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Evolução histórica:

Pericial: legispericiais

Legislativa: elaboração e revisão das leis

Doutrinária: discussão dos institutos jurídicos

Filosófica: ética, moral e bioética médica

 Constitutio Criminalis Carolina (primeiro documento exigindo perito médico nos


exames de delitos.
 Brasil com influência da França;
 Fases no BR: Estrangeira – Transição (Agostinho José - UFRJ) –
Nacionalização (Raimundo Nina – Bahia).
Ramos:

Antropologia: identidade/identificação

Traumatologoia: lesões corporais e energias; diagnóstico,


prognóstico e implicações legais.

Sexologia: delitos contra dignidade e liberdade sexual

Tanatalogia: estudo da morte e do morto

Toxicologia: venenos e cáusticos

Asfixiologia: asfixias, mecanismos e sinais

Psicologia/Psiquiatria: resp. civil, capacidade civil, doentes


mentais e oligofrênicos

Medicina Legal Desportiva: questões do esporte

Criminalística: dinâmica do crime

Criminologia: delito, delinquente, vítima e controle social

Infortunística: acidentes, doenças de trabalho/profissionais

Genética médico-legal: vínculo genético

Vitimologia: papel da vítima no crime

Policiologia científica: auxílio investigações policiais


Perícia médico-legal: procedimentos médicos e técnicos para esclarecimento de fato
de interesse da Justiça. O EXAME materializa-se nos LAUDOS.
Parte OBJETIVA: Alterações visíveis (visum et repertum); “DESCRIÇÃO”
Parte SUBJETIVA: valoração da parte objetiva; “DISCUSSÃO”
Perícia poderá ser: sobre o fato a analisar (percipiedi) – qualitativa e quantativa ou
sobre uma perícia já realizada (deducendi); discordância das partes.

Prova: elemento demonstrativo da AUTENTICIDADE e VERACIDADE de um FATO.

Sistemas:

Legal/Tarifado: cada um com seu valor

Livre convicção: soberano; sem fundamentação

Livre convencimento motivado/persuasão racional: próprio


convencimento + razões justificadas.

Perito OFICIAL ou AD HOC: diferença no vínculo jurídico/habilitação do perito


(concurso/nomeado).
Responsabilização civil do perito por ato ilícito: ação ou omissão voluntária,
negligência ou imperícia.
CPC: Dolo ou CULPA + inabilitado 2 a 5 anos. Necessário DANO+CONDUTA+NEXO
CAUSAL (T. Obj. Risco Adm).
Crimes:
Violação do segredo profissional
Art. 154 - Revelar alguém, sem justa causa, segredo, de que tem ciência
em razão de função, ministério, ofício ou profissão, e cuja revelação possa
produzir dano a outrem:
(...) Parágrafo único - Somente se procede mediante representação. (...)

Violação de sigilo funcional


Art. 325 - Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva
permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a revelação:
§ 1o Nas mesmas penas deste artigo incorre quem:
I – permite ou facilita, mediante atribuição, fornecimento e empréstimo de
senha ou qualquer outra forma, o acesso de pessoas não autorizadas a
sistemas de informações ou banco de dados da Administração Pública;
II – se utiliza, indevidamente, do acesso restrito.
§2º Se da ação ou omissão resulta dano à Administração Pública ou a
outrem:
Falso testemunho ou falsa perícia
Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como
testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete em processo judicial,
ou administrativo, inquérito policial, ou em juízo arbitral:
§ 1º As penas aumentam-se de um sexto a um terço, se o crime é
praticado mediante suborno ou se cometido com o fim de obter prova
destinada a produzir efeito em processo penal, ou em processo civil em
que for parte entidade da administração pública direta ou indireta.
§ 2º O fato deixa de ser punível se, antes da sentença no processo em que
ocorreu o ilícito, o agente se retrata ou declara a verdade.

Art. 343. Dar, oferecer ou prometer dinheiro ou qualquer outra vantagem


a testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete, para fazer
afirmação falsa, negar ou calar a verdade em depoimento, perícia,
cálculos, tradução ou interpretação:
Parágrafo único. As penas aumentam-se de um sexto a um terço, se o
crime é cometido com o fim de obter prova destinada a produzir efeito em
processo penal ou em processo civil em que for parte entidade da
administração pública direta ou indireta.

Exploração de prestígio
Art. 357 - Solicitar ou receber dinheiro ou qualquer outra utilidade, a
pretexto de influir em juiz, jurado, órgão do Ministério Público, funcionário
de justiça, perito, tradutor, intérprete ou testemunha:
Parágrafo único - As penas aumentam-se de um terço, se o agente alega
ou insinua que o dinheiro ou utilidade também se destina a qualquer das
pessoas referidas neste artigo.

Assistente técnico: contratado pela parte, não está submetido as regras de


suspeição/impedimento. Partes podem indicar dentro de 15 dias da intimação do
despacho da nomeação do perito. Perito possibilita acesso e acompanhamento com
antecedência mínima de 5 dias.
Assistente técnicos não são funcionários públicos, caso de falso no ofício será
falsidade ideológica.
Falsidade ideológica
Art. 299 - Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele
devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa
da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou
alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante:
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é público, e
reclusão de um a três anos, e multa, de quinhentos mil réis a cinco contos
de réis, se o documento é particular
Discussão no CPP com as mudanças do juiz das garantias (salvo I.M.P.O). Antes
apenas poderia indicar no curso do processo judicial, não no IP. Agora cabe ao juiz
das garantias (resp. pela investigação criminal) deferir o pedido de assistente técnico
(art. 3-B). Juiz fixa prazo para apresentar parecer/inquirir em audiência.
Corpo de delito: elementos sensíveis/denunciadores do fato criminoso.
Corpo de delito =/ Exame de Corpo de delito
=/ Corpus Criminis
Vestígios: PERMANENTES
X
TEMPORÁRIOS (transeuntes)
Se permanente indispensável exame, não supridos sequer pela confissão.
Art. 158.  Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame
de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do
acusado.
Parágrafo único. Dar-se-á prioridade à realização do exame de corpo de
delito quando se tratar de crime que envolva: 
I - violência doméstica e familiar contra mulher;  
II - violência contra criança, adolescente, idoso ou pessoa com deficiência. 

Art 159. § 3o  Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de


acusação, ao ofendido, ao querelante e ao acusado a formulação de
quesitos e indicação de assistente técnico.    
    
