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MAPAS M E N TA I S
DIREITO
PENAL
por @viciodeumaestudante
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crimescontraaadministraçãopúbl ica
FUNCIONÁRIO Art. 327, CP. Para fins penais, o conceito de funcionário público engloba agente políticos
(jurisprudência do STF), cargo público (vínculo estatutário), emprego público (vínculo
PÚBLICO celetista), função pública, embora transitoriamente ou sem remuneração (ex: jurados,
mesários), todas as pessoas que exercem funções de natureza ou interesse público.

PECULATO
Art. 312, CP.
É crime próprio, que só pode ser cometido por
funcionário público. O particular, para responder em
§1º: peculato-furto é sinômino de peculato
concurso por crime funcional, deve conhecer a
impróprio.
condição pessoal do servidor.
Agente não detém a posse da coisa, precisando
subtraí-la em prejuízo da administração. É
Peculato próprio: peculato-apropriação, art. 312,
necessário que o agente tenha sua ação facilitada
1ª parte, CP, e peculato-desvio, art. 312, 2ª parte,
por ser funcionário público, caso contrário, será
CP.
crime de furto.
Consuma-se no momento em que o agente
§2º: peculato culposo. É necessário o nexo causal
exterioriza os poderes de proprietário, agindo
entre a negligência do funcionário público e a
como se fosse dono da coisa ou no momento em
prática do crime doloso por terceiro.
que o agente altera o destino formal da coisa.
§3º: benefícios exclusivos do peculato culposo.
As duas modalidades dispensam o lucro efetivo por
parte do funcionário e ambas admitem tentativa.
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pecul atoel etrônico


Inserção de dados falsos em sistema de Modificação ou alteração não autorizada de
informações. sistema de informações.
Art. 313-A, CP. Art. 313-B, CP.

Funcionário público autorizado. Funcionário público.


Condutas: inserir, facilitar a inserção, alterar, excluir. Condutas: modificar, alterar.
Exige finalidade especial de obter vantagem indevida Não exige finalidade especial.
para si ou para outrem ou de causar dano. Consuma-se com a prática de algum verbo do artigo,
Consuma-se com a prática de algum verbo do artigo, sendo crime formal, admitindo tentativa. Resultando
sendo crime formal, admitindo tentativa. dano, a pena é aumentada (§único).
A conduta recai sobre os dados, preservando o A conduta recai sobre o programa, preservando os
programa. dados.
Ex: funcionário que exclui a multa de trânsito de um amigo
no sistema ou que inclue multa de trânsito inexistente de um
inimigo no sistema.

CONCUSSÃO
Art. 316, CP.
Crime próprio que pode ser cometido por funcionário
público; funcionário público fora da função (ex: férias); Consuma-se quando a indevida vantagem chega ao
particular nomeado (antes de assumir função pública mas ATENÇÃO!! conhecimento da vítima, crime formal, independente da
em razão dela). pena modificada pelo
obtenção efetiva da vantagem. Admite-se tentativa na
Pacote Anticrime (Lei
13.964/19) forma escrita.
A conduta é de exigir (constrangir, intimidar), não
podendo ser confundida com solicitar, que caracterizaria §1º: excesso de exação.
corrupção passiva. Pune o funcionário que excede na cobrança do tributo ou
contribuição social.
Agente atua abusando da sua autoridade pública como No §1º o agente encaminha o que cobrou aos cofres
meio de coação. públicos. No §2º o agente desvia, em proveito próprio ou de
Desde que seja indevida, a vantagem pode ser de outrem, o que recebeu indevidamente.
qualquer natureza.
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corrupçãopassiva
Art. 317, CP.

As modalidades solicitar e aceitar promessa


Na corrupção passiva, é possível que existam A corrupção passiva pode ser: são crimes formais.
dois sujeitos: o corrupto (art. 317, CP) e o - Própria: o ato comercializado é ilegítimo. Ex: A modalidade receber é crime material.
corruptor (art. 333, CP). negociar a fuga de um preso; A tentativa é possível na modalidade solicitar
- Imprópria: ato comercializado é legítimo, mas por escrito. Na modalidade receber, a
O sujeito ativo é funcionário público (inclusive não poderia ter sido negociado pelo funcionário tentativa já caracteriza a modalidade solicitar
fora da função) e o particular que se encontra na público. Ex: solicitar vantagem para realizar a ou aceitar promessa.
iminência de assumir função pública. citação do requerido em ação de despejo.
- Antecedente: vantagem ou recompensa dada ou §1º: forma majorada. Exaurimento
A vantagem na corrupção não precisa ser prometida tem em vista conduta futura; penalizado.
necessariamente econômica. - Subsequente: vantagem ou recompensa dada ou
A corrupção passiva não pressupõe a ativa e prometida tendo em vista conduta já realizada. §2º: forma privilegiada. Favores
vice-versa. administrativos. Agente não busca atender a
interesses próprios, cedendo a pedido de
terceiros.

Não existe pedido ou influência de outrem, é a autocorrupção, em que o agente busca satisfazer
interesse ou sentimento pessoal (elemento subjetivo do tipo). Funcionário público coloca seu
PREVARICAÇÃO interesse pessoal acima do interesse público.

Art. 319, CP. É necessário que o ato retardado, omitido ou praticado seja em desconformidade com expressa
disposição legal e que o funcionário tenha atribuição para a prática do ato.

A consumação se dá com a omissão, o retardamento ou a prática do ato em desconformidade


com a lei, não sendo necessária a satisfação do interesse visado pelo funcionário público.
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Ocorre quando o funcionário público hierarquicamente superior tolera


a prática, por seu subordinado, de infração administrativa ou penal,
no exercício do cargo, deixando de responsabilizá-lo ou de
comunicar à autoridade competente caso não possua tal atribuição.

condescendênciacriminosa Deve se omitir por sentimento de tolerância, caso seja por outro motivo
poderá configurar outro crime, como prevaricação ou corrupção passiva.

Art. 320, CP. Consuma-se quando o superior hierárquico toma conhecimento da


infração e da autoria e deixa passar o prazo legal sem tomar
providências em desfavor do subordinado.

Patrocinar significa defender, advogar, requerer junto a outros


funcionários públicos o interesse privado. Agente deve se valer da
sua qualidade de funcionário público.
advocaciaadministrativa
Consumação ocorre com a prática de atos relacionados ao
patrocínio, independente de auferir vantagem ou não.
Art. 321, CP.
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Sujeito ativo pode ser qualquer pessoa, inclusive pessoa alheia à execução do ato legal
(ex: pessoa que resiste, mediante violência ou grave ameaça, à prisão legítima de seu
parente).
Para configuração do crime, é necessária uma oposição positiva, apresentando
RESISTÊNCIA conduta agressiva por parte do agente direcionada ao executor da medida, pois se
for à coisa, não caracteriza esse crime.
Art. 329, CP. O crime se consuma quando empregada a violência ou grave ameaça, sendo crime
formal.
§1º: forma qualificada. Quando o ato não se executa.
§2º: quando há prática de violência, há concurso material de crimes.

É a conduta de deliberadamente descumprir a ordem legal de funcionário público


competente para cumprir a medida. Trata-se de resistência pacífica do agente.
Devem estar presentes:

desobediência 1) Emissão de ordem de funcionário público diretamente a um destinatário;


2) Ordem emanada deve ser individualizada;
Art. 330, CP. 3) Destinatário tem que ter o dever de atender à ordem;
4) Não pode haver sanção específica para o não cumprimento da ordem.

