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Públio - Então, bom dia!

Dioji - Bom dia!

Públio - Nós estamos recebendo hoje aqui o Dr Dioji Ikeda junto com o
Paulo. O Dr Dioji como todos sabem é ex-prefeito do município e nós
vamos conversar alguns minutinhos aqui sobre a questão ambiental.
Nós havíamos passado pro senhor uma prévia daquilo que nós
pesquisamos. Inicialmente, eu pergunto se o senhor quer falar livremente
ou quer que eu pergunte?

Dioji - Fique à vontade, você pode direcionar os acionamentos, creio que


você tem já uma pauta, você me encaminhou algumas questões e a gente
vai conversando sobre isso!

Públio - Tudo bem! Primeiramente eu gostaria de agradecer a


disponibilidade do tempo e a disponibilidade da agenda do senhor, que
eu sei que é ocupada.
Gostaria então de iniciar perguntando sobre o episódio do incêndio,
infelizmente acabou acontecendo no período que o senhor era o gestor,
muito embora não estamos aqui relacionando que o senhor ou alguém de
sua administração causou, não estamos dizendo isso, estamos dizendo
que por algum acaso aconteceu no período que o senhor estava
gerenciando o município. Sobre aquele episódio, o que o senhor poderia
nos dizer que aquilo gerou de problemas para a sua administração e que
providências que foram tomadas à época?

Dioji - Particularmente, um incêndio de grandes proporções, ou seja, ele


onde for não precisa ser necessariamente onde tenha material tóxico,
gasoso, inflamável, mas por exemplo, se há um incêndio em grandes
proporções de uma floresta ou na zona urbana ele gera de fato grandes
transtornos, né? E não foi diferente, nós naquela naquela ocasião, a
gente fez denúncia à delegacia de meio ambiente, procuramos apurar
isso, até porque havia indícios de que ele poderia ter sido causado de
forma proposital, e a gente buscou amparo nesse sentido para poder
também nos resguardar, porque não houve da nossa parte nenhum tipo
de negligência, imprudência ou imperícia naquela naquela questão, de
modo que todo o procedimento que é adotado, que foi aberto, aliás, pela
Secretaria de meio ambiente foi conclusivo no sentido de isentar a gestão
e o município. Eu, particularmente de qualquer tipo de de culpa ou dolo,
naquela ocasião, e infelizmente, foi um transtorno muito grande. A gente
sabe que que e município de interior a política é muito partidária, então
essa polarização política pode gerar a diversidade de um ou de outro. Não
estou dizendo que o incêndio foi literalmente ocasionado pela mão
humana, mas, naquela ocasião havia indícios de que isso pudesse ter
acontecido, começou na parte de trás do lixão, parte oposta de onde os
caminhões chegam, o incêndio começou de lá para cá.

Públio - Certo

Dioji - Então não foi no meio que ele começou, começou em uma lateral e
essa lateral tem um acesso, tem uma estrada que passa por ela, então
isso tudo nos levou a crer que pudesse também, né ter acontecido ali
pela sabotagem de alguém

Públio - Conseguiram achar alguém?

Dioji - Não foi apurado, então a gente não pode aqui fazer nenhum tipo
de acusação leviano, certo? Mas depois disso a gente adotou outras
medidas também de vigilância mais constante lá, de modo que não
aconteceu mais.
Públio - Assim, na pequena pesquisa que eu percebi, eu vi que houve um
grande esforço da sua administração e dos outros também. Já são quase
10 anos, né? Então, veio depois o Abelardo, depois veio o Dr João...
Enfim, o que nós podemos ver aqui é que essa problemática do lixão não
é específica daqui, isso está no Brasil inteiro, vem uma lei muito detalista
com exigências e os municípios não têm recursos financeiro nem técnico.
Nós vimos que o senhor e os demais que o sucederam fizeram o
consórcio, fizeram vários estudos, eu vi lá o Instituto Vida salvo engano,
teve algum outro e todas as iniciativas que foram propostas sempre
esbarraram em algum problema. Eu vi que teve um momento que decidiu
um território de Brazabrantes. Até o prefeito chegou a desapropriar, mas
aí depois teve um protesto e voltou atrás. Identificaram outros
perrengues em Nova Veneza e foi a mesma coisa, não pode ser em Nova
Veneza, porque o município tem uma questão cultural, os lixos, os
caminhões e assim, a impressão que eu fico é me perguntando: Quem
gerencia? Como é que vai resolver? Porque nós temos lá o lixão, está no
mesmo lugar há 30 anos e não conseguiu se resolver essa situação. Os
gastos que foram feitos pelo município nesses institutos, nesses estudos,
foram elevados! Vamos contar em 10 anos tudo que já se gastou, tudo
quanto é estudo que foi feito e a verdade é que nós não saímos do lugar.
Nós estamos lá e não estamos aqui a culpar nem o senhor nem a
ninguém, eu queria, na verdade, um parecer assim, o que o senhor
entende como uma pessoa que já ocupou o cargo, que estava as
dificuldades de limitações? Nós vamos conviver com aquele problema
eternamente ou, ou existe uma luz no fim do túnel?

