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Penal - Gilaberte:

 Sobre a inaplicabilidade da imunidade absoluta e relativa ao crime de roubo/extorsão


ou quando haja emprego de grave ameaça ou violência à pessoa: possível aplicação se
roubo/extorsão + violência IMPRÓPRIA

 Sobre a impossibilidade de desclassificação estupro de vulnerável para importunação


sexual em decorrência da violência/grave ameaça naquele (STF). Possível
desclassificar estupro de vulnerável para importunação sexual (crime de forma livre,
ainda que violência grave ameaça, desde que não caracterize o estupro).

 Sobre a possibilidade de assédio sexual entre professor/aluno (STF): ATÍPICO, sem


hierarquia.
 Sobre o furto ser simples se a destruição/rompimento ser para o furto do próprio
veículo: nessa hipótese é furto qualificado também.

 Sobre a aplicação da majorante do roubo de furto noturno: aplicável ainda que


extramuros de veículo na frente de residência.

 Sobre a impossibilidade de aplicação da majorante do roubo por concurso no tipo de


furto: aplicável frente a inconst. do art. 155, §4º, IV.

 Busato: inexiste DIREITO de punir (estado não exige nada para si), mas DEVER de punir
exigidos pelos demais indivíduos.

 Verificar em alguns casos eventual PRESUNÇÃO RELATIVA de VULNERÁVEL no


estupro no caso ENTRE 12-14 ANOS (salvo no consentimento PROSTITUIÇÃO);

 CONCURSO MATERIAL entre crime de ESTUPRO VULNERÁVEL e SATISFAÇÃO P


LASCÍVIA (218-A) e crimes ECA (salvo 241-D, aliciar, assediar, instigar, constranger p/
atos libidinosos);

 RESULTADOS QUALIFICADOS NO ESTUPRO DE VULNERÁVEL ADVIR TANTO


DOLOSAMENTE QUANTO CULPOSAMENTE (doutrina majoritária entende ser
preterdolosa)

 Produto da NIKE por ambulante = crime contra propriedade industrial (L. 9279/96);
ALTO RENOME = AUMENTO 1/3 a METADE; prescrição de 6 meses a partir do
conhecimento pelo autor; independente do 529 do CPP sobre os 30 dias da
apreensão/perícia; reconhecimento da PPP em abstrato pelo Delegado;
CONDICIONADA A REPRESENTAÇÃO (salvo crime de reproduzir/imitar para induzir
em erro ou confusão)

Art. 190, L. 9.279/96 (PROPRIEDADE INDUSTRIAL. Comete crime contra registro de


marca quem importa, exporta, vende, oferece ou expõe à venda, oculta ou tem em
estoque: I - produto assinalado com marca ilicitamente reproduzida ou imitada, de
outrem, no todo ou em parte; ou II - produto de sua indústria ou comércio, contido
em vasilhame, recipiente ou embalagem que contenha marca legítima de outrem.
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) meses, ou multa.

Art. 196. As penas de detenção previstas nos Capítulos I, II e III deste Título serão
aumentadas de um terço à metade se: I - o agente é ou foi representante,
mandatário, preposto, sócio ou empregado do titular da patente ou do registro, ou,
ainda, do seu licenciado; ou II - a marca alterada, reproduzida ou imitada for de alto
renome, notoriamente conhecida, de certificação ou coletiva.

 Crime de Discriminação HIV/AIDS. Art. 1º, L. 12.984/14. Constitui crime punível com
reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa, as seguintes condutas discriminatórias
contra o portador do HIV e o doente de aids, em razão da sua condição de portador
ou de doente: I - recusar, procrastinar, cancelar ou segregar a inscrição ou impedir que
permaneça como aluno em creche ou estabelecimento de ensino de qualquer curso
ou grau, público ou privado; II - negar emprego ou trabalho; III - exonerar ou demitir
de seu cargo ou emprego; IV - segregar no ambiente de trabalho ou escolar; V -
divulgar a condição do portador do HIV ou de doente de aids, com intuito de
ofender-lhe a dignidade; VI - recusar ou retardar atendimento de saúde.

