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Gabarito: A
I - CORRETA – Próprio dos regimes democráticos, o sistema acusatório caracteriza-se pela distinção
absoluta entre as funções de acusar, defender e julgar, que deverão ficar a cargo de pessoas
distintas. Chama-se “acusatório” porque, à luz deste sistema ninguém poderá ser chamado a juízo
sem que haja uma acusação, por meio da qual o fato imputado seja narrado com todas as suas
circunstâncias.
Asseguram-se ao acusado o contraditório e a ampla defesa. Como decorrência destes postulados,
garante-se à defesa o direito de manifestar-se apenas depois da acusação, exceto quando quiser e
puder abrir mão desse direito.
II – CORRETA – Típico dos sistemas ditatoriais, contempla um processo judicial em que podem
estar reunidas na pessoa do juiz as funções de acusar, defender e julgar.
No sistema inquisitivo, não existe a obrigatoriedade de que haja uma acusação realizada por
órgão público ou pelo ofendido, sendo lícito ao juiz desencadear o processo criminal ex officio.
Gabarito: C
I – CORRETA - Para os adeptos da primeira corrente, a consagração do modelo acusatório está
clara em várias disposições da Constituição Federal, em especial aquelas que referem a
obrigatoriedade de motivação das decisões judiciais (art. 93, IX) e as garantias da isonomia
processual (art. 5.º, I), do juiz natural (art. 5.º, XXXVII e LIII), do devido processo legal (art. 5.º, LIV),
do contraditório, da ampla defesa (art. 5.º, LV) e da presunção de inocência (art. 5.º, LVII).
Já os defensores do segundo entendimento aduzem que, muito embora a Constituição Federal
tenha incorporado regras pertinentes ao sistema acusatório, o direito brasileiro agasalhou
resquícios do sistema inquisitivo na legislação infraconstitucional, do que é exemplo a faculdade
conferida ao juiz de produzir provas ex officio, prevista genericamente no art. 156 do CPP e
ratificada em várias outras disposições do mesmo Código e da legislação complementar.
II – INCORRETA - No sistema acusatório as partes encontram-se em situação de equilíbrio
processual. Os atos processuais, em regra, são públicos. O segredo de justiça é exceção, admitido
por decisão fundamentada, nos casos previstos em lei.
III – CORRETA - Não se fala em paridade de armas, sendo nítida a posição de desigualdade entre as
partes. Na verdade, a própria defesa do réu é bastante restrita, não lhe sendo assegurado, ao
contrário do que ocorre no modelo acusatório, o direito de manifestar-se depois da acusação para
refutar provas e argumentos trazidos ao processo pelo acusador.
Avena, Norberto Cláudio Pâncaro. Processo penal / Norberto Avena. – 9.ª ed. rev. e atual. – Rio de
Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2017. p. 39/40.
Gabarito: B
a) Art. 3º, CPP. A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, bem
como o suplemento dos princípios gerais de direito.
b) Art. 1º, CPP. O processo penal reger-se-á, em todo o território brasileiro, por este Código,
ressalvados:
I - os tratados, as convenções e regras de direito internacional;
II - as prerrogativas constitucionais do Presidente da República, dos ministros de Estado, nos
crimes conexos com os do Presidente da República, e dos ministros do Supremo Tribunal Federal,
nos crimes de responsabilidade (Constituição, arts. 86, 89, § 2º, e 100);
III - os processos da competência da Justiça Militar;
IV - os processos da competência do tribunal especial (Constituição, art. 122, no 17);
V - os processos por crimes de imprensa. (Vide ADPF nº 130)
c) Art. 3º, CPP. A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, bem
como o suplemento dos princípios gerais de direito.
d) Art. 2º, CPP. A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos
realizados sob a vigência da lei anterior.
Gabarito: B
Quanto aos meios empregados ou modo:
Gramatical ou literal ou sintática: Letra fria da lei. O exato significado das palavras do legislador.
Sistemática: Sendo a interpretação gramatical insuficiente, deve-se fazer um confronto lógico
entre os dispositivos da lei.
Exemplo: o parágrafo único da norma somente deve ser entendido de acordo com o seu caput.
Exemplo: artigo 10, parágrafos do CPP “autoridade” deve ser entendida como autoridade policial.
Lógica: Raciocínio para retirar o espírito da lei.
