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Concessões e Permissões de Serviços Públicos – Lei 8.

987/1995

MATERIAL COM QUESTÕES DE CONCURSO e ALGUMAS REFERÊNCIAS À SÚMULAS E


JULGADOS DOS TRIBUNAIS SUPERIORES

Material confeccionado por Eduardo B. S. Teixeira.


Última atualização legislativa: Lei nº 13.673/2018; Lei n° 14.015/20; Lei 14.133/21.

Última atualização questões de concurso: 28/10/2023.

Observações quanto à compreensão do material:


1) Cores utilizadas:
 EM VERDE: destaque aos títulos, capítulos, bem como outras informações relevantes, etc.
 EM ROXO: artigos que já foram cobrados em provas de concurso.
 EM AZUL: Parte importante do dispositivo (ex.: questão cobrou exatamente a informação,
especialmente quando a afirmação da questão dizia respeito à situação contrária ao que dispõe
na Lei 8.987/1995).
 EM AMARELO ou EM LARANJA: destaques importantes (ex.: critério pessoal)

2) Siglas utilizadas:
 MP (concursos do Ministério Público); M ou TJPR (concursos da Magistratura); BL (base
legal, etc).

3) DICA:
 No Youtube há um Canal com a leitura com a gravação da lei seca e comentários à Lei
8987/95:
https://www.youtube.com/watch?v=cAcnxrVsZc8

LEI Nº 8.987, DE 13 DE FEVEREIRO DE 1995.

Dispõe sobre o regime de concessão e permissão da prestação de serviços


públicos previsto no art. 175 da Constituição Federal1, e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono


a seguinte Lei:

Capítulo I

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1o As concessões de serviços públicos e de obras públicas e as permissões de serviços


públicos reger-se-ão pelos termos do art. 175 da Constituição Federal, por esta Lei, pelas normas
legais pertinentes e pelas cláusulas dos indispensáveis contratos.

Parágrafo único. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios promoverão a revisão e


as adaptações necessárias de sua legislação às prescrições desta Lei, buscando atender as
peculiaridades das diversas modalidades dos seus serviços.

#Atenção: #TRF2-2009: #TJCE-2012: #TJBA-2019: #CESPE: #FCC: Concessão de Serviço Público:


É um contrato administrativo pelo qual a Administração transfere à pessoa jurídica ou ao
consórcio de empresas a execução de certa atividade de interesse público, remunerada através
de tarifas pagas pelos usuários. As concessões se dividem em CONCESSÃO DE SERVIÇO e
CONCESSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO PRECEDIDA DA EXECUÇÃO DE OBRA PÚBLICA o
que serão conceituados no art. 2º desta Lei.

Art. 2o Para os fins do disposto nesta Lei, CONSIDERA-SE:

I - PODER CONCEDENTE: a União, o Estado, o Distrito Federal ou o Município, em cuja


competência se encontre o serviço público, precedido ou não da execução de obra pública, objeto
de concessão ou permissão; (MPPR-2014) (DPEES-2016)

1
CF/88, Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão,
sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.
II - CONCESSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO: a delegação de sua prestação, feita pelo poder
concedente, mediante licitação, na modalidade concorrência ou diálogo competitivo, a pessoa
jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta
e risco e por prazo determinado; (Redação dada pela Lei nº 14.133, de 2021) (TJPR-2008) (DPESP-2009/2010)
(MPBA-2010) (MPMG-2010) (MPES-2010) (MPPB-2010) (MPCE-2011) (MPMS-2011) (DPEAM-2011) (TRF2-2011)
(PGEPR-2011) (TJCE-2012) (TJPI-2012) (MPGO-2012) (DPEAC-2012) (PCMA-2012) (TJRJ-2013) (TRF1-2013) (TJDFT-
2007/2014) (MPPA-2014) (MPRS-2014) (TRF4-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (PGERN-2014) (PCSC-2014) (PGEPA-2015)
(DPEES-2016) (PGEMT-2016) (PCPE-2016) (PGM-POA/RS-2016) (MPPR-2014/2017) (MPSP-2017) (PCAC-2017)
(PCAP-2017) (PGM-Fortaleza/CE-2017) (TJMG-2018) (TJMT-2018) (TJSP-2018) (PGESC-2018) (TJSC-2017/2019) (TJAL-
2019) (TJBA-2019) (TJPA-2019) (MPGO-2019) (Cartórios/TJMG-2019) (PCES-2019) (MPDFT-2009/2021) (PGERS-
2010/2021) (PCPR-2013/2021) (MPM-2021) (TJRS-2009/2022) (TRF3-2011/2013/2022) (PCGO-2022) (PGM-Recife/PE-
2022) (TJMS-2023) (MPSC-2023)

(TRF3-2022): Nos termos do art. 175 da CF, a prestação de serviços públicos dar-se-á diretamente
ou por delegação. É correto afirmar que: Concessão de serviço público é a delegação da prestação
do serviço, feita pelo Poder Concedente, mediante licitação, na modalidade concorrência ou
diálogo competitivo, a pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para
seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado. BL: art. 2º, II, Lei 8987.

(MPDFT-2021): Julgue o item a seguir: A recente alteração da lei de licitações e contratos


administrativos modificou a definição autêntica atribuída à concessão de serviços públicos para
dela constar a previsão expressa de que o diálogo competitivo é uma das modalidades admitidas
para licitar a delegação de sua prestação. BL: art. 2º, II, Lei 8987.

(TJMG-2018-Consulplan): A concessão de serviço público pode ser definida como o contrato


administrativo pelo qual a Administração Pública delega a outrem a execução de um serviço
público, para que o execute em seu próprio nome, por sua conta e risco, mediante tarifa paga pelo
usuário ou outra forma de remuneração decorrente da exploração do serviço. BL: art. 2º, II, Lei
8987.

#Atenção: A concessão de serviço público é contrato de adesão celebrado pelo particular perante a
Administração Pública após a adjudicação do objeto da licitação. O concessionário presta o serviço
público em seu próprio nome e por sua conta e risco (art. 2º, II, Lei 8.987/95). A forma ordinária
de remuneração da concessão é o pagamento de tarifa, não se excluindo outras fontes de
remuneração (art. 11 da Lei 8.987/95).

(TRF3-2011-CESPE): Em relação ao regime jurídico da concessão, assinale a opção correta: A


concessão de serviço público é contrato administrativo por meio do qual a administração transfere
a pessoa jurídica ou a consórcio de empresas a execução de certa atividade de interesse coletivo,
de forma remunerada. BL: art. 2º, II, Lei 8987.

#Atenção: Trata-se de contrato administrativo. Os contratos administrativos são, como regra,


onerosos, isto é, remunerados, no caso dos contratos de concessão de serviços públicos, como eles
se desdobram por conta e risco do concessionário, este é remunerado pelas tarifas pagas pelos
usuários do serviço público.

III - CONCESSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO PRECEDIDA DA EXECUÇÃO DE OBRA


PÚBLICA: a construção, total ou parcial, conservação, reforma, ampliação ou melhoramento de
quaisquer obras de interesse público, delegados pelo poder concedente, mediante licitação, na
modalidade concorrência ou diálogo competitivo, a pessoa jurídica ou consórcio de empresas que
demonstre capacidade para a sua realização, por sua conta e risco, de forma que o investimento da
concessionária seja remunerado e amortizado mediante a exploração do serviço ou da obra por
prazo determinado; (Redação dada pela Lei nº 14.133, de 2021) (TJPR-2008) (MPES-2010) (MPF-2011) (PGEPR-
2011) (TJCE-2012) (TJPI-2012) (PCPR-2013) (MPPR-2014) (TRF4-2014) (TJPE-2015) (DPEES-2016) (MPSP-2017) (PCAP-
2017) (TJMT-2018) (TJAL-2019) (TJPA-2019) (MPGO-2019) (PGM-Campo Grande/MS-2019) (MPM-2021) (PGEAM-
2022) (MPSC-2023)

(TJSC-2019-CESPE): De acordo com a Lei 8.987/15 — que dispõe sobre o regime de concessão e
permissão da prestação de serviços públicos previsto no art. 175 da CF/88 —, na hipótese de
concessão de serviço público precedida de execução de obra pública, o investimento da
concessionária será remunerado e amortizado mediante a exploração do serviço ou da obra por
prazo determinado. BL: art. 2º, III, Lei 8987.

#Atenção:
- Contrato de Concessão: É um contrato administrativo como outro qualquer e, portanto, quase
todas as demais regras de direito administrativo se aplicam a ele. No contrato de concessão, a
administração contrata uma empresa, que presta o serviço e é remunerada pelo usuário do
serviço. Quem paga a prestadora de serviço não é a administração, e sim o usuário.

A concessão de serviço público pode ser simples ou precedida de obra pública. No segundo caso,
a empresa, antes de explorar o serviço, deve executar uma obra. Ex.: a empresa constrói uma
estrada e depois se remunera com o pedágio.

O contrato de concessão, necessariamente, deve ser feito através de uma licitação na modalidade
concorrência ou diálogo competitivo. Qualquer ente federativo (U, E ou M) pode firmar contrato
de concessão.

IV - PERMISSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO: a delegação, a título precário, mediante licitação,


da prestação de serviços públicos, feita pelo poder concedente à PESSOA FÍSICA ou JURÍDICA
que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco . (TJPR-2008) (DPESP-2009)
(PGEAL-2009) (PCPB-2009) (MPES-2010) (DPERS-2011) (TJCE-2012) (TJPI-2012) (PCRJ-2012) (MPRO-2013) (PCPR-
2013) (PF-2013) (TJDFT-2008/2014) (MPPA-2014) (MPPR-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (DPEES-2016) (DPEMT-2016)
(PGM-POA/RS-2016) (TJSC-2017) (MPSP-2017) (PGM-Fortaleza/CE-2017) (TJMG-2018) (PGESC-2018) (MPGO-2019)
(Cartórios/TJPR-2019) (TRF3-2013/2022) (PCGO-2013/2022) (DPEMS-2022) (PGEAM-2022) (PCSP-2022) (PGM-
Recife/PE-2022) (PFN-2023)

(PCPB-2009-CESPE): Ainda no que concerne ao serviço público, assinale a opção correta: A


permissão de serviço público é definida pela lei geral de concessões como a delegação, a título
precário, mediante licitação, da prestação de serviços públicos, feita pelo poder concedente à
pessoa física ou jurídica que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco.
BL: art. 2º, IV da Lei 8987.

#Atenção: Pode-se citar as seguintes diferenças:


 A concessão de serviços públicos pode ser feita com pessoas jurídicas e consórcios de
empresas, mas não pode ser feita com pessoas físicas.
CONCESSÃO - PESSOA JURÍDICA E CONSÓRCIO
 A permissão de serviços públicos pode ser feita com pessoas jurídicas ou pessoas físicas,
mas não pode ser feita com consórcio de empresas
PERMISSÃO - PESSOA FÍSICA E JURÍDICA
 A concessão, em regra, deve ser precedida de licitação na modalidade concorrência ou
diálogo competitivo. Exceção à regra: existe uma hipótese prevista em outra lei, que
permite que a concessão possa ocorrer mediante leilão.
 A permissão deve ser precedida de licitação, no entanto a lei não especifica qual
modalidade deverá ser adotada, deixando subentendido que qualquer modalidade
poderá ser adotada.

 As concessões são formalizadas mediante contrato, entretanto a lei não fala em contrato
de adesão, mas apenas em contrato.
 As permissões são formalizadas mediante contrato de adesão (vide art. 40)

(TJDFT-2008): Para os fins do disposto na Lei 8987/95, a delegação, a título precário, mediante
licitação, da prestação de serviços públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica
que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco, denomina-se permissão
de serviço público. BL: art. 2º, IV da Lei 8987.

#Atenção: Contrato de Permissão: Tem caráter precário, podendo ser revogada a qualquer tempo.
Pode ser gratuita ou onerosa. O particular que recebe a permissão pode tanto executar um serviço
de natureza pública como receber uma autorização para fazer uso de bens públicos, neste último
caso, também é chamada de permissão de uso. Perceba que, enquanto a CONCESSÃO pode ser
celebrada com pessoa jurídica ou consórcio de empresa, a PERMISSÃO pode ser celebrada com
pessoa física ou jurídica. Além disso, as CONCESSÕES obrigatoriamente devem ser precedidas
de licitação na modalidade concorrência ou diálogo competitivo, enquanto as PERMISSÕES
devem ser obrigatoriamente ser precedidas de licitação, mas a lei não especifica modalidade
determinada. Por fim, a lei afirma que as PERMISSÕES devem ser formalizadas em “contrato
de adesão”, aludindo à “precariedade e a à revogabilidade unilateral do contrato” pelo poder
concedente. Quanto à CONCESSÃO, a lei não se refere a “contrato de adesão” para qualificar o
contrato de concessão, tampouco a “precariedade” ou a “revogabilidade unilateral” desse
contrato. No entanto, todo e qualquer contrato administrativo propriamente dito é um contrato
de adesão, sem possibilidade de “negociação” pelo particular contratante.
Art. 3o As CONCESSÕES e PERMISSÕES SUJEITAR-SE-ÃO à fiscalização pelo poder
concedente responsável pela delegação, com a cooperação dos usuários. (DPESP-2015) (TJRO-2019)
(Cartórios/TJMG-2019)

(TJRO-2019-VUNESP): Durante a vigência e a execução de contrato de delegação da prestação de


serviço público, na modalidade de concessão comum, as concessionárias sujeitam-se ao poder de
polícia exercido pelo poder concedente em relação aos atos não relacionados à execução do
contrato de concessão. BL: art. 3º, da Lei.

#Atenção: O poder de polícia consiste na prerrogativa de direito público que, calcada na lei,
autoriza a Administração Pública a restringir o uso e o gozo da liberdade e da propriedade em
favor do interesse da coletividade. Todos, indistintamente, estão sujeitos ao poder de polícia, não
se exigindo nenhum tipo de vínculo especial com o Poder Público. Desse modo, o poder de polícia
corresponde àquilo que se chama de “sujeição geral”, qual seja a submissão da generalidade das
pessoas (físicas e jurídicas) ao poder de império do Estado, limitando-se sua liberdade e
propriedade em favor do interesse público. Naquilo que se refere ao objeto do contrato, a
concessionária se submete ao poder disciplinar, concernente à chamada “sujeição especial”,
baseada numa relação especial com o Estado e nos termos do instrumento contratual celebrado;
no que diz respeito a todo o resto [não objeto do contrato], a concessionária, assim como todas as
demais pessoas, se sujeita ao poder de polícia estatal.

Art. 4o A CONCESSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO, precedida ou não da execução de obra


pública, SERÁ FORMALIZADA mediante CONTRATO, que DEVERÁ OBSERVAR os termos
desta Lei, das normas pertinentes e do edital de licitação. (DPESP-2009) (TJPR-2010) (MPBA-2010) (TJPA-
2012) (MPRO-2013) (TRF3-2013) (PGEPA-2015) (TJSC-2017) (MPSP-2017) (PCAC-2017) (Cartórios/TJPR-2019)
(Cartórios/TJSC-2021)

Art. 5o O poder concedente publicará, previamente ao edital de licitação, ato justificando a


conveniência da outorga de CONCESSÃO ou PERMISSÃO, caracterizando seu objeto, área e
prazo. (PCPB-2009) (MPCE-2011) (DPERS-2011) (TJPR-2013) (TRF3-2013) (PGEMS-2014) (PGEAM-2022)

Capítulo II

DO SERVIÇO ADEQUADO

Art. 6o Toda concessão ou permissão pressupõe a prestação de serviço adequado ao pleno


atendimento dos usuários, conforme estabelecido nesta Lei, nas normas pertinentes e no
respectivo contrato. (MPGO-2012) (MPSP-2013) (TRF3-2013) (TJPA-2014) (DPERN-2015) (DPESP-2015) (PGEPA-
2015) (MPT-2015) (TRF2-2017) (PGESC-2018) (MPDFT-2021) (MPM-2021) (PGM-Recife/PE-2022) (PGM-Rio
Branco/AC-2023)

#Atenção: Sobre a concessão de serviços públicos, é correto afirmar que o usuário poderá exigir
judicialmente o cumprimento da obrigação pelo concessionário, nos termos do art. 6º da Lei
8.987/95.

§ 1o SERVIÇO ADEQUADO É O QUE SATISFAZ as condições de regularidade,


continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia na sua prestação e
modicidade das tarifas. (DPERS-2011) (TJDFT-2012) (MPRR-2012) (DPESE-2012) (TJAM-2013) (MPSP-2013)
(DPERR-2013) (DPESP-2015) (MPT-2015) (MPPR-2016/2017) (TRF2-2017) (PGESE-2017) (TRF3-2013/2018) (PGESC-
2018) (MPDFT-2021) (DPECE-2022) (DPEPB-2022) (PGM-Recife/PE-2022)

(DPECE-2022-FCC): O princípio da generalidade, quando se refere ao serviço público, encampa a


ideia de que os serviços devem ser prestados com a maior amplitude possível e sem discriminação
aos seus usuários, não se admitindo preferências arbitrárias. BL: art. 6º, §1º da Lei.

