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AS ESFERAS ESPIRITUAIS

As esferas espirituais são as diversas subdivisões vibratórias do Mundo dos Espíritos. Estão para a vida
extra-física assim como os continentes e os países estão para o mundo físico. Os antigos já aceitavam a idéia da
existência de muitos céus superpostos, de matéria sólida e transparente, formando esferas concêntricas e tendo a
Terra por centro.

Essa idéia, que foi a de todas as teogonias, faziam do céu os diversos degraus da bem-aventurança; o último
deles era abrigo da suprema felicidade. Segundo a opinião mais comum, havia sete céus e daí a expressão estar
no sétimo céu, para exprimir perfeita felicidade. Os muçulmanos admitem nove céus, em cada um dos quais se
aumenta a felicidade dos crentes. A teologia cristã reconhece três céus; é conforme esta crença que se diz que
Paulo foi alçado ao terceiro céu.

A obra Kardequiana, pelo fato de ser muito mais de síntese do que de análise, ocupou-se pouco com o exame
do Mundo dos Espíritos. Estudando as diversas obras do Codificador, notamos que os Espíritos foram muito
econômicos em informações à respeito de seu mundo. Foi a partir de 1943, com o livro Nosso Lar, de autoria
mediúnica do Espírito André Luiz, pelas mãos de Chico Xavier, que nós passamos a compreender, com maior
profundidade, as regiões extra-físicas.

Sabemos hoje, que:

Pela necessidade de entrosamento do trabalho comum, instalam-se os departamentos administrativos de


agremiações e fraternidades, cada um com seus respectivos órgãos direcionais; Em cada esfera, o solo
tem consistência material, e acima se vê o céu e o sol.
O mundo dos Espíritos é subdividido em várias faixas vibratórias concêntricas, tendo a Terra como
centro geométrico.
A atmosfera espiritual das diversas esferas será tanto mais pura e eterizada quanto mais afastadas da
crosta elas estiverem.
Diversas cidadelas espirituais, postos de socorro, ou instituições hospitalares estão distribuídas nas
diversas esferas, abrigando Espíritos em condições evolutivas semelhantes.
Os Espíritos de maior luminosidade habitarão, naturalmente, as esferas mais afastadas, embora tenham
livre trânsito entre elas e com freqüência visitem as esferas inferiores em tarefas regenerativas e
esclarecedoras.

O que são e aonde estão as As esferas Espirituais ou Colônias Espirituais?

O amor de Deus é gigante, sempre amparando-nos, jamais poderemos alegar ignorância e desproteção, pois em
todos os lugares temos possibilidades de conhecimento. È lei da vida, quem mais tem, oferece ao que menos
pode. Sempre iremos encontrar o apoio e o auxilio mútuo na beleza da vida.

O amor de Deus nos socorre sempre, somos amparados por forças que nos preservam, sempre o zelo, o cuidado
em todas as formas do existir, como refere Edgard Armond Irmandade dos homens na paternidade de Deus. Na
evolução através dos reinos da natureza as mônadas, ao penetrarem no reino humano, com o seu psiquismo em
início de formação, unem–se formando comunidades mais ou menos numerosas, e para cada um desses
agrupamentos existem espíritos protetores, na comunidade dos vegetais, dos animais, das tribos, dos estados,
das nações.

Sempre o amparo do amor de Deus a nós. Desta forma não poderíamos imaginar que na erraticidade
estaríamos sem o devido cuidado. Os céus são salpicados de colônias espirituais que são refúgios de acolhida,
hospitais, oficinas, escolas de todos nós, espíritos em evolução.

A grande obra "Nosso Lar", pelo espírito André Luiz, psicografada por Francisco Cândido Xavier, traz ao nosso
conhecimento informações sobre a criação da colônia espiritual Nosso Lar, localizada sobre a cidade do Rio de
Janeiro, que fora idealizada por um grupo de espíritos portugueses desencarnados no Brasil no século XVI. Na
primeira obra da série, o médico André Luiz relata suas experiências após a morte física, perambulando oito
anos no umbral, região de sofrimento vizinha à Terra, e seu recolhimento nessa cidade.
Descreve sua perfeita organização socialista cristã:

O governador é o espírito mais bem devotado ao bem comum, seus diversos ministérios, da regeneração, do
auxílio, da comunicação, do esclarecimento, da elevação e da união divina, congregam os habitantes no
trabalho e a música é utilizada em todos os recantos da colônia. No livro "Tormentos da Obsessão", de Manoel
Philomeno de Miranda (espírito), psicografia de Divaldo Pereira Franco, encontramos o Sanatório Esperança,
obra esta dirigida por Eurípedes Barsanulfo, dedicada à assistência de espíritos em necessidade.

Sobre a cidade de São Paulo há descrições da Casa de Dr. Bezerra de Menezes com vários pavilhões de
socorro, instruções e refazimento. Há informes sobre a organização desta Casa desde 1950 trazidas por Edgard
Armond, passamos a descrever o setor administrativo do conjunto:

1º Pavimento:

▬ Pela necessidade de entrosamento do trabalho comum, instalam-se os departamentos administrativos de


agremiações e fraternidades, cada um com seus respectivos órgãos direcionais;

2º Pavimento:

▬ Neste encontram-se fichários dos freqüentadores das Casas materiais, para cada irmão encarnado que a
busca faz-se uma ficha completa da qual constam as dificuldades a vencer e o auxílio que podem receber, faz-se
à lei do carma. Há também neste pavimento fichas dos colaboradores encarnados ligados aos trabalhos da Casa;

3º Pavimento:

▬ È destinado a conferências evangélicas para assembléias de espíritos encarnados, previamente selecionados,


e que assim no abandono do corpo físico durante o sono, privam com as entidades maiores, palestras agradáveis
e instrutivas;

4º Pavimento:

▬ Localizam-se os mais variados centros de estudos psiquiátricos, não somente para os freqüentadores das
Casas materiais, como também para trabalhos espirituais selecionados, que recebem o amparo, o estímulo e os
esclarecimentos necessários ao prosseguimento de suas tarefas espirituais na Terra. Há outros prédios que
circundam a sede do espaço, são todos de auxílio aos encarnados.

Faremos parte de uma colônia espiritual dessas proporções quando desencarnarmos?

Tudo está em nossas decisões.

Como vivemos?
Buscamos a paz?
Escolhemos o bem?
Se a resposta for positiva, ótimo!

O amor de Deus é gigante, sempre amparando-nos, jamais poderemos alegar ignorância e desproteção, pois em
todos os lugares temos possibilidades de conhecimento e sempre socorridos por espíritos benfeitores em locais
que nos permitam ampliar conhecimentos suavizando nossas dores.

Que possamos ter olhos de ver e ouvidos de ouvir, percebendo que seguimos sob tutela de espíritos de amor,
fazendo parte, cada um de nós, de uma colônia espiritual, que se responsabiliza por nossa evolução.
Recordemos que Jesus nos pede amor em todas as condições, pautemos nossas horas sob a tutela do amor e
seremos felizes. André Luiz dá o nome de Umbral às três primeiras esferas, contadas a partir da crosta, e
segundo este autor, a região umbralina é habitada por Espíritos que ainda necessitam reencarnarem no planeta
Terra, comprometido que estão com vida neste orbe.

Sobre o umbral, André Luiz Nosso Lar dá o seguinte depoimento:

"É a zona obscura de quantos no mundo não se resolveram atravessar as portas dos deveres sagrados,
demorando-se no vale da indecisão ou no pântano dos erros numerosos. Funciona como região de
esgotamento de resíduos mentais. Pelo pensamento os homens encontram no Umbral os companheiros
que afinam com as tendências de cada um. Cada Espírito permanece lá o tempo que se faça necessário."

Informa também André Luiz que os Espíritos que estão nas esferas superiores podem transitar pelas esferas que
lhes estão abaixo, mas os Espíritos que estão nas esferas inferiores não podem, sozinhos, passar para as
superiores.

As esferas espirituais:

Os livros de André Luiz dão-nos informações detalhadas a respeito da vida nas três primeiras esferas
espirituais. Segundo ele, estas faixas vibratórias são formadas de inúmeras cidadelas espirituais, umas maiores,
outras menores, onde se reúnem Espíritos em condições evolutivas semelhantes.

As condições de sociabilidade das esferas mais purificadas nos são totalmente desconhecidas, no entanto,
a vida nas regiões mais próximas da crosta desenvolvem-se de maneira semelhante. Em todas as faixas o
solo tem uma consistência material e vê-se o céu e o sol. Os edifícios são parecidos com os da Terra. Nas
cidades (ou colónias) espirituais também vamos encontrar casas, hospitais, escolas, templos, bibliotecas,
etc. Iniciando pelo sono e repouso, vamos num resumo explicar mais ou menos como funciona cada ítem:

O Sono e o Repouso:

▬ O espírito tem direito apenas a uma casa astral onde vai viver e repousar, enquanto estiver no plano
espiritual. Quando esses espíritos dormem, há um sono semelhante ao nosso, funcionando apenas como um
repouso reparador, mas, também, em algumas ocasiões, durante o sono, eles se desprendem com lucidez,
conscientemente, usando o corpo mental, e se dirigem para lugares os mais variados possíveis e diversas
dimensões espirituais. Nestas cidades espirituais há toda uma administração organizada, seres que cuidam de
todos os setores da vida nessas comunidades espiritiuais, mantendo a vida em perfeita concordância com os
princípios crísticos, para garantirem a evolução de todos.

Os espíritos mais evoluídos destas colônias tem funções mais elevadas, e, assim, tem condições de dirigirem e
orientarem, sempre para o bem comum, a vida de todos. Em algumas colônias, existe geralmente um
Governador Espiritual, chefe maior da colônia, vários Ministros, etc. Deixamos claro que tudo depende do nível
evolutivo da colônia e de como se organizam. Há cidades espirituais que se organizam de forma completamente
diferente.

