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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __

VARA CRIMINAL DA COMARCA DE XXXXXXX-XX

Processo n XXXX-XX. XXXX

DANIEL ALVES, já devidamente qualificados nos autos do processo-crime


acima, que lhe move o Ministério Público do Estado de, vêm, por seu advogado,
conforme procuração em anexo, apresentar

RESPOSTA À ACUSAÇÃO C/C REVOGAÇÃO DE PRISÃO PREVENTIVA

com fulcro no art. 396, do Código de Processo Penal, pelos fatos e motivos que passa
a expor:

I. DOS FATOS

01. De acordo com a denúncia, na noite do dia 30 dezembro de 2022, o réu


estava em uma boate na Espanha, mais precisamente na cidade de
Barcelona e, em determinado momento, teria convidado uma garota para
participar de seu grupo de amigos, onde, de livre e espontânea vontade por
parte de ambos, ingeriram bebidas alcoólicas e dançaram juntos.

02. Ocorre que, a vítima alega, após passarem um tempo juntos, que o acusado
teria a convidado para ir em um local mais reservado da casa de shows e
quando se deu conta estava no banheiro do estabelecimento, momento no
qual, supostamente, foi impedida, forçosamente, por Daniel que a obrigou a
manter relações sexuais com ele até a ejaculação.
03. Ainda segundo a vítima, Daniel deixou o banheiro e, assim que ela
conseguiu sair e buscar pela ajuda de sua amiga e dos seguranças do local,
o réu já havia deixado a boate.

04. Sendo assim, relatando ter sido violentada sexualmente, foi orientada a se
encaminhar para hospital próximo realizar exames que comprovassem o
abuso. Em seguida, retornou para sua residência e, somente após 2 (dois)
dias, buscou as autoridades policiais para denunciar Daniel.

05. No entanto, a acusação não deve prosperar ante a ausência de


verossimilhança do alegado com a realidade fática dos fatos, como, a
vítima ter passado toda a noite, consumadamente, junto do réu de maneira
intima, bem como não ter sido forçada a sair das vistas junto dele, tendo
ido de livre vontade. Soma-se a isso, o fato da vítima buscar a confecção do
Boletim de Ocorrência somente após 2 (dois) dias da ocorrência da suposta
violência sexual. Frisa-se que a mesma não foi agredida de modo algum,
não sendo por ela sequer justificada referida demora.

06. Por tais fatos, ausente a verossimilhança das alegações e a cooperação


legítima do réu com a investigação, deve ser revogada a prisão preventiva,
pelo fato que não há risco de o réu buscar se omitir ou mesmo fugir no
decurso do processo.

07. Nesta senda, verificado ainda a postura da vítima em público com Daniel,
dançando de maneira intima e aceitando o convite de irem para um local
com maior privacidade por ele formulado, bem como a ausência de marcas
de violência na vítima, o sêmen encontrado e MOROSIDADE da vítima em
procurar as autoridades policiais, situação que só reforçam a afirmação de
que a relação foi consensual, no entanto, realizada sem a utilização de
preservativo, e, por motivos que a vítima ainda omite, decidiu, para
prejudicar a reputação de Daniel, jogador renomado, denunciá-lo. Diante
todas essas dúvidas que apenas tornam a alegação da vítima falha e
infiel, deve o réu ser absolvido sumariamente.

II. DO DIREITO
Do pedido de revogação da prisão preventiva

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