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Lei nº 13.

022/2014 - Estatuto das Guardas


Municipais
5. Formação e capacitação: a lei estabelece a
obrigatoriedade de formação técnico-profissional
e capacitação continuada para os integrantes da
O Estatuto das Guardas Municipais é regido pela guarda municipal. Essa formação deve abranger
Lei nº 13.022/2014 e estabelece as diretrizes e conhecimentos específicos sobre legislação,
competências das guardas municipais no Brasil. direitos humanos, segurança pública, prevenção
Esse estatuto tem como objetivo principal e mediação de conflitos, entre outros temas
fortalecer e regularizar as atividades das guardas relevantes para o desempenho da função.
municipais, promovendo a segurança pública e a
proteção do patrimônio, dos serviços e dos bens
públicos nos municípios. A seguir, estão os
6. Uniforme e distintivo: o estatuto determina que
principais pontos dessa legislação:
a guarda municipal deve utilizar uniforme e
distintivo próprio, conforme as normas e
regulamentos da instituição, a fim de ser
1. Competências: o estatuto define as identificada de forma clara e visível pela
competências da guarda municipal, que incluem população.
a proteção dos bens, serviços, instalações e
áreas públicas municipais; a colaboração com os
órgãos de segurança pública em ações
7. Fiscalização e controle: o estatuto prevê
conjuntas; o auxílio na fiscalização e no
mecanismos de fiscalização e controle das
cumprimento das leis municipais; a atuação
atividades da guarda municipal, incluindo a
preventiva na segurança do município, entre
possibilidade de ouvidoria, a participação do
outras atribuições.
Conselho Comunitário de Segurança na
supervisão das atividades, a prestação de contas
e a transparência na utilização de recursos
2. Atuação preventiva e comunitária: a lei enfatiza públicos.
a atuação das guardas municipais de forma
preventiva, com enfoque na proteção da
comunidade e na promoção da segurança
É importante ressaltar que as competências e
cidadã. A guarda municipal deve desenvolver
prerrogativas das guardas municipais podem
ações de proximidade com a população,
variar de acordo com a legislação municipal de
estabelecendo laços de confiança, participando
cada cidade. É necessário conhecer as normas e
de programas educacionais e comunitários e
regulamentos específicos da guarda municipal de
atuando na prevenção de crimes e na mediação
cada município para entender melhor suas
de conflitos.
atribuições e responsabilidades.

3. Poder de polícia: o estatuto confere à guarda


municipal o poder de polícia administrativa, nos
termos da legislação municipal, permitindo que
ela exerça medidas regulatórias, fiscalizatórias e
de prevenção em suas áreas de atuação.

4. Armamento e equipamentos: o estatuto prevê


que o armamento e os equipamentos utilizados
pela guarda municipal devem ser adequados à
sua função institucional, respeitando os critérios
definidos nas normas federais e estaduais.
4. Ações de responsabilização: a lei estabelece
que a ação de responsabilização por ato de
Lei nº 14.230/2021 - Lei da Improbidade improbidade administrativa pode ser proposta
Administrativa pelo Ministério Público, pela pessoa jurídica
interessada e por qualquer cidadão. Além disso, o
prazo para ajuizar a ação é de cinco anos,
A Lei nº 14.230/2021, que alterou a Lei de contados a partir da data em que o ato de
Improbidade Administrativa (Lei nº 8.429/1992), improbidade se tornou conhecido.
traz importantes mudanças e atualizações em
relação aos temas relacionados à improbidade
administrativa. Essa legislação é de extrema 5. Prescrição: a lei alterou as regras de
relevância para concursos públicos, prescrição das ações de improbidade
especialmente na área jurídica. administrativa, estabelecendo prazos diferentes
para as diversas sanções aplicáveis. Em geral, o
prazo de prescrição é de dez anos, contados a
Os principais pontos da Lei de Improbidade partir do término do exercício do mandato, cargo,
Administrativa atualizada são os seguintes: emprego ou função.

