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987/1995
2) Siglas utilizadas:
MP (concursos do Ministério Público); M ou TJPR (concursos da Magistratura); BL (base
legal, etc).
3) DICA:
No Youtube há um Canal com a leitura com a gravação da lei seca e comentários à Lei
8987/95:
https://www.youtube.com/watch?v=cAcnxrVsZc8
Capítulo I
1
CF/88, Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão,
sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.
II - CONCESSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO: a delegação de sua prestação, feita pelo poder
concedente, mediante licitação, na modalidade concorrência ou diálogo competitivo, a pessoa
jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta
e risco e por prazo determinado; (Redação dada pela Lei nº 14.133, de 2021) (TJPR-2008) (DPESP-2009/2010)
(MPBA-2010) (MPMG-2010) (MPES-2010) (MPPB-2010) (MPCE-2011) (MPMS-2011) (DPEAM-2011) (TRF2-2011)
(PGEPR-2011) (TJCE-2012) (TJPI-2012) (MPGO-2012) (DPEAC-2012) (PCMA-2012) (TJRJ-2013) (TRF1-2013) (TJDFT-
2007/2014) (MPPA-2014) (MPRS-2014) (TRF4-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (PGERN-2014) (PCSC-2014) (PGEPA-2015)
(DPEES-2016) (PGEMT-2016) (PCPE-2016) (PGM-POA/RS-2016) (MPPR-2014/2017) (MPSP-2017) (PCAC-2017)
(PCAP-2017) (PGM-Fortaleza/CE-2017) (TJMG-2018) (TJMT-2018) (TJSP-2018) (PGESC-2018) (TJSC-2017/2019) (TJAL-
2019) (TJBA-2019) (TJPA-2019) (MPGO-2019) (Cartórios/TJMG-2019) (PCES-2019) (MPDFT-2009/2021) (PGERS-
2010/2021) (PCPR-2013/2021) (MPM-2021) (TJRS-2009/2022) (TRF3-2011/2013/2022) (PCGO-2022) (PGM-Recife/PE-
2022) (TJMS-2023) (MPSC-2023)
(TRF3-2022): Nos termos do art. 175 da CF, a prestação de serviços públicos dar-se-á diretamente
ou por delegação. É correto afirmar que: Concessão de serviço público é a delegação da prestação
do serviço, feita pelo Poder Concedente, mediante licitação, na modalidade concorrência ou
diálogo competitivo, a pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para
seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado. BL: art. 2º, II, Lei 8987.
#Atenção: A concessão de serviço público é contrato de adesão celebrado pelo particular perante a
Administração Pública após a adjudicação do objeto da licitação. O concessionário presta o serviço
público em seu próprio nome e por sua conta e risco (art. 2º, II, Lei 8.987/95). A forma ordinária
de remuneração da concessão é o pagamento de tarifa, não se excluindo outras fontes de
remuneração (art. 11 da Lei 8.987/95).
(TJSC-2019-CESPE): De acordo com a Lei 8.987/15 — que dispõe sobre o regime de concessão e
permissão da prestação de serviços públicos previsto no art. 175 da CF/88 —, na hipótese de
concessão de serviço público precedida de execução de obra pública, o investimento da
concessionária será remunerado e amortizado mediante a exploração do serviço ou da obra por
prazo determinado. BL: art. 2º, III, Lei 8987.
#Atenção:
- Contrato de Concessão: É um contrato administrativo como outro qualquer e, portanto, quase
todas as demais regras de direito administrativo se aplicam a ele. No contrato de concessão, a
administração contrata uma empresa, que presta o serviço e é remunerada pelo usuário do
serviço. Quem paga a prestadora de serviço não é a administração, e sim o usuário.
A concessão de serviço público pode ser simples ou precedida de obra pública. No segundo caso,
a empresa, antes de explorar o serviço, deve executar uma obra. Ex.: a empresa constrói uma
estrada e depois se remunera com o pedágio.
O contrato de concessão, necessariamente, deve ser feito através de uma licitação na modalidade
concorrência ou diálogo competitivo. Qualquer ente federativo (U, E ou M) pode firmar contrato
de concessão.
As concessões são formalizadas mediante contrato, entretanto a lei não fala em contrato
de adesão, mas apenas em contrato.
As permissões são formalizadas mediante contrato de adesão (vide art. 40)
(TJDFT-2008): Para os fins do disposto na Lei 8987/95, a delegação, a título precário, mediante
licitação, da prestação de serviços públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica
que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco, denomina-se permissão
de serviço público. BL: art. 2º, IV da Lei 8987.
#Atenção: Contrato de Permissão: Tem caráter precário, podendo ser revogada a qualquer tempo.
Pode ser gratuita ou onerosa. O particular que recebe a permissão pode tanto executar um serviço
de natureza pública como receber uma autorização para fazer uso de bens públicos, neste último
caso, também é chamada de permissão de uso. Perceba que, enquanto a CONCESSÃO pode ser
celebrada com pessoa jurídica ou consórcio de empresa, a PERMISSÃO pode ser celebrada com
pessoa física ou jurídica. Além disso, as CONCESSÕES obrigatoriamente devem ser precedidas
de licitação na modalidade concorrência ou diálogo competitivo, enquanto as PERMISSÕES
devem ser obrigatoriamente ser precedidas de licitação, mas a lei não especifica modalidade
determinada. Por fim, a lei afirma que as PERMISSÕES devem ser formalizadas em “contrato
de adesão”, aludindo à “precariedade e a à revogabilidade unilateral do contrato” pelo poder
concedente. Quanto à CONCESSÃO, a lei não se refere a “contrato de adesão” para qualificar o
contrato de concessão, tampouco a “precariedade” ou a “revogabilidade unilateral” desse
contrato. No entanto, todo e qualquer contrato administrativo propriamente dito é um contrato
de adesão, sem possibilidade de “negociação” pelo particular contratante.