Histórica: Analisa o contexto histórico em que foi aprovada aquela “lei”. Contexto da votação, dos
debates, das emendas e etc.
Teleológica: Procura o sentido e alcance da norma. A finalidade da norma. “aos fins sociais a que
ela se dirige e às exigências do bem comum”.
Teleológica-sistemática: “compor o sentido de determinada norma em comparação com as
demais que compõem o sistema jurídico no qual está inserida” (NUCCI). Mescla interpretação
teleológica e sistemática.
Slides aula 2- Processo Penal – Professora Lorena Ocampos.
Gabarito: C
a) Art. 5º, CPP. Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado:
I - de ofício;
II - mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público, ou a requerimento do
ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.
b) art. 5º, § 3º, CPP Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de infração
penal em que caiba ação pública poderá, verbalmente ou por escrito, comunicá-la à autoridade
policial, e esta, verificada a procedência das informações, mandará instaurar inquérito.
c) Art. 5º, § 5º, CPP. Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá proceder a
inquérito a requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la.
d) Art. 5º § 2º, CPP Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito caberá
recurso para o chefe de Polícia.
e) Art. 5º § 4º, CPP O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação,
não poderá sem ela ser iniciado.
Gabarito: A
a) O inquérito policial não é imprescindível ao ajuizamento da ação penal. Na medida em que seu
conteúdo é meramente informativo, se já dispuserem o Ministério Público (na ação penal pública)
ou o ofendido (na ação penal privada) dos elementos necessários ao oferecimento da denúncia ou
queixa-crime (indícios de autoria e prova da materialidade do fato), poderá ser dispensado o
procedimento policial sem que isto importe qualquer irregularidade (arts. 39, § 5.º, e 46, § 1.º, do
CPP).
b) Possui natureza administrativa, na medida em que instaurado pela autoridade policial.
c) Tratando-se de um procedimento inquisitorial, destinado a angariar informações necessárias à
elucidação de crimes, não há ampla defesa no seu curso.
d) Considerando a ausência das garantias constitucionais apontadas (ampla defesa e
contraditório), há muito tempo consolidaram-se os tribunais pátrios no sentido de que o inquérito
policial possui valor probante relativo, ficando sua utilização como instrumento de convicção do
juiz condicionada a que as provas nele produzidas sejam renovadas ou ao menos confirmadas
pelas provas judicialmente realizadas sob o manto do devido processo legal e dos demais
princípios informadores do processo.
e) Não se sujeita à declaração de nulidade. Isto porque, despindo-se a sua confecção de
formalidades sacramentais (a lei não estabelece um procedimento específico para sua feitura), não
pode padecer de vícios que o nulifiquem. Isto não significa, obviamente, que uma determinada
prova produzida no inquérito não possa vir a ser considerada nula no curso do processo criminal.
Nessa hipótese, porém, a prova é que será nula e não o inquérito policial no bojo do qual foi ela
realizada.
Avena, Norberto Cláudio Pâncaro. Processo penal / Norberto Avena. – 9.ª ed. rev. e atual. – Rio de
Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2017. p. 120/121.
7- Analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa CORRETA.
I – O STF pode, de ofício, arquivar inquérito quando verificar que, mesmo após terem sido feitas
diligências de investigação e terem sido descumpridos os prazos para a instrução do inquérito,
não foram reunidos indícios mínimos de autoria ou materialidade.
II – Para o STJ o arquivamento de inquérito policial por excludente de ilicitude realizado com
base em provas fraudadas não faz coisa julgada material.
III – É inviável a anulação do processo penal por alegada irregularidade no inquérito, pois,
segundo jurisprudência firmada no STF, as nulidades processuais estão relacionadas apenas a
defeitos de ordem jurídica pelos quais são afetados os atos praticados ao longo da ação penal
condenatória.
a) Todas estão corretas.
b) Apenas I e II estão corretas.
c) Apenas I e III estão corretas.
d) Apenas II e III estão corretas.
e) Todas estão incorretas
Gabarito: C
I – CORRETA - O STF pode, de ofício, arquivar inquérito quando verificar que, mesmo após terem
sido feitas diligências de investigação e terem sido descumpridos os prazos para a instrução do
inquérito, não foram reunidos indícios mínimos de autoria ou materialidade (art. 231, § 4º, “e”, do
RISTF). A pendência de investigação, por prazo irrazoável, sem amparo em suspeita contundente,
ofende o direito à razoável duração do processo (art. 5º, LXXVIII, da CF/88) e a dignidade da
pessoa humana (art. 1º, III, da CF/88). Caso concreto: tramitava, no STF, um inquérito para apurar
suposto delito praticado por Deputado Federal. O Ministro Relator já havia autorizado a realização
de diversas diligências investigatórias, além de ter aceitado a prorrogação do prazo de conclusão
das investigações. Apesar disso, não foram reunidos indícios mínimos de autoria e materialidade.