§ 5o  Durante o curso do processo judicial, é permitido às partes, quanto à
perícia:       
I – requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para
responderem a quesitos, desde que o mandado de intimação e os quesitos
ou questões a serem esclarecidas sejam encaminhados com 
antecedência  mínima de 10 (dez) dias, podendo apresentar as
respostas em laudo complementar;
II – indicar assistentes técnicos que poderão apresentar pareceres em
prazo a ser fixado pelo juiz ou ser inquiridos em audiência.
§ 6º Havendo requerimento das partes, o material probatório que serviu de
base à perícia será disponibilizado no  ambiente do órgão oficial, que
manterá sempre sua guarda, e na presença de perito oficial, para
exame pelos assistentes, salvo se for impossível a sua conservação.      
§ 7º  Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de
conhecimento especializado, poder-se-á designar a atuação de mais de
um perito oficial, e a parte indicar mais de um assistente técnico. 
Art. 161.  O exame de corpo de delito poderá ser feito em qualquer dia e a
qualquer hora.
Exame de corpo de delito: DIRETO: realizado no próprio vestígio existente.
INDIRETO: quando inexistente vestígios, prova
testemunhal, por exemplo.
Falta ou omissão do exame de corpo de delito: NULIDADE processual.
Art. 564.  A nulidade ocorrerá nos seguintes casos:
b) o exame do corpo de delito nos crimes que deixam vestígios, ressalvado
o disposto no Art. 167;
JEC:
§ 1º Para o oferecimento da denúncia, que será elaborada com base no
termo de ocorrência referido no art. 69 desta Lei, com dispensa do
inquérito policial, prescindir-se-á do exame do corpo de delito quando a
materialidade do crime estiver aferida por boletim médico ou prova
equivalente.

Cadeia de custódia: preservação dos vestígios, garantindo a integridade e idoneidade


das amostras, rastreando todo o processo que originou determinada perícia. História
CRONOLÓGICA.
Início pela preservação do local do crime ou com procedimentos policiais ou periciais
no quais seja detectada a existência do vestígio.
Vestígio:
art. 158-A: § 3º Vestígio é todo objeto ou material bruto, visível ou latente,
constatado ou recolhido, que se relaciona à infração penal.   
Pressupõe a existência de um agente provocador (causou ou contribuiu) e um suporte
adequado (local que e materializou).

Vestígio =/ Indício (concluiu a existência de outra (s) circunstâncias (s)

Rigor com a cadeia de custódia assevera o princípio da autenticidade.

Reconhecimento -> Isolamento -> Fixação -> Coleta -> Acondicionamento -> Transporte ->
Recebimento -> Processamento -> Armazenamento -> Descarte.

A relação entre reconhecimento e isolamento é CÍCLICA, podendo haver inversão das etapas
de rastreamento do vestígio (p. da administração; eficiência e otimização), desde que não se
comprometa o objetivo principal da cadeia de custódia.

Cada órgão de perícia oficial de natureza criminal irá detalhar a forma de cumprimento das
etapas.

1º Fase EXTERNA (ainda no local do crime/áreas ligadas): entre a preservação do local até
apresentação dos elementos de prova e chegada do vestígio ao órgão pericial encarregado
para processá-lo.

2º Fase INTERNA (tratamento do vestígio e perícias, armazenamento ou descarte): entrada do


vestígio no órgão pericial até sua devolução juntamente com o laudo pericial ao órgão
requisitante da perícia.

Área IMEDIATA: corpo de delito e seu entorno.

Área MEDIATA: adjacente ao local imediato.

Área RELACIONADA: que não tenha ligação de forma direta.

Perito ao chegar no local verificará o método de busca: LINHA, LINHA CRUZADA,


QUADRANTE ou ESPIRAL.
Excepcionalmente a fase de RECEBIMENTO (transferência) da posse poderá NÃO
estar presente se o mesmo perito que coletou realizar o transporte e providenciar o
exame. Excepcionalmente a fase de RECEBIMENTO estará entre as fases de
PROCESSAMENTO e ARMAZENAMENTO.
O descarte deverá observar a legislação vigente e AUTORIZAÇÃO JUDICIAL.
Contraperícia: nova perícia sobre o anteriormente examinado, se obtém a
CONTRAPROVA.
Coleta PREFERENCIALMENTE realizada por PERITO OFICIAL, mas poderá ser
realizada por AD HOC. Excepcionalmente coleta não será feita pelo perito, caso haja
risco; preferencialmente autorização do Delegado e supervisão do perito.
Art. 158-C. A coleta dos vestígios deverá ser realizada preferencialmente
por perito oficial, que dará o encaminhamento necessário para a central
de custódia, mesmo quando for necessária a realização de exames
complementares.   
§ 1º Todos vestígios coletados no decurso do inquérito ou processo
devem ser tratados como descrito nesta Lei, ficando órgão central de
perícia oficial de natureza criminal responsável por detalhar a forma do seu
cumprimento.   
Observância da cadeia de custódia no INQUÉRITO e no PROCESSO.
Art. 158-D. O recipiente para acondicionamento do vestígio será
determinado pela natureza do material.  
§ 1º Todos os recipientes deverão ser selados com lacres, com numeração
individualizada, de forma a garantir a inviolabilidade e a idoneidade do
vestígio durante o transporte.  
§ 2º O recipiente deverá individualizar o vestígio, preservar suas
características, impedir contaminação e vazamento, ter grau de resistência
adequado e espaço para registro de informações sobre seu conteúdo. 
Acondicionamento para manutenção da integridade do material; LACRADO e
INDIVIDUALIZADO.
Haverá um Central de Custódia para guarda dos vestígios; registro das
movimentações.
Art. 158-E. Todos os Institutos de Criminalística deverão ter uma central de
custódia destinada à guarda e controle dos vestígios, e sua gestão deve
ser vinculada diretamente ao órgão central de perícia oficial de natureza
criminal.   

Art. 158-F. Após a realização da perícia, o material deverá ser devolvido


à central de custódia, devendo nela permanecer.
Parágrafo único. Caso a central de custódia não possua espaço ou
condições de armazenar determinado material, deverá a autoridade
policial ou judiciária determinar as condições de depósito do referido
material em local diverso, mediante requerimento do diretor do órgão
central de perícia oficial de natureza criminal. 
Cadeia de Custódia no CPP:
Art. 6º  Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a
autoridade policial deverá:
I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e
conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais;    
II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados
pelos peritos criminais;         
III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e
suas circunstâncias;
IV - ouvir o ofendido;
V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto
no Capítulo III do Título Vll, deste Livro, devendo o respectivo termo ser
assinado por duas testemunhas que Ihe tenham ouvido a leitura;
VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações;
VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e
a quaisquer outras perícias;
VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se
possível, e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes;
IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista
individual, familiar e social, sua condição econômica, sua atitude e estado
de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer outros
elementos que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e
caráter.
X - colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades e se
possuem alguma deficiência e o nome e o contato de eventual responsável
pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa.    