A Habitação:

Há semelhança com a que existe na Terra. No plano extra-físico vamos identificar casas, hospitais, escolas,
templos, etc. Ernesto Bozzano em A Crise da Morte, afirma que a paisagem astral se compõe de duas séries de
objetivações do pensamento:

A primeira é permanente e imutável, por ser objetivação do pensamento e da vontade de entidades espirituais
muito elevadas, prepostas os governo das esferas espirituais.
A segunda é, ao contrário, transitória e muito mutável; seria a objetivação do pensamento de cada entidade
desencarnada, criadora do seu próprio meio imediato.

Examinando o pensamento deste autor, podemos aceitar que as construções das colônias espirituais enquadram-
se na primeira série, enquanto a paisagem das regiões umbralinas pertencem a segunda.

A Água:

▬ A água utilizada ali, tanto como o alimento quanto como remédio, vem do Bosque da Águas; ela é mais
tênue e pura que a da Terra, quase fluida, pois a densidade é diferente. Sua magnetização e distribuição são
feitas pelo Ministério da União Divina, sendo essa atividade um dos únicos serviços materiais exercidos por ele.

A Educação:

▬ Há também lugares reservados para a educação, estudos e conferências; são os chamados “salões verdes”.
Eles se localizam nos parques do Ministério do Esclarecimento, dentro de um castelo de vegetação em forma de
estrela. Os moradores do Nosso Lar acreditam que os estudos formam a base justa para a resolução de
problemas e que, com os espíritos reunidos, compartilhando opiniões e experiências, são capazes de tomar
decisões sem se converterem a opiniões pessoais.

Já recuperado e mais bem disposto, André sai do hospital e se instala na casa da família espiritual do amigo e
auxiliar de sua recuperação, Lísias. Ali, aprende a valorizar ainda mais o lar através dos ensinamentos da mãe
de Lísias.

O lar:

▬ O lar na Terra é muito semelhante ao do Nosso Lar, ou melhor, como é dito a André: “o lar terrestre é que,
de há muito, se esforça por copiar esse instituto doméstico”. Porem, os casais terrestres muitas vezes se deixam
ser invadidos pelo ciúme, pelo egoísmo e pelas vaidades pessoais, deixando para trás o sentido real do lar. D.
Laura, a mãe de Lísias, explicou a André que “o lar é como um ângulo reto nas linhas do plano da evolução. O
lar é o sagrado vértice onde o homem e a mulher se encontram para o entendimento indispensável”.

O casamento:

▬ Diz também que nele as pessoas devem se unir espiritualmente antes que corporalmente, e viver com todo o
coração e com toda a alma. O casamento espiritual é realizado através da combinação vibratória, da afinidade
máxima, não uma união que vai se desgastando com o tempo, como ocorre muitas vezes na Terra. O Nosso Lar
defende o equilíbrio através do amor e, a partir desse sentimento, homens, e mulheres realizam suas funções e
compartilham experiências

O Trabalho:

▬ André, em meio a tantos ensinamentos e com a disposição renovada, começa a sentir necessidade de voltar
a trabalhar, era médico na Terra. E como “quando alguém deseja algo ardentemente, já se encontra a caminho
da realização”, ele foi aceito no auxílio aos enfermos, não como médico, pois ainda não poderia ocupar tal
função em Nosso Lar, mas como um aprendiz. O trabalho nessa cidade é tal qual na Terra. Existe uma jornada
de trabalho, com descanso obrigatório.

O bônus-hora:

▬ O pagamento, evidentemente, não é nada material como em nosso mundo, mas uma espécie de experiência
em determinadas áreas, o que auxilia no crescimento do espírito; ganha-se também o bônus-hora. O bônus-hora
é uma ficha de serviço individual e funciona como valor aquisitivo. A produção de vestuário e alimentação
pertence a todos em comum, assim como engrandecimento do patrimônio; os que trabalham adquirem direitos
justos, o que lhes permite escolher o que querem usar e aonde querem ir.

A propriedade é relativa, e sua aquisição é feita à base de horas de trabalho. As construções representam
patrimônio comum nessa cidade, sob controle da Governadoria. Cada família espiritual pode adquirir somente
um lar, apresentando 30 mil bônus-hora, o que pode ser conseguido com algum tempo de trabalho. Os trabalhos
manuais, pesados ou com sacrifícios pessoas têm seu reconhecimento multiplicado, diferentemente da Terra.
André é informado que, muitas vezes, os milionários terrenos são mendigos de alma, pois o verdadeiro ganho
para as criaturas é de natureza espiritual.

Os bônus-hora podem ser gastos, porém no Nosso Lar é mais valioso o registro individual da contagem de
tempo de serviço útil, que confere aos trabalhadores o direito a títulos preciosos; quanto maior for esse número,
mais intercessões poderão ser feitas por essa criatura em relação à elevação e defesa da alma. A herança nessa
cidade é apensa a do lar, nunca a de bônus-hora.

A Comunicação:

▬ André explica que dessa cidade não se ouvem vozes da Terra; as transmissões são feitas através de forças
vibratórias mais sutis que as da esfera da crosta, as vibrações do pensamento. Ele fica sabendo que, no inicio da
colônia, as vozes terrenas podiam ser ouvidas; porém, boatos assustadores e problemas pertubavam as
atividades em geral, provocando muita indisciplina em Nosso Lar. Para manter a ordem, há dois séculos, um
dos ministros da União Divina havia pedido que alguma atitude fosse tomada para melhorar a situação,
valendo-se dos ensinamentos de Jesus, que manda os vivos enterrar seus mortos e, desde então, a comunicação
passou a ser à base de vibrações.

A Reencarnação:

▬ O esforço de cada um em seu trabalho contribui para as vibrações de paz dentro dessa colônia e em geral,
depois de certo tempo de serviço e aprendizado, os espíritos voltam a reencarnar para atividades de
aperfeiçoamento.

Os Arquivos:

▬ Nessa cidade espiritual também existe uma seção de arquivos onde estão guardadas anotações particulares
de cada um, as lembranças. Conforme o espírito desenvolve segurança em si mesmo, são permitidas as
lembranças de outras vidas. André é avisado de que essas lembranças apenas informam, sendo necessário, para
o conhecimento profundo de seu espírito, muita meditação e passes no cérebro, que ajudariam a despertar
energias adormecidas.
Segundo os relatos de André, a morte do corpo conduz o homem a situações miraculosas. O espírito está
constantemente em processo evolutivo e, portanto, passará por inúmeros planos e pelas múltiplas regiões para o
desencarnados, obedecendo a princípios de desenvolvimento natural e a uma hierarquia considerada justa. E é
imprescindível o reconhecimento de apenas um Deus.

A Flora e Fauna:

▬ O solo do mundo espiritual œ tal como acontece com o da Terra œ está coberto por uma enorme variedade
de plantas e árvores, flores e vegetais. Quanto aos animais, regra geral reencarnam quase logo a seguir à morte
física, embora, às vezes, possam ficar mais tempo no Além para serem usados em tarefas específicas, para as
quais são preparados pelos espíritos que estão encarregados de se ocuparem exclusivamente deles.

As cidades são dirigidas por um Governador, que exerce sobre os outros habitantes a autoridade que lhe é
conferida pela sua superioridade moral. No mundo espiritual cada pessoa ocupa o cargo para o qual está
capacitada pelas suas aptidões, porque ali só contam a capacidade e a moral, e são estas duas que fazem com
que se assuma a chefia de um departamento, ou um outro cargo qualquer de maior responsabilidade

O Vestuário:

▬ A apresentação externa dos Espíritos depende de sua força mental e de seu desejo, pois eles são capazes de
modificarem a sua aparência por um processo denominado ideoplastia. Nem todos os Espíritos, no entanto, têm
condição evolutiva suficiente para plasmarem suas vestes perispirituais, donde a necessidade de roupas
confeccionadas por especialistas na área. André Luiz Nosso Lar mostra departamentos reservados a esta tarefa.

A Alimentação:

▬ Nem todos os Espíritos são capazes de retirar do Fluido Cósmico Universal a energia reparadora para as
suas células, daí a necessidade dos Espíritos materializados, alimentarem-se de recursos energéticos mais
consistentes. Por esse motivo, observam-se no mundo espiritual alimentos a base de sucos , sopas e frutas;

Os Transportes:

▬ Os Espíritos superiores se locomovem através de um processo denominado volitação, onde transforma a sua
energia latente em energia cinética, deslocando-se no espaço em altas velocidades. No entanto, Espíritos
existem, que ainda não desenvolveram esta faculdade, daí a necessidade de veículos para transporte nas faixas
espirituais mais próximas da Terra.

Os animais:

▬ Como regra geral, reencarnam quase imediatamente após a morte, no entanto, em certas ocasiões, eles
podem vir a ser preparados por entidades especializadas para serem utilizados em tarefas específicas.

Muitas vezes, no entanto, as descrições da paisagem espiritual, quando falam de "formas animalescas", estão se
referindo a Espíritos humanos em processo de deterioração de seus corpos espirituais (licantropia ou
zoantropia), como também de "formas ideoplásticas", fruto do pensamento e da vontade de entidades viciosas
do astral inferior.

A Linguagem:

▬ A linguagem oficial entre os Espíritos é a do pensamento. No entanto, muitas almas ainda involuídas, não
conseguem se comunicar através do pensamento, donde a necessidade de palavra articulada. Assim sendo,
vamos observar colônias onde se fala o português, o inglês, etc.
A Vida Social:

▬ A vida social nas colônias espirituais é intensa e tem como objetivo a preparação dos Espíritos para o seu
retorno a Terra em nova roupagem física. Estudam, trabalham, repousam e se divertem. Há relatos de
casamento, festas e jogos, segundo hábitos e costumes da colônia.

O Maria João de Deus [Cartas de Uma Morta] afirma:

▬ "Os saxões, os latinos, os árabes, os orientais, os africanos, formam aqui grandes falanges à parte, e em
locais diferentes uns dos outros. Nos núcleos de suas atividades conservam os costumes que os caracterizavam
e é profundamente interessante verificar como essas colônias diferem umas das outras."

