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15 de Fevereiro de 2024

Tráfico de drogas e apreensão em


flagrante de adolescente infrator
Publicado por Francis co Sannini Neto há 10 anos

O Estatuto da Criança e do Adolescente nasceu em 1990 com


o objetivo de atender ao mandado expresso no artigo 227,
da Constituição da República que dispõe, de um modo geral,
sobre a proteção à criança e ao adolescente.

A Constituição afirma no artigo adrede mencionado que é


dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à cri-
ança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à
vida, à saúde, à educação, à alimentação, à dignidade, ao la-
zer, à profissionalização, à cultura e ao respeito. Assim, foi
elaborada a Lei 8.069/90 para atender de uma forma mais
especializada as necessidades dos menores de idade, que
constituem o futuro e a esperança de qualquer nação.

Levando em conta a importância da criança e do adoles-


cente para o Estado, o legislador constituinte optou por cui-
dar, ele próprio, de alguns pontos relevantes no que tange a
esse assunto. Salta aos olhos, por exemplo, o § 4º, do artigo
227, da Constituição da República, que traz em seu conteúdo
um mandado expresso de criminalização para se punir se-
veramente o abuso, a violência e a exploração sexual dos
menores de idade.
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cont a. LOGIN
ou
SE

Sobre esse assunto, Luiz Carlos dos Santos Gonçalves nos
ensina que

“os mandados expressos de criminalização trazem decisões


constitucionais sobre a maneira como deverão ser protegi-
dos direitos fundamentais. A atuação do legislador no sen-
tido de promover a proteção desses direitos recebe um ele-
mento de vinculação. Ele pode até valer-se de outros instru-
mentos, mas a previsão de sanções penais perde seu cará-
ter de subsidiariedade e torna-se obrigatória. Ordens dire-
tas que são ao legislador para que atenda ao comando cons-
titucional, a necessidade da edição de lei é questão de su-
premacia da Constituição.”

Em obediência a este mandado expresso de criminalização,


foram criados, entre outros, os seguintes tipos penais: ar-
tigo 217-A (estupro de vulnerável), caput; artigos 218, 218-A
(satisfação da lascívia mediante presença de criança ou ado-
lescente) e 218-B (favorecimento da prostituição ou outra
forma de exploração sexual de vulnerável), todos do Código
Penal; e artigo 244-B (corrupção de menores) do próprio Es-
tatuto da Criança e do Adolescente.

Da mesma forma, o poder constituinte originário também


estabeleceu no artigo 228, da Constituição da República, a
inimputabilidade dos menores de dezoito anos, sendo estes
sujeitos às normas da legislação especial. Diante desses
dois exemplos, já podemos enxergar com clareza a impor-
tância que o legislador constituinte deu para todos os assun-
tos que envolvem os menores de idade.

Assim, foi com esse espírito que veio a lume em 1990 o Esta-
tuto da Criança e do Adolescente. Por meio deste estatuto
protetor, o menor torna-se sujeito de muitos direitos que
Evit e int errupções
não lhedurant e sua pesquisa.
eram conferidosFaça login ou crie uma
anteriormente, salientando
ou que a 
cont a.
proteção dada pela lei deve abranger todas as suas necessi-
dades, propiciando o desenvolvimento de sua personalidade
de maneira digna.

Conforme mencionamos alhures, o artigo 228, da Constitui-


ção da República, estabelece que os menores de dezoito
anos são inimputáveis, não podendo se submeter às penas
previstas no Código Penal, o que impossibilita a sua prisão
em flagrante.

Dessa forma, o menor de idade não comete crime, mas ato


infracional, estando sujeito às medidas sócio-educativas
previstas no artigo 112 do Estatuto da Criança e do Adoles-
cente. É mister salientar que, de acordo com o artigo 2º do
Estatuto, considera-se criança a pessoa com até doze anos
de idade incompletos, e adolescente aquele entre doze e de-
zoito anos de idade. Assim, somente o adolescente pratica
ato infracional e fica sujeito às medidas sócio-educativas. A
criança, por outro lado, pratica desvio de conduta e se su-
jeita apenas às medidas previstas no artigo 101 do Estatuto
(ex: encaminhamento aos pais ou responsáveis mediante
termo de responsabilidade, orientação, apoio, acompanha-
mento temporários etc.).