1. Conceito de improbidade administrativa: a lei 6. Acordos de leniência: a lei prevê a


define a improbidade administrativa como possibilidade de celebração de acordos de
qualquer ação ou omissão que viole os deveres leniência, com o intuito de coibir atos de
de honestidade, imparcialidade, legalidade e improbidade administrativa. Esse acordo pode
lealdade às instituições. Também considera ser celebrado com pessoas físicas ou jurídicas
como ato de improbidade a obtenção de que tenham cometido atos de improbidade e que
vantagem indevida ou enriquecimento ilícito no colaborem com as investigações. Em
exercício de cargo, mandato, função ou emprego contrapartida, é possível conceder benefícios,
público. como redução das sanções aplicáveis.

2. Tipos de atos de improbidade: a lei estabelece 7. Ações civis públicas: a lei também trouxe
três tipos de atos de improbidade administrativa: alterações nas regras relativas às ações civis
atos que causam prejuízo ao erário, atos que públicas por atos de improbidade administrativa.
violam os princípios da administração pública e Agora, a ação pode ser proposta por qualquer
atos que atentam contra os princípios da pessoa jurídica que tenha interesse na proteção
administração pública. Esses atos podem ser do patrimônio público.
praticados por agentes públicos ou por
particulares que se beneficiem dessas condutas.
Esses são os principais pontos da Lei nº
14.230/2021, que atualizou a Lei de Improbidade
3. Sanções aplicáveis: a lei prevê diversas Administrativa. É importante destacar que essas
sanções para quem cometer ato de improbidade informações podem ser objeto de alterações
administrativa, como ressarcimento integral do futuras, portanto, é fundamental estar atualizado
dano causado, perda dos bens ou valores com a legislação vigente no momento do
acrescidos ilicitamente ao patrimônio, suspensão concurso público.
dos direitos políticos, pagamento de multa,
proibição de contratar com o poder público, entre
outras.
Lei nº 13.869/2019 - Lei de Abuso de 5. Investigação e processo: a lei estabelece uma
Autoridade série de regras específicas relacionadas à
investigação e ao processo em casos de abuso
de autoridade. Determina, por exemplo, que a
investigação seja conduzida por autoridade
A Lei de Abuso de Autoridade, Lei nº policial ou pelo Ministério Público, garantindo a
13.869/2019, tem como objetivo estabelecer imparcialidade e a legalidade dos procedimentos.
normas para coibir condutas abusivas por parte
de agentes públicos no exercício de suas
funções. Ela busca proteger os direitos
fundamentais dos cidadãos e garantir a 6. Responsabilidade civil e penal: além das
legalidade e a imparcialidade na atuação dos sanções administrativas previstas na lei, o agente
agentes públicos. Abaixo estão os principais público que cometer abuso de autoridade
pontos dessa legislação: também pode ser responsabilizado civil e
penalmente. Isso significa que ele poderá ser
processado e condenado em ações cíveis e
penais, além de ser obrigado a indenizar os
1. Conceito de abuso de autoridade: a lei define danos causados.
abuso de autoridade como o uso
desproporcional, ilegal ou indevido do poder
conferido ao agente público, cometido com a
intenção de prejudicar alguém, obter vantagem 7. Proteção aos denunciantes: a legislação
indevida ou violar direitos humanos. também estabelece medidas de proteção aos
denunciantes de abuso de autoridade. Ela prevê
punição para aqueles que praticarem retaliação
ou ameaça contra quem denunciar casos de
2. Tipo de condutas abusivas: a lei descreve uma abuso, com o objetivo de preservar a integridade
série de condutas que podem configurar abuso e a segurança dos denunciantes.
de autoridade, como praticar ato de ofício com
finalidade pessoal, exigir pagamento de tributo,
multa ou qualquer outra vantagem indevida,
prender fora das hipóteses legais, entre outros. Esses são os principais pontos da Lei de Abuso
de Autoridade, que busca coibir condutas
abusivas por parte dos agentes públicos. É
importante ressaltar que a interpretação e a
3. Sanções aplicáveis: a lei estabelece diferentes aplicação dessa lei podem variar, e é
tipos de sanções para os agentes públicos que aconselhável sempre consultar o texto legal
cometerem abuso de autoridade. Essas sanções atualizado e a doutrina jurídica para obter
incluem a perda do cargo, a proibição do informações detalhadas sobre o tema.
exercício de função pública, a suspensão, a
advertência e a multa. A gravidade da conduta e a
reincidência podem influenciar a aplicação das
sanções.

