dos
padrões normais.
•• Uso da régua-de-cálculo e recursos semelhantes para economizar tempo;
•• Fichas de instrução para o trabalhador;
•• Ideia de tarefa na administração, associada a alto prêmio para os que realizam toda a tarefa
com sucesso;
•• Pagamento com gratificação diferencial;
•• Sistema mnemônico para classificar produtos, ferramentas etc.;
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•• Sistema de controle da rotina;
•• Novo sistema de cálculo do custo, etc., etc.
Outros Autores
Essa escola era formada principalmente por engenheiros, merecendo destaque:
Frank e Lilian Gilbreth: desenvolveram técnicas para minimizar tempos e movimentos. Lilian
tentou aplicar psicologia à Administração em uma época em que poucos pensavam nisso. Frank
concluiu que todo trabalho manual pode ser reduzido a movimentos elementares, aos quais
deu o nome de therblig (anagrama de Gilbreth). O therblig constitui unidade fundamental
de trabalho da Administração Científica. Gilbreth também propôs princípios de economia de
1030 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Abordagem Clássica – Prof. Rafael Ravazolo
movimentos classificados em três grupos: relativos ao uso do corpo humano, relativos ao arranjo
material do local de trabalho, relativos ao desempenho das ferramentas e do equipamento.
Henry Gantt: famoso pelo Gráfico de Gantt (um tipo de cronograma), usou psicologia para
aumentar a produtividade. Deu importância ao moral do trabalhador, reconheceu a vantagem
de incentivos não monetários (percebendo falhas na Adm. Científica), aplicou a racionalização
fora da produção (vendas e finanças) e ajudou a desenvolver o treinamento profissionalizante.
Hugo Munsterberg: é considerado o criador da psicologia industrial. Criou e empregou testes
de seleção de pessoal e deu consultoria sobre comportamento humano.
Harrington Emerson: simplificou os métodos de trabalho, popularizou a Administração
Científica, desenvolveu trabalhos sobre seleção e treinamento e preconizou 12 princípios de
rendimento, dentre eles: traçar um plano bem definido, de acordo com os objetivos; oferecer
orientação e supervisão competentes; manter disciplina; manter registros precisos, imediatos e
adequados; oferecer remuneração proporcional ao trabalho; fixar normas padronizadas;
oferecer incentivos ao pessoal.
Henry Ford: costuma ser incluído nessa escola pela aplicação
dos princípios tayloristas em seus negócios. Seu princípio
geral de organização da produção compreende o paradigma
tecnológico, a forma de organização do trabalho e o estilo de
gestão.
As principais características são:
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Era adotada uma forma rígida de divisão do trabalho, tanto vertical quanto horizontal. Pela
linha de montagem se racionalizava ao máximo o trabalho para se conseguir economias em
escala.
O sistema de Ford teve importante função social de democratizar o uso do automóvel (devido ao
baixo custo) e, por meio de acordos com sindicatos, pagar os trabalhadores por produtividade.
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Administração – Abordagem Clássica – Prof. Rafael Ravazolo
Funções Essenciais
2. Função Comercial: compra, venda e permutas. Comprar e vender são tão importantes
quanto fabricar. Implica planejamento e um profundo conhecimento do mercado e dos
concorrentes.
3. Função Financeira: procura e gerência de capitais. Implica usar bem o capital disponível
e evitar aplicações imprudentes. O capital é necessário para o pagamento de despesas, a
realização de melhorias, a constituição de reservas etc.
5. Função Contábil: inventários, registros, balanços, custos, estatísticas etc. Chamado "órgão
de visão”, deve relatar a qualquer momento, de forma clara e precisa, a posição e o rumo
do negócio. É geralmente tratada com indiferença, mas é um poderoso meio de direção.
Função Administrativa
Para Fayol, a função administrativa tem por órgão e instrumento o corpo social. Enquanto as
outras funções preocupam-se com máquinas e matérias-primas, a Administração restringe-se
ao pessoal.
Inicialmente, o autor faz uma distinção entre Dirigir e Administrar.
“Dirigir é conduzir a empresa, tendo em vista os fins visados, procurando
obter as maiores vantagens possíveis de todos os recursos de que ela dispõe;
é assegurar a marcha das seis funções essenciais. A administração não é
senão uma das seis funções, cujo ritmo é assegurado pela direção. “O espaço
ocupado pela Administração nas funções dos altos chefes faz parecer que
as funções administrativas estejam concentradas exclusivamente no topo da
organização, o que não é verdade.
Cada uma das funções corresponde a uma capacidade (capacidade técnica, financeira,
administrativa etc.) e cada capacidade corresponde a um conjunto de qualidades (físicas,
intelectuais, morais, cultura geral, conhecimentos especiais e experiência).
Para Fayol, a importância das capacidades varia ao longo cadeia hierárquica, conforme a figura
a seguir.
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A principal capacidade do operário é a técnica; quando mais a pessoa se eleva na hierarquia,
mais diminui a importância técnica e aumenta a administrativa. No topo da organização, a
principal capacidade do diretor é a administrativa
Capacidade Administrativa
Diretor
– Prever
– Organizar
– Comandar Comercial – Cadeia
– Coordenar Financeira –
– Controlar de Segurança – Hierárquica
de Contabilidade –
Técnica –
Outras Capacidades Operários
Existe, portanto, uma proporcionalidade da função administrativa: ela não é privativa da alta
cúpula, mas se reparte proporcionalmente por todos os níveis da empresa. Na medida em que
se desce na escala hierárquica mais aumenta a proporção das outras funções da empresa; e na
medida em que se sobe na escala hierárquica mais aumenta a extensão e o volume da função
administrativa.
Para Fayol, era necessário formular uma “doutrina administrativa”, afinal, todos teriam
necessidade, em maior ou menor grau, de conhecimentos administrativos. Tais conhecimentos
seriam oferecidos desde a escola primária (de forma rudimentar) até a formação superior (de
modo avançado).
Para que o corpo social funcione bem, são necessárias algumas condições, que o Fayol chamou
de princípios. Ele definiu 14 princípios, porém, deixou claro que esse número é variável, pois
qualquer prática ou instrumento que viesse a facilitar e fortalecer o corpo social poderia ser
classificado como princípio.
1034 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Abordagem Clássica – Prof. Rafael Ravazolo
1. Divisão do trabalho: divisão de tarefas que reduz o número de objetivos que necessitam
de esforço e concentração por parte do trabalhador. Consiste na especialização das tarefas
e das pessoas para aumentar a eficiência. Tende à especialização de funções e à separação
de poderes, mas, segundo o próprio Fayol
"A divisão do trabalho tem suas limitações que a experiência e o senso da medida ensinam a
não ultrapassar”.
A divisão vertical define os escalões da organização que detêm diferentes níveis de autoridade
(autoridade de linha). A divisão horizontal especializa segundo os diferentes tipos de atividades
da organização (departamentalização). A homogeneidade na organização é obtida quando são
reunidos, na mesma unidade, todos os que estiverem executando o mesmo trabalho/processo/
para a mesma clientela/no mesmo lugar.
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empresa para outra, entre categorias e agentes de uma mesma organização, de uma época
para outra.
“[...] o estado de disciplina de um corpo social qualquer depende essencialmente do valor dos
chefes.”
“Os meios mais eficazes para se manter a disciplina são:
- bons chefes em todos os graus hierárquicos;
- convênios tão claros e equitativos quanto seja possível;
- sanções penais judiciosamente aplicadas.”
6. Subordinação dos interesses individuais aos gerais: os interesses gerais da empresa devem
sobrepor-se aos interesses particulares das pessoas e dos grupos.
“Todas as paixões humanas tendem a fazer perder de vista o interesse geral em proveito do
interesse particular.”
“Os meios para conciliar interesses são: firmeza e bons exemplos dos chefes; convênios tão
equitativos quanto possível; vigilância atenta.”
7. Remuneração do pessoal: é o prêmio pelo serviço prestado. Deve ser equitativa e, na
medida do possível, gerar satisfação para os empregados e para a organização.
Os modos de retribuição do pessoal podem ter influência considerável sobre a marcha dos
negócios. São eles: a) pagamento por dia; b) pagamento por tarefa; c) pagamento por peça.
Cada um tem vantagens e inconvenientes, seu uso depende das circunstâncias e das habilidades
do chefe.
Busca-se com o modo de retribuição garantir remuneração equitativa, recompensar o esforço
útil e evitar excessos de remuneração.
1036 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Abordagem Clássica – Prof. Rafael Ravazolo
Fayol também analisa outras formas de regular os salários (prêmios, participação nos lucros
e compensações honoríficas), mas mostra-se cauteloso e crítico, considerando-as problemas
longe de serem resolvidos, soluções precárias.
9. Hierarquia: é a cadeia escalar, a linha de autoridade que vai do escalão mais alto ao mais
baixo em função do princípio do comando.
“A via hierárquica é o caminho que seguem, passando por todos os graus da hierarquia, as
comunicações que partem da autoridade superior ou que lhe são dirigidas.”
Nem sempre é o caminho mais rápido, por isso Fayol propõe uma forma de conciliar a
hierarquia com a rapidez: com a devida autorização prévia dos chefes, os funcionários poderão
se relacionar diretamente (“ponte”). Após o contato, deve-se deixar o chefe a par do que
aconteceu.
“É erro afastar-se da hierarquia sem necessidade, mas é erro muito maior segui-lo quando daí
resulta prejuízo para a empresa.”
www.acasadoconcurseiro.com.br 1037
13. Iniciativa: capacidade de visualizar um plano e de assegurar pessoalmente o seu sucesso
(conceber e executar).
“A iniciativa de todos, juntando-se à do chefe e, se necessário, suprindo-a, é uma grande força
para as empresas.”
14. União do pessoal: espírito de equipe. A harmonia e a união entre as pessoas são grandes
forças para a organização. Deve-se respeitar a unidade de comando e evitar a divisão das
pessoas e o abuso das comunicações escritas.
Elementos da Administração
Para Fayol, a Função Administrativa consiste em PO3C:
1038 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Abordagem Clássica – Prof. Rafael Ravazolo
“Na empresa rudimentar, os órgãos podem ser representados por um só agente; na empresa
nacional, as funções essenciais, extremamente complexas e subdivididas, ocupam muita gente
e conduzem à criação de órgãos ou subórgãos numerosos.”
Por fim, dentro da Organização, Fayol cita a importância do recrutamento e da formação dos
agentes (treinamento).
Outros Autores
Lyndall F. Urwick: para ele, os elementos da Administração constituem a base da boa
organização, uma vez que uma empresa não pode ser desenvolvida em torno de pessoas, mas
de sua organização. Ele basicamente usou os mesmo elementos que Fayol, apenas desdobrando
a previsão em três distintos (investigação, previsão e planejamento).
www.acasadoconcurseiro.com.br 1039
Quanto aos princípios de Administração, ele propôs quatro:
1. Especialização (do trabalho) – cada pessoa deve exercer uma só função. Esse princípio dá
origem à organização de linha, à de staff e à funcional.
Abordagem Clássica
Teoria Administração Científica Teoria Clássica
Autor Taylor Fayol
Origem Americano Francês
Tarefas – métodos e sistemas Estrutura – divisão de
Ênfase de trabalho na linha de funções, especialização do
produção administrador
Abordagem De baixo para cima De cima para baixo
Foco Operacional (chão de fábrica) Gerencial
Forma e disposição dos órgãos
Racionalização do trabalho
e suas inter-relações; o todo
operário; somatório da
Como alcançar eficiência organizacional e a sua estrutura
eficiência individual no nível
geram eficiência a todas as
operacional
partes envolvidas
Formal e Funcional
Tipo de Organização Formal e Linear (Centralizada)
(descentralizada)
Objetivo Máxima eficiência
Sistema Fechado
1040 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Abordagem Clássica – Prof. Rafael Ravazolo
www.acasadoconcurseiro.com.br 1041
Slides – Aboragem Clássica
Abordagem
Clássica
Responde
às
necessidades
da
época:
Indústria
(Europa
e
EUA)
em
pleno
desenvolvimento
Poucos
concorrentes
(monopólios)
Excesso
de
mão
de
obra
Mercado
crescente
ObjeGvo:
produzir
mais!!!
Abordagem
Clássica
• Realidade
da
época:
‒ Trabalho
desorganizado:
tarefas
aprendidas
empiricamente;
ferramentas
e
métodos
não
padronizados;
muita
improvisação.
1042 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Abordagem Clássica – Prof. Rafael Ravazolo
Abordagem
Clássica
• Foco
dos
“cien4stas
administra4vos”
da
época:
‒ Estudos
capazes
de
organizar
as
empresas,
diminuir
as
falhas
e
gerar
maior
eficiência
na
produção.
Abordagem
Clássica
• Foco:
‒ Interno
e
estrutural:
aperfeiçoar
as
regras
e
a
estrutura
interna
da
organização.
‒ Racionalização
do
trabalho:
estrutura
e
tarefas
racionalmente
planejadas
o>mizariam
a
produção
e
resolveriam
todos
os
problemas,
inclusive
de
comportamento
dos
trabalhadores.
‒ Separação
entre
quem
pensa
e
quem
faz.
‒ Principais
autores:
Taylor
e
Fayol
www.acasadoconcurseiro.com.br 1043
Administração
Cien0fica
• Entrando
na
mente
de
Frederick
Winslow
Taylor
‒ Engenheiro
americano
‒ Iniciou
sua
carreira
como
operário
e
aos
poucos
foi
sendo
promovido
–
teve
contato
com
a
produção
‒ Problemas
da
produção:
falta
de
padronização
dos
métodos
e
das
ferramentas,
ignorância
dos
administradores
sobre
as
tarefas
realizadas
pelos
operários,
forma
de
remuneração
errada.
‒ T.O.C.
-‐
aumentar
a
eficiência
da
produção
(nível
mais
baixo
da
hierarquia)
Administração
Cien0fica
• Shop
Management
(1903)
‒ Operário
produzia
muito
menos
do
que
era
capaz:
o movimentos
inúteis,
ferramentas
inadequadas,
mesma
remuneração
de
um
colega
vagal.
• Mo-on-‐Time
Study
-‐
racionalização
cien0fica
do
trabalho
dos
operários
1. Mensurou
e
analisou
as
tarefas
dos
operários
2. Decompôs
-‐
dividiu
processos
de
trabalho
3. Aperfeiçoou
e
racionalizou
os
movimentos
e
as
ferramentas
–
“the
best
way”
1044 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Abordagem Clássica – Prof. Rafael Ravazolo
Administração
Cien0fica
Melhor
Melhor
Tarefas
Melhor
Homem
Técnica
Simples
Resultado
Princípios
da
Supervisão
Elementar:
1°
Seleção
cien-fica
-‐
atribuir
a
cada
trabalhador
a
tarefa
(simples)
conforme
suas
ap6dões
pessoais.
2°
Tempo
padrão
–
a
produção
de
cada
trabalhador
nunca
pode
ser
inferior
ao
padrão
estabelecido.
3°
Incen8vo
salarial
–
atribuir
tarifas
diferenciadas
de
remuneração
por
unidade
produzida
para
quem
produzir
acima
dos
padrões
estabelecidos.
Administração
Cien0fica
Preceitos
de
Shop
Management:
Cooperação
(ín8ma
e
cordial)
entre
trabalhadores
e
administradores
www.acasadoconcurseiro.com.br 1045
Administração
Cien0fica
• Principles
of
Scien.fic
Management
(1911)
o Estudos
mais
amplos
sobre
Administração
• Três
obje?vos
para
o
estudo
(livro):
1
-‐
Indicar,
por
meio
de
uma
série
de
exemplos,
a
enorme
perda
que
o
país
sofria
com
a
ineficiência
em
quase
todos
os
atos
diários.
2
-‐
Tentar
convencer
o
leitor
de
que
o
remédio
para
esta
ineficiência
está
antes
na
administração
que
na
procura
de
homem
excepcional
ou
extraordinário.
3
-‐
Provar
que
a
administração
é
uma
verdadeira
ciência,
regida
por
normas,
princípios
e
leis
definidos.
Além
disto,
mostrar
que
os
princípios
fundamentais
da
administração
cien9fica
são
aplicáveis
a
todas
as
espécies
de
a;vidades
humanas.
Administração Cien0fica
Vadiagem
sistemá6ca
• Hábito
de
fazer
cera;
indolência
sistêmica.
• Trabalhadores
produzem
menos
do
que
realmente
podem.
1046 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Abordagem Clássica – Prof. Rafael Ravazolo
Administração Cien0fica
Administração
Cien0fica
• Algumas
caracterís7cas:
www.acasadoconcurseiro.com.br 1047
Princípios
da
Administração
Cien4fica
Instrução
e
Seleção
cien5fica
treinamento
do
trabalhador
cien5fico
Cooperação
ín:ma
e
cordial
entre
a
direção
e
os
trabalhadores
• Não
confundir
com
os
mecanismos
da
Adm.
Cien4fica
1048 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Abordagem Clássica – Prof. Rafael Ravazolo
Administração
Cien0fica
• Mecanismos
da
Administração
Cien0fica
=
técnicas
para
colocá-‐la
em
prá:ca
1. Estudo
do
tempo
2. Padronização
dos
instrumentos,
materiais
e
movimentos
3. Chefia
numerosa
e
funcional
4. Necessidade
de
uma
seção
ou
sala
de
planejamento;
5. Princípio
de
exceção
no
controle
6. Uso
da
régua
de
cálculo
e
recursos
semelhantes
para
economizar
tempo;
7. Fichas
de
instrução
para
o
trabalhador;
8. Ideia
de
tarefa
na
administração
e
alto
prêmio
para
quem
cumprir;
9. Pagamento
com
gra:ficação
diferencial;
10. Sistema
mnemônico
para
classificar
produtos,
ferramentas
etc.;
11. Sistema
de
controle
da
ro:na;
12. Novo
sistema
de
cálculo
do
custo
etc.
Administração
Cien0fica
• Organização
Racional
(ou
Cien0fica)
do
Trabalho
–
subs?tuição
dos
métodos
empíricos
e
rudimentares
pelos
métodos
cien0ficos
1.
Análise
do
trabalho
e
mo#on-‐#me
study
2.
Estudo
da
fadiga
humana
3.
Divisão
do
trabalho
e
especialização
do
operário.
4.
Desenho
de
cargos
e
de
tarefas
5.
Incen?vos
salariais
e
prêmios
de
produção
6.
Conceito
de
homo
economicus
7.
Condições
ambientais
de
trabalho
–
adequação
de
instalações
e
ferramentas
8.
Padronização
de
métodos
e
de
máquinas
9.
Supervisão
funcional
–
contrário
à
centralização
de
autoridade
www.acasadoconcurseiro.com.br 1049
Administração
Cien0fica
• Henry
Ford
‒ Três
princípios:
produ:vidade
(especialização
e
linha
de
montagem),
intensificação
(velocidade
do
capital)
e
economicidade
(diminuir
estoques
e
variedade
de
peças)
‒ Mecanização
-‐
equipamentos
altamente
especializados,
plataformas
volantes
‒ Racionalização
taylorista
do
trabalho
‒ Peças
padronizadas
e
intercambiáveis.
‒ Produção
em
massa
de
bens
(padronizados)
‒ Norma
de
salários
Administração
Cien0fica
• Frank
e
Lilian
Gilbreth
‒ Técnicas
para
minimizar
tempos
e
movimentos
‒ Lilian
tentou
aplicar
psicologia
à
Administração
‒ Frank
definiu
o
therblig
-‐
unidade
fundamental
(mínima)
de
trabalho
da
Administração
Cien0fica.
‒ Propôs
princípios
de
economia
de
movimentos
o relaJvos
ao
uso
do
corpo
humano
o relaJvos
ao
arranjo
material
do
local
de
trabalho
o relaJvos
às
ferramentas
e
ao
equipamento.
1050 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Abordagem Clássica – Prof. Rafael Ravazolo
Teoria Clássica
• Henri
Fayol
‒ Engenheiro
francês
‒ Abordagem
sinté=ca,
global
e
universal
da
empresa
‒ Grupo
de
estudiosos
Anatomistas
e
Fisiologistas
‒ Aumentar
a
eficiência
da
empresa
por
meio
da
forma
e
disposição
dos
órgãos
componentes
da
organização
(departamentos)
e
de
suas
inter-‐relações
estruturais.
Teoria
Clássica
• Henri
Fayol
‒ Concebe
a
organização
em
termos
de
estrutura,
forma,
disposição
e
inter-‐relacionamento
das
partes
que
a
cons@tuem.
‒ Abordagem
top-‐down
‒ Modelo
de
estrutura
influenciado
pelas
concepções
an@gas
de
organização
-‐
tradicionais,
rígidas
e
hierarquizadas.
‒ Agrupamento
de
a@vidades
semelhantes
-‐
especialização
www.acasadoconcurseiro.com.br 1051
Teoria
Clássica
• Seis
Funções
Essenciais
(grupos
de
operações)
‒ Técnica:
produção
de
bens
ou
de
serviços
da
empresa
‒ Comercial:
compra,
venda
e
permutas
‒ Financeira:
procura
e
gerência
de
capitais
‒ de
Segurança:
proteção
e
preservação
de
bens
e
de
pessoas
‒ Contábil
("órgão
de
visão”):
inventários,
registros,
balanços,
custos,
estaEsFcas
etc.
‒ Administra9va:
formular
o
programa
de
ação
geral
da
empresa,
consFtuir
o
corpo
social,
coordenar
os
esforços
e
harmonizar
os
atos.
Teoria
Clássica
• Seis
Funções
Essenciais
(grupos
de
operações)
‒ Cada
uma
das
funções
corresponde
a
uma
capacidade
(técnica,
financeira,
administra@va
etc.)
‒ Cada
capacidade
corresponde
a
um
conjunto
de
qualidades
necessárias
ao
Administrador:
o Físicas
o Intelectuais
o Morais
o Cultura
geral
o Conhecimentos
especiais
o Experiência.
1052 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Abordagem Clássica – Prof. Rafael Ravazolo
Teoria
Clássica
• Função
Administra6va
‒ “Enquanto
as
outras
funções
preocupam-‐se
com
máquinas
e
matérias-‐
primas,
a
Administração
restringe-‐se
ao
pessoal.”
‒ Proporcionalidade
da
função
administra6va:
Cadeia
Hierárquica
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Princípios
Gerais
da
Administração
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Administração – Abordagem Clássica – Prof. Rafael Ravazolo
Função Administra0va
Administração
-‐
PO3C
Coordenar
Organizar
Comandar
www.acasadoconcurseiro.com.br 1055
Função
Administra0va
• Previsão:
é
o
planejamento.
‒ Principal
instrumento
-‐
programa
de
ação,
que
engloba
o
resultado
visado,
uma
linha
de
ação,
as
etapas
a
vencer
e
os
meios
a
empregar.
‒ Caracterís0cas
gerais
de
um
bom
programa
de
ação
são:
o Unidade
de
programa
–
um
por
vez
o Con0nuidade
e
duração
anual
o Flexibilidade
o Precisão
-‐
difere
o
programa
de
uma
aventura
Função
Administra0va
• 2.
Organização:
‒ Dotar
a
empresa
de
tudo
o
que
é
ú0l
ao
funcionamento:
matérias-‐primas,
utensílios,
capitais
e
pessoal.
‒ Os
três
primeiros
formam
o
organismo
material,
enquanto
as
pessoas
formam
o
organismo
social.
‒ A
forma
depende
da
quan0dade
de
funcionários
e
seus
órgãos
ou
membros
desempenham
as
seis
funções
essenciais.
‒ Importância
do
recrutamento
e
da
formação
dos
agentes
1056 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Abordagem Clássica – Prof. Rafael Ravazolo
Função
Administra0va
• 3.
Comando:
‒ É
dirigir
o
pessoal.
‒ Obje0vo
-‐
alcançar
o
máximo
retorno
das
pessoas
‒ Concentra-‐se
na
figura
do
chefe
‒ Preceitos
–
exigências
ao
chefe
-‐
conhecimento
profundo
do
pessoal;
excluir
os
incapazes;
conhecer
acordos
que
regem
as
relações
dentro
da
empresa;
dar
bom
exemplo;
fazer
inspeções
periódicas
no
corpo
social;
fazer
reuniões
com
colaboradores
para
garan0r
a
convergência
de
esforços;
não
se
deixar
absorver
por
detalhes;
incen0var
a
inicia0va
e
o
devotamento.
Função
Administra0va
• 4.
Coordenação:
‒ Harmoniza
todas
as
a0vidades
do
negócio;
‒ Sincroniza
coisas
e
ações
e
adapta
meios
aos
fins
visados;
‒ Cada
serviço
caminha
de
acordo
com
os
outros;
‒ Divisões
e
subdivisões
sabem
a
parte
que
lhes
cabe
do
todo
e
há
ajuda
mútua.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1057
Função
Administra0va
• 5.
Controle:
‒ Verificar
se
tudo
ocorre
em
conformidade
com
o
plano,
as
ordens
e
os
princípios
estabelecidos;
‒ Verificar
se
os
demais
elementos
(PO2C)
estão
funcionando;
‒ Obje0vo
-‐
localizar
as
fraquezas
e
erros
no
intuito
de
repará-‐
los
e
prevenir
a
repe0ção.
‒ Quem
controle?
o A
autoridade
superior
de
cada
serviço
o Agentes
especiais
-‐
quando
o
número
de
operações
se
torna
muito
grande
e
complexo
Teoria Clássica
• Outros
autores:
‒ Urwick:
usou
os
mesmo
elementos
que
Fayol,
apenas
desdobrou
a
previsão
em
três:
inves>gação,
previsão
e
planejamento.
‒ Gulick:
planejamento,
organização,
comando
e
coordenação
de
Fayol
+
staffing,
repor>ng
e
budge>ng.
1058 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Abordagem Clássica – Prof. Rafael Ravazolo
www.acasadoconcurseiro.com.br 1059
Administração Pública
1. ABORDAGEM HUMANÍSTICA
O tema central da escola das relações humanas no trabalho é o comportamento coletivo nas
organizações, ou seja, o entendimento das pessoas como integrantes de grupos de trabalho.
Segundo Chiavenato, a Teoria das Relações Humanas tem suas origens na necessidade de hu-
manizar e democratizar a Administração, libertando-a dos conceitos rígidos e mecanicistas da
Teoria Clássica e adequando-a aos novos padrões de vida; no desenvolvimento das Ciências
Humanas, principalmente a psicologia, bem como sua crescente influência intelectual e suas
primeiras aplicações à indústria; nas conclusões da Experiência de Hawthorne.
A Abordagem Humanística transfere o foco da gestão, antes colocado nas tarefas (pela Administra-
ção Científica) e na estrutura organizacional (pela Teoria Clássica), para a ênfase nas pessoas que
trabalham nas organizações. Em outras palavras, a Abordagem Humanística faz com que a preocu-
pação com a máquina, com o método de trabalho, com a organização formal e com os princípios de
Administração cedam espaço para a preocupação com as pessoas e com os grupos sociais, ou seja,
faz uma transição dos aspectos técnicos e formais para os aspectos psicológicos e sociológicos.
A Teoria das Relações Humanas (ou Escola Humanística da Administração) surgiu nos Estados
Unidos, como consequência das conclusões da Experiência de Hawthorne, desenvolvida por
Elton Mayo e colaboradores.
O experimento foi realizado no período de 1927 a 1933 e fez parte de um programa mais amplo,
orientado pelo professor Elton Mayo, de Harvard, e que durou até 1947. Esse experimento fez nascer
a chamada escola de relações humanas porque demonstrou que, entre os fatores mais importantes
para o desempenho individual, estão as relações com os colegas e com os administradores. O
experimento de Hawthorne, portanto, revelou a importância do grupo sobre o desempenho dos
indivíduos e deu a partida nos estudos sistemáticos sobre a organização informal.
Em 1927, foi iniciada uma experiência na fábrica de Hawthorne da Western Electric Company,
situada em Chicago, para avaliar a correlação entre iluminação e eficiência dos operários,
medida por meio da produção. Os pesquisadores verificaram que os resultados da experiência
eram prejudicados por variáveis de natureza psicológica e, na tentativa de compreender melhor
esse fenômeno, ampliaram a pesquisa mais alguns anos (ao todo 4 fases).
www.acasadoconcurseiro.com.br 1061
Fase 1:
•• Objetivo: conhecer o efeito da iluminação sobre o rendimento dos operários.
•• Método: foram escolhidos dois grupos de operários que faziam o mesmo trabalho e em
condições idênticas: um grupo de observação trabalhava sob intensidade de luz variável,
enquanto o grupo de controle tinha intensidade constante.
•• Conclusão: a eficiência dos operários é afetada por condições psicológicas. Eles reagiam de acordo
com suas suposições pessoais, ou seja, eles se julgavam na obrigação de produzir mais quando a
intensidade de iluminação aumentava e produzir menos quando a iluminação diminuía.
Fase 2:
•• Objetivo: determinar o efeito de certas mudanças nas condições de trabalho (períodos de
descanso, lanches, redução no horário de trabalho, etc.) na produtividade.
•• Método: foi criado um grupo de observação (grupo de testes) com seis moças que traba-
lhavam na montagem de um certo tipo de peça. A sala do grupo de observação era separa-
da do restante do departamento por uma divisão de madeira. Essa fase foi dividida em dife-
rentes períodos de teste, cada um com alterações (para melhor ou para pior) no ambiente
ou nos métodos de trabalho das operárias.
•• Conclusão: a produção aumentou seguidamente de um período para o outro, mesmo
quando o ambiente era piorado. As moças gostavam de trabalhar na sala de provas porque
era divertido e a supervisão branda (o supervisor funcionava como orientador); havia um
ambiente amistoso e sem pressões, no qual a conversa era permitida; houve desenvolvi-
mento social do grupo (amizades); o grupo desenvolveu objetivos comuns (como o de au-
mentar o ritmo de produção, embora fosse solicitado a trabalhar normalmente).
Fase 3:
•• Objetivo: os pesquisadores se afastaram do objetivo inicial de verificar as condições físicas
de trabalho e passaram a se fixar no estudo das relações humanas no trabalho.
•• Método: programa de entrevistas com os empregados para conhecer suas atitudes e senti-
mentos, ouvir suas opiniões quanto ao trabalho e ao tratamento que recebiam, bem como
ouvir sugestões a respeito do treinamento dos supervisores.
•• Conclusão: revelou a existência de uma organização informal dos operários a fim de se pro-
tegerem contra as ameaças da administração (gerência e supervisão formal). Os operários
se mantêm unidos por meio de laços de lealdade – quando o operário pretende também
ser leal à empresa, essa lealdade dividida entre o grupo e a companhia traz conflito, ten-
são, inquietação e descontentamento; o nível de produção é estabelecido pelo grupo; o
grupo estabelece punições sociais; há liderança informal de alguns operários.
1062 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Pública – Abordagem Humanística – Prof. Rafael Ravazolo
Fase 4:
•• Objetivo: analisar a organização informal dos operários.
•• Método: foi escolhido um grupo experimental para trabalhar em uma sala especial com
condições de trabalho idênticas às do departamento. Um observador ficava dentro da sala
e um entrevistador do lado de fora entrevistava o grupo.
•• Conclusão: operários passaram a apresentar certa uniformidade de sentimentos e
solidariedade grupal.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1063
•• Lealdade ao grupo:
•• O sistema social formado pelos grupos determina o resultado do indivíduo, que pode
ser mais leal ao grupo do que à administração.
•• Alguns grupos não atingem os níveis de produção esperados pela administração, por-
que há entre seus membros uma espécie de acordo que define uma quantidade “cor-
reta”, que é menor, a ser produzida.
•• O Efeito Hawthorne não funciona em todos os casos.
•• Esforço coletivo:
•• O supervisor de primeira linha deve ser não um controlador, mas um intermediário en-
tre a administração superior e os grupos de trabalho.
•• O conceito de autoridade deve basear-se não na coerção, mas na cooperação e na
coordenação.
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Administração Pública – Abordagem Humanística – Prof. Rafael Ravazolo
Abordagem Humanística
• Escola das Relações Humanas no trabalho:
‒Foco = comportamento coletivo nas organizações;
pessoas como integrantes de grupos de trabalho.
• Chiavenato:
‒ “Teoria das Relações Humanas tem suas origens na necessidade de
humanizar e democratizar a Administração, libertando-a dos conceitos
rígidos e mecanicistas da Teoria Clássica e adequando-a aos novos
padrões de vida.”
‒ Contexto: desenvolvimento das ciências humanas, principalmente a
psicologia, bem como sua crescente influência intelectual e suas
primeiras aplicações à indústria; conclusões da Experiência de
Hawthorne.
Abordagem Humanística
Abordagem Clássica Abordagem Humanística
• Experimento de Hawthorne:
‒ Realizado entre 1927 a 1933, na Western Electric Company em Chicago,
orientado pelo professor Elton Mayo.
‒ Revelou a importância do grupo sobre o desempenho dos indivíduos e
deu a partida para os estudos sistemáticos sobre a organização informal.
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Hawthorne:
4
fases
• Fase
1:
iluminação
X
produ:vidade.
‒ a
eficiência
dos
operários
é
afetada
por
condições
psicológicas.
Hawthorne: conclusões
• Chiavenato:
‒ O nível de produção é resultante da integração social; Comportamento social dos
empregados; Recompensas e sanções sociais; Grupos informais; Relações
humanas; Importância do conteúdo do cargo; Ênfase nos aspectos emocionais.
• Maximiano:
‒ Efeito Hawthorne: efeito positivo do tratamento da administração sobre o
desempenho humano.
‒ Lealdade ao grupo: o sistema social formado pelos grupos determina o resultado
do indivíduo, que pode ser mais leal ao grupo do que à administração.
‒ Esforço coletivo: por causa da influência do sistema social sobre o desempenho
individual, a administração deve entender o comportamento dos grupos e
fortalecer as relações com os grupos, em vez de tratar os indivíduos como seres
isolados.
‒ Conceito de autoridade: deve basear-se não na coerção, mas na cooperação e na
coordenação.
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Administração
Aula XX
ABORDAGEM SISTÊMICA
Sistemas
Sistema é um conjunto de elementos interdependentes, que interagem de forma organizada
para alcançar um objetivo.
Existem distintas definições, porém, a ideia de Sistema compreende:
•• Um conjunto de entidades chamadas partes, elementos ou componentes.
•• Alguma espécie de relação ou interação das partes.
•• A visão de uma entidade nova e distinta, criada por essa relação, em um nível sistêmico de
análise – o todo.
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•• Quanto à interação com o ambiente:
1. Fechados: são herméticos, não trocam energia com o ambiente que os circunda. A rigor
não existem sistemas fechados na acepção exata do termo. Essa denominação é dada aos
sistemas cujo comportamento é determinístico e programado, ou rígido, e que operam
com pequeno intercâmbio de matéria e energia com o ambiente.
1068 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Abordagem Sistêmica – Prof. Rafael Ravazolo
O biólogo alemão Ludwig von Bertalanffy é o grande expoente dessa teoria. Uma grande
contribuição do autor é o conceito de sistema aberto, entendido como um complexo de
elementos em interação e em intercâmbio com o ambiente, trocando matéria e energia.
Ele é contra a visão particionada do mundo, com distintas áreas que isoladas: Biologia, Física,
Psicologia etc. Afirma que é necessário tratar os problemas que cercam as pessoas como
"típicos de sistemas", isto é, considerando seus componentes, sua vizinhança e as relações
entre as partes.
Em outras palavras, a Teoria Geral de Sistemas afirma que se deve estudar os sistemas
globalmente, envolvendo todas as interdependências de suas partes, pois “a natureza não está
dividida em nenhuma dessas partes.”
Duas ideias básicas de teoria geral dos sistemas: interdependência das partes – para
compreender um sistema, é preciso analisar não apenas os elementos, mas também suas
inter-relações; e tratamento complexo da realidade complexa – necessidade de aplicar vários
enfoques para entender uma realidade que se torna cada vez mais complexa.
Essa teoria é interdisciplinar e buscou investigar isomorfismos de conceitos, de leis e de
modelos em campos diferentes, aproximando suas fronteiras e preenchendo os espaços vazios
entre eles, gerando princípios capazes de interligar as ciências, de modo que os progressos
alcançados em uma pudessem beneficiar as demais.
Segundo Bertalanffy: há uma tendência para a integração nas várias ciências naturais e sociais;
tal integração parece orientar-se para uma teoria dos sistemas; essa teoria pode ser um meio
importante de objetivar os campos não físicos do conhecimento científico, especialmente
nas ciências sociais; desenvolvendo princípios unificadores que atravessam verticalmente os
universos particulares das diversas ciências, essa teoria aproxima-nos do objetivo da unidade
da ciência; o que pode levar a uma integração muito necessária na educação científica.
Essa visão é claramente oposta à da Escola Clássica, principalmente se consideramos as
pressuposições críticas à teoria da máquina: negligência quanto à organização informal,
concepção da organização como um arranjo rígido e estático de órgãos, pouca importância do
intercâmbio do sistema com seu ambiente e pouca atenção aos subsistemas e sua dinâmica
dentro da organização.
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Abordagem Clássica Abordagem Sistêmica
Reducionismo – decomposição de um fenômeno Expansionismo - todo o fenômeno tem partes
em partes menores menores, mas é parte de um fenômeno maior
Pensamento Analítico – as partes decompostas Pensamento Sintético –propriedades do todo
explicam o todo explicam as partes
Teleologia – a causa é uma condição necessária,
mas nem sempre suficiente para que surja o
Mecanicismo – determinismo - simples relação
efeito. O comportamento é explicado por aquilo
causa-efeito
que ele produz ou por aquilo que é seu propósito
ou objetivo de produzir.
Sistema fechado – não troca energia Sistema aberto – troca energia com o ambiente
Com base em estudos de sistemas biológicos, Bertalanffy pontua que estes devem ser
entendidos como processos abertos. Nessa proposição, o autor destaca uma série de
concepções centrais:
4. Os sistemas são abertos, caracterizados por um processo de intercâmbio infinito com seu
ambiente (e outros sistemas).
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Administração – Abordagem Sistêmica – Prof. Rafael Ravazolo
•• Holismo: uma visão do todo – é decorrente da interação entre elementos. O todo é mais do
que a simples soma das partes, pois o sistema só pode ser explicado como uma globalidade.
•• Globalismo – ou totalidade: uma natureza orgânica, pela qual uma ação que produza
mudança em uma das unidades do sistema deverá produzir mudanças em todas as suas
outras unidades.
•• Sinergia: trabalho conjunto. Ocorre quando duas ou mais causas produzem, atuando
conjuntamente, um efeito maior do que produziriam atuando individualmente. É o efeito
multiplicador quando as partes do sistema interagem entre si ajudando-se mutuamente.
A sinergia é um exemplo de emergente sistêmico: uma característica do sistema que não é
encontrada em nenhuma de suas partes tomadas isoladamente.
•• Dualidade: influencia e é influenciado pelo ambiente.
•• Adaptação: dinamismo, capacidade de crescimento, mudança, adaptação ao ambiente e
até autorreprodução sob certas condições ambientais.
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componentes de um sistema, onde a informação é transferida. A permeabilidade das fronteiras
define o grau de abertura do sistema em relação ao ambiente.
Morfogênese: capacidade do sistema de modificar a si próprio. A organização pode modificar
sua constituição e estrutura para corrigir e modificar uma situação.
Resiliência: capacidade de superar o distúrbio imposto por um fenômeno externo. O grau de
resiliência determina o grau de defesa ou de vulnerabilidade do sistema a pressões ambientais
externas.
Uma teoria distinta faz uma analogia aos seres vivos e diz que as organizações têm seis funções
principais inter-relacionadas:
a) Ingestão: adquirem ou compram materiais para processá-los de alguma maneira, como
os organismos vivos se alimentam para suprir outras funções e manter a energia.
b) Processamento: os materiais são processados havendo certa relação entre entradas e
saídas no qual o excesso é o equivalente a energia necessária para a sobrevivência da
organização (transformação em produtos).
c) Reação ao ambiente: as organizações reagem ao seu ambiente, mudando produtos,
processos ou estrutura.
d) Suprimento das partes: os participantes da organização são supridos de informações
para o trabalho e recebem recompensas - salários e benefícios.
e) Regeneração das partes: homens e máquinas devem ser mantidos ou recolocados –
manutenção e substituição.
f) Organização: administração e decisão sobre as funções.
Modelos de Organização
Schein
Propõe alguns aspectos que a teoria de sistemas considera na definição de organização:
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Administração – Abordagem Sistêmica – Prof. Rafael Ravazolo
10. Limites ou fronteiras - barreiras entre o sistema e o ambiente, que definem a esfera de ação
do sistema, bem como o seu grau de abertura (receptividade de insumos) em relação ao
ambiente.
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Katz & Kahn também propõem 4 tipos de organizações, cada uma com seu papel:
a) Organizações econômicas ou produtivas, relacionadas com o fornecimento de
mercadorias e serviços, entre as quais estão as empresas, inclusive as agrícolas.
b) Organizações de manutenção, relacionadas com a socialização e o treinamento das
pessoas que irão desempenhar papéis em outras organizações e na sociedade global.
Entre essas estão as escolas, qualquer que seja o seu nível, e as igrejas.
c) Organizações adaptativas, relacionadas com a criação de conhecimentos e com o
desenvolvimento de novas soluções para problemas. Organizações de pesquisa e
algumas universidades.
d) Organizações político-administrativas, relacionadas com a coordenação e o controle de
recursos humanos e materiais. O estado, os órgãos públicos em geral, os sindicatos e os
grupos de pressão estão nesse grupo.
Parsons
O procedimento adotado por Parson para analisar o sistema de ação social e seus subsistemas
é o chamado Paradigma AGIL: Adaptation – adaptação; Goal Attainment – alcançar objetivos;
Integration – integração; Latency - latência.
As duas primeiras funções (adaptação e atingimento de objetivos) dizem respeito à relação do
sistema com o respectivo ambiente; as outras duas (integração e latência) estão voltadas para
as relações internas sistema.
Em suma, para sobreviver ou manter um equilíbrio respeitoso com o seu ambiente, um sistema
deve se adaptar ao ambiente, atingir seus objetivos, integrar seus componentes e manter seu
modelo cultural latente.
•• Adaptation – adaptação: capacidade de se ajustar permanentemente às demandas o
ambiente; o sistema social deve se adaptar ao ambiente onde vive, recolher recursos,
armazená-los e, em contrapartida, contribuir para o ambiente com produtos próprios.
•• Goal-attainment – alcançar objetivos: capacidade de estabelecer metas / objetivos para o
futuro e de tomar decisões coerentes visando atingi-los.
•• Integration – integração: harmonia, coerência e coordenação entre os indivíduos e grupos
que compõem o sistema (fatores internos).
•• Latency - latent pattern maintenance – manutenção do padrão latente – é a manutenção
da cultura organizacional (dos modelos culturais), como forma de conservar o sistema e
superar eventuais conflitos. O sistema se sustenta e se reproduz, garantindo a continuidade
e transmissão de valores para novos participantes.
Trist
A perspectiva sociotécnica partiu da noção de sistema aberto na qual a organização é formada
por dois subsistemas: técnico – máquinas, equipamentos etc. –; social – indivíduos, grupos e
seus comportamentos capacidades, cultura etc.
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Administração – Abordagem Sistêmica – Prof. Rafael Ravazolo
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Teoria Cibernética
Principais conceitos
•• Input: entrada.
•• Output: saída.
•• Caixa negra (black box): um sistema cujo interior não pode ser desvendado, cujos
elementos internos são desconhecidos e que só pode ser conhecido "por fora", através de
manipulações externas ou de observação externa.
•• Feedback: retorno, reavaliação.
•• Homeostasia: equilíbrio dinâmico obtido pela autorregulação.
•• Informação: conjunto de dados com um significado, ou seja, que reduz a incerteza ou que
aumenta o conhecimento a respeito de algo. Dado é um registro ou anotação a respeito de
um evento ou ocorrência.
•• Comunicação ocorre quando uma informação é transmitida a alguém, sendo então
compartilhada/compreendida também por essa pessoa.
•• Automação: é uma síntese de ultramecanização, super-racionalização (melhor combinação
dos meios), processamento contínuo e controle automático dos processos.
•• Tecnologia da Informação: o principal produto da Cibernética - representa a convergência
do computador com a televisão e as telecomunicações.
•• Sistemas de informação: sistemas específicos de busca, coleta, armazenamento, classificação
e tratamento de informações importantes e relevantes para o seu funcionamento.
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Administração – Abordagem Sistêmica – Prof. Rafael Ravazolo
A perspectiva sistêmica trouxe uma nova abordagem organizacional, uma nova maneira de ver
as coisas. Não somente em termos de abrangência, mas principalmente quanto ao enfoque. O
enfoque do todo e das partes, do dentro e do fora, do total e da especialização, da integração
interna e da adaptação externa, da eficiência e da eficácia.
Porém, a Teoria de Sistemas é demasiado abstrata e conceitual e, portanto, de difícil aplicação
a situações gerenciais práticas.
Outra dificuldade é em relação à homeostasia. O contínuo de ordem e desordem torna difícil
alcançar o equilíbrio organizacional.
A Teoria de Sistemas também utiliza o conceito do "homem funcional" em contraste com o
conceito do "homo economicus" da Teoria Clássica. O individuo comporta-se em um papel
dentro das organizações, executa uma função do sistema, ou seja, não é ele mesmo.
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Administração
1. ABORDAGEM CONTINGENCIAL
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Aspectos básicos da Teoria da Contingência:
•• A organização é de natureza sistêmica, isto é, ela é um sistema aberto em constante
interação com o ambiente. Ambiente é o contexto que envolve externamente a organização
(ou o sistema), é a situação dentro da qual uma organização está inserida. Tudo o que
ocorre externamente influencia internamente a organização.
•• As características organizacionais interagem entre si (integração interna) e com o ambiente.
•• As características ambientais funcionam como variáveis independentes, enquanto as
características organizacionais são variáveis dependentes.
•• Tem ênfase no ambiente e na tecnologia.
Estudos recentes sobre as organizações complexas revelam a importância da variável Ambiente:
diferentes ambientes requerem diferentes desenhos organizacionais para obter eficácia. Existe
uma relação funcional entre as condições do ambiente e as técnicas administrativas apropriadas
para o alcance eficaz dos objetivos: as técnicas variam em função do ambiente.
Para defrontar-se com o ambiente, a organização utiliza tecnologias que condicionam a sua
estrutura organizacional e o seu funcionamento. A partir da Teoria da Contingência, a variável
Tecnologia passou a assumir um importante papel na teoria administrativa, a ponto de alguns
autores usarem a expressão "imperativo tecnológico" sobre a estrutura organizacional.
Para a Teoria da Contingência as concepções anteriores a respeito da natureza humana não
consideram toda a complexidade do homem e os fatores que influenciam a sua motivação para
alcançar os objetivos organizacionais. Os autores propõem uma concepção contingencial do
ser humano, a qual denominam "homem complexo": o homem como um sistema complexo de
valores, percepções, características pessoais e necessidades. Ele busca manter seu equilíbrio
interno diante das demandas feitas pelas forças externas do ambiente (família, amigos,
organizações etc.). São características do "homem complexo":
•• É um modelo de sistema aberto, um ser transacional, que não só recebe insumos do
ambiente, como reage a eles e adota uma posição proativa, antecipando-se e provocando
mudanças no seu ambiente.
•• Tem um comportamento dirigido para objetivos.
•• Não é estático, está em desenvolvimento contínuo.
A contribuição da perspectiva contingencial não se esgota apenas no reconhecimento da
diversidade de organizações em termos de tamanho, objetivos, tarefa, pessoas, indústrias etc.
Foram identificadas, também, as principais contingências, isto é, as características situacionais
(internas e externas) que podem influenciar uma organização. Entender essas contingências
ajuda o administrador a compreender quais ações administrativas são mais adequadas em
determinado conjunto de circunstâncias.
Sobral e Peci citam algumas contingências:
•• Grau de Incerteza e Complexidade do Ambiente Externo: ambientes mais estáveis e
previsíveis demandam estruturas mais burocratizadas, com divisões claras de tarefas,
papéis e responsabilidades, cadeia definida de comando e controle; ambientes turbulentos
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Administração – Abordagem Contingencial – Prof. Rafael Ravazolo
(com alto grau de incerteza e complexidade) requerem maior grau de inovação, estruturas
organizacionais mais flexíveis e enxutas, caracterizadas pela delegação de poder.
•• Tamanho da Organização: o aumento do tamanho de uma organização (em termos de
número de pessoas, volume de receitas, etc.) traz problemas de coordenação entre as
áreas.
•• Tecnologia: refere-se ao processo de transformação de insumos em produtos e varia de
tecnologias mais rotineiras e padronizadas até mais complexas e customizadas. Cada uma
dessas tecnologias demandará diferentes estilos de liderança, sistemas de controle e
estruturas organizacionais.
•• Tarefa: tarefas complexas requerem estruturas que possam incentivar maior coordenação
entre os membros da organização, em busca de soluções mais inovadoras e complexas.
•• Ambiente interno: as características do ambiente interno, em termos de pontos fortes e
fracos que a organização apresenta em dado momento, também influenciam as estratégias
que a administração deve adotar.
Burns e Stalker diferenciaram o modelo Mecânico e o modelo Orgânico da organização, o
primeiro adequado a situações relativamente estáveis de mercado e tecnologia, ao passo que o
segundo é mais adequado a mercados turbulentos.
Conforme Chiavenato, as organizações mecanísticas (mecanicistas, como máquinas)
apresentam as seguintes características:
a) Estrutura burocrática baseada em uma minuciosa divisão do trabalho.
b) Cargos ocupados por especialistas com atribuições claramente definidas.
c) Decisões centralizadas e concentradas na cúpula da empresa.
d) Hierarquia rígida de autoridade baseada no comando único.
e) Sistema rígido de controle: a informação sobe por meio de filtros e as decisões descem por
meio de uma sucessão de amplificadores.
f) Predomínio da interação vertical entre superior e subordinado.
g) Amplitude de controle administrativo mais estreita.
h) Ênfase nas regras e procedimentos formais.
i) Ênfase nos princípios universais da Teoria Clássica.
As organizações Orgânicas (como organismos vivos, adaptáveis) apresentam as seguintes
características:
a) Estruturas organizacionais flexíveis com pouca divisão de trabalho.
b) Cargos continuamente modificados e redefinidos por meio da interação com outras pessoas
que participam da tarefa.
c) Decisões descentralizadas e delegadas aos níveis inferiores.
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d) Tarefas executadas por meio do conhecimento que as pessoas têm da empresa como um
todo.
e) Hierarquia flexível, com predomínio da interação lateral sobre a vertical.
f) Amplitude de controle administrativo mais ampla.
g) Maior confiabilidade nas comunicações informais.
h) Ênfase nos princípios de relacionamento humano da Teoria das Relações Humanas.
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Administração – Abordagem Contingencial – Prof. Rafael Ravazolo
Abordagem Contingencial
• Contingência: algo imprevisível, que pode acontecer ou não,
dependendo das circunstâncias.
• Máxima: tudo depende!
‒ Nada é absoluto, não existe uma única melhor maneira de administrar
e organizar, tudo depende do contexto.
‒ Caráter eclético e integrativo: aproveita teorias anteriores.
‒ Oposição às ideias absolutas das escolas clássicas (princípios gerais de
Administração).
‒ Relativismo em Administração: tudo é relativo.
• Ênfase no ambiente e na tecnologia.
• Visão sobre o ser humano: homem complexo.
Abordagem Contingencial
• Lawrence e Lorsch: não existe the best way.
‒ As organizações precisam ser sistematicamente ajustadas às
condições ambientais.
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Abordagem Contingencial
• “Homem Complexo":
‒ ser humano como um sistema complexo de valores, percepções,
características pessoais e necessidades.
‒ Busca manter seu equilíbrio interno diante das demandas feitas pelas
forças externas do ambiente (família, amigos, organizações etc.).
o Recebe insumos do ambiente, reage, provoca mudanças.
‒ Tem um comportamento dirigido para objetivos.
‒ Não é estático, está em desenvolvimento contínuo.
Abordagem Contingencial
• Fatores situacionais (Sobral e Peci): Grau de Incerteza e Complexidade
do Ambiente Externo; Tamanho da Organização; Tecnologia; Tarefa;
Ambiente interno.
• Burns e Stalker: modelo Mecânico X Orgânico
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Administração
Aula XX
FUNÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO
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A seguir, a figura que representa esse Processo Administrativo.
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Administração
Aula XX
Planejamento Estratégico
Planejamento Tático
É notório que, para o Planejamento Estratégico dar certo, cada área da organização deve fazer
sua parte.
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O Planejamento Tático é justamente o desdobramento do plano estratégico em cada unidade/
área/departamento/divisão (estratégias funcionais). Em outras palavras, os planos táticos são
responsabilidade dos gerentes funcionais (marketing, recursos humanos, produção, finanças
etc.) e traduzem as estratégias globais em ações especializadas, com o objetivo de otimizar
determinada área.
É, portanto, o planejamento desenvolvido no nível intermediário, de médio prazo, visando
aproximar o estratégico do operacional. Dessa forma, produz planos mais bem direcionados às
distintas atividades organizacionais.
Planejamento Operacional
Os planos operacionais especificam atividades e recursos que são necessários para a realização
dos objetivos.
A estratégia operacional é direcionada às unidades operacionais básicas, a cada atividade. É
o desdobramento dos planos táticos, seu foco está no curto prazo e, como o próprio nome já
define, está voltada especificamente às tarefas e operações realizadas no nível operacional, ou
seja, para o dia a dia da organização.
O processo de planejamento operacional compreende, basicamente, as seguintes etapas:
4. Avaliação dos riscos = que condições podem ameaçar as atividades e a realização dos
resultados?
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Administração – Níveis de Planejamento – Prof. Rafael Ravazolo
Resumo
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Slides – Níveis de Planejamento
Níveis / Tipos
de
Planejamento
• Questões comuns:
‒Quais são os níveis de planejamento;
‒Características de cada nível;
‒Comparações entre os níveis.
1
ESTRATÉGICO
TÁTICO
(Funcional, Departamental)
OPERACIONAL
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Administração – Níveis de Planejamento – Prof. Rafael Ravazolo
Nível Estratégico
-Estratégia Institucional: macro-orientada – impacta toda a organização
Nível Tático
-Estratégias departamentais: desdobramento / tradução da estratégia
em cada unidade.
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Nível Operacional
-Estratégia operacional: micro-orientada, foco nas tarefas -
desdobramento final das estratégias
Contratação
Planejamento
Benefícios
de RH
Capacitação
Planejamento
Planejamento da Produção Alcance dos
Estratégico Objetivos
Planejamento
Fornecedores
Financeiro
Transporte
Planejamento Armazenagem
Logístico
Distribuição
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Administração
Aula XX
PLANEJAMENTO
2. Meios: caminho para chegar ao estado futuro – estratégias, políticas, projetos, processos
etc.
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•• Universalidade – tenta prever todas as variáveis e todas as consequências, até onde
seja possível, levando em conta todas as opiniões. Uma visão unilateral prejudica o
planejamento;
•• Unidade – abrange múltiplas facetas, que devem ser integradas num conjunto coerente;
•• Previsão – está voltado para o futuro. É, intrinsecamente, uma previsão de curto, médio e
longo prazo;
•• Flexibilidade – apesar de buscar uma situação futura específica (objetivos), deve ser feita
uma revisão constante do curso dos acontecimentos, de modo a possibilitar reajustamentos
e alterações (dentro de limites razoáveis).
Djalma Oliveira (2013) cita princípios gerais e específicos:
Princípios Gerais:
1. Contribuição aos objetivos – o planejamento deve sempre visar aos objetivos máximos da
organização. Deve-se hierarquizar os objetivos estabelecidos e procurar alcançá-los em sua
totalidade, tendo em vista a interligação entre eles.
2. Precedência do planejamento – é uma função administrativa que vem antes das outras
(organização, direção e controle).
3. Planejamento integrado (vertical): os vários escalões de uma empresa devem ter seus
planejamentos integrados.
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2. Otimização: busca mais que a satisfação, procura fazer “tão bem quanto possível”. É
analítica, voltada para a inovação e a melhoria incremental das práticas vigentes. Busca
assegurar a reação adequada às mudanças em um ambiente dinâmico e incerto; maximizar
o desempenho da organização, utilizando melhor os recursos disponíveis. Utiliza técnicas
matemáticas, estatísticas e simulações.
Planejamento Estratégico
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O modelo prescritivo de planejamento estratégico dos neoclássicos segue cinco estágios:
4. controle e avaliação.
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Missão
A missão é uma declaração sobre a razão de ser da organização: o que a organização é, qual
seu propósito e como pretende atuar no seu dia a dia. Representa sua identidade, portanto,
traduz o sistema de valores e é duradoura (atemporal).
Não pode ser ampla demais (sob risco de não especificar o que a organização faz), nem restrita
demais (a ponto de minimizar as ações da organização).
Em geral, a missão está alinhada com os seguintes aspectos:
•• A razão de ser da organização;
•• O papel na sociedade;
•• A natureza do negócio;
•• Os tipos de atividades em que ela deve concentrar seus esforços.
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Missão do Poder Judiciário: realizar justiça.
Visão
A visão representa aquilo que a organização deseja ser no futuro. Busca criar uma imagem que
desafie e mobilize as pessoas.
Características da Visão:
•• Situação altamente desejável, aquilo que a organização quer ser no futuro;
•• Desafiadora, mas possível, com potencial de mobilização;
•• Clara e concisa;
•• Coerente com a missão;
•• Característica temporal - longo prazo, mas não permanente.
Visão do Poder Judiciário: ser reconhecido pela Sociedade como instrumento efetivo de justiça,
equidade e paz social.
Valores
Os valores são os atributos e virtudes da organização, as suas qualidades.
Refletem as crenças fundamentais, os princípios, as convicções dominantes para a maioria das
pessoas da organização. São virtudes que se pretende preservar e incentivar.
Os valores atuam como motivadores que orientam e direcionam as ações das pessoas na
organização e na tomada de decisões, contribuindo para a unidade e a coerência do trabalho.
Servem como padrão de comportamento e fornecem sustentação a todas as principais decisões
da organização.
Valores do Poder Judiciário: credibilidade; acessibilidade; celeridade; ética; imparcialidade;
modernidade; probidade; responsabilidade Social e Ambiental; transparência.
Objetivos Estratégicos
Em termos resumidos, pode-se dizer que objetivos são os fins ou estados futuros que desejam
alcançar por meio da aplicação de recursos.
No Planejamento Estratégico, os objetivos são desafios que, se alcançados, são suficientes para
a concretização da visão de futuro da organização. Representam um conjunto de prioridades
que esclarecem o que a estratégia quer alcançar e o que é crítico para o seu sucesso. São de
longo prazo e cobrem a organização como um sistema global.
Nos objetivos estratégicos, os resultados pretendidos incidem sobre os grandes desafios
institucionais e, portanto, devem ser definidos por pessoas pertencentes ao nível estratégico
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Metas
Meta é um nível de desempenho que deve ser medido e realizado dentro de determinado
prazo. É uma etapa a ser realizada para o alcance do objetivo ou da missão. Exemplo: diminuir
em 5% os casos de câncer de mama no prazo de cinco anos no RS.
As metas devem refletir a realidade atual da organização e devem servir de motivação para a
melhoria dos processos e identificação de aspectos falhos. Se uma meta não é alcançada, ou
ela está superestimada ou existe algum problema no processo que precisa ser tratado.
Existe um acrônimo conhecido que auxilia a definição correta de metas: S.M.A.R.T.
S – Specific (Específico) - não se deve deixar espaço a interpretações duvidosas. Quanto mais
detalhada for a meta, melhor será sua compreensão e maiores suas chances de ser atingida. Por
exemplo, em vez de definir “Aumentar as vendas em 10%”, uma meta melhor seria “Obtenção
de 10% no aumento de vendas nacionais na área de negócios A pela equipe X, no próximo ano
fiscal, sem redução da margem de lucros e mantendo o nível de satisfação do cliente.”.
M – Measurable (Mensurável) - qualquer meta que não possa ser claramente medida, ou
transformada em um número, permite a manipulação e interpretação para que os interessados
o considerem atingido ou não.
A – Attainable (Atingível) - devem ser agressivas, mas nunca impossíveis de atingir. Definir
números que nunca poderão ser obtidos causa frustração e desânimo. O “A” também é algumas
vezes chamados de “Agreed Upon” (feito em comum acordo). Isto significa que todos os
envolvidos na definição e execução da meta a conhecem e estão de acordo com sua viabilidade
e benefícios.
R – Realistic (Realista) - ao considerar o realismo, deve-se pensar em fatores como: A equipe
aceitará perseguir o objetivo? Este objetivo está alinhado com a missão e visão da organização?
Algum princípio ético é ferido com este objetivo?
T – Timely (Em Tempo) - significa que além do início e fim do período de busca da meta serem
bem definidos, este período não deve ser tão curto que a torne impossível, nem tão longo que
cause uma dispersão da iniciativa com o tempo. O T também pode ser “Tangible” (Tangível) –
uma meta que possa ser sentida e observada tem maior chance de ser realizada.
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•• Obs: alguns autores tratam Objetivo como sinônimo de Meta. Entretanto, a essência da
diferença está em que o Objetivo Estratégico costuma ser um alvo qualitativo, enquanto a
Meta é um alvo quantitativo. Meta é a quantificação de um objetivo.
Benchmarking
É o processo de análise referencial da empresa perante outras empresas do mercado, incluindo
o aprendizado do que estas empresas fazem de melhor, bem como a incorporação destas
realidades de maneira otimizada e mais vantajosa para a empresa que aplicou o benchmarking.
É um processo que visa comparar as melhores práticas do mercado, avaliando produtos,
serviços e práticas daquelas organizações que são reconhecidas como líderes.
Ex: a empresa X quer melhorar seus resultados. Para isso ela avalia produtos, serviços e
processos de trabalho da empresa Y (que é reconhecida como a detentora das melhores
práticas no mercado), com a finalidade de comparar desempenhos e identificar oportunidades
de melhoria.
Essa avaliação pode ser aplicada a qualquer função - produção, vendas, recursos humanos,
engenharia, pesquisa e desenvolvimento, distribuição etc. - e produz melhores resultados
quando implementada na empresa como um todo.
O benchmarking pode ser:
•• Externo – quando proveniente de outra organização (deve-se tomar cuidado para não
confundir com espionagem)
•• Interno – dentro da própria corporação. Uma área utiliza práticas de sucesso de outras
áreas.
Exemplo: o Sistema Toyota de produção - produção enxuta, lotes pequenos, maior variedade
de produtos, eliminação de falhas, controle de qualidade, melhoria contínua - revolucionou a
indústria japonesa e passou a ser uma referência mundial, copiado por muitas empresas em
todo o mundo.
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Administração – Planejamento Estratégico – Prof. Rafael Ravazolo
Stakeholders
Também chamados de partes interessadas, são as pessoas, grupos ou entidades afetadas pela
atividade da organização, ou que possuem interesse em quaisquer processos executados ou
resultados gerados pela mesma.
•• Stakeholders primários: indivíduos ou grupos que exercem impacto direto sobre
a organização - empregados, fornecedores, clientes, concorrentes, investidores e
proprietários.
•• Stakeholders secundários: indivíduos ou grupos que não estão diretamente ligados às
atividades da organização, mas que podem exercer influência sobre ela - governo, ONG’s,
comunidade, imprensa etc.
Obs: não confundir com Shareholders, que são os acionistas, ou seja, todos aqueles que
possuem parte da organização.
Exemplo: uma associação de pescadores é parte interessada na construção de uma hidrelétrica,
pois esta vai transformar o rio de onde retiram seu sustento. Da mesma forma, os fornecedores
do material da represa, a comunidade beneficiada com a riqueza decorrente da obra, os
acionistas privados – se houver –, os trabalhadores, os sindicatos, as ONGs preocupadas com o
impacto ambiental e o governo são alguns dos stakeholders.
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Slides – Planejamento Estratégico
Planejamento
• É a função inicial da Administração: determina
antecipadamente onde e como chegar.
Benefícios
2
2
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Administração – Planejamento Estratégico – Prof. Rafael Ravazolo
Princípios
• Inerência – é inerente à natureza humana, é indispensável;
• Universalidade – tenta prever todas as variáveis e todas as
consequências, até onde seja possível;
• Unidade – abrange múltiplas facetas, que devem ser integradas num
conjunto coerente;
• Previsão – voltado para o futuro – é uma previsão de curto, médio e
longo prazo;
• Flexibilidade – dinâmico – constante revisão do curso dos
acontecimentos, de modo a possibilitar reajustamentos e alterações
(dentro de limites razoáveis).
3
3
Princípios
• Djalma Oliveira: princípios gerais
‒Contribuição aos objetivos
‒Precedência do planejamento
‒Maior penetração e abrangência
‒Maior eficiência, eficácia e efetividade
• Ackoff: Princípios Específicos
‒Planejamento participativo
‒Planejamento coordenado (horizontal)
‒Planejamento integrado (vertical)
‒Planejamento permanente
4
4
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3 Filosofias
1) Satisfação: busca alcançar um mínimo de satisfação, fazer as coisas
“suficientemente bem”, sem esforços extras para superar as
expectativas. É considerada uma filosofia conservadora/defensiva,
voltada para a estabilidade e a manutenção da situação existente em
um ambiente previsível e estável.
2) Otimização: procura fazer “tão bem quanto possível”. É analítica,
voltada para a inovação e a melhoria incremental das práticas
vigentes.
3) Adaptação: é o planejamento inovativo, dando mais valor ao
processo de planejar do que ao plano em si. Foco nas contingências,
no futuro - antecipar eventos e identificar ações adequadas em um
ambiente dinâmico e incerto.
5
5
Planejamento Estratégico
• Maneira pela qual uma organização pretende aplicar uma determinada
estratégia para alcançar os objetivos propostos;
• Global;
• Longo prazo;
• Desdobrado em
Planos Táticos e Operacionais.
6
6
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Administração – Planejamento Estratégico – Prof. Rafael Ravazolo
• Maximiano
Análise da Análise do Definição de
Execução e
situação ambiente objetivos e
avaliação
estratégica externo/ interno estratégias
• Djalma Oliveira
Instrumentos
Diagnóstico Missão da
prescritivos e Controle e avaliação
estratégico empresa
quantitativos
7
7
O Processo de Planejamento
Definir a missão e a visão da organização (caso não existam);
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Missão
X
Visão
X
Valores
9
9
Exemplo
• Poder Judiciário:
‒ Missão: realizar justiça.
‒ Visão: ser reconhecido pela Sociedade como instrumento
efetivo de justiça, equidade e paz social.
‒ Atributos de Valor: credibilidade; acessibilidade;
celeridade; ética; imparcialidade; modernidade;
probidade; responsabilidade Social e Ambiental;
transparência.
10
10
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Administração – Planejamento Estratégico – Prof. Rafael Ravazolo
Exemplo
• TRE-RS:
‒Missão: garantir a legitimidade do processo eleitoral.
‒Visão: consolidar a credibilidade da Justiça Eleitoral,
especialmente quanto à efetividade, transparência e
segurança.
‒Atributos de valor: Acessibilidade, Ética, Inovação,
Respeito Humano, Segurança, Transparência,
Sustentabilidade.
11
11
Objetivos Estratégicos
• São desafios que, se alcançados, são suficientes para a
concretização da visão de futuro da organização.
• Objetivos generalistas;
• Coerentes com missão, visão, valores e recursos
(humanos, físicos, tecnológicos, políticos e financeiros).
• Aceitáveis, flexíveis, mensuráveis, motivadores,
inteligíveis e alcançáveis.
12
12
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Exemplo
• Poder Judiciário:
‒Garantir a agilidade nos trâmites judiciais e administrativos;
‒Buscar a excelência na gestão de custos operacionais;
‒Facilitar o acesso à Justiça; etc.
• TRE-RS:
‒Prestar serviços de excelência;
‒ Aprimorar o processo eleitoral;
‒Buscar a excelência na gestão; etc.
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13
Metas
• É uma etapa específica a ser realizada para o alcance do
objetivo ou da missão
• Devem refletir a realidade atual e servir de motivação
• Definição correta de metas: S.M.A.R.T
‒S – Specific
‒M – Measurable
‒A – Attainable ou “Agreed Upon”
‒R – Realistic
‒T – Timely ou Tangible
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14
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Administração – Planejamento Estratégico – Prof. Rafael Ravazolo
Exemplo
• Poder Judiciário – Metas 2014 CNJ:
‒Julgar quantidade maior de processos de conhecimento do
que os distribuídos no ano corrente.
‒Identificar e julgar, até 31/12/2014, pelo menos 90% dos
processos distribuídos até 31/12/2011 na Justiça Eleitoral.
‒Realizar oficinas de administração judiciária com
participação de, pelo menos, 25% dos magistrados da
Justiça do Trabalho.
15
15
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Administração
Aula XX
BALANCED SCORECARD
Por volta de 1990, os métodos de avaliação de performance das organizações eram fundados
apenas em dados financeiros (lucros, custos etc.).
Dois pesquisadores, Kaplan e Norton, publicaram um artigo demonstrando que apenas os
dados financeiros não bastavam para retratar a complexidade de uma organização. A proposta
dos autores media o desempenho por meio de quatro perspectivas: financeira, do cliente, de
processos internos e, por fim, de inovação e aprendizado.
Nascia, nesse momento, o Balanced Scorecard (BSC), uma expressão que, traduzida, significa
algo como “Placar Balanceado de Desempenho”.
As Quatro Perspectivas
1. Financeira: os objetivos financeiros servem de foco para os objetivos e medidas das outras
perspectivas do BSC; qualquer medida selecionada deve fazer parte de uma cadeia de
relações de causa e efeito que culminam com a melhoria do desempenho financeiro.
Exemplos de indicadores: Ativo total, Custos totais, Taxa de crescimento anual, Rentabilidade
do capital próprio, Preço da ação, etc.
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futuras dos clientes e desenvolvimento de novas soluções para essas necessidades -; prossegue
com os processos de operações – entrega dos produtos e prestação dos serviços aos clientes
existentes –; e termina com o serviço pós-venda – que complementam o valor proporcionado
aos clientes pelos produtos ou serviços.
Exemplos de indicadores: Giro de estoques; Índice de retrabalhos; Prazos de entrega;
Porcentagem de defeitos; Novos produtos lançados; Emissões ao meio ambiente, etc.
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Importante ressaltar que as quatro perspectivas não são um modelo rígido. Kaplan e Norton
admitem que, de acordo com as circunstâncias, uma organização pode renomear ou criar suas
próprias perspectivas.
Ao medir o desempenho organizacional por meio das quatro perspectivas, o BSC permite que as
organizações acompanhem o desempenho financeiro passado (tangível) e, ao mesmo tempo,
os vetores que impulsionam o desempenho futuro (a construção de capacidades e a aquisição
de ativos intangíveis).
A Evolução do BSC
1. Relações de causa e efeito – os objetivos e medidas definidos para cada perspectiva devem
estar integrados por meio de uma relação de causa e efeito. O processo se inicia por uma
abordagem top-down (de cima para baixo): os objetivos e medidas da perspectiva dos
clientes são definidos de acordo com os objetivos e medidas da perspectiva financeira;
os objetivos e medidas da perspectiva dos processos internos com base nos objetivos e
medidas da perspectiva dos clientes; e os da perspectiva de aprendizagem e crescimento
com base nos objetivos e medidas dos processos internos.
3. Relação com os fatores financeiros – o BSC deve enfatizar bem os resultados financeiros
(considerado o objetivo maior na administração privada).
Com base nesses três princípios, os componentes de cada perspectiva (objetivos, indicadores,
metas e iniciativas) formam a estrutura que traduz a estratégia em termos operacionais
(desdobra e comunica a estratégia para as áreas e para as pessoas).
Para entender como funciona essa estrutura de tradução e desdobramento da estratégia, veja
a figura a seguir, que mostra a relação entre os cinco componentes principais do BSC.
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1. Mapa Estratégico: é a representação visual da estratégia. Mostra a interdependência e as
relações de causa e efeito entre os objetivos de cada uma das quatro perspectivas.
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Outra forma de enxergar esse desdobramento pode ser vista na figura a seguir, que mostra a
relação da missão, da visão, dos valores e da estratégia com o BSC.
No bloco superior, percebe-se que a Missão da organização é o ponto de partida, pois é sua
razão de ser. Os Valores colaboram com a missão e, assim como ela, são mais estáveis ao longo
do tempo. A Visão é temporal e focada no futuro, colocando a organização em movimento,
em direção a mudanças. A Estratégia desenvolve-se e evolui para adaptar-se às mudanças no
ambiente externo e nas competências internas.
No bloco intermediário tem-se o Mapa Estratégico e o BSC, que representam a implementação
da estratégia (tradução e mensuração). O mapa descreve a lógica da estratégia (relação de
causa-efeito entre objetivos), enquanto o BSC coloca a visão em movimento, pois traduz os
objetivos do mapa em indicadores e metas.
Conclui-se, a partir da análise das duas figuras anteriores, que o BSC traduz a missão e a
estratégia num conjunto abrangente de medidas de desempenho (indicadores de cada
perspectiva) que serve de base para um sistema de medição e gestão da estratégia.