Entre as medidas sócio-educativas do artigo 112, a mais


grave é a que prevê a internação do adolescente infrator em
estabelecimento educacional. A referida medida tem caráter
excepcional e de brevidade, uma vez que restringe a liber-
dade do menor. O artigo 121 do estatuto protetor da criança
e do adolescente dispõe, inclusive, que a internação não po-
derá exceder o prazo máximo de três anos, sendo compulsó-
ria a liberação do menor que completar vinte e um anos de
idade.

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cont a.
ou 
Aqui chegamos ao ponto principal deste ponto, que é, justa-
mente, a análise de atos infracionais sujeitos à medida só-
cio-educativa de internação, mais especificamente nos casos
em que o menor é detido em flagrante de ato infracional
análogo ao crime de tráfico de drogas.

Primeiramente, devemos atentar para o fato de que o me-


nor surpreendido na prática de uma conduta prevista como
criminosa não é preso, mas apreendido. Isso, pois, conforme
salientamos anteriormente, o menor de idade não comete
crime, mas ato infracional.

O artigo 172, do Estatuto, prevê que o adolescente apreen-


dido em flagrante de ato infracional será imediatamente en-
caminhado para a autoridade policial competente. A autori-
dade a que se refere o artigo é o Delegado de Polícia que, ao
tomar ciência dos fatos, deve deliberar de acordo com sua
convicção jurídica, atuando como um operador do Direito e
garantidor dos direitos fundamentais do menor envolvido
no caso.

Já o artigo 173, do Estatuto, estabelece que, em caso de fla-


grante de ato infracional cometido mediante violência ou
grave ameaça à pessoa, cabe a Autoridade Policial lavrar,
após ouvir todos os envolvidos e formar a sua convicção, o
auto de apreensão em desfavor do menor, bem como tomar
todas as medidas cabíveis para comprovação da materiali-
dade e autoria da infração.

À primeira vista, fica a impressão de que o adolescente in-


frator somente poderá ser apreendido no caso de atos infra-
cionais cometidos mediante violência ou grave ameaça a
pessoa (ex. Roubo, homicídio etc.) e, nos demais casos, o
auto de apreensão seria substituído por um boletim de ocor-
Evit e int errupções
rênciadurant e sua pesquisa. Faça login ou crie uma
circunstanciado.
cont a.
ou 
Contudo, o artigo 174 do Estatuto da Criança e do Adoles-
cente deixa claro que o menor poderá ser apreendido, ou-
trossim, em virtude da gravidade do ato infracional prati-
cado ou nos casos em que haja repercussão social, sendo
esta medida tomada pela Autoridade Policial para garantir a
segurança pessoal do próprio menor ou para manter a or-
dem pública. Senão, vejamos:

"Art. 174. Comparecendo qualquer dos pais ou responsável,


o adolescente será prontamente liberado pela autoridade
policial, sob termo de compromisso e responsabilidade de
sua apresentação ao representante do Ministério Público,
no mesmo dia ou, sendo impossível, no primeiro dia útil
imediato, exceto quando, pela gravidade do ato infracional e
sua repercussão social, deva o adolescente permanecer sob
internação para garantia de sua segurança pessoal ou ma-
nutenção da ordem pública."

Diante deste artigo, o Delegado de Polícia, operador do Di-


reito e primeiro garantidor dos Direitos fundamentais na
fase pré-processual, analisa o caso que lhe é apresentado e
opta, de acordo com seu convencimento, pela apreensão ou
não do adolescente infrator, tendo como base uma interpre-
tação a contrario sensu da parte final do texto legal em
enfoque.