Art. 169.  Para o efeito de exame do local onde houver sido praticada a


infração, a autoridade providenciará imediatamente para que não se altere
o estado das coisas até a chegada dos peritos, que poderão instruir seus
laudos com fotografias, desenhos ou esquemas elucidativos.
Parágrafo único.  Os peritos registrarão, no laudo, as alterações do estado
das coisas e discutirão, no relatório, as consequências dessas alterações
na dinâmica dos fatos.                

Cadeia de CUSTÓDIA =/ Corpo de DELITO


Procedimento para manter íntegro Resíduos do crime

Art. 158.  Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o


exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a
confissão do acusado.
Parágrafo único. Dar-se-á prioridade à realização do exame de corpo de
delito quando se tratar de crime que envolva:
I - violência doméstica e familiar contra mulher;   
II - violência contra criança, adolescente, idoso ou pessoa com
deficiência.
Perícia tem o destino de INFORMAR e FUNDAMENTAR os elementos que integram o
corpo de delito, preferencialmente estabelecendo a autoria.
Ideia de PROVA, principalmente as cautelares, não repetíveis e antecipada.
Meio DE PROVA =/ Meio de OBTENÇÃO de prova
Endoprocessual Extraprocessual
Contraditório Procedimento
\/
CADEIA DE CUSTÓDIA

Prova ILÍCITA =/ Prova ILEGÍTIMA


D. Material D. Processual
Desentranhadas T. das Nulidades

Art. 157.  São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as


provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas
constitucionais ou legais.
§ 1º São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo
quando não evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou
quando as derivadas puderem ser obtidas por uma fonte
independente das primeiras.          
§ 2º Considera-se fonte independente aquela que por si só, seguindo
os trâmites típicos e de praxe, próprios da investigação ou instrução
criminal, seria capaz de conduzir ao fato objeto da prova.       
§3º Preclusa a decisão de desentranhamento da prova declarada
inadmissível, esta será inutilizada por decisão judicial, facultado às partes
acompanhar o incidente.              
§5º O juiz que conhecer do conteúdo da prova declarada inadmissível não
poderá proferir a sentença ou acórdão. 
Ilícitas = normas constitucionais ou LEGAIS (D. MATERIAL) (div.)
Salvo: T. Fonte Independente
T. Prova Inevitável
Quebra cadeia de custódia propriamente dita =/
Normas de d. processual; ILEGÍTIMA - T. nulidades
Se elemento ESSENCIAL: Nulidade ABSOLUTA
Art. 564.  A nulidade ocorrerá nos seguintes casos:
III - por falta das fórmulas ou dos termos seguintes:
b) o exame do corpo de delito nos crimes que deixam vestígios,
ressalvado o disposto no Art. 167; (desaparecido os vestígios – prova
testemunhal; exame de corpo de delito INDIRETO – sanável nulidade
absoluta).
IV - por omissão de formalidade que constitua elemento essencial do ato.
Se SANÁVEIS: PREJUÍZO + OPORTUNA sob pena de
PRECLUSÃO/CONVALIDAÇÃO – Nulidade RELATIVA.
Art. 572.  As nulidades previstas no art. 564, Ill, d e e, segunda parte, g e h,
e IV, considerar-se-ão sanadas:
I - se não forem arguidas, em tempo oportuno, de acordo com o
disposto no artigo anterior;
II - se, praticado por outra forma, o ato tiver atingido o seu fim;
III - se a parte, ainda que tacitamente, tiver aceito os seus efeitos.
Art. 573.  Os atos, cuja nulidade não tiver sido sanada, na forma dos
artigos anteriores, serão renovados ou retificados.
§ 1º  A nulidade de um ato, uma vez declarada, causará a dos atos que
dele diretamente dependam ou sejam consequência.
§ 2º  O juiz que pronunciar a nulidade declarará os atos a que ela se
estende.
Quebra da cadeia de custódia por máculas anteriores:
Normas de d. material; ILÍCITA (viol. norma PENAL/CONST); desentranhada.
T. dos FRUTOS da ÁRVORES envenenadas.
Salvo: T. fonte independente (provas obtidas de forma independente, sem qualquer
vinculação/dependência).
T. descoberta inevitável (seria obtida de qualquer maneira, com
diligências/atos válidos durante a investigação).

- T. encontro fortuito de provas (serendipidade): deverá verificar de como a diligência


se deu, se de forma ilícita tudo que decorre será ilícito por derivação.
Documentos médico-legais:
Notificações: comunicações compulsórias feitas pelos médicos às autoridades
competentes.
Art. 1º  Constituem objeto de notificação compulsória, em todo o
território nacional, os casos em que houver indícios ou confirmação de
violência contra a mulher atendida em serviços de saúde públicos e
privados.
§ 4º  Os casos em que houver indícios ou confirmação de violência contra
a mulher referidos no caput deste artigo serão obrigatoriamente
comunicados à autoridade policial no prazo de 24 (vinte e quatro)
horas, para as providências cabíveis e para fins estatísticos.
Atestados: certificados; firmam a veracidade de um fato/existência de determinado
estado, ocorrência ou obrigação.
Não há necessidade de formalidade sobre o compromisso legal, deve ser firmado por
médico no exercício regular da medicina. Quem o concede poderá cometer os crimes
do 301 e 302 do CP e infração ética.
Certidão ou atestado ideologicamente falso
Art. 301 - Atestar ou certificar falsamente, em razão de função pública, fato
ou circunstância que habilite alguém a obter cargo público, isenção de
ônus ou de serviço de caráter público, ou qualquer outra vantagem:
Pena - detenção, de dois meses a um ano.
Falsidade material de atestado ou certidão
§ 1º - Falsificar, no todo ou em parte, atestado ou certidão, ou alterar o teor
de certidão ou de atestado verdadeiro, para prova de fato ou circunstância
que habilite alguém a obter cargo público, isenção de ônus ou de serviço
de caráter público, ou qualquer outra vantagem:
Pena - detenção, de três meses a dois anos.
§ 2º - Se o crime é praticado com o fim de lucro, aplica-se, além da pena
privativa de liberdade, a de multa.
Falsidade de atestado médico
Art. 302 - Dar o médico, no exercício da sua profissão, atestado falso:
Pena - detenção, de um mês a um ano.
Parágrafo único - Se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica-se
também multa.
Atestado: - Administrativo: fatos relativos ao servidor público
- Judicial: solicitação da administração da Justiça
- Oficiosos: interesse das pessoas física ou jurídica
Prontuário: registro da amnese do paciente: resguarda e aponta responsabilidade
jurídico-penal.
Relatório: documento médico-legal mais minucioso da parecia médica; responde à
solicitação policial/judiciária.
Se após as investigações dos peritos: laudo
Se ditado diretamente ao escrivão e diante de testemunhas: auto
“POXA QUE HISTÓRICO DUDU CARAMBA”

