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DIREITO ADMINISTRATIVO

CONVÊNIOS E CONSÓRCIOS PÚBLICOS

GRUPO ”A”:

COMPONENTES:
ANTONIO ARAÚJO, BRUNA LOYANE, DANIELLE MARLIA, FABRÍCIO DIAS, KLEBER
JUNIOR, LAÍZA MEDEIROS, MARLY NUNES, PATRICK RHAYAN, RONNIE CÉSAR, SUELEM
MENDES E WAGNER GOMES.
CONVÊNIOS
Conceito:

Os convênios podem ser conceituados como os acordos celebrados pelo Poder


Público (entre duas entidades públicas ou entre uma entidade pública e uma
entidade particular) com o objetivo de alcançar interesses comuns e recíprocos.

Normas que trazem a definição para convênio:


 - Decreto 6.170/2007, que é a norma responsável por estabelecer as regras
gerais a serem observadas no âmbito dos convênios,
 - Portaria Interministerial n. 424, de 30 de dezembro de 2016, que
regulamenta, por sua vez, a celebração de convênios de natureza financeira.
CONVÊNIOS
OBJETIVO

O objetivo, com a realização do convênio, é a execução de programa de governo,


envolvendo a realização de projeto, atividade, serviço, aquisição de bens ou evento
de interesse recíproco
AS PARTES EM UM CONVÊNIO

AS PARTES EM UM CONVÊNIO:

 Concedente (quem transfere)


 Convenente (quem recebe a transferência)
CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DOS
CONVÊNIOS
CONVÊNIOS
OBSERVAÇÕES:
CONVÊNIOS ADM. X CONTRATOS ADM.
A professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro apresenta uma brilhante definição
acerca da diferenciação entre ambos os institutos (convênios e contratos):
Enquanto os contratos abrangidos pela Lei n. 8.666 são necessariamente
precedidos de licitação - com as ressalvas legais - no convenio não se cogita de
licitação, pois não há viabilidade de competição quando se trata de mutua
colaboração, sob variadas formas, como repasse de verbas, uso de equipamentos,
de recursos humanos, de imóveis, de ‘Know-how’. Não se cogita de preços ou de
remuneração que admita competição
CONVÊNIOS ADM. X CONTRATOS ADM.
CONVÊNIOS
ALTERAÇÕES:
Após a celebração do convênio, diversas são as circunstâncias que podem ensejam a
necessidade de alteração do acordo anteriormente realizado. Para isso, deverá ser
confeccionado um termo aditivo.
É de se observar que apenas as cláusulas formais e regulamentares do convênio
poderão ser alteradas, mas nunca o seu objeto, fato que, se possível, configuraria
nulidade por desvio de objeto.
Havendo vício no objeto, o convênio deverá ser considerado nulo, sendo
desaprovado e incidindo na devolução dos valores por parte da autoridade
competente.
CELEBRAÇÃO DE CONVÊNIO
Etapas de Celebração de um Convênio
O processo de celebração de um convênio basicamente (ou de um contrato de
repasse) se desenvolve em quatro etapas ou fases, sendo elas a proposição, a
formalização, a execução e a prestação de contas:
Proposição: A proposição são todas as atividades realizadas antes da
formalização do instrumento.
CELEBRAÇÃO DE CONVÊNIO
Observação:
Para a celebração de convênios e contratos de repasse não é exigida a realização de
licitação pública. No entanto, quando o acordo envolver uma entidade privada sem
fins lucrativos, deverá ser realizado um “chamamento público”, que, em linhas
gerais, trata-se do procedimento destinado a selecionar, com base em critérios
objetivos, as propostas que melhor atendam aos critérios de qualificação técnica e
capacidade operacional do convenente para a gestão do convênio.
CELEBRAÇÃO DE CONVÊNIOS
CELEBRAÇÃO DE CONVÊNIOS
Formalização: é a atividade de assinatura do convênio.
CELEBRAÇÃO DE CONVÊNIOS

Execução: Iniciada a execução do convênio ou do contrato de repasse, devem as


partes cumprir com todas as obrigações do acordo.

