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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Contratos Administrativos na Função Publica

Assima Catissa Taquidir Abdula Código: 708184661

Curso: Administração Pública


Disciplina: Direito Administrativo
Ano de frequência: 3º Ano

Beira, Junho, 2020


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Folha Para Recomendações de Melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índice
1.0. Introdução............................................................................................................................1

1.1. Objectivo do trabalho.......................................................................................................1

2.0. Marco teórico.......................................................................................................................2

2.1 Noções Básicas do Contrato Administrativo........................................................................2

2.2. Características do Contracto Administrativo.......................................................................2

2.3. Principais Espécies de Contratos Administrativos..............................................................2

3.0. O contrato administrativo no contexto moçambicano.........................................................3

3.1. Regime jurídico dos contratos administrativos....................................................................3

3.2. Modalidades de contratação.................................................................................................3

3.3. A Formação do Contrato Administrativo............................................................................3

3.4. A Execução do Contrato Administrativo.............................................................................4

3.6. A Extinção do Contrato Administrativo..............................................................................4

4. Conclusão................................................................................................................................5

5. Referencias Bibliográficas......................................................................................................6

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1.0. Introdução
O presente trabalho faz uma abordagem minuciosa acerca do contrato administrativo na
função pública. O presente trabalho encontra-se estruturado da seguinte maneira, primeiro
faremos uma descrição dos trabalhos já feito (Quadro teórico), de seguida será o
desenvolvimento do próprio trabalho olhando para o nosso país, mais em diante seguirão as
conclusões e por fim as referências bibliográficas.

De Salientar que os contratos administrativos se enquadram no conceito geral de um acordo


de vontade que geram direitos e obrigações para ambas as partes. O caracteriza o contrato
administrativo, e consequentemente, o diferencia das demais espécies é o fato de tal relação se
submeter a um regime jurídico de direito público, que impõe diversas prerrogativas e
sujeições à Administração que seriam inaceitáveis numa relação contratual entre particulares.

1.1. Objectivos do trabalho


Definir contrato administrativo
Conhecer as características do contrato administrativo
Caracterizar o contrato administrativo no contexto de Moçambique
Mencionar os regimes, modalidades e espécies de contrato administrativo.

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2.0. Marco teórico
2.1 Noções Básicas do Contrato Administrativo

De acordo com MAZZA (2011), contrato administrativo ou contrato público é o instrumento


dado à administração pública para dirigir-se e actuar perante seus administrados sempre que
necessite adquirir bens ou serviços dos particulares. Constitui um processo próprio de agir da
Administração Pública que cria, modifica ou extingue relações jurídicas, disciplinadas em
termos específicos do sujeito administrativo, entre pessoas colectivas da Administração ou
entre a Administração e os particulares.

2.2. Características do Contracto Administrativo


Para DI PIETRO (2014) as características do contrato administrativo são: “ (1) Consensual:
consubstanciado em acordo de vontades; (2) Formal: não basta o consenso das partes, é
necessária a obediência a certos requisitos; (3) Oneroso: remunerado na forma
convencionada; (4) Cumulativo: compensações recíprocas e equivalentes para as partes; (5)
Sinalagmático: reciprocidade de obrigações; (6) De adesão: as cláusulas são impostas
unilateralmente; (7) Personalíssimo: exige confiança recíproca entre as partes e (8) Exige
licitação prévia, salvo nas hipóteses excepcionais previstas em lei”.