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A Gestão Estratégica usando o BSC
Kaplan e Norton citam cinco princípios da organização focalizada na estratégia:
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Para os autores, o BSC seria um modelo capaz de inserir a estratégia no centro dos processos
gerenciais e, assim, criar “organizações orientadas para estratégia”. O modelo apoia-se nos
seguintes processos-chave:
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Há três papéis críticos para a construção e incorporação do BSC:
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Slides – Balanced Scorecard
Balanced Scorecard
• 1990 – apenas métodos e indicadores financeiros na
avaliação da performance;
• Kaplan e Norton – proposta de avaliação do
desempenho organizacional englobando quatro
perspectivas:
1 – Financeira
2 – Clientes/Mercado
3 – Processos Internos
4 – Aprendizado/Inovação e Crescimento
1
1
Balanced Scorecard
BSC = Painel/Placar Balanceado de Desempenho
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Balanced Scorecard – 4 Perspectivas
• 2) Clientes/Mercado:
‒Criar valor de forma sustentável e diferenciada para os
clientes, através da sua conquista, satisfação e retenção;
‒Escolha da proposição de valor para os clientes é o
elemento central da estratégia.
5
5
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Administração – Balanced Scorecard – Prof. Rafael Ravazolo
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Balanced Scorecard
• Três princípios permitem integrar o BSC à estratégia:
1) Relações de causa e efeito;
2) Indicadores de resultados e de desempenho (tendência);
3) Relação com os fatores financeiros;
3 – Processos Internos
Tendência
4 – Aprendizado e (leading)
Crescimento
Tradução da
Estratégia
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BSC na
Gestão
Estratégica
Balanced Construção
ScorecarddonaBSC
Gestão Estratégica
= Top-Down
Missão é o ponto de partida - a razão de ser;
Valores colaboram com a missão;
Visão é temporal e focada no futuro - movimenta a organização;
Estratégia adapta às mudanças no ambiente externo e nas competências
internas.
Mapa Estratégico e BSC = implementação da estratégia = tradução e a
mensuração;
Mapa descreve a lógica da estratégia (relação de causa-efeito entre
objetivos);
BSC coloca a visão em movimento, pois traduz os objetivos do mapa em
indicadores e metas.
O BSC permite identificar um pequeno número de vetores
críticos que determinam os objetivos.
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Balanced Scorecard na Gestão Estratégica
Planejar Formular
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Papéis
• Três papéis críticos para a construção e incorporação do BSC:
1) Arquiteto: responsável pela construção e incorporação do BSC
ao sistema gerencial (é o "gerente de projeto" do BSC).
Costuma ser um alto executivo de uma área de apoio.
2) Comunicador: faz o marketing interno - comunica as novas
estratégias aos funcionários e incentiva o fornecimento de
feedback.
3) Agente de Mudanças: é um representante do executivo
principal. Seu papel é ajudar a incorporar o BSC aos processos
gerenciais - moldar a rotina de uso do novo sistema gerencial (o
BSC).
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O papel do BSC
como
“estrutura de ação
para a estratégia”
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Administração
ANÁLISE SWOT
A Análise SWOT (ou Matriz SWOT) é uma ferramenta e diagnóstico estratégico que consiste em
obter e analisar informações internas e externas à instituição para direcionar as decisões.
Através do diagnóstico a instituição capta e mantém atualizado o conhecimento em relação
ao ambiente e a si própria, identifica e monitora as variáveis que a afetam, se antecipa às
mudanças e se prepara para agir.
Há diversas metodologias utilizadas para realizar o diagnóstico estratégico (Matriz BCG, Modelo
das cinco forças de Porter, Matriz de Ansoff etc.), porém, na Administração Pública, a mais
utilizada é a Matriz SWOT.
O termo SWOT vem da iniciais das quatro palavras em inglês Strengths, Weaknesses,
Opportunities e Threats, que significam Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças. No Brasil
também recebe o nome de Matriz FOFA, devido à tradução.
S strengths (forças)
Análise Interna
W weaknesses (fraquezas)
O opportunities (oportunidades)
Análise Externa
T threats (ameaças)
No Planejamento Estratégico, a matriz SWOT é usada para fazer análise das relações do
ambiente externo (ameaças e oportunidades) com o potencial interno da organização (forças e
fraquezas).
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Análise Externa
Constitui o estudo relativo ao ambiente externo onde a organização está inserida e visa à
melhoria da capacidade de adaptação às mudanças.
O ambiente externo das organizações pode ser dividido em Ambiente da Tarefa, aquele mais
próximo da organização - concorrência, clientes, fornecedores, agências regulatórias etc., e
Ambiente Geral, comum a todas as organizações, independentemente do ramo de atividade –
variáveis políticas, econômicas, sociais, fiscais etc.
Trata-se, portanto, de uma análise das condições externas que circundam a organização e que
lhe impõem desafios/ameaças e oportunidades.
•• Ameaça – desafio externo – não é controlado pela organização – que vem de encontro
(contra) à estratégia. Suas consequências podem ser anuladas ou minoradas desde que
previstas em tempo hábil. Ex: golpe militar, crise cambial, mudança no governo, falta de
matéria-prima, etc.
•• Oportunidade – atributo externo – não é controlado pela organização – que vem ao encontro
(a favor) da estratégia e que pode ser positivo desde que reconhecido e aproveitado. Ex:
mudança na política governamental, opinião pública favorável, crescimento do país, etc.
Análise Interna
Aqui a organização passa a estudar a si própria. Sua análise e atenção se voltam para dentro,
para suas forças e fraquezas.
•• Forças – Pontos fortes – vantagem interna e controlável que coloca a organização em
posição favorável em relação à concorrência e às ameaças e oportunidades. Ex: tecnologia,
integração organizacional, recursos financeiros, logística, incentivo à inovação, marca, etc.
•• Fraquezas – Pontos fracos – característica interna e controlável que coloca a organização
em posição de desvantagem em relação à concorrência e às ameaças e oportunidades. Ex:
quadro desqualificado, instalações precárias, comunicação ineficiente, falta de recursos,
etc.
Matriz SWOT
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Administração – Análise SWOT – Prof. Rafael Ravazolo
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Slides – Análise SWOT
• Questões comuns:
‒Interpretação da Matriz SWOT;
‒Análise de casos.
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Matriz SWOT
Quatro estratégias
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Administração Geral
PROCESSO DECISÓRIO
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Processo decisório e seus elementos
O processo decisório envolve, basicamente, seis etapas:
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Administração Geral – Processo Decisório – Prof. Rafael Ravazolo
Ambiente de decisão
Chiavenato aponta a existência de três diferentes condições (estados da natureza), ou tipos de
ambientes: certeza, risco e incerteza.
•• Certeza: todas as informações do que o tomador de decisões necessita estão disponíveis.
Completo conhecimento das várias alternativas de curso de ações, pois dispõe de
informações precisas, mensuráveis e confiáveis sobre os resultados das alternativas que
estão sendo consideradas. É a decisão mais fácil a ser tomada. As variáveis são conhecidas
e a relação entre as ações e suas consequências é determinística.
•• Risco: uma decisão tem objetivo bem-definido e dispõe de informações, porém os
resultados futuros associados a cada alternativa dependem do acaso (probabilidade de
acontecer ou não). As variáveis são conhecidas e a relação entre a consequência e a ação é
conhecida em termos probabilísticos.
•• Incerteza: o tomador de decisões conhece as metas que deseja alcançar, mas tem pouco
ou nenhum conhecimento ou informação para utilizar. Fica difícil até mesmo estabelecer
probabilidades. As variáveis são conhecidas, mas as probabilidades para avaliar a
consequência de uma ação são desconhecidas ou não são determinadas com algum grau
de certeza.
Há um quarto tipo de ambiente encontrado na literatura, chamado de Turbulência ou
Ambiguidade: sob condições de certeza, risco e incerteza, o objetivo final é claro. Porém, sob
condições de turbulência, até mesmo o objetivo pode não ser claro. A turbulência também
ocorre quando o ambiente está mudando rapidamente. Representa a situação mais difícil de
decisão.
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Tipos de decisão
Diferentes problemas exigem diferentes soluções. Na literatura administrativa encontramos
diversas tipologias de decisão. As mais comuns são relacionadas a seguir.
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Outros tipos
Criativa X Lógica
•• Decisão criativa: criação de várias soluções possíveis, para depois se poder passar à sua
escolha pelo método da decisão lógica. A decisão criativa tem por característica a inovação,
por isso, muitas vezes tende a ser a mais arriscada. Pode também ser a menos consensual.
•• Decisão lógica: escolha de uma solução entre várias existentes. A decisão lógica é baseada
em padrões, sejam de comportamento, manuais ou históricos. A decisão lógica é uma
decisão estável, mantenedora do status quo. Tem uma aceitação maior, tendo em vista sua
manutenção dentro da zona de conforto.
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Individual X Grupal
•• Decisão Individual: tomada por uma pessoa.
•• Decisão grupal é aquela em que se faz uso de técnicas de tomada de decisão em grupo.
Há mais informações, mais ideias para a solução de problemas, mais pontos de vista e
mais experiências diferentes dentro de um grupo, pois se alguma pessoa não conhecer
todos os fatos ou não compreendê-los, outra pessoa poderá fazer. Os membros do
grupo irão conhecer os argumentos relevantes que levaram a uma decisão e se sentirão
comprometidos a contribuir para a solução, o que gera uma alta motivação para o sucesso
daquela decisão.
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Solução de Problemas
Problema é tudo aquilo que está fora do estabelecido (seja para o bem, seja para o mal) ou
que bloqueia o alcance dos resultados esperados. Um problema surge quando há um estado
atual de assuntos diferente do estado desejado ou quando ocorre algum desvio entre o
que percebemos e as nossas expectativas. Em muitos casos, um problema pode ser uma
oportunidade a ser aproveitada.
Resolver problemas é diferente de tomar decisões, pois tomar decisões é apenas uma parte da
solução (e podem ser necessárias várias decisões para se resolver um problema).
Um problema estruturado é aquele que pode ser perfeitamente definido pois suas principais
variáveis – como os estados da natureza, ações possíveis e possíveis consequências – são
conhecidas. O problema não-estruturado não pode ser claramente definido pois uma ou mais
de suas variáveis é desconhecida ou não pode ser determinada com algum grau de confiança.
Em função dos problemas estruturados e não-estruturados, as técnicas de tomada de decisão
podem ser programadas ou não-programadas.
As técnicas mais importantes são: método cartesiano, brainstorming, análise do campo de
forças, princípio de Pareto e gráfico de Ishikawa.
Método Cartesiano
René Descartes, em seu livro 'O discurso do método', apresentou uma metodologia sistemática
para solução de problemas. O método cartesiano se assenta em quatro princípios:
•• Princípio da dúvida sistemática: não aceitar nada como verdadeiro enquanto não for
conhecido como tal por nossa razão. A evidência está acima de tudo.
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•• Princípio da análise: dividir todos os problemas em elementos, os mais simples, para
resolvê-lo um a um.
•• Princípio da síntese: ordenar o pensamento iniciando pelos elementos mais simples, fáceis
de compreender, e subindo gradativamente aos mais complexos, reunindo-os em um todo.
•• Princípio da enumeração: fazer anotações completas e gerais de todos os elementos
tratados, não omitindo nenhuma das partes ou componentes.
Brainstorming
A técnica da tempestade cerebral é utilizada para gerar ideias criativas que possam resolver
problemas da organização. Dura de 10 a 15 minutos e envolve um número pequeno de
participantes – não mais de 15 – que se reúnem ao redor de uma mesa para gerar tantas ideias
ou sugestões quanto possível. Os participantes são estimulados a produzir, sem qualquer crítica
ou censura, o maior número de ideias sobre determinado assunto ou problema.
O brainstorming visa a obter a máxima quantidade de contribuições em forma de ideias e que
constituirão o material de trabalho para a segunda etapa, quando haverá a preocupação de
selecionar as mais promissoras (qualidade).
A primeira etapa chama-se geração de ideias e pode ser feita de modo estruturado ou não-
estruturado. O modo estruturado permite a obtenção da participação de todos. As ideias são
anotadas em um quadro, sem preocupação de interpretar o que o participante quis dizer. Na
Segunda etapa, as ideias serão discutidas e reorganizadas para verificar quais são as que têm
possibilidades de ser aplicadas e de gerar soluções para o problema em foco. O brainstorming é
uma técnica que se estrutura em quatro princípios básicos:
•• Quanto maior o número de ideias, maior a probabilidade de boas ideias.
•• Quanto mais extravagante, ou menos convencional, for a ideia, tanto melhor.
•• Quanto maior a participação das pessoas, maiores as possibilidades de contribuição,
qualidade, acerto e implementação.
•• Quanto menor o senso crítico e a censura íntima, mais criativas e inovadoras serão as ideias.
Embora elimine totalmente qualquer tipo de regra, o brainstorming se assenta nos seguintes
aspectos:
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Princípio de Pareto
O Princípio de Pareto é um meio de comparação que permite analisar grupos de dados ou de
problemas e verificar onde estão os mais importantes e prioritários.
O Princípio de Pareto (também conhecido como 80/20) surgiu quando o economista italiano
Vilfredo Pareto elaborava um estudo de renda e riqueza da população e descobriu que 80% da
riqueza local estava concentrada com 20% da população. Esse princípio foi aplicado em outras
áreas e se mostrou válido: poucas causas, muitas consequências. A Curva ABC, por exemplo,
usa esse princípio para identificar os principais itens de um estoque (pouco itens que geram
grande impacto financeiro). Juran aplicou o método como forma de classificar os problemas da
qualidade em “poucos vitais” e "muitos triviais”.
O pressuposto básico dessa ferramenta é: a maior parte dos defeitos, falhas, reclamações e
custos provêm de uma pequena quantidade de causas. Se essas causas principais forem
identificadas e corrigidas, é possível a eliminação da maioria das perdas. É, portanto, uma forma
de priorização de problemas que facilita o direcionamento de esforços e permite conseguir
grandes resultados com poucas ações.
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O gráfico de Pareto mostra uma estratificação (divisão em grupos, estratos) de várias causas de
defeitos, falhas, reclamações e outros problemas. A quantidade ou os custos desses fenômenos
são mostrados em ordem decrescente no eixo X do gráfico, por meio de barras de tamanhos
diferentes.
Essa representação gráfica feita por meio do histograma (um diagrama de barras verticais)
chama a atenção para os problemas mais importantes e prioritários (localizados nas barras
mais altas), deixando as barras mais baixas para uma constatação posterior.
Gráfico de Ishikawa
Também conhecido como diagrama de espinha de peixe ou diagrama de causa e efeito, o gráfico
de Kaoru Ishikawa procura, a partir dos efeitos (sintomas dos problemas), identificar todas as
possibilidades de causas que provocam esses efeitos. Trata-se de um gráfico que sugere um
deslocamento da esquerda para a direita, isto é, das causas iniciais para os seus efeitos finais.
Assim, os problemas são colocados no lado direito do gráfico, onde estaria situada a cabeça do
peixe, enquanto suas causas são dispostas no lado esquerdo.
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Em suma, o gráfico amplia a visão das possíveis causas de um problema, enriquecendo a sua
análise e a identificação de soluções. As causas principais podem ser agrupadas em categorias
para facilitar a análise. Pode-se criar categorias (de acordo com a necessidade da empresa), ou
então usar algum modelo pré-existente, por exemplo:
•• 4M: Método, Mão de obra, Material, Máquina;
•• 6M: acrescenta Meio Ambiente e Medidas aos 4M anteriores.
•• 4P: Políticas, Procedimentos, Pessoal, Planta.
Como construir o diagrama:
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Administração
Aula XX
Pergunta Resposta
Até que ponto as atividades podem ser subdividi-
Especialização do Trabalho.
das em tarefas separadas?
Qual a base (critério) para o agrupamento das
Departamentalização.
tarefas?
A quem as pessoas/grupos vão se reportar? Cadeia de Comando - Hierarquia.
Quantas pessoas cada chefe pode dirigir com efi-
Amplitude de Controle.
ciência e eficácia?
Onde fica a autoridade no processo decisório? Centralização e Descentralização.
Até que ponto haverá regras/normas para dirigir
Formalização.
as pessoas?
Especialização do Trabalho
É viável, hoje em dia, uma pessoa sozinha criar e montar aviões?
A Divisão do Trabalho é a maneira pela qual um processo complexo é decomposto em uma série
de tarefas menores, e cada uma das quais é atribuída a uma pessoa ou grupo (departamento).
Uma atividade, em vez de ser realizada inteiramente por uma única pessoa, é dividida em um
certo número de etapas, cada uma das quais será realizada por um indivíduo diferente.
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A habilidade de um funcionário aumenta com a repetição de uma tarefa, sendo assim, tal
divisão gera maior produtividade, rendimento do pessoal envolvido, eficiência e, por fim,
redução dos custos de produção.
A Especialização é uma consequência da divisão do trabalho: cada unidade ou cargo passa a ter
funções e tarefas específicas e especializadas. Essencialmente, ela faz com que os indivíduos se
especializem em realizar parte de uma atividade em vez de realizar a atividade inteira.
A especialização pode dar-se em dois sentidos: vertical e horizontal.
A vertical caracteriza-se pelos níveis hierárquicos (chefia), pois, na medida em que ocorre a
especialização horizontal do trabalho, é necessário coordenar essas diferentes atividades e
funções. Ex.: Presidência, Diretoria-Geral, Gerências, Coordenadorias, etc.
A horizontal representa a tendência de criar departamentos especializados no mesmo nível
hierárquico, cada qual com suas funções e tarefas. Ex.: gerência de Marketing, gerência de
Produção, gerência de Recursos Humanos, etc.
A especialização tem limites. Em
determinados trabalhos, o excesso de
especialização chegou a um ponto em que
as deseconomias humanas (tédio, fadiga,
estresse, baixa produtividade, perda de
qualidade, aumento do absenteísmo e
da rotatividade) superavam em muito as
vantagens econômicas. Por isso, muitas
empresas descobriram que dar aos
funcionários diversas tarefas, permitindo
que eles realizassem uma atividade
completa, e colocá-los em equipes com
habilidades intercambiáveis, geralmente levava a resultados melhores e ao aumento da
satisfação com o trabalho.
Departamentalização
Depois de dividir o trabalho por meio da especialização, é necessário agrupar as atividades
para que as tarefas comuns possam ser coordenadas. Esse agrupamento é chamado de
departamentalização.
Departamentalizar é agrupar as atividades e correspondentes recursos (humanos, materiais
e tecnológicos) em unidades, de acordo com um critério específico de homogeneidade.
Distintos critérios podem ser usados para criar departamentos, sendo os mais comuns: por
função (funcional); por produtos e serviços; geográfica (territorial, regional); por clientes; por
processo; por projeto; matricial e mista.
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Administração – Princípios da Organização do Trabalho – Prof. Rafael Ravazolo
Autoridade
É o direito formal que a chefia tem de alocar recursos e exigir o cumprimento de tarefas por
parte dos funcionários. A autoridade emana do superior para o subordinado, e este é obrigado
a realizar seus deveres.
A autoridade:
•• é alocada em posições da organização, e não em pessoas;
•• flui desde o topo até a base da organização - as posições do topo têm mais autoridade do
que as posições da base;
•• é aceita pelos subordinados devido à crença na cultura organizacional.
Tipos de autoridade:
Existem três tipos básicos de autoridade:
•• Autoridade linear, hierárquica, ou única – segue o princípio da unidade de comando: cada
pessoa deve ter apenas um superior a quem se reportar diretamente. Essa autoridade é
única e absoluta do superior aos seus subordinados. Um exemplo típico são as organizações
militares;
•• Autoridade funcional, ou dividida – tem como base a especialização, o conhecimento.
Cada subordinado reporta-se a vários superiores, de acordo com a especialidade de cada
um - autoridade é parcial e relativa. Nenhum superior tem autoridade total. Ex.: médicos
em um hospital;
•• Autoridade de Staff, ou de Assessoria – com base no aconselhamento e assessoramento,
visando orientar e dar suporte a decisões. Ex.: assessoria jurídica, assessoria de imprensa,
consultoria em gestão, etc.
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Responsabilidade
Dever de desempenhar a tarefa ou atividade, ou cumprir um dever para o qual se foi designado.
Dentro dos princípios da divisão do trabalho, especialização e hierarquia, cada departamento
ou cargo recebe uma determinada quantidade de responsabilidades. Nessa relação contratual,
tais áreas/cargos concordam em executar certos serviços em troca de retribuições ou
compensações financeiras.
Amplitude de Controle
Amplitude administrativa (ou amplitude de comando, ou de controle) é o número de
subordinados que um gestor tem sob seu comando/supervisão.
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Centralização e Descentralização
Muito cuidado! Na disciplina de Administração os conceitos de Centralização e de
Descentralização são distintos daqueles utilizados no Direito Administrativo. Na Administração,
esses conceitos estão ligados ao poder, ou seja, se um chefe centraliza ou descentraliza seus
poderes de decisão e de comando.
O termo centralização se refere ao grau em que o processo decisório está concentrado em um
único ponto da organização. O conceito inclui apenas a autoridade formal, ou seja, os direitos
inerentes de uma posição.
Dizemos que uma organização é centralizada quando sua cúpula toma todas as decisões
essenciais com pouca ou nenhuma participação dos níveis inferiores. Por outro lado, quanto
maior a participação dos níveis inferiores no processo decisório, maior a descentralização.
Centralização
É a concentração do poder decisório no topo da organização. Isso facilita o controle e
coordenação das atividades, além de padronizar as decisões e torná-las mais consistentes com
os objetivos globais da instituição.
Parte do princípio de que as pessoas do topo usualmente são mais bem treinadas e preparadas
para decisões, eliminando esforços duplicados de vários tomadores de decisão e reduzindo
custos operacionais.
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As principais desvantagens da centralização são: as decisões ficam distanciadas dos fatos e
circunstâncias, pois os tomadores de decisão têm pouco contato com as partes envolvidas e com
a situação operacional; maior demora na tomada de decisão, pois depende da disponibilidade
do gestor; as decisões passam pela cadeia escalar, dando margem a distorções e erros de
comunicação.
Descentralização
O poder decisório é deslocado para os níveis mais baixos da administração (fica distribuído pelos
diversos níveis hierárquicos). É uma tendência moderna, pois proporciona maior autonomia
aos cargos mais baixos e alivia a carga decisória da alta administração.
A descentralização altera a divisão do trabalho (e das decisões) entre os cargos e os
departamentos. Por causa disso, é mais duradoura e tem mais alcance que a delegação (que
ocorre entre pessoas).
As vantagens são: melhoria da qualidade das decisões, pois os gerentes médios ficam mais
próximos da operação e, portanto, conhecem melhor a realidade; melhoria no aproveitamento
das pessoas, com aumento da motivação, da criatividade e da autonomia; alivia os chefes
principais do excesso de trabalho decisório; agilidade e eficiência: a organização responde de
forma mais rápida.
As desvantagens são: falta de uniformidade das decisões; insuficiente aproveitamento dos
especialistas centrais; necessidade de maior estrutura de apoio.
Delegação
Delegação é a transferência de determinado nível de autoridade de um chefe para seu
subordinado, criando o correspondente compromisso pela execução da tarefa delegada.
A delegação pode alcançar apenas tarefas específicas ou um conjunto de tarefas.
Cuidado: não confundir a responsabilidade funcional/de execução com a responsabilidade
final/do cargo. Diversos autores afirmam que a responsabilidade final do cargo não pode ser
delegada. Delega-se apenas a execução, ou seja, a responsabilidade pelo bom desempenho
de uma tarefa e a respectiva autoridade para executá-la. A responsabilidade final pelo
cumprimento permanece com o delegante e, dessa forma, ele é o verdadeiro responsável e
deve manter supervisão aos delegados para que cumpram as funções. No serviço público, há
previsão legal (leis, resoluções, regimentos internos) explicitando responsabilidades e o que
pode ou não ser delegado.
Algumas considerações importantes sobre delegação: a autoridade deve ser delegada até o
ponto, e na medida necessária, para a realização dos resultados esperados; a autoridade deve
ser proporcional ao nível de responsabilidade alocada no cargo e/ou função considerada; a
responsabilidade não pode ser delegada, pois nem o chefe nem o subordinado podem livrar-se,
totalmente, de suas obrigações, designando outros para realizá-las; e a clareza na delegação é
fundamental, com designação precisa, entendida e aceita por todos os envolvidos no processo.
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Administração – Princípios da Organização do Trabalho – Prof. Rafael Ravazolo
Técnicas de delegação:
•• Delegar a tarefa inteira, autoridade e responsabilidade (pela tarefa);
•• Delegar à pessoa certa – nem todas as pessoas têm capacidade e motivação;
•• Comunicação com o subordinado para esclarecer dúvidas e manter controle;
•• Avaliar e recompensar o desempenho.
No quadro a seguir são citadas as principais diferenças entre descentralizar e delegar.
DESCENTRALIZAÇÃO DELEGAÇÃO
•• Ligada ao cargo. •• Ligada à pessoa.
•• Geralmente atinge vários níveis •• Atinge um nível hierárquico.
hierárquicos. •• Caráter mais informal.
•• Caráter mais formal.
•• Menos pessoal. •• Mais pessoal.
•• Mais estável no tempo. •• Menos estável no tempo.
Formalização
A formalização se refere ao grau em que as tarefas dentro da organização são padronizadas.
Quando uma tarefa é muito padronizada, seu responsável tem pouca autonomia para decidir o
que, quando e como deve ser realizado. A padronização não apenas elimina a possibilidade de
os funcionários adotarem comportamentos alternativos, como também elimina a necessidade
de eles buscarem alternativas.
O grau de formalização pode variar muito entre as organizações e dentro de uma mesma
empresa.
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Slides – Princípios da Organização do Trabalho
Princípios da
Organização do Trabalho
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Especialização
• Divisão do Trabalho: é a maneira pela qual um processo complexo
pode ser decomposto em uma série de pequenas tarefas, gerando
maior produtividade e rendimento do pessoal envolvido.
• Especialização: consequência da divisão do trabalho - cada órgão ou
cargo passa a ter funções e tarefas específicas e especializadas.
‒ Vertical e Horizontal
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Especialização
• Limites: até que ponto as atividades podem ser subdivididas em
tarefas separadas?
Departamentalização
• Especialização Horizontal
• Depois de dividir o trabalho por meio da especialização, é
necessário agrupar as atividades para que as tarefas comuns
possam ser coordenadas.
• Departamentalizar = agrupar as atividades e correspondentes
recursos (humanos, materiais e tecnológicos) em unidades, de
acordo com um critério específico de homogeneidade.
• Que critérios usar para agrupar?
‒Critérios mais comuns: por função (funcional); por produtos
e serviços; geográfica (territorial, regional); por clientes; por
processo; por projeto; matricial e mista.
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Hierarquia - Autoridade
É o direito formal que a chefia tem de alocar recursos e de exigir
o cumprimento de tarefas por parte dos funcionários.
• É alocada em posições da organização e não em pessoas.
• Flui desde o topo até a base da organização.
• É aceita formalmente - racionalmente.
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Hierarquia – Tipos de Autoridade
o Autoridade linear, ou única;
o Autoridade funcional, ou dividida;
o Autoridade de Staff, ou de Assessoria.
Hierarquia - Responsabilidade
• Dever de desempenhar a tarefa / atividade / função para a qual
a pessoa foi designada.
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Amplitude de Controle
• Outros nomes: Amplitude administrativa, de comando.
• Número de subordinados que um gestor tem sob seu
comando/supervisão.
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Amplitude Administrativa
• Decisão importante: quantas pessoas cada chefe
pode dirigir com eficiência e eficácia?
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Centralização x Descentralização
• Cuidado: definição distinta no Direito Administrativo
• Na Administração = poder de decisão dentro da organização.
‒Onde está o poder formal de tomar decisões?
o Centralizar é concentrar o poder de decisão no topo da
hierarquia;
o Descentralizar é distribuir o poder de decisão nos
diferentes níveis hierárquicos.
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Centralização x Descentralização
• Centralização - maior concentração de poder decisório no topo.
• Vantagens:
‒ Facilita o controle e coordenação das atividades da organização;
‒ O chefe é quem usualmente está mais bem treinado e preparado;
‒ As decisões são mais consistentes com os objetivos globais da
organização;
‒ Elimina esforços duplicados de vários tomadores de decisão e reduz
custos operacionais.
• Desvantagens:
‒ As decisões ficam distanciadas dos fatos e circunstâncias;
‒ Os tomadores de decisão têm pouco contato com as partes
envolvidas e com a situação;
‒ Maior demora na tomada de decisão;
‒ As decisões passam pela cadeia escalar, permitindo distorções e erros
no processo de comunicação dessas decisões.
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Centralização x Descentralização
• Descentralização - menor concentração do poder decisório no
topo.
‒ É uma tendência nas organizações modernas.
• Vantagens:
‒ A decisão é delegada para pessoas/posições mais próximas da ação;
‒ Aumenta a eficiência, a motivação, a criatividade e a independência;
‒ Permite a formação de executivos locais mais motivados e
conscientes de seus resultados;
‒ Agilidade – a organização responde de forma mais rápida.
• Desvantagens:
‒ Falta de uniformidade das decisões;
‒ Insuficiente aproveitamento dos especialistas;
‒ Falta de equipe apropriada no campo de atividades.
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Delegação
• Transferência de determinado nível de autoridade de um chefe para seu
subordinado, criando o correspondente compromisso pela execução da
tarefa delegada.
‒ Não confundir a responsabilidade funcional/de execução com a
final/do cargo.
o A responsabilidade final não pode ser delegada, pois nem o chefe nem o
subordinado podem livrar-se totalmente de suas obrigações, designando
outros para realizá-las;
‒ Delegação na medida necessária para alcançar os resultados
esperados;
‒ A autoridade deve ser proporcional ao nível de responsabilidade do
cargo
‒ A clareza na delegação é fundamental.
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Descentralização X Delegação
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Formalização
• A formalização se refere ao grau em que as tarefas dentro da
organização são padronizadas.
‒Tarefa muito padronizada = pouca autonomia; menor
possibilidade de os funcionários adotarem comportamentos
alternativos, como também elimina a necessidade de eles
buscarem alternativas.
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Administração
Aula XX
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
•• Sistema de Decisão: define a natureza das decisões, os responsáveis por elas e as formas
de decidir.
•• Sistema de Responsabilidades: distribuição das atividades nas organizações.
•• Sistema de Autoridade: distribuição de poder dentro das organizações – direito formal
que o ocupante de determinado cargo tem para dar ordens.
•• Sistema de Comunicação: forma de integração entre as diversas unidades da organização.
Modelos de organizações
Modelos são os estilos ou padrões de organizações existentes. Há diversos modelos descritos
na literatura, entretanto, pode-se dizer que suas características variam entre dois modelos
extremos: o mecanicista e o orgânico.
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Modelo Mecanicista
Estruturas mecanicistas têm esse nome porque buscam imitar o funcionamento automático
e padronizado das máquinas. As pessoas fazem trabalhos repetitivos, sem autonomia e sem
improvisação. O modelo mecanicista é chamado de burocrático, pois é tido como sinônimo da
burocracia racional-legal descrita por Max Weber.
São estruturas rígidas e altamente controladas, adequadas a condições ambientais
relativamente estáveis e previsíveis. Organizações deste tipo valorizam a lealdade e a obediência
aos superiores e à tradição.
O desenho é piramidal, verticalizado; as tarefas são
especializadas e precisas; regras, regulamentos e
procedimentos são bem definidos e estão escritos; a
hierarquia é rígida e a autoridade não pode ser questionada
– a fonte da autoridade é a posição da pessoa na estrutura
organizacional; a comunicação vertical é enfatizada;
o poder é centralizado e a responsabilidade pela
coordenação e a visão do todo pertencem exclusivamente
à alta administração.
Modelo Orgânico
Estruturas orgânicas têm esse nome porque imitam o comportamento dinâmico dos organismos
vivos.
Esse modelo é chamado pós-burocrático ou adhocrático* (de acordo com a demanda,
um modelo para cada situação), pois procura se adaptar a condições instáveis, mutáveis.
Ambientes assim oferecem problemas complexos que muitas vezes não podem ser resolvidos
com estruturas tradicionais.
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Administração – Estrutura Organizacional – Prof. Rafael Ravazolo
capacidade de resolver problemas com autonomia e iniciativa é mais importante do que seguir
regras; a especialização é pequena (as tarefas têm escopo amplo e os cargos são definidos mais
em termos de resultados esperados do que de tarefas).
Burocracia Adhocracia
Estruturas permanentes. Estruturas temporárias e flexíveis.
Atividades rotineiras ou estáveis; minuciosa Atividades inovadoras ou não-estáveis; divisão
divisão de trabalho. do trabalho nem sempre bem definida.
Profunda normatização, regras detalhadas e
Pouca normatização, regras genéricas.
definidas pela cúpula
Confiança nas regras e procedimentos formais. Confiança nas pessoas e nas comunicações.
Predomínio da interação vertical (superior - su-
Predomínio da interação horizontal; confiança e
bordinado); relacionamento baseado em autori-
crença recíprocas.
dade e obediência.
Cargos generalistas (atividades diversas e amplo
Cargos ocupados por especialistas.
conhecimento).
Hierarquia rígida; tomada de decisões centraliza- Hierarquia flexível; tomada de decisão descen-
da; pouca delegação. tralizada; delegação.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1167
•• Sistema de produção: nas empresas de produção em massa, o modelo mecanicista adapta-
se melhor; já a estrutura orgânica é mais apropriada quando o produto não é padronizado.
A figura a seguir mostra os determinantes e as consequências do desenho da estrutura.
Tipos de organização
Os diferentes tipos de organização são decorrência da estrutura organizacional, ou seja, da
arquitetura ou formato organizacional que assegura a divisão e coordenação das atividades dos
membros da instituição. A estrutura é o esqueleto que sustenta e articula as partes integrantes.
Cada subdivisão recebe o nome de unidade, departamento, divisão, seção, equipe, grupo de
trabalho, etc.
Cada empresa/instituição monta sua estrutura em função dos objetivos. Apesar da enorme
variedade de organizações, os autores clássicos e neoclássicos definiram três tipos tradicionais:
linear, funcional e linha-staff.
Importante ressaltar que os três tipos dificilmente são encontrados em seu estado puro, afinal,
se tratam de modelos teóricos e, dessa forma, são simplificações da realidade.
Organização Linear
É a forma mais simples e antiga, originada dos exércitos e organizações eclesiásticas. O
nome “linear” é em função das linhas diretas e únicas de autoridade e responsabilidade
entre superiores e subordinados, resultando num formato piramidal de organização. Cada
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Administração – Estrutura Organizacional – Prof. Rafael Ravazolo
gerente recebe e transmite tudo o que se passa na sua área de competência, pois as linhas de
comunicação são rigidamente estabelecidas.
Típica de empresas pequenas, com baixa complexidade, mas pode ocorrer em médias e grandes
com tarefas padronizadas, rotineiras, repetitivas, onde a execução é mais importante que a
adaptação a mudanças, ou mesmo à qualidade dos produtos.
Características
•• Autoridade linear, única e absoluta do superior aos seus subordinados, ou seja, cada
subordinado reporta-se exclusivamente a um superior;
•• Linhas formais de comunicação vertical, de acordo com o organograma. Podem ser para
cima (órgão ou cargo superior) ou para baixo (órgão ou cargo inferior);
•• Centralização das decisões: a autoridade converge para a cúpula da organização;
•• Aspecto piramidal: quanto mais sobe na escala hierárquica, menor o número de órgãos ou
cargos. Quanto mais acima, mais generalização de conhecimento e centralização de poder;
quanto mais abaixo, mais especialização e delimitação das responsabilidades.
Vantagens
•• Estrutura simples e de fácil compreensão e implantação;
•• Clara delimitação das responsabilidades dos órgãos – nenhum órgão ou cargo interfere em
área alheia;
•• Estabilidade e disciplina garantidas pela centralização do controle e da decisão.
Desvantagens
•• O formalismo das relações pode levar à rigidez e à inflexibilidade, dificultando a inovação e
adaptação a novas circunstâncias;
•• A autoridade linear baseada no comando único e direto pode tornar-se autocrática,
dificultando o aproveitamento de boas ideias;
•• Chefes tornam-se generalistas e ficam sobrecarregados em suas atribuições na medida em
que tudo tem que passar por eles;
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•• Com o crescimento da organização, as linhas formais de comunicação se congestionam e
ficam lentas, pois tudo deve passar por elas.
Organização Funcional
É o tipo de organização em que se aplica o princípio funcional ou princípio da especialização.
Cada área é especializada em um determinado assunto, é a autoridade em um tema. Dessa
forma, ela presta seus serviços às demais áreas de acordo com sua especialidade.
É possível utilizar tal estrutura quando a organização tem uma equipe de especialistas bem
entrosada, orientada para resultados, e uma boa liderança.
Características
•• Autoridade funcional dividida: cada subordinado reporta-se a vários superiores
simultaneamente, de acordo com a especialidade de cada um;
•• Nenhum superior tem autoridade total sobre os subordinados. A autoridade é parcial e
relativa, decorrente de sua especialidade e conhecimento;
•• Linhas diretas de comunicação, não demandam intermediação: foco na rapidez;
•• Descentralização das decisões para os órgãos especializados. Não é a hierarquia, mas a
especialização que promove a decisão.
Vantagens
•• Proporciona especialização e aperfeiçoamento;
•• Permite a melhor supervisão técnica possível;
•• Comunicações diretas, sem intermediação, mais rápidas e menos sujeitas a distorções;
•• Separa as funções de planejamento e de controle das funções de execução: há uma
especialização do planejamento e do controle, bem como da execução, permitindo plena
concentração de cada atividade.
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Desvantagens
•• Não há unidade de mando, o que dificulta o controle das ações e a disciplina;
•• Subordinação múltipla pode gerar tensão e conflitos dentro da organização;
•• Concorrência entre os especialistas, cada um impondo seu ponto de vista de acordo com
sua área de atuação.
Organização Linha-Staff
É o resultado de uma combinação dos tipos de organização linear e funcional, buscando
aproveitar as vantagens de ambas e diminuir as respectivas desvantagens. Nela coexistem os
órgãos de linha (execução) e de assessoria (apoio e consultoria), mantendo relações entre si.
As atividades de linha são aquelas intimamente ligadas aos objetivos da organização (áreas-
fim). As atividades de staff são as áreas-meio, ou seja, prestam serviços especializados que
servem de suporte às atividades-fim.
A autoridade para decidir e executar é
do órgão de linha. A área de staff apenas
assessora, sugere, dá apoio e presta serviços
especializados. A relação deve ser sinérgica,
pois a linha necessita do staff para poder
desenvolver suas atividades, enquanto o
staff necessita da linha para poder atuar.
É possível citar algumas atividades que são
tipicamente de staff**: gestão de pessoas,
orçamento, compras, almoxarifado,
manutenção, tecnologia da informação,
assessorias em geral (jurídica, contábil,
gestão), controle interno, etc.
**Obviamente há exceções, pois a definição de área-meio e área-fim varia de acordo com o
ramo de atuação, as políticas e os objetivos de cada empresa/instituição.
Características
•• Fusão da estrutura linear com a estrutura funcional;
•• Coexistência de linhas formais de comunicação com linhas diretas;
•• Separação entre órgãos operacionais (executivos) e órgãos de apoio e suporte (assessores).
Vantagens
•• Melhor embasamento técnico e operacional para as decisões;
•• Agregar conhecimento novo e especializado à organização;
•• Facilita a utilização de especialistas;
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•• Possibilita a concentração de problemas específicos nos órgãos de staff, enquanto os órgãos
de linha ficam livres para executar as atividades-fim.
Desvantagens
•• Conflitos entre órgãos de linha e staff: experiências profissionais diversas, visões de
trabalho distintas, diferentes níveis de formação;
•• Dificuldade de manutenção do equilíbrio entre linha e staff.
Por equipes
Utiliza o conceito de equipe multidisciplinar, buscando delegar autoridade e dispersar a
responsabilidade (empowerment) por meio da criação de equipes participativas.
Essa estrutura desmonta as antigas barreiras departamentais e descentraliza o processo
decisório para as equipes, fazendo com que as pessoas tenham generalistas e especialistas.
É comum, em empresas de ponta, encontrar equipes autogerenciadas cuidando de unidades
estratégicas de negócios com total autonomia e liberdade. Nessa estrutura podem existir dois
tipos de equipes: a permanente, que funciona como uma área normal; e a cruzada, que é a
união de pessoas de vários departamentos funcionais para resolver problemas mútuos.
A equipe cruzada ajuda a reduzir a barreira entre os departamentos. Além, disso, o poder
delegado à equipe reduz o tempo de reação a mudanças externas. Outro benefício é a
motivação do funcionário, pois o trabalho na equipe cruzada é mais enriquecedor.
Organização em Rede
A rede é muito mais do que “uma organização” – é uma entidade que congrega os recursos de
inúmeras pessoas e, grupos e organizações. Os participantes da rede são autônomos entre si,
mas são dependentes da rede como um todo e podem ser parte de outras redes.
A organização desagrega as suas funções tradicionais e as transfere para empresas ou unidades
separadas que são interligadas por meio de uma pequena organização coordenadora, que
passa a ser o núcleo central. A companhia central retém o aspecto essencial do negócio,
enquanto transfere para terceiros as atividades que outras companhias podem fazer melhor
(produção, vendas, engenharia, contabilidade, propaganda, distribuição, etc.). Trata-se de
uma abordagem revolucionária, as fronteiras das atividades da organização vão se diluindo e
as formas organizacionais de uma empresa vão se misturando às atividades organizacionais
de outras, tornando difícil reconhecer onde começa e onde termina a organização em termos
tradicionais.
Há vários tipos de redes, cada tipo serve para uma finalidade.
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Comissão ou Colegiado
Comitê ou comissão é a reunião de vários profissionais, normalmente com conhecimentos
multidisciplinares, para emitir, por meio de discussão organizada, uma opinião a respeito de
um assunto previamente fixado.
São formados com objetivo de apurar situações ou tomar decisões colegiadas. Não é um órgão
da estrutura organizacional e pode assumir tipos diversos: formais, informais, temporárias,
relativamente permanentes, consultivos, diretivos. Exemplos são algumas empresas (inclusive
públicas) que possuem Conselhos de Administração, Fiscais, etc.
Organização virtual
É uma estrutura que utiliza tecnologia da informação para unir, de forma dinâmica, pessoas e
demais recursos organizacionais sem tornar necessário reuni-las em um espaço físico e/ou ao
mesmo tempo para executar seus processos produtivos.
O atributo "virtual" é utilizado para denominar uma lógica organizacional na qual as fronteiras
de tempo, espaço geográfico, unidades organizacionais e acesso a informações são menos
importantes, enquanto o uso de tecnologias de comunicação e informação é considerado
altamente útil.
O grau de "virtualidade" depende da intensidade na utilização de tecnologias de informação e
comunicação para interagir com clientes externos ou internos, realizar negócios e operar como
um todo.
Uma segunda abordagem define uma organização
virtual como uma rede de organizações
independentes, que se unem em caráter temporário
através do uso de tecnologias de informação e
comunicação, visando assim obter vantagem
competitiva. A organização virtual se comporta
como uma única empresa por meio da união das
competências essenciais de seus membros, que
podem ser instituições, empresas ou pessoas
especializadas.
Toda organização virtual é uma rede organizacional, mas nem toda rede organizacional é uma
organização virtual.
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Organograma
É a representação gráfica de determinados aspectos da estrutura organizacional (a apresentação
completa da estrutura organizacional só pode ser efetuada pelo manual de organização).
No organograma, ficam claramente evidenciadas as diversas unidades organizacionais (áreas,
departamentos), sua posição relativa na estrutura geral da empresa (hierarquia, especialidade)
e suas ligações (canais de comunicação).
Podem-se ter o organograma geral da empresa e os parciais dos departamentos.
•• Divisão do trabalho: quadros (retângulos)
representam o fracionamento da organização,
em unidades de direção, assessorias,
conselhos, gerências, departamentos, divisões,
setores, etc.
•• Autoridade e Hierarquia: as relações entre
superior e subordinado. A quantidade de
níveis verticais mostra a cadeia de comando,
ou seja, como a autoridade está distribuída
desde o diretor que tem mais autoridade, no
topo da estrutura, até o funcionário que tem
menos autoridade, na base da estrutura.
•• Canais de comunicação: as linhas verticais e
horizontais que ligam os retângulos mostram
as relações/comunicações entre as unidades
de trabalho. A linha contínua representa
autoridade, na vertical, e coordenação na
horizontal.
Dependendo da técnica de elaboração aplicada, o Organograma poderá evidenciar, além do
tipo de trabalho desenvolvido, mais: o detalhamento do tipo de trabalho; os cargos existentes;
os nomes dos titulares das unidades; a quantidade de pessoas por unidade; a relação funcional,
além da relação hierárquica.
Organograma Linear
Mostra a distribuição de
responsabilidade e de autoridade
em uma organização. Estrutura,
resumidamente, as atividades básicas
e os tipos de decisão relacionados
a cada unidade organizacional da
empresa.
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Administração – Estrutura Organizacional – Prof. Rafael Ravazolo
Revela a atividade/decisão de cada posição ou cargo, mostrando quem participa e em que grau
quando uma atividade/decisão deve ocorrer na empresa.
Organograma Vertical
Identifica, de forma sequencial, os
diversos cargos de chefia de uma empresa,
preferencialmente junto com o nome básico
da unidade organizacional (departamento,
seção).
www.acasadoconcurseiro.com.br 1175
Slides – Estrutura Organizacional
Estrutura Organizacional
• Desenho da organização = resultado da identificação,
análise, ordenação e agrupamento das atividades, dos
recursos e das pessoas.
Estrutura Organizacional
• Inclui os sistemas de: decisão, responsabilidade,
autoridade e comunicação.
‒Formal: organograma + estatutos + regras.
1176 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Estrutura Organizacional – Prof. Rafael Ravazolo
Modelos Estruturais
Modelos Estruturais
Burocracia Adhocracia
Estruturas permanentes. Estruturas temporárias e flexíveis.
Atividades rotineiras ou estáveis; minuciosa Atividades inovadoras ou não-estáveis; divisão
divisão de trabalho. do trabalho nem sempre bem definida.
Profunda normatização, regras detalhadas e
Pouca normatização, regras genéricas.
definidas pela cúpula.
Confiança nas regras e procedimentos formais. Confiança nas pessoas e nas comunicações.
Predomínio da interação vertical (superior -
Predomínio da interação horizontal; confiança
subordinado); relacionamento baseado em
e crença recíprocas.
autoridade e obediência.
Cargos generalistas (atividades diversas e
Cargos ocupados por especialistas.
amplo conhecimento).
Hierarquia rígida; tomada de decisões Hierarquia flexível; tomada de decisão
centralizada; pouca delegação. descentralizada; delegação.
4
www.acasadoconcurseiro.com.br 1177
Fatores que influenciam a Estrutura
Tipos de Organização
• São decorrência da estrutura organizacional:
‒ autoridade, grau de delegação ou concentração de tarefas, linhas de
comando e de comunicação, centralização ou descentralização das
decisões, etc.
1178 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Estrutura Organizacional – Prof. Rafael Ravazolo
Organização Linear
• Mais simples e antiga
• Autoridade linear, única – centralizadora e generalista
• Linhas diretas e únicas de autoridade e responsabilidade entre superior e
subordinados
• Formato piramidal
Vantagens
• Estrutura simples, de fácil compreensão e implantação;
• Clara delimitação das responsabilidades dos órgãos e uma notável
precisão da jurisdição;
• Estabilidade e disciplina.
Desvantagens
• O formalismo das relações pode levar à rigidez e à inflexibilidade;
• Chefes tornam-se generalistas e ficam sobrecarregados;
• Com o crescimento da organização, as linhas formais de
comunicação se congestionam;
• As comunicações, por serem lineares, se tornam demoradas.
8
www.acasadoconcurseiro.com.br 1179
Organização Funcional
• Princípio funcional – especialização
• Autoridade funcional – dividida - decisões descentralizadas
• Comunicação direta – rapidez
• Subordinação múltipla
Vantagens
• Proporciona o máximo de especialização na organização;
• Permite a melhor supervisão técnica possível;
• As comunicações diretas são mais rápidas e menos sujeitas a
distorções;
• Separa as funções de planejamento e de controle das funções de
execução.
Desvantagens
• Perda da autoridade de comando;
• Subordinação múltipla - tendência à tensão e a conflitos;
• Tendência à concorrência entre os especialistas.
10
1180 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Estrutura Organizacional – Prof. Rafael Ravazolo
Organização Linha-Staff
• Busca aproveitar as vantagens de ambas e diminuir as
respectivas desvantagens – embasamento técnico e
operacional, uso de especialistas etc.
• Separação entre execução e assessoria.
• Conflito linha-staff
11
12
www.acasadoconcurseiro.com.br 1181
Organização em rede
• Rede = entidade que congrega os recursos de inúmeras pessoas
e, grupos e organizações.
‒ Participantes são autônomos entre si, mas são dependentes da rede
como um todo e podem ser parte de outras redes.
‒ A organização transfere funções para empresas/unidades separadas;
‒ Fronteiras diluídas entre organizações: difícil reconhecer onde começa
e onde termina a organização em termos tradicionais.
13
Comissão ou Colegiado
• Conselhos, comissões comitês:
‒formados para apurar situações ou tomar decisões
colegiadas.
‒Geralmente não é um órgão da estrutura organizacional;
‒Pode assumir tipos diversos: formais, informais, temporárias,
relativamente permanentes, consultivos, diretivos.
14
1182 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Estrutura Organizacional – Prof. Rafael Ravazolo
Virtual
• 1) Utiliza TIC para unir pessoas e demais recursos
organizacionais sem tornar necessário reuni-las em um espaço
físico e/ou ao mesmo tempo;
• 2) Rede de organizações independentes, que se unem em
caráter temporário através do uso
de tecnologias de informação e
comunicação, visando assim
obter vantagem competitiva.
Organograma
• É a representação gráfica de determinados aspectos da
estrutura organizacional.
• Mostra:
‒ Divisão do trabalho: quadros (retângulos)
representam o fracionamento da
organização – divisões, departamentos, etc.
‒ Autoridade e Hierarquia: níveis verticais.
‒ Canais de comunicação: linhas verticais
(autoridade) e horizontais (coordenação).
16
www.acasadoconcurseiro.com.br 1183
Organograma
17
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Administração
Aula XX
DEPARTAMENTALIZAÇÃO
Princípios da Departamentalização
1. Maior uso: o departamento que utiliza mais uma atividade deve tê-la sob sua jurisdição;
2. Maior interesse: o departamento que tiver mais interesse sob uma atividade deve
supervisioná-la;
www.acasadoconcurseiro.com.br 1185
Abordagens
Distintas abordagens podem ser utilizadas no desenho dos departamentos, sendo as mais
comuns a Funcional, a Divisional e a Matricial (somatório da funcional com a divisional). Além
dessas, há a abordagem em Equipe (equipes multifuncionais) e em Rede (redes de empresas),
as quais são explicadas no capítulo de Estrutura Organizacional.
A abordagem Funcional segue o princípio da especialização, separando departamentos de
acordo com a função desempenhada por cada um na organização (produção, finanças, RH,
vendas, etc.).
A abordagem Divisional segue o princípio das unidades de negócio autônomas (unidades
estratégicas de negócio) e cada gestor é responsável pelos resultados de sua unidade. Essa
abordagem cria departamentos autossuficientes - cada divisão possui suas próprias funções
operacionais (conjunto de especialistas, áreas funcionais), permitindo que atue de forma
praticamente autônoma, prestando contas apenas à cúpula administrativa da empresa. É
mais indicada em organizações que produzem diferentes produtos/serviços para diferentes
mercados/clientes, pois cada divisão focaliza um mercado/cliente independente. Dentro
de abordagem divisional existem variantes, que servem para alcançar diferentes resultados
esperados de uma organização e que se baseiam em: Produtos ou serviços, Localização
Geográfica, Clientes, Projetos, etc.
Essas duas abordagens definem os critérios (tipos) mais comuns de Departamentalização: por
função (funcional); por produtos e serviços; geográfica (territorial, regional); por clientes; por
processo; por projeto; matricial; mista.
É a divisão lógica de acordo com as funções especializadas que são realizadas na organização.
Cada área (departamento) passa a ser responsável por uma função organizacional específica
(Marketing, RH, Finanças, Produção, Logística, etc.).
A Departamentalização Funcional cria áreas especializadas a partir do agrupamento de
funções ou atividades semelhantes, assim, todos os especialistas em determinada função
ficam reunidos: todo o pessoal de vendas, todo o pessoal de contabilidade, todo o pessoal de
compras, e assim por diante.
É considerado o tipo mais comum encontrado nas empresas.
A organização foca em si mesma (introversão), sendo indicada para ambientes estáveis, de
poucas mudanças, com desempenho continuado e tarefas rotineiras. É utilizada, portanto, em
empresas cujas atividades sejam bastante repetitivas, altamente especializadas e com poucas
linhas de produtos/serviços.
O administrador principal tem pleno controle dos destinos da organização, entretanto, se o
tamanho aumenta muito, certos problemas podem surgir: excessiva especialização (novas
camadas funcionais e novos cargos especializados); estrutura tende a tornar-se complexa,
piramidal e feudal, acarretando um distanciamento dos objetivos principais.
1186 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Departamentalização – Prof. Rafael Ravazolo
Vantagens
•• Agrupa vários especialistas de um mesmo assunto em uma mesma unidade;
•• Estabilidade nas atividades e relacionamentos;
•• Simplifica o treinamento e orienta as pessoas para uma função específica, concentrando
sua competência e habilidades técnicas;
•• Permite economia de escala pelo uso integrado de pessoas, máquinas e produção em
massa;
Desvantagens
•• Foco na especialidade em detrimento do objetivo organizacional global (cria feudos devido
à ênfase dos funcionários na própria especialidade);
•• Comunicação e cooperação deficiente entre departamentos;
•• Inadequada para ambiente e tecnologia em constante mudança, pois dificulta a adaptação
e a flexibilidade.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1187
Vantagens
•• Fortalece a especialização no produto: fixa a responsabilidade de cada departamento para
um produto/serviço ou linha de produto/serviço, pois cada uma dessas divisões funciona
como uma unidade de resultados;
•• Facilita a coordenação entre as diferentes áreas dentro de cada divisão: a preocupação
principal é o produto e as atividades das áreas envolvidas que dão pleno suporte;
•• Permite maior flexibilidade: as unidades produtivas podem ser maiores ou menores,
conforme as condições;
•• Facilita a inovação, pois requer cooperação e comunicação dos vários grupos que
contribuem para gerar o produto.
Desvantagens
•• Enfraquece a especialização funcional: dispersa os especialistas nas diversas divisões
orientadas para os produtos;
•• Gera custos operacionais elevados pela duplicidade de atividades, por isso não é indicada
para circunstâncias externas não mutáveis e para empresas com pouca variabilidade dos
produtos;
•• É difícil coordenar políticas gerais da organização;
•• Em situações de instabilidade externa, pode gerar temores e ansiedades na força de
trabalho de determinada linha de produto, em função da possibilidade de desemprego;
•• Pode desestabilizar a estrutura caso um gerente de produto adquira muito poder.
Tem ênfase territorial, na cobertura geográfica: cria departamentos tendo como critério os
locais onde o trabalho será desempenhado, ou então a área de mercado a ser servida pela
empresa. Todas atividades em determinado território são de responsabilidade de um gestor.
É utilizada geralmente por empresas que cobrem grandes áreas geográficas e cujos mercados
são extensos e diversificados (clientes e recursos dispersos), ou seja, quando as circunstâncias
externas indicam que o sucesso da organização depende particularmente do seu ajustamento
às condições e às necessidades de cada local e/ou região. A orientação da empresa, portanto, é
mercadológica (extroversão).
Exemplos: as empresas multinacionais têm este nome justamente por utilizarem a estratégia
geográfica para suas operações fora do país onde estão sediadas; lojas e empresas possuem
filiais em diversas localidades; agências bancárias; varas judiciais espalhadas pelo interior dos
estados.
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Administração – Departamentalização – Prof. Rafael Ravazolo
Vantagens
•• Foco mercadológico: amplia a área de atuação, atingindo maior número de clientes/
fornecedores;
•• Fortalece especialização quanto ao local: agilidade e vantagem competitiva pelo maior
conhecimento do local;
•• Permite fixar a responsabilidade de lucro e de desempenho no comportamento local ou
regional, além de encorajar os executivos a pensar em termos de sucesso de território;
•• As características da empresa podem acompanhar adequadamente as variações de
condições e características locais.
Desvantagens
•• Dificuldade de coordenar políticas gerais da organização: o enfoque territorial pode deixar
em segundo plano a coordenação da empresa como um todo (aspectos de planejamento,
execução e controle), em face do grau de liberdade e autonomia nas regiões;
•• Enfraquece especialização funcional: a preocupação estritamente territorial concentra-
se mais nos aspectos mercadológicos e de produção e quase não requer apoio dos
especialistas (staff) da matriz da empresa.
•• Duplicação de instalações e de funções;
•• Em situações de instabilidade externa em determinada região, pode gerar temores e
ansiedades na força de trabalho em função da possibilidade de desemprego ou prejuízo
funcional.
Vantagens
•• Atendimento personalizado: quando a satisfação do cliente é o aspecto mais crítico da
organização, ou seja, quando um tipo de cliente é o mais importante, e os produtos e
serviços devem ser adaptados às suas necessidades;
www.acasadoconcurseiro.com.br 1189
•• Dispõe os executivos e todos os participantes da organização para satisfazer as necessidades
e os requisitos dos clientes;
•• Possibilita conhecimento e atendimento contínuo e rápido às necessidades específicas de
diferentes tipos de clientes.
Desvantagens
•• As demais atividades da organização – produção, finanças – podem se tornar secundárias
ou acessórias, em face da preocupação compulsiva com o cliente;
•• Os demais objetivos da organização – lucratividade, produtividade – podem ser deixados
de lado ou sacrificados;
•• Pode gerar conflitos com outras áreas em função de tratamentos preferenciais a certos
clientes.
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Administração – Departamentalização – Prof. Rafael Ravazolo
Vantagens
•• Fixa a responsabilidade e a união dos esforços dos em determinado processo;
•• Extrai vantagens econômicas oferecidas pela própria natureza do equipamento ou da
tecnologia. A tecnologia passa a ser o foco e o ponto de referência para o agrupamento
de unidades e posições.
•• Maior especificação dos recursos alocados;
•• Possibilidade de comunicação mais rápida de informações técnicas;
•• Melhor coordenação e avaliação de cada parte do processo;
•• Maiores níveis de produtividade e de qualidade.
Desvantagens
•• Possibilidade de perda da visão global da interligação entre diferentes processos.
•• Quando a tecnologia utilizada sofre mudanças e desenvolvimento revolucionários, a
ponto de alterar profundamente os processos;
•• Deve haver especial cuidado com a coordenação dos distintos processos.
Projeto é a união temporária de recursos (pessoas, materiais, finanças, tecnologia) para atingir
um objetivo, sendo realizado conforme parâmetros predefinidos de tempo, custo, recursos e
qualidade. Em outras palavras, projeto é um trabalho específico, com prazo para acabar e que,
para sua realização, exige um esforço concentrado de pessoas e recursos sob a responsabilidade
de um coordenador (gerente do projeto).
Exemplos de projetos: estádios de futebol, prédios, pontes, estradas, desenvolvimento de
novas tecnologias, etc.
A departamentalização por projetos, portanto, é utilizada em empresas cujos produtos/serviços
são complexos e envolvem grandes concentrações de recursos por um determinado tempo,
que exigem tecnologia sofisticada, especialistas de diversas áreas e grande coordenação das
atividades (por exemplo, uma construtora que realiza inúmeras obras ao mesmo tempo). É
uma estrutura organizacional flexível/mutável - capaz de adaptar-se às necessidades de cada
projeto – e focada em resultados.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1191
A departamentalização por Processos é semelhante à por produtos/serviços. A diferença
é que na departamentalização por produtos/serviços o foco é o produto final, enquanto na
abordagem por processos são focados os fluxos de trabalho em si, cada um gerando partes do
produto final.
Vantagens
•• Foco no resultado – permite melhor atendimento das necessidades dos clientes;
•• Alta responsabilização e engajamento da equipe e do gerente de projetos;
•• Permite a concentração de recursos e especialistas para realizar um trabalho complexo;
•• É uma estrutura organizacional flexível e mutável, que se adapta às necessidades de cada
projeto;
•• Melhoria no controle da execução – cumprimento de prazos e orçamentos.
Desvantagens
•• Isolamento da equipe no seu projeto - como cada equipe está focada em seu próprio
projeto, não há comprometimento com a empresa e há dificuldade de comunicação entre
os projetos realizados pela organização (dificuldade de coordenar políticas gerais);
•• Em projetos muito grandes, podem ocorrer dificuldades no gerenciamento da equipe;
•• Duplicação de esforços quando dois ou mais especialistas trabalham em um mesmo
problema ou assunto, mas em projetos diferentes;
•• Cada projeto é único, inédito, e envolve muitas habilidades e conhecimentos dispersos na
empresa ao longo de seu ciclo de execução. Assim, quando termina uma fase, ou mesmo
o projeto, a empresa pode ser obrigada a dispensar pessoal ou a paralisar máquinas e
equipamentos se não tiver outro projeto em vista;
Departamentalização Matricial
Chama-se matricial, pois combina dois ou mais tipos de departamentalização, formando uma
grade, conforme a figura a seguir.
Pode ser definida, também, como a combinação da abordagem divisional com a funcional, ou
então, conforme o tipo mais comum, a combinação da departamentalização funcional com a
de projetos.
1192 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Departamentalização – Prof. Rafael Ravazolo
www.acasadoconcurseiro.com.br 1193
Vantagens
•• Maior versatilidade e otimização dos recursos;
•• Forma efetiva para conseguir resultados ou resolver problemas complexos;
•• Mais fortemente orientada para resultados;
•• Maior grau de especialização.
Desvantagens
•• Ambiguidade de papéis e relações das pessoas - conflito de interesses entre linha e projeto;
•• Duplicidade de autoridade e comando.
Departamentalização Mista
É praticamente impossível encontrar, na prática, a aplicação pura de um único tipo de
departamentalização em toda uma empresa. Geralmente encontrar-se uma reunião de diversos
tipos de departamentalização (abordagem multidivisional) em todos os níveis hierárquicos, a
qual se denomina Departamentalização Mista ou Combinada.
1194 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Departamentalização – Prof. Rafael Ravazolo
Há outros tipos menos difundidos de departamentalização (por quantidade, por turno, por
área do conhecimento etc.), que acabam sendo cópias conceituais dos apresentados aqui e,
por isso, não foram detalhados.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1195
Slides – Departamentalização
Departamentalização
• O
que
é
departamentalizar;
Departamentalização
1196 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Departamentalização – Prof. Rafael Ravazolo
Departamentalização
Departamentalizar
é
agrupar
as
a1vidades
e
correspondentes
recursos
(humanos,
materiais
e
tecnológicos)
em
unidades,
de
acordo
com
um
critério
específico
de
homogeneidade.
Departamentalização
Princípios:
Tipos/critérios:
1-‐
Maior
uso
• Funcional
2-‐
Maior
interesse
• Produtos
ou
Serviços
3-‐
Separação
do
controle
• Geográfica/Territorial
4-‐
Supressão
da
concorrência
• Clientes
• Processos
Abordagens:
• Projetos
1
–
Funcional:
especialização
por
função
• Matricial
e
Mista
2
–
Divisional:
unidades
autônomas
–
(mulAdivisional)
divisão
por
objeAvo/finalidade
• Outros:
quanAdade,
turno
www.acasadoconcurseiro.com.br 1197
Departamentalização
por
função
(funcional)
•
Considerado
o
8po
mais
comum.
• Segue
o
princípio
da
especialização:
agrupa
as
a8vidades
de
acordo
com
as
funções
especializadas
desenvolvidas
dentro
da
organização.
• Indicada
para
situações
estáveis:
poucos
8pos
de
produtos,
a8vidades
repe88vas
e
altamente
especializadas,
com
pouca
mudança
e
pouca
necessidade
de
integração.
Departamentalização funcional
• Vantagens:
‒ Especialização:
agrupa
vários
especialistas
e
garante
pleno
uso
das
habilidades
técnicas
das
pessoas;
‒ Estabilidade
nas
a@vidades
e
relacionamentos;
‒ Simplifica
o
treinamento
e
orienta
as
pessoas
para
uma
a@vidade
específica,
concentrando
suas
competências.
‒ Permite
economia
de
escala
pelo
uso
integrado
de
pessoas,
máquinas
e
produção
em
massa;
1198 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Departamentalização – Prof. Rafael Ravazolo
Departamentalização funcional
• Desvantagens:
‒ Visão
parcial
da
organização:
foco
na
especialidade
em
detrimento
do
obje<vo
organizacional
global;
‒ Reduz
a
cooperação
e
comunicação
interdepartamental
–
a
ênfase
na
própria
área
cria
feudos
de
especialização;
‒ Dificulta
a
adaptação
e
a
flexibilidade:
inadequada
para
ambiente
e
tecnologia
em
constante
mudança;
‒ Se
o
tamanho
aumenta
muito,
pode
ocorrer
excessiva
especialização
(novas
camadas
funcionais
e
novos
cargos
especializados),
tornando
a
estrutura
complexa.
7
Departamentalização
por
produtos
ou
serviços
•
Orientada
para
resultados
dos
produtos/serviços.
• Indicada
quando
as
a:vidades
inerentes
a
cada
um
dos
produtos
ou
serviços
possuem
diferenciações
significa:vas
e,
por
isso,
fica
mais
fácil
administrar
cada
produto/serviço
individualmente.
• Indicada
para
circunstâncias
externas
mutáveis.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1199
Departamentalização
por
produtos
ou
serviços
• Vantagens:
‒ Fortalece
especialização
no
produto:
fixa
a
responsabilidade
de
cada
departamento
para
um
produto/serviço
ou
linha
de
produto/serviço;
‒ Facilita
a
coordenação
interdepartamental
dentro
da
divisão
–
a
preocupação
principal
é
o
produto;
‒ Permite
maior
flexibilidade:
as
unidades
produDvas
podem
ser
maiores
ou
menores,
conforme
as
condições;
‒ Facilita
a
inovação,
pois
requer
cooperação
e
comunicação
dos
vários
grupos
que
contribuem
para
gerar
o
produto;
10
1200 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Departamentalização – Prof. Rafael Ravazolo
Departamentalização
geográfica
(territorial)
• Ênfase
territorial
–
cobertura
geográfica:
departamentos
de
acordo
com
o
local
de
trabalho
será
desempenhado,
ou
então
a
área
de
mercado
que
será
atendida
pela
empresa.
‒ Todas
aDvidades
em
determinado
território
são
de
responsabilidade
de
um
departamento/gestor.
• Indicada
quando
o
sucesso
da
organização
depende
do
ajuste
às
condições
e
às
necessidades
de
cada
local
e/ou
região.
11
Departamentalização
geográfica
• Vantagens:
‒ Foco
mercadológico:
amplia
a
área
de
atuação,
a=ngindo
maior
número
de
clientes
/
fornecedores;
‒ Fortalece
especialização
quanto
ao
local:
agilidade
e
vantagem
compe==va
pelo
maior
conhecimento
do
local;
‒ Permite
fixar
a
responsabilidade
de
lucro
e
de
desempenho
no
comportamento
local;
‒ Ações
mais
rápidas:
as
caracterís=cas
da
empresa
podem
acompanhar
adequadamente
as
variações
locais.
• Desvantagens:
‒ Dificuldade
de
coordenar
polí=cas
gerais
da
organização;
‒ Enfraquece
especialização
funcional;
‒ Duplicação
de
instalações
e
de
funções;
‒ Instabilidade
local
causa
temores.
12
www.acasadoconcurseiro.com.br 1201
Departamentalização
por
Clientes
• Ênfase
nas
necessidades
de
cada
6po
de
cliente:
caracterís6cas
da
pessoa/grupo/empresa
para
quem
o
trabalho
é
executado.
• Indicada
quando
a
organização
atende
a
grupos
de
clientes
com
necessidades
bastante
dis6ntas
(de
acordo
com
idade,
sexo,
nível
socioeconômico,
etc.)
• Estruturação
“de
fora
pra
dentro”.
13
1202 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Departamentalização – Prof. Rafael Ravazolo
Departamentalização
por
Processo
a4vidades
são
agrupadas
de
acordo
com
as
etapas
de
um
• As
processo
–
elos
de
uma
corrente.
• É
u4lizada
quando
o
produto
final
é
tão
complexo
que
se
faz
necessário
fabricá-‐lo
a
par4r
da
divisão
em
processos
menores.
• Estrutura
horizontal
–
coordenação
das
a4vidades.
15
www.acasadoconcurseiro.com.br 1203
Departamentalização
por
Projeto
• Projeto
=
união
de
recursos
por
um
período
específico,
para
realizar
um
trabalho
específico,
sob
a
responsabilidade
de
um
coordenador.
• Indicada
para
produtos/serviços
complexos,
que
envolvem
grandes
concentrações
de
recursos
por
um
determinado
tempo,
que
exigem
tecnologia
sofisDcada,
especialistas
de
diversas
áreas
e
grande
coordenação
das
aDvidades.
‒ É
uma
estrutura
organizacional
flexível;
‒ As
aDvidades
e
as
pessoas
são
temporárias.
17
• Desvantagens:
‒ Isolamento
das
equipes
nos
projetos
–
falta
de
compromisso
com
a
empresa
e
de
comunicação
entre
projetos;
‒ Dificuldades
no
gerenciamento
da
equipe
em
grandes
projetos;
‒ Duplicação
de
esforços/especialistas;
‒ Incertezas
quanto
ao
futuro
quando
acaba
um
projeto.
1204 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Departamentalização – Prof. Rafael Ravazolo
Departamentalização
Matricial
• Sobreposição
de
dois
ou
mais
7pos
de
departamentalização.
• Combina
dois
7pos
de
estrutura:
abordagem
divisional
e
funcional.
‒ Tipo
mais
comum:
funcional
+
projetos.
19
Departamentalização
Matricial
• Surgiu
porque
as
formas
tradicionais
não
eram
eficazes
em
a:vidades
complexas,
envolvendo
várias
áreas
do
conhecimento
e
prazos
restritos.
• Busca
aproveitar
vantagens
e
minimizar
desvantagens
das
estruturas
simples;
• As
unidades
de
trabalho
são
os
projetos,
enquanto
os
órgãos
permanentes
(funcionais)
atuam
como
prestadores
de
serviços;
‒ Alocação
temporária
de
pessoas
nos
projetos.
• Dupla
subordinação:
‒ Balanceada:
autoridade
dividida
‒ Forte
-‐
de
projetos:
maior
autoridade
para
o
gerente
de
projetos
‒ Fraca
-‐
funcional:
maior
autoridade
para
o
gerente
funcional
20
www.acasadoconcurseiro.com.br 1205
Departamentalização
Matricial
21
Departamentalização
Matricial
• Vantagens
‒ Maior
versa7lidade
e
o7mização
dos
recursos
humanos;
‒ Forma
efe7va
para
conseguir
resultados
ou
resolver
problemas
complexos;
‒ Mais
fortemente
orientada
para
resultados;
‒ Maior
grau
de
especialização
nas
a7vidades.
• Desvantagens
‒ Dupla
subordinação:
o Conflito
linha/projeto
–
ambiguidade
de
papéis
das
pessoas.
o Duplicidade
de
autoridade
e
comando.
22
1206 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Departamentalização – Prof. Rafael Ravazolo
Abordagem
Mul.divisional
Departamentalização
Mista
23
www.acasadoconcurseiro.com.br 1207
Administração
Aula XX
CULTURA ORGANIZACIONAL
Sabe-se que as atividades variam de uma organização para outra. Também é notório que
há relações espontâneas que ocorrem em toda atividade humana, sem qualquer objetivo
determinado, consciente ou preciso. O trabalho, por ser uma atividade tipicamente grupal,
engloba essas duas faces das organizações: as relações formais e informais.
A partir dessa abordagem, pode-se concluir que cada organização é um sistema social complexo,
com características próprias, únicas, que são aprendidas e compartilhadas por um grupo de
pessoas. Isso é a Cultura Organizacional.
Todas as organizações desenvolvem uma cultura (sua própria cultura, sua identidade).
O elemento mais simples e mais explícito da cultura, que exemplifica esse processo, é a
linguagem: todos os grupos desenvolvem uma linguagem particular.
Exemplo: estudantes de Administração lidam com palavras como feedback, benchmark,
empowerment. Quem reconhece essas palavras, inconscientemente, está aculturado em
Administração. Para um estudante de Direito, porém, essas palavras podem não ter significado
algum, o que exemplifica o contraste entre as culturas.