#Atenção: Princípio da generalidade: Também chamado princípio da universalidade. Dispõe que


os serviços devem ser prestados com a maior amplitude possível, de forma a beneficiar o maior
número possível de indivíduos.

(MPPR-2017): Sobre concessão de serviço público, assinale a alternativa correta: Segundo a Lei nº
8.987/95 (Lei das Concessões e Permissões), considera-se serviço adequado aquele que atende
condições de continuidade, eficiência, regularidade, segurança, atualidade, generalidade,
modicidade das tarifas e cortesia na sua prestação. BL: art. 6º, §1º da Lei.
(DPESE-2012-CESPE): Com relação a serviços públicos, assinale a opção correta: Em matéria de
concessões, considera-se adequado o serviço público que satisfaça as condições de regularidade,
continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade, prestação do serviço com cortesia e
modicidade das tarifas. BL: art. 6º, §1º da Lei.

§ 2o A ATUALIDADE COMPREENDE a modernidade das técnicas, do equipamento e das


instalações e a sua conservação, bem como a melhoria e expansão do serviço. (MPRR-2012) (TJAM-
2013) (MPSP-2013) (DPERR-2013) (DPEPE-2015) (MPAP-2021) (PGM-Recife/PE-2022)

§ 3o NÃO SE CARACTERIZA como DESCONTINUIDADE DO SERVIÇO a sua interrupção


em SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA ou APÓS PRÉVIO AVISO, quando: (TJTO-2007) (PCRN-2009)
(TJAM-2013) (MPSP-2013) (TJDFT-2014) (DPEMA-2015) (DPEPE-2015) (DPERN-2015) (DPESP-2015) (PCDF-2015)
(MPSC-2016) (PGEMT-2016) (PCPA-2016) (DPEAC-2017) (TRF5-2017) (PGESE-2017) (MPBA-2018) (PGESC-2018)
(PCMA-2018) (PCPI-2018) (PGM-Manaus/AM-2018) (TJBA-2019) (Cartórios/TJRS-2019) (PCMS-2017/2021) (MPM-
2021) (DPERS-2018/2022) (MPTO-2022) (DPEMS-2022) (PCGO-2022) (PCRO-2022) (PCRR-2022) (PGM-Recife/PE-
2022) (MPRR-2023) (PGM-Rio Branco/AC-2023)

I - motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações; e (MPSP-2013) (TJDFT-
2014) (DPEMA-2015) (DPEPE-2015) (DPERN-2015) (DPESP-2015) (PCDF-2015) (PGEMT-2016) (PCPA-2016) (DPEAC-
2017) (TRF5-2017) (PGESE-2017) (MPBA-2018) (DPERS-2018) (PGESC-2018) (PCMA-2018) (PCPI-2018) (PGM-
Manaus/AM-2018) (Cartórios/TJRS-2019) (MPM-2021) (MPTO-2022) (DPEMS-2022) (PCGO-2022) (PCRO-2022)
(PCRR-2022) (PGM-Recife/PE-2022) (PGM-Rio Branco/AC-2023)

II - por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade. (TJTO-2007) (DPU-


2007) (PCRN-2009) (DPESP-2010) (MPSP-2013) (TJDFT-2014) (TJSP-2015) (DPEMA-2015) (DPEPE-2015) (DPERN-
2015) (DPESP-2015) (PCDF-2015) (TJRJ-2012/2016) (PGEMT-2016) (PCPA-2016) (DPEAC-2017) (TRF5-2017) (PGESE-
2017) (MPBA-2018) (PGESC-2018) (PCMA-2018) (PCPI-2018) (PGM-Manaus/AM-2018) (TJBA-2019) (Cartórios/TJRS-
2019) (PCMS-2017/2021) (MPM-2021) (DPERS-2018/2022) (MPTO-2022) (DPEMS-2022) (PCGO-2022) (PCRO-2022)
(PCRR-2022) (PGM-Recife/PE-2022) (MPRR-2023) (PGM-Rio Branco/AC-2023)

#Atenção: #Rec. Repetitivo/STJ – Tema 699: #DOD: #TJBA-2019: #DPEMS-2022: #CESPE: #FGV:
Na hipótese de débito estrito de recuperação de consumo efetivo por fraude no aparelho
medidor atribuída ao consumidor, desde que apurado em observância aos princípios do
contraditório e da ampla defesa, é possível o corte administrativo do fornecimento do
serviço de energia elétrica, mediante prévio aviso ao consumidor, pelo inadimplemento do
consumo recuperado correspondente ao período de 90 (noventa) dias anterior à constatação
da fraude, contanto que executado o corte em até 90 (noventa) dias após o vencimento do
débito, sem prejuízo do direito de a concessionária utilizar os meios judiciais ordinários
de cobrança da dívida, inclusive antecedente aos mencionados 90 (noventa) dias de
retroação. STJ. 1ª S. REsp 1412433-RS, Rel. Min. Herman Benjamin, j. 25/4/18 (Info 634).
(TJBA-2019-CESPE): O corte de energia elétrica pela administração pública é inadmissível caso a
dívida derivada de fraude no medidor cometida pelo consumidor seja relativa a período anterior a
noventa dias precedentes à constatação da fraude. BL: Info 634, STJ.

#Atenção: #STJ: #DOD: #TJBA-2019: #MPRR-2023: #AOCP: #CESPE: É possível o corte da


energia elétrica nos casos de dívidas decorrentes de fraude no medidor? Sim, mas desde que
cumpridos os seguintes requisitos: I) a responsabilidade do consumidor pela fraude deverá ser
devidamente apurada, conforme procedimento estipulado pela ANEEL (agência reguladora),
assegurando-se ampla defesa e contraditório. Em outras palavras, a suposta fraude no medidor
de consumo de energia não poderá ser apurada unilateralmente pela concessionária. O tema é
atualmente disciplinado pelos arts. 129 e 130 da Resolução normativa 414/2010-ANEEL. II)
deverá ser concedido um aviso prévio ao consumidor; III) a suspensão administrativa do
fornecimento do serviço deve ser possibilitada quando não forem pagos débitos relativos aos
últimos 90 dias da apuração da fraude, sem prejuízo do uso das vias judiciais ordinárias de
cobrança. Isso porque o reconhecimento da possibilidade de corte do serviço de energia elétrica
pelas concessionárias deve ter limite temporal de apuração retroativa. Ex: ficou comprovado que
João fraudou o medidor de energia elétrica há 1 ano e que, portanto, durante os últimos 12 meses
pagou a menos do que deveria. A concessionária poderá determinar o corte do serviço e só
religará a energia se o consumidor pagar a dívida. No entanto, para religar não se exige o
pagamento dos 12 meses, mas apenas dos últimos 90 dias. Assim, se João pagar os últimos 90 dias,
a concessionária deverá religar a energia. Os outros 9 meses que faltaram deverão ser cobrados
pela concessionária pelas vias ordinárias. IV) deve ser fixado prazo razoável de, no máximo, 90
dias após o vencimento da fatura de recuperação de consumo, para que a concessionária possa
suspender o serviço. Esse quarto requisito tem como fundamento o § 2º do art. 172 da Resolução
normativa 414/2010-ANEEL: “Art. 172 (...) § 2º É vedada a suspensão do fornecimento após o decurso
do prazo de 90 (noventa) dias, contado da data da fatura vencida e não paga, salvo comprovado impedimento
da sua execução por determinação judicial ou outro motivo justificável, ficando suspensa a contagem pelo
período do impedimento.”

#Atenção: #STJ: #DOD: #DPESP-2015: #DPEAC-2017: #DPERS-2018: #TJBA-2019: #MPRR-


2023: #AOCP: #CESPE: #FCC: O débito de energia elétrica/água é de natureza pessoal, não se
vinculando ao imóvel. Não se trata, portanto, de obrigação propter rem. Desse modo, o
consumidor não pode ser responsabilizado pelo pagamento de serviço de fornecimento de
energia elétrica utilizado por outra pessoa. A obrigação de pagar por serviço de natureza
essencial, tal como água e energia, não é propter rem, mas pessoal, isto é, do usuário que
efetivamente se utiliza do serviço. STJ. 1ª T., AgRg no AREsp 45.073/MG, Rel. Min. Napoleão
Nunes Maia Filho, j. 02/02/17.

#Atenção: #STJ: #DOD: #PCMS-2017: #PCGO-2022: #AOCP: #FAPEMS: É válida a interrupção


do serviço público por razões de ordem técnica se houve prévio aviso por meio de rádio : Em regra,
o serviço público deverá ser prestado de forma contínua, ou seja, sem interrupções (princípio
da continuidade do serviço público). Excepcionalmente, será possível a interrupção do serviço
público nas seguintes hipóteses previstas no art. 6º, § 3º da Lei 8.987/95: a) Em caso de
emergência (mesmo sem aviso prévio); b) Por razões de ordem técnica ou de segurança das
instalações, desde que o usuário seja previamente avisado; c) Por causa de inadimplemento do
usuário, desde que ele seja previamente avisado. Se a concessionária de energia elétrica
divulga, por meio de aviso nas emissoras de rádio do Município, que haverá, daqui a alguns
dias, a interrupção do fornecimento de energia elétrica por algumas horas em virtude de razões
de ordem técnica, este aviso atende a exigência da Lei 8.987/95? SIM. A divulgação da
suspensão no fornecimento de serviço de energia elétrica por meio de emissoras de rádio, dias
antes da interrupção, satisfaz a exigência de aviso prévio, prevista no art. 6º, § 3º, da Lei
8.987/95. STJ. 1ª T. REsp 1270339-SC, Rel. Min. Gurgel de Faria, j. 15/12/16 (Info 598).
(PCGO-2022-AOCP): Uma concessionária de serviço público de geração, transmissão e distribuição
de energia elétrica emite aviso, em emissoras de rádio da região afetada, de que haverá suspensão no
fornecimento de serviço de energia elétrica dentro de dois dias, para manutenção das instalações
distribuidoras. Sobre a situação narrada, é correto afirmar que a divulgação da suspensão no
fornecimento de serviço de energia elétrica por meio de emissoras de rádio, dias antes da
interrupção, satisfaz a exigência do aviso prévio previsto em lei. BL: Info 598, STJ.

(PCRR-2022-VUNESP): Segundo o que estabelece a Lei 8.987/95, é correto afirmar, sobre a


concessão e permissão da prestação de serviço público, que não se caracteriza como
descontinuidade do serviço a sua interrupção em situação de emergência ou após prévio aviso,
quando motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações e por
inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade. BL: art. 6º, §3º, Lei 8987.

(MPAP-2021-CESPE): Acerca de serviços e obras públicas, assinale a opção correta: Em caso de


inadimplemento das obrigações pelos usuários de serviço público concedido, é permitida a
interrupção do serviço pelo concessionário, depois de prévio aviso e de considerado o interesse da
coletividade, o que representa, de acordo com alguns administrativistas, uma exceção ao princípio
da continuidade dos serviços públicos. BL: art. 6º, §3º, Lei 8987.

#Atenção: Em regra, é possível que a concessionária de serviço público interrompa a prestação do


serviço, em caso de inadimplemento do usuário, desde que haja aviso prévio. Isso está
expressamente previsto no art. 6º, § 3º, da Lei 8.987/95.

#Atenção: #MPTO-2022: #MPRR-2023: #AOCP: #CESPE: O princípio da continuidade do serviço


público determina que, por serem essenciais, os serviços públicos não devem ser interrompidos.
No entanto, esse princípio não é absoluto. Em algumas hipóteses excepcionais, os serviços
oferecidos por concessionárias e permissionárias podem ser interrompidos. A interrupção é
possível, em especial, em caso de interrupção por razões de ordem técnica e também em caso de
inadimplemento do usuário, considerado, nesse último caso, o interesse da coletividade. Nesse
sentido, determina o art. 6º, §3º, da Lei 8.987/95.

(MPMG-2012): Nos termos da legislação em vigor, assinale a alternativa correta: Não se


caracteriza como descontinuidade do serviço a sua interrupção em situação de emergência ou
após prévio aviso, quando motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações;
ou, ainda, por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade. BL: art. 6º,
§3º, Lei 8987.
(TJMG-2008): Segundo a Lei 8.987/95 (Estatuto da Concessão e Permissão de Serviços e Obras
Públicas), o corte, pela concessionária, do fornecimento de energia elétrica para o usuário pessoa
física, inadimplente: pode ser realizado após aviso prévio, considerado o interesse da coletividade.
BL: art. 6º, §3º, II, da Lei 8987.

#Atenção: O STJ considera legítima a interrupção do fornecimento de energia elétrica por razões
de ordem técnica, de segurança das instalações, ou ainda, em virtude do inadimplemento do
usuário, quando houver o devido aviso prévio pela concessionária sobre o possível corte no
fornecimento do serviço.

#Atenção: #STJ: #DPESP-2015: #PGESE-2017: #DPERS-2018: #Cartórios/TJRS-2019: #PCRO-


2022: #MPRR-2023: #AOCP: #CESPE: #FCC: #VUNESP: Vejamos dois julgados: i) AgRg no
AREsp 412822/ RJ: “É legítimo o corte no fornecimento de serviços públicos essenciais quando
inadimplente o usuário, desde que precedido de notificação”; ii) AgRg no Resp 1090405/RO: “É
legítimo o corte no fornecimento de serviços públicos essenciais por razões de ordem técnica ou de
segurança das instalações, desde que precedido de notificação”.

#Atenção: #Jurisprud. Teses/STJ – Ed. 97: #PGM-Manaus/AM-2018: #CESPE: Tese 06: Extinto o
contrato de concessão por decurso do prazo de vigência, cabe ao Poder Público a retomada
imediata da prestação do serviço até a realização de nova licitação, independentemente de prévia
indenização, assegurando a observância do princípio da continuidade do serviço público.

#Atenção: #Jurisprud. Teses/STJ – Ed. 13: #PCMA-2018: #PCRO-2022: #CESPE: Tese 09: É
ilegítimo o corte no fornecimento de serviços públicos essenciais quando o débito decorrer de
irregularidade no hidrômetro ou no medidor de energia elétrica, apurada unilateralmente pela
concessionária.

#Atenção: #Jurisprud. Teses/STJ – Ed. 13: #PCMA-2018: #CESPE: Tese 08: É ilegítimo o corte no
fornecimento de energia elétrica em razão de débito irrisório, por configurar abuso de direito e
ofensa aos princípios da proporcionalidade e razoabilidade, sendo cabível a indenização ao
consumidor por danos morais.

#Atenção: #Jurisprud. Teses/STJ – Ed. 13: #PCRO-2022: #MPRR-2023: #AOCP: #CESPE: Tese 07:
É ilegítimo o corte no fornecimento de serviços públicos essenciais por débitos de usuário anterior,
em razão da natureza pessoal da dívida.

#Atenção: #Jurisprud. Teses/STJ – Ed. 13: #PCMA-2018: #CESPE: Tese 06: É ilegítimo o corte no
fornecimento de serviços públicos essenciais quando a inadimplência do usuário decorrer de
débitos pretéritos, uma vez que a interrupção pressupõe o inadimplemento de conta regular,
relativa ao mês do consumo.

#Atenção: #Jurisprud. Teses/STJ – Ed. 13: #PCRO-2022: #CESPE: Tese 05: É ilegítimo o corte no
fornecimento de serviços públicos essenciais quando inadimplente unidade de saúde, uma vez
que prevalecem os interesses de proteção à vida e à saúde.

#Atenção: #Jurisprud. Teses/STJ – Ed. 13: #PCMA-2018: #PCRO-2022: #CESPE: Tese 04: É
legítimo o corte no fornecimento de serviços públicos essenciais quando inadimplente pessoa
jurídica de direito público, desde que precedido de notificação e a interrupção não atinja as
unidades prestadoras de serviços indispensáveis à população.
(PCRO-2022-CESPE): A respeito da prestação de serviços públicos essenciais e da possibilidade de
sua interrupção, observada a jurisprudência do STJ, é legítimo o corte do fornecimento de serviços
públicos essenciais quando inadimplente pessoa jurídica de direito público, desde que tenha havido
prévia notificação e a interrupção não atinja as unidades prestadoras de serviços indispensáveis à
população. BL: Entend. Jurisprud.

#Atenção: #Jurisprud. Teses/STJ – Ed. 13: #PCMA-2018: #CESPE: Tese 03: É ilegítimo o corte no
fornecimento de energia elétrica quando puder afetar o direito à saúde e à integridade física do
usuário.