Conduta de menosprezar ou zombar do servidor, podendo ser por meio gestual,


DESACATO verbal ou por escrito.
Para caracterização do crime, é necessário que a ofensa ocorra na presença do
Art. 331, CP. servidor que é vítima. Não há desacato em insulto por telefone, imprensa ou por
escrito, podendo configurar deltos contra a honra.
Crime formal.
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CORRUPÇÃOATIVA
Art. 333, CP.

Somente é punível quando a conduta de oferecer Consumação se dá no momento em que o funcionário


ou prometer vantagem indevida a funcionário público tem conhecimento da oferta ou da promessa.
público ocorre antes da prática do ato por ele, A conduta pode ser praticada por meio de gestos, na forma
punindo apenas a corrupção ativa antecedente. escrita ou falada.
Admite tentativa apenas na forma escrita pois pode ser
interceptada.

DENUNCIAÇÃOCALUNIOSA
Art. 339, CP.

A junção de duas situações, calúnia + comunicação à É necessário que a denunciação caluniosa indique pessoa
autoridade, gera o crime de denunciação caluniosa. certa, não sendo o crime do art. 339, CP, indicar para a
Agente pode agir diretamente ou usando 3ª pessoa, autoridade policial apenas a materialidade do crime e o
podendo fazer por qualquer meio. nome de vários suspeitos.
Pode ocorrer tanto no âmbito cível quanto criminal. É crime comum e formal.
É irrelevante para a consumação do crime que, ao §1º: majorante. Agente se serve de anonimato ou de nome
final, a investigação venha a ser arquivada, bastando a suposto.
comprovação de que o agente tinha certeza da §2º: causa de diminuição de pena. Prática de contravenção.
inocência de quem acusava.
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Agente comunica infração penal que sabe que não existiu ou

COMUNICAÇÃOFALSADE que sabe diversa da ocorrida.


Trata-se de crime comum.

CRIMEOUDECONTRAVENÇÃO Diferencia-se do crime de denunciação caluniosa porque nesse o


agente imputa a infração imaginária a pessoa certa e determinada,
enquanto na comunicação falsa o agente comunica a fantasiosa
Art. 340, CP. infração penal, sem imputá-la a alguém ou imputando-a à
pessoa que não existe.

FALSOTESTEMUNHOOUFALSAPERÍCIA
Art. 342, CP.

O crime pode ser praticado de três formas:


Em relação ao sujeito ativo, trata-se de crime de mão
1) Fazer afirmação falsa: o agente distorce a verdade;
própria, que somente pode ser praticado por
2) Negar a verdade: o agente sabe a verdade, mas, quando
testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete.
indagado, nega conhecê-la;
Os arts. 206 a 208, CP trazem rol de pessoas que não
3) Calar a verdade: o agente não se pronuncia a respeito da
prestam compromisso de dizer a verdade.
verdade que conhece.
A falsidade deve recair sobre fato relevante.
É crime formal que consuma-se quando a testemunha,
tradutor ou intérprete assinam o documento; ou
STF admite coautoria do advogado que instrui testemunha a
quando ocorre a entrega do depoimento ou parecer à
mentir em juízo.
autoridade competente, no caso de falsa perícia,
testemunho, tradução, trabalho de contador ou
§1º: majorante.
intérprete por escrito.
§2º: retratação extintiva da punibilidade.
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É crime comum e acessório, ou seja, depende da prática de crime


antecedente.

FAVORECIMENTOPESSOAL Somente existe se for prestado auxílio efetivo (concreto).


Não se configura pela omissão. Ex: conduta do advogado que oculta
das autoridades o local em que o seu cliente está escondido, desde
Art. 348, CP. que não tenha auxiliado.
Consuma-se no momento em que o agente favorecido consegue
ocultar-se, após prestado o auxílio, sendo crime material.

É crime comum e acessório, ou seja, depende da prática de crime


antecedente.
No favorecimento real, busca-se assegurar o proveito do crime
FAVORECIMENTOREAL anterior.
A consumação do delito ocorre quando há o efetivo auxílio ao agente
Art. 349, CP. do crime anterior, mesmo que não tenha sucesso em assegurar o
proveito do delito, sendo crime formal.

Há dois tipos penais previstos para o mesmo fato. Na primeira hipótese


(art. 319-A, CP), pune-se o funcionário que deixou de fiscalizar

ART.349-a, CP. convenientemente, desde que atue com dolo, permitindo o ingresso
do aparelho. Na segunda situação (art. 349-A, CP), pune-se o
particular que promoveu, de algum modo, a entrada do aparelho no
presídio.
É crime comum e formal.
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FAVORECIMENTOREAL X FAVORECIMENTOPESSOAL

Esconde o " proveito do Esconde a " pessoa" que


crime" em favor do criminoso cometeu o crime

Somente se caracteriza DEPOIS Se quem escondeu é ascendente,


que o crime se consuma. descendente, cônjuge ou irmão,
fica isento de pena.
X
RECEPTAÇÃO
*crime contra o patrimônio*

Guarda ou oculta coisa que


sabe ou deveria saber que é
proveito de crime

Pretende-se ter um proveito


econômico próprio ou de terceiro
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corrupçãoativa corrupçãopassiva
X
OFERECER ou PROMETER vantagem SOLICITAR ou RECEBER, para si ou para outrem,
indevida a funcionário público, pra direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou
determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem
de ofício. indevida, ou ACEITAR promessa de tal vantagem

Crime cometido por particular crime FORMAL e Crime cometido por funcionário crime FORMAL e
---> funcionário público crime COMUM público ---> particular crime PRÓPRIO

corrupçãopassiva prevaricação
privil egiada X
Funcionário deixa de praticar Funcionário deixa de praticar ou
ou retarda ato de ofício, retarda ato de ofício, para satisfazer
cedendo a pedido de outrem. interesse ou sentimento pessoal.

crime OMISSIVO e crime OMISSIVO e


crime MATERIAL crime FORMAL

corrupçãopassiva X concussão
SOLICITAR ou RECEBER
vantagem indevida ou ACEITAR EXIGIR vantagem indevida
promessa de tal vantagem
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PRINCÍPIODA princípioda
ISONOMIAOU individual ização
PRINCÍPIODA IGUALDADE daexecução
LEGALIDADE penal
Art. 3º, §único: não haverá distinção de
natureza racial, social, religiosa ou
Art. 5º: Deve ser observado pelo
política. Admite-se a distinção
Art. 3º: serão assegurados todos os Legislativo na cominação da pena;
humanitária (em razão de condições de
direitos não atingidos pela pelo Judiciário, na sentença, na
saúde), etária ou sexual.
sentença ou pela lei. aplicação da pena; e na execução,
durante a aplicação da pena.

