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TiSBU 2021 - PROVA A - QUESTÃO 34

Paciente de 28 anos, com massa testicular, é submetido à orquiectomia. Resultado


histopatológico é de teratoma maduro puro. A alfafetoproteína segue ligeiramente elevada e o
beta-HCG é negativo. A tomografia de abdômen revela massa linfonodal de 2,8cm no
retroperitônio. Após 3 meses do término da quimioterapia de primeira linha, os exames
mostram marcadores tumorais normais e redução da massa para 1,5cm em tomografia de
controle.
Considerando o caso descrito, assinale a alternativa com a MELHOR CONDUTA para esse
paciente.
A) Quimioterapia de 2ª linha.
B) Acompanhamento da massa.
C) Radioterapia.
D) Linfadenectomia retroperitoneal.

Gabarito preliminar: opção C.

Comentários: Primeiro vamos recordar que o teratoma é um tumor testicular de células


germinativas não seminomatoso (NSGCT) e, sendo um teratoma puro, não esperamos a
elevação do beta-HCG, mas podemos observar uma discreta elevação de alfafetoproteína; além
disto, é um tipo histológico quimio-resistente.

O paciente tinha um linfonodo de 2,8cm; o que lhe define como sendo um tumor de estádio
clínico IIB.

Nos sumários de evidências apresentados pelos Guidelines da EAU 2021, é descrito que, os
NSGCT de estádio II A/B cuja doença nodal evolui com um aumento concomitante dos
marcadores (AFP ou beta-HCG), demandam quimioterapia primária, como foi o caso
apresentado. No acompanhamento, havendo massas residuais, as diretrizes européias
recomendam a linfadenectomia retroperitoneal.

O descrito anteriormente é consoante com o apresentado por Campbell 12th Ed. onde é descrito
que dada a frequente presença de focos metastáticos relacionados aos NSGCT, os pacientes com
massas residuais demandam a ressecção cirúrgica para consolidar o tratamento; a
quimioterapia inerente ao teratoma é uma limitação às estratégias de tratamento dos NSGCT
que empregam a quimioterapia isolada.

A melhor conduta para este caso, diante do exposto pela bibliografia proposta no edital é
apresentada na opção D) Linfadenectomia retroperitoneal.

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