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DIREITO
AVARÉ/2023
FACULDADE EDUVALE AVARÉ
DIREITO
AVARÉ
2023
SUMÁRIO
1. CONCEITO ............................................................................................4
2. OBJETIVO..............................................................................................5
3. PREVISÃO CONSTITUCIONAL..........................................................7
6. CONCLUSÃO ......................................................................................14
7. REFERÊNCIAS.....................................................................................15
Ação Civil por Improbidade Administrativa
O objetivo da ação civil por improbidade administrativa é punir os agentes públicos que
tenham praticado atos de improbidade, buscando a reparação dos danos causados ao erário
público e a aplicação de sanções, como a perda da função pública, a suspensão dos direitos
políticos, o pagamento de multas e a proibição de contratar com o poder público.
Além disso, a ação civil por improbidade administrativa também tem o objetivo de
prevenir a prática de atos de improbidade, promovendo a moralidade e a transparência na
administração pública. Dessa forma, busca-se garantir a efetividade dos princípios
constitucionais que regem a administração pública e a proteção do interesse público.
- Atos que causam prejuízo ao erário: são aqueles que resultam em dano ao patrimônio
público, como desvio de recursos, superfaturamento de contratos e pagamento de propinas.
- Atos que violam os princípios da administração pública: são condutas que atentam
contra os princípios da legalidade, moralidade, impessoalidade, publicidade e eficiência, como
nepotismo, favorecimento de amigos ou parentes, e uso indevido de recursos públicos.
- Atos de enriquecimento ilícito: são condutas que levam ao enriquecimento pessoal do
agente público de forma ilícita, como recebimento de propinas, desvio de recursos públicos e
aquisição de bens incompatíveis com a renda declarada.
É importante ressaltar que a ação civil por improbidade administrativa pode ser
proposta tanto contra agentes públicos, como servidores, gestores e políticos, quanto contra
particulares que tenham participado dos atos de improbidade.
A ação civil por improbidade administrativa pode ser proposta contra agentes públicos,
que incluem servidores públicos, ocupantes de cargos políticos e qualquer pessoa que exerça
função pública, ainda que temporariamente. A responsabilização ocorre quando há
comprovação da prática de atos de improbidade administrativa, independentemente da
existência de processo criminal ou administrativo.
É importante ressaltar que a ação civil por improbidade administrativa é uma ação
autônoma, ou seja, pode ser proposta independentemente de outras ações ou processos que
estejam em andamento. Além disso, a ação pode ser proposta por qualquer pessoa que tenha
conhecimento dos atos de improbidade, como cidadãos, entidades da sociedade civil e
Ministério Público.
1. Sanções Civis:
- Perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio: caso o agente público
tenha obtido vantagens financeiras de forma ilícita, esses bens ou valores serão confiscados.
- Multa civil: o agente público condenado pode ser obrigado a pagar uma multa civil, que
varia de acordo com a gravidade da conduta e o valor do dano causado.
- Suspensão dos direitos políticos: o agente público condenado fica impedido de exercer
cargos ou funções públicas por um período determinado.
- Proibição de contratar com o poder público: o agente público condenado fica proibido
de firmar contratos com o poder público por um período determinado.
2. Sanções Políticas:
3. Sanções Penais:
Além das sanções civis e políticas, o agente público condenado por improbidade
administrativa também pode sofrer sanções penais, caso sua conduta configure um crime. Nesse
caso, ele será processado criminalmente e poderá ser condenado a penas de prisão, multa,
perda do cargo público, entre outras.
O acordo de não-persecução civil tem como objetivo evitar o início da ação civil
pública por ato de improbidade administrativa, mediante a aceitação de condições e a
aplicação de sanções aos agentes responsáveis pelos supostos atos de improbidade. Isso
busca tornar mais efetiva a reparação do dano causado ao erário e agilizar o processo de
punição.
A Lei 14.230/21, sancionada sem vetos pelo presidente Jair Bolsonaro, promove a maior
reforma na Lei de Improbidade Administrativa desde 1992. A mudança central exige a
comprovação de dolo (intenção) para responsabilizar agentes públicos, excluindo danos
por imprudência, imperícia ou negligência. Além disso, reconfigura as condutas de
improbidade, concede ao Ministério Público exclusividade na proposição de ações,
permite acordos com ressarcimento integral do dano, e autoriza o juiz a converter sanções
em multas. A lei busca aprimorar a responsabilização cível de agentes públicos, focando
em atos que prejudiquem o erário ou violem princípios administrativos.
