Você está na página 1de 19

1.

2 As causas da intoxicação
É consenso entre autoridades e pesquisadores que os
problemas enfrentados pelos trabalhadores com a
intoxicação por agrotóxicos são decorrentes da:
 Não observação das instruções contidas nas bulas e
rótulos dos produtos.
 Não utilização dos equipamentos de segurança
adequados.
1.2 As causas da intoxicação
A gestão dos riscos no uso de agrotóxicos é um dos
aspectos fundamentais de toda a função segurança. O
conhecimento dos riscos suporta a avaliação e o
estabelecimento das medidas de prevenção mais
adequadas.
1.2 As causas da intoxicação
Fatores ambientais (temperatura, pressão, umidade,
entre outros) e fatores biológicos (idade, sexo, peso e
deficiências nutricionais que envolvem o trabalhador)
podem potencializar os efeitos tóxicos dos agrotóxicos.
Para diminuirmos o risco das substâncias químicas no
organismo dos trabalhadores, temos que diminuir a
toxicidade dos produtos manuseados e/ ou o seu tempo de
exposição.
1.2 As causas da intoxicação
Segundo a NR-31(Segurança e saúde no trabalho, na
agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e
aquicultura), cabe ao empregador rural ou equiparado
adotar medidas de avaliação e gestão do risco com a
seguinte ordem de prioridade:

1) eliminação do risco;
2) controle do risco na fonte;
3) redução do risco ao mínimo através de medidas técnicas,
de práticas seguras, e de capacitação.
1.2 As causas da intoxicação
A escolha de um método adequado de controle de risco
requer dos TST’s um grande conhecimento sobre as
características do risco a ser controlado. Assim,
trabalhamos as ações e métodos de controle de riscos
primeiramente sobre o ambiente e não sobre o trabalhador
exposto ao risco.
1.3 Métodos de Controle
Para colocarmos em prática os métodos de controle,
associados aos agrotóxicos, devemos tomar três tipos de
medidas:
• Medidas de Engenharia: visam à intervenção no processo
produtivo, na segurança de máquinas e na adequação dos
ambientes e postos de trabalho.

• Medidas Administrativas: controlam o acesso de pessoas,


jornada de trabalho, sinalizações, organização da CIPA,
controle médico e treinamentos.

• Medidas individuais: são as de higiene pessoal, proteção


individual e adoção de práticas de trabalho, visando alterar
o comportamento individual do trabalhador.
1.3.1 Níveis de intervenção
Na aplicação das medidas de controle, três níveis de
intervenção são propostos para controlar a exposição ao
risco de contaminação por agrotóxico.
 No processo de produção ou na geração do risco.
No processo de produção, onde é gerado o risco, este
pode ser reduzido com medidas como: controle biológico,
mecânico e até com o uso de plantas mais resistentes.
1.3.1 Níveis de intervenção
 Na trajetória do agente (agrotóxico) entre a fonte e o
trabalhador.
Na trajetória do agente danoso, entre a fonte e o
trabalhador, o controle de risco que devemos trabalhar está
principalmente no isolamento ou enclausuramento,
buscando, através do uso de barreiras, eliminar o contato
entre o agente e os trabalhadores potencialmente expostos
a esse agente, ou reduzir os níveis dos contaminantes nos
postos de trabalho.
 
1.3.1 Níveis de intervenção
 
 No trabalhador sujeito ao risco.
Quando trabalhamos na intervenção do profissional
sujeito ao risco, devemos considerar que esta intervenção é
complementar às intervenções anteriores já citadas,
sobretudo porque tem capacidade bastante limitada no
controle de riscos.
1.3.1 Níveis de intervenção
 

Não podemos esquecer que devemos sempre priorizar as


intervenções com medidas coletivas. Quando as mesmas
não forem suficientes para controlar a exposição, colocando
em risco o trabalhador, devemos considerar a utilização de
controles individuais. As intervenções individuais como o
uso EPI devem ser consideradas providências
complementares, e não medidas que por ventura venham a
substituir o alcance das coletivas.
2.0 CONTROLE DE RISCOS
 

2.1 Segurança no preparo da calda


O preparo da calda exige muito cuidado, pois é o momento
em que o trabalhador está manuseando o produto concentrado.
Devemos observar os itens abaixo para evitarmos acidentes:
1. A embalagem deve ser aberta com cuidado para evitar
derramamento do produto.
2. O usuário deve utilizar balanças, copos graduados, baldes e
funis específicos para o preparo da calda.
2.0 CONTROLE DE RISCOS
 

2.1 Segurança no preparo da calda


3. O usuário deve fazer a lavagem da embalagem
vazia logo após o esvaziamento da mesma.
4. Após o preparo da calda, o usuário deve lavar
os utensílios e secá-los ao sol.
5. Usar apenas o agitador do pulverizador para
misturar a calda.
2.0 CONTROLE DE RISCOS
 

2.1 Segurança no preparo da calda


6. Utilizar sempre água limpa para preparar a calda e evite o
entupimento dos bicos do pulverizador.

7. Verificar se todas as embalagens usadas estão fechadas e


guarde-as no depósito.

8. Manusear os produtos longe de crianças, animais e pessoas


desprotegidas.
2.0 CONTROLE DE RISCOS
 

2.2 Segurança na aplicação do produto


A maioria dos problemas de mau funcionamento dos produtos
nas lavouras ocorre devido à aplicação incorreta dos mesmos.
Por isso, mantenha os equipamentos aplicadores sempre bem
conservados, lave os mesmos diariamente e faça revisão e
manutenção periódica, substituindo as mangueiras e bicos
danificados.

Jamais utilizar equipamentos com defeitos, vazamentos ou


em condições inadequadas de uso. Ler o manual de instruções do
fabricante do pulverizador e o operador deve saber como calibrá-
lo.
2.0 CONTROLE DE RISCOS
 

2.2 Segurança na aplicação do produto


Quando da aplicação de um agrotóxico, deve-se verificar a
velocidade do vento, conforme o quadro a seguir:
2.0 CONTROLE DE RISCOS
 

2.2 Segurança na aplicação do produto


Outras regras importantes:
• Sempre usar EPI para aplicar os agrotóxicos.
• Evitar aplicar produtos fitossanitários nas horas mais quentes
do dia.
• Não comer, não beber e não fumar durante a aplicação.
• Não desentupir bicos com a boca.
• Após a aplicação, manter as pessoas afastadas das áreas
tratadas, observando o período de reentrada.
2.0 CONTROLE DE RISCOS
 

2.2 Segurança na aplicação do produto


Os equipamentos de aplicação dos agrotóxicos, adjuvantes e
produtos afins, devem ser:
a) mantidos em perfeito estado de conservação e funcionamento;
b) inspecionados antes de cada aplicação;
c) utilizados para a finalidade indicada;
d) operados dentro dos limites, especificações e orientações
técnicas.
2.0 CONTROLE DE RISCOS
 

2.2 Segurança na aplicação do produto


A conservação, manutenção, limpeza e utilização dos
equipamentos só poderão ser realizadas por pessoas
previamente treinadas e protegidas.
A limpeza dos equipamentos será executada de forma a não
contaminar poços, rios, córregos e quaisquer outras coleções de
água.
FIM

Você também pode gostar