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(Oficial de Justiça)
Direito Penal e Processual Penal
Prof. Joerberth Nunes
Direito Penal e Processual Penal
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Extravio, sonegação ou inutilização de livro ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de
documento praticar qualquer ato de ofício ou o pratica
infringindo dever funcional.
Art. 314. Extraviar livro oficial ou qualquer
documento, de que tem a guarda em razão § 2º Se o funcionário pratica, deixa de
do cargo; sonegá-lo ou inutilizá-lo, total ou praticar ou retarda ato de ofício, com
parcialmente: infração de dever funcional, cedendo a
pedido ou influência de outrem:
Pena – reclusão, de um a quatro anos, se o fato
não constitui crime mais grave Pena – detenção, de três meses a um ano, ou
multa.
Concussão
Prevaricação
Art. 316 Exigir, para si ou para outrem, direta
ou indiretamente, ainda que fora da função Art. 319. Retardar ou deixar de praticar,
ou antes de assumi-la, mas em razão dela, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo
vantagem indevida: contra disposição expressa de lei, para satisfazer
interesse ou sentimento pessoal:
Pena – reclusão, de dois a oito anos, e multa.
Pena – detenção, de três meses a um ano, e
Excesso de exação multa.
§ 1º Se o funcionário exige tributo ou Art. 319-A. Deixar o Diretor de Penitenciária
contribuição social que sabe ou deveria e/ou agente público, de cumprir seu dever de
saber indevido, ou, quando devido, vedar ao preso o acesso a aparelho telefônico,
emprega na cobrança meio vexatório ou de rádio ou similar, que permita a comunicação
gravoso, que a lei não autoriza: (Redação com outros presos ou com o ambiente externo:
dada pela Lei nº 8.137, de 27.12.1990) (Incluído pela Lei nº 11.466, de 2007).
Pena – reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.
multa. (Redação dada pela Lei nº 8.137, de
27.12.1990) Condescendência criminosa
§ 2º Se o funcionário desvia, em proveito Art. 320. Deixar o funcionário, por indulgência,
próprio ou de outrem, o que recebeu de responsabilizar subordinado que cometeu
indevidamente para recolher aos cofres infração no exercício do cargo ou, quando
públicos: lhe falte competência, não levar o fato ao
conhecimento da autoridade competente:
Pena – reclusão, de dois a doze anos, e multa.
Pena – detenção, de quinze dias a um mês, ou
Corrupção passiva multa.
Art. 317. Solicitar ou receber, para si ou para Advocacia administrativa
outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora
da função ou antes de assumi-la, mas em razão Art. 321. atrocinar, direta ou indiretamente,
dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa interesse privado perante a administração
de tal vantagem: pública, valendo-se da qualidade de funcionário:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, Pena – detenção, de um a três meses, ou multa.
e multa. (Redação dada pela Lei nº 10.763, de
12.11.2003) Parágrafo único. Se o interesse é ilegítimo:
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Código de Processo Penal Art. 355. A precatória será devolvida ao juiz
deprecante, independentemente de traslado,
depois de lançado o “cumpra-se” e de feita a
citação por mandado do juiz deprecado.
Decreto–Lei nº 3.689/1941
§ 1º Verificado que o réu se encontra em
território sujeito à jurisdição de outro juiz,
a este remeterá o juiz deprecado os autos
TÍTULO X para efetivação da diligência, desde que
Das Citações e Intimações haja tempo para fazer-se a citação.
§ 2º Certificado pelo oficial de justiça
que o réu se oculta para não ser citado, a
CAPÍTULO I precatória será imediatamente devolvida,
para o fim previsto no art. 362.
DAS CITAÇÕES
Art. 356. Se houver urgência, a precatória, que
Art. 351. A citação inicial far-se-á por mandado, conterá em resumo os requisitos enumerados
quando o réu estiver no território sujeito à no art. 354, poderá ser expedida por via
jurisdição do juiz que a houver ordenado. telegráfica, depois de reconhecida a firma do
juiz, o que a estação expedidora mencionará.
Art. 352. O mandado de citação indicará:
Art. 357. São requisitos da citação por mandado:
I – o nome do juiz;
I – leitura do mandado ao citando pelo
II – o nome do querelante nas ações oficial e entrega da contrafé, na qual se
iniciadas por queixa; mencionarão dia e hora da citação;
III – o nome do réu, ou, se for desconhecido, II – declaração do oficial, na certidão, da
os seus sinais característicos; entrega da contrafé, e sua aceitação ou
recusa.
IV – a residência do réu, se for conhecida;
Art. 358. A citação do militar far-se-á por
V – o fim para que é feita a citação; intermédio do chefe do respectivo serviço.
VI – o juízo e o lugar, o dia e a hora em que o Art. 359. O dia designado para funcionário
réu deverá comparecer; público comparecer em juízo, como acusado,
será notificado assim a ele como ao chefe de
VII – a subscrição do escrivão e a rubrica do sua repartição.
juiz.
Art. 360. Se o réu estiver preso, será
Art. 353. Quando o réu estiver fora do território pessoalmente citado. (Redação dada pela Lei nº
da jurisdição do juiz processante, será citado 10.792, de 1º.12.2003)
mediante precatória.
Art. 361. Se o réu não for encontrado, será
Art. 354. A precatória indicará: citado por edital, com o prazo de 15 (quinze)
dias.
I – o juiz deprecado e o juiz deprecante;
Art. 362. Verificando que o réu se oculta para
II – a sede da jurisdição de um e de outro; não ser citado, o oficial de justiça certificará
a ocorrência e procederá à citação com hora
Ill – o fim para que é feita a citação, com
certa, na forma estabelecida nos arts. 227 a
todas as especificações;
229 da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 –
IV – o juízo do lugar, o dia e a hora em que o Código de Processo Civil. (Redação dada pela Lei
réu deverá comparecer. nº 11.719, de 2008).
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Parágrafo único. Completada a citação com Parágrafo único. O edital será afixado à
hora certa, se o acusado não comparecer, porta do edifício onde funcionar o juízo
ser-lhe-á nomeado defensor dativo. e será publicado pela imprensa, onde
(Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). houver, devendo a afixação ser certificada
pelo oficial que a tiver feito e a publicação
Art. 363. O processo terá completada a sua provada por exemplar do jornal ou certidão
formação quando realizada a citação do do escrivão, da qual conste a página do
acusado. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de jornal com a data da publicação.
2008).
Art. 366. Se o acusado, citado por edital, não
I – (revogado); (Redação dada pela Lei nº comparecer, nem constituir advogado, ficarão
11.719, de 2008). suspensos o processo e o curso do prazo
II – (revogado). (Redação dada pela Lei nº prescricional, podendo o juiz determinar a
11.719, de 2008). produção antecipada das provas consideradas
urgentes e, se for o caso, decretar prisão
§ 1º Não sendo encontrado o acusado, será preventiva, nos termos do disposto no art. 312.
procedida a citação por edital. (Incluído (Redação dada pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996)
pela Lei nº 11.719, de 2008). (Vide Lei nº 11.719, de 2008)
§ 2º (VETADO)(Incluído pela Lei nº 11.719, § 1º (Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008).
de 2008).
§ 2º (Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008).