As pessoas que integram um grupo nem sempre têm consciência de seus próprios valores
culturais. Para um observador externo, no entanto, alguns desses valores são evidentes.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1209
Importante ressaltar que Cultura Organizacional é um conceito descritivo, ou seja, se refere à
forma como os funcionários percebem as características da organização, e não ao fato de eles
gostarem ou não delas. Isso diferencia o conceito de Cultura do conceito de Satisfação no trabalho
(que é avaliativo).
Principais Definições
Diversos autores pesquisaram e apresentaram suas visões do que é cultura e qual seu impacto nas
organizações.
As teorias podem ser enquadradas em dois grandes grupos (ou visões):
Edgar Schein é um dos autores mais bem conceituados na literatura de cultura organizacional.
Ele acredita que a
“[…] cultura organizacional é o modelo de pressupostos básicos que um
grupo assimilou na medida em que resolveu os seus problemas de adaptação
externa e integração interna e que, por ter sido suficientemente eficaz, foi
considerado válido e repassado (ensinado) aos demais (novos) membros
como a maneira correta de perceber, pensar e sentir em relação àqueles
problemas.”
Ele sugere que a cultura serve para a sobrevivência da organização, uma vez que possibilita
a adaptação ao meio ambiente estratégico e a coordenação das atividades internas. Se a
adaptação for bem sucedida, a tendência será evoluir na mesma direção. Caso contrário, a
tendência será a correção para outra direção.
É necessário, portanto, avaliar se os paradigmas culturais de uma organização apoiam ou
impedem os seus objetivos e estratégias.
Geert Hofstede, outro autor de destaque, conclui que a cultura organizacional
“[...] pode ser definida como a programação coletiva da mente que distingue
os membros de uma organização dos de outra”.
1210 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Cultura Organizacional – Prof. Rafael Ravazolo
Formação e Desenvolvimento
A cultura permeia toda organização, desde o recrutamento e a seleção de candidatos até os
estilos de gestão e as decisões estratégicas.
Ela é uma percepção comum mantida pelos membros da organização e é transmitida através
de seus elementos, que podem ser mais ou menos visíveis, formais ou informais, de acordo
com sua influência sobre os integrantes da instituição.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1211
Criação
Os fundadores são os principais responsáveis pela criação da cultura, pois têm a visão daquilo
que a organização deve ser. Fundadores:
1. Contratam/mantêm funcionários que pensem da mesma forma que eles;
2. Doutrinam e socializam esses funcionários;
3. Agem como modelo que encoraja os funcionários a assimilarem valores e premissas.
Desenvolvimento
São as práticas da organização que visam a manter a cultura viva: histórias (relatos), rituais
(atividades), símbolos (objetos, ações com significados especiais), linguagem (símbolos
verbais), dentre outras formas.
Os líderes, devido ao seu poder, colaboram fortemente na disseminação da cultura.
Outra forma de manter a cultura é a socialização (ou aculturação), definida como o processo
pelo qual os indivíduos aprendem a maneira de ser, de fazer e de agir em uma sociedade, ou
organização. Pode ser dividida em três estágios:
1. Pré-chegada (expectativa e preparação) – é o reconhecimento de que cada indivíduo chega
com um conjunto de valores, atitudes e expectativas.
2. Encontro (ingresso) – o novo membro vê o que a empresa é realmente e confronta a
possibilidade de que as expectativas (sobre o trabalho, os colegas, o chefe e a organização
de maneira geral) e a realidade podem não ser as mesmas.
3. Metamorfose (ajustamento e integração) – ele resolve os possíveis problemas surgidos no
estágio do encontro e as mudanças acontecem para se adaptar aos valores e normas de
seu grupo.
Para Schein, as organizações desenvolvem suas próprias culturas por meio de 3 aspectos:
a) pela manutenção dos elementos da cultura que estão relacionados ao sucesso da
organização;
b) pelo alinhamento das várias subculturas;
c) pela identificação e mudança dos elementos menos funcionais, à medida que as condições
do ambiente externo mudam (dinamismo).
Opções de socialização
•• Formal – diferenciação explícita dos novatos (ex: programas de integração e orientação) ou
Informal – coloca o novato em seu cargo com pouca ou nenhuma atenção especial.
•• Coletiva (processados por um conjunto idêntico de experiências – serviço militar) ou
Individual.
•• Uniforme (fixa – estágios padronizados de transição da etapa de entrante para a etapa de
funcionário) ou variável.
1212 www.acasadoconcurseiro.com.br
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Métodos de Socialização
•• Processo seletivo;
•• Conteúdo do cargo;
•• Supervisor como tutor;
•• Equipe de trabalho;
•• Programa de integração (indução).
Características Gerais
Com base nas definições de diversos autores, pode-se exemplificar as seguintes características:
•• Estabilidade Estrutural – para algo se tornar cultural, além de ser compartilhado com os
integrantes do grupo, precisa ser reconhecido como estável.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1213
•• Profundidade – é a parte inconsciente para o grupo, sendo menos tangível e menos visível
que outros aspectos desse grupo.
•• Largura – é penetrante e influencia todos os aspectos de como a organização procede com
suas atividades, seus vários ambientes e operações internas.
•• Padrão ou Integração – sugere que os rituais, o clima, os valores e os comportamentos
formam um conjunto coerente; esse padrão ou integração é a essência da cultura.
•• Determinada historicamente (pelos fundadores e líderes).
•• Construída socialmente: criada e preservada pelas pessoas da organização.
•• Cada organização forma a sua própria cultura.
•• Não é inata, é aprendida.
•• Não é estática, é dinâmica.
•• Composta por normas formais e informais.
•• Representa a maneira tradicional e costumeira de pensar.
•• Orienta o comportamento das pessoas – padrão(ões).
•• Interfere no desempenho.
•• Difícil de mudar, mas não há acordo sobre o grau de dificuldade.
Importante: não existe a cultura melhor ou pior, a certa ou a errada – é necessário avaliar se a
cultura de uma organização apoia ou impede os seus objetivos e estratégias.
Modelo do Iceberg
Uma das formas de expressar os níveis é pela figura do iceberg: a parte na superfície da água
é facilmente visível; já a parte inferior, oculta sob a água, está fora da visão e depende de um
estudo mais aprofundado para ser identificada.
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Modelo de Schein
Artefatos, Valores compartilhados e Pressuposições básicas são os três níveis definidos por
Schein, que vão desde o muito visível ao muito tácito e invisível.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1215
ções artísticas, modos de vestir, discursos, maneiras de demonstrar emoções, mitos, heróis,
histórias, lemas, cerimônias, padrões de comportamento visíveis, processos organizacionais,
dentre outros.
Interessante saber que, apesar de ser fácil de ser observar, às vezes são difíceis de interpretar
por um observador externo que não conhece o histórico da organização.
Modelo de Hofstede
É composto por quatro elementos.
Os símbolos, heróis e rituais constituem as práticas da
organização, as manifestações visíveis que são resultado
dessa cultura. O núcleo da cultura (que explica as ações) é
formado pelos valores.
1216 www.acasadoconcurseiro.com.br
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Tanto Hofstede como Schein afirmam que há elementos na cultura que só podem ser decifrados
a partir da convivência com os grupos.
•• Símbolos – compreendem as palavras, gestos, ações e objetos que têm significado especial
dentro da organização.
•• Heróis – personagens vivas ou mortas, reais ou imaginárias, revestidas de prestígio na
cultura, frequentemente lembradas e que servem de modelo (positivo ou negativo) de
comportamento para seus membros.
•• Rituais – atividades coletivas, muitas vezes supérfluas do ponto de vista técnico, mas so-
cialmente indispensáveis.
•• Valores – sentimentos raramente discutíveis, quase sempre inconscientes e não direta-
mente observáveis, mas revelados através de comportamentos alternativos.
Modelo de Maximiano
Percebe-se, pelo modelo de Maximiano, que o nível mais externo (facilmente visível) é
composto pelos artefatos, pela linguagem e pelos hábitos comuns das pessoas.
O nível mais profundo (que não se revelam facilmente e são difíceis de analisar) são os valores
e crenças.Os elementos da cultura, segundo o autor, são:
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Modelo de Alves
A cultura, tanto na sociedade quanto na organização, é composta de três dimensões
interdependentes: a material, a psicossocial e a ideológica.
ELEMENTO DESCRIÇÃO
Tudo aquilo que a organização considera importante para preservar,
Valores
realizar e manter a imagem e o sucesso.
Eventos especiais nos quais os membros da organização celebram os
Cerimônias
mitos, heróis e símbolos da empresa .
Atividades cerimoniais destinadas a comunicar ideias específicas ou
Ritos a realizar determinados propósitos (de passagem; de degradação; de
confirmação; de reprodução; para redução de conflitos; de integração).
Rituais Ações regularmente repetidas para reforçar normas e valores culturais.
Relatos de eventos passados que ilustram e transmitem normas e
Histórias / Estórias
valores culturais mais profundos.
Histórias imaginárias usadas para reforçar algumas crenças e que
Mitos ajudam a explicar atividades ou eventos que de outro modo poderiam
ser confusos.
Pessoas de sucesso, frequentemente citadas como exemplo, que
Heróis corporificam os valores e o caráter da organização e de sua cultura.
Pode ser o fundador, um gerente marcante etc.
Objetos, ações, eventos dotados de significados especiais e que
Heróis permitem aos membros, organização trocarem ideias complexas e
mensagens emocionais.
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www.acasadoconcurseiro.com.br 1219
Há também o conceito de contracultura, que é a cultura peculiar de um grupo que se opõe à
cultura mais ampla, contestando seus padrões.
Se as organizações não possuíssem nenhuma cultura dominante e fossem constituídas apenas
de diversas subculturas, a importância da cultura organizacional seria consideravelmente
reduzida, porque não haveria nenhuma interpretação uniforme do que seria um comportamento
adequado ou inadequado. Dessa forma, seria difícil manter a coesão da empresa e o foco nos
objetivos principais.
Geert Hofstede estudou a culturas de países
(nacionais) e culturas organizacionais (de empresas),
acreditando que as duas se relacionam fortemente.
A nacionalidade é o critério possível de classificação
atribuindo-se características coletivas aos cidadãos
de diferentes países e, portanto, utilizado do ponto
de vista prático para o estudo de fatores culturais.
Para Hofstede, no nível nacional as diferenças
culturais residem mais nos valores e menos nas
práticas; no nível organizacional as diferenças
culturais residem mais nas práticas e menos nos
valores.
Vantagens
Uma cultura forte é mais eficaz e tem melhor desempenho que uma cultura fraca, pois:
•• Define fronteiras: diferencia uma organização da outra.
•• Gera um senso de união, uma identidade organizacional: compartilhar normas, valores e
percepções proporciona às pessoas um sentido de união, um compromisso com algo maior
que o interesse individual.
•• Promove a estabilidade organizacional: há uma compreensão clara dos papéis e da maneira
como as coisas são feitas.
•• Tem influencia maior sobre o comportamento dos seus membros: alto controle
comportamental, moldando as atitudes e servindo como uma fonte de significados comuns
para explicar por que as coisas acontecem do modo como acontecem.
1220 www.acasadoconcurseiro.com.br
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Desvantagens
As desvantagens são as chamadas disfunções da cultura, que prejudicam a capacidade de
resolver os problemas de convivência interna e adaptação externa. Nesse caso, a cultura é
considerada um passivo.
Disfunções na cultura organizacional são desvios no comportamento coletivo (degenerações
que muitas vezes não são percebidas pelos membros do grupo).
Elas acontecem quando os valores compartilhados não são aqueles necessários para melhorar
a eficácia da organização, ou seja, quando a cultura diverge das necessidades do ambiente
(interno e externo). Ex.: em um mercado estático, a consistência do comportamento é um valor
positivo. Caso o mercado se torne dinâmico, essa mesma consistência passaria a ser um fator
negativo. Assim, a cultura pode se tornar uma barreira às mudanças, quando não é adequada
para lidar com as novidades em seus ambientes.
A cultura pode se tornar também uma barreira à diversidade, quando padroniza comportamentos
e elimina as distintas experiências que as pessoas podem levar para a organização. Ex.: em
uma cultura forte, os novos funcionários contratados tendem a ser rapidamente socializados,
mesmo que não sejam parecidos com a maioria dos membros da organização.
Outro problema é quando ocorre a institucionalização, ou seja, quando a organização passa a
ser valorizada por si só e não pelos bens e serviços.
Outras possíveis disfunções da cultura organizacional são:
•• dificuldade de entender e processar mudanças ambientais;
•• resistência generalizada à necessidade de mudança interna;
•• dificuldade de aceitar outras culturas e pontos de vista alheios;
•• tendência a subestimar outros grupos, especialmente concorrentes e clientes;
•• uso excessivo de jargão como disfarce de solidez intelectual, prejudicando a
comunicação com outros grupos.
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Outros tipos de cultura
•• Ética: longo prazo, equilibra direitos dos stakeholders, apoio para correr riscos e inovar,
desestímulo à competição.
•• Positiva: enfatiza pontos fortes dos funcionários, recompensa mais que pune, privilegia a
vitalidade e o desenvolvimento pessoal.
•• Espiritualizada: reconhece que as pessoas possuem um uma consciência espiritual, buscam
propósito no trabalho, confiança, respeito e práticas humanistas.
•• Adaptativa: foco na inovação, cuidado com clientes, mudanças, criatividade.
•• Não adaptativa: burocrática, foco no conservadorismo, nas tradições, costumes e valores.
Indicadores (Atributos)
Um indicador é um mecanismo de controle que serve para medir algo (geralmente, um
desempenho).
Pode-se fazer a analogia: da mesma forma que uma régua mede o tamanho de um objeto
(pequeno ou grande), o indicador mede a presença ou ausência de uma característica na
cultura.
Ex: Inovação/Propensão ao risco x Aversão ao
risco, Orientação para os resultados x Orien-
tação para os processos, Orientação para o
ambiente (adaptação) x Orientação interna
(conservadorismo), Foco nas pessoas x Foco
nas atividades, Foco na equipe x Foco no indivíduo, Estabilidade x Crescimento, Universalismo
(das regras) x Particularismo, Coletivismo x Individualismo, Espiritualidade, Pragmatismo etc.
Os indicadores da cultura organizacional permitem identificar a essência da cultura em uma
organização ou, em outras palavras, medem a(s) característica(s) da cultura presente(s) na
organização. Também são chamados de atributos da cultura.
Robbins afirma que há 7 características (indicadores) que capturam a essência da cultura:
1222 www.acasadoconcurseiro.com.br
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Dimensões Nacionais
Medida do grau de aceitação, por aqueles que têm menos
Distância hierárquica (ou do poder) poder nas instituições e organizações de um país, de uma
repartição desigual do poder.
Força dos laços entre os indivíduos, ou seja, se a preocupação
Grau de individualismo ou de
do indivíduo ocorre consigo próprio (individualismo) ou com o
coletivismo
grupo (integração, coesão do grupo).
Serão ditas masculinas, as sociedades onde os papéis são
nitidamente diferenciados (o homem deve ser forte, impor-se
e interessar-se pelo sucesso material, enquanto a mulher deve
Grau de masculinidade ou de
ser mais modesta, terna e preocupada com a qualidade de
feminilidade
vida); são femininas aquelas onde os papéis sociais dos sexos
se sobrepõem (tanto os homens quanto as mulheres devem
ser modestos, ternos e preocupados com a qualidade de vida).
Mede o grau de inquietude dos seus habitantes em situações
Controle da incerteza desconhecidas ou incertas, podendo ser visualizado em forma
de estresse e de necessidade de previsibilidade.
Refere-se ao nível de incentivo proporcionado pela organização
para que as pessoas comportem-se de maneira justa, gentil,
amigável, cuidadosa, generosa, altruísta para com os outros,
Orientação para afiliação ou
buscando a construção de um ambiente de trabalho fraterno,
humanista
em que todos se relacionem bem, como em uma grande
família, onde há proteção aos mais fracos e onde as decisões
agradem a todos os envolvidos.
Grau em que se incentiva, reconhece, premia os seus membros
Orientação para a realização ou por esforços ou resultados voltados para a qualidade,
desempenho desenvolvimento, cumprimento de metas, excelência,
realizações.
A orientação para o longo prazo é mais dinâmica e possui uma
atitude pró-ativa que impulsiona as mudanças com base nos
objetivos e na mobilização dos recursos. A orientação para o
Orientação a longo prazo curto prazo é mais estática e representa uma atitude reativa e
deseja preservar a estabilidade, manter o status quo (solidez,
respeito pela tradição e reciprocidade de favores, oferendas e
gentilezas etc.).
Nível existente na organização entre a passividade e a
agressividade nas relações entre os indivíduos, na adoção de
Assertividade
comportamentos decisivos, de defesa da própria opinião, na
prática de se abordar os assuntos de forma direta.
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Existem dezenas de indicadores, os mais comuns são:
1. Inovação/Propensão ao risco: grau em que as pessoas são incentivadas a inovar, a aceitar
desafios. As culturas inovativas são orientadas para incerteza (ambientes instáveis),
possuem alta tolerância à ambiguidade e incentivam as pessoas a preferirem os desafios,
os riscos, as mudanças e as situações de resultados duvidosos. Geralmente, organizações
com essa cultura possuem estrutura orgânica (cujas relações dinâmicas e altamente
interdependentes se assemelham aos organismos vivos, como por exemplo a relação entre
as células do corpo) e descentralizada, com foco nos sistemas abertos (interação com o
ambiente externo). Por outro lado, as culturas orientadas para a certeza (mecanicista) são
pouco tolerantes à ambiguidade e fazem as pessoas preferirem a acomodação, a rotina
e as situações estruturadas. É uma cultura com pouca capacidade de adaptação, pois o
comportamento das pessoas é mecânico, cada uma possui tarefas especializadas e a
hierarquia e o controle são valorizados.
2. Atenção aos detalhes: o grau em que se espera que os funcionários demonstrem precisão,
análise e atenção aos detalhes no trabalho.
4. Foco nas pessoas: o grau em que as decisões levam em consideração o efeito dos resultados
sobre as pessoas dentro da organização.
5. Foco na equipe: o grau em que as atividades de trabalho em equipe são organizadas mais
em termos de equipes do que de indivíduos.
9. Universalismo: mede até que ponto as regras são inflexíveis e permanentes, ou então se
podem ser mudadas para se ajustar a situações particulares (particularismo).
10. Orientação para o ambiente (adaptação): as culturas adaptativas (orientadas pra fora,
sistemas abertos) preocupam-se seriamente com os clientes, acionistas e empregados. As
culturas não adaptativas (orientadas para dentro) preocupam-se principalmente consigo
mesmas, ou com algum produto ou tecnologia mais familiar.
11. Coletivismo: verifica se as pessoas já estão bem socializadas com a cultura e se há sinergia
no grupo, ou seja, se há confiança mútua entre os membros, foco no bem coletivo e nos
objetivos organizacionais. Nesse tipo de cultura, a principal forma de controle é a externa
(clientes, sociedade etc.). O inverso da cultura coletivista é a individualista, na qual há
desconfiança entre as pessoas, pouca solidariedade e baixa interação no trabalho. Nessas
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12. Conservadorismo: grau de rigidez, caracterizado pelo apego à tradição, alto controle e uso
de processos corretivos e negativos (punições etc.).
13. Identidade: grau de identidade das pessoas com a organização como um todo, mais do que
com seu grupo imediato ou colegas de profissão.
15. Espiritualidade: (não tem a ver com práticas religiosas) esse indicador reconhece que as
pessoas possuem uma consciência espiritual e necessidade de trabalho significativo. Uma
cultura espiritualizada, portanto, apoia o trabalho que tenha um forte sentido de propósito
(que dê inspiração), que gere confiança e respeito mútuo entre as pessoas e que seja
baseado em práticas humanistas (horários flexíveis, recompensas coletivas, autonomia
etc.).
16. Pragmatismo: foco no mercado, nas necessidades dos clientes. Na cultura pragmática os
resultados são mais importantes que os procedimentos. O inverso é a cultura normativa:
preocupação acentuada com o cumprimento correto dos procedimentos organizacionais,
meios (processos) são considerados mais importantes que os resultados.
Aplicação
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Os pesquisadores estão começando a acreditar que os elementos lógicos da cultura em
um ambiente altamente competitivo podem exercer uma influência ainda maior sobre o
desempenho e os resultados que os aspectos físicos das estruturas, sistemas e estratégias
organizacionais. Em outras palavras, a cultura corporativa pode ter um impacto significativo
sobre o desempenho econômico de longo prazo de uma empresa.
Mudanças
A cultura é difícil de mudar porque, além de ser estável, ela representa o aprendizado
acumulado de um grupo, bem como as formas de pensar, de sentir e, principalmente, o seu
sucesso.
As certezas culturais são compartilhadas e, para mudá-las, há que se pedir ao grupo inteiro que
mude essas certezas.
As culturas só mudam no médio e no longo prazo, pois demoram muito para sofrer modificações
por conta de seu caráter profundamente arraigado nas pessoas. Além disso, mesmo mudando,
há uma tendência de que a cultura mantenha a sua “personalidade”, que são os seus traços e
valores mais profundos.
Os processos de mudança precisam começar por meio de ações educacionais que exigem gasto
de tempo e energia.
Schein enfatiza que durante um processo de mudança o indivíduo pode sentir-se ansioso por
sobreviver ou culpado, o que gera a necessidade de abandonar alguns velhos hábitos e formas
de pensar para aprender outros. A ansiedade do aprendizado é a combinação de vários medos,
como exemplos, o medo da incompetência temporária, medo de ser punido pela incompetência,
medo de perder a identidade pessoal, medo de deixar de ser membro do grupo.
Enquanto a ansiedade oriunda do aprendizado estiver alta, haverá resistência ou criação de
desculpas para não iniciar o processo de aprendizado transformador, podendo ser observados
estágios:
a) Negação – não acredita que a mudança seja válida.
b) Indicação de um bode expiatório – jogando o problema para outro membro e se negando a
aceitar (outras pessoas devem mudar antes dele).
c) Manobrar e negociar – requer uma compensação especial pelo esforço de mudar.
Segundo o autor, para criar a segurança psicológica, é necessário seguir etapas que devem ser
realizadas de maneira simultânea. O gestor da mudança deve estar preparado para realizá-las.
São elas:
•• Criação de uma visão positiva – a liderança deve acreditar que, com essa mudança, os
indivíduos e a organização estarão em melhor situação.
•• Aplicação de treinamento formal – necessária, para que os indivíduos aprendam novas
maneiras de pensar, novas atitudes e novas habilidades.
•• Envolvimento do aprendiz – cada indivíduo deve desenvolver sua própria metodologia de
aprendizado.
1226 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Cultura Organizacional – Prof. Rafael Ravazolo
www.acasadoconcurseiro.com.br 1227
Slides - Cultura Organizacional
Cultura
Organizacional
• Questões
mais
comuns:
‒ Definições/Conceitos
‒ Caracterís:cas
gerais
‒ Formação
e
desenvolvimento
‒ Componentes
-‐
Elementos
e
Níveis
‒ Tipos,
Modelos
e
Indicadores
‒ Aplicação
‒ Mudanças
‒ Clima
(quando
está
expresso
no
edital)
1
O
que
é
Cultura?
ü Por
que
você
fala
e
se
comporta
dessa
forma?
o Alguém
nasce
falando
português?
Inglês?
Russo?
o E
falando
tchê,
bah,
rapariga,
tá
com
a
molésBa,
aperreado,
trem,
mina,
cara,
merrmão?
o Alguém
nasce
dançando
samba,
funk,
forró,
mambo,
polca?
ü Se
você
fosse
criado
por
outra
família,
em
outro
lugar
do
país,
o
que
seria
diferente
em
você?
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Administração – Cultura Organizacional – Prof. Rafael Ravazolo
O
que
é
Cultura?
• Conclusão
1:
cultura
não
é
inata,
não
é
gené7ca,
não
é
individual;
‒ Cultura
é
aprendida
e
compar1lhada
socialmente.
• Conclusão
2:
você
não
percebe,
mas
ela
influencia
sua
vida.
‒ É
uma
força
poderosa,
tácita
e
inconsciente
que
determina
o
comportamento
das
pessoas;
a
forma
de
perceber
as
coisas;
os
padrões
de
pensamento;
os
valores
e
as
crenças.
Cultura
• Choque
cultural:
re.rar
uma
pessoa
do
meio
cultural
ao
qual
está
acostumada
para
viver
em
um
outro,
com
valores,
hábitos,
tradições,
formas
de
pensar
e
agir
diferentes.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1229
Cultura
ü Por
que
existem
diferentes
culturas?
• Cada
grupo
de
pessoas
deve
aprender:
1. a
lidar
com
o
ambiente
(adaptação);
2. a
conviver
(relacionamento).
•
A
longo
do
tempo:
aquilo
que
funciona
é
ressaltado;
aquilo
que
dá
errado
é
excluído;
algumas
caracterísFcas
marcam
o
grupo.
O
somatório
desses
fatores
cria
a
• Exemplo:
um
grupo
de
amigos
que
cIden%dade
do
G
onvive
bastante
rupo!
certos
desenvolve
comportamentos
comuns
(linguagem,
roupas,
aFtudes,
etc.)
O que é Cultura?
• Conclusão
3:
cultura
é
fruto
da
adaptação
ao
ambiente
e
do
convívio
do
grupo.
‒ Cultura
é
criada
e
determinada
historicamente.
1230 www.acasadoconcurseiro.com.br
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‒ Professor!?!?!?!?!?!?
Não
entendi
essa
história
de
“Valores,
crenças,
idenAdade”
nem
essas
“CaracterísAcas
próprias,
únicas,
que
são
aprendidas
e
comparAlhadas
por
um
grupo.”
7
www.acasadoconcurseiro.com.br 1231
Cultura
nas
Organizações
Organizações
são
grupos
de
pessoas
com:
• Tamanhos,
estruturas,
obje=vos
e
caracterís=cas
próprias;
• Elementos
formais
X
informais;
10
1232 www.acasadoconcurseiro.com.br
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www.acasadoconcurseiro.com.br 1233
Cultura
Organizacional
-‐
Definições
É
uma
variável,
algo
que
a
organização
tem.
Duas
visões
sobre
a
Cultura
É
uma
metáfora,
aquilo
que
a
organização
é.
Edgar
Schein
• Premissa
de
Schein:
todo
grupo
social
precisa
resolver
dois
problemas
principais
-‐
convivência
de
seus
integrantes
e
adaptação
ao
mundo
exterior.
“Modelo
(padrão)
de
pressupostos
compar3lhados,
que
um
grupo
assimilou
na
medida
em
que
resolveu
os
seus
problemas
de
adaptação
externa
e
integração
interna
e
que,
por
ter
sido
suficientemente
eficaz,
foi
considerado
válido
e
repassado
(ensinado)
aos
demais
membros
(novatos)
como
a
maneira
correta
de
perceber,
pensar
e
sen3r
em
relação
àqueles
problemas.”
14
1234 www.acasadoconcurseiro.com.br
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www.acasadoconcurseiro.com.br 1235
Geert
Hofstede
• Premissas
de
Hofstede:
‒ Há
um
padrão
de
crenças
e
valores
compar<lhados
que
ajuda
os
indivíduos
a
compreender
o
funcionamento
organizacional.
‒ Esse
padrão
proporciona
aos
membros
certas
normas
de
comportamento
a
serem
seguidas.
‒ A
cultura
é
manifestada
por
meio
de
símbolos,
heróis
e
rituais.
Outros
autores
• Repertório
de
experiências,
conhecimentos
e
valores
que
se
desenvolvem
e
que
são
transmi9dos
aos
novos
integrantes.
• Conjunto
de
valores,
crenças
e
padrões
de
comportamento
que
formam
o
núcleo
de
iden9dade
de
uma
organização.
• As
regras
do
jogo
que
o
novato
deve
aprender
para
fazer
parte
do
grupo.
• Maneira
costumeira
ou
tradicional
de
pensar
e
fazer
as
coisas,
que
é
par9lhada
em
grande
extensão
por
todos
os
membros
da
organização
e
que
os
novos
membros
devem
aprender
e
aceitar
para
serem
aceitos
no
serviço
da
firma.
• Normas
informais
e
não
escritas
que
orientam
o
comportamento
dos
membros
de
uma
organização
no
dia
a
dia
e
que
direcionam
suas
ações
para
o
alcance
dos
obje9vos
organizacionais.
18
1236 www.acasadoconcurseiro.com.br
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Outros
autores
• Conjunto
de
fenômenos
resultantes
da
ação
humana,
visualizada
dentro
das
fronteiras
de
um
sistema,
sendo
composta
de
três
elementos:
a
tecnologia,
os
preceitos
e
o
caráter.
‒ Tecnologia
é
o
conjunto
de
instrumentos
e
processos
uDlizados
no
trabalho
organizacional,
inclusive
em
suas
relações
com
o
ambiente
externo,
incluindo-‐se
aí:
máquinas,
equipamentos,
divisão
de
tarefas,
estrutura
de
funções,
leiaute,
racionalização
do
trabalho,
recursos
materiais,
cronogramas,
redes
de
comunicações,
linguagem
etc.;
‒ Preceitos
são
os
regulamentos
e
valores,
explícitos
e
implícitos,
que
regem
a
vida
organizacional,
incluindo-‐se
aí:
políDca
administraDva,
costumes
sociais,
esDlos
de
gerência,
rituais,
cerimônias,
tabus,
tradições,
dogmas,
padrões
de
conduta
esperada
etc.;
‒ Caráter
é
o
conjunto
das
manifestações
espontâneas
dos
indivíduos
que
compõem
a
organização:
alegria,
agressividade,
medo,
tensão,
entusiasmo,
carinho,
apaDa,
etc.
19
Formação
e
Desenvolvimento
• Fábula
dos
Macacos
20
www.acasadoconcurseiro.com.br 1237
Formação
e
Desenvolvimento
• Criação:
Formação
e
Desenvolvimento
• Desenvolvimento:
‒ A
cultura
é
transmi7da
por
meio
de
prá7cas:
o histórias
(relatos),
rituais
(a7vidades),
símbolos
(objetos
com
significado),
linguagem
(símbolos
verbais),
etc.
1238 www.acasadoconcurseiro.com.br
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Formação
e
Desenvolvimento
• Opções
de
Socialização:
‒ Formal
-‐
diferenciação
explícita
dos
novatos.
‒ Cole=va
(serviço
militar)
ou
Individual.
‒ Uniforme
(fixa
-‐
estágios
padronizados
de
transição)
ou
variável.
‒ Seriada
(papéis
de
encorajamento
-‐
tutoria)
ou
randômica
(aleatória
-‐
livre).
‒ Reforço
(inves=dura
–
reforça
aquilo
que
é
desejável)
ou
eliminação
(despojamento
–
neutraliza
aquilo
que
é
indesejável).
• Métodos
de
Socialização:
‒ Processo
sele=vo
‒ Conteúdo
do
cargo
‒ Supervisor
como
tutor
‒ Equipe
de
trabalho
‒ Programa
de
integração
(indução)
23
www.acasadoconcurseiro.com.br 1239
Componentes
(Elementos)
e
Níveis
• Níveis
(Camadas)
=
grau
de
visibilidade
‒ Facilidade
de
percepção
de
um
elemento
cultural.
Iceberg
• externo
(visível
-‐
formal):
aspectos
operacionais
e
de
tarefa,
missão,
visão,
obje;vos,
polí;cas,
regras,
cargos,
estrutura,
organograma,
tecnologia,
etc.
26
1240 www.acasadoconcurseiro.com.br
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Edgar
Schein
• Três
níveis:
Artefatos
Estruturas
e
processos
visíveis
(fáceis
de
ver,
mas
di;ceis
de
interpretar)
Valores
compar6lhados
Estratégias,
obje@vos,
filosofias
(jus@fica@vas
compar@lhadas,
processos
conscientes)
Pressupostos
Básicos
(Essência)
Inconsciente:
fonte
de
valores
e
ações;
Crenças,
percepções,
pensamentos
e
sen@mentos
tomados
como
verdades.
27
Elementos
e
Níveis
• Elementos
de
Schein:
‒ Co5diano
do
comportamento
observável
-‐
interações,
linguagem,
gestos,
ro5nas
comuns;
‒ Normas
ou
regras
que
envolvem
os
grupos
e
seus
comportamentos
nos
momentos
informais
de
lazer,
refeições
etc.;
‒ Valores
dominantes
defendidos
pela
organização;
‒ Filosofia
administra5va
que
orienta
as
polí5cas;
‒ Regras
do
jogo
-‐
como
as
coisas
funcionam;
‒ Clima
organizacional
-‐
sen5mentos
das
pessoas,
as
formas
como
interagem
entre
si
e
frente
aos
clientes
ou
elementos
externos
à
organização.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1241
Geert
Hofstede
• Modelo
da
cebola:
Símbolos
–
objetos,
imagens,
gestos
ou
palavras
que
têm
significado
especial
dentro
4
camadas
da
cultura
–
reconhecidos
por
aqueles
que
Símbolos
comparBlham
a
cultura.
Heróis
–
pessoas
vivas
ou
mortas,
reais
ou
imaginárias,
revesBdas
de
presEgio
na
cultura
eis
sív as
Heróis
)
(vi rá8c
Rituais
Rituais
–
aBvidades
coleBvas,
muitas
vezes
Valores
supérfluas
do
ponto
de
vista
técnico,
mas
(invisíveis)
socialmente
essenciais.
Valores
–
senBmentos
quase
sempre
inconscientes;
tendências
gerais
para
preferir
certos
“estados
de
coisas”
em
vez
de
outros.
29
Maximiano
1
-‐
Artefatos:
componentes
mais
visíveis
-‐
arquitetura,
veículos,
roupas,
produtos
etc.
2
–
Tecnologia:
repertório
de
conhecimentos
uJlizados
pelas
pessoas
e
organizações
para
resolver
problemas.
3
–
Símbolos:
objetos
e
comportamentos
com
significados
-‐
cerimônias,
rituais,
histórias,
mitos,
imagens,
hábitos,
linguagem,
arquitetura,
vestuário,
etc.
4
–
Valores:
estão
no
ínJmo
da
cultura
organizacional
-‐
crenças,
preconceitos,
ideologia,
aJtudes
e
julgamentos
comparJlhados
nas
organizações.
1242 www.acasadoconcurseiro.com.br
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Sérgio
Alves
• Três
dimensões
interdependentes
Material
relação
das
pessoas
com
o
ambiente
2sico
–
estrutura
da
organização,
trabalho,
recursos,
materiais
e
tecnologia
Psicossocial
Ideológica
relações
das
pessoas
entre
si,
relações
das
pessoas
com
os
abrangendo
a
estrutura
valores,
normas,
filosofia,
funcional
e
de
poder,
por
arte
e
outros
elementos
meio
das
relações
formais
e
afins,
sejam
evidentes,
sejam
das
informais
não
manifestos
31
• Schein:
3
níveis
‒ Pressupostos
(tácitos)
–
aquilo
que
é
<do
como
verdadeiro;
inconsciente.
‒ Valores
–
aquilo
que
é
considerado
importante
para
se
a<ngir
o
sucesso;
jus<fica<vas.
‒ Artefatos
–
o
que
você
vê,
ouve
e
sente
quando
entra
em
um
lugar.
• Hofstede:
4
níveis
(cebola)
‒ Símbolos
–
qualquer
objeto,
imagem,
gesto
ou
palavra
que
possui
um
significado
‒ Heróis
–
personagens
que
marcaram
a
história;
personificam
os
valores
da
cultura.
‒ Rituais
–
collec<ve
ac<vi<es
considered
as
socially
essen<al;
‒ Valores
–
coração
da
cultura;
tendências
a
preferir
certos
“estados
de
coisas”.
• Iceberg:
2
níveis
=
Formal
(visível)
X
Informal
(invisível)
• Alves:
3
dimensões
interdependentes
=
material,
ideológica
e
psicossocial.
• Linguagem:
elemento
mais
simples
e
mais
explícito
da
cultura;
• Comunicação:
troca
de
informações
(formal
ou
informal);
• Tabus:
proibições;
• Normas:
padrões
e
regras
de
conduta
(formal
e
informal);
• Histórias
e
Mitos
–
“contos”
que
você
ouve
a
respeito
de
fatos
–
reais
ou
não;
• Ritos,
rituais
e
cerimônias
–
eventos
que
ocorrem
dentro
da
organização;
‒ Ritos:
rela<vamente
elaborado,
dramá<co
-‐
passagem,
degradação,
reforço,
renovação,
integração.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1243
Cultura
Dominante,
Subculturas
e
Contracultura
*Níveis
-‐
Hofstede
• Fraca
-‐
heterogênea
-‐
há
poucos
(ou
não
há)
valores
essenciais
compar9lhados.
‒ Não
há
interpretação
uniforme
do
que
seria
um
comportamento
adequado
ou
inadequado.
Dessa
forma,
é
diHcil
manter
a
coesão
da
empresa
e
o
foco
nos
obje9vos
principais.
1244 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Cultura Organizacional – Prof. Rafael Ravazolo
www.acasadoconcurseiro.com.br 1245
Tipos
de
Cultura
(Robbins)
• É"ca:
longo
prazo,
equilibra
direitos
dos
stakeholders,
apoio
para
correr
riscos
e
inovar,
deses?mulo
à
compeBção.
• Posi"va:
enfaBza
pontos
fortes
dos
funcionários,
recompensa
mais
que
pune,
privilegia
a
vitalidade
e
o
desenvolvimento
pessoal.
• Espiritualizada:
reconhece
que
as
pessoas
possuem
um
uma
consciência
espiritual,
buscam
propósito
no
trabalho,
confiança,
respeito
e
práBcas
humanistas.
• Adapta"va:
foco
na
inovação,
cuidado
com
clientes,
mudanças,
criaBvidade.
• Não
adapta"va:
burocráBca,
foco
no
conservadorismo,
nas
tradições,
costumes
e
valores.
37
1246 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Cultura Organizacional – Prof. Rafael Ravazolo
Mudanças
• A
cultura
é
di0cil
de
mudar
-‐
representa
o
aprendizado
acumulado
de
um
grupo,
bem
como
as
formas
de
pensar
e
de
sen;r;
• Mudanças
a
médio
e
longo
prazo;
• Tendência
de
que
a
cultura
mantenha
a
sua
personalidade
-‐
seus
traços
e
valores
mais
profundos.
• Estágios
da
Resistência:
‒ Negação
‒ Indicação
de
um
bode
expiatório
‒ Manobra
e
negociação
www.acasadoconcurseiro.com.br 1247
Gestão de Pessoas
MOTIVAÇÃO
Secundárias
(de
nível
superior)
Autorrealização
Estima
Necessidades
Sociais
Segurança
Primárias
(nível
inferior)
Fisiológicas
2
www.acasadoconcurseiro.com.br 1249
Hierarquia das Necessidades – Maslow
• Contexto
do
trabalho/cargo
=
salário,
• O
trabalho
em
si
=
conteúdo
do
cargo
beneBcios,
8po
de
chefia
ou
e
natureza
das
tarefas
=
sen8mentos
supervisão,
condições
Bsicas
e
de
crescimento
individual,
ambientais
de
trabalho,
polí8cas
e
reconhecimento,
autorrealização,
diretrizes,
etc.
autonomia,
responsabilidade,
etc.
Presença de Ausência de
Fatores Fatores
Motivacionais Motivacionais
NÃO
SATISFAÇÃO SATISFAÇÃO
NÃO INSATISFAÇÃO
INSATISFAÇÃO
Presença de Ausência de
Fatores Fatores
Higiênicos Higiênicos
1250 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração
Aula XX
LIDERANÇA
1. as motivações dos liderados – ela é legitimada pelo atendimento das expectativas do grupo
de liderados;
2. a tarefa ou missão – o que liga o líder aos seguidores é uma tarefa ou missão. Sem missão,
não há liderança; apenas influência ou popularidade;
www.acasadoconcurseiro.com.br 1251
Poderes, Atividades, Habilidades e Papéis dos Líderes
Poderes
Segundo French e Raven, existem cinco tipos de poder que um líder pode possuir:
•• Legítimo: autoridade formal, poder do cargo ocupado;
•• Coerção: poder de punição, temor;
•• Recompensa: poder de recompensar as atitudes, baseado nas necessidades;
•• Referência: carisma, identificação com o líder;
•• Perito ou Conhecimento: baseado na competência técnica, especialidade, aptidão.
Papéis (Mintzberg)
Henry Mintzberg criou uma classificação dos dez papéis dos gestores, dividindo-os em três
categorias:
1252 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Liderança – Prof. Rafael Ravazolo
2. Papéis de informação:
a) Monitor – receber e lidar com informações de diversas fontes.
b) Disseminador – transferência de informações de fora (ambiente) para dentro da organização
e também entre pessoas e áreas.
c) Porta-voz – transmissão de informações para fora (ambiente).
3. Papéis de decisão:
a) Empreendedor (entrepreneur) – iniciador e planejador de mudanças.
b) Solucionador de problemas – gerenciador de turbulências e de distúrbios.
c) Negociador – com pessoas ou outras organizações.
d) Administrador (alocador) de recursos – tempo, pessoas, materiais etc.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1253
estratégias. Criatividade, planejamento, raciocínio abstrato e entendimento do contexto são
manifestações da habilidade conceitual.
A figura mostra que todos os gestores da organização devem ser, em certo sentido, gestores de
pessoas.
Henry Mintzberg também definiu algumas habilidades, associando-as diretamente aos
papéis gerenciais que criou: relacionamento com colegas; liderança; resolução de conflitos;
processamento de informações; tomar decisões em condições de ambiguidade; alocação de
recursos; empreendedor; capacidade de introspecção.
Teorias
As teorias relevam diferentes abordagens sobre o tema Liderança. Há três abordagens mais
comuns:
1254 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Liderança – Prof. Rafael Ravazolo
Teoria X e Y (McGregor)
É considerada, por alguns, uma teoria de liderança, por outros, uma teoria de motivação.
Douglas McGregor pôs em evidência a filosofia do gestor sobre a natureza humana e a sua
relação com a motivação dos subordinados.
Os gestores tendem a desenvolver um conjunto de crenças ou ideias sobre os empregados, as
quais podem ser divididas em dois grupos, com visões antagônicas – a Teoria X e a Teoria Y.
•• De acordo com os pressupostos da Teoria X, as pessoas: são preguiçosas e indolentes;
evitam o trabalho; evitam a responsabilidade para se sentirem mais seguras; precisam ser
controladas e dirigidas; são ingênuas e sem iniciativa.
Se o gestor tem essa visão negativa das pessoas, ele tende a ser mais controlador e repressor, a
tratar os subordinados de modo mais rígido, a ser autocrático, a não delegar responsabilidades.
•• Nas pressuposições da Teoria Y, o trabalho é uma atividade tão natural como brincar ou
descansar, portanto, as pessoas: são esforçadas e gostam de ter o que fazer; procuram
e aceitam responsabilidades e desafios; podem ser automotivadas e autodirigidas; são
criativas e competentes.
Como o gestor acredita no potencial dos funcionários, ele incentiva a participação, delega
poderes e cria um ambiente mais democrático e empreendedor.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1255
A pesquisa verificou que: grupos submetidos à liderança autocrática apresentaram maior
volume de trabalho, mas também maior tensão, frustração e agressividade. Sob liderança
democrática, o nível de produção foi menor, porém com maior qualidade, satisfação e
comprometimento das pessoas. Sob liderança liberal, houve mau desempenho qualitativo e
quantitativo, com forte individualismo, insatisfação e desrespeito ao líder.
•• Líder orientado para o Funcionário: mais voltado para os aspectos humanos do trabalho,
com foco no relacionamento interpessoal e num ambiente de trabalho que proporcione o
desenvolvimento eficaz da equipe.
Os resultados da pesquisa foram favoráveis aos líderes orientados para os funcionários. Este
tipo de liderança obteve índices maiores de produtividade e de satisfação com o trabalho.
Likert também analisou quatro fatores da administração (processo de decisão, comunicações,
relacionamento interpessoal e sistemas de recompensas e punições) e, com base nos
resultados, definiu uma escala com quatro estilos de liderança:
1256 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Liderança – Prof. Rafael Ravazolo
www.acasadoconcurseiro.com.br 1257
Visão Bidimensional – Grade Gerencial (Blake e Mouton)
A origem deste trabalho teve como base as pesquisas realizadas pelas Universidades de Ohio e
Michigan, que demonstravam duas dimensões do comportamento do líder que eram
considerados estilos opostos (foco nas pessoas X foco nas tarefas). Porém, com o
desenvolvimento das pesquisas sobre a liderança, verificou-se que as tarefas e as pessoas não
são polos opostos, mas limites (dimensões) de um mesmo território: o líder pode combinar os
dois estilos em seu comportamento, ou enfatizá-los simultaneamente, podendo ser eficaz ou
ineficaz tanto na dimensão da tarefa quanto na dimensão das pessoas.
Blake e Mouton desenvolveram a ideia da
Grade Gerencial (managerial grid, ou grade
da liderança) de acordo com esse modelo
explicativo de liderança. A grade gerencial
pressupõe que o administrador está sempre
voltado para dois assuntos: tarefa (a produção,
os resultados dos esforços) e pessoas (colegas e/
ou subordinados).
A grade é um diagrama que apresenta uma
variável relacionada à produção (eixo x), e
outra variável relacionada às pessoas (eixo
y), com intervalos ordenados de 1 a 9 (1 é a
menor intensidade; 9 a maior; 5 é um grau intermediário). A matriz bidimensional comporta
81 posições (nove por nove) ao longo da qual estão distribuídos os tipos de gerenciamento
identificados pelos pesquisadores.
1258 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Liderança – Prof. Rafael Ravazolo
Teorias Situacionais
O verdadeiro líder é aquele que é capaz de se ajustar a um grupo particular de pessoas sob
condições extremamente variadas (contextos, ambientes, tarefas, objetivos, etc.).
Obs: alguns autores consideram esta teoria dentro da abordagem Comportamental, outros,
dentro da abordagem Contingencial.
Para criar este modelo, os autores se basearam no pressuposto de que a escolha de um estilo
de liderança eficaz está intimamente ligada a três fatores: forças no líder (sua experiência,
personalidade e conhecimento); forças nos subordinados (sua responsabilidade, educação e
habilidades); e forças na situação (a organização, a complexidade do ambiente e as situações
gerais).
Os líderes de sucesso seriam aqueles que conseguem colocar em evidencia as forças que são
mais importantes para o seu comportamento no momento adequado, bem como manter uma
boa interação com os subordinados, a organização e as pressões do ambiente.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1259
Tannenbaum e Schmidt criaram um continuum de liderança (uma espécie de régua) que
consiste em uma faixa composta de sete atitudes possíveis para um gerente.
As atitudes de um líder variam
conforme a situação. No
extremo esquerdo da régua, o
administrador (ou líder) toma as
decisões e apenas as anuncia; no
extremo direito, o administrador
toma decisões em acordo com os
subordinados.
Este Continuum de Comporta-
mento de Liderança (ou do Admi-
nistrador), portanto, estabelece
sete estilos que a liderança pode
seguir, de acordo com o grau de
centralização ou descentralização de poder decisório nas mãos do líder.
Modelo de Fiedler
O desempenho eficaz do grupo depende da combinação apropriada entre o estilo de interagir
do líder com seus subordinados e o grau em que a situação dá controle e poder de influência
ao líder.
Fiedler dividiu seu modelo em 3 etapas:
1260 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Liderança – Prof. Rafael Ravazolo
Esta etapa está baseada na suposição do autor de que o estilo de liderança de cada pessoa é
único.
2. Definindo a situação: de acordo com o autor, três fatores situacionais chave determinam a
eficácia da liderança:
c) Poder da posição: o grau de influência que o líder tem sobre as variáveis de poder como
contratações, demissões, atos disciplinadores, promoções e aumentos de salário.
Cada uma destas variáveis recebe uma avaliação (boa/má, alto/baixo e forte/fraco
respectivamente), gerando 8 combinações.
Pesquisas realizadas identificaram os líderes orientados para a tarefa como tendo um melhor
desempenho em situações muito favoráveis ou muito desfavoráveis. Líderes orientados para
relacionamentos se saíam melhor em situações moderadamente favoráveis.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1261
Modelo de Hersey & Blanchard
O modelo faz uma relação entre a maturidade do funcionário e a necessidade de ação por
parte do líder. O sucesso da liderança é alcançado por meio da escolha do estilo adequado, o
qual depende do nível de maturidade (prontidão) do funcionário.
A maturidade é definida como o desejo de realização, a vontade de aceitar responsabilidade e a
capacidade/experiência relacionada ao trabalho dos subordinados.
Hersey e Blanchard identificaram quatro estilos ou formas de liderança, caracterizados pela
representação da letra “E” e por palavras-chave: determinar (comando), persuadir (venda),
compartilhar (participação) e delegar. Esses estilos fazem correspondência com o nível de
maturidade dos subordinados, que variam do nível de pouca maturidade (M1), ao nível em que
os subordinados são capazes de assumir responsabilidades (M4).
A imaturidade (M1) deve ser gerenciada por meio do uso forte da autoridade e do foco nas
tarefas, com pouca ênfase no relacionamento (dar ordens - E1).
1262 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Liderança – Prof. Rafael Ravazolo
Teoria 3D (Reddin)
Os modelos bidimensionais não vinham explicando a contento o processo de liderança. Alguns
pesquisadores, então, passaram a acrescentar uma terceira dimensão, ou variável de análise do
comportamento. A teoria de Reddin, ou da Eficácia Gerencial, tem esse nome justamente por
acrescentar uma 3ª dimensão, a Eficácia.
Segundo o autor, a principal função do administrador é ser eficaz (ou seja, atingir os resultados).
O administrador deve ser eficaz em uma variedade de situações e a sua eficácia poder ser
medida na proporção em que ele é capaz de transformar o seu estilo de maneira apropriada,
em situação de mudança.
As três habilidades gerencias básicas são:
•• Sensitividade situacional - É a habilidade para diagnosticar as situações e as forças que
jogam na situação.
•• Flexibilidade de estilo - É habilidade de se adequar às forças em jogo, devidamente
analisadas e diagnosticadas.
•• Destreza de gerência situacional - É a habilidade de gestão situacional, ou seja, a capacidade
de modificar a situação que deve ser modificada.
O modelo de Reddin parte dos dois elementos (Orientação para Tarefa e Orientação para
Relacionamentos) para definir quatro estilos gerenciais básicos:
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Não há um estilo ideal. Cada situação requer uma estratégia própria. O gerente deve modificar
seu estilo em conformidade com a exigência da situação, de forma a ser eficaz. Percebe-se,
portanto, que a Teoria 3D não dá uma direção (não propõe um estilo ideal), ela apenas ressalta
que o gerente deve buscar a eficácia.
Os quatro estilos básicos têm um equivalente mais eficaz e outro menos eficaz, dando lugar a
oito estilos gerenciais.
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Robert House defende que o líder eficaz deve esclarecer o caminho dos seguidores em direção
aos objetivos de trabalho, tornando essa jornada mais fácil ao reduzir os obstáculos e barreiras.
A responsabilidade do líder é aumentar a motivação dos funcionários para atingir objetivos
individuais e organizacionais.
Os líderes são flexíveis e podem assumir quatro comportamentos distintos, conforme o tipo de
situação:
•• Apoiador (suportivo): atento às necessidades dos subordinados - é amigável e acessível;
•• Diretivo: dá a direção - organiza o trabalho e fornece instruções sobre a execução;
•• Participativo: utiliza as sugestões dos subordinados em suas decisões;
•• Orientado para realizações (conquistas): apresenta metas desafiadoras para que os
subordinados ofereçam o melhor desempenho possível.
A teoria relaciona os quatro tipos de comportamentos dos líderes com dois fatores
contingenciais (características ambientais e dos funcionários), conforme figura a seguir.
Antes de adotar uma atitude, o líder deve avaliar qual a realidade da situação. O desempenho
e a satisfação do funcionário tendem a ser positivamente influenciados quando o líder oferece
algo que falte ao funcionário ou ao ambiente de trabalho. O líder será aceito pelos liderados
quando estes o virem como fonte de satisfação, imediata ou futura. Caso o líder seja redundante
em relação às fontes ambientais ou incongruente com as características dos funcionários, esse
comportamento errado pode desmotivar o subordinado e tornar o líder ineficaz.
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Liderança Transacional x Transformacional x Carismática
James M. Burns desenvolveu um novo paradigma, abordando a liderança como uma relação
com troca de influências, onde a energia básica é o poder. O autor aborda dois grandes
conceitos sobre liderança: a Transformacional e a Transacional.
O líder Transacional, ou negociador, apela aos interesses, especialmente às necessidades
básicas dos seguidores. Ele promete recompensas (materiais ou psicológicas) para conseguir
que os seguidores (ou subordinados) trabalhem para realizar as metas. Ele guia ou motiva seus
seguidores na direção de metas estabelecidas, esclarecendo o papel e os requisitos da tarefa
e fornecendo recompensas positivas ou negativas de acordo com o sucesso do desempenho.
Seu comprometimento é dito de curto prazo e há prevalência de características do estereótipo
masculino: competitividade, autoridade hierárquica, alto controle do líder, resolução analítica
de problemas, determinação de objetivos e processos racionais de troca.
Líder Transacional
Recompensa contingente: Negocia recompensas pelo desempenho.
Administração por exceção (ativa): Observa desvios e corrige.
Adm. Por exceção (passiva): Intervêm apenas quando resultados não são alcançados.
Laissez - faire: adbica de responsabilidade, evita decisões.
Líder Transformacional
Influência idealizada - Carisma: Dá visão e sentido da missão, estimula orgulho.
Inspiração: Comunica altas expectativas e foca esforços.
Estímulo Intelectual: Promove inteligência, racionalidade.
Consideração individualizada: Dá atenção individual, personalizada.
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Slides – Liderança
Liderança
• Poderes
• Atividades (Fred Luthans) • TEORIAS
• Papéis (Mintzberg) ‒ Teoria dos Traços de Personalidade
‒ Teorias dos Estilos de Liderança (Comportamentais)
• Habilidades Gerenciais (Katz) o Teoria X e Y (McGregor)
o Três Estilos (White e Lippitt)
o Estudos da Universidade de Michigan (Likert)
o Estudos da Universidade de Ohio
o Visão Bidimensional – Grade Gerencial (Blake e
Mouton)
‒ Teorias Situacionais
o Continuum de Liderança (Tannenbaum e Schmidt)
o Modelo de Fiedler
o Modelo de Hersey & Blanchard
o Transacional x Transformacional x Carismática
o Teoria 3D (Reddin)
o Teoria do Caminho–Meta (House)
1
Liderança
• Visão moderna: é a capacidade de influenciar o
comportamento de outra pessoa através da adesão da
mesma a um princípio, a uma meta ou a uma
determinada missão.
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Liderança – visão moderna
• É uma qualidade pessoal singular?
‒ Não. As características que levam uma pessoa a ser pessoa
aceita como líder em um grupo são limitadas a este grupo.
• É manipulação?
‒Não. Uma liderança autêntica deve ter como fundamentos a
ética e a confiança.
• McGregor: processo social complexo, produto de inúmeros fatores.
‒as mo�vações dos liderados – atendimento das expectativas do
grupo de liderados;
‒a tarefa ou missão – sem missão, não há liderança; apenas
influência ou popularidade;
‒o líder – pessoa com certos traços de personalidade, motivações
e habilidades;
‒a conjuntura – contexto, meio organizacional.
3
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Poderes do líder
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Poderes, Atividades, Habilidades e Papéis
• Henry Mintzberg – 10 papéis em 3 categorias
1 - Papéis interpessoais (relacionamento):
a) Figura de proa – símbolo, representante, R.P.
b) Líder – relação de influência.
c) Ligação – facilita a relação intra e entre áreas.
2 - Papéis de informação:
a) Monitor – lidar com informações de diversas fontes.
b) Disseminador – transferência de informações de fora (ambiente) para dentro
da organização.
c) Porta-voz – transmissão para fora (ambiente).
3 - Papéis de decisão:
a) Empreendedor (entrepreneur) – iniciador
b) Solucionador de problemas
c) Negociador – com pessoas ou outras organizações.
d) Administrador (alocador) de recursos 7
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Teorias dos Estilos de Liderança (Comportamentais)
A partir da década de 40
Estilos X e Y - McGregor
• Também é uma teoria motivacional – filosofia do gestor
baseada em um conjunto de crenças sobre as pessoas.
Visão X Visão Y
As pessoas são esforçadas e gostam
As pessoas são ingênuas, de ter o que fazer; procuram e
preguiçosas e sem iniciativa; aceitam responsabilidades e
evitam trabalho e desafios; podem ser automotivadas
responsabilidade; precisam ser e autodirigidas; são criativas e
controladas e dirigidas. competentes.
11
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14
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4 Estilos de Liderança – Likert
• Analisou quatro fatores da administração (processo de decisão,
comunicações, relacionamento interpessoal e sistemas de
recompensas e punições) e definiu uma escala com quatro
estilos de liderança:
‒1. Autoritário coercitivo
‒2. Autoritário benevolente
‒3. Consultivo
‒4. Participativo
15
16
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17
Quatro tipos de
estilos, a partir das
duas dimensões.
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Visão Bidimensional (Blake e Mouton)
• Liderança orientada para a
tarefa (trabalho, produção)
e para as pessoas.
‒ Tarefas e Pessoas não
são polos opostos, mas
limites (dimensões) de
um mesmo território;
• O líder pode combinar os
dois estilos em seu
comportamento, ou
enfatizá-los
simultaneamente.
19
20
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Teorias Situacionais
Continuum de Liderança (Tannenbaum e Schmidt)
• Três forças (fatores situacionais):
no líder (experiência,
personalidade); nos subordinados
(responsabilidade, habilidades);
e forças na situação (complexidade
do ambiente e situações gerais).
22
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Teorias Situacionais: Modelo de Fiedler
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Maturidade do
seguidor
x
Uso da autoridade
pelo líder
25
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Teoria 3D - Reddin
• O gerente deve buscar a eficácia = atingir resultados em
diferentes situações;
‒ Não há um estilo ideal - cada situação
requer uma estratégia própria.
Teoria 3D - Reddin
• Os quatro estilos básicos têm um equivalente mais eficaz e
outro menos eficaz.
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Teoria 3D - Reddin
Eficaz Não Eficaz
Transigente: tolerante com algumas
Líder Executivo: voltado para resultados e atitudes ou comportamentos na equipe,
Integrado pessoas, é desafiador. correndo riscos de assumir atitudes
ambíguas, sem transmitir confiança.
Promotor: enfatiza comunicações livres, Missionário: tende a evitar conflitos,
Líder desenvolvimento de talentos, trabalho postura agradável e sociável, dependente
Relacionado eficaz em equipe e transmissão irrestrita dos outros, não tem o foco na produção e
de confiança. nos resultados.
Autocrata Benevolente: age com
Autocrata: agressividade, independência,
Líder energia, autoridade, comprometido com
ambição, iniciador - fixa tarefas e cobra
Dedicado qualidade, demonstra iniciativa e
resultados.
atitudes paternalistas.
Burocrata: segue ordens, é confiável,
Desertor: segue regulamentos, sem
lógico, com autocontrole, imparcial e
Líder envolvimentos, não emite opiniões ou
justo em suas análises e decisões,
Separado eficiente na manutenção de sistemas e
expressa posições, não coopera, não se
comunica com a equipe.
rotinas.
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Transacional x Transformacional x Carismático
Líder Transacional
Recompensa contingente: negocia recompensas pelo desempenho
Administração por exceção (ativa): observa desvios e corrige
Adm. por exceção (passiva): intervém apenas quando resultados não são
alcançados
Laissez-faire: abdica de responsabilidade, evita decisões
Líder Transformacional
Influência idealizada - carisma: dá visão e sentido da missão, estimula orgulho
Inspiração: comunica altas expectativas e foca esforços
Estímulo intelectual: promove inteligência, racionalidade
Consideração individualizada: dá atenção individual, personalizada
Líder Carismático
32
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Conhecimento Específico
TRABALHO EM EQUIPE
Grupo é um conjunto de pessoas que podem ou não ter objetivos comuns, e que, em geral, se
reúnem por afinidades. No entanto o grupo não é uma equipe.
A equipe é mais que um grupo, pois nela as pessoas compreendem seus papéis e estão
engajadas para alcançar os objetivos de forma compartilhada. Além disso, a comunicação entre
os membros é verdadeira, as opiniões diferentes são estimuladas e há alto grau de participação
e interação dos componentes.
Resumindo, um grupo passa a ser uma equipe quando existe:
•• Clareza de objetivos e metas;
•• Percepção integrada e decisões conjuntas – desempenho coletivo;
•• Habilidades complementares;
•• Divisão de papéis, funções e liderança compartilhada – responsabilidades individuais e
mútuas
•• Definição da organização do trabalho e dos níveis de autonomia;
•• Relações efetivas entre si e com o líder (ajustes interpessoais, resolução de conflitos);
•• Comunicação efetiva, diversidade, engajamento ;
•• Sinergia positiva.
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A equipe não é a simples soma de indivíduos e comportamentos, ela assume configuração
própria que influencia nas ações e nos sentimentos de cada um, proporcionando sinergia,
coesão, cooperação e coordenação, simpatia, carinho, harmonia, satisfação.
O trabalho em equipe é valorizado, pois quase sempre produz melhores resultados do que o
trabalho individual. O conjunto de pessoas faz as equipes terem mais fontes de informação,
conhecimentos, criatividade e experiências. O trabalho em equipe incrementa a aprendizagem
e a satisfação das pessoas.
Tipos de Equipes
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Conhecimento Específico – Trabalho em Equipe – Prof. Rafael Ravazolo
Uma equipe eficaz é resultado da combinação de três fatores: o contexto (recursos, estrutura,
clima, recompensas), a composição (personalidade dos membros, capacidade, diversidade,
tamanho, flexibilidade, preferências) e os processos de trabalho e de relacionamento (metas,
propósitos comuns, autoconfiança, nível de conflito).
As equipes devem ser estruturadas levando em consideração os perfis ou tendências pessoais
e personalidade dos indivíduos – uma equipe de líderes não pode progredir, pois onde todos
queiram liderar, a administração de conflitos ocupará a maior parte do tempo disponível para o
trabalho em equipe.
Diversos fatores interferem trabalho em equipe. Dentre os fatores positivos estão:
comportamento receptivo, empatia, cooperação, comunicação eficiente, visão estratégica,
relações ganha-ganha, assertividade* etc.
•• Assertividade – conjunto de recursos cognitivos e comportamentais, inatos ou
adquiridos, que permitem ao indivíduo afirmar-se social e profissionalmente sem
desrespeitar os direitos de outrem.
Dentre os fatores negativos: inclinação individualista ou excessivamente competitiva,
gerenciamento baseado em modelos hierárquicos e autoritários (liderança autocrática), falta
de objetivos definidos, sobreposição de ações, indefinição de atribuições, falta de tolerância
e cortesia, ausência de comunicação e de liderança eficaz, arrogância e soberba, falta de
disciplina, dificuldades de relacionamento interpessoal etc.
Percebe-se, portanto, que é necessário um conjunto de competências para o trabalho em
equipe. São elas:
•• Cooperar: participar voluntariamente, apoiar as decisões da equipe, fazer a sua parte;
•• Compartilhar informações: manter as pessoas informadas e atualizadas sobre os processos;
•• Expressar expectativas positivas: esperar o melhor das capacidades dos outros membros
do grupo, falando dos membros da equipe para os outros com aprovação. Apelar para a
racionalidade em situações de conflito e não assumir posição polêmica nesses casos;
•• Estar disposto a aprender com os companheiros: valorizar a experiência dos outros, solicitar
dados e interagir pedindo e valorizando ideias;
•• Encorajar os outros: dar crédito aos colegas que tiveram bom desempenho tanto dentro
como fora da equipe;
•• Construir um espírito de equipe: tomar atitudes especiais para promover um clima
amigável, moral alta e cooperação entre os membros da equipe;
•• Resolver conflitos: trazer à tona o conflito dentro da equipe e encorajar ou facilitar uma
solução construtiva para a equipe. Não esconder o problema, mas tentar resolvê-lo da
forma nas rápida possível.
Essas competências geram, por fim, os atributos das equipes de alta performance:
•• Participação – todos estão comprometidos com o empowerment e a autoajuda.
•• Responsabilidade – todos se sentem responsáveis pelos resultados do desempenho.
•• Clareza – todos compreendem e apoiam o propósito da equipe.
•• Interação – todos comunicam-se em um clima aberto e confiante.
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•• Flexibilidade – todos desejam mudar para melhorar o desempenho.
•• Foco – todos estão dedicados a alcançar expectativas de trabalho.
•• Criatividade – todos os talentos e ideias dos membros são usados para beneficiar a equipe.
•• Velocidade – todos agem prontamente sobre problemas e oportunidades.
Competência interpessoal
Toda e qualquer organização que queira obter êxito não admite mais o profissional individualista.
Competência interpessoal é a habilidade para lidar eficazmente com outras pessoas, de forma
adequada às necessidades de cada uma e às exigências da situação. É a capacidade de trabalhar
com eficácia como membro de uma equipe e de conseguir esforços cooperativos na direção
dos objetivos estabelecidos.
No relacionamento interpessoal, grande parte do sucesso depende da habilidade de lidar bem
com os sentimentos (seus e dos demais), de ouvir e se fazer ouvir e de interagir de maneira
harmônica e produtiva.
A habilidade interpessoal é fundamental para liderar, negociar e solucionar divergências, para
a cooperação e para o trabalho em equipe. Pessoas com essa habilidade são mais eficazes nas
situações de interação. Para utilizar esta habilidade em alto desempenho é necessário dar e
receber feedback de uma maneira eficaz, assertiva e autêntica, além de saber ouvir e reagir
positivamente às críticas.
No relacionamento interpessoal, feedback é a informação que se dá a uma pessoa sobre como
o comportamento dela está sendo percebido e como isto afeta a postura dos demais membros
de um grupo. Ele pode também ser utilizado para expressar como a atuação de um grupo está
afetando um ou mais de seus integrantes.
Competência interpessoal leva em conta três critérios: a percepção acurada da situação
interpessoal, das variáveis relevantes e da sua respectiva inter-relação; a habilidade de resolver
realmente os problemas, de tal modo que não haja regressões; as soluções alcançadas de
tal forma que as pessoas envolvidas continuem trabalhando juntas tão eficientemente, pelo
menos, como quando começaram a resolver seus problemas.
Empowerment
Sua tradução seria algo como “empoderamento” e é basicamente uma delegação de autoridade.
É uma mudança organizacional com objetivo de ampliar o sistema decisório até o nível
hierárquico mais baixo, dando aos grupos de trabalho o poder e a autonomia na forma realizar
suas tarefas.
Significa, em última análise, o fortalecimento das pessoas com: responsabilidade por metas
e resultados (individuais e em equipe), liberdade para tomar decisões, busca pela melhoria
contínua, foco no cliente.
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Conhecimento Específico – Trabalho em Equipe – Prof. Rafael Ravazolo
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SLIDES - TRABALHO EM EQUIPE
Trabalho em Equipe
Grupo é um conjunto de pessoas que interage para
compartilhar informações e tomar decisões para ajudar
cada membro.
X
Equipe é mais que um grupo:
‒ Sinergia positiva
‒ Desempenho coletivo e habilidades complementares
‒ Responsabilidades individuais e mútuas
‒ Comunicação efetiva
‒ Respeito à diversidade.
Trabalho em Equipe
• Um grupo passa a ser uma equipe quando existe:
‒Clareza de objetivos e metas;
‒Percepção integrada e decisões conjuntas - desempenho
coletivo;
‒Habilidades complementares;
‒Divisão de papéis, funções e liderança compartilhada -
responsabilidades individuais e mútuas
‒Definição da organização do trabalho e dos níveis de
autonomia;
‒Relações efetivas entre si e com o líder (ajustes
interpessoais, resolução de conflitos);
‒Comunicação efetiva, engajamento;
‒Sinergia positiva.
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Trabalho em Equipe
Trabalho em Equipe
• Vantagens:
‒Quase sempre produz melhores resultados do
que o trabalho individual.
‒O conjunto de pessoas faz as equipes terem mais
fontes de informação, conhecimentos,
criatividade e experiências.
‒O trabalho em equipe incrementa a
aprendizagem e a satisfação das pessoas.
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Tipos de Equipes - Robbins
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Roda de Equipe - Margerison e McCann
1. Assessoria: coletar e fornecer informações para toda equipe; o reportador faz com
que todos fiquem bem informados.
2. Inovação: criar e experimentar novas ideias; o inovador dá criatividade à equipe.
3. Promoção: identificar e explorar oportunidades; o promotor/explorador defende as
mudanças e as novas oportunidades.
4. Desenvolvimento: avaliar e verificar a aplicabilidade de novas abordagens.
5. Organização: estabelecer e implementar maneiras de fazer as coisas; faz com que as
coisas aconteçam.
6. Produção: concluir e entregar os resultados; o produtor é uma pessoa prática que
conduz as coisas até o fim (alcança metas, resultados).
7. Inspeção: controlar e auditar os sistemas de trabalho; controlador das ações para
evitar erros.
8. Manutenção: defender e preservar padrões e procedimentos; o mantenedor
assegura revisões regulares dos processos de qualidade, em busca de eficiência.
9. Ligação: coordenar e integrar todos os membros da equipe; o relacionador assegura
que todos trabalhem em conjunto.
Competência Interpessoal
• Habilidade de lidar eficazmente com outras pessoas, de forma
adequada às necessidades de cada uma e às exigências da
situação.
• Importância do feedback
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Empowerment
• Empoderamento = delegação de autoridade, autonomia
‒ ampliar o sistema decisório até o nível hierárquico mais baixo, dando aos grupos
de trabalho o poder e a autonomia na forma realizar suas tarefas.
‒ Fortalece as pessoas e gera maior satisfação por meio da responsabilidade por
metas e resultados (individuais e em equipe), liberdade para tomar decisões,
busca pela melhoria contínua, foco no cliente.
• Quatro bases principais:
‒ Poder – dar poder às pessoas, delegar autoridade e responsabilidade em todos os
níveis da organização, confiar, dar liberdade e autonomia de ação.
‒ Motivação – incentivar, reconhecer o bom trabalho, recompensar, participar nos
resultados.
‒ Desenvolvimento – dar recursos às pessoas em termos de capacitação e
desenvolvimento pessoal e profissional, treinar, proporcionar informações e
compartilhar conhecimentos.
‒ Liderança - orientar as pessoas, definir objetivos e metas, avaliar o desempenho,
inspirar e abrir horizontes, proporcionar retroação. 11
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Administração
Aula XX
COMPETÊNCIA INTERPESSOAL
Qualquer organização que queira obter êxito não admite mais profissionais individualistas.
Por isso, é tão importante a chamada Competência Interpessoal, que significa a capacidade de
trabalhar com eficácia como membro de uma equipe e de conseguir esforços cooperativos na
direção dos objetivos estabelecidos.
Competência interpessoal é a habilidade de lidar eficazmente com outras pessoas, de forma
adequada às necessidades de cada uma e às exigências da situação.
Competência interpessoal significa, portanto, ter habilidade para mediar de maneira eficaz as
relações entre as necessidades das pessoas e as exigências do ambiente em que estão inseridas
(necessidades relacionais e situacionais).
No relacionamento interpessoal, grande parte do sucesso depende da habilidade de lidar bem
com os sentimentos (próprios e dos demais), de ouvir e se fazer ouvir e de interagir de maneira
harmônica e produtiva.
No ambiente em que a competência interpessoal é praticada:
•• é estabelecido um clima de trabalho cooperativo, no qual as opiniões são ouvidas e
respeitadas;
•• existe controle emocional (equilíbrio);
•• há aceitação das diferenças individuais, conjugando-se os esforços para a integração da
equipe de forma a somarem-se conhecimentos e experiências, a fim de fortalecer uma
cultura harmoniosa;
•• há comunicação efetiva, simétrica, e o feedback é produtivo (dar e receber).
Por outro lado, a carência de competências interpessoais tem como consequência desintegração
de esforços, desencontros na comunicação e deterioração do desempenho grupal.
A habilidade interpessoal é fundamental para liderar, negociar e solucionar divergências, para
a cooperação e para o trabalho em equipe. Pessoas com essa habilidade são mais eficazes nas
situações de interação.
Segundo Argyris, a Competência Interpessoal leva em conta três critérios:
1. Percepção acurada da situação interpessoal, das variáveis relevantes e da sua respectiva
inter-relação;
2. Habilidade de resolver realmente os problemas, de tal modo que não haja regressões;
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3. Soluções alcançadas de tal forma que as pessoas envolvidas continuem trabalhando juntas
tão eficientemente, pelo menos, como quando começaram a resolver seus problemas.
De acordo com Moscovici (2003), desenvolvimento interpessoal pode ser orientado para três
níveis de consequências: individual, grupal e organizacional.
•• Individual: o foco é intra e interpessoal. Trabalham-se as motivações, os objetivos pessoais
e a problemática de inter-relação, de afetividade e de intimidade.
•• Grupal: o foco predominante é interpessoal e grupal. Trabalham-se as motivações e os
objetivos comuns ao conjunto e a vários subconjuntos, bem como questões sobre poder,
autoridade, controle e influência social. Se a competência interpessoal é alcançada nesse
nível, os membros do grupo dispõem-se a trabalhar em equipe de forma real.
