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MAPAS M E N TA I S
DIREITO
PENAL
por @viciodeumaestudante
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crimescontraaadministraçãopúbl ica
FUNCIONÁRIO Art. 327, CP. Para fins penais, o conceito de funcionário público engloba agente políticos
(jurisprudência do STF), cargo público (vínculo estatutário), emprego público (vínculo
PÚBLICO celetista), função pública, embora transitoriamente ou sem remuneração (ex: jurados,
mesários), todas as pessoas que exercem funções de natureza ou interesse público.
PECULATO
Art. 312, CP.
É crime próprio, que só pode ser cometido por
funcionário público. O particular, para responder em
§1º: peculato-furto é sinômino de peculato
concurso por crime funcional, deve conhecer a
impróprio.
condição pessoal do servidor.
Agente não detém a posse da coisa, precisando
subtraí-la em prejuízo da administração. É
Peculato próprio: peculato-apropriação, art. 312,
necessário que o agente tenha sua ação facilitada
1ª parte, CP, e peculato-desvio, art. 312, 2ª parte,
por ser funcionário público, caso contrário, será
CP.
crime de furto.
Consuma-se no momento em que o agente
§2º: peculato culposo. É necessário o nexo causal
exterioriza os poderes de proprietário, agindo
entre a negligência do funcionário público e a
como se fosse dono da coisa ou no momento em
prática do crime doloso por terceiro.
que o agente altera o destino formal da coisa.
§3º: benefícios exclusivos do peculato culposo.
As duas modalidades dispensam o lucro efetivo por
parte do funcionário e ambas admitem tentativa.
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CONCUSSÃO
Art. 316, CP.
Crime próprio que pode ser cometido por funcionário
público; funcionário público fora da função (ex: férias); Consuma-se quando a indevida vantagem chega ao
particular nomeado (antes de assumir função pública mas ATENÇÃO!! conhecimento da vítima, crime formal, independente da
em razão dela). pena modificada pelo
obtenção efetiva da vantagem. Admite-se tentativa na
Pacote Anticrime (Lei
13.964/19) forma escrita.
A conduta é de exigir (constrangir, intimidar), não
podendo ser confundida com solicitar, que caracterizaria §1º: excesso de exação.
corrupção passiva. Pune o funcionário que excede na cobrança do tributo ou
contribuição social.
Agente atua abusando da sua autoridade pública como No §1º o agente encaminha o que cobrou aos cofres
meio de coação. públicos. No §2º o agente desvia, em proveito próprio ou de
Desde que seja indevida, a vantagem pode ser de outrem, o que recebeu indevidamente.
qualquer natureza.
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corrupçãopassiva
Art. 317, CP.
Não existe pedido ou influência de outrem, é a autocorrupção, em que o agente busca satisfazer
interesse ou sentimento pessoal (elemento subjetivo do tipo). Funcionário público coloca seu
PREVARICAÇÃO interesse pessoal acima do interesse público.
Art. 319, CP. É necessário que o ato retardado, omitido ou praticado seja em desconformidade com expressa
disposição legal e que o funcionário tenha atribuição para a prática do ato.
condescendênciacriminosa Deve se omitir por sentimento de tolerância, caso seja por outro motivo
poderá configurar outro crime, como prevaricação ou corrupção passiva.
Sujeito ativo pode ser qualquer pessoa, inclusive pessoa alheia à execução do ato legal
(ex: pessoa que resiste, mediante violência ou grave ameaça, à prisão legítima de seu
parente).
Para configuração do crime, é necessária uma oposição positiva, apresentando
RESISTÊNCIA conduta agressiva por parte do agente direcionada ao executor da medida, pois se
for à coisa, não caracteriza esse crime.
Art. 329, CP. O crime se consuma quando empregada a violência ou grave ameaça, sendo crime
formal.
§1º: forma qualificada. Quando o ato não se executa.
§2º: quando há prática de violência, há concurso material de crimes.
CORRUPÇÃOATIVA
Art. 333, CP.
DENUNCIAÇÃOCALUNIOSA
Art. 339, CP.