Art. 3o As CONCESSÕES e PERMISSÕES SUJEITAR-SE-ÃO à fiscalização pelo poder
concedente responsável pela delegação, com a cooperação dos usuários. (DPESP-2015) (TJRO-2019)
(Cartórios/TJMG-2019)
#Atenção: O poder de polícia consiste na prerrogativa de direito público que, calcada na lei,
autoriza a Administração Pública a restringir o uso e o gozo da liberdade e da propriedade em
favor do interesse da coletividade. Todos, indistintamente, estão sujeitos ao poder de polícia, não
se exigindo nenhum tipo de vínculo especial com o Poder Público. Desse modo, o poder de polícia
corresponde àquilo que se chama de “sujeição geral”, qual seja a submissão da generalidade das
pessoas (físicas e jurídicas) ao poder de império do Estado, limitando-se sua liberdade e
propriedade em favor do interesse público. Naquilo que se refere ao objeto do contrato, a
concessionária se submete ao poder disciplinar, concernente à chamada “sujeição especial”,
baseada numa relação especial com o Estado e nos termos do instrumento contratual celebrado;
no que diz respeito a todo o resto [não objeto do contrato], a concessionária, assim como todas as
demais pessoas, se sujeita ao poder de polícia estatal.
Capítulo II
DO SERVIÇO ADEQUADO
#Atenção: Sobre a concessão de serviços públicos, é correto afirmar que o usuário poderá exigir
judicialmente o cumprimento da obrigação pelo concessionário, nos termos do art. 6º da Lei
8.987/95.
(MPPR-2017): Sobre concessão de serviço público, assinale a alternativa correta: Segundo a Lei nº
8.987/95 (Lei das Concessões e Permissões), considera-se serviço adequado aquele que atende
condições de continuidade, eficiência, regularidade, segurança, atualidade, generalidade,
modicidade das tarifas e cortesia na sua prestação. BL: art. 6º, §1º da Lei.
(DPESE-2012-CESPE): Com relação a serviços públicos, assinale a opção correta: Em matéria de
concessões, considera-se adequado o serviço público que satisfaça as condições de regularidade,
continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade, prestação do serviço com cortesia e
modicidade das tarifas. BL: art. 6º, §1º da Lei.
I - motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações; e (MPSP-2013) (TJDFT-
2014) (DPEMA-2015) (DPEPE-2015) (DPERN-2015) (DPESP-2015) (PCDF-2015) (PGEMT-2016) (PCPA-2016) (DPEAC-
2017) (TRF5-2017) (PGESE-2017) (MPBA-2018) (DPERS-2018) (PGESC-2018) (PCMA-2018) (PCPI-2018) (PGM-
Manaus/AM-2018) (Cartórios/TJRS-2019) (MPM-2021) (MPTO-2022) (DPEMS-2022) (PCGO-2022) (PCRO-2022)
(PCRR-2022) (PGM-Recife/PE-2022) (PGM-Rio Branco/AC-2023)
#Atenção: #Rec. Repetitivo/STJ – Tema 699: #DOD: #TJBA-2019: #DPEMS-2022: #CESPE: #FGV:
Na hipótese de débito estrito de recuperação de consumo efetivo por fraude no aparelho
medidor atribuída ao consumidor, desde que apurado em observância aos princípios do
contraditório e da ampla defesa, é possível o corte administrativo do fornecimento do
serviço de energia elétrica, mediante prévio aviso ao consumidor, pelo inadimplemento do
consumo recuperado correspondente ao período de 90 (noventa) dias anterior à constatação
da fraude, contanto que executado o corte em até 90 (noventa) dias após o vencimento do
débito, sem prejuízo do direito de a concessionária utilizar os meios judiciais ordinários
de cobrança da dívida, inclusive antecedente aos mencionados 90 (noventa) dias de
retroação. STJ. 1ª S. REsp 1412433-RS, Rel. Min. Herman Benjamin, j. 25/4/18 (Info 634).
(TJBA-2019-CESPE): O corte de energia elétrica pela administração pública é inadmissível caso a
dívida derivada de fraude no medidor cometida pelo consumidor seja relativa a período anterior a
noventa dias precedentes à constatação da fraude. BL: Info 634, STJ.
#Atenção: O STJ considera legítima a interrupção do fornecimento de energia elétrica por razões
de ordem técnica, de segurança das instalações, ou ainda, em virtude do inadimplemento do
usuário, quando houver o devido aviso prévio pela concessionária sobre o possível corte no
fornecimento do serviço.
#Atenção: #Jurisprud. Teses/STJ – Ed. 97: #PGM-Manaus/AM-2018: #CESPE: Tese 06: Extinto o
contrato de concessão por decurso do prazo de vigência, cabe ao Poder Público a retomada
imediata da prestação do serviço até a realização de nova licitação, independentemente de prévia
indenização, assegurando a observância do princípio da continuidade do serviço público.
#Atenção: #Jurisprud. Teses/STJ – Ed. 13: #PCMA-2018: #PCRO-2022: #CESPE: Tese 09: É
ilegítimo o corte no fornecimento de serviços públicos essenciais quando o débito decorrer de
irregularidade no hidrômetro ou no medidor de energia elétrica, apurada unilateralmente pela
concessionária.
#Atenção: #Jurisprud. Teses/STJ – Ed. 13: #PCMA-2018: #CESPE: Tese 08: É ilegítimo o corte no
fornecimento de energia elétrica em razão de débito irrisório, por configurar abuso de direito e
ofensa aos princípios da proporcionalidade e razoabilidade, sendo cabível a indenização ao
consumidor por danos morais.
#Atenção: #Jurisprud. Teses/STJ – Ed. 13: #PCRO-2022: #MPRR-2023: #AOCP: #CESPE: Tese 07:
É ilegítimo o corte no fornecimento de serviços públicos essenciais por débitos de usuário anterior,
em razão da natureza pessoal da dívida.
#Atenção: #Jurisprud. Teses/STJ – Ed. 13: #PCMA-2018: #CESPE: Tese 06: É ilegítimo o corte no
fornecimento de serviços públicos essenciais quando a inadimplência do usuário decorrer de
débitos pretéritos, uma vez que a interrupção pressupõe o inadimplemento de conta regular,
relativa ao mês do consumo.
#Atenção: #Jurisprud. Teses/STJ – Ed. 13: #PCRO-2022: #CESPE: Tese 05: É ilegítimo o corte no
fornecimento de serviços públicos essenciais quando inadimplente unidade de saúde, uma vez
que prevalecem os interesses de proteção à vida e à saúde.
#Atenção: #Jurisprud. Teses/STJ – Ed. 13: #PCMA-2018: #PCRO-2022: #CESPE: Tese 04: É
legítimo o corte no fornecimento de serviços públicos essenciais quando inadimplente pessoa
jurídica de direito público, desde que precedido de notificação e a interrupção não atinja as
unidades prestadoras de serviços indispensáveis à população.
(PCRO-2022-CESPE): A respeito da prestação de serviços públicos essenciais e da possibilidade de
sua interrupção, observada a jurisprudência do STJ, é legítimo o corte do fornecimento de serviços
públicos essenciais quando inadimplente pessoa jurídica de direito público, desde que tenha havido
prévia notificação e a interrupção não atinja as unidades prestadoras de serviços indispensáveis à
população. BL: Entend. Jurisprud.
#Atenção: #Jurisprud. Teses/STJ – Ed. 13: #PCMA-2018: #CESPE: Tese 03: É ilegítimo o corte no
fornecimento de energia elétrica quando puder afetar o direito à saúde e à integridade física do
usuário.
Capítulo III
DOS DIREITOS E OBRIGAÇÕES DOS USUÁRIOS
Art. 7º. Sem prejuízo do disposto na Lei n o 8.078, de 11 de setembro de 1990, são direitos e
obrigações dos usuários:
III - obter e utilizar o serviço, com liberdade de escolha entre vários prestadores de serviços,
quando for o caso, observadas as normas do poder concedente . (Redação dada pela Lei nº 9.648, de
1998)
VI - contribuir para a permanência das boas condições dos bens públicos através dos quais
lhes são prestados os serviços. (AGU-2013)
Art. 7º-A. As concessionárias de serviços públicos, de direito público e privado, nos Estados e
no Distrito Federal, SÃO OBRIGADAS A OFERECER ao consumidor e ao usuário, dentro do mês
de vencimento, O MÍNIMO DE SEIS DATAS OPCIONAIS para escolherem os dias de
vencimento de seus débitos. (Incluído pela Lei nº 9.791, de 1999) (PGEAL-2009) (TJAC-2012) (DPEES-2016)
(DPESC-2021) (PCRR-2022)
(DPEES-2016-FCC): A Lei Federal nº 8.987/1995, que dispõe sobre o regime de concessão e permissão
da prestação de serviços públicos (...) obriga as concessionárias de serviços públicos, de direito
público e privado, nos Estados e no Distrito Federal, a oferecer ao consumidor e ao usuário,
dentro do mês de vencimento, o mínimo de seis datas opcionais para escolherem os dias de
vencimento de seus débitos. BL: art. 7º-A, Lei 8987.
Capítulo IV
DA POLÍTICA TARIFÁRIA
Art. 8o (VETADO)
Art. 9o A TARIFA do serviço público concedido SERÁ FIXADA pelo preço da proposta
vencedora da licitação e PRESERVADA pelas regras de revisão PREVISTAS nesta Lei, no edital e
no contrato. (MPBA-2010) (MPMG-2012) (PGERN-2014) (TRF1-2015) (DPEES-2016) (PGM-POA/RS-2016) (TRF2-
2009/2017) (TJSC-2017) (MPSP-2017) (TRF3-2018) (TJBA-2019) (PGEMS-2021) (PGM-Teresina/PI-2022)
#Atenção: Como muitos contratos de concessão de serviço público têm longos prazos, a revisão
do valor da tarifa é uma medida necessária para que o objeto do contrato seja atraente. Afinal,
seria virtualmente impossível realizar um cálculo preciso do custo do contrato (e
consequentemente o valor da tarifa) se não houvesse a possibilidade de alteração da política
tarifária, posto que no decorrer do contrato sobrevém, invariavelmente, situações imprevisíveis.
(TRF3-2018): A Lei nº 8.987/95, dispõe sobre o regime de concessão e permissão para a prestação
de serviços públicos. No capítulo sobre política tarifária está previsto que após a apresentação da
proposta, é possível realizar-se a revisão da tarifa, para mais ou para menos, caso haja qualquer
alteração na legislação tributária – exceto do imposto sobre a renda – quando comprovado o
impacto no cálculo do seu valor. BL: art. 9º, §3º, Lei 8987.