§ 4º A interrupção do serviço na hipótese prevista no inciso II do § 3º deste artigo NÃO


PODERÁ INICIAR-SE na sexta-feira, no sábado ou no domingo, NEM em feriado ou no dia
anterior a feriado. (Incluído pela Lei nº 1.4015, de 2020) (DPERS-2022) (PCGO-2022) (PGM-Recife/PE-2022) (PGM-
Rio Branco/AC-2023)

Capítulo III
DOS DIREITOS E OBRIGAÇÕES DOS USUÁRIOS

Art. 7º. Sem prejuízo do disposto na Lei n o 8.078, de 11 de setembro de 1990, são direitos e
obrigações dos usuários:

I - receber serviço adequado;

II - receber do poder concedente e da concessionária informações para a defesa de interesses


individuais ou coletivos; (Cartórios/TJDFT-2014) (PGEPA-2015)

III - obter e utilizar o serviço, com liberdade de escolha entre vários prestadores de serviços,
quando for o caso, observadas as normas do poder concedente . (Redação dada pela Lei nº 9.648, de
1998)

IV - levar ao conhecimento do poder público e da concessionária as irregularidades de que


tenham conhecimento, referentes ao serviço prestado; (DPESP-2015)

V - comunicar às autoridades competentes os atos ilícitos praticados pela concessionária na


prestação do serviço; (DPESP-2015)

VI - contribuir para a permanência das boas condições dos bens públicos através dos quais
lhes são prestados os serviços. (AGU-2013)

Art. 7º-A. As concessionárias de serviços públicos, de direito público e privado, nos Estados e
no Distrito Federal, SÃO OBRIGADAS A OFERECER ao consumidor e ao usuário, dentro do mês
de vencimento, O MÍNIMO DE SEIS DATAS OPCIONAIS para escolherem os dias de
vencimento de seus débitos. (Incluído pela Lei nº 9.791, de 1999) (PGEAL-2009) (TJAC-2012) (DPEES-2016)
(DPESC-2021) (PCRR-2022)

(DPEES-2016-FCC): A Lei Federal nº 8.987/1995, que dispõe sobre o regime de concessão e permissão
da prestação de serviços públicos (...) obriga as concessionárias de serviços públicos, de direito
público e privado, nos Estados e no Distrito Federal, a oferecer ao consumidor e ao usuário,
dentro do mês de vencimento, o mínimo de seis datas opcionais para escolherem os dias de
vencimento de seus débitos. BL: art. 7º-A, Lei 8987.

Parágrafo único. (VETADO) (Incluído pela Lei nº 9.791, de 1999)

Capítulo IV

DA POLÍTICA TARIFÁRIA

Art. 8o (VETADO)

Art. 9o A TARIFA do serviço público concedido SERÁ FIXADA pelo preço da proposta
vencedora da licitação e PRESERVADA pelas regras de revisão PREVISTAS nesta Lei, no edital e
no contrato. (MPBA-2010) (MPMG-2012) (PGERN-2014) (TRF1-2015) (DPEES-2016) (PGM-POA/RS-2016) (TRF2-
2009/2017) (TJSC-2017) (MPSP-2017) (TRF3-2018) (TJBA-2019) (PGEMS-2021) (PGM-Teresina/PI-2022)

§ 1o A TARIFA NÃO SERÁ SUBORDINADA à legislação específica anterior e SOMENTE


nos casos expressamente previstos em lei, SUA COBRANÇA PODERÁ SER CONDICIONADA à
existência de serviço público alternativo e gratuito para o usuário. (Redação dada pela Lei nº 9.648, de
1998) (PCAP-2010) (PGERN-2014) (TJSP-2015) (TRF1-2015) (PGEMT-2016) (PGM-POA/RS-2016) (TJSC-2017) (TRF2-
2017) (TJBA-2019) (PGEMS-2021) (PCRR-2022) (PGM-Teresina/PI-2022)

(TJSP-2015-VUNESP): As tarifas de remuneração da prestação de serviços públicos concedidos


deverão ser fixadas pelo preço da proposta vencedora da licitação nos termos de sua proposta e
sua cobrança poderá ser condicionada à existência de serviço alternativo e gratuito para o usuário.
BL: art. 9º, §1º da Lei 8987.

#Atenção: A cobrança condicionada à existência de serviço público alternativa e gratuito para o


usuário só poderá ser realizada nos casos expressamente previstos em lei, nos termos do art. 9º,
§1º da Lei 8987.
§ 2o Os contratos PODERÃO PREVER mecanismos de revisão das tarifas, a fim de manter-se o
EQUILÍBRIO ECONÔMICO-FINANCEIRO. (TRF1-2013) (TJPA-2014) (PGERN-2014) (PGEMT-2016) (TRF2-
2011/2017) (TRF3-2018) (TJBA-2019) (PGEMS-2021) (DPERS-2022)

#Atenção: Como muitos contratos de concessão de serviço público têm longos prazos, a revisão
do valor da tarifa é uma medida necessária para que o objeto do contrato seja atraente. Afinal,
seria virtualmente impossível realizar um cálculo preciso do custo do contrato (e
consequentemente o valor da tarifa) se não houvesse a possibilidade de alteração da política
tarifária, posto que no decorrer do contrato sobrevém, invariavelmente, situações imprevisíveis.

§ 3o RESSALVADOS os IMPOSTOS SOBRE A RENDA, a criação, alteração ou extinção de


quaisquer tributos ou encargos legais, após a apresentação da proposta, QUANDO
COMPROVADO seu impacto, IMPLICARÁ a REVISÃO DA TARIFA, para mais ou para menos,
conforme o caso. (TJTO-2007) (MPAM-2007) (PCAP-2010) (MPCE-2011) (TRF1-2013) (TJRJ-2014) (PGEMT-2016)
(TJSC-2017) (TRF3-2018) (MPSP-2019) (PGEMS-2021) (PGM-Teresina/PI-2022)

#Atenção: #Tributário: #Rec. Repetitivo/STJ – Tese 428: #TRF5-2013: #CESPE: É legítimo o


repasse às tarifas de energia elétrica do valor correspondente ao pagamento da Contribuição de
Integração Social - PIS e da Contribuição para financiamento da Seguridade Social - COFINS
incidente sobre o faturamento das empresas concessionárias. STJ. 1ª S. REsp 1185070/RS, Rel.
Min. Teori Albino Zavascki, j. 22/09/10.

(TRF3-2018): A Lei nº 8.987/95, dispõe sobre o regime de concessão e permissão para a prestação
de serviços públicos. No capítulo sobre política tarifária está previsto que após a apresentação da
proposta, é possível realizar-se a revisão da tarifa, para mais ou para menos, caso haja qualquer
alteração na legislação tributária – exceto do imposto sobre a renda – quando comprovado o
impacto no cálculo do seu valor. BL: art. 9º, §3º, Lei 8987.

(MPCE-2011-FCC): No que tange ao regime das concessões de serviços públicos estabelecido na


Lei 8.987/95, é correto afirmar: O aumento da carga tributária referente ao imposto sobre a renda
não autoriza a revisão da tarifa contratada. BL: art. 9º, §3º, Lei 8987.

#Cuidado: Na Lei de Licitações há disposição mais genérica sobre o tema, isto é, sem a ressalva
prevista na Lei 8987. Vejamos o teor do §5º do art. 65 da Lei 8.666/93: “Art. 65 (...) § 5º Quaisquer
tributos ou encargos legais criados, alterados ou extintos, bem como a superveniência de disposições legais,
quando ocorridas após a data da apresentação da proposta, de comprovada repercussão nos preços
contratados, implicarão a revisão destes para mais ou para menos, conforme o caso.”

§ 4o EM HAVENDO ALTERAÇÃO UNILATERAL do contrato que AFETE o seu inicial


equilíbrio econômico-financeiro, o poder concedente DEVERÁ RESTABELECÊ-LO,
CONCOMITANTEMENTE à ALTERAÇÃO. (MPMG-2010) (PCAP-2010) (TRF1-2011/2013) (PGERN-2014)
(MPSP-2017) (TJAL-2019) (PGEMS-2021) (MPTO-2022) (PGM-Teresina/PI-2022)

#Atenção: #MPTO-2022: #CESPE: A administração pública pode alterar unilateralmente


contratos de concessão, desde que, concomitantemente à alteração, o equilíbrio econômico
financeiro do contrato seja restabelecido. Nesse sentido, o §4º do art. 9º da Lei 8.987/95.

§ 5º A concessionária deverá divulgar em seu sítio eletrônico, de forma clara e de fácil


compreensão pelos usuários, tabela com o valor das tarifas praticadas e a evolução das revisões ou
reajustes realizados nos últimos cinco anos. (Incluído pela Lei nº 13.673, de 2018) (PGM-Teresina/PI-2022)

Art. 10. Sempre que forem atendidas as condições do contrato, considera-se mantido seu
equilíbrio econômico-financeiro. (TRF1-2013) (PGERN-2014) (MPDFT-2021) (DPERS-2022) (PGM-São
Paulo/SP-2023)

#Atenção: #STJ: #DPERS-2022: #CESPE: "[...] 4. Paralelamente ao contrato de prestação de


serviço público celebrado com a Administração, as concessionárias de transporte coletivo
também são fornecedoras no mercado de consumo, o que envolve a responsabilidade pelo
fornecimento de serviços com adequação, eficiência, segurança e, se essenciais, continuidade
(art. 22, caput e § único, do CDC). 5. No tocante à invocação da teoria da imprevisão pelas
concessionárias a gerar o desequilíbrio contratual, o edital e o contrato de concessão devem
conter regras claras quanto ao preço do serviço e os critérios para reajuste e revisão tarifária,
considerando-se mantido o equilíbrio econômico-financeiro, nos termos do art. 10 da Lei de
Concessões, sempre que atendidas as condições do contrato. 6. A necessidade de manutenção
do equilíbrio econômico-financeiro do contrato não justifica o afastamento do dever de
observância das obrigações constitucionais e infraconstitucionais impostas às concessionárias
de transporte público, de modo que eventual inviabilidade de adimplemento contratual deve
ser efetivamente demonstrada na via própria. [...]". STJ. 2ª T., REsp 1595018/RJ, Rel. Min.
Humberto Martins, j. 18/08/16.
#Questão de concurso:
(DPERS-2022-CESPE): Julgue o próximo item, referente a serviços públicos: A aplicação da teoria da
imprevisão para recompor o equilíbrio econômico-financeiro do contrato está vinculada ao princípio
da continuidade dos serviços públicos.

(MPDFT-2021): Julgue o item a seguir: O parâmetro legal de referência para medir o equilíbrio
econômico-financeiro de um contrato de concessão de serviços públicos é a verificação de
manutenção, ou não, de suas condições ao tempo em que foi estabelecido o pacto. BL: art. 10, Lei
8987.

Art. 11. No atendimento às peculiaridades de cada serviço público, PODERÁ o poder


concedente PREVER, EM FAVOR da concessionária, no edital de licitação, a possibilidade de
outras fontes provenientes de receitas alternativas, complementares, acessórias ou de projetos
associados, com ou sem exclusividade, com vistas a favorecer a MODICIDADE DAS TARIFAS,
observado o disposto no art. 17 desta Lei . (PGEPI-2008) (MPDFT-2009) (PCAP-2010) (PGEPR-2011) (MPSP-
2013) (TRF3-2013) (MPPA-2014) (DPESP-2015) (DPEES-2016) (TJSC-2017) (TRF2-2017) (TJMG-2018) (PGEMS-2021)
(PGERS-2021) (MPRJ-2022) (PCSP-2022) (MPRR-2017/2023) (PGM-Rio Branco/AC-2023)

#Atenção: #STJ: #DOD: Não é possível que concessionária de rodovia cobre valores de autarquia
prestadora de serviço público pelo fato de ela estar usando faixa de domínio da via pública : É
indevida a cobrança promovida por concessionária de rodovia, em face de autarquia prestadora
de serviços de saneamento básico, pelo uso da faixa de domínio da via pública concedida.
Embora cedido ao particular, o bem público de uso comum do povo não se desnatura,
permanecendo, portanto, afetado à destinação pública. Por esse motivo, mostra-se ilegítimo
exigir remuneração pela sua utilização, quando voltada a viabilizar a execução de serviço
público de saneamento básico prestado por entidade estatal, cuja configuração jurídica seja
adversa à lucratividade, ou seja, esteja fora do regime concorrencial. STJ. 1ª S. REsp 1817302-SP,
Rel. Min. Regina Helena Costa, j. 08/06/22 (Tema IAC 8) (Info 740).
#Comentários sobre o julgado acima: #DOD: Não confundir:
1) Ente público cobrar da concessionária de serviço público pelo fato de ela estar utilizando as faixas
de domínio: NÃO pode.
2) Concessionária de serviço público cobrando de concessionária de serviço público pelo fato de ela
estar utilizando faixas de domínio de uma rodovia: PODE.
3) Concessionária de serviço público cobrando de autarquia prestadora de serviço de saneamento
básico pelo uso da faixa de domínio: NÃO pode.

#Atenção: #STJ: #DOD: #PCSP-2022: #VUNESP: É possível cobrar um valor da concessionária


de serviço público pelo fato de ela estar utilizando faixas de domínio de uma rodovia?: As
concessionárias de serviço público podem efetuar a cobrança pela utilização de faixas de
domínio de rodovia, mesmo em face de outra concessionária, desde que haja previsão editalícia
e contratual. STJ. 1ª T. REsp 1677414-SP, Rel. Min. Regina Helena Costa, j. 14/12/21 (Info 722). (...)
As concessionárias de serviço público podem efetuar a cobrança pela utilização de faixas de
domínio por outra concessionária que explora serviço público diverso, desde que haja previsão
no contrato de concessão. STJ. 2ª T. AREsp 1510988-SP, Rel. Min. Assusete Magalhães, j. 08/02/22
(Info 724).
(PCSP-2022-VUNESP): A respeito da cobrança de valores pela utilização de faixas de domínio de
rodovias por concessionárias de serviços públicos, com base na Lei 8.987/95 e na jurisprudência dos
Tribunais Superiores, assinale a alternativa correta: As concessionárias de serviço público podem
efetuar a cobrança pela utilização de faixas de domínio de rodovia, mesmo em face de outra
concessionária, desde que haja previsão editalícia e contratual. BL: Info 722, STJ.

#Atenção: #STJ e STF: #DOD: #PCSP-2022: #VUNESP: É possível cobrar um valor da


concessionária de serviço público pelo fato de ela estar utilizando faixas de domínio de uma
rodovia?
• Se essa cobrança é feita diretamente pelo ente público: NÃO. STF. Plenário. RE 581947,
Rel. Min. Eros Grau, j. 27/05/10 (Repercussão Geral – Tema 261).
• Se essa cobrança é feita por outra concessionária de serviço público: SIM, desde que
haja previsão no edital e no contrato de concessão. STJ. 1ª S. EREsp 985695-RJ, Rel. Min.
Humberto Martins, j. 26/11/14 (Info 554).
#Atenção: #DOD: NÃO CONFUNDIR...
É possível cobrar um valor da concessionária de serviço público pelo fato de ela estar utilizando
faixas de domínio de uma rodovia?
Se essa cobrança é feita diretamente pelo ente Se essa cobrança é feita por outra concessionária
público: NÃO de serviço público: SIM (desde que haja previsão
no edital e no contrato de concessão)
STF. Plenário. RE 581947, Rel. Min. Eros Grau, j. STJ. 1ª S. EREsp 985695-RJ, Rel. Min. Humberto
27/05/10 (Repercussão Geral – Tema 261). Martins, j. 26/11/14 (Info 554).

(TJSC-2017-FCC): Ao regular os aspectos remuneratórios do contrato de concessão de serviços


públicos a Lei 8.987/95 dispõe que o concessionário de serviços públicos poderá explorar projetos
associados à concessão, previstos no edital de licitação, com vistas a favorecer a modicidade
tarifária. BL: art. 11, Lei 8987.

(TRF3-2013): Assinale a alternativa correta: Tarifa, cobrada pelo concessionário dos usuários do
serviço público que presta, não é a única forma admissível de remuneração daquele, em cujo favor
podem ser previstas outras fontes de receita, nos termos da lei, do edital de licitação e do contrato.
BL: art. 11, Lei 8987.

Parágrafo único. As fontes de receita previstas neste artigo serão obrigatoriamente


consideradas para a aferição do inicial equilíbrio econômico-financeiro do contrato . (MPPA-2014)
(TJSC-2017) (TRF2-2017) (PGERS-2021)

Art. 12. (VETADO)

Art. 13. As TARIFAS PODERÃO SER diferenciadas em função das características técnicas e
dos custos específicos provenientes do atendimento aos distintos segmentos de usuários. (PGEPE-
2009) (TJAC-2012) (MPMG-2012) (MPRR-2012) (MPSP-2013) (DPERR-2013) (MPPA-2014) (TJPB-2015) (TJAM-2016)
(PGM-POA/RS-2016) (TJSC-2017) (TRF2-2017) (TRF3-2018) (TJBA-2019) (PGEMS-2021) (PGM-Rio Branco/AC-2023)

#Atenção: #STJ: #DOD: #TJPB-2015: #TJAM-2016: #TJBA-2019: #CESPE: Imagine que em


determinada residência a companhia de água não instalou hidrômetro (aparelho com que se
mede a quantidade de água consumida). Nesse caso, como será a cobrança da tarifa? Será
possível cobrar um valor com base na estimativa? NÃO. Na falta de hidrômetro ou defeito no
seu funcionamento, a cobrança pelo fornecimento de água deve ser realizada pela tarifa
mínima, sendo vedada a cobrança por estimativa. Isso porque a tarifa deve ser calculada com
base no consumo efetivamente medido no hidrômetro. STJ. 2ª T. REsp 1.513.218-RJ, Rel. Min.
Humberto Martins, j. 10/3/15 (Info 557). (...)Não há como confundir tarifa por estimativa com
tarifa mínima. O acórdão recorrido está em sintonia com o atual entendimento do STJ de que,
inexistindo hidrômetro, é possível a cobrança pela tarifa mínima. STJ. 2ª T., REsp 1721682/GO,
Rel. Min. Herman Benjamin, j. 03/04/18.