•• Organizacional: o foco é o sistema-organização como um todo. Trabalham-se as motivações
e e os objetivos individuais, grupais e organizacionais. Procura-se ampliar e aperfeiçoar a
capacidade de trabalho em equipe e também a interdependência de subsistemas.
Competência Interpessoal não é um dom ou atributo inato da personalidade, e sim uma
capacidade decorrente de treinamento, obtida por meio de técnicas próprias em programas
especiais, envolvendo conteúdos intelectuais, emocionais e atitudinais. Dois componentes são
importantes dentro na competência interpessoal: a percepção e a habilidade.
A percepção precisa ser treinada para uma visão acurada e realística da situação. Isso significa
um longo processo de crescimento pessoal e tem como pré-requisito a Inteligência Emocional,
que implica autopercepção (identificar e analisar crenças, atitudes, sentimentos e valores
pessoais), autoconscientização, autoaceitação e autoconhecimento.
Esse treinamento perceptivo não se realiza espontânea nem facilmente, mas requer
treinamento especial, demorado, e muitas vezes sofrido, exigindo coragem e disponibilidade
psicológica no exercício de dar e receber feedback.
A Competência Interpessoal só é adquirida por meio do autoconhecimento, o qual, por sua vez,
só pode ser obtido com a ajuda dos outros, por meio de feedback. Se o indivíduo tem percepção
mais acurada de si, então pode, também, ter percepção acurada da situação interpessoal. Se
você não conhece a si mesmo, dificilmente compreenderá o outro. Portanto, avaliar a nossa
conduta, nossos comportamentos e percepções frente aos outros é o primeiro passo para que
haja coesão nas relações grupais e para que se criem sinergia e condições reais de se ganhar
mais competitividade através das pessoas.
A habilidade é a forma de fazer, engloba a flexibilidade perceptiva e comportamental para
enxergar a situação de vários ângulos e atuar de forma criativa, inovadora e não rotineira.
Para utilizar esta habilidade em alto desempenho é necessário dar e receber feedback de uma
maneira eficaz, assertiva e autêntica, além de saber ouvir e reagir positivamente às críticas.
Outras habilidades que fazem parte da competência interpessoal: liderança, comunicação,
motivação, empatia, postura profissional participativa, resolução de conflitos/negociação,
percepção social/flexibilidade cognitiva e respeito às individualidades.
1296 www.acasadoconcurseiro.com.br
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Feedback
Dar e receber feedback (retorno, realimentação) constitui uma das habilidades interpessoais
imprescindíveis ao funcionamento produtivo de uma equipe.
No relacionamento interpessoal, oferecer feedback a alguém significa disponibilizar
informações sobre um comportamento passado que pode vir a influenciar um comportamento
futuro, com o objetivo de melhorar o desempenho e desenvolver capacidades.
Feedback, portanto, é a informação que se dá a uma pessoa sobre como o comportamento
dela está sendo percebido e como isso afeta a postura dos demais membros de um grupo. Ele
pode também ser utilizado para expressar como a atuação de um grupo está afetando um ou
mais de seus integrantes.
Tanto o feedback positivo como o negativo devem ser exercitados, com o objetivo de fazer com
que as pessoas entendam como estão em relação ao seu trabalho ou ao seu comportamento,
permitindo, assim, que reflitam sobre sua atuação e adotem ações de melhoria.
Um feedback possui maior eficácia quando é:
•• descritivo em vez de avaliativo – sem julgamentos, apenas fatos;
•• específico em vez de genérico;
•• compatível com as necessidades decomunicador e receptor;
•• dirigido para comportamentos que o receptor possa modificar;
•• solicitado em vez de imposto;
•• oportuno: logo após o comportamento;
•• esclarecido para assegurar comunicação precisa.
Dentro do conceito de feedback, uma das habilidades requeridas em uma comunicação
interpessoal é a verificação de percepção, que consiste em dizer sua percepção sobre o que o
outro está sentindo, a fim de verificar se você está compreendendo também seus sentimentos,
além do conteúdo das palavras. Como a comunicação se realiza por meio de vários canais
concomitantes cujos sinais precisam ser captados para que as mensagens tenham significado
total, é importante preocupar-se com o modo como o outro está se sentindo ao enviar as
mensagens. Muitas vezes o emissor não está consciente dos sinais não verbais que emite e que
transmitem mensagens emocionais que podem perturbar ou contradizer a mensagem verbal
principal.
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SLIDES – COMPETÊNCIA INTERPESSOAL
Competência Interpessoal
Habilidade de lidar eficazmente com outras pessoas, de forma
adequada às necessidades de cada uma e às exigências da situação.
• Capacidade de trabalhar com eficácia como membro de uma equipe e de
conseguir esforços cooperativos na direção dos objetivos estabelecidos.
• Habilidade para mediar de maneira eficaz as relações entre as
necessidades das pessoas e as exigências do ambiente em que estão
inseridas (necessidades relacionais e situacionais).
• Depende da habilidade de lidar bem com os sentimentos (próprios e dos
demais), de ouvir e se fazer ouvir e de interagir de maneira harmônica e
produtiva.
• É fundamental para liderar, negociar e solucionar divergências, para a
cooperação e para o trabalho em equipe.
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Competência Interpessoal
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Administração – Competência Interpessoal – Prof. Rafael Ravazolo
Competência Interpessoal
• Argyris - três critérios:
1. Percepção acurada da situação interpessoal, das variáveis relevantes
e da sua respectiva inter-relação;
o Percepção precisa ser treinada para uma visão acurada e realista da
situação - Inteligência Emocional – autopercepção, autoconscientização,
autoaceitação.
2. Habilidade de resolver realmente os problemas, de tal modo que
não haja regressões;
o Flexibilidade perceptiva e comportamental para enxergar a situação de
vários ângulos e atuar de forma criativa, inovadora e não rotineira.
3. Soluções alcançadas de tal forma que as pessoas envolvidas continuem
trabalhando juntas tão eficientemente, pelo menos, como quando
começaram a resolver seus problemas.
3
Competência Interpessoal
• Moscovici (2003) - três níveis de consequências:
‒ Individual: o foco é intrapessoal e interpessoal. Trabalham-se as
motivações, os objetivos pessoais, a problemática de inter-relação, de
afetividade e de intimidade.
‒ Grupal: o foco predominante é interpessoal e grupal. Trabalham-se as
motivações e objetivos comuns ao conjunto e a vários subconjuntos,
bem como questões sobre poder, autoridade, controle e influência
social.
‒ Organizacional: o foco é o sistema-organização como um todo.
Trabalham-se motivações, objetivos individuais, grupais e
organizacionais. Procura-se ampliar e aperfeiçoar a capacidade de
trabalho em equipe e também a interdependência de subsistemas.
4
www.acasadoconcurseiro.com.br 1299
Competência Interpessoal
• Dois componentes fundamentais: percepção e habilidade.
‒1) Percepção: inteligência emocional = autopercepção
(identificar e analisar crenças, atitudes, sentimentos e valores
pessoais), autoconscientização, autoaceitação e
autoconhecimento.
o Precisa ser treinada para uma visão acurada e realística da situação.
Feedback
Oferecer feedback a alguém significa
disponibilizar informações sobre um comportamento passado
que pode vir a influenciar um comportamento futuro,
com o objetivo de melhorar o desempenho e desenvolver capacidades.
• Um feedback possui maior eficácia quando é:
‒ Descritivo em vez de avaliativo – sem julgamentos, apenas fatos;
‒ Específico em vez de genérico;
‒ Compatível com as necessidades de ambos, comunicador e receptor;
‒ Dirigido para comportamentos que o receptor possa modificar;
‒ Solicitado em vez de imposto;
‒ Oportuno: logo após o comportamento;
‒ Esclarecido para assegurar comunicação precisa.
6
1300 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração
Aula XX
CONTROLE
Abrangência do controle
O controle é algo universal: todas as atividades humanas fazem uso de algum tipo controle,
consciente ou inconscientemente.
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Nas organizações, o controle abrange todos os níveis organizacionais:
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Administração – Controle Organizacional – Prof. Rafael Ravazolo
Momentos de controle
O Processo de Controle
O controle é um processo cíclico/repetitivo composto de quatro fases:
2. avaliação/mensuração do desempenho;
4. ação corretiva.
O controle deve ser visto como um processo sistêmico, no qual cada etapa influencia e é
influenciada pelas demais.
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1304 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração
Aula XX
CICLO PDCA
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2. Executar (DO)
•• Treinar as pessoas;
•• Executar as tarefas exatamente como foi previsto na etapa de planejamento;
•• Coletar os dados para verificação do processo.
1306 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Ciclo PDCA – Prof. Rafael Ravazolo
Ciclo PDCA
• Questões comuns:
‒Conceitos gerais;
‒Para que é usado;
‒Diferenciação dos elementos de cada fase.
1
Ciclo PDCA
• Nomes comuns: ciclo ou roda de Shewhart,
de Deming, de melhoria contínua,
de controle. Inspeção Especificação
• Filosofia básica:
‒Kaizen = melhoria contínua Produção
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Ciclo PDCA
Ciclo PDCA
1) Planejar (PLAN): estudar o processo e planejar a
melhoria.
‒Estabelecer objetivos e metas a serem alcançadas;
‒Definir o método para alcançar os objetivos.
o Pode ser um planejamento estratégico, um plano de ação,
um cronograma etc.
1308 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Ciclo PDCA – Prof. Rafael Ravazolo
Ciclo PDCA
Ciclo PDCA
4) Agir corretivamente (ACT)
‒ Desvios: deve-se definir e implementar soluções e eliminar
suas causas;
‒ Tudo certo: implantar melhorias, ou seguir com o mesmo
planejamento.
‒ Pode-se, também, corrigir os padrões adotados ou qualquer
outra parte do ciclo.
• Curiosidade: Deming, na década de 80, modificou
seu PDCA para PDSA (Plan, Do, Study, Act),
pois acreditava que a palavra check
enfatizava inspeção em vez de análise.
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Conhecimento Específico
Segundo Chiavenato, o desempenho de cada organização deve ser considerado sob o ponto de
vista de eficiência e de eficácia, simultaneamente:
•• Eficiência está nos meios utilizados pela empresa (recursos, insumos, pessoas, processos,
etc.) para atingir seus objetivos. É uma relação entre os recursos aplicados e o produto final
obtido, entre o esforço e o resultado, entre entradas e saídas, entre o custo e o benefício
resultante.
•• Eficácia é uma medida do alcance de resultados. É uma relação entre os objetivos planeja-
dos e os objetivos que foram atingidos. Em termos econômicos, a eficácia de uma empresa
refere-se à sua capacidade de fornecer produtos ou serviços que satisfaçam as necessida-
des dos clientes.
Contudo, nem sempre a eficácia e a eficiência andam de mãos dadas. Uma empresa pode ser
eficiente em suas operações e pode não ser eficaz, ou vice-versa. Pode ser ineficiente em suas
operações e, apesar disso, ser eficaz, muito embora a eficácia seja bem melhor quando acom-
panhada da eficiência. Pode também não ser nem eficiente nem eficaz. O ideal seria uma em-
presa igualmente eficiente e eficaz, a qual se poderia dar o nome de excelência.
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Segundo o Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização (GesPública), a Gestão
do Desempenho “constitui um conjunto sistemático de ações que buscam definir o conjunto de
resultados a serem alcançados e os esforços e capacidades necessários para seu alcance.”
Com o objetivo de mensurar o desempenho, ou seja, aquilo que se deve realizar para se pro-
duzir um resultado significativo no futuro, o GesPública definiu um modelo de Cadeia de Valor.
A Cadeia de Valor é uma representação das atividades de uma organização, ou seja, o levanta-
mento de toda ação ou processo necessário para gerar ou entregar produtos ou serviços a um
beneficiário. Ela permite melhor visualização do valor ou do benefício agregado no processo,
sendo utilizada amplamente na definição dos resultados e impactos de organizações.
Os elementos da cadeia são insumos (inputs); processos e projetos (ações); produtos e serviços
(outputs); e impactos (outcomes). As dimensões de resultado da Cadeia são medidas por meio
de indicadores de eficiência, eficácia e efetividade.
Indicadores de Eficiência – mostram o quanto a organização utiliza de seus recursos para atin-
gir seus objetivos. A eficiência trata da relação entre resultados obtidos (outputs) e os recursos
consumidos (inputs), ou seja, é uma ênfase nos meios (processos, insumos, tempo, mão de
obra ou outros recursos), no modo de fazer as coisas. Ser eficiente é fazer bem alguma ativida-
de, é utilizar bem os recursos. Essa medida possui estreita relação com produtividade, ou seja,
com o quanto se consegue produzir com os meios disponibilizados. A eficiência de um processo
será tanto maior quanto mais produtos forem entregues com a mesma quantidade de insu-
mos; ou os mesmos produtos e/ou serviços sejam obtidos com menor quantidade de recursos.
Exemplos de indicadores: custo, produtividade, tempo de processo, etc.
Indicadores de Eficácia – revelam o grau de alcance do resultado esperado (quantos resultados
foram obtidos em relação aos resultado esperados). A eficácia enfatiza os resultados e objeti-
vos (outputs), fazer as coisas certas, entregar a quantidade e a qualidade prometida. Uma vez
estabelecidos o referencial (linha de base) e as metas a serem alcançadas, utiliza-se indicado-
res de resultado para avaliar se essas foram atingidas ou superadas. Exemplos de indicadores:
quantidade, volume, qualidade, etc.
Indicadores de Efetividade – mostram o impacto final das ações (outcomes) no bem-estar de
uma comunidade: os efeitos positivos ou negativos, se houve mudanças socioeconômicas, am-
bientais ou institucionais decorrentes dos resultados obtidos pela política, plano ou programa.
1312 www.acasadoconcurseiro.com.br
Conhecimento Específico – Eficiência, Eficácia e Efetividade – Prof. Rafael Ravazolo
Estão vinculados ao grau de satisfação e ao valor agregado. É o que realmente importa para
efeitos de transformação social. Exemplos de indicadores: índice de desenvolvimento humano
(IDH), PIB per capita, etc.
O Tribunal de Contas da União (TCU) utiliza uma definição semelhante ao GesPública.
Eficiência: relação entre os produtos (bens e serviços) gerados por uma atividade e os custos dos
insumos empregados para produzi-los, em determinado período, mantidos os padrões de quali-
dade. Essa dimensão se refere ao esforço do processo de transformação de insumos em produ-
tos. Pode ser examinada sob duas perspectivas: minimização do custo total ou dos meios neces-
sários para obter a mesma quantidade e qualidade de produto; ou otimização da combinação de
insumos para maximizar o produto quando o gasto total está previamente fixado.
Eficácia: grau de alcance das metas programadas (bens e serviços) em determinado período,
independentemente dos custos implicados. O conceito de eficácia diz respeito à capacidade da
gestão de cumprir objetivos imediatos, traduzidos em metas de produção ou de atendimento,
ou seja, à capacidade de prover bens ou serviços de acordo com o estabelecido no planejamen-
to das ações.
Efetividade: diz respeito ao alcance dos resultados pretendidos, a médio e longo prazo. Refere-
-se à relação entre os resultados de uma intervenção ou programa, em termos de efeitos sobre
a população-alvo (impactos observados), e os objetivos pretendidos (impactos esperados), tra-
duzidos pelos objetivos finalísticos da intervenção. Trata-se de verificar a ocorrência de mudan-
ças na população-alvo que se poderia razoavelmente atribuir às ações do programa avaliado.
Quadro Resumo:
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SLIDES – EFICIÊNCIA, EFICÁCIA E EFETIVIDADE
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Administração
MODELO PATRIMONIALISTA
Foi o primeiro modelo de administração dos Estados Nacionais modernos. O Estado era uma
extensão do poder do soberano – não havia diferenciação entre os bens do governante (res
principis) e os bens públicos (res publica); os empregos públicos eram concessões individuais e
os servidores possuíam status de nobreza real.
Max Weber usou a palavra “patrimonial” para descrever governos que servem ou favorecem
os interesses de uma rede de amigos, familiares, apadrinhados e afiliados políticos que
demonstram lealdade aos donos do poder. O inverso – o estado não patrimonialista – defende
os interesses da sociedade como um todo de forma impessoal; as instituições e cargos públicos
existem para servir a nação e não podem ser usados para ganhos privados.
A base do Patrimonialismo está no tipo de dominação legitimado pela tradição (Dominação
Tradicional, segundo Max Weber), ou seja, aquela que tem respaldo nos costumes, nas
tradições que legitimam a autoridade. Nessa forma de dominação Tradicional, não se obedece
aos estatutos e à ordem impessoal, objetiva e legal (o que caracterizaria a dominação racional-
legal, ou burocrática), tampouco se obedece ao líder devido ao seu carisma ou “poder divino”
(dominação carismática); obedece-se à pessoa nomeada pela tradição e, em virtude da
devoção, aos hábitos costumeiros.
O patrimonialismo consiste em uma forma específica da Dominação Tradicional, que acorre
quando surge um quadro administrativo. O funcionalismo patrimonial, com a progressiva
divisão das funções, pode assumir traços burocráticos. No entanto, ao cargo patrimonial falta,
sobretudo, a racionalidade, a legalidade e a distinção burocrática entre a esfera “privada” e a
“oficial”; na dominação patrimonial, a administração é tratada como assunto puramente pessoal
do senhor (os comandos proferidos pela autoridade são de características eminentemente
voltadas a valores, opiniões e posições pessoais do senhor) e a propriedade e o exercício de
seu poder, como partes de seu patrimônio pessoal. O governante domina e tem total liberdade
para emitir ordens, ficando apenas limitado pelos costumes e hábitos de seu grupo social. Esse
tipo de dominação não possui características como: competência fixa segundo regras objetivas,
hierarquia racional fixa (burocracia), nomeação e promoção regulada por contrato, formação
profissional e salário fixo.
No patrimonialismo, o governante trata toda a administração política como seu assunto
pessoal, ao mesmo modo como explora a posse do poder político como sua propriedade
privada. Ele confere poderes a seus funcionários, caso a caso, selecionando-os e atribuindo-
lhes tarefas específicas com base na confiança pessoal que neles deposita e sem estabelecer
nenhuma divisão de trabalho entre eles. Os funcionários, por sua vez tratam o trabalho
administrativo, que executam para o governante como um serviço pessoal, baseado em seu
dever de obediência e respeito. Em suas relações com a população, eles podem agir de maneira
tão arbitrária quanto aquela adotada pelo governante em relação a eles, contanto que não
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violem a tradição e o interesse do mesmo na manutenção da obediência e da capacidade
produtiva de seus súditos.
Entre as fontes de sustento dos "servidores" no modelo de administração patrimonialista
incluem-se tanto a apropriação individual privada de bens e oportunidades quanto a
degeneração do direito a taxas não regulamentado.
Em suma, o patrimonialismo caracteriza-se pela ausência de uma clara demarcação entre as
esferas pública e privada e entre política e administração; e pelo amplo espaço à arbitrariedade
material e vontade puramente pessoal do senhor.
•• Estado = extensão do poder e do patrimônio do soberano.
•• Não havia diferenciação entre os bens do governante (res principis) e os bens públicos (res
publica).
•• Captura da Administração Pública por entes privados.
•• Falta de regras universais – predominância de situações casuísticas e personalistas.
As consequências inevitáveis são:
•• Nepotismo – emprego e favorecimento de parentes.
•• Prebendas e sinecuras – emprego de amigos e protegidos; criação de "cargos sem função",
mas com salário.
•• Clientelismo – utilização dos órgãos da administração pública com a finalidade de prestar
serviços em troca de apoio político.
•• Corrupção
•• Fisiologismo – troca de favores.
As mudanças ocorridas nas sociedades capitalistas a partir do século XVIII (liberalismo,
democratização, revolução industrial, emergência de novas classes sociais, etc.) fizeram o
mercado e a sociedade civil se distinguirem do Estado, tornando esse modelo incompatível
com a realidade.
O modelo de administração pública burocrática surgiu na segunda metade do século XIX como
forma de combater o patrimonialismo, buscando proporcionar maior controle e eficiência da
coisa pública, além de propiciar justiça e tratamento igualitário para servidores e para cidadãos.
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Administração
Aula XX
ABORDAGEM BUROCRÁTICA
Hoje em dia, a Burocracia tem ao menos dois sentidos: um científico (seu tipo puro, estudado
dentro da sociologia weberiana) e um popular (que acabou se disseminando por causa das
disfunções da burocracia - papelada, morosidade, ineficiência etc.).
Inicialmente será abordada a visão sociológica, que vai definir as características “puras” da
burocracia. Após, serão mostradas suas disfunções.
Burocracia é uma forma de organização humana que se baseia na racionalidade, isto é, na
adequação dos meios aos objetivos, a fim de garantir a máxima eficiência.
O conceito de Burocracia teria sido usado pela primeira vez em meados do século XVIII pelo
economista Vincent de Gournay para designar o poder exercido pelos funcionários da
administração estatal sob a monarquia absolutista francesa.
A burocracia remonta à época da Antiguidade, quando o ser humano elaborou e registrou
suas primeiras normas estatais e sociais. Contudo, a burocracia, tal como existe hoje, teve sua
origem nas mudanças religiosas verificadas após o Renascimento – séc. XV.
O grande teórico da Burocracia é o sociólogo alemão Max Weber.
Importante ressaltar que Weber não inventou a burocracia,
tampouco a defendia. Ele relacionou suas características ao estudar
a modernização* da sociedade alemã no século XIX. Em outras
palavras, a administração burocrática já era praticada na sociedade,
mas não era conhecida em detalhes porque ninguém a tinha
estudado a fundo e conceituado suas principais características.
Modernização, no contexto do autor, representa as mudanças
ocorridas nas sociedades capitalistas a partir do século XVIII, que
fizeram o mercado e a sociedade civil se distinguirem do Estado:
liberalismo, democratização, iluminismo, reforma protestante,
revolução industrial, emergência de novas classes sociais etc.
A Burocracia Weberiana
Primeiramente, é importante destacar que Weber não estudou a administração de empresas,
ele estudou a sociedade. A administração burocrática para ele, portanto, não é uma forma ideal
de administração de empresas, tampouco um modelo a ser seguido, mas uma forma de poder
exercida na sociedade.
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No livro A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo, Weber busca compreender quais
foram as especificidades que levaram algumas sociedades ocidentais ao desenvolvimento do
capitalismo, enquanto outras sociedades não desenvolveram (ou demoraram a desenvolver)
este pensamento.
O sociólogo tinha a convicção de que as concepções religiosas exerciam um papel preponderante
na condução e nas transformações econômicas que ocorriam nas sociedades.
Comparando as diversas sociedades ocidentais (local de origem do capitalismo) e as sociedades
orientais (onde nenhum sistema econômico parecido havia se desenvolvido), ele concluiu que
o protestantismo, mais especificamente o calvinismo, foi o fator principal do desenvolvimento
do capitalismo.
Weber notou que o capitalismo, a organização burocrática e a ciência moderna constituem
três formas de racionalidade que surgiram a partir dessas mudanças religiosas ocorridas
inicialmente em países protestantes – como Inglaterra e Holanda – e não em países católicos.
Segundo ele, nas sociedades católicas o lucro era pecado (sendo a pobreza uma das chaves para
entrar no céu); porém, as sociedades que adotaram os valores do protestantismo acreditavam
que por meio do trabalho o homem alcançaria Deus e, como o trabalho gerava lucros, a riqueza
não seria um impeditivo para alcançar o Senhor.
A diferença entre as sociedades está, portanto, na ética protestante: conjunto de normas sociais
e morais que pregam o trabalho árduo, a poupança e o ascetismo (desapego aos prazeres
mundanos). Essa ética proporcionava a reaplicação das rendas excedentes no próprio negócio,
em vez de seu consumo em símbolos materiais e improdutivos de vaidade e de prestígio.
Dessa forma, as religiões protestantes contribuíram para a ascensão do capitalismo, enquanto
as sociedades católicas conservaram os valores da idade média.
E onde está a burocracia nisso tudo?
O capitalismo é definido pela existência de empresas cujo objetivo é produzir o maior lucro
possível, e cujo meio é a organização racional do trabalho e da produção. Nesse contexto,
a burocracia entra mais fortemente nas sociedades protestantes como uma tentativa de
racionalizar a evolução do capitalismo, organizando as pessoas e o crescimento econômico,
político e social.
Weber, no livro Economia e Sociedade, define:
“Poder significa toda probabilidade de impor sua própria vontade numa relação social, mesmo
contra resistências, seja qual for o fundamento dessa probabilidade”.
Dentre os tipos de poder, ele cita a disciplina e a dominação.
1318 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Abordagem Burocrática – Prof. Rafael Ravazolo
Tipos de Dominação
Dentre os fundamentos da dominação está a crença na legitimidade, portanto, quem é
dominado crê que tal dominação é legítima.
Existem três tipos puros de dominação legítima, que se distinguem pelo objeto de sua crença:
carismática, tradicional e racional-legal.
Importante: “tipo puro” ou “tipo ideal” mostra como se desenrolaria uma ação humana se
estivesse orientada para o fim de maneira estritamente racional, pura, sem perturbações ou
desvios irracionais. É uma construção conceitual, abstrata, formada a partir de elementos
empíricos e, portanto, não é encontrada nessa forma pura na vida real, mas sim misturada
com as demais e influenciada por fatores irracionais.
2. Dominação Tradicional: tem respaldo nos costumes, nas tradições que legitimam a
autoridade; não se obedece a estatutos, mas à pessoa indicada pela tradição; o governante
domina com ou sem um quadro administrativo e tem total liberdade para emitir
ordens, ficando apenas limitado pelos costumes e hábitos de seu grupo social. Durante
o período do Estado Absolutista na Europa, a dominação tradicional redundou em um
forte Patrimonialismo: o Estado era uma extensão do patrimônio do soberano, não havia
diferenciação entre os bens do governante – res principis – e os bens públicos – res publica
–; os empregos públicos eram concessões individuais e os servidores possuíam status de
nobreza.
3. Dominação Racional (legal): baseada nas regras e no direito de mando daqueles que,
em virtude dessas ordens, estão nomeados para exercer a dominação (autoridade legal e
funcional).
Segundo Weber, a forma de legitimidade mais corrente na sociedade é justamente a crença na
legalidade, a submissão a estatutos e a procedimentos formalmente corretos.
Ao explorar a questão da dominação racional-legal, o autor aborda que o Estado Moderno
é formado por um conjunto de normas e regras, de origem impessoal e pré-determinada,
que limita o poder de dominação, mas, ao mesmo tempo, o legitima. Como exemplos dessa
dominação legal tem-se a burocracia e o exercício, pelo Estado, do monopólio da violência
institucionalizada.
Para Weber, a dominação legal com quadro administrativo burocrático (Administração
Burocrática) está mais adaptada às mudanças sociais de sua época - surgimento da sociedade
industrial, desenvolvimento da economia monetária, crescimento quantitativo e qualitativo
das tarefas administrativas. Por ser a forma mais racional do ponto de vista técnico e formal, ela
seria inevitável para as necessidades de administração de massas.
O grande instrumento de superioridade da administração burocrática em relação às outras de
sua época é o conhecimento profissional, ou seja, é o exercício da dominação baseado no
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saber. No Estado Moderno, portanto, a administração burocrática representa uma forma de
profissionalização, um contraponto ao patrimonialismo.
Características
A Burocracia é definida como o conjunto de regulamentos, leis e normas que os funcionários
devem cumprir, sempre supervisionados e respeitando a hierarquia. Em outras palavras, ela
traduz uma organização legal, formal e racional por excelência.
Segundo Weber, a burocracia é um sistema que busca organizar, de forma estável e duradoura,
a cooperação de um grande número de pessoas, cada qual detendo uma função especializada.
O homem organizacional é um ser que age racionalmente (racionalidade funcional) com base
nas regras formais que lhe estabelecem um papel na organização (função). Separa-se a esfera
privada e familiar da esfera do trabalho, esta vista como a esfera pública do indivíduo.
A racionalidade da burocracia permite adequar os meios da melhor forma possível para o
alcance dos fins, ou, em outras palavras, alcançar a máxima eficiência da organização.
Para o Estado, ela representa uma forma de profissionalização, a qual preconiza o controle a
priori das ações, o formalismo, a racionalidade, o atendimento fiel às regras, a impessoalidade,
a divisão do trabalho, a hierarquia funcional e a competência técnica baseada no mérito.
Pode-se dizer, também, que ela parte de uma desconfiança prévia nos administradores públicos
e nos cidadãos que buscam serviços e que, por isso, são sempre necessários controles rígidos
dos processos.
As principais características da burocracia são:
5. Hierarquia de autoridade: a estrutura é hierárquica e cada cargo inferior está sob controle
e supervisão do superior. A autoridade burocrática ocorre quando os subordinados
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Administração – Abordagem Burocrática – Prof. Rafael Ravazolo
aceitam as ordens dos superiores como justificadas, porque concordam com um conjunto
de preceitos ou normas que consideram legítimos e dos quais deriva o comando.
Vantagens
Diversas razões explicavam o avanço da burocracia sobre as outras formas de associação. Essas
chamadas “vantagens” da Burocracia são:
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•• Precisão na definição dos cargos e operações.
•• Rapidez nas decisões – cada um conhece as regras e os canais de comunicação.
•• Univocidade de interpretação – regulamentação específica e escrita, transmitida para
quem deve recebê-la.
•• Uniformidade de rotinas e procedimentos – favorece a padronização e a redução de
erros.
•• Continuidade da organização, mesmo com a substituição do pessoal.
•• Redução do atrito entre as pessoas – cada funcionário sabe seu papel e
responsabilidades.
•• Constância – os mesmos tipos de decisão devem ser tomados nas mesmas
circunstâncias.
•• Confiabilidade – regras conhecidas, processos previsíveis (gerando os mesmos
resultados).
•• Benefícios para as pessoas – hierarquia formalizada, trabalho ordenado, treinamento,
carreira e meritocracia.
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Administração – Abordagem Burocrática – Prof. Rafael Ravazolo
3. Resistência a mudanças.
4. Despersonalização do relacionamento.
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•• Ao formular o modelo burocrático de organização, Weber não previu a possibilidade de
flexibilidade da burocracia para atender a duas circunstâncias: a adaptação da burocracia
às exigências externas dos clientes; a adaptação da burocracia às exigências internas dos
participantes.
•• O modelo "racional" de organização adota a lógica de sistema fechado em busca de certeza
e previsão exata; não considera a natureza organizacional e nem as condições circunjacentes
do ambiente; em resumo, a teoria weberiana se assemelha à Teoria Clássica da organização
quanto à ênfase na eficiência técnica e na estrutura hierárquica da organização.
•• Dentro da organização formal desenvolve-se uma estrutura informal que gera atitudes
espontâneas das pessoas e grupos para controlarem as condições de sua existência. Assim,
a burocracia deve ser estudada sob o ponto de vista estrutural e funcional e não sob o
ponto de vista de um sistema fechado e estável, como no modelo weberiano. Essa análise
deve refletir os aspectos do comportamento organizacional interno, bem como o sistema
de manutenção da organização formal.
•• O caminho moderno consiste em utilizar o modelo burocrático de Weber como ponto de
partida, mas reconhecendo as suas limitações e consequências disfuncionais. A forma
burocrática é mais apropriada para atividades rotineiras e repetitivas da organização em
que a eficiência e a produtividade constituem o objetivo mais importante; mas não é
adequada às organizações flexíveis que se veem à frente de atividades não rotineiras, em
que a criatividade e a inovação são mais importantes.
•• Para Gouldner, não há um tipo único de burocracia, mas uma infinidade, variando dentro de
um continuum, que vai desde o excesso de burocratização (em um extremo) até a ausência
de burocracia (no extremo oposto), ou seja, há graus de burocratização. Ele também
cita 3 tipos de estruturas burocráticas: falsa – formada por regras que não representam
ninguém e, por isso, são frequentemente desobedecidas; autocrática – representa os
interesses de um grupo dominante; representativa – respeita interesses de todos os grupos
organizacionais.
Perrow, um defensor da burocracia, a chama de visão “instrumental" das organizações: essas
são vistas como arranjos conscientes e racionais dos meios para alcançar fins particulares. Para
Perrow a burocratização envolve: especialização; necessidade de controlar as influências dos
fatores externos sobre os componentes internos; um ambiente externo imutável e estável.
Por fim, há uma terceira visão sobre Burocracia (além da weberiana e da popular). Alguns
autores enxergam a burocracia (mais especificamente os burocratas) como uma classe social,
a qual assume várias formas: burocracia estatal, burocracia empresarial, partidária, sindical
etc. Os burocratas teriam a tendência a se unir como um segmento social diferenciado da
população em geral, buscando privilégios e poder. No caso dos burocratas do serviço público,
por exemplo, entrar nessa classe exige certo nível de instrução, que na maioria dos casos só
está amplamente disponível a uma minoria da população, e dessa forma a Burocracia se torna
mais uma fonte de captação de segmentos sociais privilegiados.
Há diversos exemplos de países que possuíram, ou ainda possuem, uma classe burocrata
dominante, como por exemplo, a Rússia da época comunista e a China (até hoje, com o partido
comunista no poder). Nesses casos, o burocrata administra diretamente o Estado, tem acesso
aos poderes de execução e de veto e muitas vezes é suscetível à corrupção. Assim, tal classe
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Slides – Abordagem Burocrática
Burocracia
• Século XVII - Vincent de Gournay
‒Poder exercido pelos funcionários da administração estatal
sob a monarquia absolutista francesa.
‒Bureau = escritório + krátos = poder, força
‒“Temos uma doença que faz muitos estragos; essa doença
se chama buromania”.
‒Gounay considerava a burocracia uma quarta forma de
governo (junto com monarquia, aristocracia e democracia).
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Administração – Abordagem Burocrática – Prof. Rafael Ravazolo
Burocracia
• O que é burocracia?
‒Diversas visões:
o Sociológica - Weber - tipo puro, tipo ideal
o Popular – disfunções
o Classe social
Max Weber
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5
Max Weber
• Weber não se preocupou em definir a burocracia: ele
relacionou suas características ao estudar a modernização na
sociedade alemã no século XIX.
‒Modernização = mudanças nas sociedades capitalistas:
liberalismo, democratização, iluminismo, reforma
protestante, revolução industrial, emergência de novas
classes etc.
• Para Weber: burocracia é uma forma de organização humana que se
baseia na racionalidade, isto é, na adequação dos meios aos objetivos, a
fim de garantir a máxima eficiência.
Max Weber
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Administração – Abordagem Burocrática – Prof. Rafael Ravazolo
Max Weber
Max Weber
“A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo”
• Por que algumas sociedades ocidentais desenvolveram o
capitalismo, enquanto outras sociedades não?
‒Por convicções religiosas!
• Catolicismo: lucro = pecado
• Ética Protestante: normas sociais e morais que pregam o
trabalho árduo, a poupança e o ascetismo (desapego aos
prazeres mundanos).
‒ Reaplicação dos excedentes no próprio negócio, em vez do consumo
em símbolos improdutivos de vaidade e de prestígio.
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Max Weber
“A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo”
• O capitalismo, a organização burocrática e a ciência moderna
são três formas de racionalidade que surgiram a partir das
mudanças religiosas ocorridas inicialmente em países
protestantes - Inglaterra e Holanda – e não em países católicos.
‒Capitalismo = empresas cujo objetivo é o maior lucro possível
e cujo meio é a organização racional do trabalho/produção.
• Papel da Burocracia = racionaliza a evolução do capitalismo,
organizando as pessoas e o crescimento econômico, político e
social.
10
Max Weber
• Livro “Economia e Sociedade”
‒Originalmente: parte da coletânea Grundriss
der Sozialökonomik - Elementos de economia
social
‒Obra póstuma:
o 4 primeiros capítulos (conceitos sociológicos
básicos) - escritos em 1919-1920 e entregues
para publicação pelo próprio Weber.
o Outros segmentos – manuscritos
(entre 1909 e 1914) organizados
pela viúva (Marianne Weber).
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Economia e Sociedade
• “Tipo puro” ou “Tipo ideal”: mostra como se desenrolaria uma
ação humana se estivesse orientada para o fim de maneira
estritamente racional, pura, sem perturbações ou desvios
irracionais.
‒Conceito abstrato - não encontrado na vida real.
‒“A sociologia constrói conceitos de tipos e procura regras
gerais dos acontecimentos”
‒Ex: três tipos puros de dominação legítima - carismática,
tradicional, racional-legal
• Ação real: influenciada por irracionalidades
Burocracia Weberiana
• Estudos sobre poder: probabilidade de impor a própria
vontade em uma relação social.
• Tipos de poder:
‒Disciplina - obediência pronta, automática
‒Dominação - “probabilidade de encontrar obediência a
uma ordem de determinado conteúdo, entre
determinadas pessoas indicáveis”
o Fundamento: crença na legitimidade
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Burocracia Weberiana
• Tipos de dominação:
‒Carismática: baseada na veneração - características pessoais
especiais, poderes sobrenaturais etc.
‒Tradicional: baseada em costumes, tradições – típica do
Estado Absolutista - patrimonialismo
‒Racional-legal: baseada nas regras, nos estatutos, no direito
de mando das autoridades legais
Burocracia Weberiana
• “a forma de legitimidade mais corrente na sociedade é moderna é a
crença na legalidade, a submissão a estatutos e a procedimentos
formalmente corretos.”
‒Estado Moderno = conjunto de normas e regras, de origem
impessoal e pré-determinada
‒Vantagem da administração burocrática: é a forma mais racional
do ponto de vista técnico e formal
‒É inevitável para a administração de massas
‒É uma forma de profissionalização
‒É a dominação baseada no saber/conhecimento
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Dominação Tradicional
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Dominação Tradicional
• Base do Patrimonialismo.
• Estado = extensão do poder e do patrimônio do soberano
‒Não havia diferenciação entre os bens do governante (res
principis) e os bens públicos (res publica).
‒Captura da Adm. Pública por entes privados.
‒Falta de regras universais – predominância de situações
casuísticas e personalistas.
• Consequências: Nepotismo, Prebendas e sinecuras,
Clientelismo, Corrupção, Fisiologismo.
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Dominação Carismática
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Burocracia Weberiana - características
5. Hierarquia de autoridade
‒Hierarquia rígida – superior controla e
supervisiona
‒Subordinados aceitam as ordens como legítimas
8. Especialização da administração
‒Separação entre propriedade e administração
‒Ninguém é dono do cargo e dos bens a ele ligados
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Burocracia Weberiana - características
Causas
• Legalidade; Consequências
• Impessoalidade;
• Previsibilidade do
• Formalidade das comunicações – comportamento
documentação;
• Racionalidade; • Padronização do
• Divisão do trabalho; desempenho
• Qualificação e meritocracia; • Máximo
• Profissionalização; rendimento –
• Disciplina, controle; eficiência
• Hierarquia;
• Separação patrimonial (público e
privado)
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Disfunções da Burocracia
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Disfunções da Burocracia
• Weber era um crítico à burocratização:
‒“É horrível pensar que o mundo possa vir a ser um dia
dominado por homenzinhos colados a pequenos cargos,
lutando por maiores”
• Weber foi reinterpretado de forma equivocada: o ponto central
de sua obra era poder e dominação.
‒As críticas à burocracia “tipo puro” de Weber são oriundas
desse erro
‒Ele não queria tornar a burocracia um modelo administrativo
para as organizações modernas
‒Ele apenas descreveu suas características mais “puras”
Disfunções da Burocracia
• Merton - burocracia é um sistema social desumano e
mecanicista.
‒ Internalização das normas.
‒ Excesso de formalismo e papelório.
‒ Resistência a mudanças.
‒ Despersonalização do relacionamento.
‒ Categorização do processo decisório - excesso de hierarquia.
‒ Superconformidade às rotinas e procedimentos - maior importância
ao modo de fazer do que ao resultado.
‒ Exibição de sinais de autoridade.
‒ Dificuldades com clientes.
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Disfunções da Burocracia
• Outros autores:
‒Weber analisou a burocracia sob um ponto de vista puramente
mecânico e não político.
‒Weber não considerou a estrutura informal que gera atitudes
espontâneas das pessoas e grupos.
‒A burocracia não assimila as novas tecnologias.
‒Pessoas não são plenamente utilizadas, se tornam obtusas,
limitadas e obscuras.
‒Weber não previu a possibilidade de flexibilidade para atender
exigências internas e externas.
‒Adota a lógica de sistema fechado em busca de certeza e previsão
exata.
Disfunções da Burocracia
• Autores estruturalistas:
‒O caminho moderno consiste em utilizar o modelo
burocrático de Weber como ponto de partida, mas
reconhecendo as suas limitações e consequências
disfuncionais.
o É adequada para atividades rotineiras e repetitivas; não é para
organizações flexíveis.
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Burocracia como classe social
• Burocratas
‒Tendência a se unir como um segmento social diferenciado
da população em geral, buscando privilégios e poder.
• Administração da coletividade: burocratismo
• China, Rússia etc. – classe de funcionários que detinha o Estado como sua
propriedade.
• A sociedade moderna é uma sociedade de organizações burocráticas
submetida a uma grande organização burocrática: o Estado.
• Burocracia é poder, controle e alienação.
Burocracia - resumo
Burocracia é administração
racional e eficiente; e
também é o contrário disso.
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Administração
Aula XX
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Gerencialismo Puro (Managerialism): fazer mais com menos
O foco na eficiência (gerencialismo puro) por si só não foi suficiente. A lógica de Plano (o qual
estabelece, a partir de uma racionalidade técnica, o melhor programa a ser cumprido) foi
substituída por uma lógica de estratégia, na qual são levadas em conta as relações entre os
atores envolvidos em cada política, de modo a montar cenários que permitam a flexibilidade
necessária para eventuais alterações nos programas governamentais.
Surge, então, um novo modelo que foca na melhoria da qualidade da prestação dos serviços
para o cliente direto a partir da flexibilidade de gestão. É o chamado Paradigma do Consumidor/
Cliente: procura dar ao cidadão-usuário atendimento semelhante ao que ele teria como cliente
em uma empresa privada, ou seja, visava ao atendimento das necessidades definidas pelos
próprios cidadãos-usuários, tratando-os como consumidores a serem satisfeitos.
Três medidas faziam parte da estratégia para tornar o poder público mais leve, ágil e
competitivo:
•• Descentralização administrativa com grande delegação de autoridade, partindo do
princípio de quanto mais próximo estiver o serviço público do consumidor, mais fiscalizado
pela população ele o será;
•• Competição entre as organizações do setor público;
•• Adoção de um novo modelo contratual para os serviços públicos, em contraposição ao
monopólio estatal - a extensão do fornecimento de serviços públicos entre o setor público,
o setor privado e o voluntário/não lucrativo. Baseia-se na ideia de que, numa situação de
falta de recursos, a melhor forma de aumentar a qualidade é introduzir relações contratuais
de competição e de controle.
A visão do cidadão como simples consumidor está vinculada à tradição liberal, que dá, na
maioria das vezes, maior importância à proteção dos direitos do indivíduo do que à participação
política.
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Administração – Nova Gestão Pública – Prof. Rafael Ravazolo
que são essenciais para o desenvolvimento. Como promotor desses serviços, o Estado continua
a subsidiá-los, buscando, ao mesmo tempo, o controle social direto e a participação da
sociedade.
Pode-se dizer, em suma, que o objetivo da Nova Gestão Pública é modernizar o aparelho do
Estado, tornando a administração pública mais eficiente, eficaz e efetiva e mais voltada para o
cidadão, buscando maior governança, controle por resultados e accountability.
Eficiência: refere-se ao bom uso dos recursos disponíveis. É a relação entre os insumos
utilizados e os produtos/serviços gerados.
Eficácia: está relacionada ao alcance dos objetivos. É a relação entre os resultados obtidos e
os resultados esperados.
Efetividade: diz respeito ao impacto positivo gerado na sociedade.
Accountability é a responsabilização dos agentes públicos pelos atos praticados e sua
obrigação ética de prestar contas. Em outras palavras, é o conjunto de mecanismos e
procedimentos que induzem os dirigentes governamentais a prestar contas dos resultados de
suas ações à sociedade, garantindo, dessa forma, maior nível de transparência, participação
da sociedade e exposição das políticas públicas. Quanto maior for a possibilidade de os
cidadãos discernirem se o agente público está agindo em prol da coletividade e de sancioná-
lo, mais accountable é um governo.
Horizontal: exercido por instituições do Estado devidamente encarregadas da prevenção,
reparação e punição de ações ilegais cometidas por agentes públicos. É feita pelos
mecanismos institucionalizados, abrangendo os Poderes e também agências governamentais
que tenham como finalidade a fiscalização do poder público e de outros órgãos estatais,
como por exemplo os Tribunais de Contas.
Vertical: são as atividades de fiscalização feitas pela sociedade procurando estabelecer
formas de controle sobre o poder público. Para grande parte dos autores, ela é exercida “de
baixo para cima”, por pessoas e entidades da sociedade civil, geralmente sob a forma de voto
ou de mobilizações. Certo autor separou a vertical em duas: Eleitoral - os eleitores avaliam
governos e fazem suas escolhas; Societal – especificamente para o controle exercido por
agentes ou entidades de representatividade social (conselhos, associações etc.), ou seja,
grupos se mobilizam para impor suas demandas em relação à prevenção, reparação ou
punição de ilegalidades. Outro autor aventou a possibilidade de uma accountability vertical
“de cima para baixo”, quando há direito de sanção a partir de uma relação de hierarquia, ou
seja, entre chefia e subordinados.
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Governança
O termo Governança busca expandir e superar o atual paradigma de administração pública.
O termo Administração Pública está associado a um papel preponderante do estado como
executor direto no desenvolvimento, na gestão de políticas públicas e no provimento de
serviços. O modelo de gestão alinhava-se principalmente com modelos burocráticos ortodoxos,
espelhados em modelos organizacionais mecanicistas, dotados de características de hierarquia,
verticalização, rigidez, isolamento.
A Governança pública, por sua vez, baseia-se em múltiplos arranjos com a participação de
diversos atores (estado, terceiro setor, mercado etc.) no desenvolvimento, na gestão de políticas
públicas e no provimento de serviços. Governança é capacidade administrativa do Estado em
formular e implementar políticas públicas, é a forma com que os recursos econômicos e sociais
são gerenciados, com vistas a promover o desenvolvimento.
Este modelo não diminui a importância do estado, mas qualifica-o com o papel de orquestrador,
coordenador, direcionador estratégico, indutor e fomentador absolutamente essencial dos
vários agentes (governamentais ou não) para atingir resultados de interesse público.
Este paradigma promove a adoção de modelos de gestão pós ou neo-burocráticos, tais como:
redes, modelos de gestão orgânicos (flexíveis, orientados para resultados, foco no beneficiário),
mecanismos amplos de accountability, controle e permeabilidade.
A orientação para resultados é uma fixação deste novo paradigma, ou seja, o que está em foco
são as novas formas de geração de resultados em um contexto contemporâneo complexo e
diversificado.
Nesse contexto, uma boa gestão é aquela que alcança resultados, independentemente
de meritórios esforços e intenções. E, alcançar resultados, no setor público, é atender às
demandas, aos interesses e às expectativas dos beneficiários, sejam cidadãos ou organizações,
criando valor público.
A função principal do Estado-nação no mundo contemporâneo – realizada por meio do
governo e da administração pública – é a de ampliar de forma sistemática as oportunidades
individuais, institucionais e regionais. Deve preocupar-se, também, em gerar estímulos para
facilitar a incorporação de novas tecnologias e inovações no setor público que proporcionem as
condições exigidas para atender às demandas da sociedade contemporânea.
Em relação aos pilares do modelo da nova gestão pública, destacam-se a participação cidadã,
a transparência e a medição de resultados.
Essas tarefas são permanentes e exigem participação proativa de todos os atores envolvidos –
dirigentes, políticos, órgãos de controle – e, especialmente, da sociedade organizada.
O termo governança, em sentido amplo, pode ser definido como um processo complexo de
tomada de decisão que antecipa e ultrapassa o governo.
Uma boa governança pública, à semelhança da corporativa, está apoiada em quatro princípios:
relações éticas; conformidade, em todas as suas dimensões; transparência; e prestação
responsável de contas. A ausência desses princípios requer mudança na forma de gestão.
Os aspectos frequentemente evidenciados na literatura sobre a governança estão relacionados:
à legitimidade do espaço público em constituição; à repartição do poder entre aqueles
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que governam e aqueles que são governados; aos processos de negociação entre os atores
sociais (os procedimentos e as práticas, a gestão das interações e das interdependências, o
estabelecimento de redes e os mecanismos de coordenação); à descentralização da autoridade
e das funções ligadas ao ato de governar; à responsabilidade em atender a sociedade; à
supervisão; ao controle; e à assistência social.
Existe um ponto em comum entre os inúmeros autores que tratam do tema que envolve
os princípios da boa governança: a responsabilidade do gestor público em prestar contas
(accountability) e a necessidade de promover o controle.
Os princípios mais relevantes a que as entidades do setor público devem aderir para
efetivamente aplicarem os elementos de governança corporativa e alcançarem as melhores
práticas são: liderança, integridade e compromisso (relativos a qualidades pessoais) e
responsabilidade em prestar contas, integração e transparência (são principalmente o produto
de estratégias, sistemas, políticas e processos).
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Estado racionalizado •• Redução das tarefas do estado.
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Slides – Nova Gestão Pública
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2 - Consumerismo
• Fazer melhor - melhoria da qualidade dos serviços
‒Uso de estratégia – análise de stakeholders
‒Descentralização administrativa e competição entre
organizações
‒Paradigma do Consumidor - dar ao cidadão atendimento
semelhante ao que ele teria como cliente em uma empresa
privada – visão liberal
‒Cidadão = cliente, consumidor, usuário dos serviços
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Nova Gestão Pública
• Objetivo da Nova Gestão Pública
‒modernizar o aparelho do Estado, tornando a
administração pública mais eficiente, eficaz e efetiva e
mais voltada para o cidadão, buscando maior
governança, controle por resultados e accountability.
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Governança
• Pilares: par�cipação cidadã, transparência e medição de
resultados.
‒Participação de diversos atores (estado, terceiro setor,
mercado etc.) no desenvolvimento, na gestão de políticas
públicas e no provimento de serviços.
‒Amplia de forma sistemática as oportunidades individuais,
institucionais e regionais;
‒Promove a adoção de modelos de gestão pós ou
neoburocráticos: redes, modelos de gestão orgânicos,
mecanismos amplos de accountability, controle e
permeabilidade.
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Governança
• É um processo complexo de tomada de decisão
que antecipa e ultrapassa o governo.
• Quatro princípios:
‒ relações éticas;
‒ conformidade, em todas as suas dimensões;
‒ transparência;
‒ prestação responsável de contas – accountability
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Nova Gestão Pública
• Prof. Dr. Humberto Falcão Martins:
a) caráter estratégico ou orientado por resultado das decisões;
b) descentralização;
c) flexibilidade;
d) desempenho crescente e pagamento por produtividade;
e) competitividade interna e externa;
f) direcionamento estratégico;
g) transparência e cobrança de resultados (accountability);
h) padrões diferenciados de delegação decisória;
i) separação da política de sua gestão;
j) desenvolvimento de habilidades gerenciais;
k) terceirização;
l) limitação da estabilidade de servidores e regimes temporários de emprego;
m) estruturas diferenciadas.
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Administração – Nova Gestão Pública – Prof. Rafael Ravazolo
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Administração
Aula XX
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4. Fase administrativa (1965 -1985): regulamentada a profissão Técnico de Administração.
Após começo conturbado do regime militar, houve rearticulação dos trabalhadores no final
da década de 70, formando a base que implementou um movimento denominado "novo
sindicalismo".
5. Fase estratégica (1985 a atual): demarcada pela introdução dos primeiros programas de
gestão estratégica de pessoas atrelados ao planejamento estratégico das organizações.
O quadro a seguir mostra a transição da visão sobre as pessoas nas organizações.
A Gestão de Pessoas é o con-
junto de políticas e práticas ne-
cessárias para cuidar do capital
humano da organização, capi-
tal este que contribui com seus
conhecimentos, habilidades e
capacidades para o alcance dos
objetivos institucionais.
Capital humano é o patrimônio
(inestimável) que uma organi-
zação pode reunir para alcançar
vantagens competitivas. Possui
dois aspectos principais:
•• Talento: tipo especial de pessoa, dotada de diferenciais como conhecimento (saber),
habilidade (saber fazer), julgamento (saber analisar o contexto) e atitudes (querer fazer).
•• Contexto: ambiente adequado para que os talentos se desenvolvam. É determinado por:
•• Arquitetura organizacional: desenho da organização e divisão do trabalho – deve ser
flexível, integrador e facilitador da comunicação entre as pessoas.
•• Cultura: conjunto de características que difere uma organização das outras. Deve
inspirar confiança, comprometimento e satisfação.
•• Estilo de gestão: liderança, coaching, delegação, empowerment.
Hoje vivemos na sociedade do conhecimento, na qual o talento humano e suas capacidades
são vistos como fatores competitivos no mercado de trabalho globalizado. Nota-se, também,
que o sucesso das organizações modernas depende, e muito, do investimento nas pessoas, a
partir da identificação, do aproveitamento e do desenvolvimento do capital humano.
Nesse novo contexto, as pessoas são vistas no ambiente de trabalho como:
•• Seres humanos: personalidade própria; diferentes entre si; origens e histórias particulares;
conhecimentos, habilidades e competências distintas.
•• Agentes ativos e inteligentes: fonte de impulso capaz de dinamizar a organização, de
mudá-la, renová-la e torná-la competitiva.
•• Parceiros da organização: a partir de uma relação ganha-ganha, as pessoas são capazes de
conduzir a organização ao sucesso e, por conseguinte, serem beneficiadas.
•• Talentos: portadoras de competências essenciais ao sucesso organizacional, consideradas
o principal ativo, pois agregam inteligência (capital intelectual) ao negócio.
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Administração – Evolução, Papéis e Processos de Gestão de Pessoas – Prof. Rafael Ravazolo
As políticas de GP referem-se às maneiras pelas quais a organização pretende lidar com seus
membros e por intermédio deles atingir os objetivos organizacionais, permitindo (também) o
alcance dos objetivos individuais. Tais políticas são, portanto, como guias de ação que orientam
os processos de GP.
Dentre os objetivos da GP, pode-se destacar:
•• Proporcionar um ambiente com pessoas competentes e motivadas para o alcance dos
objetivos organizacionais e individuais.
•• Desenvolver o capital humano e o capital intelectual – ativos intangíveis da organização;
•• Desenvolver a gestão do conhecimento: habilidades, competências e tecnologias aplicadas
de forma integrada para concretizar a missão e visão.
•• Formar competências essenciais que atendam às demandas dos diferentes stakeholders,
gerando vantagem competitiva.
Cabe, portanto, à moderna GP atuar nesse ambiente complexo, ajudando a organização a
realizar sua missão. Ela também gera competitividade à organização, proporciona pessoas
bem treinadas e motivadas, aumenta a autoatualização e a satisfação das pessoas no trabalho,
mantém a qualidade de vida no trabalho, administra e impulsiona a mudança, mantém políticas
éticas e comportamento socialmente responsável.
GP como responsabilidade de Linha ou função de Staff
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O Macroprocesso de Gestão de Pessoas
A Gestão de Pessoas pode ser vista como um macroprocesso composto por diversos processos.
Tais processos, por sua vez, são compostos pelas distintas atividades que uma organização
realiza para gerenciar as pessoas:
•• Agregar pessoas/talentos à organização;
•• Integrar e orientar;
•• Modelar o trabalho (individual ou em equipe) para torná-lo significativo;
•• Avaliar o desempenho e melhorá-lo continuamente;
•• Recompensar pelo desempenho e alcance de resultados;
•• Comunicar, transmitir conhecimento e proporcionar feedback;
•• Treinar e desenvolver;
•• Proporcionar boas condições de trabalho e melhorar a qualidade de vida;
Na literatura, não há consenso sobre o número de processos que compõem a gestão de pessoas.
Dessa forma, dependendo do autor, as atividades estarão agrupadas de formas distintas.
Modelo 1 - Dutra: três processos.
1. Movimentação: captar, internalizar, transferir, promover, expatriar e recolocar.
2. Desenvolvimento: capacitar, gerir carreira e desempenho.
3. Valorização: remunerar e premiar.
Modelo 2: Chiavenato: seis processos
1. Agregar: recrutamento e seleção.
2. Aplicar: modelagem do trabalho, orientação e avaliação do desempenho.
3. Recompensar: remuneração, benefícios e incentivos.
4. Desenvolver: treinamento, desenvolvimento, aprendizagem e gestão do conhecimento.
5. Manter: higiene, segurança, qualidade de vida e relações sindicais.
6. Monitorar: bancos de dados e sistemas de informações gerenciais.
Resumindo: a gestão de pessoas consiste na maneira pela qual uma instituição se organiza
para gerenciar e orientar o comportamento humano no trabalho, e, para isso, define princípios,
estratégias, políticas e práticas de gestão. Através desses mecanismos, implementa diretrizes e
orienta os estilos de atuação dos gestores e das pessoas.
A seguir, um modelo de diagnóstico de Gestão de Pessoas.
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Administração – Evolução, Papéis e Processos de Gestão de Pessoas – Prof. Rafael Ravazolo
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Slides – Evolução, Papéis e Processos de Gestão de Pessoas
O Papel da Área de RH
• Departamento de RH: mecanicista = contratações por experiência e
conhecimento técnico; folha de pagamento;
Antigamente poder hierárquico + salário = obediência dos funcionários e resultados.
• Sociedade do conhecimento.
• Talento e capacidades humanas são fatores competitivos no mercado de
trabalho globalizado.
Hoje • O sucesso depende do investimento nas pessoas, a partir da identificação,
do aproveitamento e do desenvolvimento do capital intelectual.
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Administração – Evolução, Papéis e Processos de Gestão de Pessoas – Prof. Rafael Ravazolo
RH no Brasil
5 Fases:
1. Fase contábil (até 1930): custos
2. Fase legal (1930 - 1950): leis trabalhistas da era getulista.
3. Fase tecnicista (1950 -1964): função de RH adquire status
orgânico de gerência.
4. Fase administrativa (1965 -1985): regulamentada a profissão
Técnico de Administração. Início da articulação do "novo
sindicalismo".
5. Fase estratégica (1985 a atual)
4
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Visão sobres as pessoas
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Gestão de Pessoas
Gestão de Pessoas é o conjunto de políticas e práticas
necessárias para cuidar do capital humano da organização,
capital este que contribui com seus conhecimentos, habilidades e
capacidades para o alcance dos objetivos institucionais.
Gestão de Pessoas
• Objetivos:
‒Proporcionar um ambiente com pessoas competentes e
motivadas para alcançar os objetivos.
‒Desenvolver o capital humano e o capital intelectual.
‒Gerenciar o conhecimento: competências e tecnologias
aplicadas de forma integrada para concretizar a missão.
‒Formar competências essenciais que atendam às demandas
dos diferentes stakeholders.
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Gestão de Pessoas
• Outros conceitos:
‒Capital humano - patrimônio (inestimável) que uma
organização pode reunir.
o Talento: tipo especial de pessoa, dotada de diferenciais como
conhecimento (saber), habilidade (saber fazer), julgamento
(saber analisar o contexto) e atitudes (querer fazer).
o Contexto: ambiente adequado para que os talentos se
desenvolvam (arquitetura, cultura e estilos de gestão)
‒Capital Intelectual - tecnologia, informação, habilidades e
solução de problemas.
Papéis da GP
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Administração – Evolução, Papéis e Processos de Gestão de Pessoas – Prof. Rafael Ravazolo
Papéis da GP
Tendência:
descentralizar as
decisões e ações de GP
rumo aos gerentes, que
se tornam os gestores
de pessoas.
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Passos da moderna GP
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Passos da moderna GP
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Diagnóstico
de Gestão
de Pessoas
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Administração
Aula XX
RECRUTAMENTO E SELEÇÃO
Recrutamento
É o conjunto de técnicas e procedimentos que visa divulgar as oportunidades de emprego e
atrair candidatos potencialmente qualificados e capazes de ocupar cargos na organização.
O recrutamento pode ser feito de duas formas básicas:
Vantagens Desvantagens
•• Aproveita melhor o potencial humano da
•• Pode bloquear a entrada de novas ideias,
organização.
experiências e expectativas.
•• É mais econômico e mais rápido.
•• Se a organização não oferecer oportuni-
•• Probabilidade de melhor seleção, pois os
dades de crescimento no momento ade-
candidatos são bem conhecidos.
quado, corre o risco de frustrar os em-
•• Incentiva o aperfeiçoamento dos empre-
pregados em suas ambições.
gados.
•• Conflito de interesses e descontenta-
•• Facilita a permanência e a fidelidade dos
mento dos preteridos.
funcionários.
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Recrutamento externo
Utiliza candidatos de fora da empresa.
Vantagens Desvantagens
•• É, geralmente, mais demorado.
•• Agrega novas experiências e conheci- •• É mais caro – despesas com anúncios,
mentos à organização. jornais, empresas de recrutamento.
•• Renova a equipe de trabalho. •• Em princípio, é menos seguro que o
•• Facilita a mudança do status quo. interno.
•• Aumenta o capital intelectual. •• Reduz a fidelidade e a motivação interna
ao oferecer oportunidades a estranhos.
Fontes de recrutamento
São os meios mais utilizados para encontrar candidatos e atraí-los para a seleção.
•• Cadastro de candidatos (internos ou externos) da própria empresa;
•• Universidades, escolas, cursos técnicos e profissionalizantes;
•• Anúncios em jornais e revistas especializadas;
•• Agências de emprego, de outplacement, ou headhunters (caça-talentos);
•• Entidades de classe – sindicatos, associações, conselhos etc.
•• Recomendações, indicações (networking);
•• Sites especializados (virtual).
Seleção
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Administração – Recrutamento e Seleção – Prof. Rafael Ravazolo
A base para a seleção de pessoas está na coleta de informações sobre o cargo a ser preenchido
ou sobre as competências desejadas pela organização.
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Existem diversas formas de se definir as características de um cargo:
•• Descrição do cargo: revela o que o funcionário faz, quando faz, como faz, onde faz e por
que faz. Em suma, relaciona as tarefas e os deveres do cargo.
•• Análise do cargo: revela os requisitos necessários ao ocupante - aptidões, conhecimentos,
habilidades e responsabilidades, bem como os riscos e as condições de trabalho.
•• Técnica dos incidentes críticos: supervisores fazem anotações sobre fatos e
comportamentos das equipes, revelando características desejáveis – que melhoram o
desempenho – e indesejáveis nos futuros contratados.
•• Requisição de pessoal: é o documento emitido pela chefia, solicitando a contratação de
uma pessoa e informando os requisitos para se ocupar o cargo.
•• Análise no mercado: ocorre geralmente quando o cargo é novo na organização e, assim,
por não se saberem as características essenciais, faz-se uma pesquisa no mercado.
•• Hipótese de trabalho: quando nenhuma das demais alternativas pode ser aplicada, resta
estimar/simular o conteúdo do cargo e suas características essenciais.
Em suma, as características advém do mapeamento do trabalho. Assim, produz subsídios para
o recrutamento e a seleção das pessoas, a identificação das necessidades de treinamento, o
planejamento da força de trabalho, a avaliação de cargos e salários, promoções, benefícios etc.
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Perfil do candidato
O perfil "profissiográfico" representa o somatório do perfil psicológico desejado com as
competências gerais, as específicas e o potencial de desempenho do candidato.
Quase sempre, as características individuais estão relacionadas a quatro aspectos principais:
•• As tarefas que serão executadas: cada tipo de tarefa exige um diferente conjunto de
aptidões – fala, escrita, cálculos, força etc.
•• A interdependência com outras tarefas: organização, concentração, coordenação etc.
•• A interdependência com outras pessoas: relação interpessoal, iniciativa, liderança,
subordinação, comunicação etc.
•• A interdependência com a organização: compatibilidade com objetivos organizacionais,
competências requeridas vs. oferecidas.
Com esses dados em mãos, o selecionador faz um desenho do perfil do "candidato modelo".
Técnicas de seleção
Servem para traçar o perfil do candidato avaliado. Dentre os candidatos, será contratado aquele
cujo perfil mais se assemelhe ao “candidato modelo”.
As técnicas de seleção podem ser agrupadas em cinco categorias:
•• Entrevistas
•• Provas de conhecimentos/capacidade
•• Testes psicológicos
•• Testes de personalidade
•• Técnicas de simulação
Entrevistas
É a técnica mais utilizada e permite que o selecionador tenha contato direto com candidato.
Nela, de um lado fica(m) o(s) entrevistador(es) – tomador(es) de decisões –, e de outro, o
candidato.
A técnica consiste em fazer perguntas de forma a aplicar determinados estímulos (verbais,
visuais etc.) para verificar as reações (verbais, gestuais etc.) do candidato e, com isso,
estabelecer as possíveis relações de causa e efeito, ou verificar seu comportamento diante de
determinadas situações.
A entrevista distingue-se de uma simples conversação, pois possui um objetivo definido –
conhecer o candidato. Sendo assim, o melhor aproveitamento da entrevista requer que ela
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seja conduzida de maneira previamente determinada, com planejamento de todos os passos, e
submetida a controle e avaliação.
Vantagens Desvantagens
•• Grande subjetividade, margem de erro e
•• Permite o contato face a face com o variação.
candidato. •• Alguns candidatos (capazes) ficam ner-
•• É mais humana. vosos.
•• Proporciona interação direta. •• Dificuldade de comparar vários candida-
•• Permite avaliar como o candidato se tos entre si.
comporta e ver suas reações. •• Exigência de um entrevistador muito
bem treinado e centrado
Tipos de entrevista
Totalmente padronizada: é estruturada possui roteiro preestabelecido. O entrevistador faz
perguntas padronizadas e previamente elaboradas, solicitando respostas definidas e fechadas
– verdadeiro ou falso, sim ou não, múltipla escolha etc. Ao mesmo tempo em que supera as
limitações de um mau entrevistador, ela limita as ações e a flexibilidade.
Padronizada apenas nas perguntas: as perguntas são previamente elaboradas (como uma
espécie de check list), mas as respostas dos candidatos são abertas – livres.
Diretiva: é uma entrevista de resultados. Determina o tipo de resposta desejada, mas não
especifica as questões, ou seja, deixa as perguntas a critério do entrevistador.
Não diretiva: é a entrevista totalmente livre (exploratória, informal, não estruturada), que
não especifica as questões nem as respostas requeridas. Permite alcançar um maior nível de
profundidade, mas pode ocorrer a omissão ou esquecimento de abordar algum tema.
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Testes Psicológicos
Enquanto provas e entrevistas buscam medir a capacidade atual e as habilidades do candidato,
os testes psicológicos medem as aptidões individuais, oferecendo um prognóstico sobre o
futuro do profissional.
A aptidão representa a predisposição em aprender determinada habilidade de comportamento.
Assim, a aptidão é uma habilidade em estado latente na pessoa e que pode ser desenvolvida ou
não por meio do exercício ou da prática.
O resultado do teste geralmente é um índice que é comparado a escalas ponderadas. Um
exemplo conhecido são os "testes de inteligência".
Os testes psicológicos têm três características que as entrevistas e provas não possuem:
1. Preditor – é capaz de prognosticar o desempenho futuro da pessoa no cargo.
2. Válido – capacidade de medir exatamente aquela variável humana que se propõe a medir.
3. Preciso – quando aplicado várias vezes em uma mesma pessoa, não apresenta distorções
consideráveis em seus resultados.
A Teoria Multifatorial de Thurstone (de Louis L. Thurstone) é uma abordagem conhecida
a respeito das aptidões. Ele definiu sete habilidades mentais primárias (relativamente
independentes e que compõem a estrutura mental das pessoas) e criou um conjunto de testes
para medi-los:
•• V: Verbal comprehension - Compreensão Verbal - leitura, analogias verbais, vocabulário.
•• W: Word fluency - Fluência de Palavras: fala, fluência, domínio do vocabulário.
•• N: Numerical ability – Habilidade Numérica: rapidez e exatidão em cálculos aritméticos.
•• S: Spatial visualization - Relações Espaciais: visualizar relações em duas e três dimensões.
•• M: Associative memory - Memória Associativa: capacidade de memorização e associação.
•• P: Perceptual speed – Percepção rápida: rapidez em identificar diferenças e semelhanças.
•• R: Reasoning - Raciocínio: capacidade de raciocinar indutivamente e dedutivamente.
Além dos fatores específicos, há o Fator G – Inteligência Geral – que condiciona e complementa
todas aptidões.
Howard Gardner, por sua vez, criou a Teoria das Múltiplas Inteligências, que define sete tipos de
inteligências que determinam distintas habilidades: lógico-matemática; verbal e comunicativo-
linguística; musical; espacial; corporal-cenestésica; interpessoal; intrapessoal. Posteriormente
foram incluídas duas inteligências: pictográfica e naturalista (existencialista).
Testes de Personalidade
Personalidade é a integração das distintas características pessoais (um todo).
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Apesar da grande variedade de teorias, há um certo consenso sobre cinco fatores básicos da
personalidade (big five):
•• Extrovertido: energia positiva, sociável, gregário, ativo.
•• Agradável: solidário, cooperativo, flexível, confiável, franco.
•• Consciente: rigoroso, autodisciplina, responsabilidade, planejamento e perseverança.
•• Neurótico: emoções negativas como ansiedade, raiva, depressão e vulnerabilidade.
•• Aberto a experiências: aventura, imaginação, originalidade e curiosidade.
Os testes de personalidade são, portanto, psicodiagnósticos que analisam os diversos traços de
personalidade, aspectos motivacionais, interesses e distúrbios.
Embora não permitam inferências precisas sobre o sucesso profissional do avaliado, tais
testes indicam estados temperamentais, conflitos emocionais, necessidades ou pressões que
impactam na sua vida.
Os testes podem ser genéricos – quando revelam traços gerais de personalidade –, ou
específicos – quando pesquisam determinados traços, como equilíbrio emocional, frustrações,
interesses, motivação etc.
Técnicas de Simulação
Criam situações para os candidatos interagirem e participarem ativamente e, dessa forma,
permitem avaliar seu comportamento em situações pré-determinadas. Exemplos:
•• Provas situacionais: simulam tarefas do cargo, como digitação, operação de equipamentos
etc.
•• Dinâmicas de grupo: deixam de lado a avaliação individual (isolada) e passam a verificar
a ação social. Envolvem jogos e atividades que obrigam os participantes a interagirem,
permitindo que se observe o relacionamento, a integração social, a liderança etc.
•• Psicodrama: busca a expressão da personalidade a partir da representação de um papel.
Dessa forma, o candidato fica livre para expressar seus sentimentos, valores e emoções.
Avaliação e Resultados
Geralmente, escolhe-se mais de uma técnica para cada processo seletivo. Cada técnica auxilia
as demais, fornecendo amplo conjunto de informações sobre os candidatos e facilitando a
escolha do mais adequado à organização.
Cada processo deve ser avaliado em termos de eficiência – insumos utilizados – e de eficácia –
resultados alcançados.
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Agregar Pessoas
• Provimento de pessoas - métodos utilizados para se preencher
uma vaga em aberto.
Mercado de Trabalho:
Empregadores concorrem com salário,
oportunidades, benefícios etc.
X
Pessoas concorrem com sua qualificação – habilidades,
conhecimentos, personalidade etc.
Recrutamento
• Conjunto de técnicas e procedimentos que visa:
‒divulgar as oportunidades de emprego;
‒ procurar/atrair candidatos potencialmente qualificados e
capazes de ocupar cargos na organização.
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Recrutamento interno (in house)
• Utiliza o pessoal da própria organização para o preenchimento
de uma vaga (remanejamento de funcionários).
Vantagens Desvantagens
Recrutamento externo
• Utiliza candidatos de fora da empresa.
Vantagens Desvantagens
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Fontes de recrutamento
Seleção
• Processo de comparação e decisão:
‒escolha da pessoa certa para o cargo certo.
• Objetivo: escolher o(s) candidato(s) mais adequado(s) às
necessidades da organização.
Requisitos do Características do
cargo candidato
Competências Competências
desejadas oferecidas
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Seleção: 4 modelos básicos
• Colocação: um candidato • Seleção: vários candidatos
para uma vaga. para uma vaga.
• Classificação: vários
candidatos para várias vagas. • Agregação de valor: ampliar as
competências da organização.
Características do cargo
• Cargo: conjunto de funções – tarefas, atribuições,
relacionamentos – com uma posição definida na estrutura
organizacional.
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Características do cargo
Formas de se definir as características de um cargo:
Técnica dos incidentes
Descrição do cargo Análise do cargo
críticos
anotações dos supervisores
o que, quando, como, onde
sobre fatos e
e por que o funcionário faz. requisitos necessários ao
comportamentos das
Relação tarefas/ deveres do ocupante.
equipes – características
cargo.
desejáveis e indesejáveis.
documento da chefia
pesquisa de mercado – estimativa/simulação do
solicitando contratação e
características essenciais do conteúdo do cargo e suas
informando os requisitos do
cargo. características essenciais.
cargo.
