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EXERCÍCIOS

– DIREITO
ADMINISTRATIVO
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EXERCÍCIOS – DIREITO ADMINISTRATIVO


1. FGV - 2021 – SEFAZ/ES– AUDITOR FISCAL
O Estado Alfa, com base em norma estadual, publicou em seu sítio eletrônico na internet a
relação dos nomes, cargos e remuneração de seus servidores públicos, como forma de trans-
parência ativa. Inconformada, Maria, servidora pública estadual, ajuizou ação judicial em face
do Estado, pleiteando obrigação de fazer para retirada das informações relacionadas à sua
pessoa, alegando ofensa a seu direito fundamental à intimidade. De acordo com o Supremo
Tribunal Federal, em tese de repercussão geral, o pleito de Maria
a) não merece prosperar, eis que é legítima a publicação, inclusive em sítio eletrônico
mantido pela Administração Pública, dos nomes dos seus servidores e do valor dos
correspondentes vencimentos e vantagens pecuniárias.
b) não merece prosperar, eis que a Administração Pública possui discricionariedade em
divulgar registros de quaisquer repasses ou transferências de recursos financeiros,
como por exemplo, o valor da remuneração de seus servidores.
c) merece prosperar, eis que a divulgação de informações pessoais dos servidores mos-
tra-se infrutífera e desarrazoada, e submete a risco a segurança da servidora, que
vê sua privacidade exposta publicamente, não sendo absoluta a preponderância do
interesse público sobre o particular.
d) merece prosperar, eis que a publicidade deve ser limitada à divulgação genérica dos
salários correspondentes a cada cargo, levando em conta a progressão vertical e ho-
rizontal na carreira, sem vinculação direta ao nome do servidor, sob pena de ofensa
ao direito à intimidade.
e) merece prosperar parcialmente, eis que deve ser substituído apenas o nome pela
matrícula de Maria, de maneira a viabilizar a publicidade da remuneração do agente
público, sem ofender a intimidade da servidora, conforme princípios da razoabilidade
e da proporcionalidade.

2. FGV - 2022 – SEFAZ/AM– ANALISTA


Ressalvada a ordem de polícia, em relação à possibilidade de delegação do poder de polícia,
por meio de lei, as pessoas jurídicas de direito privado integrantes da Administração Pública
indireta de capital social majoritariamente público, que prestem exclusivamente serviço público
de atuação própria do Estado e em regime não concorrencial, o Supremo Tribunal Federal
entende que é
a) inconstitucional, porque não integram a Administração Direta.
b) constitucional, inclusive no que tange à fase do ciclo de polícia de sanção de polícia.
c) inconstitucional, porque não ostentam personalidade jurídica de direito público.
d) constitucional, apenas no que tange à fase do ciclo de consentimento e fiscalização
de polícia.
e) constitucional, apenas no que tange à fase do ciclo de polícia do consentimento de
polícia, razão pela qual não podem aplicar multas.
Exercícios – DIREITO ADMINISTRATIVO 3

3. FGV - 2021 – PREF. PAULÍNIA– AUDITOR FISCAL


A Vigilância Sanitária do Município Alfa recebeu denúncia de que o Supermercado Beta estaria
expondo à venda produtos alimentícios impróprios para consumo. Por determinação da autori-
dade competente, servidores públicos municipais da vigilância sanitária realizaram fiscalização
no mencionado supermercado e constataram que, de fato, estavam sendo vendidos produtos
alimentícios com validade vencida e visivelmente estragados. Com base em lei municipal, os
produtos foram imediatamente apreendidos para fins de perícia e, findo o processo admi-
nistrativo, foram aplicadas as sanções administrativas previstas em lei ao supermercado. Na
situação narrada, o Município Alfa agiu:
a) no regular uso do poder regulamentar, sendo desnecessária prévia intervenção ju-
dicial para apreensão do produto, em razão do atributo da imperatividade do ato
administrativo.
b) com abuso de poder, eis que a aplicação de sanções administrativas apenas poderia
ocorrer após processo judicial, assegurados o contraditório e a ampla defesa.
c) no regular uso do poder hierárquico, sendo desnecessária prévia intervenção ju-
dicial para apreensão do produto, em razão do atributo da imperatividade do ato
administrativo.
d) com abuso de poder, eis que a diligência de fiscalização apenas poderia ocorrer me-
diante a exibição ao mercado de mandado judicial de busca e apreensão;
e) no regular uso do poder de polícia, sendo desnecessária prévia intervenção judicial
para apreensão do produto, em razão do atributo da autoexecutoriedade do ato
administrativo.

