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ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
- Execução indireta/descentralizada (particular): é aquela desenvolvida pelas pessoas que não integram a
Administração Pública, ou seja, por particulares. Transfere-se somente a execução do serviço público, de modo que
a titularidade se mantém com a Administração Pública.
Essa transferência deve ser precedida da abertura da licitação, mediante os seguintes instrumentos – concessão;
permissão; autorização; parcerias público-privadas (PPP – é uma espécie de concessão). Portanto, são instrumentos
através dos quais a Administração Pública (titular) transfere, via licitação, a execução de serviços e obras públicas
para particulares, que objetivam lucro.
- Características: serviço adequado é aquele executado de forma regular, contínua, eficiente, segura, atual, geral,
cortes e com modicidade das tarifas.
- Continuidade na prestação: como regra geral, há a proibição da interrupção do serviço. Mas o artigo 6º, § 3º da
referida lei prevê três exceções, de modo que a execução poderá ser interrompida em situações de urgência
(situações imprevisíveis); para a execução de obras de manutenção com aviso prévio aos usuários (situações
previsíveis); por inadimplência do usuário com aviso prévio para exercer o direito à ampla defesa.
- Modicidade das tarifas: a lei não define o que é tarifa módica, porém a doutrina e jurisprudência definiram que
tarifa módica é aquela cujo valor seja acessível ao usuário comum do serviço. Portanto, se a tarifa for muito distante
do quanto o usuário comum pode pagar, será considerada ilegal, de modo que poderá levar à apreciação do Poder
Judiciário, inclusive, pelo Ministério Público.
- Natureza jurídica: tarifa é preço público, não resulta de previsão legal e não é cobrada em caráter compulsório.
Por essa razão, diferencia-se de taxa e tributos em geral.
- Súmula 545, STF: preços públicos e taxas não se confundem, pois, as taxas são cobradas em caráter compulsório
e essa cobrança é condicionada à previsão orçamentária.
- Limite para o valor da tarifa: o valor da tarifa não pode deixar de ser módico, ou seja, acessível ao usuário comum
do serviço, sob pena de ilegalidade.
- Legitimidade para promover aumento tarifário: a legitimidade é do Poder Público, levando-se em conta a
repartição de competência.
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