§ 3º (VETADO)(Incluído pela Lei nº 11.719,
de 2008). Art. 367. O processo seguirá sem a presença do
acusado que, citado ou intimado pessoalmente
§ 4º Comparecendo o acusado citado por para qualquer ato, deixar de comparecer sem
edital, em qualquer tempo, o processo motivo justificado, ou, no caso de mudança de
observará o disposto nos arts. 394 e residência, não comunicar o novo endereço
seguintes deste Código. (Incluído pela Lei nº ao juízo. (Redação dada pela Lei nº 9.271, de
11.719, de 2008). 17.4.1996)
Art. 364. No caso do artigo anterior, noI, o prazo Art. 368. Estando o acusado no estrangeiro,
será fixado pelo juiz entre 15 (quinze) e 90 em lugar sabido, será citado mediante carta
(noventa) dias, de acordo com as circunstâncias, rogatória, suspendendo-se o curso do prazo de
e, no caso de noII, o prazo será de trinta dias. prescrição até o seu cumprimento. (Redação
dada pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996)
Art. 365. O edital de citação indicará:
Art. 369. As citações que houverem de ser
I – o nome do juiz que a determinar;
feitas em legações estrangeiras serão efetuadas
II – o nome do réu, ou, se não for conhecido, mediante carta rogatória. (Redação dada pela
os seus sinais característicos, bem como Lei nº 9.271, de 17.4.1996)
sua residência e profissão, se constarem do
processo;
III – o fim para que é feita a citação;
IV – o juízo e o dia, a hora e o lugar em que
o réu deverá comparecer;
V – o prazo, que será contado do dia da
publicação do edital na imprensa, se houver,
ou da sua afixação.
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CAPÍTULO II LIVRO II
DAS INTIMAÇÕES DOS PROCESSOS EM ESPÉCIE
Art. 370. Nas intimações dos acusados, das
testemunhas e demais pessoas que devam TÍTULO I
tomar conhecimento de qualquer ato, será Do Processo Comum
observado, no que for aplicável, o disposto no
Capítulo anterior. (Redação dada pela Lei nº
9.271, de 17.4.1996) CAPÍTULO I
§ 1º A intimação do defensor constituído, do DA INSTRUÇÃO CRIMINAL
advogado do querelante e do assistente far-
se-á por publicação no órgão incumbido da Art. 394. O procedimento será comum ou
publicidade dos atos judiciais da comarca, especial. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de
incluindo, sob pena de nulidade, o nome do 2008).
acusado. (Redação dada pela Lei nº 9.271, § 1º O procedimento comum será ordinário,
de 17.4.1996) sumário ou sumaríssimo:(Incluído pela Lei
§ 2º Caso não haja órgão de publicação nº 11.719, de 2008).
dos atos judiciais na comarca, a intimação I – ordinário, quando tiver por objeto crime
far-se-á diretamente pelo escrivão, por cuja sanção máxima cominada for igual ou
mandado, ou via postal com comprovante superior a 4 (quatro) anos de pena privativa
de recebimento, ou por qualquer outro de liberdade;(Incluído pela Lei nº 11.719, de
meio idôneo. (Redação dada pela Lei nº 2008).
9.271, de 17.4.1996)
II – sumário, quando tiver por objeto crime
§ 3º A intimação pessoal, feita pelo escrivão, cuja sanção máxima cominada seja inferior
dispensará a aplicação a que alude o § 1º. a 4 (quatro) anos de pena privativa de
(Incluído pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996) liberdade;(Incluído pela Lei nº 11.719, de
§ 4º A intimação do Ministério Público e do 2008).
defensor nomeado será pessoal. (Incluído III – sumaríssimo, para as infrações penais
pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996) de menor potencial ofensivo, na forma da
Art. 371. Será admissível a intimação por lei. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
despacho na petição em que for requerida, § 2º Aplica-se a todos os processos o
observado o disposto no art. 357. procedimento comum, salvo disposições em
Art. 372. Adiada, por qualquer motivo, a contrário deste Código ou de lei especial.
instrução criminal, o juiz marcará desde logo, na (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
presença das partes e testemunhas, dia e hora § 3º Nos processos de competência do
para seu prosseguimento, do que se lavrará Tribunal do Júri, o procedimento observará
termo nos autos. as disposições estabelecidas nos arts. 406
a 497 deste Código. (Incluído pela Lei nº
11.719, de 2008).
§ 4º As disposições dos arts. 395 a 398
deste Código aplicam-se a todos os
procedimentos penais de primeiro grau,
ainda que não regulados neste Código.
(Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
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ordem, ressalvado o disposto no art. 222 deste individual. (Incluído pela Lei nº 11.719, de
Código, bem como aos esclarecimentos dos 2008).
peritos, às acareações e ao reconhecimento de § 2º Ao assistente do Ministério Público,
pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida, após a manifestação desse, serão
o acusado. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de concedidos 10 (dez) minutos, prorrogando-
2008). se por igual período o tempo de
§ 1º As provas serão produzidas numa manifestação da defesa. (Incluído pela Lei
só audiência, podendo o juiz indeferir as nº 11.719, de 2008).
consideradas irrelevantes, impertinentes ou § 3º O juiz poderá, considerada a
protelatórias. (Incluído pela Lei nº 11.719, complexidade do caso ou o número de
de 2008). acusados, conceder às partes o prazo
§ 2º Os esclarecimentos dos peritos de 5 (cinco) dias sucessivamente para a
dependerão de prévio requerimento das apresentação de memoriais. Nesse caso,
partes. (Incluído pela Lei nº 11.719, de terá o prazo de 10 (dez) dias para proferir
2008). a sentença. (Incluído pela Lei nº 11.719, de
Art. 401. Na instrução poderão ser inquiridas até 2008).
8 (oito) testemunhas arroladas pela acusação e Art. 404. Ordenado diligência considerada
8 (oito) pela defesa. (Redação dada pela Lei nº imprescindível, de ofício ou a requerimento
11.719, de 2008). da parte, a audiência será concluída sem as
§ 1º Nesse número não se compreendem alegações finais. (Redação dada pela Lei nº
as que não prestem compromisso e as 11.719, de 2008).
referidas. (Incluído pela Lei nº 11.719, de Parágrafo único. Realizada, em seguida,
2008). a diligência determinada, as partes
§ 2º A parte poderá desistir da inquirição apresentarão, no prazo sucessivo de 5
de qualquer das testemunhas arroladas, (cinco) dias, suas alegações finais, por
ressalvado o disposto no art. 209 deste memorial, e, no prazo de 10 (dez) dias, o
Código. (Incluído pela Lei nº 11.719, de juiz proferirá a sentença. (Incluído pela Lei
2008). nº 11.719, de 2008).
Art. 402. Produzidas as provas, ao final da Art. 405. Do ocorrido em audiência será lavrado
audiência, o Ministério Público, o querelante termo em livro próprio, assinado pelo juiz e
e o assistente e, a seguir, o acusado poderão pelas partes, contendo breve resumo dos fatos
requerer diligências cuja necessidade se relevantes nela ocorridos. (Redação dada pela
origine de circunstâncias ou fatos apurados na Lei nº 11.719, de 2008).
instrução. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de § 1º Sempre que possível, o registro dos
2008). depoimentos do investigado, indiciado,
Art. 403. Não havendo requerimento de ofendido e testemunhas será feito pelos
diligências, ou sendo indeferido, serão meios ou recursos de gravação magnética,
oferecidas alegações finais orais por 20 (vinte) estenotipia, digital ou técnica similar,
minutos, respectivamente, pela acusação e inclusive audiovisual, destinada a obter
pela defesa, prorrogáveis por mais 10 (dez), maior fidelidade das informações. (Incluído
proferindo o juiz, a seguir, sentença. (Redação pela Lei nº 11.719, de 2008).
dada pela Lei nº 11.719, de 2008). § 2º No caso de registro por meio
§ 1º Havendo mais de um acusado, o tempo audiovisual, será encaminhado às partes
previsto para a defesa de cada um será cópia do registro original, sem necessidade
de transcrição. (Incluído pela Lei nº 11.719,
de 2008).
