Angela Molin[2]
Professora de Direito/RS
Professora das Disciplinas de Direito Constitucional e Direito Administrativo na Ulbra-Campus
Gravataí e Responsabilidade Civil e Estatuto da Criança e Adolescente no Centro Universitário
Unilasalle em Canoas
Doutora em Administração Educacional
O texto aborda a questão da redução da maioridade penal, iniciando por estudo histórico
deste instituto no Direito brasileiro, passando à avaliação da natureza das normas previstas
nos artigos 227 e 228 da Constituição Federal, para concluir que ali estão positivados direitos
e garantias fundamentais e que não são suscetíveis de modificação por serem cláusulas
pétreas.
Abstract
The text approaches the question of the reduction of the criminal majority, initiating for
historical study of this institute in the Brazilian Right, passing to the evaluation of the nature
of the norms foreseen in articles 227 and 228 of the Federal Constitution, to conclude that
they are positive right and basic guarantees and that are not susceptible of modification for
being stony clauses.
1. Noções introdutórias
Nos termos da legislação vigente no Brasil, a maioridade penal inicia aos 18 anos de idade. É
o que decorre do artigo 228 da Constituição Federal, do artigo 27 do Código Penal e do
artigo 104, caput, da Lei no 8.069/90, o Estatuto da Criança e do Adolescente. Com esta
norma, o legislador consagrou o princípio segundo o qual a pessoa menor de 18 anos não
possui desenvolvimento mental completo para compreender o caráter ilícito de seus atos, ou,
ainda que o compreenda, não tem condições de determinar-se de acordo com esse
entendimento. Com isso, foi adotado um critério puramente biológico, que considera
somente a idade do agente, independentemente da sua capacidade psíquica; ou seja, há
uma presunção absoluta de desenvolvimento mental incompleto, de modo que os menores
de 18 anos não estão sujeitos à sanção criminal ainda que plenamente apto a entender a
ilicitude do fato[4]. Na linguagem do Direito Penal, especificamente no campo da
culpabilidade, afirma-se que o menor de 18 anos não tem imputabilidade, que pressupõe a
compreensão do caráter ilícito do fato praticado e, por esta razão, não passível de sofrer a
imposição de sanção criminal[5].
A análise desta questão sob o prisma histórico evidencia que nem sempre foi assim na
legislação brasileira.
O Código Penal Republicano, de 1890, passou a prever uma idade para a inimputabilidade
absoluta, qual seja, 09 anos completos; assim, até esta idade, presumia-se, de modo
absoluto, a inimputabilidade do menor[8]. Observa-se, assim, sensível alteração com
relação ao sistema anterior, que permitia que, praticada infração penal por crianças até 09
anos, analisava-se a existência de discernimento acerca do caráter criminoso do ato,
permitindo-se a punição caso positiva a constatação. Além disso, a primeira legislação penal
republicana previa a punibilidade das pessoas maiores de 09 anos e menores de 14 anos,
caso obrassem com discernimento[9].
Foi sob a inspiração desta Lei que, em 01 de dezembro 1926, passou a vigorar o Código de
Menores, instituído por Decreto Legislativo no 5.083. Sobre o tema da imputabilidade, o
Capítulo V cuidava dos “Menores Delinqüentes”; de um lado, estatuiu a impossibilidade de
recolhimento à prisão do menor de 18 anos que houvesse praticado ato infracional[11];
quanto ao menor de 14 anos, conforme sua condição de abandono ou perversão, deveria ser
abrigado em casa de educação ou preservação, ou ainda, confiado à guarda de pessoa
idônea até a idade de 21 anos ou, caso a sua periculosidade não fosse acentuada, poderia
ficar sob custódia dos pais, tutor ou outro responsável[12]; por fim, o menor de 14 a 18
anos era submetido a procedimento especial[13], podendo ser sentenciado à internação em
escola de reforma por tempo variável de acordo com a personalidade moral do menor, a
natureza da infração e o comportamento no reformatório[14].
