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Resumo
O presente artigo cientifico aborda sobre: Gestão da Lavandaria Hospitalar no conforto e Segurança dos
Pacientes nas unidades hospitalares. Nesta linha de raciocínio, possui como objectivo compreender o papel da
Lavandaria Hospitalar no conforto e segurança dos pacientes. Portanto, a lavandaria hospitalar é responsável
pela distribuição de roupas higienizadas para diversas unidades de um hospital, sendo assim, a falta ou atraso
das roupas hospitalares afecta as actividades dos demais serviços e influencia a qualidade da assistência à
saúde, principalmente no que se refere à segurança e ao conforto do paciente. Observando a situação dos
utentes dos Hospitais é o contrário do que é esperado, neste caso, os utentes preferem usar os seus próprios
lençóis, almofadas, fronhas e outras matérias para além daqueles que o hospital disponibiliza, criando assim
uma instabilidade nos responsáveis da área da lavandaria podendo assim aumentar as infecções intra-
hospilares e extra-hospitalares que poderão acarretar mais custos no serviço nacional de saúde (SNS).
Portanto, sectores como centros cirúrgicos, unidades de internação, UCI e ambulatórios dependem fortemente
do funcionamento correcto da lavandaria, pois a falta e/ou atrasos na reposição das roupas hospitalares e
ausência de trocas frequente podem acarretar sérios transtornos no atendimento aos pacientes e até mesmo o
não cumprimento de actividades programadas, como cirurgias e internamentos. Sendo assim, para a realização
deste trabalho, recorreu-se a revisão bibliográficas que versam sobre o tema inclinados, enfatizando as
medidas, e tratamentos necessários para a protecção e a promoção da saúde física e mental dos utentes em
centros de saúde.
Abstract
This scientific article addresses: Hospital Laundry Management in the comfort and Safety of Patients in hospital
units. In this line of reasoning, it aims to understand the role of Hospital Laundry in the comfort and safety of
patients. Therefore, the hospital laundry is responsible for distributing sanitized clothes to several units of a
hospital, so the lack or delay of hospital clothes affects the activities of other services and influences the quality
of health care, especially with regard to patient safety and comfort. Observing the situation of Hospital users is
the opposite of what is expected, in this case, users prefer to use their own sheets, pillows, pillowcases and
other materials in addition to those that the hospital provides, thus creating an instability in those responsible
for the area of laundry, thus increasing intra-hospital and extra-hospital infections that could lead to more
costs in the national health service (NHS). Therefore, sectors such as surgical centers, inpatient units, ICU and
outpatient clinics depend heavily on the correct functioning of the laundry, as the lack and/or delays in the
replacement of hospital clothes and the absence of frequent changes can cause serious inconvenience in
patient care and even non-compliance with scheduled activities, such as surgeries and hospitalizations.
Therefore, to carry out this work, we resorted to literature review that deal with the subject inclined,
emphasizing the measures and treatments necessary for the protection and promotion of physical and mental
health of users in health centers.
De acordo com a experiência vivenciada aos serviços de lavandaria hospitalar, não existem
parâmetros de qualidade normalizados formalmente entre a maioria dos hospitais e as respectivas
lavandarias, pois cada hospital se adapta à sua realidade administrativa; porém é necessário que se
estabeleçam critérios de normalização e controles da qualidade de roupa processada. Neste
contexto, para que o processo de lavagem alcance alta qualidade em termos da redução de manchas,
da desinfecção, do aumento da vida útil do enxoval e, por consequência, a minimização dos custos,
tanto da lavandaria, como dos hospitais.
Outro factor que nos impulsionou a realizar a actualização deste estudo foi a grande demanda de
informações sobre o assunto solicitadas pelos profissionais dos serviços de saúde e das unidades de
processamento de roupas. Portanto, esperamos que esta publicação seja um importante
instrumento de apoio a todos os envolvidos nas actividades de processamento de roupas de serviços
de saúde e, principalmente, que fomente a prática voltada ao controle e à prevenção de riscos.
Para Albrecht (1992, p.293), As lavandarias hoje têm funções mais amplas e dinâmicas, deixando de
lado a visão simplista, de um sector que tem a responsabilidade de lavar roupa. É preciso que as
lavandarias sejam vistas como um Serviço de Processamento de Roupas, atendendo às necessidades
de cada serviço ou pessoa que vai utilizá-la conforme o Manual de Lavandaria do Ministério da Saúde
(BRASIL/MS, 2000).
