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Processo nº 0017384-77.2013.8.13.0520
1. Em sua inicial, a parte autora alega que ficou desempregado e que por
isso entrou em contato com a parte ré para recebimento do seguro adquirido por
meio do contrato de financiamento. O corre que o banco se negou ao pagamento da
cobertura do seguro. Requer que o réu seja condenado a pagar o valor de R$920,00
(novecentos e vinte reais e oitenta e quatro centavos)
CONTRATAÇÃO REALIZADA
DA REALDIADE DOS FATOS
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2. Douto julgador, em análise interna do banco, verificou-se que não
consta nenhuma comunicação de ocorrência à Segurada, bem como nenhum
Processo de Sinistro aberto ou negativa registrada na Seguradora. O banco só
tomou conhecimento dos atos narrados com a presente ação judicial.
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dirigido pelo Segurado;
g) cópia autenticada do laudo de necropsia se houver; e
h) cópia autenticada do laudo de exame toxicológico ou a respeito do
teor alcoólico no sangue
do Segurado, se for o caso.”
4. Com efeito, não há nos autos nenhum documento que comprove que
houve a comunicação do sinistro, bem como o preenchimento do formulário. Assim,
deve-se entender que a parte autora não faz juz a cobertura do seguro.
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uma opção do consumidor aderir ao mesmo, não havendo que se falar em imposição
desta contratação.
10. Dentro desse cenário, deve-se ter em mente, para que o dano moral seja
indenizável, faz-se necessária a comprovação do ato ilícito praticado pelo suposto
ofensor, a demonstração do dano efetivamente suportado pela vítima e o nexo de
causalidade entre ambos.
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desnaturando-a.” J.J. Calmon de Passos, O Imor al nas
Indenizações por Dano Moral, Jus Nav ig andi nº57, 04.02.2002.
13. Em meio a essa situação, não vislumbramos quais os danos morais que
eventualmente poderia ter suportado a parte autora, pois em momento algum agiu,
o réu, com o intuito de causar ofensa à sua honra, imagem ou dignidade pessoal.
indivíduo.
aborrecimentos”
“O dano deve ser de tal modo grave que justifique a concessão de uma
satisfação de ordem pecuniária ao lesado. Nessa linha de princípio, só deve
ser reputado dano moral a dor, vexame, sofrimento ou humilhação que,
fugindo à normalidade, interfira intensamente no comportamento psicológico
do indivíduo, causando-lhe aflições, angústia e desequilíbrio em seu bem
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estar. Mero dissabor, aborrecimento, mágoa, irritação ou sensibilidade
exacerbada estão fora da órbita do dano moral, porquanto, além de fazerem
parte da normalidade do nosso dia-a-dia, no trabalho, no trânsito, entre os
amigos e até no ambiente familiar, tais situações não são intensas e
duradouras, a ponto de romper o equilíbrio psicológico do indivíduo. Se assim
não se entender, acabaremos por banalizar o dano moral, ensejando ações
judiciais em busca de indenizações pelos mais triviais aborrecimentos” (in
‘Programa de Responsabilidade Civil’, 5ª edição, 2ª tiragem, Malheiros
Editores, 2003, p. 98).
REQUERIMENTO FINAL
18. Por todo o exposto, requer que se digne esse MM. Juízo em julgar
totalmente improcedente a demanda.
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FELICIANO LYRA MOURA, inscrito na OAB/PE sob o nº 21.714, com endereço
profissional constante do timbre.
Nestes termos,
P. deferimento.
Do Recife (PE) para Pompéu (MG), 05 de novembro de 2013.