A Religião:

▬ Em certo momento do relato de André há uma crítica às igrejas e aos sacerdotes políticos, justificando que,
sem o sopro divino, as personalidades religiosas não serão capazes de inspirar respeito, admiração, fé e
confiança em seus seguidores. O Espiritismo, sendo uma religião que une o amor às ciências do espírito, surge
e cresce como uma esperança e um consolo para a humanidade. Dentro dessa doutrina, o espírito é tratado
como um núcleo irradiante de forças que criam, transformam ou destroem, exteriorizadas em vibrações que a
ciência terrestre ainda não é capaz de compreender.

Segundo os moradores da colônia espiritual, quando desencarnados, os espíritos que não tiveram uma
preparação religiosa no mundo sofrem dolorosas perturbações (como as que André sofrera nos primeiros anos
após a morte de seu corpo físico). Eles ficam presos no Umbral, separados dos homens encarnados pelas leis
vibratórias; lá, espíritos semelhantes se agrupam conforme o tipo de vibrações que vivenciam.

Manoel Philomeno de Miranda em Loucura e Obsessão lembra-nos:

▬ "Católicos, protestantes e outros religiosos após a morte, não se tornam espíritas ou conhecedores da
realidade ultra-tumular; ao revés, dão curso aos seus credos, reunindo-se em grupos e igrejas afins." Cabe-nos
lembrar que nem todas as cidadelas espirituais têm uma orientação sadia, voltada para o bem e para o equilíbrio
das criaturas. André Luiz em "Libertação" diz:

"Incapacitados de prosseguir, além do túmulo, a caminho do Céu que não souberam conquistar, os filhos do
desespero organizam-se em vastas colônias de ódio e miséria moral, disputando entre si a dominação da Terra."
Mas lembra também o benfeitor que, a Misericórdia Divina não os desampara pois, são observados e assistidos
por entidades luminosas.

O Umbral:

▬ O Umbral está ligado à Terra, pois tudo que a Humanidade emite através de ondas mentais, ou seja, através
de pensamentos pesados, carregados de ódio, raiva, etc., envolve inicialmente o nosso próprio planeta, depois é
projetado para fora dele, até os limites dessas cidades espirituais inferiores, atingindo principalmente as regiões
espirituais mais próximas.

Por tudo que falamos acima, pelo homem terreno influenciar, irradiar cargas pesadas, em forma de pensamentos
e sentimentos negativos aos planos inferiores, é que se ligam aos seres humanos, espíritos negativos, por uma
afinidade energética recíproca, pois os semelhantes se atraem. Outro motivo é que pelo homem "sujar"
energeticamente os planos inferiores, com energias deletérias, é que é permitida a influência desses seres
espirituais "umbralinos", podendo atuar e "sujar" nossa Terra e a vida dos humanos que se ligam à eles, por
suas próprias atitudes, comportamentos, pensamentos e sentimentos. Portanto, é melhor nos ligarmos somente
aos seres espirituais de luz, pois eles somente poderão nos ajudar.
As Trevas:

▬ Existe também um lugar pior e inferior ao Umbral que são as Trevas (brevemente citado no livro do Chico
Xavier "Nosso Lar", situada abaixo da crosta terrestre, que aqui não vamos entrar em detalhes, mas salientamos
que muitos assassinos violentos, marginais e criminosos de todas as naturezas, ficam nessas regiões, por longos
e penosos períodos, até voltarem seu espírito ao Autor da Vida, com profundade e respeito, e principalmente
humildade e sinceridade de coração.

Em muitos lugares do plano espiritual inferior, existem verdadeiras e grandes prisões espirituais, com grades
astrais mesmo, onde ficam os espíritos trevosos e perversos. Cabe esclarecer que essas grades são para os
espíritos que lá estão confinados tão materiais quanto seriam as grades para os criminosos da Terra, ou seja, são
intransponíveis.

Os Suicidas:

▬ No caso do suicídio, esse gesto além de ter prejudicado, por completo, a vida recém-finda, pode prejudicar
também várias vidas futuras na matéria, ou seja, não repercute apenas na vida posterior ao suicídio, pode
repercurtir também em outras tantas, "dependendo do impacto causado na onda com a força da pedra", até que a
harmonia volte a reinar no interior do ser em consonância com as Leis de Deus até que o homem volte a
caminhar respeitando essas Leis, sendo beneficiado por elas, e não as infringindo, causando mal para si próprio.

O Homem após a Morte:

Lembra-nos Kardec que "após a morte, cada um vai para o lugar que lhe interessa", pois cada individualidade
vai deslocar-se, após o desencarne, para a região espiritual que está em concordância com o seu modo de ser e
viver. E complementa [ESE]: "Enquanto uns, não podem afastar-se do meio em que viveram, outros se elevam
e percorrem o espaço. Enquanto certos Espíritos culpados erram nas trevas, os felizes gozam de uma luz
resplandecente."

De forma didática, podemos sistematizar as opções do homem após a morte física em três situações:

1 - Continuar Vivendo na Crosta:

São Espíritos excessivamente apegados a vida física e que não conseguem assumir a sua condição de
desencarnados, continuando a viver nos locais onde se habituaram, às vezes sem ao menos darem-se conta de
que já não mais pertencem ao mundo material.

Alguns fatores que podem condicionar a este apego a vida material:

Desejo de vingança;
Ignorância, confusão e medo;
Vinculação a negócios não concluídos;
Apegos excessivos a pessoas e lugares;
Inclinações pelas drogas, álcool, fumo, comida e sexo.

2 - Deslocarem-se para certas regiões do Umbral:

Muitos Espíritos culpados ou viciosos, após o desencarne, são levados por uma força magnética automática
ou por entidades do mal, para uma das regiões umbralinas e lá permanecerão até que o arrependimento e a
vontade de reparar o passado modifiquem a sua psicosfera pessoal.

3 - Recolhimento a uma Colônia Espiritual onde deverão integrar-se à Vida Extra-Física.

A vida no homem na Terra é causada por uma série de fatores espirituais quase incompreensíveis, porém vale
sempre lembrar que o beneficiado é sempre ele próprio. Apesar de muitas doutrinas e filosofias espiritualistas
pregarem o desapego a vida, às coisas materiais, nós dizemos o contrário disso. É necessário e indispensável,
ter um grande apego e apreço enorme pela vida. A vida tem muito valor. Ela é valiosa. É uma grande
oportunidade que deve ser aproveitada a cada segundo para construirmos nossa felicidade e a de nossos irmãos.
Tem gente que espera morrer, sem realizar nada, sem ao menos tentar. A sorte, a felicidade, o bem-estar, estão
a disposição de todos que se esforçam em lutar.

Para o preguiçoso e o comodista tudo parece dar errado. As pessoas, em geral, querem tudo com
facilidade. As facilidades, as ilusões, o desvio e não cumprimento do Dharma (dever), da Boa Lei, a falta de
ombridade de caráter, moral e bons costumes, afastam todos do caminho.

O caminho é maravilhoso para quem contribui, se ajudando, e, assim, sendo ajudado pela correnteza da vida
que corre a seu favor. Quem não se ajuda, nada contra a correnteza e a vida fica complicada. A inteligência do
que é bom e saudável para nós dirige a ação e a vontade determinada de mudar, porque é necessário e preciso.
Esforçando-nos para mudar, a vida toma outros rumos, maiores e melhores, nunca antes sonhados.

É necessário dizer que cada um é um e não há dois iguais. Mas a Justiça Divina é sempre feita, em todo
Universo. Prefirimos não usarmos o termo justiça, pois já ficou consagrado, em uma de suas partes, que é algo
que pune, castiga, etc.

Prefirimos usar o termo AMOR DIVINO, pois o Amor do Nosso Pai Deus Criador, não castiga, mas reconhece
as falhas humanas, que precisam ser corrigidas, para cada um construir sua própria felicidade. Então, para o
BEM deles, para a felicidade tão próxima de cada espírito, é necessário transformar o chumbo humano em ouro
puro espiritual, através da alquimia divina efetuada pelo próprio ser. Isso é feito em muitas reencarnações, em
muitos renascimentos, através de esforços constantes de progresso.

Portanto, concluímos dizendo que:

A VIDA EM UMA COLONIA ESPIRITUAL

“Não se turbe o vosso Coração, crede em Deus, e crede também em mim. Há muitas moradas na Casa do meu
Pai: Se assim, não fosse já eu vo-lo teria dito, pois me vou para vos preparar o lugar, voltarei e vos retirarei para
mim, a fim de que onde eu estiver, também, vós aí estejais( S. João, Cap. XIV, versículos 1 a 3).

1. No Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec traz no capítulo III-Há muitas moradas na casa de
meu Pai, demonstra as diferentes categorias de mundos habitados: Mundos primitivos destinados às primeiras
encarnações da alma humana; Mundos de expiações e provas onde domina o mal; Mundos de Regeneração, nos
quais as almas que ainda têm o que expiar e haurem novas forças, repousando das fadigas da luta; Mundos
ditosos, onde o bem sobrepuja o mal. Mundos celestes ou divinos, habitações de espíritos depurados, onde
exclusivamente reina o bem. A Terra pertence à categoria dos mundos de expiações e provas, razão porque aí
vive o homem a braços com tanta miséria.

2. O nosso sistema solar até hoje, é composto de 8 planetas, satélites, planetas anões asteróides e centenas
de colônias espirituais, são: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano, Netuno, Plutão(este
último considerado, recentemente, de planeta, anão). A Colônia Nossa Lar, citada por André Luiz, e tantas
outras.

3. No Livro dos Espíritos a pergunta 234, que, assim, se lê: “Há de fato como foi dito mundos que servem
de estações ou pontos de repouso aos espíritos errantes? Resposta: Sim, há mundos particularmente destinados
aos seres errantes, mundos que lhes podem servir de habitação temporária, espécie de bivaques (acampamentos)
de campos onde descansem de uma demasiada longa erraticidade, estado este sempre um tanto penoso. São
entre outros mundos, posições intermediárias, graduadas de acordo com a natureza dos espíritos que a elas
podem ter acesso e onde eles gozam de maior ou menor bem-estar.”

