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Ana Rita Mateus de Amaral

Licenciatura em Gestão de Recursos Humanos


3º Ano – Pôs – Laboral
Enquadramento Legal das Remunerações Unidade VII

Universidade Licungo
Quelimane
2020

Ana Rita Mateus de Amaral


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1. Introdução.......................................................................................................................3

2. Objectivos.......................................................................................................................4

2.1. Objectivo geral............................................................................................................4

2.2. Objectivos específicos.................................................................................................4

3. Enquadramento Legal das remunerações........................................................................5

3.1. Estrutura do enquadramento legal das remunerações no Decreto 54/2009, de 8 de


Setembro................................................................................................................................5

3.2. Qualificadores profissionais........................................................................................5

3.3. Criação, reestruturação ou extinção das remunerações...............................................6

4. Trabalho em Regime de Turnos......................................................................................8

4.1. Seguro colectivo de acidentes de trabalho e doenças profissionais............................8

5. Folha de salários.............................................................................................................9

6. Conclusão......................................................................................................................10

7. Bibliografia...................................................................................................................11

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1. Introdução

O presente trabalho de DSR tem como tema enquadramento legal das remunerações na
unidade VII, Segundo o n.º 3 do artigo 7 do Decreto n.º 54/2009 de 8 de Setembro, a
descrição do conteúdo de trabalho não pode, em caso algum, prejudicar a atribuição aos
funcionários de tarefas de complexidade e responsabilidade equiparáveis, não
expressamente mencionadas. De acordo com o n.º 4 do artigo 7 do Decreto n.º 54/2009 de
8 de Setembro, os qualificadores profissionais são aprovados pela Comissão
Interministerial da Função Pública, ouvido o Órgão Director Central do Sistema Nacional
de Gestão de Recursos Humanos.

O empregador deve, assim, possuir um seguro colectivo para a cobertura de eventuais


acidentes de trabalho e doenças profissionais que abranja os respectivos trabalhadores
desde a data da sua admissão ao trabalho (artigo 7, n.º 3 do RJATDP).

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2. Objectivos
2.1. Objectivo geral
 Estudar o enquadramento legal das remunerações na unidade VIII.

2.2. Objectivos específicos


 Identificar as remunerações na unidade VII luz decreto 54/2009 de 8 de Setembro;
 Descrever a Estrutura do enquadramento legal das remunerações no Decreto
54/2009, de 8 de Setembro;
 Explicar O Sistema de Remuneração aprovado pelo Decreto n.º 18/2014, de 7 de
Maio.

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3. Enquadramento Legal das remunerações

Atendendo não só à importância do Sistema de enquadramento legal das remunerações, no


contexto do funcionamento da economia e na disponibilização, aos cidadãos, de um
conjunto importante de bens e serviços essenciais, mas igualmente às especificidades de
transparência, rigor e respeito pelas regras da concorrência associadas à participação
pública no capital, o SEE possui um enquadramento legal próprio, integrado no Decreto-
Lei nº 54/2009, de 8 de Setembro, que aprova o novo regime jurídico do sector público
empresarial

As empresas públicas regem-se pelo direito privado – Código das Sociedades Comerciais
- com as especificidades decorrentes do mencionado decreto-lei, dos diplomas que
procedam à sua criação ou constituição e dos respectivos estatutos.

3.1. Estrutura do enquadramento legal das remunerações no Decreto


54/2009, de 8 de Setembro.
a) Verticais, quando integram classes ou categorias com o mesmo conteúdo funcional,
diferenciadas em exigências, complexidades e responsabilidade. Neste caso, a
evolução do funcionário é feita por promoção. Este sistema não é normalmente
utilizado em Moçambique.
b) Horizontais, quando integram actividades profissionais com o mesmo conteúdo
funcional cuja evolução se faz por progressão ao longo do tempo. A progressão
deveria corresponder à maior eficiência na execução das respectivas tarefas pela
experiência do funcionário. É de classe única.
c) Mistas, quando combinam as características das verticais e horizontais. Neste caso
a evolução do funcionário pode ser através de promoção ou progressão.

O aparelho do Estado em Moçambique, são utilizadas apenas as remunerações mistas e


horizontais elas constam do Anexo II ao Decreto 54/2009 de 8 de Setembro.

3.2. Qualificadores profissionais

Para o n.º 1 do artigo 7 do Decreto n.º 54/2009 de 8 de Setembro, os qualificadores


profissionais contêm a descrição generalizada do conteúdo de trabalho correspondente a
cada carreira e os requisitos habilitacionais e profissionais para ingresso e promoção na
respectiva carreira. De acordo com o n.º 2 do artigo 7 do Decreto n.º 54/2009 de 8 de

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Setembro, as carreiras de regime especial diferenciadas o qualificador é elaborado por
categoria.