Prestação de contas: A prestação de contas dos convênios e contratos de repasse


não ocorre apenas, como pode ser dado a entender, após o término do respetivo
acordo.
CELEBRAÇÃO DE CONVÊNIOS
COMO O ASSUNTO É COBRADO
(FCC/DP GO/DPE GO/2021) A respeito do convênio administrativo,
a) só é permitido se os partícipes forem entidades públicas de qualquer natureza.
b) é espécie de contrato administrativo.
c) pode dispor sobre interesses comuns e contrapostos.
d) pode ou não acarretar repasse de recursos financeiros.
e) resulta sempre na criação de pessoa jurídica na forma de associação pública ou
privada.

• Resposta correta:” D”
CONSÓRCIOS PÚBLICOS

Os consórcios públicos representam uma forma mais estrutura de cooperação entre


entidades federativas, destacando-se pela criação de uma nova pessoa jurídica.

CONCEITO

A Lei n° 11.107/2005, com a regulamentação dada pelo Decreto federal n°


6.017/2007, apresenta o consórcio público como pessoa jurídica formada por entes
da Federação, constituída como associação pública, com personalidade jurídica de
direito público e natureza autárquica, ou como pessoa jurídica de direito privado
sem fins econômicos.
OBJETIVOS DO CONSÓRCIO
Busca a gestão associada na prestação dos serviços, representando uma forma
jurídica segura e estável. Quem define os objetivos específicos dos consórcios são
os entes partícipes, que para cumpri-los, o consórcio poderá:
a) Firmar convênios, contratos, acordos de qualquer natureza, receber auxílios,
contribuições e subvenções sociais e econômicas de outras entidades e órgãos do
governo;
b) Promover desapropriações e instituir servidões nos termos de declaração de
utilidade pública, ou interesse social, realizada pelo Poder Público;
c) Ser contratado pela Administração Direta ou indireta dos entes da Federação
consorciados, sendo neste caso dispensada a licitação;
OBJETIVOS DO CONSÓRCIO
CONT.:
d) Emitir documentos de cobrança e exercer atividades de arrecadação de tarifas e
outros preços públicos pela prestação de serviços ou pelo uso ou outorga de uso
de bens públicos;
e) Outorgar concessão, permissão ou autorização de obras ou serviços públicos;
f) Fazer cessão de servidores entre eles.
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
Lei nº 11.107, de 06/04/2005, regulamentada pelo Decreto nº 6.017/07.
 Conforme dispõe o seu art. 1º “dispõe sobre normas gerais para a União, os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios contratarem consórcios públicos
para a realização de objetivos de interesse comum e dá outras providências”.

Atenção!
 A Lei 11.107/2005 estabelece normas gerais aplicáveis a todos os entes da
federação, assim, todos os entes podem dispor a respeito de normas específicas
sobre consórcios, desde que respeitadas as normas gerais.
CONSÓRCIOS PÚBLICOS

NATUREZA JURÍDICA

 Mais que um contrato, a nova Lei dá aos consórcios públicos contornos de ato
de constituição de pessoa jurídica de direito administrativo, com personalidade
jurídica própria e fins cooperativos.
INSTITUIÇÃO DE CONSÓRCIO
PÚBLICO
PROCEDIMENTO PARA INSTITUIÇÃO DO CONSÓRCIO PÚBLICO.
A instituição do consórcio público depende da implementação do procedimento previsto
na Lei 11.107/2005, que pode ser assim resumido:

1) Subscrição do protocolo de intenções;


2) Ratificação do protocolo pelo legislador;
3) Celebração do contrato de consórcio;
4) Personificação do consórcio;
5) Contrato de rateio;
6) Contrato de programa
CONSÓRCIOS PÚBLICOS
TIPOS DE CONSÓRCIOS PÚBLICOS:

CONSÓRCIO PÚBLICO DE DIREITO PÚBLICO


 Associação Pública - A associação pública integra a Administração Indireta de todos os entes
consorciados, na forma do art. 6.º, § 1.º, da Lei 11.107/2005, constituindo-se em verdadeira
entidade interfederativa ou multifederativa.