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§ 7º Nenhum ato será adiado, salvo § 3º O juiz decidirá, motivadamente, no caso
quando imprescindível à prova faltante, de manutenção, revogação ou substituição
determinando o juiz a condução coercitiva da prisão ou medida restritiva de liberdade
de quem deva comparecer. (Incluído pela anteriormente decretada e, tratando-se
Lei nº 11.689, de 2008) de acusado solto, sobre a necessidade
da decretação da prisão ou imposição de
§ 8º A testemunha que comparecer quaisquer das medidas previstas no Título
será inquirida, independentemente da IX do Livro I deste Código. (Incluído pela Lei
suspensão da audiência, observada em nº 11.689, de 2008)
qualquer caso a ordem estabelecida no
caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº Art. 414. Não se convencendo da materialidade
11.689, de 2008) do fato ou da existência de indícios
suficientes de autoria ou de participação, o
§ 9º Encerrados os debates, o juiz proferirá juiz, fundamentadamente, impronunciará o
a sua decisão, ou o fará em 10 (dez) dias, acusado. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de
ordenando que os autos para isso lhe sejam 2008)
conclusos. (Incluído pela Lei nº 11.689, de
2008) Parágrafo único. Enquanto não ocorrer
a extinção da punibilidade, poderá ser
Art. 412. O procedimento será concluído no formulada nova denúncia ou queixa se
prazo máximo de 90 (noventa) dias. (Redação houver prova nova. ( Incluído pela Lei nº
dada pela Lei nº 11.689, de 2008) 11.689, de 2008)
Seção II Art. 415. O juiz, fundamentadamente, absolverá
DA PRONÚNCIA, DA IMPRONÚNCIA E desde logo o acusado, quando:(Redação dada
DA ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA pela Lei nº 11.689, de 2008)
I – provada a inexistência do fato; (Redação
(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
Art. 413. O juiz, fundamentadamente,
II – provado não ser ele autor ou partícipe
pronunciará o acusado, se convencido da
do fato;(Redação dada pela Lei nº 11.689,
materialidade do fato e da existência de indícios
de 2008)
suficientes de autoria ou de participação.
(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) III – o fato não constituir infração penal;
(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
§ 1º A fundamentação da pronúncia limitar-
se-á à indicação da materialidade do fato IV – demonstrada causa de isenção de pena
e da existência de indícios suficientes de ou de exclusão do crime. (Redação dada
autoria ou de participação, devendo o pela Lei nº 11.689, de 2008)
juiz declarar o dispositivo legal em que
julgar incurso o acusado e especificar as Parágrafo único. Não se aplica o disposto
circunstâncias qualificadoras e as causas no inciso IV do caput deste artigo ao caso de
de aumento de pena. (Incluído pela Lei nº inimputabilidade prevista nocaputdo art. 26
11.689, de 2008) do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro
de 1940 – Código Penal, salvo quando esta
§ 2º Se o crime for afiançável, o juiz for a única tese defensiva. (Incluído pela Lei
arbitrará o valor da fiança para a concessão nº 11.689, de 2008)
ou manutenção da liberdade provisória.
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) Art. 416. Contra a sentença de impronúncia
ou de absolvição sumária caberá apelação.
(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
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Art. 417. Se houver indícios de autoria ou de ao Ministério Público. (Incluído pela Lei nº
participação de outras pessoas não incluídas na 11.689, de 2008)
acusação, o juiz, ao pronunciar ou impronunciar
§ 2º Em seguida, os autos serão conclusos
o acusado, determinará o retorno dos autos
ao juiz para decisão. (Incluído pela Lei nº
ao Ministério Público, por 15 (quinze) dias,
11.689, de 2008)
aplicável, no que couber, o art. 80 deste Código.
(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) Seção III
Art. 418. O juiz poderá dar ao fato definição DA PREPARAÇÃO DO PROCESSO
jurídica diversa da constante da acusação, PARA JULGAMENTO EM PLENÁRIO
embora o acusado fique sujeito a pena mais
grave. ( Redação dada pela Lei nº 11.689, de (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
2008) Art. 422. Ao receber os autos, o presidente do
Tribunal do Júri determinará a intimação do
Art. 419. Quando o juiz se convencer, em
órgão do Ministério Público ou do querelante,
discordância com a acusação, da existência
no caso de queixa, e do defensor, para, no
de crime diverso dos referidos no § 1º do art.
prazo de 5 (cinco) dias, apresentarem rol de
74 deste Código e não for competente para
testemunhas que irão depor em plenário,
o julgamento, remeterá os autos ao juiz que o
até o máximo de 5 (cinco), oportunidade em
seja. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
que poderão juntar documentos e requerer
Parágrafo único. Remetidos os autos do diligência. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de
processo a outro juiz, à disposição deste 2008)
ficará o acusado preso. (Incluído pela Lei nº
Art. 423. Deliberando sobre os requerimentos
11.689, de 2008)
de provas a serem produzidas ou exibidas no
Art. 420. A intimação da decisão de pronúncia plenário do júri, e adotadas as providências
será feita: (Redação dada pela Lei nº 11.689, de devidas, o juiz presidente: (Redação dada pela
2008) Lei nº 11.689, de 2008)
I – pessoalmente ao acusado, ao defensor I – ordenará as diligências necessárias para
nomeado e ao Ministério Público; (Incluído sanar qualquer nulidade ou esclarecer fato
pela Lei nº 11.689, de 2008) que interesse ao julgamento da causa;
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
II – ao defensor constituído, ao querelante
e ao assistente do Ministério Público, na II – fará relatório sucinto do processo,
forma do disposto no § 1º do art. 370 deste determinando sua inclusão em pauta da
Código. (Incluído pela Lei nº 11.689, de reunião do Tribunal do Júri. (Incluído pela
2008) Lei nº 11.689, de 2008)
Parágrafo único. Será intimado por edital Art. 424. Quando a lei local de organização
o acusado solto que não for encontrado. judiciária não atribuir ao presidente do Tribunal
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) do Júri o preparo para julgamento, o juiz
competente remeter-lhe-á os autos do processo
Art. 421. Preclusa a decisão de pronúncia, os preparado até 5 (cinco) dias antes do sorteio a
autos serão encaminhados ao juiz presidente que se refere o art. 433 deste Código. (Redação
do Tribunal do Júri. (Redação dada pela Lei nº dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
11.689, de 2008)
Parágrafo único. Deverão ser remetidos,
§ 1º Ainda que preclusa a decisão de também, os processos preparados até o
pronúncia, havendo circunstância encerramento da reunião, para a realização
superveniente que altere a classificação do de julgamento. (Redação dada pela Lei nº
crime, o juiz ordenará a remessa dos autos 11.689, de 2008)
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Seção IV § 3º Os nomes e endereços dos alistados,
DO ALISTAMENTO DOS JURADOS em cartões iguais, após serem verificados
na presença do Ministério Público, de
(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) advogado indicado pela Seção local da
Ordem dos Advogados do Brasil e de
Art. 425. Anualmente, serão alistados defensor indicado pelas Defensorias
pelo presidente do Tribunal do Júri de 800 Públicas competentes, permanecerão
(oitocentos) a 1.500 (um mil e quinhentos) guardados em urna fechada a chave, sob
jurados nas comarcas de mais de 1.000.000 a responsabilidade do juiz presidente.