#Cuidado: Na Lei de Licitações há disposição mais genérica sobre o tema, isto é, sem a ressalva
prevista na Lei 8987. Vejamos o teor do §5º do art. 65 da Lei 8.666/93: “Art. 65 (...) § 5º Quaisquer
tributos ou encargos legais criados, alterados ou extintos, bem como a superveniência de disposições legais,
quando ocorridas após a data da apresentação da proposta, de comprovada repercussão nos preços
contratados, implicarão a revisão destes para mais ou para menos, conforme o caso.”
Art. 10. Sempre que forem atendidas as condições do contrato, considera-se mantido seu
equilíbrio econômico-financeiro. (TRF1-2013) (PGERN-2014) (MPDFT-2021) (DPERS-2022) (PGM-São
Paulo/SP-2023)
(MPDFT-2021): Julgue o item a seguir: O parâmetro legal de referência para medir o equilíbrio
econômico-financeiro de um contrato de concessão de serviços públicos é a verificação de
manutenção, ou não, de suas condições ao tempo em que foi estabelecido o pacto. BL: art. 10, Lei
8987.
#Atenção: #STJ: #DOD: Não é possível que concessionária de rodovia cobre valores de autarquia
prestadora de serviço público pelo fato de ela estar usando faixa de domínio da via pública : É
indevida a cobrança promovida por concessionária de rodovia, em face de autarquia prestadora
de serviços de saneamento básico, pelo uso da faixa de domínio da via pública concedida.
Embora cedido ao particular, o bem público de uso comum do povo não se desnatura,
permanecendo, portanto, afetado à destinação pública. Por esse motivo, mostra-se ilegítimo
exigir remuneração pela sua utilização, quando voltada a viabilizar a execução de serviço
público de saneamento básico prestado por entidade estatal, cuja configuração jurídica seja
adversa à lucratividade, ou seja, esteja fora do regime concorrencial. STJ. 1ª S. REsp 1817302-SP,
Rel. Min. Regina Helena Costa, j. 08/06/22 (Tema IAC 8) (Info 740).
#Comentários sobre o julgado acima: #DOD: Não confundir:
1) Ente público cobrar da concessionária de serviço público pelo fato de ela estar utilizando as faixas
de domínio: NÃO pode.
2) Concessionária de serviço público cobrando de concessionária de serviço público pelo fato de ela
estar utilizando faixas de domínio de uma rodovia: PODE.
3) Concessionária de serviço público cobrando de autarquia prestadora de serviço de saneamento
básico pelo uso da faixa de domínio: NÃO pode.
(TRF3-2013): Assinale a alternativa correta: Tarifa, cobrada pelo concessionário dos usuários do
serviço público que presta, não é a única forma admissível de remuneração daquele, em cujo favor
podem ser previstas outras fontes de receita, nos termos da lei, do edital de licitação e do contrato.
BL: art. 11, Lei 8987.
Art. 13. As TARIFAS PODERÃO SER diferenciadas em função das características técnicas e
dos custos específicos provenientes do atendimento aos distintos segmentos de usuários. (PGEPE-
2009) (TJAC-2012) (MPMG-2012) (MPRR-2012) (MPSP-2013) (DPERR-2013) (MPPA-2014) (TJPB-2015) (TJAM-2016)
(PGM-POA/RS-2016) (TJSC-2017) (TRF2-2017) (TRF3-2018) (TJBA-2019) (PGEMS-2021) (PGM-Rio Branco/AC-2023)
Capítulo V
DA LICITAÇÃO
Art. 14. Toda concessão de serviço público, PRECEDIDA ou NÃO da execução de obra
pública, SERÁ objeto DE PRÉVIA LICITAÇÃO, nos termos da legislação própria e com
observância dos princípios da legalidade, moralidade, publicidade, igualdade, do julgamento por
critérios objetivos e da vinculação ao instrumento convocatório . (TJRS-2009) (TRF2-2011) (MPGO-2012)
(TJRJ-2013) (MPES-2013) (PGEPA-2015) (PGESC-2018) (PCGO-2022)
I - O MENOR VALOR DA TARIFA do serviço público a ser prestado; (Redação dada pela Lei nº
9.648, de 1998) (PCMA-2012)
III - a combinação, DOIS A DOIS, dos critérios referidos nos incisos I, II e VII ; (Redação dada
pela Lei nº 9.648, de 1998) (PCMA-2012)
IV - MELHOR PROPOSTA TÉCNICA, com preço fixado no edital; (Incluído pela Lei nº 9.648, de
1998) (PCMA-2012)
§ 2o Para fins de aplicação do disposto nos incisos IV, V, VI e VII, o edital de licitação conterá
parâmetros e exigências para formulação de propostas técnicas. (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)
§ 2o Inclui-se nas vantagens ou subsídios de que trata este artigo, qualquer tipo de tratamento
tributário diferenciado, ainda que em conseqüência da natureza jurídica do licitante, que
comprometa a isonomia fiscal que deve prevalecer entre todos os concorrentes . (Incluído pela Lei nº
9.648, de 1998)
Art. 18. O EDITAL DE LICITAÇÃO será elaborado pelo poder concedente, observados, no
que couber, os critérios e as normas gerais da legislação própria sobre licitações e contratos e
conterá, especialmente: (PGESP-2012) (AGU-2012) (TJRJ-2013) (MPF-2013) (MPPA-2014) (PGERN-2014)
(PGEMA-2016) (TJSC-2017) (TRF2-2017) (PCAP-2017) (TJMT-2018) (TJRO-2019) (PGEMS-2021) (MPRJ-2022) (MPSC-
2023)
III - os prazos para recebimento das propostas, julgamento da licitação e assinatura do contrato;
IV - prazo, local e horário em que serão fornecidos, aos interessados, os dados, estudos e
projetos necessários à elaboração dos orçamentos e apresentação das propostas;
XI - as características dos bens reversíveis e as condições em que estes serão postos à disposição,
