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Professor

ERICK ALVES
Direito Administrativo

Prof. Erick Alves


proferickalves
proferickalves
(61) 99386 7450
FGV – SEFAZ/ES 2021

João, servidor público estadual ocupante de cargo efetivo, completou 75 anos e foi aposentado compulsoriamente. Tendo em vista sua
vasta experiência profissional na área em que atua, no dia seguinte à publicação de sua aposentadoria no Diário Oficial, João foi
convidado pelo Secretário Estadual para exercer um cargo em comissão, de maneira a cumprir exatamente as mesmas funções de
assessoramento que exercia antes de se aposentar. Não havendo impedimentos de ordem infraconstitucional no caso concreto, de
acordo com o Supremo Tribunal Federal, João

A) não pode ser nomeado para cargo em comissão após 75 anos de idade, assim como para qualquer outro tipo de cargo ou emprego
público, por expressa vedação constitucional.

B) não pode ser nomeado para cargo em comissão que lhe foi oferecido, por ofensa reflexa à vedação constitucional mediante fraude.

C) não pode ser nomeado para o cargo em comissão que lhe foi oferecido, pois precisa cumprir quarentena de três anos para o
exercício de qualquer outra função pública, exceto cargo eletivo.
D) pode ser nomeado para o cargo em comissão que lhe foi oferecido, devendo ser reconhecida a continuidade de vínculo efetivo com
a Administração, para fins de recebimento de verbas remuneratórias e gratificações de produtividade, em atenção aos princípios da
eficiência e da isonomia.

E) pode ser nomeado para o cargo em comissão que lhe foi oferecido, pois os servidores ocupantes de cargo exclusivamente em
comissão não se submetem à regra da aposentadoria compulsória, não havendo que se falar em continuidade ou criação de vínculo
efetivo com a Administração.

Gabarito: Alternativa “e”


Jurisprudência STF
EMENTA Direito constitucional e previdenciário. Servidor público ocupante exclusivamente de cargo em comissão.
Não submissão à aposentadoria compulsória prevista no art. 40, § 1º, inciso II, da Constituição Federal.
Compulsoriedade que se impõe apenas aos servidores efetivos. Nomeação de servidor efetivo aposentado
compulsoriamente para exercício de cargo em comissão. Possibilidade. Recurso extraordinário a que se nega
provimento. 1. Sujeitam-se à aposentadoria compulsória apenas os servidores públicos efetivos. Inteligência do
art. 40, caput e § 1º, inciso II, da Constituição Federal. 2. Os servidores ocupantes exclusivamente de cargo em
comissão, em virtude do disposto no art. 40, § 13 da Lei Maior, não estão obrigados a passar à inatividade ao
atingirem a idade limite, tampouco encontram-se proibidos de assumir cargo em comissão em razão de terem
ultrapassado essa idade. 3. Reafirmada a jurisprudência da Corte e fixadas as seguintes teses jurídicas: 1) Os
servidores ocupantes de cargo exclusivamente em comissão não se submetem à regra da aposentadoria
compulsória prevista no art. 40, § 1º, inciso II, da Constituição Federal, a qual atinge apenas os ocupantes de cargo
de provimento efetivo, inexistindo, também, qualquer idade limite para fins de nomeação a cargo em comissão.
2) Ressalvados impedimentos de ordem infraconstitucional, inexiste óbice constitucional a que o servidor efetivo
aposentado compulsoriamente permaneça no cargo comissionado que já desempenhava ou a que seja nomeado
para outro cargo de livre nomeação e exoneração, uma vez que não se trata de continuidade ou criação de
vínculo efetivo com a Administração. 4. Recurso extraordinário a que se nega provimento.
(RE 786540, Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI, Tribunal Pleno)
FGV – SEFAZ/ES 2021
O Estado Alfa, com base em norma estadual, publicou em seu sítio eletrônico na internet a relação dos nomes, cargos e remuneração
de seus servidores públicos, como forma de transparência ativa. Inconformada, Maria, servidora pública estadual, ajuizou ação judicial
em face do Estado, pleiteando obrigação de fazer para retirada das informações relacionadas à sua pessoa, alegando ofensa a seu
direito fundamental à intimidade. De acordo com o Supremo Tribunal Federal, em tese de repercussão geral, o pleito de Maria

A) não merece prosperar, eis que é legítima a publicação, inclusive em sítio eletrônico mantido pela Administração Pública, dos nomes
dos seus servidores e do valor dos correspondentes vencimentos e vantagens pecuniárias.

