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Tribunal de Justiça

(Oficial de Justiça)
Direito Penal e Processual Penal
Prof. Joerberth Nunes
Direito Penal e Processual Penal

Professor: Joerberth Nunes

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Direito Penal e
Processual Penal

Código Penal Brasileiro § 3º No caso do parágrafo anterior, a


reparação do dano, se precede à sentença
irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é
posterior, reduz de metade a pena imposta.
Decreto-Lei nº 2.848/1940 Peculato mediante erro de outrem
Art. 313. Apropriar-se de dinheiro ou qualquer
utilidade que, no exercício do cargo, recebeu
TÍTULO XI por erro de outrem:

Dos Crimes Contra a Administração Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa.


Pública Inserção de dados falsos em sistema de
informações (Incluído pela Lei nº 9.983, de
2000)
Art. 313-A. Inserir ou facilitar, o funcionário
CAPÍTULO I autorizado, a inserção de dados falsos, alterar
DOS CRIMES PRATICADOS ou excluir indevidamente dados corretos nos
POR FUNCIONÁRIO PÚBLICO sistemas informatizados ou bancos de dados
da Administração Pública com o fim de obter
CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM vantagem indevida para si ou para outrem ou
GERAL para causar dano: (Incluído pela Lei nº 9.983, de
2000))
Peculato
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e
Art. 312. Apropriar-se o funcionário público de multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel,
público ou particular, de que tem a posse Modificação ou alteração não autorizada de
em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito sistema de informações (Incluído pela Lei nº
próprio ou alheio: 9.983, de 2000)
Art. 313-B. Modificar ou alterar, o funcionário,
Pena – reclusão, de dois a doze anos, e multa.
sistema de informações ou programa de
§ 1º Aplica-se a mesma pena, se o informática sem autorização ou solicitação de
funcionário público, embora não tendo a autoridade competente: (Incluído pela Lei nº
posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, 9.983, de 2000)
ou concorre para que seja subtraído, em Pena – detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois)
proveito próprio ou alheio, valendo-se de anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de
facilidade que lhe proporciona a qualidade 2000)
de funcionário.
Parágrafo único. As penas são aumentadas
Peculato culposo de um terço até a metade se da
modificação ou alteração resulta dano
§ 2º Se o funcionário concorre culposamente
para a Administração Pública ou para o
para o crime de outrem:
administrado. (Incluído pela Lei nº 9.983, de
Pena – detenção, de três meses a um ano. 2000)

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Extravio, sonegação ou inutilização de livro ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de
documento praticar qualquer ato de ofício ou o pratica
infringindo dever funcional.
Art. 314. Extraviar livro oficial ou qualquer
documento, de que tem a guarda em razão § 2º Se o funcionário pratica, deixa de
do cargo; sonegá-lo ou inutilizá-lo, total ou praticar ou retarda ato de ofício, com
parcialmente: infração de dever funcional, cedendo a
pedido ou influência de outrem:
Pena – reclusão, de um a quatro anos, se o fato
não constitui crime mais grave Pena – detenção, de três meses a um ano, ou
multa.
Concussão
Prevaricação
Art. 316 Exigir, para si ou para outrem, direta
ou indiretamente, ainda que fora da função Art. 319. Retardar ou deixar de praticar,
ou antes de assumi-la, mas em razão dela, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo
vantagem indevida: contra disposição expressa de lei, para satisfazer
interesse ou sentimento pessoal:
Pena – reclusão, de dois a oito anos, e multa.
Pena – detenção, de três meses a um ano, e
Excesso de exação multa.
§ 1º Se o funcionário exige tributo ou Art. 319-A. Deixar o Diretor de Penitenciária
contribuição social que sabe ou deveria e/ou agente público, de cumprir seu dever de
saber indevido, ou, quando devido, vedar ao preso o acesso a aparelho telefônico,
emprega na cobrança meio vexatório ou de rádio ou similar, que permita a comunicação
gravoso, que a lei não autoriza: (Redação com outros presos ou com o ambiente externo:
dada pela Lei nº 8.137, de 27.12.1990) (Incluído pela Lei nº 11.466, de 2007).
Pena – reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.
multa. (Redação dada pela Lei nº 8.137, de
27.12.1990) Condescendência criminosa
§ 2º Se o funcionário desvia, em proveito Art. 320. Deixar o funcionário, por indulgência,
próprio ou de outrem, o que recebeu de responsabilizar subordinado que cometeu
indevidamente para recolher aos cofres infração no exercício do cargo ou, quando
públicos: lhe falte competência, não levar o fato ao
conhecimento da autoridade competente:
Pena – reclusão, de dois a doze anos, e multa.
Pena – detenção, de quinze dias a um mês, ou
Corrupção passiva multa.
Art. 317. Solicitar ou receber, para si ou para Advocacia administrativa
outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora
da função ou antes de assumi-la, mas em razão Art. 321. atrocinar, direta ou indiretamente,
dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa interesse privado perante a administração
de tal vantagem: pública, valendo-se da qualidade de funcionário:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, Pena – detenção, de um a três meses, ou multa.
e multa. (Redação dada pela Lei nº 10.763, de
12.11.2003) Parágrafo único. Se o interesse é ilegítimo:

§ 1º A pena é aumentada de um terço, Pena – detenção, de três meses a um ano, além


se, em consequência da vantagem ou da multa.

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Violência arbitrária ou banco de dados da Administração


Pública; (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Art. 322. Praticar violência, no exercício de
função ou a pretexto de exercê-la: II – se utiliza, indevidamente, do acesso
restrito. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Pena – detenção, de seis meses a três anos,
além da pena correspondente à violência. § 2º Se da ação ou omissão resulta dano
à Administração Pública ou a outrem:
Abandono de função (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Art. 323. Abandonar cargo público, fora dos Pena – reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e
casos permitidos em lei: multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Pena – detenção, de quinze dias a um mês, ou Funcionário público
multa.
Art. 327. Considera-se funcionário público,
§ 1º Se do fato resulta prejuízo público: para os efeitos penais, quem, embora
Pena – detenção, de três meses a um ano, e transitoriamente ou sem remuneração, exerce
multa. cargo, emprego ou função pública.

§ 2º Se o fato ocorre em lugar compreendido § 1º Equipara-se a funcionário público


na faixa de fronteira: quem exerce cargo, emprego ou função em
entidade paraestatal, e quem trabalha para
Pena – detenção, de um a três anos, e multa. empresa prestadora de serviço contratada
ou conveniada para a execução de atividade
Exercício funcional ilegalmente antecipado ou
típica da Administração Pública. (Incluído
prolongado
pela Lei nº 9.983, de 2000)
Art. 324. Entrar no exercício de função pública
§ 2º A pena será aumentada da terça parte
antes de satisfeitas as exigências legais, ou
quando os autores dos crimes previstos
continuar a exercê-la, sem autorização, depois
neste Capítulo forem ocupantes de cargos
de saber oficialmente que foi exonerado,
em comissão ou de função de direção ou
removido, substituído ou suspenso:
assessoramento de órgão da administração
Pena – detenção, de quinze dias a um mês, ou direta, sociedade de economia mista,
multa. empresa pública ou fundação instituída
pelo poder público. (Incluído pela Lei nº
Violação de sigilo funcional 6.799, de 1980)
Art. 325. Revelar fato de que tem ciência em
razão do cargo e que deva permanecer em
segredo, ou facilitar-lhe a revelação:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos, ou
multa, se o fato não constitui crime mais grave.
§ 1º Nas mesmas penas deste artigo incorre
quem: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
I – permite ou facilita, mediante atribuição,
fornecimento e empréstimo de senha ou
qualquer outra forma, o acesso de pessoas
não autorizadas a sistemas de informações

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Código de Processo Penal Art. 355. A precatória será devolvida ao juiz
deprecante, independentemente de traslado,
depois de lançado o “cumpra-se” e de feita a
citação por mandado do juiz deprecado.
Decreto–Lei nº 3.689/1941
§ 1º Verificado que o réu se encontra em
território sujeito à jurisdição de outro juiz,
a este remeterá o juiz deprecado os autos
TÍTULO X para efetivação da diligência, desde que
Das Citações e Intimações haja tempo para fazer-se a citação.
§ 2º Certificado pelo oficial de justiça
que o réu se oculta para não ser citado, a
CAPÍTULO I precatória será imediatamente devolvida,
para o fim previsto no art. 362.
DAS CITAÇÕES
Art. 356. Se houver urgência, a precatória, que
Art. 351. A citação inicial far-se-á por mandado, conterá em resumo os requisitos enumerados
quando o réu estiver no território sujeito à no art. 354, poderá ser expedida por via
jurisdição do juiz que a houver ordenado. telegráfica, depois de reconhecida a firma do
juiz, o que a estação expedidora mencionará.
Art. 352. O mandado de citação indicará:
Art. 357. São requisitos da citação por mandado:
I – o nome do juiz;
I – leitura do mandado ao citando pelo
II – o nome do querelante nas ações oficial e entrega da contrafé, na qual se
iniciadas por queixa; mencionarão dia e hora da citação;
III – o nome do réu, ou, se for desconhecido, II – declaração do oficial, na certidão, da
os seus sinais característicos; entrega da contrafé, e sua aceitação ou
recusa.
IV – a residência do réu, se for conhecida;
Art. 358. A citação do militar far-se-á por
V – o fim para que é feita a citação; intermédio do chefe do respectivo serviço.
VI – o juízo e o lugar, o dia e a hora em que o Art. 359. O dia designado para funcionário
réu deverá comparecer; público comparecer em juízo, como acusado,
será notificado assim a ele como ao chefe de
VII – a subscrição do escrivão e a rubrica do sua repartição.
juiz.
Art. 360. Se o réu estiver preso, será
Art. 353. Quando o réu estiver fora do território pessoalmente citado. (Redação dada pela Lei nº
da jurisdição do juiz processante, será citado 10.792, de 1º.12.2003)
mediante precatória.
Art. 361. Se o réu não for encontrado, será
Art. 354. A precatória indicará: citado por edital, com o prazo de 15 (quinze)
dias.
I – o juiz deprecado e o juiz deprecante;
Art. 362. Verificando que o réu se oculta para
II – a sede da jurisdição de um e de outro; não ser citado, o oficial de justiça certificará
a ocorrência e procederá à citação com hora
Ill – o fim para que é feita a citação, com
certa, na forma estabelecida nos arts. 227 a
todas as especificações;
229 da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 –
IV – o juízo do lugar, o dia e a hora em que o Código de Processo Civil. (Redação dada pela Lei
réu deverá comparecer. nº 11.719, de 2008).

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Parágrafo único. Completada a citação com Parágrafo único. O edital será afixado à
hora certa, se o acusado não comparecer, porta do edifício onde funcionar o juízo
ser-lhe-á nomeado defensor dativo. e será publicado pela imprensa, onde
(Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). houver, devendo a afixação ser certificada
pelo oficial que a tiver feito e a publicação
Art. 363. O processo terá completada a sua provada por exemplar do jornal ou certidão
formação quando realizada a citação do do escrivão, da qual conste a página do
acusado. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de jornal com a data da publicação.
2008).
Art. 366. Se o acusado, citado por edital, não
I – (revogado); (Redação dada pela Lei nº comparecer, nem constituir advogado, ficarão
11.719, de 2008). suspensos o processo e o curso do prazo
II – (revogado). (Redação dada pela Lei nº prescricional, podendo o juiz determinar a
11.719, de 2008). produção antecipada das provas consideradas
urgentes e, se for o caso, decretar prisão
§ 1º Não sendo encontrado o acusado, será preventiva, nos termos do disposto no art. 312.
procedida a citação por edital. (Incluído (Redação dada pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996)
pela Lei nº 11.719, de 2008). (Vide Lei nº 11.719, de 2008)
§ 2º (VETADO)(Incluído pela Lei nº 11.719, § 1º (Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008).
de 2008).
§ 2º (Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008).
§ 3º (VETADO)(Incluído pela Lei nº 11.719,
de 2008). Art. 367. O processo seguirá sem a presença do
acusado que, citado ou intimado pessoalmente
§ 4º Comparecendo o acusado citado por para qualquer ato, deixar de comparecer sem
edital, em qualquer tempo, o processo motivo justificado, ou, no caso de mudança de
observará o disposto nos arts. 394 e residência, não comunicar o novo endereço
seguintes deste Código. (Incluído pela Lei nº ao juízo. (Redação dada pela Lei nº 9.271, de
11.719, de 2008). 17.4.1996)
Art. 364. No caso do artigo anterior, noI, o prazo Art. 368. Estando o acusado no estrangeiro,
será fixado pelo juiz entre 15 (quinze) e 90 em lugar sabido, será citado mediante carta
(noventa) dias, de acordo com as circunstâncias, rogatória, suspendendo-se o curso do prazo de
e, no caso de noII, o prazo será de trinta dias. prescrição até o seu cumprimento. (Redação
dada pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996)
Art. 365. O edital de citação indicará:
Art. 369. As citações que houverem de ser
I – o nome do juiz que a determinar;
feitas em legações estrangeiras serão efetuadas
II – o nome do réu, ou, se não for conhecido, mediante carta rogatória. (Redação dada pela
os seus sinais característicos, bem como Lei nº 9.271, de 17.4.1996)
sua residência e profissão, se constarem do
processo;
III – o fim para que é feita a citação;
IV – o juízo e o dia, a hora e o lugar em que
o réu deverá comparecer;
V – o prazo, que será contado do dia da
publicação do edital na imprensa, se houver,
ou da sua afixação.

