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RESUMO
Direito Administrativo
Improbidade Administrativa
Considerações iniciais: conceitos e alteração legislativa
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As disposições da lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo
agente público, induza ou concorra dolosamente para a prática do ato de improbidade.
As pessoas física e jurídica podem ser sancionadas pela prática de ato de improbidade
administrativa.
TERCEIRO é a pessoa física ou jurídica que, mesmo não sendo agente público, induziu
ou concorreu dolosamente para a prática do ato de improbidade.
Desse modo, o papel do terceiro no ato de improbidade pode ser o de:
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Competência e procedimento
CUIDADO: O art. 21, §4°, da Lei está SUPENSO por decisão liminar em controle de
constitucionalidade pelo STF: ADI 7236, Liminar proferida em 27/12/2022:
§ 4º A absolvição criminal em ação que discuta os mesmos fatos, confirmada por decisão
colegiada, impede o trâmite da ação da qual trata esta Lei, havendo comunicação com todos os
fundamentos de absolvição previstos no art. 386 do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de
1941 (Código de Processo Penal). (SUSPENSO)
Para o relator da ADI 7236, a independência de instâncias exige tratamentos sancionatórios
diferenciados entre os ilícitos em geral (civis, penais e político-administrativos) e os atos de
improbidade administrativa.
Recursos
Contra decisão que não receba a petição inicial da ação de improbidade cabe
APELAÇÃO para o autor (Informativo 574).
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A Lei n.º 14.230/2021 revogou a seção que tratava dos atos de improbidade
administrativa decorrentes da concessão ou aplicação indevida de benefício financeiro
ou tributário.
Obs.: Apesar de ter sido revogado, permanece sendo ato de improbidade
administrativa, mas na modalidade “que causa prejuízo ao erário”.
De acordo com a LIA, é conduta que gera enriquecimento ilícito utilizar, em obra
ou serviço particular, qualquer bem móvel, de propriedade ou à disposição de
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qualquer das entidades referidas no art. 1º da Lei, bem como o trabalho de servidores,
de empregados ou de terceiros contratados por essas entidades. (cuidado para não
confundir: isso não é hipótese de peculato)
Ato que causa prejuízo ao erário Ato que atenta contra princípio
Frustrar a licitude de processo licitatório ou de Frustrar, em ofensa à imparcialidade, o caráter
processo seletivo para celebração de concorrencial de concurso público, de
parcerias com entidades sem fins lucrativos, chamamento ou de procedimento licitatório, com
ou dispensá-los indevidamente, acarretando vistas à obtenção de benefício próprio, direto ou
perda patrimonial efetiva; (Redação dada indireto, ou de terceiros; (Redação dada pela Lei
pela Lei nº 14.230/2021) nº 14.230/2021)
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Ato que gera enriquecimento ilícito Ato que causa prejuízo ao erário
Utilizar, em obra ou serviço particular, Permitir que se utilize, em obra ou serviço
qualquer bem móvel, de propriedade ou particular, veículos, máquinas,
à disposição de qualquer das entidades equipamentos ou material de qualquer
referidas no art. 1º desta Lei, bem como natureza, de propriedade ou à disposição
o trabalho de servidores, de empregados de qualquer das entidades mencionadas
ou de terceiros contratados por essas no art. 1° desta lei, bem como o trabalho
entidades; de servidor público, empregados ou
terceiros contratados por essas
entidades.
PRÓPRIO DE OUTREM
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segredo, obtida no âmbito interno de seu serviço, tal conduta configura ato
improbidade que atenta contra os princípios da Administração pública.
Deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo, desde que disponha
das condições para isso, com vistas a ocultar irregularidades. (Redação dada pela Lei nº
14.230/2021)
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Responsabilidade Sucessória
Foi incluído o art. 8º-A para ampliar a responsabilidade sucessória das pessoas jurídicas.
Haverá responsabilidade também na hipótese de “alteração contratual, de
transformação, de incorporação, de fusão ou de cisão societária”. Nestes casos, “a
responsabilidade da sucessora será restrita à obrigação de reparação integral do dano
causado, até o limite do patrimônio transferido, não lhe sendo aplicáveis as demais
sanções previstas na lei decorrentes de atos e de fatos ocorridos ANTES da data da fusão
ou da incorporação, exceto no caso de simulação ou de evidente intuito de fraude,
devidamente comprovados”.
Notificação/Designação
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Medidas assecuratórias/Preventivas
Vejamos como uma hipótese de medida assecuratória foi cobrada em prova:
Sanções
Independentemente do ressarcimento integral do dano patrimonial, se efetivo, e
das sanções penais comuns e de responsabilidade, civis e administrativas previstas na
legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes
cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a
gravidade do fato. (art. 12)
CONTRA OS PRINCÍPIOS DA
ENRIQUECIMENTO ILÍCITO LESÃO/PREJUÍZO AO ERÁRIO
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
-Perda dos bens ou valores -Perda dos bens ou valores - Pagamento de multa civil de
acrescidos ilicitamente ao acrescidos ilicitamente ao até 24x o valor da
patrimônio, patrimônio, se concorrer esta remuneração percebida pelo
circunstância, agente e
- Perda da função pública,
suspensão dos direitos - Perda da função pública, - Proibição de contratar com o
políticos até 14 anos, suspensão dos direitos poder público ou de receber
pagamento de multa civil políticos até 12 anos, benefícios ou incentivos fiscais
equivalente ao valor do pagamento de multa civil ou creditícios, direta ou
acréscimo patrimonial e equivalente ao valor do dano indiretamente, ainda que por
e intermédio de pessoa jurídica
-Proibição de contratar com o da qual seja sócio majoritário,
poder público ou de receber - Proibição de contratar com pelo prazo não superior a 4
benefícios ou incentivos o poder público ou de receber anos.