Dioji - Olha, eu... Partir da gente na verdade, a criação do consórcio


intermunicipal de tratamento de resíduos sólidos e a tudo isso aconteceu
na associação dos municípios em Goiânia, e naquela ocasião, salvo
engano 30 e alguma coisa município, acho que 36 a 38 municípios
consorciaram, porque é inviável o município conseguir cumprir o que
determina a lei de tratamento de resíduos sólidos, ela é muito detalhista
como você acabou de abordar e os municípios não estão preparados para
poder, de fato, fazer aquilo acontecer, principalmente municípios de
pequeno porte, como é a grande maioria dos municípios do estado de
Goiás, municípios de até 15000 habitantes, por exemplo, tem muita
dificuldade. Então a ideia inicial era criar esse consórcio para que a gente
pudesse pleitear recursos federais, estaduais e fazer, criar, construir
aterros regionalizados. Naquela época eram 3 aterros, é um aqui na nossa
região, na região metropolitana e um ali na região de São Luís, Santa
Bárbara, ali naquela região. Acabou que nós não conseguimos recursos
para poder é fazer esses aterros, deixamos aí algumas tratativas em
andamento, mas o importante para quem estará nos acompanhando
nessa entrevista é dar continuidade aos projetos, até porque, quando
você trata de uma questão de resíduos sólidos, aquilo são 30 anos
praticamente da mesma forma, no mesmo local. Se você não der
andamento a políticas continuadas, estar sempre atribuindo a prefeito
“a”, a prefeito “b”, isso não vai sair do lugar, simplesmente a realidade.
Tanto é que se você pegar a evolução do que foi feito até 2016, final de
2016 quando eu saí da prefeitura, nada foi feito! Se foi feito, foi muita
pouca coisa, o lixo continua sendo coletado da mesma forma, depositado
da mesma forma e no mesmo local, ou seja, quase oito anos depois
temos a mesma sistemática, o mesmo processo de gerenciamento de
resíduos sólidos. Então se não tivermos projetos de médio a longo prazo
para que os municípios possam se organizarem e executarem esses
projetos, eu vejo muita dificuldade para que a gente possa evoluir, até
porque se você pegar como exemplo os países e estados onde isso
funciona de verdade, como deveria funcionar, eu visitei vários aterros do
Brasil e nós temos por exemplo parcerias público-privadas em São Paulo
que funcionam muito bem, onde o município faz a coleta e paga para
poder depositar esses resíduos em aterros privados e aí a
responsabilidade ambiental, sanitária é toda da empresa que faz essa
gestão lá no aterro. A gente também pensou em plantar isso aqui e vejo
que seria também uma boa saída para que a gente pudesse resolver essa
questão, investimento é muito menor e você vai estar pagando por aquilo
que você está, vai estar usando. Mas são possibilidades eu acho que se a
gente não tiver aí um projeto a médio, longo prazo, dificilmente a gente
vai conseguir resolver isso.
Públio - Outra impressão que eu tive é que assim, como esse assunto não
é um assunto muito tratado no dia a dia, né? É muito mais fácil nas
políticas municipais falar de asfalto, é posto de saúde, construir quadra...
Enfim, uma eterna discussão é o saneamento básico e a questão do lixo,
mas não gera voto, vamos dizer assim, o português mais claro e uma das
coisas que esses estudos que a prefeitura de umas ajudou, contratou,
pagou lá que eu vi é que seria necessário tipo uma nova cobrança, um
novo imposto ou taxa. Enfim, o nome seria discutido, mas o fato é que
eles alegam que: Permanecer da forma como está hoje é inviável, não
haverá municípios que vão conseguir cumprir com essa questão. Só que
por um outro lado, a gente nunca teve, pelo menos eu não conheço,
numa campanha eleitoral algum candidato que tivesse apresentado isso
claramente “ó, é o seguinte, nós temos essa situação aqui para resolver,
nós vamos ter que criar uma nova taxa, uma nova despesa. A população
estaria disposta a fazer essa contribuição?” Então a pergunta que eu
quero fazer é a seguinte, o senhor acha, na sua visão, que há uma certa
fuga, vamos dizer assim, dos políticos e dos partidos de debater esse
tema ou como é que o senhor vê?