PRINCÍPIO
LEI DEEXECUÇÃO
DONUMERUS
CLAUSUS
PENAL- LEI 7120/ 84 PRINCÍPIODA
JURISDICIONALIDADE
A cada nova entrada no sistema São vedadas as penas de morte,
penitenciário deve corresponder uma de caratér perpétuo, de trabalhos Incidentes durante a
nova saída, jamais ultrapassando a forçados, de banimento e cruéis, execução penal serão
capacidade máxima de lotação da sendo sempre assegurado aos resolvidos pelo Poder
unidade. presos o respeito à sua integridade Judiciário.
física e moral.
princípio
PRINCÍPIODA dedevido
RESSOCIALIZAÇÃO PRINCÍPIO processol egal
Deve sempre observar
Instrumentos da ressocialização:
progressão, livramento
DAHUMANIZAÇÃO ampla defesa,
condicional, saída temporária, DASPENAS contraditório, publicidade,
trabalho penitenciário e estudo impessoalidade, etc.
com remissão.
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Serão submetidos, obrigatoriamente, quando ingressarem no estabelecimento prisional, a identificação do perfil


genético, mediante extração de DNA, os condenados por crime doloso praticado com violência grave contra a pessoa,
crime contra a vida, contra a liberdade sexual ou crime sexual contra vulnerável.
§4º: Caso o condenado, quando do seu ingresso no estabelecimento prisional, não tenha sido submetido à identificação
ART.9º-A do perfil genético, deverá ser durante o cumprimento da pena.
§5º: A amostra biológica coletada só poderá ser utilizada para permitir a identificação do perfil genético, não sendo
autorizadas as práticas de fenotipagem genética ou de busca por familiar.
ATENÇÃO! §6º: Uma vez identificado o perfil genético, a amostra biológica recolhida deverá ser correta e imediatamente
descartada, impedindo sua utilização para qualquer outro fim.
Artigo modificado pelo
§7º: A coleta da amostra biológica e a elaboração do respectivo laudo serão realizados por perito oficial.
Pacote Anticrime!
§8º: Constitui falta grave a recusa em submeter-se ao procedimento de identificação do perfil genético.

O condenado à pena privativa de liberdade (PPL) comete falta grave quando: (rol taxativo)
1) Incitar ou participar de movimento para subverter a ordem ou a disciplina;

Art. 50 2) Fugir;
3) Possuir, indevidamente, instrumento capaz de ofender a integridade física de outrem;
4) Provocar acidente de trabalho;
5) Descumprir, no regime aberto, as condições impostas;
6) Inobservar os deveres previstos nos incisos II e V, do art. 39;
7) Tiver em sua posse, utilizar ou fornecer aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a
comunicação com outros presos ou com o ambiente externo;
ATENÇÃO!
Artigo modificado pelo
8) Recusar submeter-se ao procedimento de identificação do perfil genético
Pacote Anticrime!

No geral, as sanções por falta grave são aplicadas por ato motivado do diretor do estabelecimento, com exceção do

art. 54 Regime Disciplinar Diferenciado, que depende de prévio e fundamentado despacho do juiz competente.
A autorização para inclusão no RDD dependerá de requerimento circunstanciado elaborado pelo diretor do estabelecimento ou
outra autoridade administrativa.
Ministério Público e defesa devem manifestar-se previamente, devendo o juiz decidir no prazo máximo de 15 dias.
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Sanção disciplinar para quem se encontra preso, a


título definitivo ou provisório. Pode ser aplicado para CARACTERÍSTICAS:
o preso provisório ou condenado, nacional ou 1) Duração máxima de até 2 anos (sem limites para
estrangeiro. repetição);
2) Cela individual;
Hipóteses de cabimento: 3) Visitas quinzenais, de 2 pessoas por vez, com
1) Prática (não exige condenação) de crime doloso, duração de 2 horas, sem contato físico;
quando ocasione subversão da ordem ou disciplina 4) Direito do preso à saída da cela por 2 horas diárias
internas; para banho de sol em grupos de até 4 presos, desde
2) Presos que apresentem alto risco para a ordem e a que não haja contato com presos do mesmo grupo
segurança do estabelecimento penal ou da criminoso (ou de grupos rivais);
sociedade; 5) Entrevistas sempre monitoradas, exceto com seu
3) Presos sob os quais recaiam fundadas suspeitas de defesor;
envolvimento ou participação, a qualquer título, em 6) Fiscalização do conteúdo da correspondência;
organização criminosa, associação criminosa ou
milícia privada, independentemente de falta grave
REGIMEDISCIPLINAR 7) Participações em audiências judiciais
preferencialmente por videoconferência.
(não há necessidade de que o indivíduo exerça a
liderança do grupo paralelo de poder, apenas que esteja
DIFERENCIADO(RDD)
envolvido).
art. 52
ATENÇÃO!
Artigo modificado pelo
Hipótese de cumprimento do RDD em estabelecimento prisional Pacote Anticrime!
federal:
1) Existindo indícios de que o preso exerce liderança em
organização criminosa, associação criminosa ou milícia
privada; A visita quinzenal dos familiares deverá ser gravada em
2) Tenha atuação criminosa em 2 ou mais estados da sistema de áudio ou de áudio e vídeo e, com autorização
federação. judicial, fiscalizada por agente penitenciário.
Na hipótese dos parágrafos anteriores, o RDD poderá ser Após os primeiros 6 meses de RDD, o preso que não
prorrogado sucessivamente, por períodos de 1 ano, existindo receber a visita quinzenal de familiares poderá, após
indícios de que o preso continua apresentando alto risco para prévio agendamento, ter contato telefônico, que será
ordem e a segurança do estabelecimento penal de origem ou gravado, com uma pessoa da família, 2 vezes por mês e
da sociedade ou que mantém os vínculos com organização por 10 minutos.
criminosa, associação criminosa ou milícia privada.
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Requisitos cumulativos para PROGRESSÃO DE REGIME da


mulher gestante ou pessoa responsável por criança/pessoa
com deficiência:
1) Crime cometido sem violência ou grave ameaça à
pessoa;
A pena privativa de liberdade será executada de forma 2) Não ter cometido o crime contra filho ou dependente;
progressiva com a transferência para regime menos 3) Ter cumprido, pelo menos, 1/8 da pena no regime
rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso anterior;
tiver cumprido ao menos (requisito objetivo): 4) Ser primária e ter bom comportamento carcerário;
5) Não ter integrado organização criminosa.
1) 16% - réu primário e crime cometido sem violência
ou grave ameaça;
2) 20% - réu reincidente e crime cometido sem violência
ou grave ameaça;
PROGRESSÃO
3) 25% - réu primário e crime cometido com violência DEREGIME
ou grave ameaça; - Em todos os casos, o apenado só terá direito à progressão
4) 30% - réu reincidente e crime cometido com violência
ou grave ameaça;
Art. 112 de regime se possuir boa conduta carcerária (requisito
subjetivo).
5) 40% - réu primário e crime hediondo ou equiparado
sem resultado morte;
ATENÇÃO! - Decisão do juiz será sempre motivada e precedida de
Artigo modificado manifestação do Ministério Público e do defensor, procedimento
6) 50% - a) réu primário e crime hediondo ou pelo Pacote Anticrime! que também será adotado na concessão de livramento
equiparado com resultado morte, vedado o livramento condicional, indulto e comutação de penas.
condicional; b) Exercer comando, individual ou coletivo,
de organização criminosa estruturada para a prática de - Não se considera crime hediondo ou equiparado, para fins
crime hediondo ou equiparado; c) Constituir milícia de progressão de regime, o art. 33, §4º, Lei 11.343/06 (tráfico
privada; privilegiado).
7) 60% - Reincidente em crime hediondo ou
equiparado sem resultado morte; - O cometimento de falta grave durante a execução da pena
8) 70% - Reincidente em crime hediondo ou privativa de liberdade INTERROMPE o prazo para a
equiparado com resultado morte, vedado o livramento obtenção da progressão de regime, caso em que o reinício
condicional. da contagem do requisito objetivo terá como base a pena
remanescente.