nos casos em que houver sido extinta a concessão anterior;
XIV - nos casos de concessão, a minuta do respectivo contrato, que conterá as cláusulas
essenciais referidas no art. 23 desta Lei, quando aplicáveis;
XV - nos casos de concessão de serviços públicos precedida da execução de obra pública, os
dados relativos à obra, dentre os quais os elementos do projeto básico que permitam sua plena
caracterização, bem assim as garantias exigidas para essa parte específica do contrato, adequadas a
cada caso e limitadas ao valor da obra; (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998) (PGESP-2012)
XVI - nos casos de permissão, os termos do contrato de adesão a ser firmado. (TJRJ-2013)
Art. 18-A. O edital PODERÁ PREVER a INVERSÃO DA ORDEM das fases de habilitação e
julgamento, hipótese em que: (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005) (MPDFT-2009) (TRF2-2009) (PCPB-2009)
(DPEAM-2011) (TJDFT-2012) (PGEMA-2016) (PCAL-2023)
III - apresentação dos documentos exigidos nos incisos V e XIII do artigo anterior, por parte de
cada consorciada;
Art. 20. É FACULTADO ao poder concedente, desde que previsto no edital, no interesse do
serviço a ser concedido, determinar que o licitante vencedor, no caso de consórcio, se constitua em
empresa antes da celebração do contrato. (Cartórios/TJPR-2019)
Art. 22. É assegurada a qualquer pessoa a obtenção de certidão sobre atos, contratos, decisões ou
pareceres relativos à licitação ou às próprias concessões.
Capítulo VI
DO CONTRATO DE CONCESSÃO
IV - ao preço do serviço e aos critérios e procedimentos para o reajuste e a revisão das tarifas;
VI - aos direitos e deveres dos usuários para obtenção e utilização do serviço; (PGEPA-2015)
VII - à forma de fiscalização das instalações, dos equipamentos, dos métodos e práticas de
execução do serviço, bem como a indicação dos órgãos competentes para exercê-la ; (MPSP-2008)
(Cartórios/TJMG-2019)
II - exigir garantia do fiel cumprimento, pela concessionária, das obrigações relativas às obras
vinculadas à concessão.
(MPGO-2019): De acordo com a Lei 8.987/95, que dispõe sobre o regime de concessão e permissão
da prestação de serviços públicos previstos na Constituição Federal, é correto afirmar que
incumbe à concessionária a execução do serviço concedido, cabendo-lhe responder por todos os
prejuízos causados ao poder concedente, aos usuários ou a terceiros, sem que a fiscalização
exercida pelo órgão competente exclua ou atenue essa responsabilidade. BL: art. 25, Lei 8987.
(MPPR-2017): Sobre concessão de serviço público, assinale a alternativa correta: Conforme Lei nº
8.987/95 (Lei das Concessões e Permissões), a concessionária atua por sua conta e risco, cabendo-
lhe responder por todos os prejuízos causados ao poder concedente, aos usuários ou a terceiros,
sem que a fiscalização exercida pelo órgão competente exclua ou mesmo atenue essa
responsabilidade. BL: art. 25, Lei 8987.
§ 3o A execução das atividades contratadas com terceiros pressupõe o cumprimento das normas
regulamentares da modalidade do serviço concedido.
#Atenção: Cumpre ressaltar que os contratos administrativos são pessoais, isto é, precisam ser
executados pelo próprio contratado, sob pena de burla aos princípios da impessoalidade e da
moralidade. Entretanto, como explica Rafael C. Rezende Oliveira, “não se pode emprestar caráter
absoluto a essa exigência, admitindo-se, nas hipóteses legais, a alteração subjetiva do contrato (ex.: os
arts. 72 e 78, VI, da Lei 8.666/1993”. Exemplo disso é o art. 26 da Lei 8.987/95, o qual dispõe que “é
admitida a subconcessão, nos termos previstos no contrato de concessão, DESDE QUE
EXPRESSAMENTE AUTORIZADA pelo Poder Concedente”, sendo que, segundo o § 1º, do mesmo
dispositivo, esta outorga de subconcessão será sempre precedida de concorrência. Por fim, vale
registrar que, na linha consagrada no TCU, “É inadmissível subcontratação total, por ofensa às
normas regentes dos contratos administrativos” (TCU, Plenário, Acórdão n.º 2189/2011-Plenário,
TC-005.769/2010-8, rel. Min. José Jorge, 17/08/11)
§ 2o O subconcessionário se sub-rogará todos os direitos e obrigações da subconcedente
dentro dos limites da subconcessão. (PCAL-2023) (PGM-Rio Branco/AC-2023)
#Atenção: Como daí se depreende, de fato, a lei estabelece, de modo impositivo, que a
transferência de concessão ou do controle societário da concessionária sem prévia anuência do
poder concedente acarreta a caducidade da concessão, que vem a ser forma de extinção
antecipada do contrato por comportamento culposo do concessionário, com as sanções daí
derivadas.
§ 1o Para fins de obtenção da anuência de que trata o caput deste artigo, o pretendente deverá :
(Renumerado do parágrafo único pela Lei nº 11.196, de 2005) (TJRO-2019)
Art. 116. Entende-se por acionista controlador a pessoa, natural ou jurídica, ou o grupo de pessoas
vinculadas por acordo de voto, ou sob controle comum, que:
a) é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, a maioria dos votos nas
deliberações da assembléia-geral e o poder de eleger a maioria dos administradores da companhia; e
b) usa efetivamente seu poder para dirigir as atividades sociais e orientar o funcionamento dos
órgãos da companhia.