4. Na pergunta 235 do citado do Livro L.E. “Enquanto permanecem nos mundos transitórios os Espíritos
progridem? Resposta: Certamente. Os que vão a tais mundos levam o objetivo de se instruírem e de poderem
mais facilmente obter permissão para passar a outros lugares melhores e chegar à perfeição.”

5. No capítulo III No Livro o Céu e o Inferno ou a Justiça Divina segundo o Espiritismo, Kardec tratou das
questões fundamentais da vida após a morte: O Céu. O Inferno, O Limbo e o Purgatório. – “O céu, em geral,
esta palavra designa o espaço indefinido que circunda a Terra e mais particularmente a parte que está acima do
nosso horizonte. Os antigos acreditavam na existência de muitos céus superpostos de matéria sólida e
transparente, formando esferas concêntricas e tendo a Terra por centro. Essa idéia provinda da deficiência de
conhecimentos astronômicos foi a de todas as teogonias dos céus, assim, escalados, os diversos degraus das
bem-aventuranças: O último deles era o abrigo da suprema felicidade. Segundo a opinião comum havia sete
céus.”

6. O Inferno:

▬ E a instituição das penas futuras foram de todas as épocas. No passado o homem acreditou, por intuição que
na vida futura seria feliz ou infeliz conforme o bem ou mal praticado neste mundo. A idéia porém dessa vida
está em relação com o seu desenvolvimento, senso moral e noções mais ou menos justas do seu senso moral. As
penas e recompensas são o reflexos dos instintos predominantes do homem do passado. Depois surgiu o Inferno
Cristão imitado do Inferno Pagão, que são lugares não localizados, mas de sofrimentos eternos.

7. O Limbo:

▬ Como os demais lugares foi um dogma católico que serve para as crianças falecidas em tenra idade, sem
fazer mal algum, não podendo ser condenadas ao mal eterno.

8. O Purgatório:

▬ Não existe nenhuma menção na Bíblia ao mesmo, que só foi admitido no ano de 593 d.C. – É
incontestavelmente um dogma mais racional e mais conforme com a Justiça de Deus que o Inferno, pois
estabelece penas rigorosas mais resgatáveis para as faltas de gravidade mediana. O Princípio do Purgatório é,
pois fundado na equidade, porque comparado à justiça humana, é a detenção temporária a par da condenação
perpétua. Portanto, sem o Purgatório, só há para as almas duas alternativas extremas: A suprema felicidade ou o
eterno suplicio. É nessa hipótese, que seria das almas somente culpadas de ligeiras faltas? Ou compartilharia da
felicidade dos eleitos, ainda quando imperfeitas, ou sofreriam o castigo dos maiores criminosos, ainda quando
não houvesse feito muito mal, o que seria nem justo, nem racional.

9. André Luiz – Espírito. Quem foi André Luiz.

▬ De acordo com o Escritor Luciano dos Anjos, do Brasil, que pesquisou a vida de 286 médicos
desencarnados no período de 1926 a 1936, descobriu que 68 médicos morreram com problemas circulatórios ou
de problemas gastro/intestinal. Chegando, por último, a conclusão pelas suas descobertas que André Luiz foi,
na Terra, na última reencarnação, o Dr. Faustino Monteiro Esposel, nascido no Rio de Janeiro em 24.10.1988,
tendo desencarnado, também, no Rio de Janeiro no dia 16.09.1931, vivendo na última reencarnação apenas 42
anos. 10 meses e 22 dias. O Dr. Faustino Esposel foi um notável Médico. Professor. Sanitarista. Cientista da
Neurologia e Psiquiatria, tendo realizado trabalhos notáveis no Brasil e no exterior.

10. Chico Xavier e André Luiz – Luiz – Espírito.

Conta Chico Xavier que nos anos de 1939 começou a sentir a presença de André Luiz-Espírito que lhe foi
ditando um novo livro mediúnico de sua autoria que depois de escrever deu o nome de Nosso Lar. Chico pede-
lhe o nome do autor e ele sugere colocar nome de André Luiz o mesmo nome do irmão encarnado de Chico
Xavier. Emmanuel prefaciou o livro em 03/10/1943, sendo o editado em 1944 pela Federação Espírita
Brasileira.

11 André Luiz – Zonas Inferiores – O Livro Nosso Lar

▬ Eu guardava a impressão de perdido a idéia de tempo. A noção de espaço esvaíra-se de há muito tempo.
Estava convicto não mais pertencer ao número dos encarnados do mundo e, no entanto, meus pulmões
respiravam a longos haustos. Desde quando me tornara joguete de forças irresistíveis? Impossível esclarecer.

Sentia-me, na verdade, amargurado duende nas garras escuras do horror. Cabelos eriçados, coração aos saltos,
medo terrível senhoreando-me, muita vez gritei como louco, implorei piedade e clamei o doloroso desânimo
que me subjugava o Espírito: Mas, quando o silêncio implacável não absorvia a voz estentórica, lamentos mais
comovedores, que os meus, respondiam-me aos clamores. Outras vezes, gargalhadas sinistras rasgavam a
quietude ambiente. Algum companheiro desconhecido estaria a meu ver, prisioneiro da loucura.

Formas diabólicas, rostos alvares, expressões animalescas surgiam de quando em quando, agravando-me o
assombro. A paisagem, quando não totalmente escura, parecia banhada de luz alvacenta. Como que
amortalhada de neblina espessa, que os raios de sol aquecessem de muito longe.

E a estranha viagem prosseguia... Com que fim? Quem poderia dizer? Apenas sabia que fugia sempre... O
Medo me impedia de roldão. Onde o lar, a esposa, os filhos? Perdera a noção de rumo. O receio do ignoto, o
pavor da treva, absorviam todas as faculdades de raciocínio, logo que me desprendera dos últimos laços físicos,
em pleno sepulcro!

Suicida! Suicida! Suicida!

▬ Infame – Gritos, assim, cercavam-me todos os lados. Onde os sicários do coração emperdenido? Por vezes,
enxergava-se de relance, escorregadios na treva espessa, quando o seu desespero atingia o auge, atacava-os,
mobilizando extremas energias. Em vão, porém, esmurrava o ar no paroxismo da cólera. Gargalhadas
sarcásticas feriam-me os ouvidos, enquanto vultos negros desapareciam...

Ah! É preciso haver sofrido muito, para entender todas as misteriosas belezas da oração; é necessário haver
conhecido o remorso, a humilhação, a extrema desventura, para tomar com eficácia o sublime elixir da
esperança. Foi nesse instante que as neblinas espessas se dissiparam e alguém surgiu um emissário dos Céus.
Um velhinho simpático me sorri paternalmente. Inclinou-se fixou nos meus os grandes olhos lúcidos, e falou:
Coragem meu filho! O Senhor não te desampara.

Quem sois generoso emissário de Deus?

▬ O inesperado benfeitor sorriu bondoso e respondeu: Chamo-me Clarencio, sou apenas teu irmão. E
percebendo o meu esgotamento, acrescentou: Agora, permanece calmo e silencioso. É preciso descansar para
reaver energias. Em seguida, chamou dois companheiros que guardavam atitude de servos desvelados e
ordenou: Prestemos ao nosso amigo os socorros de emergência. Alvo lençol foi estendido ali mesmo à guisa de
maca improvisada, apresentando-se ambos os cooperadores a me transportarem generosamente. Quando me
alçavam, cuidadosos. Clarencio meditou um instante e esclareceu como quem recorda inadiável obrigação:
Vamos sem demora. Preciso atingir “Nosso Lar”

12. O UMBRAL – André Luiz.

Após receber tão valiosas elucidações, aguçava-se-me o desejo de intensificar a aquisição de conhecimentos
relativos a diversos problemas que a palavra de Lísias sugeria. As referências a espíritos do UMBRAL
mordiam-me a curiosidade. A ausência de preparação religiosa, no mundo, dá motivo às dolorosas
perturbações. Que seria o UMBRAL? Conhecia, apenas a idéia do Inferno e do purgatório através dos sermões
ouvidos nas cerimônias católico-romanas a que assistira, obedecendo a preceito protocolares. Desse Umbral,
porém, nunca tivera notícias. Ao primeiro encontro com o generoso visitador minhas perguntas não se fizeram
esperar. Lísias ouviu-me atencioso e replicou: Ora. Ora. Pois você andou detido por lá tanto tempo e não
conhece a região? Recordei os sofrimentos passados, experimentando arrepios e horror.

O UMBRAL – continuou ele solícito – começa na Crosta terrestre:

▬ É a zona obscura de quantos no mundo não se resolveram a atravessar as portas dos deveres sagrados a fim
de cumpri-los demorando-se no vale da indecisão ou no pântano dos erros clamorosos. Quando o espírito
reencarna, promete cumprir o programa de serviços do Pai; entretanto, ao recapitular experiências no planeta, é
muito difícil fazê-lo, para só procurar o que lhe satisfaça o egoísmo. Assim que, mantidos são o mesmo ódio
aos adversários e a mesma paixão pelos amigos. Mas, nem ódio é justiça, nem paixão é amor. Pois bem: todas
as multidões de desequilibrados permanecem nas regiões nevoentas, que se seguem os fluidos carnais.

O dever cumprido é uma porta que atravessamos no infinito, rumo ao continente sagrado da união com o
Senhor. É natural, portanto, que o homem esquivo à obrigação justa tenha essa benção indefinidamente adiada.
Adicionou: - Imagine que cada um de nós, renascendo no planeta, somos portadores de um fato sujo, para lavar
no tanque da vida humana. Essa roupa imunda é o corpo causal, tecido por nossas mãos, nas experiências
anteriores. Compartilhando, de novo, as bênçãos da oportunidade terrestre, esquecemos, porém, o objetivo
essencial, ao invés de nos purificarmos pelo esforço da lavagem, manchamo-nos ainda mais, contraindo novos
laços, e encarcerando-nos a nós mesmos em verdadeira escravidão.

