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Ética e Regulamentação
em Comunicação
Honra
Valor humano fundamental e que pode ser atingido tal qual a vida, a liberdade, os direitos
fundamentais, entre outros valores importantes.
Crimes contra a honra
Os autores distinguem:
Calúnia, difamação e injúria são tipos de crimes contra a honra previstos pelo Código Penal.
Calúnia
Caluniar (art. 138) é acusar alguém publicamente de ter cometido um crime, sem que, de
fato, o(a) acusado(a) o tenha praticado.
Ex.: Quando alguém se refere, por exemplo, a um político chamando-o de “bandido”, não
está construindo uma mentira objetiva sobre ele, mas ofendendo-o.
Crimes contra a honra
Ex.: “Ele não foi ao encontro porque estava se divertindo com os amigos!”
(Não há crime em se divertir com os amigos)
3) O ato precisa ser público (ao menos mais uma pessoa precisa tomar conhecimento).
Ex.: Dois vizinhos se encontram no elevador do condomínio onde moram e um diz ao outro
que sabe que ele cometeu um crime (que não praticou). Não há uma calúnia, pois ninguém
mais está ouvindo essa acusação.
Crimes contra a honra
Exemplo de calúnia:
Difamação
Difamar (art. 139) é divulgar algo desonroso sobre alguém, ainda que o acusado tenha, de
fato, dado causa ao comentário ou à acusação.
Ao contrário do caso anterior (calúnia, em que há uma mentira), dessa vez tanto faz se a
informação é verdadeira ou não. A questão está ligada à divulgação de algo que possa
prejudicar a reputação da pessoa.
Exemplo: Um profissional conta para o pessoal do escritório algo íntimo sobre um colega,
que possa desonrá-lo. Não importa se a “fofoca” é verdadeira ou falsa.
Injúria
Não há a necessidade de que seja em público, nem que o conteúdo seja uma mentira. Um
simples e-mail com um xingamento pode configurar uma injúria.
Exemplo:
Duas pessoas brigam no trânsito e uma delas xinga a outra, que se sente ofendida, ainda
que ninguém mais tenha escutado.
Provocação e retorsão:
Mirabete e Fabbrini (2008, p. 143) destacam que para os casos de injúria há, ainda, duas
possibilidades de perdão judicial:
O juiz pode deixar de aplicar a pena se o ofendido provocou diretamente a injúria ou também
ofendeu a outra parte.
Tipo subjetivo
Nos três casos – calúnia, difamação e injúria –, para que haja crime, precisa haver
dolo, intenção.
No caso de dúvida, é o juiz quem estabelece se houve ou não intenção para efeito de
decisão judicial.
Crimes contra a honra
Por desenho, texto, charge, música, qualquer forma de expressão dotada de significado
objetivo e em qualquer plataforma, física ou digital.
Crimes contra a honra
Pessoa jurídica:
Não pode ser caluniada ou injuriada, mas pode ser difamada, quando “se imputa fato
ofensivo a sua reputação” (2008, p. 136).
Não se pode imputar um crime a uma pessoa jurídica nem ferir seus “sentimentos”.
Crimes contra a honra
Falecidos:
Propalação e divulgação:
Antes eram seguidos os princípios do pacta sunt servanda (“o contrato faz lei entre as
partes”), que pressupunha autonomia da vontade e da responsabilidade subjetiva (baseada
na culpa do agente).
Negligência/Imprudência/Imperícia.
Ou seja:
Art. 6º, IV, CDC: “São direitos básicos do consumidor: [...] a proteção contra a publicidade
enganosa e abusiva, métodos comerciais coercitivos ou desleais, bem como contra práticas e
cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento de produtos e serviços”.
A lei se preocupa com a relação de consumo mesmo antes que a contratação ou aquisição
seja realizada.
Art. 36, CDC: “A publicidade deve ser veiculada de tal forma que o consumidor, fácil e
imediatamente, a identifique como tal.” São proibidas, portanto, publicidades dissimulada,
subliminar e clandestina (merchandising).
3) Vinculação da oferta/publicidade:
Art. 30, CDC: “Toda informação ou publicidade, suficientemente precisa, veiculada por
qualquer forma ou meio de comunicação com relação a produtos e serviços oferecidos ou
apresentados, obriga o fornecedor que a fizer veicular ou dela se utilizar e integra o contrato
que vier a ser celebrado.”
Direito do consumidor
4) Publicidade dissimulada:
Ex.: que tenha conotação jornalística. Pode compreender pesquisa, entrevista etc. em que o
principal ator da publicidade parece ser um jornalista, mas a intenção é promover determinado
produto ou serviço.
Direito do consumidor
5) Publicidade subliminar: o consumidor não tem consciência de que está sendo alvo
da publicidade.
Direito do consumidor
Art. 36, parágrafo único, CDC: “O fornecedor, na publicidade de seus produtos ou serviços,
manterá, em seu poder, para informação dos legítimos interessados, os dados fáticos,
técnicos e científicos que dão sustentação à mensagem.”
Direito do consumidor
8) Contrapropaganda:
A ilegalidade da publicidade infantil vem sendo reconhecida por órgãos públicos de proteção e
defesa dos direitos de crianças e consumidores, como Procons, Defensorias Públicas,
Ministério Público e até pelo Poder Judiciário.
ECA
Capítulo II
Das Infrações Administrativas
Art. 247. Divulgar, total ou parcialmente, sem autorização devida, por qualquer meio de
comunicação, nome, ato ou documento de procedimento policial, administrativo ou judicial
relativo à criança ou adolescente a que se atribua ato infracional:
ECA
Capítulo II
Das Infrações Administrativas
Art. 252. Deixar o responsável por diversão ou espetáculo público de afixar, em lugar visível e
de fácil acesso, à entrada do local de exibição, informação destacada sobre a natureza da
diversão ou espetáculo e a faixa etária especificada no certificado de classificação.
Art. 253. Anunciar peças teatrais, filmes ou quaisquer representações ou espetáculos, sem
indicar os limites de idade a que não se recomendem:
Art. 255. Exibir filme, trailer, peça, amostra ou congênere classificado pelo órgão competente
como inadequado às crianças ou adolescentes admitidos ao espetáculo.
Caso: o SBT pagou multa no valor de R$ 387.360,00, dia 28/1/21, por ter veiculado
publicidade infantil no YouTube em 2017.
(Fonte: criancaeconsumo.org.br)
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