Com o fim do foro por prerrogativa de função para este Deputado, a PGR requereu a remessa dos
autos à 1ª instância. O STF, contudo, negou o pedido e arquivou o inquérito, de ofício, alegando
que já foram tentadas diversas diligências investigatórias e, mesmo assim, sem êxito. Logo, a
declinação de competência para a 1ª instância a fim de que lá sejam continuadas as investigações
seria uma medida fadada ao insucesso e representaria apenas protelar o inevitável. STF. 2ª Turma.
Inq 4420/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 21/8/2018 (Info 912). No mesmo sentido: STF.
Decisão monocrática. INQ 4.442, Rel. Min. Roberto Barroso, Dje 12/06/2018.
II – INCORRETA - É possível a reabertura da investigação e o oferecimento de denúncia se o
inquérito policial havia sido arquivado com base em excludente de ilicitude? • STJ: NÃO. Para o
STJ, o arquivamento do inquérito policial com base na existência de causa excludente da
ilicitude faz coisa julgada material e impede a rediscussão do caso penal. O mencionado art. 18
do CPP e a Súmula 524 do STF realmente permitem o desarquivamento do inquérito caso surjam
provas novas. No entanto, essa possibilidade só existe na hipótese em que o arquivamento
ocorreu por falta de provas, ou seja, por falta de suporte probatório mínimo (inexistência de
indícios de autoria e certeza de materialidade). STJ. 6ª Turma. REsp 791.471/RJ , Rel. Min. Nefi
Cordeiro, julgado em 25/11/2014 (Info 554). • STF: SIM. Para o STF, o arquivamento de inquérito
policial em razão do reconhecimento de excludente de ilicitude não faz coisa julgada material.
Logo, surgindo novas provas seria possível reabrir o inquérito policial, com base no art. 18 do CPP
e na Súmula 524 do STF. STF. 1ª Turma. HC 95211, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 10/03/2009.
STF. 2ª Turma. HC 125101/SP , rel. orig. Min. Teori Zavascki, red. p/ o acórdão Min. Dias Toffoli,
julgado em 25/8/2015 (Info 796). O arquivamento de inquérito policial por excludente de ilicitude
realizado com base em provas fraudadas não faz coisa julgada material. STF. Plenário. HC
87395/PR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 23/3/2017 (Info 858).
III – CORRETA - A suspeição de autoridade policial não é motivo de nulidade do processo, pois o
inquérito é mera peça informativa, de que se serve o Ministério Público para o início da ação penal.
Assim, é inviável a anulação do processo penal por alegada irregularidade no inquérito, pois,
segundo jurisprudência firmada no STF, as nulidades processuais estão relacionadas apenas a
defeitos de ordem jurídica pelos quais são afetados os atos praticados ao longo da ação penal
condenatória. STF. 2ª Turma. RHC 131450/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 3/5/2016 (Info
824).
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia>.
Gabarito: B
I – CORRETA - Em regra, a autoridade com foro por prerrogativa de função pode ser indiciada.
Existem duas exceções previstas em lei de autoridades que não podem ser indiciadas: a)
Magistrados (art. 33, parágrafo único, da LC 35/79); b) Membros do Ministério Público (art. 18,
parágrafo único, da LC 75/93 e art. 41, parágrafo único, da Lei nº 8.625/93). Excetuadas as
hipóteses legais, é plenamente possível o indiciamento de autoridades com foro por prerrogativa
de função. No entanto, para isso, é indispensável que a autoridade policial obtenha uma
autorização do Tribunal competente para julgar esta autoridade. Ex: em um inquérito criminal que
tramita no STJ para apurar crime praticado por Governador de Estado, o Delegado de Polícia
constata que já existem elementos suficientes para realizar o indiciamento do investigado. Diante
disso, a autoridade policial deverá requerer ao Ministro Relator do inquérito no STJ autorização
para realizar o indiciamento do referido Governador. Chamo atenção para o fato de que não é o
Ministro Relator quem irá fazer o indiciamento. Este ato é privativo da autoridade policial. O
Ministro Relator irá apenas autorizar que o Delegado realize o indiciamento. STF. Decisão
monocrática. HC 133835 MC, Rel. Min. Celso de Mello, julgado em 18/04/2016 (Info 825).