Ora, se ao voltar ao mundo, procurávamos um meio de fugir a sujidade, pelo desacordo de nossa situação com o
meio elevado, como regressar a esse mesmo ambiente luminoso, em piores condições? O UMBRAL funciona,
portanto, como região destinada a esgotamento de resíduos mentais; uma espécie de zona purgatorial, onde se
queima a prestação o material deteriorado das ilusões que a criatura adquiriu por atacado, menosprezando o
sublime ensejo de uma existência terrena. Fiquei admirado: O UMBRAL é a região de profundo interesse para
quem esteja na Terra. Concentra-se, aí, tudo o que não tem finalidade para a vida superior.

E note você:

▬ Que a Providência Divina agiu sabiamente, permitindo se criasse tal departamento em torno do planeta. Há
legiões compactas de almas irresolutas e ignorantes, que não são suficientemente perversas para serem enviadas
a colônias de reparação mais dolorosa, nem bastante nobres, para serem conduzidas a planos de elevação.
Representam fileiras de habitantes do UMBRAL, companheiros imediatos dos homens encarnados, separados
deles por leis vibratórias. Não é de estranhar, portanto, que semelhantes lugares se caracterizem por grandes
perturbações. Lá vivem, agrupam-se, os revoltados de toda a espécie.

▬ Formam igualmente, núcleos invisível de notável poder, pela concentração das tendências e desejos gerais.
Muita gente na Terra não recorda que se desespera quando o carteiro não vem, quando o comboio não aparece?
Pois o UMBRAL está repleto de desesperados. Por não encontrarem o Senhor à disposição dos seus caprichos,
após a morte do corpo físico, e, sentindo que a coroa da vida eterna é a glória instransferível dos que trabalham
com o Pai, essas criaturas se revelam e demoram em mesquinhas edificações. NOSSO LAR tem uma
SOCIEDADE ESPIRITUAL, mas esses núcleos possuem infelizes, malfeitores e vagabundos de toda a espécie.
É zona de verdugos e vítimas, de exploradores e explorados.

Como explicar?

▬ Então não há por lá defesa, organização? Sorriu o interlocutor:

Organização é atributo dos espíritos organizados. Que quer você. A zona inferior a que nos referimos é qual a
casa onde não há pão, todos gritam e ninguém tem razão. O viajante distraído perde o comboio. O agricultor
que não semeou não pode colher. Uma certeza, porém, posso dar-lhe: - não obstante as sombras e angústias do
UMBRAL, nunca faltou proteção divina. Cada espírito lá permanece o tempo que se faça necessário. Para isso,
meu amigo, permitiu o Senhor se erigissem muitas colônias como esta, consagradas ao trabalho e ao socorro
espiritual.

Creio então, observei, que essa esfera se mistura quase com a esfera dos homens. Sim confirmou o generoso
amigo – e é nossa zona que se estendem os fios invisíveis que ligam as mentes humanas entre si. O Plano está
repleto de DESENACARNADOS e de FORMAS PENSAMENTOS dos encarnados, porque, em verdade, todo
o espírito, esteja onde estiver, é um núcleo irradiante de forças que criam, transformam ou destroem,
exteriorizadas em vibrações que a ciência terrestre presentemente não pode compreender. Quem pensa, está
fazendo alguma cousa alhures. E é pelo pensamento que os homens encontram no UMBRAL os companheiros
que afinam com as tendências de cada um. Toda alma é um iman poderoso.

Há uma extensa humanidade invisível, que se segue a humanidade visível. As missões mais laboriosas do
Ministério do Auxílio são constituídas por abnegados servidores, no UMBRAL, porque se tarefa dos bombeiros
nas grandes cidades terrenas é difícil, pelas labaredas e ondas de fumo que os defrontam, os missionários do
UMBRAL, encontram fluidos pesadíssimos emitidos, sem cessar, por milhares de mentes desequilibradas, na
prática do mal. Ou terrívelmente flageladas aos sofrimentos retificadores. É necessário muito coragem e muita
renúncia para ajudar a quem nada compreende do auxílio que lhe oferece.

Interrompera-se Lísias. Sumamente impressionado objetei:

▬ Ah! Como desejo trabalhar junto dessas legiões de infelizes, levando-lhes o pão espiritual do
esclarecimento! O enfermeiro amigo fixou-me bondosamente, e depois de meditar em silencio, por largos
instantes, acentuou ao desperdir-se.

▬ Será que você se sente com o preparo indispensável a semelhante serviço?

CONSIDERAÇÕES SOBRE A COLONIA NOSSO LAR.

1. Nosso Lar:

▬ Colônia de Trabalho e reeducação que nos vinculamos na Espiritualidade. Colônia-Cidade, habitada por
homens e mulheres, jovens e adultos, que já se desvencilharam do corpo físico. Foi a primeira sociedade urbana
da vida maior retratada com detalhes em 1943, com 86 anos depois do lançamento de “O Livro dos Espíritos”,
em 1857. Hoje o Livro está com 64 anos de existência, editado pela FEB.

img]http://img171.imageshack.us/img171/6148/estrelas.gif[/img] 2. Nosso Lar

▬ De acordo com as informações de Lúcius – Benfeitor Espiritual – foi fundada por Portugueses distintos
desencarnados no Brasil no século XVI. Na época do lançamento do Livro em 1943, tinha um milhão de
habitantes.
3. A Cidade se divide segundo as necessidades de sua organização administrativa, assim:

3.1. A Governadoria - Órgão Central:

▬ Assessorada pelo trabalho e organização de 6 Ministérios a saber: Ministério da Regeneração, do Auxílio,


da Comunicação, do Esclarecimento, da Elevação e da União Divina, que atuam nas áreas que os próprios
nomes definem, sendo cada Ministério dirigido por 12 Ministros. Ao todo 72 ministros. E o Governador da
Colônia.

4. Na Planta da Cidade temos dois desenhos:

▬ O primeiro abrange a grande estrela que se localiza a Governadoria e os conjuntos habitacionais inscritos
dentro dela, destinados aos trabalhadores de cada Ministério..

▬ O segundo já engloba, mais além, os conjuntos residenciais, que enquanto, ainda, afetos aos trabalhadores
do Ministério, podem ser adquiridos por estes, através de Bônus-Hora. A residência é suscetível de transmissão
hereditária. Também ao derredor se vê a grande muralha protetora.

No palácio do Governador vive o Governador. No trabalhos administrativos ele utiliza a colaboração de 3000
funcionários, entretanto, é ele o trabalhador mais infatigável e mais fiel que todos nós reunidos..

5. O Aeróbus:

▬ Carro suspenso do solo a uma altura de 5 metros mais ou menos para deslocamento de passageiros com uma
semelhança a um elevador terrestre. Carro aéreo que seria na Terra um grande funicular.

6. Bosque das Águas:

▬ Todo volume do Rio Azul, que temos à vista e absorvidos por caixas imensas de distribuição. As águas que
servem a todas as atividades da colônia partem daqui. Em seguida reúnem-se novamente, abaixo dos serviços
de regeneração e voltam a constituir o rio, que prossegue o curso normal rumo ao grande oceano de substâncias
invisíveis para a Terra.

7. Ministério do Auxilio:

▬ Tudo o que vemos edifícios, casas residências, representa instituições e abrigos adequados à tarefa da nossa
jurisdição. Orientadores, operários e outros serviçais da missão, residem aqui. Nesta zona, atende-se a doentes,
ouvem-se rogativas, selecionam-se preces, preparam-se reencarnações terrenas, organizam-se turmas de socorro
aos habitantes do UMBRAL, ou aos que choram na Terra, estudam-se soluções para todos os processos que se
prendem ao sofrimento. Também, no Ministério da Regeneração, no pavilhão de restringimento desenvolvem-
se trabalhos científicos para a reencarnação de espíritos.

8. Campo da música:

▬ Luzes indescritíveis beleza banhavam extenso parque, onde se ostentavam encantamentos de verdadeiros
contos de fadas. Fontes luminosas. Diz André Luiz: “Notei ali, mesmo, grande grupo de passeantes, em torno
de gracioso coreto, onde um corpo orquestral de reduzidas figuras executava música ligeira. Nas extremidades
do Campo, temos certas manifestações que atendem ao gosto pessoal de cada grupo dos que ainda não podem
entender a arte sublime; mas, no centro, temos a música universal e divina, a arte santificada, por excelência.
9. Centro de Mensageiros, no Ministério da Comunicação.

▬ Diz André Luiz: “Deslumbrado, atingi a série de majestosos edifícios que se compõe a sede da instituição.
Julguei encontrar Universidades reunidas, tal a enorme extensão deles. Pátios amplos, povoados de arvoredos e
jardins, convidavam sublimes meditações. Temos, nesta parte, tão somente a administração central e alguns
pavilhões destinados ao ensino e à preparação em geral.”

10. Localização de Nosso Lar – Esferas Espirituais

▬ De acordo com o mapa-desenho no mostra o campo magnético da Terra dividido em sete esferas, seguindo
a tradicional concepção dos sete céus dos que nos falam os antigos estudiosos das coisas espirituais. Na
realidade, cada uma dessas divisões compreende outras, conforme asseguram os Espíritos.

▬ A primeira esfera o UMBRAL “grosso”, mais materializado de regiões purgatoriais mais dolorosas e de
cujas organizações comunitárias, conquanto estejam tão próximas, temos notícias que lá residem a maioria dos
desencarnados do planeta.

▬ A segunda esfera abriga o UMBRAL, “mais ameno”, onde os Espíritos do Bem localizam, com mais
amplitude, sua assistência, e onde estão situadas as “moradias”.

▬ A terceira esfera, a rigor, ainda faz parte do UMBRAL, pois, sendo, de transição, abriga Espíritos
necessitados de reencarnação.

Nesta terceira esfera se localiza a cidade “Nosso Lar”, num ponto situado sobre a cidade do Rio de Janeiro e
com uma altura que não podemos definir, mas que se encontra na ionosfera. Sobre estas três esferas, os Livros
de André Luiz nos dão notícias, retratando edificações e organizações mantidas pelos Espíritos do Bem, tendo
em vista o socorro e assistência a Espíritos mais atrasados, bem como nos dizem das condições em que vivem
os Espíritos sofredores fora do amparo dessas organizações.