Parágrafo único. O acionista controlador deve usar o poder com o fim de fazer a companhia
realizar o seu objeto e cumprir sua função social, e tem deveres e responsabilidades para com os demais
acionistas da empresa, os que nela trabalham e para com a comunidade em que atua, cujos direitos e
interesses deve lealmente respeitar e atender.
III - exercer poder de veto sobre qualquer proposta submetida à votação dos acionistas ou
quotistas da concessionária, que representem, ou possam representar, prejuízos aos fins previstos
no caput deste artigo; (Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015) (TCDF-2021)
IV - outros poderes necessários ao alcance dos fins previstos no caput deste artigo. (Incluído pela
Lei nº 13.097, de 2015)
II - sem prejuízo do disposto no inciso I do caput deste artigo, a cessão do crédito não terá
eficácia em relação ao Poder Público concedente senão quando for este formalmente notificado ;
(Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)
III - os créditos futuros cedidos nos termos deste artigo serão constituídos sob a titularidade
do mutuante, independentemente de qualquer formalidade adicional ; (Incluído pela Lei nº 11.196, de
2005) (TJPE-2013)
VI - os pagamentos dos créditos cedidos deverão ser depositados pela concessionária ou pela
instituição encarregada da cobrança em conta corrente bancária vinculada ao contrato de mútuo ;
(Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)
Parágrafo único. Para os fins deste artigo, serão considerados contratos de longo prazo
aqueles cujas obrigações tenham prazo médio de vencimento superior a 5 (cinco) anos . (Incluído pela
Lei nº 11.196, de 2005) (TJPE-2013)
Capítulo VII
#Atenção: De fato, a fiscalização pelo poder concedente deve ocorrer e é permanente. Desse
modo, o fato de o concessionário prestar o serviço público por sua própria conta e risco não tem o
condão de afastar a fiscalização exercida pelo Poder Concedente cujo objetivo é a verificação da
qualidade do serviço prestado.
IV - extinguir a concessão, nos casos previstos nesta Lei e na forma prevista no contrato;
V - HOMOLOGAR reajustes e PROCEDER à revisão das tarifas na forma desta Lei, das
normas pertinentes e do contrato; (PGEPB-2021)
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Art. 3º As concessões e permissões sujeitar-se-ão à fiscalização pelo poder concedente responsável pela
delegação, com a cooperação dos usuários.
VI - cumprir e fazer cumprir as disposições regulamentares do serviço e as cláusulas contratuais
da concessão;
VII - zelar pela boa qualidade do serviço, receber, apurar e solucionar queixas e reclamações
dos usuários, que serão cientificados, em até trinta dias, das providências tomadas ; (TJRJ-2014)
(DPESP-2015) (Cartórios/TJMG-2017)
XI - incentivar a competitividade; e
Art. 30. NO EXERCÍCIO DA FISCALIZAÇÃO, o poder concedente TERÁ acesso aos dados
relativos à administração, contabilidade, recursos técnicos, econômicos e financeiros da
concessionária. (TJDFT-2011) (PCAC-2017) (PCPR-2021)
Parágrafo único. A fiscalização do serviço será feita por intermédio de órgão técnico do poder
concedente ou por entidade com ele conveniada, e, periodicamente, conforme previsto em norma
regulamentar, por comissão composta de representantes do poder concedente, da concessionária e
dos usuários. (PCAC-2017)
Capítulo VIII
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Art. 4º. A desapropriação poderá abranger a área contígua necessária ao desenvolvimento da obra a que
se destina, e as zonas que se valorizarem extraordinariamente, em consequência da realização do serviço.
Em qualquer caso, a declaração de utilidade pública deverá compreendê-las, mencionando-se quais as
indispensáveis à continuação da obra e as que se destinam à revenda. Quando a desapropriação destinar-
se à execução de planos de urbanização, de renovação urbana ou de parcelamento ou reparcelamento do
solo, a receita decorrente da revenda ou da exploração imobiliária dos imóveis produzidos poderá compor
a remuneração do agente executor. (Redação dada pela Lei nº 14.273, de 2021)
I - prestar serviço adequado, na forma prevista nesta Lei, nas normas técnicas aplicáveis e no
contrato;
III - prestar contas da gestão do serviço ao poder concedente e aos usuários, nos termos
definidos no contrato; (PGESP-2012) (Cartórios/TJMG-2015)
V - permitir aos encarregados da fiscalização livre acesso, em qualquer época, às obras, aos
equipamentos e às instalações integrantes do serviço, bem como a seus registros contábeis;
VII - ZELAR pela integridade dos bens vinculados à prestação do serviço, bem como
SEGURÁ-LOS adequadamente; e (TJSC-2017)
Capítulo IX
DA INTERVENÇÃO
Art. 32. O poder concedente PODERÁ INTERVIR na concessão, com o fim de assegurar a
adequação na prestação do serviço, bem como o fiel cumprimento das normas contratuais,
regulamentares e legais pertinentes. (MPSP-2005) (PGEPA-2011) (DPEAC-2012) (PFN-2012) (DPESP-2013)
(MPPE-2014) (TJGO-2015) (PGEMA-2016) (PGERO-2022)
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Art. 4º. A desapropriação poderá abranger a área contígua necessária ao desenvolvimento da obra a que
se destina, e as zonas que se valorizarem extraordinariamente, em consequência da realização do serviço.