4. FGV - 2023 – SEF/MG– AUDITOR FISCAL


Carla, servidora pública da autarquia Ômega, regularmente, com base na legislação de regên-
cia, interpôs recurso administrativo contra decisão proferida pelo presidente da autarquia,
devidamente dirigido ao Secretário de Estado com pertinência temática com as atividades
desenvolvidas pela autarquia. No caso em tela, de acordo com a doutrina de Direito Adminis-
trativo, Carla interpôs um recurso
a) de reconsideração, dirigido à autoridade hierarquicamente superior de outra pessoa
jurídica.
b) hierárquico próprio, em razão do controle vertical interno, decorrente do poder
hierárquico.
c) hierárquico próprio, em razão da tutela administrativa, não havendo que se falar em
exercício de poder hierárquico.
d) hierárquico impróprio, em razão do controle vertical externo, decorrente do poder
hierárquico.
e) hierárquico impróprio, em razão do controle finalístico, não havendo que se falar em
exercício de poder hierárquico.
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5. FGV - 2018 – SEFIN/RO– CONTADOR


Determinado Secretário de Estado, em sede de recurso administrativo, apreciou decisão pro-
ferida por diretor setorial e concluiu que ela não se ajustava ao interesse público. Afinal, fora
eleita prioridade distinta daquela que entendia ser a mais adequada. Por tal razão, reformou a
decisão recorrida. À luz da sistemática jurídica vigente, nos planos constitucional e infracons-
titucional, é correto afirmar que a narrativa acima descreve a prática, pelo diretor setorial, de
um ato administrativo
a) discricionário, que foi revogado pelo Secretário de Estado.
b) vinculado, que foi anulado pelo Secretário de Estado.
c) discricionário, que foi invalidado pelo Secretário de Estado.
d) vinculado, que foi revogado pelo Secretário de Estado.
e) discricionário, que foi anulado pelo Secretário de Estado.
GABARITO 5

GABARITO
1. A

2. B

3. E

4. E

5. A
EXERCÍCIOS
– DIREITO
ADMINISTRATIVO
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EXERCÍCIOS – DIREITO ADMINISTRATIVO


1. FGV - 2018 – SEFIN/RO– TÉCNICO TRIBUTÁRIO
João, advogado de um grande escritório, foi incumbido de identificar a natureza jurídica de
determinado ente da Administração Pública indireta. Após amplas pesquisas, constatou que a
lei autorizou a instituição desse ente, cujo capital somente pode pertencer ao ente federativo
instituidor e a outras pessoas jurídicas de direito público interno, bem como a entidades da
Administração indireta. À luz da ordem jurídica brasileira, constitucional e infraconstitucional,
é correto afirmar que esse ente tem a natureza jurídica de
a) autarquia.
b) sociedade de economia mista.
c) fundação pública.
d) empresa pública.
e) sociedade de mera participação do Estado.

2. FGV - 2018 – SEFIN/RO– CONTADOR


A respeito da organização da Administração Pública, analise as afirmativas a seguir.
I. Na descentralização existe vinculo hierárquico e na desconcentração há o controle entre
a administração central e o órgão desconcentrado, sem vínculo hierárquico.
II. Na desconcentração, uma entidade da administração indireta distribui competências
entre diversos órgãos de sua própria estrutura, a fim de tornar mais ágil e eficiente a
prestação de serviços.
III. Na centralização, o Estado executa suas tarefas diretamente, por intermédio dos inúmeros
órgãos e agentes administrativos que compõem sua estrutura funcional.

3. Está correto o que se afirma em


a) II, apenas.
b) III, apenas.
c) I e II, apenas.
d) I e III apenas.
e) II e III, apenas.

