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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS - DEPARTAMENTO DE


DIREITO PÚBLICO
CURSO DE DIREITO - SEMESTRE 2019.1 – DIREITO PENAL IV
PROFESSOR MS. ANDREO ALEKSANDRO NOBRE MARQUES
ALUNO: DENNIS MIGUEL DIAS MARQUES DE OLIVEIRA

Crime de falsificação de documento público: Este, que integra um dos crimes contra a
fé pública, talvez seja um dos mais comuns de serem vistos, contudo, é muito
confundido com o estelionato.
- ART. 297: falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento
público verdadeiro. Pena: reclusão, de dois a seis anos, e multa.
Como já mencionado na letra da lei, essa falsificação pode ser integral ou parcial, e
pode ter sua pena aumentada, caso o crime seja cometido por servidor público que
esteja se prevalecendo do seu cargo, para praticar o crime, aumentando assim, em 1/6 a
pena prevista. É de suma importância lembrar que é apenas se o vínculo público for
diretamente ligado ao crime, por exemplo, caso um funcionário do Detran, cometesse
alterações numa carteira de habilitação, nesse caso, existe um nexo entre o crime e a
função exercida.
E no parágrafo segundo, onde se diz: “para os efeitos penais, equiparam-se a documento
público o emanado de entidade paraestatal, o título ao portador ou transmissível por
endosso, as ações de sociedade comercial, os livros mercantis e o testamento
particular”. Ou seja, são documentos particulares, mas para o efeito penal, será
equiparado a um documento público.
O jurídico do crime é a fé pública relacionada a autenticidade de documento público,
sendo assim, uma falsificação grosseira, não será considerada crime, e tem o dolo como
seu objeto subjetivo, pois tem que está empregada o desejo de enganar, falsificar, forjar,
etc. Além de ser uma ação penal pública incondicionada.
Outro fato importante acerca desse crime são os parágrafos 3° e 4°, que também se trata
da equiparação relacionado a falsidades contra a previdência social, como por exemplo,
contratações de emprego fantasmas, a adulteração na remuneração para a contribuição
fiscal e outros crimes.
O outro crime discutido no texto é o uso de documento falso, também elencado no
Código Penal, pelo:
- ART. 304: Fazer uso de qualquer dos papeis falsificados ou alterados, a que se
referem os arts. 297 a 302;
Pena – a cominada à falsificação ou à alteração.

Também se trata de um crime comum, onde o bem jurídico é a fé pública, onde o


sujeito ativo pode ser qualquer pessoa e o sujeito passivo será o Estado ou pessoa
eventualmente lesada. O preceito secundário do tipo penal, neste caso, está incompleto,
já que não temos pena específica, mas sim aquela cominada a falsificação ou a
alteração, tendo que ser analisado caso a caso e de acordo com o documento previsto
naquela conduta apenas será aquela a pena cominada do que trata o documento
previstos nos art´s 297 a 302.

Outro ponto importante é a aplicação do princípio da consunção e não um concurso de


crimes, no caso em que a pessoa que fez a falsificação, seja a que esteja usando a
documentação, conforme entendimento pacificado nos tribunais superiores. É também
considerada a exigência de dolo, não havendo a modalidade culposa e se consumando
com o efetivo uso do documento, não havendo a possibilidade de tentativa. E, também
se trata de uma ação penal pública incondicionada.

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