A junção de duas situações, calúnia + comunicação à É necessário que a denunciação caluniosa indique pessoa
autoridade, gera o crime de denunciação caluniosa. certa, não sendo o crime do art. 339, CP, indicar para a
Agente pode agir diretamente ou usando 3ª pessoa, autoridade policial apenas a materialidade do crime e o
podendo fazer por qualquer meio. nome de vários suspeitos.
Pode ocorrer tanto no âmbito cível quanto criminal. É crime comum e formal.
É irrelevante para a consumação do crime que, ao §1º: majorante. Agente se serve de anonimato ou de nome
final, a investigação venha a ser arquivada, bastando a suposto.
comprovação de que o agente tinha certeza da §2º: causa de diminuição de pena. Prática de contravenção.
inocência de quem acusava.
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FALSOTESTEMUNHOOUFALSAPERÍCIA
Art. 342, CP.
ART.349-a, CP. convenientemente, desde que atue com dolo, permitindo o ingresso
do aparelho. Na segunda situação (art. 349-A, CP), pune-se o
particular que promoveu, de algum modo, a entrada do aparelho no
presídio.
É crime comum e formal.
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FAVORECIMENTOREAL X FAVORECIMENTOPESSOAL
corrupçãoativa corrupçãopassiva
X
OFERECER ou PROMETER vantagem SOLICITAR ou RECEBER, para si ou para outrem,
indevida a funcionário público, pra direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou
determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem
de ofício. indevida, ou ACEITAR promessa de tal vantagem
Crime cometido por particular crime FORMAL e Crime cometido por funcionário crime FORMAL e
---> funcionário público crime COMUM público ---> particular crime PRÓPRIO
corrupçãopassiva prevaricação
privil egiada X
Funcionário deixa de praticar Funcionário deixa de praticar ou
ou retarda ato de ofício, retarda ato de ofício, para satisfazer
cedendo a pedido de outrem. interesse ou sentimento pessoal.
corrupçãopassiva X concussão
SOLICITAR ou RECEBER
vantagem indevida ou ACEITAR EXIGIR vantagem indevida
promessa de tal vantagem
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PRINCÍPIODA princípioda
ISONOMIAOU individual ização
PRINCÍPIODA IGUALDADE daexecução
LEGALIDADE penal
Art. 3º, §único: não haverá distinção de
natureza racial, social, religiosa ou
Art. 5º: Deve ser observado pelo
política. Admite-se a distinção
Art. 3º: serão assegurados todos os Legislativo na cominação da pena;
humanitária (em razão de condições de
direitos não atingidos pela pelo Judiciário, na sentença, na
saúde), etária ou sexual.
sentença ou pela lei. aplicação da pena; e na execução,
durante a aplicação da pena.
PRINCÍPIO
LEI DEEXECUÇÃO
DONUMERUS
CLAUSUS
PENAL- LEI 7120/ 84 PRINCÍPIODA
JURISDICIONALIDADE
A cada nova entrada no sistema São vedadas as penas de morte,
penitenciário deve corresponder uma de caratér perpétuo, de trabalhos Incidentes durante a
nova saída, jamais ultrapassando a forçados, de banimento e cruéis, execução penal serão
capacidade máxima de lotação da sendo sempre assegurado aos resolvidos pelo Poder
unidade. presos o respeito à sua integridade Judiciário.
física e moral.
princípio
PRINCÍPIODA dedevido
RESSOCIALIZAÇÃO PRINCÍPIO processol egal
Deve sempre observar
Instrumentos da ressocialização:
progressão, livramento
DAHUMANIZAÇÃO ampla defesa,
condicional, saída temporária, DASPENAS contraditório, publicidade,
trabalho penitenciário e estudo impessoalidade, etc.
com remissão.
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O condenado à pena privativa de liberdade (PPL) comete falta grave quando: (rol taxativo)
1) Incitar ou participar de movimento para subverter a ordem ou a disciplina;
Art. 50 2) Fugir;
3) Possuir, indevidamente, instrumento capaz de ofender a integridade física de outrem;
4) Provocar acidente de trabalho;
5) Descumprir, no regime aberto, as condições impostas;
6) Inobservar os deveres previstos nos incisos II e V, do art. 39;
7) Tiver em sua posse, utilizar ou fornecer aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a
comunicação com outros presos ou com o ambiente externo;
ATENÇÃO!