4. FGV - 2018 – SEFIN/RO– CONTADOR


A partir da reforma administrativa e da ideia de um estado mínimo, em que a atuação do poder
público está restrita às áreas onde sua presença é indispensável, foram criadas entidades e
regulamentaram-se institutos com o propósito de possibilitar e incentivar a prestação de
serviços de interesse da coletividade por pessoas privadas não integrantes da Administração
Pública. Com relação às entidades sem fins lucrativos, chamadas organizações sociais, analise
as afirmativas a seguir e assinale (V) para a verdadeira e (F) para a falsa.
Exercícios – DIREITO ADMINISTRATIVO 3

I. Organização Social é um tipo de autarquia.


II. O título de Organização Social é conferido de maneira irreversível.
III. Organização Social é uma pessoa jurídica de direito privado integrante da Administração
Pública.
Observada a ordem apresentada, as afirmativas são, respectivamente,
a) V – F – F.
b) F – F – F.
c) F – V – F.
d) F – F – V.
e) F – V – V.

5. FGV - 2021 – SEFAZ/ES– AUDITOR FISCAL


João, servidor público estadual, faltando com seu dever jurídico de cuidado, fez que o veículo
oficial que estava conduzindo colidisse com o veículo de Maria, que se encontrava estacio-
nado na via púbica. À luz da sistemática constitucional vigente, a ação de ressarcimento a ser
ajuizada por Maria em face do Estado será regida pela teoria
a) do risco social.
b) do risco integral.
c) civilista da culpa.
d) do risco administrativo.
e) subjetiva da responsabilização.

6. FGV - 2018 – SEFIN/RO– AUDITOR FISCAL


Marcos Túlio, motorista de ônibus da empresa “Mais Bus”, concessionária de serviço municipal
de transporte de passageiros, ao se desviar de uma placa de metal que se desprendeu de um
caminhão à sua frente, acabou por atropelar Cícero, ciclista, que usava a faixa exclusiva para
bicicletas. Considerando o caso exposto, assinale a afirmativa correta.
a) A responsabilidade pela reparação dos prejuízos recai apenas sobre o Município, ente
concedente do serviço público, de forma objetiva.
b) A responsabilidade pela reparação dos prejuízos recai apenas sobre a empresa de
ônibus, concessionária do serviço, de forma objetiva.
c) A responsabilidade da empresa de ônibus, concessionária do serviço, é subjetiva,
tendo em vista que Cícero não era usuário do serviço.
d) A responsabilidade da empresa de ônibus, concessionária do serviço, é objetiva,
podendo o Município responder de forma subsidiária.
e) Tanto a empresa de ônibus quanto o Município respondem de forma objetiva e soli-
dária pelos prejuízos causados a Cícero.
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GABARITO
1. D

2. E

3. B

4. D

5. D
EXERCÍCIOS
– DIREITO
ADMINISTRATIVO
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EXERCÍCIOS – DIREITO ADMINISTRATIVO


1. FGV - 2022 – SEFAZ/BA– AGENTE DE TRIBUTOS
Em matéria de controle da Administração Pública, extrai-se do texto constitucional que o
controle externo, a cargo do Poder Legislativo, será exercido com o auxílio do Tribunal de
Contas, ao qual compete
a) apreciar as contas prestadas semestralmente pelo chefe do Poder Executivo, mediante
parecer prévio, que vincula o julgamento dessas contas pelo Poder Legislativo.
b) assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato
cumprimento da lei, se verificada ilegalidade, e, descumprida a ordem, condenar o
gestor omisso à suspensão dos direitos políticos por até 8 (oito) anos e ressarcimento
pelos danos causados ao erário.
c) aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de
contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, sus-
pensão dos direitos políticos por até 5 (cinco) anos e ressarcimento pelos danos
causados ao erário.
d) julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e
valores públicos da administração direta, mas não da administração indireta, e as
contas daqueles que derem causa à perda, ao extravio ou a outra irregularidade de
que resulte prejuízo ao erário público.
e) apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qual-
quer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e
mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento
em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões,
ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato
concessório.