 Sobre o crime do art. 1º, I (MATERIAL – reclusão 2 a 5 anos e multa) e art. 2º, I
(FORMAL – detenção 6 meses a 2 anos e multa) da L. 8.137, Gilaberte entende que no
art. 1º visa-se ocultar o FATO GERADOR da obrigação tributária, enquanto o art. 2º
não há ocultação do fato gerador, a conduta recai sobre a
CONSTITUIÇÃO/EXCLUSÃO/EXTINÇÃO do crédito tributário. Discorre que o d. penal
tributário é contra a moral, bons costumes, dez mandamentos e contra a ordem
cosmológica.

 Poluição sonora = art. 42, III, Lei de CONTRAVENÇÕES penais: Art. 42. Perturbar
alguem o trabalho ou o sossego alheios: I – com gritaria ou algazarra; II – exercendo
profissão incômoda ou ruidosa, em desacordo com as prescrições legais; III –
abusando de instrumentos sonoros ou sinais acústicos; IV – provocando ou não
procurando impedir barulho produzido por animal de que tem a guarda: Pena – prisão
simples, de quinze dias a três meses, ou multa, de duzentos mil réis a dois contos de
réis.

Vedado enquadrar no art. 54 da L. 9.605/98 pois os danos SONOROS a saúde


humana (POTENCIAIS/EFETIVOS) não são INTRÍNSECOS/DIRETOS (por si só) para a
saúde humana; não alcança o bem jurídico tutelado. O art. 59 que dispunha sobre a
referida criminalização foi VETADA pelo PR. Ainda, o art. 60 não se mostra adequado
sob o princípio da legalidade estrita/taxatividade.

 Art. 10, L. 105/01. A quebra de sigilo, fora das hipóteses autorizadas nesta Lei
Complementar, constitui crime e sujeita os responsáveis à pena de reclusão, de um a
quatro anos, e multa, aplicando-se, no que couber, o Código Penal, sem prejuízo de
outras sanções cabíveis. Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem omitir,
retardar injustificadamente ou prestar falsamente as informações requeridas nos
termos desta Lei Complementar.
QUEBRAR SIGILO: INTRUSÃO = COMUM X REVELAÇÃO = PRÓPRIO.
Possível Advogado como coautor ou partícipe.

 Potencialidade lesiva: mutação da verdade (juridicamente relevante) + imitação da


verdade (apta a lubridiar)
Imitação grosseira = crime contra o PATRIMÔNIO (estelionato, não contra FÉ PÚBLICA
(falsidades)
Súmula 73, STJ: A utilização de papel moeda grosseiramente falsificado configura, em
tese, o crime de estelionato, da competência da Justiça Estadual.
*Trocar sua foto por uma mais fotogênica em Carteira de Conselho Profissional
ausente MUTAÇÃO da VERDADE = atípico
*Mudar sua foto na IDENTIDADE = falsidade de documento público (art. 297) se
POTENCIALIDADE LESIVA;
*Nota de três reais ausente IMITAÇÃO da verdade para crime de moeda falsa; possível
subsistir estelionato;

2) Definir se objeto material da conduta é um documento:


Conceito restrito de documento: coisa MÓVEL que prove um FATO ou a realização de
um ATO com RELEVÂNCIA JURÍDICA; Documento via de regra é papel escrito, mas nem
todo papel escrito tem força probante; possível tela, pedra, mármore, papiro.
Tecnologia: documento digital (assinado digitalmente pelo ICP).
PORTABILIDADE documental é o único requisito razoável para um SUPORTE.
Necessária FORMA ESCRITA (ainda que não idioma; estenografia, compreensível grupo
determinados); AUTOR DETERMINADO OU DETERMINÁVEL; CONTEÚDO
JURÍDICAMENTE RELEVANTE;
*Fotocopia como copia = NÃO É DOCUMENTO, será crime de FALSA IDENTIDADE. Se
autenticar em cartório adquire caráter documental para tipificar o FALSO.