(um milhão) de habitantes, de 300 (trezentos) (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
a 700 (setecentos) nas comarcas de mais de
100.000 (cem mil) habitantes e de 80 (oitenta) § 4º O jurado que tiver integrado o Conselho
a 400 (quatrocentos) nas comarcas de menor de Sentença nos 12 (doze) meses que
população. (Redação dada pela Lei nº 11.689, antecederem à publicação da lista geral fica
de 2008) dela excluído. (Incluído pela Lei nº 11.689,
de 2008)
§ 1º Nas comarcas onde for necessário,
poderá ser aumentado o número de jurados § 5º Anualmente, a lista geral de jurados
e, ainda, organizada lista de suplentes, será, obrigatoriamente, completada.
depositadas as cédulas em urna especial, (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
com as cautelas mencionadas na parte final
do § 3º do art. 426 deste Código. (Incluído Seção V
pela Lei nº 11.689, de 2008) DO DESAFORAMENTO
§ 2º O juiz presidente requisitará às (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
autoridades locais, associações de classe
e de bairro, entidades associativas e Art. 427. Se o interesse da ordem pública
culturais, instituições de ensino em geral, o reclamar ou houver dúvida sobre a
universidades, sindicatos, repartições imparcialidade do júri ou a segurança pessoal
públicas e outros núcleos comunitários do acusado, o Tribunal, a requerimento do
a indicação de pessoas que reúnam as Ministério Público, do assistente, do querelante
condições para exercer a função de jurado. ou do acusado ou mediante representação
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) do juiz competente, poderá determinar o
desaforamento do julgamento para outra
Art. 426. A lista geral dos jurados, com indicação comarca da mesma região, onde não existam
das respectivas profissões, será publicada pela aqueles motivos, preferindo-se as mais
imprensa até o dia 10 de outubro de cada próximas. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de
ano e divulgada em editais afixados à porta 2008)
do Tribunal do Júri. (Redação dada pela Lei nº
11.689, de 2008) § 1º O pedido de desaforamento será
distribuído imediatamente e terá
§ 1º A lista poderá ser alterada, de ofício ou preferência de julgamento na Câmara ou
mediante reclamação de qualquer do povo Turma competente. (Incluído pela Lei nº
ao juiz presidente até o dia 10 de novembro, 11.689, de 2008)
data de sua publicação definitiva. (Incluído
pela Lei nº 11.689, de 2008) § 2º Sendo relevantes os motivos
alegados, o relator poderá determinar,
§ 2º Juntamente com a lista, serão fundamentadamente, a suspensão do
transcritos os arts. 436 a 446 deste Código. julgamento pelo júri. (Incluído pela Lei nº
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 11.689, de 2008)
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Art. 429. Salvo motivo relevante que autorize Art. 432. Em seguida à organização da
alteração na ordem dos julgamentos, terão pauta, o juiz presidente determinará a
preferência: (Redação dada pela Lei nº 11.689, intimação do Ministério Público, da Ordem
de 2008) dos Advogados do Brasil e da Defensoria
Pública para acompanharem, em dia e
I – os acusados presos; (Incluído pela Lei nº hora designados, o sorteio dos jurados que
11.689, de 2008) atuarão na reunião periódica. (Redação
dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
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Art. 433. O sorteio, presidido pelo juiz, far- Art. 454. Até o momento de abertura
se-á a portas abertas, cabendo-lhe retirar as dos trabalhos da sessão, o juiz presidente
cédulas até completar o número de 25 (vinte decidirá os casos de isenção e dispensa
e cinco) jurados, para a reunião periódica de jurados e o pedido de adiamento de
ou extraordinária. (Redação dada pela Lei nº julgamento, mandando consignar em ata
11.689, de 2008) as deliberações. (Redação dada pela Lei nº
11.689, de 2008)
§ 1º O sorteio será realizado entre o
15º(décimo quinto) e o 10º(décimo) dia Art. 455. Se o Ministério Público não
útil antecedente à instalação da reunião. comparecer, o juiz presidente adiará o
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) julgamento para o primeiro dia desimpedido
da mesma reunião, cientificadas as partes e
§ 2º A audiência de sorteio não será adiada as testemunhas. (Redação dada pela Lei nº
pelo não comparecimento das partes. 11.689, de 2008)
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
Parágrafo único. Se a ausência não for
§ 3º O jurado não sorteado poderá ter o seu justificada, o fato será imediatamente
nome novamente incluído para as reuniões comunicado ao Procurador-Geral de Justiça
futuras. (Incluído pela Lei nº 11.689, de com a data designada para a nova sessão.
2008) (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
Art. 434. Os jurados sorteados serão convocados Art. 456. Se a falta, sem escusa legítima, for do
pelo correio ou por qualquer outro meio hábil advogado do acusado, e se outro não for por
para comparecer no dia e hora designados para este constituído, o fato será imediatamente
a reunião, sob as penas da lei. (Redação dada comunicado ao presidente da seccional da
pela Lei nº 11.689, de 2008) Ordem dos Advogados do Brasil, com a data
Parágrafo único. No mesmo expediente de designada para a nova sessão. (Redação dada
convocação serão transcritos os arts. 436 pela Lei nº 11.689, de 2008)
a 446 deste Código. (Incluído pela Lei nº § 1º Não havendo escusa legítima, o
11.689, de 2008) julgamento será adiado somente uma vez,
Art. 435. Serão afixados na porta do edifício devendo o acusado ser julgado quando
do Tribunal do Júri a relação dos jurados chamado novamente. (Incluído pela Lei nº
convocados, os nomes do acusado e dos 11.689, de 2008)
procuradores das partes, além do dia, hora e § 2º Na hipótese do § 1º deste artigo, o
local das sessões de instrução e julgamento. juiz intimará a Defensoria Pública para o
(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) novo julgamento, que será adiado para o
primeiro dia desimpedido, observado o
Seção X
prazo mínimo de 10 (dez) dias. (Incluído
DA REUNIÃO E DAS SESSÕES DO pela Lei nº 11.689, de 2008)
TRIBUNAL DO JÚRI
Art. 457. O julgamento não será adiado pelo
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) não comparecimento do acusado solto, do
assistente ou do advogado do querelante, que
Art. 453. O Tribunal do Júri reunir-se-á para as tiver sido regularmente intimado. (Redação
sessões de instrução e julgamento nos períodos dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
e na forma estabelecida pela lei local de
organização judiciária. (Redação dada pela Lei § 1º Os pedidos de adiamento e as
nº 11.689, de 2008) justificações de não comparecimento
deverão ser, salvo comprovado motivo de
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força maior, previamente submetidos à Art. 462. Realizadas as diligências referidas nos
apreciação do juiz presidente do Tribunal do arts. 454 a 461 deste Código, o juiz presidente
Júri. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) verificará se a urna contém as cédulas dos 25
(vinte e cinco) jurados sorteados, mandando
§ 2º Se o acusado preso não for conduzido, que o escrivão proceda à chamada deles.