2. FGV - 2018 – SEFIN/RO– CONTADOR


Antônio tinha o sonho de ingressar no serviço público do Estado Sigma, mas não lograva êxito
na aprovação no respectivo concurso público. Como Pedro, seu colega de infância, foi eleito
Governador do Estado, Antônio o procurou e solicitou que fosse nomeado para trabalhar em
alguma repartição. Em atendimento ao pedido, Pedro o nomeou para uma função de confiança.
À luz da narrativa acima e da sistemática constitucional, é correto afirmar que a nomeação
realizada por Pedro está
a) incorreta, pois a função de confiança só pode ser exercida por servidor ocupante de
cargo efetivo.
b) correta, pois a função de confiança é uma forma de acesso ao serviço público sem a
prévia aprovação em concurso.
c) incorreta, pois a função de confiança só pode ser exercida por servidor ocupante de
cargo em comissão.
Exercícios – DIREITO ADMINISTRATIVO 3

d) correta, desde que Antônio seja contratado por prazo determinado, para atender a
necessidade temporária.
e) incorreta, pois a função de confiança foi extinta do sistema constitucional brasileiro.

3. FGV - 2022 – SEFAZ/ES– AUDITOR FISCAL


João, servidor público estadual ocupante de cargo efetivo, completou 75 anos e foi aposentado
compulsoriamente. Tendo em vista sua vasta experiência profissional na área em que atua,
no dia seguinte à publicação de sua aposentadoria no Diário Oficial, João foi convidado pelo
Secretário Estadual para exercer um cargo em comissão, de maneira a cumprir exatamente as
mesmas funções de assessoramento que exercia antes de se aposentar. Não havendo impe-
dimentos de ordem infraconstitucional no caso concreto, de acordo com o Supremo Tribunal
Federal, João
a) não pode ser nomeado para cargo em comissão após 75 anos de idade, assim
como para qualquer outro tipo de cargo ou emprego público, por expressa vedação
constitucional.
b) não pode ser nomeado para cargo em comissão que lhe foi oferecido, por ofensa
reflexa à vedação constitucional mediante fraude.
c) não pode ser nomeado para o cargo em comissão que lhe foi oferecido, pois precisa
cumprir quarentena de três anos para o exercício de qualquer outra função pública,
exceto cargo eletivo.
d) pode ser nomeado para o cargo em comissão que lhe foi oferecido, devendo ser
reconhecida a continuidade de vínculo efetivo com a Administração, para fins de
recebimento de verbas remuneratórias e gratificações de produtividade, em atenção
aos princípios da eficiência e da isonomia.
e) pode ser nomeado para o cargo em comissão que lhe foi oferecido, pois os servido-
res ocupantes de cargo exclusivamente em comissão não se submetem à regra da
aposentadoria compulsória, não havendo que se falar em continuidade ou criação
de vínculo efetivo com a Administração.

4. FGV - 2023 – SEF/MG– AUDITOR FISCAL


Em tema de sujeitos ativos do ato de improbidade administrativa, de acordo com a atual
redação da Lei nº 8.429/92, assinale a afirmativa correta.
a) As disposições da Lei de Improbidade Administrativa são aplicáveis, no que couber,
àquele que, mesmo não sendo agente público, induza ou concorra culposa ou dolo-
samente para a prática do ato de improbidade.
b) Os sócios, os cotistas, os diretores e os colaboradores de pessoa jurídica de direito
privado não respondem, em qualquer hipótese, pelo ato de improbidade que venha
a ser imputado à pessoa jurídica.
c) Os agentes públicos que podem cometer ato de improbidade são o agente político,
o servidor público e todo aquele que exerce, necessariamente de forma permanente
e com remuneração, mandato, cargo, emprego ou função pública.
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d) As sanções da Lei de Improbidade Administrativa não se aplicarão à pessoa jurídica,


caso o ato de improbidade administrativa seja também sancionado como ato lesivo
à Administração Pública de que trata a Lei nº 12.846/2013 – Lei Anticorrupção.
e) O particular, pessoa física ou jurídica, que celebra com a Administração Pública convê-
nio, contrato de repasse, contrato de gestão, termo de parceria, termo de cooperação
ou ajuste administrativo equivalente, no que se refere a recursos de origem pública,
não se sujeita às sanções previstas na Lei de Improbidade Administrativa.