3) Falsidade material (FORMA E CONTEÚDO; falsidade sobre o suporte; pessoa sem


autorização; adulteração e supressão info originais) x ideológica (exclusivamente
CONTEÚDO; suporte verdadadeiro e pessoa autorizada)
*Médico atesta falsamente = ideológica;
*Paciente subtrai receituário e preenche = material (não autorizada).
*Pessoa imprime talonário falso = material (suporte falso)
*Falsidade MATERIAL de doc. público 297; falsidade material de doc PARTICULAR 298;
falsidade IDEOLÓGICA 299.
***297, §3º = Falsidade IDEOLÓGICA inserida no tipo penal da falsidade MATERIAL;
§ 3o Nas mesmas penas incorre quem insere ou faz inserir: I – na folha de pagamento
ou em documento de informações que seja destinado a fazer prova perante a
previdência social, pessoa que não possua a qualidade de segurado obrigatório; II – na
Carteira de Trabalho e Previdência Social do empregado ou em documento que deva
produzir efeito perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria
ter sido escrita; III – em documento contábil ou em qualquer outro documento
relacionado com as obrigações da empresa perante a previdência social, declaração
falsa ou diversa da que deveria ter constado.
4) Doc. falsificado é PUBLICO (emitido por ÓRGÃO PÚBLICO e em sua ATIVIDADE
TÍPICA; autorregulação) ou PARTICULAR (garante das normas)
*Desnec. que doc seja substancialmente público; basta formalmente (declaração de
vontade lavrada em instrumento público em cartório; doc. público, embora conteúdo
particular).
*Doc. PÚBLICO por EQUIPARAÇÃO (§2º): os oriundos de entidades paraestatais; os
títulos ao portador ou transmissíveis por endosso (se nominativos ou não mais
passíveis de transmissão por endosso, não existirá a equiparação); as ações de
sociedades mercantis (sociedades anônimas e em comandita por ações); o testamento
particular; os livros mercantis.
*298 p. ú. EQUIPARA A doc PARTICULAR cartão de DÉBITO ou de CRÉDITO: Crítica
Gilabarte: nãoo comprova fato juridicamente relevante; não se trata de falsidade
documental propriamente dita; crime autônomo e de forma anômala inserido dentro
das hipóteses de falsidade DOCUMENTAL particular. STJ entende que se trata de
DOCUMENTO; Pro STJ então a L. 12.737/12 comportamento prévio ainda será
falsidade documental, apenas explicitou; Gilaberte entende que se trata de novatio
legis incriminadora (irretroativa);

5) Ato meramente propositivo ou ausência de valor probatório intrínseco: não há


falsidade se veracidade será necessariamente checada ou imprescindível juízo de valor
sobre conteúdo.
*Não há falsidade sobre declaração de hiposs.
*Não há falsidade se adv troca folha da PI após protocolo; será analisada pelo
Judiciário e alvo de contraditório/ampla defesa.

6) Verificar conflito aparente de normas e p. especialidade: 297/298/299 falsidade


ampla; há o 302 falsidade IDEOLÓGICA de atestado médico; registrar como seu o filho
de outrem - parto suposto (242); registro nascimento inexistente (241); falsidade nota
fiscal (art. 1, III, L. 8.1379/90).