o julgamento será adiado para o primeiro (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
dia desimpedido da mesma reunião,
salvo se houver pedido de dispensa de Art. 463. Comparecendo, pelo menos, 15
comparecimento subscrito por ele e seu (quinze) jurados, o juiz presidente declarará
defensor. (Incluído pela Lei nº 11.689, de instalados os trabalhos, anunciando o processo
2008) que será submetido a julgamento. (Redação
dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
Art. 458. Se a testemunha, sem justa causa,
deixar de comparecer, o juiz presidente, sem § 1º O oficial de justiça fará o pregão,
prejuízo da ação penal pela desobediência, certificando a diligência nos autos. (Incluído
aplicar-lhe-á a multa prevista no § 2º do art. 436 pela Lei nº 11.689, de 2008)
deste Código. (Redação dada pela Lei nº 11.689,
§ 2º Os jurados excluídos por impedimento
de 2008)
ou suspeição serão computados para a
Art. 459. Aplicar-se-á às testemunhas a serviço constituição do número legal. (Incluído pela
do Tribunal do Júri o disposto no art. 441 deste Lei nº 11.689, de 2008)
Código. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de
Art. 464. Não havendo o número referido no
2008)
art. 463 deste Código, proceder-se-á ao sorteio
Art. 460.Antes de constituído o Conselho de de tantos suplentes quantos necessários, e
Sentença, as testemunhas serão recolhidas designar-se-á nova data para a sessão do júri.
a lugar onde umas não possam ouvir os (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
depoimentos das outras. (Redação dada pela Art. 465. Os nomes dos suplentes serão
Lei nº 11.689, de 2008) consignados em ata, remetendo-se o expediente
Art. 461. O julgamento não será adiado se a de convocação, com observância do disposto
testemunha deixar de comparecer, salvo se uma nos arts. 434 e 435 deste Código. (Redação dada
das partes tiver requerido a sua intimação por pela Lei nº 11.689, de 2008)
mandado, na oportunidade de que trata o art. Art. 466. Antes do sorteio dos membros
422 deste Código, declarando não prescindir do Conselho de Sentença, o juiz presidente
do depoimento e indicando a sua localização. esclarecerá sobre os impedimentos, a suspeição
(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) e as incompatibilidades constantes dos arts. 448
§ 1º Se, intimada, a testemunha não e 449 deste Código. (Redação dada pela Lei nº
comparecer, o juiz presidente suspenderá 11.689, de 2008)
os trabalhos e mandará conduzi-la ou § 1º O juiz presidente também advertirá
adiará o julgamento para o primeiro dia os jurados de que, uma vez sorteados,
desimpedido, ordenando a sua condução. não poderão comunicar-se entre si e
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) com outrem, nem manifestar sua opinião
§ 2º O julgamento será realizado mesmo sobre o processo, sob pena de exclusão do
na hipótese de a testemunha não ser Conselho e multa, na forma do § 2º do art.
encontrada no local indicado, se assim for 436 deste Código. (Redação dada pela Lei
certificado por oficial de justiça. (Incluído nº 11.689, de 2008)
pela Lei nº 11.689, de 2008)
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§ 2º A incomunicabilidade será certificada Art. 471. Se, em consequência do impedimento,
nos autos pelo oficial de justiça. (Redação suspeição, incompatibilidade, dispensa ou
dada pela Lei nº 11.689, de 2008) recusa, não houver número para a formação
do Conselho, o julgamento será adiado para o
Art. 467. Verificando que se encontram na urna
primeiro dia desimpedido, após sorteados os
as cédulas relativas aos jurados presentes, o juiz
suplentes, com observância do disposto no art.
presidente sorteará 7 (sete) dentre eles para a
464 deste Código. (Redação dada pela Lei nº
formação do Conselho de Sentença. (Redação
11.689, de 2008)
dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
Art. 472. Formado o Conselho de Sentença, o
Art. 468. À medida que as cédulas forem
presidente, levantando-se, e, com ele, todos
sendo retiradas da urna, o juiz presidente as
os presentes, fará aos jurados a seguinte
lerá, e a defesa e, depois dela, o Ministério
exortação:(Redação dada pela Lei nº 11.689, de
Público poderão recusar os jurados sorteados,
2008)
até 3 (três) cada parte, sem motivar a recusa.
(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) Em nome da lei, concito-vos a examinar esta
causa com imparcialidade e a proferir a vossa
Parágrafo único. O jurado recusado decisão de acordo com a vossa consciência e os
imotivadamente por qualquer das partes ditames da justiça.
será excluído daquela sessão de instrução e
julgamento, prosseguindo-se o sorteio para Os jurados, nominalmente chamados pelo
a composição do Conselho de Sentença presidente, responderão:
com os jurados remanescentes. (Incluído Assim o prometo.
pela Lei nº 11.689, de 2008)
Parágrafo único. O jurado, em seguida,
Art. 469. Se forem 2 (dois) ou mais os acusados, receberá cópias da pronúncia ou, se for o
as recusas poderão ser feitas por um só caso, das decisões posteriores que julgaram
defensor. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de admissível a acusação e do relatório do
2008) processo. (Incluído pela Lei nº 11.689, de
§ 1º A separação dos julgamentos somente 2008)
ocorrerá se, em razão das recusas, não for
obtido o número mínimo de 7 (sete) jurados
Seção XI
para compor o Conselho de Sentença. DA INSTRUÇÃO EM PLENÁRIO
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
§ 2º Determinada a separação dos Art. 473. Prestado o compromisso pelos jurados,
julgamentos, será julgado em primeiro lugar será iniciada a instrução plenária quando o juiz
o acusado a quem foi atribuída a autoria presidente, o Ministério Público, o assistente, o
do fato ou, em caso de co-autoria, aplicar- querelante e o defensor do acusado tomarão,
se-á o critério de preferência disposto no sucessiva e diretamente, as declarações
art. 429 deste Código. (Incluído pela Lei nº do ofendido, se possível, e inquirirão as
11.689, de 2008) testemunhas arroladas pela acusação. (Redação
Art. 470. Desacolhida a argüição de dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
impedimento, de suspeição ou de § 1º Para a inquirição das testemunhas
incompatibilidade contra o juiz presidente do arroladas pela defesa, o defensor do
Tribunal do Júri, órgão do Ministério Público, acusado formulará as perguntas antes do
jurado ou qualquer funcionário, o julgamento Ministério Público e do assistente, mantidos
não será suspenso, devendo, entretanto, no mais a ordem e os critérios estabelecidos
constar da ata o seu fundamento e a decisão. neste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.689, de
(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) 2008)
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Art. 478. Durante os debates as partes § 2º Se houver dúvida sobre questão de
não poderão, sob pena de nulidade, fazer fato, o presidente prestará esclarecimentos
referências:(Redação dada pela Lei nº 11.689, à vista dos autos. (Incluído pela Lei nº
de 2008) 11.689, de 2008)
I – à decisão de pronúncia, às decisões § 3º Os jurados, nesta fase do procedimento,
posteriores que julgaram admissível a terão acesso aos autos e aos instrumentos
acusação ou à determinação do uso de do crime se solicitarem ao juiz presidente.
algemas como argumento de autoridade (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
que beneficiem ou prejudiquem o
acusado;(Incluído pela Lei nº 11.689, de Art. 481. Se a verificação de qualquer
2008) fato, reconhecida como essencial para o
julgamento da causa, não puder ser realizada
II – ao silêncio do acusado ou à ausência de imediatamente, o juiz presidente dissolverá
interrogatório por falta de requerimento, o Conselho, ordenando a realização das
em seu prejuízo. (Incluído pela Lei nº diligências entendidas necessárias. (Redação
11.689, de 2008) dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
Art. 479. Durante o julgamento não será Parágrafo único. Se a diligência consistir
permitida a leitura de documento ou a exibição na produção de prova pericial, o juiz
de objeto que não tiver sido juntado aos autos presidente, desde logo, nomeará perito e
com a antecedência mínima de 3 (três) dias formulará quesitos, facultando às partes
úteis, dando-se ciência à outra parte. (Redação também formulá-los e indicar assistentes
dada pela Lei nº 11.689, de 2008) técnicos, no prazo de 5 (cinco) dias.
(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
Parágrafo único. Compreende-se na
proibição deste artigo a leitura de jornais ou
qualquer outro escrito, bem como a exibição
de vídeos, gravações, fotografias, laudos, Lei nº 9.099/1995
quadros, croqui ou qualquer outro meio
assemelhado, cujo conteúdo versar sobre
a matéria de fato submetida à apreciação
e julgamento dos jurados. (Incluído pela Lei
nº 11.689, de 2008) CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 480. A acusação, a defesa e os jurados
poderão, a qualquer momento e por intermédio Art. 1º Os Juizados Especiais Cíveis e Criminais,
do juiz presidente, pedir ao orador que indique órgãos da Justiça Ordinária, serão criados pela
a folha dos autos onde se encontra a peça União, no Distrito Federal e nos Territórios,
por ele lida ou citada, facultando-se, ainda, e pelos Estados, para conciliação, processo,
aos jurados solicitar-lhe, pelo mesmo meio, julgamento e execução, nas causas de sua
o esclarecimento de fato por ele alegado. competência.
(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
Art. 2º O processo orientar-se-á pelos critérios
§ 1º Concluídos os debates, o presidente da oralidade, simplicidade, informalidade,
indagará dos jurados se estão habilitados economia processual e celeridade, buscando,
a julgar ou se necessitam de outros sempre que possível, a conciliação ou a
esclarecimentos. (Incluído pela Lei nº transação.
11.689, de 2008)
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Parágrafo único. Dos atos praticados Art. 72. Na audiência preliminar, presente o
em audiência considerar-se-ão desde representante do Ministério Público, o autor
logo cientes as partes, os interessados e do fato e a vítima e, se possível, o responsável
defensores. civil, acompanhados por seus advogados, o Juiz
esclarecerá sobre a possibilidade da composição
Art. 68. Do ato de intimação do autor do dos danos e da aceitação da proposta de
fato e do mandado de citação do acusado, aplicação imediata de pena não privativa de
constará a necessidade de seu comparecimento liberdade.
acompanhado de advogado, com a advertência
de que, na sua falta, ser-lhe-á designado Art. 73. A conciliação será conduzida pelo Juiz
defensor público. ou por conciliador sob sua orientação.
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§ 2º Não se admitirá a proposta se ficar Juiz, de imediato, denúncia oral, se não houver
comprovado: necessidade de diligências imprescindíveis.
I – ter sido o autor da infração § 1º Para o oferecimento da denúncia,
condenado, pela prática de crime, que será elaborada com base no termo de
à pena privativa de liberdade, por ocorrência referido no art. 69 desta Lei, com
sentença definitiva; dispensa do inquérito policial, prescindir-
se-á do exame do corpo de delito quando a
II – ter sido o agente beneficiado materialidade do crime estiver aferida por
anteriormente, no prazo de cinco anos, boletim médico ou prova equivalente.
pela aplicação de pena restritiva ou
multa, nos termos deste artigo; § 2º Se a complexidade ou circunstâncias
do caso não permitirem a formulação da
III – não indicarem os antecedentes, denúncia, o Ministério Público poderá
a conduta social e a personalidade requerer ao Juiz o encaminhamento das
do agente, bem como os motivos e peças existentes, na forma do parágrafo
as circunstâncias, ser necessária e único do art. 66 desta Lei.
suficiente a adoção da medida.
§ 3º Na ação penal de iniciativa do ofendido
§ 3º Aceita a proposta pelo autor da infração poderá ser oferecida queixa oral, cabendo
e seu defensor, será submetida à apreciação ao Juiz verificar se a complexidade e as
do Juiz. circunstâncias do caso determinam a
§ 4º Acolhendo a proposta do Ministério adoção das providências previstas no
Público aceita pelo autor da infração, o parágrafo único do art. 66 desta Lei.
Juiz aplicará a pena restritiva de direitos ou Art. 78. Oferecida a denúncia ou queixa,
multa, que não importará em reincidência, será reduzida a termo, entregando-se cópia
sendo registrada apenas para impedir ao acusado, que com ela ficará citado e
novamente o mesmo benefício no prazo de imediatamente cientificado da designação
cinco anos. de dia e hora para a audiência de instrução e
§ 5º Da sentença prevista no parágrafo julgamento, da qual também tomarão ciência
anterior caberá a apelação referida no art. o Ministério Público, o ofendido, o responsável
82 desta Lei. civil e seus advogados.
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Art. 79. No dia e hora designados para a § 3º As partes poderão requerer a
audiência de instrução e julgamento, se na fase transcrição da gravação da fita magnética a
preliminar não tiver havido possibilidade de que alude o § 3º do art. 65 desta Lei.
tentativa de conciliação e de oferecimento de
proposta pelo Ministério Público, proceder-se-á § 4º As partes serão intimadas da data da
nos termos dos arts. 72, 73, 74 e 75 desta Lei. sessão de julgamento pela imprensa.
Art. 80. Nenhum ato será adiado, determinando § 5º Se a sentença for confirmada pelos
o Juiz, quando imprescindível, a condução próprios fundamentos, a súmula do
coercitiva de quem deva comparecer. julgamento servirá de acórdão.
Art. 81. Aberta a audiência, será dada a palavra Art. 83. Caberão embargos de declaração
ao defensor para responder à acusação, após quando, em sentença ou acórdão, houver
o que o Juiz receberá, ou não, a denúncia ou obscuridade, contradição, omissão ou dúvida.
queixa; havendo recebimento, serão ouvidas a § 1º Os embargos de declaração serão
vítima e as testemunhas de acusação e defesa, opostos por escrito ou oralmente, no
interrogando-se a seguir o acusado, se presente, prazo de cinco dias, contados da ciência da
passando-se imediatamente aos debates orais e decisão.
à prolação da sentença.
§ 2º Quando opostos contra sentença, os
§ 1º Todas as provas serão produzidas embargos de declaração suspenderão o
na audiência de instrução e julgamento, prazo para o recurso.
podendo o Juiz limitar ou excluir as que
considerar excessivas, impertinentes ou § 3º Os erros materiais podem ser corrigidos
protelatórias. de ofício.
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Art. 95. Os Estados, Distrito Federal e Territórios e justificações, especificar as provas que
criarão e instalarão os Juizados Especiais no pretende produzir e, até o número de 5
prazo de seis meses, a contar da vigência desta (cinco), arrolar testemunhas.
Lei.