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CAPÍTULO II LIVRO II
DAS INTIMAÇÕES DOS PROCESSOS EM ESPÉCIE
Art. 370. Nas intimações dos acusados, das
testemunhas e demais pessoas que devam TÍTULO I
tomar conhecimento de qualquer ato, será Do Processo Comum
observado, no que for aplicável, o disposto no
Capítulo anterior. (Redação dada pela Lei nº
9.271, de 17.4.1996) CAPÍTULO I
§ 1º A intimação do defensor constituído, do DA INSTRUÇÃO CRIMINAL
advogado do querelante e do assistente far-
se-á por publicação no órgão incumbido da Art. 394. O procedimento será comum ou
publicidade dos atos judiciais da comarca, especial. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de
incluindo, sob pena de nulidade, o nome do 2008).
acusado. (Redação dada pela Lei nº 9.271, § 1º O procedimento comum será ordinário,
de 17.4.1996) sumário ou sumaríssimo:(Incluído pela Lei
§ 2º Caso não haja órgão de publicação nº 11.719, de 2008).
dos atos judiciais na comarca, a intimação I – ordinário, quando tiver por objeto crime
far-se-á diretamente pelo escrivão, por cuja sanção máxima cominada for igual ou
mandado, ou via postal com comprovante superior a 4 (quatro) anos de pena privativa
de recebimento, ou por qualquer outro de liberdade;(Incluído pela Lei nº 11.719, de
meio idôneo. (Redação dada pela Lei nº 2008).
9.271, de 17.4.1996)
II – sumário, quando tiver por objeto crime
§ 3º A intimação pessoal, feita pelo escrivão, cuja sanção máxima cominada seja inferior
dispensará a aplicação a que alude o § 1º. a 4 (quatro) anos de pena privativa de
(Incluído pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996) liberdade;(Incluído pela Lei nº 11.719, de
§ 4º A intimação do Ministério Público e do 2008).
defensor nomeado será pessoal. (Incluído III – sumaríssimo, para as infrações penais
pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996) de menor potencial ofensivo, na forma da
Art. 371. Será admissível a intimação por lei. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
despacho na petição em que for requerida, § 2º Aplica-se a todos os processos o
observado o disposto no art. 357. procedimento comum, salvo disposições em
Art. 372. Adiada, por qualquer motivo, a contrário deste Código ou de lei especial.
instrução criminal, o juiz marcará desde logo, na (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
presença das partes e testemunhas, dia e hora § 3º Nos processos de competência do
para seu prosseguimento, do que se lavrará Tribunal do Júri, o procedimento observará
termo nos autos. as disposições estabelecidas nos arts. 406
a 497 deste Código. (Incluído pela Lei nº
11.719, de 2008).
§ 4º As disposições dos arts. 395 a 398
deste Código aplicam-se a todos os
procedimentos penais de primeiro grau,
ainda que não regulados neste Código.
(Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).

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§ 5º Aplicam-se subsidiariamente defensor, o juiz nomeará defensor para


aos procedimentos especial, sumário oferecê-la, concedendo-lhe vista dos autos
e sumaríssimo as disposições do por 10 (dez) dias. (Incluído pela Lei nº
procedimento ordinário. (Incluído pela Lei 11.719, de 2008).
nº 11.719, de 2008).
Art. 397. Após o cumprimento do disposto
Art. 395. A denúncia ou queixa será rejeitada no art. 396-A, e parágrafos, deste Código, o
quando: (Redação dada pela Lei nº 11.719, de juiz deverá absolver sumariamente o acusado
2008). quando verificar: (Redação dada pela Lei nº
11.719, de 2008).
I – for manifestamente inepta; (Incluído
pela Lei nº 11.719, de 2008). I – a existência manifesta de causa
excludente da ilicitude do fato; (Incluído
II – faltar pressuposto processual ou pela Lei nº 11.719, de 2008).
condição para o exercício da ação penal; ou
(Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). II – a existência manifesta de causa
excludente da culpabilidade do agente,
III – faltar justa causa para o exercício da salvo inimputabilidade; (Incluído pela Lei nº
ação penal. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 11.719, de 2008).
2008).
III – que o fato narrado evidentemente não
Parágrafo único. (Revogado). (Incluído pela constitui crime; ou (Incluído pela Lei nº
Lei nº 11.719, de 2008). 11.719, de 2008).
Art. 396. Nos procedimentos ordinário e IV – extinta a punibilidade do agente.
sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
se não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e
ordenará a citação do acusado para responder à Art. 398. (Revogado pela Lei nº 11.719, de
acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. 2008).
(Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
Art. 399. Recebida a denúncia ou queixa, o
Parágrafo único. No caso de citação por juiz designará dia e hora para a audiência,
edital, o prazo para a defesa começará a ordenando a intimação do acusado, de seu
fluir a partir do comparecimento pessoal defensor, do Ministério Público e, se for o caso,
do acusado ou do defensor constituído. do querelante e do assistente. (Redação dada
(Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). pela Lei nº 11.719, de 2008).
Art. 396-A. Na resposta, o acusado poderá argüir § 1º O acusado preso será requisitado
preliminares e alegar tudo o que interesse à sua para comparecer ao interrogatório,
defesa, oferecer documentos e justificações, devendo o poder público providenciar sua
especificar as provas pretendidas e arrolar apresentação. (Incluído pela Lei nº 11.719,
testemunhas, qualificando-as e requerendo sua de 2008).
intimação, quando necessário. (Incluído pela Lei
nº 11.719, de 2008). § 2º O juiz que presidiu a instrução deverá
proferir a sentença. (Incluído pela Lei nº
§ 1º A exceção será processada em 11.719, de 2008).
apartado, nos termos dos arts. 95 a 112
deste Código. (Incluído pela Lei nº 11.719, Art. 400. Na audiência de instrução e julgamento,
de 2008). a ser realizada no prazo máximo de 60 (sessenta)
dias, proceder-se-á à tomada de declarações
§ 2º Não apresentada a resposta no prazo do ofendido, à inquirição das testemunhas
legal, ou se o acusado, citado, não constituir arroladas pela acusação e pela defesa, nesta

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ordem, ressalvado o disposto no art. 222 deste individual. (Incluído pela Lei nº 11.719, de
Código, bem como aos esclarecimentos dos 2008).
peritos, às acareações e ao reconhecimento de § 2º Ao assistente do Ministério Público,
pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida, após a manifestação desse, serão
o acusado. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de concedidos 10 (dez) minutos, prorrogando-
2008). se por igual período o tempo de
§ 1º As provas serão produzidas numa manifestação da defesa. (Incluído pela Lei
só audiência, podendo o juiz indeferir as nº 11.719, de 2008).
consideradas irrelevantes, impertinentes ou § 3º O juiz poderá, considerada a
protelatórias. (Incluído pela Lei nº 11.719, complexidade do caso ou o número de
de 2008). acusados, conceder às partes o prazo
§ 2º Os esclarecimentos dos peritos de 5 (cinco) dias sucessivamente para a
dependerão de prévio requerimento das apresentação de memoriais. Nesse caso,
partes. (Incluído pela Lei nº 11.719, de terá o prazo de 10 (dez) dias para proferir
2008). a sentença. (Incluído pela Lei nº 11.719, de
Art. 401. Na instrução poderão ser inquiridas até 2008).
8 (oito) testemunhas arroladas pela acusação e Art. 404. Ordenado diligência considerada
8 (oito) pela defesa. (Redação dada pela Lei nº imprescindível, de ofício ou a requerimento
11.719, de 2008). da parte, a audiência será concluída sem as
§ 1º Nesse número não se compreendem alegações finais. (Redação dada pela Lei nº
as que não prestem compromisso e as 11.719, de 2008).
referidas. (Incluído pela Lei nº 11.719, de Parágrafo único. Realizada, em seguida,
2008). a diligência determinada, as partes
§ 2º A parte poderá desistir da inquirição apresentarão, no prazo sucessivo de 5
de qualquer das testemunhas arroladas, (cinco) dias, suas alegações finais, por
ressalvado o disposto no art. 209 deste memorial, e, no prazo de 10 (dez) dias, o
Código. (Incluído pela Lei nº 11.719, de juiz proferirá a sentença. (Incluído pela Lei
2008). nº 11.719, de 2008).

Art. 402. Produzidas as provas, ao final da Art. 405. Do ocorrido em audiência será lavrado
audiência, o Ministério Público, o querelante termo em livro próprio, assinado pelo juiz e
e o assistente e, a seguir, o acusado poderão pelas partes, contendo breve resumo dos fatos
requerer diligências cuja necessidade se relevantes nela ocorridos. (Redação dada pela
origine de circunstâncias ou fatos apurados na Lei nº 11.719, de 2008).
instrução. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de § 1º Sempre que possível, o registro dos
2008). depoimentos do investigado, indiciado,
Art. 403. Não havendo requerimento de ofendido e testemunhas será feito pelos
diligências, ou sendo indeferido, serão meios ou recursos de gravação magnética,
oferecidas alegações finais orais por 20 (vinte) estenotipia, digital ou técnica similar,
minutos, respectivamente, pela acusação e inclusive audiovisual, destinada a obter
pela defesa, prorrogáveis por mais 10 (dez), maior fidelidade das informações. (Incluído
proferindo o juiz, a seguir, sentença. (Redação pela Lei nº 11.719, de 2008).
dada pela Lei nº 11.719, de 2008). § 2º No caso de registro por meio
§ 1º Havendo mais de um acusado, o tempo audiovisual, será encaminhado às partes
previsto para a defesa de cada um será cópia do registro original, sem necessidade
de transcrição. (Incluído pela Lei nº 11.719,
de 2008).

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CAPÍTULO II Art. 409. Apresentada a defesa, o juiz ouvirá


o Ministério Público ou o querelante sobre
(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) preliminares e documentos, em 5 (cinco) dias.
(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
DO PROCEDIMENTO RELATIVO AOS
Art. 410. O juiz determinará a inquirição das
PROCESSOS DA COMPETÊNCIA DO
testemunhas e a realização das diligências
TRIBUNAL DO JÚRI requeridas pelas partes, no prazo máximo de 10
(dez) dias. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de
Seção I 2008)
DA ACUSAÇÃO E DA INSTRUÇÃO Art. 411. Na audiência de instrução, proceder-
PRELIMINAR se-á à tomada de declarações do ofendido, se
possível, à inquirição das testemunhas arroladas
Art. 406. O juiz, ao receber a denúncia ou a
pela acusação e pela defesa, nesta ordem,
queixa, ordenará a citação do acusado para
bem como aos esclarecimentos dos peritos, às
responder a acusação, por escrito, no prazo de
acareações e ao reconhecimento de pessoas e
10 (dez) dias. (Redação dada pela Lei nº 11.689,
coisas, interrogando-se, em seguida, o acusado
de 2008)
e procedendo-se o debate. (Redação dada pela
§ 1º O prazo previsto no caput deste Lei nº 11.689, de 2008)
artigo será contado a partir do efetivo § 1º Os esclarecimentos dos peritos
cumprimento do mandado ou do dependerão de prévio requerimento e de
comparecimento, em juízo, do acusado ou deferimento pelo juiz. (Incluído pela Lei nº
de defensor constituído, no caso de citação 11.689, de 2008)
inválida ou por edital. (Redação dada pela
§ 2º As provas serão produzidas em uma
Lei nº 11.689, de 2008)
só audiência, podendo o juiz indeferir as
§ 2º A acusação deverá arrolar testemunhas, consideradas irrelevantes, impertinentes ou
até o máximo de 8 (oito), na denúncia ou na protelatórias. (Incluído pela Lei nº 11.689,
queixa. de 2008)
§ 3º Na resposta, o acusado poderá argüir § 3º Encerrada a instrução probatória,
preliminares e alegar tudo que interesse observar-se-á, se for o caso, o disposto no
a sua defesa, oferecer documentos art. 384 deste Código. (Incluído pela Lei nº
e justificações, especificar as provas 11.689, de 2008)
pretendidas e arrolar testemunhas, até § 4º As alegações serão orais, concedendo-
o máximo de 8 (oito), qualificando-as se a palavra, respectivamente, à acusação e
e requerendo sua intimação, quando à defesa, pelo prazo de 20 (vinte) minutos,
necessário. (Incluído pela Lei nº 11.689, de prorrogáveis por mais 10 (dez). (Incluído
2008) pela Lei nº 11.689, de 2008)
Art. 407. As exceções serão processadas em § 5º Havendo mais de 1 (um) acusado, o
apartado, nos termos dos arts. 95 a 112 deste tempo previsto para a acusação e a defesa
Código. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de de cada um deles será individual. (Incluído
2008) pela Lei nº 11.689, de 2008)
§ 6º Ao assistente do Ministério Público,
Art. 408. Não apresentada a resposta no prazo após a manifestação deste, serão
legal, o juiz nomeará defensor para oferecê-la concedidos 10 (dez) minutos, prorrogando-
em até 10 (dez) dias, concedendo-lhe vista dos se por igual período o tempo de
autos. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de manifestação da defesa. (Incluído pela Lei
2008) nº 11.689, de 2008)

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§ 7º Nenhum ato será adiado, salvo § 3º O juiz decidirá, motivadamente, no caso
quando imprescindível à prova faltante, de manutenção, revogação ou substituição
determinando o juiz a condução coercitiva da prisão ou medida restritiva de liberdade
de quem deva comparecer. (Incluído pela anteriormente decretada e, tratando-se
Lei nº 11.689, de 2008) de acusado solto, sobre a necessidade
da decretação da prisão ou imposição de
§ 8º A testemunha que comparecer quaisquer das medidas previstas no Título
será inquirida, independentemente da IX do Livro I deste Código. (Incluído pela Lei
suspensão da audiência, observada em nº 11.689, de 2008)
qualquer caso a ordem estabelecida no
caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº Art. 414. Não se convencendo da materialidade
11.689, de 2008) do fato ou da existência de indícios
suficientes de autoria ou de participação, o
§ 9º Encerrados os debates, o juiz proferirá juiz, fundamentadamente, impronunciará o
a sua decisão, ou o fará em 10 (dez) dias, acusado. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de
ordenando que os autos para isso lhe sejam 2008)
conclusos. (Incluído pela Lei nº 11.689, de
2008) Parágrafo único. Enquanto não ocorrer
a extinção da punibilidade, poderá ser
Art. 412. O procedimento será concluído no formulada nova denúncia ou queixa se
prazo máximo de 90 (noventa) dias. (Redação houver prova nova. ( Incluído pela Lei nº
dada pela Lei nº 11.689, de 2008) 11.689, de 2008)
Seção II Art. 415. O juiz, fundamentadamente, absolverá
DA PRONÚNCIA, DA IMPRONÚNCIA E desde logo o acusado, quando:(Redação dada
DA ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA pela Lei nº 11.689, de 2008)
I – provada a inexistência do fato; (Redação
(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
Art. 413. O juiz, fundamentadamente,
II – provado não ser ele autor ou partícipe
pronunciará o acusado, se convencido da
do fato;(Redação dada pela Lei nº 11.689,
materialidade do fato e da existência de indícios
de 2008)
suficientes de autoria ou de participação.
(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) III – o fato não constituir infração penal;
(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
§ 1º A fundamentação da pronúncia limitar-
se-á à indicação da materialidade do fato IV – demonstrada causa de isenção de pena
e da existência de indícios suficientes de ou de exclusão do crime. (Redação dada
autoria ou de participação, devendo o pela Lei nº 11.689, de 2008)
juiz declarar o dispositivo legal em que
julgar incurso o acusado e especificar as Parágrafo único. Não se aplica o disposto
circunstâncias qualificadoras e as causas no inciso IV do caput deste artigo ao caso de
de aumento de pena. (Incluído pela Lei nº inimputabilidade prevista nocaputdo art. 26
11.689, de 2008) do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro
de 1940 – Código Penal, salvo quando esta
§ 2º Se o crime for afiançável, o juiz for a única tese defensiva. (Incluído pela Lei
arbitrará o valor da fiança para a concessão nº 11.689, de 2008)
ou manutenção da liberdade provisória.
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) Art. 416. Contra a sentença de impronúncia
ou de absolvição sumária caberá apelação.
(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)

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Art. 417. Se houver indícios de autoria ou de ao Ministério Público. (Incluído pela Lei nº
participação de outras pessoas não incluídas na 11.689, de 2008)
acusação, o juiz, ao pronunciar ou impronunciar
§ 2º Em seguida, os autos serão conclusos
o acusado, determinará o retorno dos autos
ao juiz para decisão. (Incluído pela Lei nº
ao Ministério Público, por 15 (quinze) dias,
11.689, de 2008)
aplicável, no que couber, o art. 80 deste Código.
(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) Seção III
Art. 418. O juiz poderá dar ao fato definição DA PREPARAÇÃO DO PROCESSO
jurídica diversa da constante da acusação, PARA JULGAMENTO EM PLENÁRIO
embora o acusado fique sujeito a pena mais
grave. ( Redação dada pela Lei nº 11.689, de (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
2008) Art. 422. Ao receber os autos, o presidente do
Tribunal do Júri determinará a intimação do
Art. 419. Quando o juiz se convencer, em
órgão do Ministério Público ou do querelante,
discordância com a acusação, da existência
no caso de queixa, e do defensor, para, no
de crime diverso dos referidos no § 1º do art.
prazo de 5 (cinco) dias, apresentarem rol de
74 deste Código e não for competente para
testemunhas que irão depor em plenário,
o julgamento, remeterá os autos ao juiz que o
até o máximo de 5 (cinco), oportunidade em
seja. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
que poderão juntar documentos e requerer
Parágrafo único. Remetidos os autos do diligência. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de
processo a outro juiz, à disposição deste 2008)
ficará o acusado preso. (Incluído pela Lei nº
Art. 423. Deliberando sobre os requerimentos
11.689, de 2008)
de provas a serem produzidas ou exibidas no
Art. 420. A intimação da decisão de pronúncia plenário do júri, e adotadas as providências
será feita: (Redação dada pela Lei nº 11.689, de devidas, o juiz presidente: (Redação dada pela
2008) Lei nº 11.689, de 2008)
I – pessoalmente ao acusado, ao defensor I – ordenará as diligências necessárias para
nomeado e ao Ministério Público; (Incluído sanar qualquer nulidade ou esclarecer fato
pela Lei nº 11.689, de 2008) que interesse ao julgamento da causa;
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
II – ao defensor constituído, ao querelante
e ao assistente do Ministério Público, na II – fará relatório sucinto do processo,
forma do disposto no § 1º do art. 370 deste determinando sua inclusão em pauta da
Código. (Incluído pela Lei nº 11.689, de reunião do Tribunal do Júri. (Incluído pela
2008) Lei nº 11.689, de 2008)

Parágrafo único. Será intimado por edital Art. 424. Quando a lei local de organização
o acusado solto que não for encontrado. judiciária não atribuir ao presidente do Tribunal
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) do Júri o preparo para julgamento, o juiz
competente remeter-lhe-á os autos do processo
Art. 421. Preclusa a decisão de pronúncia, os preparado até 5 (cinco) dias antes do sorteio a
autos serão encaminhados ao juiz presidente que se refere o art. 433 deste Código. (Redação
do Tribunal do Júri. (Redação dada pela Lei nº dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
11.689, de 2008)
Parágrafo único. Deverão ser remetidos,
§ 1º Ainda que preclusa a decisão de também, os processos preparados até o
pronúncia, havendo circunstância encerramento da reunião, para a realização
superveniente que altere a classificação do de julgamento. (Redação dada pela Lei nº
crime, o juiz ordenará a remessa dos autos 11.689, de 2008)

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Seção IV § 3º Os nomes e endereços dos alistados,
DO ALISTAMENTO DOS JURADOS em cartões iguais, após serem verificados
na presença do Ministério Público, de
(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) advogado indicado pela Seção local da
Ordem dos Advogados do Brasil e de
Art. 425. Anualmente, serão alistados defensor indicado pelas Defensorias
pelo presidente do Tribunal do Júri de 800 Públicas competentes, permanecerão
(oitocentos) a 1.500 (um mil e quinhentos) guardados em urna fechada a chave, sob
jurados nas comarcas de mais de 1.000.000 a responsabilidade do juiz presidente.
(um milhão) de habitantes, de 300 (trezentos) (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
a 700 (setecentos) nas comarcas de mais de
100.000 (cem mil) habitantes e de 80 (oitenta) § 4º O jurado que tiver integrado o Conselho
a 400 (quatrocentos) nas comarcas de menor de Sentença nos 12 (doze) meses que
população. (Redação dada pela Lei nº 11.689, antecederem à publicação da lista geral fica
de 2008) dela excluído. (Incluído pela Lei nº 11.689,
de 2008)
§ 1º Nas comarcas onde for necessário,
poderá ser aumentado o número de jurados § 5º Anualmente, a lista geral de jurados
e, ainda, organizada lista de suplentes, será, obrigatoriamente, completada.
depositadas as cédulas em urna especial, (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
com as cautelas mencionadas na parte final
do § 3º do art. 426 deste Código. (Incluído Seção V
pela Lei nº 11.689, de 2008) DO DESAFORAMENTO
§ 2º O juiz presidente requisitará às (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
autoridades locais, associações de classe
e de bairro, entidades associativas e Art. 427. Se o interesse da ordem pública
culturais, instituições de ensino em geral, o reclamar ou houver dúvida sobre a
universidades, sindicatos, repartições imparcialidade do júri ou a segurança pessoal
públicas e outros núcleos comunitários do acusado, o Tribunal, a requerimento do
a indicação de pessoas que reúnam as Ministério Público, do assistente, do querelante
condições para exercer a função de jurado. ou do acusado ou mediante representação
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) do juiz competente, poderá determinar o
desaforamento do julgamento para outra
Art. 426. A lista geral dos jurados, com indicação comarca da mesma região, onde não existam
das respectivas profissões, será publicada pela aqueles motivos, preferindo-se as mais
imprensa até o dia 10 de outubro de cada próximas. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de
ano e divulgada em editais afixados à porta 2008)
do Tribunal do Júri. (Redação dada pela Lei nº
11.689, de 2008) § 1º O pedido de desaforamento será
distribuído imediatamente e terá
§ 1º A lista poderá ser alterada, de ofício ou preferência de julgamento na Câmara ou
mediante reclamação de qualquer do povo Turma competente. (Incluído pela Lei nº
ao juiz presidente até o dia 10 de novembro, 11.689, de 2008)
data de sua publicação definitiva. (Incluído
pela Lei nº 11.689, de 2008) § 2º Sendo relevantes os motivos
alegados, o relator poderá determinar,
§ 2º Juntamente com a lista, serão fundamentadamente, a suspensão do
transcritos os arts. 436 a 446 deste Código. julgamento pelo júri. (Incluído pela Lei nº
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 11.689, de 2008)

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§ 3º Será ouvido o juiz presidente, quando II – dentre os acusados presos, aqueles


a medida não tiver sido por ele solicitada. que estiverem há mais tempo na prisão;
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
§ 4º Na pendência de recurso contra a III – em igualdade de condições, os
decisão de pronúncia ou quando efetivado precedentemente pronunciados. (Incluído
o julgamento, não se admitirá o pedido pela Lei nº 11.689, de 2008)
de desaforamento, salvo, nesta última
hipótese, quanto a fato ocorrido durante ou § 1º Antes do dia designado para o primeiro
após a realização de julgamento anulado. julgamento da reunião periódica, será
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) afixada na porta do edifício do Tribunal do
Júri a lista dos processos a serem julgados,
Art. 428. O desaforamento também poderá obedecida a ordem prevista no caput deste
ser determinado, em razão do comprovado artigo. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de
excesso de serviço, ouvidos o juiz presidente e 2008)
a parte contrária, se o julgamento não puder ser
realizado no prazo de 6 (seis) meses, contado § 2º O juiz presidente reservará datas na
do trânsito em julgado da decisão de pronúncia. mesma reunião periódica para a inclusão
(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) de processo que tiver o julgamento adiado.
(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
§ 1º Para a contagem do prazo referido
neste artigo, não se computará o tempo de Art. 430. O assistente somente será admitido se
adiamentos, diligências ou incidentes de tiver requerido sua habilitação até 5 (cinco) dias
interesse da defesa. (Incluído pela Lei nº antes da data da sessão na qual pretenda atuar.
11.689, de 2008) (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)

§ 2º Não havendo excesso de serviço Art. 431. Estando o processo em ordem, o


ou existência de processos aguardando juiz presidente mandará intimar as partes, o
julgamento em quantidade que ultrapasse ofendido, se for possível, as testemunhas e os
a possibilidade de apreciação pelo Tribunal peritos, quando houver requerimento, para a
do Júri, nas reuniões periódicas previstas sessão de instrução e julgamento, observando,
para o exercício, o acusado poderá requerer no que couber, o disposto no art. 420 deste
ao Tribunal que determine a imediata Código. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de
realização do julgamento. (Incluído pela Lei 2008)
nº 11.689, de 2008)
Seção VII
Seção VI DO SORTEIO E DA CONVOCAÇÃO
DA ORGANIZAÇÃO DA PAUTA DOS JURADOS
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)

Art. 429. Salvo motivo relevante que autorize Art. 432. Em seguida à organização da
alteração na ordem dos julgamentos, terão pauta, o juiz presidente determinará a
preferência: (Redação dada pela Lei nº 11.689, intimação do Ministério Público, da Ordem
de 2008) dos Advogados do Brasil e da Defensoria
Pública para acompanharem, em dia e
I – os acusados presos; (Incluído pela Lei nº hora designados, o sorteio dos jurados que
11.689, de 2008) atuarão na reunião periódica. (Redação
dada pela Lei nº 11.689, de 2008)

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Art. 433. O sorteio, presidido pelo juiz, far- Art. 454. Até o momento de abertura
se-á a portas abertas, cabendo-lhe retirar as dos trabalhos da sessão, o juiz presidente
cédulas até completar o número de 25 (vinte decidirá os casos de isenção e dispensa
e cinco) jurados, para a reunião periódica de jurados e o pedido de adiamento de
ou extraordinária. (Redação dada pela Lei nº julgamento, mandando consignar em ata
11.689, de 2008) as deliberações. (Redação dada pela Lei nº
11.689, de 2008)
§ 1º O sorteio será realizado entre o
15º(décimo quinto) e o 10º(décimo) dia Art. 455. Se o Ministério Público não
útil antecedente à instalação da reunião. comparecer, o juiz presidente adiará o
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) julgamento para o primeiro dia desimpedido
da mesma reunião, cientificadas as partes e
§ 2º A audiência de sorteio não será adiada as testemunhas. (Redação dada pela Lei nº
pelo não comparecimento das partes. 11.689, de 2008)
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
Parágrafo único. Se a ausência não for
§ 3º O jurado não sorteado poderá ter o seu justificada, o fato será imediatamente
nome novamente incluído para as reuniões comunicado ao Procurador-Geral de Justiça
futuras. (Incluído pela Lei nº 11.689, de com a data designada para a nova sessão.
2008) (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
Art. 434. Os jurados sorteados serão convocados Art. 456. Se a falta, sem escusa legítima, for do
pelo correio ou por qualquer outro meio hábil advogado do acusado, e se outro não for por
para comparecer no dia e hora designados para este constituído, o fato será imediatamente
a reunião, sob as penas da lei. (Redação dada comunicado ao presidente da seccional da
pela Lei nº 11.689, de 2008) Ordem dos Advogados do Brasil, com a data
Parágrafo único. No mesmo expediente de designada para a nova sessão. (Redação dada
convocação serão transcritos os arts. 436 pela Lei nº 11.689, de 2008)
a 446 deste Código. (Incluído pela Lei nº § 1º Não havendo escusa legítima, o
11.689, de 2008) julgamento será adiado somente uma vez,
Art. 435. Serão afixados na porta do edifício devendo o acusado ser julgado quando
do Tribunal do Júri a relação dos jurados chamado novamente. (Incluído pela Lei nº
convocados, os nomes do acusado e dos 11.689, de 2008)
procuradores das partes, além do dia, hora e § 2º Na hipótese do § 1º deste artigo, o
local das sessões de instrução e julgamento. juiz intimará a Defensoria Pública para o
(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) novo julgamento, que será adiado para o
primeiro dia desimpedido, observado o
Seção X
prazo mínimo de 10 (dez) dias. (Incluído
DA REUNIÃO E DAS SESSÕES DO pela Lei nº 11.689, de 2008)
TRIBUNAL DO JÚRI
Art. 457. O julgamento não será adiado pelo
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) não comparecimento do acusado solto, do
assistente ou do advogado do querelante, que
Art. 453. O Tribunal do Júri reunir-se-á para as tiver sido regularmente intimado. (Redação
sessões de instrução e julgamento nos períodos dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
e na forma estabelecida pela lei local de
organização judiciária. (Redação dada pela Lei § 1º Os pedidos de adiamento e as
nº 11.689, de 2008) justificações de não comparecimento
deverão ser, salvo comprovado motivo de

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força maior, previamente submetidos à Art. 462. Realizadas as diligências referidas nos
apreciação do juiz presidente do Tribunal do arts. 454 a 461 deste Código, o juiz presidente
Júri. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) verificará se a urna contém as cédulas dos 25
(vinte e cinco) jurados sorteados, mandando
§ 2º Se o acusado preso não for conduzido, que o escrivão proceda à chamada deles.
o julgamento será adiado para o primeiro (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
dia desimpedido da mesma reunião,
salvo se houver pedido de dispensa de Art. 463. Comparecendo, pelo menos, 15
comparecimento subscrito por ele e seu (quinze) jurados, o juiz presidente declarará
defensor. (Incluído pela Lei nº 11.689, de instalados os trabalhos, anunciando o processo
2008) que será submetido a julgamento. (Redação
dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
Art. 458. Se a testemunha, sem justa causa,
deixar de comparecer, o juiz presidente, sem § 1º O oficial de justiça fará o pregão,
prejuízo da ação penal pela desobediência, certificando a diligência nos autos. (Incluído
aplicar-lhe-á a multa prevista no § 2º do art. 436 pela Lei nº 11.689, de 2008)
deste Código. (Redação dada pela Lei nº 11.689,
§ 2º Os jurados excluídos por impedimento
de 2008)
ou suspeição serão computados para a
Art. 459. Aplicar-se-á às testemunhas a serviço constituição do número legal. (Incluído pela
do Tribunal do Júri o disposto no art. 441 deste Lei nº 11.689, de 2008)
Código. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de
Art. 464. Não havendo o número referido no
2008)
art. 463 deste Código, proceder-se-á ao sorteio
Art. 460.Antes de constituído o Conselho de de tantos suplentes quantos necessários, e
Sentença, as testemunhas serão recolhidas designar-se-á nova data para a sessão do júri.
a lugar onde umas não possam ouvir os (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
depoimentos das outras. (Redação dada pela Art. 465. Os nomes dos suplentes serão
Lei nº 11.689, de 2008) consignados em ata, remetendo-se o expediente
Art. 461. O julgamento não será adiado se a de convocação, com observância do disposto
testemunha deixar de comparecer, salvo se uma nos arts. 434 e 435 deste Código. (Redação dada
das partes tiver requerido a sua intimação por pela Lei nº 11.689, de 2008)
mandado, na oportunidade de que trata o art. Art. 466. Antes do sorteio dos membros
422 deste Código, declarando não prescindir do Conselho de Sentença, o juiz presidente
do depoimento e indicando a sua localização. esclarecerá sobre os impedimentos, a suspeição
(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) e as incompatibilidades constantes dos arts. 448
§ 1º Se, intimada, a testemunha não e 449 deste Código. (Redação dada pela Lei nº
comparecer, o juiz presidente suspenderá 11.689, de 2008)
os trabalhos e mandará conduzi-la ou § 1º O juiz presidente também advertirá
adiará o julgamento para o primeiro dia os jurados de que, uma vez sorteados,
desimpedido, ordenando a sua condução. não poderão comunicar-se entre si e
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) com outrem, nem manifestar sua opinião
§ 2º O julgamento será realizado mesmo sobre o processo, sob pena de exclusão do
na hipótese de a testemunha não ser Conselho e multa, na forma do § 2º do art.
encontrada no local indicado, se assim for 436 deste Código. (Redação dada pela Lei
certificado por oficial de justiça. (Incluído nº 11.689, de 2008)
pela Lei nº 11.689, de 2008)

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§ 2º A incomunicabilidade será certificada Art. 471. Se, em consequência do impedimento,
nos autos pelo oficial de justiça. (Redação suspeição, incompatibilidade, dispensa ou
dada pela Lei nº 11.689, de 2008) recusa, não houver número para a formação
do Conselho, o julgamento será adiado para o
Art. 467. Verificando que se encontram na urna
primeiro dia desimpedido, após sorteados os
as cédulas relativas aos jurados presentes, o juiz
suplentes, com observância do disposto no art.
presidente sorteará 7 (sete) dentre eles para a
464 deste Código. (Redação dada pela Lei nº
formação do Conselho de Sentença. (Redação
11.689, de 2008)
dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
Art. 472. Formado o Conselho de Sentença, o
Art. 468. À medida que as cédulas forem
presidente, levantando-se, e, com ele, todos
sendo retiradas da urna, o juiz presidente as
os presentes, fará aos jurados a seguinte
lerá, e a defesa e, depois dela, o Ministério
exortação:(Redação dada pela Lei nº 11.689, de
Público poderão recusar os jurados sorteados,
2008)
até 3 (três) cada parte, sem motivar a recusa.
(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) Em nome da lei, concito-vos a examinar esta
causa com imparcialidade e a proferir a vossa
Parágrafo único. O jurado recusado decisão de acordo com a vossa consciência e os
imotivadamente por qualquer das partes ditames da justiça.
será excluído daquela sessão de instrução e
julgamento, prosseguindo-se o sorteio para Os jurados, nominalmente chamados pelo
a composição do Conselho de Sentença presidente, responderão:
com os jurados remanescentes. (Incluído Assim o prometo.
pela Lei nº 11.689, de 2008)
Parágrafo único. O jurado, em seguida,
Art. 469. Se forem 2 (dois) ou mais os acusados, receberá cópias da pronúncia ou, se for o
as recusas poderão ser feitas por um só caso, das decisões posteriores que julgaram
defensor. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de admissível a acusação e do relatório do
2008) processo. (Incluído pela Lei nº 11.689, de
§ 1º A separação dos julgamentos somente 2008)
ocorrerá se, em razão das recusas, não for
obtido o número mínimo de 7 (sete) jurados
Seção XI
para compor o Conselho de Sentença. DA INSTRUÇÃO EM PLENÁRIO
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
§ 2º Determinada a separação dos Art. 473. Prestado o compromisso pelos jurados,
julgamentos, será julgado em primeiro lugar será iniciada a instrução plenária quando o juiz
o acusado a quem foi atribuída a autoria presidente, o Ministério Público, o assistente, o
do fato ou, em caso de co-autoria, aplicar- querelante e o defensor do acusado tomarão,
se-á o critério de preferência disposto no sucessiva e diretamente, as declarações
art. 429 deste Código. (Incluído pela Lei nº do ofendido, se possível, e inquirirão as
11.689, de 2008) testemunhas arroladas pela acusação. (Redação
Art. 470. Desacolhida a argüição de dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
impedimento, de suspeição ou de § 1º Para a inquirição das testemunhas
incompatibilidade contra o juiz presidente do arroladas pela defesa, o defensor do
Tribunal do Júri, órgão do Ministério Público, acusado formulará as perguntas antes do
jurado ou qualquer funcionário, o julgamento Ministério Público e do assistente, mantidos
não será suspenso, devendo, entretanto, no mais a ordem e os critérios estabelecidos
constar da ata o seu fundamento e a decisão. neste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.689, de
(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) 2008)

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§ 2º Os jurados poderão formular perguntas Seção XII


ao ofendido e às testemunhas, por DOS DEBATES
intermédio do juiz presidente. (Incluído
pela Lei nº 11.689, de 2008) (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
§ 3º As partes e os jurados poderão Art. 476. Encerrada a instrução, será concedida
requerer acareações, reconhecimento a palavra ao Ministério Público, que fará a
de pessoas e coisas e esclarecimento dos acusação, nos limites da pronúncia ou das
peritos, bem como a leitura de peças que se decisões posteriores que julgaram admissível
refiram, exclusivamente, às provas colhidas a acusação, sustentando, se for o caso, a
por carta precatória e às provas cautelares, existência de circunstância agravante. (Redação
antecipadas ou não repetíveis. (Incluído dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
pela Lei nº 11.689, de 2008) § 1º O assistente falará depois do Ministério
Art. 474. A seguir será o acusado interrogado, Público. (Incluído pela Lei nº 11.689, de
se estiver presente, na forma estabelecida no 2008)
Capítulo III do Título VII do Livro I deste Código, § 2º Tratando-se de ação penal de
com as alterações introduzidas nesta Seção. iniciativa privada, falará em primeiro lugar
(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) o querelante e, em seguida, o Ministério
Público, salvo se este houver retomado a
§ 1º O Ministério Público, o assistente,
titularidade da ação, na forma do art. 29
o querelante e o defensor, nessa ordem,
deste Código. (Incluído pela Lei nº 11.689,
poderão formular, diretamente, perguntas
de 2008)
ao acusado. (Redação dada pela Lei nº
11.689, de 2008) § 3º Finda a acusação, terá a palavra a
defesa. (Incluído pela Lei nº 11.689, de
§ 2º Os jurados formularão perguntas por 2008)
intermédio do juiz presidente. (Redação
dada pela Lei nº 11.689, de 2008) § 4º A acusação poderá replicar e a defesa
treplicar, sendo admitida a reinquirição de
§ 3º Não se permitirá o uso de algemas testemunha já ouvida em plenário. (Incluído
no acusado durante o período em que pela Lei nº 11.689, de 2008)
permanecer no plenário do júri, salvo se
absolutamente necessário à ordem dos Art. 477. O tempo destinado à acusação e à
trabalhos, à segurança das testemunhas defesa será de uma hora e meia para cada, e
ou à garantia da integridade física dos de uma hora para a réplica e outro tanto para
presentes. (Incluído pela Lei nº 11.689, de a tréplica. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de
2008) 2008)