Em qualquer caso, a declaração de utilidade pública deverá compreendê-las, mencionando-se quais as
indispensáveis à continuação da obra e as que se destinam à revenda. Parágrafo único. Quando a
desapropriação destinar-se à execução de planos de urbanização, de renovação urbana ou de
parcelamento ou reparcelamento do solo, a receita decorrente da revenda ou da exploração imobiliária dos
imóveis produzidos poderá compor a remuneração do agente executor. (Redação dada pela Lei nº 14.273,
de 2021)
designação do interventor, o prazo da intervenção e os objetivos e limites da medida. BL: art. 32,
caput e § único, Lei 8987.
#Atenção: Perceba que a intervenção deve ser feita por meio de decreto, nos termos § único do art.
32 da Lei 8.987. Todavia, no caso em tela foi realizada através de resolução. Tal fato acarreta vício
quanto ao elemento “forma”, que consiste na exteriorização do ato, determinada por lei.
#Atenção: A hipótese de intervenção encontra-se no art. 32 da Lei 8987, que versa sobre concessão
de serviços públicos: (1) assegurar a adequação dos serviços ou (2) assegurar o fiel cumprimento
das normas contratuais ou legais pertinentes.
(MPSC-2016): Cessada a intervenção na concessão de serviço público, quando a concessão não for
extinta, a administração do serviço será devolvida à concessionária, precedida de prestação de
contas pelo interventor, que responderá pelos atos praticados durante a sua gestão. BL: art. 34 da
Lei 8987.
Capítulo X
DA EXTINÇÃO DA CONCESSÃO
(DPEPA-2009-FCC): Nos termos do que prevê a Lei 8.987/95, a concessão de serviços públicos
extingue-se por diversas formas, sendo correto afirmar, neste tema, que a falência do
concessionário acarreta a extinção da concessão e, como consequência, a reversão ao poder
concedente dos bens aplicados ao serviço objeto do contrato. BL: art. 35, caput, VI c/c §1º, Lei
8987.
#Atenção: Os bens que são incorporados ao patrimônio público após a extinção do contrato de
concessão de serviço público se chamam bens reversíveis (art. 35, §§1º e 3º da Lei 8.987/95). A
doutrina aponta que os bens reversíveis devem estar discriminados no próprio instrumento
contratual que dá base à concessão.
§ 4o Nos casos previstos nos incisos I e II deste artigo, o poder concedente, antecipando-se à
extinção da concessão, PROCEDERÁ aos levantamentos e avaliações necessários à determinação
dos MONTANTES DA INDENIZAÇÃO que SERÁ DEVIDA à concessionária, na forma dos arts.
36 e 37 desta Lei. (TRF1-2011) (TJPI-2012) (MPSC-2019)
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É também denominada pela doutrina de “resgate”.
art. 37, Lei 8987.
(TJPE-2011-FCC): Nos termos da Lei federal que dispõe sobre normas gerais de concessão de
serviços públicos, a encampação, entendida como a retomada do serviço pelo poder concedente
durante o prazo da concessão, por motivo de interesse público, depende de lei autorizativa
específica e prévio pagamento da indenização. BL: art. 37, Lei 8987/95.
VII - a concessionária não atender a intimação do poder concedente para, em 180 (cento e
oitenta) dias, apresentar a documentação relativa a regularidade fiscal, no curso da concessão, na
forma do art. 29 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993. (Redação dada pela Lei nº 12.767, de 2012)
Capítulo XI
DAS PERMISSÕES
(TCEPR-2016-CESPE): A permissão de serviço público pode ser revogada por ato unilateral do
poder concedente. BL: art. 40, Lei 8987.
#Atenção: De fato, em vista da atual normatização acerca das permissões de serviços públicos, não
há maiores dilemas quanto à natureza jurídica desta ser a de um contrato administrativo,
porquanto a ela se aplicam as mesmas disposições atinentes às concessões (art. 40, § único, Lei
8.987/95), bem assim se tratar de contrato de adesão, conforme expressamente consta do caput do
referido dispositivo legal.
#Atenção:
- Permissão e Concessão: Diferenças
1ª) A modalidade licitatória: Na PERMISSÃO, a modalidade licitatória NÃO é obrigatoriamente
a concorrência; a modalidade varia de acordo com o valor do contrato, nos moldes da Lei de
Licitações. A licitação na permissão é obrigatória. Só a modalidade que pode variar.
2ª) Tipo de Pessoa Contratante: A PERMISSÃO pode ser celebrada por pessoa física ou jurídica,
enquanto que os contratos de CONCESSÃO só são celebrados com pessoa jurídica ou consórcios
de empresas.
Cuidado: PERMISSÃO não pode ser feita com consórcios de empresa.
Capítulo XII
Art. 41. O disposto nesta Lei NÃO SE APLICA à concessão, permissão e autorização para o
serviço de radiodifusão sonora e de sons e imagens. (MPMS-2011)
Art. 42. As concessões de serviço público outorgadas anteriormente à entrada em vigor desta Lei
consideram-se válidas pelo prazo fixado no contrato ou no ato de outorga, observado o disposto no
art. 43 desta Lei. (Vide Lei nº 9.074, de 1995)
§ 1o Vencido o prazo mencionado no contrato ou ato de outorga, o serviço poderá ser prestado
por órgão ou entidade do poder concedente, ou delegado a terceiros, mediante novo contrato .
(Redação dada pela Lei nº 11.445, de 2007).