II – CORRETA - Imagine que um Subprocurador-Geral da República instaurou procedimento de
investigação contra um Governador do Estado (art. 105, I, “a”, da CF/88). Ao final das diligências, o
membro do MPF concluiu que não havia elementos para oferecer a denúncia e requereu ao STJ o
arquivamento do procedimento. O STJ poderá discordar do pedido? NÃO. Se o membro do MPF
que atua no STJ requerer o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer peças de
informação que tramitem originariamente perante o STJ, este, mesmo que não concorde com as
razões invocadas pelo MP, deverá determinar o arquivamento solicitado. Como o pedido foi feito
por um Subprocurador-Geral da República, se o STJ discordar, ele não poderá remeter os autos
para análise do Procurador-Geral da República, aplicando, por analogia, o art. 28 do CPP? NÃO.
Não existe esta possibilidade de remessa para o PGR. Não se aplica o art. 28 do CPP neste caso.
Isso porque os membros do MPF que funcionam no STJ atuam por delegação do Procurador-Geral
da República. Assim, em decorrência do sistema acusatório, nos casos em que o titular da ação
penal se manifesta pelo arquivamento de inquérito policial ou de peças de informação, não há
alternativa, senão acolher o pedido e determinar o arquivamento. Em suma, não há que se falar
em aplicação do art. 28 do CPP nos procedimentos de competência originária do STJ. O MPF pediu
o arquivamento, este terá que ser homologado pela Corte. STJ. Corte Especial. Inq 967-DF, Rel.
Min. Humberto Martins, julgado em 18/3/2015 (Info 558).
III – INCORRETA - É INCONSTITUCIONAL lei estadual que preveja a tramitação direta do inquérito
policial entre a polícia e o Ministério Público. É CONSTITUCIONAL lei estadual que preveja a
possibilidade de o MP requisitar informações quando o inquérito policial não for encerrado em 30
dias, tratando-se de indiciado solto. STF. Plenário. ADI 2886/RJ, red. p/ o acórdão Min. Joaquim
Barbosa, julgado em 3/4/2014 (Info 741).
OBS. Não é ilegal a portaria editada por Juiz Federal que, fundada na Res. CJF n. 63/2009,
estabelece a tramitação direta de inquérito policial entre a Polícia Federal e o Ministério Público
Federal. STJ. 5ª Turma. RMS 46165-SP, Rel. Min. Gurgel de Faria, julgado em 19/11/2015 (Info
574).
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia>.
Gabarito: D
I – INCORRETA - O magistrado não pode requisitar o indiciamento em investigação criminal. Isso
porque o indiciamento constitui atribuição exclusiva da autoridade policial. É por meio do
indiciamento que a autoridade policial aponta determinada pessoa como a autora do ilícito em
apuração. Por se tratar de medida ínsita à fase investigatória, por meio da qual o delegado de
polícia externa o seu convencimento sobre a autoria dos fatos apurados, não se admite que seja
requerida ou determinada pelo magistrado, já que tal procedimento obrigaria o presidente do
inquérito à conclusão de que determinado indivíduo seria o responsável pela prática criminosa,
em nítida violação ao sistema acusatório adotado pelo ordenamento jurídico pátrio. Nesse mesmo
sentido é a inteligência do art. 2º, § 6º, da Lei 12.830/2013, que afirma que o indiciamento é ato
inserto na esfera de atribuições da polícia judiciária. STJ. 5ª Turma. RHC 47984-SP, Rel. Min. Jorge
Mussi, julgado em 4/11/2014 (Info 552). STF. 2ª Turma. HC 115015/SP, Rel. Min. Teori Zavascki,
julgado em 27/8/2013 (Info 717). CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Buscador Dizer o Direito,
Manaus. Disponível em: <https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia>.