Dentre estes, deve-se dar ênfase especial à direcção dos ventos, para que não haja corrente de ar do
ambiente contaminado para o limpo; deve-se evitar escadas ou degraus entre a lavandaria e a
estante do prédio, para facilitar o transporte da roupa. Havendo desníveis inevitáveis, deve-se
adoptar rampas para facilitar a circulação de carrinhos, tanto de roupa suja como limpa. O formato
da lavandaria deve possibilitar um fluxo racional de trabalho de processamento da roupa, seguindo
um fluxo progressivo, como em uma linha de montagem industrial, evitando cruzamento de
circulações das actividades.
Na organização de uma lavandaria hospitalar, todo o seu funcionamento deve estar descrito em um
manual de orientação, manual este que está disponível no site do Ministério da Saúde. Este manual
deve conter a especificação de cada actividade, a estrutura hierárquica, regras e usualidades,
expondo nitidamente a organização e execução das tarefas. As funções desempenhadas pela equipe
que compõe a lavandaria devem constar no regulamento do hospital. A mesma lavandaria deve estar
directamente subordinada à administração da unidade hospitalar, fazendo parte dos serviços gerais.
Além disso, em um serviço de higiene e limpeza hospitalar existem critérios para o dimensionamento
de pessoal, tais como: qualificação da equipe disponível, jornada de trabalho, classificação das áreas
hospitalares sob o aspecto criticidade, planta física e idade da construção, região onde o hospital se
localiza (zona rural ou urbana), condições internas de trabalho, grau de exigência dos clientes
internos e externos, política administrativa, dentre outros.
Uma forma de dimensionamento do quadro de pessoal, algumas vezes utilizada pelas organizações,
se baseia na metragem da área física construída. É necessário considerar vários factores que
interferem na prática e no desempenho dos trabalhadores de limpeza. Segundo o padrão brasileiro,
um trabalhador de limpeza executa as suas actividades de limpeza em 400m 2/por jornada de oito
horas em áreas livres e 300m2/por jornada de oito horas em áreas fechadas.
O serviço de higiene e limpeza hospitalar da actualidade também enfrenta dificuldades que podem
ser traduzidas pelos desafios da recente incorporação do conceito de governança. Essa quebra de
paradigma, ou mudança de comportamento, não pode interferir na prática do trabalho e na
resolutividade finalística do serviço. A inclusão do serviço de governança em higiene e limpeza
hospitalar é compreendida pela aplicação do mínimo de investimento em recursos financeiros e
materiais. O detalhe dessa incorporação deve ser pautado na elaboração de planeamento e metas
definidas antes da implantação do serviço.
As actividades realizadas pela unidade de processamento de roupas são representadas na Figura 3.1.
Centrifugação
Figura 3.1 - Fluxograma das actividades do processamento de roupas (Fonte: adaptado de autora,
2021).
A roupa suja que chega na área de processamento, é classificada e pesada antes de iniciar o processo
de lavagem. A roupa suja é classificada de acordo com o grau de sujidade. Na área de recepção, a
roupa é retirada do carro de colecta, com a finalidade de ser separada e pesada de acordo com a
capacidade da máquina, geralmente 80% de sua capacidade de lavagem, além de ser identificado
quanto ao tipo de processamento a que deverá ser submetido em função do tipo de sujeira (Brasil,
2007). O grau de sujeira pode ser classificado em:
Sujeira pesada: roupa com sangue, fezes, vómitos e outras sujidades proteicas;
Sujeira leve: roupa sem presença de fluidos corpóreos, sangue ou produtos químicos.
Toda roupa com mais de três pontos de sujeira visível de sangue, fezes, urina, secreções e outros
fluidos já pode ser considerada roupa de sujeira pesada. Após a classificação e pesagem da roupa, o
próximo passo é o processo de lavagem em si. A lavagem é o processo que consiste na eliminação da
sujeira fixada na roupa, deixando-a com aspecto e cheiro agradável, nível bacteriológico reduzido ao
mínimo e confortável para o uso. O ciclo a ser empregado no processo de lavagem é determinado de
acordo com o grau de sujeira, tipo da roupa, tipo de equipamento da lavandaria e dos produtos
utilizados (Brasil, 2007).
De acordo com Fijan et al. (2007) o essencial é que a lavagem tenha um efeito não apenas sobre a
limpeza e o branqueamento das roupas, mas que seja eficaz na eliminação de microrganismos
patogénicos, pois a maioria dos usuários de hospitais são pacientes com o sistema imunológico
delibitado e, susceptíveis a infecções causadas por roupas hospitalares contaminadas com
patógenos. O risco com relação à presença desses germes, quando não removidos adequadamente
durante o processo de lavagem, está associado ao desenvolvimento de infecções nos pacientes que
farão uso dessa roupa (Lutterbeck, 2010).