(TRF2-2017): Sobre o equilíbrio econômico-financeiro das concessões comuns, patrocinadas c


administrativas reguladas nas Leis n° 8.987/95 e n° 11.079/04, é correto afirmar que: As tarifas
poderão ser diferenciadas em razão das características técnicas e dos custos específicos
provenientes do atendimento aos distintos segmentos de usuários. BL: art. 13, Lei 8987.

(MPPA-2014-FCC): Acerca das atividades administrativas, é correto afirmar que na prestação de


serviços públicos em regime de concessão ou permissão, as tarifas poderão ser diferenciadas em
função das características técnicas e dos custos específicos provenientes do atendimento aos
distintos segmentos de usuários. BL: art. 13, Lei 8987.

#Atenção: #TJAC-2012: #CESPE: Existe a possibilidade de instituição de tarifas diferenciadas.


Nesse sentido, Di Pietro (in Maria Sylvia Zanella Direito administrativo / Maria Sylvia Zanella Di
Pietro. - 27. ed. São Paulo: Atlas, 2014. P. 118): “Pelo princípio da igualdade dos usuários perante o
serviço público, desde que a pessoa satisfaça às condições legais, ela faz jus à prestação do serviço, sem
qualquer distinção de caráter pessoal. A Lei de concessões de serviços públicos (Lei nº 8.987, de 13-2-
95) prevê a possibilidade de serem estabelecidas tarifas diferenciadas "em função das
características técnicas e dos custos específicos provenientes do atendimento aos distintos
segmentos de usuário"; é o que permite, por exemplo, isenção de tarifa para idosos ou tarifas
reduzidas para os usuários de menor poder aquisitivo; trata-se de aplicação do princípio da
razoabilidade (...)”.

Capítulo V

DA LICITAÇÃO

Art. 14. Toda concessão de serviço público, PRECEDIDA ou NÃO da execução de obra
pública, SERÁ objeto DE PRÉVIA LICITAÇÃO, nos termos da legislação própria e com
observância dos princípios da legalidade, moralidade, publicidade, igualdade, do julgamento por
critérios objetivos e da vinculação ao instrumento convocatório . (TJRS-2009) (TRF2-2011) (MPGO-2012)
(TJRJ-2013) (MPES-2013) (PGEPA-2015) (PGESC-2018) (PCGO-2022)

(PCGO-2022-AOCP): A consecução da missão institucional estatal é tarefa complexa que, na


contemporaneidade, releva a necessidade de articulação intensa entre os esforços da própria
Administração Pública e a atuação de agentes privados, em um movimento tratado na literatura
internacional como o Estado Relacional. Nesse cenário, se inserem as figuras contratuais
específicas no Direito Administrativo brasileiro de concessão e permissão da prestação de serviços
públicos e parcerias público-privadas. Sobre o regime jurídico administrativo de tais institutos no
âmbito da Administração Pública brasileira, assinale a alternativa correta: Toda concessão de
serviço público, precedida ou não da execução de obra pública, será objeto de prévia licitação, nos
termos da legislação própria e com observância dos princípios da legalidade, moralidade,
publicidade, igualdade, do julgamento por critérios objetivos e da vinculação ao instrumento
convocatório. BL: art. 14, Lei 8987.

Art. 15. No julgamento da licitação SERÁ CONSIDERADO um dos seguintes critérios:


(Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998) (PCMA-2012) (TJSC-2019) (PGERS-2021)

I - O MENOR VALOR DA TARIFA do serviço público a ser prestado; (Redação dada pela Lei nº
9.648, de 1998) (PCMA-2012)

II - A MAIOR OFERTA, nos casos de pagamento ao poder concedente pela outorga da


concessão; (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998) (PCMA-2012)

III - a combinação, DOIS A DOIS, dos critérios referidos nos incisos I, II e VII ; (Redação dada
pela Lei nº 9.648, de 1998) (PCMA-2012)

IV - MELHOR PROPOSTA TÉCNICA, com preço fixado no edital; (Incluído pela Lei nº 9.648, de
1998) (PCMA-2012)

V - MELHOR PROPOSTA em razão da combinação dos critérios de MENOR VALOR DA


TARIFA do serviço público a ser prestado com o DE MELHOR TÉCNICA; (Incluído pela Lei nº 9.648, de
1998) (PCMA-2012) (PCGO-2013)

VI - MELHOR PROPOSTA em razão da combinação dos critérios de MAIOR OFERTA PELA


OUTORGA da concessão com o DE MELHOR TÉCNICA; ou (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998) (PCMA-
2012)

VII - MELHOR OFERTA DE PAGAMENTO PELA OUTORGA após qualificação de


propostas técnicas. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998) (PCMA-2012)

§ 1o A aplicação do critério previsto no inciso III só será admitida quando previamente


estabelecida no edital de licitação, inclusive com regras e fórmulas precisas para avaliação
econômico-financeira. (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

§ 2o Para fins de aplicação do disposto nos incisos IV, V, VI e VII, o edital de licitação conterá
parâmetros e exigências para formulação de propostas técnicas. (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

§ 3o O poder concedente recusará propostas manifestamente inexequíveis ou financeiramente


incompatíveis com os objetivos da licitação. (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

§ 4o Em igualdade de condições, será dada preferência à proposta apresentada por empresa


brasileira. (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998) (PGM-Recife/PE-2022)
Art. 16. A outorga de concessão ou permissão NÃO TERÁ caráter de exclusividade, SALVO
no caso de inviabilidade técnica ou econômica justificada no ato a que se refere o art. 5 o desta Lei.
(PGEAL-2009) (PGERS-2010) (PGEPR-2011) (PGM-POA/RS-2016) (Cartórios/TJRS-2019) (PGEAM-2022) (PCRR-2022)

Art. 17. CONSIDERAR-SE-Á DESCLASSIFICADA a proposta que, para sua viabilização,


NECESSITE de vantagens ou subsídios que NÃO ESTEJAM previamente autorizados em lei e à
disposição de todos os concorrentes. (PGEPA-2011) (MPDFT-2021)

§ 1o Considerar-se-á, também, desclassificada a proposta de entidade estatal alheia à esfera


político-administrativa do poder concedente que, para sua viabilização, necessite de vantagens ou
subsídios do poder público controlador da referida entidade . (Renumerado do parágrafo único pela Lei nº
9.648, de 1998) (DPEAM-2018)

§ 2o Inclui-se nas vantagens ou subsídios de que trata este artigo, qualquer tipo de tratamento
tributário diferenciado, ainda que em conseqüência da natureza jurídica do licitante, que
comprometa a isonomia fiscal que deve prevalecer entre todos os concorrentes . (Incluído pela Lei nº
9.648, de 1998)

Art. 18. O EDITAL DE LICITAÇÃO será elaborado pelo poder concedente, observados, no
que couber, os critérios e as normas gerais da legislação própria sobre licitações e contratos e
conterá, especialmente: (PGESP-2012) (AGU-2012) (TJRJ-2013) (MPF-2013) (MPPA-2014) (PGERN-2014)
(PGEMA-2016) (TJSC-2017) (TRF2-2017) (PCAP-2017) (TJMT-2018) (TJRO-2019) (PGEMS-2021) (MPRJ-2022) (MPSC-
2023)

I - o objeto, metas e prazo da concessão; (PCAP-2017) (MPSC-2023)

II - a descrição das condições necessárias à prestação adequada do serviço;

III - os prazos para recebimento das propostas, julgamento da licitação e assinatura do contrato;

IV - prazo, local e horário em que serão fornecidos, aos interessados, os dados, estudos e
projetos necessários à elaboração dos orçamentos e apresentação das propostas;

V - os critérios e a relação dos documentos exigidos para a aferição da capacidade técnica, da


idoneidade financeira e da regularidade jurídica e fiscal;

VI - as possíveis FONTES DE RECEITAS ALTERNATIVAS, complementares ou acessórias,


bem como as provenientes de projetos associados; (MPPA-2014) (TJSC-2017) (PGEMS-2021) (MPRJ-2022)

VII - os direitos e obrigações do poder concedente e da concessionária em relação a alterações e


expansões a serem realizadas no futuro, para garantir a continuidade da prestação do serviço;

VIII - os critérios de reajuste e revisão da tarifa;

IX - os critérios, indicadores, fórmulas e parâmetros a serem utilizados no julgamento técnico


e econômico-financeiro da proposta; (PGERN-2014) (TRF2-2017)

X - a indicação dos bens reversíveis; (AGU-2012) (PGEMA-2016)

XI - as características dos bens reversíveis e as condições em que estes serão postos à disposição,
nos casos em que houver sido extinta a concessão anterior;

XII - a expressa indicação do responsável pelo ônus das desapropriações necessárias à


execução do serviço ou da obra pública, ou para a instituição de servidão administrativa ; (TJMT-
2018) (TJRO-2019)

XIII - as condições de liderança da empresa responsável, na hipótese em que for permitida a


participação de empresas em consórcio; (MPF-2013) (TJRO-2019)

XIV - nos casos de concessão, a minuta do respectivo contrato, que conterá as cláusulas
essenciais referidas no art. 23 desta Lei, quando aplicáveis;
XV - nos casos de concessão de serviços públicos precedida da execução de obra pública, os
dados relativos à obra, dentre os quais os elementos do projeto básico que permitam sua plena
caracterização, bem assim as garantias exigidas para essa parte específica do contrato, adequadas a
cada caso e limitadas ao valor da obra; (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998) (PGESP-2012)

XVI - nos casos de permissão, os termos do contrato de adesão a ser firmado. (TJRJ-2013)

Art. 18-A. O edital PODERÁ PREVER a INVERSÃO DA ORDEM das fases de habilitação e
julgamento, hipótese em que: (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005) (MPDFT-2009) (TRF2-2009) (PCPB-2009)
(DPEAM-2011) (TJDFT-2012) (PGEMA-2016) (PCAL-2023)

I - encerrada a fase de classificação das propostas ou o oferecimento de lances, será aberto o


invólucro com os documentos de habilitação do licitante mais bem classificado, para verificação
do atendimento das condições fixadas no edital ; (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005) (TRF2-2009) (PCPB-
2009)

II - verificado o atendimento das exigências do edital, o licitante será declarado vencedor ;


(Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)

III - inabilitado o licitante melhor classificado, serão analisados os documentos habilitatórios do


licitante com a proposta classificada em segundo lugar, e assim sucessivamente, até que um licitante
classificado atenda às condições fixadas no edital; (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)

IV - proclamado o resultado final do certame, o objeto será adjudicado ao vencedor nas


condições técnicas e econômicas por ele ofertadas. (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)

Art. 19. Quando permitida, na licitação, a participação de empresas em consórcio, observar-se-


ão as seguintes normas:

I - comprovação de compromisso, público ou particular, de constituição de consórcio, subscrito


pelas consorciadas;

II - indicação da empresa responsável pelo consórcio;

III - apresentação dos documentos exigidos nos incisos V e XIII do artigo anterior, por parte de
cada consorciada;

IV - impedimento de participação de empresas consorciadas na mesma licitação, por


intermédio de mais de um consórcio ou isoladamente. (MPF-2013)

§ 1o O licitante vencedor fica obrigado a promover, antes da celebração do contrato, a


constituição e registro do consórcio, nos termos do compromisso referido no inciso I deste artigo .
(Cartórios/TJPR-2019)

§ 2o A empresa líder do consórcio é a responsável perante o poder concedente pelo


cumprimento do contrato de concessão, SEM PREJUÍZO da RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA
das demais consorciadas. (MPMS-2011) (PGEPA-2012) (MPF-2013)

Art. 20. É FACULTADO ao poder concedente, desde que previsto no edital, no interesse do
serviço a ser concedido, determinar que o licitante vencedor, no caso de consórcio, se constitua em
empresa antes da celebração do contrato. (Cartórios/TJPR-2019)

Art. 21. Os estudos, investigações, levantamentos, projetos, obras e despesas ou investimentos


já efetuados, vinculados à concessão, de utilidade para a licitação, realizados pelo poder
concedente ou com a sua autorização, estarão à disposição dos interessados, devendo o vencedor
da licitação ressarcir os dispêndios correspondentes, especificados no edital . (TJSP-2018)

#Atenção: Na perspectiva de uma Administração democrática, participativa e dialógica, o


procedimento de manifestação de interesse nada mais é do que uma consulta feita pela
Administração aos particulares em geral para estes apresentem, conforme diretrizes pré-
estabelecidas, planos e projetos de delegação de serviços públicos, inclusive quanto à sua
modelagem. Está previsto no art. 21 da Lei 8.987/95 e no art. 2º da Lei 11.922/09, este último in
verbis:
Art. 2o Ficam os Poderes Executivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios autorizados a estabelecer normas para regular procedimento administrativo,
visando a estimular a iniciativa privada a apresentar, por sua conta e risco, estudos e
projetos relativos à concessão de serviços públicos, concessão de obra pública ou parceria
público-privada”.

O chamado procedimento de manifestação de interesse (PMI) é admitido principalmente na Lei n.


11.079/04 (Parceria Público-Privada). Em âmbito federal, é regulamentado pelo Decreto n.
8.428/2015. Vejamos o art. 1º, caput, do referido decreto:
Art. 1º Este Decreto estabelece o Procedimento de Manifestação de Interesse - PMI a ser
observado na apresentação de projetos, levantamentos, investigações ou estudos, por
pessoa física ou jurídica de direito privado, com a finalidade de subsidiar a administração
pública na estruturação de empreendimentos objeto de concessão ou permissão de serviços
públicos, de parceria público-privada, de arrendamento de bens públicos ou de concessão
de direito real de uso. (...)

Art. 22. É assegurada a qualquer pessoa a obtenção de certidão sobre atos, contratos, decisões ou
pareceres relativos à licitação ou às próprias concessões.

Capítulo VI

DO CONTRATO DE CONCESSÃO

Art. 23. São cláusulas essenciais do contrato de concessão as relativas:

I - ao objeto, à área e ao prazo da concessão ; (PGERS-2010) (PCAP-2017) (Cartórios/TJMG-2019) (MPSC-


2023)

II - ao modo, forma e condições de prestação do serviço;

III - aos critérios, indicadores, fórmulas e parâmetros definidores da qualidade do serviço;

IV - ao preço do serviço e aos critérios e procedimentos para o reajuste e a revisão das tarifas;

V - aos direitos, garantias e obrigações do poder concedente e da concessionária, inclusive os


relacionados às previsíveis necessidades de futura alteração e expansão do serviço e conseqüente
modernização, aperfeiçoamento e ampliação dos equipamentos e das instalações;

VI - aos direitos e deveres dos usuários para obtenção e utilização do serviço; (PGEPA-2015)

VII - à forma de fiscalização das instalações, dos equipamentos, dos métodos e práticas de
execução do serviço, bem como a indicação dos órgãos competentes para exercê-la ; (MPSP-2008)
(Cartórios/TJMG-2019)

VIII - às penalidades contratuais e administrativas a que se sujeita a concessionária e sua


forma de aplicação; (PCAC-2017)

IX - aos casos de extinção da concessão;

X - aos bens reversíveis; (AGU-2012) (Cartórios/TJMG-2015)

XI - aos critérios para o cálculo e a forma de pagamento das indenizações devidas à


concessionária, quando for o caso;

XII - às condições para prorrogação do contrato; (PGERS-2021) (PGM-São Paulo/SP-2023)

XIII - à obrigatoriedade, forma e periodicidade da prestação de contas da concessionária ao


poder concedente;

XIV - à exigência da publicação de demonstrações financeiras periódicas da concessionária; e


XV - ao foro e ao modo amigável de solução das divergências contratuais. (PCPB-2009)

Parágrafo único. Os contratos relativos à concessão de serviço público precedido da execução


de obra pública deverão, adicionalmente:

I - estipular os cronogramas físico-financeiros de execução das obras vinculadas à concessão; e


(MPF-2011)

II - exigir garantia do fiel cumprimento, pela concessionária, das obrigações relativas às obras
vinculadas à concessão.

Art. 23-A. O CONTRATO DE CONCESSÃO PODERÁ PREVER o emprego de


MECANISMOS PRIVADOS para resolução de disputas decorrentes ou relacionadas ao contrato,
INCLUSIVE a ARBITRAGEM, A SER REALIZADA no Brasil e em língua portuguesa, nos termos
da Lei no 9.307, de 23 de setembro de 1996. (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005) (TJPR-2008) (MPRO-2008)
(PCPB-2009) (PGEAM-2010) (MPMS-2011) (PGEPR-2011) (TJDFT-2012) (MPAP-2012) (TJRJ-2014) (TJPE-2015)
(MPDFT-2015) (PGEMA-2016) (TRF2-2017) (TRF3-2018) (MPM-2021) (PCGO-2022) (MPPA-2023) (PGM-Rio
Branco/AC-2023)

(PCGO-2022-AOCP): A consecução da missão institucional estatal é tarefa complexa que, na


contemporaneidade, releva a necessidade de articulação intensa entre os esforços da própria
Administração Pública e a atuação de agentes privados, em um movimento tratado na literatura
internacional como o Estado Relacional. Nesse cenário, se inserem as figuras contratuais
específicas no Direito Administrativo brasileiro de concessão e permissão da prestação de serviços
públicos e parcerias público-privadas. Sobre o regime jurídico administrativo de tais institutos no
âmbito da Administração Pública brasileira, assinale a alternativa correta: O contrato de
concessão, regulado pela Lei 8.987/95, poderá prever o emprego de mecanismos privados para
resolução de disputas decorrentes ou relacionadas ao contrato, inclusive a arbitragem. BL: art. 23-
A, Lei 8987.