Ao que se deduz das narrativas de André Luiz, as esferas espirituais se distinguem por vibrações
distintas, que se apuram à medida que se afastam do núcleo da Terra. Sabemos que a Terra é um grande campo
magnético que se projeta no espaço, mantendo um campo magnético ativo e diferenciado que comporte as
esferas espirituais. Mas, da Crosta até esse limite, os continentes e os mares se projetam, e onde o Espírito
estiver situado pela identidade vibratória, seja onde for nesse vasto espaço magnético, sob seus pés terá terra
firme e sob sua cabeça céu aberto, já que seus sentidos não estarão aptos para perceberem as esferas que lhe
estão acima. Nessa posição terá a mesma geografia planetária que nos corresponde e o mesmo horário nosso,
pois estará sob o mesmo fuso horário.

André Luiz relata: quando descreve a segunda e a terceira esferas, percebemos que, em ambas, há chão firme,
sólido, terra fértil que se cobre de vegetação. Se assim, é fácil perceber-se que, para seus habitantes dessa
esferas nós estamos vivendo no interior da Terra. André Luiz relata que os Espíritos que estão acima podem
transitar pelas esferas que lhe estão abaixo, mas os Espíritos que estão nas esferas inferiores não podem
sozinhos, passar para as esferas superiores. O trânsito entre as esferas se faz por maneiras diversas. Por
“estradas de luz” referidas pelos Espíritos como caminhos especiais, destinados o transporte mais importante.
Através dos “campos de saída”, que são pontos nos quais as duas esferas próximas se tocam.

Finalizando fala André Luiz: Há, porém, outros mundos sutis, dentro dos mundos grosseiros, maravilhosas
esferas que se interpenetram. O olho humano sofre variadas limitações e todas as lentes físicas reunidas não
conseguiram surpreender o campo da alma, que exige o desenvolvimento das faculdades espirituais para tornar-
se perceptível. A Eletricidade e o magnetismo são duas correntes poderosas que começam a descortinar aos
nossos irmãos encarnados alguma coisa dos infinitos potenciais do invisível, mas ainda é cedo para cogitarmos
do êxito completo. Somente ao homem de sentidos espirituais desenvolvidos é possível revelar alguns
pormenores das paisagens sob nossos olhos. A maioria das criaturas ligadas à Crosta não entende estas
verdades, senão após perderam os laços físicos mais grosseiros. É da lei que não devemos ver senão o que
possamos observar com proveito.”

12. Informação científica atual e adicional da atmosfera terrestre, acima:

▬ Troposfera - 12 a 18 kilometros
▬ Estratosfera - até 50 kilometros
▬ Mesosfera - até 80 kilomentos
▬ Termosfera - apartir de 80 kilometros
▬ Ionosfera - apartir de 60 a 400 kilometros (onde está a Colônia Nosso Lar).

A camada de Ozônio fica entre a Troposfera e a Estratosfera a 30 kilometros acima da Troposfera.

O Mundo Espiritual

(Há muitas moradas na casa do Pai)

Centro Espírita Celeiro de Luz

 CAP III – ler João cap. XIV 1 a 3 )

Duas interpretações:

1. diferentes moradas são os mundos que circulam no universo


2. diferentes esferas em torno da Terra.

Pela literatura espírita temos:

 VOLTEI – Irmão Jacob


 VIDA ALEM DO VÉU – Rev. Owem
 LIBERTAÇÃO – A Luiz
 MEMÓRIAS DE UM SUICIDA – Ivone Pereira

E S E Cap. 3 "Conforme se ache (o Espírito) mais ou menos depurado e desprendido dos laços materiais,
variarão ao infinito o meio em que ele se encontre, o aspecto das coisas, as sensações que experimente, as
percepções que tenha.

Das infinitas esferas da vida do Mundo Espiritual a literatura mediúnica espírita tem-nos informado de algumas,
que vamos conhecer visando apenas o melhor entendimento do tema.

POIS DEVEREMOS RETORNAR À PÁTRIA ESPIRITUAL E TEMOS QUE CONHECER PARA ONDE
VAMOS

São:

1. ABISMO
2. TREVAS
3. ESFERAS TERRESTRES
4. UMBRAL
5. ZONA DE TRANSIÇÃO
6. ESFERAS SUPERIORES
7. ESFERAS RESPLANDESCENTES

VAMOS CONHECER UM POUCO DE CADA


ABISMO – Região Espiritual de padecimentos inenarráveis, destinada a Espíritos que tenham cometido os
mais graves crimes contra as Leis Divinas. Os Espíritos vinculam-se conscencialmente à região e aglutinam-se
em "Vales" ou "Áreas", consoante os erros grosseiros que tenham cometido na última reencarnação.

O Espírito CAMILO no livro "Memórias de um suicida "conta-nos os seus sofrimentos em razão do gesto de
tirar sua vida.

EUZÉBIO instrutor de A Luiz nos diz: "Aqui os avarentos, os homicidas, os cúpidos e os viciados de todos os
matizes se agregam em deplorável situação."

TREVAS – Região Espiritual desprovida de qualquer luminosidade, constituindo morada de Espíritos ainda
envolvidos pelas mais diversas vibrações do mal e que tenham tido comportamento moral condenável em suas
oportunidades reencarnatórias.

No livro "Libertação" A Luiz nos conta de uma expedição a uma "colônia espiritual", sustentada por vibrações
espirituais negativas.

"vizinha a região dos homens, começa um vasto império espiritual. Aí se agitam milhões de espíritos
imperfeitos, que partilham com as criaturas terrenas, as condições de habitabilidade da crosta do Mundo.

ESFERAS TERRESTRES – A terra como se sabe é um mundo de "Expiação e Provas, onde domina o mal".
Assim Espíritos viciosos das mais diversas naturezas sintonizam com as vibrações deletérias dela imanadas
permanecendo a ela vinculados.

No livro NAS FRONTEIRAS DA LOUCURA de Divaldo pelo Espírito Manoel F Miranda reporta-se à época
do carnaval na cidade do Rio de Janeiro, para que possamos aquilatar a nossa natureza vibracional e o nosso
envolvimento com pensamentos de baixo nível.

"As mentes em torpe comércio de interesses subalternos, haviam produzido uma psicosfera pestilenta na qual
se nutriam vibriões psíquicos, formas-pensamento de mistura com Entidades perversas, viciadas, dependentes,
em espetáculo pandemônico, deprimente"

UMBRAL – É uma região espiritual que começa na crosta terrestre na qual se concentra tudo o que não tenha
finalidade para a vida superior. É a região para esgotamento de resíduos mentais ; uma zona purgatorial, os
Espíritos aí confinados julgam-se injustiçados e sentem-se desesperançados por não terem encontrado na Vida
Maior aquilo que suas crenças religiosas divulgaram.

LÍSIAS no livro NOSSO LAR de FCX A Luiz(Esp.) diz que no Umbral encontram-se "legiões compactas de
almas irresolutas e ignorantes, que não são suficientemente perversas para serem enviadas à colônia de
reparação mais dolorosa, nem bastante nobres para serem conduzidas a planos de elevação" É uma região
semitrevosa habitada por Espíritos consciencialmente culpados de erros diversos conta as Leis Divinas.

ZONAS DE TRANSIÇÃO – São colônias espirituais inseridas no Umbral, quais fossem oásis nos desertos. Os
Espíritos que conseguem alcançá-las , por méritos conscienciais, nelas encontram amparo e assistência podendo
reajustar-se e até mesmo evoluir.

NOSSO LAR e MANSÃO PAZ ,são duas dessas colônias. Mas existem também os chamados "Postos de
Socorro", que funcionam como bastiões avançados, numa incessante busca de novos Espíritos que tenham
logrado reunir condições para acessar novas paragens, mais evoluídas vibracionalmente.

ESFERAS SUPERIORES – São regiões de felicidade , onde estacionam Espíritos devotados de grande
elevação moral , lá habitam os Bons Espíritos e os Espíritos Superiores.

André Luiz foi visitar sua mãe quando estava dormindo em N Lar nessa esfera.
ESFERAS RESPLANDESCENTES – Regiões Espirituais onde impera a bondade , a confiança e a felicidade
verdadeiras.

No livro RENÚNCIA ditado pelo Esp. Emmanuel médium FCX , é descrita a paragem espiritual a que está
vinculado o Espírito ALCÍONE , são paisagens que nossa pobre imaginação não consegue nem sonhar.

CAROS OUVINTES ESTE FOI UM PEQUENO PASSEIO PELAS REGIÕES ESPIRITUAIS

ISSO PORQUE QUANDO DESENCARNARMOS NÓS VAMOS PARA ALGUMA DELAS

É MUITO PROVÁVEL QUE FIQUEMOS NA ZONA DE TRANSIÇÃO ,

E VAMOS CONHECER UM POUCO MAIS DE CIDADES DESSE LUGAR

Nosso Lar, Colônia Socorria Moradia, Colônia Campo de Paz, Casa Transitória de Fabiano, Colônia da Música,
Redenção - ISSO NO BRASIL

- Os espíritos errantes sentem fome . Na maioria das vezes os desencarnados, após o desligamento do corpo
físico são atormentados pelo desejo de satisfazerem necessidades fisiológicas, como SEDE e FOME
incontroláveis.

Afirmam os espíritos que existem fábricas de concentrados de sucos e sopas sujeitas à manipulação da
Espiritualidade.

Nos hospitais os alimentos são fornecidos aos enfermos a fim de se revigorarem.

Os espíritos errantes comem e bebem. Absorvem principalmente muita água, pois é um ótimo alimento para o
perispírito.

ÁGUA é um poderoso veiculo de fluido de qualquer natureza. Ex.: ÁGUA FLUIDIFICADA.

- Tanto no plano terreno como no plano espiritual, os Espíritos Superiores lutam pela instituição de um idioma
comum, pois a diversidade de línguas segundo sua opinião perturba a comunicação entre os homens.

Em muitas obras é citado o ESPERANTO , idioma criado pelo mensageiro do Cristo Lázaro L. Zamenhof
(1857 a 1917 ) divulgado por ele em 1887, como o elo de ligação entre os povos.

O ESPERANTO – é usado pela CEE como idioma oficial entre os membro o Brasil – DF – tem junto com o
Inglês nas escolas.

