Você está na página 1de 20

Proposta de alteração do Decreto n.

º 29/2022, de 09 de Junho, que


aprova os procedimentos a adoptar para o enquadramento dos
servidores públicos, dos titulares ou membros de órgão público e
dos titulares e membros dos órgãos da Administração da Justiça,
na Tabela Salarial Única

VERSÃO CORRIDA

1
FUNDAMENTAÇÃO

O Decreto n.º 29/2022, de 09 de Junho, aprovou os procedimentos a adoptar para o


enquadramento dos servidores públicos, dos titulares ou membros de órgão público e
dos titulares e membros dos órgãos da Administração da Justiça, na Tabela Salarial
Única

No âmbito da sua implementação, procedeu-se ao enquadramento dos funcionários e


agentes do Estado (FAE) com base nos seguintes critérios: (i) tempo de serviço na
Administração Pública, (ii) tempo efectivo na carreira técnica, (iii) idade e (vi)
habilitações literárias.

A conjugação dos 4 critérios acima referidos, suscitou alguns constrangimentos no


enquadramento dos FAE nos diferentes níveis salariais da tabela indiciária da
Administração Pública, tendo o critério idade contribuido em grande medida para o
efeito.

A Comissão Multisectorial de Enquadramento, criada ao abrigo do n.º 2 do artigo 18


da Lei conjugado com o n.º 1 do artigo 15 do Decreto n.º 29/2022, de 09 de Julho (que
aprova os procedimentos a adoptar para o enquadramento na Tabela Salarial Única),
procedeu a auscultação dos FAE das instituições da administração directa e indirecta
do Estado a nível central, provincial e distrital, bem como as associações profissionais
e conselho de reitores.

As reclamações e pedidos de esclarecimento estavam associados, de entre outros


aspectos, às seguintes constatações:
a) Com o critério idade, os funcionários e agentes com o mesmo perfil profissional
(tempo de serviço, carreira e nível académico) ficam enquadrados em níveis
salariais distintos devido a diferença de idade, prejudicando-se o que tem maior
idade.

2
b) Nas habilitações literárias, a pontuação dada ao nível académico distorce a
hierarquia das carreiras actualmente em vigor. Um FAE pode ter um
enquadramento em qualquer nível salarial independentemente das habilitações
literárias que possui.

Tendo em conta a referidas constatações, mostra-se necessário redefinir os critérios e


procedimentos do enquadramento dos servidores públicos, dos titulares ou membros
de órgão público e dos titulares e membros dos órgãos de Administração da Justiça,
na Tabela Salarial Única, propondo-se:

 revogação do n.º 2 do artigo 3 pois trata-se de matéria referente das Forças de


Defesa e Segurança que vai ser tratada em instrumento próprio; e introdução de
um novo número que versa sobre a evolução do funcionário na TSU;

 introdução de um novo número no artigo 4 que define que a forma de


enquadramento das Forças de Defesa e Segurança nos níveis salariais da
TSFDS, é feito com base na Patente/Posto nos termos da regulamentação
específica;

 introdução de um novo número no artigo 5 que apresenta o conceito de o tempo


de serviço na administração pública;

 reformulação do artigo 6 e 9 nos termos da nova tabela de critérios de


enquadramento;

 revogação dos artigos 7 e 8 no âmbito da nova tabela de critérios de


enquadramento;

 transferência para o artigo 9 do conteúdo do artigo 10 (pontuação final);

 ajustamento dos prazos previstos nos artigos 11 e 12 para conferir maior


celeridade ao processo de afixação de listas provisórias e definitivas.

 introdução de três novos artigos que tratam dos critérios de enquadramento nos
níveis salariais da TSU e do processamento de salários em que se propõe que

3
seja feito com base no enquadramento provisório, sem prejuízo de possível
ajustamento resultante do enquadramento definitivo.

 introdução de dois novos Anexos sobre os critérios de enquadramento e


correspondências das carreiras de regime específico ou regime especial
diferenciado e não diferenciado.

É neste contexto que se submete a presente proposta de alteração do Decreto n.º


29/2022, de 09 de Junho, à apreciação e aprovação do Conselho de Ministros.