9
Perfil do Candidato
Perfil
Candidato Modelo
Interdependência com Interdependência com
Aptidões para tarefas: outras tarefas: outras pessoas: relação
fala, escrita, cálculos, organização, interpessoal, iniciativa,
força etc. concentração, liderança, subordinação,
coordenação etc. comunicação etc.
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Técnicas de seleção
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Entrevistas
Procedimento básico:
• Entrevistador (tomador de decisões) aplica estímulos (verbais,
visuais etc.) para verificar as reações (verbais, gestuais etc.) do
candidato e, com isso, estabelecer as possíveis relações de
causa e efeito, ou verificar seu comportamento diante de
determinadas situações.
• Distingue-se de uma simples conversação, pois possui um
objetivo definido – conhecer o candidato.
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1386 www.acasadoconcurseiro.com.br
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Entrevistas
Vantagens Desvantagens
• Permite o contato face a face • Grande subjetividade, margem
com o candidato. de erro e variação.
• É mais humana. • Alguns candidatos (capazes)
• Proporciona interação direta. ficam nervosos.
• Dificuldade de comparar
• Permite avaliar como o
vários candidatos entre si.
candidato se comporta e ver
suas reações. • Exigência de um entrevistador
muito bem treinado e
centrado.
13
Tipos de Entrevista
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Provas de Conhecimento ou Capacidade
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Testes Psicológicos
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1388 www.acasadoconcurseiro.com.br
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Testes Psicológicos
Três características:
• Preditor – capaz de prognosticar o desempenho futuro da pessoa no
cargo.
• Válido – capacidade de medir exatamente aquela variável humana que
se propõe a medir.
• Preciso – quando aplicado várias vezes em uma mesma pessoa, não
apresenta distorções consideráveis em seus resultados.
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Testes de Personalidade
• Personalidade é a integração das distintas características
pessoais (um todo).
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Técnicas de Simulação
Criam situações para os candidatos interagirem e participarem
ativamente.
Exemplos:
• Provas situacionais: simulam tarefas do cargo.
• Dinâmicas de grupo: jogos e atividades de interação.
• Psicodrama: expressão da personalidade a partir da
representação de um papel. O candidato fica livre para
expressar seus sentimentos, valores e emoções.
20
1390 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração
Aula XX
2. instrução: ações educacionais de estrutura simples, montadas para atender aos objetivos
específicos. Exemplos são: manuais, cartilhas, roteiros etc;
5. educação: programas ou conjunto de ações de médio e longo prazo que visam à formação
e à qualificação profissional contínua, como cursos profissionalizantes, graduação e pós-
graduação.
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A figura a seguir demonstra a relação entre essas cinco definições. Quanto mais externamente
posicionado no diagrama, mais complexo e abrangente é o conceito. As linhas tracejadas
trazem a ideia de permeabilidade, ou seja, algumas definições não são estanques e podem ser
comuns a dois ou mais itens.
Treinamento
1392 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Treinamento, Desenvolvimento e Educação – Prof. Rafael Ravazolo
Diagnóstico
Visa identificar as carências de indivíduos e de grupos na execução de tarefas.
O método mais comum de diagnóstico é o Levantamento de Necessidades de Treinamento
(LNT). As necessidades (passadas, presentes e futuras) são verificadas por meio da análise
da organização (missão, visão, objetivos), dos recursos humanos (perfil e competências
necessárias), da estrutura de cargos (requisitos) e dos treinamentos (objetivos e metas para
avaliar a eficiência dos treinamentos).
O LNT pode ocorrer através de questionários ou entrevistas com trabalhadores e chefias,
aplicação de testes, observação, ou mesmo por solicitação direta dos interessados.
Os conhecimentos, habilidades e atitudes trabalhados geralmente possuem cunho:
•• Técnico ou de tarefa - aquisição de conhecimento específico para a execução de tarefas,
como, por exemplo, uso apropriado de equipamentos, sistemas ou ferramentas.
•• Organizacional - comportamento no ambiente de trabalho, papéis e responsabilidades.
•• Pessoal - auto-organização, autogestão, comunicação e habilidades interpessoais.
Desenho
Visa criar, a partir das necessidades levantadas, as condições de aprendizagem que possibilitarão
o desenvolvimento das competências nos funcionários.
Desenhar um treinamento é planejar; definir os parâmetros para maximizar a aprendizagem
com menor dispêndio de esforço, tempo e dinheiro; decidir quem, como, em que, por quem,
onde, quando e para que treinar.
O treinamento pode ser realizado no cargo ou utilizando técnicas de classe (sala de aula e
instrutor). Há diversas técnicas de treinamento:
Leitura: usada para transmitir informações. Envolve uma situação de mão única, na qual um
instrutor apresenta verbalmente informação a um grupo de ouvintes, que participam ouvindo
e não falando.
Instrução programada: transmite informações sem utilizar um instrutor humano. Pequenas
partes da informação são apresentadas individualmente (geralmente por meio de questões de
múltipla escolha ou verdadeiro e falso) e o treinando deve escolher sua resposta para mostrar
que compreendeu a informação. Pode ser computadorizada, mostra imediatamente se estão
certos ou errados e permite o estudo a distância, mas não apresenta as respostas corretas.
Treinamento em classe: é o método mais usado, sendo realizado fora do ambiente de trabalho,
em uma sala de aula com um instrutor.
Computer-based training: usa a tecnologia da informação (DVD, CD, disquete e multimídia –
gráficos, animações, vídeos etc.).
E-learning: chamado de Web-based training, utiliza a internet para transmitir conhecimentos e
interagir com os participantes.
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Implementação
É a aplicação prática do que foi planejado.
O sucesso de um treinamento passa pela didática e preparo técnico dos instrutores, pela lógica
da apresentação dos assuntos, pela qualidade e uso correto dos recursos didáticos e pelo uso
da técnica adequada de ensino.
Muitas vezes, a execução do treinamento centra-se na relação instrutor-treinando. Os
instrutores podem ser pessoas da própria organização ou de fora, especialistas ou experientes
em determinada área ou atividade, que transmitem suas instruções de maneira organizada.
Avaliação
A avaliação, último componente, é a verificação da eficiência, eficácia e efetividade do
treinamento. Significa avaliar se o resultado obtido convergiu com o que foi planejado e supriu
as necessidades levantadas para aquele grupo, gerando resultados práticos.
O modelo de Kirkpatrick é um dos mais conhecidos em termos de avaliação. Ele a divide em
quatro níveis: reação, aprendizado, desempenho e resultado.
a) Reação: é medida imediatamente após o curso; mensura a satisfação e percepção do aluno
quanto à experiência de treinamento - conteúdo, metodologia, instalações etc.;
b) Aprendizado: é realizado por meio de testes e avalia se o aluno aprendeu o que foi proposto,
se adquiriu os conhecimentos e habilidades;
c) Desempenho: avalia o impacto do treinamento no comportamento e nas atitudes no
trabalho;
d) Resultado: mede se houve impacto positivo na organização. Resultados podem incluir
aumento da produção e da qualidade, diminuição de custos, redução de acidentes etc.
Desenvolvimento
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Administração – Treinamento, Desenvolvimento e Educação – Prof. Rafael Ravazolo
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Métodos para o desenvolvimento de pessoas
Existem técnicas de desenvolvimento de habilidades pessoais no cargo atual e fora de cargo.
No cargo:
Rotação de cargos: também chamado job rotation, significa a movimentação (vertical e
horizontal) de pessoas por várias posições na organização com o intuito de expandir suas
habilidades, conhecimentos, atitudes e capacidades. Em suma, ela gera uma visão sistêmica e
transforma especialistas em generalistas.
Posições de Assessoria: significa dar a oportunidade para que a pessoa com elevado potencial
trabalhe provisoriamente sob a supervisão de um gerente bem sucedido em diferentes áreas
da organização, ou seja, a pessoa realiza diferentes tarefas com o apoio de um gerente.
Aprendizagem prática: a pessoa se dedica a um trabalho de tempo integral para analisar e
resolver problemas em certos projetos ou em outros departamentos.
Atribuição de comissões: dar oportunidade para a pessoa participar de comissões de trabalho
e, dessa forma, compartilhar da tomada de decisões, apreender pela observação e pesquisar
problemas específicos da organização.
Participação em treinamentos e seminários externos (outdoor): oferece a oportunidade de
adquirir novos conhecimentos (que não existem na organização) e desenvolver habilidades
conceituais e analíticas.
Exercícios de simulação: busca criar um ambiente similar às situações reais em que a pessoa
trabalha, porém, sem os altos custos envolvidos em ações reais indesejáveis. Ex: jogos de
empresas (competições internas) e estudos de caso (analisar um problema descrito).
Coaching: Coach é, em suma, um treinador que tem a missão de ajudar o seu cliente a atingir
objetivos e corrigir eventuais falhas no comportamento. Algumas organizações contratam uma
pessoa externa à organização - coach - para assessorar determinado funcionário e orientar seu
desenvolvimento pessoal e profissional.
Fora do cargo:
Mentoring (tutoria): um funcionário sênior (geralmente executivo da cúpula) atua como tutor.
Dessa forma, ele patrocina e apoia um funcionário menos experiente, seja servindo de exemplo,
seja orientando a pessoa em sua carreira.
Aconselhamento de funcionários: é semelhante à tutoria, mas difere em um aspecto: ocorre
quando surge algum problema de desempenho e o foco da discussão é relacionado com o
processo de disciplina.
Responsabilidade socioambiental: algumas organizações estimulam a participação de
funcionários em atividades socioambientais para que estes tenham maior compreensão da
sociedade em que vivem, dos problemas e das possíveis soluções. Nesse sentido, desenvolve-
se não só o profissional, mas também o caráter e a participação como cidadão, colaborando
para a construção de uma sociedade mais justa.
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Gestão da Carreira
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•• fazer constante autoavaliação, analisando qualidades, interesses e potencial;
•• estabelecer objetivos de carreira e traçar um plano realista para alcançá-lo;
•• implementar o plano, capacitando-se para competir pelas oportunidades e para atingir as
metas.
Estruturas de carreira
Existem três formatos principais de carreira – em linha, em rede e paralela –, sendo que as
paralelas podem apresentar variações.
Estruturas em linha
A sequência de posições está alinhada em uma única direção e não há alternativas para as
pessoas. Dá mais importância aos cargos gerenciais e, uma vez que as posições gerenciais são
em número menor, torna-se um fator inibidor do desenvolvimento profissional do indivíduo.
Estruturas em rede
Oferecem várias opções para cada posição na empresa. Propiciam o crescimento do profissional
pelo conhecimento profundo em áreas diferentes. Nesse caso, as promoções verticais são mais
lentas e a integração entre as diversas áreas é maior.
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Estruturas paralelas
Procura valorizar o trabalho do especialista e satisfazer às necessidades individuais dos
profissionais. Permite remuneração igual a cada grau, tanto pela ascensão gerencial, como pela
linha de especialização técnica.
Paralela em Y
A carreira em “Y” permite um crescimento, em termos de cargo e de remuneração, paralelo
à estrutura hierárquica tradicional, abrindo para um especialista a possibilidade de ter
remuneração básica, benefícios e outras vantagens em níveis equivalentes aos de um gerente,
e até um diretor.
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Os níveis iniciais são básicos, e, a partir de certo patamar da estrutura da carreira, o profissional
pode optar por seguir cargos gerenciais ou tipicamente técnicos.
Desenvolvimento Organizacional
Desenvolvimento Organizacional (DO) é uma abordagem especial de mudança organizacional
na qual os próprios funcionários formulam a mudança necessária e a implementam.
Funciona como um processo planejado e negociado de mudança organizacional, buscando
incrementar a eficácia organizacional e o bem-estar das pessoas.
O DO faz um diagnóstico da situação (pesquisa) e uma intervenção para alterar a situação
(ação), ou, em outras palavras, aplica conhecimentos das ciências comportamentais para
mudar atitudes, valores e crenças dos funcionários a fim de melhorar a qualidade do trabalho
e dos resultados.
Percebe-se, portanto, três fases: Diagnóstico - pesquisa sobre a situação atual; Intervenção -
ação para alterar a situação atual; e Reforço - incentivo para estabilizar a nova situação.
1400 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Treinamento, Desenvolvimento e Educação – Prof. Rafael Ravazolo
Educação
Conforme dito anteriormente, a educação é o conceito mais amplo dentre aqueles relacionados
ao aprendizado e ao crescimento. Ela é obtida por meio de programas ou conjuntos de ações
de médio e longo prazo que visam à formação e à qualificação profissional contínua.
No ambiente organizacional, tem-se a chamada Educação Corporativa.
Educação corporativa
Educação corporativa é mais do que treinamento ou qualificação.
Ela pode ser definida como uma prática coordenada de gestão de pessoas e de gestão do
conhecimento, tendo como orientação a estratégia de longo prazo de uma organização.
Trata-se de articular as competências – individuais e organizacionais – com uma cultura de
aprendizado contínuo, proporcionando a aquisição de novas competências vinculadas às
estratégias. Nesse sentido, práticas de educação corporativa estão relacionadas ao processo de
inovação e ao aumento da competitividade das organizações.
A educação corporativa procura desenvolver um "novo trabalhador", que enfatiza as
competências, soluciona problemas, trabalha em equipe, pensa e age em sistemas interligados,
e assume responsabilidades no trabalho.
Segundo a literatura, a educação corporativa é justificada pela incapacidade do Estado em
fornecer para o mercado mão de obra adequada. As empresas, ao invés de esperarem que as
escolas tornassem seus currículos mais relevantes para a realidade empresarial, resolveram
percorrer o caminho inverso e levaram a escola para dentro da empresa. Desta forma, houve
mudanças globais no mercado de educação, fazendo com que organizações chamassem para si
essa responsabilidade na direção de projetos educacionais.
Esse modelo educativo oferecido pelas empresas abrange várias modalidades de ensino, tais
como: cursos técnicos (inglês, informática etc.), educação básica (ensino fundamental e médio),
pós-graduação lato sensu, entre outros.
As novas tecnologias representam valiosas ferramentas para a educação corporativa. Através
das ferramentas tecnológicas, o trabalhador pode aprender por meio de videoconferências, de
cursos ministrados pela Internet, ou até mesmo pela Intranet da empresa. Nesse contexto, não
existe mais a necessidade de o trabalhador ausentar-se para fazer a capacitação, uma vez que o
conhecimento “vai a ele”.
Para gerir este sistema complexo de educação corporativa, algumas instituições criaram
Universidades Corporativas. Existem instituições que contam com espaços físicos próprios,
www.acasadoconcurseiro.com.br 1401
enquanto outras atuam apenas em espaços virtuais, através da modalidade da educação a
distância. Algumas capacitam apenas os funcionários, outras ampliam suas vagas a familiares
dos funcionários, fornecedores, clientes e à comunidade em geral.
Uma grande dificuldade encontrada pelas empresas está na certificação dos cursos de educação
formal. Somente instituições acadêmicas credenciadas pelo Ministério da Educação (MEC) ou
secretarias de educação (no caso da Educação Básica) podem emitir diplomas. A estratégia
encontrada pelas empresas foi realizar parcerias com escolas e universidades acadêmicas
(tradicionais). Essas parcerias podem ser para validar a certificação dos cursos, como também
para formatar um curso de acordo com a encomenda da empresa.
1402 www.acasadoconcurseiro.com.br
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Desenvolver Pessoas
Educação
Desenvolvimento
Treinamento
Instrução
Informação
Treinamento
• Processo de assimilação cultural a curto prazo.
• Foco no cargo atual.
• Objetivo: repassar
conhecimento, habilidades
ou atitudes relacionadas
à execução do trabalho.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1403
Treinamento - estratégias
• Exposição - mão única - instrutor apresenta verbalmente
informação a um grupo de ouvintes, que participam ouvindo e
não falando.
• Instrução programada - sem utilizar um instrutor humano.
• Treinamento em classe: fora do ambiente de trabalho, em uma
sala de aula com um instrutor.
• Computer-based training: usa tecnologia da informação - DVD,
CD, disquete, multimídia etc.
• E-learning: internet
• Outros: discussão em grupo, dramatizações, estudos de caso,
jogos, leituras
3
Treinamento - Avaliação
• Nível Organizacional: aumento da eficácia, melhoria da imagem,
do clima e do relacionamento empresa-empregados, facilita as
mudanças e inovações, aumento da eficiência.
• Nível de Recursos Humanos: reduz o absenteísmo, reduz a
rotatividade, aumento da eficiência individual dos empregados,
aumento do conhecimento, mudanças nas atitudes e de
comportamentos.
• Nível de Tarefas: aumenta a produtividade, melhora a qualidade
dos produtos e serviços, reduz o fluxo de produção, melhora o
atendimento ao cliente, reduz o índice de acidentes e de
manutenção de máquinas e equipamentos.
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Treinamento - Avaliação
1) Reação
É medida imediatamente após o curso; mensura a satisfação e percepção do aluno quanto ao
conteúdo, metodologia, instalações etc.
2) Aprendizado
É realizado por meio de testes e avalia se o aluno aprendeu o que foi proposto.
3) Desempenho
Avalia se a participação no treinamento refletiu no comportamento e atitudes no trabalho.
4) Resultado
Mede se os objetivos do treinamento foram alcançados, se houve impacto positivo na
organização. 5
Desenvolvimento
• Conjunto de experiências de aprendizagem para gerar
crescimento pessoal e profissional do funcionário -
programas de qualidade de vida no trabalho, orientação
profissional e autogestão de carreira, treinamentos etc.
• Foco no futuro.
• Gestão da carreira: um plano de carreira orienta e
estabiliza as experiências profissionais em um processo
contínuo, visando atender aos objetivos e interesses das
duas partes.
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Métodos de desenvolvimento
‒Rotação de funções/cargos;
‒Posições de Assessoria;
‒Aprendizagem prática;
‒Atribuição de Comissões;
‒Treinamentos e seminários externos;
‒Exercícios de simulação;
‒Coaching e Mentoring;
‒Aconselhamento;
‒Responsabilidade socioambiental;
7
Desenvolvimento
• Estruturas de carreira:
‒ Em linha:
- Em rede:
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Desenvolvimento
• Estruturas de carreira:
‒ Estrutura totalmente paralela:
- Paralela em Y:
Educação
• Conceito amplo. Obtida por meio de programas de
médio e longo prazo que visam à formação e
qualificação profissional contínua.
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Decreto nº 5.707
Política e as Diretrizes para o Desenvolvimento de Pessoal da Administração
Pública Federal direta, autárquica e fundacional:
I - capacitação: processo permanente e deliberado de aprendizagem, com o
propósito de contribuir para o desenvolvimento de competências institucionais
por meio do desenvolvimento de competências individuais;
II - gestão por competência: gestão da capacitação orientada para o
desenvolvimento do conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes
necessárias ao desempenho das funções dos servidores, visando ao alcance dos
objetivos da instituição; e
III - eventos de capacitação: cursos presenciais e à distância, aprendizagem em
serviço, grupos formais de estudos, intercâmbios, estágios, seminários e
congressos, que contribuam para o desenvolvimento do servidor e que atendam
aos interesses da administração pública.
11
1408 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração
Aula XX
COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL
Dentro do C.O. existem variáveis independentes (que são as causas) e as variáveis dependentes
(as consequências).
www.acasadoconcurseiro.com.br 1409
Variáveis independentes:
Equilíbrio organizacional
Na visão da Gestão de Pessoas, ocorre quando as contribuições dadas pelos funcionários são
compatíveis, em quantidade e qualidade, com as recompensas ofertadas pela organização.
Postulados básicos
•• Uma organização é um sistema de comportamentos sociais inter-relacionados de
numerosas pessoas, que são os participantes da organização;
•• Cada participante e cada grupo de participantes recebe incentivos (recompensas) em troca
dos quais faz contribuições à organização;
•• Todo o participante manterá sua participação na organização enquanto os incentivos que
lhe são oferecidos forem iguais ou maiores do que as contribuições que lhe são exigidos;
•• As contribuições trazidas pelos vários grupos de participantes constituem a fonte na qual a
organização se supre e se alimenta dos incentivos que oferece aos participantes;
•• A organização continuará existindo somente enquanto as contribuições forem suficientes
para proporcionar incentivos para induzirem os participantes à prestação de contribuições.
Conceitos básicos
•• Incentivos ou alicientes: aquilo que a organização oferece (salários, benefícios, prêmios de
produção, elogios, promoções, reconhecimento etc.)
•• Utilidade dos incentivos: valor de utilidade que cada indivíduo atribui ao incentivo.
•• Utilidade das contribuições: é o valor que o esforço de cada indivíduo tem para a
organização, a fim de que esta alcance seus objetivos.
1410 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Conceitos Básicos de Comportamento Organizacional – Prof. Rafael Ravazolo
Participantes
Participantes são todos aqueles que recebem incentivos da organização e que trazem
contribuições para sua existência. Nem todos os participantes atuam dentro da organização,
mas todos eles mantêm uma relação de reciprocidade com ela.
Existem cinco classes de participantes: empregados, investidores, fornecedores, distribuidores
e consumidores.
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Slides – Comportamento Organizacional
Comportamento Organizacional
• Investiga os impactos que os indivíduos, os grupos e a estrutura têm
sobre o comportamento dentro de uma organização.
• 3 níveis de estudo: o indivíduo, o grupo e o sistema organizacional.
‒ Variáveis individuais: características biográficas como idade, sexo e
estado civil; personalidade; valores; atitudes; habilidades; percepção;
tomada de decisão individual; aprendizagem e motivação.
‒ Variáveis grupais: psicologia social; dinâmica de grupos; tomada de
decisão em grupo; liderança e confiança; comunicação; equipes de
trabalho; conflitos; poder; política.
‒ Variáveis organizacionais: estrutura organizacional formal; quadro
funcional - cargos; hierarquia; planejamento; processos de trabalho;
políticas de RH; cultura; mudança.
1
Comportamento Organizacional
• 5 principais ciências que contribuem para o estudo do CO:
Ciência Unidade de Análise Principais Contribuições
Personalidade, satisfação, motivação,
Psicologia Indivíduo emoções, treinamento, aprendizagem,
avaliação, decisões individuais, seleção.
Mudança comportamental,
Psicologia Social Grupo
comunicação, processos grupais.
Grupo e Dinâmica de grupo/intergrupo, cultura,
Sociologia
Sistema Organizacional poder, comunicação, conflito, mudança.
Grupo e Cultura, ambiente organizacional,
Antropologia
Sistema Organizacional análises comparativas: valores/atitudes.
Conflito, poder, políticas
Ciência Política Sistema Organizacional intraorganizacionais.
2
1412 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Conceitos Básicos de Comportamento Organizacional – Prof. Rafael Ravazolo
Comportamento Organizacional
Comportamento organizacional
Equilíbrio Organizacional: reciprocidade
‒Consequência da interação psicológica entre a pessoa e a
organização - ambos oferecem algo e esperam algo em troca.
o Incentivos ou alicientes: aquilo que a organização oferece
Utilidade: valor que a pessoa dá ao incentivo.
o Contribuições: aquilo que cada pessoa dá à organização
Utilidade: valor que o esforço de cada indivíduo tem para a
organização.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1413
Desempenho
• No contexto do Comportamento Organizacional:
DESEMPENHO
=
Capacidade pessoal (conhecimentos + habilidades)
+
Motivação (atitudes)
+
Suporte Organizacional
5
1414 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração
Aula XX
Materiais
A Instrução Normativa 205/88 da Secretaria de Administração Pública da Presidência define
material como “[...] designação genérica de equipamentos, componentes, sobressalentes,
acessórios, veículos em geral, matérias-primas e outros itens empregados ou passíveis de
emprego nas atividades das organizações públicas federais [...]”.
Material é, em suma, todo bem que pode ser contado, registrado e que tem por função
atender às necessidades de produção ou de prestação de serviço de uma organização pública
ou privada.
Obs.: a Instrução Normativa 205/88 da SEDAP é um dos principais instrumentos que rege o
controle de material, tanto de consumo, quanto permanente, na Administração Pública Federal.
Ela consta no final desta apostila e recomenda-se fortemente sua leitura.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1415
a) A relação custo de aquisição/custo de controle do material – previsto no item 3.1 da
Instrução Normativa nº 142 DASP (Departamento Administrativo do Serviço Público), que
determina, nos casos dos materiais com custo de controle maior que o risco da perda do
mesmo, que o controle desses bens seja feito através do relacionamento do material (relação-
carga) e verificação periódica das quantidades. De um modo geral, o material de pequeno custo
que, em função de sua finalidade, exige uma quantidade maior de itens, redunda em custo alto
de controle, devendo ser, portanto, classificado como de consumo;
b) Se o bem está sendo adquirido especificamente para compor o acervo patrimonial da
Instituição – nestas circunstâncias, este material deve ser classificado sempre como um bem
permanente.
Administração de Materiais
A partir do conceito de Administração (“empreendimento de esforços para planejar, organizar,
dirigir e controlar pessoas e recursos de forma a alcançar os objetivos organizacionais”),
conclui-se que a Administração de Recursos Materiais é o conjunto de atividades que tem por
objetivo planejar, coordenar e controlar os materiais adquiridos e usados por uma organização
com base nas especificações dos produtos.
A importância da administração de materiais pode ser facilmente percebida quando os
bens necessários não estão disponíveis no momento exato para atender as necessidades de
mercado. Os problemas gerados por essa falha têm grande impacto na organização.
Um sistema de materiais deve estabelecer uma integração desde a previsão de vendas,
passando pelo planejamento de programa-mestre de produção, até a produção e a entrega do
produto final. Deve estar envolvido na alocação e no con- trole da maior parte dos principais
recursos de uma empresa: instalações, equipa- mentos, recursos humanos, matérias-primas e
outros materiais.
Segundo Dias (2009), uma tradicional organização de um sistema de materiais pode ser
dividida nas seguintes áreas de concentração: controle de estoques; compras; almoxarifado;
planejamento e controle da produção; importação; transportes e distribuição.
Controle de estoques: o estoque é necessário para que o processo de produção/vendas da
empresa opere com um número mínimo de preocupações e desníveis. Os materiais em es-
toque podem ser de três tipos básicos: matéria-prima, produtos em fabricação e produtos
acabados. O setor de controle de estoque acompanha e controla o nível de estoque e o
investimento financeiro envolvido.
Compras: preocupa-se sobremaneira com o estoque de matéria-prima e de todos os insumos
necessários para sua produção ou comercialização. É da responsabilidade de compras assegurar
que as matérias-primas, material de embalagem e peças exigidas pela produção estejam à
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Administração – Processo de Gestão de Materiais – Prof. Rafael Ravazolo
disposição nas quantidades certas, nos períodos desejados, nas especificações corretas e com o
menor preço. Compras não somente é responsável pela quantidade e pelo prazo, mas também
precisa realizar a compra em preço mais favorável possível, já que o custo desses insumos é
componente fundamental no custo do produto.
Almoxarifado: também chamado de armazém ou depósito, é o responsável pela guarda física
dos materiais em estoque, com exceção dos produtos em processo. É o local onde ficam
armazenados os materiais, incluindo os entregues pelos fornecedores, para atender à produção.
Planejamento e Controle da Produção(PCP): responsável pela programação e pelo controle
do processo produtivo. Em algumas empresas ele não se encontra subordinado à área de
materiais, e sim à de produção. Porém, já se encontra em evolução a ideia de que o PCP
deve ficar subordinado à área de materiais. É um setor bastante específico e muito técnico,
dependendo principalmente do tipo de processo.
Importação: compreende a realização de uma compra, só que no exterior. Devido ao excesso
de legislação muito especializada e por ser uma atividade compradora, o setor de importação
subordina-se à área de materiais. É o responsável por todo o processo de importação de
mercadorias, inclusive o desembaraço aduaneiro. Em alguns casos também acompanha e
realiza o processo de exportação, que é uma venda; não realiza a venda, mas o processo legal-
administrativo da exportação.
Transporte e Distribuição: a colocação do produto acabado nos clientes e as entregas das
matérias-primas na fábrica são de responsabilidade do setor de transportes e distribuição.
É nesse setor que se coordena a administração da frota de veículos, e/ou onde também são
contratadas as transportadoras que prestam serviços de entrega e coleta.
Viana (2006) afirma que os principais processos envolvidos na administração de materiais são:
cadastramento, gestão, compras, recebimento, almoxarifado e inventário físico.
A figura a seguir mostra a relação entre os processos.
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•• Cadastramento tem como objetivo registrar os materiais necessários para a operação e
manutenção da organização, além de elaborar catálogos que são utilizados por outros
setores.
•• Gestão utiliza técnicas que possibilitam o equilíbrio entre estoque e consumo, além de
definir níveis de ressuprimento e acompanhar sua evolução.
•• Compras tem a finalidade de suprir as necessidades da organização por meio da aquisição
de materiais e de serviços, atentando para as melhores condições comerciais e técnicas.
•• Recebimento busca o desembaraço dos materiais adquiridos o mais rápido possível,
controlando a quantidade, o prazo, o preço e a qualidade do material entregue.
•• Almoxarifado é responsável por garantir a guarda dos materiais, preservando a integridade
destes até que sejam consumidos.
•• Inventário físico é a auditoria de estoques que ficam em poder do almoxarifado, visando
garantir a confiabilidade e exatidão dos registros físicos e contábeis.
Dentro desses processos, são realizadas atividades como Programação de entregas, Transportes,
Controle e Manutenção dos estoques, Armazenagem e Manuseio de Materiais, Processamento
do pedido dos clientes, Programação do Produto, Embalagem de Proteção e Manutenção da
Informação.
Todas essas atividades devem ser feitas da forma mais eficiente e econômica possível.
A seguir, uma figura representativa de algumas das atividades da Administração de Materiais.
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Administração – Processo de Gestão de Materiais – Prof. Rafael Ravazolo
Almoxarifado
Dentro da Administração de Materiais, o almoxarifado possui um papel fundamental: é o
“guardião”, responsável pelo recebimento, armazenagem, controle e expedição dos materiais
de uma organização.
O almoxarifado pode ser coberto ou não, com condições climáticas controláveis ou não, com
alto nível de segurança ou não, tudo dependendo do tipo de material a ser acondicionado e das
normas necessárias para o correto acondicionamento, localização e movimentação.
Usualmente, as empresas possuem em sua organização cinco almoxarifados básicos, que
são: almoxarifado de matérias-primas, almoxarifado de materiais auxiliares, almoxarifado de
manutenção, almoxarifado intermediário, almoxarifado de acabados.
•• Matérias-primas são itens comprados e recebidos, mas que ainda não entraram no
processo de produção.
•• Material auxiliar ajuda na transformação da matéria prima em produto pronto, porém, não
está incluso nele.
•• Almoxarifado de manutenção é onde estão as peças que servem de apoio à manutenção
dos equipamentos.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1419
•• Almoxarifado intermediário, também conhecido como peças em processos (WIP – Work in
Process), contém matérias-primas que já entraram no processo de produção.
•• Produtos Acabados referem-se aos produtos cujo processamento foi completado, aqueles
prontos para serem entregues aos consumidores.
Entre os principais objetivos do almoxarifado, pode-se destacar:
•• Impedir divergência de inventários, seja por deterioração, danos físicos, perdas ou
roubos. Para tanto, deve-se possuir condições (instalações adequadas, sistema de
localização eficiente, mecanismos de movimentação compatíveis) para assegurar que o
material adequado, na quantidade correta, esteja no local certo quando necessário;
•• Otimização na utilização dos recursos (instalações, equipamentos de armazenagem,
equipamentos de movimentação, pessoas, entre outros).
O almoxarifado não agrega valor ao produto, afinal, nenhum cliente irá pagar mais porque o
item ficou mais tempo armazenado. Deve-se, portanto, buscar maior eficiência nos processos
(reduzir as distâncias internas, aumentar o tamanho médio das unidades armazenadas,
melhorar a utilização da capacidade volumétrica etc.).
As principais atribuições do
almoxarifado são:
•• Receber para guarda e proteção
os materiais adquiridos pela
empresa.
•• Manter atualizados os registros
necessários.
•• Entregar os materiais mediante
requisições autorizadas aos
usuários da empresa.
1420 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Geral
FUNDAMENTOS DE LOGÍSTICA
O que é
Ronald Ballou (2001) afirma que a logística é vital para as organizações, pois trata de todas
atividades de movimentação e armazenagem que facilitam o fluxo de produtos desde o ponto
de aquisição da matéria-prima até o ponto de consumo final, assim como fluxos de informações
que colocam os produtos em movimento, com o propósito de providenciar níveis de serviço*
adequados aos clientes a um custo razoável.
* O Nível de Serviço pode ser definido como sendo a qualidade (prazo combinado/
atendido, confiabilidade, integridade da carga, atendimento etc.) na ótica do cliente.
Às vezes, face à necessidade de um Nível de Serviço melhor solicitado pelo cliente, este
pode aceitar arcar com um custo maior. O Nível de Serviço deve ser estabelecido em
contrato antes de se iniciar qualquer atividade, principalmente as atividades logísticas.
Portanto, a primeira informação contratual que deve ser estabelecida com o cliente é
qual o Nível de Serviço que ele deseja adquirir.
Novaes (2007) sintetiza este pensamento sobre Logística na figura a seguir.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1421
Ballou complementa seu conceito, definindo que a Logística Empresarial estuda como a
Administração pode prover melhor nível de rentabilidade no processo de pleno atendimento
do mercado e satisfação completa ao cliente, com retorno garantido ao empreendedor, por
meio de de planejamento, organização e controles efetivos para as atividades de armazenagem,
programas de produção e entregas de produtos e serviços com fluxos facilitadores do sistema
organizacional e mercadológico.
O Council of Supply Chain Management Professionals (CSCMP) segue a mesma linha de Ballou:
logística é processo de planejar, implementar e controlar de maneira eficiente e eficaz o fluxo
(para a frente e reverso) e a armazenagem de produtos, bem como informações e serviços
relacionados, cobrindo desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o objetivo de
atender aos requisitos do consumidor.
O CSPMP fornece uma visão abrangente das atividades de gerenciamento de logística:
gerenciamento de transporte, gestão de frotas, armazenagem, manuseio de materiais,
atendimento de pedidos, projeto da rede logística, gestão de estoque, planejamento de oferta/
demanda e gestão dos prestadores de serviços logísticos terceirizados. Em graus variados,
a função logística também inclui aquisições, planejamento e programação da produção,
embalagem e montagem, e serviço ao cliente. Gestão de logística, portanto, é uma função
integradora que coordena e otimiza todas as atividades de logística e as integra com outras
funções, incluindo marketing, vendas, manufatura, finanças e tecnologia da informação.
A seguir, outras definições de Logística:
•• Hamilton Pozo: processo de gerenciar estrategicamente a aquisição, a movimentação
e a armazenagem de materiais, peças e produtos acabados e, também, seus fluxos
de informações através da organização e seus canais, de modo a poder maximizar as
lucratividades presente e futura mediante atendimento dos pedidos a baixo custo e a plena
satisfação do cliente.
•• Sobral e Peci: processo de planejamento, implementação e controle eficiente e eficaz
do fluxo e da armazenagem de mercadorias, serviços e informações relacionadas desde
o ponto de origem até o ponto de consumo, com o objetivo de atender às necessidades
do cliente. Integra, coordena e controla a movimentação de materiais, o inventário de
produtos acabados e as informações relacionadas (dos fornecedores), através de uma
empresa para satisfazer às necessidades dos clientes.
•• Petrônio Martins: processo de planejamento, implementação e controle da eficiência, e
do custo efetivo relacionado ao fluxo de armazenagem de matéria-prima, material em
processo e produto acabado, bem como do fluxo de informações do ponto de origem ao
ponto de consumo com o objetivo de atender às exigências do cliente.
Percebe-se, pelas definições, que a logística constitui a maneira de lidar com materiais, desde
matérias-primas até quando se transformam em produtos acabados em direção ao cliente
final. Modernamente, envolve também as finanças no fluxo entre os parceiros e procura
incrementar esse fluxo por meio de uma variedade de meios, como métodos, técnicas,
modelos matemáticos, tecnologia da informação (TI) e softwares. Com as preocupações
ambientais e sociais, a logística ampliou o fluxo de materiais, passando a envolver também o
envio dos resíduos dos produtos dos clientes para o reprocessamento por parte dos fabricantes
e fornecedores (logística reversa).
1422 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Geral – Logística – Prof. Rafael Ravazolo
É comum pessoas confundirem administração de materiais com logística, por diversas razões.
As áreas são muito próximas, e os conceitos que antes eram somente de administração de
materiais hoje englobam situações logísticas. A logística de hoje agrega todas as atividades
estudadas pela administração de materiais.
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Fluxo logístico
Pozo (2010) define a Logística como um novo processo integrado de administração dos recur-
sos financeiros, materiais e de informação referente ao pleno atendimento do cliente. Existem,
portanto, três tipos de fluxos logísticos: os fluxos de informação, o fluxo físico e o fluxo finan-
ceiro.
•• Fluxo de informação: refere-se ao controle dos dados técnicos e administrativos, de forma
a acompanhar os materiais e processos de fabricação, bem como os fluxos físico, financeiro
e dados comerciais sobre os produtos e seus mercados em toda a cadeia de abastecimento.
•• Fluxo físico: possui dupla dimensão – o deslocamento físico dos produtos (formas de trans-
porte) e as intervenções humanas de apoio (controle de carga e descarga, preparação de
pedidos, manutenção de estoques etc.).
•• Fluxo financeiro: refere-se às atividades de movimentação financeira decorrente das ope-
rações logísticas.
1424 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Geral – Logística – Prof. Rafael Ravazolo
Atividades Primárias
Transporte: é uma das atividades
logísticas mais importantes, sim-
plesmente porque ela absorve,
em média, de um a dois terços dos
custos logísticos. É essencial, por-
que nenhuma organização moder-
na pode operar sem providenciar
a movimentação de suas matérias-
primas ou de seus produtos acaba-
dos para serem levados, de algu-
ma forma, até ao consumidor final.
Ele refere-se aos vários modelos
disponíveis para se movimentar
matéria-prima, materiais, produtos e
serviços, e os modais utilizados são:
rodoviário, ferroviário, hidroviário,
dutoviário e o aeroviário.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1425
Manutenção de estoques: busca atingir um grau razoável de disponibilidade do produto em
face de sua demanda (os estoques agem como amortecedores entre a oferta e a demanda). A
grande preocupação da administração de estoques envolve manter seus níveis os mais baixos
possível, e ao mesmo tempo prover a disponibilidade desejada pelos clientes. Os estoques, em
média, são responsáveis por aproximadamente um a dois terços dos custos logísticos. Enquan-
to o transporte adiciona valor de lugar ao produto, o estoque agrega valor de tempo.
Processamento de pedidos: sua importância deriva do fato de ser um elemento crítico em ter-
mos do tempo necessário para levar bens e serviços aos clientes, em relação, principalmen-
te, à perfeita administração dos recursos logísticos disponíveis. Dá partida ao processo de
movimentação de materiais e produtos bem como a entrega desses serviços.
Atividades de Apoio
Armazenagem: envolve a administração dos espaços necessários para manter os materiais es-
tocados, que podem ser internamente, na fábrica, como em locais externos, mais próximos
dos clientes. Essa ação envolve fatores como localização, dimensionamento de área, arranjo
físico, equipamentos de movimentação, recuperação do estoque, projeto de docas ou baías de
atracação, necessidades de recursos financeiros e humanos.
Manuseio de materiais: está associado com a armazenagem e também à manutenção dos es-
toques. Essa atividade envolve a movimentação de materiais no local de estocagem, que pode
ser tanto estoques de matéria-prima como de produtos acabados. Pode ser a transferência de
materiais do estoque para o processo produtivo ou deste para o estoque de produtos acaba-
dos. Pode ser também a transferência de um depósito para outro.
Embalagem: tem como objetivo movimentar produtos com toda a proteção e sem danificá-los
além do economicamente razoável. Um bom projeto de embalagem do produto auxilia a garan-
tir perfeita e econômica movimentação sem desperdícios. Além disso, dimensões adequadas
de empacotamento encorajam manuseio e armazenagem eficientes.
Suprimentos: proporciona ao produto ficar disponível, no momento exato, para ser utilizado
pelo sistema logístico. É o procedimento de avaliação e da seleção das fontes de fornecimento,
da definição das quantidades a serem adquiridas, da programação das compras e da forma pela
qual o produto é comprado. É uma área importantíssima de apoio logístico e, também, um se-
tor de obtenção de enormes reduções de custos da organização.
Planejamento: refere-se primariamente às quantidades agregadas que devem ser produzidas
bem como quando, onde e por quem devem ser fabricadas. É a base que servirá de informação
à programação detalhada da produção dentro da fábrica. É o evento que permitirá o cumpri-
mento dos prazos exigidos pelo mercado.
Sistema de informações: é a função que permitirá o sucesso da ação logística dentro de uma
organização para que ela possa operar eficientemente. São as informações necessárias de cus-
to, procedimentos e desempenho essenciais para correto planejamento e controle logístico.
Portanto, uma base de dados bem estruturados, com informações importantes sobre os clien-
tes, sobre os volumes de vendas, sobre os padrões de entregas e sobre os níveis dos estoques e
das disponibilidades físicas e financeiras que servirão como base de apoio a uma administração
eficiente e eficaz das atividades primárias e de apoio do sistema logístico.
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Administração Geral – Logística – Prof. Rafael Ravazolo
Cadeia de Suprimentos
No passado, a logística cuidava somente do transporte e distribuição fisica. Hoje envolve mé-
todos e modelos para localizar estruturas fisicas - como fabricas, depósitos, armazéns, centros
de distribuição - bem como de materiais e suprimentos, envolvendo também planejamento,
programação e controle da produção, além das atividades tradicionais de distribuição. Daí, a
enorme importância da Gestão da Cadeia de Suprimentos (Supply Chain Management - SCM),
desde os fornecedores até os consumidores finais.
A estrutura de uma cadeia de suprimentos é composta por todas as empresas que, de algu-
ma forma, participam do processo produtivo. A dimensão de uma cadeia de suprimentos será
definida pela quantidade de membros que a complexidade do processo produtivo exigir para
ser realizado.
A Cadeia, portanto, é o conjunto de organizações, cujos processos, atividades, produtos e ser-
viços são articulados entre si como elos de uma mesma corrente, numa sequência lógica pro-
gressiva ao longo de todo o processo produtivo de determinado produto ou serviço. Envolve
todas as fases do ciclo produtivo, desde o fornecimento de insumos básicos até a chegada do
produto ou serviço ao consumidor, cliente ou usuário final, bem como as respectivas organiza-
ções que pertencem e constituem os chamados segmentos da cadeia.
O gerenciamento de cadeia de suprimentos integra a gestão de fornecimento e demanda entre
as companhias que se relacionam, envolvendo a coordenação e colaboração com parceiros,
que podem ser fornecedores, distribuidores, prestadores de serviços (operadores logísticos) e
clientes. O desafio é fazer com que todos os membros da cadeia de relacionamentos trabalhem
de modo integrado.
O objetivo básico na SCM é maximizar e tornar realidade as potenciais sinergias entre as partes
da cadeia produtiva, de forma a atender ao consumidor final mais eficientemente por meio da
redução dos custos. Lambert (1998) mostra a estrutura da rede de uma cadeia de suprimentos
(figura a seguir).
www.acasadoconcurseiro.com.br 1427
De acordo com Meindl (2006), a visão do Supply Chain evoluiu ao longo dos anos, o que pode
ser representado pelas quatro fases de seu desenvolvimento:
1. Visão Departamental (...1960) – as atividades eram divididas em departamentos, estoques
altos para amortecer a falta de sincronização, controles departamentais refletindo uma
visão local, falta de visão de toda a cadeia, indicadores de desempenho específicos ao
departamento e visão de curto prazo.
2. Visão Funcional (1960-1980) – as atividades eram aglutinadas visando redução de custos,
visão de negócio ainda interno, baixa visão de toda a cadeia, sistemas locais não integrados,
indicadores específicos de desempenho à função e visão de curto prazo.
3. Visão da Cadeia Interna (1980-1990) – as atividades eram desenhadas visando atender
a cadeia interna, integração tática, foco em processos eficientes, programas internos
integrados em suas interfaces, planejamento de médio prazo e decisões baseadas no
histórico passado.
4. Visão da Cadeia Logística Integrada (século XXI) - devido ao aumento da competitividade
no mercado, as empresas estão procurando estabelecer padrões de relacionamentos mais
cooperativos com seus fornecedores, buscando não mais atuar de maneira isolada e sim
por meio de uma cadeia logística integrada. A logística é vista como uma área estratégica,
capaz de integrar todos os processos ao longo da cadeia de valores, do fornecedor até o
cliente final, dando início então à chamada gestão da cadeia de suprimentos. A cadeia de
suprimentos, segundo o que enfatiza Chopra e Meindl (2003) “consiste em todas as partes
envolvidas, direta ou indiretamente, em atender as requisições dos clientes e que a mesma
inclui, além dos fabricantes e fornecedores, transportadoras, empresas de armazenagem,
varejistas e consumidores”.
Os melhores relacionamentos organizacionais são parcerias verdadeiras que normalmente
satisfazem alguns critérios (Bowersox e Closs, 2001):
•• Excelência individual: aqui parte do princípio que os parceiros são fortes, desta forma, tem
condições de contribuir para o bom relacionamento. Seu objetivo é buscar oportunidades
futuras;
•• Importância: nesse fator, o relacionamento atende a objetivos estratégicos importantes
dos parceiros. Possuem metas de longo prazo, portanto, o relacionamento desempenha
papel-chave;
•• Interdependência: os parceiros precisam um do outro. São possuidores de ativos e
habilidades complementares;
•• Investimentos: os parceiros investem um no outro, demonstrando seus respectivos
interesses no relacionamento mútuo. Vale destacar que eles demonstram sinais tangíveis
de comprometimento;
•• Informação: a comunicação tende a ser aberta. Compartilham as informações necessárias
para que o relacionamento funcione;
•• Integração: desenvolvem vínculos e modos de operação compartilhados para que possam
trabalhar em conjunto sem problemas;
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Administração Geral – Logística – Prof. Rafael Ravazolo
Uso de Tecnologia
Como ferramenta, a logística utiliza (entre outros):
ERP (Enterprise Resource Planning ou SIGE) – Sistemas Integrados de Gestão Empresarial,
são sistemas de informação que integram todos os dados e processos de uma organização
em um único sistema. A integração pode ser vista sob a perspectiva funcional (sistemas de:
finanças, contabilidade, recursos humanos, fabricação, marketing, vendas, compras, etc) e sob
www.acasadoconcurseiro.com.br 1429
a perspectiva sistémica (sistema de processamento de transações, sistemas de informação,
sistemas de apoio a decisão, etc).
MRP (Material Requirement Planning) – planeamento das necessidades de materiais, é um
sistema computarizado de controle de inventário e produção que assiste a otimização da gestão
de forma a minimizar os custos, mas mantendo os níveis de material adequados e necessários
para os processos produtivos da empresa.
WMS (Warehouse Management System) – sistema de automação e controle de depósitos,
armazéns e linhas de produção. O WMS é uma parte importante da cadeia de suprimentos
(ou supply chain) e fornece a rotação dirigida de stocks, diretivas inteligentes de picking,
consolidação automática e cross-docking para maximizar o uso do valioso espaço do armazéns.
TMS (Transportation Management System) – o sistema de gerenciamento de transportes é
um software para melhoria da qualidade e produtividade de todo o processo de distribuição.
Este sistema permite controlar toda a operação e gestão de transportes de forma integrada. O
sistema é desenvolvido em módulos que podem ser adquiridos pelo cliente, consoante as suas
necessidades.
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Administração
Aula XX
COMPRAS
O termo compra pode ser definido como a aquisição de um bem ou de um direito pelo qual se
paga um preço estipulado.
O setor de Compras foi, por muito tempo, visto como um setor burocrático da organização,
como uma área de apoio, simplesmente como uma executora de procedimentos operacionais,
sem grandes resultados para a eficiência organizacional. Mas as organizações perceberam que
a compra de produtos e de serviços representava um fator de sucesso para a competitividade,
pois a boa execução do processo de compra podia proporcionar uma expressiva redução nos
custos e, por conseguinte, melhoras expressivas nos lucros ou nos benefícios gerados.
O setor de Compras, então, passou a desempenhar uma atividade estratégica para os resultados
da organização. A maioria das organizações possuem equipes próprias com funcionários
especializados nesta área.
O objetivo principal do setor é conseguir comprar todos os produtos e serviços necessários
para o funcionamento da organização, tendo como requisitos a melhor qualidade possível, a
quantidade correta, a entrega no prazo estabelecido, com preço compatível com o mercado
(ou menor, uma situação comum em licitações).
Para que estes objetivos sejam atingidos, deve-se buscar alcançar as seguintes metas
fundamentais:
•• Atender ao cronograma de produção, através do fornecimento contínuo de materiais;
•• Coordenar o fluxo com economia para a organização e o mínimo de investimento em
estoques, sem comprometer a segurança da produção;
•• Comprar com prazos de pagamento superiores à velocidade das vendas, reduzindo a
necessidade de capital imobilizado.
•• Evitar multiplicidade de itens similares, desperdício, deterioração e obsolescência;
•• Adquirir os materiais conforme especificações, a baixo custo e sem prejuízo à qualidade;
•• Procurar as melhores condições e garantir competitividade e credibilidade para a
organização, sempre mediante negociações justas;
•• Analisar/avaliar os fornecedores e buscar parcerias de longo prazo, visando ao crescimento
mútuo e formando cadeias de suprimento.
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Etapas do Processo
A lógica do processo de compras leva em conta:
•• O que comprar? Estudo dos materiais. Depende da especificação/descrição, de acordo
com as necessidades de quem solicitou.
•• Quanto e quando comprar? Análise econônima, de custos e de preços. É influenciada pela
demanda, disponibilidade financeira, capacidade de armazenamento e prazo de entrega.
•• Onde comprar? Análise de fornecedores (cadastrados ou não), pesquisa de mercado.
•• Como comprar? Análise administrativa. Seguindo as normas de compras da organização
(política de compras), que geralmente define a competência para comprar, os tipos de
aquisição, os formulários, as rotinas etc.
Para que a compra seja efetuada, deve-se: escolher os fornecedores aptos, negociar os preços
e as condições de compra, estabelecer os contratos, elaborar as ordens de compra, proceder
todos os passos para o correto recebimento dos produtos e serviços comprados e, por fim,
pagar os produtos e serviços recebidos.
O fluxo sintético do processo de compras é o seguinte:
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Administração – Compras – Prof. Rafael Ravazolo
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Centralização x Descentralização
Em quase todas as empresas mantém-se um departamento especializado pelas compras, ou
então um comitê composto por pessoas de diversas áreas.
De modo geral, a centralização apresenta as seguintes vantagens:
•• Visão do todo quanto à organização do serviço;
•• Análise do mercado com eficácia, em virtude da especialização do pessoal no serviço de
compras;
•• Melhor controle das verbas e dos materiais em estoque;
•• Redução dos preços pela aquisição em escala (compra em maior quantidade);
•• Facilitação do relacionamento estratégico com fornecedores;
•• Homogeneidade na qualidade dos materiais;
Caso seja adotado um comitê de compras, outras vantagens são agregadas:
•• As decisões tornam-se mais técnicas;
•• O nível de pressões sobre compras é mais baixo, melhorando as relações dos compradores
com o pessoal interno e os vendedores;
•• A coparticipação das áreas cria um ambiente favorável para melhor desempenho tanto do
ponto de vista político, como profissional.
Apesar dessas vantagens, em certos tipos de compras é mais aconselhável a aquisição
descentralizada. A empresa que possui unidades em diversos locais/regiões não deve
necessariamente centralizar compras em um único local. Neste caso, pode-se regionalizar as
compras visando a um atendimento mais rápido, a um custo menor de transporte ou mesmo
ao atendimento de uma demanda específica da região.
Pontos importantes a serem considerados para a descentralização:
•• Distância geográfica;
•• Tempo necessário para a aquisição - flexibilidade proporcionada pelo menor tempo de
tramitação do processo, provocando menos faltas no estoque.
•• Facilidade de diálogo e relacionamento direto com os fornecedores – coordenação,
agilidade e adequação da compra;
•• Estoque menor e com uma variedade mais adequada, devido às peculiaridades regionais
de qualidade e quantidade;
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Administração – Compras – Prof. Rafael Ravazolo
séc. XX, produzia o aço, o vidro, os pneus e outras dezenas de componentes para a fabricação
dos seus automóveis.
Horizontalização: estratégia de comprar de terceiros o máximo possível dos serviços
necessários e dos itens que compõem o produto final. É uma grande tendência, sendo
utilizada pela maior parte das empresas modernas. Hoje em dia há uma grande expansão no
setor de terceirização e de parcerias. Importante: geralmente não se terceiriza os processos
fundamentais (finalísticos, core process), por questões de estratégia, tecnológica, qualidade do
produto e responsabilidade final sobre ele.
Perfil do comprador
É necessário que as pessoas que trabalham nesta área estejam muito bem informadas e
atualizadas, além possuírem conhecimentos técnicos e habilidades interpessoais, como poder
de negociação, facilidade de trabalhar em equipe, boa comunicação, capacidade de gestão de
conflitos e amplo conhecimento logístico.
O comprador moderno: vê a função como estratégica e geradora potencial de lucro; acredita
que deve contribuir para os planos de longo prazo da organização; utiliza ferramentas de
planejamento; possui metas bem definidas para atingir objetivos; é criativo e colabora com
outras áreas da empresa.
Quanto aos conhecimentos técnicos, estes englobam logística, finanças, tecnologia, legislação
e características dos produtos a serem comprados pela organização.
Embora existam elementos de disputa ligados ao processo de compras, a negociação não é uma
competição na qual um perde e outro ganha. Uma boa negociação é baseada em credibilidade,
confiança e ética, e ocorre quando todas as partes envolvidas saem ganhando.
Isto deixa claro que a habilidade técnica em negociar possui o mesmo grau de importância que
a habilidade interpessoal (identificação do perfil próprio e do outro negociador).
Modalidades de compra
Não há como definir um modelo padrão para o setor de compras, mas encontra-se na literatura
algumas características comuns inerentes a um sistema adequado de compras. São elas:
•• Sistema de compras a três cotações: objetiva partir de um número mínimo de cotações
para buscar e incentivar novos fornecedores. Uma pré-seleção qualificada dos concorrentes
é essencial para evitar dispêndio de tempo.
•• Sistema de preço objetivo: o conhecimento prévio do preço justo ajuda nas decisões do
comprador, proporciona uma dupla verificação e mostra a realidade do mercado.
•• Duas ou mais aprovações: no mínimo duas pessoas envolvidas em cada decisão da escolha
de um fornecedor. Isso protege os interesses da empresa e também dá mais segurança e
respaldo aos compradores.
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•• Documentação escrita: documentos e contratos (em papel ou digitais) são necessários
para registrar os acordos comerciais e para garantir os níveis de serviço acordados.
Há três situações de compra típicas:
•• Nova compra – o comprador adquire um produto ou serviço pela primeira vez e precisa
decidir sobre: especificações do produto; amplitude de preços; condições e prazos
de entrega e pagamento; condições de serviço; quantidade necessária; fornecedores
aprovados; etc.
•• Recompra simples – reposição – o comprador encomenda sistematicamente o mesmo
produto e o fornecedor é escolhido a partir de uma lista de fornecedores aprovados.
•• Recompra modificada – o comprador altera as características, os preços, os prazos
pretendidos para entrega etc. Os fornecedores habituais tomam medidas para proteger
a conta, visto que esta situação constitui uma oportunidade de negócio para os seus
concorrentes.
Quanto ao seu trâmite, a compra pode ser exercida, basicamente, por meio normal, ou em
caráter de emergência.
Compra normal: procedimento adotado quando o prazo for compatível para obter as melhores
condições comerciais e técnicas na aquisição de materiais.
Compra de emergência: acontece quando há falha na elaboração do planejamento, ou quando
ocorrem imprevistos. Ela é dispendiosa, pois acarreta a passagem direta do processo de compra,
sem verificação de concorrência e outras etapas, gerando um preço de aquisição elevado em
relação aos da compra normal.
Muitas organizações adotam a compra por meio de contratos de longo prazo, ou Compras
Contratadas, que pode ser considerado um avanço em relação à compra normal, pois advém
de maior planejamento. Essa vigência de contrato por maior período equivale à compra de
um grande lote e garante preços unitários mais baixos. Além disso, reduz a imobilização em
estoques, em decorrência da redução dos níveis de segurança, havendo casos em que eles serão
totalmente eliminados; simplifica os procedimentos de compras com a eliminação de coletas
de preços, consultas, análise de propostas e emissão de autorização de fornecimento para cada
pedido de reposição; amplia o poder de negociação e, consequentemente, as vantagens obtidas
na compra, em decorrência das maiores quantidades envolvidas; reduz os atrasos nas entregas
em face da programação. É muito utilizada na indústria, para fornecimento de matéria-prima
e no comércio, para compras de mercadorias especiais, modelos exclusivos ou produtos novos
ainda não lançados no mercado.
Quanto ao objetivo, há basicamente dois tipos de compra:
•• Compra para investimento – bens e equipamentos que compõem o ativo da empresa
(Recursos Patrimoniais).
•• Compras para consumo – matérias-primas e materiais destinados à produção, incluindo-se
a parcela de material de escritório. As compras para consumo podem ser subdivididas em:
•• material produtivo – que integra o produto final
•• material improdutivo – não integra o produto
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Administração – Compras – Prof. Rafael Ravazolo
Em função do local onde os materiais estão sendo adquiridos, ou de suas origens, a compra
pode ser classificada como: Compras Locais e Compras por Importação.
Quanto à formalização, as compras podem ser:
•• Compras Formais – aquisições de materiais em que é obrigatória a emissão de um
documento de formalização de compra.
•• Compras Informais – aquelas que, por seu pequeno valor, não justificam maior
processamento burocrático.
Outros tipos:
•• Compras Especulativas – Feitas para especular com possível alta de preços, sem uma
necessidade sentida. É perigosa, pois além de comprometer o capital de giro, pode
acarretar prejuízos para a empresa caso não ocorra a prevista alta de preços.
•• Compras Antecipadas – Feitas para atender as reais necessidades de vendas da empresa
para determinado período de tempo. O planejamento de compra é imprescindível nesta
modalidade, que é a mais indicada, pois são realizadas obedecendo a um programa
definido pela empresa.
Condições de Compra
Prazos: mesmo não sendo de responsabilidade do setor de compras a definição dos prazos
necessários para que o material esteja no estoque, é de sua competência o esforço máximo
para que os prazos sejam cumpridos.
Frete: representa parcela significativa do preço do produto, por isso deve ser analisado com
cuidado. Duas condições frequentes são: FOB (Free on Board) – na qual o comprador assume
todos os riscos e custos com o transporte da mercadoria assim que ela é colocada a bordo do
meio de transporte; CIF (Cost, Insurance and Freight) – o fornecedor é responsável por todos os
custos e riscos com a entrega da mercadoria, incluindo o seguro e o frete.
Embalagem: deve ser adequada para o transporte seguro do produto, sem excessos que tornem
o preço abusivo.
Pagamento e desconto: faz parte de uma boa compra buscar melhores condições de pagamento.
Pode-se conseguir descontos por quantidade, pagamento à vista, recompras etc.
Cadastro de fornecedores
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O setor de Compras geralmente possui dois tipos de cadastro, um por fornecedor e outro por
tipo de material:
•• O Cadastro de Material possui fichas em que se identificam os fornecedores aprovados e
dos quais se pode adquirir.
•• O Cadastro de Fornecedor reúne fichas de diversos fornecedores (potenciais ou efetivos),
contendo seus dados cadastrais e especificando os materiais que fabricam, ou que
representam.
No caso de um fornecedor efetivo/habitual, o serviço de compras deverá manter uma
documentação informativa sobre o comportamento desse fornecedor, a partir do momento
em que ele passe a suprir normalmente a empresa. Tal documento deve permitir uma
consulta rápida e objetiva, seja pelos compradores, seja pelos administradores da empresa,
possibilitando a tomada das seguintes providências:
•• Eliminação – agir com segurança no momento de eliminar um fornecedor, esclarecendo à
empresa as razões devidamente documentadas de tal ação;
•• Explicações – esclarecer a fornecedores idôneos as razões da preferência por outro
fornecedor e solicitar que reforcem a qualidade do fornecimento;
•• Controle – acompanhar as condições de fornecimento ao logo do tempo (os recebimentos,
as devoluções, as alterações ou variações de preço e condições de pagamento, os
cancelamentos e as alterações de prazos de entrega etc.)
•• Orientação – fornecer subsídios ao comprador para reforçar sua posição na negociação de
um novo pedido. Poderão ser impostas condições ao fornecedor para corrigir deficiências
observadas em fornecimentos anteriores.
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Administração – Compras – Prof. Rafael Ravazolo
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seguintes instrumentos: cadastro de fornecedores já existente, edital de convocação; guias
comerciais e industriais; catálogos de fornecedores; revistas especializadas; etc.
2. Análise e Classificação
O comprador funciona como interface entre o provável fornecedor e a empresa, ou seja, coleta
dados e informações cadastrais, visita às instalações, recebe amostra do produto a ser fornecido
e faz avaliações de acordo com as exigências da empresa. Alguns dos parâmetros de avaliação
seriam: quanto ao preço; quanto à qualidade; quanto às condições de pagamento; quanto às
condições de embalagem e transporte.
3. Avaliação de Desempenho
Esta etapa é efetuada após o preenchimento de todos os quesitos, a aprovação e o
cadastramento. Nela, dá-se início ao fornecimento normal e faz-se o acompanhamento do
fornecedor quanto ao cumprimento dos prazos de entrega estabelecidos; à manutenção dos
padrões de qualidade estabelecidos; à política de preços determinada; à assistência técnica.
Pode-se classificar um bom fornecedor quando ele é honesto e justo em seus relacionamentos
com os clientes, tem estrutura e experiência suficiente e tem condições de satisfazer as
especificações do comprador.
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Administração – Compras – Prof. Rafael Ravazolo
Slides – Compras
Compras
• Aquisição de um bem ou de um direito pelo qual
se paga um preço estipulado.
‒Visão antiga = setor burocrático, operacional
‒Visão moderna = setor estratégico
o Competitividade
o Redução de custos
o Parcerias
o Integração
Compras
• Atributos:
‒melhor qualidade possível
‒quantidade correta
‒no prazo estabelecido
‒com preço compatível com o mercado
2
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Compras
• Metas do setor de compras:
‒ Atender o cronograma de produção;
‒ Mínimo de investimento em estoques, sem comprometer a segurança
da produção;
‒ Prazos de pagamento superiores à velocidade das vendas, reduzindo a
necessidade de capital de giro.
‒ Evitar multiplicidade de itens similares, desperdício, deterioração e
obsolescência;
‒ Atender às especificações a baixo custo;
‒ Procurar as melhores condições, sempre mediante negociações justas;
‒ Analisar/avaliar os fornecedores e buscar parcerias de longo prazo,
visando ao crescimento mútuo e formando cadeias de suprimento
(supply chain). 3
Compras
• Lógica de compras:
‒O que comprar?
‒Quanto?
‒Quando?
‒Onde?
‒Como?
4
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Etapas do Processo
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Organização do setor de Compras
• Atividades típicas: pesquisa, aquisição e gestão.
• Pesquisa
‒Estudo do mercado
‒Estudo dos materiais
‒Análise econômica e de custos
‒Análise de embalagens e transporte
‒Investigação das fontes de fornecimento
‒Desenvolvimento de fontes de fornecimento
‒Criação de diretrizes e normas para as aquisições
7
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Administração – Compras – Prof. Rafael Ravazolo
• Gestão/Administração
‒Manutenção de estoques baixos
‒Transferência de materiais
‒Cuidados com excessos e obsolescência
‒Desenvolvimento e orientação dos compradores
‒Integração com outras áreas da organização
‒Intercâmbio de informações com áreas e fornecedores
‒Avaliação do desempenho dos fornecedores
10
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Centralização x Descentralização
• Centralização
‒Área de compras
‒Comitê
• Descentralização
‒ Unidades com autonomia
11
Centralização x Descentralização
• Vantagens Centralização
‒ Visão do todo quanto à organização do serviço;
‒ Análise do mercado com eficácia - especialização;
‒ Melhor aproveitamento e controle das verbas;
‒ Redução dos preços médios pela aquisição em escala;
‒ Facilitação do relacionamento estratégico com fornecedores;
‒ Homogeneidade na qualidade dos materiais;
• Comitê
‒ Decisões tornam-se mais técnicas;
‒ O nível de pressões sobre compras é mais baixo;
‒ A coparticipação das áreas cria um ambiente favorável tanto do ponto de vista
político, como profissional.
12
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Centralização x Descentralização
• Descentralização
‒Unidades independentes em diversos locais/regiões
‒Aquisição mais rápida
‒Menor custo de transporte
‒Facilidade de contato com fornecedores
‒Peculiaridades regionais
13
Fazer ou Comprar
• Make or Buy
14
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Perfil do Comprador
• O comprador moderno:
‒vê a função como estratégica e geradora potencial de
lucro/economia;
‒acredita que deve contribuir para os planos de longo prazo
da organização;
‒Possui conhecimentos técnicos e utiliza ferramentas de
planejamento;
‒possui metas bem definidas para atingir objetivos;
‒é criativo;
‒colabora com outras áreas da empresa.
15
Negociação
• Negociação ganha-ganha
‒Baseada em credibilidade, confiança e ética
‒Habilidades técnicas + habilidades interpessoais
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Administração – Compras – Prof. Rafael Ravazolo
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Modalidades de compra
• Três situações de compra típicas:
‒Nova Compra
‒Recompra Simples
‒Recompra Modificada
• Quanto ao trâmite: normal; de emergência; contratadas
• Quanto ao objetivo: para investimento; para consumo
• Quanto à origem/ local de aquisição: locais; importadas
• Quanto à formalização: formais e informais
• Outros tipos: antecipadas e especulativas
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Condições de Compra
• Prazos: acompanhamento para que os prazos sejam cumpridos.
• Frete: representa parcela significativa do preço do produto, por
isso deve ser analisado com cuidado.
‒FOB (Free on Board)
‒CIF (Cost, Insurance and Freight)
• Embalagem: deve ser adequada para o transporte seguro do
produto, sem excessos que tornem o preço abusivo.
• Pagamento e desconto: faz parte de uma boa compra buscar
melhores condições de pagamento (descontos por quantidade,
pagamento à vista, recompras, etc.)
19
Cadastro de Fornecedores
• O setor de Compras geralmente possui dois tipos de
cadastro:
‒Cadastro de Material - fichas de materiais com os
respectivos fornecedores aprovados e dos quais se
pode adquirir.
‒Cadastro de Fornecedor - fichas de diversos
fornecedores (potenciais ou efetivos), contendo seus
dados cadastrais e especificando os materiais que
fabricam, ou que representam.
20
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Administração – Compras – Prof. Rafael Ravazolo
Cadastro de Fornecedores
• Fornecedor habitual/efetivo
‒Documentação informativa sobre o desempenho;
o Fornece subsídios para:
Explicações
Controle
Orientações
Eliminação
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Classificação de Fornecedores
• Monopolistas
• Habituais
• Especiais
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Classificação de Fornecedores
• Manter no cadastro diferentes fornecedores para cada material
(mínimo 3):
‒Forma de não depender do fornecimento de apenas uma
fonte;
‒Gera maior segurança no ciclo de reposição de material e no
fornecimento do serviço;
‒Maior liberdade de negociação
‒Maior potencial de redução de preço de compra;
‒Maiores oportunidades de os fornecedores se familiarizarem
com as necessidades da empresa.
23
Classificação de Fornecedores
• Estratégia de compras baseada nos fornecedores:
24
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Administração – Compras – Prof. Rafael Ravazolo
• Etapas:
‒Levantamento e Pesquisa de Mercado
‒Análise e Classificação
‒Avaliação de Desempenho
o Habilidade técnica; Capacidade de produção; Confiabilidade;
Serviço pós-venda; Localização; Preço, etc.
25
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Administração
Os estoques são materiais e suprimentos que uma organização mantém, seja para vender, seja
para fornecer insumos ou suprimentos para a produção.
Pode-se definir estoque como: objetos, itens para uma futura utilização, para suprir algum tipo
de necessidade. Também pode ser uma reserva para a utilização em um período de tempo
conveniente.
As principais funções do estoque são:
a) Garantir o abastecimento de materiais, neutralizando os efeitos de demora ou atraso no
fornecimento de materiais, sazonalidade no suprimento, riscos de dificuldade no fornecimento.
b) Proporcionar economias de escala pela compra ou produção em lotes econômicos, pela
flexibilidade do processo produtivo, pela rapidez e eficiência no atendimento às necessidades.
O objetivo básico do controle de estoques é evitar a falta de material e, ao mesmo tempo,
evitar estoques excessivos às reais necessidades da empresa (pois esses estoques representam
um alto custo).
O controle, portanto, procura manter em equilíbrio a relação entre capital investido,
disponibilidade de estoques, custos incorridos e necessidades de consumo ou demanda.
A gestão de estoques preocupa-se com:
•• Determinar “o que” deve constar em estoque - quantidade de itens;
•• Determinar “quando” deve-se reabastecer os estoques - periodicidade;
•• Determinar “quanto” é necessário para certo período – quantidade de compra;
•• Informar ao departamento de compras para efetuar a aquisição do material;
•• Receber e armazenar os materiais de acordo com as necessidades;
•• Controlar os estoques desde sua quantidade, valor e quanto a sua posição de estoque;
•• Manter o inventário atualizado, identificando os itens obsoletos e danificados para retirá-
los do estoque.
Em suma, a principal função da administração de estoques é não deixar faltar materiais para a
organização, porém evitando o acúmulo de materiais.
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Glossário
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Administração –Conceitos Básicos de Estoques– Prof. Rafael Ravazolo
Ponto de Ruptura – Ponto em que o estoque é nulo. Ocorre quando o consumo faz o estoque
chegar a zero, enquanto ainda há demanda por materiais.
Existem diversos tipos ou nomes de estoques, que podem ser mantidos em um ou em diversos
almoxarifados.
Hamilton Pozo classifica “5 tipos básicos de almoxarifado”:
Matérias-Primas: contém materiais básicos que ainda não entraram no processo de produção
(não foram processados). Incluem materiais comprados, peças, componentes e subconjuntos.
Materiais em Elaboração (almoxarifado intermediário): também denominados peças em
processo ou Work in Process. São materiais que estão sendo processados ao longo das diversas
seções que compõem o processo produtivo da empresa, ou seja, não estão nem no estoque de
matérias-primas, nem no depósito final.
Produtos Acabados: referem-se aos produtos cujo processamento foi completado, aqueles
prontos para serem entregues aos consumidores.
Manutenção: peças que servem de apoio à manutenção dos equipamentos.
Auxiliares: materiais que auxiliam na transformação da matéria-prima para o produto pronto,
porém, não estão inclusos nele (ferramentas de produção, lixas, óleos, etc).
Outros tipos:
Materiais Acabados: refere-se a peças isoladas ou componentes já acabados e prontos para
serem anexados ao produto. São, na realidade, partes prontas ou montadas que, quando
juntadas, constituirão o Produto Acabado.
em Trânsito: são os estoques que estão em trânsito entre o ponto de produção e o de
estocagem/venda. Quanto maior a distância e menor a velocidade de deslocamento, maior
será a quantidade de estoque em trânsito. Exemplo: produtos acabados sendo expedidos de
uma fábrica para um centro de distribuição.
em Consignação: estoque de produtos que estão com um cliente externo, mas que ainda
são propriedade do fornecedor. O pagamento por estes produtos só é feito quando eles são
utilizados/vendidos aos clientes.
Hedge (garantia, cobertura): tem como objetivo proteger a empresa contra eventualidades
que envolvem especulações de mercado relacionadas às greves, aumento de preços, situação
econômica e política instáveis, ambiente inflacionário e imprevisível.
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Slides – Conceitos Básicos de Estoques
Estoques
Principais funções:
a) Garantir o abastecimento de materiais, neutralizando os
efeitos de sazonalidade, demora, ou outras dificuldades no
fornecimento.
b) Proporcionar economias de escala pela compra ou produção
em lotes econômicos.
1
Gestão/Controle Estoques
• Objetivo básico do controle de estoques:
‒evitar a falta de material:
o Paralisa a produção, prejudica entregas.
‒evitar estoques excessivos:
o Estoque é dinheiro parado e diminui o capital de giro.
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Administração –Conceitos Básicos de Estoques– Prof. Rafael Ravazolo
Gestão/Controle Estoques
• A gestão de estoques preocupa-se com:
‒O que deve constar em estoque;
‒Quando deve-se reabastecer os estoques;
‒Quanto que é necessário para um período;
‒Solicitar aquisições ao departamento de compras;
‒Receber e armazenar o material;
‒Controlar quantidade e valor dos materiais;
‒Manter o inventário atualizado, identificando os itens
obsoletos e danificados para retirá-los do estoque.
