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ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
Capítulo I - Dos Crimes Praticados por Funcionário Público contra a Administração em Geral
Indaga-se: Toda vez que ocorrer o crime de corrupção passiva (art. 317, CP) praticado pelo funcionário público
haverá o delito de corrupção ativa? Não, pois quando a iniciativa da conduta for do funcionário público
(solicitar),independentemente se ocorrer ou não o pagamento dessa vantagem, só temos o crime de corrupção
passiva.
Por outro lado, quando a iniciativa da conduta for do particular, ou seja, quando oferece ou promete vantagem
indevida e o funcionário público a recebe ou aceita promessa de tal vantagem, temos, respectivamente, a prática
da vantagem de corrupção ativa (particular) e corrupção passiva (funcionário público).
CARREIRAS FISCAIS
Damásio Educacional
É lógico que se o funcionário público se negar a receber ou a aceitar promessa de tal vantagem indevida
(vantagem pode ser de qualquer natureza) só temos o crime de Corrupção Ativa.
Consumação: Praticando qualquer um dos três verbos o crime já está consumado e a realização de mais de um
verbo nuclear sobre a mesma vantagem importa no cometimento de um único crime (tipo misto alternativo ou
crime de ação múltipla ou de conteúdo variado).
O crime é formal nas três condutas (solicitar, receber ou aceitar promessa) porque o resultado do crime é o que o
funcionário público vai fazer ou deixar de fazer (é a contrapartida do funcionário – ação/omissão). Porém, não se
exige a ocorrência desse resultado para a consumação do delito.
Tentativa: A tentativa apenas será possível se a conduta se der por escrito, por uma carta e esta é extraviada
antes de chegar ao destinatário.
Observação
É possível ocorrer prisão em flagrante no momento do recebimento da vantagem porque se trata de conduta
típica.
Causa de aumento de pena: A causa de aumento de pena encontra-se previsto no artigo 317, parágrafo 1º, CP: A
pena da corrupção passiva é aumentada em 1/3 se o funcionário retardar ou deixa de praticar qualquer ato de
ofício ou o pratica infringindo dever funcional. Em outras palavras, se o funcionário público fizer a parte dele
(resultado naturalístico) o crime tem sua pena aumentada.
Nessa corrupção passiva privilegiada, o funcionário público deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com
infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem (o funcionário não visa vantagem
indevida), sendo crime material, pois só se consuma quando o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda
ato de ofício.
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Importante! Se a questão for tributária ou fiscal, temos a prática do crime funcional contra a ordem tributária do
3º, inciso II, da Lei 8.137/1990.
A Concussão (verbo: exigir) e a Corrupção Passiva (solicitar, receber e aceitar promessa) são unidas no mesmo
tipo penal.
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