§ 2º As exceções serão processadas em
Parágrafo único. No prazo de 6 (seis) apartado, nos termos dosarts. 95 a 113 do
meses, contado da publicação desta Lei, Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de
serão criados e instalados os Juizados 1941 – Código de Processo Penal.
Especiais Itinerantes, que deverão dirimir, § 3º Se a resposta não for apresentada
prioritariamente, os conflitos existentes no prazo, o juiz nomeará defensor para
nas áreas rurais ou nos locais de menor oferecê-la em 10 (dez) dias, concedendo-
concentração populacional. (Redação dada lhe vista dos autos no ato de nomeação.
pela Lei nº 12.726, de 2012)
§ 4º Apresentada a defesa, o juiz decidirá
Art. 96. Esta Lei entra em vigor no prazo de em 5 (cinco) dias.
sessenta dias após a sua publicação.
§ 5º Se entender imprescindível, o juiz, no
Art. 97. Ficam revogadas aLei nº 4.611, de 2 de prazo máximo de 10 (dez) dias, determinará
abril de 1965e aLei nº 7.244, de 7 de novembro a apresentação do preso, realização de
de 1984. diligências, exames e perícias.
Art. 56. Recebida a denúncia, o juiz designará
dia e hora para a audiência de instrução e
Lei nº 11.343/2006 julgamento, ordenará a citação pessoal do
acusado, a intimação do Ministério Público, do
assistente, se for o caso, e requisitará os laudos
Seção II periciais.
DA INSTRUÇÃO CRIMINAL § 1º Tratando-se de condutas tipificadas
como infração do disposto nos arts. 33,
Art. 54. Recebidos em juízo os autos do
caput e § 1º, e 34 a 37 desta Lei, o juiz, ao
inquérito policial, de Comissão Parlamentar de
receber a denúncia, poderá decretar o
Inquérito ou peças de informação, dar-se-á vista
afastamento cautelar do denunciado de
ao Ministério Público para, no prazo de 10 (dez)
suas atividades, se for funcionário público,
dias, adotar uma das seguintes providências:
comunicando ao órgão respectivo.
I – requerer o arquivamento; § 2º A audiência a que se refere o caput
II – requisitar as diligências que entender deste artigo será realizada dentro dos 30
necessárias; (trinta) dias seguintes ao recebimento da
denúncia, salvo se determinada a realização
III – oferecer denúncia, arrolar até 5 (cinco) de avaliação para atestar dependência de
testemunhas e requerer as demais provas drogas, quando se realizará em 90 (noventa)
que entender pertinentes. dias.
Art. 55. Oferecida a denúncia, o juiz ordenará Art. 57. Na audiência de instrução e
a notificação do acusado para oferecer defesa julgamento, após o interrogatório do acusado
prévia, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. e a inquirição das testemunhas, será dada a
palavra, sucessivamente, ao representante do
§ 1º Na resposta, consistente em defesa Ministério Público e ao defensor do acusado,
preliminar e exceções, o acusado poderá para sustentação oral, pelo prazo de 20 (vinte)
argüir preliminares e invocar todas as minutos para cada um, prorrogável por mais 10
razões de defesa, oferecer documentos (dez), a critério do juiz.
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§ 2º Cabe à família, à sociedade e ao poder Art. 6º A violência doméstica e familiar contra
público criar as condições necessárias para a mulher constitui uma das formas de violação
o efetivo exercício dos direitos enunciados dos direitos humanos.
no caput.
Art. 4º Na interpretação desta Lei, serão
considerados os fins sociais a que ela se CAPÍTULO II
destina e, especialmente, as condições DAS FORMAS DE VIOLÊNCIA
peculiares das mulheres em situação de DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A
violência doméstica e familiar. MULHER
Art. 7º São formas de violência doméstica e
TÍTULO II familiar contra a mulher, entre outras:
I – a violência física, entendida como
Da Violência Doméstica e Familiar qualquer conduta que ofenda sua
Contra a Mulher integridade ou saúde corporal;
II – a violência psicológica, entendida como
qualquer conduta que lhe cause dano
emocional e diminuição da auto-estima
CAPÍTULO I ou que lhe prejudique e perturbe o pleno
DISPOSIÇÕES GERAIS desenvolvimento ou que vise degradar ou
controlar suas ações, comportamentos,
Art. 5º Para os efeitos desta Lei, configura
crenças e decisões, mediante ameaça,
violência doméstica e familiar contra a mulher
constrangimento, humilhação,
qualquer ação ou omissão baseada no gênero
manipulação, isolamento, vigilância
que lhe cause morte, lesão, sofrimento
constante, perseguição contumaz, insulto,
físico, sexual ou psicológico e dano moral ou
chantagem, ridicularização, exploração e
patrimonial:
limitação do direito de ir e vir ou qualquer
I – no âmbito da unidade doméstica, outro meio que lhe cause prejuízo à saúde
compreendida como o espaço de convívio psicológica e à autodeterminação;
permanente de pessoas, com ou sem vínculo III – a violência sexual, entendida como
familiar, inclusive as esporadicamente qualquer conduta que a constranja a
agregadas; presenciar, a manter ou a participar de
II – no âmbito da família, compreendida relação sexual não desejada, mediante
como a comunidade formada por indivíduos intimidação, ameaça, coação ou uso
que são ou se consideram aparentados, da força; que a induza a comercializar
unidos por laços naturais, por afinidade ou ou a utilizar, de qualquer modo, a sua
por vontade expressa; sexualidade, que a impeça de usar qualquer
método contraceptivo ou que a force ao
III – em qualquer relação íntima de afeto, na matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à
qual o agressor conviva ou tenha convivido prostituição, mediante coação, chantagem,
com a ofendida, independentemente de suborno ou manipulação; ou que limite ou
coabitação. anule o exercício de seus direitos sexuais e
reprodutivos;
Parágrafo único. As relações pessoais
enunciadas neste artigo independem de IV – a violência patrimonial, entendida
orientação sexual. como qualquer conduta que configure
retenção, subtração, destruição parcial
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CAPÍTULO II CAPÍTULO III
DA ASSISTÊNCIA À MULHER DO ATENDIMENTO PELA
EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA AUTORIDADE POLICIAL
DOMÉSTICA E FAMILIAR
Art. 10. Na hipótese da iminência ou da prática
Art. 9º A assistência à mulher em situação de de violência doméstica e familiar contra
violência doméstica e familiar será prestada a mulher, a autoridade policial que tomar
de forma articulada e conforme os princípios conhecimento da ocorrência adotará, de
e as diretrizes previstos na Lei Orgânica da imediato, as providências legais cabíveis.
Assistência Social, no Sistema Único de Saúde,
no Sistema Único de Segurança Pública, entre Parágrafo único. Aplica-se o disposto no
outras normas e políticas públicas de proteção, caput deste artigo ao descumprimento de
e emergencialmente quando for o caso. medida protetiva de urgência deferida.