7) Verificar absorção da falsidade por crime fim


Se falso se exaure no estelionato é por ele absorvido; possível raciocínio no caso de
furto mediante fraude; descaminho;
*Falsidade para encobrir crimes PRÉVIOS não serão desprovidas de repercussão
jurídico-penal; concurso material;
*Gilaberte discorda da decisão do STJ que falsidade absorve crime de uso de
documento falso (pós-fato impunível; exaurimento); Gilaberte entende que uma vez
que a falsificação é feito para o USO, ESTE (USO DE DOCUMENTO FALSO) prevalece
sobre aquele.
*Falsa identidade (307) é absorvida pela falsidade documental se tal fraude for
elemento da conduta do falsário/usuário do documento.

 P. lesividade/ofensividade: vedado atitude interna; não exceda autor; estados


existenciais; não afetem bem jurídico

 §13 do art. 129 CP = contra a mulher, por condição do sexo feminino = sexo como
GÊNERO; axiológico; natureza SUBJETIVA (ao contrário do decidido pelo STJ)
*Se a violência doméstica contra a mulher NÃO É BASEADA no gênero aplica-se o
§9º.
*§13 por questão de coerência se aplica somente na lesão LEVE, se qualificada pelo
resultado será no §º1 a 3º.
*Aumenta-se 1/3 se §1 a §3 em ambiente doméstico (§10); aumenta-se 1/3 se
violência doméstica contra deficiente (§11); inaplicável se nas condições do §13
(sexo feminino) ou §11 (deficiente)

 Dano emocional à mulher (147-B): gênero feminino; possível transgênero; praticado


por qualquer pessoa (indep. relações); (se no âmbito das relações domésticas =
violência psicológica nos termos da penha); PREJUÍZO A SAÚDE PSICOLÓGICA E
AUTODERMINAÇÃO; (CRIME MATERIAL; DUPLO RESULTADO; consumação
quando o último resultado ocorrer; possível simultaneidade; possível
tentativa)
*Lesão psíquica também punível no 129, salvo se elementares 147-B (expressamente
subsidiário a crimes mais graves)

*Menosprezo a mulher + síndrome de pânico e reclusa = art. 129, §13; o art. 147-B é
menos grave (expressamente subsidiário); igualmente se lesão qualificada pelo
resultado;
*Se não é em razão do sexo feminino + é leve; = 147-B, se dano saúde psíquica + prej.
autodeterminação (se inexistir = 129, caput).
*Mãe + violência psicológica contra filha (sem ser em razão do gênero): art. 129, §9º
(det. 3 meses a 3 anos, (147-B é IMPO reclus. 6m – 2anos)
*147-B (violência emocional) prevalece sobre crimes contra a honra (exceto injuria
por preconceito), sobre constrangimento ilegal, ameaça, perseguição.
*"Pertubar pleno desenvolvimento" viola a taxatividade/legalidade; inconst.;
qualquer forma de tolhimento de potencialidade;
*Crítica Gilaberte: insignificância do abalo x súmula stj e julg. stf da inviável insig. na
penha.

P. Penal – Paulo Rangel:

 P. devido processo legal é reitor de todo arcabouço jurídico processual; todos outros
derivam dele.

 Imparcialidade inerente ao exercício da jurisdição; afasta possibilidade de influência;


compromisso com a verdade;

 Sobre o indiciamento ser ato privativo da autoridade policial, Rangel discorda e


entende possível a requisição do indiciamento pelo MP ao Delegado. Embora
concorde que seja vedado ao Juiz.

 Inconstitucionalidade da audiência por videoconferência; devido processo legal; juiz


natural; ampla defesa; contraditório; publicidade;
 Direito Penal e Processual Penal INSTRUMENTOS DE GARANTIA;

 Ampla defesa = TÉCNICA (indisponível) + AUTODEFESA (disponível)