2.3. Principais Espécies de Contratos Administrativos


Para MAZZA (2011), as principais espécies de contratos administrativos são as seguintes:
 Empreitada de obras públicas: é o contrato administrativo pelo qual um particular se
encarrega de executar uma obra pública, mediante retribuição a pagar pela
Administração;
 Concessão de obras públicas: é o contrato administrativo pelo qual um particular se
encarrega de executar e explorar uma obra pública, mediante retribuição a obter
directamente dos utentes, através do pagamento por estes de taxas de utilização;
 Concessão de serviços públicos: é o contrato administrativo pelo qual um particular se
encarrega de montar e explorar um serviço público, sendo retribuído pelo pagamento
de taxas de utilização a cobrar directamente dos utentes.
 Concessão de uso privativo do domínio público: é o contrato administrativo pelo qual
a Administração Pública faculta a um sujeito de Direito Privado a utilização
económica exclusiva de uma parcela do domínio público para fins de utilidade
pública;
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 Concessão de exploração de jogos de fortuna e azar: é o contrato administrativo qual
um particular se encarrega de montar e explorar um casino de jogo, sendo retribuído
pelo lucro auferido das receitas dos jogos;
 Prestação de serviços: abrange dois tipos completamente diferentes um do outro: de
transporte e provimento.

3.0. O contrato administrativo no contexto moçambicano


3.1. Regime jurídico dos contratos administrativos
O regime jurídico dos contratos administrativos é constituído quer por normas que conferem
prerrogativas especiais de autoridade à Administração Pública, quer por normas que impõe à
Administração Pública especiais deveres ou sujeições que não têm paralelo no regime dos
contratos de Direito Privado.

Legalmente o contrato administrativo em Moçambique é regulado pelo Decreto nº 15/2010 de


24 de Maio (Regulamento de Contratação de Empreitada de Obras Públicas, Fornecimento de
Bens e Prestação de Serviços ao Estado), onde encontramos todos os aspectos referentes a
estes, desde o lançamento do concurso até a cessação dos contratos. No artigo 40 nos diz que
"Os contratos regulados pelo presente Regulamento têm natureza administrativa".

3.2. Modalidades de contratação


A contratação é feita através de concurso público, de cordo com artigo 61 do decreto nº
15/2010 de 24 de Maio, “O Concurso Público é a modalidade de contratação na qual pode
intervir todo e qualquer participante interessado, desde que reúna os requisitos estabelecidos
nos Documentos de Concurso”.
De acordo com artigo 62 do decreto acima mencionado, o Concurso Público observa, pela
ordem indicada, as seguintes fases: “ (1) de preparação e lançamento; (2) de apresentação e
abertura das propostas e documento de qualificação; (3) de avaliação e saneamento; (3) de
classificação e recomendação do júri; (4) de adjudicação; e (5) de reclamação e recurso”.

3.3. A Formação do Contrato Administrativo


Os contratos administrativos estão sujeitos à forma escrita (Artigo 44 do Decreto 15/2010 de
24 de Maio).

O artigo 45 do Decreto 15/2010 de 24 de Maio, aponta alguns aspectos que devem compor as
cláusulas essenciais: “ (1) identificação das partes contratantes; (2) objecto do contrato,

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devidamente individualizado; (3) prazo de execução da obra, fornecimento de bens ou
prestação de serviços, com indicação das datas dos respectivos inícios e termo; (4) garantias
relativas à execução do contrato, quando exigidas; (5) forma, prazos e demais cláusulas sobre
o regime de pagamento; (6) encargo total estimado resultante do contrato; (7) sanções
aplicáveis em caso de falta de cumprimento; (8) o foro judicial ou outro, para a solução de
qualquer litígio emergente do contrato, seja na sua interpretação, ou na sua execução; (9) a
inclusão obrigatória de uma cláusula anticorrupção; e (10) outras condições que as partes
considerem também essenciais à boa execução do contrato”.

3.4. A Execução do Contrato Administrativo


De acordo com o decreto 15/2010 de 24 de Maio, os principais poderes de autoridade de que a
Administração beneficia na execução do contrato administrativo são três:
O poder de fiscalização: consiste no direito que a Administração Pública tem, como parte
pública do contrato administrativo, de controlar a execução do contrato para evitar surpresas
prejudiciais ao interesse público, de que a Administração só viesse, porventura, a aperceber-se
demasiado tarde; (Decreto 15/2010 de 24 de Maio, artigo 48). O poder de modificação
unilateral: decorre da variabilidade dos interesses públicos prosseguidos com o contrato e tem
correspondência no dever de manutenção do equilibro financeiro do contrato, dever que dita,
em condições normais, o aumento das contrapartidas financeiras do co-contratante privado;
(Decreto 15/2010 de 24 de Maio, artigo 54). E O poder de aplicar sanções: ao contraente
particular, seja pela inexecução do contrato, seja pelo atraso na execução, seja por qualquer
outra forma de execução imperfeita, seja ainda porque o contraente particular tenha
trespassado o contrato para outrem sem a devida autorização da Administração.

