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Aula 01 – 07/02/2023 – Terça - Feira

DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Apropriação Art. 312, caput, 1ª Parte


Desvio Art. 312, caput, 2ª Parte
Furto Art. 312, § 1º
1) Peculato
Culposo Art. 312, § 2º e 3º, art. 182
Estelionato Art. 313
Eletrônico Art. 313-A e 313-B

PECULATO PRÓPRIO E IMPRÓPRIO

Peculato Próprio – Apropriar-se ou desviar dinheiro, valor ou bem


móvel de que tem a posse em razão do cargo.

Peculato Impróprio (Peculato Furto) – Subtrair ou concorrer


dolosamente para a subtração de dinheiro, valor ou bem móvel de
que não tem a posse.

a) Tipo Penal

Art. 312, do Código Penal – Apropriar-se o


funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer
outro bem móvel, público ou particular, de que tem
a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em
proveito próprio ou alheio:

Pena – reclusão, de dois a doze anos, e multa.


§ 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário
público, embora não tendo a posse do dinheiro,
valor do bem, o subtrai, ou concorre para que seja
subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-
se de facilidade que lhe proporciona a qualidade
de funcionário.

b) Bem Jurídico: Tutela-se a administração pública no que referem


a sua moralidade e seu patrimônio.

c) Sujeito Ativo: Funcionário Público

Art. 327, do Código Penal - Considera-se


funcionário público, para os efeitos penais, quem,
embora transitoriamente ou sem remuneração,
exerce cargo, emprego ou função pública.

§ 1º - Equipara-se a funcionário público quem


exerce cargo, emprego ou função em entidade
paraestatal, e quem trabalha para empresa
prestadora de serviço contratada ou conveniada
para a execução de atividade típica da
Administração Pública.

§ 2º - A pena será aumentada da terça parte


quando os autores dos crimes previstos neste
Capítulo forem ocupantes de cargos em comissão
ou de função de direção ou assessoramento de
órgão da administração direta, sociedade de
economia mista, empresa pública ou fundação
instituída pelo poder público.

Caput (o funcionário público)

Art. 327, do Código Penal 1º (funcionário equiparato)

2º (majorante)

Particular pode praticar crime?

Apesar do crime somente ser cometido por funcionário público, nada


impede que o particular, sabedor desta condição pessoal (de servidor
público), pratique o delito previsto no artigo 312, do Código Penal,
em decorrência do Artigo 30, do Código Penal.

Art. 30, do Código Penal – Não se comunicam as


circunstâncias e as condições de caráter pessoal,
salvo quando elementares do crime.

d) Sujeito Passivo: É o estado quanto a pessoa física ou jurídica


lesada pela conduta criminosa.

e) Tipo Objetivo

 Peculato Apropriação: A posse nasce ilícita


Aula 02 - 14/02/2023 – Terça - Feira

PECULATO

c) Tipo Objetivo

 Peculato Apropriação: (Art. 312, 1ª Parte)

Art. 312, § 1º, do Código Penal – Aplica-se o


funcionário público, embora não tendo a posse do
dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para
que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio,
valendo-se facilidade que lhe proporciona a
qualidade de funcionário.

 Apropriar: O agente passa a agir como se o dono fosse, a posse


nasce legítima e passa a se comportar como dolo.

 Posse: Prevalece que deve ser interpretada em sentido amplo


abrangendo inclusive a detenção.

 Em razão cargo: Deve haver uma relação causa e efeito entre


cargo e a posse.

 Peculato Desvio – (Art. 312, 2ª Parte)

Art. 312, § 2º - Se o funcionário concorre


culposamente para o crime de outrem:

Pena – detenção, de três meses a um ano.


 Peculato Desvio – é aquele que acontece quando o funcionário,
devido ao seu cargo, destina valor ou bem para uma finalidade
estranha à administração pública.

 Desviar: Dar destinação diversa da prevista.

 Posse em razão cargo: Deve haver uma relação da posse com a


cargo.

 Peculato Furto: Art. 312, do Código Penal

Art. 312, do Código Penal – Apropriar-se o


funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer
outro bem móvel, público ou particular, de que tem
a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em
proveito próprio ou alheio:

Pena – reclusão, de dois a doze anos, e multa.

