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Contrato Administrativo pelo qual o Estado - poder concedente (art. 2º, I) delega a prestação de
serviços público (II) a uma empresa privada (concessionária).
I. MODALIDADES:
I.1 CONCESSÕES COMUNS: são reguladas pela Lei nº 8.987, de 13.2.1995, e comportam duas
modalidades:
Sua característica consiste no fato de que o poder concedente não oferece qualquer
contrapartida pecuniária ao concessionário; todos os recursos deste provêm das tarifas pagas
pelos usuários.
I.2 CONCESSÕES ESPECIAIS: são reguladas pela Lei nº 11.079, de 30.12.2004, e também se
subdividem em duas categorias:
A) concessões patrocinadas;
B) concessões administrativas.
1. Conceito
Concessão de serviço público precedida da execução de obra pública é o contrato
administrativo através do qual o Poder Público ajusta com pessoa jurídica ou consórcio
de empresas a execução de determinada obra pública, por sua conta e risco, delegando
ao construtor, após a conclusão, sua exploração por determinado prazo;
2. Objeto
A delegação sob essa modalidade de concessão compreende uma duplicidade de
objeto.
O primeiro deles encerra um ajuste entre o concedente e o concessionário para o fim
de ser executada determinada obra pública. Há aqui verdadeiro contrato de construção
de obra, assemelhado aos contratos administrativos de obra em geral, deles se
distinguindo, contudo, pela circunstância de que o concedente não remunera o
concessionário pela execução, o que não ocorre naqueles;
O segundo objeto é que traduz uma real concessão, vale dizer, o concedente, concluída
a obra, transfere sua exploração, por determinado prazo, ao concessionário. É o serviço
público de exploração da obra pública que vai ser concedido, incumbindo àqueles que
dele desfrutarem (os usuários) o pagamento da respectiva tarifa em prol de quem
construiu a obra e agora explora o serviço dela decorrente. Firma-se, por conseguinte,
um pacto de construção e um de concessão do serviço.
D) NATUREZA JURÍDICA: caráter contratual (art. 4);
E) A RELAÇÃO CONTRATUAL:
ii. comutativo, porque não existe álea, ou seja, são equivalentes e previamente identificadas as
obrigações das partes;
iii. intuitu personae, eis que o concessionário não pode ceder suas obrigações, e, sobretudo, o
serviço que lhe foi delegado, a terceiros, sem prévio assentimento do concedente;
iv. formal, já que necessária é a formalização das vontades e o mais detalhado lineamento das
obrigações cominadas aos contratantes.
F) A SUPREMACIA DO CONCEDENTE: Cite-se, como exemplo, o art. 23, V, que admite possíveis
alterações no contrato, e o art. 37, que contempla a retomada do serviço pela encampação,
fundada em motivos de interesse público.
Quanto à natureza do concedente, pode-se afirmar que tradicionalmente foi representado pela
figura do Estado ou, no caso de Estados federativos, de suas pessoas integrantes. No caso
brasileiro, entes federativos são a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos
com idoneidade de figurarem como sujeitos concedentes, de acordo com as respectivas
competências constitucionais e com os serviços que possam prestar.
Os contratos de concessão não fogem à regra que a Constituição traçou sobre exigibilidade de
licitação para as contratações (art. 37, XXI + art. 175).
K) POLÍTICA TARIFÁRIA: como remuneração pela execução do serviço, o Poder Público fixa a
tarifa a ser paga pelos usuários. Trata-se de preço público e, portanto, fica a sua fixação sob a
competência do concedente. (art. 175, parágrafo único, III).
M) ENCARGOS DO CONCEDENTE
a) Fiscalização;
b) Incentivar a competitividade;
c) preservação do meio ambiente;
d) estimular a criação de associações de usuários.
N) ENCARGOS DO CONCESSIONÁRIO -
a) serviço adequado;
b) transparência na execução (prestação de contas);
c) contratações do concessionário.
Obs.: São obrigações legais, de modo que sua inobservância provoca inadimplemento
contratual, podendo o concessionário sofrer vários tipos de penalização, como multas,
intervenção no serviço e extinção da concessão;
O) DIREITOS E OBRIGAÇÕES DOS USUÁRIOS - (art. 175, parágrafo único, inciso II).
São eles:
Já como obrigações:
Q) INTERVENÇÃO NA CONCESSÃO
Na esfera federal, por exemplo, destacam-se a ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica,
controladora do setor elétrico, e a ANATEL – Agência Nacional de Telecomunicações,
fiscalizadora do setor de telecomunicações.
Exemplo: https://portal.antt.gov.br/noticia/aberta/-
/asset_publisher/ES3IO01qMsue/content/id/151266;
IV. CONCESSÃO ESPECIAL DE SERVIÇOS PÚBLICOS (PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS)
C) MODALIDADES
D) OBJETO: Art. 2º, § 1º, da Lei das Parcerias - é a concessão de serviços públicos ou de obras
públicas, tal como previsto na Lei Geral das Concessões.
III. Por fim, a pluralidade compensatória fixada como obrigação do Estado em favor do
concessionário pela execução da obra ou do serviço.
Ainda, a concessão especial sob regime de parceria deverá ser celebrado com amparo em certas
diretrizes (art. 4º).
II. o respeito aos interesses dos destinatários do objeto do contrato e dos parceiros privados
(art. 4, II);
VI. A responsabilidade fiscal é outra diretriz e incide tanto na etapa de celebração como na de
execução do serviço ou da obra (art. 4, IV);
H) LICITAÇÕES
a) modalidade e condições: