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Unidade I

TÓPICOS ESPECIAIS EM
FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS
E TEÓRICOS DE DIREITO

Prof. Eduardo Iamundo


Filosofia e ciência

Filosofia:
 Universal.
 Abstrato.
 Conceitual.
Ciência:
 Generalização.
 Definição.
 Experiência.
Filosofia

Universal:
 Compreende o significado do que é o
ser.
 Ser: existe e consiste.
 Características generalizadas do ser não
pertencem aos estudos filosóficos.
Filosofia

Abstrato:
 O que há de mais universal no ser e não
o que há de particular.
 Apesar do veneno do exemplo: caneta.
 A reflexão filosófica não busca
apreender a caneta diante de cada um de
nós.
Filosofia

Conceitual:
 O conceito é o instrumento da reflexão
filosófica.
 Expressa o que há de mais universal no
ser.
 O conceito apreende o plural (canetas).
 A existência de todas as canetas.
Ciência

Generalização:
 Particularidades específicas. Ex.: desta/
esta/aquela caneta.
Definição:
 Definição é o resultado de um
procedimento denominado método
científico, o que é caneta.
Experiência:
 Método científico: hipótese.
Ciência

Hipótese:
 Verificação experiencial.
 Se por tal verificação, a hipótese for
confirmada, então, a hipótese passa para
a descrição explicativa e demonstrativa
do objeto colocado à prova.
 A hipótese no momento em que é
confirmada deixa a condição de hipótese
para a condição de tese.
Interatividade

A reflexão filosófica possui como marcas


as seguintes características:
a) Universalização, experiência e abstração.
b) Universalização, abstração e definição.
c) Universalização, abstração e
conceituação.
d) Universalização, abstração e experiência.
e) Universalização, abstração e método
científico.
Resposta

A reflexão filosófica possui como marcas


as seguintes características:
a) Universalização, experiência e abstração.
b) Universalização, abstração e definição.
c) Universalização, abstração e
conceituação.
d) Universalização, abstração e experiência.
e) Universalização, abstração e método
científico.
Filosofia do Direito

 Incorpora as características da filosofia e


da ciência.
Filosofia do Direito

 É o estudo dos fundamentos do discurso


do Direito e do discurso jurídico.
Filosofia do Direito

 Direito é ciência?
 Qual o padrão para a identificação/
definição do seu objeto?
 Padrão: norma jurídica.
Filosofia do Direito

Padrão da norma jurídica:


 Dever-ser, isto é, como deve ser o
comportamento das pessoas e das
instituições.
 Atenção: não é o comportamento das
pessoas e instituições como tais.
Filosofia do Direito

Conteúdo do padrão da norma jurídica:


 Valor.
 Atribuição de qualidade.
 Perdura e se mantém por um tempo no
interior da sociedade.
Filosofia do Direito

 Direito é justiça?
 O Direito está na esfera daquilo que é
determinado como direito.
 Justiça não é uma determinação de
tradição ou de racionalização dos
direitos, mas é um sentimento.
Interatividade

Considerando-se as características do
pensamento filosófico e das marcas da
ciência, é possível afirmar que:
a) O Direito é uma ciência do universal.
b) O Direito não é uma ciência, pois não
incorpora valores.
c) O Direito é uma ciência que possui
vários padrões.
d) O Direito é uma ciência que possui como
objeto a norma jurídica.
e) A incorporação do valor desqualifica a
filosofia do Direito.
Resposta

Considerando-se as características do
pensamento filosófico e das marcas da
ciência, é possível afirmar que:
a) O Direito é uma ciência do universal.
b) O Direito não é uma ciência, pois não
incorpora valores.
c) O Direito é uma ciência que possui
vários padrões.
d) O Direito é uma ciência que possui como
objeto a norma jurídica.
e) A incorporação do valor desqualifica a
filosofia do Direito.
Fundamentos filosóficos

Da filosofia para a filosofia do Direito:


 Justiça é o elo entre tais campos de
estudos.
 Por que o tema justiça?
 Porque justiça atende aos quesitos do
conceito.
Fundamentos filosóficos

Justiça na perspectiva da filosofia é:


 universal;
 abstrata;
 conceitual.
Fundamentos filosóficos

Obstáculos para conceituar justiça:


 Justiça: é muito mais sentimento do que
efetiva construção racional.
 A construção racional do conceito de
justiça incorpora a razão individual.
 Razão individual: subjetividade.
Fundamentos filosóficos