5. FGV - 2022 – SEFAZ/AM– TÉCNICO DA FAZENDA


Túlio é Auditor Fiscal estadual e responde a uma ação de improbidade administrativa ajuizada
em 2020, por ter concorrido culposamente para a conduta de colega que se apropriou de
bens apreendidos, cuja posse ele detinha em razão do seu cargo. Com as mudanças feitas na
Lei de Improbidade Administrativa (Lei nº 8.429/1992) pela Lei nº 14.230/2021, assinale a
afirmativa correta.
a) Túlio estará sujeito a sanções administrativas mais graves.
b) Túlio estará sujeito a sanções administrativas mais brandas.
c) Túlio continuará respondendo pelo ato culposo de improbidade administrativa.
d) Túlio passará a responder por ato doloso de improbidade administrativa.
e) Túlio não poderá ser responsabilizado por ato culposo de improbidade administrativa.
GABARITO 5

GABARITO
1. E

2. A

3. E

4. D

5. E
EXERCÍCIOS
– DIREITO
ADMINISTRATIVO
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EXERCÍCIOS – DIREITO ADMINISTRATIVO


1. FGV - 2023 – SEF/MG– AUDITOR FISCAL
O Estado X ajuizou ação por ato de improbidade administrativa em face de Flávio e quatro
sociedades empresárias. Como causa de pedir, sustentou que Flávio, enquanto Secretário
Estadual de Saúde, em ajuste com as pessoas jurídicas, ocasionou superfaturamento na aqui-
sição de insumos utilizados em hospitais da rede estadual de saúde. Anteriormente, já trami-
tava junto ao Tribunal de Contas do Estado X, em fase preliminar, tomada de contas especial
instaurada para apuração dos fatos, identificação dos responsáveis e quantificação de dano
ao erário referente aos mesmos acontecimentos que constituem causa de pedir manifestada
pela Fazenda Estadual. A respeito da situação acima descrita, assinale a afirmativa correta.
a) O julgamento pela regularidade das contas pelo TCE conduzirá à extinção da ação
por ato de improbidade administrativa sem exame de mérito, eis que há vinculação
entre as instâncias de controle, sem exceção.
b) Após a réplica da Fazenda, o juiz proferirá decisão na qual indicará com precisão a
tipificação do ato de improbidade administrativa imputável ao réu, sendo-lhe vedado
modificar o fato principal e a capitulação legal apresentada pelo autor.
c) O Estado X não detém legitimidade ativa para ajuizar ação por ato de improbidade
administrativa. Assim, em nome da primazia da resolução do mérito, o Ministério
Público deverá ser intimado para, querendo, assumir a titularidade da ação.
d) A qualquer momento, se o magistrado identificar a existência de irregularidade admi-
nistrativa sem que estejam presentes todos os requisitos para imposição de sanções
por ato de improbidade administrativa, poderá converter a ação de improbidade em
ação civil pública, em decisão motivada e irrecorrível.
e) A aplicação de multa a Flávio pelo Tribunal de Contas, em sede de julgamento da
tomada de contas especial, impedirá igual sanção no âmbito da ação de improbidade
administrativa em julgamento posterior, de modo a evitar a ocorrência de bis in idem.

2. FGV - 2022 – SEFAZ/AM– ANALISTA


João, Secretário de Fazenda do Estado Alfa, por estar sobrecarregado de trabalho, deseja
delegar sua competência para José, Auditor Fiscal de Tributos Estaduais, para praticar deter-
minado ato administrativo de competência privativa de João, que não consiste em edição de
ato normativo ou decisão de recurso hierárquico. Sabe-se que a legislação do Estado Alfa,
em matéria de delegação de competência, possui o mesmo teor da legislação federal sobre
processo administrativo. Nesse contexto, a delegação pretendida por João é
a) lícita, diante da inexistência de vedação legal de delegação de competência para
prática de ato administrativo de competência privativa do agente.
b) ilícita, haja vista que apenas atos administrativos enunciativos podem ser objeto de
delegação, desde que atendido o interesse público.
c) ilícita, porque a legislação de regência veda expressamente a delegação de compe-
tência para prática de ato administrativo de competência privativa do agente.
Exercícios – DIREITO ADMINISTRATIVO 3

d) ilícita, pois a legislação de regência veda expressamente a delegação de competên-


cia para prática de todos os atos administrativos, em razão da hierarquia vertical da
administração pública.
e) lícita, eis que, apesar da vedação legal de delegação de competência para prática de
ato administrativo de competência privativa do agente, João pode justificar o ato para
atendimento ao interesse público.