Maputo, Outubro de 2022

4
REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
CONSELHO DE MINISTROS

Decreto n.º /2022


de de

Mostrando-se necessário alterar o Decreto n.º 29/ 2022, de 9 de Junho e definir


os critérios e os procedimentos de enquadramento dos servidores públicos, dos
titulares ou membros de órgão público e dos titulares e membros dos órgãos de
Administração da Justiça, na Tabela Salarial Única, ao abrigo do artigo 20 da
Lei n.º 5/2022, de 14 de Fevereiro, com as alterações introduzidas pela Lei.....o
Conselho de Ministros decreta:

CAPÍTULO I
Disposições gerais

Artigo 1
(Objecto)

O presente Decreto define os critérios e os procedimentos a adoptar para o


enquadramento dos servidores públicos, dos titulares ou membros de órgão
público e dos titulares e membros dos órgãos da Administração da Justiça, na
Tabela Salarial Única.

5
Artigo 2
(Âmbito de aplicação)

1. O presente Decreto aplica-se:


a) aos órgãos de soberania;
b) à Administração Directa do Estado;
c) à Administração Indirecta do Estado, cujo pessoal seja regido pelo
direito público;
d) às Entidades Descentralizadas.

2. O presente Decreto aplica-se ainda:

a) ao pessoal afecto aos órgãos, instituições do Estado e entidades


descentralizadas, a nível dos poderes Legislativo, Executivo e Judicial,
que se encontre sujeito ao regime de direito público, incluindo os
titulares ou membros de órgão público e as classes profissionais
detentoras de estatuto profissional próprio;
b) ao pessoal afecto aos serviços e organismos que estejam na dependência
orgânica e funcional da Presidência da República, Assembleia da
República, Conselho Constitucional, Tribunais e do Ministério Público e
respectivos órgãos de gestão e disciplina;
c) ao Gabinete do Provedor de Justiça;
d) à Comissão Nacional de Eleições;
e) à Comissão Nacional de Direitos Humanos; e
f) ao pessoal civil com vinculação de direito público na Polícia da
República de Moçambique e nas Forças de Defesa e Segurança.

Artigo 3
(Estrutura da TSU)
1. A TSU compreende 21 níveis salariais e 3 escalões para cada nível de
acordo com a tabela indiciária constante do Anexo I do presente Decreto.

6
2. Revogado.
3. A evolução do funcionário na TSU ocorre no intervalo correspondente á
sua carreira por via de promoção nos respectivos níveis salariais e
progressão nos escalões.

CAPÍTULO II
Enquadramento na TSU

Artigo 4
(Critérios)
1. Constituem critérios de enquadramento nos níveis salariais da TSU:
a) Carreira profissional;
b) Tempo efectivo na carreira;
c) Tempo de serviço na Administração Pública.
2. Os critérios de enquadramento nos níveis salariais da TSU constam
do Anexo II do presente Decreto.

Artigo 5
(Processo de enquadramento na TSU)
1. Para efeitos de enquadramento na TSU são consideradas as carreiras de
Regime Geral, Especial e Específicas à data de entrada em vigor da Lei
n.º 5/2022, de 14 de Fevereiro.
2. No caso do agente do Estado considera-se a situação profissional à data
de entrada em vigor da Lei n.º 5/2022, de 14 de Fevereiro.
3. O enquadramento dos funcionários e agentes do Estado nos níveis
salariais da TSU é feito com base na informação relativa a carreira
profissional, tempo efectivo na carreira e tempo de serviço na
Administração Pública.

7
4. Os dados do enquadramento validados pelo gestor de recursos humanos
são extraídos do Sistema Electrónico de Gestão de Recursos Humanos do
Estado (e-SNGRHE).
5. O enquadramento das Forças de Defesa e Segurança nos níveis
salariais da TSFDS, é feito com base na Patente/Posto nos termos da
regulamentação específica.

Artigo 6
(Carreira profissional)
1. Carreira profissional é o conjunto hierarquizado de classes ou
categorias de idêntico nível de conhecimentos e complexidade a que
os funcionários do Estado têm acesso, de acordo com o tempo de
serviço e o mérito de desempenho.
2. Considera-se carreira profissional, a carreira de regime geral, regime
específico ou regime especial diferenciado e não diferenciado em que
o funcionário estava enquadrado à data da entrada em vigor da Lei
n.º 5/2022, de 14 de Fevereiro, comprovada com o respectivo título de
provimento visado pelo Tribunal Administrativo.
3. O enquadramento na TSU é feito nas seguintes carreiras:
a) Auxiliar, agente de serviço, operário, auxiliar
administrativo, agente técnico;
b) Assistente Técnico;
c) Técnico;
d) Técnico Profissional;
e) Técnico Especializado;
f) Técnico N2;
g) Técnico Superior N1;
h) Especialista.

8
4. Compete ao Ministro que superintente a área da função pública
estabelecer as correspondências das carreiras de regime específico ou
regime especial diferenciado e não diferenciado com as referidas no
número anterior.