3
Glossário
• Estoque Mínimo (ou de segurança)
‒ Menor quantidade de material a ser mantida em estoque para atender
contingências não previstas.
• Estoque Máximo
‒ Maior quantidade de material admissível em estoque - suficiente para
o consumo em certo período.
Estoque máximo = Est. Mínimo + Lote de compras
‒ Limitações: área de armazenagem, disponibilidade financeira,
imobilização de recursos, intervalo e tempo de aquisição, perecimento,
obsoletismo etc.
4
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Glossário
• Estoque médio
‒ Nível médio de estoque em torno do qual as operações de compra e
consumo de realizam.
‒ Usado para saber o giro de estoque e cobertura de estoque.
Estoque médio = Lote de Compras/2 + EstSeg
Glossário
• Lead Time - Tempo de Reposição ou de Ressuprimento
‒Tempo decorrido desde a requisição de compra até o
recebimento da mercadoria.
‒Dividido em 3 partes:
1) emissão de pedido: desde a emissão do pedido de compras até
ele chegar ao fornecedor;
2) preparação do pedido: tempo para o fornecedor fabricar os
produtos, separar, e deixá-los em condições de serem
transportados;
3) transportes: saída do fornecedor até o recebimento pela empresa
dos materiais encomendados.
6
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Administração –Conceitos Básicos de Estoques– Prof. Rafael Ravazolo
Glossário
• Intervalo de Ressuprimento (de Aquisição)
‒ Período entre duas aquisições normais e sucessivas.
• Ponto de Ressuprimento
‒ Similar ao ponto de compra, porém com conhecimento prazo médio
de entrega (lead time).
Glossário
• Estoque de Antecipação
‒Para atender as necessidades em momentos de variações
conhecidos e previsíveis.
• Estoque Real
‒Quantidade de material existente no estoque em determinado
momento.
• Estoque Virtual
‒Estoque real mais a quantidade de encomendas em andamento.
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Glossário
• Taxa de Cobertura
‒ Período de tempo por quanto o estoque suportará o consumo.
• Ponto de Ruptura
‒ Ponto em que o estoque é nulo - o estoque chega a zero, enquanto
ainda há demanda por materiais.
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Administração
Aula XX
PREVISÃO DE ESTOQUES
Tipos de Demanda
Existem dois tipos básicos de demanda:
•• Independente: relacionada às condições e necessidades do mercado e, portanto, fora do
controle da empresa.
•• Dependente: cujo consumo depende de itens ligados à empresa e, portanto, sob seu
controle.
Esses dois tipos são classificados quanto ao comportamento ao longo do tempo:
Demanda constante
A quantidade consumida não varia muito ao longo do tempo, sendo de fácil previsão.
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Demanda variável
A quantidade consumida altera-se ao longo do tempo, sendo explicada por 3 fatores:
1. Tendência – mostra a direção do consumo, podendo aumentar, diminuir ou estacionar.
2. Sazonalidade – comportamento em um espaço curto de tempo, geralmente um ano.
3. Ciclicidade – comportamento em um espaço longo de tempo, muitas vezes décadas.
Gráfico de consumo com tendência:
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Administração – Previsão de Estoques– Prof. Rafael Ravazolo
Técnicas de Previsão
As informações básicas que permitem calcular a demanda podem ser divididas em duas
categorias: Qualitativas e Quantitativas (intrínsecas e extrínsecas).
•• Quantitativas:
•• intrínsecas: dados internos da organização, geralmente séries históricas.
•• extrínsecas: indicadores externos que influenciam as demandas, como por exemplo o
aumento do PIB, renda familiar etc.
•• Qualitativas: opiniões e experiências de especialistas, vendedores, gerentes, consumidores
e pesquisas de mercado.
Baseado nessas informações, as técnicas podem ser classificadas em 3 grupos:
•• Projeção: acredita que o passado se repete (ou mantém as mesmas tendências) - históricos
de consumo (mês a mês, ano a ano etc.).
•• Explicação: procura explicar o comportamento das vendas por meio de outras variáveis
que as afetam e que são conhecidas ou previsíveis (promoções, período de retração da
demanda, conjuntura econômica da empresa e do país, períodos de tradicional aumento
da demanda);
•• Predileção (ou opinião): opiniões de compradores, almoxarifes, vendedores, gerentes,
consumidores e usuários diretos dos materiais, pesquisas de mercado.
As técnicas quantitativas usuais são:
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Método da Média Móvel Ponderada
Variação do método anterior, porém os períodos mais recentes recebem um peso maior.
Geralmente atribui-se uma ponderação de 40% a 60% para o período mais recente, e de
aproximadamente 5% para o mais antigo.
Cm = Consumo Médio
P1, 2, 3, n = Peso (percentual) atribuído a
cada período
C1, 2, 3, n = Consumo dos períodos anteriores
Existem outros métodos, a saber, como Mínimos Quadrados e Regressões Lineares (correlações)
e Simulações, porém seus cálculos são complexos e não costumam ser cobrados em concursos.
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Demanda
• Classificação das demandas:
‒Demanda Constante
‒Demanda Variável
o Tendência
o Sazonalidade
o Ciclicidade
‒Demanda Irregular
‒Demanda Derivada
Demanda
1 - Constante
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Demanda
2 - Evolução com Tendências
Demanda
3 - Evolução Sazonal
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Demanda
• Tipos de informação para previsão:
‒Quantitativas intrínsecas - séries históricas
‒Quantitativas extrínsecas - indicadores externos
‒Qualitativas – opiniões
• Técnicas de previsão:
‒Projeção - o passado se repete
‒Explicação - variáveis externas que afetam o comportamento do
consumo ou das vendas
‒Predileção - opiniões
5
Técnicas Quantitativas
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Técnicas Quantitativas
• Método da Média Móvel
‒A previsão do período seguinte é calculada a partir das
médias de consumo dos períodos anteriores.
Cm = C1 + C2 + C3 + Cn
N
Técnicas Quantitativas
• Método da Média Móvel Ponderada
1470 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Previsão de Estoques– Prof. Rafael Ravazolo
Técnicas Quantitativas
• Método da Média com Ponderação (suavização)
Exponencial
‒apenas três fatores são necessários:
o A previsão do último período;
o O consumo real ocorrido no último período;
o Uma constante que determine o valor ou ponderação dada
aos valores mais recentes.
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Administração
Aula XX
CUSTOS DE ESTOQUE
A necessidade de manter estoques gera uma série de custos às organizações: juros, depreciação,
aluguel, equipamentos, deterioração, seguros, salários, manutenção etc.
Podemos agrupar esses custos em:
•• Custos de Capital: juros, depreciação etc.
•• Pessoal: salários, encargos sociais etc.
•• Edificação: aluguel, impostos, luz, conservação etc.
•• Manutenção: equipamento, deterioração, obsolescência etc.
Custo de Armazenagem
Custo de Armazenagem = Qm x T x P x I
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Este cálculo considera que o custo de armazenagem é proporcional ao estoque médio e que o
preço unitário é constante no período analisado.
Obs: alguns itens que compõem o
custo de estoque são constantes cus-
tos fixos. Por causa desses custos fi-
xos, o custo total de estocagem nun-
ca será zero. Ex.: aluguel, despesas
administrativas, manutenção básica.
Geralmente, esses custos fixos são
usados para compor a Taxa de Arma-
zenagem (I)
Custo de Pedido
Para se fazer uma apuração anual das despesas com pedidos, basta somar todos os custos para
se fazer pedidos: mão de obra para a emissão e o processamento, material utilizado para a
confecção do pedido e outros custos indiretos (telefone, energia, água etc.).
O somatório desses valores gera o Custo Total de Pedido (CTP).
A fórmula para calcular o CTP é simples, basta multiplicar o custo de se fazer um pedido (B)
pelo número de pedidos realizados (N).
O número de pedidos pode ser calculado dividindo-se o consumo total de uma mercadoria (C)
pela quantidade de peças compradas por pedido (Q), ou seja, C/Q.
CTP = B * C / Q
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Custo Total
O Lote Econômico de Compra (LEC) é a quantidade a ser comprada que vai minimizar os custos
de estocagem e de aquisição.
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Slides – Custos de Estoque
Custos de Estoque
• A necessidade de manter estoques gera uma série de custos
(fixos e variáveis) às organizações.
‒ Custos de Capital: juros, depreciação etc.
‒ Pessoal: salários, encargos sociais etc.
‒ Edificação: aluguel, impostos, luz, conservação etc.
‒ Manutenção: equipamento, deterioração, obsolescência etc.
Custo de Armazenagem
• É diretamente proporcional à quantidade estocada e ao tempo
de armazenamento
Qm x T x P x I
Qm = Quantidade média de material em estoque no tempo considerado
T = Tempo considerado de armazenagem
P = Preço unitário do material
I = Taxa de armazenamento (% do custo unitário) - somatório de diversas taxas:
retorno de capital, de armazenamento físico, de seguro, de transporte...
1476 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Custos de Estoque – Prof. Rafael Ravazolo
Custo de Armazenagem
Qm x T x P x I
3
Custo de Pedido
• É inversamente proporcional – quanto maior o lote de compras,
menor o custo total de pedidos.
CTP = Custo Unitário de Pedido * Número de Pedidos
Número de pedidos = consumo total da mercadoria (C) _
quantidade de peças por pedido (Q)
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Custo Total
1478 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração
Aula XX
O gráfico abaixo, que define a relação entre o consumo do estoque e sua reposição (saída e
entrada), é chamado dente de serra.
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Pode-se calcular o Estoque de Segurança:
1. Multiplicando-se o Consumo Médio (diário, mensal etc.) por um fator de segurança
arbitrado pela organização, geralmente uma fração do tempo de reposição.
Emin = √(Cmédio*TR)
Os principais sistemas de controle dos níveis dos estoques - que determinam quando o material
deve ser reposto no estoque - são:
1480 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Níveis de Estoque e Reposição – Prof. Rafael Ravazolo
Calcula-se o lote de pedido como sendo estoque máximo do produto menos a quantidade
apurada em estoque (leva-se em consideração também o estoque de segurança).
O método de reposição periódica também permite aproveitar a situação de se fazer um pedido
com mais de um produto a um mesmo fornecedor visando ganhos no transporte e descontos
no valor total do pedido.
A maior dificuldade dessa técnica é calcular o ciclo de tempo para as apurações de estoque e o
volume máximo de estoque admitido.
•• Uma periodicidade baixa entre pedidos gera um estoque médio alto e, por consequência,
maiores custos.
•• Uma periodicidade alta aumenta o custo de pedido e o risco de ruptura.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1481
O Consumo Médio representa quanto a organização consome do produto em um período de
tempo (demanda por semana, mês etc.).
O Lead Time é o tempo de ressuprimento, compreendido entre a emissão do pedido de compra
até o recebimento - no gráfico, é o intervalo entre 1 e 2.
Como existem incertezas tanto na taxa de demanda como no tempo de ressuprimento, deve-
se acrescentar o Estoque de Segurança (no gráfico, entre os pontos 3 e 4, percebe-se que não
houve a entrega do pedido e, consequentemente, o estoque de segurança foi utilizado).
Quantidade fixa
Determinada arbitrariamente. Utilizada em peças com tempo/custo alto de preparação.
Mês 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Total
Compra 50 50 50 150
Necessidade 10 7 50 15 20 4 30 10 4 130
Saldo 40 33 33 53 38 88 68 64 34 34 24 20
Lote Econômico
O Lote Econômico de Compra (LEC) é a quantidade a ser comprada que vai minimizar os custos
de estocagem e de aquisição.
Pressupostos:
•• a demanda considerada é conhecida e constante;
•• não há restrições quanto ao tamanho dos lotes;
•• os custos envolvidos são apenas de estocagem
(por unidade) e de pedido (por ordem de compra);
1482 www.acasadoconcurseiro.com.br
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Mês 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Total
324 324 324 324 1298
Compra
5 5 5 5 0
300 900 700 130 150 600 600 100 200 165 165 780 1298
Necessidade
0 0 0 0 0 0 0
294 204 134 45 179 119 590 283 835 243 780 0
Saldo
5 5 5 0 0 5 0
Lote a Lote
A compra é efetuada para uma quantidade igual à necessidade do período. Reduz custos de
armazenagem, sendo recomendado para itens de alto valor de compra e de consumo variável.
Mês 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Total
Compra 25 7 50 10 30 4 10 136
Necessidade 25 7 50 10 30 4 10 136
Saldo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
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Reposição Periódica
Calcula-se a quantidade em função das necessidades reais, utilizando a fórmula do lote
econômico para determinar o número de pedido e o intervalo de ressuprimento.
Conforme exemplo anterior:
Tempo entre pedidos = 3245 peças / 19470 peças por ano = 0,1667 anos = 60 dias
Frequência de pedidos: 19470 / 3245 = 6 pedidos por ano
Mês 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Total
Compra 3245 3245 3245 3245 3245 3245 19470
Necessidade 1650 1550 1650 1550 1650 1650 1650 1550 1650 1650 1650 1620 19470
MRP
1484 www.acasadoconcurseiro.com.br
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Em relação à base do MRP original (que somente dispunha de informações sobre itens - dados
cadastrais e tempos de ressuprimento, estruturas de produtos e quantidades em estoque),
foram acrescentadas novas informações
relativas aos recursos produtivos. Para os
cálculos das necessidades de outros
recursos, foram acrescidos ao MRP dois
módulos: 1) planejamento das necessidades
de capacidade produtiva ou CRP (Capacity
Requirements Planning); 2) controle de chão
de fábrica ou SFC (Shop Floor Control), que
permite o acompanhamento das atividades
de liberação de ordens, comparando-se o
que foi planejado com o executado na
fábrica.
O sistema MRP II tem como deficiência o fato de não prever melhorias na redução dos
desperdícios, tampouco promover o melhoramento contínuo do processo produtivo. Para
tanto, as organizações adotam a filosofia Just In Time (JIT) para gestão de fluxos, estocagem
e processos produtivos. O MRP II aceita perfeitamente o uso do JIT, trabalhando em conjunto,
formando um sistema de plano global de produção.
Just in Time
Just in time (JIT) é uma expressão que, em português, significa “bem na hora”.
O JIT é uma filosofia de produção, surgida no Japão, voltada para eliminação de desperdícios no
processo total de fabricação, desde as compras até a distribuição. Nela, o produto ou matéria
prima chega ao local necessário, para seu uso ou venda, sob demanda, no momento exato em
que for necessário. Permite atender ao cliente (interno ou externo) no momento exato de sua
necessidade, com as quantidades certas, evitando assim a manutenção de grandes estoques.
Isso é feito utilizando-se três componentes básicos: estabelecer e melhorar o fluxo do processo
de produção; qualidade - fazer certo da primeira vez; e envolvimento dos funcionários.
Tem como princípios básicos um fluxo organizado de produção, um sistema de “puxar” a
produção, com muita atenção a normas e a procedimentos de qualidade total, contínua melhora
do processo (kaizen), estoques mínimos, parcerias com os fornecedores e honestidade.
O Just In Time vem com a premissa da produção puxada, que resulta em diminuir o estoque e
manter apenas o necessário para a produção de determinada quantidade, em determinado dia.
Tal filosofia é o inverso da denominada Just in Case, na qual a forma de produzir era baseada
em produção empurrada, grandes estoques de matérias-primas e de produtos acabados.
Apesar de não definir uma metodologia de como fazer, a filosofia JIT busca:
•• Minimização dos lead times e dos prazos de fabricação dos produtos finais;
•• Redução contínua dos níveis de inventário (meta do “estoque zero”) por meio da melhoria
da produção – a melhoria contínua estimula o reconhecimento dos erros e trabalha no
sentido de eliminá-los por completo (“erro zero”);
1486 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Níveis de Estoque e Reposição – Prof. Rafael Ravazolo
•• Redução dos tempos de preparação de máquina (set up) a fim de flexibilizar a produção;
•• Redução ao mínimo do tamanho dos lotes fabricados, buscando o lote igual à unidade;
•• Liberação para a produção através do conceito de "puxar" estoques, ao invés de "empurrar"
com antecipação à demanda;
•• Flexibilidade da manufatura pela redução dos tamanhos dos lotes, tempos de preparação e
tempo de processo;
•• Manutenção preventiva e eliminação de defeitos para evitar o retrabalho;
•• Retomo imediato de informações com métodos de autocontrole;
•• Redução da movimentação através de plantas compactas;
•• Diversificação da capacidade: operários polivalentes e proativos – envolvidos na melhoria;
•• Desenvolvimento de fornecedores com as mesmas ideias.
O Just in Time tende a reduzir os custos operacionais, pois diminui a necessidade da
mobilização e manutenção de espaço físico, principalmente na estocagem de matéria prima ou
de mercadoria a ser vendida. Ele também aumenta a qualidade, a flexibilidade, a velocidade e a
confiabilidade do processo produtivo (e dos produtos).
Por outro lado, por não contar com grandes estoques adicionais, as empresas que usam essa
técnica devem se assegurar da ausência de peças defeituosas. A dificuldade em sincronizar a
operação e as restrições de capacidade de processamento, confiabilidade e flexibilidade são
algumas das barreiras na implantação do just in time.
Kanban
O Kanban é uma das técnicas usadas para atingir as metas do JIT, pois proporciona redução do
estoque, otimização do fluxo de produção, redução das perdas e aumento da flexibilidade.
A palavra Kanban é de origem japonesa e significa cartão. Portanto, a técnica utiliza cartões
com a função de informar o que, quanto e quando produzir e para onde levar esses produtos
fabricados. É uma forma de controle visual e/ou auditivo em um sistema de produção puxada.
Basicamente, segue o seguinte fluxo:
1. Um usuário com necessidade de peças vai à área de produção, onda há inúmeros contêiners
com peças;
2. O usuário pega o contêiner que contém o cartão (kanban) com a sua identificação (pois as
peças já haviam sido previamente solicitadas).
3. O usuário deixa um cartão (kanban) com a ordem de produção para mais um lote. Após
serem produzidas as peças, o cartão será anexado ao novo contêiner cheio... e todo
processo recomeça.
O sistema Kanban propicia fluxos de produção mais uniformes e a oportunidade de se fazer
melhorias, além de reduzir o material em processo até o mínimo absoluto, pois produz apenas
quantidades demandadas.
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Rotatividade do Estoque
Quanto maior o giro do estoque, desde que se mantenha o volume do mesmo e a margem de
lucro, maior a eficiência do setor de vendas e menor o tempo em que o dinheiro fica parado.
Resultados acima de 1 (um) indicam o número de renovações do estoque, ou seja, o número de
vezes que a produção foi vendida e completamente reconstituída.
Resultados iguais ou abaixo de 1 (um) indicam que os estoques se renovaram só uma vez ou
sua renovação não foi completa.
Exemplo 1: uma empresa tem vendas anuais de 10.000 unidades e em seu estoque tem 5.000
peças, qual a rotatividade do seu estoque?
R = V / E = 10.000 / 5.000 = 2, ou seja, o estoque da referida empresa gira 2 vezes por ano.
Exemplo 2: uma empresa tem receitas de vendas anuais de R$ 5.000.00,00. O seu custo anual
de vendas foi de R$ 500.000,00 e o lucro foi de R$ 90.000,00. Seu estoque médio possui
investimento de R$ 200.000,00. Qual a rotatividade do estoque?
R = Custo materiais vendidos / Estoque = 500.000,00 / 200.000,00 R = 2,5
Existe também o Antigiro, ou Índice de Cobertura dos Estoques, que é a indicação do período
de tempo que o estoque consegue cobrir as vendas futuras, sem que haja suprimento.
Quanto menor for o estoque, em relação à projeção de vendas, menor será a cobertura em
dias, semanas etc. Isto significa que, quando a cobertura de estoque apresenta‐se muito baixa,
corre-se o risco de faltar mercadoria para atendimento ao cliente. No caso contrário, com o
índice de cobertura muito alto, corre-se o risco de ter estoques parados ou obsoletos.
Este indicador é bastante utilizado em períodos anteriores a grandes aumentos de demanda
sazonais, por exemplo, na Páscoa.
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Administração – Níveis de Estoque e Reposição – Prof. Rafael Ravazolo
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Níveis de Estoque e Reposição
• Introdução do Estoque Mínimo (de segurança)
1490 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Níveis de Estoque e Reposição – Prof. Rafael Ravazolo
‒Duas Gavetas
‒Revisões Periódicas
‒Revisões Contínuas
– Gaveta 1:
• Estoque para consumo cotidiano
– Gaveta 2
• Estoque para consumo durante o
lead time + estoque mínimo
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Revisões periódicas
• Outros nomes: reposição periódica/cíclica; quantidade variável e
período fixo; modelo do estoque máximo; sistema de periodicidade fixa
ou sistema “P”.
• O material é reposto periodicamente em ciclos de tempo iguais,
chamados períodos de revisão.
Revisões periódicas
• Compra-se de forma a alcançar o estoque máximo
• Lote de pedido = Q max – Q em estoque
‒Pode-se considerar também o estoque virtual
1492 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Níveis de Estoque e Reposição – Prof. Rafael Ravazolo
Revisão Contínua
Revisão Contínua
10
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Cálculo dos lotes de compra
• 1 - Quantidade fixa
‒ Determinada arbitrariamente.
‒ Utilizada em peças com tempo/custo alto de preparação.
Mês 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Total
Compra 50 50 50 150
Necessidade 10 7 30 15 20 4 30 10 4 130
Saldo 40 33 33 53 38 88 68 64 34 34 24 20
‒Restrições:
o Demanda conhecida e constante;
o Tamanho dos lotes sem limites;
o Envolve apenas custo fixo de pedido (CF) e de estocagem por
unidade (CE);
o Pedido de apenas um produto por vez;
o Lead time é constante e conhecido;
12
1494 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Níveis de Estoque e Reposição – Prof. Rafael Ravazolo
Semana 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Total
Necessidade 300 900 700 1300 1500 600 600 1000 2000 1650 1650 780 12980
Saldo 2945 2045 1345 45 1790 1190 590 2835 835 2430 780 0
13
Mês 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Total
Compra 25 7 50 10 30 4 10 136
Necessidade 25 7 50 10 30 4 10 136
Saldo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
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Cálculo dos lotes de compra
• 4 – Revisão Periódica
‒ Quantidade em função das necessidades reais
‒ Utiliza fórmula do lote econômico para calcular o intervalo de
ressuprimento e o número de pedidos.
‒ Tempo entre pedidos = 3245 peças / 19470 peças por ano = 0,1667 anos =
60 dias
‒ Frequência: 19470 / 3245 = 6 pedidos por ano
Mês 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Total
Necessidade 1650 1550 1650 1550 1650 1650 1650 1550 1650 1650 1650 1620 19470
MRP
• Materials Requirements Planning
Planejamento das Necessidades de Materiais
‒Sistema integrado de controle de materias.
‒Faz o dimensionamento correto dos estoques e o suprimento
dos materiais usados na fabricação de um determinado
produto.
16
1496 www.acasadoconcurseiro.com.br
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MRP
• Centraliza o processo de decisão
• Método de “empurrar” estoques - de trás para frente
• Objetivos:
‒garantir a disponibilidade de materiais, componentes e
produtos para atendimento ao planejamento da produção e
às entregas dos clientes;
‒manter os inventários no nível mais baixo possível;
‒planejar atividade de manufatura, de suprimento e de
programação de entregas.
17
Componentes do MRP
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Processamento do MRP
MRP
• Vantagens:
20
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MRP
• Limitações:
21
Evolução – MRP II
Manufacturing Resources Planning
= MRP I + informações dos recursos produtivos
opermite a integração do planejamento financeiro ao
operacional, gerindo todos os recursos da empresa.
oFaz cálculos baseado em:
‒ Planejamento e previsão de vendas
‒ Controle e acompanhamento da fabricação
‒ Compras e contabilização dos custos
‒ Infraestrutura de informação industrial
‒ Estoques, Pedidos, Capacidade produtiva etc.
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Just in Time
Filosofia de produção japonesa voltada para eliminação de
desperdícios no processo total de fabricação
(das compras até a distribuição).
Just in Time
• Princípios:
‒Fluxo organizado de produção;
‒Sistema de “puxar” a produção (JIT x Just in Case)
‒Atenção a normas e a procedimentos de qualidade total;
‒Melhoria contínua do processo (kaizen);
‒Estoques mínimos;
‒Parcerias com os fornecedores;
‒Honestidade.
24
1500 www.acasadoconcurseiro.com.br
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Just in Time
• Melhoria da produção – reconhecer dos erros e eliminar (“erro zero”);
• Flexibilidade
‒ Redução dos tempos de ressuprimento, de produção e de preparação de máquina
(set up);
‒ Redução ao mínimo do tamanho dos lotes fabricados (lote igual à unidade);
• Redução contínua dos níveis de inventário (meta do “estoque zero”);
• Puxar estoques, ao invés de empurrar com antecipação à demanda;
• Manutenção preventiva;
• Feedback imediato e métodos de autocontrole;
• Redução da movimentação através de plantas compactas;
• Operários polivalentes e envolvidos na melhoria;
• Desenvolvimento de fornecedores com as mesmas ideias. 25
Just in Time
• Benefícios:
‒Reduz os custos operacionais;
‒Aumenta a qualidade, a flexibilidade, a velocidade e a
confiabilidade do processo produtivo (e dos produtos).
• Problemas:
‒Com baixos estoques de segurança, defeitos pode impedir a
entrega de um lote encomendado pelo cliente.
‒Dificuldade em sincronizar a operação e as restrições de
capacidade de processamento, confiabilidade e flexibilidade.
26
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Kanban
Rotatividade do Estoque
• Giro do Estoque
‒ Indicador da quantidade de vezes uma empresa consegue renovar seu
estoque durante um certo período = totalmente vendido e reposto.
Rotatividade =
Número de renovações do estoque no período =
1502 www.acasadoconcurseiro.com.br
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Rotatividade do Estoque
• Antigiro = Índice de Cobertura dos Estoques
‒ É a indicação do período de tempo que o estoque consegue cobrir as
vendas futuras, sem que haja suprimento.
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Administração
Aula XX
CURVA ABC
A classificação ABC é um tipo muito importante de controle de estoque. Ela permite identificar
aqueles itens que merecem maior atenção e tratamento adequados, de acordo com sua
importância financeira relativa dentro do estoque.
A curva usa como base o princípio de Pareto (80-20). Ele elaborava um estudo de renda e
riqueza da população italiana e descobriu que 80% da riqueza local estava concentrada com
20% da população. A aplicabilidade dos fundamentos do método de Pareto foi comprovada e
posta em prática nos Estados Unidos, logo após a Segunda Guerra Mundial (1951), pela General
Eletric.
Trata-se de classificação em que se considera a importância dos materiais, baseada nas
quantidades utilizadas e no seu valor total.
No controle de estoques, a curva ABC divide os materiais em 3 grupos:
Grupo A: poucos itens - maiores valores ou importância.
São os itens que devem receber maior atenção.
Geralmente 20% dos itens correspondem, em média, a
aproximadamente 70% do valor monetário do estoque.
Grupo B: São os itens de importância intermediária e que
devem receber atenção logo após as medidas tomadas
sobre os itens da classe A. Representam em média 30%
dos itens e corresponderem a aproximadamente 20% do
valor monetário.
Grupo C: São os itens de menor importância. Embora volumosos em quantidades, possuem
valor monetário bem reduzido, permitindo maior período de tempo para a sua análise e
estratégia de decisão. Representam geralmente 50% dos itens e correspondem, em média, a
aproximadamente 10% do valor monetário total.
A curva ABC relaciona o consumo do estoque, o investimento aplicado e a quantidade de
itens que formam o estoque. Essa classificação facilita o planejamento e reduz os serviços
burocráticos e a análise dos inventários. Obtém-se a curva por meio da ordenação dos itens
conforme a sua importância relativa.
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2. Tabulação
3. Identificação dos percentuais e da quantidade de itens envolvidos em cada classe
4. Elaboração da curva
5. Interpretação do gráfico, com separação em classes A, B e C
Exemplo:
Estoque da empresa X:
Passo 1: ordenar todas as linhas, tomando como critério o valor total encontrado, com os
valores aparecendo em ordem decrescente, ou seja, do maior para o menor.
Pode-se constatar que: o item 6 possui o maior valor relativo nesse estoque; o iem 2 possui o
menor valor.
Passo 2: calcular os percentuais relativos a cada item. Basta dividir o valor total de cada item
pelo valor total do estoque.
1506 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Curva ABC – Prof. Rafael Ravazolo
Passo 3: acumula-se os valores percentuais na última coluna. Basta adicionar a cada item a
soma das porcentagens anteriores, conforme a tabela a seguir.
Passo 4: Com a coluna “% Acumulado” concluída, faz-se o gráfico e a análise dos dados obtidos.
No eixo y (vertical - ordenadas) coloca-se o percentual acumulado; no eixo x (horizontal –
abcissas) colocam-se os itens, em ordem decrescente de valor.
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Por último, deve-se escolher a proporção desejada para os itens A, B e C. Não existe um padrão
para os valores desta proporção, cada empresa define a sua divisão de classes.
Por exemplo, sendo escolhida uma proporção 70x20x10:
1. deve-se separar na coluna “% Acumulado” o valor que estiver o mais próximo possível de
70%, o qual representará a classe A - 70,57% - item 6.
2. os valores de B, ou seja, deve-se somar 20% acima dos 70% - itens 5 e 4 – 90,33%.
3. o que restar representará os itens da classe C - 7, 3, 8, 1, 2.
No gráfico:
Em uma última análise, percebe-se que para a proporção 70x20x10 o número de itens equivale
a 12 x 25 x 63. O significado é o seguinte: 12% dos itens estariam representando 70% dos valores
em estoque (classe A). 25% representariam 20% (classe B) e 63% representariam apenas 10%
dos valores do estoque (classe C).
A aplicação prática dessa classificação ABC pode ser vista, por exemplo, reduzindo em 20% do
valor em estoque dos itens A (apenas 1 item). Isso resulta em uma redução do valor total de
20% x 70,57% = 14,11%.
1508 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Curva ABC – Prof. Rafael Ravazolo
Ao mesmo tempo, uma redução de 50% no valor em estoque dos itens C (5 itens), reduzirá o
valor total em 50% x 9,67% = 4,84%.
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Slides – Curva ABC
Curva ABC
o Usa o princípio de Pareto.
o Considera a importância dos materiais, baseada nas quantidades
utilizadas e no seu valor total.
o Identifica os itens que merecem atenção e tratamento adequados,
de acordo com sua importância relativa.
o Facilita o planejamento e reduz os serviços burocráticos e a análise
dos inventários.
Curva ABC
o Divide os materiais
em 3 grupos:
Grupo A
Grupo B
Grupo C
1510 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Curva ABC – Prof. Rafael Ravazolo
Curva ABC
• Fases genéricas:
1. Relação dos itens com seus valores totais correspondentes;
2. Tabulação;
3. Identificação dos percentuais e da quantidade de itens
envolvidos em cada classe;
4. Elaboração da curva;
5. Interpretação do gráfico, com separação em classes A, B e C.
Curva ABC
Estoque da empresa X
Código Quantidade Valor unitário Valor Total
1 135 R$ 10,00 R$ 1.350,00
2 100 R$ 10,00 R$ 1.000,00
3 40 R$ 100,00 R$ 4.000,00
4 400 R$ 20,00 R$ 8.000,00
5 2.000 R$ 10,00 R$ 20.000,00
6 10.000 R$ 10,00 R$ 100.000,00
7 120 R$ 50,00 R$ 6.000,00
8 135 R$ 10,00 R$ 1.350,00
TOTAL R$ 141.700,00
4
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Curva ABC
Passo 1: ordenar todas as linhas, tomando como critério o
valor total encontrado, com os valores aparecendo em ordem
decrescente, ou seja, do maior para o menor.
Código Quantidade Valor unitário Valor Total
6 10.000 R$ 10,00 R$ 100.000,00
5 2.000 R$ 10,00 R$ 20.000,00
4 400 R$ 20,00 R$ 8.000,00
7 120 R$ 50,00 R$ 6.000,00
3 40 R$ 100,00 R$ 4.000,00
8 135 R$ 10,00 R$ 1.350,00
1 135 R$ 10,00 R$ 1.350,00
2 100 R$ 10,00 R$ 1.000,00
TOTAL R$ 141.700,00
5
Curva ABC
Passo 2: calcular os percentuais relativos a cada item. Basta
dividir o valor total de cada item pelo valor total do estoque.
Código Quantidade Valor unit. Valor Total %
6 10.000 R$ 10,00 R$ 100.000,00 70,57%
5 2.000 R$ 10,00 R$ 20.000,00 14,11%
4 400 R$ 20,00 R$ 8.000,00 5,65%
7 120 R$ 50,00 R$ 6.000,00 4,23%
3 40 R$ 100,00 R$ 4.000,00 2,82%
8 135 R$ 10,00 R$ 1.350,00 0,95%
1 135 R$ 10,00 R$ 1.350,00 0,95%
2 100 R$ 10,00 R$ 1.000,00 0,71%
TOTAL R$ 141.700,00 100,00%
6
1512 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Curva ABC – Prof. Rafael Ravazolo
Curva ABC
Passo 3: acumula-se os valores percentuais na última coluna.
Basta adicionar a cada item a soma das porcentagens anteriores.
Valor %
Código Quantidade unitário Valor Total % Acumulado
6 10.000 R$ 10,00 R$ 100.000,00 70,57% 70,57%
5 2.000 R$ 10,00 R$ 20.000,00 14,11% 84,69%
4 400 R$ 20,00 R$ 8.000,00 5,65% 90,33%
7 120 R$ 50,00 R$ 6.000,00 4,23% 94,57%
3 40 R$ 100,00 R$ 4.000,00 2,82% 97,39%
8 135 R$ 10,00 R$ 1.350,00 0,95% 98,34%
1 135 R$ 10,00 R$ 1.350,00 0,95% 99,29%
2 100 R$ 10,00 R$ 1.000,00 0,71% 100,00%
TOTAL R$ 141.700,00 100,00%
7
Curva ABC
Passo 4: faz-se o gráfico e a análise dos dados obtidos.
Eixo y (vertical - ordenadas) = percentual acumulado; Eixo x
(horizontal – abcissas) = itens, em ordem decrescente de valor.
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Curva ABC
• Deve-se escolher a proporção desejada para os itens A, B e C.
• Exemplo: proporção 70 x 20 x 10
Valor %
Código Quant. unitário Valor Total % Acumulado Classe
6 10.000 R$ 10,00 R$ 100.000,00 70,57% 70,57% A
5 2.000 R$ 10,00 R$ 20.000,00 14,11% 84,69% B
4 400 R$ 20,00 R$ 8.000,00 5,65% 90,33% B
7 120 R$ 50,00 R$ 6.000,00 4,23% 94,57% C
3 40 R$ 100,00 R$ 3.000,00 2,82% 97,39% C
8 135 R$ 10,00 R$ 1.350,00 0,95% 98,34% C
1 135 R$ 10,00 R$ 1.350,00 0,95% 99,29% C
2 100 R$ 10,00 R$ 1.000,00 0,71% 100,00% C
9
Curva ABC
Análise dos resultados
CLASSES Nº ITEM % ITENS VALOR ACUMULADO Código dos itens
A 1 12,5 70,57 % 6
B 2 25 19,76 % 4, 5
C 5 62,5 9,67 % 1, 2, 3, 7, 8
10
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Administração – Curva ABC – Prof. Rafael Ravazolo
Curva ABC
• Aplicação prática:
11
Curva ABC
• Comportamento das curvas: concentração, acumulação.
12
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Administração
Aula XX
AVALIAÇÃO DE ESTOQUES
Este método é baseado na cronologia das entradas e saídas. O procedimento de baixa dos
itens de estoque é feito pela ordem de entrada do material na empresa: dá-se primeiro
saída nas mercadorias mais antigas (primeiras que entraram), ficando nos estoques as mais
recentes. O primeiro que entrou será o primeiro que sairá e, assim, utilizaremos seus valores na
contabilização do estoque.
Este método também é baseado na cronologia das entradas e saídas, mas, ao contrário do
anterior, dá-se primeiro saída nas mercadorias mais recentes (última a entrar), ficando
nos estoques as mais antigas. Em um regime inflacionário, o Lucro pelo método UEPS é o
menor possível, fazendo com que o Imposto de Renda sobre o lucro também o seja. Daí, o
Regulamento do Imposto de Renda não permite que as empresas no Brasil que estejam
obrigadas a declararem tal imposto com base no lucro fiscal utilizem o método UEPS.
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Custo Médio
Tem por metodologia a fixação de preço médio dos produtos em estoque. É baseado na
cronologia das entradas e saídas. O procedimento de baixa dos itens de estoque é feito
normalmente pela quantidade da própria ordem de fabricação e os valores finais de saldo são
dados pelo preço médio dos produtos. Cada saída de produto é feita pelo valor de custo médio
dos produtos em estoque.
a) Custo Médio Ponderado Móvel: há uma fusão das quantidades, ou seja, as mercadorias
estocadas serão sempre valoradas pela média dos custos de aquisição, sendo estes
atualizados a cada compra efetuada. O novo custo unitário é obtido pela divisão desse
valor global pelo total de unidades existentes.
b) Custo Médio Ponderado Fixo: é apurado uma só vez, e no final do Exercício, após a última
compra efetuada. Deve-se dividir o custo total das mercadorias disponíveis para venda pela
quantidade total dessas mesmas mercadorias. O critério do Custo Médio Ponderado Fixo
somente pode ser adotado por empresas que utilizam o Sistema de Inventário Periódico,
pois só é possível a sua apuração no final do exercício.
Outros
•• Preço Específico: corresponde a atribuir para cada unidade do estoque o preço que foi
efetivamente pago por ela. Somente utilizado para produtos de fácil identificação física,
como por exemplo: máquinas de grande porte e automóveis.
•• Custo de reposição: os valores são atualizados em razão dos preços de mercado.
•• FEFO (First-Expire, First-Out / ou Primeiro que Vence é o Primeiro que Sai) serve para
gerenciar o arranjo e expedição de mercadorias de um estoque, levando em consideração
o seu prazo de validade. Este conceito, por sua natureza, é muito utilizado nas operações
das indústrias alimentícias, de bebidas, químicas, farmacêuticas, além de redes de varejo
(como supermercados), servindo de base para promoções, com o propósito de manter
atualizados os estoques de acordo com os prazos de validade.
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Administração – Avaliação de Estoque – Prof. Rafael Ravazolo
Avaliação de Estoques
• Avaliação do estoque em termos de $$$$
‒FIFO ou PEPS
‒LIFO ou UEPS
‒Custo Médio
Ponderado Móvel
Ponderado Fixo
‒Preço Específico
‒Custo de Reposição
‒FEFO
PEPS
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UEPS
Custo Médio
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Administração
Aula XX
RECEBIMENTO
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Ao final do processo de recebimento a responsabilidade pela guarda e conservação do material
é transferida do fornecedor ao recebedor.
Fases do Recebimento:
Entrada de Materiais
Conferência Visual: exame para constatação de avarias (defeitos), análise da disposição das
cargas, observação das embalagens quanto a evidências de quebras, umidade, amassados
etc. (Obs.: alguns autores consideram a conferência visual como uma espécie de conferência
qualitativa)
Descarga: atividade inicial do processo, ocorre quando o produto chega ao local de
armazenagem. Dependendo da natureza do material envolvido, é necessária a utilização de
equipamentos, dentre os quais se destacam paleteiras, empilhadeiras etc.
Conferência Quantitativa
Verificação da quantidade, volume, peso, tamanho etc. de produtos entregues de acordo com
a discriminação da documentação fiscal. Geralmente há uma tolerância prevista em contrato.
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Administração – Recebimento – Prof. Rafael Ravazolo
Conferência Qualitativa
Inspeção técnica por meio da confrontação das condições contratadas com as efetivamente
recebidas, visando garantir o recebimento adequado do material contratado por meio do
exame de suas características dimensionais, específicas e restrições de especificação (análise
visual, dimensional, testes – mecânicos, elétricos, químicos etc.)
Pode, também, ocorrer a inspeção de materiais no próprio fornecedor, seja durante a
fabricação, seja após o término da produção.
Regularização
Controle do processo de recebimento para a decisão de aceitar ou recusar e, finalmente,
autorizar o pagamento ao fornecedor, dar entrada no estoque e encerrar o processo. Ocorre
pela confirmação das conferências qualitativa e quantitativa, por meio de laudos de inspeção
técnica.
Após a conferência dos materiais poderá ser realizada a recusa total, o recebimento total ou
parcial.
•• Recusa Total: consiste na situação em que a carga é recusada - nota fiscal não confere,
falta de documentação além da nota fiscal, a especificação do item é diferente etc. Há a
possibilidade de novo agendamento para entrega.
•• Recebimento Total: corresponde à situação em que o fornecedor efetua a entrega
corretamente, atendendo todos os requisitos de documentação, quantidade e qualidade
dos itens.
•• Recebimento Parcial: consiste no aceite da parte correta dos itens, retendo a nota fiscal e
agendando nova entrega para o quantitativo pendente.
Existe uma interligação com as áreas de contabilidade, compras e transporte para que seja
evitado o recebimento de produtos desconformes com o pedido.
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Lei 8666/93
IN 205/88
DO RECEBIMENTO E ACEITAÇÃO
1524 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Recebimento – Prof. Rafael Ravazolo
3.2. São considerados documentos hábeis para recebimento, em tais casos rotineiros:
a) Nota Fiscal, Fatura e Nota fiscal/Fatura;
b) Termo de Cessão/Doação ou Declaração exarada no processo relativo à Permuta;
c) Guia de Remessa de Material ou Nota de Transferência; ou
d) Guia de Produção.
3.2.1. Desses documentos constarão, obrigatoriamente: descrição do material, quantidade,
unidade de medida, preços (unitário e total).
3.3. Aceitação é a operação segundo a qual se declara, na documentação fiscal, que o material
recebido satisfaz às especificações contratadas.
3.3.1. O material recebido ficará dependendo, para sua aceitação, de:
a) conferência; e, quando for o caso;
b) exame qualitativo.
3.4. O material que apenas depender de conferência com os termos do pedido e do documento
de entrega, será recebido e aceito pelo encarregado do almoxarifado ou por servidor
designado para esse fim.
3.6. O exame qualitativo poderá ser feito por técnico especializado ou por comissão especial,
da qual, em princípio, fará parte o encarregado do almoxarifado.
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3.7. Quando o material não corresponder com exatidão ao que foi pedido, ou ainda, apresentar
faltas ou defeitos, o encarregado do recebimento providenciará junto ao fornecedor a
regularização da entrega para efeito de aceitação.
DA CARGA E DESCARGA
6.1. Toda movimentação de entrada e saída de carga deve ser objeto de registro, quer trate
de material de consumo nos almoxarifados, quer trate de equipamento ou material
permanente em uso pelo setor competente. Em ambos os casos, a ocorrência de tais
registros está condicionada à apresentação de documentos que os justifiquem.
6.2. O material será considerado em carga, no almoxarifado, com o seu registro, após o
cumprimento das formalidades de recebimento e aceitação.
6.3. Quando obtido através de doação, cessão ou permuta, o material será incluído em carga, à
vista do respectivo termo ou processo.
6.4. A inclusão em carga do material produzido pelo órgão sistêmico será realizada à vista de
processo regular, com base na apropriação de custos feita pela unidade produtora ou, à
falta destes, na valoração efetuada por comissão especial, designada para este fim.
6.5.1. O valor do bem produzido pelo órgão sistêmico será igual à soma dos custos estimados
para matéria-prima, mão-de-obra, desgaste de equipamentos, energia consumida na
produção, etc.
1526 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Recebimento – Prof. Rafael Ravazolo
6.6. Em princípio, não deverá ser feita descarga isolada das peças ou partes de material que,
para efeito de carga tenham sido registradas com a unidade "jogo", "conjunto", "coleção",
mas sim providenciada a sua recuperação ou substituição por outras com as mesmas
características, de modo que fique assegurada, satisfatoriamente, a reconstituição da
mencionada unidade.
6.6.1. Na impossibilidade dessa recuperação ou substituição, deverá ser feita, no registro
do instrumento de controle do material, a observação de que ficou incompleto(a) o(a)
"jogo", "conjunto", "coleção"; anotando-se as faltas e os documentos que as consignaram.
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Slides – Recebimento
Recebimento
• Ato
pelo
qual
uma
equipe
recebe
do
fornecedor
os
materiais
e
efetua
as
conferências
necessárias
para
dar
o
aceite
dos
produtos.
‒ Intermediação
das
tarefas
de
compra
e
de
armazenamento.
1
2
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Administração – Recebimento – Prof. Rafael Ravazolo
Lei
8666/93
Art.
73.
Executado
o
contrato,
o
seu
objeto
será
recebido:
I
–
em
se
tratando
de
obras
e
serviços:
a)
provisoriamente,
pelo
responsável
por
seu
acompanhamento
e
fiscalização,
mediante
termo
circunstanciado,
assinado
pelas
partes
em
até
15
(quinze)
dias
da
comunicação
escrita
do
contratado;
b)
definiOvamente,
por
servidor
ou
comissão
designada
pela
autoridade
competente,
mediante
termo
circunstanciado,
assinado
pelas
partes,
após
o
decurso
do
prazo
de
observação,
ou
vistoria
que
comprove
a
adequação
do
objeto
aos
termos
contratuais,
observado
o
disposto
no
art.
69
desta
Lei;
II
–
em
se
tratando
de
compras
ou
locação
de
equipamentos:
a)
provisoriamente,
para
efeito
de
posterior
verificação
da
conformidade
do
material
com
a
especificação;
b)
definiOvamente,
após
a
verificação
da
qualidade
e
quanOdade
do
material
e
consequente
aceitação.
IN
205/88
• DO
RECEBIMENTO
E
ACEITAÇÃO
3.
Recebimento
é
o
ato
pelo
qual
o
material
encomendado
é
entregue
ao
órgão
público
no
local
previamente
designado,
não
implicando
em
aceitação.
Transfere
apenas
a
responsabilidade
pela
guarda
e
conservação
do
material,
do
fornecedor
ao
órgão
recebedor.
Ocorrerá
nos
almoxarifados,
salvo
quando
o
mesmo
não
possa
ou
não
deva
ali
ser
estocado
ou
recebido,
caso
em
que
a
entrega
se
fará
nos
locais
designados.
Qualquer
que
seja
o
local
de
recebimento,
o
registro
de
entrada
do
material
será
sempre
no
Almoxarifado.
...
3.2.
São
considerados
documentos
hábeis
para
recebimento,
em
tais
casos
roNneiros:
a)
Nota
Fiscal,
Fatura
e
Nota
fiscal/Fatura;
b)
Termo
de
Cessão/Doação
ou
Declaração
exarada
no
processo
relaNvo
à
Permuta;
c)
Guia
de
Remessa
de
Material
ou
Nota
de
Transferência;
ou
d)
Guia
de
Produção.
3.2.1.
Desses
documentos
constarão,
obrigatoriamente:
descrição
do
material,
quanNdade,
unidade
de
medida,
preços
(unitário
e
total).
3.3.
Aceitação
é
a
operação
segundo
a
qual
se
declara,
na
documentação
fiscal,
que
o
material
recebido
saNsfaz
às
especificações
contratadas.
3.3.1.
O
material
recebido
ficará
dependendo,
para
sua
aceitação,
de:
a)
conferência;
e,
quando
for
o
caso;
b)
exame
qualitaNvo.
3.7.
Quando
o
material
não
corresponder
com
exaNdão
ao
que
foi
pedido,
ou
ainda,
apresentar
faltas
ou
defeitos,
o
encarregado
do
recebimento
providenciará
junto
ao
fornecedor
a
regularização
da
entrega
para
efeito
de
aceitação.
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IN
205/88
• DA
CARGA
E
DESCARGA
6.
Para
fins
desta
I.N.,
considera-‐se:
a)
carga
-‐
a
efe=va
responsabilidade
pela
guarda
e
uso
de
material
pelo
seu
consignatário;
b)
descarga
-‐
a
transferência
desta
responsabilidade.
6.1.
Toda
movimentação
de
entrada
e
saída
de
carga
deve
ser
objeto
de
registro,
quer
trate
de
material
de
consumo
nos
almoxarifados,
quer
trate
de
equipamento
ou
material
permanente
em
uso
pelo
setor
competente.
Em
ambos
os
casos,
a
ocorrência
de
tais
registros
está
condicionada
à
apresentação
de
documentos
que
os
jus=fiquem.
6.2.
O
material
será
considerado
em
carga,
no
almoxarifado,
com
o
seu
registro,
após
o
cumprimento
das
formalidades
de
recebimento
e
aceitação.
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Administração
Aula XX
CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS
Objetivos da Classificação
Atributos
Existem diversas formas de classificar os materiais, porém, uma boa classificação deve obedecer
aos seguintes atributos:
• Abrangência: deve tratar de uma gama de características em vez de reunir apenas materiais
para serem classificados.
• Flexibilidade: deve permitir conexão entre os diversos tipos de classificação.
• Praticidade: deve ser direta e simples.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1531
Escopo da Classificação
Especificação
É a descrição de um item através de suas características (atributos, propriedades). O termo
especificação é, em geral, empregado com o significado de identificar precisamente o material,
de modo a torná-lo inconfundível (ou seja, específico), principalmente para fins de aquisição. O
conjunto de descrições de materiais forma a nomenclatura de materiais da empresa.
É interessante também padronizar a nomenclatura. Uma nomenclatura padronizada
(estruturada) é formada por uma estrutura de nomes ou palavras-chave (nome básico e
nomes modificadores), dimensões, características físicas em geral, embalagem, aplicação,
características químicas, etc.
O nome básico é a denominação inicial da descrição (exemplo: arruela, parafuso, etc.),
enquanto o nome modificador é um complemento do nome básico (exemplo para arruela:
pressão, lisa, cobre, etc.). Um nome básico pode estar associado a vários modificadores: arruela
lisa de cobre, espessura 0,5 mm, diâmetro interno 6 mm, diâmetro externo 14 mm.
Codificação
Em função de uma boa classificação do material, pode-se realizar codificação do mesmo,
ou seja, representar todas as informações necessárias, suficientes e desejadas por meio de
números e/ou letras com base em toda a classificação obtida do material. Com a codificação
do bem, passamos a ter um registro que nos informará todo o seu histórico (data de aquisição,
1532 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Classificação de Materiais – Prof. Rafael Ravazolo
preço inicial, localização, vida útil esperada, valor depreciado, valor residual, manutenção
realizada e previsão de sua substituição).
Os sistemas de codificação mais comumente usados são: o alfabético, o numérico (também
chamado decimal) e o alfanumérico. Podem existir outros, como: sequencial, em grupos, em
faixas, mnemônicos, etc.
O que é fundamental é que haja um só código para cada item, e que o código não produza
confusões de comunicação, principalmente com o uso de caracteres que podem ser confundidos
(zero com a letra O, 5 com a letra S, 2 com a letra Z, 6 com a letra G, etc.).
Alguns tipos de códigos:
Alfabético – representa os materiais por meio de letras. Foi muito utilizado na codificação de
livros (Método Dewey). Seu limite em termos de quantidade de itens e a difícil memorização
estão fazendo este sistema cair em desuso.
Numérico – representa materiais por meio de números. Seu uso mais comum é o chamado
Método Decimal, que consiste basicamente na associação de três grupos e sete algarismos.
Esse é um método muito utilizado (talvez o mais usado) nos almoxarifados para a codificação
dos materiais. 1º Grupo-00 – Classificador: designa as grandes Classes ou agrupamentos de
materiais em estoque; 2º Grupo-00 – Individualizador: identifica cada um dos materiais do
1º grupo; 3º Grupo-000 – Caracterizador: descreve os materiais pertencentes ao 2º grupo de
forma definitiva, com todas as suas características, a fim de torná-los inconfundíveis.
Alfanumérico – agrupa números e letras. As quantidades de letras e de números são definidos
pelo órgão ou empresa a qual adotou o sistema, não havendo uma regra específica. É o sistema
utilizado na codificação de placas de automóveis.
Sequencial – é, normalmente, um código composto por caracteres numéricos com a regra de
sequência “soma 1”. A cada novo item a ser identificado um novo código é dado, somando-se
1 ao último código dado. Para se definir um código sequencial basta determinar-se o primeiro
código e a regra de sequência. Segundo a IN 205/88:
7.13. Para efeito de identificação e inventário os equipamentos e materiais permanentes
receberão números sequenciais de registro patrimonial.
7.13.1. O número de registro patrimonial deverá ser aposto ao material, mediante gravação,
fixação de plaqueta ou etiqueta apropriada.
Em grupos – quando o código é dividido em grupos e a cada grupo se associa um significado.
Exemplo: os códigos 30-12-347 e 30-13-523, em que 30 = materiais elétricos; 30-12 = fios e
cabos nus e 30-13 = fios e cabos isolados.
Em faixas – quando, numa codificação sequencial, certas faixas de códigos possuem um
significado tal como o dos grupos do código em grupos. Exemplo: 101 a 299 = matérias primas;
301 a 599 = semiacabados; 601 a 999 = acabados.
Mnemônicos – quando possui caracteres que permitem associação fácil de ideia com o
elemento a ser codificado. Exemplo: as siglas de estados do Brasil.
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De barras – É a tecnologia de identificação automática aplicável aos objetos. Seu objetivo é a
identificação e localização de produtos em nível industrial e comercial. O sistema é constituído
por séries de linhas e espaços de diversas larguras, que
armazenam informações com ordenamentos diferentes,
denominados simbologias. Para implementação do código de
barras a indústria deverá filiar-se à EAN – Associação
Internacional de Numeração de Artigos. O código EAN-13 é um
padrão utilizado em mais de 100 países. É composto por 13
dígitos e inclui: País + Empresa + Produto + Dígito de Controle.
Dentro das organizações, dependendo do mercado de atuação e dos objetivos, vários tipos de
classificação de materiais podem ser adotados.
1534 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Classificação de Materiais – Prof. Rafael Ravazolo
• Obsoletos: com ou sem uso, não mais satisfazem o mercado. Devem ser vendidos
urgentemente, enquanto ainda há aceitação, sob pena de representarem materiais inativos,
acarretando imobilização de capital de giro;
• Sucatas: resíduos de materiais que possuem valor econômico;
• Imprestáveis: resíduos de materiais que não têm valor econômico.
Por Demanda
Materiais de demanda eventual (materiais não de estoque, ou de armazenagem temporária):
são aqueles que têm movimentação em determinados períodos, normalmente para atender à
demanda de determinada época.
Esses materiais são utilizados imediatamente, ou seja, a irregularidade de consumo faz com
que a compra desses materiais somente seja feita por solicitação direta do usuário, na ocasião
em que isso se faça necessário.
Sua compra deve ser cuidadosamente planejada para que não ocorram sobras nem faltas, que
certamente acarretarão em redução da margem de lucro.
Materiais de demanda permanente (estoque permanente): aqueles que sempre são
necessários e, portanto, devem constar no estoque. São determinados critérios e parâmetros
de ressuprimento automático, com base na demanda prevista e na importância para a empresa.
Esses materiais em estoque podem ser subdivididos de acordo com alguns critérios, conforme
a seguir:
Quanto à aplicação
• Produtivos: compreendem todo material ligado direta ou indiretamente ao processo
produtivo.
• Matérias primas: materiais básicos e insumos que constituem os itens iniciais e fazem parte
do processo produtivo.
• Produtos em fabricação: também conhecidos como materiais em processamento são os
que estão sendo processados ao longo do processo produtivo. Não estão mais no almoxarifado
porque já não são mais matérias-primas, nem no estoque final porque ainda não são produtos
acabados.
• Materiais acabados: peças prontas isoladas, ou produtos prontos.
• Produtos acabados: produtos finais, prontos.
• Materiais de manutenção: materiais aplicados em manutenção com utilização repetitiva.
• Materiais improdutivos: materiais não incorporados ao produto no processo produtivo da
empresa.
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• Materiais de consumo geral: materiais de consumo, aplicados em diversos setores da
empresa.
A compra do
Existem
É imprescindível Fácil aquisição? original ou CLASSE
similares?
similar é fácil
SIM NÃO NÃO - Z
SIM SIM NÃO - Y
NÃO NÃO SIM NÃO Y
SIM SIM SIM SIM X
NÃO SIM SIM SIM X
Quanto à demanda
A classificação PQR é um critério de classificação de materiais que utiliza a popularidade dos
itens (transações ou movimentações durante um período).
• Classe P: muito populares, ou seja, apresentam elevada frequência de movimentação;
• Classe Q: popularidade média;
• Classe R: pouco populares.
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Materiais Críticos
Classificação muito utilizada por indústrias. São materiais de reposição específica, geralmente
peças ou itens sobressalentes, cuja demanda não é previsível e a decisão de estocar tem como
base o risco. Por serem sobressalentes vitais de equipamentos produtivos, devem permanecer
estocados até sua utilização, não estando, portanto, sujeitos ao controle de obsolescência*.
(Essa afirmativa é questionada por outros autores, pois se o material é primordial para a
produção, ele deveria ser controlado permanentemente).
A quantidade de material cadastrado como material crítico dentro de uma empresa deve ser
mínima. Os materiais são classificados como críticos segundo os critérios:
Críticos por problemas de obtenção: material importado; único fornecedor; falta no mercado;
estratégico e de difícil obtenção ou fabricação.
Críticos por razões econômicas: materiais de valor elevado com alto custo de armazenagem ou de
transporte.
Críticos por problemas de armazenagem ou transporte: materiais perecíveis, de alta periculosidade,
elevado peso ou grandes dimensões.
Críticos por problema de previsão: ser difícil prever seu uso.
Críticos por razões de segurança: materiais de alto custo de reposição ou para equipamento vital da
produção.
Por Perecibilidade
Leva em conta a possibilidade de extinção das propriedades físico-químicas. Muitas vezes, o
tempo influencia na classificação, assim, quando a empresa adquire um material para ser usado
em um período, e nesse período o consumo não ocorre, sua utilização poderá não ser mais
possível. Os materiais podem perecer por várias razões: ação de animais/fungos/bactérias,
volatilidade, ação da luz, instabilidade química, magnetização/desmagnetização, corrosão,
mudanças de temperatura, etc.
Outras
• Por Periculosidade: aqueles que podem oferecer risco à segurança no manuseio, transporte,
armazenagem: gases, líquidos, produtos químicos etc.
• Dificuldade de aquisição: fabricação especial, escassez no mercado, sazonalidade,
monopólio, transporte especial, importações etc.
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• Tipos de estocagem: permanente, temporário etc.
• Mercado fornecedor: nacional, estrangeiro.
• Possibilidade de fazer ou comprar.
Quadro Resumo
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Slides – Classificação de Materiais
1
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3
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Codificação
• Representar
todas
as
informações
necessárias,
suficientes
e
desejadas
por
meio
de
números
e/ou
letras;
‒ Alfabé'co
‒ Numérico
–
Método
decimal
o 1º
Grupo-‐00
–
Classificador
o 2º
Grupo-‐00
–
Individualizador
o 3º
Grupo-‐000
-‐
Caracterizador
‒ Alfanumérico
‒ Outros:
Sequencial,
Em
grupos,
Em
faixas,
Mnemônicos,
Barras,
Código
QR.
5
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Administração
Aula XX
ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO
Armazenagem
A armazenagem tem início logo após o recebimento e a liberação do material para a entrada em
estoque. Compreende planejamento, coordenação, controle e desenvolvimento das operações
destinadas a guarda, localização, segurança e preservação dos materiais.
Os estudos sobre armazenagem envolvem o leiaute, a embalagem, os critérios usados para
estocar e a localização dos materiais. Pode envolver também o registro/inventário e a expedição
no momento oportuno.
A utilização de um método adequado de armazenagem permite diminuir custos de operação,
melhorar a qualidade dos produtos, acelerar o ritmo de trabalho, reduzir acidentes e evitar
desgastes de equipamentos.
Um bom sistema de armazenagem leva em conta a natureza do material a ser armazenado/
movimentado (características físicas, químicas e biológicas); a quantidade de material;
a determinação do local adequado; a frequência de manipulação/movimentação; as
especificações técnicas de exigência de acondicionamento físico; a política de manutenção;
a segurança patrimonial; o capital disponível na organização para manutenção e potencial
ampliação futura do armazém; a relação custo x benefício; outras características interessantes
para cada tipo de instituição.
Para que a armazenagem seja eficaz, ela necessita de:
•• Realização de cargas e descargas de veículos mais rápidas;
•• Agilidade dos fluxos internos, tanto de materiais quanto de informação;
•• Utilização efetiva da mão de obra e equipamentos.
•• Melhor uso de sua capacidade volumétrica – máximo uso do espaço;
•• Máxima proteção aos itens estocados – boa qualidade de armazenagem;
•• Controle para evitar divergências de inventário e perdas de qualquer natureza;
•• Otimização do leiaute – acesso fácil a todos os itens e movimentação eficiente para reduzir
distâncias e perdas de espaço.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1545
Alguns princípios a serem seguidos:
•• Agrupar materiais similares ou complementares ou agrupar materiais pela forma e volume
para otimizar os espaços;
•• Posicionar os materiais de maior giro próximos à saída;
•• Utilizar fluxos simples, retos e diretos; reduzir, eliminar, combinar, simplificar movimentos;
•• Padronizar os métodos e equipamentos;
•• Utilizar equipamentos flexíveis (evita a subutilização, maior disponibilidade);
•• Minimizar o manuseio do material e minimizar a distância percorrida;
•• Utilizar equipamentos de armazenagem que permitam o aproveitamento vertical do
espaço;
•• Padronizar corredores e eliminar área de guarda de equipamentos.
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Administração – Armazenagem e Movimentação – Prof. Rafael Ravazolo
•• três tipos de superfície: estática – onde o equipamento se projeta no solo (mesa, armário
etc.); utilização – que o funcionário usa para desenvolver o seu trabalho; circulação – se
destina ao trânsito de pessoal e de equipamentos (corredores etc.).
Localização
O objetivo de um sistema de localização é estabelecer os meios necessários à perfeita
identificação da localização dos materiais. Normalmente é utilizada uma simbologia
(codificação) alfanumérica que indica precisamente o posicionamento de cada material
estocado, facilitando as operações de movimentação.
Não há regras taxativas que regulem o modo como os materiais devem ser dispostos, a decisão
final depende de diversas variáveis.
O objetivo da armazenagem é proporcionar um sistema de localização que possibilite o
endereçamento e a perfeita identificação da localização dos materiais estocados. Geralmente
utiliza uma codificação representativa de cada local de estocagem, facilitando as operações de
movimentação, inventário etc.
Algumas formas de distribuição ou colocação dos materiais no almoxarifado:
•• Armazenagem/Localização Fixa (por Zona, ou por Agrupamento): são determinadas áreas
de estocagem para cada tipo de material, ou seja, materiais são colocados sempre no
mesmo local a cada renovação do estoque. A grande vantagem é a facilidade de encontrar
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os materiais. Uma possível desvantagem é a ociosidade do local caso o estoque do material
seja baixo.
•• Armazenagem/Localização Livre: não existem locais fixos de armazenagem, a não ser para
materiais de estocagens especiais. Quando os produtos chegam ao armazém são designados
a qualquer espaço livre disponível. A vantagem é a otimização da área de armazenamento.
As desvantagens são o maior percurso para montagem dos pedidos, tendo em vista que
um único item poderá ser localizado em diversos pontos, e o risco de possuir material em
estoque perdido que somente será descoberto ao acaso ou na execução do inventário.
•• Armazenagem por Tamanho, Peso e Volume: semelhante ao anterior, permite um
bom aproveitamento do espaço. Exige que todos os documentos de entradas e saídas
contenham a localização do material no almoxarifado a fim de facilitar sua busca.
•• Armazenagem por Frequência: os materiais cujo volume de movimentação e frequência
são significativos devem ser colocados tão próximo quanto possível da saída da instalação
de armazenamento.
•• Armazenagem especial: ambientes climatizados; produtos inflamáveis, que são
armazenados sob rígidas normas de segurança; produtos perecíveis (método FIFO) etc.
Exemplos de arranjo para armazenagem:
Técnicas de Estocagem
Carga unitária (paletização): carga constituída de embalagens de transporte que arranjam
ou acondicionam certa quantidade de material para possibilitar o seu manuseio, transporte e
armazenamento como se fosse uma unidade. A formação de carga unitária se dá, geralmente,
através de caixas e pallets (paletes), que são estrados de madeira/plástico, de diversas
dimensões.
1548 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Armazenagem e Movimentação – Prof. Rafael Ravazolo
www.acasadoconcurseiro.com.br 1549
Quando aos critérios para “paletizar”, o arranjo mais indicado para determinado tipo de
material depende de:
•• tamanho da carga: as maneiras de paletizar uma carga podem ser diversas, apenas uma ou
nenhuma, dependendo do seu tamanho;
•• peso do material: o número de camadas está condicionado à resistência do palete e da
embalagem;
•• carga unitária: o comprimento, a largura e, especialmente, a altura da carga unitária,
tomada como um todo, devem ser considerados;
•• perda de espaço: alguns arranjos podem ter muitos “vazios” entre as suas unidades. Além
de perda de espaço, o peso é distribuído desigualmente, possibilitando o desmoronamento
das pilhas;
•• compacidade: as várias unidades de um arranjo devem “se casar” para que haja o
necessário entrelaçamento do conjunto e o espaço ocupado seja minimizado;
•• métodos de amarração: de acordo com o tipo de fixa ̧ão das várias unidades de carga em
conjunto (colagem, arqueamento com fitas metálicas ou de náilon etc.), estas poderão
ser dispostas sobre o palete sem maiores preocupações. Dá-se mais importância ao
entrosamento entre as várias unidades, quando as cargas não são amarradas entre si.
IN 205/88 – da Armazenagem
4. A armazenagem compreende a guarda, localização, segurança e preservação do material
adquirido, a fim de suprir adequada mente as necessidades operacionais das unidades
integrantes da estrutura do órgão ou entidade.
4.1. Os principais cuidados na armazenagem, dentre outros são:
a) os materiais devem ser resguardados contra o furto ou roubo, e protegidos contra a ação
dos perigos mecânicos e das ameaças climáticas, bem como de animais daninhos;
b) os materiais estocados há mais tempo devem ser fornecidos em primeiro lugar, (primeiro a
entrar, primeiro a sair – PEPS), com a finalidade de evitar o envelhecimento do estoque;
c) os materiais devem ser estocados de modo a possibilitar uma fácil inspeção e um rápido
inventário;
d) os materiais que possuem grande movimentação devem ser estocados em lugar de fácil
acesso e próximo das áreas de expedição e o material que possui pequena movimentação
deve ser estocado na parte mais afastada das áreas de expedição;
e) os materiais jamais devem ser estocados em contato direto com o piso. É preciso utilizar
corretamente os acessórios de estocagem para os proteger;
f) a arrumação dos materiais não deve prejudicar o acesso as partes de emergência, aos
extintores de incêndio ou à circulação de pessoal especializado para combater a incêndio
(Corpo de Bombeiros);
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Movimentação
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•• Máxima utilização do espaço disponível – empilhamento de cargas ou utilização de suportes
especiais.
•• Método alternativo – plano B em caso de problemas na operação normal.
•• Menor custo total – selecionar equipamentos na base de custos totais e não somente do
custo inicial mais baixo, ou do custo operacional, ou somente de manutenção.
Embalagens
Têm como objetivo movimentar produtos com toda a proteção e sem danificá-los além do
economicamente razoável. Um bom projeto de embalagem do produto auxilia a perfeita
e econômica movimentação sem desperdícios. Além disso, dimensões adequadas de
empacotamento geram eficiência no manuseio e na armazenagem.
É corrente distinguir três níveis da embalagem: primária, secundária e terciária, ou de
transporte.
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Administração – Armazenagem e Movimentação – Prof. Rafael Ravazolo
A embalagem primária (por exemplo, a lata, a garrafa ou o saco) está em contato direto com o
produto e é normalmente responsável pela conservação e contenção.
A embalagem secundária (como é o caso das caixas de cartão ou cartolina) contém uma ou
várias embalagens primárias e é normalmente responsável pela proteção físico-mecânica
durante a distribuição.
A embalagem terciária agrupa diversas embalagens primárias ou secundárias para o transporte,
como a caixa de cartão canelado ou a grade plástica para garrafas de bebidas. A escolha de
embalagens deste tipo depende: da natureza da embalagem individual (rígida, semirrígida ou
flexível); do esquema de paletização (dimensionamento da embalagem coletiva com vista a
maximizar o aproveitamento da palete); dos custos.
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Slides – Armazenagem e Movimentação
ARMAZENAGEM
• Compreende planejamento, coordenação, controle e
desenvolvimento das operações destinadas a guarda,
localização, segurança e preservação dos materiais.
• Envolve:
‒Leiaute;
‒Embalagem;
‒Critérios usados para estocar;
‒Localização dos materiais.
1
ARMAZENAGEM
• Um bom sistema de armazenagem considera:
‒a natureza do material a ser armazenado - características
físicas, químicas e biológicas;
‒a quantidade de material;
‒o local adequado - especificações técnicas de
acondicionamento;
‒a frequência de manipulação/movimentação;
‒a política de manutenção e de segurança patrimonial;
‒o capital disponível - relação custo x benefício;
‒outras características interessantes para cada tipo de
instituição.
3
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ARMAZENAGEM
• Armazenagem eficaz:
‒Cargas e descargas de veículos mais rápidas;
‒Otimização do layout - agilidade dos fluxos internos de
materiais e de informação;
‒Utilização efetiva da mão de obra, do equipamento, da
capacidade volumétrica;
‒Máxima proteção aos itens estocados;
‒Controle para evitar perdas e divergências de inventário;
ARMAZENAGEM
• Princípios:
‒ Agrupar materiais similares ou complementares ou agrupar materiais
pela forma e volume para otimizar os espaços;
‒ Posicionar os materiais de maior giro próximos à saída;
‒ Utilizar fluxos simples, retos e diretos; reduzir, eliminar, combinar,
simplificar movimentos.
‒ Padronizar métodos e equipamentos;
‒ Utilizar equipamentos flexíveis (evita a subutilização);
‒ Minimizar o manuseio do material e minimizar a distância percorrida;
‒ Utilizar equipamentos de armazenagem que permitam o
aproveitamento vertical do espaço;
‒ Padronizar corredores e eliminar área de guarda de equipamentos.
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Arranjo Físico (Leiaute – Layout)
• Layout: arranjo de homens, máquinas e materiais para
que a armazenagem ou produção de determinado
produto se processe dentro do padrão máximo de
economia – processamento eficiente.
11
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13
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Critérios de Armazenagem
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Localização
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Localização
• Exemplos de arranjo para armazenagem:
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Técnicas de Estocagem
• Carga unitária (paletização - unitização): embalagens de
transporte que arranjam ou acondicionam certa quantidade de
material para possibilitar o seu manuseio, transporte e
armazenamento como se fosse uma unidade.
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Técnicas de Estocagem
• Caixas ou Gavetas: ideal para materiais de pequenas dimensões
(parafusos, arruelas, materiais de escritório, peças
semiacabadas etc.).
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Técnicas de Estocagem
• Prateleiras: materiais de tamanhos diversos; apoio de gavetas
ou caixas padronizadas.Meio de estocagem mais simples e
econômico.
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Técnicas de Estocagem
• Raques / Cantilever: são construídos para acomodar peças
longas e estreitas como tubos, barras, tiras, etc.
29
Técnicas de Estocagem
• Empilhamento: variante da estocagem de caixas para
aproveitamento do espaço vertical. As caixas ou pallets são
empilhados uns sobre os outros, obedecendo a uma
distribuição equitativa de cargas.
• Limites?
31
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Técnicas de Estocagem
• Container Flexível: uma das técnicas mais recentes. Espécie de
saco feito com tecido resistente e borracha vulcanizada, com
um revestimento interno conforme o uso.
33
MOVIMENTAÇÃO
• Transporte de bens por distâncias relativamente pequenas.
• Atividade executada em depósitos, fábricas, lojas e no
transbordo entre tipos de transporte.
• Objetivo: movimentação rápida e de baixo custo das
mercadorias.
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As Leis de Movimentação
– Obediência ao fluxo das operações.
– Mínima distância.
– Mínima manipulação.
– Segurança e satisfação.
– Padronização (de ações e de equipamentos).
– Flexibilidade (de equipamentos).
– Máxima utilização do equipamento.
– Máxima utilização do espaço disponível.
– Método alternativo.
– Menor custo total.
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Sistemas internos de transporte
• Sistemas de Manuseio para Áreas Restritas: feitos para locais
onde a área é elemento crítico - ponte rolante e guindaste.
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43
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Administração – Armazenagem e Movimentação – Prof. Rafael Ravazolo
Embalagens
• Objetivo: movimentar produtos com toda a proteção e sem
danificá-los além do economicamente razoável.
• Níveis da embalagem:
‒Embalagem primária (lata, garrafa, saco).
‒Embalagem secundária (caixas de cartão ou cartolina).
‒A embalagem terciária (caixa de cartão canelado, grade
plástica para garrafas de bebidas).