 Peculato Furto: É aquele que acontece quando o funcionário


público furta algo para si ou para outrem devido ao seu cargo.

 Subtraí: O agente não tem a posse do bem.

 Facilidade Cargo Proporciona: Se o agente não se valer dessa


facilidade, poderá eventualmente por exemplo responde por furto.

d) Tipo Subjetivo – Formado pelo dolo somado ao elemento


subjetivo especial em proveito próprio ou alheio.
e) Consumação

 Apropriação: Consuma-se quando o agente inverte a posse,


revelando comportamento de dolo.

 Desvio: Consuma-se com o desvio efetivo independente de


qualquer proveito.

 Furto: Consuma-se quando o agente obtém a posse da coisa


mesmo que num mesmo em um curto de tempo.

Tentativa?

Sim, tentativa é possível.

f) Princípio da Insignificância: Súmula 599, do Superior Tribunal


de Justiça (STJ) a corrente no sentido de que é aplicável STF HC
112 388, toda havia prevalece ser inaplicável o referido princípio, pois
se busca a proteção da moral administrativa. Ressalta-se que em
2017 foi aprovado a súmula 599 no Superior Tribunal de Justiça
(STJ).

PECULATO CULPOSO

Art. 312, § 2º, do Código Penal – Se o funcionário


concorre culposamente para o crime de outrem:

Pena – detenção, de três meses a um ano.

Responde por peculato culposo o funcionário que age com


negligência, imprudência ou imperícia, não observando o dever de
cuidado e consequentemente contribuindo para que outro subtraia
aproprie ou desvie o objeto material.

Advertência se um outro crime (delito parasitário ou acessório) que o


funcionário concorre teria que ser necessariamente um crime
peculato doloso (Tese de Mirabete) ou se poderia ser outro delito não
necessariamente o de peculato (Tese de Rogério Greco).

 Reparação do dano no peculato culposo: Aplica-se somente a


moralidade culposa o seguinte benefício.

Art. 312, § 3º, do Código Penal - No caso do


parágrafo anterior, a reparação do dano, se
precede à sentença irrecorrível, extingue a
punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a
pena imposta.

a) Antes da Sentença Irrecorrível: Estingue a punibilidade

b) Depois da Sentença Irrecorrível: Causa de diminuição de pena


pela metade. A ação vai ser incondicionada em todas as
modalidades.

PECULATO MEDIANTE ERRO DE OUTREM


OU
(PECULATO ESTELIONATO)

a) Tipo Penal
Art. 313, do Código Penal – Apropriar-se de
dinheiro ou qualquer utilidade que, no exercício do
cargo, recebeu por erro de outrem:

Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa.

b) Bem Jurídico: Tutela-se a administração pública no que se refere


o seu patrimônio e a moralidade.

c) Sujeito Ativo: Funcionário público, nada impedindo o concurso


com o particular que saiba dessa condição

d) Sujeito Passivo: É o estado mais especificamente a


administração pública.

Aula 03 – 28/02/2023 – Terça - Feira

e) Tipo Objetivo: Consiste em se apropriar de dinheiro ou de


qualquer utilidade que no exercício do cargo recebeu por erro de
outrem.

 Exercício do Cargo: O tipo penal exige que o sujeito ativo receba


a coisa no exercício do cargo, prevalecendo que o erro do ofendido
deve ser espontâneo.

 Erro: O erro pode incidir sobre a coisa ou até mesmo a pessoa.

Obs: Diferencia-se do peculato apropriação por não estar o bem


naturalmente na posse do agente.
f) Tipo Subjetivo: É formado pelo dolo de se apropriar do bem
recebido por erro e em razão da função exercida.

g) Consumação: Consuma-se no momento em que o agente se


apropria da coisa agindo como se dono fosse sendo possível a
tentativa.

h) Forma Majorada: Art. 327, § 2°, do Código Penal

Art. 327, § 2°, do Código Penal – A pena será


aumentada da terça parte quando os autores dos
crimes previstos neste Capítulo forem ocupantes
de cargos em comissão ou de função de direção
ou assessoramento de órgão da administração
direta, sociedade de economia mista, empresa
pública ou fundação instituída pelo poder público.

i) Ação Penal: Pública Incondicionada.