3. FGV - 2022 – SEFAZ/BA – AGENTE DE TRIBUTOS


Considere que o Estado X deseja realizar licitação, celebrada com base na Lei nº 14.133/2021,
para a contratação de obra de construção de complexo voltado para eventos tradicionais, com
grande potencial turístico, visando evitar problemas de desordem urbana. Para a realização
da obra, o Estado opta pela utilização do regime denominado contratação semi-integrada, na
modalidade concorrência. Informado sobre o procedimento licitatório, a sociedade empresária
Y, interessada na contratação, questiona sua assessoria jurídica acerca das características desse
regime de contratação. A assessoria jurídica informou, corretamente, que
a) deve prever, obrigatoriamente, no edital, matriz de alocação de riscos, que deverá
estabelecer a responsabilidade de cada parte quanto aos riscos do acordo.
b) deve prever, como atribuição do contratado, a elaboração de projeto básico e execu-
tivo baseado no anteprojeto desenvolvido pela Administração Pública.
c) deve prever o sigilo do orçamento estimado da contratação, permitindo o seu acesso
aos órgãos de controle e ao vencedor do processo apenas após a adjudicação do
objeto.
d) não é permitido seu uso na situação apresentada, em função da utilização da moda-
lidade de concorrência escolhida.
e) não é permitido seu uso na situação apresentada, em função do objeto escolhido.

4. FGV - 2022 – SEFAZ/AM– ANALISTA


De acordo com o texto da nova Lei de Licitações (Lei nº 14.133/2021), é dispensável a licitação
para
a) objetos que devam ou possam ser contratados por meio de credenciamento.
b) aquisição ou locação de imóvel cujas características de instalações e de localização
tornem necessária sua escolha.
c) aquisição de materiais, de equipamentos ou de gêneros ou contratação de serviços
que só possam ser fornecidos por produtor, empresa ou representante comercial
exclusivos.
d) contratação de profissional do setor artístico, diretamente ou por meio de empresário
exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública.
e) contratação de profissionais para compor a comissão de avaliação de critérios de
técnica, quando se tratar de profissional técnico de notória especialização.
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5. GV - 2021 – SEFAZ/ES– AUDITOR FISCAL


Com base na nova Lei de Licitação, o Estado Alfa pretende proceder à locação de determinado
imóvel, cujas características de instalações e de localização tornam necessária sua escolha.
Trata-se de imóvel exatamente ao lado da Secretaria Estadual de Fazenda, que abrigará novas
instalações para os Auditores Fiscais da Receita Estadual. No bojo do processo administrativo,
já foi observada regularmente a avaliação prévia do bem, do seu estado de conservação, dos
custos de adaptações, pois imprescindíveis às necessidades de utilização, e do prazo de amor-
tização dos investimentos. Com base na Lei nº 14.133/2021, a contratação pretendida enseja
a) dispensa de licitação, mediante certificação da inexistência de imóveis públicos vagos
e disponíveis que atendam ao objeto, justificativas que demonstrem a singularidade
do imóvel a ser locado e economicidade do contrato, que deve estar de acordo com
o preço de mercado.
b) inexigibilidade de licitação, mediante certificação da inexistência de imóveis públicos
vagos e disponíveis que atendam ao objeto, e justificativas que demonstrem a singula-
ridade do imóvel a ser locado pela Administração e que evidenciem vantagem para ela.
c) licitação frustrada, em razão da falta de outros imóveis que atendam ao objeto do
contrato, sendo imprescindíveis justificativas que demonstrem a singularidade do
imóvel a ser locado e economicidade do contrato, que deve estar de acordo com o
preço de mercado.
d) realização de processo de licitação, na modalidade concorrência, em razão da natu-
reza da contratação, independentemente do preço global do contrato, devendo ser
observado o preço de mercado e as condições estruturais e funcionais do imóvel a
ser locado.
e) realização de processo de licitação, na modalidade leilão, em razão da natureza da
contratação, independentemente do preço global do contrato, devendo ser observado
o preço de mercado e as condições estruturais e funcionais do imóvel a ser locado.
GABARITO 5