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Administração Pública
Durante a maior parte do século XX, o Brasil empreendeu uma continuada tentativa de
modernização das estruturas e processos do aparelho de Estado.
Respondendo a transformações mundiais econômicas e sociais, esse esforço se desenvolveu ora
de forma assistemática (ações pontuais), ora de forma mais sistêmica, por meio das reformas
realizadas pelo governo federal.
Apesar de não haver unanimidade na literatura especializada, pode-se dizer, de maneira geral,
que o Brasil passou por duas principais reformas administrativas, caracterizadas pela forte
tentativa de mudança na forma de administração pública:
•• A primeira buscou a transição do modelo Patrimonialista para o Burocrático.
•• A segunda procurou evoluir do modelo Burocrático-Patrimonialista para o Gerencial.
Bresser-Pereira resume muito bem os sobressaltos das reformas administrativas brasileiras.
A crise da administração pública burocrática começou ainda no regime militar, não apenas
porque este não foi capaz de extirpar o patrimonialismo que sempre a vitimou, mas também
porque esse regime, ao invés de consolidar uma burocracia profissional no país, através da
redefinição das carreiras e de um processo sistemático de abertura de concursos públicos
para a alta administração, preferiu o caminho mais curto do recrutamento de administradores
através das empresas estatais.
Esta estratégia oportunista do regime militar, que resolveu adotar o caminho mais fácil da
contratação de altos administradores através das empresas, inviabilizou a construção no país
de uma burocracia civil forte, nos moldes que a reforma de 1936 propunha. A crise agravou-
se, entretanto, a partir da Constituição de 1988, quando se salta para o extremo oposto e a
administração pública brasileira passa a sofrer do mal oposto: o enrijecimento burocrático
extremo. As consequências da sobrevivência do patrimonialismo e do enrijecimento
burocrático, muitas vezes perversamente misturados, são o alto custo e a baixa qualidade da
administração pública brasileira.
Reforma Burocrática
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Entender as transformações do Estado brasileiro exige, previamente, saber o contexto geral do
período pré-1930:
•• Economia mercantil-agrária (produtos primários para exportação);
•• Política oligárquica (política dos governadores, coronelismo);
•• Administração patrimonialista (nepotismo, clientelismo, prebendas etc.) com alguns traços
liberais.
Este modelo patrimonialista de Estado começou a ruir devido a uma sucessão de acontecimen-
tos no final da década de 1920:
•• A crise de 1929 arruinou a maioria dos fazendeiros de café, fazendo-os
perder força e, por consequência, diminuindo seu apoio ao governo;
•• A quebra de lógica da “Política Café com Leite”;
•• O assassinato do Presidente da Paraíba, João Pessoa;
•• A Revolução de 30 que levou Getúlio Vargas ao poder.
A Revolução de 1930 quebrou o paradigma das oligarquias regionais e
teve como desdobramento o início da implantação de um quadro admi-
nistrativo burocrático pelo governo ditatorial de Vargas.
A criação desse Estado Administrativo se deu através de dois mecanismos típicos da adminis-
tração racional-legal: estatutos e órgãos (normativos e fiscalizadores). Exemplo: em 1930 foi
criada a Comissão Permanente de Padronização com atribuições voltadas para a área de mate-
rial e, no ano seguinte, a Comissão Permanente de Compras.
Esses estatutos e órgãos criados por Vargas incluíam três áreas temáticas que até hoje estrutu-
ram a organização pública: Materiais, Finanças e Pessoas (servidores).
Áreas objeto de intervenção governamental:
•• Administração de pessoal (criação das primeiras carreiras burocráticas);
•• Administração de materiais;
•• Orçamento como plano de administração;
•• Revisão de estruturas administrativas;
•• Racionalização de métodos.
Os primeiros anos de Vargas no poder foram, portanto, voltados para estabelecer princípios e
regras e padronizar os procedimentos a serem adotados.
Ao mesmo tempo, Vargas procurou aproximar-se do proletariado urbano com sua legislação
trabalhista que incorporava antigas reivindicações operárias. A Constituição de 1934 represen-
tou grandes e importantes novidades: o direito de voto das mulheres, a legislação trabalhista, o
salário mínimo, a criação da Justiça Eleitoral etc.
1568 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Pública – Evolução da Administração Pública no Brasil Após 1930 – Prof. Rafael Ravazolo
Somente em 1936, com a criação do Conselho Federal do Serviço Público Civil e de Comissões
de Eficiência em cada ministério, houve a primeira reforma significativa na busca de sair do mo-
delo patrimonialista, que perdurava desde os tempos do Brasil colônia.
Seguindo as tendências europeias e americanas (que já haviam feito suas reformas no século
anterior – civil service reform), o modelo de administração estatal pretendido pela reforma de
1936 foi a burocracia, nos moldes weberianos.
Em 1937, Getúlio instituiu o Estado Novo: fechou o Congresso; dissolveu os partidos políticos;
outorgou nova Constituição e passou a governar de modo ditatorial até o final da Segunda
Guerra Mundial, em 1945. A ditadura de Vargas foi um período de grande expansão, com refor-
mas impostas “de cima para baixo”.
O grande marco dessa reforma administrativa foi a criação do Departamento Administrativo
do Serviço Público (DASP), pelo decreto-lei nº 579 de 1938. As principais atribuições eram:
•• Realizar estudos detalhados de repartições, departamentos e estabelecimentos públicos
para determinar as modificações a serem feitas em vários campos: dotação orçamentária,
distribuição, processos de trabalho, relações entre os órgãos e relações com o público.
•• Fiscalizar a execução do orçamento, juntamente com o presidente da República.
•• Organizar anualmente a proposta orçamentária a ser enviada à Câmara dos Deputados.
•• Cuidar da organização dos concursos públicos para cargos federais do Poder Executivo.
•• Aperfeiçoar os servidores civis da União.
•• Auxiliar o presidente no exame dos projetos de lei submetidos à sanção.
•• Fixar padrões para os materiais usados no serviço público.
O DASP deveria ser um órgão normativo, de coordenação e controle, encarregado de univer-
salizar procedimentos, mas enfrentou problemas, entre eles o fato de o Estado ser visto como
oportunidade de empregos com vagas preenchidas por meio de indicações pessoais.
Apesar dos esforços de Vargas e de diversas melhorias implantadas, a lógica clientelista dos
empregos públicos nunca foi totalmente erradicada. Em suma, o Estado brasileiro se moderni-
zava administrativamente, mas continuava carregando antigas práticas patrimonialistas.
Ao longo do período entre 1930 e 1945 fortaleceu-se a tendência de centralização na adminis-
tração do País (poder da União sobre os estados). Após 1937, o Estado passou a assumir feições
ainda mais intervencionistas (Estado interventor). Além de sua expansão e ação centralizadora,
houve a criação de autarquias* (Institutos de Aposentadoria e Pensões – IAPs) e de empresas
que definiram a base futura para o estado desenvolvimentista.
* Pode parecer um paradoxo, mas alguns autores consideram a criação dessa au-
tarquia um primeiro sinal de administração Gerencial, em pleno período de reforma
burocrática, pois uma autarquia representa a descentralização do poder do Estado.
Em suma, a reforma administrativa do Estado Novo foi o primeiro esforço sistemático de su-
peração do patrimonialismo. Foi uma ação deliberada e ambiciosa para burocratizar o Estado
brasileiro, que buscava introduzir no aparelho administrativo do país a centralização, a impes-
soalidade, a hierarquia, o sistema de mérito, a separação entre o público e o privado. Visava
constituir uma administração pública mais racional e eficiente, que pudesse assumir seu papel
na condução do processo de desenvolvimento.
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É importante ressaltar, no entanto, que a implementação dos princípios do modelo burocrático
nunca foi completa. A burocracia cumpriu o papel de frear a lógica patrimonialista, porém, não
conseguiu acabar de vez com suas práticas.
Os dois modelos passaram a coexistir, pois o Estado ainda fazia concessões ao velho
patrimonialismo, que na democracia nascente assumia a forma de clientelismo.
Décadas de 50 a 90
1570 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Pública – Evolução da Administração Pública no Brasil Após 1930 – Prof. Rafael Ravazolo
IV – Delegação de Competência.
V – Controle.
O DL 200/67 era uma espécie de lei orgânica da administração pública, fixando princípios, es-
tabelecendo conceitos, balizando estruturas, determinando providências e definindo preceitos
claros de organização e funcionamento da máquina administrativa.
Os principais pontos da DL 200/67 são:
•• Instituição dos princípios do planejamento, da coordenação, da descentralização, da dele-
gação de competência e do controle;
•• Definição de programas de duração plurianual e do orçamento-programa anual como ba-
ses para a atividade do Estado;
Art. 15. A ação administrativa do Poder Executivo obedecerá a programas gerais, se-
toriais e regionais de duração plurianual, elaborados através dos órgãos de planeja-
mento, sob a orientação e a coordenação superiores do Presidente da República.
Art. 16. Em cada ano, será elaborado um orçamento-programa, que pormenorizará
a etapa do programa plurianual a ser realizada no exercício seguinte e que servirá de
roteiro à execução coordenada do programa anual.
Art. 18. Toda atividade deverá ajustar-se à programação governamental e ao orça-
mento-programa e os compromissos financeiros só poderão ser assumidos em conso-
nância com a programação financeira de desembolso.
•• Distinção entre a administração direta — os ministérios e demais órgãos diretamente su-
bordinados ao presidente da República — e a indireta, constituída pelos órgãos descentra-
lizados — autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista;
•• Garantia de autonomia para as autarquias, sociedades de economia mista, fundações e
empresas públicas;
•• Fortalecimento e flexibilização do sistema do mérito – nas unidades descentralizadas foram
utilizados empregados celetistas, submetidos ao regime privado de contratação de traba-
lho (sem concurso);
•• Fixação da estrutura do Poder Executivo federal, indicando os órgãos de assistência imedia-
ta do presidente da República e distribuindo os ministérios entre os setores político, eco-
nômico, social, militar e de planejamento, além de apontar os órgãos essenciais comuns
aos diversos ministérios – reagrupamento de departamentos, divisões e serviços em 16
ministérios;
•• Definição das bases do controle externo e interno;
•• Estabelecimento de normas mais flexíveis de aquisição e contratação de bens e serviços;
•• Desenho dos sistemas de atividades auxiliares – pessoal, orçamento, estatística, adminis-
tração financeira, contabilidade e auditoria e serviços gerais.
Embora tenha se verificado um crescimento na administração direta, sobretudo com o aumen-
to do número de ministérios que foram desmembrados de outros, a marca maior do modelo foi
mesmo a expansão da administração indireta.
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Essa expansão buscava maior agilidade e flexibilidade de atuação dessas entidades, melhor
atendimento às demandas do Estado e da sociedade, facilidade de aporte de recursos e, natu-
ralmente, facilidade de recrutamento, seleção e remuneração.
Isso resultou no fenômeno da dicotomia entre o “Estado tecnocrático e moderno” das instân-
cias da administração indireta e o “Estado burocrático, formal e defasado” da administração
direta.
Com a crise política e econômica de meados dos anos 70 e a transição democrática de 84, a re-
forma ficou inacabada e, com isso, o Decreto-Lei nº 200/67 deixou sequelas negativas.
Em primeiro lugar, o ingresso de funcionários sem concurso público permitiu a reprodução de
velhas práticas patrimonialistas. Surgiu uma elite burocrática pública de alta qualidade – con-
tratada principalmente através de empresas estatais-, bem preparada, bem paga, que teve um
papel fundamental na execução dos projetos de desenvolvimento industrial.
Em segundo lugar, a negligência com a administração direta – rígida – que não sofreu mudan-
ças significativas na vigência do decreto, deixou de realizar concursos e de desenvolver carrei-
ras de altos administradores e, por consequência, enfraqueceu o núcleo estratégico do Estado.
Os militares abandonaram o poder deixando como saldo um país em crise.
Em setembro de 1985, é lançado o primeiro programa de
reformas do governo Sarney, que tinha três objetivos prin-
cipais: racionalização das estruturas administrativas, for-
mulação de uma política de recursos humanos e conten-
ção de gastos públicos.
Quanto à estrutura, o que se pretendia era fortalecer a ad-
ministração direta com base na assertiva de que ela tinha
sido negligenciada em detrimento da administração indireta. Foi criada, por exemplo, a Escola
Nacional de Administração Pública (Enap), com o intuito de formar novos dirigentes.
Houve a tentativa de resgatar o sistema de mérito, elaboração um novo plano de carreira, uma
revisão do estatuto do funcionalismo e um plano de retribuições. O governo, porém, fracassou
em tais tentativas.
A Constituição de 1988 produziu avanços significativos, particularmente no que se refere à de-
mocratização da esfera pública e aos avanços sociais. Atendendo aos clamores de participação
nas decisões públicas, foram institucionalizados mecanismos de democracia direta, favorecen-
do um maior controle social da gestão estatal, incentivou-se a descentralização político-admi-
nistrativa e resgatou-se a importância da função de planejamento.
Outro grande mérito foi a exigência de concurso público para entrada no serviço público, redu-
zindo substancialmente o empreguismo que tradicionalmente caracterizou o Estado.
Apesar dos propalados avanços democráticos, autores consideram a Constituição de 1988 um
retrocesso em termos de Administração Pública. O termo “novo populismo patrimonialista”
descreve bem esse contexto.
Desde a década de 80 o modelo de Estado Burocrático já se encontrava completamente ar-
caico. Chamada, economicamente, de “década perdida”, o crescimento econômico estagnou.
Surgiu a consciência (neoliberal) de que este Estado deveria se tornar um Mínimo, mantendo
1572 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Pública – Evolução da Administração Pública no Brasil Após 1930 – Prof. Rafael Ravazolo
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As reformas econômicas e o ajuste fiscal ganharam impulso no governo Collor. Esse governo foi
contraditório: ao mesmo tempo em que iniciou as necessárias reformas orientadas para o mer-
cado, foi equivocado na Administração Pública, ao confundir reforma do Estado com corte de
funcionários, redução dos salários reais e diminuição do tamanho do Estado a qualquer custo.
Porém, na década de 90, as propostas de ajuste oriundas do
modelo neoliberal de Estado mínimo mostraram-se irrealistas
e houve a percepção de que a estagnação econômica era pro-
vocada pela crise do Estado. Nesse momento, ganhou força o
tema da reforma do Estado, ou então da sua reconstrução de
forma que ele não apenas garantisse a propriedade e os con-
tratos, mas também exercesse seu papel complementar ao
mercado na coordenação da economia e na busca da redução
das desigualdades sociais.
Segundo Bresser Pereira, se a proposta de um Estado mínimo
não é realista, e se o fator básico subjacente à desaceleração
econômica e ao aumento dos níveis de desemprego é a cri-
se do Estado, a conclusão só pode ser uma: o caminho para
resolver a crise não é provocar o definhamento do Estado,
enfraquecê-lo ainda mais do que já está enfraquecido, mas
reconstruí-lo, reformá-lo.
Reforma Gerencial
Setores do Estado
O PDRAE distinguia os quatro segmentos fundamentais da ação do Estado:
1574 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Pública – Evolução da Administração Pública no Brasil Após 1930 – Prof. Rafael Ravazolo
NÚCLEO ESTRATÉGICO: corresponde ao governo propriamente dito. É o setor que define as leis
e as políticas públicas, e cobra o seu cumprimento. É, portanto, o setor onde as decisões estra-
tégicas são tomadas. Corresponde aos Poderes Legislativo e Judiciário, ao Ministério Público e,
no Poder Executivo, ao Presidente da República, aos ministros e aos seus auxiliares e assessores
diretos, responsáveis pelo planejamento e formulação das políticas públicas.
ATIVIDADES EXCLUSIVAS: é o setor em que são prestados serviços que só o Estado pode rea-
lizar. São serviços em que se exerce o poder extroverso do Estado – o poder de regulamentar,
fiscalizar, fomentar. Como exemplos temos: a cobrança e fiscalização dos impostos, a polícia, a
previdência social básica, o serviço de desemprego, a fiscalização do cumprimento de normas
sanitárias, o serviço de trânsito, a compra de serviços de saúde pelo Estado, o controle do meio
ambiente, o subsídio à educação básica, o serviço de emissão de passaportes etc.
SERVIÇOS NÃO EXCLUSIVOS: é o setor onde o Estado atua simultaneamente com outras orga-
nizações públicas não estatais e privadas. As instituições desse setor não possuem o poder de
Estado. Este, entretanto, está presente porque os serviços possuem alta relevância e envolvem
direitos humanos fundamentais, como os da educação e da saúde. São exemplos desse setor:
as universidades, os hospitais, os centros de pesquisa e os museus.
PRODUÇÃO DE BENS E SERVIÇOS PARA O MERCADO: corresponde à área de atuação das em-
presas. É caracterizado pelas atividades econômicas voltadas para o lucro que ainda permane-
cem no aparelho do Estado como, por exemplo, as do setor de infraestrutura. Estão no Estado
seja porque faltou capital ao setor privado para realizar o investimento, seja porque são ativida-
des naturalmente monopolistas, nas quais o controle via mercado não é possível, tornando-se
necessária, no caso de privatização, a regulamentação rígida.
Cada um destes quatro setores referidos apresenta características peculiares, tanto no que se
refere às suas prioridades, quanto aos princípios administrativos adotados. A seguir, uma tabe-
la com o resumo dessas características, conforme a proposição do PDRAE.
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Estratégias
O PDRAE abordava três dimensões estratégicas, as quais deveriam ser levadas em consideração
simultaneamente para o sucesso da implantação do Modelo Gerencial:
1. Dimensão institucional-legal: alterar e/ou criar leis e instituições para adequar o Estado ao
modelo gerencial. A operacionalização das mudanças pretendidas exige, a priori, o aper-
feiçoamento do sistema jurídico-legal, notadamente de ordem constitucional, de maneira
a remover os constrangimentos existentes que impedem a adoção de uma administração
ágil e com maior grau de autonomia. Neste sentido, a reforma contempla a proposição de
emendas constitucionais, como a reforma tributária e a reforma da previdência.
2. Dimensão cultural: sepultar de vez o patrimonialismo e passar por uma transição burocrá-
tica–gerencial.
3. Dimensão gestão: colocar em prática as novas ideias gerenciais e oferecer à comunidade
um serviço público mais barato, com um melhor controle e uma melhor qualidade (exce-
lência no serviço público).
Alguns resultados
O Plano Diretor como um todo não foi implantado, uma vez que contou com a resistência dos
servidores públicos, da população e dos partidos da oposição. No entanto, a essência do plano
foi absorvida e gerou alguns frutos:
•• quebra do monopólio no setor de energia, fundamental para a expansão dos investimentos
em prospecção de petróleo, o que acabou permitindo ao Brasil alcançar a autossuficiência
em produção petrolífera;
•• dentro do Plano Nacional de Desestatização, foram vendidos diversos ativos de proprieda-
de da União e outros com participação minoritária do Estado. Foram arrecadados US$ 78
bilhões com a venda, e transferidos US$ 15 bilhões de dívidas das empresas;
•• para regular e fiscalizar as diversas empresas privatizadas, o governo criou as Agências Re-
guladoras, como a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), a Agência Nacional de
Telecomunicações (ANATEL), a Agência Nacional de Petróleo e Gás (ANP), e a Agência Na-
cional de Águas (ANA);
•• no campo macroeconômico, o controle da inflação assumiu caráter estratégico – sistema
de metas de inflação, acompanhado pelo Banco Central;
•• lei de responsabilidade fiscal – fixou limites para gastos com pessoal e para o volume de
endividamento e criou mecanismos de responsabilização penal para os administradores
públicos que infringem a lei;
•• Emenda Constitucional 19/98;
•• incluiu a Eficiência como princípio da Administração Pública no artigo 37 da Constituição
Federal;
•• avaliação e possibilidade de perda do cargo por insuficiência de desempenho;
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Administração Pública – Evolução da Administração Pública no Brasil Após 1930 – Prof. Rafael Ravazolo
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SLIDES - EVOLUÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA NO BRASIL APÓS 1930
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Administração Pública – Evolução da Administração Pública no Brasil Após 1930 – Prof. Rafael Ravazolo
Brasil: década de 30
• Crise econômica mundial;
• Cai preço café: oligarquias agrícolas da política café com leite
perdem poder;
• Revolução de 30 – Getúlio no poder:
‒ Estruturação do Estado, indústria de base – foco na industrialização.
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Getúlio Vargas: 1930-1945
• Implantação do modelo
burocrático no Brasil;
• Autoritarismo;
• Nacionalismo econômico;
• Forte centralização administrativa e intervenção do Estado nos
setores produtivo e de serviços
• Desenvolvimento (econômico, social, incipiente capitalismo
industrial).
Getúlio Vargas
• Início da implantação do quadro burocrático:
‒ Estatutos e órgãos (normativos e fiscalizadores)
‒ Comissão Permanente de Padronização (materiais – 1930); de
Compras (1931).
‒ Três temas: Materiais, Finanças e Pessoas
‒ Principais áreas:
o Pessoal - carreiras burocráticas;
o Administração de materiais;
o Orçamento como plano de administração;
o Revisão de estruturas administrativas;
o Racionalização de métodos.
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Administração Pública – Evolução da Administração Pública no Brasil Após 1930 – Prof. Rafael Ravazolo
Getúlio Vargas
• 1937 – Golpe de Estado (Estado Novo)
• 1938 – DASP - Departamento Administrativo do Serviço
Público:
‒ Realizar estudos detalhados de estabelecimentos públicos para
determinar modificações: orçamento, distribuição, processos de
trabalho, relações entre os órgãos e com o público.
‒ Organizar e fiscalizar orçamento
‒ Organizar concursos públicos e aperfeiçoar servidores
‒ Auxiliar o presidente no exame dos projetos de lei
‒ Fixar padrões de materiais nos serviço público
Getúlio Vargas
• Estado interventor:
‒ 1930 a 1945 - criadas 56 agências estatais
‒ Substituição das importações
• Redemocratização – 1945
‒ Dutra – Plano SALTE – coordenação dos 3 níveis
‒ Vargas – 1951/1954: reforma perde força
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Getúlio Vargas
Resultados:
• Freou o patrimonialismo,
mas não o extinguiu.
• Coexistência dos
dois modelos
• Fortalecimento da classe burocrática – controle político do
Estado
JK: 1956-1961
• Influência do Plano Marshall: combate americano à possível expansão
das doutrinas socialista e comunista.
• Plano de Metas: 50 anos em 5
• EBAP: treinamento administrativo aos servidores; consultoria; busca por
racionalismo, eficiência, eficácia e distinção
entre política e administração.
• COSB - Simplificação Burocrática
• CEPA - Estudos e Projetos Administrativos
• Crescente cisão Adm. direta x indireta:
Descentralização
• Plano de Metas: 94,8% dos recursos
alocados na Administração Indireta
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• 1964
• Período Autoritário
Desenvolvimentista
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Governos Militares
• Decreto-Lei n° 200/67
‒ Conduzido pela SEMOR – Subsecretaria de Modernização e Reforma
Administrativa;
‒ Tecnicismo;
‒ Substituir Administração Burocrática por uma Administração para o
Desenvolvimento
• Principais pontos:
‒Distinção entre Administração Direta e Indireta
‒Fortalecimento (autonomia) da Adm. Indireta
‒Definição de programas de duração plurianual e do
orçamento-programa anual como bases para a atividade do
Estado.
‒Flexibilidade de aquisição e contratação de bens e serviços;
‒Fortalecimento e flexibilização do sistema do mérito
(contratação sem concurso na adm. Indireta.)
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Administração Pública – Evolução da Administração Pública no Brasil Após 1930 – Prof. Rafael Ravazolo
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Nova República - Redemocratização
• 1985 – Sarney
‒Proposta de Reforma - três objetivos:
o Racionalização das estruturas administrativas
o Formulação de uma política de RH
o Contenção de gastos públicos.
‒Fortalecer a Adm. Direta – negligenciada pelos militares
‒Criou a ENAP – formação de dirigentes
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Administração Pública – Evolução da Administração Pública no Brasil Após 1930 – Prof. Rafael Ravazolo
Collor – 1990-1992
• Reformas econômicas e ajuste
fiscal.
• Governo contraditório:
Ajuste Fiscal
X
Corrupção, Estado mínimo
(neoliberal), Demissões.
Reforma Gerencial
Contexto: décadas de 80 e 90:
• Crises econômicas.
• Consenso de Washington: visão
neoliberal, Estado mínimo, ajuste fiscal,
liberalização comercial, redução de
gastos públicos, estabilização monetária
e privatização de empresas estatais.
• Esgotamento do modelo de Estado
mínimo.
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Reforma Gerencial
• 1995: FHC + Bresser Pereira = Ministério da Administração
Federal e Reforma do Estado – MARE
• Resultado: Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado
‒ Documento orientador dos projetos de reforma.
‒ Oriundo do diagnóstico dos principais problemas da administração
pública brasileira nas dimensões institucional-legal, cultural e de
gestão.
‒ Propôs a implantação do Modelo Gerencial no Brasil.
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Administração Pública – Evolução da Administração Pública no Brasil Após 1930 – Prof. Rafael Ravazolo
Quatro
segmentos
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PDRAE - Estratégias
“Estas dimensões, ainda que guardem certa independência,
operarão de forma complementar.”
PDRAE - Resultados
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Administração Pública – Evolução da Administração Pública no Brasil Após 1930 – Prof. Rafael Ravazolo
PDRAE - Resultados
• Privatizações;
• Agências Regulatórias;
• Metas de inflação – controle estratégico;
• Lei de responsabilidade fiscal;
• Emenda Constitucional 19/98
‒ Princípio da Eficiência;
‒ Avaliação de desempenho dos servidores e demissão por baixo
desempenho.
• Reforma Previdência;
• Organizações Sociais (Publicização) + Contratos de gestão – Lei 9637/98
• Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) - Lei 9790/99
• PPPs (Lei 11.079/04)
Referências Bibliográficas
1) José Matias Pereira – Manual de gestão pública contemporânea, 4ª edição.
Atlas, 2012.
2) José Matias Pereira – Reforma do Estado, transparência e democracia no
Brasil. Revista Académica de Economía, [Málaga], n. 26, jun. 2004.
https://bvc.cgu.gov.br/handle/123456789/3066
www.acasadoconcurseiro.com.br 1591
Lei de Acesso à Informação
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Administração
A Lei nº 12.527, conhecida como Lei de Acesso à Informação (LAI), tem o propósito de regula-
mentar o direito constitucional de acesso dos cidadãos às informações públicas e seus disposi-
tivos são aplicáveis aos três Poderes da União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
A publicação da LAI significa um importante passo para a consolidação democrática do Brasil
e também para o sucesso das ações de prevenção da corrupção no país. Por tornar possível a
maior participação popular e o controle social das ações governamentais, o acesso da socieda-
de às informações públicas permite que ocorra uma melhoria na gestão pública.
No Brasil, o direito de acesso à informação pública foi previsto na Constituição Federal, no art.
5º, inciso XXXIII do Capítulo I – dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos –, o qual dispõe
que: “todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular,
ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de respon-
sabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do
Estado”.
A Constituição também tratou do acesso à informação pública no art. 5º, inciso XIV, no art. 37,
§ 3º, inciso II e no art. 216, § 2º. São esses os dispositivos que a LAI regulamenta, estabelecen-
do requisitos mínimos para a divulgação de informações públicas e procedimentos para facilitar
e agilizar o seu acesso por qualquer pessoa.
A LAI torna essencial o princípio da transparência máxima: o acesso é a regra, e o sigilo é a exce-
ção. Salvaguardando-se os dados pessoais e as exceções expressas na lei, todas as demais infor-
mações são consideradas públicas e, por isso, passíveis de serem disponibilizadas aos cidadãos.
A LAI também consolida e define o marco regulatório sobre o acesso à informação pública sob
a guarda do Estado e estabelece procedimentos para que a Administração responda a pedidos
de informação do cidadão. Para isso, a LAI estipula:
•• procedimentos, normas e prazos para o processamento dos pedidos de informação;
•• a criação de um Serviço de Informações ao Cidadão em todos os órgãos e entidades do
poder público;
•• que órgãos e entidades públicas devem divulgar informações de interesse coletivo, sobre-
tudo por meio da Internet, salvo aquelas cuja confidencialidade esteja prevista no texto
legal;
•• mecanismos de recurso em caso de negativa de acesso à informação.
A seguir, um quadro com o resumo dos conteúdos da LAI.
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Temá%ca
por
capítulo Ar%gos Principais
assuntos
Aplicabilidade
da
Lei 1
e
2 Quem
se
submete
ao
regramento.
Diretrizes
(princípios)
3 Diretrizes
do
direito
fundamental
de
acesso
a
informações.
Definições
de
expressões
básicas:
informação,
documento,
Glossário 4
informação
sigilosa,
etc.
Compromissos
e
deveres
do
Estado:
direito
de
acesso
e
de
GaranIas
do
direito
de
acesso 5,
6,
7
e
9 informar
é
regra;
não
pode
deixar
o
cidadão
no
limbo;
SIC;
Audiências
Públicas.
Transparência
aIva
-‐
divulgação
Categorias
de
informação
a
serem
divulgadas
proaIvamente;
8
proaIva Canais
e
formas
de
divulgação.
Transparência
passiva
-‐
pedidos
Exigências
para
o
pedido
(idenIficação
do
cidadão);
10
a
14
de
informação Procedimentos,
prazos
e
custo
para
o
atendimento
.
Direito
de
recurso
à
recusa
de
Procedimentos
e
prazos
para
recurso
–
ritos
legais;
15
a
20
liberação
de
informação Autoridades
responsáveis;
Pedido
de
desclassificação.
Regras
e
níveis
de
restrição
de
acesso
(classificação);
Prazos
Restrições
de
acesso
–
21
a
31 (5,
15
e
25
anos);
Controle
de
informações
sigilosas
e
Exceções
ao
direito
de
acesso
pessoais;
JusIficaIva
do
não
acesso.
Responsabilidade
dos
agentes 32
a
34 Condutas
ilícitas;
Sanções.
Disposições
gerais 35
a
47 Comissão
Mista
de
Reavaliação
de
Informações;
outras.
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Administração – Lei de Acesso à Informação - Lei nº 12.527/2011 – Prof. Rafael Ravazolo
LEI Nº 12.527/2011
Regula o acesso a informações previsto no inci- Parágrafo único. A publicidade a que estão
so XXXIII do art. 5º, no inciso II do § 3º do art. 37 submetidas as entidades citadas no caput
e no § 2º do art. 216 da Constituição Federal; al- refere-se à parcela dos recursos públicos
tera a Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990; recebidos e à sua destinação, sem prejuízo
revoga a Lei nº 11.111, de 5 de maio de 2005, e das prestações de contas a que estejam le-
dispositivos da Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de galmente obrigadas.
1991; e dá outras providências.
Art. 3º Os procedimentos previstos nesta Lei
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o destinam-se a assegurar o direito fundamental
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a se- de acesso à informação e devem ser executados
guinte Lei: em conformidade com os princípios básicos da
administração pública e com as seguintes dire-
trizes:
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IV – informação pessoal: aquela relacionada II – proteção da informação, garantindo-se
à pessoa natural identificada ou identificá- sua disponibilidade, autenticidade e integri-
vel; dade; e
V – tratamento da informação: conjunto III – proteção da informação sigilosa e da in-
de ações referentes à produção, recepção, formação pessoal, observada a sua disponi-
classificação, utilização, acesso, reprodu- bilidade, autenticidade, integridade e even-
ção, transporte, transmissão, distribuição, tual restrição de acesso.
arquivamento, armazenamento, elimina-
ção, avaliação, destinação ou controle da Art. 7º O acesso à informação de que trata esta
informação; Lei compreende, entre outros, os direitos de ob-
ter:
VI – disponibilidade: qualidade da informa-
ção que pode ser conhecida e utilizada por I – orientação sobre os procedimentos para
indivíduos, equipamentos ou sistemas au- a consecução de acesso, bem como sobre o
torizados; local onde poderá ser encontrada ou obtida
a informação almejada;
VII – autenticidade: qualidade da informa-
ção que tenha sido produzida, expedida, II – informação contida em registros ou do-
recebida ou modificada por determinado cumentos, produzidos ou acumulados por
indivíduo, equipamento ou sistema; seus órgãos ou entidades, recolhidos ou
não a arquivos públicos;
VIII – integridade: qualidade da informação
não modificada, inclusive quanto à origem, III – informação produzida ou custodiada
trânsito e destino; por pessoa física ou entidade privada decor-
rente de qualquer vínculo com seus órgãos
IX – primariedade: qualidade da informação ou entidades, mesmo que esse vínculo já
coletada na fonte, com o máximo de deta- tenha cessado;
lhamento possível, sem modificações.
IV – informação primária, íntegra, autêntica
Art. 5º É dever do Estado garantir o direito de e atualizada;
acesso à informação, que será franqueada, me-
diante procedimentos objetivos e ágeis, de for- V – informação sobre atividades exercidas
ma transparente, clara e em linguagem de fácil pelos órgãos e entidades, inclusive as rela-
compreensão. tivas à sua política, organização e serviços;
VI – informação pertinente à administração
do patrimônio público, utilização de recur-
CAPÍTULO II sos públicos, licitação, contratos administra-
tivos; e
DO ACESSO A INFORMAÇÕES E
DA SUA DIVULGAÇÃO VII – informação relativa:
a) à implementação, acompanhamento e
Art. 6º Cabe aos órgãos e entidades do poder
resultados dos programas, projetos e ações
público, observadas as normas e procedimentos
dos órgãos e entidades públicas, bem como
específicos aplicáveis, assegurar a:
metas e indicadores propostos;
I – gestão transparente da informação, pro-
b) ao resultado de inspeções, auditorias,
piciando amplo acesso a ela e sua divulga-
prestações e tomadas de contas realizadas
ção;
pelos órgãos de controle interno e externo,
incluindo prestações de contas relativas a
exercícios anteriores.
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VII – indicar local e instruções que permi- CAPÍTULO III
tam ao interessado comunicar-se, por via DO PROCEDIMENTO DE ACESSO
eletrônica ou telefônica, com o órgão ou en-
tidade detentora do sítio; e À INFORMAÇÃO
VIII – adotar as medidas necessárias para Seção I
garantir a acessibilidade de conteúdo para DO PEDIDO DE ACESSO
pessoas com deficiência, nos termos do art.
17 da Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de Art. 10. Qualquer interessado poderá apresen-
2000, e do art. 9º da Convenção sobre os Di- tar pedido de acesso a informações aos órgãos
reitos das Pessoas com Deficiência, aprova- e entidades referidos no art. 1o desta Lei, por
da pelo Decreto Legislativo nº 186, de 9 de qualquer meio legítimo, devendo o pedido con-
julho de 2008. ter a identificação do requerente e a especifica-
ção da informação requerida.
§ 4º Os Municípios com população de até
10.000 (dez mil) habitantes ficam dispen- § 1º Para o acesso a informações de inte-
sados da divulgação obrigatória na internet resse público, a identificação do requerente
a que se refere o § 2º, mantida a obrigato- não pode conter exigências que inviabilizem
riedade de divulgação, em tempo real, de a solicitação.
informações relativas à execução orçamen-
tária e financeira, nos critérios e prazos pre- § 2º Os órgãos e entidades do poder público
vistos no art. 73-B da Lei Complementar nº devem viabilizar alternativa de encaminha-
101, de 4 de maio de 2000 (Lei de Respon- mento de pedidos de acesso por meio de
sabilidade Fiscal). seus sítios oficiais na internet.
Art. 9º O acesso a informações públicas será as- § 3º São vedadas quaisquer exigências rela-
segurado mediante: tivas aos motivos determinantes da solicita-
ção de informações de interesse público.
I – criação de serviço de informações ao ci-
dadão, nos órgãos e entidades do poder pú- Art. 11. O órgão ou entidade pública deverá au-
blico, em local com condições apropriadas torizar ou conceder o acesso imediato à infor-
para: mação disponível.
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§ 2º O prazo referido no § 1º poderá ser Art. 13. Quando se tratar de acesso à informa-
prorrogado por mais 10 (dez) dias, median- ção contida em documento cuja manipulação
te justificativa expressa, da qual será cienti- possa prejudicar sua integridade, deverá ser
ficado o requerente. oferecida a consulta de cópia, com certificação
de que esta confere com o original.
§ 3º Sem prejuízo da segurança e da prote-
ção das informações e do cumprimento da Parágrafo único. Na impossibilidade de ob-
legislação aplicável, o órgão ou entidade tenção de cópias, o interessado poderá soli-
poderá oferecer meios para que o próprio citar que, a suas expensas e sob supervisão
requerente possa pesquisar a informação de servidor público, a reprodução seja feita
de que necessitar. por outro meio que não ponha em risco a
conservação do documento original.
§ 4º Quando não for autorizado o acesso
por se tratar de informação total ou par- Art. 14. É direito do requerente obter o inteiro
cialmente sigilosa, o requerente deverá ser teor de decisão de negativa de acesso, por certi-
informado sobre a possibilidade de recurso, dão ou cópia.
prazos e condições para sua interposição,
devendo, ainda, ser-lhe indicada a autorida- Seção II
de competente para sua apreciação. DOS RECURSOS
§ 5º A informação armazenada em formato Art. 15. No caso de indeferimento de acesso a
digital será fornecida nesse formato, caso informações ou às razões da negativa do acesso,
haja anuência do requerente. poderá o interessado interpor recurso contra a
§ 6º Caso a informação solicitada esteja dis- decisão no prazo de 10 (dez) dias a contar da
ponível ao público em formato impresso, sua ciência.
eletrônico ou em qualquer outro meio de Parágrafo único. O recurso será dirigido à
acesso universal, serão informados ao re- autoridade hierarquicamente superior à
querente, por escrito, o lugar e a forma pela que exarou a decisão impugnada, que deve-
qual se poderá consultar, obter ou repro- rá se manifestar no prazo de 5 (cinco) dias.
duzir a referida informação, procedimento
esse que desonerará o órgão ou entidade Art. 16. Negado o acesso a informação pelos ór-
pública da obrigação de seu fornecimento gãos ou entidades do Poder Executivo Federal,
direto, salvo se o requerente declarar não o requerente poderá recorrer à Controladoria-
dispor de meios para realizar por si mesmo -Geral da União, que deliberará no prazo de 5
tais procedimentos. (cinco) dias se:
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IV – estiverem sendo descumpridos prazos Público, em seus respectivos âmbitos, assegurado
ou outros procedimentos previstos nesta ao solicitante, em qualquer caso, o direito de ser
Lei. informado sobre o andamento de seu pedido.
§ 1º O recurso previsto neste artigo somen- Art. 19. (VETADO).
te poderá ser dirigido à Controladoria-Geral
da União depois de submetido à apreciação § 1º (VETADO).
de pelo menos uma autoridade hierarquica- § 2º Os órgãos do Poder Judiciário e do Mi-
mente superior àquela que exarou a deci- nistério Público informarão ao Conselho
são impugnada, que deliberará no prazo de Nacional de Justiça e ao Conselho Nacional
5 (cinco) dias. do Ministério Público, respectivamente, as
§ 2º Verificada a procedência das razões do decisões que, em grau de recurso, negarem
recurso, a Controladoria-Geral da União de- acesso a informações de interesse público.
terminará ao órgão ou entidade que adote Art. 20. Aplica-se subsidiariamente, no que cou-
as providências necessárias para dar cum- ber, a Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999, ao
primento ao disposto nesta Lei. procedimento de que trata este Capítulo.
§ 3º Negado o acesso à informação pela
Controladoria-Geral da União, poderá ser
interposto recurso à Comissão Mista de Re-
CAPÍTULO IV
avaliação de Informações, a que se refere o
art. 35. DAS RESTRIÇÕES DE ACESSO
À INFORMAÇÃO
Art. 17. No caso de indeferimento de pedido de
desclassificação de informação protocolado em Seção I
órgão da administração pública federal, poderá
o requerente recorrer ao Ministro de Estado da
DISPOSIÇÕES GERAIS
área, sem prejuízo das competências da Comis- Art. 21. Não poderá ser negado acesso à infor-
são Mista de Reavaliação de Informações, pre- mação necessária à tutela judicial ou adminis-
vistas no art. 35, e do disposto no art. 16. trativa de direitos fundamentais.
§ 1º O recurso previsto neste artigo somen- Parágrafo único. As informações ou docu-
te poderá ser dirigido às autoridades men- mentos que versem sobre condutas que
cionadas depois de submetido à apreciação impliquem violação dos direitos humanos
de pelo menos uma autoridade hierarqui- praticada por agentes públicos ou a mando
camente superior à autoridade que exarou de autoridades públicas não poderão ser
a decisão impugnada e, no caso das Forças objeto de restrição de acesso.
Armadas, ao respectivo Comando.
Art. 22. O disposto nesta Lei não exclui as de-
§ 2º Indeferido o recurso previsto no caput mais hipóteses legais de sigilo e de segredo de
que tenha como objeto a desclassificação justiça nem as hipóteses de segredo industrial
de informação secreta ou ultrassecreta, ca- decorrentes da exploração direta de atividade
berá recurso à Comissão Mista de Reavalia- econômica pelo Estado ou por pessoa física ou
ção de Informações prevista no art. 35. entidade privada que tenha qualquer vínculo
Art. 18. Os procedimentos de revisão de decisões com o poder público.
denegatórias proferidas no recurso previsto no art.
15 e de revisão de classificação de documentos si-
gilosos serão objeto de regulamentação própria
dos Poderes Legislativo e Judiciário e do Ministério
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lamento, sem prejuízo das atribuições dos e) Chefes de Missões Diplomáticas e Consu-
agentes públicos autorizados por lei. lares permanentes no exterior;
§ 2º O acesso à informação classificada II – no grau de secreto, das autoridades re-
como sigilosa cria a obrigação para aquele feridas no inciso I, dos titulares de autar-
que a obteve de resguardar o sigilo. quias, fundações ou empresas públicas e
sociedades de economia mista; e
§ 3º Regulamento disporá sobre procedi-
mentos e medidas a serem adotados para III – no grau de reservado, das autoridades
o tratamento de informação sigilosa, de referidas nos incisos I e II e das que exerçam
modo a protegê-la contra perda, alteração funções de direção, comando ou chefia,
indevida, acesso, transmissão e divulgação nível DAS 101.5, ou superior, do Grupo-Di-
não autorizados. reção e Assessoramento Superiores, ou de
hierarquia equivalente, de acordo com re-
Art. 26. As autoridades públicas adotarão as gulamentação específica de cada órgão ou
providências necessárias para que o pessoal a entidade, observado o disposto nesta Lei.
elas subordinado hierarquicamente conheça as
normas e observe as medidas e procedimentos § 1º A competência prevista nos incisos I e
de segurança para tratamento de informações II, no que se refere à classificação como ul-
sigilosas. trassecreta e secreta, poderá ser delegada
pela autoridade responsável a agente públi-
Parágrafo único. A pessoa física ou entida- co, inclusive em missão no exterior, vedada
de privada que, em razão de qualquer vín- a subdelegação.
culo com o poder público, executar ativida-
des de tratamento de informações sigilosas § 2º A classificação de informação no grau
adotará as providências necessárias para de sigilo ultrassecreto pelas autoridades
que seus empregados, prepostos ou repre- previstas nas alíneas “d” e “e” do inciso I
sentantes observem as medidas e procedi- deverá ser ratificada pelos respectivos Mi-
mentos de segurança das informações re- nistros de Estado, no prazo previsto em re-
sultantes da aplicação desta Lei. gulamento.
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III – ao cumprimento de ordem judicial; de ocultação de ato ilegal cometido por si
ou por outrem;
IV – à defesa de direitos humanos; ou
VI – ocultar da revisão de autoridade supe-
V – à proteção do interesse público e geral rior competente informação sigilosa para
preponderante. beneficiar a si ou a outrem, ou em prejuízo
§ 4º A restrição de acesso à informação re- de terceiros; e
lativa à vida privada, honra e imagem de VII – destruir ou subtrair, por qualquer
pessoa não poderá ser invocada com o in- meio, documentos concernentes a possíveis
tuito de prejudicar processo de apuração violações de direitos humanos por parte de
de irregularidades em que o titular das in- agentes do Estado.
formações estiver envolvido, bem como em
ações voltadas para a recuperação de fatos § 1º Atendido o princípio do contraditório,
históricos de maior relevância. da ampla defesa e do devido processo legal,
as condutas descritas no caput serão consi-
§ 5º Regulamento disporá sobre os proce- deradas:
dimentos para tratamento de informação
pessoal. I – para fins dos regulamentos disciplinares
das Forças Armadas, transgressões militares
médias ou graves, segundo os critérios neles
estabelecidos, desde que não tipificadas em
CAPÍTULO V lei como crime ou contravenção penal; ou
DAS RESPONSABILIDADES
II – para fins do disposto na Lei nº 8.112, de
Art. 32. Constituem condutas ilícitas que ense- 11 de dezembro de 1990, e suas alterações,
jam responsabilidade do agente público ou mi- infrações administrativas, que deverão ser
litar: apenadas, no mínimo, com suspensão, se-
gundo os critérios nela estabelecidos.
I – recusar-se a fornecer informação reque-
rida nos termos desta Lei, retardar delibera- § 2º Pelas condutas descritas no caput, po-
damente o seu fornecimento ou fornecê-la derá o militar ou agente público responder,
intencionalmente de forma incorreta, in- também, por improbidade administrativa,
completa ou imprecisa; conforme o disposto nas Leis nos 1.079, de
10 de abril de 1950, e 8.429, de 2 de junho
II – utilizar indevidamente, bem como sub- de 1992.
trair, destruir, inutilizar, desfigurar, alterar
ou ocultar, total ou parcialmente, informa- Art. 33. A pessoa física ou entidade privada que
ção que se encontre sob sua guarda ou a detiver informações em virtude de vínculo de
que tenha acesso ou conhecimento em ra- qualquer natureza com o poder público e deixar
zão do exercício das atribuições de cargo, de observar o disposto nesta Lei estará sujeita
emprego ou função pública; às seguintes sanções:
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blica, o Núcleo de Segurança e Credenciamento Art. 40. No prazo de 60 (sessenta) dias, a con-
(NSC), que tem por objetivos: tar da vigência desta Lei, o dirigente máximo de
cada órgão ou entidade da administração públi-
I – promover e propor a regulamentação do ca federal direta e indireta designará autoridade
credenciamento de segurança de pessoas que lhe seja diretamente subordinada para, no
físicas, empresas, órgãos e entidades para âmbito do respectivo órgão ou entidade, exer-
tratamento de informações sigilosas; e cer as seguintes atribuições:
II – garantir a segurança de informações sigilo- I – assegurar o cumprimento das normas re-
sas, inclusive aquelas provenientes de países lativas ao acesso a informação, de forma efi-
ou organizações internacionais com os quais a ciente e adequada aos objetivos desta Lei;
República Federativa do Brasil tenha firmado
tratado, acordo, contrato ou qualquer outro II – monitorar a implementação do disposto
ato internacional, sem prejuízo das atribui- nesta Lei e apresentar relatórios periódicos
ções do Ministério das Relações Exteriores e sobre o seu cumprimento;
dos demais órgãos competentes. III – recomendar as medidas indispensáveis
Parágrafo único. Regulamento disporá so- à implementação e ao aperfeiçoamento das
bre a composição, organização e funciona- normas e procedimentos necessários ao cor-
mento do NSC. reto cumprimento do disposto nesta Lei; e
Art. 38. Aplica-se, no que couber, a Lei no 9.507, IV – orientar as respectivas unidades no que
de 12 de novembro de 1997, em relação à in- se refere ao cumprimento do disposto nesta
formação de pessoa, física ou jurídica, constan- Lei e seus regulamentos.
te de registro ou banco de dados de entidades
governamentais ou de caráter público. Art. 41. O Poder Executivo Federal designará ór-
gão da administração pública federal responsável:
Art. 39. Os órgãos e entidades públicas deverão
proceder à reavaliação das informações classifi- I – pela promoção de campanha de abran-
cadas como ultrassecretas e secretas no prazo gência nacional de fomento à cultura da
máximo de 2 (dois) anos, contado do termo ini- transparência na administração pública e
cial de vigência desta Lei. conscientização do direito fundamental de
acesso à informação;
§ 1º A restrição de acesso a informações,
em razão da reavaliação prevista no caput, II – pelo treinamento de agentes públicos
deverá observar os prazos e condições pre- no que se refere ao desenvolvimento de
vistos nesta Lei. práticas relacionadas à transparência na ad-
ministração pública;
§ 2º No âmbito da administração públi-
ca federal, a reavaliação prevista no caput III – pelo monitoramento da aplicação da lei no
poderá ser revista, a qualquer tempo, pela âmbito da administração pública federal, con-
Comissão Mista de Reavaliação de Informa- centrando e consolidando a publicação de in-
ções, observados os termos desta Lei. formações estatísticas relacionadas no art. 30;
§ 3º Enquanto não transcorrido o prazo de IV – pelo encaminhamento ao Congresso
reavaliação previsto no caput, será mantida Nacional de relatório anual com informa-
a classificação da informação nos termos da ções atinentes à implementação desta Lei.
legislação precedente. Art. 42. O Poder Executivo regulamentará o dis-
§ 4º As informações classificadas como se- posto nesta Lei no prazo de 180 (cento e oiten-
cretas e ultrassecretas não reavaliadas no ta) dias a contar da data de sua publicação.
prazo previsto no caput serão consideradas,
automaticamente, de acesso público.
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SLIDES – LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO – LEI Nº 12.527/2011
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Administração Pública
Regulamenta a Lei no 12.527, de 18 de novem- Art. 3º Para os efeitos deste Decreto, considera-
bro de 2011, que dispõe sobre o acesso a infor- -se:
mações previsto no inciso XXXIII do caput do
art. 5º, no inciso II do § 3º do art. 37 e no § 2º do I – informação – dados, processados ou não,
art. 216 da Constituição. que podem ser utilizados para produção e
transmissão de conhecimento, contidos em
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso das atri- qualquer meio, suporte ou formato;
buições que lhe confere o art. 84, caput, incisos
IV e VI, alínea “a”, da Constituição, e tendo em II – dados processados – dados submetidos
vista o disposto na Lei no 12.527, de 18 de no- a qualquer operação ou tratamento por
vembro de 2011, meio de processamento eletrônico ou por
meio automatizado com o emprego de tec-
DECRETA: nologia da informação;
III – documento – unidade de registro de in-
formações, qualquer que seja o suporte ou
CAPÍTULO I formato;
DISPOSIÇÕES GERAIS IV – informação sigilosa – informação sub-
metida temporariamente à restrição de
Art. 1º Este Decreto regulamenta, no âmbito do acesso público em razão de sua imprescin-
Poder Executivo federal, os procedimentos para dibilidade para a segurança da sociedade e
a garantia do acesso à informação e para a clas- do Estado, e aquelas abrangidas pelas de-
sificação de informações sob restrição de aces- mais hipóteses legais de sigilo;
so, observados grau e prazo de sigilo, conforme
o disposto na Lei no 12.527, de 18 de novembro V – informação pessoal – informação rela-
de 2011, que dispõe sobre o acesso a informa- cionada à pessoa natural identificada ou
ções previsto no inciso XXXIII do caput do art. identificável, relativa à intimidade, vida pri-
5º, no inciso II do § 3º do art. 37 e no § 2º do art. vada, honra e imagem;
216 da Constituição.
VI – tratamento da informação – conjunto
Art. 2º Os órgãos e as entidades do Poder Exe- de ações referentes à produção, recepção,
cutivo federal assegurarão, às pessoas naturais classificação, utilização, acesso, reprodu-
e jurídicas, o direito de acesso à informação, que ção, transporte, transmissão, distribuição,
será proporcionado mediante procedimentos arquivamento, armazenamento, elimina-
objetivos e ágeis, de forma transparente, clara ção, avaliação, destinação ou controle da
e em linguagem de fácil compreensão, observa- informação;
dos os princípios da administração pública e as
VII – disponibilidade – qualidade da infor-
diretrizes previstas na Lei no 12.527, de 2011.
mação que pode ser conhecida e utilizada
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por indivíduos, equipamentos ou sistemas dades controladas direta ou indiretamente pela
autorizados; União.
VIII – autenticidade – qualidade da infor- § 1º A divulgação de informações de empre-
mação que tenha sido produzida, expedida, sas públicas, sociedade de economia mista
recebida ou modificada por determinado e demais entidades controladas pela União
indivíduo, equipamento ou sistema; que atuem em regime de concorrência, su-
jeitas ao disposto no art. 173 da Constitui-
IX – integridade – qualidade da informação ção, estará submetida às normas pertinen-
não modificada, inclusive quanto à origem, tes da Comissão de Valores Mobiliários, a
trânsito e destino; fim de assegurar sua competitividade, go-
X – primariedade – qualidade da informa- vernança corporativa e, quando houver, os
ção coletada na fonte, com o máximo de de- interesses de acionistas minoritários.
talhamento possível, sem modificações; § 2º Não se sujeitam ao disposto neste De-
XI – informação atualizada – informação creto as informações relativas à atividade
que reúne os dados mais recentes sobre o empresarial de pessoas físicas ou jurídicas
tema, de acordo com sua natureza, com os de direito privado obtidas pelo Banco Cen-
prazos previstos em normas específicas ou tral do Brasil, pelas agências reguladoras ou
conforme a periodicidade estabelecida nos por outros órgãos ou entidades no exercício
sistemas informatizados que a organizam; e de atividade de controle, regulação e super-
visão da atividade econômica cuja divulga-
XII – documento preparatório – documento ção possa representar vantagem competiti-
formal utilizado como fundamento da to- va a outros agentes econômicos.
mada de decisão ou de ato administrativo, a
exemplo de pareceres e notas técnicas. Art. 6º O acesso à informação disciplinado nes-
te Decreto não se aplica:
Art. 4º A busca e o fornecimento da informação
são gratuitos, ressalvada a cobrança do valor I – às hipóteses de sigilo previstas na legis-
referente ao custo dos serviços e dos materiais lação, como fiscal, bancário, de operações e
utilizados, tais como reprodução de documen- serviços no mercado de capitais, comercial,
tos, mídias digitais e postagem. profissional, industrial e segredo de justiça;
e
Parágrafo único. Está isento de ressarcir os
custos dos serviços e dos materiais utiliza- II – às informações referentes a projetos de
dos aquele cuja situação econômica não lhe pesquisa e desenvolvimento científicos ou
permita fazê-lo sem prejuízo do sustento tecnológicos cujo sigilo seja imprescindível
próprio ou da família, declarada nos termos à segurança da sociedade e do Estado, na
da Lei no 7.115, de 29 de agosto de 1983. forma do §1º do art. 7º da Lei no 12.527, de
2011.
CAPÍTULO II
DA ABRANGÊNCIA CAPÍTULO III
DA TRANSPARÊNCIA ATIVA
Art. 5º Sujeitam-se ao disposto neste Decreto os
órgãos da administração direta, as autarquias, Art. 7º É dever dos órgãos e entidades promo-
as fundações públicas, as empresas públicas, as ver, independente de requerimento, a divulga-
sociedades de economia mista e as demais enti- ção em seus sítios na Internet de informações
de interesse coletivo ou geral por eles produzi-
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Administração Pública – Decreto nº 7.724/2012 - Regulamenta a Lei nº 12.527 – Prof. Rafael Ravazolo
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cação e divulgação de informações previs- VI – garantir autenticidade e integridade
tas na legislação. das informações disponíveis para acesso;
§ 8º Ato conjunto dos Ministros de Estado VII – indicar instruções que permitam ao re-
da Controladoria-Geral da União, do Plane- querente comunicar-se, por via eletrônica
jamento, Orçamento e Gestão e do Traba- ou telefônica, com o órgão ou entidade; e
lho e Emprego disporá sobre a divulgação
dos programas de que trata o inciso IX do VIII – garantir a acessibilidade de conteúdo
§ 3º, que será feita, observado o disposto para pessoas com deficiência.
no Capítulo VII: (Incluído pelo Decreto nº
8.408, de 2015)
I – de maneira individualizada; (Incluído CAPÍTULO IV
pelo Decreto nº 8.408, de 2015) DA TRANSPARÊNCIA PASSIVA
II – por meio de informações consolidadas
disponibilizadas no sítio na Internet do Mi-
Seção I
nistério do Trabalho e Emprego; e (Incluído DO SERVIÇO DE INFORMAÇÃO
pelo Decreto nº 8.408, de 2015) AO CIDADÃO
III – por meio de disponibilização de variá- Art. 9º Os órgãos e entidades deverão criar Ser-
veis das bases de dados para execução de viço de Informações ao Cidadão – SIC, com o ob-
cruzamentos, para fins de estudos e pesqui- jetivo de:
sas, observado o disposto no art. 13. (In-
cluído pelo Decreto nº 8.408, de 2015) I – atender e orientar o público quanto ao
acesso à informação;
Art. 8º Os sítios na Internet dos órgãos e enti-
dades deverão, em cumprimento às normas es- II – informar sobre a tramitação de docu-
tabelecidas pelo Ministério do Planejamento, mentos nas unidades; e
Orçamento e Gestão, atender aos seguintes re- III – receber e registrar pedidos de acesso à
quisitos, entre outros: informação.
I – conter formulário para pedido de acesso Parágrafo único. Compete ao SIC:
à informação;
I – o recebimento do pedido de acesso e,
II – conter ferramenta de pesquisa de con- sempre que possível, o fornecimento ime-
teúdo que permita o acesso à informação diato da informação;
de forma objetiva, transparente, clara e em
linguagem de fácil compreensão; II – o registro do pedido de acesso em sis-
tema eletrônico específico e a entrega de
III – possibilitar gravação de relatórios em número do protocolo, que conterá a data de
diversos formatos eletrônicos, inclusive apresentação do pedido; e
abertos e não proprietários, tais como pla-
nilhas e texto, de modo a facilitar a análise III – o encaminhamento do pedido recebido
das informações; e registrado à unidade responsável pelo for-
necimento da informação, quando couber.
IV – possibilitar acesso automatizado por
sistemas externos em formatos abertos, es- Art. 10. O SIC será instalado em unidade física
truturados e legíveis por máquina; identificada, de fácil acesso e aberta ao público.
V – divulgar em detalhes os formatos utili- § 1º Nas unidades descentralizadas em que
zados para estruturação da informação; não houver SIC será oferecido serviço de re-
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Administração Pública – Decreto nº 7.724/2012 - Regulamenta a Lei nº 12.527 – Prof. Rafael Ravazolo
§ 2º O prazo de resposta será contado a par- Art. 14. São vedadas exigências relativas aos
tir da data de apresentação do pedido ao motivos do pedido de acesso à informação.
SIC.
Seção III
§ 3º É facultado aos órgãos e entidades o DO PROCEDIMENTO DE ACESSO À
recebimento de pedidos de acesso à infor- INFORMAÇÃO
mação por qualquer outro meio legítimo,
como contato telefônico, correspondência Art. 15. Recebido o pedido e estando a informa-
eletrônica ou física, desde que atendidos os ção disponível, o acesso será imediato.
requisitos do art. 12.
§ 1º Caso não seja possível o acesso imedia-
§ 4º Na hipótese do § 3º, será enviada ao to, o órgão ou entidade deverá, no prazo de
requerente comunicação com o número de até vinte dias:
protocolo e a data do recebimento do pedi-
do pelo SIC, a partir da qual se inicia o prazo I – enviar a informação ao endereço físico
de resposta. ou eletrônico informado;
Art. 12. O pedido de acesso à informação deve- II – comunicar data, local e modo para reali-
rá conter: zar consulta à informação, efetuar reprodu-
ção ou obter certidão relativa à informação;
I – nome do requerente;
III – comunicar que não possui a informação
II – número de documento de identificação ou que não tem conhecimento de sua exis-
válido; tência;
III – especificação, de forma clara e precisa, IV – indicar, caso tenha conhecimento, o ór-
da informação requerida; e gão ou entidade responsável pela informa-
ção ou que a detenha; ou
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V – indicar as razões da negativa, total ou Parágrafo único. A reprodução de docu-
parcial, do acesso. mentos ocorrerá no prazo de dez dias, con-
tado da comprovação do pagamento pelo
§ 2º Nas hipóteses em que o pedido de requerente ou da entrega de declaração de
acesso demandar manuseio de grande volu- pobreza por ele firmada, nos termos da Lei
me de documentos, ou a movimentação do no 7.115, de 1983, ressalvadas hipóteses
documento puder comprometer sua regular justificadas em que, devido ao volume ou
tramitação, será adotada a medida prevista ao estado dos documentos, a reprodução
no inciso II do § 1º. demande prazo superior.
§ 3º Quando a manipulação puder preju- Art. 19. Negado o pedido de acesso à informa-
dicar a integridade da informação ou do ção, será enviada ao requerente, no prazo de
documento, o órgão ou entidade deverá resposta, comunicação com:
indicar data, local e modo para consulta,
ou disponibilizar cópia, com certificação de I – razões da negativa de acesso e seu fun-
que confere com o original. damento legal;
§ 4º Na impossibilidade de obtenção de có- II – possibilidade e prazo de recurso, com
pia de que trata o § 3º, o requerente poderá indicação da autoridade que o apreciará; e
solicitar que, às suas expensas e sob super-
visão de servidor público, a reprodução seja III – possibilidade de apresentação de pedi-
feita por outro meio que não ponha em ris- do de desclassificação da informação, quan-
co a integridade do documento original. do for o caso, com indicação da autoridade
classificadora que o apreciará.
Art. 16. O prazo para resposta do pedido poderá
ser prorrogado por dez dias, mediante justifica- § 1º As razões de negativa de acesso a infor-
tiva encaminhada ao requerente antes do tér- mação classificada indicarão o fundamento
mino do prazo inicial de vinte dias. legal da classificação, a autoridade que a
classificou e o código de indexação do docu-
Art. 17. Caso a informação esteja disponível ao mento classificado.
público em formato impresso, eletrônico ou em
outro meio de acesso universal, o órgão ou en- § 2º Os órgãos e entidades disponibilizarão
tidade deverá orientar o requerente quanto ao formulário padrão para apresentação de re-
local e modo para consultar, obter ou reproduzir curso e de pedido de desclassificação.
a informação. Art. 20. O acesso a documento preparatório ou
Parágrafo único. Na hipótese do caput o informação nele contida, utilizados como fun-
órgão ou entidade desobriga-se do forneci- damento de tomada de decisão ou de ato admi-
mento direto da informação, salvo se o re- nistrativo, será assegurado a partir da edição do
querente declarar não dispor de meios para ato ou decisão.
consultar, obter ou reproduzir a informação. Parágrafo único. O Ministério da Fazenda
Art. 18. Quando o fornecimento da informação e o Banco Central do Brasil classificarão os
implicar reprodução de documentos, o órgão documentos que embasarem decisões de
ou entidade, observado o prazo de resposta ao política econômica, tais como fiscal, tributá-
pedido, disponibilizará ao requerente Guia de ria, monetária e regulatória.
Recolhimento da União – GRU ou documento Seção IV
equivalente, para pagamento dos custos dos
serviços e dos materiais utilizados. Dos Recursos
Art. 21. No caso de negativa de acesso à infor-
mação ou de não fornecimento das razões da
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Administração Pública – Decreto nº 7.724/2012 - Regulamenta a Lei nº 12.527 – Prof. Rafael Ravazolo
negativa do acesso, poderá o requerente apre- que trata o caput do art. 21, desprovido o re-
sentar recurso no prazo de dez dias, contado da curso pela Controladoria-Geral da União, o re-
ciência da decisão, à autoridade hierarquica- querente poderá apresentar, no prazo de dez
mente superior à que adotou a decisão, que de- dias, contado da ciência da decisão, recurso à
verá apreciá-lo no prazo de cinco dias, contado Comissão Mista de Reavaliação de Informações,
da sua apresentação. observados os procedimentos previstos no Ca-
pítulo VI.
Parágrafo único. Desprovido o recurso de
que trata o caput, poderá o requerente
apresentar recurso no prazo de dez dias,
contado da ciência da decisão, à autoridade CAPÍTULO V
máxima do órgão ou entidade, que deverá
DAS INFORMAÇÕES CLASSIFICADAS
se manifestar em cinco dias contados do re-
cebimento do recurso. EM GRAU DE SIGILO
Art. 22. No caso de omissão de resposta ao pe- Seção I
dido de acesso à informação, o requerente po- DA CLASSIFICAÇÃO DE
derá apresentar reclamação no prazo de dez
dias à autoridade de monitoramento de que tra-
INFORMAÇÕES QUANTO AO GRAU
ta o art. 40 da Lei no 12.527, de 2011, que deve- E PRAZOS DE SIGILO
rá se manifestar no prazo de cinco dias, contado
Art. 25. São passíveis de classificação as infor-
do recebimento da reclamação.
mações consideradas imprescindíveis à segu-
§ 1º O prazo para apresentar reclamação rança da sociedade ou do Estado, cuja divulga-
começará trinta dias após a apresentação ção ou acesso irrestrito possam:
do pedido.
I – pôr em risco a defesa e a soberania na-
§ 2º A autoridade máxima do órgão ou enti- cionais ou a integridade do território nacio-
dade poderá designar outra autoridade que nal;
lhe seja diretamente subordinada como res-
II – prejudicar ou pôr em risco a condução
ponsável pelo recebimento e apreciação da
de negociações ou as relações internacio-
reclamação.
nais do País;
Art. 23. Desprovido o recurso de que trata o pa-
III – prejudicar ou pôr em risco informações
rágrafo único do art. 21 ou infrutífera a reclama-
fornecidas em caráter sigiloso por outros
ção de que trata o art. 22, poderá o requerente
Estados e organismos internacionais;
apresentar recurso no prazo de dez dias, conta-
do da ciência da decisão, à Controladoria-Geral IV – pôr em risco a vida, a segurança ou a
da União, que deverá se manifestar no prazo de saúde da população;
cinco dias, contado do recebimento do recurso.
V – oferecer elevado risco à estabilidade fi-
§ 1º A Controladoria-Geral da União poderá nanceira, econômica ou monetária do País;
determinar que o órgão ou entidade preste
esclarecimentos. VI – prejudicar ou causar risco a planos ou
operações estratégicos das Forças Armadas;
§ 2º Provido o recurso, a Controladoria-Ge-
ral da União fixará prazo para o cumprimen- VII – prejudicar ou causar risco a projetos de
to da decisão pelo órgão ou entidade. pesquisa e desenvolvimento científico ou
tecnológico, assim como a sistemas, bens,
Art. 24. No caso de negativa de acesso à infor- instalações ou áreas de interesse estratégi-
mação, ou às razões da negativa do acesso de
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co nacional, observado o disposto no inciso I – no grau ultrassecreto, das seguintes au-
II do caput do art. 6º; toridades:
VIII – pôr em risco a segurança de institui- a) Presidente da República;
ções ou de altas autoridades nacionais ou
estrangeiras e seus familiares; ou b) Vice-Presidente da República;
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VII – razões da classificação, observados os III – propor o destino final das informações
critérios estabelecidos no art. 27; desclassificadas, indicando os documentos
para guarda permanente, observado o dis-
VIII – indicação do prazo de sigilo, contado posto na Lei no 8.159, de 8 de janeiro de
em anos, meses ou dias, ou do evento que 1991; e
defina o seu termo final, observados os li-
mites previstos no art. 28; IV – subsidiar a elaboração do rol anual de
informações desclassificadas e documentos
IX – data da classificação; e classificados em cada grau de sigilo, a ser
disponibilizado na Internet.
X – identificação da autoridade que classifi-
cou a informação. Seção III
§ 1º O TCI seguirá anexo à informação. DA DESCLASSIFICAÇÃO E
§ 2º As informações previstas no inciso VII
REAVALIAÇÃO DA INFORMAÇÃO
do caput deverão ser mantidas no mesmo CLASSIFICADA EM GRAU DE SIGILO
grau de sigilo que a informação classificada.
Art. 35. A classificação das informações será re-
§ 3º A ratificação da classificação de que avaliada pela autoridade classificadora ou por
trata o § 5º do art. 30 deverá ser registrada autoridade hierarquicamente superior, median-
no TCI. te provocação ou de ofício, para desclassifica-
ção ou redução do prazo de sigilo.
Art. 32. A autoridade ou outro agente público
que classificar informação no grau ultrassecre-
to ou secreto deverá encaminhar cópia do TCI à
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Parágrafo único. Para o cumprimento do rior, o requerimento de desclassificação e
disposto no caput, além do disposto no art. reavaliação será apreciado pela autoridade
27, deverá ser observado: hierarquicamente superior que estiver em
território brasileiro.
I – o prazo máximo de restrição de acesso à
informação, previsto no art. 28; § 4º Desprovido o recurso de que tratam o
caput e os §§1º a 3º, poderá o requerente
II – o prazo máximo de quatro anos para re- apresentar recurso à Comissão Mista de Re-
visão de ofício das informações classificadas avaliação de Informações, no prazo de dez
no grau ultrassecreto ou secreto, previsto dias, contado da ciência da decisão.
no inciso I do caput do art. 47;
Art. 38. A decisão da desclassificação, reclassifi-
III – a permanência das razões da classifica- cação ou redução do prazo de sigilo de informa-
ção; ções classificadas deverá constar das capas dos
IV – a possibilidade de danos ou riscos de- processos, se houver, e de campo apropriado no
correntes da divulgação ou acesso irrestrito TCI.
da informação; e
Seção IV
V – a peculiaridade das informações produ- DISPOSIÇÕES GERAIS
zidas no exterior por autoridades ou agen-
tes públicos. Art. 39. As informações classificadas no grau
ultrassecreto ou secreto serão definitivamen-
Art. 36. O pedido de desclassificação ou de re- te preservadas, nos termos da Lei no 8.159, de
avaliação da classificação poderá ser apresen- 1991, observados os procedimentos de restri-
tado aos órgãos e entidades independente de ção de acesso enquanto vigorar o prazo da clas-
existir prévio pedido de acesso à informação. sificação.
Parágrafo único. O pedido de que trata o Art. 40. As informações classificadas como do-
caput será endereçado à autoridade classifi- cumentos de guarda permanente que forem
cadora, que decidirá no prazo de trinta dias. objeto de desclassificação serão encaminhadas
Art. 37. Negado o pedido de desclassificação ou ao Arquivo Nacional, ao arquivo permanente do
de reavaliação pela autoridade classificadora, o órgão público, da entidade pública ou da insti-
requerente poderá apresentar recurso no pra- tuição de caráter público, para fins de organiza-
zo de dez dias, contado da ciência da negativa, ção, preservação e acesso.
ao Ministro de Estado ou à autoridade com as Art. 41. As informações sobre condutas que
mesmas prerrogativas, que decidirá no prazo de impliquem violação dos direitos humanos pra-
trinta dias. ticada por agentes públicos ou a mando de au-
§ 1º Nos casos em que a autoridade classifi- toridades públicas não poderão ser objeto de
cadora esteja vinculada a autarquia, funda- classificação em qualquer grau de sigilo nem ter
ção, empresa pública ou sociedade de eco- seu acesso negado.
nomia mista, o recurso será apresentado ao Art. 42. Não poderá ser negado acesso às infor-
dirigente máximo da entidade. mações necessárias à tutela judicial ou adminis-
§ 2º No caso das Forças Armadas, o recurso trativa de direitos fundamentais.
será apresentado primeiramente perante o Parágrafo único. O requerente deverá apre-
respectivo Comandante, e, em caso de ne- sentar razões que demonstrem a existência
gativa, ao Ministro de Estado da Defesa. de nexo entre as informações requeridas e
§ 3º No caso de informações produzidas por o direito que se pretende proteger.
autoridades ou agentes públicos no exte-
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Art. 43. O acesso, a divulgação e o tratamento Parágrafo único. Os órgãos e entidades de-
de informação classificada em qualquer grau de verão manter em meio físico as informações
sigilo ficarão restritos a pessoas que tenham ne- previstas no caput, para consulta pública
cessidade de conhecê-la e que sejam credencia- em suas sedes.
das segundo as normas fixadas pelo Núcleo de
Segurança e Credenciamento, instituído no âm-
bito do Gabinete de Segurança Institucional da
Presidência da República, sem prejuízo das atri- CAPÍTULO VI
buições de agentes públicos autorizados por lei. DA COMISSÃO MISTA DE
Art. 44. As autoridades do Poder Executivo fe- REAVALIAÇÃO DE INFORMAÇÕES
deral adotarão as providências necessárias para CLASSIFICADAS
que o pessoal a elas subordinado conheça as
normas e observe as medidas e procedimentos Art. 46. A Comissão Mista de Reavaliação de In-
de segurança para tratamento de informações formações, instituída nos termos do § 1º do art.
classificadas em qualquer grau de sigilo. 35 da Lei no 12.527, de 2011, será integrada pe-
los titulares dos seguintes órgãos:
Parágrafo único. A pessoa natural ou enti-
dade privada que, em razão de qualquer I – Casa Civil da Presidência da República,
vínculo com o Poder Público, executar ativi- que a presidirá;
dades de tratamento de informações classi- II – Ministério da Justiça;
ficadas, adotará as providências necessárias
para que seus empregados, prepostos ou III – Ministério das Relações Exteriores;
representantes observem as medidas e pro-
IV – Ministério da Defesa;
cedimentos de segurança das informações.