B) não merece prosperar, eis que a Administração Pública possui discricionariedade em divulgar registros de quaisquer repasses ou
transferências de recursos financeiros, como por exemplo, o valor da remuneração de seus servidores.

C) merece prosperar, eis que a divulgação de informações pessoais dos servidores mostra-se infrutífera e desarrazoada, e submete a
risco a segurança da servidora, que vê sua privacidade exposta publicamente, não sendo absoluta a preponderância do interesse
público sobre o particular.
D) merece prosperar, eis que a publicidade deve ser limitada à divulgação genérica dos salários correspondentes a cada cargo, levando
em conta a progressão vertical e horizontal na carreira, sem vinculação direta ao nome do servidor, sob pena de ofensa ao direito à
intimidade.
E) merece prosperar parcialmente, eis que deve ser substituído apenas o nome pela matrícula de Maria, de maneira a viabilizar a
publicidade da remuneração do agente público, sem ofender a intimidade da servidora, conforme princípios da razoabilidade e da
proporcionalidade.

Gabarito: Alternativa “e”


Jurisprudência STF
É legítima a publicação, inclusive em sítio eletrônico mantido
pela Administração Pública, dos nomes dos seus servidores e do
valor dos correspondentes vencimentos e vantagens
pecuniárias.
(ARE 652777, Relator(a): Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal Pleno, julgado em 23/04/2015, ACÓRDÃO ELETRÔNICO
REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-128 DIVULG 30-06-2015 PUBLIC 01-07-2015)
FGV – SEFAZ/ES 2021
José, Auditor Fiscal da Receita Estadual, é réu em ação civil pública por ato de improbidade administrativa, na qual lhe é imputada a
conduta de agir negligentemente na arrecadação de tributo, bem como no que diz respeito à conservação do patrimônio público
estadual. Foi proferida sentença condenatória contra José, com a procedência integral dos pedidos do MP. Inconformado, José interpôs
recurso de apelação e, imediatamente, por meio de seu advogado, procurou o MP para firmar acordo de não persecução cível. De
acordo com a Lei nº 8.429/92 e a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça sobre o tema, é
A) possível a celebração de acordo de não persecução cível no âmbito da ação de improbidade administrativa em fase recursal,
mediante homologação judicial.
B) possível a celebração de acordo de não persecução cível independentemente de homologação judicial, com extinção da ação de
improbidade por perda superveniente de interesse de agir.
C) impossível a celebração de acordo de não persecução cível em sede de ação de improbidade administrativa, pois a lei,
expressamente, veda a transação, o acordo ou a conciliação nessas ações, pela indisponibilidade do interesse público.
D) impossível a celebração de acordo de não persecução cível em sede de ação de improbidade administrativa em fase recursal, pela
indisponibilidade do interesse público e pela falta de interesse ao MP, que já obteve sentença de procedência.
E) impossível a celebração de acordo de não persecução cível em sede de ação de improbidade administrativa, mas é cabível a delação
premiada ou o acordo de leniência, desde que presentes os requisitos legais e, no caso em tela, mediante homologação judicial..