INSERÇÃO DADOS FALSOS EM SISTEMA DE INFORMAÇÃO


(PECULATO ELETRÔNICO)

a) Tipo Penal: Art. 313-A

Art. 313 – A – Inserir ou facilitar, o funcionário


autorizado, a inserção de dados falsos, alterar ou
excluir indevidamente dados corretos nos
sistemas informatizados ou bancos de dados da
Administração Pública com o fim de obter
vantagem indevida para si ou para outrem ou para
causar dano:

Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e


multa.

b) Bem Jurídico: Tutela-se a administração no que se refere-se a


segurança das informações.

c) Sujeito Ativo: O delito é funcionário público, nada impedindo,


contudo, o concurso com o particular. O tipo exige ainda que seja o
funcionário autorizado a realizar as operações do sistema de
informação.

d) Sujeito Passivo: O estado.

e) Tipo Objetivo: Pune na 1ª parte, a conduta de inserir ou facilitar a


inserção de dado falso e na 2ª parte a alteração ou exclusão indevida
de dado correto, sendo que nas duas vertentes o agente deve o
acesso privilegiado inerente ao cargo.

f) Tipo Subjetivo: É formado pelo dolo sendo indispensável a


finalidade de obter vantagem indevida ou causar dano (não tem
modalidade culposa).

g) Consumação: O delito se consuma-se no momento que a agente


prática uma das condutas previstas no núcleo do tipo,
independentemente da obtenção da vantagem ou da causação do
dano, sendo possível a tentativa.
h) Forma Majorada: Art. 327, § 2º, do Código Penal

Art. 327, § 2º, do Código Penal - A pena será


aumentada da terça parte quando os autores dos
crimes previstos neste Capítulo forem ocupantes
de cargos em comissão ou de função de direção
ou assessoramento de órgão da administração
direta, sociedade de economia mista, empresa
pública ou fundação instituída pelo poder público.

i) Ação Penal: Publica Incondicionada.

MODIFICAÇÃO OU ALTERAÇÃO NÃO AUTORIZADA DE


SISTEMA DE INFORMAÇÃO

a) Tipo Penal: Art. 313 – B

Art. 313 – B – Modificar ou alterar, o funcionário,


sistema de informações ou programa de
informática sem autorização ou solicitação de
autoridade competente:

Pena – detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois)


anos, e multa.

Parágrafo único – As penas são aumentadas de


um terço até a metade se da modificação ou
alteração resulta dano para a Administração
Pública ou para o administrado.
b) Bem Jurídico: Tutela-se a administração no que se refere a
segurança do sistema de informação.

c) Sujeito Ativo: É o funcionário público, não havendo a necessidade


de ser autorizado a operar o sistema e nada impedindo o concurso
com o particular.

d) Sujeito Passivo: O estado.

e) Tipo Objetivo: O tipo é composto por duas condutas a


modificação radical do sistema, formada pela alteração (não chega
desnaturá-lo) do sistema de informação ou programa de informática.
Distingue-se do art. 313 – B do crime do art. 313 – A, pois neste
ultimo o agente não ingressa no sistema operacional / software), mas
apenas falsifica os arquivos / dados do programa.

f) Tipo Objetivo: É formado pelo dolo, não se exigindo finalidade


especial com a obtenção de resultado ou vantagem.

g) Consumação: Consuma-se no momento da alteração ou


modificação, independente de dano, sendo possível a tentativa.

h) Forma Majorada: Art. 327, § 2º Código Penal e 313 – B, parágrafo


único, se resulta dano.

Art. 327, § 2º Código Penal - A pena será


aumentada da terça parte quando os autores dos
crimes previstos neste Capítulo forem ocupantes
de cargos em comissão ou de função de direção
ou assessoramento de órgão da administração
direta, sociedade de economia mista, empresa
pública ou fundação instituída pelo poder público.

Art. 313 – B, parágrafo único - As penas são


aumentadas de um terço até a metade se da
modificação ou alteração resulta dano para a
Administração Pública ou para o administrado.