Preâmbulo: hora, data, local, autoridade requisitante e quem determinou a perícia


Quesitos: caracterização de fatos relevantes que deram origem ao processo da perícia
Histórico: amnese do examinando; no caso de autópsia, transcrito na guia de remoção do
cadáver
Descrição: parte mais importante do relatório; VISUM ET REPERTUM; evita realizar
diagnósticos; dispensável no parecer médico-legal
Discussão: discutir hipóteses elencadas na descrição; não emite juízo pessoal;
eventualmente poderá ser desnecessária.
Conclusão: síntese da descrição com a discussão
Resposta aos quesitos: resposta de forma objetiva e concisa; vedado deixar sem resposta,
deverá afirmar “prejudicado”
Assinatura: peritos que realizaram

Consulta médico-legal: dúvida acerca do relatório médico-legal; pontos controvertidos;


novos quesitos (complementares). Esclarecer situação medico-legal requerida pela
autoridade policial que requeira atuação do médico-legista.
Pareceres: respostas dadas às consultas médicos-legais; mesmas partes do relatório,
dispensa a descrição (não está diante de um corpo/cadáver). Aqui o mais importante
é a discussão e a conclusão. No parecer não se limita à analise objetiva dos dados.
Depoimento oral: peritos serem ouvidos em juízo; esclarece dúvida necessária ao
deslinde
Art. 159. 5º  Durante o curso do processo judicial, é permitido às partes,
quanto à perícia:            
I – requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para
responderem a quesitos, desde que o mandado de intimação e os
quesitos ou questões a serem esclarecidas sejam encaminhados com 
antecedência  mínima de 10 (dez) dias, podendo apresentar as
respostas em laudo complementar;                 
Atestado ou declaração de óbito: atesta a morte: natural ou violenta
Violenta: (S)uicídio
(A)cidente
(C)rime
Médico assistente impedido de firmar óbito se for violenta/suspeita de violência.
Morte com assistência médica: sempre que possível pelo médico que prestava
assistência.
Vedado ao médico:

Art. 83. Atestar óbito quando não o tenha verificado pessoalmente, ou


quando não tenha prestado assistência ao paciente, salvo, no último
caso, se o fizer como plantonista, médico substituto ou em caso de ne-
cropsia e verificação médico-legal.
Art. 84. Deixar de atestar óbito de paciente ao qual vinha prestando
assistência, exceto quando houver indícios de morte violenta.

Art. 2º Os médicos, quando do preenchimento da Declaração de Óbito,


obedecerão as seguintes normas:
1) Morte natural:
I. Morte sem assistência médica:
a)     Nas localidades com Serviço de Verificação de Óbitos (SVO): A
Declaração de Óbito deverá ser fornecida pelos médicos do SVO;
b)  Nas localidades sem SVO: A Declaração de Óbito deverá ser fornecida
pelos médicos do serviço público de saúde mais próximo do local
onde ocorreu o evento; na sua ausência, por qualquer médico da
localidade.

II. Morte com assistência médica:


a) A Declaração de Óbito deverá ser fornecida, sempre que possível,
pelo médico que vinha prestando assistência ao paciente."
Declaração de óbito: três vias.
Recém-nascido: registro de óbito, mesmo que tenha nascido morto (livro C auxiliar)
Se morrer na ocasião do parto, mas respirado: registro de nascimento e registro de
óbito.
Art. 23. O médico intervencionista, quando envolvido em atendimento
que resulte em óbito de suposta causa violenta ou não natural
(homicídio, acidente, suicídio, morte suspeita), deverá obrigatoriamente
constatá-lo, mas não atestá-lo. Neste caso, deverá comunicar o fato ao
médico regulador, que adotará as medidas necessárias para o
encaminhamento do corpo para o Instituto Médico Legal -IML.
Parágrafo único. Em caso de atendimento a paciente que resulte em
morte natural (com ou sem assistência médica) ou óbito fetal em que
estiver envolvido, o médico intervencionista deverá observar o disposto
na Resolução CFM nº 1.779/2005 em relação ao fornecimento da
declaração de óbito.”
ANTROPOLOGIA-FORENSE:
Identidade e a identificação médico-legal e judiciária: objetiva: verificar se
corresponde a pessoa/coisa.
Identificação MÉDICO LEGAL:
Fundamentos biológicos/técnicos: perenidade, unicidade, praticabilidade,
imutabilidade, classificabilidade.
Identidade quanto à ESPÈCIE:

a) Verificação dos OSSOS: microscopicamente, canais de Havers.


b) Verificação de SANGUE: - Provas de ORIENTAÇÃO: substância química,
determina a natureza (ex. Luminol; reação quimioluminescência). Teste de Adler,
Van Deen, Kastle Meyer e Amado Ferreira.
- Provas de CERTEZA: segurança; técnica de
Teichmann/técnica de Uhlenhuth.
c) Identificação pelos humanos: cutícula e medula (forma de colar nos animais)

Identificação quanto à RAÇA:

Caucásico; mongólico; negroide; indiano; australoide.


Classificação de Oswaldo Arbenz: leucodermos (brancos); faiodermos (mulato/moreno);
xantodermos (amarelo); melanodermos (negros).
a) Forma do crânio: a.1.) Índice Cefálico Horzontal (ICH): mais/menos larga;
dolicocrânio/dolicocéfalos;mesocrânios/mesaticéfalos; quicrânios/braquicéfalos.
a.2.) Índice Transversal Vertical Posterir (ITVP): altura do crânio; esternocrânio;
metriocrânios; tapinocrânio.
a.3.) Índice Sagital (IS) ou Índice Vertical Lateral (IVL) ou Perfil: perfil vertical-
lateral do crânio: hipsicrânio; mediocrânio; platicrânio.
b) índice Radioumeral: ossos do braço
c) Índice Tibiofemoral: osos da perna
d) Ângulo facial: Jacquart (base da fenda nasal), Cloquet (linha de implantação dos
dentes) e Curvier (borda dos dentes)

Tipos de sexo: Morfológico (fenotípica);

Cromossomial (cromossomos);

Gonadal (testículos/ovários);