GABARITO
1. B

2. A

3. A

4. E

5. B
EXERCÍCIOS
– DIREITO
ADMINISTRATIVO
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EXERCÍCIOS – DIREITO ADMINISTRATIVO


1. FGV - 2022 – SEFAZ/ES– CONSULTOR DO TESOURO ESTADUAL
O Governador do Estado Delta publicou, em janeiro de 2015, decreto declarando a utilidade
pública, para fins de desapropriação, de imóvel de propriedade de Maria. Ocorre que, após o
referido decreto, o Estado Delta não adotou qualquer medida para dar início à fase executória
da desapropriação. No caso em tela, de acordo com as normas de regência,
a) ocorreu a caducidade do ato declaratório de desapropriação, pois já se passaram mais
de cinco anos, contados da data da expedição do respectivo decreto.
b) ocorreu a prescrição do ato declaratório de desapropriação, pois já se passaram mais
de três anos, contados da data da expedição do respectivo decreto.
c) ocorreu a decadência do ato declaratório de desapropriação, pois já se passou mais
de um ano, contado da data da expedição do respectivo decreto.
d) não ocorreu a extinção tácita do ato declaratório de desapropriação, pois ainda não
transcorreu o prazo legal de quinze anos, contados da data da expedição do respec-
tivo decreto.
e) não ocorreu a extinção tácita do ato declaratório de desapropriação, pois ainda não
transcorreu o prazo legal de dez anos, contados da data da expedição do respectivo
decreto.

2. FGV - 2022 – SEFAZ/BA– AGENTE DE TRIBUTOS


A empresa pública estadual Alfa, com patrimônio próprio e autonomia administrativa, exerce
exclusivamente atividade econômica sem monopólio e com finalidade de lucro. A referida
estatal foi condenada com sentença transitada em julgado a pagar o valor de quatrocentos
mil reais ao cidadão João. Iniciada a fase de cumprimento de sentença, a empresa pública Alfa
apresentou ao juízo requerimento de adoção do regime de precatório. Com base na jurispru-
dência do Supremo Tribunal Federal, o pleito da estatal
a) merece prosperar, pois se aplica o regime de precatório, que é prerrogativa exclusiva
e inerente a todos os entes da Administração Direta e Indireta.
b) merece prosperar, pois se aplica o regime de precatório, que é prerrogativa exclusiva
e inerente a todos os entes que ostentam personalidade jurídica de direito público,
como é o caso da estatal Alfa.
c) não merece prosperar, pois não se aplica o regime de precatório, que é prerrogativa
exclusiva dos entes da Administração Direta e Indireta com personalidade jurídica
de direito público.
d) não merece prosperar, pois não se aplica o regime de precatório, que é prerrogativa
exclusiva dos entes da Administração Direta, que possuem personalidade jurídica de
direito público.
e) não merece prosperar, pois não se aplica o regime de precatório, pois se trata de es-
tatal exploradora de atividade econômica sem monopólio e com finalidade de lucro,
sendo certo que a estatal ostenta personalidade jurídica de direito privado.
Exercícios – DIREITO ADMINISTRATIVO 3