4. Direitos do investigado ou acusado: a lei


também destaca os direitos fundamentais dos
investigados ou acusados, estabelecendo
vedações à prática de condutas que violem esses
direitos. Entre os direitos protegidos estão o
direito ao silêncio, o direito de ser assistido por
advogado, o direito de não produzir prova contra
si mesmo, dentre outros.
condição para sua propositura. Isso ocorre
devido à gravidade desses crimes e à
Lei nº 9.455/1997 - Lei de Tortura necessidade de combate efetivo a eles.

A Lei de Tortura, Lei nº 9.455/1997, trata da 5. Sanções aplicáveis: a lei estabelece penas
proibição e punição de atos de tortura no Brasil. para os crimes de tortura, que variam de dois a
Ela tem como objetivo garantir a proteção dos oito anos de reclusão. Essas penas podem ser
direitos humanos, proibindo qualquer tipo de aumentadas de acordo com as circunstâncias
tratamento cruel, desumano ou degradante. A agravantes já mencionadas. Além das penas
seguir, estão os principais pontos dessa privativas de liberdade, a lei também prevê outras
legislação: sanções, como perda de cargo público e
inabilitação para o exercício de função pública.

1. Conceito de tortura: a lei define tortura como a


prática, por parte de agentes públicos ou 6. Impunidade e combate à tortura: a lei busca
particulares, de causar intenso sofrimento físico coibir a impunidade dos crimes de tortura,
ou mental a uma pessoa, com o objetivo de obter estabelecendo mecanismos para a sua
informações, confissões, castigá-la por algum prevenção, investigação e punição. Entre esses
motivo, intimidá-la ou coagi-la. Também são mecanismos, destaca-se a valorização de
considerados atos de tortura quando eles são denúncias, a proteção de testemunhas e vítimas,
praticados com consentimento ou aquiescência a criação de procedimentos específicos para a
do agente público. apuração dos crimes e a participação de órgãos
como o Ministério Público e a Defensoria Pública
na efetivação da justiça.
2. Tipos de atos de tortura: a lei descreve uma
lista de condutas que podem configurar atos de
tortura, como submeter a vítima a choques É importante ressaltar que a lei de tortura é de
elétricos, asfixiá-la ou submetê-la a sufocação, extrema importância para a garantia dos direitos
aplicar métodos de abuso sexual, privá-la de humanos e do Estado Democrático de Direito.
alimentos, medicamentos ou assistência médica, Portanto, os estudantes e candidatos a
entre outros. Essa lista é exemplificativa, ou seja, concursos públicos devem estar familiarizados
outros atos além dos específicos mencionados com seus dispositivos e as implicações do
podem ser considerados tortura. combate à tortura no âmbito legal.

3. Agravantes: a lei estabelece que as penas para


os crimes de tortura podem ser aumentadas
quando há agravantes, como o uso de violência
ou grave ameaça, o abuso de autoridade, o
emprego de tortura como meio de segregação
racial, étnica ou religiosa, ou a prática feita contra
crianças, idosos, pessoas com deficiência ou
gestantes.