 “Qual seja: entendemos que o instituto despenalizador da suspensão condicional do


processo passa a ser aplicado aos crimes cuja pena mínima cominada for igual ou
inferior a DOIS anos. Vejamos o porquê. É cediço que, com o advento da Lei nº
9.099/1995, criaram-se três espécies de infração penal: a de menor potencial ofensivo
(crimes com pena máxima não superior a um ano); a de médio potencial ofensivo
(crimes com pena mínima não superior a um ano) e a de alto potencial ofensivo
(crimes com pena mínima acima de um ano). A primeira (menor potencial ofensivo) é
julgada no JECRIM e admite sempre, em tese, a suspensão condicional do processo.
A segunda (médio potencial ofensivo) é julgada no juízo singular e não no JECRIM e
admite, também, a suspensão condicional do processo e, por isso, é chamada de
médio potencial ofensivo. A terceira (alto potencial ofensivo) é julgada no juízo
singular e não no JECRIM e nunca admite a suspensão condicional do processo. Pois
bem. Veja-se que o quantum de pena (um ano) era regulador do conceito de infração
penal de menor potencial ofensivo e da suspensão condicional do processo, sendo
que, na primeira hipótese (menor potencial), a pena era a máxima e, na segunda
hipótese (médio potencial), a pena era a mínima. O que aconteceu com o advento da
Lei nº 10.259/2001? Aumentou-se o conceito de infração penal de menor potencial
ofensivo, passando o quantum de pena máxima para dois anos. Ora, não faz sentido
que o quantum de pena para se conceder a suspensão condicional do processo
permaneça em um ano. Nesse caso, os princípios da razoabilidade e da simetria
devem ser chamados à colação, bem como a interpretação sistemática e teleológica
deve ser feita..” – 29ª Edição do Manual de Processo Penal.

 A despeito do STF entender que NÃO vigora na ação penal pública o princípio da
INDIVISIBILIDADE, Rangel entende também aplicável (art. 77, I e 79 CPP);
consequência p. obrigatoriedade da ação penal pública

 ANPP = MP discricionariedade regrada (afast. se JUSTIFICADO); poder-dever do MP


se presente req.; analogia ao 28 CPP, Juiz não pode oferecer.

 Sobre a majoritária impossibilidade de HC após trânsito julgado, Rangel entende


cabível; ação autônoma de impugnação, inclusive contra autoridades administrativas,
instaurando nova relação jurídica, independente daquela que deu origem a
instauração.

 CPP determina que a autoridade de polícia de atividade judiciária - ressalta-se, para


examinador não existe polícia judiciária, é a atividade dela que é de caráter
judiciário. É a polícia que atua após o cometimento do crime, polícia de
investigação, de repressão. Voltando, as polícias de atividade judiciária então: “No
Brasil exercida, em regra, pelas polícias civil e federal faça comunicação, imediata,
ao juiz competente no prazo de 24 horas. Antes esse prazo era da prática
forense, agora é lei. Caso a comunicação não seja feita em 24 horas haverá excesso
de prazo na prisão e, consequentemente, passará ela a ser ilegal, cabível de
relaxamento de prisão (art. 5º, LXV, da CR). Aqui, uma distinção: a prisão em
flagrante, em si, é legal, porém a demora em comunicá-la ao juiz no prazo de
24 horas é que a torna ilegal

 Sobre o estelionato e a condição de PROCEDIBILIDADE: se o fato é anterior a


entrada em vigor da Lei 13.964/19 (23 de Janeiro de 2020) e a denúncia será
oferecida já na sua vigência necessitará da representação do ofendido, mas se o
fato for anterior a entrada em vigor da Lei e já foi ofertada a denúncia não há
necessidade de chamar a vítima para representar em juízo." *Respeito ao ato
jurídico perfeito.

 Sobre o domicílio da vítima no caso de sem provisão de fundos: "Tratando-se de


regra de garantia de competência territorial, ela será
aplicada desde logo aos inquéritos policiais em curso, isto é, a autoridade
policial remeterá o inquérito policial para o local de domicílio da vítima,
comunicando o fato ao Ministério Público. O MP deverá também declinar de sua
atribuição e remeter o IP à Promotoria de Justiça do local do domicílio do
lesado (...)
Processo criminal em curso quando da entrada em vigor da Lei: princípio da
perpetuatio jurisdicionis; processo fica no foro em que está. Não haverá
declínio de competência."