3. FGV - 2022 – SEFAZ/ES– CONSULTOR DO TESOURO


O Estado Beta contratou regularmente, por tempo determinado, para atender à necessidade
temporária de excepcional interesse público, servidores temporários. Ocorre que, por ausência
de lei específica dispondo sobre o tema, o Estado Beta não vem pagando a tais servidores o
décimo terceiro salário e as férias remuneradas acrescidas do terço constitucional. Inconfor-
mados, os servidores ajuizaram ação judicial, pleiteando tais pagamentos. De acordo com a
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, no caso em tela, o pagamento de tais verbas aos
servidores temporários
a) não é devido, ainda que houvesse expressa previsão legal e/ou contratual em sentido
contrário, haja vista que a Constituição da República veda a equiparação salarial entre
servidores concursados e temporários.
b) não é devido, salvo expressa previsão legal e/ou contratual em sentido contrário,
ou se ficar comprovado desvirtuamento da contratação temporária, em razão de
sucessivas e reiteradas renovações e/ou prorrogações.
c) é devido, independentemente de expressa previsão legal e/ou contratual, haja vista
que o próprio texto constitucional estabelece a obrigatoriedade de pagamento dessas
parcelas remuneratórias a todos os trabalhadores, inclusive servidores contratados
a qualquer título.
d) é devido, independentemente de expressa previsão legal e/ou contratual, por analo-
gia à norma constitucional que estabelece a obrigatoriedade de pagamento dessas
parcelas remuneratórias a todos os trabalhadores da iniciativa privada.
e) é devido, independentemente de expressa previsão legal e/ou contratual, por analo-
gia à norma constitucional que estabelece a obrigatoriedade de pagamento dessas
parcelas remuneratórias a todos os servidores públicos ocupantes de cargo efetivo.

4. FGV - 2022 – SEFAZ/BA – AGENTE DE TRIBUTOS


Governador do Estado Alfa nomeou João, que conta com 76 anos, para exercer cargo exclusi-
vamente em comissão de Diretor em certo departamento da Secretaria Estadual de Fazenda.
Um mês após a nomeação, a Controladoria Geral do Estado recebeu representação solicitando
a imediata nulidade do ato, haja vista que João possui idade superior àquela da aposentadoria
compulsória prevista na Constituição da República. No caso em tela, de acordo com a juris-
prudência do Supremo Tribunal Federal sobre a matéria, a representação
a) não merece prosperar, pois a idade para aposentadoria compulsória ou exoneração
de ocupantes de cargos em comissão é de 80 anos.
b) não merece prosperar, pois servidores ocupantes de cargo exclusivamente em co-
missão não se submetem à regra da aposentadoria compulsória.
c) merece prosperar, pois a Constituição da República prevê aposentadoria compulsória
aos 70 anos para todos os servidores.
d) merece prosperar, pois a Constituição da República prevê aposentadoria compulsória
aos 75 anos, na forma da lei complementar, aplicável a cargos em comissão.
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e) merece prosperar, pois a Constituição da República prevê aposentadoria compulsória


aos 75 anos para os Ministros do Supremo Tribunal Federal e 70 anos para os demais
servidores, aplicável a cargos em comissão.

5. FGV - 2022 – SEFAZ/ES– CONSULTOR DO TESOURO


O Estado Alfa deseja delegar seu poder de polícia, inclusive a aplicação de multas, a pessoa
jurídica de direito privado integrante da Administração Pública indireta. No caso em tela, de
acordo com a atual jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a pretensão do Estado Alfa é
a) inconstitucional, pois a fase do ciclo de polícia de sanção de polícia não pode ser
delegada à pessoa jurídica de direito privado, ainda que integrante da Administração
Pública indireta e prestadora de serviço público.
b) inconstitucional, pois o poder de polícia é de exercício próprio de servidores públicos
concursados integrantes da administração pública direta, haja vista que impõe ato
de império com coercibilidade.
c) constitucional, desde que a entidade tenha capital social, ainda que parcial, público
e preste exclusivamente serviço público de atuação própria do Estado e em regime
não concorrencial, sendo dispensada lei em sentido formal.
d) constitucional, desde que o faça por meio de lei e a entidade tenha capital social
majoritariamente público e preste exclusivamente serviço público de atuação própria
do Estado e em regime não concorrencial.
e) constitucional, desde que o faça por meio de lei e que a entidade preste exclusiva-
mente serviço público de atuação própria do Estado e em regime não concorrencial
e a delegação se limite às fases do ciclo de polícia de consentimento e fiscalização
de polícia,
GABARITO 5

GABARITO
1. A

2. E

3. B

4. B

5. D

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