4. Ação penal: a lei determina que a ação penal


referente aos crimes de tortura é pública
incondicionada, ou seja, ela deve ser iniciada de
ofício pelo Ministério Público, não dependendo de
representação da vítima ou de qualquer outra
Lei nº 10.826/2003 - Estatuto do uso restrito, como fuzis, metralhadoras e armas
Desarmamento químicas, por exemplo, só podem ser utilizadas
pelas forças de segurança. As armas de uso
permitido são as que podem ser adquiridas e
utilizadas pela população, como pistolas e
O Estatuto do Desarmamento, Lei nº
revólveres, desde que devidamente registradas.
10.826/2003, é a legislação brasileira que
regulamenta o registro, posse, comercialização e
porte de armas de fogo e munições. Seu principal
objetivo é promover o controle rigoroso sobre o 5. Crimes: o estatuto também prevê uma série de
acesso e o uso de armas no país, visando à crimes relacionados ao uso, porte e
redução da violência e à segurança da comercialização ilegal de armas de fogo. Dentre
população. A seguir, estão os principais pontos esses crimes, estão o porte ilegal de arma de
dessa legislação: fogo, o tráfico de armas, a adulteração de
identificação de armas de fogo, entre outros. As
penas para esses crimes variam de acordo com a
gravidade da conduta e podem ser aumentadas
1. Registro e posse de armas de fogo: o Estatuto
se houver comprovação de associação
do Desarmamento estabelece requisitos
criminosa.
específicos para registro e posse de armas de
fogo, como idade mínima de 25 anos,
comprovação de capacidade técnica e de aptidão
psicológica, inexistência de antecedentes 6. Programas de desarmamento: o estatuto prevê
criminais, entre outros. A autorização para o a criação e a implementação de programas de
registro e posse é concedida pela Polícia Federal. desarmamento voluntário da população, com a
finalidade de recolher armas ilegais ou
indesejadas. Esses programas oferecem
incentivos aos cidadãos que se desfizerem de
2. Comercialização de armas de fogo: a lei
suas armas, além de garantir o anonimato na
estabelece os procedimentos e as normas que
entrega.
devem ser seguidos pelos estabelecimentos que
comercializam armas de fogo e munições. Eles
devem possuir registros específicos, obedecer às
exigências de segurança, manter um controle O Estatuto do Desarmamento é uma legislação
rigoroso de estoque e venda, além de prestar de extrema relevância para a segurança pública
informações periódicas às autoridades no Brasil, e é importante que os estudantes e
competentes. candidatos a concursos públicos estejam
familiarizados com seus dispositivos, suas
atualizações e as implicações de seu
cumprimento na sociedade e no âmbito jurídico.
3. Porte de armas de fogo: o porte de armas de
fogo, que é a autorização para o indivíduo
transportá-la consigo em locais públicos ou
privados de acesso público, é restrito no Brasil.
Ele é concedido apenas a pessoas que
comprovadamente necessitem utilizar a arma em
razão de sua atividade profissional. Por exemplo,
membros das Forças Armadas, policiais,
seguranças privados, etc.

4. Tipos de armas restritas: o Estatuto do


Desarmamento lista quais são as armas de fogo
de uso restrito e de uso permitido. As armas de
Lei nº 11.343/2006 - Lei de Drogas políticas de prevenção ao uso de drogas e de
tratamento e recuperação de dependentes
químicos. Isso inclui a criação de programas,
ações educativas, serviços de saúde e
A Lei de Drogas no Brasil é regida pela Lei nº
assistência social, além de colaboração com
11.343/2006, que estabelece a política nacional
organizações da sociedade civil.
sobre drogas, define crimes relacionados ao
tráfico, uso e porte de drogas ilícitas, além de
estabelecer medidas de prevenção e tratamento
da dependência química. Abaixo estão os 6. Justiça terapêutica: a lei prevê a possibilidade
principais pontos dessa legislação: de substituição da pena privativa de liberdade por
medidas de tratamento e acompanhamento do
condenado que seja dependente químico. É uma
forma de promover a ressocialização e a
1. Drogas ilícitas: a lei define como drogas ilícitas
recuperação do infrator por meio de programas
aquelas substâncias ou produtos que causem
de tratamento para a dependência.
dependência física ou psíquica, com exceção de
álcool e nicotina. A lista de drogas ilícitas está
estabelecida em norma específica (Anexo I da
Portaria SVS/MS nº 344/1998) e inclui 7. Cultivo de drogas: a lei criminaliza o cultivo de
substâncias como maconha, cocaína, crack, plantas destinadas à produção de drogas ilícitas,
heroína, LSD, ecstasy, entre outras. como a maconha. A pena para o cultivo varia de
três a dez anos de reclusão, além do pagamento
de multa.