II – CORRETA - Por inquérito policial compreende-se o conjunto de diligências realizadas pela
autoridade policial para obtenção de elementos que apontem a autoria e comprovem a
materialidade das infrações penais investigadas, permitindo ao Ministério Público (nos crimes de
ação penal pública) e ao ofendido (nos crimes de ação penal privada) o oferecimento da denúncia
e da queixa-crime. Avena, Norberto Cláudio Pâncaro. Processo penal / Norberto Avena. – 9.ª ed.
rev. e atual. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2017. p. 120.
III – CORRETA - Tratando-se de um procedimento inquisitorial, destinado a angariar informações
necessárias à elucidação de crimes, não há ampla defesa no seu curso. E, como veremos mais à
frente (item 4.3), não afeta essa natureza inquisitiva a modificação determinada pela Lei
13.245/2016 ao Estatuto da OAB (Lei 8.906/1994), que passou a estabelecer, no seu art. 7.º, inciso
XXI, como direito do Advogado “assistir a seus clientes investigados durante a apuração de
infrações, sob pena de nulidade absoluta do respectivo interrogatório ou depoimento e,
subsequentemente, de todos os elementos investigatórios e probatórios dele decorrentes ou
derivados, direta ou indiretamente [...]”. Afinal, referida alteração legislativa não modificou o
Código de Processo Penal de modo a estabelecer a obrigatoriedade da assistência de advogado ao
investigado durante o inquérito. Não foi isto, enfim, o que fez o legislador. O que fez, isto sim, foi
assegurar o direito do advogado em assisti-lo, não podendo esse direito, quando requerido o seu
exercício, ser obstado sob pena, agora sim, de nulidade do interrogatório, do depoimento e de
todos os atos que daí decorrerem. Mas, atenção: na atualidade, a despeito da função primordial
do inquérito policial no sentido de obter elementos para que a parte legitimada possa intentar a
competente ação penal – a denominada função preparatória –, muitos doutrinadores tem nele
vislumbrado, também, outra ordem de função – a função preservadora, relacionada ao intuito de
evitar imputações infundadas ou levianas. Tal linha de pensamento, ao fim e ao cabo, importa em
afastar a clássica função unidirecional da investigação criminal, voltada exclusivamente para a
acusação. Avena, Norberto Cláudio Pâncaro. Processo penal / Norberto Avena. – 9.ª ed. rev. e
atual. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2017. p. 120.
Gabarito: B
a) Art. 10, § 1º, lei 1.521/51 - Os atos policiais (inquérito ou processo iniciado por portaria)
deverão terminar no prazo de 10 (dez) dias.
b) Art. 10, CPP. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso
em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia
em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante
fiança ou sem ela.
§ 3o Quando o fato for de difícil elucidação, e o indiciado estiver solto, a autoridade poderá
requerer ao juiz a devolução dos autos, para ulteriores diligências, que serão realizadas no prazo
marcado pelo juiz.
c) Art. 51, lei de drogas. O inquérito policial será concluído no prazo de 30 (trinta) dias, se o
indiciado estiver preso, e de 90 (noventa) dias, quando solto.
Parágrafo único. Os prazos a que se refere este artigo podem ser duplicados pelo juiz, ouvido o
Ministério Público, mediante pedido justificado da autoridade de polícia judiciária.
d) Art. 10, CPP. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso
em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia
em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante
fiança ou sem ela.
§ 3o Quando o fato for de difícil elucidação, e o indiciado estiver solto, a autoridade poderá
requerer ao juiz a devolução dos autos, para ulteriores diligências, que serão realizadas no prazo
marcado pelo juiz.
e) Art. 51, lei de drogas. O inquérito policial será concluído no prazo de 30 (trinta) dias, se o
indiciado estiver preso, e de 90 (noventa) dias, quando solto.
Parágrafo único. Os prazos a que se refere este artigo podem ser duplicados pelo juiz, ouvido o
Ministério Público, mediante pedido justificado da autoridade de polícia judiciária.
PRESO SOLTO
REGRA GERAL 10 30
(ART. 10 DO CPP)
LEI DE DROGAS 30 + 30 90 + 90
(ART. 51, LEI 11.343/06)
IP MILITAR 20 40 + 20
IP FEDERAL 15 + 15 30
CRIMES CONTRA 10 10
ECONOMIA POPULAR