Artigo modificado pelo
8) Recusar submeter-se ao procedimento de identificação do perfil genético
Pacote Anticrime!
No geral, as sanções por falta grave são aplicadas por ato motivado do diretor do estabelecimento, com exceção do
art. 54 Regime Disciplinar Diferenciado, que depende de prévio e fundamentado despacho do juiz competente.
A autorização para inclusão no RDD dependerá de requerimento circunstanciado elaborado pelo diretor do estabelecimento ou
outra autoridade administrativa.
Ministério Público e defesa devem manifestar-se previamente, devendo o juiz decidir no prazo máximo de 15 dias.
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Os condenados que cumprem pena no regime semiaberto poderão ter direito à saída
temporária, mediante autorização, e sem vigilância direta para:
1) Visita à família;
2) Frequência à curso supletivo profissionalizante, bem como de instrução do 2º grau
ou superior;
art. 122 3) Participação em atividades que concorram para o retorno ao convívio social.
OBS: STJ considera ser possível a remição pela leitura de livros e respectiva
resenha; desempenho de atividade musical.
art. 127 Em caso de falta grave, o juiz poderá revogar até 1/3 do tempo remido.
Sisnad atuará em conjunto com o Sistema Único de Saúde (SUS) e com Sistema Único de
Assistência Social (SUAS).
ART. 22-A As pessoas atendidas por órgãos integrantes do Sisnad terão atendimento nos
programas de educação profissional e tecnológica, educação de jovens e adultos e
alfabetização.
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Constitui crime de tráfico de drogas: importar, TRÁFICO PRIVILEGIADO: não tem natureza hedionda!
exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar,
adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em
depósito, transportar, trazer consigo, guardar, Os requisitos são cumulativos: as penas poderão ser
prescrever, ministrar, entregar a consumo ou reduzidas de 1/6 a 2/3 se o agente é primário e de bons
fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem
autorização, ou em desacordo com
ART. 33 antecedentes, não se dedique a atividade criminosa nem
integre organização criminosa.
determinação legal ou regulamentar. É equiparado a STJ: o fato de o agente trabalhar em atividade lícita ao mesmo
crime hediondo. tempo que se dedica ao tráfico de drogas não autoriza a
aplicação da minorante.
STJ possui o entendimento de que inquéritos policiais e ações
penais em curso podem afastar (dependendo de análise no
caso concreto) a causa de diminuição da pena no tráfico de
Incorre nas mesmas penas quem, ainda que gratuitamente, em drogas sob o argumento da dedicação do agente a atividades
desacordo com determinação legal ou regulamentar: criminosas.
1) Importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende,
expõe à venda, oferece, fornece, tem em depósito, transporta, traz
consigo ou guarda matéria-prima, insumo, ou produto químico acrescentado pelo
destinado à produção de drogas; ATENÇÃO! Pacote Anticrime!
2) Semeia, cultiva ou faz a colheita de plantas que constituam 4) Vende ou entrega drogas ou matéria-prima,
matéria-prima para a preparação de drogas; insumo ou produto químico destinado à
preparação de drogas a agente policial disfarçado,
3) Utiliza local ou bem de qualquer natureza de que tem a quando presentes elementos probatórios
propriedade, posse, administração, guarda ou vigilância ou razoáveis de conduta criminal preexistente!
consente que outrem dele se utilize para o tráfico de drogas;
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ART.53
1) A natureza, a procedência da substância ou do produto apreendido e as
circunstâncias do fato evidenciarem a transnacionalidade do delito
*Súm. 607, STJ: configura-se com a prova da destinação internacional das drogas, No combate aos crimes definidos na Lei de Drogas, em
ainda que não consumada a transposição de fronteiras. qualquer fase da persecução penal, mediante autorização
judicial e ouvido o Ministério Público, é possível:
2) Crime for praticado prevalecendo-se de função pública ou no desempenho de 1) A infiltração por agentes de polícia;
missão de educação, poder familiar, guarda ou vigilância; 2) A não-atuação policial com a finalidade de identificar e
responsabilizar o maior número de integrantes de operações
3) Infração cometida nas dependências ou imediações de estabelecimentos de tráfico e distribuição (ação controlada, flagrante retardado,
prisionais, de ensino ou hospitalares, de sedes de entidades estudantis, diferido ou postergado).