Cromatínico (corpúsculos de Barr; se cromatina sexual no interior das células = feminino);

Genitália Interna (ductos de Wollf(homem)/Muller (feminino);

Genitália Externa (pênis e escroto/vagina e mamas);

Jurídico (registro civil/mudança no processo jurídico);

Identificação/Psíquico/Comportamental (sexo moral/si próprio);

Médico-legal (perícia)
Identificação quanto ao SEXO:
Identificação do sexo em despojos humanos: pontos craniométricos de Galvão;
aspectos de mandíbula e demais ossos; exemplo a pelve.
a) Pontos Craniométricos de Galvão

Gnátio; Próstio; Espinha nasal anterior; Glabela; Bregma; Vértex; Lambda;


Opistocrânio; Ínio; Mastóideo; Gônio.
b) Aspecto da mandíbula: Masculina (robusta) /Feminina (discreta)
c) Osso pélvico: Homem (mais forte; rugas pronunciadas e dimensões verticais
superam as horizontais - V) / Mulher (mais suave; dimensões horizontais
superam as verticais - U)
Identificação quanto à idade: dentes (número e tempo de eclosão); radiografia dos
ossos (punho/cotovelo/joelho/tornozelo/bacia); suturas do crânio.

Identificação quanto à estatura: medição dos ossos; perna


Identificação DNA/arcada dentária, sinais particulares, sinais profissionais e tatuagens:
inclusive método de exclusão. Coleta de perfil genético como forma de identificação
criminal; banco de dados de perfis genéticos.
Método de PIACENTINO: superposição de imagens; demonstração fotográfica,
utilizando-se de negativos de fotografia tiradas em vida e as do esqueleto.
Pavilhão auriculares; radiografias; palatoscopia (saliências existentes no palato);

Identificação JUDICIÁRIA: dados antropométricos e antropológicos; peritos


Sistema ANTRPOMÉTRICO DE BERTILLON:
Sistema DATILOSCÓPICO DE JUAN VUCETICH:
- Linhas MAGINAIS, BASAIS e NUCLEARES (exceto ARCO); Delta é característica
fundamental (encontro das linhas marginais com as basais e limitados pelas
nucleares).

”VEIA 4321”
VERTICILO: dois deltas e um núcleo central
Presilha EXTERNA: delta à esquerda e núcleo à direita
Presilha INTERNA: delta à direita e núcleo á esquerda
ARCO: ausência de deltas
Ilegível: X
Amputação: 0

Datilograma/Fórmula datiloscópica:
A de cima: série: polegar direito – fundamental + divisão (demais dedos mão direita)
A de baixo: seção: polegar esquerdo – subclassificação + subdivisão (demais dedos
mão esquerda)

Albodactilograma: estudo das linhas deixadas em branco nas impressões digitais;


geralmente transversais, que atravessam os dactilogramas, decorrentes de pregas
naturais da pele.
Poroscopia: marcas deixadas pelos poros

Podoscopia: recém nascido na sola do pé; crime se não realizar.

Regras de Locard: Identificação de pelo menos 12 minúcias semelhantes, nenhuma


discordante.

Dermatoglifia: datiloscopia clínica

Técnica do desluvamento:

Perícias BIOMÉTRICAS: íris/digitais

TAFONOMIA: alterações no corpo desde a morte até a decomposição

OSTEOLOGIA:

TRAUMATOLOGIA ORENSE:
Lesões corporais e energias causadoras de dano; lesonogia
Trauma: ação de uma ENERGIA externa sobre um indivíduo, desvio de uma
normalidade com ou sem expressão morfológica.
Lesão: alteração estrutural proveniente de uma agressão ao organismo.

Energias (Borri):
Mecânica (equimose/fratura/escoriação);
Física (Lichtemberg, Jellinek; queimaduras);
Química (escaras produzidas por ácidos);
Físico-Química (manchas de Tardieu e Paltauf);
Bioquímica (perturbações alimentares e infecções);
Biodinâmica (polineurites nas carências de B1, choque cardiogênico);
Mista (fadigas e servícias).
(Crítico do Hygino pela separação entre mecânica e física): física, química e físico
química.

Lesão em LINHA (instrumento cortante), em PONTO (instrumento perfurante), em


PLANO (instrumento contundente).

Lesões CONTUNDENTES (tração, torção, compressão ou sucção): ATIVA


(instrumento choca com o corpo parado); PASSIVA (instrumento choca com o corpo
em movimento); MISTA (ambos em movimento).
Lesões abertas/fechadas: probabilidade de infecção.
Rubefação: avermelhada; vasodilatação exclusivamente vital; causa eritema; efêmera
e fugaz

Equimose: extravasamento sanguíneo e infiltração hemorrágica nas malhas dos


tecidos; a) imediatas/tardias; b) superficiais/profundas; c) intra vitam/post mortem; d)
no local ou a distância; formadas por rotura dos vasos sanguíneos ou diapedese.
As vezes as equimoses são patognomonicas.
Índice de VERDERAU: divisão entre os glóbulos vermelhos com os brancos; se
houver reação inflamatória é sinal que foi INTRA VITAM; nas equimoses POST
MORTEM não há alteração.
Equimoses conjuntivais permanecem vermelhas do início ao fim da sua evolução.
Sinal de Kunckel: pigmentos decorrentes da decomposição do sangue que está nas
lesões; equimose pode ter desaparecido mas os vestígios (pigmentos) ser
encontrados.
Petéquias: pequenas equimoses; agrupada em um pontilhado hemorrágico; tamanho
de cabeça de alfinete.

Víbices: formas de estrias; estrias pneumáticas de Simonin.


Sugilação: pequenos graõs; área delineada; INTRA VITAM ou POST MORTEM
Equimona (sufusão): equimose de grande proporções; lençol hemorrágico

EQUIMOSE =/ EQUIMONA =/ ENQUIMOSE


Extravasa sangue Sufusão Fundo Emocional

Manchas equimóticas lenticulares de Tardieu: equimose de ordem físico-química;


pequenas e violáceas, abaixo das pleuras, do pericárdio, do tecido palpebral. Não são
patognomônicas (podem aparecer em mortes naturais). Sugerem asfixia por
sufocação.
Manchas subpleurais de Paltauf: equimose de ordem físico-química; afogamento
(quase patognomônicas); líquido invade os alvéolos e rompe os septos interalveolares,
extravasando o sangue.

Cianose cérvico-facil/Mascara Equimótica de Morestin/Le Dante (intra vitam):


compressão do tórax; sufocação indireta; sangue sobe para a cabeça mas não tem
força para descer; face violácea.

Não confundir a Mascará de Morestin com os livores cadavéricos.