- O bom comportamento é readquirido após 1 ano da


ocorrência do fato, ou antes, após o cumprimento do
requisito temporal exigível para obtenção do direito.
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Poderá ingressar no regime aberto o condenado que estiver trabalhando


ou comprovar a possibilidade de fazê-lo imediatamente; apresentar
fundados indícios de que irá ajustar-se, com auto disciplina e senso de
art. 114 responsabilidade ao novo regime.
Poderão ser dispensadas do trabalho as pessoas que forem cumprir regime de
prisão domicilar (art. 117).

Poderão ser estabelecidas condições especiais para a concessão de regime


aberto, sem prejuízo das seguintes condições gerais e obrigatórias:
permanecer no local em que foi designado; sair para o trabalho e
art. 115 retornar nos horários fixados; não se ausentar da cidade onde reside
sem autorização judicial; comparecer em juízo para informar e
justificar as suas atividades.

Os condenados que cumprem pena no regime semiaberto poderão ter direito à saída
temporária, mediante autorização, e sem vigilância direta para:
1) Visita à família;
2) Frequência à curso supletivo profissionalizante, bem como de instrução do 2º grau
ou superior;
art. 122 3) Participação em atividades que concorram para o retorno ao convívio social.

ATENÇÃO! §1º: A ausência de vigilância direta não impede a utilização de equipamento de


parágrafos modificados monitoramento eletrônico.
pelo Pacote Anticrime! §2º: NÃO terá direito à saída temporária aquele que cumpre pena por praticar crime
hediondo com resultado morte.
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- Remição pelo trabalho: a cada três dias de trabalho, diminui 1 dia de


pena, observado o cumprimento da jornada normal de trabalho, que não pode
ser inferior a 6h nem superior a 8h. Aplicado apenas para cumprimento de
pena no regime fechado ou semiaberto.
- Remição pelo estudo: a cada 12h de estudo, diminui 1 dia de pena,
art. 126 devendo as horas serem divididas em, pelo menos, 3 dias. Aplicado para
quem cumpre pena no regime fechado, semiaberto, aberto ou que esteja
em livramento condicional.

OBS: STJ considera ser possível a remição pela leitura de livros e respectiva
resenha; desempenho de atividade musical.

art. 127 Em caso de falta grave, o juiz poderá revogar até 1/3 do tempo remido.

O condenado em LIBERDADE CONDICIONAL deverá sempre cumprir as


seguintes obrigações;
1) Obter ocupação lícita dentro de prazo razoável;
2) Comunicar periodicamente ao juiz sua ocupação;
3) Não mudar do território da comarca do Juízo da execução, sem

art. 132 prévia autorização deste.

Poderão ser impostas outras obrigações:


1) Não mudar de residência sem comunicação ao juiz;
2) Recolher-se à habitação em hora fixada;
3) Não frequentar determinados lugares.
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LEI DEDROGAS- LEI 11343/ 06


ARTIGO COM ALTERAÇÃO LEGISLATIVA!

Sisnad tem a finalidade de articular, integrar, organizar e coordenar as atividades relacionadas


com a prevenção do uso indevido, a atenção e a reinserção social de usuários e dependentes
de drogas; a repressão da produção não autorizada e do tráfico ilícito de drogas.
ART. 3º Sisnad é o conjunto ordenado de princípios, regras, critérios e recursos materiais e humanos
que envolvem as políticas, planos, programas, ações e projetos sobre drogas, incluindo o
Sistema de Políticas Públicas sobre Drogas dos Estados, Distrito Federal e Municípios.

Sisnad atuará em conjunto com o Sistema Único de Saúde (SUS) e com Sistema Único de
Assistência Social (SUAS).

ARTIGO COM ALTERAÇÃO LEGISLATIVA!

Principais competências da União:


1) Formular e coordenar a execução da Política Nacional sobre Drogas;
2) Elaborar o Plano Nacional de Políticas sobre Drogas;
3) Elaborar objetivos, ações estratégicas, metas, prioridades, indicadores e definir formas de
financiamento e gestão de políticas sobre drogas;
ART.8º-A 4) Promover a integração das políticas sobre drogas com os Estados, o Distrito Federal e
Municípios;
5) Estabelecer formas de colaboração com os Estados, Distrito Federal e Municípios para a
execução das políticas sobre drogas;
6) Adotar medidas de combate aos crimes transfronteiriços;
7) Estabelecer uma política nacional de controle de fronteiras, visando a coibir ingresso de drogas
no País.
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ARTIGO COM ALTERAÇÃO LEGISLATIVA!

Institui a Semana Nacional de Políticas sobre Drogas na quarta semana do mês de


junho, quando serão intensificadas as ações de difusão de informações sobre os
problemas decorrentes do uso de drogas; promoção de eventos para o debate público
ART. 19-A sobre as políticas sobre drogas; difusão de boas práticas de prevenção, tratamento,
acolhimento e resinserção social e econômica dos usuários de drogas; divulgação de
iniciativas, ações e campanhas de prevenção do uso indevido de drogas; mobilização
da comunidade para participação nas ações de prevenção e enfrentamento às
drogas; mobilização do sistema de ensino na realização de atividades de prevenção
ao uso de drogas.

ARTIGO COM ALTERAÇÃO LEGISLATIVA!

As atividades de atenção e as de reinserção social do usuário e do dependente de


ART. 22 drogas e respectivos familiares devem observar os seguintes princípios e diretrizes,
dentre outros: estímulo a capacitação técnica e profissional; efetivação de políticas de
reinserção social voltadas à educação continuada e ao trabalho; orientação adequada
ao usuário ou ao dependente de drogas quanto às consequências lesivas do uso de
drogas, ainda que ocasional.

ARTIGO COM ALTERAÇÃO LEGISLATIVA!

ART. 22-A As pessoas atendidas por órgãos integrantes do Sisnad terão atendimento nos
programas de educação profissional e tecnológica, educação de jovens e adultos e
alfabetização.
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Existem 2 tipos de internação:

- Tem prioridade no tratamento de usuários ou 1) Voluntária: acontece com o consentimento do


dependentes de drogas as modalidades de dependente.
tratamento ambulatorial, sendo exceção as formas
Deve ser precedida de declaração escrita; o término pode
de internação em unidades de saúde e hospitais em
geral. ocorrer por determinação do médico responsável ou por
solicitação escrita.
- A internação somente será realizada em unidades
de saúde ou hospitais gerais, da qual fazem parte 2) Involuntária: acontece sem o consentimento do
equipes multidisciplinares, e somente após a dependente, a pedido do familiar ou responsável legal e,
autorização por médico devidamente registrado na falta desses, de servidor público da área da saúde, da
no CRM. assistência social ou dos órgãos integrantes do Sisnad,
constatando existência de motivos que justifiquem a
- A internação somente será indicada quando os
recursos extra-hospitalares forem insuficientes.
Todas as internações e altas deverão ser informadas
ART.23-A medida.
Deve ser realizada após a formalização da decisão por
em, no máximo, 72h, ao Ministério Público, à médico responsável; indicada depois da avaliação sobre
ARTIGO COM ALTERAÇÃO
Defensoria Pública e a outros órgãos de fiscalização, o tipo de droga utilizada, o padrão de uso e a
LEGISLATIVA!
sendo garantido o sigilo dessas informações. comprovação da impossibilidade de utilização de outras
alternativas; apenas pelo tempo necessário a
desintoxicação, no prazo máximo de 90 dias; a família ou
o representante legal poderá, a qualquer momento,
requerer a interrupção do tratamento.