sociais, culturais, recreativas, esportivas;
ART. 60-A Caso as medidas assecuratórias recaiam sobre moeda estrangeira, títulos, valores mobiliários ou cheques emitidos
como ordem de pagamento, será determinada, imediatamente, a sua conversão em moeda nacional.
A apreensão de meios de transporte e de instrumentos de qualquer natureza utilizados para a prática dos crimes
definidos nessa lei será imediatamente comunicada pela autoridade de polícia judiciária responsável pela
investigação ao juízo competente.
ART. 61 O juiz, no prazo de 30 dias contados da comunicação, determinará a alienação dos bens apreendidos, exceto as
armas.
A avaliação dos bens apreendidos será feita pelo oficial de justiça, no prazo de 5 dias; caso sejam necessários
conhecimentos especializados, por avaliador nomeado pelo juiz, em prazo não superior a 10 dias.
Bens móveis e imóveis deverão ser vendidos em hasta pública, preferencialmente por meio eletrônico, por preço não
inferior a 50% da avaliação judicial.
A autoridade de trânsito e o órgão competente para registro devem proceder à regularização do bem no prazo de
30 dias, ficando o arrematante isento do pagamento de multas, encargos e tributos superiores.
Multas, encargos ou tributos pendentes de pagamento não podem ser cobrados do arrematante ou do órgão
público alienante como condição para regularização do bem.
ART. 63 Na sentença, o juiz decidirá sobre o perdimento do produto, bem, direito ou valor apreendido ou objeto de
medidas assecuratórias; sobre o levantamento dos valores depositados em conta remunerada e a liberação dos
bens utilizados nos termos do art. 62.
Dispõe sobre o procedimento a ser adotado em relação aos bens, direitos e valores apreendidos após a sentença.
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ART. 63-B O juiz determinará a liberação total ou parcial dos bens, direitos e objeto de medidas assecuratórias quando
comprovada a licitude de sua origem, mantendo o suficiente para reparação do dano causado e ao pagamento de
prestações pecuniárias, multas e custas.
Compete à Senad proceder a destinação dos bens apreendidos e não leiloados em caráter cautelar, cujo perdimento
seja decretado em favor da União, por meio de alienação, mediante licitação, doação com encargo, venda direta;
ART.63-c incorporação ao patrimônio de órgãos da adm. pública; destruição ou inutilização.
A alienação por meio de licitação deve ser realizada na modalidade leilão, para bens móveis e imóveis, independentemente
do valor.
Nas condenações por infrações às quais essa lei comine pena máxima superior a 6 anos, poderá ser decretada a
perda, como produto ou proveito do crime, dos bens correspondentes à diferença entre o valor do patrimônio do
ART.63-F condenado e aquele compatível com o seu rendimento lícito.
Devem existir elementos probatórios que indiquem conduta criminosa habitual, reiterada ou profissional do
condenado ou sua vinculação a organização criminosa.
Entende-se por patrimônio do condenado todos os bens de sua titularidade, ou sobre os quais tenha domínio e benefício
direto ou indireto, na data da infração penal, ou recebidos posteriormente; transferidos a terceiro a título gratuito ou
mediante contraprestação irrisória, a partir do início da atividade criminal.
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MAJORANTES:
Constitui crime promover, constituir, financiar ou
- Aumenta-se até a metade se houver emprego de arma
integrar, pessoalmente ou por interposta pessoa,
de fogo.
organização criminosa.
- Pena é agravada se exerce o comando, individual ou
Nas mesmas penas incorre quem impede ou, de
qualquer forma, embaraça a investigação de infração
ART. 2º coletivo da org. criminosa, ainda que não pratique atos
de execução.
- Pena é aumentada de 1/6 a 2/3 se:
penal que envolva organização criminosa.
