Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
Consumação: para que ocorra consumação basta a prática das condutas falsificar ou alterar. Não é necessária a
utilização ou obtenção de vantagem. Teoricamente, a tentativa é possível, pois a falsificação é um processo e
pode ser interrompida durante esse processo, mas, na prática, é difícil.
A- Falsificação de documento público e Estelionato do art. 171, CP: É o caso, por exemplo, da pessoa que falsifica
um cheque e engana outrem, utilizando-se do cheque. Nesse caso aplicaremos o princípio da consunção, de
modo que o crime fim será absorvido pelo crime meio. É o que dispõe a súmula 73-STJ que diz quando o falso se
exaure no estelionato, sem mais potencialidade lesiva, é por este absorvido (chamado Princípio da Consunção).
Caso o falso não se exaure no estelionato, temos a ocorrência dos dois crimes em Concurso Material.
B- Falsificação de documento público e Uso de documento falso (art. 304-CP): caso seja o mesmo autor da
falsificação aquele que vai utilizar o documento, responde pela falsificação com base no Princípio da Consunção
(pos factum impunível). Esse é o entendimento do STJ.
Conclusão: quem comete o crime de uso de documento falso é qualquer pessoa, menos o autor da falsificação.
C – Falsificação de documento previdenciário: Exemplo, fazer anotação falsa na CTPS (Carteira de Trabalho) de
alguém. Nesse caso responderá pelo crime de falsificação de documento público, conforme art. 297, §§3º e 4º,
CP.
CARREIRAS FISCAIS
Damásio Educacional
“Art. 298 - Falsificar, no todo ou em parte, documento particular ou
alterar documento particular verdadeiro: Pena - reclusão, de um a
cinco anos, e multa.
Falsificação de cartão
Parágrafo único. Para fins do disposto no caput, equipara-se a
documento particular o cartão de crédito ou débito.”
Tem todos os requisitos do crime anterior, com uma única diferença, no caso o objeto material que é o
documento particular. Na verdade, documento particular é aquele que não tem os requisitos do documento
público e nem documento público por equiparação.
Equipara-se a documento particular o cartão de crédito ou débito, conforme art. 298, parágrafo único, CP.
3. Falsidade Ideológica
Neste caso, a declaração, o conteúdo é que é falso, enquanto nos arts. 297 e 298, CP o que é falso são os
documentos.
Sujeito ativo: Esse crime pode ser praticado por qualquer pessoa desde que tenha competência/atribuição para
elaborar o documento.
Atenção: É importante frisar que caso o autor seja funcionário público e cometa o crime prevalecendo-se do
cargo, a pena será aumentada de sexta parte (1/6).
Objeto material: Pode recair sobre o documento público ou particular, inclusive com penas distintas.
Página 2 de 2