Artigo 7
(Tempo de serviço na Administração Pública)
1. O tempo de serviço na Administração Pública representa o período
efectivo de trabalho do funcionário ou agente do Estado na
Administração Pública.
2. Para efeitos de enquadramento na TSU, o tempo de serviço na
Administração Pública é contado a partir da primeira vinculação do
funcionário ou agente do Estado até a data da entrada em vigor da Lei n.º
5/2022, de 14 de Fevereiro, excluindo o período de gozo de licenças
ilimitada e registada.
3. Nos casos em que tiver transitado de agente para funcionário, por via de
regularização, considera-se o tempo de serviço prestado ao Estado a partir
da data em que passou a auferir remuneração suportada pelo Orçamento
do Estado, excluindo qualquer outro período que não tenha sido
remunerado pelo Orçamento do Estado.
4. No caso de agente do Estado com contrato por tempo indeterminado, cuja
remuneração é suportada pelo Orçamento do Estado, o enquadramento na
TSU conta a partir da data que recebia remuneração pelo Orçamento do
Estado.
5. No processo da contagem de tempo de serviço na Administração Pública,
exclui-se o período de licença ilimitada e registada e o correspondente ao
da duração de sanções disciplinares, nomeadamente a expulsão e
demissão, após o reingresso.

9
Artigo 8
(Tempo efectivo na Carreira)
1. O Tempo efectivo na carreira representa a experiência e o período em
que o funcionario ou agente do Estado está na respectiva carreira.
2. Considera-se tempo efectivo na carreira actual o período em que o
funcionário está enquadrado nas carreiras de regime geral ou regime
específico ou regime especial diferenciado e não diferenciado até a
data da entrada em vigor da Lei n.º 5/2022, de 14 de Fevereiro.
3. Para efeitos do número anterior considera-se o período a partir do
qual o funcionário foi enquadrado por via de ingresso ou mudança de
carreira.
4. Para os casos de carreiras que resultam de conversão, o tempo
efectivo na carreira conta a partir da carreira de origem.

Artigo 9
(Metodologia de Cálculo para o Enquadramento)

1. O cálculo para o enquadramento é feito atendendo a carreira profissional,


tempo de serviço na Administração Pública e o tempo efectivo na carreira
de cada funcionário e agente do Estado, nos termos do Anexo III do
presente Decreto.
2. O critério carreira profissional é composto por 8 intervalos que
representam as carreiras referidas no artigo 5 do presente Decreto.
3. Os limítes mínimos dos intervalos de cada carreira profissional
obedecem a seguinte disposição:
a) Nível 1 para a carreira de Apoio;
b) Nível 3 para a carreira de Assistente Técnico;
c) Nível 5 para a carreira de Técnico;
d) Nível 7 para a carreira de Técnico Profissional;

10
e) Nível 8 para a carreira de Técnico Especializado;
f) Nível 10 para a carreira de Técnico N2;
g) Nível 14 para a carreira de Técnico N1; e
h) Nivel 18 para a carreira de Especialista.
4. Os critérios tempo de serviço na administração pública e tempo
efectivo na carreira são compostos por sete intervalos de cinco em
cinco anos.
5. Para a obtenção da pontuação da carreira profissional deve-se
seleccionar a carreira actual do funcionário ou agente do Estado, cuja
pontuação correspondente consta da coluna denominada Pontuação
Ponderada.
6. Para a obtenção da pontuação do tempo de serviço na administração
pública, tempo efectivo na carreira do funcionário ou agente do Estado
deve-se selecionar o respectivo intervalo, cuja pontuação correspondente
consta da coluna denominada Pontuação Ponderada.
7. A pontuação referida nos números anteriores deve ser adicionada para a
obtenção de uma pontuação final que determina o enquadramento do
funcionário ou agente do Estado nos níveis salariais previstos na Tabela
Indiciária da Administração Pública, no índice 28 a 90, constante do
Anexo I do presente Decreto.
8. A pontuação final para o enquadramento é na base de número inteiro,
devendo ser arredondada por defeito quando as casas decimais estiverem
abaixo de 0,5 e por excesso quando for igual ou superior a 0,5.

