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ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
REGIME ADMINISTRATIVO
2.3. Poder Disciplinar
2.4. Poder de Polícia
REGIME ADMINISTRATIVO
- Conceito: trata-se de um poder-dever, de modo que o superior hierárquico tem o dever de controlar, apurar,
instaurar os procedimentos competentes de investigação de qualquer ilícito ou infração administrativa que venha
a ser cometida por seus subordinados ou que cheguem ao seu conhecimento.
a) Há os agentes honoríficos, que são aqueles que foram convocados e que são voluntários no exercício de
atribuições públicas. Esses, enquanto estiverem no exercício dessas atribuições, estarão sim sujeitos aos comandos
disciplinares do Estado.
b) A punição disciplinar é regulada em lei e deve repercutir em sanções que sejam lançadas na folha funcional do
agente para gerar os efeitos nos momentos das promoções. Essa punição pode implicar em regressão de cargo ou
função, ou penas administrativas (suspensão, que pode ser convertida em multa a critério da Administração
Pública; ou demissão funcional). Por essa razão, o emprego privado celetista não está sujeito ao poder disciplinar
do Estado.
c) Já com relação aos serviços públicos delegados a particulares, é possível o exercício do poder disciplinar aos
particulares. Exemplos – serviços mediante outorga (em regra, será assumido em nome da pessoa física mediante
concurso, como ocorre nos cartórios); organizações sociais (é uma empresa privada que firma contrato de gestão
com o Estado, de modo a absorver os agentes públicos).
- Conflito aparente no âmbito constitucional: direitos individuais previstos e garantidos X supremacia do interesse
público.
O interesse público confere legitimidade para a intervenção do Estado nas esferas das liberdades públicas. Através
desse poder, a Administração Pública poderá condicionar/reduzir o exercício dos direitos individuais.
- Através do exercício desse poder, o Estado pode extinguir os direitos individuais? Não, pois a CF exige o
contraditório e ampla defesa.
- Contraprestação:
a) Há fiscalizações de polícia que são divisíveis e mensuráveis, aplicando-se o artigo 77 do CTN que prevê que caberá
ao usuário do serviço público remunerar diretamente o Estado pelo serviço tomado e, ao remunerar, pagará taxa
tributária.
b) Há fiscalizações de polícia que são indivisíveis e não mensuráveis, de modo que não é possível aplicar o artigo 77
do CTN. Nesse caso, o serviço de polícia não é contraprestacional, ou seja, os usuários não remuneram diretamente
o Estado, cabendo a todos remunerar de forma indireta mediante o pagamento dos impostos.
- Quem está sujeito: o poder de polícia é exercido sobre todos que exerçam diretos individuais, incluindo a pessoa
física e pessoa jurídica de direito privado. Pessoas jurídicas de direito público e pessoas políticas também estão
sujeitas ao poder de polícia? Sim, pois são dotadas de personalidades, de forma que todos podem cometer excessos
e abusos.
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