O Ministério Público denuncia Humberto Henrique Silva Santiago por homicídio qualificado após esfaquear Daniel Bueno Siqueira 16 vezes em uma briga por drogas. A vítima faleceu depois de ser perseguida e esfaqueada repetidamente quando foi à casa do réu reclamar um cachimbo roubado. O MP pede que o réu seja pronunciado e julgado por júri popular.
O Ministério Público denuncia Humberto Henrique Silva Santiago por homicídio qualificado após esfaquear Daniel Bueno Siqueira 16 vezes em uma briga por drogas. A vítima faleceu depois de ser perseguida e esfaqueada repetidamente quando foi à casa do réu reclamar um cachimbo roubado. O MP pede que o réu seja pronunciado e julgado por júri popular.
O Ministério Público denuncia Humberto Henrique Silva Santiago por homicídio qualificado após esfaquear Daniel Bueno Siqueira 16 vezes em uma briga por drogas. A vítima faleceu depois de ser perseguida e esfaqueada repetidamente quando foi à casa do réu reclamar um cachimbo roubado. O MP pede que o réu seja pronunciado e julgado por júri popular.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUÍZ DE DIREITO DA 4° VARA
CRIMINAL DA COMARCA DE GOIÂNIA, ESTADO DE GOIÁS.
O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS, por meio
de seus Representantes que esta subscrevem, no uso de suas atribuições legais, nos termos do art. 112, § 2°, inciso do Código de Processo Penal, vem, perante VOSSA EXCELÊNCIA, para oferecer a presente DENÚNCIA contra HUMBERTO HENRIQUE SILVA SANTIAGO, brasileiro, natural de Goiânia- Go, casado, com profissão de lavador de carros, nascido aos 14/11/1989, portador da carteira de identidade n, 5414423 e CPF n. 026426521-14, residente na Rua VMB-10, Qd.60, Lt 04, Jardim Liberdade, nesta capital pela prática do ilícito penal a seguir narrado
DOS FATOS
Consta do incluso inquérito policial que, em 05 de outubro do
ano de 2014 por volta das 03:56 da manhã, o denunciado, HUMBERTO HENRIQUE SILVA SANTIAGO, aplicou por meio cruel 16 (dezesseis) facadas na vítima, DANIEL BUENO SIQUEIRA, o submetendo a um intenso sofrimento físico.
Apurou-se que, tanto o réu, quanto a vítima eram usuários de
drogas, e que um dia anterior ao período mencionado o denunciado teria procurado Daniel afim de comprar uma porção de crack, segundo o acusado ele teria dado uma nota de R$ 10,00 (dez reais) a vítima, porém recebeu uma quantidade que valia apenas metade do valor entregue.
Em virtude disso, Humberto que morava na rua com esquina
a Avenida do Povo onde localizava-se a distribuidora liberdade frequentado por Daniel, permaneceu na rua próxima a sua residência encontrando se algumas vezes com a vítima e nesse período exigindo dele o restante da droga. Márcia Oliveira Nunes, esposa da vítima que assim como ele frequentava a distribuidora e passava pela rua onde Humberto estava, encontrou se com o réu que se ofereceu para conserta sua bicicleta recebendo crack como retribuição, Márcia aceitou e logo notou a ausência de um cachimbo que estava na bicicleta.
Mais tarde, por volta das 22:50 horas do dia 04 de outubro
de 2014, Daniel e sua esposa saíram de sua residência e foram para a distribuidora, chegando lá encontraram os irmãos Humberto e Guilherme, e começaram a discutir sobre o cachimbo e sobre a dívida de droga, quando o increpado estava sem dinheiro e drogas, confessou ao irmão ter pegado o cachimbo, cuja informação é confirmada no depoimento de Guilherme
Posteriormente, Humberto e seu irmão foram para sua
residência, e por volta das 03:00 horas da manhã do dia 05/10/2014 Daniel resolveu ir embora, deixando sua esposa na distribuidora, a vítima foi até a residência de Humberto em busca de seu cachimbo, o mesmo não estava armado e apenas insistiu de todas as formas verbais para que o denunciado devolvesse o que lhe pertencia. Nesse momento, Humberto se revolta e com duas facas e parte para cima da vitima de forma violenta, atingindo o primeiro golpe, Daniel tentou fugir em direção a distribuidora mas é perseguido pelo increpado que sempre que o alcançava desferia- lhe golpes, ora com a mão esquerda, ora com a mão direita. A vítima tentou escapar mudando a direção e desceu a rua correndo, mas caiu ao solo e foi esfaqueado até que não esboçasse nenhuma reação.
Logo após o ato de tamanha crueldade e friesa, o
acusado empreendeu fuga e voltou dias depois, confessando ter comedido tão covarde delito contra a vida de um homem que se apresentava desarmado e sem condições de defesa.
DO DIREITO
Neste contexto, observamos de forma cristalina a crueldade
do autor contra a vítima, demonstrando que por motivo fútil e torpe ceifou a vida alheia. Sendo assim, não há outra alternativa, a não ser denunciar o autor HUMBERTO HENRIQUE SILVA SANTIAGO, para que o mesmo possa ser julgado pelo tribunal do júri pela prática dolosa e qualificada prevista no art. 121 §2 inciso I, II, IV.
DO PEDIDO
Isto posto, o MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE
GOIÁS vem perante esse digno Juízo requerer: 1- o recebimento da presente denuncia, seu processamento e a citação do réu para oferecer defesa no prazo legal, sob pena da decretação da revelia; 2- Que o acusado seja pronunciado e julgado posteriormente pelo tribunal do júri dessa comarca; 3- que seja condenado nos termos do art. 121 §2 inciso I, II, IV; 4- que sejam intimadas as testemunhas. Goiânia - GO, de de .
Emilly Vitória Souza Alves
Eduarda Soares de Oliveira Gabriella Victoria Pettine Oliveira Rafael Gonçalves Martins Sofia Nunes Soares Ana Carolina Modesto da Silva
Promotores de Justiça
Testemunhas:
1. Márcia de Oliveira Nunes esposa da vítima
2. Cleonice Guedes da Silva, vendedora de caldo em frente a distribuidora. 3. Eucario Júnior Martins Melo, brasileiro, vizinho do acusado.