CONSÓRCIO PÚBLICO DE DIREITO PRIVADO


 Além da associação pública, os entes consorciados podem instituir pessoa jurídica de direito
privado para gerir e executar o contrato de consórcio (art. 6.º, II, da Lei 11.107/2005). Apesar
do silêncio da Lei 11.107/2005, a pessoa de direito privado insere-se na Administração
Indireta dos entes consorciados, pois trata-se de entidade instituída pelo Estado.
CONSÓRCIOS PÚBLICOS
CONSÓRCIOS PÚBLICOS
REGIME PESSOAL

 Embora os entes consorciados possam ceder servidores (inclusive estáveis), a


regra será de empregos públicos, no âmbito próprio do consórcio, cuja criação
depende de previsão do contrato de consorcio público que lhe fixe a forma e os
requisitos de provimento e a sua respectiva remuneração. Em outras palavras, o
regime será o celetista, mediante concurso público, conforme regra expressa no
Decreto nº 6.107/07, art. 22 e 23.
CONSÓRCIOS PÚBLICOS
RECURSOS FINANCEIROS

 Deverá obedecer às normas de direito financeiro aplicáveis as entidades públicas, em


especial as Constitucionais e as tratadas na Lei nº 4.320, de 1964, e na LRF (Lei
Complementar nº 101, de 2000);
 Está sujeito à fiscalização contábil, fiscalização contábil, operacional e patrimonial
pelo Tribunal de Contas competente para apreciar as contas do Chefe do Poder
Executivo representante legal do consórcio, inclusive quanto à legalidade,
legitimidade e economicidade das despesas, atos, contratos e renúncia de receitas,
sem prejuízo do controle externo a ser exercido em razão de cada um dos contratos
de rateio.
CONSÓRCIOS PÚBLICOS
EXTINÇÃO

 A alteração ou a extinção de contrato de consórcio público dependerá de


instrumento aprovado pela assembleia geral, ratificado mediante lei por todos
consorciados.

Observação: A retirada de consorciado ou a extinção do consórcio público não


prejudicará aas obrigações já constituídas.
CONSÓRCIOS PÚBLICOS
COMO O ASSUNTO É COBRADO NOS CONCURSOS:
O concurso para Procurador do Município de Paranavaí-PR, realizado pela banca FAUEL em
2018, solicitou que fosse assinalada a alternativa correta a respeito dos consórcios públicos:
a) O consórcio público poder· se constituir em pessoa jurídica de direito privado.
b) O consórcio público, ainda que com personalidade jurídica de direito público, no integra a
administração indireta dos entes da Federação consorciados.
c) O consórcio público poder· ser contratado pela administração direta ou indireta dos entes da
Federação consorciados, desde que participe de regular procedimento licitatório.
d) A União não poderá participar de consórcio públicos.
e) Considera-se inválida cláusula de contrato de consórcio público que autorize ser ele celebrado
por apenas uma parcela dos entes da Federação que subscreveram o protocolo de intenções.
• Resposta: “A”
CONCLUSÃO

A partir das análises apresentadas, conclui-se que os convênios e consórcios


administrativos são peças fundamentais na administração pública contemporânea,
pois permitem a cooperação eficaz entre entidades, otimizando recursos e
viabilizando a realização de serviços públicos de qualidade. No que diz respeito aos
convênios e consorcios públicos, destaca-se a necessidade de rigorosa fiscalização,
dada a natureza dos recursos públicos envolvidos. Registra-se que em ambos os
casos, a colaboração entre entes públicos e a clareza na definição de objetivos são
essenciais para o alcance de resultados positivos.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
ZANELA, Maria Sylvia. Direito Administrativo. 35. ed. São Paulo: Atlas, 2022.

MARINELA, Fernanda. Manual de Direito Administrativo - Volume Único. 17. ed. São Paulo: Saraiva,
2022.

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