Artigo 10
(Listas provisórias)
1. A listas nominais provisórias são extraídas na base de processamento
electrónico no Sistema Nacional de Gestão de Recursos Humanos do

11
Estado (e-SNGRHE), sob coordenação do Órgão Director Central de
Gestão Estratégica dos Recursos Humanos.
2. As listas de enquadramento contêm dados do funcionário relativos a:
a) Carreira profissional;
b) Tempo de serviço na administração pública;
c) Tempo efectivo na carreira;
d) Pontuação do enquadramento;
e) Nível salarial correspondente na TSU.
3. Sem prejuízo de notificação individual, as listas provisórias devem ser
extraídas e afixadas nas instituições correspondentes, a nível central,
provincial, distrital e autárquico, até 7 dias após a entrada em vigor do
presente Decreto.
4. Após a afixação das listas provisórias, o funcionário e agente do Estado
têm o prazo de 15 dias para verificação e reclamação.

Artigo 11
(Reclamações)
1. A reclamação deve ser apresentada por escrito e acompanhada de
documentos comprovativos do objecto da petição.
2. As reclamações são dirigidas ao gestor de recursos humanos e devem ser
respondidas no prazo de 10 dias, a partir da data da recepção da
reclamação.

Artigo 12
(Processamento de salários)
O processamento de salários é feito com base no enquadramento provisório,
sem prejuízo de possível ajustamento resultante do enquadramento
definitivo.

12
Artigo 13
(Listas definitivas)
1. Decorrido o prazo de resposta às reclamações, as listas definitivas de
enquadramento são submetidas à homologação pela entidade competente
para nomear.
2. As listas definitivas são submetidas, após a homologação, ao Tribunal
Administrativo competente para os devidos efeitos.

Artigo 14
(Responsabilização)
1. A validação dos dados do funcionário ou agente do Estado para efeitos de
enquadramento é da responsabilidade do técnico responsável pela
introdução dos dados e do gestor de recursos humanos da instituição.
2. O funcionário, o técnico responsável pela introdução dos dados e o gestor
de recursos humanos que intencionalmente, por má fé ou manifesta
negligência, contribuírem para a manipulação fraudulenta dos dados dos
critérios de enquadramento, introduzindo dados falsos incorrem, para
além de responsabilidade disciplinar, em responsabilidade civil e criminal
nos termos da legislação aplicável.
3. A inclusão do período correspondente à duração de licenças ilimitadas ou
outras em vencimento no processo de contagem do tempo de serviço, para
efeitos de enquadramento indevido na TSU é passível de procedimento
disciplinar nos termos da legislação aplicável.

13
CAPÍTULO III
Coordenação do Processo do Enquadramento

Artigo 15
(Comissão Multisectorial de Enquadramento)
1. É criada a Comissão Multissectorial de Enquadramento coordenada pelos
Ministros que superintendem a gestão estratégica dos recursos humanos
do Estado e a área das Finanças para garantir a uniformização do
enquadramento na TSU e a execução correcta das disposições da Lei n.º
5/2022, de 14 de Fevereiro e do presente Decreto.
2. A Comissão Multissectorial do Enquadramento integra os sectores com
maior efectivo de funcionários e agentes do Estado, designadamente, a
Educação, Saúde, Justiça, Agricultura, Interior, Defesa, bem como dos
órgãos de soberania.
3. A Comissão Multissectorial do Enquadramento é presidida pelo Ministro
que superintende a área de gestão estratégica dos recursos humanos do
Estado, sendo o Vice-Presidente o Ministro que supeintende a área das
finanças.

Artigo 16
(Funções da Comissão Multisectorial de Enquadramento)
A comissão multisectorial de enquadramento tem as seguintes funções:
a) Garantir a uniformização do enquadramento na TSU;
b) Propor o guião de procedimentos para o enquadramento na TSU a ser
aprovado, por despacho conjunto, dos Ministros que superintendem as
áreas da função pública e finanças;
c) Garantir a execução correcta das disposições da Lei n.º 5/2022, de 14 de
Fevereiro;
d) Emitir directivas relativas a aplicação da Lei n.º 5/2022, de 14 de
Fevereiro e do presente Decreto;

14
e) Esclarecer dúvidas resultantes da aplicação da Lei n.º 5/2022, de 14 de
Fevereiro e do presente Decreto;
f) Atender reclamações de recurso às reclamações apresentadas nos termos
do artigo 12; e
g) Prestar informação ao Conselho do Ministros sobre o processo de
enquadramento.

Artigo 17
(Estrutura da Comissão Multisectorial de Enquadramento)
1. A Comissão Multisectorial de Enquadramento é representada a nível
central, provincial e distrital e obedece a composição prevista no artigo 15
do presente Decreto.
2. A Comissão Multissectorial de Enquadramento tem a seguinte estrutura:
a) A nível central:
i. Presidente- O Ministro que superintende a gestão estratégica
dos recursos humanos do Estado;
ii. Vice-Presidente- O Ministro que superintende a área das
Finanças;

b) A nível Provincial:
i. Presidente-Secretário do Estado da Província;
ii. Vice-Presidente- Governador da Província;

c) A nível Distrital
i. Presidente-Administrador do Distrito;
ii. Vice-Presidente- Secretário Permanente Distrital.