O Decreto-Lei no 1.004, de 21 de outubro de 1969, que instituiu outro Código Penal, previa,
no artigo 33, a possibilidade de aplicação de pena ao maior de 16 e menor de 18 anos, com
redução de 1/3 até metade, desde que o menor entendesse o caráter ilícito do ato ou tivesse
possibilidade de se portar de acordo com este entendimento. A presunção da
inimputabilidade, nessa faixa etária, portanto, era relativa, restabelecendo a vigência do
critério do discernimento ou sistema biopsicológico para, por meio de avaliação psicológica,
saber se ao tempo do fato possuía discernimento sobre a ilicitude de seus atos. Contudo,
como sabido, este Código não entrou em vigor[16], e a maioridade penal permaneceu nos
moldes do estabelecido pelo de 1940, ou seja, 18 anos de idade, sujeitando os menores à
legislação especial.
Em 10 de outubro de 1969, foi instituído novo Código de Menores, por meio da Lei nº
6.697/79. Este estatuto, no tocante ao tema em questão, manteve a situação vigente[17].
Contudo, no mesmo ano foi editado o Código Penal Militar, por meio do Decreto 1.001, de 21
de outubro, que adotou a teoria o discernimento, ao fixar o limite penal em 18 anos salvo se,
já tendo o menor 16 anos, revelar discernimento[18].
Em 1984 operou-se a reforma da Parte Geral do Código Penal, por meio da Lei nº 7.209. O
artigo 27 da codificação, ainda em vigor, manteve a inimputabilidade penal para o menor de
18 anos[19].
A Constituição Federal de 1988 dispôs acerca da matéria, como já referido, no artigo 228,
constitucionalizando o direito já vigente e que determinava o início da imputabilidade penal
aos dezoito anos de idade. Consoante o dispositivo, “São penalmente inimputáveis os
menores de dezoito anos, sujeitos às normas da legislação especial”.
É nesse diapasão que também foi editada nova legislação para tratar da condição jurídica
dos menores, o que se manifestou por meio da Lei nº 8.069/90, o Estatuto da Criança e do
Adolescente que, como não poderia deixar de ser, repetiu a regra no artigo 104, caput.
Contudo, é sabido que o rol dos direitos fundamentais previstos nestes dispositivos não é
taxativo. De fato, é pacífico o entendimento de que há direitos e garantias individuais,
dispersos, pelo texto constitucional e mesmo infraconstitucional, como são os direitos
previstos nos artigos 227 e 228 da Constituição Federal, situados no capítulo que trata da
criança e do adolescente.
Afirma-se, com efeito, que o artigo 227 da Constituição Federal consagrou a Doutrina da
Proteção Integral para as crianças e adolescentes, em substituição à “Doutrina da Situação
Irregular”, albergada pelo Código de Menores de 1979. Na realidade, estabeleceu-se, não
mera substituição, mas um novo paradigma, porquanto todas as crianças e adolescentes
passaram a ser sujeitos de proteção e de reconhecidos direitos.
Nesse sentido, afirma Miguel Granato Velasquez que às crianças e adolescentes são
conferidos, além daqueles direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, ainda outros,
igualmente fundamentais, tal como a inimputabilidade penal e o direito à convivência familiar
e comunitária[23]. Também Andréa Rodrigues Amin salienta que o legislador constituinte
elegeu, dentre os direitos fundamentais, aqueles que são indispensáveis para o
desenvolvimento da pessoa ainda em formação, elencando-os no artigo 227 da Constituição
Federal[24].
Por outro lado, na tradicional classificação dos direitos fundamentais, o artigo 227 da
Constituição Federal consagra alguns que são de primeira dimensão, como o direito à vida, à
liberdade, à dignidade e ao respeito, impondo ao Estado um não fazer, mas também há os
de segunda dimensão, como a educação, alimentação, a saúde, etc., que demandam
prestações estatais para a sua realização.