O atendimento ao usuário ou dependente de drogas


dependerá de avaliação prévia por equipe técnica
multidisciplinar e multissetorial e elaboração de
um Plano Individual de Atendimento - PIA. ART. 23-B
Constarão do PIA, dentre outras informações, os
O Plano Individual de Atendimento deverá contemplar ARTIGO COM ALTERAÇÃO resultados da avaliação multidisciplinar; os objetivos
a participação dos familiares ou responsáveis, os LEGISLATIVA! declarados pelo ofendido; a previsão de suas atividades
quais tem o dever de contribuir com o processo. de integração social ou capacitação profissional;
atividades de integração e apoio à família; formas de
PIA será elaborado em até 30 dias da data de participação da família; designação do projeto
ingresso no atendimento. terapêutico mais adequado; medidas específicas de
atenção à saúde do atendido.
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Também configura crime:


1) Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de
OBS: A jurisprudência dos tribunais superiores droga;
não tem admitido a aplicação do princ. da
2) Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a
insignificância no crime de tráfico de drogas,
pessoa de seu convívio, para juntos a consumirem (crime de
pois ainda que envolva pequena quantidade de
droga, é mantido o potencional lesivo. uso compartilhado).

Constitui crime de tráfico de drogas: importar, TRÁFICO PRIVILEGIADO: não tem natureza hedionda!
exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar,
adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em
depósito, transportar, trazer consigo, guardar, Os requisitos são cumulativos: as penas poderão ser
prescrever, ministrar, entregar a consumo ou reduzidas de 1/6 a 2/3 se o agente é primário e de bons
fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem
autorização, ou em desacordo com
ART. 33 antecedentes, não se dedique a atividade criminosa nem
integre organização criminosa.
determinação legal ou regulamentar. É equiparado a STJ: o fato de o agente trabalhar em atividade lícita ao mesmo
crime hediondo. tempo que se dedica ao tráfico de drogas não autoriza a
aplicação da minorante.
STJ possui o entendimento de que inquéritos policiais e ações
penais em curso podem afastar (dependendo de análise no
caso concreto) a causa de diminuição da pena no tráfico de
Incorre nas mesmas penas quem, ainda que gratuitamente, em drogas sob o argumento da dedicação do agente a atividades
desacordo com determinação legal ou regulamentar: criminosas.
1) Importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende,
expõe à venda, oferece, fornece, tem em depósito, transporta, traz
consigo ou guarda matéria-prima, insumo, ou produto químico acrescentado pelo
destinado à produção de drogas; ATENÇÃO! Pacote Anticrime!

2) Semeia, cultiva ou faz a colheita de plantas que constituam 4) Vende ou entrega drogas ou matéria-prima,
matéria-prima para a preparação de drogas; insumo ou produto químico destinado à
preparação de drogas a agente policial disfarçado,
3) Utiliza local ou bem de qualquer natureza de que tem a quando presentes elementos probatórios
propriedade, posse, administração, guarda ou vigilância ou razoáveis de conduta criminal preexistente!
consente que outrem dele se utilize para o tráfico de drogas;
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ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO

ART. 35 Duas ou mais pessoas; associação permanente e estável;


não é equiparado a crime hediondo.
Também caracteriza associação para o tráfico quem se associa
para a prática reiterada do crime do art. 36 (financiar ou custear
a prática de qualquer dos crimes do art. 33, caput e §1º e art.
34).
ART. 40 MAJORANTES (AUMENTO DE 1/6 A 2/3):

ART.53
1) A natureza, a procedência da substância ou do produto apreendido e as
circunstâncias do fato evidenciarem a transnacionalidade do delito
*Súm. 607, STJ: configura-se com a prova da destinação internacional das drogas, No combate aos crimes definidos na Lei de Drogas, em
ainda que não consumada a transposição de fronteiras. qualquer fase da persecução penal, mediante autorização
judicial e ouvido o Ministério Público, é possível:
2) Crime for praticado prevalecendo-se de função pública ou no desempenho de 1) A infiltração por agentes de polícia;
missão de educação, poder familiar, guarda ou vigilância; 2) A não-atuação policial com a finalidade de identificar e
responsabilizar o maior número de integrantes de operações
3) Infração cometida nas dependências ou imediações de estabelecimentos de tráfico e distribuição (ação controlada, flagrante retardado,
prisionais, de ensino ou hospitalares, de sedes de entidades estudantis, diferido ou postergado).
sociais, culturais, recreativas, esportivas;

4) Crime praticado com violência, grave ameaça, emprego de arma de fogo, ou


qualquer outra intimidação individual ou coletiva; ART.57
5) Tráfico entre Estados da Federação ou entre esses e o Distrito Federal
*Súm. 587, STJ: desnecessária a efetiva transposição de fronteiras, bastando a Na audiência de instrução e julgamento, será feito o
demonstração inequívoca da intenção de realizar o tráfico interestadual; interrogatório do réu e a inquirição das testemunhas. Após, terão
a palavra o representante do Ministério Público e a defesa, por
6) Envolver ou visar atingir criança ou adolescente ou quem tenha diminuída ou 20 minutos cada um, prorrogável por mais 10 minutos.
suprimida a capacidade de entendimento e determinação;
OBS: STF entende que o interrogatório do réu é o último ato a
7) O agente financiar ou custear a prática do crime (de forma ocasional). ser feito.
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ARTIGO COM ALTERAÇÃO LEGISLATIVA!

ART. 60-A Caso as medidas assecuratórias recaiam sobre moeda estrangeira, títulos, valores mobiliários ou cheques emitidos
como ordem de pagamento, será determinada, imediatamente, a sua conversão em moeda nacional.

ARTIGO COM ALTERAÇÃO LEGISLATIVA!

A apreensão de meios de transporte e de instrumentos de qualquer natureza utilizados para a prática dos crimes
definidos nessa lei será imediatamente comunicada pela autoridade de polícia judiciária responsável pela
investigação ao juízo competente.

ART. 61 O juiz, no prazo de 30 dias contados da comunicação, determinará a alienação dos bens apreendidos, exceto as
armas.

A avaliação dos bens apreendidos será feita pelo oficial de justiça, no prazo de 5 dias; caso sejam necessários
conhecimentos especializados, por avaliador nomeado pelo juiz, em prazo não superior a 10 dias.

Bens móveis e imóveis deverão ser vendidos em hasta pública, preferencialmente por meio eletrônico, por preço não
inferior a 50% da avaliação judicial.

A autoridade de trânsito e o órgão competente para registro devem proceder à regularização do bem no prazo de
30 dias, ficando o arrematante isento do pagamento de multas, encargos e tributos superiores.

Multas, encargos ou tributos pendentes de pagamento não podem ser cobrados do arrematante ou do órgão
público alienante como condição para regularização do bem.

ARTIGO COM ALTERAÇÃO LEGISLATIVA!

ART. 63 Na sentença, o juiz decidirá sobre o perdimento do produto, bem, direito ou valor apreendido ou objeto de
medidas assecuratórias; sobre o levantamento dos valores depositados em conta remunerada e a liberação dos
bens utilizados nos termos do art. 62.

Dispõe sobre o procedimento a ser adotado em relação aos bens, direitos e valores apreendidos após a sentença.
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ARTIGO COM ALTERAÇÃO LEGISLATIVA!


ART. 63-A Nenhum pedido de restituição será conhecido sem o comparecimento pessoal do acusado.

ARTIGO COM ALTERAÇÃO LEGISLATIVA!

ART. 63-B O juiz determinará a liberação total ou parcial dos bens, direitos e objeto de medidas assecuratórias quando
comprovada a licitude de sua origem, mantendo o suficiente para reparação do dano causado e ao pagamento de
prestações pecuniárias, multas e custas.

ARTIGO COM ALTERAÇÃO LEGISLATIVA!

Compete à Senad proceder a destinação dos bens apreendidos e não leiloados em caráter cautelar, cujo perdimento
seja decretado em favor da União, por meio de alienação, mediante licitação, doação com encargo, venda direta;
ART.63-c incorporação ao patrimônio de órgãos da adm. pública; destruição ou inutilização.

A alienação por meio de licitação deve ser realizada na modalidade leilão, para bens móveis e imóveis, independentemente
do valor.

O arrematante fica livre do pagamento de encargos e tributos anteriores.

ARTIGO COM ALTERAÇÃO LEGISLATIVA!

Nas condenações por infrações às quais essa lei comine pena máxima superior a 6 anos, poderá ser decretada a
perda, como produto ou proveito do crime, dos bens correspondentes à diferença entre o valor do patrimônio do
ART.63-F condenado e aquele compatível com o seu rendimento lícito.

Devem existir elementos probatórios que indiquem conduta criminosa habitual, reiterada ou profissional do
condenado ou sua vinculação a organização criminosa.

Entende-se por patrimônio do condenado todos os bens de sua titularidade, ou sobre os quais tenha domínio e benefício
direto ou indireto, na data da infração penal, ou recebidos posteriormente; transferidos a terceiro a título gratuito ou
mediante contraprestação irrisória, a partir do início da atividade criminal.
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LEI Dasorganizaçõescriminosas- LEI 12850/ 13


- Mínimo de 4 pessoas;
A lei também se aplica a infrações penais previstas em
- Prática de infrações com penas máximas
tratado ou convenção internacional quando, iniciada a
superiores a 4 anos ou, independente da pena,
seja de caráter transnacional;
ART. 1º execução no país, o resultado tenha ou devesse ter
ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente; às
- Exige estrutura ordenada com divisão de tarefas;
organizações terroristas.
- Objetiva obter vantagem de qualquer natureza.

MAJORANTES:
Constitui crime promover, constituir, financiar ou
- Aumenta-se até a metade se houver emprego de arma
integrar, pessoalmente ou por interposta pessoa,
de fogo.
organização criminosa.
- Pena é agravada se exerce o comando, individual ou
Nas mesmas penas incorre quem impede ou, de
qualquer forma, embaraça a investigação de infração
ART. 2º coletivo da org. criminosa, ainda que não pratique atos
de execução.
- Pena é aumentada de 1/6 a 2/3 se:
penal que envolva organização criminosa.
- Há participação de criança e adolescente;
- Há concurso de funcionário público, aproveitando-se
Trata-se de delito autônomo: Independe da prática dessa condição para a prática de infração penal;
de qualquer crime por seus integrantes. - Produto ou proveito da infração penal destinar-se, no
todo ou em parte, ao exterior;
OBS: Se houver indícios suficientes de que funcionário - Se a org. criminosa mantém conexão com outras org.
público integra organização criminosa, poderá ser criminosas;
afastado do cargo, por determinação judicial, sem - As circunstâncias do fato evidenciarem a
prejuízo da remuneração. acrescentado pelo transnacionalidade da organização.
A condenação com trânsito em julgado acarretará ao ATENÇÃO! Pacote Anticrime!
funcionário público a perda do cargo e a interdição para
o exercício de função ou cargo público pelo prazo de §8º: As lideranças armadas ou que tenham armas à disposição deverão INICIAR o
8 anos subsequentes ao cumprimento da pena. cumprimento de pena em estabelecimentos penais de segurança máxima.
§9º: O condenado por crimes previstos nessa lei não poderá progredir de regime de
cumprimento de pena ou obter livramento condicional ou outros benefícios prisionais se
houver elementos probatórios que indiquem a manutenção do vínculo associativo.
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Inseridos pelo
ACORDO DE COLABORAÇÃO PREMIADA: ATENÇÃO! Pacote Anticrime!

O acordo de colaboração premiada é um negócio jurídico processual e meio de obtenção de prova,


ART.3º-A como descobrir testemunhas e documentos. Os pressupostos de utilidade e interesse públicos foram
criados com o intuito de limitar o uso da colaboração premiada pelas autoridades.

ART.3º-B ART.3º-c
O recebimento da proposta demarca o início das negociações e constitui A proposta de colaboração deve estar instruída com procuração do
também marco de confidencialidade, acarretando violação de sigilo e interessado com poderes específicos para negociar, ou firmada
quebra da confiança e da boa-fé a divulgação de tais tratativas ou de pessoalmente pelo colaborar e seu advogado ou defensor público.
documentos.
Não haverá nenhuma tratativa sem a presença de advogado
A proposta poderá ser sumariamente indeferida. constituído ou defensor público.

Caso não haja indeferimento sumário, as partes deverão firmar termo de No caso de eventual conflitos de interesses ou de colaborador
confidencialidade para prosseguimento das tratativas (obrigatoriamente), hipossuficiente (ex: deficiente mental), o celebrante deverá solicitar a
vinculando os órgãos envolvidos e impedindo o indeferimento posterior presença de outro advogado ou a participação de defensor público
sem justa causa. (objetivo de evitar nulidade ou irregularidade em relação ao acordo).

O recebimento de proposta de colaboração ou o termo de O colaborador deve narrar todos os fatos ilícitos para os quais
confidencialidade não implica a suspensão da investigação, ressalvado concorreu e que tenham relação direta com os fatos investigados.
acordo em contrário quanto à propositura de medidas processuais penais
cautelares e assecuratórias (ex: não pedir prisão preventiva do colaborador). A defesa deve instruir a proposta de colaboração com todas as
provas e os elementos de corroboração.
O acordo poderá ser precedido de instrução (investigação).

Quando o acordo não for celebrado por iniciativa do celebrante (MP ou


Delegado de Polícia), ele não poderá fazer uso de nenhuma das
informações ou provas apresentadas pelo colaborador.
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O juiz poderá, a requerimento das partes, conceder o Se a colaboração for posterior a sentença, a pena
perdão judicial, reduzir em até 2/3 a pena privativa de poderá ser reduzida até 1/2 ou admitida a progressão
liberdade ou substituí-la por pena restritiva de direitos de regime ainda que ausentes os requisitos objetivos.
do que colaborou efetiva e voluntariamente com a
investigação e com o processo criminal, desde que tenha
Inseridos pelo
como resultado:
1) A identificação dos demais coautores e partícipes;
ATENÇÃO! Pacote Anticrime!
2) Revelação da estrutura hierárquica e da divisão de
tarefas; Realizado o acordo, serão remetidos para o juiz para
3) Prevenção de infrações penais; análise, devendo o juiz ouvir sigilosamente o
4) Recuperação total ou parcial dos produtos ou colaborador, acompanhado de seu defensor,
proveitos do crime; analisando os seguintes aspectos na homologação:
5) Localização de eventual vítima com sua integridade 1) Regularidade e legalidade;
física preservada.
2) Adequação dos benefícios pactuados, sendo nulas

ART. 4º as claúsulas que violem o critério de definição do


regime inicial de cumprimento da pena, as regras de
O prazo para oferecimento da denúncia ou cada um dos regimes e os requisitos de progressão de
processo, relativo ao colaborador, poderá ser regime;
COLABORAÇÃO 3) Adequação dos resultados da colaboração aos
suspenso por até 6 meses, prorrogáveis por igual
período, suspendendo-se, também, o prazo PREMIADA: resultados mínimos exigidos;
prescricional. 4) Voluntariedade.

