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Caroline Oliveira Ferraz RA 51914029

Gabriela Vitoria Santos RA 51914037


Kauane Vitoria Alves França RA 51913341
Rafaela Amá Sadocco RA 51913515

RECLAMAÇÃO TRABALHISTA COM PEDIDO DE IDENIZAÇÃO POR


DANOS MORAIS

I - PRELIMINARMENTE

I.a - DA APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO "IN DÚBIO PRO OPERÁRIO" NA


APRECIAÇÃO DAS PROVAS

Ainda que o trabalhador vença o medo de sofrer eventuais restrições e


discriminações no mercado de trabalho por ter sofrido acusações caluniosas de seu ex-
empregador, propõe a apreciação de provas testemunhais daqueles que relataram ter
presenciado a exposição do que não passam de boatos criados por má-fé da reclamada.

O princípio do indubio pro operário é desdobramento do princípio de


proteção ao trabalhador, visando reequilibrar a relação que existe entre empregado e
empregador, minimizando as desigualdades existentes na realidade fática.

Resta evidente a violação desse princípio, uma vez que o ex-


empregador com intuito de prejudicar a autora proferiu diversas calúnias a seu respeito
já mencionadas, com objetivo puramente de prejudicá-la criando um aspecto negativo e
duvidoso de sua pessoa frente a outros empregadores e funcionários do círculo ao qual
estão envolvidas as partes.

Assim, havendo a hipótese de a norma comportar mais de uma


interpretação possível, em respeito ao princípio da proteção e do in dubio pro misero, o
aplicador da lei deve optar pela hipótese mais favorável ao trabalhador.

II – DOS FATOS
A reclamante, Claudia, trabalhou por 4 anos na relojoaria
REIMBORG LTDA, ora denominada como reclamada, localizada em shopping center.

Cumpre esclarecer que, a reclamante foi dispensada em 12.06.2021 e,


no mês de julho, ficou sabendo por outros comerciantes do centro de lojas, que o seu ex
empregador estava dizendo que o motivo de sua demissão teria sido por ter furtado
produtos da loja.

Entretanto, isso jamais ocorreu, tanto que foi dispensada SEM justa
causa, de forma injusta, sem qualquer aviso ou advertência quanto as alegações feitas
por seus empregadores.

Por este motivo, pleiteia pedido indenizatório a fim de ter reparado os


danos morais sofridos em decorrência de conduta criminosa caracterizada pela
disseminação de inverdades caluniosas contra sua pessoa, após extinção do seu contrato
de trabalho.

III - DO DIREITO

Inicialmente é importante mencionar a teoria da perda de uma


chance, já que a reclamante perdeu diversas oportunidades de trabalho no shopping
center por seu nome estar difamado pelos estabelecimentos que ali o cercam, apesar de
não haver na legislação brasileira um dispositivo específico para a perda de uma chance,
podemos, valendo do critério da analogia, adaptar a legislação vigente ao caso concreto
desde que respeitadas a proporcionalidade e a adequação, além de que, há diversos
entendimentos jurisprudenciais acerca do assunto.

Além disso, ao caluniar ou difamar alguém, a pessoa que o faz fere


gravemente um dos principais princípios do Direito Brasileiro, o princípio do
contraditório e ampla defesa, uma vez que, ao acusar uma pessoa de maneira caluniosa a
vítima está sendo privada desse direito. Nesse caso a autora não obteve a chance do
contraditório.

Nesse sentido, os incisos V e X, do artigo 5º, da Constituição


Federal, asseguram a todo cidadão o direito à reparação dos danos morais porventura
sofridos, assim entendidos aqueles que dizem respeito à esfera de personalidade do
sujeito, mais especificadamente, os decorrentes de ofensa à sua honra, imagem e
intimidade.

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:

(...)

V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da


indenização por dano material, moral ou à imagem;

(...)

X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das


pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral
decorrente de sua violação;

De mesmo modo que o artigo 1º, III, da CF versa sobre os


fundamentos da República brasileira, destacando a dignidade da pessoa humana:

Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel


dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado
Democrático de Direito e tem como fundamentos:

I - a soberania;

II - a cidadania;

III - a dignidade da pessoa humana;

IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; (Vide Lei nº 13.874,


de 2019)

V - o pluralismo político.

A dignidade constitui, na moral kantiana, um valor incondicional e


incomparável, em relação ao qual só a palavra respeito constitui a expressão
conveniente da estima que um ser racional lhe deve prestar. Para ilustrar o caráter único
e insubstituível da dignidade, Kant a contrapõe ao preço:

“Quando uma coisa tem preço, pode ser substituída por algo
equivalente; por outro lado, a coisa que se acha acima de todo
preço, e por isso não admite qualquer equivalência,
compreende uma dignidade.”