Aula 04 - 07/032023 – Terça-Feira

EMPREGO IRREGULAR VERBA PÚBLICA

a) Tipo Penal: Art. 315, do Código Penal

Art. 315, do Código Penal – Dar às verbas ou


rendas públicas aplicação diversa da estabelecida
em lei:

Pena – detenção, de um a três meses, ou multa.

b) Bem Jurídico: Protege a verba pública de um emprego irregular e


arbitrário.

c) Sujeito Ativo: O sujeito do delito é o funcionário público que


detenha o poder de administração da verba, nada impedindo o
concurso com o particular.

d) Sujeito Passivo: O estado.


e) Tipo Objetivo: Visa impedir o emprego tumultuado das verbas
públicas, contrariando a destinação prevista em lei.

Qual Diferença do Peculato?

Neste o agente busca o benefício próprio ou de terceiros, enquanto


no art. 315, do Código Penal o autor emprega a verba pública em
benefício da própria administração pública, contrariando toda havia a
destinação prevista.

f) Tipo Subjetivo: Ele é formado pelo dolo não se exigindo lucro ou


qualquer outra finalidade do agente.

g) Consumação: Consuma-se o tipo penal quando efetivado a


aplicação irregular da verba sem a necessidade de prejuízo
entendendo-se possível a tentativa.

h) Ação Penal: Pública e incondicionada.

CONCUSSÃO

a) Tipo Penal: Art. 316, do Código Penal

Art. 316, do Código Penal – Exigir, para si ou para


outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da
função ou antes de assumi-la, mas em razão dela,
vantagem indevida:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e
multa.

b) Bem Jurídico: Tutela-se a moralidade administrativa.

c) Sujeito Ativo: É o funcionário público, nada impedindo a


participação o concurso com o particular desde que saiba da
condição de funcionário público.

Jurado – Art. 445, do Código Processo Penal

Art. 445, do Código Processo Penal - O jurado,


no exercício da função ou a pretexto de exercê-la,
será responsável criminalmente nos mesmos
termos em que o são os juízes togados.

Responsabilidade Criminal dos Jurados

O jurado se equipara ao juiz para fins penais: O jurado é responsável


criminalmente nos mesmos termos em que o são os juízes. A norma
guarda coerência com o sistema, pois, a uma, o jurado é juiz de órgão
do Poder Judiciário e, a duas, em razão de que se considera
funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora
transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou
função pública. (artigo 327, do código penal). O código penal, nos
artigos 312 a 327 tipifica os delitos que podem ser praticados por
funcionário público.

Art. 327, do Código Penal – Considera-se


funcionário público, para os efeitos penais, quem,
embora transitoriamente ou sem remuneração,
exerce cargo, emprego ou função pública.

§ 1º - Equipara-se o funcionário público quem


exerce cargo, emprego ou função em entidade
paraestatal, e quem trabalha para empresa
prestadora de serviço contratada ou conveniada
para a execução de atividade típica da
Administração Pública.

§ 2º - A pena será aumentada da terça parte


quando os autores dos crimes previstos neste
capítulo forem ocupantes de cargos em comissão
ou de função de direção ou assessoramento de
órgão da administração direta, sociedade de
economia mista, empresa pública ou fundação
instituída pelo poder público.

Médico SUS – STJ HC 51054

d) Sujeito Passivo: O estado.

e) Tipo Objetivo

 Exigir: No sentido de ordenar ou impor, abusando de sua


autoridade com conduta capaz de intimidar.

 Em razão da função: Ainda que fora da função ou antes de


assumi-la
 Vantagem indevida: É a vantagem ilegal que não possui amparo
no ordenamento.

f) Tipo Subjetivo: É formado pelo dolo devendo ter ciência de que


se trata de uma vantagem indevida.

g) Consumação: Consuma-se com a mera coação


independentemente da obtenção da vontade sendo o seu eventual
recebimento mero exaurimento. Prevalece a possibilidade da
conduta tentada.

h) Ação: Pública e incondicionada.

EXCESSO EXAÇÃO

Art. 316, do Código Penal – Exigir, para si ou para


outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da
função ou antes de assumi-la, mas em razão dela,
vantagem indevida:

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e


multa.