Gabarito: Alternativa “a”


Jurisprudência STJ

É possível acordo de não persecução cível no


âmbito da ação de improbidade administrativa
em fase recursal.
STJ. 1ª Turma. Acordo no AREsp 1314581/SP, Rel. Min.
Benedito Gonçalves, julgado em 23/02/2021 (Info 686).
FGV – TCU 2022
No mês de novembro de 2021, Joaquim, servidor público federal, de forma dolosa, em razão de suas
funções, utilizou, em obra particular, consistente na reforma de sua cobertura, o trabalho de empregados
de sociedade empresária contratada pela União para prestar serviços gerais de faxina no setor em que
Joaquim está lotado e exerce a função de supervisor. O fato foi noticiado ao Ministério Público Federal
(MPF), que ajuizou ação civil pública por ato de improbidade administrativa em face de Joaquim. Em
paralelo e sem prejuízo à atuação do MPF, a Administração Pública Federal instaurou processo
administrativo disciplinar (PAD) e, após sua regular tramitação, aplicou a Joaquim a pena disciplinar de
demissão, quando a ação de improbidade ainda estava em fase de réplica, sendo certo que o feito judicial
até hoje ainda não foi sentenciado. Inconformado com a pena de demissão recebida, Joaquim ajuizou ação
judicial pleiteando a anulação de todo o PAD, alegando três motivos: (i) o fato que lhe foi atribuído não é
punível com sanção de demissão, pois não houve dano ao erário; (ii) os funcionários terceirizados não são
servidores públicos, razão por que não há que se falar em improbidade administrativa; (iii) o PAD deve ser
suspenso, por questão prejudicial, no aguardo do trânsito em julgado da ação civil pública ajuizada em seu
desfavor.

Continua ...
FGV – TCU 2022
Consoante jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, o Poder Judiciário deve julgar o pedido:
(A) improcedente, pois Joaquim praticou ato de improbidade administrativa que enseja a aplicação da sanção
disciplinar de demissão pela autoridade administrativa, independentemente de prévia condenação, por autoridade
judicial, à perda da função pública;
(B) improcedente, pois, em matéria de sanções funcionais, não cabe ao Poder Judiciário analisar a legalidade do PAD,
sob pena de se imiscuir no mérito administrativo e violar o princípio da separação dos poderes;
(C) parcialmente procedente, pois, não obstante os fatos apurados não constituírem ato de improbidade
administrativa, é necessário se aguardar o trânsito em julgado da ação de improbidade em curso, e o prazo para
instauração do novo PAD está interrompido;
(D) parcialmente procedente, a fim de anular somente o último ato administrativo praticado no PAD, qual seja, a
aplicação da sanção de demissão, que deve ser substituída pela sanção disciplinar de suspensão por sessenta dias;
(E) parcialmente procedente, a fim de anular somente o último ato administrativo praticado no PAD, qual seja, a
aplicação da sanção de demissão, devendo o PAD ser suspenso até o trânsito em julgado da ação de improbidade em
curso, para se evitar decisões contraditórias do poder público.

Gabarito: Alternativa “a”


Jurisprudência STJ

Súmula 651 – Compete à autoridade administrativa aplicar a


servidor público a pena de demissão em razão da prática de
improbidade administrativa, independentemente de prévia
condenação, por autoridade judiciária, à perda da função
pública.
FGV – SEFAZ/AM 2022

Fernando, profissional da imprensa, foi ferido por agentes policiais durante cobertura jornalística, em manifestação em que houve
tumulto e conflitos entre policiais e manifestantes.

Os policiais que atuaram no evento portavam câmeras que filmaram o tumulto, restando comprovado que Fernando descumpriu
ostensiva e clara advertência sobre acesso a áreas delimitadas, em que havia grave risco à sua integridade física.

No caso em tela, de acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, aplica-se a responsabilidade civil

A) subjetiva do Estado, mas incide a excludente da responsabilidade da culpa exclusiva da vítima.


B) objetiva do Estado, mas incide a excludente da responsabilidade da culpa exclusiva da vítima.
C) objetiva do Estado, e não incide a excludente da responsabilidade do caso fortuito, em razão da imprevisibilidade dos danos sofridos
por Fernando.

D) objetiva do Estado, e não incide a excludente da responsabilidade da culpa exclusiva da vítima, em razão da relevante função
desempenhada pelo profissional de imprensa.
E) subjetiva do Estado, e não incide a excludente da responsabilidade da culpa exclusiva da vítima, em razão da relevante função
desempenhada pelo profissional de imprensa..