- Há participação de criança e adolescente;
- Há concurso de funcionário público, aproveitando-se
Trata-se de delito autônomo: Independe da prática dessa condição para a prática de infração penal;
de qualquer crime por seus integrantes. - Produto ou proveito da infração penal destinar-se, no
todo ou em parte, ao exterior;
OBS: Se houver indícios suficientes de que funcionário - Se a org. criminosa mantém conexão com outras org.
público integra organização criminosa, poderá ser criminosas;
afastado do cargo, por determinação judicial, sem - As circunstâncias do fato evidenciarem a
prejuízo da remuneração. acrescentado pelo transnacionalidade da organização.
A condenação com trânsito em julgado acarretará ao ATENÇÃO! Pacote Anticrime!
funcionário público a perda do cargo e a interdição para
o exercício de função ou cargo público pelo prazo de §8º: As lideranças armadas ou que tenham armas à disposição deverão INICIAR o
8 anos subsequentes ao cumprimento da pena. cumprimento de pena em estabelecimentos penais de segurança máxima.
§9º: O condenado por crimes previstos nessa lei não poderá progredir de regime de
cumprimento de pena ou obter livramento condicional ou outros benefícios prisionais se
houver elementos probatórios que indiquem a manutenção do vínculo associativo.
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Inseridos pelo
ACORDO DE COLABORAÇÃO PREMIADA: ATENÇÃO! Pacote Anticrime!
ART.3º-B ART.3º-c
O recebimento da proposta demarca o início das negociações e constitui A proposta de colaboração deve estar instruída com procuração do
também marco de confidencialidade, acarretando violação de sigilo e interessado com poderes específicos para negociar, ou firmada
quebra da confiança e da boa-fé a divulgação de tais tratativas ou de pessoalmente pelo colaborar e seu advogado ou defensor público.
documentos.
Não haverá nenhuma tratativa sem a presença de advogado
A proposta poderá ser sumariamente indeferida. constituído ou defensor público.
Caso não haja indeferimento sumário, as partes deverão firmar termo de No caso de eventual conflitos de interesses ou de colaborador
confidencialidade para prosseguimento das tratativas (obrigatoriamente), hipossuficiente (ex: deficiente mental), o celebrante deverá solicitar a
vinculando os órgãos envolvidos e impedindo o indeferimento posterior presença de outro advogado ou a participação de defensor público
sem justa causa. (objetivo de evitar nulidade ou irregularidade em relação ao acordo).
O recebimento de proposta de colaboração ou o termo de O colaborador deve narrar todos os fatos ilícitos para os quais
confidencialidade não implica a suspensão da investigação, ressalvado concorreu e que tenham relação direta com os fatos investigados.
acordo em contrário quanto à propositura de medidas processuais penais
cautelares e assecuratórias (ex: não pedir prisão preventiva do colaborador). A defesa deve instruir a proposta de colaboração com todas as
provas e os elementos de corroboração.
O acordo poderá ser precedido de instrução (investigação).
O juiz poderá, a requerimento das partes, conceder o Se a colaboração for posterior a sentença, a pena
perdão judicial, reduzir em até 2/3 a pena privativa de poderá ser reduzida até 1/2 ou admitida a progressão
liberdade ou substituí-la por pena restritiva de direitos de regime ainda que ausentes os requisitos objetivos.
do que colaborou efetiva e voluntariamente com a
investigação e com o processo criminal, desde que tenha
Inseridos pelo
como resultado:
1) A identificação dos demais coautores e partícipes;
ATENÇÃO! Pacote Anticrime!
2) Revelação da estrutura hierárquica e da divisão de
tarefas; Realizado o acordo, serão remetidos para o juiz para
3) Prevenção de infrações penais; análise, devendo o juiz ouvir sigilosamente o
4) Recuperação total ou parcial dos produtos ou colaborador, acompanhado de seu defensor,
proveitos do crime; analisando os seguintes aspectos na homologação:
5) Localização de eventual vítima com sua integridade 1) Regularidade e legalidade;
física preservada.