(MPAP-2012-FCC): De acordo com as diversas leis que regem as contratações da Administração, a


arbitragem é admissível nos contratos de concessão comum de serviços públicos, desde que seja
realizada no Brasil e em língua portuguesa. BL: art. 23-A, Lei 8987.

(MPRO-2008-CESPE): Acerca dos contratos administrativos, assinale a opção correta: Se


determinado estado da Federação firmar contrato de concessão pública de transporte público
interestadual, tal contrato poderá, conforme a legislação federal de regência, prever o emprego de
mecanismos privados para resolução de disputas decorrentes desse contrato ou a ele relacionadas,
inclusive a arbitragem. BL: art. 23-A, Lei 8987.

Art. 24. (VETADO)

Art. 25. INCUMBE à concessionária a EXECUÇÃO DO SERVIÇO CONCEDIDO, CABENDO-


LHE RESPONDER por todos os prejuízos causados ao poder concedente, aos usuários ou a
terceiros, SEM QUE a fiscalização exercida pelo órgão competente EXCLUA ou ATENUE essa
responsabilidade. (PGEES-2008) (PCPB-2009) (DPEGO-2010) (PGEPR-2011) (TJDFT-2012) (AGU-2012) (TRF5-
2013) (TJRJ-2012/2014) (DPERS-2014) (PCSC-2014) (TJPE-2015) (MPBA-2015) (DPESP-2015) (PCPE-2016) (MPSP-2017)
(DPU-2017) (DPEAM-2018) (PGESP-2018) (MPGO-2012/2019) (TJRO-2019) (Cartórios/TJMG-2019) (Cartórios/TJRS-
2019) (MPAP-2021) (PGEMS-2021) (PGEPB-2021) (TJRS-2022) (PCRR-2022) (MPPA-2023) (PFN-2023) (PGM-Rio
Branco/AC-2023) (PGM-São Paulo/SP-2023)

(PGEMS-2021-CESPE): Um contrato de concessão de serviço público possui cláusulas que


preveem: “I outras fontes de receita além da cobrança de tarifas; II possibilidade de alteração unilateral das
condições contratuais por parte da administração, sem que isso implique reajuste da tarifa; III tarifas
distintas para diferentes categorias de usuários, conforme critérios do instrumento convocatório; IV
obrigação de a concessionária responder por prejuízos causados a usuários, a despeito de fiscalização prévia
do concedente; V proibição de subconcessão do objeto do contrato.” Acerca dessa situação hipotética e do
que dispõe a Lei de Concessões e Permissões (Lei 8.987/95), assinale a opção correta: É, em
princípio, válida cláusula que obrigue concessionária a responder por prejuízos causados a
usuários, independentemente de fiscalização prévia do órgão concedente. BL: art. 25, Lei 8987.

(MPGO-2019): De acordo com a Lei 8.987/95, que dispõe sobre o regime de concessão e permissão
da prestação de serviços públicos previstos na Constituição Federal, é correto afirmar que
incumbe à concessionária a execução do serviço concedido, cabendo-lhe responder por todos os
prejuízos causados ao poder concedente, aos usuários ou a terceiros, sem que a fiscalização
exercida pelo órgão competente exclua ou atenue essa responsabilidade. BL: art. 25, Lei 8987.

(MPPR-2017): Sobre concessão de serviço público, assinale a alternativa correta: Conforme Lei nº
8.987/95 (Lei das Concessões e Permissões), a concessionária atua por sua conta e risco, cabendo-
lhe responder por todos os prejuízos causados ao poder concedente, aos usuários ou a terceiros,
sem que a fiscalização exercida pelo órgão competente exclua ou mesmo atenue essa
responsabilidade. BL: art. 25, Lei 8987.

#Atenção: #PCPI-2009: #DPEGO-2010: #DPERS-2014: #DPESP-2015: #MPSP-2017: #DPU-2017:


#PGESP-2018: #TJRO-2019: #Cartórios/TJRS-2019: #MPAP-2021: #PGEPB-2021: #TJRS-2022:
#PFN-2023: #CESPE: #Faurgs: #FCC: #VUNESP: As concessionárias de serviço respondem
diretamente e não subsidiária pelos danos causados no exercício da atividade delegada, conforme
dispõe o art. 25 da Lei 8.987/95.

(AGU-2012-CESPE): A respeito de concessões e permissões de serviço público, julgue o item


subsequente: À concessionária cabe a execução do serviço concedido, incumbindo-lhe a
responsabilidade por todos os prejuízos causados ao poder concedente, aos usuários ou a
terceiros, não admitindo a lei que a fiscalização exercida pelo órgão competente exclua ou atenue
tal responsabilidade. BL: art. 25, Lei 8987.

§ 1o Sem prejuízo da responsabilidade a que se refere este artigo, a concessionária PODERÁ


CONTRATAR com terceiros o desenvolvimento de atividades inerentes, acessórias ou
complementares ao serviço concedido, bem como a implementação de projetos associados. (PCPB-
2009) (TJRJ-2014) (TJSC-2019) (TJRO-2019) (PGM-Rio Branco/AC-2023)

§ 2o Os contratos celebrados entre a concessionária e os terceiros a que se refere o parágrafo


anterior reger-se-ão pelo direito privado, não se estabelecendo qualquer relação jurídica entre os
terceiros e o poder concedente. (PGM-Rio Branco/AC-2023)

§ 3o A execução das atividades contratadas com terceiros pressupõe o cumprimento das normas
regulamentares da modalidade do serviço concedido.

Art. 26. É ADMITIDA a SUBCONCESSÃO, nos termos previstos no contrato de concessão,


DESDE QUE expressamente autorizada pelo poder concedente. (TJDFT-2011) (TJGO-2012) (DPEAC-
2012) (PCMA-2012) (TRF5-2013) (MPF-2013) (PCGO-2013) (TJRJ-2012/2014) (PCDF-2015) (TJSC-2019) (PGEMS-2021)
(PGEPB-2021) (MPPA-2023) (PCAL-2023) (PGM-Rio Branco/AC-2023) (PGM-São Paulo/SP-2023)

§ 1o A outorga de subconcessão SERÁ SEMPRE PRECEDIDA de CONCORRÊNCIA. (PGEAL-


2009) (TJGO-2012) (PCMA-2012) (PCDF-2015) (TJAC-2019) (TJSC-2019) (PGEPB-2021) (MPPA-2023) (PCAL-2023)
(PGM-São Paulo/SP-2023)

(PGEPB-2021-CESPE): Acerca do regime de concessão e permissão de serviços públicos previsto


na Lei 8.987/95, julgue o próximo item: Pode haver a subconcessão do serviço público, desde que
haja previsão no contrato, haja autorização do poder concedente e seja precedida de licitação na
modalidade concorrência. BL: art. 26, caput e 1º, Lei 8987.

(TJAC-2019-VUNESP): Nos termos da legislação pátria, se uma concessionária pretender fazer a


subconcessão do serviço público a ela concedido, poderá fazê-lo por meio de concorrência, desde
que autorizada no contrato, com anuência expressa do poder concedente. BL: art. 26, §1º, Lei 8987.

#Atenção: Cumpre ressaltar que os contratos administrativos são pessoais, isto é, precisam ser
executados pelo próprio contratado, sob pena de burla aos princípios da impessoalidade e da
moralidade. Entretanto, como explica Rafael C. Rezende Oliveira, “não se pode emprestar caráter
absoluto a essa exigência, admitindo-se, nas hipóteses legais, a alteração subjetiva do contrato (ex.: os
arts. 72 e 78, VI, da Lei 8.666/1993”. Exemplo disso é o art. 26 da Lei 8.987/95, o qual dispõe que “é
admitida a subconcessão, nos termos previstos no contrato de concessão, DESDE QUE
EXPRESSAMENTE AUTORIZADA pelo Poder Concedente”, sendo que, segundo o § 1º, do mesmo
dispositivo, esta outorga de subconcessão será sempre precedida de concorrência. Por fim, vale
registrar que, na linha consagrada no TCU, “É inadmissível subcontratação total, por ofensa às
normas regentes dos contratos administrativos” (TCU, Plenário, Acórdão n.º 2189/2011-Plenário,
TC-005.769/2010-8, rel. Min. José Jorge, 17/08/11)
§ 2o O subconcessionário se sub-rogará todos os direitos e obrigações da subconcedente
dentro dos limites da subconcessão. (PCAL-2023) (PGM-Rio Branco/AC-2023)

Art. 27. A transferência de concessão ou do controle societário da concessionária SEM


PRÉVIA ANUÊNCIA do poder concedente IMPLICARÁ a CADUCIDADE da concessão. (TJSP-
2008) (TJDFT-2011) (TJGO-2012) (PCMA-2012) (TJPR-2013) (TRF4-2014) (Cartórios/TJMG-2017) (TRF3-2018) (TJRJ-
2019) (TJRO-2019) (PGM-Campo Grande/MS-2019) (MPSC-2021) (PCMG-2021) (PGDF-2022) (MPPA-2023) (PCAL-
2023) (PGM-Rio Branco/AC-2023) (PGM-São Paulo/SP-2023)

(MPPA-2023-CESPE): No que diz respeito aos contratos de concessão de serviços públicos, em


atenção à Lei 8.987/95, assinale a opção correta: A transferência da concessão sem prévia anuência
do poder concedente enseja a caducidade da concessão. BL: art. 27, caput, Lei 8987.

(PCAL-2023-CESPE): Considerando o disposto na Lei 8.987/95, que trata das concessões e


permissões de serviços públicos, julgue o próximo item: Ocorrerá a caducidade da concessão
sempre que houver alteração no controle societário da concessionária sem prévia anuência do
poder concedente. BL: art. 27, caput, Lei 8987.

#Atenção: Como daí se depreende, de fato, a lei estabelece, de modo impositivo, que a
transferência de concessão ou do controle societário da concessionária sem prévia anuência do
poder concedente acarreta a caducidade da concessão, que vem a ser forma de extinção
antecipada do contrato por comportamento culposo do concessionário, com as sanções daí
derivadas.

(PGM-Campo Grande/MS-2019-CESPE): A respeito do regime de concessão e permissão da


prestação de serviços públicos, julgue o item subsecutivo: A transferência de concessão ou de
controle societário da concessionária sem a prévia anuência do poder concedente implicará a
caducidade da concessão. BL: art. 27, caput, Lei 8987.

§ 1o Para fins de obtenção da anuência de que trata o caput deste artigo, o pretendente deverá :
(Renumerado do parágrafo único pela Lei nº 11.196, de 2005) (TJRO-2019)

I - atender às exigências de capacidade técnica, idoneidade financeira e regularidade jurídica


e fiscal necessárias à assunção do serviço; e (TJRO-2019)

II - comprometer-se a cumprir todas as cláusulas do contrato em vigor. (TJRO-2019)

§ 2o a 4o (Revogados). (Redação dada pela Lei nº 13.097, de 2015)

Art. 27-A. Nas condições estabelecidas no contrato de concessão, o poder concedente


autorizará a assunção do controle ou da administração temporária da concessionária por seus
financiadores e garantidores com quem NÃO MANTENHA vínculo societário direto, para
promover sua reestruturação financeira e assegurar a continuidade da prestação dos serviços .
(Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015) (PCAC-2017) (TJPA-2019)

(TJPA-2019-CESPE): Assinale a opção correta, a respeito da administração temporária de


concessionária de serviço público por seus financiadores e garantidores: Esse tipo de
administração vista promover sua reestruturação financeira e assegurar a continuidade da
prestação dos serviços. BL: art. 27-A, caput, Lei 8987.

§ 1o Na hipótese prevista no caput, o poder concedente exigirá dos financiadores e dos


garantidores que atendam às exigências de regularidade jurídica e fiscal, podendo alterar ou
dispensar os demais requisitos previstos no inciso I do parágrafo único do art. 27 . (Incluído pela Lei nº
13.097, de 2015) (TJPA-2019)

§ 2o A assunção do controle ou da administração temporária autorizadas na forma do caput


deste artigo não alterará as obrigações da concessionária e de seus controladores para com terceiros,
poder concedente e usuários dos serviços públicos. (Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015)

§ 3o Configura-se o controle da concessionária, para os fins dispostos no caput deste artigo,


a propriedade resolúvel de ações ou quotas por seus financiadores e garantidores que atendam os
requisitos do art. 116 da Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976 . (Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015)
(TJPA-2019)

Art. 116. Entende-se por acionista controlador a pessoa, natural ou jurídica, ou o grupo de pessoas
vinculadas por acordo de voto, ou sob controle comum, que:
a) é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, a maioria dos votos nas
deliberações da assembléia-geral e o poder de eleger a maioria dos administradores da companhia; e
b) usa efetivamente seu poder para dirigir as atividades sociais e orientar o funcionamento dos
órgãos da companhia.
Parágrafo único. O acionista controlador deve usar o poder com o fim de fazer a companhia
realizar o seu objeto e cumprir sua função social, e tem deveres e responsabilidades para com os demais
acionistas da empresa, os que nela trabalham e para com a comunidade em que atua, cujos direitos e
interesses deve lealmente respeitar e atender.

§ 4o Configura-se a administração temporária da concessionária por seus financiadores e


garantidores quando, sem a transferência da propriedade de ações ou quotas, forem outorgados os
seguintes poderes: (Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015) (TJPA-2019) (TCDF-2021)

I - indicar os membros do Conselho de Administração, a serem eleitos em Assembleia Geral


pelos acionistas, nas sociedades regidas pela Lei 6.404, de 15 de dezembro de 1976; ou
administradores, a serem eleitos pelos quotistas, nas demais sociedades ; (Incluído pela Lei nº 13.097, de
2015) (TCDF-2021)

II - indicar os membros do Conselho Fiscal, a serem eleitos pelos acionistas ou quotistas


controladores em Assembleia Geral; (Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015) (TCDF-2021)

III - exercer poder de veto sobre qualquer proposta submetida à votação dos acionistas ou
quotistas da concessionária, que representem, ou possam representar, prejuízos aos fins previstos
no caput deste artigo; (Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015) (TCDF-2021)

IV - outros poderes necessários ao alcance dos fins previstos no caput deste artigo. (Incluído pela
Lei nº 13.097, de 2015)

§ 5o A ADMINISTRAÇÃO TEMPORÁRIA autorizada na forma deste artigo NÃO


ACARRETARÁ responsabilidade aos financiadores e garantidores em relação à tributação,
encargos, ônus, sanções, obrigações ou compromissos com terceiros, inclusive com o poder
concedente ou empregados. (Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015) (PCAC-2017) (TJPA-2019)

§ 6o O Poder Concedente disciplinará sobre o prazo da administração temporária . (Incluído pela


Lei nº 13.097, de 2015)

Art. 28. Nos contratos de financiamento, as concessionárias PODERÃO OFERECER em


garantia os DIREITOS EMERGENTES DA CONCESSÃO, até o limite que NÃO COMPROMETA
a operacionalização e a continuidade da prestação do serviço. (TJRJ-2012) (TJAC-2012) (TJPA-2019)
(MPPA-2023) (PGM-Rio Branco/AC-2023)

Parágrafo único. (Revogado pela Lei no 9.074, de 1995)

Art. 28-A. Para garantir CONTRATOS DE MÚTUO DE LONGO PRAZO, destinados a


investimentos relacionados a contratos de concessão, em qualquer de suas modalidades, as
concessionárias PODERÃO CEDER ao mutuante, EM CARÁTER FIDUCIÁRIO, parcela de seus
créditos operacionais futuros, observadas as seguintes condições : (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)
(TJDFT-2012) (MPTO-2012)

I - o contrato de cessão dos créditos deverá ser registrado em Cartório de Títulos e


Documentos para ter eficácia perante terceiros; (TJPE-2013)

II - sem prejuízo do disposto no inciso I do caput deste artigo, a cessão do crédito não terá
eficácia em relação ao Poder Público concedente senão quando for este formalmente notificado ;
(Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)
III - os créditos futuros cedidos nos termos deste artigo serão constituídos sob a titularidade
do mutuante, independentemente de qualquer formalidade adicional ; (Incluído pela Lei nº 11.196, de
2005) (TJPE-2013)

IV - o mutuante poderá indicar instituição financeira para efetuar a cobrança e receber os


pagamentos dos créditos cedidos ou permitir que a concessionária o faça, na qualidade de
representante e depositária; (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005) (TJPE-2013)

V - na hipótese de ter sido indicada instituição financeira, conforme previsto no inciso IV do


caput deste artigo, fica a concessionária obrigada a apresentar a essa os créditos para cobrança ;
(Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)

VI - os pagamentos dos créditos cedidos deverão ser depositados pela concessionária ou pela
instituição encarregada da cobrança em conta corrente bancária vinculada ao contrato de mútuo ;
(Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)

VII - a instituição financeira depositária deverá transferir os valores recebidos ao mutuante à


medida que as obrigações do contrato de mútuo tornarem-se exigíveis; e (Incluído pela Lei nº 11.196, de
2005)

VIII - o contrato de cessão disporá sobre a devolução à concessionária dos recursos


excedentes, sendo vedada a retenção do saldo após o adimplemento integral do contrato . (Incluído
pela Lei nº 11.196, de 2005) (TJPE-2013)

Parágrafo único. Para os fins deste artigo, serão considerados contratos de longo prazo
aqueles cujas obrigações tenham prazo médio de vencimento superior a 5 (cinco) anos . (Incluído pela
Lei nº 11.196, de 2005) (TJPE-2013)

Capítulo VII

DOS ENCARGOS DO PODER CONCEDENTE

Art. 29. INCUMBE ao PODER CONCEDENTE:

I - REGULAMENTAR o serviço concedido e FISCALIZAR permanentemente a sua prestação;


(MPSP-2008)

(DPESP-2015-FCC): Relativamente ao tema dos serviços públicos, é correto afirmar que: A


prestação de serviços públicos essenciais pode ser delegada ao particular somente se o ente
público continuar a fiscalização e o controle de sua execução. BL: art. 3º2 c/c art. 29, I, Lei 8987.

