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jusbrasil.com.br
4 de Novembro de 2020
Mas é justamente por atingir direitos existenciais que há, ainda hoje, uma
divergência na doutrina e na jurisprudência sobre a natureza jurídica do
dano moral, onde parte alega que o dano moral é a percepção de abalo
psíquico pelo lesado, condicionando a sua indenização à demonstração de
que o evento danoso lhe gerou sentimentos humanos negativos, como dor e
sofrimento.
A hipótese do nascituro ilustra bem esse risco, pois, caso venha a perder seu
pai por conduta ilícita de outrem, não vai ter a percepção da situação até
que venha, após certo lapso temporal, a ter discernimento suficiente para
entendê-la. É inegável que terá direito de reparação do dano desde o
momento da conduta ilícita e não do momento que tiver a capacidade
psíquica de entender o fato, até porque, o modo que o conhecimento de tal
fato irá refletir na vítima, anos depois, é amplamente subjetivo e vai variar
de pessoa para pessoa.
A indenização por dano moral tem caráter dúplice, sendo o primeiro deles
compensatório: não há finalidade ressarcitória pois não ocorreu injusta
diminuição patrimonial da vítima, mas deve haver compensação financeira
pelo direito da personalidade violado. Corrobora com este entendimento os
dizeres de Pablo Stolze Gagliano e Rodolfo Pamplona Filho:
Portanto, a análise deverá ser feita caso a caso e a extensão do dano variará
conforme a vítima, o modo como aquele direito existencial lhe foi violado e
de que maneira essa violação repercute em sua vida, não se podendo fixar
um critério objetivo para a concessão de indenização, pois os parâmetros a
serem observados são, em sua grande maioria, amplamente subjetivos.
Conclusão:
1. https://www.nelsonrosenvald.info/single-post/2015/05/11/O-que-
%C3%A9oDano-Moral ↑