Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
I - ataques físicos;
II - insultos pessoais;
III - comentários sistemáticos e apelidos pejorativos;
IV - ameaças por quaisquer meios;
V - grafites depreciativos;
VI - expressões preconceituosas;
VII - isolamento social consciente e premeditado;
VIII - pilhérias.
I - DEVER DE INDENIZAR
Consoante preceitua o art. 186 do Código Civil, "aquele que por ação,
ou omissão voluntária, negligência ou imprudência violar direito e causar
dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito". No
mesmo sentido, o art. 927, caput, do mesmo diploma legal dispõe
que "aquele que por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem,
fica obrigado a repará-lo".
Logo, aquele que pratica bullying tem dever por lei de reparar o dano.
Há uma média de valores acordados entre tribunais que varia entre 6 mil
a 20 mil reais a indenização para cada vítima de bullying a depender da
gravidade do dano sofrido e demais peculiaridades de cada caso em
concreto.
APELAÇÃO CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL
EXTRACONTRATUAL DO ESTADO. DANO MORAL. MUNICÍPIO
DE ANALÂNDIA. BULLYING CONTRA ALUNO EM ESCOLA.
Sentença que julgou procedente o pedido para condenar o
réu ao pagamento de indenização por dano moral no valor
de R$40.000,00. Pretensão à reforma. Questão processual
pendente e preliminar afastadas. Preclusão da impugnação à
concessão da gratuidade de justiça, não havendo
demonstração de mudança na situação fática que ensejou o
deferimento do benefício. Razões de apelação que
impugnam especificamente os termos da sentença, estando
observado o princípio da dialeticidade. No mérito, foram
preenchidos os requisitos para a responsabilização do Estado
por omissão, a saber: ação ou omissão da Administração
Pública; ocorrência de dano; nexo causal entre a omissão e o
dano; e culpa. Elemento subjetivo culposo configurado em
razão da falha da escola em tomar providências para zelar
pela incolumidade física e psíquica do estudante. Autor-
apelado que era constantemente importunado por colega de
sala, através de xingamentos e até agressões físicas, tendo a
escola descumprido seu dever de cuidado. Montante
indenizatório que comporta redução, a fim de não se
transformar em enriquecimento ilícito da vítima. Fixação em
R$20.000,00, como forma de compensar os danos sofridos,
em punir em excesso o ente público, atendendo-se à dupla
finalidade reparatória-punitiva e aos parâmetros de
razoabilidade e proporcionalidade. Sentença reformada.
Recurso parcialmente provido, para readequar o quantum
indenizatório.
Conclusão: