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CRIMES
I. CONSIDERAÇÕES GERAIS
ARTIGO 228:
ARTIGO 229:
ARTIGO 230:
ARTIGO 231:
ARTIGO 232:
ARTIGO 233:
ARTIGO 234:
ARTIGO 235:
Não contempla o descumprimento de qualquer
prazo, mas sim aqueles fixados pelo Estatuto em benefício de
adolescente privado da liberdade. Veja-se que, aqui, não comete a Lei o
mesmo deslize dos artigos 230 e 231 quando sugerem a possibilidade
inexistente de apreensão de criança. Fala, pois, apenas em adolescente
privado da liberdade, já que é o único que está sujeito a isso.
Assim, enquadram-se nesta hipótese:
- Delegado de Polícia que, ao não liberar o
adolescente flagrado na prática do ato infracional, deixa de fazer o seu
imediato (não sendo possível, no máximo em 24 horas)
encaminhamento ao Ministério Público, nos termos do artigo 175, § 1º,
do ECA.
- Promotor de Justiça que, ao receber adolescente
apreendido, não procede sua oitiva no mesmo dia, para, logo após,
adotar qualquer das providências aludidas no artigo 180 do ECA (art.
179).
- Magistrado que desconsidera o prazo máximo de
internação provisória de 45 dias, mantendo o adolescente internado
mesmo após decorrido esse interregno (art. 183 do ECA).
ARTIGO 236:
ARTIGO 237:
ARTIGO 238:
ARTIGO 239:
ARTIGO 240:
Trata da produção ou direção de representações
teatrais, televisivas, cinematográficas, atividade fotográfica ou de
qualquer outro meio visual,utilizando-se de crianças ou adolescentes
em cenas pornográficas, de sexo explícito ou vexatória.
O sentido da palavra “utilizando-se”, expressa no
texto do artigo, permite interpretação ampla, para alcançar não apenas
o menor que, efetivamente, participa da cena, como aquele que, apesar
de não participar, tem sua imagem utilizada.
Com a alteração legislativa, foi introduzida a
palavra “vexatória”, abrangendo situações que, apesar de não
envolverem, propriamente, pornografia ou sexo explícito, importarem
em exposição sexual do infante (v.g., crianças de tenra idade nuas em
propaganda televisiva).
Segundo dispõe o parágrafo 1º, incorrerá nas
mesmas penas o agente que contracenar com o menor, sem prejuízo, é
evidente, do crime contra a liberdade sexual que daí possa resultar (v.g.,
atentado violento ao pudor pela violência presumida, caso a vítima seja
menor de 14 anos).
Desimporta o consentimento dos pais para que
haja a consumação. Pelo contrário, presente este, podem os genitores
ficar sujeitos à mesma pena do caput, tendo em vista a evidente
colaboração e atitude de encorajamento do filho a participar dessa
ordem de manifestação visual.
A pena, por fim, será aumentada caso o crime seja
perpetrado pelo agente no exercício de cargo ou função, ou, então, se
cometer o delito com o fim de obtenção de qualquer vantagem
patrimonial.
ARTIGO 241:
ARTIGO 242:
ARTIGO 243:
ARTIGO 244:
ARTIGO 244-A:
“(...)
Desse contexto verifica-se que os menores
Camila, Tatiele, Sulane e Luiz Fernando,
efetivamente, não foram reduzidos, sujeitados à
obediência do réu para que se prostituíssem –
sentido da elementar “submeter” do tipo do art.
244-A do ECA.
A única prova consistente contra o réu é o
depoimento da adolescente Camila, prestado em
juízo e ratificado pelas testemunhas, no sentido
de que se prostituía no local. Esta declaração é
suficiente para a condenação pelo tipo do art.
228 do Código Penal - favorecimento da
prostituição. As circunstâncias de ter o réu
abrigado em sua casa uma adolescente, de permitir
que ali participasse de festas, nas quais havia a
presença de muitos homens e o consumo de bebidas
alcoólicas; de Camila praticar relações sexuais
em sua casa, cobrar dos clientes e dar parte do
dinheiro a ele, ainda que para cobrir despesas
domésticas, evidenciam que, muito além de
simplesmente ter conhecimento de que Camila se
prostituía, o réu favorecia tal prática, que a
menor realizava sem muitas dificuldades, com sua
proteção, pois Joarez era conivente com o que ali
acontecia, tornando o ambiente propício ao que
lhe era, de alguma forma, proveitoso.
Opera-se a nova qualificação jurídica do
fato (emendatio libelli - art. 383 do CPP), pois
o favorecimento à prostituição está contido na
descrição do fato feita pela denúncia e importa
em aplicação de menor pena. Assim, a condenação
do réu opera-se pelo art. 228, § 1º, do CP.
(...)”