Essa prática tem como base legal a necessidade de assegurar que, em situações de
potencial condenação por atos ilícitos, como a improbidade administrativa, existem recursos
disponíveis para reparar os danos causados ao Estado ou a terceiros.
Objetivos Fundamentais
Relator: ANA CANTARINO Publicação: Publicado no DJE: 12/05/2020. Pág.: Sem Página
Cadastrada. Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. PEDIDO EM CONTRARRAZÕES. NÃO CONHECIDO. AÇÃO
DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. GRAVIDEZ. TRABALHO DE PARTO. HOSPITAL PÚBLICO.
ATENDIMENTO MÉDICO. NEGLIGENTE E OMISSO. RESPONSABILIDADE
Conforme está no acordão mostra negligência agente público, isso pode ocorrer em
bloqueio de bens do agente.
Procedimento para o Bloqueio de Bens em Casos de Improbidade Administrativa.
● Início da Ação:
Petição Inicial: Geralmente, a ação tem início com uma petição inicial apresentada pelo
Ministério Público ou outro órgão competente. Essa petição deve conter os elementos
necessários para justificar a medida cautelar do bloqueio de bens, como indícios consistentes de
improbidade administrativa.
Decisão Judicial: O juiz responsável pelo caso analisa a petição inicial e decide sobre a
necessidade e pertinência do bloqueio de bens. Essa decisão leva em consideração a
preservação dos valores supostamente desviados e a garantia de eventual ressarcimento em
caso de condenação.
● Determinação do Bloqueio:
Medida Cautelar: Se o juiz entender que há fundamentos para o bloqueio de bens, ele
emite uma decisão determinando a indisponibilidade dos ativos financeiros e patrimoniais do
réu. Isso pode abranger contas bancárias, investimentos, imóveis e outros bens.
Ofícios e Comunicações: O juiz emite ofícios e ordens para que instituições financeiras,
cartórios e outros órgãos competentes cumpram a determinação judicial, bloqueando os bens
indicados na decisão.
Gerenciamento dos Bens: Durante o processo, os bens ficam sob a guarda judicial e são
administrados de acordo com as determinações legais para evitar dilapidação ou utilização
inadequada.
Contas Bancárias Bloqueadas o agente público tem suas contas bancárias indisponíveis,
impedindo saques, transferências ou qualquer movimentação financeira.
Restrição de Bens e Propriedades:
Ação de Terceiros:
Garantia de Ressarcimento a medida visa assegurar que haja recursos para eventuais
ressarcimentos em caso de condenação por atos ilícitos, garantindo a reparação dos danos
causados ao erário público ou a terceiros lesados.
Estresse e Impacto Social, além dos efeitos financeiros, o bloqueio de bens pode gerar
estresse emocional e social significativo para o agente público, afetando sua reputação e bem-
estar psicológico.
Argumentação Jurídica:
Fundamentação Sólida, o pedido de levantamento deve ser embasado em argumentos
jurídicos consistentes. Isso pode incluir a demonstração de que os bens bloqueados não têm
relação com os atos ilícitos em questão ou que a medida é desproporcional.
Avaliação pelo Juiz:
Revisão da Decisão:
Decisão sobre o Levantamento, com base na análise do pedido, o juiz decide se mantém
o bloqueio de bens ou se determina o seu levantamento parcial ou total.
Contrapartidas e Garantias:
Recursos Adicionais:
“Tais considerações são importantes para deixar claro que a orientação desta Corte
sobre a manutenção do bloqueio de ativos financeiros via BacenJud em caso de concessão de
parcelamento fiscal posterior à constrição não impede a excepcional possibilidade de
substituição da penhora de dinheiro por fiança bancária ou seguro garantia diante das
peculiaridades do caso concreto”, disse o ministro Mauro Campbell
“Em casos que tais, a rigor, mantêm-se garantida a execução fiscal, atendendo, assim, à
finalidade da legislação que determina a manutenção da garantia da execução em caso de
adesão a parcelamento fiscal”, complementou.
Referencias:
https://www.conjur.com.br/2022-jun-21/bloqueio-via-bacenjud-nao-
mantem- parcelamento-fiscal/ Horário 23:17.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 37. ed. São Paulo: Malheiros, 2011.
p. 707