Toda a infra-estrutura das Colônias Espirituais é um perfeito sistema previdenciário que tem como objetivo o
atendimento de toda a população espiritual necessitada de assistência e amparo.

Os tratamentos se efetivam através da ASSISTÊNCIA MÉDICA, da ASSISTÊNCIA ESPIRITUAL da


REABILITAÇÃO e do SERVIÇO SOCIAL

O doente nas Colônias recebe assistência completa, isto é em todos os aspectos: desde

RESGATE NAS ZONAS UMBRALINAS

PASSANDO PELO TRATAMENTO MÉDICO HOSPITALAR

Até A CONVALESCENÇA daí a CONCLUSÃO do APRENDIZADO PRODUTIVO, A readaptação a NOVA


VIDA e a PREPARAÇÃO PARA FUTURA REENCARNAÇÃO

Os enfermos são sempre acolhidos com atenção e carinho.


OS SUICIDAS, as CRIANÇAS, e os DESECNARNADOS DE FORMA VIOLENTA são os mais necessitados
de atenção e tratamentos especiais

A MEDICINA e a ENFERMAGEM são praticadas com amor e dedicação.

Consta que muitos profissionais que não souberam honrar o diploma adquirido na Faculdade ou cometeram
atos dolosos ou culposos, colocam seus serviços a disposição, objetivando a APRENDIZAGEM e
RETIFICAÇÃO dos erros praticados.

– Onde há agrupamento de indivíduos impõe-se o estabelecimento de uma estrutura organizacional onde as


pessoas se orientem dentro da coletividade de que fazem parte.

A população das Colônias Espirituais está dividida entre ASSISTENTES e ASSISTIDOS ,


ADMINISTRADORES e ADMINISTRADOS.

São geralmente comunidades heterogêneas, adultos, crianças, jovens, velhos, mulheres, homens convivem e
trabalham conjuntamente.

Excepcionalmente a Colônia Espiritual é constituída especialmente para crianças ou suicidas.

No conceito humano dá-se o nome de ESTRATIFICAÇÃO SOCIAL às diversas camadas ou classes sociais.

No mundo espiritual o que determina a estratificação É O GRAU DE EVOLUÇÃO dos espíritos, a importância
social e financeira, como é obvio neste caso não tem nenhuma influência.

HIERARQUIA BASEADA NA AUTORIDADE MORAL

As instituições que formam o Mundo Espiritual formam um conjunto harmônico em que imperam a ORDEM e
a JUSTIÇA.

A DIREÇÃO é exercida por um governador. Geralmente os espíritos trabalham em equipes e os grupos de


trabalho são subdivididos e

MINISTÉRIOS : COMUNICAÇÃO

AUXILIO

ESCLARECIMENTO

REGENERAÇÃO

UNIÃO DIVINA

ENCARNAÇÃO

ELEVAÇÃO

Subordinados aos ministérios estão os :

HOSPITALAR

DEPARTAMENTOS VIGILÂNCIA

AUXILIAR

Toda a estrutura está ligada a GOVERNADORIA que é um órgão DIRETIVO


A SUPERVISÃO GERAL das Colônias que circulam a Terra é atribuída por Jesus a vários mensageiros
espirituais, o BRASIL por exemplo está sob a tutela de ISMAEL . Jesus não é visto pelos Espíritos, mas é
descrito como UMA LUZ, UMA FORÇA

Há creches e escolas apropriadas a educação infantil.

Nas Colônias Espirituais a REEDUCAÇÃO e INSTRUÇÃO são indispensáveis .

Os centros de estudo oferecem várias formas de educação e lazer. Todos os habitantes são estimulados a
participarem de tarefas e estudo.

Os Espíritos mais evoluídos recebem o CARGO DE MESTRE ou INSTRUTOR.

Qualquer Espírito errante pode continuar no Mundo Espiritual as tarefas e os estudos interrompidos pela
desencarnação, desde que assim o deseje.

CURSOS: MORAL , FILOSOFIA , CIÊNCIA , PSICOLOGIA , PEDAGOGIA , ARTES

O ENSINO se realiza através de métodos didáticos moderníssimos e das mais aperfeiçoadas técnicas .

Existem CURSOS, PALESTRAS, CONFERENCIAS , tudo coadjuvado por recursos visuais, aparelhos
especiais, e sistema eletrônico avançado.

Nas cidades espirituais, todos cooperam, através do trabalho para o engrandecimento do patrimônio comum

As leis trabalhistas são cumpridas rigorosamente dentro do período de dias, meses anos.

Existem hora do almoço, hora da prece coletiva (ao cair do crepúsculo)

Segundo ANDRÉ LUIZ a jornada normal é de 08 horas diárias, sendo permitido 04 extras , com uma semana
de trabalho de 06 dias

No Espaço o descanso é rigorosamente observado.

Segundo ANDRÉ LUIZ o Governador de N LAR nunca repousa, quanto mais evoluído mais trabalha.

Nos SERVIÇOS SACRIFICIAIS as horas são contados em DOBRO e as vezes ao TRIPLO

EX.: IMPORTÂNCIA DA FUNÇÃO MATERNAL – Se um determinado lar se dedica a ADOÇÀO DE


CRIANÇAS além de contar em dobro as horas trabalhadas, fica dispensada das tarefas externas.

NAS COLÔNIAS UM DOS MAIS VALIOSOS INSTRUMENTOS DE REABILITAÇÃO É O TRABALHO -


Usado com TERAPIA OCUPACIONAL

A medida que o Espírito convalescente se interessa pelo serviço a comunidade, dedicando-se a qualquer tarefa
ainda que das mais simples, vai da mesma forma sedimentando a cura.

Salário BONUS HORA = 01 hora de trabalho

Ex.: 01 casa 30.000 bônus hora

Meus amigos devemos nos preparar para retornar ao Mundo Espiritual, ema das maneiras e conhecendo e a
outra é começar a fazer aqui do mesmo modo que lá.
A Região do Umbral

Gilberto Schoereder

As histórias que chegam até nós a respeito do Umbral mostram um local de sofrimento como dificilmente
podemos imaginar. Para falar mais sobre o assunto e esclarecer alguns pontos, conversamos com o médium e
escritor Alceu Costa Filho, que vem publicando seus livros pela Petit Editora.

Natural de Bicas, Minas Gerais, o médium Alceu Costa Filho não apenas tem psicografado vários livros, mas
também é capaz de realizar efeitos mediúnicos de natureza física, entre eles a materializaçào de espíritos. Foi
por orientação de seus mentores espirituais que passou a se dedicar com exclusividade ao seu lado intelectual.

A mediunidade já foi percebida na adolescência e, segundo ele explica, não lhe faltou apoio da família. Foi
nessa época que Alceu viajou com um amigo até Pedro Leopoldo, com o objetivo de conhecer Chico Xavier.
Também teve a oportunidade de entrar em contato com José Pedro de Freitas, mais conhecido como Zé Arigó,
que já chegou a ser conhecido como o médium de cura mais famoso do Brasil. Incorporando o dr. Fritz, Arigó
dirigiu-se a Alceu, incentivando-o a prosseguir em seu caminho espiritual e dizendo-lhe para estudar. Os
estudos e o trabalho espiritual resultaram, em 1983, na fundação do Cenáculo Espírita Fraternidade, em Belo
Horizonte.

Alceu diz que os espíritos preparam-no para o trabalho de psicografia. "Sempre trabalhei com a psicofonia,
emprestando minha voz aos espíritos, e recebendo, pela vidência e audiência, instruções e orientações, das
quais sempre me considerei apenas e tão-somente um simples mensageiro". A tarefa da psicografia é seu
objetivo fundamental, hoje. Já foi médium de efeitos físicos, atividade permitida, segundo explica, pelas
entidades misericordiosas. Mas a mesma espiritualidade orientou-o no sentido de se afastar dessa linha de
atuação, concentrando-se na obra literária. "Eu sou aposentado", ele explica, "e disponho, portanto, de tempo
para me dedicar a essa tarefa, que realizo com muito carinho e respeito pelos espíritos, todos os dias, a partir
das seis e quinze da manhã".

Ele diz que, no início, recebeu muitas mensagens, procurando orientação nas pessoas que sempre considerou
médiuns exemplares. No entanto, foi a própria espiritualidade que se encarregou de motivá-lo e ampará-lo. "Eu
vejo e ouço os amigos do outro lado, e não posso deixar de registrar minha gratidão pelas lições de vida que
deles recebi. Os espíritos Filipe, Xisto Vinheiros, Cornélio Pires e Nina Arueira são aqueles aos quais estou
servindo de intermediário, no momento".

O médium mineiro participou ativamente do movimento espírita mineiro e, hoje em dia, realiza seu trabalho de
mediunidade no grupo que ajudou a fundar, realizando também tarefas de assistência social.

Várias linhas espirituais falam sobre um lugar de trevas, para onde criaturas que desencarnam em
situação de muita dor, ódio, suicídio, etc. acabam indo. Como e quando surgiu a palavra Umbral no
espiritismo?

Amplamente usada por André Luiz através da psicografia de Chico Xavier, hoje faz parte da linguagem espírita
para definir zonas de dor e sofrimento. Definida nos dicionários (Aurélio) como: “Limiar da Entrada”, este
sempre existiu como conseqüência natural da mente humana. Na obra Nosso Lar encontramos, nas palavras de
Lísias: “O Umbral começa na crosta terrestre. É a zona obscura de quantos no mundo não se resolveram
atravessar as portas dos deveres sagrados a fim de cumpri-los, demorando-se no vale da indecisão ou no
pântano de erros numerosos”.

Via de regra, até quanto tempo uma alma pode passar no Umbral? Em que circunstâncias a alma pode
ser resgatada e ir para uma dimensão mais elevada?

A) O tempo que sua consciência determinar.

B) A partir de seu despertar para as verdades eternas. Um espelho sujo não pode refletir a luz.
O Umbral também possui vários planos de existência?