#Atenção: De fato, a fiscalização pelo poder concedente deve ocorrer e é permanente. Desse
modo, o fato de o concessionário prestar o serviço público por sua própria conta e risco não tem o
condão de afastar a fiscalização exercida pelo Poder Concedente cujo objetivo é a verificação da
qualidade do serviço prestado.

II - aplicar as penalidades regulamentares e contratuais;

III - intervir na prestação do serviço, nos casos e condições previstos em lei;

IV - extinguir a concessão, nos casos previstos nesta Lei e na forma prevista no contrato;

V - HOMOLOGAR reajustes e PROCEDER à revisão das tarifas na forma desta Lei, das
normas pertinentes e do contrato; (PGEPB-2021)

(PGEPB-2021-CESPE): Acerca do regime de concessão e permissão de serviços públicos previsto


na Lei 8.987/95, julgue o próximo item: Concessionários de serviço público não detêm a liberdade
própria da iniciativa privada para alterar o valor da tarifa cobrada dos usuários, já que tal tarifa se
submete aos termos da lei, do edital e do contrato. BL: art. 29, V, Lei 8987.

2
Art. 3º As concessões e permissões sujeitar-se-ão à fiscalização pelo poder concedente responsável pela
delegação, com a cooperação dos usuários.
VI - cumprir e fazer cumprir as disposições regulamentares do serviço e as cláusulas contratuais
da concessão;

VII - zelar pela boa qualidade do serviço, receber, apurar e solucionar queixas e reclamações
dos usuários, que serão cientificados, em até trinta dias, das providências tomadas ; (TJRJ-2014)
(DPESP-2015) (Cartórios/TJMG-2017)

VIII - DECLARAR de UTILIDADE PÚBLICA os bens necessários à execução do serviço ou


obra pública, PROMOVENDO as DESAPROPRIAÇÕES, diretamente ou mediante outorga de
poderes à concessionária, caso em que SERÁ desta a responsabilidade pelas INDENIZAÇÕES
CABÍVEIS; (PGESE-2005) (DPU-2007) (MPAL-2012) (PGESP-2012) (TJMA-2013) (TJMT-2018) (TJRJ-2019) (TJRO-
2019) (MPSP-2022)

#Atenção: #TJRJ-2019: #VUNESP: As desapropriações necessárias à adequada prestação de


serviço público no regime de concessão poderão ser de responsabilidade da concessionária (art.
31, VI, Lei 8.987/95), conforme previsto no edital de licitação, competindo ao Poder Concedente
declarar de utilidade pública os bens necessários à prestação do serviço e à concessionária arcar
com as indenizações cabíveis (art. 29, VIII, Lei 8.987/95).

#Atenção: #TJMT-2018: #VUNESP: A abrangência da área contígua (art. 4º do Dec.-Lei 3.365/41) 3


não se determina pelo interesse do concessionário, mas sim por declaração de utilidade pública
pelo Poder Concedente (art. 29, VIII, Lei 8.987/95).

IX - declarar de necessidade ou utilidade pública, para fins de instituição de servidão


administrativa, os bens necessários à execução de serviço ou obra pública, promovendo-a
diretamente ou mediante outorga de poderes à concessionária, caso em que será desta a
responsabilidade pelas indenizações cabíveis; (TJMA-2013) (TJAM-2016)

X - estimular o aumento da qualidade, produtividade, preservação do meio-ambiente e


conservação;

XI - incentivar a competitividade; e

XII - estimular a formação de associações de usuários para defesa de interesses relativos ao


serviço.

Art. 30. NO EXERCÍCIO DA FISCALIZAÇÃO, o poder concedente TERÁ acesso aos dados
relativos à administração, contabilidade, recursos técnicos, econômicos e financeiros da
concessionária. (TJDFT-2011) (PCAC-2017) (PCPR-2021)

(PCPR-2021-UFPR): Tendo em conta a prestação indireta de serviços públicos, considere a


seguinte afirmativa: No âmbito de uma concessão de serviço público, deve o concessionário
garantir ao poder concedente acesso aos dados relativos à administração, à contabilidade e aos
recursos técnicos, econômicos e financeiros da concessionária. BL: art. 30, caput, Lei 8987.

Parágrafo único. A fiscalização do serviço será feita por intermédio de órgão técnico do poder
concedente ou por entidade com ele conveniada, e, periodicamente, conforme previsto em norma
regulamentar, por comissão composta de representantes do poder concedente, da concessionária e
dos usuários. (PCAC-2017)

Capítulo VIII

DOS ENCARGOS DA CONCESSIONÁRIA

Art. 31. INCUMBE à concessionária:

3
Art. 4º. A desapropriação poderá abranger a área contígua necessária ao desenvolvimento da obra a que
se destina, e as zonas que se valorizarem extraordinariamente, em consequência da realização do serviço.
Em qualquer caso, a declaração de utilidade pública deverá compreendê-las, mencionando-se quais as
indispensáveis à continuação da obra e as que se destinam à revenda. Quando a desapropriação destinar-
se à execução de planos de urbanização, de renovação urbana ou de parcelamento ou reparcelamento do
solo, a receita decorrente da revenda ou da exploração imobiliária dos imóveis produzidos poderá compor
a remuneração do agente executor. (Redação dada pela Lei nº 14.273, de 2021)
I - prestar serviço adequado, na forma prevista nesta Lei, nas normas técnicas aplicáveis e no
contrato;

II - manter em dia o inventário e o registro dos bens vinculados à concessão;

III - prestar contas da gestão do serviço ao poder concedente e aos usuários, nos termos
definidos no contrato; (PGESP-2012) (Cartórios/TJMG-2015)

IV - cumprir e fazer cumprir as normas do serviço e as cláusulas contratuais da concessão;

V - permitir aos encarregados da fiscalização livre acesso, em qualquer época, às obras, aos
equipamentos e às instalações integrantes do serviço, bem como a seus registros contábeis;

VI - PROMOVER as DESAPROPRIAÇÕES e CONSTITUIR SERVIDÕES autorizadas pelo


poder concedente, CONFORME PREVISTO no edital e no contrato; (DPU-2007) (PGESP-2012) (PCGO-
2013) (TJSC-2013/2017) (TJMT-2018) (TJRJ-2019) (TJRO-2019)

#Atenção: #TJMT-2018: #VUNESP: A abrangência da área contígua (art. 4º do Dec.-Lei 3.365/41) 4


não se determina pelo interesse do concessionário, mas sim por declaração de utilidade pública
pelo Poder Concedente (art. 29, VIII, Lei 8.987/95).

VII - ZELAR pela integridade dos bens vinculados à prestação do serviço, bem como
SEGURÁ-LOS adequadamente; e (TJSC-2017)

VIII - CAPTAR, APLICAR e GERIR os recursos financeiros necessários à prestação do serviço.


(TJPA-2019)

Parágrafo único. As contratações, inclusive de mão-de-obra, feitas pela concessionária serão


regidas pelas disposições de direito privado e pela legislação trabalhista, não se estabelecendo
qualquer relação entre os terceiros contratados pela concessionária e o poder concedente . (PCGO-
2013)

Capítulo IX

DA INTERVENÇÃO

Art. 32. O poder concedente PODERÁ INTERVIR na concessão, com o fim de assegurar a
adequação na prestação do serviço, bem como o fiel cumprimento das normas contratuais,
regulamentares e legais pertinentes. (MPSP-2005) (PGEPA-2011) (DPEAC-2012) (PFN-2012) (DPESP-2013)
(MPPE-2014) (TJGO-2015) (PGEMA-2016) (PGERO-2022)

Parágrafo único. A intervenção FAR-SE-Á POR DECRETO do poder concedente, que


CONTERÁ a designação do interventor, o prazo da intervenção e os objetivos e limites da medida.
(MPSP-2005) (TJDFT-2007) (TJSP-2008) (PGEPA-2011) (DPEAC-2012) (PFN-2012) (DPESP-2013) (MPPE-2014
(PGEMA-2016)) (MPCE-2020) (PGERO-2022)

(PGERO-2022-CESPE): Determinado poder público municipal constatou que o serviço de


transporte público sob concessão não estava sendo prestado de forma adequada e que a
concessionária do serviço não estava cumprindo fielmente as normas contratuais, regulamentares
e legais pertinentes. O órgão competente avaliou que seriam necessários ajustes pontuais na
prestação do serviço, sem a necessidade da extinção da concessão, até por conta do risco de
solução de continuidade na prestação de serviço essencial. Nessa situação hipotética, de acordo
com a Lei 8.987/95, considerando a avaliação do órgão competente, o poder público poderá
realizar a intervenção na concessão, por meio de decreto do poder concedente, que conterá a

4
Art. 4º. A desapropriação poderá abranger a área contígua necessária ao desenvolvimento da obra a que
se destina, e as zonas que se valorizarem extraordinariamente, em consequência da realização do serviço.
Em qualquer caso, a declaração de utilidade pública deverá compreendê-las, mencionando-se quais as
indispensáveis à continuação da obra e as que se destinam à revenda. Parágrafo único. Quando a
desapropriação destinar-se à execução de planos de urbanização, de renovação urbana ou de
parcelamento ou reparcelamento do solo, a receita decorrente da revenda ou da exploração imobiliária dos
imóveis produzidos poderá compor a remuneração do agente executor. (Redação dada pela Lei nº 14.273,
de 2021)
designação do interventor, o prazo da intervenção e os objetivos e limites da medida. BL: art. 32,
caput e § único, Lei 8987.

(MPCE-2020-CESPE): Com o fim de assegurar a adequação na prestação do serviço e o fiel


cumprimento das normas previstas em contrato de concessão de serviço público, o poder público
concedente, mesmo sem autorização judicial, interveio na concessão por meio de resolução que
previu a designação de interventor, o prazo da intervenção e os objetivos e limites da medida
interventiva. Nessa situação hipotética, o ato administrativo de intervenção encontra-se eivado de
vício quanto à forma. BL: art. 32, § único, Lei 8987.

#Atenção: Perceba que a intervenção deve ser feita por meio de decreto, nos termos § único do art.
32 da Lei 8.987. Todavia, no caso em tela foi realizada através de resolução. Tal fato acarreta vício
quanto ao elemento “forma”, que consiste na exteriorização do ato, determinada por lei.

(TJDFT-2007): Em tema de concessões de serviços públicos, na sistemática da Lei 8.987/95, é certo


afirmar que: A intervenção se fará mediante decreto do Poder Concedente BL: art. 32, § único, da
Lei 8987.

#Atenção: A hipótese de intervenção encontra-se no art. 32 da Lei 8987, que versa sobre concessão
de serviços públicos: (1) assegurar a adequação dos serviços ou (2) assegurar o fiel cumprimento
das normas contratuais ou legais pertinentes.

Art. 33. DECLARADA A INTERVENÇÃO, o poder concedente DEVERÁ, no prazo de trinta


dias, INSTAURAR PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO para comprovar as causas
determinantes da medida e apurar responsabilidades, assegurado o direito de ampla defesa .
(TJDFT-2007) (TJPR-2013) (TRF2-2013) (MPPE-2014) (PGEMA-2016)

#Atenção: #STJ: #DOD: Não se exige contraditório prévio à decretação de intervenção em


contrato de concessão com concessionária de serviço público: O art. 33 da Lei 8.987/95 afirma
que, depois de ter sido declarada a intervenção, o poder concedente deverá, no prazo de 30 dias,
instaurar procedimento administrativo para comprovar as causas determinantes da medida e
apurar responsabilidades, assegurado o direito de ampla defesa. Desse modo, verifica-se
claramente que, em se tratando de intervenção, o direito de defesa do concessionário só é
propiciado após a decretação da intervenção, a partir do momento em que for instaurado o
procedimento administrativo para apuração das irregularidades. Isso porque a intervenção
possui finalidades investigatória e fiscalizatória, e não punitiva. STJ. 2ª T. RMS 66794-AM, Rel.
Min. Francisco Falcão, j. 22/02/22 (Info 727).

§ 1o Se ficar comprovado que a intervenção não observou os pressupostos legais e


regulamentares será declarada sua nulidade, devendo o serviço ser imediatamente devolvido à
concessionária, sem prejuízo de seu direito à indenização. (PFN-2012) (MPPE-2014) (TJSE-2015)

(TJSE-2015-FCC): A possibilidade do poder concedente introduzir alterações unilaterais nos


contratos de concessão regidos pela Lei nº 8.987/1995, por motivos justificados e na forma do que
autoriza a lei, enseja a necessidade de manutenção do equilíbrio econômico financeiro do contrato.
Essa equação pode ser reequilibrada por meio do pagamento de indenização pelo poder
concedente à concessionária, à semelhança da indenização do administrado pelos danos causados
em decorrência da prática de atos lícitos. BL: art. 23, XI e art. 33, §1º da Lei 8987.

§ 2o O PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO a que se refere o caput deste artigo DEVERÁ


SER CONCLUÍDO no prazo de até cento e oitenta dias, SOB PENA DE CONSIDERAR-SE
INVÁLIDA a intervenção. (TJDFT-2007) (TRF2-2013) (MPPE-2014)

Art. 34. CESSADA A INTERVENÇÃO, SE NÃO FOR EXTINTA a concessão, a administração


do serviço será devolvida à concessionária, precedida de prestação de contas pelo interventor, que
responderá pelos atos praticados durante a sua gestão . (TJDFT-2007) (DPEAC-2012) (MPPE-2014) (MPSC-
2016)

(MPSC-2016): Cessada a intervenção na concessão de serviço público, quando a concessão não for
extinta, a administração do serviço será devolvida à concessionária, precedida de prestação de
contas pelo interventor, que responderá pelos atos praticados durante a sua gestão. BL: art. 34 da
Lei 8987.
Capítulo X

DA EXTINÇÃO DA CONCESSÃO

Art. 35. EXTINGUE-SE A CONCESSÃO por:

I - advento do termo contratual; (DPESP-2013) (TRF2-2013) (PGEMS-2016) (PCMA-2018)

II - encampação; (PGEAM-2010) (MPF-2011) (TJRJ-2012) (DPESE-2012) (DPESP-2013) (TRF2-2013) (PGEPA-


2015) (PGM-POA/RS-2016) (PCAC-2017) (PCMA-2018) (PCMS-2017/2021)

III – caducidade; (PGEAM-2010) (DPESP-2013) (TRF2-2013) (PFN-2015) (PCMG-2021) (PCMS-2021) (PGM-


Natal/RN-2023)

IV - rescisão; (DPESP-2013) (TRF2-2013) (TRF4-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (PGM-POA/RS-2016) (PCMA-


2018)

V - anulação; e [obs.: ilegalidade] (TRF2-2013) (PGEAC-2017) (PCMG-2021)

VI - falência ou extinção da empresa concessionária e falecimento ou incapacidade do titular,


no caso de empresa individual. [obs.: Extinção de pleno direito: Falência ou extinção da PJ
concessionária.] (DPEPA-2009) (TRF2-2013) (PGEBA-2014) (PCMA-2018) (PCGO-2022)

§ 1o EXTINTA A CONCESSÃO, RETORNAM ao poder concedente todos os bens reversíveis,


direitos e privilégios transferidos ao concessionário conforme previsto no edital e estabelecido no
contrato. (MPPE-2002) (DPEPA-2009) (TJDFT-2011) (TRF2-2011) (TJPI-2012) (MPAL-2012) (MPRR-2012) (AGU-2012)
(TJPR-2013) (PGEMA-2016) (PGEMS-2016) (TJMG-2018) (MPSC-2021) (PGM-POA/RS-2016/2022) (PCGO-2022)
(MPAM-2023)

(PGM-POA/RS-2022-Fundatec): A respeito das formas de extinção dos contratos administrativos


de concessão, nos termos da Lei Geral dos Serviços Públicos (Lei 8.987/95), assinale a alternativa
correta: Extinta a concessão, retornam ao poder concedente todos os bens reversíveis, direitos e
privilégios transferidos ao concessionário conforme previsto em edital e estabelecido no contrato.
BL: art. 35, §1º, Lei 8987.