Não existe um processo único e ideal para a lavagem de todas as roupas do serviço de saúde. A fase
de um ciclo completo de lavagem com roupas de sujidade leve e pesada está representado na Figura
3.1. O ciclo para roupas pesadas consiste em: umectação, enxagues, pré-lavagem, lavagem,
alvejamento, enxagues, acidulação e amaciamento. Para roupas com sujeira leve, dispensam-se as
etapas de umectação, primeiros enxagues e pré-lavagem, sendo que o ciclo inicia-se na etapa de
lavagem (Brasil, 2007).
A umectação consiste no uso de produtos que dilatam as fibras e reduzem a tensão superficial da
água, facilitando a penetração da solução e a remoção de sujidades, como sangue, albuminas, entre
outras (Brasil, 2009). A pré-lavagem tem como função emulsionar as gorduras ácidas, dilatar as fibras
dos tecidos, preparando-as para as operações seguintes e, consequentemente, diminuindo a
demanda de produtos químicos. Nessa fase, são usados detergentes que têm propriedades de
remoção, suspensão e emulsão da sujidade (Barrie, 1994).
Os princípios associados no processo de lavagem são de ordem física (mecânica, temperatura e
tempo) e química (detergência, alvejamento, desinfecção, acidulação e amaciamento). Na fase da
lavagem, a combinação das acções mecânica, da temperatura, do tempo e da detergência tem a
finalidade de remover o restante da sujidade (Ministério da Saúde, 1986) Os enxagues são
importantes, pois são uma acção mecânica destinada à remoção, por diluição, da sujidade e dos
produtos químicos presentes nas roupas. O risco de dano ao tecido pode ser minimizado por
adequados enxagues (Brasil, 2009).
A nocividade ambiental dos efluentes da lavandaria é uma das mais acentuadas dentre os sectores
de uma unidade hospitalar. As altas concentrações de produtos químicos como sanitizantes,
desinfectantes, antibióticos, umectantes, surfactantes, entre outros, conferem a esses efluentes o
poder de exercer características de menor biodegradabilidade ao efluente gerado pelas unidades
hospitalares (Kist et al., 2006; Emanuel et al., 2005).
A presença dessas substâncias pode gerar problemas no tratamento biológico das estações de
tratamento, devido justamente as características recalcitrantes e antibacterianas dessas substâncias,
podendo ainda apresentar riscos aos ecossistemas aquáticos que são expostos a esses compostos
presentes no efluente de lavandaria hospitalar. Desinfectantes, em particular, são com frequência
compostos altamente complexos ou misturas de substâncias activas que apresentam características
tóxicas aos ecossistemas aquáticos aos quais são expostos (Kümmerer, 2001). A utilização de alguns
desinfectantes promove ainda a formação dos chamados subprodutos da desinfecção que podem
possuir características altamente tóxicas.
8. Metodologia da pesquisa
Para a elaboração este artigo, foi necessário o uso da revisão bibliográficas, metodologia de consulta
de algumas obras bibliográficas que versam sobre o tema nelas inclinadas e que tais obras estão
referenciadas na lista bibliográfica. Como se não bastasse, tratando-se dum trabalho científico
apresentou-se aqui aspectos relacionados com conceitos e abordagem sobre a lavandaria hospitalar;
Importância da lavandaria hospitalar, a administração da Lavandaria Hospitalar, Serviço de Higiene
e limpeza hospitalar Efluentes de Lavandarias Hospitalares e Medidas de Prevenção e Controle de
Infecção que de certa forma pode estar na arena académica em discussão, podendo assim neste
trabalho abordar sobre como deve ser efectuado actividades na área de lavandaria hospitalar para
segurança nos paciente.
9. Conclusão
Com base na actual situação do mercado de saúde, e tendo em vista os argumentos apresentados ao
longo deste artigo, temos um serviço que vem se ampliando não só pela tecnologia da medicina
como também pelas mudanças de valores dos utentes assistidos. Chegamos à conclusão de que,
apesar das dificuldades em encontrarmos na literatura dados de evidência, podemos dizer que a
Qualidade do Serviço traz uma interferência na Gestão Hospitalar e o conforto e Segurança dos
Pacientes, partindo do contexto de que o gerenciamento deve estar atento a manter o atendimento,
de maneira a garantir o seu espaço na satisfação dos utentes, buscando satisfazer às suas
necessidades. Concluímos também que a importância da qualidade do serviço na área da lavandaria
como vantagem de mostrar que é importante na sua forma de actuação através dos processos que
estão sendo utilizados mundialmente, garantindo seus serviços de saúde por meio da acreditação.
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