Equimoses perianais ou vulvovaginais: anal/vaginal; violência; não confundir com
lesões determatológicas/parasitoses/higiene.
Equimoses de etiologia não mecânica: espontâneas; ENQUIMOSES
Afogados azuis (verdadeiros afogados) já putrefeitos: equimoses das estruturas
ósseas das mastoides, esfenoide e etmoide; típicas de afogamento. Síndrome de
WaterHouse-Friedricksen; equimoses disseminadas.

Equimose retrofaringeana de Brouardel: porção posterior da faringe; lesão externa


por compressão; coluna cervical serve como anteparo para produzir a equimose.
Equimose resultantes de enforcamento: laço da corda/outro objeto; sulcos; sinal de
bounet no pescoço.
Mobilidade equimótica: deslocamento dos pontos de contusão
Equimoses a distância: lesão no andar médio do crânio (periorbitárias ou
retroauriculares); extravasamento do sangue por diapedese ou microrroturas
vasculares. Sinal do zorro/guaxinim.

Sinal de Battle: fratura no andar médio da base do crânio; otorragia (hemorragia


proveniente do ouvido médio):

Sinal de Cullen: pancreatite aguda, necro-hemorrágica, equimose periumbilical.


HEMATOMA: coleção de sangue em cavidade neoformada; há o extravasamento de
sangue de vaso calibroso, mas não há difusão nos tecidos; relevo na pele. Não há
plano ósseo por baixo; não infiltra na malha. Coleção hemática.
Se o sangue se derramar em uma cavidade natural (pleurais/pericárdio) não se
considera hematoma.
=/ Equimose (sangue extravasado infiltra nas malhas)
Hematoma extradural (epidural): lesões nas artérias meníngeas médias ou seus
ramos. Vítima não evidencia sinais/sintomas.

BOSSAS: - Linfático (SEROSA) – MOREL-LAVALLÉÉ


- Sanguínea
Extravasamento de sangue com plano ósseo por baixo
Pode ocorrer no “tumor do parto”.

ESCORIAÇÃO/ABRASÃO/EROSÃO EPIDÉRMICA: arrancamento parcial/total da


EPIDERME =/ FERIDA (adentra na DERME).

Crosta SEROSA/SÉRICA: apenas LINFA, só na epiderme.


Crosta SERO-HEMÁTICA/SEROSSANGUINOLENTA: linfa + sangue
Crosta HEMÁTICA/SANGUINOLENTA: ressecamento do sangue na derme reticular.

Crosta: INTRA VITEM


LEITO SECO/APERGAMINHADO: POST MORTEM; sem extravasar;
excepcionalmente a placa apergaminhada pode ocorrer nos vivos
(enforcamento/esmagamento) e poderá vir a confundir no período de Tourdes.
Se atinge a derme não é mais escoriação (reepitelização; com cura) e sim ferida
(cicatrização sem cura). As lesões mais profundas podem vir a passar em plena
derme, por toda sua extensão, provocando um lençol hemorrágico uniforme (crosta
hemática).

FERIDA CONTUSA: atinge a derme; cicatrização; ultrapassa a pele. Substituição do


tecido local funcional por um tecido fibroso. As feridas contusas se diferem das
escoriações pela sua profundidade.
Característica: ação contundente, bordas escoriadas e irregulares, quase sempre
estrelada ou sinuosa. Ocorre a hemostasia mecânica (impede hemorragia) em
decorrência dos vasos esmagados. A retração das bordas da ferida mostra reação
vital. Podem sangrar MENOS que as feridas incisas. Podem formar queloide
(cicatrização hipertrófica).
Ferida lacero contusa: adição do elemento laceração, com bordas irregulares devido o
arrebatamento, compressão ou torção. Genival França não aceita a denominação.

ENTORSE: estiramento da cápsula de uma articulação, em decorrência de forças


externas. RUPTURA TOTAL/PARCIAL dos LIGAMENTOS.

LUXAÇÃO: deslocamento permanente das superfícies articulares. Podem ser


completadas ou incompletas (subluxação). PERDA COMPLETA DE CONTATO.

FRATURAS: soluções de continuidade dos ossos; compressão, flexão ou torção.


Tipos: patológicas, abertas, fechadas, expostas, completas (osso dividido em mais de
um fragmento), incompletas (não chega a dividir; galho verde), cominutivas (múltiplos
fragmentos).
Fratura poderá ser DIRETA (no próprio local) ou INDIRETA(local afastado).
RUPTURAS VISCERAIS: ruptura dos órgãos internos, podem ocultar um choque
hipovolêmico.

LESÕES PROVOCADAS POR MARTELO:


- Mapa Mundi de Carrara (afundamento parcia/uniformel)
- Strassmann/Saca Bocados/Fratura Perfurante (instrumento perpendicular)
- Terraza de Hoffman (sentido tangencial)

DEFENESTRAÇÃO: lesões por precipitação que perpassa por uma JANELA; comum
ocorrer a fratura em MAPA MUNDI/SACO DE NOZ.

ENCRAVAMENTO: penetração do objeto em qualquer parte do corpo


=/
EMPALAMENTO: forma especial de encravamento; eixo longitudinal, anus/região
perineal.
Lesões por instrumentos CORTANTES:
Via de regra ocorre a regularidade das bordas (vértices e o fundo regulares);
instrumento possui GUME. Ação DESLIZANTE e lesões INCISAS.
Centro da ferida incisa é mais profundo que a extremidade, pela ação em arco;

Regularidade do fundo da lesão; ausência de traumatismo; mais extensa do que


profunda; sangram mais do que as contusas; bordas lisas e regulares.
Ferida HIATROGÊNICA/CIRURGICA/INCISA: realizada por médico; SEM CALDA DE
SAÍDA.
Sinal de ROMANESE (cauda de escoriação), LASSAGNE (cauda de rato): ponto de
saída/último ponto de contato e GILVAZ (cicatriz no rosto da vítima por ação cortante).
Sinal de CHAVIGNY: lesões incisas SOBREPOSTAS.

Lesões de DEFESA (antebraço/palmas da mão/externas) e HESITAÇÃO (múltiplas e


nem sempre profundas):

ESGORJAMENTO: instrumento cortante, excepcionalmente cortocontundente;


ferida longitudinal na porção anterior/lateral do pescoço; SINAL DE BONNET NO
ESPELHO.
DEGOLAMENTO: instrumento cortante, salvo cortocontundente; ferida incisa na
porção posterior do pescoço.