§ 1º - Se o funcionário exige tributo ou contribuição


social que sabe ou deveria saber indevido, ou,
quando devido, emprega na cobrança meio
vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza:

Pena - reclusão, de três a oito anos, e multa.


§ 2º - Se o funcionário desvia, em proveito próprio
ou de outrem, o que recebeu indevidamente para
recolher aos cofres públicos:

Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.

O excesso exação é específico para tributo, na primeira parte do


parágrafo § 1º o agente exigi tributo que sabe indevido toda havia o
que é auferido vai para própria administração. Na segunda parte do
parágrafo § 1º o tributo é devido, mas o funcionário excede na
cobrança.

No parágrafo § 2º a forma mais grave do delito o funcionário além de


exigir de forma indevida ou cobra de forma vexatório reembolsa o
valor para si ou para terceiro.

Aula 05 – 14/03/2023 – Terça-Feira

CORRUPÇÃO PASSIVA

A) Tipo Penal: Art. 317, do Código Penal

Art. 317, do Código Penal - Solicitar ou receber, para si ou para


outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes
de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar
promessa de tal vantagem:

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.


§ 1º - A pena é aumentada de um terço, se, em conseqüência da
vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar
qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional.

§ 2º - Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de


ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou
influência de outrem:

Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.

Facilitação de contrabando ou descaminho

B) Bem Jurídico: A moralidade administrativa

C) Sujeito Ativo: Funcionário público, nada impedindo o concurso


com o particular.

D) Sujeito Passivo: O estado.

E)Tipo Objetivo

 Solicitar
 Receber
 Ativa Promessa

Corrupção Própria – Tem por finalidade a realização de ato injusto.


Exemplo: servidor recebe dinheiro para retardar mandamento de
processo.
Corrupção Imprópria – Visa a prática de ato legítimo. Exemplo:
recebe dinheiro para dar andamento ao processo.

F) Tipo Subjetivo: É formado pelo dolo exigindo -se a finalidade


especial representada pela expressão para si ou para outrem.

G) Consumação: Consuma-se ainda que a gratificação não se


concretize, nas modalidades solicitar e aceitar promessa, sendo
crime de natureza formal. Já na modalidade receber o crime é
material exigindo o efetivo enriquecimento. A tentativa é possível
apenas na modalidade solicitada.

H) Majorante

Ar. 317, do Código Penal - Solicitar ou receber, para si ou para


outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes
de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar
promessa de tal vantagem:

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.

§ 1º - A pena é aumentada de um terço, se, em conseqüência da


vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar
qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional.

§ 2º - Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de


ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou
influência de outrem:

Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.


Facilitação de contrabando ou descaminho

Pune-se mais severamente o corrupto que retarda ou deixa de


praticar o que é seu dever funcional, ou seja, o que era mero
exaurimento passou a ser causa de aumento.

Art. 327, do Código Penal - Considera-se funcionário público, para


os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem
remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.

§ 2º - A pena será aumentada da terça parte quando os autores dos


crimes previstos neste Capítulo forem ocupantes de cargos em
comissão ou de função de direção ou assessoramento de órgão da
administração direta, sociedade de economia mista, empresa pública
ou fundação instituída pelo poder público.

Corrupção Passiva Privilegiada: O crime não é composto pelo


elementar vantagem indevida, o funcionário, sem o interesse próprio
sede a pedido opressão de outrem. O corrupto neste caso não
cometeu crime algum.

Ação Pública Incondicionada.

PREVARICAÇÃO

A) Tipo Penal – Art. 319, do Código Penal - Retardar ou deixar de


praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição
expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal:

Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.


Art. 319-A - Deixar o Diretor de Penitenciária e/ou agente público, de
cumprir seu dever de vedar ao preso o acesso a aparelho telefônico,
de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros presos
ou com o ambiente externo:

Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.

Condescendência criminosa

B) Bem Jurídico: Regular funcionamento da administração pública.

C) Sujeito Ativo: É o funcionário público, mais especificamente o


responsável pela realização do ato de ofício.

D) Sujeito Passivo: É o estado.

E)Tipo Objetivo: Conhecido como ato de corrupção Sanchez na


qual o funcionário deixa se levar por alguma vantagem indevida que
pretende obter para si, violando seus próprios deveres funcionais.