V – Ministério da Fazenda;
Art. 45. A autoridade máxima de cada órgão ou
entidade publicará anualmente, até o dia 1° de VI – Ministério do Planejamento, Orçamen-
junho, em sítio na Internet: to e Gestão;
I – rol das informações desclassificadas nos VII – Secretaria de Direitos Humanos da
últimos doze meses; Presidência da República;
II – rol das informações classificadas em VIII – Gabinete de Segurança Institucional
cada grau de sigilo, que deverá conter: da Presidência da República;
a) código de indexação de documento; IX – Advocacia-Geral da União; e
b) categoria na qual se enquadra a informa- X – Controladoria Geral da União.
ção;
Parágrafo único. Cada integrante indicará
c) indicação de dispositivo legal que funda- suplente a ser designado por ato do Presi-
menta a classificação; e dente da Comissão.
d) data da produção, data da classificação e Art. 47. Compete à Comissão Mista de Reavalia-
prazo da classificação; ção de Informações:
III – relatório estatístico com a quantidade I – rever, de ofício ou mediante provocação,
de pedidos de acesso à informação recebi- a classificação de informação no grau ultras-
dos, atendidos e indeferidos; e secreto ou secreto ou sua reavaliação, no
máximo a cada quatro anos;
IV – informações estatísticas agregadas dos
requerentes.
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II – requisitar da autoridade que classificar Parágrafo único. As reuniões serão realiza-
informação no grau ultrassecreto ou secre- das com a presença de no mínimo seis inte-
to esclarecimento ou conteúdo, parcial ou grantes.
integral, da informação, quando as informa-
ções constantes do TCI não forem suficien- Art. 49. Os requerimentos de prorrogação do
tes para a revisão da classificação; prazo de classificação de informação no grau ul-
trassecreto, a que se refere o inciso IV do caput
III – decidir recursos apresentados contra do art. 47, deverão ser encaminhados à Comis-
decisão proferida: são Mista de Reavaliação de Informações em
até um ano antes do vencimento do termo final
a) pela Controladoria-Geral da União, em de restrição de acesso.
grau recursal, a pedido de acesso à infor-
mação ou às razões da negativa de acesso à Parágrafo único. O requerimento de pror-
informação; ou rogação do prazo de sigilo de informação
classificada no grau ultrassecreto deverá ser
a) pela Controladoria-Geral da União, em apreciado, impreterivelmente, em até três
grau recursal, pedido de acesso à informa- sessões subsequentes à data de sua autua-
ção ou de abertura de base de dados, ou às ção, ficando sobrestadas, até que se ultime
razões da negativa de acesso à informação a votação, todas as demais deliberações da
ou de abertura de base de dados; ou (Re- Comissão.
dação dada pelo Decreto nº 8.777, de 2016)
Art. 50. A Comissão Mista de Reavaliação de In-
b) pelo Ministro de Estado ou autoridade formações deverá apreciar os recursos previstos
com a mesma prerrogativa, em grau recur- no inciso III do caput do art. 47, impreterivel-
sal, a pedido de desclassificação ou reava- mente, até a terceira reunião ordinária subse-
liação de informação classificada; quente à data de sua autuação.
IV – prorrogar por uma única vez, e por pe- Art. 51. A revisão de ofício da informação clas-
ríodo determinado não superior a vinte e sificada no grau ultrassecreto ou secreto será
cinco anos, o prazo de sigilo de informação apreciada em até três sessões anteriores à data
classificada no grau ultrassecreto, enquan- de sua desclassificação automática.
to seu acesso ou divulgação puder ocasio-
nar ameaça externa à soberania nacional, à Art. 52. As deliberações da Comissão Mista de
integridade do território nacional ou grave Reavaliação de Informações serão tomadas:
risco às relações internacionais do País, li-
mitado ao máximo de cinquenta anos o pra- I – por maioria absoluta, quando envolve-
zo total da classificação; e rem as competências previstas nos incisos I
e IV do caput do art.47; e
V – estabelecer orientações normativas de
caráter geral a fim de suprir eventuais lacu- II – por maioria simples dos votos, nos de-
nas na aplicação da Lei no 12.527, de 2011. mais casos.
Parágrafo único. A não deliberação sobre a Parágrafo único. A Casa Civil da Presidência
revisão de ofício no prazo previsto no inciso da República poderá exercer, além do voto
I do caput implicará a desclassificação auto- ordinário, o voto de qualidade para desem-
mática das informações. pate.
Art. 48. A Comissão Mista de Reavaliação de In- Art. 53. A Casa Civil da Presidência da República
formações se reunirá, ordinariamente, uma vez exercerá as funções de Secretaria-Executiva da
por mês, e, extraordinariamente, sempre que Comissão Mista de Reavaliação de Informações,
convocada por seu Presidente. cujas competências serão definidas em regi-
mento interno.
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Administração Pública – Decreto nº 7.724/2012 - Regulamenta a Lei nº 12.527 – Prof. Rafael Ravazolo
Art. 54. A Comissão Mista de Reavaliação de In- capaz, e para utilização exclusivamente para
formações aprovará, por maioria absoluta, regi- o tratamento médico;
mento interno que disporá sobre sua organiza-
ção e funcionamento. II – à realização de estatísticas e pesquisas
científicas de evidente interesse público ou
Parágrafo único. O regimento interno deve- geral, previstos em lei, vedada a identifica-
rá ser publicado no Diário Oficial da União ção da pessoa a que a informação se referir;
no prazo de noventa dias após a instalação
da Comissão. III – ao cumprimento de decisão judicial;
IV – à defesa de direitos humanos de tercei-
ros; ou
CAPÍTULO VII V – à proteção do interesse público geral e
DAS INFORMAÇÕES PESSOAIS preponderante.
Art. 58. A restrição de acesso a informações
Art. 55. As informações pessoais relativas à in-
pessoais de que trata o art. 55 não poderá ser
timidade, vida privada, honra e imagem detidas
invocada:
pelos órgãos e entidades:
I – com o intuito de prejudicar processo
I – terão acesso restrito a agentes públicos
de apuração de irregularidades, conduzido
legalmente autorizados e a pessoa a que se
pelo Poder Público, em que o titular das in-
referirem, independentemente de classifi-
formações for parte ou interessado; ou
cação de sigilo, pelo prazo máximo de cem
anos a contar da data de sua produção; e II – quando as informações pessoais não
classificadas estiverem contidas em conjun-
II – poderão ter sua divulgação ou acesso
tos de documentos necessários à recupera-
por terceiros autorizados por previsão le-
ção de fatos históricos de maior relevância.
gal ou consentimento expresso da pessoa a
que se referirem. Art. 59. O dirigente máximo do órgão ou entida-
de poderá, de ofício ou mediante provocação,
Parágrafo único. Caso o titular das informa-
reconhecer a incidência da hipótese do inciso
ções pessoais esteja morto ou ausente, os
II do caput do art. 58, de forma fundamentada,
direitos de que trata este artigo assistem ao
sobre documentos que tenha produzido ou acu-
cônjuge ou companheiro, aos descendentes
mulado, e que estejam sob sua guarda.
ou ascendentes, conforme o disposto no
parágrafo único do art. 20 da Lei no 10.406, § 1º Para subsidiar a decisão de reconhe-
de 10 de janeiro de 2002, e na Lei no 9.278, cimento de que trata o caput, o órgão ou
de 10 de maio de 1996. entidade poderá solicitar a universidades,
instituições de pesquisa ou outras entida-
Art. 56. O tratamento das informações pessoais
des com notória experiência em pesquisa
deve ser feito de forma transparente e com res-
historiográfica a emissão de parecer sobre
peito à intimidade, vida privada, honra e ima-
a questão.
gem das pessoas, bem como às liberdades e ga-
rantias individuais. § 2º A decisão de reconhecimento de que
trata o caput será precedida de publicação
Art. 57. O consentimento referido no inciso II do
de extrato da informação, com descrição
caput do art. 55 não será exigido quando o aces-
resumida do assunto, origem e período do
so à informação pessoal for necessário:
conjunto de documentos a serem conside-
I – à prevenção e diagnóstico médico, quan- rados de acesso irrestrito, com antecedên-
do a pessoa estiver física ou legalmente in- cia de no mínimo trinta dias.
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§ 3º Após a decisão de reconhecimento de § 2º Aquele que obtiver acesso às informa-
que trata o § 2º, os documentos serão con- ções pessoais de terceiros será responsabi-
siderados de acesso irrestrito ao público. lizado por seu uso indevido, na forma da lei.
§ 4º Na hipótese de documentos de ele- Art. 62. Aplica-se, no que couber, a Lei no 9.507,
vado valor histórico destinados à guarda de 12 de novembro de 1997, em relação à infor-
permanente, caberá ao dirigente máximo mação de pessoa, natural ou jurídica, constante
do Arquivo Nacional, ou à autoridade res- de registro ou banco de dados de órgãos ou en-
ponsável pelo arquivo do órgão ou entida- tidades governamentais ou de caráter público.
de pública que os receber, decidir, após seu
recolhimento, sobre o reconhecimento, ob-
servado o procedimento previsto neste ar-
tigo. CAPÍTULO VIII
DAS ENTIDADES PRIVADAS SEM
Art. 60. O pedido de acesso a informações pes-
soais observará os procedimentos previstos no FINS LUCRATIVOS
Capítulo IV e estará condicionado à comprova-
Art. 63. As entidades privadas sem fins lucrati-
ção da identidade do requerente.
vos que receberem recursos públicos para reali-
Parágrafo único. O pedido de acesso a in- zação de ações de interesse público deverão dar
formações pessoais por terceiros deverá publicidade às seguintes informações:
ainda estar acompanhado de:
I – cópia do estatuto social atualizado da en-
I – comprovação do consentimento expres- tidade;
so de que trata o inciso II do caput do art.
II – relação nominal atualizada dos dirigen-
55, por meio de procuração;
tes da entidade; e
II – comprovação das hipóteses previstas no
III – cópia integral dos convênios, contratos,
art. 58;
termos de parcerias, acordos, ajustes ou
III – demonstração do interesse pela recu- instrumentos congêneres realizados com o
peração de fatos históricos de maior rele- Poder Executivo federal, respectivos aditi-
vância, observados os procedimentos pre- vos, e relatórios finais de prestação de con-
vistos no art. 59; ou tas, na forma da legislação aplicável.
Art. 61. O acesso à informação pessoal por ter- § 2º A divulgação em sítio na Internet refe-
ceiros será condicionado à assinatura de um rida no §1º poderá ser dispensada, por de-
termo de responsabilidade, que disporá sobre cisão do órgão ou entidade pública, e me-
a finalidade e a destinação que fundamentaram diante expressa justificação da entidade,
sua autorização, sobre as obrigações a que se nos casos de entidades privadas sem fins lu-
submeterá o requerente. crativos que não disponham de meios para
realizá-la.
§ 1º A utilização de informação pessoal por
terceiros vincula-se à finalidade e à destina- § 3º As informações de que trata o caput de-
ção que fundamentaram a autorização do verão ser publicadas a partir da celebração
acesso, vedada sua utilização de maneira do convênio, contrato, termo de parceria,
diversa. acordo, ajuste ou instrumento congênere,
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rante a autoridade que aplicou a penalida- I – assegurar o cumprimento das normas
de. relativas ao acesso à informação, de forma
eficiente e adequada aos objetivos da Lei no
§ 1º A sanção de multa poderá ser aplicada 12.527, de 2011;
juntamente com as sanções previstas nos
incisos I, III e IV do caput. II – avaliar e monitorar a implementação do
disposto neste Decreto e apresentar ao di-
§ 2º A multa prevista no inciso II do caput rigente máximo de cada órgão ou entidade
será aplicada sem prejuízo da reparação pe- relatório anual sobre o seu cumprimento,
los danos e não poderá ser: encaminhando-o à Controladoria-Geral da
I – inferior a R$ 1.000,00 (mil reais) nem su- União;
perior a R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), III – recomendar medidas para aperfeiçoar
no caso de pessoa natural; ou as normas e procedimentos necessários à
II – inferior a R$ 5.000,00 (cinco mil reais) implementação deste Decreto;
nem superior a R$ 600.000,00 (seiscentos IV – orientar as unidades no que se refere
mil reais), no caso de entidade privada. ao cumprimento deste Decreto; e
§ 3º A reabilitação referida no inciso V do V – manifestar-se sobre reclamação apre-
caput será autorizada somente quando a sentada contra omissão de autoridade com-
pessoa natural ou entidade privada efetivar petente, observado o disposto no art. 22.
o ressarcimento ao órgão ou entidade dos
prejuízos resultantes e depois de decorrido Seção II
o prazo da sanção aplicada com base no in- DAS COMPETÊNCIAS RELATIVAS AO
ciso IV do caput.
MONITORAMENTO
§ 4º A aplicação da sanção prevista no in-
ciso V do caput é de competência exclusiva Art. 68. Compete à Controladoria-Geral da
da autoridade máxima do órgão ou entida- União, observadas as competências dos demais
de pública. órgãos e entidades e as previsões específicas
neste Decreto:
§ 5º O prazo para apresentação de defesa
nas hipóteses previstas neste artigo é de I – definir o formulário padrão, disponibili-
dez dias, contado da ciência do ato. zado em meio físico e eletrônico, que esta-
rá à disposição no sítio na Internet e no SIC
dos órgãos e entidades, de acordo com o §
1º do art. 11;
CAPÍTULO X
II – promover campanha de abrangência na-
DO MONITORAMENTO DA cional de fomento à cultura da transparên-
APLICAÇÃO DA LEI cia na administração pública e conscientiza-
ção sobre o direito fundamental de acesso à
Seção I informação;
DA AUTORIDADE DE
III – promover o treinamento dos agentes
MONITORAMENTO públicos e, no que couber, a capacitação das
entidades privadas sem fins lucrativos, no
Art. 67. O dirigente máximo de cada órgão ou
que se refere ao desenvolvimento de prá-
entidade designará autoridade que lhe seja di-
ticas relacionadas à transparência na admi-
retamente subordinada para exercer as seguin-
nistração pública;
tes atribuições:
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Ética
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Ética no Serviço Público
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IV − A remuneração do servidor público é reta ou indiretamente significa causar-lhe
custeada pelos tributos pagos direta ou in- dano moral. Da mesma forma, causar dano
diretamente por todos, até por ele próprio, a qualquer bem pertencente ao patrimô-
e por isso se exige, como contrapartida, que nio público, deteriorando-o, por descuido
a moralidade administrativa se integre no ou má vontade, não constitui apenas uma
Direito, como elemento indissociável de sua ofensa ao equipamento e às instalações ou
aplicação e de sua finalidade, erigindo-se, ao Estado, mas a todos os homens de boa
como consequência, em fator de legalidade. vontade que dedicaram sua inteligência,
seu tempo, suas esperanças e seus esforços
V − O trabalho desenvolvido pelo servidor para construí-los.
público perante a comunidade deve ser
entendido como acréscimo ao seu próprio X − Deixar o servidor público qualquer pes-
bem-estar, já que, como cidadão, integrante soa à espera de solução que compete ao se-
da sociedade, o êxito desse trabalho pode tor em que exerça suas funções, permitindo
ser considerado como seu maior patrimô- a formação de longas filas, ou qualquer ou-
nio. tra espécie de atraso na prestação do ser-
viço, não caracteriza apenas atitude contra
VI − A função pública deve ser tida como a ética ou ato de desumanidade, mas prin-
exercício profissional e, portanto, se integra cipalmente grave dano moral aos usuários
na vida particular de cada servidor público. dos serviços públicos.
Assim, os fatos e atos verificados na condu-
ta do dia a dia em sua vida privada poderão XI − O servidor deve prestar toda a sua aten-
acrescer ou diminuir o seu bom conceito na ção às ordens legais de seus superiores, ve-
vida funcional. lando atentamente por seu cumprimento,
e, assim, evitando a conduta negligente. Os
VII − Salvo os casos de segurança nacional, repetidos erros, o descaso e o acúmulo de
investigações policiais ou interesse superior desvios tornam-se, às vezes, difíceis de cor-
do Estado e da Administração Pública, a se- rigir e caracterizam até mesmo imprudência
rem preservados em processo previamente no desempenho da função pública.
declarado sigiloso, nos termos da lei, a pu-
blicidade de qualquer ato administrativo XII − Toda ausência injustificada do servidor
constitui requisito de eficácia e moralidade, de seu local de trabalho é fator de desmo-
ensejando sua omissão comprometimen- ralização do serviço público, o que quase
to ético contra o bem comum, imputável a sempre conduz à desordem nas relações
quem a negar. humanas.
VIII − Toda pessoa tem direito à verdade. O XIII − O servidor que trabalha em harmonia
servidor não pode omiti-la ou falseá-la, ain- com a estrutura organizacional, respeitando
da que contrária aos interesses da própria seus colegas e cada concidadão, colabora
pessoa interessada ou da Administração e de todos pode receber colaboração, pois
Pública. Nenhum Estado pode crescer ou sua atividade pública é a grande oportuni-
estabilizar-se sobre o poder corruptivo do dade para o crescimento e o engrandeci-
hábito do erro, da opressão ou da mentira, mento da Nação.
que sempre aniquilam até mesmo a digni-
dade humana quanto mais a de uma Nação. Seção II
DOS PRINCIPAIS DEVERES
IX − A cortesia, a boa vontade, o cuidado e
o tempo dedicados ao serviço público ca- DO SERVIDOR PÚBLICO
racterizam o esforço pela disciplina. Tratar XIV − São deveres fundamentais do servidor
mal uma pessoa que paga seus tributos di- público:
1632 www.acasadoconcurseiro.com.br
Ética no Serviço Público – Decreto nº 1.171 – Prof. Pedro Kuhn
www.acasadoconcurseiro.com.br 1633
v) Divulgar e informar a todos os integran- i) Iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que
tes da sua classe sobre a existência deste necessite do atendimento em serviços pú-
Código de Ética, estimulando o seu integral blicos;
cumprimento. j) Desviar servidor público para atendimen-
Seção III to a interesse particular;
DAS VEDAÇÕES l) Retirar da repartição pública, sem estar
legalmente autorizado, qualquer documen-
AO SERVIDOR PÚBLICO
to, livro ou bem pertencente ao patrimônio
XV − É vedado ao servidor público; público;
m) Fazer uso de informações privilegiadas
a) O uso do cargo ou função, facilidades,
obtidas no âmbito interno de seu serviço,
amizades, tempo, posição e influências,
em benefício próprio, de parentes, de ami-
para obter qualquer favorecimento, para si
gos ou de terceiros;
ou para outrem;
n) Apresentar-se embriagado no serviço ou
b) Prejudicar deliberadamente a reputação fora dele habitualmente;
de outros servidores ou de cidadãos que
deles dependam; o) Dar o seu concurso a qualquer instituição
que atente contra a moral, a honestidade
c) Ser, em função de seu espírito de solida- ou a dignidade da pessoa humana;
riedade, conivente com erro ou infração a
p) Exercer atividade profissional aética ou
este Código de Ética ou ao Código de Ética
ligar o seu nome a empreendimentos de
de sua profissão;
cunho duvidoso.
d) Usar de artifícios para procrastinar ou
dificultar o exercício regular de direito por
qualquer pessoa, causando-lhe dano moral
CAPÍTULO II
ou material; DAS COMISSÕES DE ÉTICA
e) Deixar de utilizar os avanços técnicos e XVI − Em todos os órgãos e entidades da
científicos ao seu alcance ou do seu conhe- Administração Pública Federal direta, indi-
cimento para atendimento do seu mister; reta autárquica e fundacional, ou em qual-
quer órgão ou entidade que exerça atribui-
f) Permitir que perseguições, simpatias, an- ções delegadas pelo poder público, deverá
tipatias, caprichos, paixões ou interesses ser criada uma Comissão de Ética, encarre-
de ordem pessoal interfiram no trato com gada de orientar e aconselhar sobre a éti-
o público, com os jurisdicionados adminis- ca profissional do servidor, no tratamento
trativos ou com colegas hierarquicamente com as pessoas e com o patrimônio público,
superiores ou inferiores; competindo-lhe conhecer concretamente
de imputação ou de procedimento suscep-
g) Pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou
tível de censura.
receber qualquer tipo de ajuda financeira,
gratificação, prêmio, comissão, doação ou XVII – Revogado.
vantagem de qualquer espécie, para si, fa-
miliares ou qualquer pessoa, para o cum- XVIII − À Comissão de Ética incumbe forne-
primento da sua missão ou para influenciar cer, aos organismos encarregados da execu-
outro servidor para o mesmo fim; ção do quadro de carreira dos servidores,
os registros sobre sua conduta ética, para o
h) Alterar ou deturpar o teor de documen- efeito de instruir e fundamentar promoções
tos que deva encaminhar para providências;
1634 www.acasadoconcurseiro.com.br
Ética no Serviço Público – Decreto nº 1.171 – Prof. Pedro Kuhn
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Relações Sociais
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Relações Humanas
RESPONSABILIDADE SOCIAL
ARTIGO:
“Em um meio onde todos só comentam sobre a Preservação Ambiental, as empresas que co-
laboram para a agressão do meio ambiente, devem propor algum reembolso à sociedade em
forma de programas que contribuam ao bem-estar social.
Baseando-se na maneira, como as empresas exercem suas práticas sociais, este artigo vem pro-
por que observemos a influência que Projetos Sociais, designados pela ação de responsabilida-
de social praticadas pelas Organizações têem na Sociedade.” (…)
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Mundialmente, as primeiras práticas sociais ficaram conhecidas nos Estados Unidos, na qual
foram introduzidas durante o século XX, na década de 30. Sendo as primeiras definições sobre
responsabilidade social surgidas na década de 50, classificando como uma obrigação que o ho-
mem de negócios tem para com a sociedade. Com a evolução do conceito, a responsabilidade
social é vista como uma forma das empresas terem maior participação dentro da sociedade
(ARREBOLA, 2004).
www.acasadoconcurseiro.com.br 1639
Desta forma, voltam-se para as práticas sociais, tendo com isso a oportunidade de interagir
com seus colaboradores, tentando proporcionar um bom ambiente de trabalho o qual estimule
seus desempenhos, ou seja, estabelecendo um relacionamento saudável entre o ambiente da
organização e o ambiente externo (stakeholders), buscando a qualidade e a interação com o
ambiente e a sociedade.
As grandes empresas estão cada vez mais em busca de um diferencial para que possam compe-
tir e destacar-se em meio a um mercado tão disputado, fazendo com que suas tomadas de deci-
sões sejam mais de cunho social, não pensando apenas na lucratividade. Embora essas práticas
sociais sejam utilizadas na maioria das vezes como uma estratégia competitiva, na qual a orga-
nização busca investir na sua imagem, fortalecendo-a através do marketing social, procurando
assim valorizar suas ações no mercado de capitais. E assim, os ganhos com tais ações refletem
em ambos, seja no bem estar social (moldando a realidade social), ou proporcionando oportu-
nidades de lucratividade, favorecendo a consciência socioambiental dos Stakeholders para com
a organização e então promover o aumento do retorno econômico almejado, em decorrência
dessa necessidade de redefinição.
(…) o crescimento econômico não existirá sem progresso social e ambiental, sem esquecer de le-
var em consideração o equilíbrio econômico da empresa, formando um tripé entre: sociedade,
economia e meio ambiente, em pesos iguais devido serem aspectos inter-relacionados.
De acordo com Ashley (2003), o mundo empresarial encara a responsabilidade social como uma
nova estratégia para maximizar seu lucro e potencializar seu desenvolvimento, isso decorre da
maior conscientização dos consumidores e conseqüente procura de produtos que sejam gera-
dores de melhorias para o meio ambiente e para a comunidade, valorizando aspectos éticos
inerentes à cidadania. Portanto, quanto mais consciência os consumidores possuírem, quanto
mais capazes de exercer a cidadania eles forem, maior será a exigência pela prática de ações de
responsabilidade social e pelo desenvolvimento, por parte da empresa, de estratégias empresa-
riais competitivas que sejam socialmente corretas, ambientalmente sustentáveis e economica-
mente viáveis.
(...)
De acordo com Orchis et al. (2002, p.52):
(...) a responsabilidade social pode agregar valor à imagem da empresa e com isso aumentar
sua vantagem competitiva, ou servir como um meio para atingir o público que considera ati-
tudes socialmente responsáveis como um pré-requisito ou diferencial para a escolha de uma
marca.
(...)
Contudo, a responsabilidade Social vem representando as novas estratégias dos negócios, na
qual as mudanças estabelecidas ficam por conta da conscientização da sociedade civil, esti-
mulada pelo fluxo de informações cada vez mais rápido e vasto. Gerando novas exigências e
esperando que as empresas possam atuar de forma a atender essas expectativas, onde possam
assegurar condições melhores de vida e o progresso social. E, assim serem bem vistas, ou seja,
reconhecidas pela excelência de seu desempenho quanto às ações sociais desenvolvidas tendo
em vista a ‘boa imagem’ da organização frente aos seus stakeholders.
1640 www.acasadoconcurseiro.com.br
Relações Humanas – Responsabilidade Social – Prof. Fidel Ribeiro
CONCLUSÕES
Constatamos que a prática da Responsabilidade são ações estratégicas desenvolvidas por uma
Organização, em que transforma seus esforços em atividades mais ética e transparente com
o público. A partir de uma interligação entre a sociedade e as atividades executadas por esta,
tendo por objetivo ampliar seu relacionamento com toda a sociedade.
Na busca de um diferencial competitivo, assim como do aumento do fluxo econômico, as em-
presas enxergam na Responsabilidade Social essa oportunidade. Além de representar ganhos à
instituição, ela valoriza a imagem da empresa no Mercado, a fim de apontar as práticas sociais
como a nova estratégia dos negócios, visualizando-a como um conceito sempre em construção
pelas suas diversas faces.
(...)
(fonte: artigo de Niedja Abreu, constante no sítio virtual http://www.administradores.com.br/
artigos/marketing/a-pratica-da-responsabilidade-social-nas-organizacoes-uma-analise-da-
petrobras/66325, grifos nossos)
Gabarito: 1. C 2. D
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Relações Humanas
O servidor público convive com uma visão estereotipada, pejorativa, da opinião pública, como
resultado de práticas centenárias no país, normalmente afastadas da moralidade. Ainda nos
dias de hoje, a visão que grande parte da opinião pública detém do servidor está aliada ao
descaso para com o interesse público e com os serviços públicos em geral, é visto como “aco-
modado”.
Exemplo clássico da imagem tida pela opinião pública sobre o servidor: paletó na cadeira, vazia.
A opinião pública não é algo imutável. Com o tempo e dedicação, pode o servidor desconstituir
estes estigmas, embora a sociedade ainda conviva com traumas do passado e outros do pre-
sente.
Como trabalhar a opinião pública quanto aos servidores? Demonstrando à sociedade sua ne-
cessidade, através de um trabalho íntegro, probo e moral.
Atualmente, a CF obriga os servidores ocupantes de cargos públicos a serem nomeados após
aprovação necessária em concurso público. Embora, ainda a maioria dos cargos comissionados
seja ocupado mediante critérios políticos e não técnicos.
Os princípios administrativos devem reger a atuação do servidor. Especialmente, os princípios
constantes no LIMPE (Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência)
Assim como o servidor, o órgão precisa construir sua correta representação perante a opinião
pública. A opinião pública sobre servidor e órgão, caminham lado a lado. Um órgão composto
por bons servidores, agrada a opinião pública e gera consequencias positivas para todos os la-
dos. Um órgão que atende os interesses públicos de forma íntegra e eficiente, contribui para a
valorização das pessoas que o integram.
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QUESTÃO
Gabarito: 1. Certo
1644 www.acasadoconcurseiro.com.br
Legislação Específica
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Legislação Específica
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II – estimular a criação cultural e o desen- cursos, atividades e programas de gradua-
volvimento do espírito científico e do pen- ção e de pós-graduação, e outros, nos ter-
samento reflexivo; mos da legislação e em atendimento às de-
mandas sociais, econômicas e culturais;
III – incentivar o trabalho de pesquisa, vi-
sando o desenvolvimento da ciência, da tec- III – estabelecer ou alterar o número de va-
nologia e da criação e difusão da cultura; gas e as condições de funcionamento dos
cursos, atividades e programas de gradua-
IV – promover a divulgação de conheci- ção, de pós-graduação e outros;
mentos científicos, técnicos e culturais que
constituem patrimônio da humanidade e IV – organizar e alterar os currículos, os pro-
comunicar o saber através do ensino, de pu- gramas e os projetos pedagógicos dos seus
blicações ou de outras formas de comunica- cursos, nos termos permitidos pela legisla-
ção; ção;
V – suscitar o desejo permanente de aper- V – estabelecer o regime escolar e didático-
feiçoamento profissional e cultural, possibi- -pedagógico, com seus respectivos crono-
litando sua concretização; gramas e calendários;
VI – promover a extensão, visando à difusão VI – conferir graus, diplomas, certificados e
das conquistas e benefícios resultantes da demais títulos, bem como outras dignida-
pesquisa científica e tecnológica e da cria- des universitárias;
ção cultural geradas na Instituição.
VII – interagir com entidades culturais e
científicas nacionais e internacionais para o
desenvolvimento de projetos integrados de
CAPÍTULO II interesse comum.
DOS PRINCÍPIOS LEGAIS E DA § 2º A autonomia administrativa consiste em:
AUTONOMIA UNIVERSITÁRIA
I – estabelecer a política administrativa e de
Art. 4º Compreendem-se inseridas neste Esta- investimentos;
tuto todas as disposições constitucionais e as II – estabelecer a estrutura organizacional e
legais relativas ao ensino, notadamente as da administrativa, abrangendo recursos huma-
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nos, físicos e financeiros, assim como crité-
e sua regulamentação, assim como as normas rios de operacionalização e funcionamento;
inerentes ao mesmo assunto.
III – dispor sobre o pessoal docente e téc-
Art. 5º A Universidade goza de autonomia di- nico-administrativo, estabelecendo direitos
dático-científica, administrativa, disciplinar e e deveres, assim como normas de seleção,
de gestão financeira e patrimonial, nos limites admissão, promoção, licença, substituição e
fixados pela legislação em vigor, e nos termos dispensa;
deste Estatuto e do Regimento Geral:
IV – dar condições ao pessoal docente e
§ 1º A autonomia acadêmica e didático- técnico-administrativo para o adequado de-
-científica consiste em: sempenho de suas atividades;
I – estabelecer a política de ensino-aprendi- V – criar, organizar, modificar e extinguir ór-
zagem, pesquisa e extensão; gãos integrantes da estrutura organizacio-
II – criar, organizar, modificar, extinguir, sus- nal, bem como avaliar, aprovar e reformar
pender, fomentar, regulamentar e aprovar normas ou regulamentos internos dos ór-
gãos e atividades;
1648 www.acasadoconcurseiro.com.br
Legislação Específica – Estatuto da UFCSPA – Prof. Mateus Silveira
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§ 2º O Regimento Geral identificará os ór- III – aprovar alterações e emendas ao Regi-
gãos suplementares e definirá as suas atri- mento Geral e ao Estatuto, obedecidos os
buições. princípios e normas estabelecidas neste, e a
legislação em vigor;
IV – elaborar e aprovar o próprio regula-
CAPÍTULO II mento, o Regimento Geral e os regulamen-
tos das unidades de ensino e dos órgãos
DOS CONSELHOS SUPERIORES
suplementares da Universidade em confor-
Art. 10. Os Conselhos Superiores da Universida- midade com os mesmos;
de reúnem-se ordinariamente nas datas previs- V – criar, desmembrar, incorporar, suspender
tas no calendário acadêmico, ou extraordinaria- ou extinguir cursos de graduação e progra-
mente quando necessário. mas de pós-graduação, unidades de ensino,
Parágrafo único. As reuniões ordinárias e órgãos suplementares e de apoio, projetos,
extraordinárias dos Conselhos serão con- programas ou serviços, nos termos da lei;
vocadas pelo Reitor, sendo também per- VI – deliberar sobre matéria de interesse
mitida a convocação extraordinária por, no geral da Universidade, ressalvada a com-
mínimo, 2/3 (dois terços) dos respectivos petência atribuída a outros órgãos por este
membros. Estatuto;
Art. 11. O regulamento interno de cada Conse- VII – exercer o poder disciplinar originaria-
lho estabelecerá sua organização e funciona- mente ou em grau de recurso, mediante
mento, obedecidos este Estatuto, o Regimento procedimento definido no Regimento Geral;
Geral e a legislação aplicável.
VIII – aprovar a criação de títulos honorífi-
Art. 12. O presidente de cada Conselho, obser- cos ou de benemerência, bem como outras
vado o interesse institucional, poderá convidar dignidades acadêmicas;
eventualmente integrantes da comunidade IX – apreciar a proposta de outorga dos títu-
para participarem das reuniões, sem direito a los honoríficos ou de benemerência;
voto.
X – aprovar o orçamento anual da Universi-
Seção I dade;
DO CONSELHO UNIVERSITÁRIO XI – apreciar e aprovar a prestação de con-
(CONSUN) tas e o relatório de gestão, ao final de cada
ano civil;
Art. 13. O Conselho Universitário, órgão máxi-
XII – deliberar sobre matérias, representa-
mo, consultivo, deliberativo, normativo e ju-
ções, decisões ou recursos que lhe forem
risdicional da Universidade, composto em sua
encaminhados pelo Reitor;
maioria por docentes do quadro permanente,
é constituído na forma expressa no Regimento XIII – deliberar e definir providências desti-
Geral. nadas a prevenir ou corrigir atos de indisci-
plina de qualquer segmento da comunidade
Art. 14. Compete ao Conselho Universitário: universitária após manifestação das instân-
I – aprovar a política e as diretrizes gerais da cias pertinentes;
Universidade; XIV – deliberar ou decretar o recesso parcial
ou total das atividades acadêmicas em ca-
II – aprovar o Plano de Desenvolvimento
sos que considere de emergência, mediante
Institucional da Universidade;
proposta do Reitor;
1650 www.acasadoconcurseiro.com.br
Legislação Específica – Estatuto da UFCSPA – Prof. Mateus Silveira
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VI – conferir graus, expedir diplomas e títu- Art. 20. No caso de vacância do cargo de Reitor,
los honoríficos; por renúncia, morte ou incapacidade perma-
nente, a Reitoria será exercida pelo Vice-Reitor
VII – assinar acordos, convênios, contratos até o término do mandato.
ou qualquer forma de cooperação interins-
titucional; Seção II
VIII – promover a elaboração do Plano de DA VICE-REITORIA
Desenvolvimento Institucional da Universi-
dade e a proposta orçamentária anual, en- Art. 21. A Vice-Reitoria, órgão superior executi-
caminhando estes documentos ao Conselho vo da Universidade, diretamente subordinado
Universitário, nos prazos previstos; àReitoria, é exercida pelo Vice-Reitor, nomeado
nos termos da legislação vigente.
IX – propor a admissão, nos termos legais, e
promover a lotação nos órgãos da Universi- Parágrafo Único. O Vice-Reitor auxilia o Reitor
dade, do pessoal docente e de apoio técni- no desempenho de suas funções, substituin-
co-administrativo; do-onos eventuais impedimentos e ausências.
X – designar o pessoal docente e técnico- Art. 22. O Vice-Reitor será substituído, em seus
-administrativo para o exercício das funções impedimentos, pelo Pró-Reitor de Graduação
para as quais foram admitidos; e,em caso de impossibilidade deste, pelo Pró-
-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação.
XI – designar e dar posse a todos os mem-
bros dos órgãos colegiados superiores da Seção III
Universidade; DAS PRÓ-REITORIAS
XII – vetar decisões dos Conselhos Superio- Art. 23. A Reitoria conta com os seguintes ór-
res, no prazo de dez dias, fundamentada- gãos de execução e assessoramento:
mente, caso em que o veto será submetido
à nova deliberação, podendo ser derrubado I – Pró-Reitoria de Graduação;
pelo voto de dois terços dos conselheiros;
II – Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Gradua-
XIII – homologar ou solicitar reexame de ção;
decisões dos órgãos colegiados superiores;
III – Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Co-
XIV – criar ou extinguir assessorias espe- munitários;
ciais, consultorias ou outros órgãos auxilia-
IV – Pró-Reitoria de Administração;
res a ele subordinados, para as atividades
que lhes forem inerentes; V – Pró-Reitoria de Planejamento.
XV – atribuir competências, fixadas por ato § 1º A Pró-Reitoria de Graduação é órgão
específico, ao Vice-Reitor, dirigentes de ór- executivo, que superintende, coordena e
gãos suplementares e de apoio e integran- supervisiona as atividades do ensino de gra-
tes de seu Gabinete; duação da Universidade.
XVI – encaminhar ao Conselho Universitário § 2º A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Gradu-
a prestação de contas e o relatório de cada ação é órgão executivo, que superintende,
exercício. coordena e supervisiona as atividades de
pós-graduação e pesquisa da Universidade.
Art. 19. O Reitor, em suas faltas e impedimen-
tos, será substituído pelo Vice-Reitor. § 3º A Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos
Comunitários é órgão executivo, que supe-
rintende, coordena e supervisiona as ati-
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Legislação Específica – Estatuto da UFCSPA – Prof. Mateus Silveira
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TÍTULO III TÍTULO IV
Da Organização e Do Regime Da Comunidade Universitária
Didático-Científico
Art. 36. A Comunidade Universitária é constituí-
da por docentes, discentes e técnico administra-
tivos, unificados nos objetivos da Universidade.
CAPÍTULO I
DO ENSINO
CAPÍTULO I
Art. 32. A Universidade pode ministrar as se- DO CORPO DOCENTE
guintes modalidades de cursos:
I – graduação; Art. 37. O corpo docente da Universidade é
constituído de professores que, além de reunir
II – pós-graduação lato sensu, em níveis de as qualidades de educadores, assumem o com-
Especialização e Aperfeiçoamento; promisso de respeitar os princípios e valores ex-
III – pós-graduação stricto sensu em níveis plicitados neste Estatuto e no Regimento Geral.
de Mestrado e Doutorado; Art. 38. O Regimento Geral estabelece as nor-
IV – sequenciais; mas e diretrizes básicas aplicáveis ao corpo do-
V – extensão; cente, observado o disposto neste Estatuto e na
legislação em vigor.
VI – tecnológicos.
Parágrafo único. A enumeração e a organiza-
ção dos cursos serão definidas no Regimento CAPÍTULO II
Geral. Art. 33. Além dos cursos de graduação, DO CORPO DISCENTE
correspondentes a profissões regulamenta-
das em lei, ou que tenham diretrizes curricu- Art. 39. Constituem o corpo discente da Univer-
lares fixadas pelo MEC, a Universidade pode sidade os alunos matriculados nos seus cursos.
criar outros, observada a legislação em vigor, Art. 40. O Regimento Geral estabelece as nor-
para atender às exigências de sua programa- mas e diretrizes básicas aplicáveis ao corpo dis-
ção específica e às peculiaridades e necessi- cente, observado o disposto neste Estatuto e na
dades do mercado de trabalho regional. legislação em vigor.
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Legislação Específica – Estatuto da UFCSPA – Prof. Mateus Silveira
TÍTULO VI
Das Disposições Gerais e Transitórias
Art. 45. A Universidade oferece condições para
o exercício da liberdade de ensino e de pesqui-
sa, vedada aos membros de sua comunidade
acadêmica qualquer manifestação de discrimi-
nação político-partidária, ideológica, racial, reli-
giosa ou de condição socioeconômica.
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Legislação Específica
www.acasadoconcurseiro.com.br 1657
TÍTULO II Art. 6º O presidente de cada Conselho, obser-
vado o interesse institucional, poderá convidar
Da Estrutura Organizacional eventualmente integrantes da comunidade para
participarem das reuniões, sem direito a voto.
Art. 7º O regulamento interno de cada Conselho
CAPÍTULO I estabelecerá sua organização e funcionamento,
DA ADMINISTRAÇÃO SUPERIOR obedecidos o Estatuto, este Regimento Geral e
a legislação vigente.
Art. 3º A Administração Superior da Universida-
de compreende os Conselhos Superiores, a Rei- Seção I
toria e a Vice-Reitoria. DO CONSELHO UNIVERSITÁRIO
Parágrafo único. Os Conselhos Superiores (CONSUN)
são:
Art. 8º O CONSUN, órgão máximo, consultivo,
I – Conselho Universitário (CONSUN); deliberativo, normativo e jurisdicional da Uni-
versidade, composto em sua maioria por docen-
II – Conselho de Ensino, Pesquisa e Exten- tes do quadro permanente, é constituído:
são (CONSEPE).
I – pelo Reitor, que o preside;
Art. 4º Os Órgãos Executivos são:
II – pelo Vice-Reitor;
I – a Reitoria;
III – pelos Pró-Reitores;
II – a Vice-Reitoria;
IV – pelos Coordenadores de cursos de gra-
III – as Pró-Reitorias; duação;
IV – as Coordenações dos cursos de gradu- V – pelos Coordenadores de programas de
ação; pós-graduação;
V – as Coordenações dos programas de pós- VI – por dezesseis representantes docentes
-graduação. da instituição;
VII – por sete representantes discentes de
cursos de graduação ou pós-graduação;
CAPÍTULO II
VIII – por nove representantes técnicos-ad-
DOS CONSELHOS SUPERIORES
ministrativos da instituição;
Art. 5º Os Conselhos Superiores da Universida- IX – por dois representantes da comunida-
de reúnem-se ordinariamente nas datas previs- de externa.
tas no calendário acadêmico, ou extraordinaria-
mente, quando necessário. § 1º Só serão elegíveis os docentes, os dis-
centes e os técnico-administrativos que de-
Parágrafo único. As reuniões ordinárias e clararem prévia e expressamente que, se
extraordinárias dos Conselhos serão convo- escolhidos, aceitarão a investidura.
cadas pelo Reitor, sendo também permitida
a convocação extraordinária por, no míni- § 2º Os representantes da comunidade do-
mo, 2/3 (dois terços) dos respectivos mem- cente a que se refere o inciso VI serão elei-
bros. tos por seus pares, para o mandato de dois
anos, permitida uma reeleição consecutiva.
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Legislação Específica – Regimento Interno da UFCSPA – Prof. Mateus Silveira
www.acasadoconcurseiro.com.br 1659
I – As reuniões do CONSUN ocorrerão, em Seção II
primeira chamada, com a presença da DO CONSELHO DE ENSINO,
maioria absoluta de seus membros, defini-
da a partir do número inteiro imediatamen- PESQUISA E EXTENSÃO (CONSEPE)
te superior à metade do total dos mesmos, Art. 11. O CONSEPE, órgão colegiado superior
e, em segunda chamada, quinze minutos que supervisiona e orienta o ensino, a pesquisa
após a primeira, com a presença de, no mí- e a extensão no âmbito da Universidade, com-
nimo, um terço dos membros. posto em sua maioria por docentes do quadro
II – A votação do CONSUN será simbólica, permanente da Universidade, é constituído:
nominal ou secreta, adotando-se a primei-
ra fórmula sempre que uma das duas ou- I – pelo Reitor, que o preside;
tras não seja requerida por pelo menos um II – pelo Vice-Reitor;
quinto dos presentes, nem esteja expressa-
mente prevista; III – pelos Pró-Reitores;
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Legislação Específica – Regimento Interno da UFCSPA – Prof. Mateus Silveira
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CAPÍTULO III X – escolher, nomear e dispensar os Pró-
DOS ÓRGÃOS EXECUTIVOS -Reitores;
XI – propor a admissão, nos termos legais,
Seção I e promover a lotação do pessoal docente e
DA REITORIA técnico administrativo nos órgãos da Uni-
versidade,;
Art. 14. A Reitoria é dirigida pelo Reitor, auto-
ridade superior da Universidade, escolhido por XII – designar o pessoal docente e técnico-
voto secreto nos termos da legislação vigente. -administrativo para o exercício das funções
para as quais foram admitidos;
§ 1º O mandato do Reitor é exercido em re-
gime de dedicação exclusiva. XIII – convocar a eleição de Reitor e Vice-
-Reitor e designar a comissão eleitoral indi-
§ 2º O docente investido nas funções de cada pelo CONSUN;
Reitor ficará desobrigado do exercício das
demais atividades docentes, sem prejuízo XIV – convocar as eleições para designação
dos vencimentos, gratificações e vantagens. dos representantes discentes, docentes e
servidores técnico-administrativos nos ór-
Art. 15. São atribuições do Reitor: gãos integrantes da Administração Superior;
I – representar a Universidade em juízo ou XV – dar posse aos membros dos Conselhos
fora dele; Superiores da Universidade, aos Coordena-
II – coordenar a definição de políticas, estra- dores de cursos de graduação e Coordena-
tégias e planos de ação da Universidade; dores de pós-graduação.
III – superintender todas as atividades uni- XVI – praticar os atos relativos à exoneração
versitárias; ou demissão do pessoal docente e técnico
administrativo da Universidade;
IV – convocar e presidir todos os conselhos
superiores da instituição; XVII – aplicar a pena de desligamento a in-
tegrantes do corpo discente;
V – presidir todos os atos universitários em
que estiver presente; XVIII – vetar decisões dos Conselhos Supe-
riores, no prazo de dez dias, fundamentada-
VI – conferir graus, expedir diplomas e títu- mente, caso em que o veto será submetido
los honoríficos, podendo delegar tais atri- à nova deliberação, podendo ser derrubado
buições a outros membros da Reitoria ou pelo voto de dois terços dos conselheiros;
Coordenadores de curso;
XIX – no caso de rejeição de veto do Reitor
VII – encaminhar o Plano de Gestão ao por um dos Conselhos Superiores, a propo-
CONSUN, para parecer e aprovação, no pra- sição será reencaminhada ao Reitor para as-
zo máximo de seis meses após sua posse; sinatura no prazo de cinco dias.
VIII – assinar acordos, convênios, contratos XX – homologar ou solicitar reexame de de-
ou qualquer forma de cooperação interins- cisões dos órgãos colegiados superiores;
titucional;
XXI – criar ou extinguir assessorias espe-
IX – promover a elaboração do Plano de De- ciais, consultorias ou outros órgãos auxilia-
senvolvimento Institucional da Universida- res a ele subordinados, para as atividades
de e a proposta orçamentária anual, enca- que lhes forem inerentes;
minhando estes documentos ao CONSUN,
nos prazos previstos;
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VII – prestar contas à Reitoria das atividades XV – exercer outras atribuições que lhe fo-
desenvolvidas na Pró-Reitoria. rem delegadas, dentro de sua área de atu-
ação.
Art. 22. Compete à PROGRAD:
Art. 23. Compete à PROPPG:
I – homologar os nomes dos membros com-
ponentes da Comissão de Graduação de I – aprovar convênios no âmbito de sua área
cada curso; de atuação;
II – aprovar convênios no âmbito de sua II – propor a criação de novos programas de
área de atuação; pós-graduação stricto sensu;
III – propor a criação de novos cursos de III – emitir parecer sobre propostas de cria-
graduação; ção de cursos lato sensu – aperfeiçoamento
e especialização;
IV – elaborar o Calendário Acadêmico anual
da graduação; IV – apoiar e coordenar a atividade de pes-
quisa em todos os níveis de ensino;
V – coordenar estudos, análises e discus-
sões para efeito de reestruturação dos cur- V – organizar e manter atualizado o cadas-
rículos dos cursos de graduação; tro de pesquisadores, com suas produções
científicas e pesquisas realizadas, bem
VI – elaborar e supervisionar os programas como acompanhar e divulgar os programas
de aprimoramento do ensino; e projetos de pesquisa na instituição;
VII – promover meios de viabilizar a integra- VI – viabilizar a divulgação da produção
ção intra e interdisciplinar; científica por meio de relatórios anuais,
VIII – estabelecer normas para admissão programação de eventos, apoio à participa-
aos cursos de graduação, por transferência, ção de pesquisadores em congressos e simi-
obtenção de novo título, e por outra via que lares;
não a do Concurso Vestibular; VII – empreender ações e viabilizar a cria-
IX – estabelecer normas para matrícula e ção de unidades de apoio à pesquisa, como
trancamento de matrícula; campos experimentais, laboratórios e uni-
dades centrais especializadas em apoio às
X – regulamentar e monitorar o sistema de atividades estratégicas de pesquisa;
avaliação da aprendizagem;
VIII – apoiar programas de treinamentos e
XI – realizar estudos e análises para efeito reciclagem de servidores docentes e técnico
de definição da força de trabalho docente e administrativos em atividades específicas
de sua lotação; da pesquisa científica e tecnológica;
XII – planejar e supervisionar os processos IX – definir e acompanhar a aplicação dos
seletivos de docentes; recursos do orçamento da Universidade
XIII – analisar e emitir parecer em relação destinados à pesquisa;
às solicitações e recursos de discentes e do- X – organizar o Calendário Acadêmico anual
centes no âmbito do ensino de graduação; da pós-graduação;
XIV – viabilizar e empreender ações de par- XI – aprovar o nome dos docentes que com-
ticipação em programas e projetos de fo- porão os programas de pós-graduação;
mento na área do ensino de graduação;
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I – acompanhar e avaliar a execução do Pla- IV – supervisionar, orientar, controlar e
no de Desenvolvimento Institucional; acompanhar a aplicação dos recursos finan-
ceiros sob sua responsabilidade, bem como
II – coordenar a realização de projetos de as atividades de aquisição, distribuição e
desenvolvimento institucional; controle de material;
III – examinar e emitir parecer sobre o as- V – supervisionar e coordenar a elaboração
pecto conceitual e metodológico dos proje- da proposta orçamentária;
tos de desenvolvimento de recursos huma-
nos; VI – supervisionar e acompanhar a execu-
ção do orçamento;
IV – elaborar e executar programas educa-
cionais de qualificação a servidores; VII – supervisionar a contabilização orça-
mentária, financeira e patrimonial;
V – operacionalizar convênios propostos pe-
las pró-reitorias; VIII – supervisionar a elaboração da presta-
ção anual de contas;
VI – coordenar, supervisionar e avaliar as
atividades relacionadas às bibliotecas insti- IX – providenciar a abertura de expedientes
tucionais; administrativos para apurar responsabilida-
des funcionais e aplicar as medidas cabíveis;
VII – coordenar e supervisionar as ativida-
des relacionadas à tecnologia da informa- X – exercer outras atribuições que lhe forem
ção no âmbito institucional; delegadas, dentro de sua área de atuação.
VIII – supervisionar as atividades de avalia- Seção IV
ção institucional; DAS COORDENAÇÕES DOS CURSOS
IX – coordenar o uso do espaço físico na DE GRADUAÇÃO
Universidade;
Art. 27. A Coordenação de cada curso de Gra-
X – atuar junto a entidades públicas e pri- duação é exercida pelo Coordenador do curso e,
vadas, objetivando a captação de recursos nas suas ausências e impedimentos, pelo Vice-
para projetos institucionais; -Coordenador.
XI – exercer outras atribuições que lhe fo- Parágrafo único. O Coordenador e o Vice-
rem delegadas, dentro de sua área de atu- -Coordenador do curso de graduação serão
ação. indicados pelo Pró-Reitor de Graduação e
Art. 26. Compete à PROAD: nomeados pelo Reitor, dentre os docentes
Titulares, Associados ou Adjuntos e, na au-
I – propor ao Reitor normas para efeito de sência de doutor em área específica ou afim
aprimoramento de atividades de orçamen- do curso, Assistente, do quadro permanen-
to, contabilidade, finanças, material, patri- te da Universidade, com carga horária de 40
mônio, engenharia, manutenção e serviços; horas.
II – elaborar, em estreita articulação com as Art. 28. Compete ao Coordenador de curso de
áreas competentes, propostas de convênios graduação:
e ajustes ligados às áreas de informática,
engenharia, manutenção e serviços; I – integrar os Conselhos Superiores, na
qualidade de membro nato;
III – analisar propostas de projetos, contra-
tos, convênios e outros instrumentos rela- II – executar as diretrizes emanadas dos
cionados com a área administrativa; Conselhos Superiores;
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VII – submeter à Pró-Reitoria de Pesquisa e V – Fonoaudiologia
Pós-Graduação (PROPPG) os assuntos que
requeiram ação dos órgãos superiores; VI – Gastronomia
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XI – sugerir normas, critérios e providências Seção IV
aos órgãos colegiados; DOS PROGRAMAS DE
XII – propor às respectivas Pró-Reitorias, PÓS-GRADUAÇÃO
isoladamente ou em conjunto com outros
Departamentos, a criação de cursos de gra- Art. 44. A administração das atividades de en-
duação ou pós-graduação; sino nos programas de pós-graduação ficará a
cargo da respectiva Comissão Coordenadora do
XIII – examinar e encaminhar as propostas Programa de Pós-graduação (CCPG).
de consultorias e prestação de serviços aos
docentes do Departamento; Art. 45. Compõem a CCPG:
XIV – exercer outras atribuições que lhe fo- I – o Coordenador do programa de pós-gra-
rem delegadas, dentro de sua área de atu- duação, como presidente;
ação. II – o Vice-Coordenador do programa de
Art. 42. As decisões da Assembléia Departa- pós-graduação;
mental são sempre tomadas pela maioria sim- III – no mínimo dois representantes docen-
ples dos membros presentes. tes permanentes do programa, assegurada,
Art. 43. Compete ao Chefe do Departamento: quando houver, a representação das dife-
rentes áreas de concentração do respectivo
I – convocar e presidir as reuniões departa- programa, eleitos por seus pares;
mentais;
IV – dois representantes discentes da pós-
II – coordenar e supervisionar as atividades -graduação, eleitos por seus pares.
do Departamento;
Parágrafo único. Em caráter de exceção, um
III – encaminhar aos Coordenadores de cur- dos representantes docentes a que se refe-
so e às Pró-Reitorias, dentro dos prazos exi- re o inciso III poderá não pertencer ao qua-
gidos, os dados e informações relativos ao dro permanente da Universidade.
Departamento;
Art. 46. Compete à Comissão Coordenadora:
IV – encaminhar aos órgãos competentes,
dentro dos prazos previstos no Calendário I – elaborar seu regulamento e submetê-lo
Acadêmico, as informações didáticas relati- ao CONSUN;
vas ao corpo discente; II – elaborar Edital do processo seletivo para
V – coordenar a elaboração do Plano Anual ingresso de alunos;
de Atividades do Departamento; III – elaborar o calendário anual do progra-
VI – propor a substituição e a demissão dos ma e definir o número de vagas oferecidas
servidores lotados no Departamento; em cada curso;
VIII – exercer outras atribuições que lhe fo- V – propor o nome dos docentes que com-
rem delegadas, dentro de sua área de atu- porão o programa;
ação. VI – atribuir crédito às disciplinas ofereci-
das;
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VII – aprovar o plano de trabalho dos alu- IV – deliberar sobre qualquer assunto perti-
nos, propostos pelos respectivos orientado- nente aos programas de pós-graduação;
res;
Art. 49. A ComPG reunir-se-á mensalmente ou,
VIII – aprovar os nomes indicados pelo extraordinariamente, por convocação do presi-
orientador para a composição das bancas dente ou dois terços de seus membros.
examinadoras de dissertações e teses;
IX – homologar os resultados das avaliações
das bancas examinadoras;
TÍTULO III
X – propor convênios com outras institui- Da Organização e do
ções; Regime Didático-Científico
XI – exercer outras atribuições que lhe fo-
rem delegadas, dentro de sua área de atu-
ação.
CAPÍTULO I
Seção V DO ENSINO
DA COMISSÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO
Art. 50. A Universidade ministra cursos de gra-
Art. 47. A Comissão de Pós-graduação (ComPG), duação e pós-graduação.
subordinada à PROPPG, tem como membros: Art. 51. Os cursos de graduação são abertos aos
I – o Coordenador Geral da Pós-graduação, portadores de certificado ou diploma de conclu-
que a preside; são de estudos do ensino médio.
III – articular a política dos programas de Art. 54. Entende-se por disciplina um conjunto
pós-graduação; homogêneo e delimitado de conhecimentos ou
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técnicas correspondentes a um programa de es- classificado em processo seletivo à matrícu-
tudos e atividades, que se desenvolvem em de- la inicial, no prazo fixado pela Universidade,
terminado número de horas/aula, distribuídas é facultado o preenchimento da vaga gera-
ao longo do ano letivo. da, observada a ordem de classificação dos
candidatos, desde que a matrícula ocorra
Parágrafo único. Carga horária de uma dis- nos primeiros 20 dias do início das aulas.
ciplina é a soma total de horas destinadas
às atividades didáticas, integradas no plano Seção IV
da disciplina, desenvolvidas sob a supervi- DA MATRÍCULA, DO TRANCAMENTO
são de professor regente, em aulas teóricas,
teórico-práticas e/ou práticas, inclusive fora E DO CANCELAMENTO DE
do âmbito da Universidade. MATRÍCULA
Seção II Art. 59. A matrícula realiza-se em prazos estabe-
DO REGIME ESCOLAR lecidos no Edital do processo seletivo e calendá-
rio acadêmico, mediante documentação exigida
Art. 55. O ano letivo regular, independente do no Edital.
ano civil, abrange no mínimo 200 dias, distribuí-
Art. 60. A matrícula por série é anual, renovada
dos em dois períodos letivos regulares.
em prazos estabelecidos no Calendário Acadê-
Parágrafo único. O período letivo terá a du- mico.
ração necessária para que se completem
Parágrafo único. Ressalvado o disposto no
os dias letivos previstos, bem como para o
art. 63, a não renovação da matrícula impli-
integral cumprimento do conteúdo e carga
ca abandono do curso e desvinculação au-
horária estabelecidos nos programas das
tomática do aluno da Universidade.
disciplinas nele ministradas.
Art. 61. A matrícula é efetivada pelo aluno ou
Art. 56. As atividades da Universidade são de-
seu representante legal.
finidas anualmente em calendário acadêmico,
aprovado pelo CONSEPE, do qual constarão, Art. 62. É admitida a matrícula na série seguin-
pelo menos, o início e encerramento dos perío- te com dependência em disciplinas da série an-
dos de matrícula e dos períodos letivos. terior, desde que observada a compatibilidade
de horários e priorizando-se as disciplinas em
Seção III dependência. (Alterado. Resolução CONSUN nº
DO PROCESSO SELETIVO 35/2017 de 13 de julho de 2017)
Art. 57. Os processos seletivos, em quaisquer Art. 62. É admitida a matrícula nas séries/se-
modalidades, como forma de acesso de alunos, mestres seguintes com dependência em disci-
fazem-se na forma da legislação vigente e res- plinas de série/semestre anterior, desde que
pectivos Editais. observada a compatibilidade de horários e prio-
rizando-se as disciplinas em dependência.
Parágrafo único. As normas do Edital do
processo seletivo serão estabelecidas pelo § 1º Ocorrendo nova reprovação em disci-
Pró-Reitor de Graduação. plina em que já houve reprovação, é vedada
a matrícula na série subsequente. (Revoga-
Art. 58. A classificação obtida é válida para a do. Resolução CONSUN nº 35/2017 de 13
matrícula no período para o qual se realiza o de julho de 2017)
concurso.
§ 2º A matrícula em estágios curriculares
Parágrafo único. No caso de desistência for- obrigatórios seguirá as determinações do
mal ou não comparecimento de candidato Projeto Pedagógico e do Regulamento de
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§ 2º O cancelamento de matrícula por ato Art. 67. Para a integralização do curso exige-
administrativo compulsório ocorrerá: -se carga horária total não inferior à prevista na
Universidade.
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Art. 68. Os alunos transferidos e em adaptação § 2º O plano de ensino de cada disciplina
curricular deverão obrigatoriamente cursar as deve ser disponibilizado aos alunos no iní-
disciplinas das séries anteriores ao seu ingresso, cio de cada período letivo.
antes ou concomitantemente às disciplinas da
série de ingresso, observada a compatibilidade § 3º Cada disciplina será coordenada por
de horários. um professor regente, responsável adminis-
trativo pela disciplina.
Art. 69 -A Universidade poderá conceder aos
alunos matriculados em curso de graduação, Art. 73. A frequência às aulas e demais ativida-
transferência para outra instituição de ensino des escolares, permitida apenas aos matricu-
superior, nacional ou estrangeira, mediante re- lados, é obrigatória, vedado o abono de faltas,
querimento do interessado. salvo o previsto em lei e o disposto no artigo
115 deste Regimento.
§ 1º Não é concedida a transferência para o
último ano do curso pretendido. § 1º Independente dos demais resultados
obtidos, é considerado reprovado na disci-
§ 2º Não é concedida a transferência a alu- plina o aluno que não obtenha frequência
no que se encontre respondendo a inquéri- de, no mínimo, 75% das aulas e demais ati-
to administrativo ou cumprindo penalidade vidades programadas.
disciplinar.
§ 2º A verificação e registro de frequência
Seção VI é de responsabilidade do professor regente.
DO PLANEJAMENTO DO ENSINO E DA Art. 74. O aproveitamento escolar é avaliado
AVALIAÇÃO DO APRENDIZADO por meio de acompanhamento contínuo do alu-
no e dos resultados por ele obtidos nos exercí-
Art. 70. A avaliação do desempenho escolar é cios acadêmicos e no exame final.
feita por disciplina, incidindo sobre a frequência
e o aproveitamento. Parágrafo único. As avaliações na disciplina,
em número mínimo de três, visam à ava-
Art. 71. Integram o currículo dos cursos de gra- liação progressiva do aproveitamento do
duação as disciplinas obrigatórias e eletivas, os aluno e constam de provas escritas, orais,
estágios e as atividades complementares neces- práticas e outras formas de verificação, ex-
sários à integralização curricular. ceto valoração e pontuação da frequência,
previstas no plano de ensino da disciplina.
Art. 72. O ensino de cada disciplina será minis-
trado de acordo com seu plano de ensino, sub- Art. 75. A cada avaliação de aproveitamento é
metido, a cada período letivo, ao Departamento atribuída uma nota, expressa em grau numérico
e à Comissão de Graduação, conforme o Projeto de zero a dez.
Pedagógico do curso.
§ 1º Ao aluno que deixar de comparecer à
§ 1º O plano de ensino de cada disciplina avaliação, na data fixada, poderá ser conce-
deverá incluir, além da ementa, carga ho- dida segunda oportunidade, requerida no
rária, objetivos, conteúdo programático, na prazo de cinco dias úteis após a data da ava-
forma de unidades ou sequências, metodo- liação, se comprovado motivo justo.
logia de ensino, forma das experiências de
aprendizagem, critérios da avaliação do de- § 2º Ressalvado o disposto no Parágrafo 1º,
sempenho acadêmico, bibliografia básica e atribui-se nota zero ao aluno que deixar de
complementar. submeterse à avaliação prevista, na data
fixada, bem como àquele que utilizar meio
fraudulento na avaliação.
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Art. 85. A integralização das atividades neces- Art. 91. Em caráter excepcional, por indicação
sárias à obtenção dos títulos acadêmicos de da CCPG, acompanhada de parecer favorável
Mestre e Doutor será expressa em unidades de da ComPG, poderá ser submetida ao CONSEPE
crédito. a solicitação de entrada direta no doutorado
por candidatos de alta qualificação, comprova-
§ 1º Cada unidade de crédito corresponderá da mediante exame de títulos e produção cien-
a quinze horas de atividades programadas. tífica.
§ 2º As atividades programadas incluirão Art. 92. Os prazos mínimos e máximos para a
aulas teóricas e práticas, presenciais e/ou à obtenção do título de Mestre ou de Doutor são
distância, atividades relativas à elaboração fixados nas normas estabelecidas pela CCPG,
da dissertação ou da tese e atividades ou- definidas em seus regulamentos, de acordo com
tras exigidas pelo programa. a legislação vigente.
Art. 86. A quantidade mínima de créditos exigi- Art. 93. Para a obtenção do título de Mestre
da para os cursos de Mestrado ou de Doutorado exige-se a apresentação de dissertação ou de
será definida pelo regulamento de cada progra- outro tipo de trabalho conclusivo, original, de
ma, de acordo com a legislação vigente. acordo com o regulamento de cada programa.
Art. 87. O prazo de validade dos créditos de- Art. 94. Para a obtenção do título de Doutor, o
verá ser fixado pelos programas em seu regu- discente deverá defender publicamente a sua
lamento. tese, que obrigatoriamente será um trabalho
Art. 88. O regulamento de cada programa dis- original, derivado de atividade de pesquisa, que
porá sobre o aproveitamento e a revalidação de promova a expansão do conhecimento de um
créditos obtidos em outros programas de pós- determinado tema ou que atenda demandas
-graduação stricto sensu. sociais, de acordo com o regulamento de cada
programa.
Art. 89. Em qualquer estágio dos programas de
mestrado ou doutorado é permitido o tranca-
mento de matrícula, por prazo não superior a
doze meses, desde que o aluno não tenha ultra- CAPÍTULO V
passado dois terços do período máximo de titu- DOS CURSOS SEQUENCIAIS
lação para o seu nível.
E TECNOLÓGICOS
Parágrafo único. O trancamento correspon-
derá à plena cessação das atividades escola- Art. 95. Os cursos sequenciais e tecnológicos
res e dependerá de proposta do orientador, obedecerão a regulamento próprio.
aprovada pela CCPG.
Art. 90. Atendidas as normas da CCPG, com pa-
recer favorável da ComPG, é permitida a trans- CAPÍTULO VI
ferência para o doutorado, com aproveitamento DA PESQUISA E DA EXTENSÃO
dos créditos já obtidos, do aluno do programa
de mestrado que ainda não completou os estu- Seção I
dos desse nível. DA PESQUISA
Parágrafo único. Na hipótese tratada no
Art. 96. Cabe à PROPPG desenvolver e coorde-
caput deste artigo, considera-se como data
nar programas de fomento, intercâmbio e divul-
inicial do doutorado a data da matrícula no
gação de pesquisas, após aprovação pelo CON-
mestrado.
SEPE.
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específicas, de pesquisa, de extensão e de admi- CAPÍTULO III
nistração universitária, conforme diretrizes da DO CORPO
Instituição.
TÉCNICO-ADMINISTRATIVO
Art. 113. Somente os integrantes da carreira de
magistério do quadro de pessoal permanente Art. 117. O corpo técnico-administrativo tem
da Universidade são elegíveis para cargos, fun- a seu cargo os serviços técnicos necessários ao
ções ou representações relacionadas com o en- funcionamento da Universidade.
sino. Art. 118. O provimento e a distribuição dos car-
gos e empregos do pessoal técnico-administra-
tivo são de responsabilidade do Reitor, ouvidos
os órgãos interessados.
CAPÍTULO II
DO CORPO DISCENTE Art. 119. Todos os aspectos da vida funcional
dos servidores serão regulados pela legislação
Art. 114. Constituem o corpo discente da Uni- vigente e pelas normas emanadas dos Conse-
versidade os alunos regulares e os alunos espe- lhos deliberativos da Universidade.
ciais, que se distinguem pela natureza dos cur-
sos a que estão vinculados.
§ 1º Aluno regular é o aluno matriculado em TÍTULO V
curso de graduação ou de pós-graduação.
Do Regime Disciplinar
§ 2º Aluno especial é aquele inscrito em
cursos de atualização, disciplinas isoladas
ou atividades congêneres.
Art. 115. O corpo discente tem representação,
CAPÍTULO ÚNICO
com direito a voz e voto, nos órgãos colegiados DO REGIME DISCIPLINAR EM GERAL
acadêmicos da Universidade, nos termos da le-
gislação vigente, do Estatuto e deste Regimento. Art. 120. Os atos de inscrição ou matrícula e
de investidura em cargo ou função docente ou
Parágrafo único. O aluno no exercício de técnico-administrativa implicam compromisso
função de representação terá abonada a formal de respeito aos princípios éticos que re-
falta em atividades de ensino quando com- gem a legislação federal, as contidas neste Re-
provado o comparecimento a reuniões de gimento e, complementarmente, as baixadas
órgãos colegiados. pelos órgãos competentes e as autoridades que
deles emanam.
Art. 116. O corpo discente do curso de gradua-
ção tem como órgão de representação o Centro Art. 121. Constitui infração disciplinar, punível
Acadêmico, regido por regimento próprio, de na forma deste Regimento, o desatendimento
conhecimento do CONSUN. ou transgressão do compromisso a que se refe-
re o artigo anterior.
§ 1º Na aplicação das sanções disciplinares
será considerada a gravidade da infração, à
vista dos seguintes elementos:
I – primariedade do infrator;
II – dolo ou culpa;
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III – valor do bem moral, cultural ou mate- Parágrafo único. As penalidades disciplina-
rial atingido; res, emanadas do CONSUN, serão registra-
das na ficha individual do aluno.
IV – grau de autoridade ofendida.
§ 2º Ao acusado será sempre assegurado o
direito de defesa. TÍTULO VI
§ 3º A aplicação a docente, técnico ou aluno Dos Títulos Universitários
de penalidades que impliquem afastamen-
to temporário ou definitivo das atividades
será precedida de inquérito administrativo,
mandado instaurar pelo Reitor. CAPÍTULO I
DOS DIPLOMAS E CERTIFICADOS
§ 4º Em caso de dano material ao patrimô-
nio da Universidade, além da sanção disci- Art. 127. Ao concluinte do curso de graduação
plinar aplicável, o infrator estará obrigado ou pós-graduação stricto sensu será conferido
ao ressarcimento. o respectivo grau e expedido o diploma corres-
pondente.
Art. 122. Incorrerão em penas os membros da
Universidade que: Art. 128. Os graus acadêmicos de graduação se-
rão conferidos pelo Reitor em sessão pública e
I – faltarem ao respeito devido ao Reitor, a solene do CONSUN.
qualquer autoridade da Universidade ou a
qualquer membro da mesma; Parágrafo único. Ao concluinte que o reque-
rer, o grau será conferido em ato simples,
II – derem mostra de incapacidade técnica em local e data determinados pelo Reitor.
ou didática, negligência no cumprimento
de seus deveres, praticarem atos incom- Art. 129. Ao concluinte de curso de especializa-
patíveis com a moralidade e dignidade da ção, aperfeiçoamento ou extensão, será expedi-
sua função ou entrarem em conflito com a do o respectivo certificado.
orientação do Reitor ou dos Conselhos Su-
periores da Universidade.
Art. 123. O Reitor é a autoridade máxima com- CAPÍTULO II
petente para apurar infrações e aplicar sanções.
DA LIVRE-DOCÊNCIA
Art. 124. O processo disciplinar ficará a cargo de
uma comissão indicada pelo CONSUN. Art. 130. O título de Livre-Docente será conferi-
do mediante aprovação em exame de habilita-
Art. 125. Da aplicação das penas, cabe recurso ção de títulos e provas.
ao CONSUN, no prazo de oito dias consecutivos,
a contar da ciência do interessado. Art. 131. Para habilitação à Livre-Docência, o
candidato apresentará ao se inscrever a docu-
Art. 126. Os alunos estão sujeitos às seguintes mentação exigida em normatização específica.
penalidades disciplinares:
I – advertência escrita;
II – suspensão; CAPÍTULO III
DOS TÍTULOS HONORÍFICOS
III – desligamento.
Art. 132. A Universidade conferirá as seguintes
dignidades acadêmicas:
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I – Título de Professor Honoris causa; Parágrafo único. Para a aprovação, as pro-
postas de reforma ou alteração devem ter o
II – Título de Professor Emérito; voto favorável de dois terços dos membros
III – Título de Notório Saber. do CONSUN, ouvido o CONSEPE.
Art. 133. A concessão dos Títulos ou Dignidades Art. 139. Cabe ao Reitor a iniciativa de promo-
deverá ser proposta ao CONSUN, que designará ver as ações necessárias à aplicação das altera-
comissão para parecer. ções regimentais da Universidade que vierem a
ser aprovadas.
§ 1º O parecer deverá obter a aprovação de
dois terços dos membros do CONSUN. Art. 140. Os casos omissos serão resolvidos, ob-
servada a legislação correspondente e sua inter-
§ 2º Os Diplomas serão entregues em ses- pretação, pelo CONSUN, ouvido o Reitor.
são solene do CONSUN, ao diplomado ou
seu representante idôneo. Art. 141. Este Regimento entra em vigor na data
de sua aprovação.
Art. 134. O Título de Professor Honoris causa
poderá ser conferido a personalidades eminen-
tes, nacionais ou estrangeiras.
Art. 135. O Título de Professor Emérito poderá
ser conferido a docente aposentado da Univer-
sidade que tenha prestado relevantes serviços à
Instituição.
Art. 136. O Título de Notório Saber poderá ser
conferido a docente de destaque em sua área.
Parágrafo único. A comissão designada para
o parecer deverá incluir docentes de outras
instituições de ensino.
CAPÍTULO IV
DOS PRÊMIOS
Art. 137. A Universidade pode instituir prêmios,
como estímulo à produção, para alunos, docen-
tes e técnicos, na forma regulada pelo CONSUN.
TÍTULO VII
Das Disposições Gerais
e Transitórias
Art. 138. O presente Regimento somente pode
ser reformado ou alterado por proposta do Rei-
tor ou de dois terços dos membros do CONSUN.
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ANEXO I
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