 Justiça exige a objetividade, isto é,


para todos!
Justiça:
a) não pode ser um valor relativo;
b) também não pode ser uma medida única:
é muito mais qualitativa do que
quantitativa;
c) não incorpora utilidade;
Fundamentos filosóficos

 Conceituar justiça (filosofia) ou definir


justiça (ciência).
 É sempre um movimento crítico dos
sentimentos e da razão.
Fundamentos filosóficos

Justiça sempre envolve concepções


divergentes entre:
 vício e virtude;
 orgulho e reconhecimento;
 é de natureza subjetiva e objetiva.
Fundamentos filosóficos

Justiça na esfera do conceito é um valor


que apreende:
a) muito mais do que distribuição certa das
coisas;
b) é uma atribuição de avaliação certa.
Fundamentos filosóficos

Justiça:
Comprometimento com as divergências
valorativas e com as desigualdades:
a) valorativas apreende a subjetividade
(indivíduo);
b) desigualdades apreende a objetividade
(coletivo).
Fundamentos filosóficos

Para tanto, é imperioso o seguinte


pressuposto para a compreensão do
significado de justiça:
 É uma universalização que tem sua
origem no singular.
 O singular é a própria manifestação
individual e coletiva.
Interatividade

Os envolvimentos de natureza individual e


coletiva permitem dizer que:
a) Justiça envolve tão somente questões de
sentimentos.
b) Justiça é, antes de tudo, de natureza
empírica.
c) É sempre um momento crítico: razão e
sentimentos.
d) Justiça envolve tão somente questões de
natureza racional.
e) Justiça é a prática da distribuição certa.
Resposta

Os envolvimentos de natureza individual e


coletiva permitem dizer que:
a) Justiça envolve tão somente questões de
sentimentos.
b) Justiça é, antes de tudo, de natureza
empírica.
c) É sempre um momento crítico: razão e
sentimentos.
d) Justiça envolve tão somente questões de
natureza racional.
e) Justiça é a prática da distribuição certa.
Fundamentos filosóficos

Conceito de justiça:
 A concepção grega clássica.
 A concepção teológica.
 A concepção jusnaturalismo racional.
Fundamentos filosóficos

A concepção grega clássica:


 Sócrates.
 Platão.
 Aristóteles.
Fundamentos filosóficos

Pressuposto comum aos três filósofos:


 Justiça é virtude.
Fundamentos filosóficos

Por ser virtude, incorpora o individual e o


coletivo:
 Individual: pensar e agir na esfera da
ética.
 Coletivo: pensar e agir na esfera da ética
para o bem comum.
Fundamentos filosóficos

Sócrates:
 Conhecer para a prática ética e, por
consequência, para o conhecimento da
justiça.
Fundamentos filosóficos

Platão:
 Acrescenta: para a prática da justiça é
imperiosa a seguinte condição:
 Sociedade com estrutura justa.
Fundamentos filosóficos

Platão:
 A construção de estruturas sociais e
políticas é a condição para pensar na
justiça e agir com justiça.
Fundamentos filosóficos

Platão:
 Obra: “A República”.
 Exposição de sociedade com estrutura
justa.
Fundamentos filosóficos

Aristóteles:
 Primeira manifestação na história de que
o conceito de justiça encontra-se
vinculado à definição.
Fundamentos filosóficos

Aristóteles:
 Justiça é a prática da virtude.
É a prática da virtude corretiva ou
distributiva:
 no particular;
 no coletivo;
 nas relações domésticas.
Interatividade

A concepção grega apresenta a natureza


ética da prática justa, assim é possível dizer
que:
a) Não há relação entre o individual e o
coletivo.
b) Não há relação entre justiça e o
universal.
c) Há relação entre o individual e o coletivo
na ideia de justiça, segundo Platão.
d) Sócrates estabelece relações empíricas.
e) Aristóteles afirma somente o particular.
Resposta

A concepção grega apresenta a natureza


ética da prática justa, assim é possível dizer
que:
a) Não há relação entre o individual e o
coletivo.
b) Não há relação entre justiça e o
universal.
c) Há relação entre o individual e o coletivo
na ideia de justiça, segundo Platão.
d) Sócrates estabelece relações empíricas.
e) Aristóteles afirma somente o particular.
ATÉ A PRÓXIMA!

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