Gabarito: Alternativa “b”


Jurisprudência STF
É objetiva a Responsabilidade Civil do Estado em relação a
profissional da imprensa ferido por agentes policiais durante
cobertura jornalística, em manifestações em que haja tumulto ou
conflitos entre policiais e manifestantes. Cabe a excludente da
responsabilidade da culpa exclusiva da vítima, nas hipóteses em que
o profissional de imprensa descumprir ostensiva e clara advertência
sobre acesso a áreas delimitadas, em que haja grave risco à sua
integridade física.
RE 1209429 – Repercussão Geral
FGV – SEFAZ/ES 2021

Com base na nova Lei de Licitação, o Estado Alfa pretende proceder à locação de determinado imóvel, cujas características de
instalações e de localização tornam necessária sua escolha. Trata-se de imóvel exatamente ao lado da Secretaria Estadual de Fazenda,
que abrigará novas instalações para os Auditores Fiscais da Receita Estadual. No bojo do processo administrativo, já foi observada
regularmente a avaliação prévia do bem, do seu estado de conservação, dos custos de adaptações, pois imprescindíveis às
necessidades de utilização, e do prazo de amortização dos investimentos. Com base na Lei nº 14.133/2021, a contratação pretendida
enseja

A) dispensa de licitação, mediante certificação da inexistência de imóveis públicos vagos e disponíveis que atendam ao objeto,
justificativas que demonstrem a singularidade do imóvel a ser locado e economicidade do contrato, que deve estar de acordo com o
preço de mercado.

B) inexigibilidade de licitação, mediante certificação da inexistência de imóveis públicos vagos e disponíveis que atendam ao objeto, e
justificativas que demonstrem a singularidade do imóvel a ser locado pela Administração e que evidenciem vantagem para ela.

C) licitação frustrada, em razão da falta de outros imóveis que atendam ao objeto do contrato, sendo imprescindíveis justificativas que
demonstrem a singularidade do imóvel a ser locado e economicidade do contrato, que deve estar de acordo com o preço de mercado.

D) realização de processo de licitação, na modalidade concorrência, em razão da natureza da contratação, independentemente do


preço global do contrato, devendo ser observado o preço de mercado e as condições estruturais e funcionais do imóvel a ser locado.

E) realização de processo de licitação, na modalidade leilão, em razão da natureza da contratação, independentemente do preço global
do contrato, devendo ser observado o preço de mercado e as condições estruturais e funcionais do imóvel a ser locado.

Gabarito: Alternativa “b”


Inexigibilidade (art. 74)

Fornecedor exclusivo

Artistas consagrados

notória especialização
Serviços técnicos especializados de
Inexigibilidade natureza predominantemente
intelectual
Vedada para serviços de
publicidade e divulgação
Credenciamento

Aquisição ou locação de imóvel


(necessária sua escolha)

Erick Alves
Inexigibilidade (art. 74)

Art. 74. É inexigível a licitação quando inviável a competição, em especial nos casos de
(...):

IV – objetos que devam ou possam ser contratados por meio de credenciamento;

V – aquisição ou locação de imóvel cujas características de instalações e de


localização tornem necessária sua escolha [deve ter: avaliação prévia, inexistência
de imóveis públicos vagos, justificativas que demonstrem a singularidade do imóvel]

Erick Alves
FGV – SEFAZ/AM 2022

Em matéria de aplicação das sanções previstas na Lei de Improbidade Administrativa, de acordo com a atual redação da Lei nº
8.429/1992, é correto afirmar que

A) a sanção de perda da função pública, em relação a qualquer ato de improbidade, atinge qualquer vínculo que o agente tiver com o
poder público no momento do trânsito em julgado da sentença condenatória.
B) na responsabilização da pessoa jurídica, não poderão ser considerados os efeitos econômicos e sociais das sanções, pois o interesse
público está acima do privado de a viabilizar a manutenção de suas atividades.

C) se ocorrer lesão ao patrimônio público, a reparação do dano a que se refere a Lei de Improbidade não deverá deduzir o
ressarcimento ocorrido nas instâncias criminal, civil e administrativa, ainda que tenha por objeto os mesmos fatos, diante do caráter
sancionador da improbidade.