2. Uso de drogas: a lei estabelece que o uso de


drogas ilícitas é proibido, mas determina que o
usuário não será considerado criminoso. Em vez É importante ressaltar que a legislação sobre
disso, ele será submetido a medidas educativas e drogas é um tema complexo e em constante
de prevenção, como advertência, prestação de discussão no Brasil. Para um estudo
serviços à comunidade, programas educativos ou aprofundado e atualizado, é recomendado
participação em curso educativo. consultar o texto legal vigente, jurisprudência dos
tribunais e doutrina especializada.

3. Tráfico de drogas: a lei considera crime o


tráfico de drogas, que consiste em produzir,
fabricar, vender, transportar, distribuir, importar
ou exportar drogas ilícitas. A pena para os crimes
de tráfico varia de cinco a 15 anos de reclusão,
além do pagamento de multa, que pode ser
agravada em casos específicos.

4. Porte de drogas: a lei estabelece que o porte


de drogas ilícitas para consumo pessoal não é
considerado crime, mas contravenção penal.
Nesses casos, o usuário pode ser submetido às
mesmas medidas educativas e de prevenção
previstas para o uso de drogas.

5. Medidas de prevenção e tratamento: a lei


estabelece que é dever do Estado promover
Lei nº 10.741/2003 - Estatuto da Pessoa integral e especializado. Também estabelece o
Idosa direito à informação sobre a saúde, incluindo
orientação sobre prevenção de doenças e
promoção do envelhecimento saudável.

O Estatuto do Idoso é regido pela Lei nº


10.741/2003 e tem como objetivo garantir os
direitos das pessoas com idade igual ou superior 6. Proteção ao patrimônio e aos direitos: o
a 60 anos. Essa legislação visa assegurar a estatuto prevê medidas de proteção ao
proteção integral, a dignidade e o bem-estar dos patrimônio e aos direitos dos idosos, como a
idosos, bem como combater qualquer tipo de proibição de retenção de documentos, a tutela
discriminação ou abuso que possam sofrer. dos interesses individuais e coletivos, a proteção
Abaixo estão os principais pontos dessa contra a exploração financeira e a garantia de
legislação: acesso à justiça.

1. Definição de pessoa idosa: o estatuto define 7. Transporte, assistência social e trabalho: o


como pessoa idosa aquela com idade igual ou estatuto estabelece direitos específicos
superior a 60 anos. relacionados ao transporte público (como
gratuidade ou desconto), à assistência social
(benefícios, serviços e programas) e ao trabalho
(preservação do emprego, incentivo à
2. Direitos fundamentais: o estatuto garante a
permanência no mercado de trabalho).
todas as pessoas idosas os mesmos direitos
fundamentais previstos na Constituição Federal,
como os direitos à vida, à saúde, à alimentação, à
habitação, à cultura, à educação, ao lazer, ao 8. Crimes e penalidades: o estatuto prevê uma
trabalho, à dignidade, à liberdade, à igualdade, série de crimes específicos relacionados ao
entre outros. desrespeito aos direitos dos idosos, como a
violência física ou psicológica, a discriminação, a
abandono, a negligência, a apropriação indevida
de bens, entre outros. Esses crimes têm
3. Prioridade absoluta: o estatuto estabelece que
penalidades específicas, visando a proteção e a
os idosos têm prioridade absoluta na formulação,
punição dos responsáveis.
execução e fiscalização das políticas públicas
voltadas para essa população. Essa prioridade
também se aplica nas ações do Poder Judiciário
e do Ministério Público, garantindo a efetivação e O Estatuto do Idoso é uma legislação importante
proteção dos direitos dos idosos. para a proteção e promoção dos direitos das
pessoas idosas no Brasil. É fundamental estar
ciente de seus dispositivos e suas implicações
para poder assegurar a dignidade e o bem-estar
4. Violência e abuso: o estatuto prevê a proibição
dessa população.
de qualquer tipo de violência, negligência,
discriminação, crueldade ou opressão contra os
idosos. Além disso, estabelece medidas de
prevenção, proteção e responsabilização para
casos de violência ou abuso, seja físico,
psicológico ou financeiro.