Com relação ao crime de tráfico de drogas, por exemplo,


não podemos olvidar que se trata de um delito erigido à ca-
tegoria de infração hedionda devido à gravidade do fato e
também da repugnância social que este comportamento
acaba gerando. Demais disso, devemos ressaltar que a de-
gradação causada pela droga ilícita não se limita ao mero
usuário que, não raro, figura apenas como uma vítima dos
traficantes de drogas, os quais, na verdade, atuam como os
Evit e int errupções durant e sua
verdadeiros pesquisa. Faça login
responsáveis pelaou crie uma
destruição de inúmeras vi-
cont a.
ou 
das inocentes.
Assim, a retirada do menor infrator do convívio com outros
traficantes por meio de sua apreensão, constitui medida
adequada até mesmo para a proteção do próprio menor que,
ao se afastar dos reais criminosos, tem uma chance de se
recuperar e abandonar a vida do crime.

Sobre os crimes hediondos e sua repercussão social, Luiz


Carlos dos Santos Gonçalves conclui que tais crimes “foram
incluídos ao lado de outras condutas que têm em comum o
desafio ao Estado Democrático de Direito a à ordenação so-
cial dele advinda. Eles são aqueles que repercutem intensa-
mente na vida social, para além da objetividade jurídica di-
retamente tutelada, pondo em questão a capacidade de pre-
venção e repressão desta ordenação estatal. São crimes nos
quais a reiteração e eventual impunidade têm efeito social
desagregador e criminógeno, desfavorecendo intensamente
o império de lei.”

Comprovando os ensinamentos do supracitado autor, deve-


mos lembrar que os traficantes de drogas têm se valido
constantemente de menores de idade para efetuar o comér-
cio de entorpecentes, contando, para tanto, com a impuni-
dade que a lei teoricamente fornece aos adolescentes
infratores.

Para comprovar esse fato, basta uma breve análise do dia a


dia de um distrito policial. O Delegado de Polícia depara-se
constantemente com casos em que adolescentes estão en-
volvidos com o tráfico de drogas. Há menores infratores
que antes mesmo de completarem dezoito anos de idade, já
possuem diversas passagens por um plantão policial, sendo
que a impunidade os leva a fazer do tráfico de drogas um
meio de vida.

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ou 
Alguns infratores chegam até a rir dos policiais envolvidos
na ocorrência, pois sabem que, na maioria dos casos, vão
sair da Delegacia de mãos dadas com os pais. Sendo assim, é
impossível negar a repercussão social gerada nesses casos,
uma vez que a impunidade do menor infrator acaba ser-
vindo de estímulo para a prática do crime, fortalecendo
ainda mais o comércio das drogas ilícitas.

Se não bastasse esse argumento da repercussão social do


fato para fundamentar a apreensão dos menores de idade, é
curial salientar que o artigo 174, do Estatuto, também per-
mite a apreensão do menor de acordo com a gravidade do
ato infracional praticado. Assim, Roberto João Elias ensina
que “no que tange a gravidade do ato infracional, o melhor
meio de efetuar sua identificação é verificar, no Código Pe-
nal, nos delitos catalogados, aqueles que são passíveis de
pena de reclusão e os que têm uma maior dosagem penal.”

Ora, em se tratando de crime equiparado a hediondo, como


é o caso do tráfico de drogas, não restam dúvidas sobre a
gravidade do ato, já que aqueles são os crimes mais graves
previstos na legislação pátria. Da mesma forma, outros cri-
mes punidos com pena de reclusão poderão dar ensejo à
apreensão do menor pelo Delegado de Polícia, como, por
exemplo, no crime de porte de arma de fogo.

Em sentido contrário, defendendo a impossibilidade da


apreensão de adolescente no caso de ato infracional análogo
ao tráfico de drogas, é o escólio de Eduardo Cabette, senão
vejamos:

“não é possível que uma mera apreensão provisória seja de-


terminada em casos, ainda que graves, tais como no tráfico
de drogas, não importando nessas circunstâncias nem
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mesmo se o adolescente é reincidente ou se está desobede-
ou 
cont a.
cendo outras medidas anteriormente impostas. Isso não é
matéria a ser aferida nesse momento e muito menos pela
Autoridade Policial. É missão precípua do Juiz da infância e
da Juventude em conjunto com o Ministério Público para a
determinação da medida sócio-educativa adequada, legal e
proporcional ao caso concreto, de acordo com os ditames do
artigo 122, I a III do ECA e somente no momento da eventual
condenação do adolescente pela prática do ato infracional
que lhe é imputado”.