3.6. A Extinção do Contrato Administrativo


A cessação do contrato por mútuo acordo ou por rescisão unilateral é obrigatoriamente feita
por escrito artigo 55 e o artigo 56 nos aponta quais são as causas da rescisão contratual
unilateral. A lei prevê que os contratos cessam:
 Pelo integral cumprimento das obrigações da Entidade Contratante e da Contratada;
 Por mútuo acordo entre a Entidade Contratante e a Contratada; e
 Por rescisão unilateral fundamentada em incumprimento de obrigações contratuais.

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4. Conclusão
Contrato administrativo como a convenção estabelecida entre duas ou mais pessoas para
constituir, regular ou extinguir, entre elas, uma relação jurídica patrimonial, tendo sempre a
participação do Poder Público, visando à persecução de um interesse colectivo, sendo regido
pelo direito público.

Para DI PIETRO (2014) as características do contrato administrativo são: consensual:


consubstanciado em acordo de vontades; formal: não basta o consenso das partes, é necessária
a obediência a certos requisitos; oneroso: remunerado na forma convencionada; cumulativo:
compensações recíprocas e equivalentes para as partes; sinalagmático: reciprocidade de
obrigações; de adesão: as cláusulas são impostas unilateralmente; personalíssimo: exige
confiança recíproca entre as partes; exige licitação prévia, salvo nas hipóteses excepcionais
previstas em lei. Legalmente o contrato administrativo em Moçambique é regulado pelo
Decreto nº 15/2010 de 24 de Maio (Regulamento de Contratação de Empreitada de Obras
Públicas, Fornecimento de Bens e Prestação de Serviços ao Estado), onde encontramos todos
os aspectos referentes a estes, desde o lançamento do concurso até a cessação dos contratos.

De acordo com artigo 62 do decreto acima mencionado, o Concurso Público observa, pela
ordem indicada, as seguintes fases: de preparação e lançamento; de apresentação e abertura
das propostas e documento de qualificação; de avaliação e saneamento; de classificação e
recomendação do júri; de adjudicação; e de reclamação e recurso.

De acordo com o artigo 47 do decreto 15/2010 de 24 de Maio, versa que a entidade


contratante tem a prerrogativa de: rescindir unilateralmente o contrato; fiscalizar a execução
do contrato, directamente ou por fiscal por si contratado; suspender a execução do contrato;
aplicar as sanções pela inexecução total ou parcial do contrato; cancelar o concurso; e
invalidar o concurso. A lei prevê que os contratos cessam: pelo integral cumprimento das
obrigações da entidade contratante e da contratada; por mútuo acordo entre a entidade
contratante e a contratada; e por rescisão unilateral fundamentada em incumprimento de
obrigações contratuais.

A Administração ou a Entidade Contratante deve exigir que a Contratada preste garantia


definitiva adequada ao bom e pontual cumprimento das suas obrigações que foram previstas
na celebração do contrato (artigo 46 do decreto lei 15/2010). Todavia, não é permitido o
pagamento de adiantamento sem apresentação de garantia no mesmo valor.
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5. Referências Bibliográficas
1. DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. (2014). Direito Administrativo. (27ª ed.) São
Paulo: Altlas.
2. Legislação: Decreto nº 15/2010 de 24 de Maio.
3. MAZZA, Alexandre. (2011). Direito Administrativo, Colecção OAB Nacional. (3ªed.)
São Paulo: Saraiva.
4. MELLO, Celso António Bandeira De. (2009). Grandes Temas de Direito
Administrativo. São Paulo: Malheiros Editores.

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