Diferença de Prevaricação e Corrupção Passiva Privilegiada:


Neste último o funcionário atende ao pedido ou influência de outrem.
Já na prevaricação não há pedido ou influência, mas o agente busca
satisfazer interesse ou sentimento pessoal.

F) Tipo Subjetivo: É formado pelo dolo, exigindo-se ainda o


elemento subjetivo especial, querer satisfazer interesse ou
sentimento pessoal.
G) Consumação: Consuma-se com o retardamento, a omissão ou a
prática do ato, sendo dispensável a efetiva satisfação do interesse
visado, cabendo a tentativa na moralidade comissiva.

PREVARICAÇÃO IMPRÓPRIA

A) Tipo Penal: Art. 319-A, do Código Penal

Art. 319-A, do Código Penal - Deixar o Diretor de Penitenciária e/ou


agente público, de cumprir seu dever de vedar ao preso o acesso a
aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação
com outros presos ou com o ambiente externo:

Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.

Condescendência criminosa

B) Bem Jurídico: Tutela-se o funcionamento da administração,


mais especificamente a segurança interna e externa dos presídios.

C) Sujeito Ativo: É o diretor penitenciário ou o agente público


responsável por evitar o acesso aos aparelhos de comunicação.

Aula 06 – 21/03/2023 – Terça – Feira

D) Tipo Objetivo: O crime é síntese formado pelo ato de deixar o


preso ter acesso a aparelho que permita ter comunicação.
E) Tipo Subjetivo: É o dolo caracterizado pela vontade de não
vedar, quando obrigado o acesso à aparelho de comunicação, não
existindo o delito na modalidade culposa.

F) Consumação: Consuma-se a infração com a omissão do dever,


sendo dispensável o acesso do preso ao aparelho, não sendo cabível
a tentativa.

Ação Pública Incondicionada

CONDESCENDÊNCIA CRIMINOSA

A) Tipo Penal – Art. 320, Código Penal

Art. 320, Código Penal - Deixar o funcionário, por indulgência, de


responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do
cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao
conhecimento da autoridade competente:

Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.

Advocacia administrativa

B) Bem Jurídico: Regular funcionamento da administração pública


visando a inibição da condescendência ilícita do superior aos atos
dos subordinados.

C) Sujeito Ativo: Delito é praticado pelo funcionário público


hierarquicamente superior ao infrator.
D) Sujeito Passivo: O estado.

E)Tipo Objetivo

 Tolerância Superior Hierárquico: Se a tolerância advém de


sentimento outro que não a clemencia o crime será outro.

 De Infração: Penal ou administrativa.

 Exercício Cargo: Tem que ter relação com o cargo.

F) Tipo Subjetivo: É formado pelo dolo caracterizado por não se


responsabilizar seu funcionário subordinado movido pelo de
condescendência.

G) Consumação: Consuma-se quando o superior depois de tomar


conhecimento nada faz, não sendo necessário que o subordinado
seja condenado pela suposta infração, inviável a tentativa.

Ação Pública Incondicionada

ADVOCACIA ADMINISTRATIVA – NP2

A) Tipo Penal – Art. 321, Código Penal

Art. 321, Código Penal - Patrocinar, direta ou indiretamente,


interesse privado perante a administração pública, valendo-se da
qualidade de funcionário:

Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.


Parágrafo único - Se o interesse é ilegítimo:

Pena - detenção, de três meses a um ano, além da multa.

Violência arbitrária

B) Bem Jurídico: Tutela-se o regular funcionamento da


administração.

C) Sujeito Ativo: O tipo penal exige que o sujeito ativo seja


funcionário público e que este pratique a ação aproveitando-se da
qualidade do cargo que ostenta.

D) Sujeito Passivo: O estado.

E) Tipo Objetivo

 Patrocinar: Defender junto à companheiros ou superior


hierárquicos o interesse particular.

 Interesse Privado: Criminaliza-se a defesa de interesse legítimo


ou não.

F) Tipo Subjetivo: É formado pelo dolo.

G) Consumação: Quando realiza o primeiro ato que denote


patrocínio sendo irrelevante que alcança o resultado, sendo possível
a tentativa.

Ação Pública Incondicionada

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