Inseridos pelo Inseridos pelo


ATENÇÃO! Pacote Anticrime! ATENÇÃO! Pacote Anticrime!

O Ministério Público poderá deixar de oferecer São nulas de pleno direito as previsões de renúncia ao direito de
denúncia se a proposta de acordo de colaboração impugnar a decisões homologatórias.
referir-se a infração de cuja existência não
tenha prévio conhecimento e o colaborador não O juiz pode recusar a homologação da proposta que não atenda
aos requisitos legais, devolvendo-as às partes para as adequações
for o líder da organização criminosa e for o
necessárias.
primeiro a prestar efetiva colaboração.
Em todas as fases do processo, ao réu delatado é garantido o
direito de manifestar-se após o réu delator.

Medidas cautelares reais ou pessoais, recebimento de denúncia


ou queixa-crime e sentença condenatória não serão decretadas
ou proferidas com fundamento apenas nas declarações do
colaborador.
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Ação controlada (flagrante retardado, flagrante diferido ou postergado):

É técnica especial de investigação, em que a autoridade policial ou administrativa, tendo conhecimento da prática

ART. 8º de ato ilícito em curso, adia a intervenção no crime para momento posterior, objetivando coletar mais provas,
descobrir novos envolvidos, recuperar o produto ou proveito da infração ou resgatar, com segurança, vítimas.

- Deve ser previamente comunicado ao juiz, sendo a comunicação distribuída de forma sigilosa.
AÇÃO CONTROLADA: - Até o encerramento da investigação, o acesso aos autos será restrito ao juiz, Ministério Público e Delegado de
Polícia.

INFILTRAÇÃO DE AGENTES:
O agente infiltrado, que já existia, agora pode se infiltrar de formar virtual, com o fim de investigar os crimes previstos
na Lei de Organização Criminosa e conexos, demonstrada sua necessidade e indicados o alcance das tarefas dos
policiais, os nomes ou apelidos dos investigados e, quando possível, os dados de conexão ou cadastrais.
ART. 10-A Será admitida se houver indícios de infração penal e se as provas não puderem ser produzidas de outra forma
(medida extrema).
A infiltração será autorizada pelo prazo de 6 meses, podendo ser renovada, desde que não exceda 720 dias e seja
Inseridos pelo comprovada sua necessidade.
ATENÇÃO! Pacote Anticrime!

ART. 10-b ART. 10-D


As informações da operação serão encaminhadas diretamente ao Concluída a investigação, todos os atos eletrônicos praticados
juiz responsável pela autorização, que deve zelar pelo seu sigilo. deverão ser registrados, gravados, armazenados e encaminhados
Até que seja concluída a investigação, o acesso aos autos será ao juiz e ao Ministério Público, juntamente com o relatório
reservado ao juiz, Ministério Público e Delegado. circunstanciado.

ART.10-c ART.11
O requerimento ou representação para a infiltração de agentes conterão
Não comete crime o policial que oculta a sua identidade para, por
a demonstração de necessidade da medida, o alcance das tarefas
meio da internet, colher indícios de autoria e materialidade.
dos agentes e, quando possível, os nomes ou apelidos das
Porém, caso deixe de observar a estrita legalidade da operação,
pessoas investigadas e o local da infração.
responderá pelos excessos.
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LEI Detortura- LEI 9455/ 94


Nas mesmas penas incorre quem submete pessoa presa ou
sujeita a medida de segurança a sofrimento físico ou mental,
Tortura é equiparado a crime hediondo.
por intermédio da prática de ato não previsto em lei ou não
resultante de medida legal.
Constitui crime de tortura constranger alguém com OBS: Não se considera como tortura as dores ou sofrimentos que
emprego de violência ou grave ameaça, causando sejam consequência unicamente de sanções legítimas, ou que
sofrimento físico ou mental: sejam inerentes a tais sanções ou dela decorram.
- com o fim de obter informação, declaração ou
confissão da vítima ou de terceira pessoa (tortura
confissão, probatória, persecutória);
Também é punido aquele que:
- para provocar ação ou omissão de natureza
- Omissão imprópria: se omite em face dessas condutas
criminosa (tortura crime);
quando tinha o dever de evitá-las. Ex: mãe que tem ciência que
- em razão de discriminação racial ou religiosa (tortura
o padrasto agride o seu filho e nada faz para cessar a conduta.
discriminatória/racismo).
- Omissão própria: se omite em face dessas condutas quando
OBS: Atenção! Discriminação sexual ou política não são
abrangidas.
- submeter alguém, sob sua guarda, poder ou
ART. 1º tinha o dever de apurá-las. Ex: Delegado de Polícia sabe que
um dos seus agentes pratica atos de tortura e não toma
nenhuma providência.
autoridade, com emprego de violência ou grave
ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como
forma de aplicar castigo pessoal ou medida de
caráter preventivo (tortura castigo, punitiva, vingativa,
intimidatória). QUALIFICADORAS:
OBS: Somente pode ser sujeito ativo do crime de
tortura-castigo aquele que tiver outra pessoa sob sua Se resulta lesão corporal de natureza grave
guarda, poder ou autoridade (crime próprio). ou gravíssima; se resulta morte.

MAJORANTES:

É crime inafiançável e insuscetível de Aumenta-se a pena de 1/6 a 2/3 se o crime é cometido:


graça ou anistia. - Por agente público;
- Contra criança, gestante portador de deficiência,
adolescente ou maior de 60 anos;
- Mediante sequestro.
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LEI mariadapenha- LEI 11340/ 06


Configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe
cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial:
- No âmbito da unidade doméstica: espaço de convívio permanente de pessoas, com ou sem vínculo familiar,
ART. 5º inclusive as esporadicamente agregadas;
- No âmbito da família: comunidade formada por indivíduos que são ou se consideram parentes, unidos por laços
naturais, por afinidade ou por vontade expressa;
- Em qualquer relação íntima de afeto: agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida, independente de
coabitação.

ART. 9º OBS: As relações pessoas independem de orientação sexual.

A assistência à mulher em situação de violência doméstica e familiar será prestada de forma articulada.
O juiz determinará, por prazo certo, a inclusão da mulher em situação de violência doméstica e familiar no cadastro de programas assistenciais.

O juiz assegurará, para preservar integridade física e psicológica da mulher em situação de violência doméstica e familiar, acesso prioritário à
remoção quando servidora pública; manutenção do vínculo trabalhista, quando necessário o afastamento, por até 6 meses; encaminhamento
à assistência judiciária, inclusive para eventual ajuizamento da ação de separação judicial, de divórcio, anulação de casamento ou dissolução de
união estável (INCLUÍDO POR ALTERAÇÃO LEGISLATIVA).