Art. 475. O registro dos depoimentos e do § 1º Havendo mais de um acusador ou


interrogatório será feito pelos meios ou recursos mais de um defensor, combinarão entre si
de gravação magnética, eletrônica, estenotipia a distribuição do tempo, que, na falta de
ou técnica similar, destinada a obter maior acordo, será dividido pelo juiz presidente,
fidelidade e celeridade na colheita da prova. de forma a não exceder o determinado
(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) neste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.689, de
2008)
Parágrafo único. A transcrição do registro,
§ 2º Havendo mais de 1 (um) acusado, o tempo
após feita a degravação, constará dos autos.
para a acusação e a defesa será acrescido de 1
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
(uma) hora e elevado ao dobro o da réplica e
da tréplica, observado o disposto no § 1º deste
artigo. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)

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Art. 478. Durante os debates as partes § 2º Se houver dúvida sobre questão de
não poderão, sob pena de nulidade, fazer fato, o presidente prestará esclarecimentos
referências:(Redação dada pela Lei nº 11.689, à vista dos autos. (Incluído pela Lei nº
de 2008) 11.689, de 2008)
I – à decisão de pronúncia, às decisões § 3º Os jurados, nesta fase do procedimento,
posteriores que julgaram admissível a terão acesso aos autos e aos instrumentos
acusação ou à determinação do uso de do crime se solicitarem ao juiz presidente.
algemas como argumento de autoridade (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
que beneficiem ou prejudiquem o
acusado;(Incluído pela Lei nº 11.689, de Art. 481. Se a verificação de qualquer
2008) fato, reconhecida como essencial para o
julgamento da causa, não puder ser realizada
II – ao silêncio do acusado ou à ausência de imediatamente, o juiz presidente dissolverá
interrogatório por falta de requerimento, o Conselho, ordenando a realização das
em seu prejuízo. (Incluído pela Lei nº diligências entendidas necessárias. (Redação
11.689, de 2008) dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
Art. 479. Durante o julgamento não será Parágrafo único. Se a diligência consistir
permitida a leitura de documento ou a exibição na produção de prova pericial, o juiz
de objeto que não tiver sido juntado aos autos presidente, desde logo, nomeará perito e
com a antecedência mínima de 3 (três) dias formulará quesitos, facultando às partes
úteis, dando-se ciência à outra parte. (Redação também formulá-los e indicar assistentes
dada pela Lei nº 11.689, de 2008) técnicos, no prazo de 5 (cinco) dias.
(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
Parágrafo único. Compreende-se na
proibição deste artigo a leitura de jornais ou
qualquer outro escrito, bem como a exibição
de vídeos, gravações, fotografias, laudos, Lei nº 9.099/1995
quadros, croqui ou qualquer outro meio
assemelhado, cujo conteúdo versar sobre
a matéria de fato submetida à apreciação
e julgamento dos jurados. (Incluído pela Lei
nº 11.689, de 2008) CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 480. A acusação, a defesa e os jurados
poderão, a qualquer momento e por intermédio Art. 1º Os Juizados Especiais Cíveis e Criminais,
do juiz presidente, pedir ao orador que indique órgãos da Justiça Ordinária, serão criados pela
a folha dos autos onde se encontra a peça União, no Distrito Federal e nos Territórios,
por ele lida ou citada, facultando-se, ainda, e pelos Estados, para conciliação, processo,
aos jurados solicitar-lhe, pelo mesmo meio, julgamento e execução, nas causas de sua
o esclarecimento de fato por ele alegado. competência.
(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
Art. 2º O processo orientar-se-á pelos critérios
§ 1º Concluídos os debates, o presidente da oralidade, simplicidade, informalidade,
indagará dos jurados se estão habilitados economia processual e celeridade, buscando,
a julgar ou se necessitam de outros sempre que possível, a conciliação ou a
esclarecimentos. (Incluído pela Lei nº transação.
11.689, de 2008)

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CAPÍTULO III Seção I


DOS JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS DA COMPETÊNCIA E DOS ATOS
PROCESSUAIS
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 63. A competência do Juizado será
Art. 60. O Juizado Especial Criminal, provido determinada pelo lugar em que foi praticada a
por Juízes togados ou togados e leigos, tem infração penal.
competência para a conciliação, o julgamento
e a execução das infrações penais de menor Art. 64. Os atos processuais serão públicos e
potencial ofensivo. (Vide Lei nº 10.259, de 2001) poderão realizar-se em horário noturno e em
qualquer dia da semana, conforme dispuserem
Art. 60. O Juizado Especial Criminal, provido as normas de organização judiciária.
por juízes togados ou togados e leigos, tem
competência para a conciliação, o julgamento Art. 65. Os atos processuais serão válidos
e a execução das infrações penais de menor sempre que preencherem as finalidades para
potencial ofensivo, respeitadas as regras de as quais foram realizados, atendidos os critérios
conexão e continência. (Redação dada pela Lei indicados no art. 62 desta Lei.
nº 11.313, de 2006) § 1º Não se pronunciará qualquer nulidade
Parágrafo único. Na reunião de processos, sem que tenha havido prejuízo.
perante o juízo comum ou o tribunal do § 2º A prática de atos processuais em outras
júri, decorrentes da aplicação das regras comarcas poderá ser solicitada por qualquer
de conexão e continência, observar-se- meio hábil de comunicação.
ão os institutos da transação penal e da
composição dos danos civis. (Incluído pela § 3º Serão objeto de registro escrito
Lei nº 11.313, de 2006) exclusivamente os atos havidos por
essenciais. Os atos realizados em audiência
Art. 61. Consideram-se infrações penais de de instrução e julgamento poderão ser
menor potencial ofensivo, para os efeitos desta gravados em fita magnética ou equivalente.
Lei, as contravenções penais e os crimes a que
a lei comine pena máxima não superior a um Art. 66. A citação será pessoal e far-se-á no
ano, excetuados os casos em que a lei preveja próprio Juizado, sempre que possível, ou por
procedimento especial. (Vide Lei nº 10.259, de mandado.
2001)
Parágrafo único. Não encontrado o acusado
Art. 61. Consideram-se infrações penais de para ser citado, o Juiz encaminhará as peças
menor potencial ofensivo, para os efeitos desta existentes ao Juízo comum para adoção do
Lei, as contravenções penais e os crimes a que a procedimento previsto em lei.
lei comine pena máxima não superior a 2 (dois)
anos, cumulada ou não com multa. (Redação Art. 67. A intimação far-se-á por correspondência,
dada pela Lei nº 11.313, de 2006) com aviso de recebimento pessoal ou, tratando-
se de pessoa jurídica ou firma individual,
Art. 62. O processo perante o Juizado Especial mediante entrega ao encarregado da recepção,
orientar-se-á pelos critérios da oralidade, que será obrigatoriamente identificado,
informalidade, economia processual e ou, sendo necessário, por oficial de justiça,
celeridade, objetivando, sempre que possível, independentemente de mandado ou carta
a reparação dos danos sofridos pela vítima e a precatória, ou ainda por qualquer meio idôneo
aplicação de pena não privativa de liberdade. de comunicação.

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Parágrafo único. Dos atos praticados Art. 72. Na audiência preliminar, presente o
em audiência considerar-se-ão desde representante do Ministério Público, o autor
logo cientes as partes, os interessados e do fato e a vítima e, se possível, o responsável
defensores. civil, acompanhados por seus advogados, o Juiz
esclarecerá sobre a possibilidade da composição
Art. 68. Do ato de intimação do autor do dos danos e da aceitação da proposta de
fato e do mandado de citação do acusado, aplicação imediata de pena não privativa de
constará a necessidade de seu comparecimento liberdade.
acompanhado de advogado, com a advertência
de que, na sua falta, ser-lhe-á designado Art. 73. A conciliação será conduzida pelo Juiz
defensor público. ou por conciliador sob sua orientação.

Seção II Parágrafo único. Os conciliadores são


auxiliares da Justiça, recrutados, na
DA FASE PRELIMINAR
forma da lei local, preferentemente entre
Art. 69. A autoridade policial que tomar bacharéis em Direito, excluídos os que
conhecimento da ocorrência lavrará exerçam funções na administração da
termo circunstanciado e o encaminhará Justiça Criminal.
imediatamente ao Juizado, com o autor do fato Art. 74. A composição dos danos civis será
e a vítima, providenciando-se as requisições dos reduzida a escrito e, homologada pelo Juiz
exames periciais necessários. mediante sentença irrecorrível, terá eficácia de
Parágrafo único. Ao autor do fato que, após título a ser executado no juízo civil competente.
a lavratura do termo, for imediatamente Parágrafo único. Tratando-se de ação penal
encaminhado ao Juizado ou assumir o de iniciativa privada ou de ação penal
compromisso de a ele comparecer, não se pública condicionada à representação, o
imporá prisão em flagrante, nem se exigirá acordo homologado acarreta a renúncia ao
fiança. direito de queixa ou representação.
Parágrafo único. Ao autor do fato que, após Art. 75. Não obtida a composição dos danos
a lavratura do termo, for imediatamente civis, será dada imediatamente ao ofendido
encaminhado ao juizado ou assumir o a oportunidade de exercer o direito de
compromisso de a ele comparecer, não se representação verbal, que será reduzida a
imporá prisão em flagrante, nem se exigirá termo.
fiança. Em caso de violência doméstica, o
juiz poderá determinar, como medida de Parágrafo único. O não oferecimento da
cautela, seu afastamento do lar, domicílio ou representação na audiência preliminar não
local de convivência com a vítima. (Redação implica decadência do direito, que poderá
dada pela Lei nº 10.455, de 13.5.2002)) ser exercido no prazo previsto em lei.
Art. 70. Comparecendo o autor do fato e Art. 76. Havendo representação ou tratando-se
a vítima, e não sendo possível a realização de crime de ação penal pública incondicionada,
imediata da audiência preliminar, será não sendo caso de arquivamento, o Ministério
designada data próxima, da qual ambos sairão Público poderá propor a aplicação imediata
cientes. de pena restritiva de direitos ou multas, a ser
especificada na proposta.
Art. 71. Na falta do comparecimento de qualquer
dos envolvidos, a Secretaria providenciará sua § 1º Nas hipóteses de ser a pena de multa a
intimação e, se for o caso, a do responsável civil, única aplicável, o Juiz poderá reduzi-la até a
na forma dos arts. 67 e 68 desta Lei. metade.

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§ 2º Não se admitirá a proposta se ficar Juiz, de imediato, denúncia oral, se não houver
comprovado: necessidade de diligências imprescindíveis.
I – ter sido o autor da infração § 1º Para o oferecimento da denúncia,
condenado, pela prática de crime, que será elaborada com base no termo de
à pena privativa de liberdade, por ocorrência referido no art. 69 desta Lei, com
sentença definitiva; dispensa do inquérito policial, prescindir-
se-á do exame do corpo de delito quando a
II – ter sido o agente beneficiado materialidade do crime estiver aferida por
anteriormente, no prazo de cinco anos, boletim médico ou prova equivalente.
pela aplicação de pena restritiva ou
multa, nos termos deste artigo; § 2º Se a complexidade ou circunstâncias
do caso não permitirem a formulação da
III – não indicarem os antecedentes, denúncia, o Ministério Público poderá
a conduta social e a personalidade requerer ao Juiz o encaminhamento das
do agente, bem como os motivos e peças existentes, na forma do parágrafo
as circunstâncias, ser necessária e único do art. 66 desta Lei.
suficiente a adoção da medida.
§ 3º Na ação penal de iniciativa do ofendido
§ 3º Aceita a proposta pelo autor da infração poderá ser oferecida queixa oral, cabendo
e seu defensor, será submetida à apreciação ao Juiz verificar se a complexidade e as
do Juiz. circunstâncias do caso determinam a
§ 4º Acolhendo a proposta do Ministério adoção das providências previstas no
Público aceita pelo autor da infração, o parágrafo único do art. 66 desta Lei.
Juiz aplicará a pena restritiva de direitos ou Art. 78. Oferecida a denúncia ou queixa,
multa, que não importará em reincidência, será reduzida a termo, entregando-se cópia
sendo registrada apenas para impedir ao acusado, que com ela ficará citado e
novamente o mesmo benefício no prazo de imediatamente cientificado da designação
cinco anos. de dia e hora para a audiência de instrução e
§ 5º Da sentença prevista no parágrafo julgamento, da qual também tomarão ciência
anterior caberá a apelação referida no art. o Ministério Público, o ofendido, o responsável
82 desta Lei. civil e seus advogados.