5. Saúde e atenção integral: o estatuto determina


que o Estado deve garantir políticas de saúde
voltadas para os idosos, com atendimento
devem promover ações e políticas específicas
para a efetivação desses direitos, enquanto a
Lei nº 8.069/1990 - Estatuto do ECA família e a sociedade têm responsabilidades
compartilhadas na proteção e no cuidado das
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) é
crianças e dos adolescentes.
regido pela Lei nº 8.069/1990 e estabelece as
diretrizes para a proteção e promoção dos
direitos das crianças e dos adolescentes no
Brasil. O ECA é uma legislação fundamental para 5. Sistema de garantia dos direitos: o ECA prevê a
garantir a proteção integral, a dignidade e o criação e a implementação do Sistema de
desenvolvimento saudável das crianças e dos Garantia dos Direitos da Criança e do
adolescentes. A seguir, estão os principais Adolescente, que é composto por órgãos
pontos dessa legislação: públicos, conselhos de direitos, conselhos
tutelares, entidades não governamentais e
demais instituições que atuam na promoção e
defesa dos direitos das crianças e dos
1. Direitos fundamentais: o ECA garante às
adolescentes.
crianças e aos adolescentes os direitos
fundamentais previstos na Constituição Federal,
como o direito à vida, à saúde, à educação, à
cultura, ao lazer, à dignidade, à liberdade, à 6. Medidas socioeducativas: o ECA estabelece
convivência familiar e comunitária, à proteção medidas socioeducativas para os adolescentes
contra qualquer tipo de violência, abuso ou que cometerem atos infracionais, buscando a
exploração, entre outros. responsabilização e a ressocialização desses
jovens. Essas medidas são aplicadas pelo
sistema de justiça juvenil e podem incluir
medidas de advertência, obrigação de reparar o
2. Princípios norteadores: o ECA é guiado por
dano, prestação de serviços à comunidade,
princípios importantes, como a prioridade
liberdade assistida, semiliberdade e internação,
absoluta dos direitos da criança e do
conforme a gravidade do ato infracional.
adolescente, a igualdade de direitos, a proteção
integral, a participação, o respeito à condição
peculiar de desenvolvimento, a garantia de
acesso a políticas públicas e a promoção da 7. Participação e protagonismo: o ECA assegura
convivência familiar e comunitária. o direito à participação e ao protagonismo das
crianças e dos adolescentes em assuntos que
lhes dizem respeito. Eles têm o direito de serem
ouvidos e de participar de decisões que afetem
3. Crianças em situação de risco ou
suas vidas, tanto no âmbito familiar como nas
vulnerabilidade: o ECA estabelece medidas de
esferas governamentais e comunitárias.
proteção e assistência às crianças em situação
de risco ou vulnerabilidade, como aquelas em
situação de abandono, maus-tratos, exploração,
negligência, violência, trabalho infantil, entre O Estatuto da Criança e do Adolescente é uma
outras. Essas medidas podem incluir legislação fundamental para a proteção e
acolhimento institucional, apoio social, promoção dos direitos da infância e da
programas de fortalecimento familiar, medidas adolescência no Brasil. É importante conhecer
de prevenção, entre outras. seus dispositivos e suas implicações para
garantir a proteção, o desenvolvimento e o
bem-estar das crianças e dos adolescentes em
nossa sociedade.
4. Prioridade na efetivação dos direitos: o ECA
estabelece que a garantia dos direitos das
crianças e dos adolescentes é uma obrigação do
Estado, da família e da sociedade. Os governos
5. Políticas públicas: O estatuto estabelece a
necessidade de implementação de políticas
Lei nº 12.288/2010 - Lei da Igualdade Racial públicas que promovam a igualdade racial e
combatam o racismo, como programas de
inclusão social, educação, saúde, segurança
O Estatuto da Igualdade Racial (Lei nº pública e promoção da igualdade no acesso a
12.288/2010) é uma legislação brasileira que serviços públicos.
busca promover a igualdade racial e combater o
racismo em todas as suas formas. A seguir,
estão os principais pontos dessa legislação: 6. Participação e controle social: A legislação
prevê a participação e o controle social por meio
da criação de órgãos de promoção da igualdade
1. Igualdade de oportunidades: O estatuto racial, como conselhos municipais, estaduais e
determina que todas as pessoas, nacional de promoção da igualdade racial, com a
independentemente de sua cor ou raça, têm participação da sociedade civil, para acompanhar
direito à igualdade de oportunidades nas esferas a implementação de políticas públicas e sugerir
política, econômica, social e cultural, bem como medidas.
no acesso aos serviços públicos.