§ 2o As concessões em caráter precário, as que estiverem com prazo vencido e as que estiverem
em vigor por prazo indeterminado, inclusive por força de legislação anterior, permanecerão
válidas pelo prazo necessário à realização dos levantamentos e avaliações indispensáveis à
organização das licitações que precederão a outorga das concessões que as substituirão, prazo esse
que não será inferior a 24 (vinte e quatro) meses . (DPEDF-2013) (PGM-Fortaleza/CE-2017) (TJPR-2019)
(MPPR-2019)
#Atenção: #Jurisprud. Teses/STJ – Ed. 97: #TJPR-2019: #CESPE: Tese 04: Não é devida
indenização a permissionário de serviço público de transporte coletivo por prejuízos
suportados em face de déficit nas tarifas quando ausente procedimento licitatório prévio.
(TJPR-2019-CESPE): Considerando a jurisprudência do STJ, julgue o item a seguir, relativo a
licitação: Não é devida indenização a permissionário de serviço público de transporte coletivo por
prejuízos suportados em razão de déficit das tarifas cobradas quando ausente prévio procedimento
licitatório para a contratação. BL: Jurisprud. em teses Ed. 97, tese 04.
#Atenção: #STJ: #DPEDF-2013: #TJPR-2019: #CESPE: Nos termos do art. 42, § 2º, da Lei 8.987/95,
deve a administração promover certame licitatório para novas concessões de serviços públicos,
não sendo razoável a prorrogação indefinida de contratos de caráter precário. O STJ entende
que o art. 42, § 2º, da Lei 8.987/95 não se aplica a permissões, o que per se já justificaria o
afastamento da indenização destinada aos concessionários. Precedentes. O entendimento do STJ
entende ser “indispensável o cumprimento dos ditames constitucionais e legais, com a realização
de prévio procedimento licitatório para que se possa cogitar de indenização aos permissionários
de serviço público de transporte coletivo, o que não ocorreu no presente caso" (REsp 1354802/RJ, Rel.
Min. Mauro Campbell Marques, 2ª T., j. 19/9/13, DJe 26/9/13). Ausente prévio procedimento
licitatório, a administração não deve indenizar empresas permissionárias, mormente quando se
busca mera adequação de serviço público à legislação de regência e à Carta da República . 7.
Precedentes deste Tribunal: AgRg no AREsp 481094/RJ, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, DJe
21/5/14; REsp 1422656/RJ, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, DJe 21/3/14; REsp 1366651/RJ,
Rel. Min. Mauro Campbell Marques, DJe 26/9/13; AgRg no REsp 1423158/RJ, Rel. Min. Herman
Benjamin, DJe 6/4/15; REsp 1407860/RJ, Rel. Min. Og Fernandes, DJe 18/12/13; REsp
1420691/RJ, Rel. Min. Eliana Calmon, DJe 13/12/13; e REsp 1376569/RJ, em decisão monocrática,
Rel. Min. Humberto Martins, DJe 10/4/15. Agravo interno a que se nega provimento. (STJ. 2ª T.,
AgRg no REsp 1358744/RJ, Rel. Min. Og Fernandes, j. 06/12/16).
§ 3º As concessões a que se refere o § 2 o deste artigo, inclusive as que não possuam instrumento
que as formalize ou que possuam cláusula que preveja prorrogação, terão validade máxima até o dia
31 de dezembro de 2010, desde que, até o dia 30 de junho de 2009, tenham sido cumpridas,
cumulativamente, as seguintes condições: (Incluído pela Lei nº 11.445, de 2007).
I - levantamento mais amplo e retroativo possível dos elementos físicos constituintes da infra-
estrutura de bens reversíveis e dos dados financeiros, contábeis e comerciais relativos à prestação dos
serviços, em dimensão necessária e suficiente para a realização do cálculo de eventual indenização
relativa aos investimentos ainda não amortizados pelas receitas emergentes da concessão,
observadas as disposições legais e contratuais que regulavam a prestação do serviço ou a ela
aplicáveis nos 20 (vinte) anos anteriores ao da publicação desta Lei; (Incluído pela Lei nº 11.445, de 2007).
§ 6o Ocorrendo acordo, poderá a indenização de que trata o § 5 o deste artigo ser paga mediante
receitas de novo contrato que venha a disciplinar a prestação do serviço . (Incluído pela Lei nº 11.445, de
2007).
Art. 43. Ficam extintas todas as concessões de serviços públicos outorgadas sem licitação na
vigência da Constituição de 1988. (Vide Lei nº 9.074, de 1995)
Parágrafo único. Ficam também extintas todas as concessões outorgadas sem licitação
anteriormente à Constituição de 1988, cujas obras ou serviços não tenham sido iniciados ou que se
encontrem paralisados quando da entrada em vigor desta Lei.
Art. 44. As concessionárias que tiverem obras que se encontrem atrasadas, na data da publicação
desta Lei, apresentarão ao poder concedente, dentro de cento e oitenta dias, plano efetivo de
conclusão das obras. (Vide Lei nº 9.074, de 1995)
Parágrafo único. Caso a concessionária não apresente o plano a que se refere este artigo ou se
este plano não oferecer condições efetivas para o término da obra, o poder concedente poderá
declarar extinta a concessão, relativa a essa obra.
Art. 45. Nas hipóteses de que tratam os arts. 43 e 44 desta Lei, o poder concedente indenizará as
obras e serviços realizados somente no caso e com os recursos da nova licitação.
Parágrafo único. A licitação de que trata o caput deste artigo deverá, obrigatoriamente, levar em
conta, para fins de avaliação, o estágio das obras paralisadas ou atrasadas, de modo a permitir a
utilização do critério de julgamento estabelecido no inciso III do art. 15 desta Lei.