§ 6º A imposição da sanção de que trata o § 1º Se o acusado não estiver presente,


§ 4º deste artigo não constará de certidão será citado na forma dos arts. 66 e 68 desta
de antecedentes criminais, salvo para os Lei e cientificado da data da audiência de
fins previstos no mesmo dispositivo, e não instrução e julgamento, devendo a ela
terá efeitos civis, cabendo aos interessados trazer suas testemunhas ou apresentar
propor ação cabível no juízo cível. requerimento para intimação, no mínimo
cinco dias antes de sua realização.
Seção III
§ 2º Não estando presentes o ofendido
DO PROCEDIMENTO SUMARIÍSSIMO e o responsável civil, serão intimados
nos termos do art. 67 desta Lei para
Art. 77. Na ação penal de iniciativa pública,
comparecerem à audiência de instrução e
quando não houver aplicação de pena,
julgamento.
pela ausência do autor do fato, ou pela não
ocorrência da hipótese prevista no art. 76 § 3º As testemunhas arroladas serão
desta Lei, o Ministério Público oferecerá ao intimadas na forma prevista no art. 67 desta
Lei.

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Art. 79. No dia e hora designados para a § 3º As partes poderão requerer a
audiência de instrução e julgamento, se na fase transcrição da gravação da fita magnética a
preliminar não tiver havido possibilidade de que alude o § 3º do art. 65 desta Lei.
tentativa de conciliação e de oferecimento de
proposta pelo Ministério Público, proceder-se-á § 4º As partes serão intimadas da data da
nos termos dos arts. 72, 73, 74 e 75 desta Lei. sessão de julgamento pela imprensa.

Art. 80. Nenhum ato será adiado, determinando § 5º Se a sentença for confirmada pelos
o Juiz, quando imprescindível, a condução próprios fundamentos, a súmula do
coercitiva de quem deva comparecer. julgamento servirá de acórdão.

Art. 81. Aberta a audiência, será dada a palavra Art. 83. Caberão embargos de declaração
ao defensor para responder à acusação, após quando, em sentença ou acórdão, houver
o que o Juiz receberá, ou não, a denúncia ou obscuridade, contradição, omissão ou dúvida.
queixa; havendo recebimento, serão ouvidas a § 1º Os embargos de declaração serão
vítima e as testemunhas de acusação e defesa, opostos por escrito ou oralmente, no
interrogando-se a seguir o acusado, se presente, prazo de cinco dias, contados da ciência da
passando-se imediatamente aos debates orais e decisão.
à prolação da sentença.
§ 2º Quando opostos contra sentença, os
§ 1º Todas as provas serão produzidas embargos de declaração suspenderão o
na audiência de instrução e julgamento, prazo para o recurso.
podendo o Juiz limitar ou excluir as que
considerar excessivas, impertinentes ou § 3º Os erros materiais podem ser corrigidos
protelatórias. de ofício.

§ 2º De todo o ocorrido na audiência será Seção IV


lavrado termo, assinado pelo Juiz e pelas DA EXECUÇÃO
partes, contendo breve resumo dos fatos
relevantes ocorridos em audiência e a Art. 84. Aplicada exclusivamente pena de multa,
sentença. seu cumprimento far-se-á mediante pagamento
na Secretaria do Juizado.
§ 3º A sentença, dispensado o relatório,
mencionará os elementos de convicção do Parágrafo único. Efetuado o pagamento,
Juiz. o Juiz declarará extinta a punibilidade,
determinando que a condenação não fique
Art. 82. Da decisão de rejeição da denúncia
constando dos registros criminais, exceto
ou queixa e da sentença caberá apelação, que
para fins de requisição judicial.
poderá ser julgada por turma composta de
três Juízes em exercício no primeiro grau de Art. 85. Não efetuado o pagamento de multa,
jurisdição, reunidos na sede do Juizado. será feita a conversão em pena privativa da
liberdade, ou restritiva de direitos, nos termos
§ 1º A apelação será interposta no prazo
previstos em lei.
de dez dias, contados da ciência da
sentença pelo Ministério Público, pelo Art. 86. A execução das penas privativas de
réu e seu defensor, por petição escrita, liberdade e restritivas de direitos, ou de multa
da qual constarão as razões e o pedido do cumulada com estas, será processada perante o
recorrente. órgão competente, nos termos da lei.
§ 2º O recorrido será intimado para oferecer
resposta escrita no prazo de dez dias.

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Seção V § 3º A suspensão será revogada se, no


DAS DESPESAS PROCESSUAIS curso do prazo, o beneficiário vier a ser
processado por outro crime ou não efetuar,
Art. 87. Nos casos de homologação do acordo sem motivo justificado, a reparação do
civil e aplicação de pena restritiva de direitos dano.
ou multa (arts. 74 e 76, § 4º), as despesas § 4º A suspensão poderá ser revogada se
processuais serão reduzidas, conforme dispuser o acusado vier a ser processado, no curso
lei estadual. do prazo, por contravenção, ou descumprir
qualquer outra condição imposta.
Seção VI
DISPOSIÇÕES FINAIS § 5º Expirado o prazo sem revogação, o Juiz
declarará extinta a punibilidade.
Art. 88. Além das hipóteses do Código Penal § 6º Não correrá a prescrição durante o
e da legislação especial, dependerá de prazo de suspensão do processo.
representação a ação penal relativa aos crimes
de lesões corporais leves e lesões culposas. § 7º Se o acusado não aceitar a proposta
prevista neste artigo, o processo prosseguirá
Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima em seus ulteriores termos.
cominada for igual ou inferior a um ano,
abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério Art. 90. As disposições desta Lei não se aplicam
Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor aos processos penais cuja instrução já estiver
a suspensão do processo, por dois a quatro iniciada. (Vide ADIN nº 1.719-9)
anos, desde que o acusado não esteja sendo Art. 90-A. As disposições desta Lei não se
processado ou não tenha sido condenado por aplicam no âmbito da Justiça Militar. (Artigo
outro crime, presentes os demais requisitos que incluído pela Lei nº 9.839, de 27.9.1999)
autorizariam a suspensão condicional da pena
(art. 77 do Código Penal). Art. 91. Nos casos em que esta Lei passa a exigir
representação para a propositura da ação penal
§ 1º Aceita a proposta pelo acusado e pública, o ofendido ou seu representante legal
seu defensor, na presença do Juiz, este, será intimado para oferecê-la no prazo de trinta
recebendo a denúncia, poderá suspender o dias, sob pena de decadência.
processo, submetendo o acusado a período
Art. 92. Aplicam-se subsidiariamente as
de prova, sob as seguintes condições:
disposições dos Códigos Penal e de Processo
I – reparação do dano, salvo impossibilidade Penal, no que não forem incompatíveis com
de fazê-lo; esta Lei.

II – proibição de frequentar determinados


lugares; CAPÍTULO IV
III – proibição de ausentar-se da comarca DISPOSIÇÕES FINAIS COMUNS
onde reside, sem autorização do Juiz; Art. 93. Lei Estadual disporá sobre o Sistema
de Juizados Especiais Cíveis e Criminais, sua
IV – comparecimento pessoal e obrigatório
organização, composição e competência.
a juízo, mensalmente, para informar e
justificar suas atividades. Art. 94. Os serviços de cartório poderão ser
prestados, e as audiências realizadas fora da
§ 2º O Juiz poderá especificar outras sede da Comarca, em bairros ou cidades a
condições a que fica subordinada a ela pertencentes, ocupando instalações de
suspensão, desde que adequadas ao fato e prédios públicos, de acordo com audiências
à situação pessoal do acusado. previamente anunciadas.

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Art. 95. Os Estados, Distrito Federal e Territórios e justificações, especificar as provas que
criarão e instalarão os Juizados Especiais no pretende produzir e, até o número de 5
prazo de seis meses, a contar da vigência desta (cinco), arrolar testemunhas.
Lei.
§ 2º As exceções serão processadas em
Parágrafo único. No prazo de 6 (seis) apartado, nos termos dosarts. 95 a 113 do
meses, contado da publicação desta Lei, Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de
serão criados e instalados os Juizados 1941 – Código de Processo Penal.
Especiais Itinerantes, que deverão dirimir, § 3º Se a resposta não for apresentada
prioritariamente, os conflitos existentes no prazo, o juiz nomeará defensor para
nas áreas rurais ou nos locais de menor oferecê-la em 10 (dez) dias, concedendo-
concentração populacional. (Redação dada lhe vista dos autos no ato de nomeação.
pela Lei nº 12.726, de 2012)
§ 4º Apresentada a defesa, o juiz decidirá
Art. 96. Esta Lei entra em vigor no prazo de em 5 (cinco) dias.
sessenta dias após a sua publicação.
§ 5º Se entender imprescindível, o juiz, no
Art. 97. Ficam revogadas aLei nº 4.611, de 2 de prazo máximo de 10 (dez) dias, determinará
abril de 1965e aLei nº 7.244, de 7 de novembro a apresentação do preso, realização de
de 1984. diligências, exames e perícias.
Art. 56. Recebida a denúncia, o juiz designará
dia e hora para a audiência de instrução e
Lei nº 11.343/2006 julgamento, ordenará a citação pessoal do
acusado, a intimação do Ministério Público, do
assistente, se for o caso, e requisitará os laudos
Seção II periciais.
DA INSTRUÇÃO CRIMINAL § 1º Tratando-se de condutas tipificadas
como infração do disposto nos arts. 33,
Art. 54. Recebidos em juízo os autos do
caput e § 1º, e 34 a 37 desta Lei, o juiz, ao
inquérito policial, de Comissão Parlamentar de
receber a denúncia, poderá decretar o
Inquérito ou peças de informação, dar-se-á vista
afastamento cautelar do denunciado de
ao Ministério Público para, no prazo de 10 (dez)
suas atividades, se for funcionário público,
dias, adotar uma das seguintes providências:
comunicando ao órgão respectivo.
I – requerer o arquivamento; § 2º A audiência a que se refere o caput
II – requisitar as diligências que entender deste artigo será realizada dentro dos 30
necessárias; (trinta) dias seguintes ao recebimento da
denúncia, salvo se determinada a realização
III – oferecer denúncia, arrolar até 5 (cinco) de avaliação para atestar dependência de
testemunhas e requerer as demais provas drogas, quando se realizará em 90 (noventa)
que entender pertinentes. dias.
Art. 55. Oferecida a denúncia, o juiz ordenará Art. 57. Na audiência de instrução e
a notificação do acusado para oferecer defesa julgamento, após o interrogatório do acusado
prévia, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. e a inquirição das testemunhas, será dada a
palavra, sucessivamente, ao representante do
§ 1º Na resposta, consistente em defesa Ministério Público e ao defensor do acusado,
preliminar e exceções, o acusado poderá para sustentação oral, pelo prazo de 20 (vinte)
argüir preliminares e invocar todas as minutos para cada um, prorrogável por mais 10
razões de defesa, oferecer documentos (dez), a critério do juiz.

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Parágrafo único. Após proceder ao O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que


interrogatório, o juiz indagará das partes o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a
se restou algum fato para ser esclarecido, seguinte Lei:
formulando as perguntas correspondentes
se o entender pertinente e relevante.
Art. 58. Encerrados os debates, proferirá o juiz TÍTULO I
sentença de imediato, ou o fará em 10 (dez)
dias, ordenando que os autos para isso lhe
Disposições Preliminares
sejam conclusos. Art. 1º Esta Lei cria mecanismos para coibir
§ 1º Ao proferir sentença, o juiz, não e prevenir a violência doméstica e familiar
tendo havido controvérsia, no curso do contra a mulher, nos termos do § 8º do art.
processo, sobre a natureza ou quantidade 226 da Constituição Federal, da Convenção
da substância ou do produto, ou sobre sobre a Eliminação de Todas as Formas de
a regularidade do respectivo laudo, Violência contra a Mulher, da Convenção
determinará que se proceda na forma do Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar
art. 32, § 1º, desta Lei, preservando-se, para a Violência contra a Mulher e de outros tratados
eventual contraprova, a fração que fixar. internacionais ratificados pela República
(Revogado pela Lei nº 12.961, de 2014) Federativa do Brasil; dispõe sobre a criação
dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar
§ 2º Igual procedimento poderá adotar contra a Mulher; e estabelece medidas de
o juiz, em decisão motivada e, ouvido o assistência e proteção às mulheres em situação
Ministério Público, quando a quantidade de violência doméstica e familiar.
ou valor da substância ou do produto o
indicar, precedendo a medida a elaboração Art. 2º Toda mulher, independentemente de
e juntada aos autos do laudo toxicológico. classe, raça, etnia, orientação sexual, renda,
(Revogado pela Lei nº 12.961, de 2014) cultura, nível educacional, idade e religião,
goza dos direitos fundamentais inerentes à
Art. 59. Nos crimes previstos nos arts. 33,
pessoa humana, sendo-lhe asseguradas as
caput e § 1º, e 34 a 37 desta Lei, o réu não
oportunidades e facilidades para viver sem
poderá apelar sem recolher-se à prisão, salvo
violência, preservar sua saúde física e mental e
se for primário e de bons antecedentes, assim
seu aperfeiçoamento moral, intelectual e social.
reconhecido na sentença condenatória.
Art. 3º Serão asseguradas às mulheres as
condições para o exercício efetivo dos direitos
Lei nº 11.340, de 7 de Agosto 2006. à vida, à segurança, à saúde, à alimentação,
à educação, à cultura, à moradia, ao acesso
Cria mecanismos para coibir a
violência doméstica e familiar contra à justiça, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à
a mulher, nos termos do § 8º do cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito
art. 226 da Constituição Federal, da e à convivência familiar e comunitária.
Convenção sobrea Eliminação de
Todas as Formas de Discriminação § 1º O poder público desenvolverá políticas
contra as Mulheres e da Convenção que visem garantir os direitos humanos
Interamericana para Prevenir, Punir e das mulheres no âmbito das relações
Erradicar a Violência contra a Mulher; domésticas e familiares no sentido de
dispõe sobre a criação dos Juizados
de Violência Doméstica e Familiar
resguardá-las de toda forma de negligência,
contra a Mulher; altera o Código de discriminação, exploração, violência,
Processo Penal, o Código Penal e a crueldade e opressão.
Lei de Execução Penal; e dá outras
providências.

