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UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE

JULIA PALLADINO SOUZA BUENO – TIA: 32065825


PEDRO HENRIQUE DE SOUZA – TIA: 32067658

Atividade 2
Crimes contra o patrimônio

São Paulo - SP
2022
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Índice

Art. 299 ....................................................................................................................... 3

Art. 304 ....................................................................................................................... 4

Art. 311 ....................................................................................................................... 4

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 Artigo 299, CP – Falsidade ideológica.
Temos no Art. 299 do código penal o caso da falsidade ideológica, em que
diz: “Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar,
ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita,
com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato
juridicamente relevante:
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é público, e reclusão
de um a três anos, e multa, se o documento é particular.
Parágrafo único - Se o agente é funcionário público, e comete o crime
prevalecendo-se do cargo, ou se a falsificação ou alteração é de assentamento de
registro civil, aumenta-se a pena de sexta parte.”
De acordo com a doutrina, tal artigo diz respeito à um crime comum onde
qualquer indivíduo pode cometer. Não obstante podemos mencionar que o sujeito
passivo não é apenas o Estado, mas também todas as pessoas que foram lesadas.
Já o autor Roberto Júnior, afirma que tal crime só pode ser cometido de forma
dolosa por conta de seus verbos “omitir/inserir”.
Por fim, é importante mencionar e comentar a respeito da pena, que como
previsto no Código penal varia de acordo com o objeto a ser protegido, onde nos
casos de documento público o agente poderá sofrer uma pena de um até cinco anos
e multa, já nos casos de documento particular a pena varia entre um e três anos e
multa.
Finalmente, de acordo com o doutrinador Guaracy Moreira Filho, a
classificação doutrinária deste crime é: crime comum, formal, doloso, de ação
múltipla ou de conteúdo variado, de forma livre, comissivo (inserir ou fazer inserir) ou
omissivo (omitir), não transeunte de perigo e não admite tentativa. Tendo como
sujeito ativo qualquer pessoa, sujeito passivo o Estado e a pessoa lesada por tal
falsidade, objeto material documento público ou particular e objeto jurídico é a fé
pública.

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Artigo 304, CP – Uso de documento falso.
No Art. 304 do Código Penal, é abordado sobre o uso de documentos falsos:
“Fazer uso de qualquer dos papéis falsificados ou alterados, a que se referem os
arts. 297 a 302:
Pena - a cominada à falsificação ou à alteração.” De acordo com o
doutrinador Guilherme Nucci, tal crime apenas pode ser consumado quando um
indivíduo distinto daquele em que falsificou o documento, realiza a prática de
apresentar tal documento falso em alguma ocasião juridicamente relevante. É de
suma importância ressaltar que apenas portar o documento falso não configura o
tipo penal, já que o mesmo se refere a “fazer uso”. A pena de tal crime pode variar
de acordo com a natureza do documento, podendo ele ser público ou privado. Por
fim é importante ressaltar que tal artigo abrange a respeito de usar documentos
falsos mediante os arts. 297 a 302 que se dão por: 297 – falsificar documento
público (pena: reclusão, de dois a seis anos e multa), 298 – falsificar documento
particular (pena: reclusão, de um a cinco anos e multa), como citado acima 299-
falsidade ideológica (pena: reclusão, de um a cinco anos e multa em caso de
documento público ou reclusão, de um a três anos e multa em caso de documento
particular), 300 – falso reconhecimento de firma ou letra (pena: reclusão, de um a
cinco anos e multa em caso de documento público ou reclusão, de um a três anos e
multa em caso de documento particular), 301 – certidão ou atestado
ideologicamente falso (pena: detenção, de dois meses a um ano), 302 – falsidade de
atestado médico (pena: detenção, de um mês a um ano).
Por fim, novamente citando o doutrinador Guaracy temos uma classificação
doutrinária: crime comum, formal, comissivo, doloso, de forma livre, não transeunte,
de perigo e não admite tentativa. Tem como sujeito ativo qualquer pessoa que não
falsificou o documento e sim que utilizou do mesmo. Já seu sujeito passivo, temos o
Estado e a pessoa afetada pelo delito. O objeto material é dado pelos papéis
falsificados ou alterados, enquanto o objeto jurídico é a fé pública.
Artigo 311-A, CP – FRAUDES EM CERTAMES DE INTERESSE PÚBLICO.
O Artigo 311-A do Código Penal Brasileiro, aborda as fraudes em certames de
interesse público, “Art. 311-A. Utilizar ou divulgar, indevidamente, com o fim

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de beneficiar a si ou a outrem, ou de comprometer a credibilidade do certame,
conteúdo sigiloso de:
I - Concurso público;
II - avaliação ou exame públicos;
III - processo seletivo para ingresso no ensino superior; ou
IV - Exame ou processo seletivo previstos em lei:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem permite ou facilita, por qualquer meio, o
acesso de pessoas não autorizadas às informações mencionadas no caput.
§ 2º Se da ação ou omissão resulta dano à administração pública:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa.
§ 3º Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se o fato é cometido por funcionário
público.” Tal artigo diz respeito à um crime onde um conteúdo sigiloso é
vasado para uma pessoa ou mais, com intenção de uma “sabotagem”. Tal
crime tem classificação doutrinária: crime comum (crime próprio no §3º), de
conteúdo variado, formal, comissivo ou omissivo, doloso, de perigo (de dano
no §2º) e admite tentativa no §1º. Tem por sujeito ativo qualquer pessoa que
está na disputa em um certame de natureza pública. Já o sujeito passivo é o
Estado e as pessoas afetadas pelo uso das informações sigilosas. Tem como
objeto material a utilização ou divulgação do conteúdo sigiloso. Por fim, seu
objeto jurídico é a fé pública.

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