(MPSC-2021-CESPE): Acerca das modalidades e da extinção das concessões, julgue o item a


seguir.
A legislação vigente estabelece que, extinta a concessão, retornam ao poder concedente todos os
bens reversíveis, direitos e privilégios transferidos ao concessionário. BL: art. 35, §1º, Lei 8987.

(DPEPA-2009-FCC): Nos termos do que prevê a Lei 8.987/95, a concessão de serviços públicos
extingue-se por diversas formas, sendo correto afirmar, neste tema, que a falência do
concessionário acarreta a extinção da concessão e, como consequência, a reversão ao poder
concedente dos bens aplicados ao serviço objeto do contrato. BL: art. 35, caput, VI c/c §1º, Lei
8987.

§ 2o EXTINTA a CONCESSÃO, HAVERÁ a imediata assunção do serviço pelo poder


concedente, procedendo-se aos levantamentos, avaliações e liquidações necessários . (AGU-2012)
(Cartórios/TJMG-2015)

§ 3o A ASSUNÇÃO DO SERVIÇO AUTORIZA a ocupação das instalações e a utilização, pelo


poder concedente, de todos os bens reversíveis. (TJMG-2018) (PCSP-2018)

(TJMG-2018-Consulplan): De acordo com a Lei 8.987/95, se extinta a concessão de serviço


público em razão do advento do termo do contrato e o poder concedente venha a decidir que os
bens afetos ao serviço público, de propriedade do concessionário, sejam incorporados ao poder
público, o instituto utilizado pelo poder concedente para incorporar os bens do concessionário ao
patrimônio público denomina-se reversão. BL: art. 35, §§1º e 3º, Lei 8987.

#Atenção: Os bens que são incorporados ao patrimônio público após a extinção do contrato de
concessão de serviço público se chamam bens reversíveis (art. 35, §§1º e 3º da Lei 8.987/95). A
doutrina aponta que os bens reversíveis devem estar discriminados no próprio instrumento
contratual que dá base à concessão.
§ 4o Nos casos previstos nos incisos I e II deste artigo, o poder concedente, antecipando-se à
extinção da concessão, PROCEDERÁ aos levantamentos e avaliações necessários à determinação
dos MONTANTES DA INDENIZAÇÃO que SERÁ DEVIDA à concessionária, na forma dos arts.
36 e 37 desta Lei. (TRF1-2011) (TJPI-2012) (MPSC-2019)

Art. 36. A REVERSÃO no advento do termo contratual FAR-SE-Á COM A INDENIZAÇÃO


das parcelas dos investimentos vinculados a bens reversíveis, AINDA NÃO amortizados ou
depreciados, que TENHAM SIDO REALIZADOS COM O OBJETIVO de garantir a continuidade
e atualidade do serviço concedido. [obs.: Advento do termo contratual ou Reversão: vencimento do
contrato]. (MPPE-2002) (TJAP-2008) (TRF2-2011) (TJPI-2012) (MPAL-2012) (MPRR-2012) (MPMS-2013) (MPPA-
2014) (DPERN-2015) (PGEMA-2016) (PGEMS-2016) (PGM-Manaus/AM-2018) (TJRO-2019) (PGEAM-2022) (PGESC-
2022) (PGM-POA/RS-2022)

#Atenção: #STJ: #TRF1-2011: #PGM-Manaus/AM-2018: #MPSC-2019: #CESPE: Extinto o


contrato de concessão por decurso do prazo de vigência, cabe ao Poder Público a retomada
imediata da prestação do serviço, até a realização de nova licitação, a fim de assegurar a plena
observância do princípio da continuidade do serviço público, não estando condicionado o termo
final do contrato ao pagamento prévio de eventual indenização, que deve ser pleiteada nas vias
ordinárias. STJ. 1ª T., AgRg no REsp 1139802/SC, Rel. Min. Hamilton Carvalhido, j. 12/04/11. (...)
Extinto o contrato de concessão - destinado ao abastecimento de água e esgoto do Município -,
por decurso do prazo de vigência, cabe ao Poder Público a retomada imediata da prestação do
serviço, até a realização de nova licitação, a fim de assegurar a plena observância do princípio da
continuidade do serviço público (Lei nº 8.987/95). A efetividade do direito à indenização da
concessionária, caso devida, deve ser garantida nas vias ordinárias. STJ. Corte Especial. AgRg na
SS 1.307/PR, Rel. Min. Edson Vidigal, j. 25/10/04.
(MPSC-2019): Conforme o atual entendimento do STJ, extinto o contrato de concessão de serviço
público, em virtude do decurso do prazo de vigência, cabe ao Poder Público a retomada imediata da
prestação do serviço, até a realização de nova licitação, não estando condicionado o termo final do
contrato ao pagamento prévio de eventual indenização. BL: art. 35, §4º c/c art. 36, Lei 8987 e Entend.
Jurisprud.
(TRF1-2011-CESPE): Assinale a alternativa correta: Na hipótese de extinção do contrato de concessão
por decurso do prazo de vigência, o poder público pode proceder à imediata retomada da prestação
do serviço, até a realização de nova licitação, sem que esteja condicionado o termo final do contrato
ao prévio pagamento de eventual indenização. BL: art. 35, §4º c/c art. 36, Lei 8987 e Entend.
Jurisprud.

(PGM-POA/RS-2022-Fundatec): A respeito das formas de extinção dos contratos administrativos


de concessão, nos termos da Lei Geral dos Serviços Públicos (Lei 8.987/95), assinale a alternativa
correta: A reversão no advento do termo contratual far-se-á com a indenização das parcelas de
investimentos vinculados a bens reversíveis, ainda não amortizados ou depreciados, que tenham
sido realizados com o objetivo de garantir a continuidade e atualidade do serviço concedido. BL:
art. 36, Lei 8987.

(PGEMA-2016-FCC): O regime jurídico da prestação de serviços públicos, estatuído pela Lei nº


8.987/95 e legislação correlata, impõe a indenização da concessionária de serviço público, no
advento do termo contratual, caso haja bens reversíveis, ainda não amortizados ou depreciados,
que tenham sido realizados com o objetivo de garantir a continuidade e atualidade do serviço
concedido. BL: art. 36, Lei 8987.

Art. 37. CONSIDERA-SE ENCAMPAÇÃO5 a retomada do serviço pelo poder concedente


durante o prazo da concessão [obs1: antes de concluído o prazo da concessão], POR MOTIVO DE
INTERESSE PÚBLICO, mediante lei autorizativa específica e APÓS PRÉVIO pagamento da
indenização, na forma do artigo anterior. [obs.2: Rescisão administrativa (unilateral)]. [obs.3:
Interesse Público (Lei autorizativa + Prévia indenização)] . (TJPI-2007) (TJAP-2008) (TJSP-2008) (MPDFT-
2009) (PCPB-2009) (TJPE-2011) (MPF-2011) (TJPI-2012) (MPAL-2012) (MPSC-2012) (MPMG-2012) (DPEAC-2012)
(DPESE-2012) (PCMA-2012) (MPMS-2011/2013) (TRF2-2011/2013) (MPPA-2014) (MPPE-2014) (Cartórios/TJDFT-2014)
(TJGO-2015) (DPERN-2015) (TJRS-2016) (PCAC-2017) (TRF3-2018) (PCMA-2018) (TJRJ-2012/2019) (TJPA-2014/2019)
(TJRO-2019) (PCMS-2017/2021) (TJPR-2021) (PCPR-2021) (DPEPA-2009/2022) (PGEAM-2010/2022) (PGM-POA/RS-
2016/2022) (PGERO-2022) (PGESC-2022) (MPAM-2023)

(MPAM-2023-CESPE): Assinale a opção que apresenta a denominação dada à retomada do


serviço pelo poder concedente, durante o prazo da concessão, por motivo de interesse público,
mediante lei autorizativa específica e após prévio pagamento de indenização: encampação. BL:

5
É também denominada pela doutrina de “resgate”.
art. 37, Lei 8987.

(DPEPA-2022-CESPE): Um estado da Federação extinguiu a concessão de certo serviço público,


por motivo de interesse público, retomando o serviço, ainda durante a concessão, mediante lei
autorizativa específica, e após prévio pagamento de indenização. Nessa situação hipotética, de
acordo com a Lei 8.987/95, a extinção da concessão ocorreu por encampação. BL: art. 37, Lei 8987.

(PCPR-2021-UFPR): Tendo em conta a prestação indireta de serviços públicos, considere a


seguinte afirmativa: A encampação da concessão de serviço público demanda lei autorizativa
específica e indenização prévia do concessionário para que seja efetivada. BL: art. 37, Lei 8987.

(TJPA-2019-CESPE): Considerando que determinada empresa tenha vencido uma licitação


referente à concessão de uma rodovia e que a concessão deva ser precedida de obras de reforma
da estrutura viária da rodovia, assinale a opção correta, de acordo com a Lei n.º 8.987/1995: Pode
haver a encampação da concessão por motivo de interesse público, se autorizada por lei específica,
após a prévia indenização. BL: art. 37 da Lei 8987/95.

(TRF3-2018): Indique a afirmação correta: A encampação, caracterizada pela retomada do serviço


público pelo poder concedente durante o prazo da concessão, é condicionada à existência de lei
autorizadora específica e ao pagamento de indenização ao concessionário. BL: art. 37 da Lei
8987/95.

(TJRS-2016-Faurgs): Quando se trata de concessão do serviço público, a retomada do serviço pelo


poder concedente durante o prazo da concessão, por motivo de interesse público, mediante lei
autorizativa específica e após prévio pagamento da indenização, é denominada encampação. BL:
art. 37 da Lei 8987/95.

(TJGO-2015-FCC): Suponha que em determinada rodovia estadual, objeto de concessão, o reajuste


de pedágio, aplicado em conformidade com o regramento estabelecido no contrato de concessão,
tenha causado forte insatisfação da população, que passou a exigir do Poder Concedente a
revogação do aumento. O Poder Concedente, pretendendo acolher o pleito da população, poderá,
com base na legislação que rege a matéria, retomar o serviço por motivo de interesse público,
mediante encampação, condicionada a autorização legislativa específica e após prévio pagamento
da indenização prevista legalmente. BL: art. 37 da Lei 8987/95.

(DPEAC-2012-CESPE): Assinale a opção correta acerca da concessão de serviços públicos: Se


houver interesse público superveniente à concessão, poderá o poder público, por intermédio da
encampação, retomar a prestação do serviço. BL: art. 37 da Lei 8987/95.

#Atenção: #DPEAC-2012: #CESPE: A encampação tem por fundamento o interesse público, de


forma que não enseja direito adquirido. Porém, é garantida indenização ao concessionário pelos
prejuízos causados pelo ato administrativo.

(TJPE-2011-FCC): Nos termos da Lei federal que dispõe sobre normas gerais de concessão de
serviços públicos, a encampação, entendida como a retomada do serviço pelo poder concedente
durante o prazo da concessão, por motivo de interesse público, depende de lei autorizativa
específica e prévio pagamento da indenização. BL: art. 37, Lei 8987/95.

Art. 38. A inexecução total ou parcial do contrato ACARRETARÁ, a critério do poder


concedente, a DECLARAÇÃO DE CADUCIDADE da concessão ou a aplicação das sanções
contratuais, respeitadas as disposições deste artigo, do art. 27, e as normas convencionadas entre
as partes. [obs.1: caducidade] [obs.2: Rescisão administrativa (unilateral)]. [obs.3: Descumprimento
pelo contratado (Decreto + Sem indenização)] (MPDFT-2009) (TRF5-2009) (PCPB-2009) (MPCE-2011) (TJRJ-
2012) (MPAL-2012) (TRF2-2011/2013) (MPMS-2013) (MPPE-2014) (TRF4-2014) (TJGO-2012/2015) (PFN-2015) (PGM-
POA/RS-2016) (MPRO-2017) (DPEAL-2017) (PCAC-2017) (PCMA-2012/2018) (TJMG-2018) (TRF3-2018)
(Cartórios/TJDFT-2014/2019) (TJRO-2019) (TJPR-2013/2021) (MPSC-2021) (PCMG-2021) (PCMS-2021) (PGEAM-
2010/2022) (DPEPA-2022) (PGDF-2022) (PGERO-2022) (MPAM-2023) (PGM-Natal/RN-2023)

(MPSC-2021-CESPE): Acerca das modalidades e da extinção das concessões, julgue o item a


seguir: A caducidade é a forma de extinção de uma concessão em razão do descumprimento de
cláusula contratual ou inadimplemento pela concessionária. BL: art. 38, Lei 8987.

(TJMG-2018-Consulplan): A encampação que consiste em retomada do serviço pelo poder


concedente durante o prazo da concessão, por motivo de interesse público, e a declaração de
caducidade da concessão decorrente da inexecução total ou parcial contrato representam situações
de extinção da concessão. BL: art. 35, II e III, art. 37 e art. 38, Lei 8987.

#Atenção: A encampação ocorre por razões de interesse público devidamente fundamentado e


publicado, prévia autorização legislativa e também prévio pagamento de indenização. A
caducidade, assim como a encampação, também é forma de extinção do contrato de concessão
(art. 35, II e III, da Lei n. 8.987/95), e decorre do inadimplemento do concessionário.

§ 1o A CADUCIDADE DA CONCESSÃO PODERÁ SER DECLARADA pelo poder


concedente quando: (TJMG-2005) (TJDFT-2007) (TRF5-2009) (PCPB-2009) (TJRJ-2012) (MPAL-2012) (TRF4-2014)
(PFN-2015) (DPEAL-2017) (PCAC-2017) (PCMA-2012/2018) (TRF3-2018) (TJRO-2019) (TJPR-2021) (PCMS-2021)

I - o serviço ESTIVER SENDO PRESTADO de forma inadequada ou deficiente, TENDO por


base as normas, critérios, indicadores e parâmetros definidores da qualidade do serviço ; (TJMG-
2005) (TJDFT-2007) (PCPB-2009) (MPAL-2012) (DPEAL-2017) (PCAC-2017) (TRF3-2018)

II - a concessionária DESCUMPRIR cláusulas contratuais ou disposições legais ou


regulamentares concernentes à concessão; (TJMG-2005) (TRF5-2009) (PCPB-2009) (PCAC-2017) (PCMA-2018)
(TJRO-2019) (TJPR-2021)

(PCMA-2018-CESPE): É causa de extinção dos contratos administrativos de concessão de serviços


públicos por caducidade o descumprimento, pela concessionária, das cláusulas contratuais ou
disposições legais concernentes à concessão. BL: art. 38, §1º, II, Lei 8987/95.

III - a concessionária PARALISAR o serviço ou CONCORRER para tanto, RESSALVADAS as


hipóteses decorrentes de caso fortuito ou força maior; (PCPB-2009) (DPEAL-2017) (PCAC-2017) (PGM-
Jundiaí/SP-2021)

(PGM-Jundiaí/SP-2021-VUNESP): Considerando o disposto na Lei nº 8.987/1995, a respeito da


extinção da concessão da prestação de serviço público, é correto afirmar que a paralisação do
serviço pela concessionária ou a sua eventual concorrência para tanto, ressalvadas as hipóteses
decorrentes de caso fortuito ou força maior, é uma das hipóteses em que o poder concedente pode
declarar a caducidade da concessão. BL: art. 38, §1º, III, Lei 8987/95.

IV - a concessionária perder as condições econômicas, técnicas ou operacionais para manter a


adequada prestação do serviço concedido; (TJMG-2005) (PCPB-2009) (PCAC-2017)

V - a concessionária NÃO CUMPRIR as penalidades impostas por infrações, nos devidos


prazos; (TJMG-2005) (PCPB-2009) (PCMA-2012) (PCAC-2017) (TJPR-2021)

(PCMA-2012-FGV): Tendo em vista a disciplina da Lei n. 8.987/95 sobre os modos de extinção de


concessões de serviços públicos, assinale a afirmativa correta: A caducidade da concessão pode ser
declarada quando a concessionária não cumprir tempestivamente as penalidades impostas por
infrações. BL: art. 38, §1º, V, Lei 8987/95.

VI - a concessionária NÃO ATENDER a intimação do poder concedente no sentido de


regularizar a prestação do serviço; e (PCPB-2009) (PCAC-2017) (TJPR-2021)

VII - a concessionária não atender a intimação do poder concedente para, em 180 (cento e
oitenta) dias, apresentar a documentação relativa a regularidade fiscal, no curso da concessão, na
forma do art. 29 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993. (Redação dada pela Lei nº 12.767, de 2012)

§ 2o A DECLARAÇÃO DA CADUCIDADE da concessão DEVERÁ SER PRECEDIDA da


verificação da inadimplência da concessionária em processo administrativo, ASSEGURADO o
direito de ampla defesa. (TJDFT-2007) (MPDFT-2009) (MPCE-2011) (MPPE-2014) (DPEAL-2017) (TJRO-2019)
(TJPR-2021) (PGM-POA/RS-2022)

§ 3o NÃO SERÁ INSTAURADO processo administrativo de inadimplência antes de


comunicados à concessionária, detalhadamente, os descumprimentos contratuais referidos no § 1º
deste artigo, dando-lhe um prazo para corrigir as falhas e transgressões apontadas e para o
enquadramento, nos termos contratuais. (MPPA-2014)

(MPPA-2014-FCC): No tocante ao regime de delegação de serviços públicos, disciplinado pela Lei


8.987/95, é correto afirmar: No caso de haver inadimplência da concessionária, não será
instaurado processo administrativo antes de lhe serem comunicados, detalhadamente, os
descumprimentos contratuais, concedendo-lhe prazo para corrigir as falhas e transgressões
apontadas e para o enquadramento, nos termos contratuais. BL: art. 38, §3º, Lei 8987.