7. Educação: O estatuto estabelece diretrizes


2. Discriminação racial: A legislação estabelece para o ensino da história e cultura afro-brasileira
que é proibida a discriminação racial em todos os e indígena, com o objetivo de promover a
âmbitos da vida social, como no trabalho, na valorização e o respeito à diversidade
educação, na moradia, no acesso a bens e étnico-racial nas escolas. Também reconhece a
serviços, no sistema de justiça, entre outros. O importância da inclusão de temas como o
racismo é considerado crime inafiançável e combate ao racismo e a promoção da igualdade
imprescritível, sujeito a penas previstas na racial nos currículos escolares.
legislação penal.

O Estatuto da Igualdade Racial é uma legislação


3. Ações afirmativas: O estatuto incentiva a importante para a promoção da igualdade e
implementação de políticas públicas de ações combate ao racismo no Brasil, buscando garantir
afirmativas que visem à promoção da igualdade direitos e oportunidades para todas as pessoas,
racial, como cotas raciais em concursos públicos, independentemente de sua cor ou raça. É
universidades e empresas, promoção da fundamental conhecê-lo e promover sua
igualdade no mercado de trabalho, acesso à implementação como forma de construir uma
habitação e combate à pobreza e à exclusão sociedade mais justa e igualitária.
social.

4. Cultura afro-brasileira: A legislação reconhece


a cultura afro-brasileira como parte integrante do
patrimônio cultural brasileiro, valorizando suas
manifestações artísticas, religiosas, históricas e
culturais. É assegurado o ensino obrigatório da
história e cultura afro-brasileira nas escolas,
buscando a valorização e o combate ao
preconceito.
Lei nº 11.340/2006 - Lei Maria da Penha ameaça, o estupro, entre outros. Esses crimes
têm penas agravadas quando cometidos no
âmbito doméstico ou familiar.

A Lei Maria da Penha, oficialmente conhecida


como Lei nº 11.340/2006, é uma legislação
brasileira que foi criada com o objetivo de 5. Criação de Juizados e Varas especializados: A
combater a violência doméstica e familiar contra lei prevê a criação de Juizados de Violência
as mulheres. Ela recebeu esse nome em Doméstica e Familiar contra a Mulher e varas
homenagem à Maria da Penha Maia Fernandes, especializadas para tratar exclusivamente de
mulher que sofreu tentativas de assassinato por casos de violência contra a mulher, visando a
parte de seu marido, e que lutou para que o agilidade e a efetividade na resolução desses
agressor fosse condenado. processos.

A Lei Maria da Penha estabelece mecanismos de 6. Medidas educativas: A legislação estabelece a


prevenção, proteção e punição para casos de importância da educação e da conscientização
violência doméstica e familiar contra as sobre a violência contra a mulher, determinando
mulheres. Alguns dos principais pontos dessa a inclusão desse tema nos currículos escolares e
legislação são: a promoção de campanhas de sensibilização na
sociedade.

