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............, nacionalidade, estado civil, profissão, portador do CPF/MF nº ......, com Documento
de Identidade de n° 0000000000, residente e domiciliado na Rua ............, Bairro TAL, CEP:
75960-00 , Acreúna/Go, vem respeitosamente através de seu advogado perante a Vossa
Excelência propor:
em face de ........, pessoa jurídica, com CNPJ de ........., com sede na Rua ......., pelas razões de
fato e de direito que passa a aduzir e no final requer:
DOS FATOS
A autora celebrou contrato de compromisso de compra e venda (segue anexo) com a
Imobiliária Ré, do lote situado na Avenida Paranoá, Setor Canadá Lote 06, Quadra 6A, em 14 de
Janeiro de 2008, sendo o valor pago com uma entrada o restante parcelado em 12 vezes, tendo
a autora, cumpriu com as parcelas conforme segue anexo comprovantes de pagamento.
Ocorre que a autora tomou conhecimento que houvera sido implantado um padrão de
energia em seu lote. Ao investigar sobre o processo, acessou o indivíduo responsável pela
implantação, o qual revelou que também havia comprado a propriedade, da Imobiliária Ré.
Ressalta-se, que o autor colocou seu imóvel a venda, sem vínculo com a imobiliária,
realizando todo o processo de venda de forma autônoma. Ao saber que seu lote havia sido
vendido, obteve grande frustração, aflição e angustia ao cogitar a hipotese de perder o lote que
pagou com tanto esforço, alem de seu prejuízo financeiro.
Desta forma deve a ré indenizar a autora, pois, além de não receber demanda de
atuação para comercialização da propriedade, atuou de modo desconhecido e questionável em
relação a venda da mesma, não tomando os cuidados necessários acerca de prestação de
serviços, como é possível ser visto à seguir.
DA RESPONSABILIDADE DA IMOBILIÁRIA
Pelo que fica evidenciado nos fatos e documentos acostados em anexo, a Imobiliária
não tomou os cuidados necessários na intermediação dos serviços, pois competia a ela
averiguação documental no momento da venda.
Tal imprudência fica evidenciada quando, a Imobiliária vende o lote a Autora de forma
parcelada a mais de 10 (dez) anos e sem seu consentimento vende o mesmo lote a uma terceira
pessoa anos mais tarde.
Dispõe de forma clara o Código Civil que:
Restou assim comprovado que o requerido não cumpriu com sua obrigação assumida
em contrato, um vez alienou o bem para outra pessoa, mesmo o autor pagando todas as
prestações em dia, desta maneira, não resta outra medida a não ser o registro do lote junto ao
CRI local em nome do autor.
DO DANO MORAL
Cumpre registrar que no tocante ao dano moral, é entendido como todo sofrimento
humano que não é causado por uma perda pecuniária, refletindo-se este sobre os direitos da
personalidade e no caso, consubstancia-se este na frustração, aflição, angustia e experimentado
pelo requerente ao constatar que seu lote havia sido vendido, mesmo cumprindo com sua
obrigação contratual.
Trata-se de fato que ultrapassa e muito, a esfera do mero dissabor. Assinale, ainda, que a
moral é reconhecida como bem jurídico, recebendo dos mais diversos diplomas legais a devida
proteção, inclusive, estando amparada pelo art. 5º, inc. V da Carta Magna/88: “Art. 5º (omissis):
DO VALOR INDENIZATÓRIO
Em relação ao quantum, cumpre ressaltar que a indenização por danos morais tem
função diversa daquela referente à dos danos patrimoniais, não podendo ser aplicado critérios
iguais para sua quantificação, uma vez que a reparação de tal espécie de dano procura oferecer
compensação ao lesado para atenuar o sofrimento havido e, quanto ao causador do dano,
objetiva impingir-lhe sanção, a fim de que não volte a praticar atos lesivos à personalidade de
outrem.
No caso em tela a indenização por dano moral deve ser aplicada para coibir a
demandada de continuar a se cumprir as clausulas de contrato de compra e venda.
Assim, tendo em conta as circunstâncias fáticas, o caráter ante social da conduta lesiva,
o princípio da proporcionalidade, requer-se a condenação da demandada em 30 (trinta) salários
mínimos nacionais vigentes a época da condenação, sendo esta quantia é mínima para o
poderio econômico da demandada, mas suficiente para reparar a frustração da Demandante
sem enriquecê-la.
DOS PEDIDOS
Por tudo exposto, serve a presente Ação, para requerer a V. Exa., se digne:
a) a citação do requerido por meio postal, nos termos do art. 246, inciso I, do CPC/2015 [7];
d) ao final, seja dado provimento a presente ação, no intuito de condenar o réu a ao pagamento
de indenização por dano moral a 30 (trinta) salários mínimos nacionais no valor de R$ 36.360,00
( trinta e seis mil trezentos e sessenta reais);
e) seja deferida a escritura definitiva do Imovel em nome do autor junto ao CRI local;
Dá-se à presente causa, o valor R$ 36.360,00 ( trinta e seis mil trezentos e sessenta reais).
Termos em que,
Pede Deferimento.
ADVOGADO
OAB Nº