Nesse âmbito, importa acentuar que, como decorrência da proteção integral preconizada
pelo texto constitucional, prevê o § 3º do artigo 227 que o direito à proteção especial
abrangerá […]
É nesse contexto que também se insere o artigo 228 da Constituição Federal, no legislador
estabeleceu o início da maioridade penal aos 18 anos completos, considerando-se, portanto,
inimputáveis penalmente as crianças e adolescentes até 18 anos incompletos. Na linha de
raciocínio exposta, trata-se de outra dessas garantias individuais das pessoas que, até
completarem 18 anos, incorrem nas condutas tipificadas na lei penal como crimes e
contravenções, e consiste em vedação de que a persecução criminal seja feita nos termos da
legislação penal comum, somente podendo sê-lo na forma instituída em legislação especial.
Nesse sentido é o ensinamento de Alexandre de Moraes:
“Assim, o art. 228 da constituição Federal encerraria hipótese de garantia individual prevista
fora do rol exemplificativo do art. 5º, cuja possibilidade já foi declarada pelo STF em relação
ao art. 150, III, b (Adin nº 939-7/DF – conferir comentários ao art. 5º, § 2º) e,
conseqüentemente, autêntica cláusula pétrea prevista no art. 60, § 4º, IV”.[26]
É sabido que uma das classificações divide as constituições em rígidas e flexíveis; aquelas
são as que prevêem um sistema diferenciado e mais rigoroso para a modificação do seu
texto, se comparado com aquele utilizado para a alteração da legislação infraconstitucional,
ao passo que as constituições flexíveis podem ser modificadas pela mesma forma prevista
para as demais leis. É uma classificação que se ocupa, portanto, da forma pela qual se altera
o texto constitucional. Por isso, nas constituições rígidas encontram-se limitações formais e
que dizem respeito ao procedimento de alteração do texto constitucional, ou seja, o próprio
legislador constitucional estabelece um processo legislativo próprio, com iniciativa mais
restrita do que das demais leis, necessitando de quorum diferenciado para aprovação, além
de dupla votação em cada Casa Legislativa[28]. Em síntese, são regras que pretendem
dificultar a mudança da lei maior, protegendo a rigidez constitucional e resguardando o seu
conteúdo.
Trata-se do que se conhece por limites materiais, que representam o “[...] conjunto dos
preceitos integrantes da Constituição que não podem ser objeto de emenda constitucional
restritiva”[30], e cuja função é a preservação da identidade da constituição. Portanto, por
meio das cláusulas pétreas, o Poder Constituinte Originário assegurou a integridade da
Constituição relativamente ao núcleo do Estado Democrático de Direito[31].
Considerações conclusivas
Assim, especificamente sobre o início, aos 18 anos, da maioridade penal, a norma inscrita no
artigo 228 do texto constitucional representa uma das garantias decorrentes dos direitos
assegurados aos menores. E, nessa perspectiva, integra o núcleo imodificável da
Constituição - cláusulas pétreas -, de modo que, qualquer tentativa do legislador
infraconstitucional, ou mesmo do Poder Constituinte Derivado, por meio de Emenda
Constitucional, de reduzir a idade inicial da maioridade penal será inconstitucional.
Referências
ABREU, Charles Jean Início de. Estudo crítico ao estatuto da criança e do adolescente:
comentários e análises. Porto Alegre: Síntese, 1999.
CURY, Munir. Et al. Estatuto da Criança e do Adolescente Anotado. São Paulo: Revista dos
Tribunais, 2003.
FERREIRA FILHO, Manoel Gonçalves. Curso de Direito Constitucional. São Paulo: Saraiva,
2006, p.186.
FRAGOSO, Heleno Cláudio. Lições de Direito Penal – Parte Geral. Rio de Janeiro: Forense,
16ª ed., 2003, p. 242/243.
GOMES, Luiz Flávio - Org. Código Penal. 4ª. ed., São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002, p.
222.
_____. Alexandre de. Direitos Humanos Fundamentais. Teoria Geral. Comentários aos arts.
1° a 5° da Constituição da República Federativa do Brasil. Doutrina e Jurisprudência. 5ª Ed.,
São Paulo: Atlas, 2003.
SARAIVA, João Batista Costa. Direito penal juvenil: adolescente e ato infracional: garantias
processuais e medidas sócio-educativas. Porto Alegre:Livraria do Advogado, 2002.
