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Essa Lei entrou em vigor de forma imediata – art. 24.
7) Hipóteses não configuradoras de improbidade administrativa
- Art. 1º, § 8º da LIA: Não configura improbidade a ação ou omissão
decorrente de divergência interpretativa da lei, baseada em
jurisprudência, ainda que não pacificada, mesmo que não venha a ser
posteriormente prevalecente nas decisões dos órgãos de controle ou dos
tribunais do Poder Judiciário.
- Art. 11, § 5º da LIA: Não se configurará improbidade a mera nomeação
ou indicação política por parte dos detentores de mandatos eletivos,
sendo necessária a aferição de dolo com finalidade ilícita por parte do
agente.
- Art. 23-C da LIA: Atos que ensejem enriquecimento ilícito, perda
patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação de
recursos públicos dos partidos políticos, ou de suas fundações, serão
responsabilizados nos termos da Lei nº 9.096, de 19 de setembro de
1995. – Lei orgânica dos Partidos Políticos.
8) Ação
- Modalidade: Apenas a ação de improbidade administrativa (art. 17-D).
- Características: a) Tem natureza repressiva, não cabe de forma
preventiva; b) Tem natureza sancionatória, pois tem o objetivo de
aplicar sanções aos responsáveis que praticaram atos de improbidade;
c) Não constitui ação civil.
- Objetivo a ser alcançado: Aplicação de sanções de caráter pessoal.
- Conversão (art. 17, § 6º): O magistrado pode, ao perceber que não há
indícios de improbidade, converter a ação de improbidade proposta em
uma ação civil pública.
- Rito (art. 17, caput): Rito comum previsto no CPC, salvo algumas
diferenças previstas em específico na Lei.
- Petição Inicial (art. 17, § 6º): Deve individualizar a conduta do agente,
deve se estabelecer os elementos probatórios mínimos. Ainda, a inicial
deve comprovar indícios suficientes de veracidade dos fatos e do dolo
imputado.
- Acordo (art. 17, § 10): No curso do processo é possível a celebração de
acordo entre as partes, que pode levar a um pedido de suspensão do
processo por 90 dias, não se confundindo com o acordo de não
persecução civil.
- O juiz pode promover o desmembramento do litisconsórcio passivo,
para privilegiar a individualização da pena.
- O juiz não pode condenar em dispositivo diferente do indicado na
inicial (ex. se a inicial fala em improbidade do art. 9º, o juiz não pode
condenar no art. 10).
- Art. 17, § 10-D: Para cada ato de improbidade, deve corresponder
obrigatoriamente a apenas um tipo.
- Situações que não se aplicam em matéria de improbidade (art. 17, §
19): a) presunção de veracidade dos fatos, mesmo em caso de revelia; b)
ônus da prova para o réu, o autor deve demonstrar os fatos que
subsidiam o pedido de condenação; c) Mais de uma ação de
improbidade sobre o mesmo fato d) reexame necessário.
- Partes:
a) Sujeito ativo (art. 17, caput): Exclusiva do Ministério Público.
No entanto há polêmica, porque o art. 129, § 1º da CF trata de
legitimidade concorrente, logo qualquer alteração nesse sentido
deveria vir por Emenda à Constituição (ADI’s nº 7042 e 7043).
b) Sujeito passivo (art. 2º e 3º): Agentes públicos e particulares
que contribuíram para que o ato ocorresse ou dele se tenha
beneficiado.
- OBS 1: O particular sozinho não responde por
improbidade, uma vez que a desonestidade é
administrativa, tem que ter um agente público junto.