 Autoridade policial poderá conceder FIANÇA a todos os crimes punidos com


reclusão de até 4 anos OU MULTA alternativamente (cabível susp. cond. do
processo) além de TODOS OS CRIMES PUNIDOS COM DETENÇÃO INDEPEND.
DA PENA (exemplo art. 7, L. 8.137; relação de consumo); critério QUALITATIVO DA
PENA;

 Sistema inquisitivo, o juiz não forma seu convencimento diante das provas dos
autos que lhes foram trazidas pelas partes, mas visa convencer as partes de sua
íntima convicção, pois já emitiu, previamente, um juízo de valor ao iniciar a
ação.
Assim, o examinador aponta algumas características próprias do sistema
inquisitivo, a dizer: 1. as três funções (acusar, defender e julgar) concentram-se
nas mãos de uma só pessoa, iniciando o juiz, ex officio, a acusação, quebrando,
assim, sua imparcialidade; 2. o processo é regido pelo sigilo, de forma secreta,
longe dos olhos do povo; não há o contraditório nem a ampla defesa, pois o
acusado é mero objeto do processo e não sujeito de direitos, não se lhe
conferindo nenhuma garantia; 3. o sistema de provas é o da prova tarifada ou
prova legal e, consequentemente, a confissão é a rainha das provas.

Já o sistema acusatório, antítese do inquisitivo, tem nítida separação de


funções, ou seja, o juiz é órgão imparcial de aplicação da lei, que somente se
manifesta quando devidamente provocado; o autor é quem faz a acusação
(imputação penal + pedido), assumindo, segundo a posição do examinador
todo o ônus da acusação, e o réu exerce todos os direitos inerentes à sua
personalidade, devendo defender-se utilizando todos os meios e recursos
inerentes à sua defesa. Assim, no sistema acusatório, cria-se o actum trium
personarum, ou seja, o ato de três personagens: juiz, autor e réu.

 MS jurídico processual cabível quando o civilmente identificado é intimado para


comparecer à delegacia de polícia para se submeter à identificação criminal; o
que está em jogo é o direito líquido e certo assegurado no inciso LVIII do art.
5o da CRFB (Art. 5 - LVIII - o civilmente identificado não será submetido a
identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei ).*Discordamos de
parte da doutrina e da jurisprudência quando entende que a hipótese é de habeas
corpus, pois, neste caso, o objeto tutelado é a liberdade de locomoção, que em
nenhum momento está ameaçada.

P. Penal – Carlos Rangel

 Posição PROSPECTIVA/PROJETIVA do P. PENAL; realizar o projeto constitucional;


Constitucionalização da INVESTIGAÇÃO POLICIAL; CF pautada no garantismo,
irradia para o ordenamento.

 Crítica sobre ROTULAR o garantismo; deve ser lido como uma CONCEPÇÃO
(limitação poder estatal e garantir direitos individuais)

P. Penal – Alan Luxardo

 Independência funcional e autonomia IMPLÍCITA ao Delegado; agentes POLÍTICOS;


exame de todos elementos do crime pela autoridade policial; art. 310 não recep. pela
CF (?); necessária interp. conforme a CF.

P. Penal – Alexandre Abrahão

 In dubio pro societate = alimentação antidemocrática nas decisões de pronúncia;


necessário mecanismos rígidos na análise de provas na primeira fase; Sauvei Lai – in
dubio pro societate = MP = probabilidade; se há alguma chance deveria arquivar e
não acusar temerariamente; danos jurídicos, morais, sociais e emocionais da
sujeição processual. Juiz = certeza;
Adm –

 Rafael Carvalho ao contrário do Matheus Carvalho, entende que fonte


direta/imediata de D. ADM é a que tem força pra gerar a norma: lei e costumes (salvo
os contra legem); fonte autônoma;

 Rafael Carvalho excepciona a presunção de legitimidade e veracidade: 1) atos


privados da adm; 2) manifestamente ilegais; 3) atos de prova de fato negativo
particular;

 Rafael Carvalho: silêncio da adm irá gerar efeito: 1) negativos; 2) processual


(superior/organismo); 3) positivo (opção legislador).

