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primeiro”
Por
Marcio Reinheimer
-
16/09/2018 às 22:00.
KADU esteve na redação do Jornal Ibiá na manhã de sexta, dia em que completou um
ano de governo
JI – O Cais do Porto está desabando e, ao mesmo tempo, o Município tem um
projeto de embelezamento de um pequeno trecho dele, de 105 metros. Isso não é
como trocar o piso de uma casa que está sem teto?
Kadu – Não considero assim, porque onde a gente avaliou para fazer o embelezamento
não tem rachaduras, não tem fissuras. Onde será feito o embelezamento e onde
aconteceu a queda, são lugares distintos. Mas, a gente sabe que ações foram feitas no
passado, que levaram a esse desmoronamento. Isso talvez seja um erro da
Administração, não mostrar isso. Em 2015, foi feito um levantamento apontando os
riscos que já havia no entorno do Porto das Laranjeiras. E, no final do ano passado,
início desse ano, se fez um levantamento apontando que uma das prioridades do
município era fazer a restauração do Cais. Então nós temos projeto, temos já antecipado
algumas ações para o Cais. Infelizmente, devido às chuvas, aconteceu o deslizamento.
JI – E não seria o caso de focar na restauração dessa parte que está na iminência
de desabar, até para evitar uma tragédia, pois há muita gente circulando nessa
área?
Kadu – Tão logo aconteceu o deslizamento ali naquele ponto, no dia 31, nossos
engenheiros fizeram um laudo, que nós encaminhamos também ao Ministério da
Integração, para que se junte ao processo que está tramitando lá. Estamos em contato
semanalmente para ter o aval deles e já fazer o projeto. Muito provavelmente na semana
que vem, a gente vai ter uma visita do pessoal do Instituto do Patrimônio Histórico e
Artístico do Estado aqui, para nos aconselhar, para ver que tipo de ação a gente pode
fazer, e de que maneira a gente pode agilizar aquela reestruturação, porque é um
patrimônio do município, não é só um embelezamento, mas é o resgate de uma história.
JI – O senhor diz que não quer apurar culpados, mas já houve uma exoneração.
Não é contraditório?
Kadu – O contraditório seria se eu dissesse que não quero achar o culpado, mas o
culpado foi o antigo secretário. Não é isso, o que teve é a questão administrativa, devia
ter visto antes, e se o time não ganha, quem cai é o técnico. Por que foi recebido daquela
forma, e como não foi visto antes? Então eu quero saber, desde o início, o que
aconteceu. A exoneração da secretária não foi só por causa do veículo em si, mas alguns
fatores mais que a gente já conversou. E eu não desconsidero a competência, a
capacidade da secretária que estava na pasta. Isso é um processo normal. Se eu estou
abrindo uma sindicância, eu tenho que preservar a pessoa que estava à frente da pasta.
Foi muito mais um ato de preservação do que de punição.
JI – O senhor se tornou vice dele quando o impacto maior já tinha sido sentido.
Kadu – Não, eu me tornei vice depois do impacto. Eu lembro que, em maio de 2016,
estavam cobrando alguns investimentos. Eu solicitei que aguardassem qualquer tipo de
movimentação, porque não tinha concluído a questão do plano de carreira. Ainda
estavam fazendo correção de todos os processos que estavam entrando para ver as
progressões verticais e horizontais. Então tinha uma preocupação sim, porque houve
uma alteração de básico. O salário básico previsto pelo atuário era de R$ 864,00 para o
padrão um, e ele foi alterado para R$ 950,00. São quase R$ 100,00. Se nós trabalharmos
o número de servidores, ele gera um impacto diferente daquilo que foi previsto.
Inclusive, dentro do processo, tem uma recomendação do atuário, para a implantação
ser feita de forma gradativa, não de uma vez só. Na época, o prefeito determinou que
fosse feito de uma vez só, e aí é uma decisão dele.