2) Adequação dos benefícios pactuados, sendo nulas
O Ministério Público poderá deixar de oferecer São nulas de pleno direito as previsões de renúncia ao direito de
denúncia se a proposta de acordo de colaboração impugnar a decisões homologatórias.
referir-se a infração de cuja existência não
tenha prévio conhecimento e o colaborador não O juiz pode recusar a homologação da proposta que não atenda
aos requisitos legais, devolvendo-as às partes para as adequações
for o líder da organização criminosa e for o
necessárias.
primeiro a prestar efetiva colaboração.
Em todas as fases do processo, ao réu delatado é garantido o
direito de manifestar-se após o réu delator.
É técnica especial de investigação, em que a autoridade policial ou administrativa, tendo conhecimento da prática
ART. 8º de ato ilícito em curso, adia a intervenção no crime para momento posterior, objetivando coletar mais provas,
descobrir novos envolvidos, recuperar o produto ou proveito da infração ou resgatar, com segurança, vítimas.
- Deve ser previamente comunicado ao juiz, sendo a comunicação distribuída de forma sigilosa.
AÇÃO CONTROLADA: - Até o encerramento da investigação, o acesso aos autos será restrito ao juiz, Ministério Público e Delegado de
Polícia.
INFILTRAÇÃO DE AGENTES:
O agente infiltrado, que já existia, agora pode se infiltrar de formar virtual, com o fim de investigar os crimes previstos
na Lei de Organização Criminosa e conexos, demonstrada sua necessidade e indicados o alcance das tarefas dos
policiais, os nomes ou apelidos dos investigados e, quando possível, os dados de conexão ou cadastrais.
ART. 10-A Será admitida se houver indícios de infração penal e se as provas não puderem ser produzidas de outra forma
(medida extrema).
A infiltração será autorizada pelo prazo de 6 meses, podendo ser renovada, desde que não exceda 720 dias e seja
Inseridos pelo comprovada sua necessidade.
ATENÇÃO! Pacote Anticrime!
ART.10-c ART.11
O requerimento ou representação para a infiltração de agentes conterão
Não comete crime o policial que oculta a sua identidade para, por
a demonstração de necessidade da medida, o alcance das tarefas
meio da internet, colher indícios de autoria e materialidade.
dos agentes e, quando possível, os nomes ou apelidos das
Porém, caso deixe de observar a estrita legalidade da operação,
pessoas investigadas e o local da infração.
responderá pelos excessos.
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MAJORANTES:
A assistência à mulher em situação de violência doméstica e familiar será prestada de forma articulada.
O juiz determinará, por prazo certo, a inclusão da mulher em situação de violência doméstica e familiar no cadastro de programas assistenciais.
O juiz assegurará, para preservar integridade física e psicológica da mulher em situação de violência doméstica e familiar, acesso prioritário à
remoção quando servidora pública; manutenção do vínculo trabalhista, quando necessário o afastamento, por até 6 meses; encaminhamento
à assistência judiciária, inclusive para eventual ajuizamento da ação de separação judicial, de divórcio, anulação de casamento ou dissolução de
união estável (INCLUÍDO POR ALTERAÇÃO LEGISLATIVA).
Aquele que, por ação ou omissão, causar lesão, violência física, sexual ou psicológica e dano moral ou patrimonial a mulher fica obrigado a
ressarcir todos os danos causados, inclusive ressarcir ao SUS os custos relativos aos serviços de sáude prestado para o tratamento das vítimas
(INCLUÍDO POR ALTERAÇÃO LEGISLATIVA).
Os dispostivos de segurança destinados ao monitoramento de vítimas de violência doméstica e familiar amparadas por medidas protetivas
terão seus custos ressarcidos pelo agressor (INCLUÍDO POR ALTERAÇÃO LEGISLATIVA).
O ressarcimento não poderá importar ônus de qualquer natureza ao patrimônio da mulher e dos seus dependentes, nem configurar
atenuante ou ensejar possibilidade de substituição da pena aplicada (INCLUÍDO POR ALTERAÇÃO LEGISLATIVA).
A mulher em situação de violência doméstica e familiar tem prioridade para matricular seus dependentes em instituição de educação básica
mais próxima do seu domicílio (INCLUÍDO POR ALTERAÇÃO LEGISLATIVA).