Para Schopenhauer, o egoísmo humano é sem limites e comanda o


mundo, pois o homem quer tudo dominar. Tomando-se pelo centro do mundo, o homem
relaciona tudo ao seu interesse, ainda que esse interesse seja dirigido a uma recompensa
a ser recebida fora deste mundo. A própria cordialidade entre os homens nada mais é do
que mera hipocrisia reconhecida e convencional.

Bem como agiu a reclamada que por seus próprios interesses denegriu
a imagem de Cláudia, de forma a atacar o direito fundamental e inerente da reclamante.

A difamação e calúnia fizeram com que a reclamante tivesse a sua


imagem manchada, ficando esta com a "fama" de criminosa, afetando diretamente em
novas oportunidades de emprego, agravando sua situação econômica e financeira,
causando-lhe dano moral grave.

Em âmbito doutrinário é de pleno conhecimento o fato que empregado


pode sofrer dano moral após a rescisão contratual.

Nesse sentido Nehemias Domingos de Melo leciona que “Ocorre que


logo após o término do contrato de trabalho, via de regra, os ânimos ficam acirrados e
fazem aflorar sentimento de vingança que, muitas vezes, podem descambar para ataques
à honra das partes envolvidas na ex-relação empregatícia. Uma das principais situações
que autorizará o trabalhador, e também a empresa, a exigir indenização por danos
morais é a divulgação de fatos desabonadores inverídicos. No curso da relação de
emprego, tanto empregado quanto empregador devem pautar seus procedimentos dentro
do mais estrito respeito aos princípios da confiança e da boa-fé. O término da relação de
emprego não põe fim a essa obrigação. ”

Entretanto, no caso em tela, o empregador ora reclamado, não


cumpriu com o pacto de respeito mencionado, no momento em que difamou a
reclamante aos demais empregados, alegando a inverdade de que a rescisão contratual
foi motivada por um furto da parte autora, afetando a sua reputação profissional e sua
boa fama, motivo pelo qual opera a presente reclamação trabalhista

Neste sentido, conceitua dano moral, segundo Pablo Stolze (2012, p.


95), como sendo o prejuízo ou lesão de direitos, cujo conteúdo não é pecuniário, nem
comercialmente redutível a dinheiro, como é o caso dos direitos a personalidade, a
saber, o direito à vida, à integridade física (direito ao corpo, vivo ou morto, e à voz), à
integridade psíquica (liberdade, pensamento, criações intelectuais, privacidade e
segredo) e a integridade moral (honra imagem e identidade).

Por fim, vale pontuar que Silvio de Salvo Venosa dispõe: “a


indenização, qualquer que seja sua natureza, nunca representará a recomposição efetiva
de algo que se perdeu, mas mero lenitivo para sua perda, seja esta de cunho material ou
não”.

Na seara laboral, o instituto se encontra regulado na CLT no Título II-


A, no âmbito do artigo 223-A.

O dano moral é in re ipsa, ou seja, é evidenciado pela simples


verificação da ofensa ao bem jurídico. O dispositivo 223-B da CLT dispõe que causa
dano de natureza extrapatrimonial a ação ou omissão que ofenda a esfera moral ou
existencial da pessoa física ou jurídica, na sequência, completa o artigo 223-C da
mesma normativa que a honra, a imagem, a intimidade, a liberdade de ação, a
autoestima, a sexualidade, a saúde, o lazer e a integridade física são os bens
juridicamente tutelados inerentes à pessoa física.

No caso em tela, evidencia-se o dano moral experimentado pela


reclamante quando o seu ex empregador espalhara para outros comerciantes que o
motivo que levou à demissão da reclamante teria sido pelo furto de produtos da loja, de
modo a dificultar a sua recolocação no mercado de trabalho.

Não obstante as particularidades do dano moral trabalhista, a sua


respectiva reparação ostenta natureza civil, conforme abaixo demonstrado:

Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou


imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que
exclusivamente moral, comete ato ilícito.

Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem,
fica obrigado a repará-lo.

Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente


de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente
desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os
direitos de outrem.

Diante desse entendimento, a reclamada cometeu ato ilícito ao difamar


e caluniar a reclamante perante outros empregadores, gerando dano a reclamante que
em razão disso não conseguiu se realocar no mercado de trabalho.

III.a - DO QUANTUM IDENIZATÓRIO

Frente aos fatos e elementos trazidos, faz-se análise e avaliação sobre


a extensão do dano a ser reparado, iniciando com a legislação:
Art. 944. A indenização mede-se pela extensão do dano.”

Art. 223-B. Causa dano de natureza extrapatrimonial a ação ou omissão que


ofenda a esfera moral ou existencial da pessoa física ou jurídica, as quais
são as titulares exclusivas do direito à reparação.