§ 4o Instaurado o processo administrativo e COMPROVADA a inadimplência, a caducidade


SERÁ DECLARADA por decreto do poder concedente, INDEPENDENTEMENTE de indenização
prévia, calculada no decurso do processo . (TJPI-2012) (PCMA-2012) (MPMS-2013) (DPEAL-2017)
(Cartórios/TJDFT-2019) (TJPR-2021)

(PGM-POA/RS-2022-Fundatec): A respeito das formas de extinção dos contratos administrativos


de concessão, nos termos da Lei Geral dos Serviços Públicos (Lei 8.987/95), assinale a alternativa
correta: A caducidade, por sua vez, poderá decorrer da inexecução total ou parcial do contrato de
concessão, dependendo de instauração de processo administrativo, da comprovação da
inadimplência para ser declarada por decreto do poder concedente, independentemente de
indenização prévia, calculada no decurso do processo. BL: art. 38, caput e §§2º e 4º, Lei 8987.

(TJPR-2021-FGV): A sociedade empresária Alfa é concessionária que presta o serviço público


municipal de transporte coletivo intramunicipal de passageiros. No curso do contrato de
concessão, o poder concedente constatou que a concessionária circulava com ônibus sem ar-
condicionado, com pneus carecas e bancos rasgados, não equipou seus coletivos com portas
acessíveis a pessoas com deficiência, além de inobservar as rotas e horários das linhas de ônibus.
A concessionária, assim, descumpriu cláusulas contratuais e normas legais sobre o serviço
prestado, não cumpriu as penalidades impostas por infrações nos devidos prazos e não atendeu à
intimação do poder concedente no sentido de regularizar a prestação do serviço. No caso em tela,
o poder concedente deve proceder à extinção do contrato de concessão, mediante a: caducidade,
cuja declaração por decreto do Prefeito deverá ser precedida da verificação da inadimplência da
concessionária em processo administrativo, assegurado o direito à ampla defesa,
independentemente de indenização prévia. BL: art. 38, §1º, incisos II e V c/c §§2º e 4º, Lei 8987.

§ 5o A INDENIZAÇÃO de que trata o parágrafo anterior, SERÁ DEVIDA na forma do art. 36


desta Lei e do contrato, DESCONTADO o valor das multas contratuais e dos danos causados pela
concessionária. (DPEAL-2017) (TJPR-2021) (PGERO-2022)

(DPEAL-2017-CESPE): Determinado município notificou uma concessionária de transporte


público municipal por inadequação do serviço prestado e por paralisação do serviço sem justa
causa, dando prazo para que as irregularidades fossem sanadas. Diante da inércia da
concessionária, foi instaurado procedimento administrativo, com direito a ampla defesa, para a
extinção do contrato administrativo de concessão. Nessa situação hipotética, o contrato de
concessão deverá ser extinto por caducidade, e o ente municipal deverá indenizar o
concessionário proporcionalmente aos bens usados na prestação de serviço, descontados multa e
eventuais danos causados. BL: art. 38, §1º, I e III c/c §§4º e 5º, Lei 8987.

§ 6o Declarada a caducidade, NÃO RESULTARÁ para o poder concedente qualquer espécie


de responsabilidade em relação aos encargos, ônus, obrigações ou compromissos com terceiros ou
com empregados da concessionária. (TRF2-2011) (TJDFT-2012) (DPERO-2012)

Art. 39. O contrato de concessão PODERÁ SER RESCINDIDO por iniciativa da


concessionária, no caso de descumprimento das normas contratuais pelo poder concedente,
mediante ação judicial especialmente intentada para esse fim. [obs.1: rescisão] [obs.2: Ação
Judicial] (MPDFT-2004) (PCRN-2009) (PGEPR-2011) (MPAL-2012) (PCMA-2012) (TRF1-2013) (TJPA-2012/2014)
(MPPA-2014) (TRF4-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (MPBA-2015) (TJRJ-2019) (TJRO-2019) (DPEPA-2022) (PGESC-
2022) (PGM-POA/RS-2022) (MPAM-2023)

(PGM-POA/RS-2022-Fundatec): A respeito das formas de extinção dos contratos administrativos


de concessão, nos termos da Lei Geral dos Serviços Públicos (Lei 8.987/95), assinale a alternativa
correta: O contrato de concessão poderá ser rescindido por iniciativa da concessionária, no caso de
descumprimento das normas contratuais pelo poder concedente, mediante ação judicial
especialmente intentada para este fim. BL: art. 39, caput, Lei 8987.
Parágrafo único. Na hipótese prevista no caput deste artigo, os serviços prestados pela
concessionária NÃO PODERÃO SER INTERROMPIDOS ou PARALISADOS, até a decisão
judicial transitada em julgado. (MPDFT-2004) (PCRN-2009) (PGEPR-2011) (TJPA-2012) (MPAL-2012) (PCMA-
2012) (TRF1-2013) (MPPA-2014) (TRF4-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (MPBA-2015) (TJRO-2019)

Capítulo XI

DAS PERMISSÕES

Art. 40. A permissão de serviço público SERÁ FORMALIZADA mediante CONTRATO DE


ADESÃO, que observará os termos desta Lei, das demais normas pertinentes e do edital de
licitação, inclusive quanto à precariedade e à revogabilidade unilateral do contrato pelo poder
concedente. (DPESP-2009) (PCPB-2009) (MPCE-2011) (PGEPR-2011) (TJPA-2012) (TJRJ-2013) (AGU-2013) (TJCE-
2014) (TJMT-2014) (DPEPA-2015) (TRF5-2015) (DPEMT-2016) (PGEMA-2016) (PCPE-2016) (PGM-POA/RS-2016)
(PGM-Fortaleza/CE-2017) (Cartórios/TJMG-2019) (Cartórios/TJSC-2021) (PGEAM-2022)

Parágrafo único. APLICA-SE às PERMISSÕES o disposto nesta Lei. (PGEPR-2011) (TRF1-2013)


(AGU-2013) (TRF5-2015) (PGEMA-2016) (PCPE-2016) (PGM-POA/RS-2016) (TCEPR-2016) (PGM-Fortaleza/CE-2017)
(Cartórios/TJMG-2019) (PGEAM-2022)

(TCEPR-2016-CESPE): A permissão de serviço público pode ser revogada por ato unilateral do
poder concedente. BL: art. 40, Lei 8987.

(TRF1-2013-CESPE): A respeito da concessão e permissão de serviços públicos e das parcerias


público-privadas, assinale a opção correta: A natureza jurídica da permissão de serviço público é a
de contrato administrativo de adesão. BL: art. 40, Lei 8987.

#Atenção: De fato, em vista da atual normatização acerca das permissões de serviços públicos, não
há maiores dilemas quanto à natureza jurídica desta ser a de um contrato administrativo,
porquanto a ela se aplicam as mesmas disposições atinentes às concessões (art. 40, § único, Lei
8.987/95), bem assim se tratar de contrato de adesão, conforme expressamente consta do caput do
referido dispositivo legal.

#Atenção:
- Permissão e Concessão: Diferenças
1ª) A modalidade licitatória: Na PERMISSÃO, a modalidade licitatória NÃO é obrigatoriamente
a concorrência; a modalidade varia de acordo com o valor do contrato, nos moldes da Lei de
Licitações. A licitação na permissão é obrigatória. Só a modalidade que pode variar.

2ª) Tipo de Pessoa Contratante: A PERMISSÃO pode ser celebrada por pessoa física ou jurídica,
enquanto que os contratos de CONCESSÃO só são celebrados com pessoa jurídica ou consórcios
de empresas.
 Cuidado: PERMISSÃO não pode ser feita com consórcios de empresa.

3ª) Necessidade de Lei Específica: Na CONCESSÃO e não na permissão. No entanto, essa


diferença vem sendo mitigada.

Capítulo XII

DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 41. O disposto nesta Lei NÃO SE APLICA à concessão, permissão e autorização para o
serviço de radiodifusão sonora e de sons e imagens. (MPMS-2011)

Art. 42. As concessões de serviço público outorgadas anteriormente à entrada em vigor desta Lei
consideram-se válidas pelo prazo fixado no contrato ou no ato de outorga, observado o disposto no
art. 43 desta Lei. (Vide Lei nº 9.074, de 1995)

§ 1o Vencido o prazo mencionado no contrato ou ato de outorga, o serviço poderá ser prestado
por órgão ou entidade do poder concedente, ou delegado a terceiros, mediante novo contrato .
(Redação dada pela Lei nº 11.445, de 2007).
§ 2o As concessões em caráter precário, as que estiverem com prazo vencido e as que estiverem
em vigor por prazo indeterminado, inclusive por força de legislação anterior, permanecerão
válidas pelo prazo necessário à realização dos levantamentos e avaliações indispensáveis à
organização das licitações que precederão a outorga das concessões que as substituirão, prazo esse
que não será inferior a 24 (vinte e quatro) meses . (DPEDF-2013) (PGM-Fortaleza/CE-2017) (TJPR-2019)
(MPPR-2019)

#Atenção: #Jurisprud. Teses/STJ – Ed. 97: #TJPR-2019: #CESPE: Tese 04: Não é devida
indenização a permissionário de serviço público de transporte coletivo por prejuízos
suportados em face de déficit nas tarifas quando ausente procedimento licitatório prévio.
(TJPR-2019-CESPE): Considerando a jurisprudência do STJ, julgue o item a seguir, relativo a
licitação: Não é devida indenização a permissionário de serviço público de transporte coletivo por
prejuízos suportados em razão de déficit das tarifas cobradas quando ausente prévio procedimento
licitatório para a contratação. BL: Jurisprud. em teses Ed. 97, tese 04.

#Atenção: #STJ: #DPEDF-2013: #TJPR-2019: #CESPE: Nos termos do art. 42, § 2º, da Lei 8.987/95,
deve a administração promover certame licitatório para novas concessões de serviços públicos,
não sendo razoável a prorrogação indefinida de contratos de caráter precário. O STJ entende
que o art. 42, § 2º, da Lei 8.987/95 não se aplica a permissões, o que per se já justificaria o
afastamento da indenização destinada aos concessionários. Precedentes. O entendimento do STJ
entende ser “indispensável o cumprimento dos ditames constitucionais e legais, com a realização
de prévio procedimento licitatório para que se possa cogitar de indenização aos permissionários
de serviço público de transporte coletivo, o que não ocorreu no presente caso" (REsp 1354802/RJ, Rel.
Min. Mauro Campbell Marques, 2ª T., j. 19/9/13, DJe 26/9/13). Ausente prévio procedimento
licitatório, a administração não deve indenizar empresas permissionárias, mormente quando se
busca mera adequação de serviço público à legislação de regência e à Carta da República . 7.
Precedentes deste Tribunal: AgRg no AREsp 481094/RJ, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, DJe
21/5/14; REsp 1422656/RJ, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, DJe 21/3/14; REsp 1366651/RJ,
Rel. Min. Mauro Campbell Marques, DJe 26/9/13; AgRg no REsp 1423158/RJ, Rel. Min. Herman
Benjamin, DJe 6/4/15; REsp 1407860/RJ, Rel. Min. Og Fernandes, DJe 18/12/13; REsp
1420691/RJ, Rel. Min. Eliana Calmon, DJe 13/12/13; e REsp 1376569/RJ, em decisão monocrática,
Rel. Min. Humberto Martins, DJe 10/4/15. Agravo interno a que se nega provimento. (STJ. 2ª T.,
AgRg no REsp 1358744/RJ, Rel. Min. Og Fernandes, j. 06/12/16).

#Atenção: #STJ: #MPPR-2019: É indispensável a realização de prévio procedimento licitatório


para que se possa cogitar de indenização aos permissionários de serviço público de transporte
coletivo em razão de tarifas deficitárias, ainda que os Termos de Permissão tenham sido assinados
em período anterior à CF/1988. (REsp 886925/MG, Rel. Min. Castro Meira, 2ª T., DJ 21.11.07). STJ.
2ª T., AgRg nos EDcl no REsp 799.250/MG, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, DJe 4.2.2010.

§ 3º As concessões a que se refere o § 2 o deste artigo, inclusive as que não possuam instrumento
que as formalize ou que possuam cláusula que preveja prorrogação, terão validade máxima até o dia
31 de dezembro de 2010, desde que, até o dia 30 de junho de 2009, tenham sido cumpridas,
cumulativamente, as seguintes condições: (Incluído pela Lei nº 11.445, de 2007).

I - levantamento mais amplo e retroativo possível dos elementos físicos constituintes da infra-
estrutura de bens reversíveis e dos dados financeiros, contábeis e comerciais relativos à prestação dos
serviços, em dimensão necessária e suficiente para a realização do cálculo de eventual indenização
relativa aos investimentos ainda não amortizados pelas receitas emergentes da concessão,
observadas as disposições legais e contratuais que regulavam a prestação do serviço ou a ela
aplicáveis nos 20 (vinte) anos anteriores ao da publicação desta Lei; (Incluído pela Lei nº 11.445, de 2007).

II - celebração de acordo entre o poder concedente e o concessionário sobre os critérios e a forma


de indenização de eventuais créditos remanescentes de investimentos ainda não amortizados ou
depreciados, apurados a partir dos levantamentos referidos no inciso I deste parágrafo e auditados
por instituição especializada escolhida de comum acordo pelas partes; e (Incluído pela Lei nº 11.445, de
2007).

III - publicação na imprensa oficial de ato formal de autoridade do poder concedente,


autorizando a prestação precária dos serviços por prazo de até 6 (seis) meses, renovável até 31 de
dezembro de 2008, mediante comprovação do cumprimento do disposto nos incisos I e II deste
parágrafo. (Incluído pela Lei nº 11.445, de 2007).
§ 4o Não ocorrendo o acordo previsto no inciso II do § 3 o deste artigo, o cálculo da indenização
de investimentos será feito com base nos critérios previstos no instrumento de concessão antes
celebrado ou, na omissão deste, por avaliação de seu valor econômico ou reavaliação patrimonial,
depreciação e amortização de ativos imobilizados definidos pelas legislações fiscal e das sociedades
por ações, efetuada por empresa de auditoria independente escolhida de comum acordo pelas partes .
(Incluído pela Lei nº 11.445, de 2007).

§ 5o No caso do § 4 o deste artigo, o pagamento de eventual indenização será realizado, mediante


garantia real, por meio de 4 (quatro) parcelas anuais, iguais e sucessivas, da parte ainda não
amortizada de investimentos e de outras indenizações relacionadas à prestação dos serviços,
realizados com capital próprio do concessionário ou de seu controlador, ou originários de operações
de financiamento, ou obtidos mediante emissão de ações, debêntures e outros títulos mobiliários,
com a primeira parcela paga até o último dia útil do exercício financeiro em que ocorrer a reversão .
(Incluído pela Lei nº 11.445, de 2007).

§ 6o Ocorrendo acordo, poderá a indenização de que trata o § 5 o deste artigo ser paga mediante
receitas de novo contrato que venha a disciplinar a prestação do serviço . (Incluído pela Lei nº 11.445, de
2007).

Art. 43. Ficam extintas todas as concessões de serviços públicos outorgadas sem licitação na
vigência da Constituição de 1988. (Vide Lei nº 9.074, de 1995)

Parágrafo único. Ficam também extintas todas as concessões outorgadas sem licitação
anteriormente à Constituição de 1988, cujas obras ou serviços não tenham sido iniciados ou que se
encontrem paralisados quando da entrada em vigor desta Lei.

Art. 44. As concessionárias que tiverem obras que se encontrem atrasadas, na data da publicação
desta Lei, apresentarão ao poder concedente, dentro de cento e oitenta dias, plano efetivo de
conclusão das obras. (Vide Lei nº 9.074, de 1995)

Parágrafo único. Caso a concessionária não apresente o plano a que se refere este artigo ou se
este plano não oferecer condições efetivas para o término da obra, o poder concedente poderá
declarar extinta a concessão, relativa a essa obra.

Art. 45. Nas hipóteses de que tratam os arts. 43 e 44 desta Lei, o poder concedente indenizará as
obras e serviços realizados somente no caso e com os recursos da nova licitação.

Parágrafo único. A licitação de que trata o caput deste artigo deverá, obrigatoriamente, levar em
conta, para fins de avaliação, o estágio das obras paralisadas ou atrasadas, de modo a permitir a
utilização do critério de julgamento estabelecido no inciso III do art. 15 desta Lei.

Art. 46. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 47. Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 13 de fevereiro de 1995; 174o da Independência e 107o da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO


Nelson Jobim

Este texto não substitui o republicado no DOU de 14.2.1995

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