Dioji - Eu já vi isso no passado que esses temas relacionados a questões


mais técnicas, elas ficavam assim... Esses temas ficavam mais
terceirizados nesse processo de debate aí, mas está mudando, até porque
a questão de resíduos sólidos é uma questão ambiental, de
sustentabilidade e... qualquer plano de gestão hoje municipal, ele vai ter
que ter, vai ter que ser apresentado com uma temática de
sustentabilidade, principalmente com foco na questão ambiental e de
forma muito intensa, então eu acho que para o ano que vem, por
exemplo, nós vamos ter eleições municipais no Brasil todo e esse tema
vai estar em voga, a questão ambiental vai ser amplamente discutida e eu
vejo que a sustentabilidade também estará na linha de frente desse
debate. É o momento da gente poder discutir isso e a comunidade
também cobrar, até porque quem não conhece a realidade daquele
aterro sanitário do lixão aqui em Inhumas chega lá assusta porque
realmente é uma situação alarmante.

Públio - São 30 anos, praticamente.

Dioji - Justamente.

Públio - Em relação a aqueles documentos que nós apresentamos ao


senhor, onde o então prefeito Abelardo diz que não prestou contas ao
tribunal, “A gestão não apresentou prestação de contas ao TCM, que o
consórcio estava paralisado.” O senhor diria alguma coisa sobre isso?

Dioji - O ex-prefeito deve ter equivocado com essas informações, como


equivocou em outras situações, né? E às vezes, por falas totalmente
eleitoreiras... O prefeito quando entrou, achou que...

Públio - Seria fácil resolver!

Dioji - Seria fácil resolver! Inclusive, houve uma perseguição política


muito intensa contra a minha pessoa, de modo que, recentemente, numa
dessas acusações infundadas, o município foi condenado a pagar
honorários advocatícios ao meu advogado da ordem de R$70,000,00
(setenta mil reais), isso por acusações infundadas, como outras tantas
que foram feitas, né? Mas eu quero dizer o seguinte, a ideia foi de
vanguarda na época, tanto que a adesão foi de mais de 30 municípios e
isso aconteceu dentro de uma associação de municípios e todas as
tratativas, todas as questões processuais de consórcio foram respeitadas
e comunicamos todos os órgãos, o TCM como órgão fiscalizador de
controle externo foi devidamente comunicado de todas as ações e a
gente deu andamento nesse consórcio até o último momento. Agora,
depois de 2016, o prefeito não fui eu. Se ele não andou, aí já não é mais
responsabilidade minha.

Públio - Só para finalizar o caso do lixão eu gostaria de perguntar sobre se


hoje o senhor em algum cargo, eu não sei exatamente o que o senhor
está exercendo no serviço público, se o senhor teria uma influência para
de alguma maneira nos ajudar em algo, nos ajudar que eu digo assim, não
eu? Mas a população de Inhumas.

Dioji - Esse papel Públio, ele tem que ser diretamente exercido pelo
prefeito municipal sabe, eu quando fui prefeito, o que nós buscamos aqui
é... Veja bem, eu fiquei 4 anos na prefeitura sem apoio direto de um
deputado federal ou estadual e tendo o governo estadual contra
também, né? Contra politicamente, né, dizendo assim, então tudo que
nós fizemos aqui eu te cito aqui várias obras: Parque Goiabeiras, UPA,
unidades de saúde, escolas , CMEI’s, obras de pavimentação,
urbanização. Tudo isso foi feito buscando recursos em Brasília, buscando
recursos onde tinha, né? Então acho que o prefeito tem que agir, nós
temos que prefeito só de gabinete vai ter pouco resultado, então essas
tratativas devem ser feitas junto ao governo estadual e o governo federal
pra que a gente possa resolver essa questão e como eu disse aqui já na
entrevista e em outros momentos, as gestões devem ser continuadas, o
prefeito deve começar para que outros que vierem aí deem andamento
nesses projetos e a gente tenha a solução em definitivo no médio prazo
ou no longo prazo, que seja.