Lesões por instrumentos PERFURANTES: lesão PUNCTÓRIA; afasta os tecidos;


raramente secionando; abertura estreita; raro sangramento; pouca nocividade na
superfície; menor diâmetro. c
Quando há ferimento de saída é em geral mais irregular e de menor diâmetro (decorre
da atuação da parte mais afiada do instrumento).
Instrumento perfurante de pequeno calibre: alfinete; PUNCTÓRIA ou
PUNTIFORMES; forma circular e diâmetro pequeno.
Instrumento perfurante de médio calibre: FUSIFORME; casa de botão/botoeira;
estoque/picador de gelo/sovela

Lesões em acordeão/sanfona: regiões depressivas do corpo; lesão parece mais


profunda do que o tamanho do instrumento; retração da pele.

Leis de Filhos e Langer: (PERFURANTES DE MÉDIO CALIBRE)


1º Lei de Filhos: SEMELHANÇA: entre as lesões; soluções de continuidade das
feridas se assemelham as produzidas por instrumentos de DOIS GUMES ou TOMAM
APARÊNCIA DE CASA DE BOTÃO.

2º Lei de Filhos: PARALELISMO: feridas na mesma região onde as linhas de força


tenham um só sentido, seu maior eixo tem sempre a mesma direção; as lesões de
médio calibre obedecem ao sentido das linhas de forças das fibras elásticas da
pele.
Langer: lesões produzidas por ação perfurante de médio calibre onde existe pele
cujas fibras elásticas estejam aglomeradas (entrecruzamento), podem apresentar
formas ANÔMALAS/ESTRALADO/BIZARRO (não poderá ser pré-determinada; LEI
DO POLIFORMISMO); extremidade toma aspecto de PONTA DE
SETA/TRIÂNGULO/QUADRILÁTERO.

Leis de Filhos e Langer diferencia lesão produzida por instrumento PERFURANTE


(segue o sentido das linhas de forças das fibras) e as LESÕES INCISAS (não
segue o padrão das forças das fibras, seguirá o posicionamento do instrumento
vulnerante em face da pele, podendo assumir direções e padrões diferentes; há o
corte delas).

Lesões por instrumentos PERFUROCORTANTES: há ponta (perfura) e gume (corta);


predomina profundidade sobre a extensão; se houver o movimento de rotação na
saída do instrumento poderá haver ângulos acessórios (ENTALHE, salvo movimento
involuntário).
Causa jurídica poderá se dar por SUICÍDIO/ACIDENTE/CRIME (S.A.C).
Instrumento perfurocortantes: um gume (mais profunda do que extensa; borda lisa;
um ângulo agudo e outro arredondado (rombo mostra o dorso do instrumento); se o
dorso não encostar na pele tende a parecer com instrumento de dois gumes; facas
tradicionais de cozinha/espada, etc.
dois gumes: comparar usando Leis de Filhos e Langer; punhal
mais de dois gumes: tende a obedecer às leis de Filhos e Langer
Lesões especiais causadas por instrumentos perfurocortantes: feridas em escalpe
(couro cabeludo)

Ferida mutilante
Ferida em sedenho (atravessa os planos superficiais da lesão; não se aprofunda)

Lesões por instrumentos CORTOCONTUNDENTES: lesão CORTOCONTUSA; corta e


contunde; gerada pela percussão, deslizamento ou pressão.
DECAPITAÇÃO: separação do polo cefálico do corpo; homicídio ou acidente.
ESPOTEJAMENTO: IRREGULAR; multiplicidade; mais fragmentos.
ESQUARTEJAMENTO: REGULAR; desarticulação; amputação; divisão em
quartos; “crime cirúrgico”.
Atentar com eventual dissimulação de homicídio através do corpo propositalmente
colocado em linha férrea, gerando o espotejamento.
Div. na mordida entre Genival (cortocontusa) e Wilson Luiz (contusão como regra,
salvo exceções quando seccionar).
Div. na decapitação entre Genival (ação cortante, mas admite outras formas) e
Wilson Luiz (ação cortocontundente).

Lesões por instrumentos PERFUROCONTUNDENTES: lesões


PERFUROCONTUSAS; SUICÍDIO/ACIDENTE/CRIME (S.A.C.)
Ex: Projétil de arma de fogo (PAF)/ponta de guarda-chuva;

Cano raiado gera maior estabilidade, que se desestabiliza ao encontrar o corpo.


Cano da arma pode internamente apresentar CRISTAS e SULCOS em disposição
HELICOIDAL, variando para a direita (dextrogiras) ou para a esquerda (sinistrógiras).
As raias representam sulcos e imprimem ressaltos no projétil; as cristas (cheios)
imprimem os cavados.

