Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1- Introdução
Cargos: São criados por lei, com determinação própria e remuneração paga
pelos cofres públicos.
3- PECULATO
3.1- Peculato-apropriação
A lei tutela o bem público e o bem do particular que esteja sob guarda da
administração pública. Neste último caso, quando o funcionário público se
apropria de bem de particular sob custódia da administração a doutrina chama
de peculato malversação.
Exemplo: Carteiro que se apossa de dinheiro que se encontrava em uma
correspondência; ISAP que se apropria de MP3 sob sua custódia; policial que
ao apreender objeto de bandido fica com ele.
3.2- Peculato-desvio
Exemplo: Funcionário público que paga a alguém por serviço não prestado;
Funcionário qu empresta dinheiro público para ajudar a amigos.
OBS: Uma eventual aprovação das contas pelo Tribunal de Contas não exclui
o crime de peculato-desvio.
3.3- Peculato-furto
O objeto do crime aqui é qualquer bem público ou particular que esteja sob a
custódia da administração. Assim, caso o policial seja chamado para lavrar
uma ocorrência e durante da lavratura desta se apropria de toca-fitas do
veículo, haverá crime de furto, porque o bem (veículo) não estava sob a
custódia da administração pública.
Concorrer para que terceiro subtraia o bem: O funcionário público tem que
concorrer dolosamente para a subtração do bem.
Artigo 312, parágrafo 2º- Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem.
Pena: detenção, de três meses a um ano.
Muito embora este crime seja mais grave do que a inserção de dados. Diante
da facilidade de cometimento da inserção e alteração de dados, o legislador
puniu de maneira mais rigorosa quem insere ou altera dados.
Contudo, na modificação de sistema de informação ou programa, o legislador
deixou uma agravante de 1/3 à metade se houver danos à administração ou ao
administrado.
Artigo 314 do CP – “Extraviar livro oficial ou qualquer documento, de que tem guarda
em razão do cargo; sonegá-lo ou inutilizá-lo, total ou parcialmente”:
Pena: reclusão, de um a quatro anos, se o fato não constituir crime mais grave.”
Aqui a conduta deve recair sobre livro oficial ou qualquer documento público
ou particular que esteja sob a guarda da administração.
OBS: Aquele que inutiliza documento com valor probatório que tenha
recebido na qualidade de advogado ou procurador pratica o crime do artigo
356 do CP (sonegação de papel ou objeto de valor probatório). Por outro lado,
se particular subtrai, inutiliza total ou parcialmente livro oficial, processo ou
documento sob custódia da administração comete o crime do artigo 337 do CP
(subtração ou inutilização de livro ou documento).
Sujeito ativo: Apenas o funcionário público que tem o poder de dispor das
verbas públicas.
Sujeito passivo: O Estado e a entidade lesada.
9- Corrupção Passiva
12. Prevaricação
Considerações importantes:
- Na corrupção passiva, o funcionário negocia os seus atos, visando uma
vantagem indevida, enquanto na prevaricação isso não ocorre, porque aqui
o funcionário viola seu dever funcional para atender a objetivos pessoais.
Artigo 323 – Abandonar cargo público, fora dos casos permitidos em lei:
Pena – detenção, de quinze a um mês e multa.
Sujeito ativo e passivo: Só pode ser praticado por funcionário público, que
antecipa ou prolonga suas funções.
Quando particular pratica de ofício ato de funcionário público, comete
outro crime, chamado usurpação de função pública (artigo 328 do CP).
Condutas típicas:
a) Entrar no exercício da função pública antes de satisfeitas as exigências
legais.
Ex.: O agente foi nomeado, mas ainda não pode exercer legalmente suas
funções, por falta de exame médico.
A própria lei ressalva não haver crime quando existir autorização superior
para o funcionário continuar exercendo temporariamente as funções após a sua
remoção, suspensão, etc.
Artigo 325 do CP- “Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva
permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a revelação:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos, ou multa, se o fato não constitui
crime mais grave.”
O funcionário público não pode revelar ou facilitar a revelação de segredos,
desde que tenha tido conhecimento em razão do cargo.