Públio - Já sobre a questão dos animais nós identificamos o seguinte:


Alguns municípios de Goiás, como Formosa, me parece que Anápolis,
alguns outros, a gente conseguiu ver, já estão fazendo acontecer a
castração pelo castramóvel e etc. Aqui no município de Inhumas o que
nós apuramos é que um ou dois deputados, salvo engano estaduais,
fizeram a doação para o município, já está entregue dois aparelhos de
fazer a castração e o que nós fomos informados, ainda precisamos ter
isso de uma forma mais oficializada, mas, preliminarmente, o que nos foi
passado é que o município não dispõe de funcionários e foi meio “doou e
agora, o que que eu faço com isso?”, R$200.000,00 cada um, são dois,
então R$400.000,00. Ele nunca castrou nada, eu sei que o senhor não é
prefeito, mas eu eu te pergunto: Nós enquanto cidadão que estamos
fazendo um trabalho e fazendo uma pesquisa sobre isso, a gente fica
assim, numa situação de tristeza de ver o recurso assim, então poderia
doar isso para a iniciativa privada, fazer qualquer outra coisa ou devolver
para quem doou, ter o castramóvel e ele não funcionar? Não faz sentido
algum no meu entendimento que que o senhor tem a dizer.

Dioji - Eu, eu não tive conhecimento pela imprensa também, né? Sobre
essas ações dos deputados estaduais Lucas Calil e deputado Humberto
Teófilo, o ex-deputado Humberto, que tiveram a sensibilidade de
encaminhar ao município, esses castromóveis, eu lutei muito para que
isso pudesse acontecer na minha gestão aqui, nós tínhamos um contato
muito estreito com algumas organizações não governamentais que que
atuou muito nessas áreas e a gente buscou muito que isso pudesse tornar
a realidade aqui, até porque é a maneira mais simples da gente poder ter
um controle com relação às zoonoses e animais de rua aqui no município
de Inhumas, não é difícil resolver isso se o problema for pessoal, até
porque nós somos dotados, a gestão pública, na verdade adotada de
alguns mecanismos que permitem esse tipo de contratação temporária,
né? Um processo seletivo, um processo de credenciamento por estarem
vinculados à área da saúde. Eu acho que falta vontade política, sabe? Até
porque, para fazer funcionar um castramóvel , creio eu, que três
profissionais, 2,3 profissionais, talvez menos ou mais que isso um pouco
do que o diante do benefício, o custo seria muito baixo do município,
então essa vontade política, se tivesse um pouco mais presente, eu acho
que esse escasso castramóveis que foram assim tão sonhados e buscados
pela comunidade já estaria funcionando.
Públio - Teve um projeto que eu vi também que foi da sua gestão, que era
Brincando de Reciclar, foi estimulado, houve uma grande adesão, até os
alunos e as escolas, só que esbarrou num problema de que começou a
tumultuar, juntar escorpião, uma coisa parecida e não tinha transporte
para fazer o recolhimento desses e nós não temos aqui também no
município uma grande unidade de reciclagem. Eu sei também que não
adianta a gente querer jogar demandas e demandas no município, as
prefeituras não têm condições. A minha pergunta agora é assim, na rede
privada, falta interesse dos, dos empresários, do município ou não tem
viabilidade? A gente desenvolveu uma situação de reciclagem para poder
fazer sentido esse apoio. Quer dizer, a prefeitura fez o projeto, houve
uma resposta, a população contribuiu, só que não teve sequência,
paralisou a ação