Portabilidade: de porte (apenas uma de suas mãos); portátil (por uma pessoa); não
portátil (mais de uma pessoa).
Modo de carregamento: retrocarga (parte de trás do cano) ou antecarga (parte de
frente)
Tipo de cano: alma lisa x alma raiada
Calibre: real (medido no cano da arma) x calibre nominal (medido no cartucho ao
nível do estojo). No raiamento par é medido entre duas cristas opostas; no raiamento
impar se usa equipamento especial; no cano com alma lisa: através da quantidade
de esferas de chumbo com diâmetro idêntico ao do cano até completar uma libra.
Quanto a estabilidade do projétil: quando atinge 6.000x o seu calibre.
Art. 2º  Para fins do disposto neste Decreto, considera-se:
I - arma de fogo de uso permitido - as armas de fogo semiautomáticas
ou de repetição que sejam:
a) de porte, cujo calibre nominal, com a utilização de munição comum, não
atinja, na saída do cano de prova, energia cinética superior a mil e
duzentas libras-pé ou mil seiscentos e vinte joules;
b) portáteis de alma lisa; ou
c) portáteis de alma raiada, cujo calibre nominal, com a utilização de
munição comum, não atinja, na saída do cano de prova, energia cinética
superior a mil e duzentas libras-pé ou mil seiscentos e vinte joules;
II - arma de fogo de uso restrito - as armas de fogo automáticas e as
semiautomáticas ou de repetição que sejam:    
a) não portáteis;
b) de porte, cujo calibre nominal, com a utilização de munição
comum, atinja, na saída do cano de prova, energia cinética superior a mil e
duzentas libras-pé ou mil seiscentos e vinte joules; ou
c) portáteis de alma raiada, cujo calibre nominal, com a utilização de
munição comum, atinja, na saída do cano de prova, energia cinética
superior a mil e duzentas libras-pé ou mil seiscentos e vinte joules;
III - arma de fogo de uso proibido:
a) as armas de fogo classificadas de uso proibido em acordos e tratados
internacionais dos quais a República Federativa do Brasil seja signatária;
ou
b) as armas de fogo dissimuladas, com aparência de objetos inofensivos;
IV - munição de uso restrito - as munições que:
a) atinjam, na saída do cano de prova de armas de porte ou portáteis de
alma raiada, energia cinética superior a mil e duzentas libras-pé ou mil
seiscentos e vinte joules;
b) sejam traçantes, perfurantes ou fumígenas;
c) sejam granadas de obuseiro, de canhão, de morteiro, de mão ou de
bocal; ou
d) sejam rojões, foguetes, mísseis ou bombas de qualquer natureza;
V - munição de uso proibido - as munições que sejam assim definidas em
acordo ou tratado internacional de que a República Federativa do Brasil
seja signatária e as munições incendiárias ou químicas;
VI - arma de fogo obsoleta - as armas de fogo que não se prestam ao uso
efetivo em caráter permanente, em razão de:
a) sua munição e seus elementos de munição não serem mais produzidos;
ou
b) sua produção ou seu modelo ser muito antigo e fora de uso,
caracterizada como relíquia ou peça de coleção inerte;
VII - arma de fogo de porte - as armas de fogo de dimensões e peso
reduzidos que podem ser disparadas pelo atirador com apenas uma de
suas mãos, a exemplo de pistolas, revólveres e garruchas;
VIII - arma de fogo portátil - as armas de fogo que, devido às suas
dimensões ou ao seu peso, podem ser transportada por uma pessoa, tais
como fuzil, carabina e espingarda;
IX - arma de fogo não portátil - as armas de fogo que, devido às suas
dimensões ou ao seu peso, precisam ser transportadas por mais de uma
pessoa, com a utilização de veículos, automotores ou não, ou sejam
fixadas em estruturas permanentes;
X - munição - cartucho completo ou seus componentes, incluídos o estojo,
a espoleta, a carga propulsora, o projétil e a bucha utilizados em armas de
fogo;
XI - cadastro de arma de fogo - inclusão da arma de fogo de produção
nacional ou importada em banco de dados, com a descrição de suas
características;
XII - registro - matrícula da arma de fogo que esteja vinculada à
identificação do respectivo proprietário em banco de dados;
XIII - registros precários - dados referentes ao estoque de armas de fogo,
acessórios e munições das empresas autorizadas a comercializá-los; e
XIV - registros próprios - aqueles realizados por órgãos, instituições e
corporações em documentos oficiais de caráter permanente.
§ 1º  Fica proibida a produção de réplicas e simulacros que possam ser
confundidos com arma de fogo, nos termos do disposto no art. 26 da Lei
nº 10.826, de 2003, que não sejam classificados como arma de pressão
nem destinados à instrução, ao adestramento, ou à coleção de usuário
autorizado.
§ 2º  O Comando do Exército estabelecerá os parâmetros de aferição e a
listagem dos calibres nominais que se enquadrem nos limites
estabelecidos nos incisos I, II e IV do caput, no prazo de sessenta dias,
contado da data de publicação deste Decreto.
§ 3º  Ato conjunto do Ministro de Estado da Defesa e do Ministro de
Estado da Justiça e Segurança Pública estabelecerá as quantidades de
munições passíveis de aquisição pelas pessoas físicas autorizadas a
adquirir ou portar arma de fogo e pelos integrantes dos órgãos e das
instituições a que se referem os incisos I a VII e X do caput do art. 6º da Lei
nº 10.826, de 2003, observada a legislação, no prazo de sessenta dias,
contado da data de publicação do Decreto nº 10.030, de 30 de setembro
de 2019.  

Pessoas e armas cadastrados no SINARM

Art. 3º O Sinarm, instituído no âmbito da Polícia Federal do Ministério da


Justiça e Segurança Pública, manterá cadastro nacional, das armas de fogo
importadas, produzidas e comercializadas no País.
§ 1º A Polícia Federal manterá o registro de armas de fogo de
competência do Sinarm.
Proprietários e armamentos cadastrados no SIGMA

Art. 4º O Sigma, instituído no âmbito do Comando do Exército do


Ministério da Defesa, manterá cadastro nacional das armas de fogo
importadas, produzidas e comercializadas no País que não estejam
previstas no art. 3º.
Características das munições:
Estojo: geralmente de latão/combinação de metais/papel/plástico
Espoleta: composto químico (PRIMER)
Pólvora: material propelente que irá sofrer ignição a partir da combustão da espoleta,
gerando gases que impulsionarão o projétil
Projétil: hollow point; semijaquetado; jaquetado; explosivo; de telefon; marcadores
luminosos
*Non Tox Ammunition (munição não toxica); tiros desportivos; intoxicação por
chumbo (SATURNISMO).
Não existe tiro sem disparo, mas existe disparo sem tiro (munição que não esteja apta
a ter a sua pólvora queimada). Se não queima de pólvora não há tiro; o tiro é
antecedido pelo disparo.
Cone de DISPERSÃO: formado pelo projétil/gas superaquecido
Coeficiente balístico: maior ou menor capacidade do projétil transfixar o alvo;
maior a massa tende a ser maior o coeficiente balístico; mas relevante o fator de ponta
(espessura da ponta) e o calibre;
Quanto menor o fator de ponta, o coeficiente balístico tende a ser maior (maior
capacidade de transfixar o alvo)
Quanto menor o fator de calibre, o coeficiente balístico tende a ser maior (maior
capacidade de transfixar o alvo)
Quanto maior a massa, o coeficiente balístico tende a ser maior (maior capacidade
de transfixar o alvo).
“A MASSA É INVERSAMENTE PROPORCIONAL AO FATOR DE PONTA E AO
CALIBRE”.
A maior densidade do meio prejudica a estabilidade (água x ar).

Estriações: ranhuras naturais provocadas pelo atrito do projétil influenciado pelas


cristas e pelas raias do cano;
Estriações primárias: originárias; ranhuras maiores
Estriações secundárias: defeitos das raias; lateral/fina
Estriações terciárias: desgastes/alterações; uso intenso/inadequado

Teses de presença de pólvora: - reação de difenilamina


- reação de Griess
- teste da parafina ou prova de Iturrioz
(desaconselhado)
Levada ao espectofotômetro para auxiliar na pesquisa; quando a observação for no
alvo, se utiliza o rodizonato de sódio
Pólvora negra: cheiro persiste por 12 horas; mais de 5 dias aparece ferrugem no cano
Pólvora branca: nitratos evidenciados pela reação de Griess
Na queima de pólvora pode haver como resíduos o nitrito (pólvora queimou
completamente) e o nitrato (pólvora não queimou completamente).

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