D) a multa civil pode ser aumentada até cinco vezes o valor máximo previsto para cada espécie de ato de improbidade, se o juiz
considerar que, em virtude da situação econômica do réu, o valor inicialmente previsto é ineficaz para reprovação e prevenção do ato
de improbidade.
E) em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados, a sanção de proibição de contratação com o poder
público pode extrapolar o ente público lesado pelo ato de improbidade, observados os impactos econômicos e sociais das sanções, de
forma a preservar a função social da pessoa jurídica.

Gabarito: Alternativa “e”


FGV – SEFAZ/AM 2022
A) ERRADO Art 12 §1º A sanção de perda da função pública, nas hipóteses dos incisos I e II do caput deste artigo, atinge
apenas o vínculo de mesma qualidade e natureza que o agente público ou político detinha com o poder público na
época do cometimento da infração, podendo o magistrado, na hipótese do inciso I do caput deste artigo, e em caráter
excepcional, estendê-la aos demais vínculos, consideradas as circunstâncias do caso e a gravidade da infração.
B) ERRADO Art 12 §3º Na responsabilização da pessoa jurídica, deverão ser considerados os efeitos econômicos e
sociais das sanções, de modo a viabilizar a manutenção de suas atividades.
C) ERRADO Art 12 §6º Se ocorrer lesão ao patrimônio público, a reparação do dano a que se refere esta Lei deverá
deduzir o ressarcimento ocorrido nas instâncias criminal, civil e administrativa que tiver por objeto os mesmos fatos.
D) ERRADO Art 12 §2º A multa pode ser aumentada até o dobro, se o juiz considerar que, em virtude da situação
econômica do réu, o valor calculado na forma dos incisos I, II e III do caput deste artigo é ineficaz para reprovação e
prevenção do ato de improbidade
E) CERTO Art 12 §4º Em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados, a sanção de proibição
de contratação com o poder público pode extrapolar o ente público lesado pelo ato de improbidade, observados os
impactos econômicos e sociais das sanções, de forma a preservar a função social da pessoa jurídica, conforme disposto
no § 3º deste artigo.

Gabarito: Alternativa “e”


Dispositivos suspensos pelo STF (Adin 7.236)
Art. 1º § 8º Não configura improbidade a ação ou omissão decorrente de divergência interpretativa da lei, baseada em
jurisprudência, ainda que não pacificada, mesmo que não venha a ser posteriormente prevalecente nas decisões dos órgãos de
controle ou dos tribunais do Poder Judiciário.
Art. 12 § 1º A sanção de perda da função pública, nas hipóteses dos incisos I e II do caput deste artigo, atinge apenas o vínculo de
mesma qualidade e natureza que o agente público ou político detinha com o poder público na época do cometimento da
infração, podendo o magistrado, na hipótese do inciso I do caput deste artigo, e em caráter excepcional, estendê-la aos demais
vínculos, consideradas as circunstâncias do caso e a gravidade da infração.
Art. 12 § 10. Para efeitos de contagem do prazo da sanção de suspensão dos direitos políticos, computar-se-á retroativamente o
intervalo de tempo entre a decisão colegiada e o trânsito em julgado da sentença condenatória.
Art. 17-B § 3º Para fins de apuração do valor do dano a ser ressarcido, deverá ser realizada a oitiva do Tribunal de Contas
competente, que se manifestará, com indicação dos parâmetros utilizados, no prazo de 90 (noventa) dias.
Art. 21 § 4º A absolvição criminal em ação que discuta os mesmos fatos, confirmada por decisão colegiada, impede o trâmite da
ação da qual trata esta Lei, havendo comunicação com todos os fundamentos de absolvição previstos no art. 386 do Decreto-Lei
nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo Penal).
Art. 23-C. Atos que ensejem enriquecimento ilícito, perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação de
recursos públicos dos partidos políticos, ou de suas fundações, serão responsabilizados nos termos da Lei nº 9.096, de 19 de
setembro de 1995.