Aquele que, por ação ou omissão, causar lesão, violência física, sexual ou psicológica e dano moral ou patrimonial a mulher fica obrigado a
ressarcir todos os danos causados, inclusive ressarcir ao SUS os custos relativos aos serviços de sáude prestado para o tratamento das vítimas
(INCLUÍDO POR ALTERAÇÃO LEGISLATIVA).
Os dispostivos de segurança destinados ao monitoramento de vítimas de violência doméstica e familiar amparadas por medidas protetivas
terão seus custos ressarcidos pelo agressor (INCLUÍDO POR ALTERAÇÃO LEGISLATIVA).
O ressarcimento não poderá importar ônus de qualquer natureza ao patrimônio da mulher e dos seus dependentes, nem configurar
atenuante ou ensejar possibilidade de substituição da pena aplicada (INCLUÍDO POR ALTERAÇÃO LEGISLATIVA).

A mulher em situação de violência doméstica e familiar tem prioridade para matricular seus dependentes em instituição de educação básica
mais próxima do seu domicílio (INCLUÍDO POR ALTERAÇÃO LEGISLATIVA).

Serão sigiliosos os dados da ofendida e de seus dependentes ou matriculados ou transferidos, e o acesso a tais informações será reservado
ao juiz, Ministério Público e aos órgãos competentes do Poder Público (INCLUÍDO POR ALTERAÇÃO LEGISLATIVA).
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No atendimento à mulher em situação de violência doméstica e familiar, a autoridade policial deverá:


- Garantir proteção policial, quando necessário, comunicando de imediato ao Ministério Público e ao Poder
Judiciário;
ART. 11 - Encaminhar a ofendida ao hospital ou posto de saúde e ao IML;
- Fornecer transporte para a ofendida e seus dependentes para abrigo ou local seguro, quando houver risco
de vida;
- Se necessário, acompanhar a ofendida para assegurar a retirada dos seus pertences do local da
ocorrência ou do domicílio familiar;
- Informar à ofendida os direitos a ela conferidos e os serviços disponíveis, inclusive os de assistência
judiciária (INCISO COM ALTERAÇÃO LEGISLATIVA!).

MEDIDA PROTETIVA DE URGÊNCIA:


Verificada a existência de risco atual ou iminente à vida ou à integridade física, o agressor será imediatamente
afastado do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida:
ART.12-C - Pela autoridade judicial;
- Pelo Delegado de Polícia quando o município não for sede de comarca;
- Pelo policial, quando o município não for sede de comarca e não houver delegado disponível no momento
ARTIGO INCLUÍDO POR da denúncia.
ALTERAÇÃO LEGISLATIVA!
Em caso de afastamento pelo Delegado ou por policial, o juiz será comunicado no prazo máximo de 24h e decidirá,
em igual prazo, sobre a manutenção ou revogação da medida aplicada, devendo dar ciência ao Ministério Público.

Em casos de risco à integridade física da ofendida ou à efetividade da medida protetiva de urgência, não será
concedida liberdade provisória a preso.

ART. 14-a A ofendida tem a opção de propor ação de divórcio ou dissolução de união estável no Juizado de Violência
Doméstica e Familiar contra a Mulher.
É excluída de tal Juizado a competência para partilha de bens.
ARTIGO INCLUÍDO POR Quando a situação de violência doméstica e familiar iniciar após o ajuizamento da ação de divórcio ou dissolução de
ALTERAÇÃO LEGISLATIVA! união estável, a ação terá preferência no juízo onde estiver.
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Nas ações penais públicas condicionadas a representação da ofendida, só será aceita a renúncia a
representação perante o juiz, em audiência especial designada para esse fim, antes do recebimento da
ART. 16 denúncia e ouvido o Ministério Público.
ATENÇÃO! No CPP: representação é irretratável depois de oferecida a denúncia. Na Lei Maria da Penha:
somente será admitida a renúncia à representação perante o juiz antes do recebimento da denúncia.

Em relação ao pedido de medidas protetivas de urgência, caberá ao juiz, no prazo de 48h:


- Conhecer do pedido e decidir sobre as medidas protetivas de urgência;

ART. 18 - Determinar o encaminhamento da ofendida ao órgão de assistência judiciária, quando for o caso
(INCISO COM ALTERAÇÃO LEGISLATIVA);
- Comunicar ao Ministério Público para que adote as providência cabíveis;
- Determinar a apreensão imediata de arma de fogo sob a posse do agressor (INCISO INCLUÍDO POR
ALTERAÇÃO LEGISLATIVA).

ART. 20 Em qualquer fase do inquérito policial ou da instrução criminal, caberá a prisão preventiva do agressor,
podendo ser decretada de ofício pelo juiz, a requerimento do Ministério Público ou mediante
representação de autoridade policial.

A ofendida deverá ser notificada de todos os atos processuais relativos ao agressor, especialmente os de
ART. 21 ingresso e saída da prisão.
A ofendida não poderá entregar intimação ou notificação ao agressor.
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Constatada a prática de violência doméstica e familiar, o juiz poderá aplicar, de imediato, ao agressor, as seguintes
MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA entre outras:
- Suspensão da posse ou restrição do porte de armas;
- Afastamento do lar, domílio ou local de convivência com a ofendida;
- Proibição de determinadas condutas, dentre elas: aproximação da ofendida, de seus familiares ou de
ART. 22 testemunhas, fixando uma distância mínima; contato com a ofendida, seus familiares e testemunhas por
qualquer meio de comunicação; frequentação de determinados lugares a fim de preservar a integridade física e
psicológica da ofendida;
- Restrição ou suspensão de visitas aos dependentes menores;
- Prestação de alimentos provisionais ou provisórios;
- Comparecimento do agressor a programas de recuperação e reeducação (INCLUÍDO POR ALTERAÇÃO
LEGISLATIVA);
- Acompanhamento psicossocial do agressor (INCLUÍDO POR ALTERAÇÃO LEGISLATIVA).

Para garantir a efetividade das medidas protetivas de urgência, poderá o juiz requisitir, a qualquer momento, força
policial.

Em relação as medidas protetivas de urgência, o juiz poderá, sem prejuízo de outras medidas:
- Encaminhar a ofendida e seus dependentes a programa oficial ou comunitário de proteção ou de atendimento;
- Determinar a recondução da ofendida e a de seus dependentes ao respectivo domicílio, após afastamento do
ART. 23 agressor;
- Determinar o afastamento da ofendida do lar;
- Determinar a separação de corpos;
- Determinar a matrícula dos dependentes da ofendida em instituição de educação básica mais próxima do seu
domícilio, ou a transferência deles para essa instituição, independente da existência de vaga (INCLUÍDO POR
ALTERAÇÃO LEGISLATIVA).

ARTIGO INCLUÍDO POR ALTERAÇÃO LEGISLATIVA! ART.41


ART. 38-A O juiz deverá providenciar o registro da medida protetiva de
urgência em bancos de dados, garantido o acesso do Aos crimes praticados com violência doméstica e
Ministério Público, Defensoria Pública e dos órgãos de familiar, independente da pena, NÃO se aplica a Lei
segurança e assistência social. 9.099/95 (Lei dos Juizados Especiais).

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