Dioji – Bom, nós implantamos na minha, na minha gestão, na época


coleta seletiva, destinei o veículo específico para isso e durante de alguns
dias, aliás, de forma escalonada, esse veículo percorria as ruas de
Inhumas coletando aquilo que era reciclável, né? E a gente fez divulgação
sobre isso, desse calendário e tudo mais. Isso chegou às escolas, de fato
um projeto elaborado na época pelo então secretário Urimar, e a gente
premiava os alunos que levassem, né? Entregassem ali nas escolas esse
material reciclável que era coletado em casa. O grande problema do do
do lixo e eu falo isso como conhecedor de causa, ele começa na sua
geração. Lá na casa da gente a gente não separa o que é orgânico e o que
é reciclável, dificilmente as pessoas fazem isso, então se a gente começar
em casa e isso passa por uma educação ambiental muito rígida, que deve
ser adotada é dentro dos nossos lares, e aí esse tratamento depois, o
processamento dele lá na frente ele fica um pouco mais fácil, porque
você tira o que é lixo seco, que é lixo molhado. O lixo molhado
normalmente é o lixo orgânico e o que é seco é aquilo que você pode
selecionar lá na frente. Papel, vidro, lata, plástico, para que isso possa ser
reciclado. E com relação à iniciativa privada, falta provocação, sabe? Eu
quando, quando busquei parcerias com a iniciativa privada, eu sempre
tive muito respaldo, né? Todos os projetos que nós buscamos viabilizar
junto à iniciativa privada acabou acontecendo de forma exitosa. Então, se
o poder público demonstra interesse em projetos sérios em projetos
plenamente exequíveis, a iniciativa privada é parceira.

Públio - Certo, então só para finalizar: Nós vamos ter eleições no ano que
vem e de alguma maneira acredito que quem já foi uma vez político a
vida inteira será, não sei se o senhor vai ser candidato, mas mesmo não
sendo, certamente o senhor vai participar, vai influenciar, nós queremos
deixar então aqui um pedido, né? Fazendo é, coro a essa ideia que a
gente está trabalhando de nas discussões nos projetos, etc... Colocar em
pauta as questões ambientais. Nós, nesse trabalho aqui levantamos 2
assuntos, um lixão, que é um problema mais complexo, né? Exige aí toda
uma questão maior, essa é a impressão que eu fiquei é de que nós temos
uma legislação de primeiro mundo para um país que não está de primeiro
mundo nas outras áreas, então é muito fácil marcar um prazo e falar há
décadas. Mas como que a década não tem jeito de fazer? É, você vê que
passou-se os anos, vários ficaram e não teve mudança. Na prática, teve
estudos, estudos e estudos. Mas então é a mensagem final que eu queria
deixar é essa? Nós gostaríamos que esses assuntos fizessem parte das
campanhas, se for o caso, de se entender que, como os estudos técnicos
apontam que deve ser cobrado uma taxa, eu acredito que se for
explicado, a população vai entender porque a energia não é gratis, a água
tratada não é grátis, o esgoto não é grátis, é um serviço público que é
cobrado. Se entender-se que o município precisa arrecadar para poder
fazer a obra que tiver que ser feito, as pessoas vão precisar compreender.
É a mensagem final e a gente abre agora o espaço para o senhor fazer as
suas considerações finais.

Dioji - Bom, eu faço um adendo a esse comentário, seu jogando também


essa responsabilidade para quem nos assiste e venha a ter conhecimento
dessa entrevista. É preciso ter a participação mais massiva, sabe da
população de um modo geral, no processo político, né? Eu sempre falo
que é a política, não acontece de 2 em 2 anos ou no caso município de de
4 em 4 anos. Ela acontece todos os dias, né? É o problema ambiental é
um problema da sociedade. Problema de de estrutural é um problema da
sociedade, problema de saúde é um problema da sociedade, então nós
temos que participar de forma mais ampla, né? E cobrar de quem tem
que ser cobrado. Todos os debates devem ser realizados com aquilo que
pode ser feito e a população precisa ter acesso a essas informações
também. Eu vejo que o ano que vem um ano importante, nós estamos
evoluindo, um processo evolutivo do ponto de vista eleitoral, político, os
projetos que são apresentados estão sendo mais acompanhados na sua
execução. Com relação aos eleitores, cidadãos, de modo que nós temos a
oportunidade de propor, né a um governante que vai assumir o nosso
município a partir de 2025 aquilo que a gente realmente espera, né? Eu
vou participar, candidato ou não eu estarei participando porque eu quero
ver o nosso município, a nossa população cada vez mais valorizada e
vivendo num ambiente cada vez melhor

Públio - Obrigado!

Dioji – Eu quem agradeço!

Entrevista realizada em: 25-10-2023

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