Segundo o n.º 3 do artigo 7 do Decreto n.º 54/2009 de 8 de Setembro, a descrição do


conteúdo de trabalho não pode, em caso algum, prejudicar a atribuição aos funcionários de
tarefas de complexidade e responsabilidade equiparáveis, não expressamente mencionadas.

De acordo com o n.º 4 do artigo 7 do Decreto n.º 54/2009 de 8 de Setembro, os


qualificadores profissionais são aprovados pela Comissão Interministerial da Função
Pública, ouvido o Órgão Director Central do Sistema Nacional de Gestão de Recursos
Humanos.

Em suma, os qualificadores servem de guiões para avaliar se os funcionários possuem


requisitos para mudarem as remunerações.

3.3. Criação, reestruturação ou extinção das remunerações

De acordo com n.º 1 do artigo 8 do Decreto n.º 54/2009 de 8 de Setembro, a criação,


reestruturação ou extinção de carreiras profissionais é da competência da Comissão
Interministerial da Função Pública, sob proposta fundamentada do organismo interessado,
ouvido o Órgão Director Central do Sistema Nacional de Gestão de Recursos Humanos.

Para o n.º 2 do artigo 8 do Decreto n.º 54/2009 de 8 de Setembro, no caso de criação ou


reestruturação das remunerações, a proposta deve ser acompanhada dos respectivos
qualificadores. Assim, para a criação, reestruturação ou extinção das remunerações na
função púbica, deve-se elaborar um documento de modo a apresentar os qualificadores da
carreira dos funcionários ao Director Central do Sistema Nacional de Gestão de Recursos
Humanos.

Ingresso De acordo com o n.º 1 do artigo 9 do Decreto n.º 54/2009 de 8 de Setembro, o


ingresso no aparelho do Estado faz-se, em regra, por concurso. Segundo o n.º 2 do artigo 9
do Decreto n.º 54/2009 de 8 de Setembro, o ingresso faz-se, em regra, na classe E
(estagiário) nas remunerações mistas e horizontais. Para o n.º 3 do artigo 9 do Decreto n.º
54/2009 de 8 de Setembro, as remunerações de regime especial diferenciadas, o ingresso
faz-se na categoria mais baixa da carreira. Assim, o concurso público anunciado pela
instituição, constitui o primeiro passo para o ingresso na construção da carreira profissional

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Promoção De acordo com o n.º 1 do artigo 10 do Decreto n.º 54/2009 de 8 de Setembro, a
promoção é a mudança para a classe ou categoria seguinte da respectiva carreira e opera-se
para escalão a que corresponda vencimento imediatamente superior. Para o n.º 2 do artigo
10 do Decreto n.º 54/2009 de 8 de Setembro, a promoção depende da verificação
cumulativa dos seguintes requisitos:

 Tempo mínimo de 3 anos completos de serviço efectivo na classe ou categoria em


que está enquadrado;
 Média da avaliação de desempenho não inferior a regular, nos últimos 3 anos, na
classe ou categoria;
 Aprovação em concurso de acordo com o qualificador da respectiva carreira;
 Existência de disponibilidade orçamental. Segundo o n.º 3 do artigo 10 do Decreto
n.º 54/2009 de 8 de Setembro.

No quadro das reformas para mudar o cenário e melhorar o ambiente institucional


relacionado com os recursos humanos, introduziram-se reformas na Função Pública. São
alguns exemplos o Decreto n.º 18/2014, de 7 de Maio que aprova o Estatuto Geral dos
Funcionários do Estado; o Decreto n.º 40/92, de 25 de Novembro que institui o Sistema
Nacional de Gestão de Recursos Humanos (SNGRH); o Decreto n.º 55/94, de 9 de
Novembro, que cria o Sistema de Formação em Administração Pública (SIFAP); o Decreto
n.º 64/98, de 3 de Dezembro que aprova o Sistema de Carreiras e Remuneração, etc.
Entretanto, isto não significa a eliminação dos problemas da Administração Pública,
havendo, por isso que se proceder a actualização e adaptação destes instrumentos aos
novos contextos.

O Sistema de Remuneração, foi aprovado pelo Decreto n.º 18/2014, de 7 de Maio, e define
carreira como um conjunto hierarquizado de classes ou categorias de idêntico nível de
conhecimentos e complexidade a que os funcionários têm acesso de acordo com o tempo
de serviço e o mérito profissional. As carreiras organizam-se em classes ou categorias.

Classe ou categoria, é a posição que o funcionário ocupa na carreira, de acordo com o seu
desenvolvimento profissional. A nomeação do funcionário faz-se para determinada carreira
(ou categoria no caso das carreiras de regime especial diferenciado) passando a sua
ocupação profissional a ser atribuída internamente, pelo respectivo sector. Neste sentido
tanto os qualificadores profissionais como os quadros de pessoal passam a ser elaborados
por carreiras.