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§ 2º Cabe à família, à sociedade e ao poder Art. 6º A violência doméstica e familiar contra
público criar as condições necessárias para a mulher constitui uma das formas de violação
o efetivo exercício dos direitos enunciados dos direitos humanos.
no caput.
Art. 4º Na interpretação desta Lei, serão
considerados os fins sociais a que ela se CAPÍTULO II
destina e, especialmente, as condições DAS FORMAS DE VIOLÊNCIA
peculiares das mulheres em situação de DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A
violência doméstica e familiar. MULHER
Art. 7º São formas de violência doméstica e
TÍTULO II familiar contra a mulher, entre outras:
I – a violência física, entendida como
Da Violência Doméstica e Familiar qualquer conduta que ofenda sua
Contra a Mulher integridade ou saúde corporal;
II – a violência psicológica, entendida como
qualquer conduta que lhe cause dano
emocional e diminuição da auto-estima
CAPÍTULO I ou que lhe prejudique e perturbe o pleno
DISPOSIÇÕES GERAIS desenvolvimento ou que vise degradar ou
controlar suas ações, comportamentos,
Art. 5º Para os efeitos desta Lei, configura
crenças e decisões, mediante ameaça,
violência doméstica e familiar contra a mulher
constrangimento, humilhação,
qualquer ação ou omissão baseada no gênero
manipulação, isolamento, vigilância
que lhe cause morte, lesão, sofrimento
constante, perseguição contumaz, insulto,
físico, sexual ou psicológico e dano moral ou
chantagem, ridicularização, exploração e
patrimonial:
limitação do direito de ir e vir ou qualquer
I – no âmbito da unidade doméstica, outro meio que lhe cause prejuízo à saúde
compreendida como o espaço de convívio psicológica e à autodeterminação;
permanente de pessoas, com ou sem vínculo III – a violência sexual, entendida como
familiar, inclusive as esporadicamente qualquer conduta que a constranja a
agregadas; presenciar, a manter ou a participar de
II – no âmbito da família, compreendida relação sexual não desejada, mediante
como a comunidade formada por indivíduos intimidação, ameaça, coação ou uso
que são ou se consideram aparentados, da força; que a induza a comercializar
unidos por laços naturais, por afinidade ou ou a utilizar, de qualquer modo, a sua
por vontade expressa; sexualidade, que a impeça de usar qualquer
método contraceptivo ou que a force ao
III – em qualquer relação íntima de afeto, na matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à
qual o agressor conviva ou tenha convivido prostituição, mediante coação, chantagem,
com a ofendida, independentemente de suborno ou manipulação; ou que limite ou
coabitação. anule o exercício de seus direitos sexuais e
reprodutivos;
Parágrafo único. As relações pessoais
enunciadas neste artigo independem de IV – a violência patrimonial, entendida
orientação sexual. como qualquer conduta que configure
retenção, subtração, destruição parcial

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ou total de seus objetos, instrumentos exacerbem a violência doméstica e familiar,


de trabalho, documentos pessoais, bens, de acordo com o estabelecido no inciso III
valores e direitos ou recursos econômicos, do art. 1º, no inciso IV do art. 3º e no inciso
incluindo os destinados a satisfazer suas IV do art. 221 da Constituição Federal;
necessidades;
IV – a implementação de atendimento
V – a violência moral, entendida como policial especializado para as mulheres, em
qualquer conduta que configure calúnia, particular nas Delegacias de Atendimento à
difamação ou injúria. Mulher;
V – a promoção e a realização de
campanhas educativas de prevenção da
TÍTULO III violência doméstica e familiar contra a
mulher, voltadas ao público escolar e à
Da Assistência à Mulher em Situação sociedade em geral, e a difusão desta Lei e
de Violência Doméstica e Familiar dos instrumentos de proteção aos direitos
humanos das mulheres;
VI – a celebração de convênios, protocolos,
CAPÍTULO I ajustes, termos ou outros instrumentos
de promoção de parceria entre órgãos
DAS MEDIDAS INTEGRADAS DE
governamentais ou entre estes e entidades
PREVENÇÃO não-governamentais, tendo por objetivo
a implementação de programas de
Art. 8º A política pública que visa coibir a
erradicação da violência doméstica e
violência doméstica e familiar contra a mulher
familiar contra a mulher;
far-se-á por meio de um conjunto articulado
de ações da União, dos Estados, do Distrito VII – a capacitação permanente das Polícias
Federal e dos Municípios e de ações não- Civil e Militar, da Guarda Municipal, do
governamentais, tendo por diretrizes: Corpo de Bombeiros e dos profissionais
pertencentes aos órgãos e às áreas
I – a integração operacional do Poder
enunciados no inciso I quanto às questões
Judiciário, do Ministério Público e da
de gênero e de raça ou etnia;
Defensoria Pública com as áreas de
segurança pública, assistência social, saúde, VIII – a promoção de programas
educação, trabalho e habitação; educacionais que disseminem valores éticos
de irrestrito respeito à dignidade da pessoa
II – a promoção de estudos e pesquisas,
humana com a perspectiva de gênero e de
estatísticas e outras informações
raça ou etnia;
relevantes, com a perspectiva de gênero e
de raça ou etnia, concernentes às causas, às IX – o destaque, nos currículos escolares de
consequências e à freqüência da violência todos os níveis de ensino, para os conteúdos
doméstica e familiar contra a mulher, para a relativos aos direitos humanos, à eqüidade
sistematização de dados, a serem unificados de gênero e de raça ou etnia e ao problema
nacionalmente, e a avaliação periódica dos da violência doméstica e familiar contra a
resultados das medidas adotadas; mulher.
III – o respeito, nos meios de comunicação
social, dos valores éticos e sociais da
pessoa e da família, de forma a coibir os
papéis estereotipados que legitimem ou

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CAPÍTULO II CAPÍTULO III
DA ASSISTÊNCIA À MULHER DO ATENDIMENTO PELA
EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA AUTORIDADE POLICIAL
DOMÉSTICA E FAMILIAR
Art. 10. Na hipótese da iminência ou da prática
Art. 9º A assistência à mulher em situação de de violência doméstica e familiar contra
violência doméstica e familiar será prestada a mulher, a autoridade policial que tomar
de forma articulada e conforme os princípios conhecimento da ocorrência adotará, de
e as diretrizes previstos na Lei Orgânica da imediato, as providências legais cabíveis.
Assistência Social, no Sistema Único de Saúde,
no Sistema Único de Segurança Pública, entre Parágrafo único. Aplica-se o disposto no
outras normas e políticas públicas de proteção, caput deste artigo ao descumprimento de
e emergencialmente quando for o caso. medida protetiva de urgência deferida.
§ 1º O juiz determinará, por prazo certo, a Art. 11. No atendimento à mulher em situação
inclusão da mulher em situação de violência de violência doméstica e familiar, a autoridade
doméstica e familiar no cadastro de policial deverá, entre outras providências:
programas assistenciais do governo federal,
I – garantir proteção policial, quando
estadual e municipal.
necessário, comunicando de imediato ao
§ 2º O juiz assegurará à mulher em Ministério Público e ao Poder Judiciário;
situação de violência doméstica e familiar,
para preservar sua integridade física e II – encaminhar a ofendida ao hospital ou
psicológica: posto de saúde e ao Instituto Médico Legal;

I – acesso prioritário à remoção quando III – fornecer transporte para a ofendida


servidora pública, integrante da e seus dependentes para abrigo ou local
administração direta ou indireta; seguro, quando houver risco de vida;
II – manutenção do vínculo trabalhista, IV – se necessário, acompanhar a ofendida
quando necessário o afastamento do local para assegurar a retirada de seus pertences
de trabalho, por até seis meses. do local da ocorrência ou do domicílio
familiar;
§ 3º A assistência à mulher em situação
de violência doméstica e familiar V – informar à ofendida os direitos a
compreenderá o acesso aos benefícios ela conferidos nesta Lei e os serviços
decorrentes do desenvolvimento científico disponíveis.
e tecnológico, incluindo os serviços de
contracepção de emergência, a profilaxia Art. 12. Em todos os casos de violência
das Doenças Sexualmente Transmissíveis doméstica e familiar contra a mulher, feito o
(DST) e da Síndrome da Imunodeficiência registro da ocorrência, deverá a autoridade
Adquirida (AIDS) e outros procedimentos policial adotar, de imediato, os seguintes
médicos necessários e cabíveis nos casos de procedimentos, sem prejuízo daqueles previstos
violência sexual. no Código de Processo Penal:
I – ouvir a ofendida, lavrar o boletim de
ocorrência e tomar a representação a
termo, se apresentada;
II – colher todas as provas que servirem
para o esclarecimento do fato e de suas
circunstâncias;

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III – remeter, no prazo de 48 (quarenta e TÍTULO IV


oito) horas, expediente apartado ao juiz
com o pedido da ofendida, para a concessão DOS PROCEDIMENTOS
de medidas protetivas de urgência;
IV – determinar que se proceda ao exame
de corpo de delito da ofendida e requisitar
outros exames periciais necessários; CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
V – ouvir o agressor e as testemunhas;
Art. 13. Ao processo, ao julgamento e à
VI – ordenar a identificação do agressor execução das causas cíveis e criminais
e fazer juntar aos autos sua folha de decorrentes da prática de violência doméstica e
antecedentes criminais, indicando a familiar contra a mulher aplicar-se-ão as normas
existência de mandado de prisão ou registro dos Códigos de Processo Penal e Processo Civil
de outras ocorrências policiais contra ele; e da legislação específica relativa à criança, ao
VII – remeter, no prazo legal, os autos do adolescente e ao idoso que não conflitarem
inquérito policial ao juiz e ao Ministério com o estabelecido nesta Lei.
Público. Art. 14. Os Juizados de Violência Doméstica
§ 1º O pedido da ofendida será tomado e Familiar contra a Mulher, órgãos da Justiça
a termo pela autoridade policial e deverá Ordinária com competência cível e criminal,
conter: poderão ser criados pela União, no Distrito
Federal e nos Territórios, e pelos Estados, para o
I – qualificação da ofendida e do agressor; processo, o julgamento e a execução das causas
decorrentes da prática de violência doméstica e
II – nome e idade dos dependentes;
familiar contra a mulher.
III – descrição sucinta do fato e das medidas
Parágrafo único. Os atos processuais
protetivas solicitadas pela ofendida.
poderão realizar-se em horário noturno,
§ 2º A autoridade policial deverá anexar ao conforme dispuserem as normas de
documento referido no § 1º o boletim de organização judiciária.
ocorrência e cópia de todos os documentos
Art. 15. É competente, por opção da ofendida,
disponíveis em posse da ofendida.
para os processos cíveis regidos por esta Lei, o
§ 3º Serão admitidos como meios de Juizado:
prova os laudos ou prontuários médicos
I – do seu domicílio ou de sua residência;
fornecidos por hospitais e postos de saúde.
II – do lugar do fato em que se baseou a
demanda;
III – do domicílio do agressor.
Art. 16. Nas ações penais públicas
condicionadas à representação da ofendida de
que trata esta Lei, só será admitida a renúncia
à representação perante o juiz, em audiência
especialmente designada com tal finalidade,
antes do recebimento da denúncia e ouvido o
Ministério Público.