No Livro dos Espíritos, as questões 101 a 106 e seguintes, tratam bem do assunto, explicando-nos as diferentes
categorias de espíritos. Portanto, os agrupamentos são determinados pelas afinidades vibratórias formando
núcleos pela concentração de tendências e desejos gerais. Compreendemos que cada criatura vive daquilo que
cultiva em qualquer dos planos da vida.

No livro Memórias de um Suicida nós temos um relato no mínimo tétrico dessa região e dos espíritos que
ali habitam. Alguns videntes dizem que quem ali se encontra, muitas vezes não consegue enxergar
espíritos consoladores, de tão densos que são os seus corpos etéricos. O senhor poderia nos falar um
pouco sobre isso?

Allan Kardec, no Livro dos Espíritos, capítulo Ensino Teórico das Sensações dos Espíritos, questão 257, cita:
“Não possuindo órgãos sensitivos, eles podem, livremente, tornar ativas ou nulas suas percepções". Uma só
coisa são obrigados a ouvir: os conselhos dos Espíritos bons. A vista, essa é sempre ativa; mas eles podem
fazer-se invisíveis uns aos outros. Conforme a categoria que ocupem podem ocultar-se dos que lhes são
inferiores, porém não dos que lhes são superiores.

Muitos dizem que o Umbral é o pensamento global dos sofredores plasmado no éter próximo à crosta da
Terra. Isso é verdade?

Manoel Philomeno de Miranda, através da mediunidade de Divaldo, em Nas Fronteiras da Loucura, assim o
descreve: “Composta de elementos que me escapavam, eram e são, no entanto, vitalizadas pelas sucessivas
ondas mentais dos habitantes do planeta, que de alguma forma sofrem-lhe a condensação perniciosa”.

Existem espíritos além de qualquer possibilidade de resgate? É possível um espírito, de tão maligno, ter
sua centelha divina extinta para sempre ou então reencarnar no corpo de um animal?

Seria negar a justiça divina. Todos nós, por momentos ou séculos, atravessamos estas regiões. Todos fomos
criados com o objetivo de evolução, e sermos condenados a penas eternas ou retroagirmos por castigo, é negar
os princípios de amor e perdão pregados pelo Cristo. Na questão 194 do Livro dos Espíritos encontramos: “A
alma não pode regredir, afirmar ao contrário seria negar a lei de progresso.”

Como se dá a reencarnação de espíritos que não conseguem sair do Umbral?

A questão 330 do Livro dos Espíritos nos responde: “A reencarnação é então uma necessidade, assim como a
morte é uma necessidade da vida corporal". Ainda no Livro dos Espíritos, questão 1006, encontramos o
ensinamento de São Luís de que “ninguém é totalmente mau”. E em João, cap. 1 a 12: “Em verdade vos digo,
ninguém poderá ver o reino de Deus se não nascer de novo”. Cedo ou tarde todos despertamos para a luz. Deus
oferece a todos oportunidades iguais, facultando a cada um o que melhor lhe aprouver, enquanto assim o deseja,
dentro do céus ou do inferno que construiu para si. Somos escravos de nossas culpas, mas também construtores
de nosso amanhã.

Qual dos seus livros trata mais de perto da existência do Umbral?

À Sombra da Luz.

Existe uma hierarquia entre os habitantes desse plano?

Sim, dentro das conquistas de cada um, de conformidade com os ideais que alimentam.

Qual é o elo de ligação entre essas entidades?

Através da psicografia de Chico Xavier, em Ação e Reação, André Luiz nos relata, no capítulo 19: “...situado
entre dolorosa região de sombra cultivada pelas mentes, em geral, rebelde e ociosa, desvairada e enfermiça.”
Em Nosso Lar, capítulo 12: “Lá vivem e agrupam-se os revoltados de toda espécie, formam igualmente,
núcleos invisíveis de notável poder, pela concentração de afinidades comuns.”

É verdadeira a informação de que o plano umbralino envolve o nosso planeta, num verdadeiro
“cinturão” vibratório?

Em nossa busca pelo aprendizado, encontramos a palavra esclarecedora de Manoel Philomeno de Miranda, em
sua obra Nas Fronteiras da Loucura, psicografado por Divaldo. No capítulo 19 lemos: “...percebi haver em
torno da Terra, faixas vibratórias concêntricas, que a envolviam, desde as mais condensadas, próximas à esfera
física, até as mais sutis, distanciadas do movimento humano da crosta”.

É possível mencionar algumas das fraternidades que se dedicam a amparar e a resgatar os espíritos que,
se encontrando no Umbral, arrependem-se dos seus erros, rogando a misericórdia de Deus?

Nossos amigos espirituais nos orientam que estes postos de socorro, núcleos de atendimento e apoio são criados
e sustentados por aqueles voltados ao bem que já de há muito dispõem de condições para trabalho em esferas
mais elevadas, no entanto preferem servir na prática do amor onde a dor é mais aguda. Note-se que nos
referimos às equipes existentes no plano espiritual. Como são inúmeras e evitando incorrer em erro, pois
naturalmente omitiríamos, por esquecimento e por desconhecê-las, muitas, preferimos não citar aquelas que são
de nosso conhecimento.

É recomendável vibrar ou fazer preces pelos espíritos que se encontram no Umbral?

Jesus nos afirma através de Mateus, no capítulo 9, vers. 10 a 12 do Evangelho Segundo o Espiritismo: “Não são
os que gozam de saúde que precisam de médico”. Veja-se ainda, no capítulo 27, questão 18 (prece pelos mortos
e espíritos sofredores): “... a prece tem sobre eles uma ação mais direta, reanima-os, incute-lhes o desejo de se
elevar pelo arrependimento e pela reparação...”. Como espíritas, compreendemos ser a prece uma sublime
oportunidade de praticar a caridade.

Os espíritos em condição mais elevada transitam – se assim o desejarem – pelas regiões umbralinas?

Na obra Ação e Reação, de André Luiz, encontramos no capítulo 15 a descrição de uma destas muitas incursões
feitas por aqueles que ali vão na prática do serviço fraterno em nome de Jesus, o que nos faz compreender que
em parte alguma é escasso o amparo do Mais Alto.

Aqueles que lá se encontram conseguem influenciar os encarnados? Descreva, se possível, como acontece
essa influenciação.

Manoel Philomeno de Miranda descreve, através da psicografia de Divaldo, em Nas Fronteiras da Loucura:
“Em muitos desses sítios programam-se atentados sórdidos contra os homens e elaboram-se atividades que
objetivam a extinção do bem, assim como a instalação do primado da força bruta no mundo. Pelo processo de
sintonia, desencarnados imantam-se àqueles que lhe são afins, sempre conjugando os valores morais que os
caracteriza”.

Os encarnados – em sonhos ou em desdobramentos – conseguem penetrar nessas regiões sofredoras?

Buscamos no Livro dos Espíritos, capítulo 8, a questão 402, que ilustramos a seguir: “... os espíritos dedicados
ao bem, ao se libertar da vestimenta carnal vão reunir-se a outros espíritos com os quais se instruem e
trabalham. Todavia, a massa de homens vai seja para regiões ou mundos inferiores onde velhas afeições os
evocam”.

O Vale dos Suicidas – citado por muitos espíritas – existe realmente?

Acreditamos que sim, pois a sintonia atrai as vibrações similares que aproximam e vinculam as almas. Vive-se,
portanto, em comunhão constante com aqueles aos quais nos afinamos psiquicamente.
Existem trabalhos de desobsessão no Cenáculo Espírita Fraternidade para auxiliar os espíritos que se
encontram nas regiões umbralinas?

As reuniões de ajuda e esclarecimento a irmãos sofredores fazem parte da rotina de atividades de nossa casa. As
de desobsessão são realizadas atendendo às orientações de nossos mentores, quando as julgam necessárias e se
estivermos aptos para tal.

O Umbral corresponderia ao Hades grego ou ao purgatório da Igreja Católica?

A descrição de nossos mentores e irmãos espirituais, nas muitas obras que tratam do assunto, nos levam a crer
que sim. Citaremos para referência as obras de André Luiz, através da psicografia de Chico Xavier, e
ilustraremos com as palavras de Manoel Philomeno de Miranda através de Divaldo, em Nas Fronteiras da
Loucura: “...colônias específicas por sua maldade construídas, nas quais fazem supor tratar-se de purgatórios e
infernos governados por verdadeiros gênios do mal...”.

Fale sobre o seu último livro, que está sendo lançado pela Petit Editora.

Filipe nos relata com detalhes a formação de um posto de socorro junto às sombras, descrevendo com riqueza
de detalhes essas regiões de dor e sofrimento, quando nos é dada ainda a oportunidade de conhecer um de seus
lideres, à frente de inúmeros seguidores. Todo o relato feito por nosso irmão se passa nestas regiões de dor e
sofrimento.

Finalize, Alceu, com uma mensagem para os leitores da revista Espiritismo & Ciência.

Se nos fosse possível conhecer a extensão do nosso hoje, certamente saberíamos melhor aproveitar as
oportunidades que nos são ofertadas por Deus. O Consolador prometido por Jesus veio em tempo certo,
encontrando muitos já prontos para assimilar seus princípios, enquanto outros ainda à margem da estrada,
insistem em manter-se ausentes dos compromissos que lhes cabem em sua oportunidade de evolução. Outros
ainda, ao se aproximarem da doutrina consoladora, o fazem moldando-a a seu critério, esquecendo-se de que
esta é a única que pode encarar a razão face a face, em qualquer época da humanidade. Portanto, como
espíritas, cumpre-nos o dever de execução das palavras de Jesus, que nos determina “Amar a Deus sobre todas
a coisas e ao próximo como a nós mesmos”, e o Espírito de Verdade nos fornece o direcionamento que é a luz,
o caminho correto para nos beneficiarmos da oportunidade de sermos espíritas cristãos. “Espíritas, amai-vos,
espíritas instrui-vos”; estes princípios são imprescindíveis a qualquer ação que nos leve à conquista de nossa
evolução. Tornemo-nos, portanto, a ponte entre a dor e a esperança, a sombra e a luz do esclarecimento, o pão e
a fome, o ódio e o amor, encurtando as distâncias entre nós e Jesus.

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