Art. 223-C. A etnia, a idade, a nacionalidade, a honra, a imagem, a


intimidade, a liberdade de ação, a autoestima, o gênero, a orientação sexual,
a saúde, o lazer e a integridade física são os bens juridicamente tutelados
inerentes à pessoa natural.

Art. 223-G. Ao apreciar o pedido, o juízo considerará:


I - a natureza do bem jurídico tutelado;
II - a intensidade do sofrimento ou da humilhação;
III - a possibilidade de superação física ou psicológica;
IV - os reflexos pessoais e sociais da ação ou da omissão;
V - a extensão e a duração dos efeitos da ofensa;
VI - as condições em que ocorreu a ofensa ou o prejuízo moral;
VII - o grau de dolo ou culpa;
VIII - a ocorrência de retratação espontânea;
IX - o esforço efetivo para minimizar a ofensa;
X - o perdão, tácito ou expresso;
XI - a situação social e econômica das partes envolvidas;
XII - o grau de publicidade da ofensa.

§ 1º Ao julgar procedente o pedido, o juízo fixará a reparação a ser paga,


a cada um dos ofendidos, em um dos seguintes parâmetros, vedada a
acumulação:
I - ofensa de natureza leve, até três vezes o último salário contratual do
ofendido;
II - ofensa de natureza média, até cinco vezes o último salário contratual
do ofendido;
III - ofensa de natureza grave, até vinte vezes o último salário contratual
do ofendido;
IV - ofensa de natureza gravíssima, até cinquenta vezes o último salário
contratual do ofendido.

Sendo assim, é claro que os fatos narrados se enquadram


perfeitamente nos requisitos necessários, configurando ofensa de natureza grave, pelo
motivo de que a atitude imperdoável da reclamada prejudicou a recolocação da
reclamante no mercado de trabalho e consequentemente seu sustento e de sua família,
causou danos psicológicos irreparáveis, pois dificilmente haverá esforço efetivo e
retratação por parte da reclamada perante aos comerciantes, fazendo com que a
reclamante se sinta humilhada e envergonhada da situação vivenciada.

Nesta mesma perspectiva vem entendo a jurisprudência amparada


pelos novos artigos trazidos pela reforma trabalhista na decisão proferida pelo MIN.
ALEXANDRE LUIZ RAMOS do TST, em Recurso de Revista em junho de 2020 que,
os danos morais trabalhistas advêm do constrangimento ou agravo infligido ao
trabalhador, mediante a violação de direitos fundamentais em decorrência da relação de
emprego. De acordo com o critério da teoria da responsabilidade civil subjetiva,
somente surgirá o dever de reparação se resultar suficientemente provado o efetivo dano
e o nexo de causalidade entre este e eventual ação ou omissão dolosa ou culposa que
tenha sido perpetrada pelo empregador.

RECURSO DE REVISTA. ACÓRDÃO REGIONAL PUBLICADO NA


VIGÊNCIA DA LEI Nº 13.015/2014 E ANTERIORMENTE À LEI Nº
13.467/2017. DANO MORAL. TRANSPORTE DE PEQUENOS
VALORES PARA PAGAMENTO DE CONTAS EM
ESTABELECIMENTO BANCÁRIO. NÃO CONFIGURAÇÃO. NÃO
CONHECIMENTO. I. O dano moral trabalhista concerne ao agravo
ou ao constrangimento infligido quer ao empregado, quer ao
empregador, mediante a violação de direitos fundamentais inerentes à
personalidade (intimidade, privacidade, sigilo bancário, sigilo industrial,
honra, dignidade, honestidade, imagem, bom nome, reputação,
liberdade, dentre outros), como consequência ou como decorrência da
relação de emprego . Não obstante as particularidades do dano moral
trabalhista, a sua respectiva reparação ostenta natureza civil, porquanto
tem arrimo nos arts. 186, 391 e 942 do Código Civil de 2002. II.
Conforme o critério da teoria da responsabilidade civil subjetiva,
somente surgirá o dever de reparação se resultar suficientemente
provado o efetivo dano e o nexo de causalidade entre este e eventual ação
ou omissão dolosa ou culposa que tenha sido perpetrada pelo
empregador. (...) julgados. IV. Recurso de revista de que não se conhece.
(TST - 00018697220155170131, Relator: MIN. ALEXANDRE LUIZ
RAMOS, Data de Julgamento: 03/06/2020, Data de Publicação: 12/06/2020)

Tendo mesma compreensão em casos análogos ao presente com dano


moral pós contratual, onde há violação de conduta aos sujeitos do contrato de trabalho
posteriormente à sua extinção, caracterizando ofensa à honra e à dignidade da pessoa
humana, sujando a sua imagem e dificultando a recolocação no mercado de trabalho.