15
Artigo 18
(Composição das Comissões Multisectorial de Enquadramento)
1. Compete aos Ministros que superintendem a gestão estratégica dos
recursos humanos do Estado e a área das Finanças, por Despacho
Conjunto, aprovar a composição dos membros da Comissão
Multisectorial de Enquadramento do nível central.
2. Compete ao Secretário do Estado, ouvido o Governador da Província
aprovar, por Despacho, a composição dos membros da Comissão
Multisectorial de Enquadramento do nível provincial.
3. Compete ao Administrador do Distrito aprovar, por Despacho, a
composição dos membros da Comissão Multisectorial de Enquadramento
do nível distrital.

Artigo 19
(Mandato da Comissão Multisectorial de Enquadramento)
1. A Comissão Multissectorial de Enquadramento tem um mandato de 1 ano,
contado a partir da data de entrada em vigor do presente Decreto.
2. O mandato da comissão pode ser renovado por um período não superior a
6 meses, por decisão do Conselho de Ministros.
3. Findo o mandato da comissão todo o acervo documental, passa para a
responsabilidade do órgão Director Central do Sistema Nacional de
Gestão de Recursos Humanos do Estado.

16
CAPÍTULO IV
Disposições Finais e Transitórias

Artigo 20
(Disposições transitórias)
Os dados de enquadramento das autarquais e outros sectores que ainda não
migraram para o e-SNGRHE são extraídos do sistema de informação de pessoal
em vigor na respectiva autarquia ou sector.

Artigo 21
(Revogação)
São revogadas todas as disposições que contrariem o presente Decreto.

Artigo 22
(Entrada em vigor)
O presente Decreto entra em vigor na data da sua publicação.

Aprovado pelo Conselho de Ministros, aos de Outubro de 2022.

Publique-se.

O Primeiro-Ministro, Adriano Afonso Maleiane.

17
Anexo I
Tabela Salarial da Administração Pública

Progressão
Níveis salariais/
Escalão
Promoção
C B A
21 88 89 90
20 85 86 87
19 82 83 84
18 79 80 81
17 76 77 78
16 73 74 75
15 70 71 72
14 67 68 69
13 64 65 66
12 61 62 63
11 58 59 60
10 55 56 57
9 52 53 54
8 49 50 51
7 46 47 48
6 43 44 45
5 40 41 42
4 37 38 39
3 34 35 36
2 31 32 33
1 28 29 30

18
Anexo II
Tabela dos critérios de enquadramento

Peso Pontuação
Pontuação Peso
Descrição Global Carreira Profissional Ponderada
(B) Parcial
(A) (C=A*B)

Auxiliar, Agente e Operário


24.27 13.35 3%
Assistente Técnico 35.18 19.35 4%
Técnico 46.09 25.35 5%
Carreira 55.00% Técnico Profissional 57.00 31.35 6%
Profissional Técnico Especializado 62.45 34.35 7%
Técnico N2 73.36 40.35 8%
Tecnico Superior N1 95.18 52.35 10%
Especialista 117.00 64.35 13%
Subtotal 1 511 281 55%
Peso Pontuação
Pontuação Peso
Global Min Max Ponderada
(B) Parcial
(A) (C=A*B)
0 5 32.56 8.14 3%
Tempo 6 10 36.63 9.16 3%
Efectivo na 11 15 40.70 10.18 3%
Carreira (Anos) 25.00% 16 20 44.78 11.19 4%
21 25 48.85 12.21 4%
26 30 52.93 13.23 4%
31 35+ 57.00 14.25 5%
Subtotal 2 313 78 25%
Peso Pontuação
Pontuação Peso
Global Min Max Ponderada
(B) Parcial
(A) (C=A*B)
0 5 32.56 6.51 2%
Tempo de
6 10 36.63 7.33 2%
Serviço na
11 15 40.70 8.14 3%
Administração
20.00% 16 20 44.78 8.96 3%
Pública (Anos)
21 25 48.85 9.77 3%
26 30 52.93 10.59 3%
31 35+ 57.00 11.40 4%
Subtotal 3 313 63 20%

19
Anexo III
Correspondências das carreiras de regime específico ou regime especial
diferenciado e não diferenciado

20

Você também pode gostar