SARLET, Ingo Wolfgang. A eficácia dos direitos fundamentais. 3. ed. Porto Alegre: Livraria do
Advogado, 2003.
TAVARES, André Ramos. Curso de Direito Constitucional. São Paulo: Saraiva, 2007.
VELASQUEZ, Miguel Granato. Relatório Azul 2005: garantias e violações dos direitos
humanos. Porto Alegre: Corag, 2005.
[3] A criança João Hélio Fernandes estava no carro com a mãe quando foram abordados por
assaltantes, no bairro Osvaldo Cruz, Rio de Janeiro. A mãe foi retirada do veículo, mas não
conseguiu retirar a criança - que estava no banco traseiro, presa ao cinto de segurança. A
irmã do menino e uma outra pessoa também estavam no carro e conseguiram sair. Antes de
o menino ser retirado, um dos assaltantes assumiu a direção do veículo e acelerou. Ele ficou
pendurado e foi arrastado. (Folha on line, 08/02/2007, acessível em
http//:www.1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u131469.shtml). Um dos envolvidos no
assalto e assassinato do menino é adolescente com 16 anos de idade (Globo.com,
19/03/2007 acessível em http://g1.globo.com/Noticias/Rio/0, MUL12405-5606,00.html).
[4] Há outros sistemas para a definição da capacidade penal, como o psicológico, que se
preocupa apenas com as condições psíquicas o autor do fato para entender a ilicitude,
independentemente da idade; o sistema biopsicológico reúne o biológico e o psicológico, que
estabelece idades, como 14 a 16 ou 16 a 18 anos, e, praticado o fato criminoso durante esse
período, necessário averiguar, por meio de perícia, se o agente tinha ou não compreensão
acerca da ilicitude, dependendo disso a possibilidade de aplicação de pena.
[6] “Art. 10. Também não julgarão criminosos: 1.º Os menores de 14 annos”.
[7] “Art. 13. Se se provarem que os menores de 14 annos, que tiverem commettido crimes,
obraram com discernimento, deverão ser recolhido á casas de correção, pelo tempo que ao
Juiz parecer, com tanto que o recolhimento não exceda á de dezessete annos”.
[8] “Art. 27. Não são criminosos: § 1.° Os menores de 9 annos completos”.
[9] “Art. 27. Não são criminosos: (…)§ 2.° Os maiores de 9 e menores de 14, que obrarem
sem discernimento”. “Art. 30. Os maiores de 9 annos e menores de 14, que tiverem obrado
com discernimento, serão recolhidos a estabelecimentos disciplinares industriaes, pelo tempo
que o juiz parecer, comtanto que o recolhimento não exceda á idade de 17 annos”.
[10] Art. 3º, §16º. “O menor de 14 annos, indigitado autor ou cumplice de crime ou
contravenção, não será submettido a processo penal de nenhuma especie; a autoridade
competente tomará sómente as informações precisas, registrando-as, sobre o facto punivel e
sua autoria, o estado physico, mental e moral do menor, e a sua situação social, moral e
economica dos paes, ou tutor, ou pessoa sob cuja guarda viva”. E, segundo o § 20 deste
mesmo, “O menor indigitado autor de crime ou contravenção, que contar mais de 14 annos e
menos de 18, será submetido a processo especial, tomando ao mesmo tempo, a autoridade
competente, as precisas informações, a respeito do estado physico, mental e moral delle, e
da situação social, moral e economica dos paes, tutor ou pessoa encarregada de sua
guarda”.
[11] “Art. 57. Nenhum menor de 18 annos, preso por qualquer motivo ou apprehendido,
será recolhido a prisão comum”.
[12] “Art. 45. No caso de menor de idade inferior a 14 annos indigitado autor ou cumplice
de facto qualificado crime ou contravenção, si das circunstancias da infração e condições
pessoaes do agente ou de seus paes, tutor ou guarda tornar-se perigoso deixal-o a cargo
destes, o juiz ou tribunal ordenará sua collocação em asylo, casa de educação, escola de
preservação, ou o confiará a pessoa idonea, até que complete 18 annos de idade (…)”.