Apensar do excelente raciocínio desenvolvido pelo citado


autor, que se pauta, inclusive, na ausência de violência ou
grave ameaça do crime de tráfico de drogas, mas não pode-
mos concordar! Entendemos que, por meio de uma interpre-
tação sistemática do ECA, a apreensão do adolescente infra-
tor seria possível pela simples inteligência do artigo 174,
parte final, do Estatuto, uma vez que este dispositivo é espe-
cial em relação ao artigo 122, que prevê a internação ape-
nas no caso de delitos cometidos mediante violência ou
grave ameaça.

Ora, o artigo 174 trata especificamente da apreensão de


adolescente infrator pelo Delegado de Polícia, constituindo
uma exceção ao próprio artigo 173, que também faz menção
aos delitos cometidos com violência ou grave ameaça. Fica
claro, portanto, que a intenção do legislador foi permitir a
apreensão cautelar do menor de maneira excepcional e in-
dependentemente do ato infracional haver sido praticado
com violência ou grave ameaça a pessoa, desde que, é claro,
seja um caso grave ou de grande repercussão social, nos
termos da parte final do artigo 174.

Para aqueles que não se contentarem com o argumento


adrede mencionado, defendemos, ademais, que o delito de
Evit e int errupções
tráficodurant
de edrogas
sua pesquisa. Faça login uma
apresenta ou crie violência
uma difusa,ouque não
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se materializa especificamente contra pessoas determina-
das, mas que acaba atingindo toda a sociedade, que fica ex-
posta à violência gerada pelo tráfico e seus usuários. Prova
disso é o fato de que as estatísticas costumam medir o ín-
dice de violência de uma região com base no número de ho-
micídios. Nesse contexto, os diversos assassinatos ligados
ao tráfico acabam gerando uma inevitável sensação de inse-
gurança dentro da sociedade, que é obrigada a conviver
com a violência imposta pelos traficantes. Da mesma forma,
a sociedade também fica à mercê da violência dos usuários
de droga, que não medem esforços para sustentar o seu ví-
cio, voltando suas ações, não raro, contra os seus próprios
familiares.

Subsidiando ainda mais a possibilidade de internação de


adolescente envolvido com o tráfico de drogas, lembramos
que o Superior Tribunal de Justiça editou a Súmula 492, cujo
conteúdo estabelece que: “O ato infracional análogo ao trá-
fico de drogas, por si só, não conduz obrigatoriamente à im-
posição de medida socioeducativa de internação do adoles-
cente.” Conforme se percebe, este egrégio Tribunal não vê
qualquer óbice à internação de adolescente por ato infracio-
nal análogo ao tráfico de drogas, destacando, apenas, que a
referida medida não deve ser imposta de maneira
obrigatória.

Por tudo isso, entendemos perfeitamente possível a apreen-


são de menores de idade por ato infracional análogo ao trá-
fico de drogas. Parece-nos que, agindo dessa forma, a Auto-
ridade de Polícia Judiciária atua como um guardião dos inte-
resses do menor, zelando pela sua segurança e propiciando
o melhor para o seu desenvolvimento digno, o que está ab-
solutamente de acordo com o previsto no Estatuto da Cri-
ança e do Adolescente e na Constituição da República.

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REFERÊNCIAS
cont a.
ou 
CABETTE, Eduardo Luiz Santos. Lei 12.403 Comentada – Me-
didas Cautelares, Prisões Provisórias e Liberdade Provisó-
ria. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 2013.

ELIAS, Roberto João. Comentários ao Estatuto da Criança e


do Adolescente. 4. Ed. São Paulo: Saraiva. 2010.

GONÇALVES, Luiz Carlos dos Santos. Mandados Expressos


de Criminalização e a Proteção de Direitos Fundamentais na
Constituição Brasileira de 1988. Belo Horizonte: Editora Fó-
rum. 2007.

Disponível em: ht t ps://www.jusbrasil.com.br/art igos/t rafico-de-drogas-e-apreensao-em-


flagrant e-de-adolescent e-infrator/121943722

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