 Rafael Carvalho refuta a tipicidade como um atributo de todos os atos administrativos,


afirma que embora deva se respeitar o ordenamento jurídico, apenas os atos
administrativos sancionatórios devem necessariamente estar previsto.

 Rafael Carvalho critica posicionamento do STF de afastar o nepotismo para cargos


políticos, pois, uma vez que o princípio da moralidade é um princípio geral aplicável,
indistintamente, a toda a Administração Pública, alcançando, inclusive, os cargos de
natureza política.

 Afetação/Desafetação: Expresso/Formal: LEI ou ATO Administrativo; Tácito/Material:


FATO administrativo (desapro. Indireta/incêndio); simetria/hierarquia dos atos; a
afetação/desafetação não decorre da utilização ou não dos administrados;

Const -

 Sauvei Lai: crítica do julgamento do STF da impossibilidade de ingresso residência sem


autorização judicial no caso de visualizar manipulação: “insegurança, porque a própria
corte, em maio de 2021, reputou idônea a invasão domiciliar sem mandado juidical,
quando “ao chegarem no local, os policiais sentiram um forte ODOR de maconha
(REsp 1.921.191/ MG). Assim, parece que o STJ, contraditoriamente (a meu sentir),
entendeu ser mais confiável o olfato dos policiais que a visão (...) aguardo
ansiosamente a posição do STF nesta polêmica da qual chamo de ‘TEORIA DA
PREVALÊNCIA DOS CINCO SENTIDOS”.

 Marcelo Xavier: inconstitucional e ilegal lavratura do TC por policial militar; fragiliza o


controle externo de legalidade (garantia const. do cidadão);

 Paulo Rangel: lei do JECRIM dispõe sobre a lavratura do TC pela autoridade policial
que tomar conhecimento, essa autoridade é o DELEGADO DE POLÍCIA, não é possível
aplicar o p. único do art. 4 do CPP para eventual cabimento das autoridades
administrativas.
 Marcelo Xavier: Controle externo = legalidade; PC apura INFRAÇÕES PENAIS; PM a
PRESERVAÇÃO DA ORDEM PÚBLICA (função de polícia preventiva e judiciária;
inquérito policial militar); Delegado de Polícia que realiza controle externo sobre a
ATIVIDADE-FIM (preventiva) da PM, o MP apenas realiza o controle externo sobre a
função de polícia judiciária-militar. Crítica as “centras de inquérito” (remessa direto
do IP ao MP sem submeter ao juiz); ofende o controle externo.

 1) Limites TRANSCENDENTES: ao const. MATERIAL: imperativos d. natural; valores


éticos; consciência jurídica coletiva; limites imanentes: 2) Limites IMANENTES: ao
const. FORMAL: configuração/identidade do Estado; cada CF é um momento na
marcha histórica; aspectos de SOBERANIA e FORMA; Limites HETERÔNOMOS:
conjugação com OUTROS ORDENAMENTOS JURÍDICOS.

Civil

 Anderson Schreiber: para a transmissão de créditos ter efeitos perante terceiros =


instrum. PÚBLICO ou PARTICULAR; DEVEDOR NÃO É CONSIDERADO TERCEIRO; basta
notificação para eficácia (não se aplica o 288 do CC)
E. 618, VIII, JDC. O devedor não é terceiro para fins de aplicação do art. 288 do Código
Civil, bastando a notificação prevista no art. 290 para que a cessão de crédito seja
eficaz perante ele.

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