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Disciplina: Direito Administrativo

Professor: Celso Spitzcovsky


Aula: 16 | Data: 12/03/2020
/03/2018

ANOTAÇÃO DE AULA

SUMÁRIO

SERVIÇO PÚBLICO
6. Concessão e permissão (Lei n. 8.987/95)
6.3. Responsabilidade (artigo 25, Lei n. 8.987/95)
6.4. Extinção das concessões (artigos 35 e seguintes, Lei n. 8.987/95)
6.5. Diferenças entre concessão e permissão (artigo 2º, Lei n. 8.987/95)
7. Parcerias público-privadas (Lei n. 11.079/2004)

SERVIÇO PÚBLICO

6. Concessão e permissão (Lei n. 8.987/95)

6.3. Responsabilidade (artigo 25, Lei n. 8.987/95)

“Artigo 25, Lei n. 8.987/95. Incumbe à concessionária a execução do


serviço concedido, cabendo-lhe responder por todos os prejuízos
causados ao poder concedente, aos usuários ou a terceiros, sem que
a fiscalização exercida pelo órgão competente exclua ou atenue essa
responsabilidade.”

Quem responde por danos resultantes de concessão ou permissão? A responsabilidade é de quem executa o serviço
público e não do titular, ainda que a fiscalização tenha sido deficiente. A Administração Pública, no máximo, poderá
responder em caráter subsidiário, ou seja, quando o concessionário ou permissionário não tiver condições de arcar
com a responsabilidade. Portanto, a Administração Pública não responderá isoladamente ou de forma solidária,
mas tão somente subsidiária.

A responsabilidade será sempre objetiva, ou seja, não será subjetiva, o que significa que não terá necessidade de
comprovar culpa ou dolo. A responsabilidade é objetiva baseada no nexo de causalidade.

A responsabilidade é objetiva na variante do risco administrativo, de modo que o concessionário e permissionário,


acionados em juízo, poderão utilizar em sua defesa caso fortuito, força maior ou culpa da vítima para excluir ou
atenuar sua responsabilidade.

6.4. Extinção das concessões (artigos 35 e seguintes, Lei n. 8.987/95)

São causas que levam à extinção de uma concessão, de forma que se diferem pelo fato gerador.

- Termo: o fato gerador é o término do prazo do contrato.

- Encampação: a concessão termina antes do prazo por razões de interesse público. O concessionário ou
permissionário terá direito à indenização, sob pena de ilegalidade da extinção do contrato.

MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL


CARREIRAS JURÍDICAS
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- Caducidade: a concessão termina antes do prazo por descumprimento de obrigações pelo concessionário. O
concessionário ou permissionário não terá direito à indenização, mas terá direito à abertura de processo
administrativo assegurada a ampla defesa, sob pena de ilegalidade da extinção do contrato.

- Rescisão: a concessão termina antes do prazo por descumprimento de obrigações pelo Poder Público. O
concessionário ou permissionário precisará provocar o Poder Judiciário para ter direito à indenização.

6.5. Diferenças entre concessão e permissão (artigo 2º, Lei n. 8.987/95)

- Natureza jurídica:

a) Permissão: é um ato administrativo precário. Por essa razão, é um ato unilateral sem prazo determinado,
podendo ser desfeito a qualquer momento e sem pagamento de indenização.

b) Concessão: é um contrato que é celebrado por prazo determinado. Por essa razão, não pode ser desfeita a
qualquer momento sem pagamento de indenização.

- Licitação: ambas precisam de licitação.

a) Permissão: pode ser utilizada qualquer modalidade de licitação.

b) Concessão: a única modalidade de licitação que pode ser utilizada é a concorrência pública.

7. Parcerias público-privadas (Lei n. 11.079/2004)

- Introdução: a concessão da Lei n. 8.987/95 é denominada concessão comum cuja única fonte de arrecadação é a
tarifa de usuários. É através dessa cobrança de tarifa que o concessionário vai atingir o lucro de ter assumido a
execução do serviço público. Até 2004, essa era a única modalidade de concessão no Brasil e, a partir do referido
ano, surgiram as parcerias público-privadas, como uma outra modalidade de concessão.

- Natureza jurídica (artigo 2º, Lei n. 11.079/2004): possui natureza jurídica de concessão.

“Artigo 2º, Lei n. 11.079/2004. Parceria público-privada é o contrato


administrativo de concessão, na modalidade patrocinada, ou
administrativa.”

- Limites para a celebração de contrato de PPP (artigo 2º, § 4º, Lei n. 11.079/2004):

“Artigo 2º, § 4º, Lei n. 11.079/2004. É vedada a celebração de


contrato de parceria público-privada: I – cujo valor do contrato seja
inferior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais); II – cujo período de
prestação do serviço seja inferior a 5 (cinco) anos; ou III – que tenha
como objeto único o fornecimento de mão de obra, o fornecimento e
instalação de equipamentos ou a execução de obra pública.”

a) Limite de natureza financeira: valor mínimo para celebrar uma PPP é de 10 milhões de reais. Não há valor
máximo. Desde 2004, as grandes obras e serviços públicos são contratados através de uma PPP.

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b) Prazo: prazo mínimo de 5 anos e prazo máximo de 35 anos.

c) Objeto: não pode haver objeto único/exclusivo como execução de obras públicas; fornecimento de mão de obra;
fornecimento e instalação de equipamentos.

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