[13] Fragoso, Heleno Cláudio. Lições de Direito Penal – Parte Geral. Rio de Janeiro: Forense,
16ª ed., 2003, p. 242/243.
[15] “Art. 23. Os menores de dezoito anos são penalmente irresponsáveis, ficando sujeitos
às normas estabelecidas na legislação especial”.
[16] Este ponto do Código foi um dos mais combatidos pelos juristas e outros estudiosos,
sendo umas das razões relevantes para não entrar em vigor.
[17] “Art. 1º Este Código dispõe sobre assistência, proteção e vigilância a menores: I - até
dezoito anos de idade, que se encontrem em situação irregular; (…)”. “Art. 2º Para os efeitos
deste Código, considera-se em situação irregular o menor: (…) VI - autor de infração penal”.
[18] “Art. 50. O menor de dezoito anos é inimputável, salvo se, já tendo completado
dezesseis anos, revela suficiente desenvolvimento psíquico para entender o caráter ilícito do
fato e determinar-se de acôrdo com êste entendimento. Neste caso, a pena aplicável é
diminuída de um têrço até a metade”.
[19] Nos termos da Exposição de Motivos da nova parte geral do Código Penal, “Manteve o
Projeto a inimputabilidade penal ao menor de 18 (dezoito) anos. Trata-se de opção apoiada
em critérios de Política Criminal. Os que preconizam a redução do limite, sob a justificativa
da criminalidade crescente, que a cada dia recruta maior número de menores, não
consideram a circunstância de que o menor, ser ainda incompleto, é naturalmente anti-social
na medida em que não é socializado ou instruído. O reajustamento do processo de formação
do caráter deve ser cometido à educação, não à pena criminal. De resto, com a legislação de
menores recentemente editada (referência ao Código de Menores, a Lei nº 6.697/79), dispõe
o Estado dos instrumentos necessários ao afastamento do jovem delinqüente, menor de 18
(dezoito) anos, do convívio social, sem sua necessária submissão ao tratamento do
delinqüente adulto, expondo-o à contaminação carcerária”. (ABI-ACKEL, Ibrahim. “Exposição
de motivos da nova parte geral do Código Penal”. In: GOMES, Luiz Flávio - Org. Código
Penal. 4ª. ed., São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002, p. 222.
[20] Nesse sentido, não se confundem com os direitos humanos, que são os direitos
reconhecidos em documentos de direito internacional, por referir-se àquelas posições
jurídicas de caráter universal, que se reconhecem ao homem como tal, independentemente
de sua vinculação com determinada ordem constitucional. (SARLET, Ingo Wolfgang. A
eficácia dos direitos fundamentais. 3. ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2003. p. 33-4).
[21] MORAES, Alexandre de. Direitos Humanos Fundamentais. Teoria Geral. Comentários
aos arts. 1° a 5° da Constituição da República Federativa do Brasil. Doutrina e
Jurisprudência. 5ª Ed., São Paulo: Atlas, 2003. p. 41.
[23] VELASQUEZ, Miguel Granato. Relatório Azul 2005: garantias e violações dos direito
humanos. Porto Alegre: Corag, 2005.
[28] MORAES, op. cit., p. 1089. Na Constituição Federal vigente, consta no art. 60 que “A
Constituição poderá ser emendada mediante proposta: I - de um terço, no mínimo, dos
membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal; II - do Presidente da República;
III - de mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades da Federação,
manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros”. Conforme o § 2º
deste dispositivo, “A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional,
em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos
respectivos membros”. E, nos termos do§ 3º, “A emenda à Constituição será promulgada
pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de
ordem”.
[30] TAVARES, André Ramos. Curso de Direito Constitucional. São Paulo: Saraiva, 2007, p.
54.
[32] Lembre-se que o Poder Constituinte Originário é caracterizado como sendo inicial,
autônomo e ilimitado.
[33] TAVARES, op. cit., p. 55.