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em Face do Perito
Considerações Iniciais
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• Os(as) peritos(as) judiciais assumem voluntariamente elevados
deveres públicos, assimilando os rigores de uma relação de sujeição
especial mantida com o Estado.
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• Tais normas repercutem nos deveres positivos e negativos dos
peritos. Trata-se de exigir desses profissionais certos deveres
públicos, marcadamente aqueles relacionados à probidade
administrativa, requisito geral de toda e qualquer função
pública.
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• Um laudo ilícito, confeccionado com desvio de poder, sem
suporte em regras técnicas e racionais, pode refletir o
enriquecimento sem justa causa de alguém, em desfavor do
outro.
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• O(a) Perito(a) é considerado funcionário público
transitório.
CÓDIGO PENAL
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Funcionário público:
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§ 1º As penas aumentam-se de um sexto a um terço, se o crime é
praticado mediante suborno ou se cometido com o fim de obter
prova destinada a produzir efeito em processo penal, ou em
processo civil em que for parte entidade da administração pública
direta ou indireta. (Redação dada pela Lei nº 10.268, de
28.8.2001)
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Parágrafo único. As penas aumentam-se de um sexto a um
terço, se o crime é cometido com o fim de obter prova destinada
a produzir efeito em processo penal ou em processo civil em
que for parte entidade da administração pública direta ou
indireta. (Redação dada pela Lei nº 10.268, de 28.8.2001)
Falsidade Ideológica:
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Parágrafo único - Se o agente é funcionário público, e
comete o crime prevalecendo-se do cargo, ou se a
falsificação ou alteração é de assentamento de registro civil,
aumenta-se a pena de sexta parte.
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Falsidade de atestado médico:
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§ 1º Se o agente é funcionário público, e comete o crime
prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de sexta parte.
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Exploração de prestígio:
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DECRETO-LEI Nº 3.689, DE 3 DE OUTUBRO DE 1941.
CÓDIGO DE PROCESSO PENAL
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Parágrafo único. Incorrerá na mesma multa o perito que, sem justa
causa, provada imediatamente:
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• Art. 280. É extensivo aos peritos, no que Ihes for
aplicável, o disposto sobre suspeição dos juízes.
Sentença proferida pelo juiz José Domingues Filho, titular da 6ª Vara Cível de
Dourados, julgou parcialmente procedente a ação de improbidade administrativa
movida pelo Ministério Público contra um psicólogo, condenado ao pagamento de
multa civil de 100 vezes o valor dos honorários periciais, suspensão dos direitos
políticos por cinco anos e proibição de contratar com o Poder Público ou receber
incentivos e benefícios por três anos.
O Ministério Público ingressou com ação civil pública contra o psicólogo R. de O.U.
porque, valendo-se de sua função pública, exigia vantagem indevida de familiares de
detentos para emissão de laudo pericial favorável, elaborada com a função de avaliar a
possibilidade de concessão de progressão de regime de cumprimento de pena, como
concessão de livramento condicional. Alega o MP que sua conduta foi desonesta e
desleal, causando danos ao erário público.
Atuando como perito nomeado pelo juiz da execução penal, o réu foi preso em
flagrante delito porque exigiu de G.A.A. a quantia de R$ 800,00 para expedir laudo
psicológico jurídico favorável ao seu filho preso.
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Em contestação, o réu afirmou que jamais procurou qualquer familiar de preso, assim
como não exigiu vantagem para elaboração de laudos, e que o fato ocorrido em 5 de
outubro de 2012 foi claramente um flagrante preparado.
Para o juiz que proferiu a sentença, José Domingues Filho, o flagrante preparado,
embora atípico penalmente, não desnatura a conduta ímproba do agente público e,
tendo em conta a gravidade extrema do comportamento, por advir de perito nomeado
como pessoa de confiança do juiz da execução penal, como atestam os autos, a
improbidade em tela deve ser apenada na forma máxima do inciso III do art. 12 da Lei
de Improbidade Administrativa.
Processo nº 0802071-
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