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ESCOLA PROFISSIONAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL DE GRÂNDOLA

Área de Integração – 11.º ANO – Desenvolvimento de Competências Específicas


MÓDULO 3 – 1.1 A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO

Nome: _________________________________________________ Turma: __________ Data: ___/___/___

1. O conhecimento ao serviço da Humanidade


Todos nós resolvemos a maioria dos problemas do dia a dia recorrendo a
conhecimentos básicos que possuímos. Tenho sede e sei como matar a
sede; preciso de pagar uma multa e tenho o conhecimento de todos os
passos que devo efetuar para alcançar esse objetivo. Trata-se de
conhecimentos superficiais, que toda a gente possui e que adquiriram da
experiência quotidiana, da observação simples da realidade e do
contacto com as outras pessoas e das informações que, a vários níveis,
vamos recolhendo. É assim que vamos adquirindo este conhecimento
básico. São conhecimentos comuns e partilhados pela maioria das
pessoas. Esta forma de conhecimento designa-se por senso comum e,
apesar do seu carácter a crítico, é-nos muito útil para reconhecermos e
ultrapassarmos as várias situações que vamos enfrentando no nosso dia
a dia.
Para lá deste nível superficial de conhecimento, existem outras formas
de conhecimento, como é o caso do conhecimento científico, aquilo a
que vulgarmente chamamos também ciência. O conhecimento científico
é um conhecimento mais profundo e organizado, que se concretiza em
inúmeras realizações e aplicações. Apesar de alguns dos problemas com
que hoje nos defrontamos se possam dever a um crescimento
desenfreado e descontrolado de muitas das aplicações da ciência, é inesgotável que o conhecimento, e o
conhecimento científico em particular, tem contribuído ao longo dos séculos para a libertação do Homem
dos seus limites e limitações.
O mito de Prometeu
1)
Houve uma vez um tempo em que os deuses existiam, mas não havia raças mortais. Quando
também a estes chegou o tempo destinado do seu nascimento, os deuses forjaram-nos dentro da terra
como uma mistura de terra e fogo e das coisas que se mesclam com a terra e o fogo. E quando estavam
para os trazer à luz, ordenaram a Prometeu e a Epimeteu que os preparassem e distribuíssem a cada um as
capacidades de forma conveniente. […]
[…] Mas, porque Epimeteu não era inteiramente sábio, não se deu conta de que gastara as
capacidades nos animais; faltava-lhe então ainda dotar a espécie humana e não sabia que fazer.
Estando assim perplexo, aproxima-se Prometeu, que vinha inspecionar a partilha; vê os outros
animais, que tinham cuidadosamente de tudo, ao passo que o Homem estava nu e descalço e sem
cobertura nem armas. E era já precisamente o dia destinado em que o Homem devia também surgir da
terra para a luz. Prometeu, pois, aflito com a carência de recursos e procurando encontrar uma proteção
para o Homem, rouba a Hefestos e a Atena a sua sabedoria profissional juntamente com o fogo – já que era
impossível que, sem o fogo, aquela pudesse adquirir-se ou ser de utilidade para alguém – e, assim,
imediatamente a oferece como presente para o Homem. Foi. Portanto, deste modo que o Homem
conseguiu um tal saber para a vida; mas carecia do saber político, o qual dependia de Zeus. Ora bem,
Prometeu já não tinha tempo de penetrar na Acrópole onde mora Zeus; além disso; as sentinelas de Zeus
eram terríveis. Pelo contrário, na morada, em comum, de Atena e de Hefestos, onde eles praticavam as
suas artes, podia entrar sem ser notado e, assim, roubou a técnica de utilizar o fogo de Hefestos e a outra
de Atena e entregou-a ao Homem. E daqui provém, para o Homem, a possibilidade da vida; e bem depressa
a Prometeu, através de Epimeteu, segundo se conta, chegou o castigo do seu roubo.
Platão, Protágoras
2)
Prometeu apresenta-se como o salvador da Humanidade, à qual ensinou todas as artes. É pela sua
filantropia que é castigado. Estes fatos têm-lhe valido ser considerado, alternadamente, um símbolo da
humanidade e da cultura humana, da liberdade em luta contra a opressão, da rebelião da natureza contra
as regras, do sonho dos artistas, da elevação do poeta ao lugar de deus criador, do ateísmo, etc. –
fascinando os poetas das várias épocas, que nele procuraram encarnar as preocupações do seu tempo.
Maria Helena da Rocha Pereira, Estudos de História da Cultura Clássica, 1.º volume, pp. 345-346

PROPOSTA DE TRABALHO

A figura de Prometeu tem inspirado ao longo dos séculos vários artistas, nomeadamente pintores,
escultores e poetas. Nesse sentido, propõe-se que, em pequenos grupos, se consultem várias versões do
mito de Prometeu a fim de elaborar um pequeno resumo desse mito; seguidamente cada grupo deverá
proceder à recolha de várias obras, poemas, estátuas e pinturas, por exemplo, onde surja abordada a figura
de Prometeu. Posteriormente, cada grupo apresentará à turma o seu trabalho, utilizando uma banda
sonora apropriada e interpretando a figura de Prometeu, ilustrada por aqueles materiais recolhidos.

Resumo do Mito de Prometeu


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