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4. Trabalho em Regime de Turnos

Nas situações em que o período de funcionamento da empresa ultrapasse o período normal


de trabalho diário, os horários de trabalho que ocupam o mesmo posto de trabalho podem
ser articulados de modo a que o final do período de trabalho de um trabalhador coincida
com o início do período de trabalho de outro, através do trabalho em regime de turnos. Os
turnos podem ser fixos (em que os trabalhadores praticam sempre os mesmos horários de
trabalho, com ou sem sobreposição, correspondentes ao período de funcionamento da
empresa ou estabelecimento) ou rotativos (que implicam a prestação de trabalho em
horários diferentes, com rotação periódica de uns para outros trabalhadores). É esta última
realidade a tutelada pelo presente preceito da lei do trabalho.

Nas empresas de laboração contínua, ou sempre que o período de funcionamento


ultrapasse os limites máximos dos períodos normais de trabalho, as entidades
empregadoras devem, organizar turnos de pessoal diferentes (n.°1).

O trabalho por turnos é, nos termos da lei, uma forma de organização do trabalho em que,
por necessidade do regular e normal funcionamento da empresa ou estabelecimento, há
lugar à prestação de trabalho em pelo menos dois períodos diários e sucessivos, sendo cada
um de duração não inferior à duração média diária do trabalho e em que os trabalhadores
ocupam sucessiva e rotativamente os mesmos postos de trabalho em períodos regulares de
trabalho (n.º 2).

4.1. Seguro colectivo de acidentes de trabalho e doenças profissionais

O artigo 231 da lei n.º 23/2007, de 09 de Agosto, bem como o artigo 7 do RJATDPA,
estipulam a obrigatoriedade da existência de um seguro privado, celebrado pela entidade
empregadora (tomador do seguro) a favor dos seus trabalhadores, mediante o qual o
empregador transfere a responsabilidade pelos danos decorrentes de acidentes de trabalho
ou doenças profissionais para uma companhia de seguros legalmente autorizada na
República de Moçambique.

O empregador deve, assim, possuir um seguro colectivo para a cobertura de eventuais


acidentes de trabalho e doenças profissionais que abranja os respectivos trabalhadores
desde a data da sua admissão ao trabalho (artigo 7, n.º 3 do RJATDP).

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5. Folha de salários

No Art. 113 da lei n. º 23/2007, verifica-se que a folha de salários, os comprovativos de


pagamento de remuneração, a forma, o lugar, tempo e o modo de como são pagas as
remunerações;

Verificar a folha de salário em simultâneo com a declaração de remunerações do INSS, a


folha de relação nominal, com vista a ferir se os salários constantes da folha são os
mesmos com os declarados na folha de remunerações do INSS, caso a empresa não tenha a
folha de salários, recorre-se aos salários da Relação Nominal.

Verificar se o empregador possui um registo do trabalho excepcional, onde, antes do início


da prestação de trabalho e após o seu termo, faz as respectivas anotações, além da
indicação expressa do fundamento da prestação de trabalho excepcional, devendo ser
visado pelo trabalhador que o prestou.

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6. Conclusão

Em jeito de conclusão sobre o trabalho a cima desenvolvido, conclui que as empresas


públicas regem-se pelo direito privado – Código das Sociedades Comerciais - com as
especificidades decorrentes do mencionado decreto-lei, dos diplomas que procedam à sua
criação ou constituição e dos respectivos estatutos. O artigo 231 da lei n.º 23/2007, de 09
de Agosto, bem como o artigo 7 do RJATDPA, estipulam a obrigatoriedade da existência
de um seguro privado, celebrado pela entidade empregadora (tomador do seguro) a favor
dos seus trabalhadores, mediante o qual o empregador transfere a responsabilidade pelos
danos decorrentes de acidentes de trabalho ou doenças profissionais para uma companhia
de seguros legalmente autorizada na República de Moçambique.

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7. Bibliografia

Decreto n.º 54/2009, de 8 de Setembro. Estabelece os Princípios e Regras de Organização e


Estruturação do Sistema de Carreiras e Remuneração, Abreviadamente Designado por
SCR, Aplicáveis aos Funcionários e Agentes do Estado. Boletim da República, I Série n.º
35, 5.º Suplemento.

Decreto n.º 18/2014, de 7 de Maio. Aprova o Estatuto Geral dos Funcionários do Estado.
Boletim da República, I Série n.º 26.

Lei n.º 23/2007, de 9 de Agosto. Cria o Sistema de Carreiras e Remunerações. Boletim da


República, I Série n.º 6.

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