Serão sigiliosos os dados da ofendida e de seus dependentes ou matriculados ou transferidos, e o acesso a tais informações será reservado
ao juiz, Ministério Público e aos órgãos competentes do Poder Público (INCLUÍDO POR ALTERAÇÃO LEGISLATIVA).
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Em casos de risco à integridade física da ofendida ou à efetividade da medida protetiva de urgência, não será
concedida liberdade provisória a preso.
ART. 14-a A ofendida tem a opção de propor ação de divórcio ou dissolução de união estável no Juizado de Violência
Doméstica e Familiar contra a Mulher.
É excluída de tal Juizado a competência para partilha de bens.
ARTIGO INCLUÍDO POR Quando a situação de violência doméstica e familiar iniciar após o ajuizamento da ação de divórcio ou dissolução de
ALTERAÇÃO LEGISLATIVA! união estável, a ação terá preferência no juízo onde estiver.
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Nas ações penais públicas condicionadas a representação da ofendida, só será aceita a renúncia a
representação perante o juiz, em audiência especial designada para esse fim, antes do recebimento da
ART. 16 denúncia e ouvido o Ministério Público.
ATENÇÃO! No CPP: representação é irretratável depois de oferecida a denúncia. Na Lei Maria da Penha:
somente será admitida a renúncia à representação perante o juiz antes do recebimento da denúncia.
ART. 18 - Determinar o encaminhamento da ofendida ao órgão de assistência judiciária, quando for o caso
(INCISO COM ALTERAÇÃO LEGISLATIVA);
- Comunicar ao Ministério Público para que adote as providência cabíveis;
- Determinar a apreensão imediata de arma de fogo sob a posse do agressor (INCISO INCLUÍDO POR
ALTERAÇÃO LEGISLATIVA).
ART. 20 Em qualquer fase do inquérito policial ou da instrução criminal, caberá a prisão preventiva do agressor,
podendo ser decretada de ofício pelo juiz, a requerimento do Ministério Público ou mediante
representação de autoridade policial.
A ofendida deverá ser notificada de todos os atos processuais relativos ao agressor, especialmente os de
ART. 21 ingresso e saída da prisão.
A ofendida não poderá entregar intimação ou notificação ao agressor.
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Constatada a prática de violência doméstica e familiar, o juiz poderá aplicar, de imediato, ao agressor, as seguintes
MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA entre outras:
- Suspensão da posse ou restrição do porte de armas;
- Afastamento do lar, domílio ou local de convivência com a ofendida;
- Proibição de determinadas condutas, dentre elas: aproximação da ofendida, de seus familiares ou de
ART. 22 testemunhas, fixando uma distância mínima; contato com a ofendida, seus familiares e testemunhas por
qualquer meio de comunicação; frequentação de determinados lugares a fim de preservar a integridade física e
psicológica da ofendida;
- Restrição ou suspensão de visitas aos dependentes menores;
- Prestação de alimentos provisionais ou provisórios;
- Comparecimento do agressor a programas de recuperação e reeducação (INCLUÍDO POR ALTERAÇÃO
LEGISLATIVA);
- Acompanhamento psicossocial do agressor (INCLUÍDO POR ALTERAÇÃO LEGISLATIVA).
Para garantir a efetividade das medidas protetivas de urgência, poderá o juiz requisitir, a qualquer momento, força
policial.
Em relação as medidas protetivas de urgência, o juiz poderá, sem prejuízo de outras medidas:
- Encaminhar a ofendida e seus dependentes a programa oficial ou comunitário de proteção ou de atendimento;
- Determinar a recondução da ofendida e a de seus dependentes ao respectivo domicílio, após afastamento do
ART. 23 agressor;
- Determinar o afastamento da ofendida do lar;
- Determinar a separação de corpos;
- Determinar a matrícula dos dependentes da ofendida em instituição de educação básica mais próxima do seu
domícilio, ou a transferência deles para essa instituição, independente da existência de vaga (INCLUÍDO POR
ALTERAÇÃO LEGISLATIVA).