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Art. 17. É vedada a aplicação, nos casos de urgência ou rever aquelas já concedidas,
violência doméstica e familiar contra a mulher, se entender necessário à proteção da
de penas de cesta básica ou outras de prestação ofendida, de seus familiares e de seu
pecuniária, bem como a substituição de pena patrimônio, ouvido o Ministério Público.
que implique o pagamento isolado de multa. Art. 20. Em qualquer fase do inquérito policial
ou da instrução criminal, caberá a prisão
preventiva do agressor, decretada pelo juiz, de
CAPÍTULO II ofício, a requerimento do Ministério Público ou
DAS MEDIDAS PROTETIVAS DE mediante representação da autoridade policial.
URGÊNCIA Parágrafo único. O juiz poderá revogar a
prisão preventiva se, no curso do processo,
Seção I verificar a falta de motivo para que
DISPOSIÇÕES GERAIS subsista, bem como de novo decretá-la, se
sobrevierem razões que a justifiquem.
Art. 18. Recebido o expediente com o pedido
da ofendida, caberá ao juiz, no prazo de 48 Art. 21. A ofendida deverá ser notificada
(quarenta e oito) horas: dos atos processuais relativos ao agressor,
especialmente dos pertinentes ao ingresso e à
I – conhecer do expediente e do pedido saída da prisão, sem prejuízo da intimação do
e decidir sobre as medidas protetivas de advogado constituído ou do defensor público.
urgência;
Parágrafo único. A ofendida não poderá
II – determinar o encaminhamento da entregar intimação ou notificação ao
ofendida ao órgão de assistência judiciária, agressor.
quando for o caso; Seção II
III – comunicar ao Ministério Público para DAS MEDIDAS PROTETIVAS DE
que adote as providências cabíveis. URGÊNCIA QUE OBRIGAM O
Art. 19. As medidas protetivas de urgência
AGRESSOR
poderão ser concedidas pelo juiz, a Art. 22. Constatada a prática de violência
requerimento do Ministério Público ou a pedido doméstica e familiar contra a mulher, nos termos
da ofendida. desta Lei, o juiz poderá aplicar, de imediato, ao
agressor, em conjunto ou separadamente, as
§ 1º As medidas protetivas de urgência
seguintes medidas protetivas de urgência, entre
poderão ser concedidas de imediato,
outras:
independentemente de audiência das
partes e de manifestação do Ministério I – suspensão da posse ou restrição do
Público, devendo este ser prontamente porte de armas, com comunicação ao órgão
comunicado. competente, nos termos da Lei nº 10.826,
de 22 de dezembro de 2003;
§ 2º As medidas protetivas de urgência serão
aplicadas isolada ou cumulativamente, e II – afastamento do lar, domicílio ou local de
poderão ser substituídas a qualquer tempo convivência com a ofendida;
por outras de maior eficácia, sempre que III – proibição de determinadas condutas,
os direitos reconhecidos nesta Lei forem entre as quais:
ameaçados ou violados.
a) aproximação da ofendida, de seus
§ 3º Poderá o juiz, a requerimento do familiares e das testemunhas, fixando o
Ministério Público ou a pedido da ofendida, limite mínimo de distância entre estes e o
conceder novas medidas protetivas de agressor;

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b) contato com a ofendida, seus familiares Seção III


e testemunhas por qualquer meio de Das Medidas Protetivas de Urgência
comunicação;
à Ofendida
c) freqüentação de determinados lugares
a fim de preservar a integridade física e Art. 23. Poderá o juiz, quando necessário, sem
psicológica da ofendida; prejuízo de outras medidas:

IV – restrição ou suspensão de visitas aos I – encaminhar a ofendida e seus


dependentes menores, ouvida a equipe de dependentes a programa oficial
atendimento multidisciplinar ou serviço ou comunitário de proteção ou de
similar; atendimento;

V – prestação de alimentos provisionais ou II – determinar a recondução da ofendida


provisórios. e a de seus dependentes ao respectivo
domicílio, após afastamento do agressor;
§ 1º As medidas referidas neste artigo não
impedem a aplicação de outras previstas na III – determinar o afastamento da ofendida
legislação em vigor, sempre que a segurança do lar, sem prejuízo dos direitos relativos a
da ofendida ou as circunstâncias o exigirem, bens, guarda dos filhos e alimentos;
devendo a providência ser comunicada ao IV – determinar a separação de corpos.
Ministério Público.
Art. 24. Para a proteção patrimonial dos bens da
§ 2º Na hipótese de aplicação do inciso I, sociedade conjugal ou daqueles de propriedade
encontrando-se o agressor nas condições particular da mulher, o juiz poderá determinar,
mencionadas no caput e incisos do art. liminarmente, as seguintes medidas, entre
6º da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro outras:
de 2003, o juiz comunicará ao respectivo
órgão, corporação ou instituição as I – restituição de bens indevidamente
medidas protetivas de urgência concedidas subtraídos pelo agressor à ofendida;
e determinará a restrição do porte de
armas, ficando o superior imediato do II – proibição temporária para a celebração
agressor responsável pelo cumprimento de atos e contratos de compra, venda e
da determinação judicial, sob pena de locação de propriedade em comum, salvo
incorrer nos crimes de prevaricação ou de expressa autorização judicial;
desobediência, conforme o caso. III – suspensão das procurações conferidas
§ 3º Para garantir a efetividade das medidas pela ofendida ao agressor;
protetivas de urgência, poderá o juiz IV – prestação de caução provisória,
requisitar, a qualquer momento, auxílio da mediante depósito judicial, por perdas e
força policial. danos materiais decorrentes da prática
§ 4º Aplica-se às hipóteses previstas neste de violência doméstica e familiar contra a
artigo, no que couber, o disposto no caput e ofendida.
nos §§ 5º e 6º do art. 461 da Lei nº 5.869, de Parágrafo único. Deverá o juiz oficiar ao
11 de janeiro de 1973 (Código de Processo cartório competente para os fins previstos
Civil). nos incisos II e III deste artigo.

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CAPÍTULO III TÍTULO V
DA ATUAÇÃO DO MINISTÉRIO
PÚBLICO Da Equipe de Atendimento
Multidisciplinar
Art. 25. O Ministério Público intervirá, quando
não for parte, nas causas cíveis e criminais Art. 29. Os Juizados de Violência Doméstica
decorrentes da violência doméstica e familiar e Familiar contra a Mulher que vierem a ser
contra a mulher. criados poderão contar com uma equipe de
atendimento multidisciplinar, a ser integrada
Art. 26. Caberá ao Ministério Público, sem por profissionais especializados nas áreas
prejuízo de outras atribuições, nos casos de psicossocial, jurídica e de saúde.
violência doméstica e familiar contra a mulher,
quando necessário: Art. 30. Compete à equipe de atendimento
multidisciplinar, entre outras atribuições que lhe
I – requisitar força policial e serviços públicos forem reservadas pela legislação local, fornecer
de saúde, de educação, de assistência social subsídios por escrito ao juiz, ao Ministério
e de segurança, entre outros; Público e à Defensoria Pública, mediante laudos
ou verbalmente em audiência, e desenvolver
II – fiscalizar os estabelecimentos públicos
trabalhos de orientação, encaminhamento,
e particulares de atendimento à mulher
prevenção e outras medidas, voltados para
em situação de violência doméstica e
a ofendida, o agressor e os familiares, com
familiar, e adotar, de imediato, as medidas
especial atenção às crianças e aos adolescentes.
administrativas ou judiciais cabíveis no
tocante a quaisquer irregularidades Art. 31. Quando a complexidade do caso exigir
constatadas; avaliação mais aprofundada, o juiz poderá
determinar a manifestação de profissional
III – cadastrar os casos de violência
especializado, mediante a indicação da equipe
doméstica e familiar contra a mulher.
de atendimento multidisciplinar.
Art. 32. O Poder Judiciário, na elaboração de
sua proposta orçamentária, poderá prever
CAPÍTULO IV recursos para a criação e manutenção da equipe
DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA de atendimento multidisciplinar, nos termos da
Lei de Diretrizes Orçamentárias.
Art. 27. Em todos os atos processuais, cíveis e
criminais, a mulher em situação de violência
doméstica e familiar deverá estar acompanhada
TÍTULO VI
de advogado, ressalvado o previsto no art. 19
desta Lei.
Disposições Transitórias
Art. 28. É garantido a toda mulher em situação
de violência doméstica e familiar o acesso aos Art. 33. Enquanto não estruturados os Juizados
serviços de Defensoria Pública ou de Assistência de Violência Doméstica e Familiar contra a
Judiciária Gratuita, nos termos da lei, em sede Mulher, as varas criminais acumularão as
policial e judicial, mediante atendimento competências cível e criminal para conhecer
específico e humanizado. e julgar as causas decorrentes da prática de
violência doméstica e familiar contra a mulher,
observadas as previsões do Título IV desta
Lei, subsidiada pela legislação processual
pertinente.

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Parágrafo único. Será garantido o direito Parágrafo único. O requisito da pré-


de preferência, nas varas criminais, para constituição poderá ser dispensado pelo
o processo e o julgamento das causas juiz quando entender que não há outra
referidas no caput. entidade com representatividade adequada
para o ajuizamento da demanda coletiva.
Art. 38. As estatísticas sobre a violência
TÍTULO VII doméstica e familiar contra a mulher serão
Disposições Finais incluídas nas bases de dados dos órgãos
oficiais do Sistema de Justiça e Segurança
Art. 34. A instituição dos Juizados de Violência a fim de subsidiar o sistema nacional de
Doméstica e Familiar contra a Mulher poderá ser dados e informações relativo às mulheres.
acompanhada pela implantação das curadorias Parágrafo único. As Secretarias de
necessárias e do serviço de assistência judiciária. Segurança Pública dos Estados e do Distrito
Art. 35. A União, o Distrito Federal, os Estados Federal poderão remeter suas informações
e os Municípios poderão criar e promover, no criminais para a base de dados do Ministério
limite das respectivas competências: da Justiça.

I – centros de atendimento integral e Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e


multidisciplinar para mulheres e respectivos os Municípios, no limite de suas competências
dependentes em situação de violência e nos termos das respectivas leis de diretrizes
doméstica e familiar; orçamentárias, poderão estabelecer dotações
orçamentárias específicas, em cada exercício
II – casas-abrigos para mulheres e financeiro, para a implementação das medidas
respectivos dependentes menores em estabelecidas nesta Lei.
situação de violência doméstica e familiar;
Art. 40. As obrigações previstas nesta Lei não
III – delegacias, núcleos de defensoria excluem outras decorrentes dos princípios por
pública, serviços de saúde e centros de ela adotados.
perícia médico-legal especializados no
atendimento à mulher em situação de Art. 41. Aos crimes praticados com violência
violência doméstica e familiar; doméstica e familiar contra a mulher,
independentemente da pena prevista, não
IV – programas e campanhas de se aplica a Lei nº 9.099, de 26 de setembro de
enfrentamento da violência doméstica e 1995.
familiar;
Art. 42. O art. 313 do Decreto-Lei nº 3.689, de 3
V – centros de educação e de reabilitação de outubro de 1941 (Código de Processo Penal),
para os agressores. passa a vigorar acrescido do seguinte inciso IV:
Art. 36. A União, os Estados, o Distrito Federal e “Art. 313.
os Municípios promoverão a adaptação de seus
órgãos e de seus programas às diretrizes e aos IV – se o crime envolver violência doméstica
princípios desta Lei. e familiar contra a mulher, nos termos da
lei específica, para garantir a execução das
Art. 37. A defesa dos interesses e direitos medidas protetivas de urgência.” (NR)
transindividuais previstos nesta Lei poderá ser
exercida, concorrentemente, pelo Ministério
Público e por associação de atuação na área,
regularmente constituída há pelo menos um
ano, nos termos da legislação civil.

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Art. 43. Aalínea f do inciso II do art. 61 do
Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940
(Código Penal), passa a vigorar com a seguinte
redação:
“Art. 61.
II –
f) com abuso de autoridade ou
prevalecendo-se de relações domésticas,
de coabitação ou de hospitalidade, ou com
violência contra a mulher na forma da lei
específica;” (NR)
Art. 44. Oart. 129 do Decreto-Lei nº 2.848, de
7 de dezembro de 1940(Código Penal), passa a
vigorar com as seguintes alterações:
“Art. 129.
§ 9º Se a lesão for praticada contra
ascendente, descendente, irmão, cônjuge
ou companheiro, ou com quem conviva ou
tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-
se o agente das relações domésticas, de
coabitação ou de hospitalidade:
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 3 (três)
anos.
§ 11. Na hipótese do § 9º deste artigo, a
pena será aumentada de um terço se o
crime for cometido contra pessoa portadora
de deficiência.” (NR)
Art. 45. O art. 152 da Lei nº 7.210, de 11 de
julho de 1984 (Lei de Execução Penal), passa a
vigorar com a seguinte redação:
“Art. 152.

Parágrafo único. Nos casos de


violência doméstica contra a
mulher, o juiz poderá determinar
o comparecimento obrigatório do
agressor a programas de recuperação
e reeducação.” (NR)

Art. 46. Esta Lei entra em vigor 45 (quarenta e


cinco) dias após sua publicação.

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