Erick Alves
FGV - 2019 - Prefeitura de Salvador - BA - Fiscal de Serviços Municipais
Sobre a descentralização por colaboração, assinale a afirmativa correta.
A) Ocorre quando a Constituição atribui a um ente específico que exerça atribuições próprias de forma
autônoma ao ente central.
B) Ocorre quando a Administração Pública transfere, por contrato ou ato administrativo unilateral, a
execução de serviço público a uma pessoa jurídica de direito privado.
C) Ocorre quando é outorgada a outros órgãos funções de determinada entidade administrativa, visando
ao aumento de eficiência.
D) Ocorre quando a Lei específica cede a titularidade de serviço público a uma pessoa jurídica do direito
público, sem que o cedente interfira nas atividades.
E) Ocorre quando as organizações paraestatais celebram ajuste com a Administração Pública por termo
cooperação e se tornam parte da administração indireta.

Gabarito: Alternativa “b”


FGV - 2021 – SEFAZ CE
As autarquias são pessoas jurídicas de direito público, integrantes da
administração indireta, que devem obediência integral à Lei de Licitações e
Contratos e estão sujeitas ao controle pelos tribunais de contas. A
investidura em seus cargos depende de aprovação prévia em concurso
público, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em
lei de livre nomeação e exoneração.

Gabarito: CERTA
FGV - 2021 – SEFAZ CE
Órgãos públicos, por não terem personalidade jurídica própria, não
possuem capacidade processual, razão por que devem, necessariamente,
ser representados em juízo pela pessoa jurídica a qual é vinculado.

Gabarito: ERRADA
FGV - 2021 – SEFAZ CE
A despeito de não integrarem a administração direta nem a indireta, as
entidades do Sistema S (Sesi, Senai, Sesc, Senat etc.) sujeitam-se à
fiscalização do Tribunal de Contas da União.

Gabarito: CERTA
FGV – 2021 – TCE/AM
O Chefe do Poder Executivo do Estado Alfa consultou sua assessoria a respeito da possibilidade de criar
um ente da Administração Pública indireta, que teria capital majoritário do poder público, com o
objetivo de explorar atividade econômica em sentido estrito, em regime de competição com outras
estruturas empresariais.
A assessoria respondeu, corretamente, que esse ente é uma:
A) autarquia, sendo criada por lei;
B) empresa pública, sendo criada por lei;
C) sociedade de economia mista, sendo criada por lei;
D) empresa pública, sendo criada a partir de autorização legal;
E) sociedade de economia mista, sendo criada a partir de autorização legal.

Gabarito: Alternativa “e”


FGV – FUNSAÚDE – 2021

Para que o Estado possa alcançar seus fins, o ordenamento jurídico confere aos agentes públicos algumas prerrogativas, que são
denominadas poderes administrativos e possuem caráter instrumental, uma vez que têm o objetivo de possibilitar a consecução do
interesse público.

Em matéria de poderes administrativos, é correto afirmar que uma fundação pública estadual, da área de saúde, instituída com
personalidade jurídica de direito privado,
A) não se submete ao poder hierárquico da Secretaria Estadual de Saúde que, contudo, controla os seus atos pela vinculação ou
tutela administrativa.
B) se submete ao poder hierárquico da Secretaria Estadual de Saúde, em razão da hierarquia externa existente entre as duas citadas
pessoas jurídicas.
C) não se submete a qualquer tipo de controle pela Secretaria Estadual de Saúde, pois ostenta personalidade jurídica de direito
privado.
D) se submete ao poder disciplinar da Secretaria Estadual de Saúde, em razão da hierarquia externa existente entre as duas citadas
pessoas jurídicas.

E) se submete ao poder disciplinar da Secretaria Estadual de Saúde, em razão da desconcentração administrativa existente entre as
duas citadas pessoas jurídicas.

Gabarito: Alternativa “b”


Professor
ERICK ALVES
Direito Administrativo

Prof. Erick Alves


proferickalves
proferickalves
(61) 99386 7450

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