DANO MORAL PÓS-CONTRATUAL - CARACTERIZAÇÃO. I - O dano


moral pós-contratual decorre da violação de um dever de conduta inerente
aos sujeitos do contrato de trabalho posteriormente à sua extinção, com
fundamento na cláusula geral de boa-fé, que norteia os contratos. II- O fato
de a empresa remeter aos seus clientes correspondências, relatando a má
qualidade do serviço prestado pelo autor, de modo a dificultar a sua
recolocação no mercado de trabalho, caracteriza ofensa à honra e à dignidade
da pessoa humana, verificando-se a ocorrência de dano moral, nos termos do
art. 1º , III da CF e dos artigos 186 e 927 do Código Civil. (TRT24 -
0000746-48.2012.5.24.0002, Relator: NICANOR DE ARAÚJO LIMA, Data
de Julgamento: 21/08/2013)

No caso em tela, fica suficientemente provado o dano sofrido pelo


empregador mediante depoimento testemunhal. Considerada ESSENCIAL para o
processo trabalhista, consoante decisão proferida em novembro de 2017 pelo MIN.
JOAO ORESTE DALAZEN do TST em agravo de instrumento de recurso de revista.

AGRAVO DE INSTRUMENTO DO RECLAMADO. RECURSO DE


REVISTA. CONTRADITA. TESTEMUNHA. SUSPEIÇÃO. LITÍGIO EM
FACE DO EMPREGADOR COMUM. SÚMULA Nº 357 DO TST. TROCA
DE FAVORES. NÃO CONFIGURAÇÃO 1. O simples fato de a
testemunha litigar em face do mesmo empregador, ainda que a pretensão
deduzida em juízo seja idêntica, não configura suspeição. 2. O interesse
na causa determinante de suspeição não se presume, sob pena de
comprometer o direito de defesa de qualquer das partes, mormente
quando importe absoluto cerceamento de produção de prova
testemunhal, essencial no processo trabalhista. 3. Agravo de
instrumento do Reclamado de que se conhece e a que se nega provimento.
(...) (TST - 00061028520115120004, Relator: MIN. JOAO ORESTE
DALAZEN, Data de Julgamento: 08/11/2017, Data de Publicação:
17/11/2017)
Bem como, Leone afirma:

É a mais importante do processo do trabalho, considerando-se


o princípio da primazia da realidade sobre a forma, pois no
confronto entre a verdade real (realidade dos fatos) e a verdade
formal, prevalecerá a primeira; por isso o contrato de trabalho
é conhecido como contrato-realidade. (PEREIRA, Leone.
Manual de processo do Trabalho. 3. Ed. São Paulo: Saraiva,
2014. P. 512.)

Destacando-se que, conceitua-se como testemunha pessoa estranha ao


feito, não devendo ser cônjuge, ascendente e o descendente em qualquer grau, ou
colateral de alguma das partes.

Por fim, conforme a súmula 392, através da Resolução 193/2013 não


há que se afastar a competência da Justiça do Trabalho para julgar dano moral, passando
então, a consignar interpretação extensiva quanto a competência material da Justiça do
Trabalho para julgar ações de indenização por dano moral e material decorrentes da
relação de trabalho.

Pelos fatos e fundamentos previamente expostos, espera a


condenação, capaz de efetivamente ressarcir a autora pelos danos morais sofridos, nos
termos do que estabelece o artigo 223-G da CLT, capaz de reparar a vítima pelo dano
sofrido e evitar que tais práticas voltem a ocorrer no ambiente de trabalho, evitando
indenizações ínfimas que, por vezes, até ofendem o atingido e encorajam o ofensor a
perpetrar as mesmas práticas.

IV - DOS PEDIDOS

Diante do exposto, requer:

a) Seja julgada totalmente procedente o presente pedido de indenização


condenando a reclamada ao pagamento de indenização por danos morais
(extrapatrimoniais) em decorrência do prejuízo à reclamante por não conseguir
se realocar no mercado de trabalho, pela humilhação perante seus colegas de
trabalho, família, ex clientes, pelo peso de ser considerada pessoa de má índole
ao ponto de não conseguir sequer sair de sua casa, devido ao ato ilícito cometido
pelos ex-empregadores;

b) Por ser caracterizado ofensa de natureza gravíssima, requer que a reclamada seja
condenada ao pagamento de até no mínimo cinquenta vezes o valor de seu
último salário R$ 2.300,00 (dois mil e trezentos reais), totalizando a quantia de
R$115.000,00 (cento e quinze mil reais) a luz do que disciplina o artigo 223-G
da CLT;

Poder provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidas, tais como:
testemunhas, documentos, perícias e outras.

Nestes termos,

Pede deferimento.
Indaiatuba, 13 de junho de 2022

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