§ 1º O juiz determinará, por prazo certo, a Art. 11. No atendimento à mulher em situação
inclusão da mulher em situação de violência de violência doméstica e familiar, a autoridade
doméstica e familiar no cadastro de policial deverá, entre outras providências:
programas assistenciais do governo federal,
I – garantir proteção policial, quando
estadual e municipal.
necessário, comunicando de imediato ao
§ 2º O juiz assegurará à mulher em Ministério Público e ao Poder Judiciário;
situação de violência doméstica e familiar,
para preservar sua integridade física e II – encaminhar a ofendida ao hospital ou
psicológica: posto de saúde e ao Instituto Médico Legal;
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Art. 17. É vedada a aplicação, nos casos de urgência ou rever aquelas já concedidas,
violência doméstica e familiar contra a mulher, se entender necessário à proteção da
de penas de cesta básica ou outras de prestação ofendida, de seus familiares e de seu
pecuniária, bem como a substituição de pena patrimônio, ouvido o Ministério Público.
que implique o pagamento isolado de multa. Art. 20. Em qualquer fase do inquérito policial
ou da instrução criminal, caberá a prisão
preventiva do agressor, decretada pelo juiz, de
CAPÍTULO II ofício, a requerimento do Ministério Público ou
DAS MEDIDAS PROTETIVAS DE mediante representação da autoridade policial.
URGÊNCIA Parágrafo único. O juiz poderá revogar a
prisão preventiva se, no curso do processo,
Seção I verificar a falta de motivo para que
DISPOSIÇÕES GERAIS subsista, bem como de novo decretá-la, se
sobrevierem razões que a justifiquem.
Art. 18. Recebido o expediente com o pedido
da ofendida, caberá ao juiz, no prazo de 48 Art. 21. A ofendida deverá ser notificada
(quarenta e oito) horas: dos atos processuais relativos ao agressor,
especialmente dos pertinentes ao ingresso e à
I – conhecer do expediente e do pedido saída da prisão, sem prejuízo da intimação do
e decidir sobre as medidas protetivas de advogado constituído ou do defensor público.
urgência;
Parágrafo único. A ofendida não poderá
II – determinar o encaminhamento da entregar intimação ou notificação ao
ofendida ao órgão de assistência judiciária, agressor.
quando for o caso; Seção II
III – comunicar ao Ministério Público para DAS MEDIDAS PROTETIVAS DE
que adote as providências cabíveis. URGÊNCIA QUE OBRIGAM O
Art. 19. As medidas protetivas de urgência
AGRESSOR
poderão ser concedidas pelo juiz, a Art. 22. Constatada a prática de violência
requerimento do Ministério Público ou a pedido doméstica e familiar contra a mulher, nos termos
da ofendida. desta Lei, o juiz poderá aplicar, de imediato, ao
agressor, em conjunto ou separadamente, as
§ 1º As medidas protetivas de urgência
seguintes medidas protetivas de urgência, entre
poderão ser concedidas de imediato,
outras:
independentemente de audiência das
partes e de manifestação do Ministério I – suspensão da posse ou restrição do
Público, devendo este ser prontamente porte de armas, com comunicação ao órgão
comunicado. competente, nos termos da Lei nº 10.826,
de 22 de dezembro de 2003;
§ 2º As medidas protetivas de urgência serão
aplicadas isolada ou cumulativamente, e II – afastamento do lar, domicílio ou local de
poderão ser substituídas a qualquer tempo convivência com a ofendida;
por outras de maior eficácia, sempre que III – proibição de determinadas condutas,
os direitos reconhecidos nesta Lei forem entre as quais:
ameaçados ou violados.
a) aproximação da ofendida, de seus
§ 3º Poderá o juiz, a requerimento do familiares e das testemunhas, fixando o
Ministério Público ou a pedido da ofendida, limite mínimo de distância entre estes e o
conceder novas medidas protetivas de agressor;
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CAPÍTULO III TÍTULO V
DA ATUAÇÃO DO MINISTÉRIO
PÚBLICO Da Equipe de Atendimento
Multidisciplinar
Art. 25. O Ministério Público intervirá, quando
não for parte, nas causas cíveis e criminais Art. 29. Os Juizados de Violência Doméstica
decorrentes da violência doméstica e familiar e Familiar contra a Mulher que vierem a ser
contra a mulher. criados poderão contar com uma equipe de
atendimento multidisciplinar, a ser integrada
Art. 26. Caberá ao Ministério Público, sem por profissionais especializados nas áreas
prejuízo de outras atribuições, nos casos de psicossocial, jurídica e de saúde.
violência doméstica e familiar contra a mulher,
quando necessário: Art. 30. Compete à equipe de atendimento
multidisciplinar, entre outras atribuições que lhe
I – requisitar força policial e serviços públicos forem reservadas pela legislação local, fornecer
de saúde, de educação, de assistência social subsídios por escrito ao juiz, ao Ministério
e de segurança, entre outros; Público e à Defensoria Pública, mediante laudos
ou verbalmente em audiência, e desenvolver
II – fiscalizar os estabelecimentos públicos
trabalhos de orientação, encaminhamento,
e particulares de atendimento à mulher
prevenção e outras medidas, voltados para
em situação de violência doméstica e
a ofendida, o agressor e os familiares, com
familiar, e adotar, de imediato, as medidas
especial atenção às crianças e aos adolescentes.
administrativas ou judiciais cabíveis no
tocante a quaisquer irregularidades Art. 31. Quando a complexidade do caso exigir
constatadas; avaliação mais aprofundada, o juiz poderá
determinar a manifestação de profissional
III – cadastrar os casos de violência
especializado, mediante a indicação da equipe
doméstica e familiar contra a mulher.
de atendimento multidisciplinar.
Art. 32. O Poder Judiciário, na elaboração de
sua proposta orçamentária, poderá prever
CAPÍTULO IV recursos para a criação e manutenção da equipe
DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA de atendimento multidisciplinar, nos termos da
Lei de Diretrizes Orçamentárias.
Art. 27. Em todos os atos processuais, cíveis e
criminais, a mulher em situação de violência
doméstica e familiar deverá estar acompanhada
TÍTULO VI
de advogado, ressalvado o previsto no art. 19
desta Lei.
Disposições Transitórias
Art. 28. É garantido a toda mulher em situação
de violência doméstica e familiar o acesso aos Art. 33. Enquanto não estruturados os Juizados
serviços de Defensoria Pública ou de Assistência de Violência Doméstica e Familiar contra a
Judiciária Gratuita, nos termos da lei, em sede Mulher, as varas criminais acumularão as
policial e judicial, mediante atendimento competências cível e criminal para conhecer
específico e humanizado. e julgar as causas decorrentes da prática de
violência doméstica e familiar contra a mulher,
observadas as previsões do Título IV desta
Lei, subsidiada pela legislação processual
pertinente.
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Art. 43. Aalínea f do inciso II do art. 61 do
Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940
(Código Penal), passa a vigorar com a seguinte
redação:
“Art. 61.
II –
f) com abuso de autoridade ou
prevalecendo-se de relações domésticas,
de coabitação ou de hospitalidade, ou com
violência contra a mulher na forma da lei
específica;” (NR)
Art. 44. Oart. 129 do Decreto-Lei nº 2.848, de
7 de dezembro de 1940(Código Penal), passa a
vigorar com as seguintes alterações:
“Art. 129.
§ 9º Se a lesão for praticada contra
ascendente, descendente, irmão, cônjuge
ou companheiro, ou com quem conviva ou
tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-
se o agente das relações domésticas, de
coabitação ou de hospitalidade:
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 3 (três)
anos.
§ 11. Na hipótese do § 9º deste artigo, a
pena será aumentada de um terço se o
crime for cometido contra pessoa portadora
de deficiência.” (NR)
Art. 45. O art. 152 da Lei nº 7.210, de 11 de
julho de 1984 (Lei de Execução Penal), passa a
vigorar com a seguinte redação:
“Art. 152.
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