1. Conceito de violência doméstica: A lei define a


violência doméstica como qualquer ação ou A Lei Maria da Penha é uma legislação
omissão que cause morte, lesão, sofrimento importante no enfrentamento à violência
físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto doméstica e familiar contra as mulheres. A sua
dentro do ambiente doméstico quanto em implementação busca garantir os direitos, a
qualquer relação íntima de afeto. segurança e a dignidade das mulheres, bem
como conscientizar a sociedade sobre a
importância de combater e prevenir a violência de
gênero.
2. Medidas protetivas: A lei determina que a
mulher vítima de violência doméstica e familiar
tem direito a medidas de proteção, como o
afastamento do agressor do lar, proibição de
aproximação, monitoramento eletrônico, entre
outras medidas que visam garantir sua
integridade física e emocional.

3. Políticas públicas: A legislação estabelece que


o Estado deve desenvolver políticas públicas e
programas de prevenção e combate à violência
contra a mulher, além de criar estruturas e
serviços especializados de atendimento e
acolhimento às vítimas.

4. Tipificação de crimes: A lei prevê a tipificação


de alguns crimes relacionados à violência
doméstica e familiar contra as mulheres, como o
homicídio qualificado, a lesão corporal, a
Lei nº 7.716/1989 - Lei do Preconceito a 5. Responsabilização civil e administrativa: Além
Raça e a Cor das sanções penais, a lei prevê a possibilidade de
responsabilidade civil, ou seja, a obrigação do
agressor de indenizar a vítima pelos danos
morais e materiais causados. No âmbito
A legislação que trata do preconceito de raça ou administrativo, a prática de discriminação racial
cor no Brasil é a Lei nº 7.716/1989, conhecida também pode resultar em sanções, como multa e
como Lei Contra o Racismo. Essa lei tem como suspensão ou interdição de atividades.
objetivo combater e punir os atos de
discriminação racial e estabelece sanções penais
para aqueles que praticarem condutas raciais
discriminatórias. Abaixo estão os principais 6. Combate ao racismo institucional: A legislação
pontos dessa legislação: estabelece que é dever do Estado combater o
racismo institucional, através da adoção de
políticas públicas, programas educativos e
medidas de inclusão para superar as
1. Discriminação racial: A lei define como crime a desigualdades raciais existentes na sociedade
prática de discriminação racial, que consiste em brasileira.
negar, impedir ou restringir direitos em virtude de
raça, cor, etnia, religião ou origem nacional.
Também é considerado crime divulgar, incitar ou
realizar propaganda de ideias ou símbolos de A Lei Contra o Racismo é uma importante
grupos supremacistas ou de ódio racial. legislação para a proteção dos direitos humanos
e o combate à discriminação racial no Brasil. Sua
aplicação busca promover a igualdade racial e a
valorização da diversidade étnica e cultural,
2. Punições: A lei estabelece penas para os assegurando a dignidade e o respeito a todas as
crimes de racismo, que podem variar de um a pessoas, independentemente de sua raça e cor.
cinco anos de reclusão, além de multa. As penas
podem ser aumentadas caso a conduta seja
cometida através de meios de comunicação
social ou em locais públicos ou abertos ao
público.

3. Agravantes: A legislação prevê agravantes nos


casos em que a discriminação racial seja
praticada por funcionário público no exercício de
sua função, por agente de segurança privada, por
autoridades religiosas, por empresários em seu
estabelecimento comercial ou por meio de
quaisquer sistemas de comunicação (internet,
mídias sociais, etc.).

4. Denúncia e investigação: A lei estabelece que a


investigação e o processo dos crimes de racismo
devem ser iniciados mediante representação da
vítima ou por iniciativa do Ministério Público, não
sendo necessária a manifestação formal da
pessoa ofendida para a instauração do
procedimento.

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