fiscais ou creditícios, direta benefícios ou incentivos
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CUIDADO: A Lei prevê que “Para efeitos de contagem do prazo da sanção de suspensão dos
direitos políticos, computar-se-á retroativamente o intervalo de tempo entre a decisão
colegiada e o trânsito em julgado da sentença condenatória” (art. 12, §10), porém, o STF
SUSPENDEU a eficácia dessa previsão (ADI 7236, Liminar proferida em 27/12/2022). Ou seja,
entende atualmente o STF que a contagem será a partir do trânsito em julgado, não
computando o tempo entre a decisão colegiada e o trânsito em julgado.
CF, Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se
dará nos casos de:
V – improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.
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ATENÇÃO: Art. 17-B°, §3° da Lei está SUPENSO por decisão liminar em controle de
constitucionalidade pelo STF: ADI 7236, Liminar proferida em 27/12/2022:
Art. 17-B (ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO CÍVEL) [...] § 3º Para fins de apuração do valor do dano
a ser ressarcido, deverá ser realizada a oitiva do Tribunal de Contas competente, que se
manifestará, com indicação dos parâmetros utilizados, no prazo de 90 (noventa) dias.
(SUSPENSO)
A Lei exige a manifestação do Tribunal de Contas competente, no prazo de 90 dias, para o cálculo
do ressarcimento em caso de acordo de não persecução cível com o Ministério Público. Para o
relator da ADI 7236, entre outros pontos, a medida condiciona o exercício da atividade-fim do
Ministério Público à atuação da Corte de Contas, em possível interferência na autonomia
funcional do MP, por isso foi suspenso.
ATENÇÃO: O que acontece se a decisão pela perda da função transitar em julgado e o agente
público ocupar cargo diferente daquele que ocupava no momento da prática do ato ímprobo?
Art. 12, §1° da Lei está SUPENSO por decisão liminar em controle de constitucionalidade pelo
STF: ADI 7236, Liminar proferida em 27/12/2022:
Art. 12, § 1º A sanção de perda da função pública, nas hipóteses dos incisos I e II do caput deste
artigo, atinge apenas o vínculo de mesma qualidade e natureza que o agente público ou
político detinha com o poder público na época do cometimento da infração, podendo o
magistrado, na hipótese do inciso I do caput deste artigo, e em caráter excepcional, estendê-la
aos demais vínculos, consideradas as circunstâncias do caso e a gravidade da infração.
(SUSPENSO)
Entendeu o relator da ADI 7236 que a defesa da probidade administrativa impõe a perda da
função pública independentemente do cargo ocupado no momento da condenação. Além
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disso, ele considerou que a medida pode eximir determinados agentes da sanção por meio da
troca de função ou no caso de demora no julgamento da causa.
Prazos
Art. 23. A ação para a aplicação das sanções previstas nesta Lei prescreve em 8
(oito) anos, contados a partir da ocorrência do fato ou, no caso de infrações
permanentes, do dia em que cessou a permanência.
Prescrição Intercorrente
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Dolo
Entendimento Jurisprudencial
Por força do art. 5º, XXXVI, da CF/88, a revogação da modalidade culposa do ato
de improbidade administrativa, promovida pela Lei 14.230/2021, é irretroativa, de
modo que os seus efeitos não têm incidência em relação à eficácia da coisa julgada, nem
durante o processo de execução das penas e seus incidentes.
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Art. 1°, §8° da Lei está SUPENSO por decisão liminar em controle de constitucionalidade pelo
STF: ADI 7236, Liminar proferida em 27/12/2022:
Art. 1°, §8° Não configura improbidade a ação ou omissão decorrente de divergência
interpretativa da lei, baseada em jurisprudência, ainda que não pacificada, mesmo que não
venha a ser posteriormente prevalecente nas decisões dos órgãos de controle ou dos tribunais
do Poder Judiciário. (SUSPENSO)
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O STF fixou a seguinte tese para fins de repercussão geral: São imprescritíveis as
ações de ressarcimento ao erário fundadas na prática de ato doloso tipificado na Lei
de Improbidade Administrativa (O Tribunal fez uma “exigência” a mais que não está
explícita no art. 37, § 5º da CF/88. O Supremo afirmou que somente são imprescritíveis
as ações de ressarcimento envolvendo atos de improbidade administrativa praticados
DOLOSAMENTE.)
Entendimento STJ: ESTAGIÁRIO que atua no serviço público também está sujeito
à responsabilização da LIA.
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ATENÇÃO: Art. 23-C. Atos que ensejem enriquecimento ilícito, perda patrimonial, desvio,
apropriação, malbaratamento ou dilapidação de recursos públicos dos partidos políticos, ou de
suas fundações, serão responsabilizados nos termos da Lei nº 9.096, de 19 de setembro de 1995
(Lei dos Partidos Políticos).
Em decisão liminar (proferida em 27/12/2022) em controle de constitucionalidade, na ADI 7236,
o STF deu interpretação conforme para o art. 23-C, entendendo que os atos descritos no art.
poderão ser responsabilizados nos termos da Lei 9.096/1995, mas sem prejuízo da incidência
da Lei de Improbidade Administrativa.
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